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CARLOS HENRIQUE FERNANDES
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA SÍNDROME DO CANAL DO CARPO POR INCISÃO PALMAR E UTILIZAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PAINE®
Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina para a obtenção do Título de Doutor em Medicina
SÃO PAULO
1998
UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO
ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA
COORDENADOR: Prof. Dr. Flávio Faloppa Professor Adjunto - Livre Docente e Chefe de Clínica da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior .
ORIENTADOR : Prof. Dr. Walter Manna Albertoni Professor Titular - Livre Docente e Chefe da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior.
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO
1
INTRODUÇÃO
O canal do carpo é a região por onde passam os tendões
flexores dos dedos e o nervo mediano em direção aos dedos da mão.
Seu assoalho é formado pelo arco côncavo dos ossos cárpicos cobertos
pelos seus ligamentos. O teto do canal é formado pelo retináculo dos
flexores, também chamado de ligamento transverso do carpo, pelos
autores de idioma inglês. O retináculo dos flexores tem sua inserção
do lado radial, no tubérculo do osso escafóide e no osso trapézio. Do
lado ulnal, no osso pisiforme e hâmulo do hamato. O retináculo é uma
banda fibrosa que tem 2,5 a 3,5 mm de espessura e 3 a 4 cm de
largura, imediatamente acima do nervo mediano. Dentro do canal o
nervo fica volar aos tendões flexores superficiais dos dedos médios e
anulares. O ramo muscular tenar do nervo mediano é, freqüentemente,
extra ligamentar e radial aos músculos tenares.
A síndrome do canal do carpo (SCC) caracteriza-se pela
compressão do nervo mediano na área em que este atravessa a região
do carpo. A compressão ocorre por diminuição do espaço no interior
do canal ou por aumento do volume das estruturas dentro dele.
Estudos anatômicos, como os realizados por TANZER (1959) e
COBB et al. (1993), mostram que a região mais estreita do canal é no
nível do hâmulo do hamato e que a flexão do punho provoca
compressão do nervo pela margem proximal do retináculo dos
flexores.
Essa síndrome, atualmente, é bem conhecida pela comunidade
médica e considerada a síndrome compressiva nervosa mais comum.
A possibilidade de ocorrer compressão crônica do nervo mediano teve
sua primeira menção na literatura feita por *Sir JAMES PAGET
(1854), em seu tratado de “Patologia Cirúrgica”.
MARIE & FOX (1913) realizaram autópsia em um paciente
com atrofia bilateral dos músculos tenares e observaram neuroma no
nervo mediano, proximal ao retináculo dos flexores. Eles foram os
primeiros a recomendar a secção do retináculo para descomprimir o
nervo. Durante muitos anos a literatura creditou LEARMONTH
(1933) por ser o primeiro a realizar a incisão do retináculo dos
flexores, entretanto AMADIO (1992, 1995), em revisão nos arquivos
da Clínica Mayo, relatou que a primeira liberação foi realizada por
Galoway em 1924, no Canadá. Até os anos 50, somente 12 pacientes
tinham sido submetidos à cirurgia para liberação da síndrome
idiopática do canal do carpo. A partir daí, diversos autores têm
demonstrado interesse pelo assunto e as publicações têm sido
numerosas e freqüentes. Várias destas relatam excelentes resultados e
baixos índices de complicações (PHALEN, 1966; OMER, 1992);
outras, no entanto, relatam vários tipos de complicações (SERADGE
& SERADGE, 1989; ZUMIOTTI et al., 1996; KLUGE et al., 1996).
Pode-se destacar nos últimos anos a crescente utilização dos
métodos endoscópicos para a liberação do canal do carpo, com o
intuito de diminuir a morbidade e agilizar o retorno dos pacientes ao
trabalho (AGEE et al., 1992; CHOW, 1989) . As desvantagens dessa
técnica são os elevados números de complicações operatórias
(NEWMEYER, 1992; LOUIS, 1995) e o alto custo do instrumental e
do treinamento do cirurgião.
Na Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior da
Universidade Federal de São Paulo existe uma linha de pesquisa sobre
a síndrome do canal do carpo. Desde o retorno do Dr. Galbiatti de seu
estágio no Serviço de cirurgia da mão do Professor Tubiana, em Paris,
temos utilizado a via de acesso ulnal para divisão do retináculo dos
flexores. O Dr. Galbiatti e colaboradores, publicaram seu trabalho na
Revista Brasileira de Ortopedia em 1991, mostrando as vantagens
dessa via de acesso. O Dr. Segre (1996) apresentou sua tese de
mestrado e demonstrou que os resultados são gratificantes para a
grande maioria dos pacientes, mas com algumas complicações.
Em 1994, o Curso de Pós-Graduação em Ortopedia e
Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo recebeu a visita
do Dr. Ronaldo Carneiro, cirurgião da mão, com passagem marcante
pela Universidade de Miami e atualmente na Cleveland Clinic Florida.
O Dr. Carneiro mostrou sua vasta experiência realizando abertura do
canal do carpo por via de acesso palmar e utilizando o instrumento de
Paine®. Esta técnica despertou nosso interesse principalmente por sua
eficácia, simplicidade, rapidez e baixo custo. Com o intuito de estudar
e ver de perto sua utilização, visitamos o serviço do Dr. Ronaldo
Carneiro, em Fort Lauderdale, onde pudemos acompanhar as cirurgias
e a evolução pós-operatória dos pacientes.
Em retorno ao Brasil, trazendo um exemplar do instrumento de
Paine®, sob orientação do professor Dr. Walter Albertoni e incentivo
do Dr. Flávio Faloppa, iniciamos a utilização desta técnica com
pequena modificação, e nos Congressos Brasileiros de Cirurgia da
Mão, realizados em 1995 e 1996, apresentamos os bons resultados
preliminares obtidos.
Esta tese tem por objetivo avaliar o tratamento cirúrgico em 112
pacientes portadores de síndrome do canal do carpo, operados por
incisão palmar, utilizando o instrumento de Paine®.
SUMÁRIO
Capítulos Pag.
I - Introdução ....................................................................
II - Literatura ...................................................................
III - Material e Métodos ....................................................
IV - Resultados ...................................................................
V - Discussão ....................................................................
VI - Conclusões .................................................................
VII - Resumo .....................................................................
Summary ..................................................................
VIII - Ilustrações ...............................................................
IX - Referências Bibliográficas ......................................
X - Anexo........................................................................
ABREVIATURAS
A - AmarelaAj. geral - Ajudante geralArt.Plást. - Artista plásticoArtrite Reumat. - Artrite ReumatóideAus. - AusenteAux. Adm. - Auxiliar administrativoAux. geral - Auxiliar geralB - BrancoBilat - BilateralCisto tendão - Cisto da bainha do tendão flexor dos dedosCMC - Clínica privada em Mogi das CruzesCSP - Centro Médico Jardim São PauloDe Quervain - Tenossinovite estenosante De QuervainDedo gatilho - Deformidade em gatilho dos dedosDir - DireitoDupuytren - Contratura da aponeurose palmar de DupuytrenENMG - EletroneuromiografiaEsq - EsquerdoF - FemininoFunc. públ. - Funcionário públicoHSP - Hospital São PauloL - Força de preensão digital lateralL.E.R - Lesão por esforço repetitivoM - MasculinoN - NegroNo - NúmeroNeg. - NegativoP - Força de preensão palmarPd- PardoPN - Parestesia NoturnaPos. - PositivoPP - Força de preensão digital polpa-polpa.Pres. - PresenteSind. Impac. - Síndrome do impacto do manguito rotador do ombroSPD - Sinal da percussão dolorosaS 13 - Hospital Luzia de Pinho Mello - SUS 13 - Mogi das Cruzes.S. Desf. Tor.- Síndrome do Desfiladeiro TorácicoS. T. Tarso - Síndrome do Túnel do TarsoT - Força de preensão tridigitalTP - Teste de PhalenTéc. Enf. - Técnico de enfermagemUNIFESP - EPM - Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista deMedicina1o - Primeiro dedo da mão2o - Segundo dedo da mão3o - Terceiro dedo da mão4o - Quarto dedo da mão5o - Quinto dedo da mão
CAPÍTULO II
LITERATURA
LITERATURA
PHALEN (1951) relatou os possíveis diagnósticos que
poderiam ter um paciente com queixas de dor e queimação nos dedos
num trabalho onde relatou o tratamento de 11 casos de compressão
espontânea do nervo mediano no punho, de pacientes que foram
tratados com incisão do retináculo dos flexores, com bons resultados.
Descreveu que a parestesia e a queimação nos pacientesaumentavam
até 60 segundos após a flexão aguda do punho e desapareciam
retirando o punho desta posição.
PAINE (1955) utilizou, em substituição à lâmina de
bisturi um instrumento para dividir o retináculo dos flexores e
diminuir o risco de lesão nervosa. Esse instrumento consiste de uma
placa de base reta, com uma lâmina em ângulo reto à base e um cabo.
A base tem 2 _ por _ polegadas, é a parte que passa facilmente através
do canal do carpo. O cabo da base é achatado e no mesmo plano da
lâmina para que o cirurgião saiba a sua posição. A lâmina se localiza à
meia polegada atrás do fim da base para que haja proteção ao nervo
quando o corte for feito, ela tem forma triangular, medindo 1/8
polegada de altura, e borda côncava. O autor recomendou que o corte
inicial seja feito com uma tesoura. Utilizou seu instrumento em 15
pacientes com via de acesso pelo punho, obtendo excelentes
resultados.
PHALEN & KENDRICK (1957) estudaram 71 pacientes
com diagnóstico de síndrome do canal do carpo. Quarenta e nove
tinham acometimento bilateral e 32 unilateral, sendo a mão direita
afetada em 23 pacientes e a esquerda em nove. Quanto ao sexo, 17
eram do sexo masculino e o restante do feminino. Observaram que
50% dos pacientes apresentavam hipotrofia tenar. A cirurgia consistiu
de incisão do retináculo dos flexores em 49 punhos de 37 pacientes,
sendo suficiente para descomprimir o nervo e aliviar os sintomas. Em
três pacientes foi necessário realizar uma sinovectomia palmar para
obter a descompressão adequada.
PAINE (1963) descreveu três formas de apresentação clínica
da síndrome do canal do carpo. A mais comum, geralmente em
mulheres de meia idade, é a que provoca parestesias e queimação, que
se iniciam no meio da noite e melhoram com a movimentação. Existe
uma sensação de edema que, na verdade, não é observado na inspeção.
Os sintomas também podem ser desencadeados por atividades durante
o dia. Essa forma é conhecida como acroparestesia. Uma segunda
forma provoca uma progressiva diminuição da eminência tenar,
associada à fraqueza e formigamento na distribuição do nervo
mediano. Esses pacientes têm pouca ou nenhuma dor. A terceira
forma apresenta progressivo formigamento na distribuição do nervo
mediano, e também sem dor.
Independente da sua apresentação, o autor considerou que é
melhor realizar a cirurgia precoce, por ser um procedimento simples e
com excelentes resultados. Realizou 133 cirurgias em 119 pacientes,
sendo 15 do sexo masculino e o restante do feminino. Em 115
pacientes a cirurgia foi unilateral, em 13 bilaterais e um paciente
necessitou reintervenção. Exceto em dois pacientes, o alívio dos
sintomas foi imediato em todos os outros. Utilizou uma incisão
transversa no punho. Após a incisão inicial do retináculo dos flexores
sobre o mediano, realizava sua divisão, introduzindo o instrumento
descrito em seu trabalho publicado em 1955. Somente em dois
pacientes os resultados não foram satisfatórios pela formação de
hematomas.
PHALEN (1966) relatou sua experiência no diagnóstico e
tratamento da síndrome do canal do carpo em 644 mãos tratadas
durante o período de 17 anos.
SEMPLE & CARGILL (1969) avaliaram 150 cirurgias de
descompressão do canal do carpo, com um tempo de seguimento de
dois a sete anos. Encontraram um índice de recidiva de 25%, que era
menor nos pacientes que tinham sintomas com menos de seis meses.
O tipo de incisão cirúrgica não influenciou o alívio dos sintomas, mas
a dor na cicatriz foi maior nas incisões transversas em comparação
com as longitudinais.
PHALEN (1970) fez uma reflexão sobre seus 21 anos de
experiência com a síndrome do canal do carpo. Relatou que seu teste
de flexão do punho deve ser considerado positivo quando há
aparecimento ou piora dos sintomas durante o período de 30 a 60
segundos, mas que nos casos de avançado grau de hipoestesia, ele
pode ser negativo. Quanto ao tipo da incisão utilizada considerou-a de
pouca importância, desde que não cruze o sulco de flexão do punho.
TALEISNICK (1973) dissecou 12 mãos de cadáveres para
estudar a anatomia do ramo palmar do nervo mediano. Baseado nos
achados anatômicos, advertiu que para evitar a lesão deste nervo
durante a descompressão do canal do carpo, é necessária uma incisão
longitudinal curvilínea localizada no lado ulnal do eixo do 4o raio, que
deve incluir a pele, o subcutâneo e o retináculo dos flexores.
LANZ (1977), por meio de estudos anatômicos em
cadáveres, classificou as variações anatômicas do ramo muscular tenar
do nervo mediano em quatro subgrupos. O primeiro compreende as
variações do curso do ramo muscular tenar do nervo mediano; O
segundo inclui as variações do ramo muscular tenar após passar o
canal do carpo; O terceiro é o das divisões altas do nervo mediano, e o
quarto subgrupo é o dos ramos acessórios proximais ao canal do
carpo.
ARIYAN & WATSON (1977) revisaram 429 casos
consecutivos de liberação cirúrgica do canal do carpo, em 329
pacientes, no período de 1968 a 1975. Realizavam uma incisão
longitudinal entre a região tenar e a hipotenar, sem extender para o
sulco do punho. Identificavam o arco palmar superficial, o flexor
superficial do indicador e a parte distal do ligamento transverso do
carpo. Com a tesoura retiravam uma fita do ligamento, o mais ulnal
possível, e a seguir realizavam neurólise externa do mediano. A
incisão era fechada com monofilamento de náilon 5-0 e deixavam o
paciente com enfaixamento por três a sete dias. Observaram que em
2/3 dos casos, o ramo muscular tenar do nervo mediano cruzava o
retináculo dos flexores, e tiveram recidiva em quatro pacientes.
CONOLLY (1978), entre 1972 e 1977, tratou 35 pacientes
com dores persistentes ou recorrentes após descompressão cirúrgica
da síndrome do canal do carpo. Dividiu as falhas do tratamento em 5
grupos: devido a diagnóstico incorreto em cinco pacientes, três tinham
neurite periférica e dois tinham espondilite cervical; descompressão
inadequada em nove pacientes (cinco na parte distal do retináculo, um
tinha compressão apenas do ramo digital palmar próprio do 3o dedo,
uma compressão pela aponeurose palmar, um com cisto sinovial no
túnel não retirado na primeira cirurgia e um tinha o nervo em
ampulheta que necessitou de neurólise). Todos os pacientes deste
grupo tinham, na primeira cirurgia, incisão transversa ou longitudinal
pequena; quatro pacientes tiveram recidiva da compressão por
processo de fibrose; ocorreu lesão iatrogênica nervosa em sete
pacientes (duas secções do nervo mediano, uma secção do ramo motor
e quatro neuromas traumáticos do ramo palmar do nervo mediano); o
último grupo de complicações pós-operatórias teve dez pacientes (dois
com hematomas, dois com edema residual, um com síndrome ombro-
mão, dois com tenossinovite, dois com edema de desuso e um com
cicatriz hipertrófica. O autor concluiu que para termos bons resultados
devemos fazer um diagnóstico preciso, incisão segura, elevação da
mão e movimentação dos dedos no pós-operatório.
PAINE & POLYZOIDS (1983) revisaram as cirurgias
realizadas no Hospital Universitário de Saskatonn, no Canadá. Foram
464 pacientes operados, sendo 345 (75%) mulheres. Quanto à
lateralidade, 161 tinham acometimento da mão direita, 95 da mão
esquerda e 208 bilaterais. Quanto à duração dos sintomas, 1/3 tinha
menos de um ano, 1/3 tinha de um a cinco anos e 1/3 mais de cinco
anos. A idade média dos pacientes era de 52 anos nas mulheres e 58
anos nos homens. Os sintomas mais comuns eram a parestesia noturna
nas mãos. O sinal da percussão dolorosa foi positivo em 480 mãos. O
estudo eletroneuromiográfico apresentou alterações em 428 (83%)
pacientes.
Para a cirurgia os autores utilizaram sempre isquemia do
membro. Uma pequena incisão transversa era feita em um dos sulcos
de flexão do punho, centrada aproximadamente sobre o tendão do
músculo palmar longo. Este tendão era identificado e uma incisão
longitudinal era feita através do retináculo dos flexores,
imediatamente medial ao tendão, para evitar lesar o ramo muscular
tenar. Isto expunha o nervo mediano. A incisão no retináculo era
ampliada em 5 mm para distal e proximal com tesoura. O instrumento
de Paine® era introduzido com a placa base profunda ao retináculo dos
flexores e avançada distalmente até que a lâmina encostasse na
margem proximal do retináculo dos flexores. O instrumento era
levantado para a placa base encostar na parte inferior do retináculo.
Esse instrumento é angulado em direção palmar e com pressão
controlada é avançado, dividindo o retináculo. O som e a sensação de
corte são característicos. A lâmina precisa estar sempre muito afiada
para controle do corte. A ferida é fechada com dois ou três pontos e o
paciente orientado a manter a mão elevada por 24 horas. Essa técnica
foi realizada em 516 mãos, das quais 459 (89%) tiveram resultados
satisfatórios. Reoperações foram feitas em 24 mãos; 14 devidas à
liberação incompleta. Quatro pacientes tiveram hematomas na palma
das mãos, mas nenhum teve necessidade de drenagem. Os autores
concluíram que o método proporciona excelentes resultados, em sua
grande maioria, mostrando a eficiência e a segurança do instrumento,
desde que o procedimento seja feito com todos os detalhes para evitar
complicações.
TOUNTAS, MACDONALD, MEYERHOFF e BIHRLE
(1983) estudaram 507 pacientes com síndrome do canal do carpo,
divididos em dois grupos; pacientes que tinham seus sintomas
relacionados ao trabalho e pacientes cujos sintomas não se
relacionavam ao trabalho.
No grupo I tiveram 176 (34,7%), sendo 85 (48,3%) do sexo feminino
e 91 (51,7%) do masculino. No segundo grupo, 331 (65,3%)
pacientes, sendo 230 (69,5%) femininos e 101 (30,5%) masculinos.
Houve predomínio do sexo masculino no grupo relacionado ao
trabalho. Foram operados 382 pacientes, totalizando 535 mãos e
obtiveram 298 (79%) com resultados bons. Quando separaram os
grupos, encontraram 77 (65,8%) de bons resultados no grupo I e 221
(85%) no grupo II.
LOUIS, GREENE, NOELLERT (1985) trataram 25
pacientes com 26 complicações resultantes da síndrome do canal do
carpo. A complicação mais freqüente foi lesão do ramo cutâneo
palmar do nervo mediano, com conseqüente neuroma doloroso em 14
pacientes. Cicatriz hipertrófica ocorreu em três pacientes, dor por
liberações múltiplas em três, rigidez articular em dois, falha no alívio
dos sintomas em dois e lesão do ramo superficial do radial em dois.
Eles enfatizaram que o planejamento adequado da incisão poderia ter
evitado essas complicações.
KULICK, GORDILLO, JAVIDI, KILGORE,
NEWMEYER (1986) fizeram estudo retrospectivo de cem pacientes
submetidos ao tratamento cirúrgico da síndrome do canal do carpo
para determinar quais eram os fatores associados com falha ou sucesso
a longo prazo. Todos os pacientes tiveram tratamento clínico prévio.
O seguimento pós-operatório variou de dois a seis anos, com média de
quatro anos. As variáveis associadas com falhas após a cirurgia foi
fraqueza ou hipotrofia do músculo abdutor curto do polegar, presença
de condição predisponente e ausência de melhora clínica após injeção
de corticosteróide local. Todas as 51 mãos que tinham tido alívio dos
sintomas por mais de seis meses, com injeção e imobilização, somente
tiveram alívio a longo prazo após o tratamento cirúrgico. Apenas
quinze das quarenta mãos operadas que tinham envolvimento
muscular, apresentaram melhora ao exame final.
SOBÂNIA & MACOHIN (1988) analisaram 67 pacientes,
com 84 mãos operadas por síndrome do canal do carpo. Dividiram-
nos em dois grupos: traumáticos e não traumáticos. A técnica
cirúrgica utilizada foi o acesso paralelo à prega da região tenar
seguido, de um zigue-zague do lado ulnal para evitar lesão do ramo
palmar do nervo mediano. Abriam o canal do carpo e realizavam
neurólise ou não, conforme a necessidade observada pelo cirurgião.
Após a cirurgia, utilizavam tala gessada antebraquiopalmar com o
punho em flexão de 20o, pelo período de três semanas. No grupo não
traumático tiveram 94% dos pacientes do sexo feminino. A parestesia
noturna foi o sinal clínico mais freqüente. Encontraram resultados
bons em 98,8% dos pacientes.
OKUTSU, NINOMIYA, TAKATORI, UGAWA (1989)
descreveram uma técnica de endoscopia subcutânea para
descompressão do canal do carpo. Usando anestesia local e sem
torniquete, realizaram 54 cirurgias em 45 pacientes. Os sintomas
desapareceram em todos, e não tiveram nenhuma complicação de
lesão nervosa ou vascular. Concluíram que o retináculo dos flexores
pode ser incisado com segurança por esse procedimento.
GELLMAN, KAN, GEE, KUSCHNER, BOTTE (1989)
avaliaram 21 pacientes, com 24 punhos operados de síndrome do
canal do carpo, com intuito de determinar o tempo necessário para o
retorno das forças de preensão e polpa-polpa aos níveis anteriores à
cirurgia. Utilizaram para medir a preensão palmar o dinamômetro,
modelo 1 Jamar (Asimow Engineering, Company, Los Angeles,
Calif.), e a força polpa-polpa foi medida com um dinanômetro B + L
(B + L Engineering, Santa Fé Springs, Calif.). Acharam que a força de
preensão foi de 28% do nível pré-operatório na terceira semana, 73%
em seis semanas, 99% em três meses e 116% em seis meses. A força
polpa-polpa foi 74% do nível pré-operatório em três semanas, 96% em
seis semanas, 108% em três meses e 126% em seis meses.
Em 12 pacientes compararam a mão portadora da síndrome com
a mão sadia. Antes da cirurgia a mão atingida tinha 68% da força de
preensão da mão não comprometida. Em três semanas eram 18%, 43%
em seis semanas, 57% em três meses e 71% em seis meses. Quanto à
sensibilidade, avaliaram os pacientes com monofilamentos de
Semmes-Weinstein. Esta voltou ao normal em 17% (< ou = 2.83),
houve melhora em 62,5% e não houve alteração em 20,5%.
CHOW (1990) fez uma revisão de descompressão do canal
do carpo em 149 mãos de 109 pacientes, por via endoscópica. Na
avaliação com 22 meses de pós-operatório, não houve nenhum
paciente com lesão nervosa definitiva, nem complicações vasculares,
hematomas, infecção ou recidiva. O retorno às atividades ocorreu em
28,9% dos pacientes na primeira semana, 58,5% na segunda semana,
75,4% na terceira semana e 85,9% na quarta semana. A força de
preensão palmar e pinça digital foram avaliadas em 1/3 dos pacientes
e voltaram aos valores pré-operatórios em todos os pacientes na quarta
semana.
ORTIZ & LLOBET (1990) operaram 29 pacientes, sendo
32 mãos, por meio de uma incisão cirúrgica longitudinal, ao longo da
borda ulnal ao dedo médio, iniciando na prega transversa do punho,
com aproximadamente 2 cm em direção distal. Utilizaram curativo
compressivo por 48 horas. Nenhum paciente necessitou de tratamento
fisioterápico pós-operatório. Relataram ser a técnica eficaz, suficiente,
com menor morbidade e baixos custos.
TUBIANA (1990) fez suas observações pessoais sobre a
SCC e seu tratamento. Considerou que o diagnóstico deve ser baseado
no interrogatório do paciente. Nos casos típicos, a
eletroneuromiografia pode ser dispensada, mas é fundamental nos
casos atípicos. Indicou o tratamento conservador durante a gravidez e
o tratamento cirúrgico quando há alterações sensitivas e motoras há
pelo menos um ano. Preconizou uma incisão de 6 cm que contorne
radialmente a eminência tenar, estendendo-se da prega palmar
transversa e mantendo-se medial ao palmar longo. Não estender a
incisão acima do punho para evitar cicatriz dolorosa e hipertrófica.
Abrir o retináculo dos flexores 2 mm laterais ao osso pisiforme, como
forma de evitar lesão do ramo recorrente tenar do nervo mediano e
aderências do nervo ao retináculo. Isso também permite que o
retináculo continue a função de polia dos tendões flexores. O interior
do canal deve ser explorado, o ramo muscular tenar identificado e
seguido até entrar no músculo. Conforme a necessidade, o epineuro
pode ser incisado. Só é realizada a neurólise interna nos casos que não
apresentaram melhora com a primeira cirurgia. No pós-operatório
utiliza-se imobilização durante duas semanas.
GALBIATTI, KOMATSU, FALOPPA, ALBERTONI,
SILVA (1991) operaram 22 mãos de 17 pacientes por meio de uma
incisão ulnal (TUBIANA, 1990). Para avaliar os resultados,
classificaram-nos em bons, regulares e maus. Obtiveram, na maioria
dos pacientes, bons resultados e acharam que essa técnica evita a
aderência do nervo mediano à cicatriz cirúrgica.
PAGNANELLI & BARRER (1991) relataram sua
experiência em 572 mãos de 445 pacientes com síndrome do canal do
carpo. Realizaram uma pequena modificação na técnica desenvolvida
por PAINE (1955). Por meio de incisão transversa no sulco distal do
punho, centrada no lado ulnal do tendão do músculo palmar longo, o
retináculo dos flexores era elevado e colocado o instrumento de
Paine® com um desvio de 20 o para o lado ulnal. Realizaram a abertura
em direção palmar. Após o fechamento não usaram imobilização.
Utilizaram questionários e contato telefônico para avaliar os pacientes.
Obtiveram 520 (90,1%) mãos com alívio das parestesias noturnas.
Aumento da função foi encontrado em 481 (83,4%) das mãos. Na
avaliação subjetiva, 412 (81,8%) mãos foram referidas como
resultados bons e excelentes. Não tiveram nenhum caso de lesão
nervosa ou vascular. Houve infecção superficial em oito mãos, que
regrediu com uso de antibióticos. Dois casos de recidiva foram
devidos à abertura incompleta do canal. Os autores concluíram que a
técnica é segura e eficaz.
BROWN, KEYSER, ROTHENBERG (1992)
compararam dois tipos de liberação endoscópica. Em 149 pacientes
utilizaram a técnica de um portal e em 152 a de dois portais. Para a
técnica de dois portais foi usada uma cânula mais fina para evitar
contusão no nervo durante a passagem dos instrumentos. A avaliação
foi subjetiva. Consideraram a técnica de portal único mais difícil e de
maior risco que a de duplo portal.
LEE, MASEAR, MEYER, STEVENS, COLGIN (1992)
estudaram em cadáveres a liberação endoscópica do canal do carpo. A
distância entre o arco palmar e a margem distal do ligamento
transverso do carpo variou de 0,3 a 2,7 cm, com média de 1,2. Em
50% dos espécimes, houve liberação incompleta do canal.
Recomendam o treinamento intenso em cadáveres antes de iniciar na
prática clínica.
SEILER I I I , BARNES, GELBERMAN,
CHALIDAPONG (1992) efetuaram estudo anatômico em 20
cadáveres frescos para realizar liberação endoscópica do canal do
carpo. A dissecação aberta após a cirurgia endoscópica mostrou
liberação completa em 18 (90%) mãos. Houve lesão do arco palmar
superficial em 1 (5%). Observaram que o nervo mediano e seus ramos
digitais não podem ser visibilizados quando se usa a técnica utilizada
por CHOW (1989). Sugeriram uma modificação na técnica original,
que consiste em uma incisão palmar antes de passar o trocar pelo
portal proximal. Dessa maneira é possível identificar os ramos do
nervo mediano e o arco palmar superficial, evitando lesá-los.
PAGNANELLI & BARRER (1992) utilizaram, durante
seis anos, a técnica modificada de PAINE (1955) em mais de 1200
casos de síndrome do canal do carpo. Em 228 pacientes realizaram
liberação simultânea bilateral. Todas as cirurgias foram realizadas sob
anestesia local e sem nenhum tipo de isquemia. Todos os pacientes
apresentavam sintomas em ambas as mãos. A cirurgia bilateral era
contra-indicada nos pacientes idosos que moravam sozinhos ou
quando usavam bengalas ou andadores. No pós-operatório não
utilizaram nenhum tipo de imobilização nem tratamento fisioterápico.
Obtiveram um índice de 85,2% de excelentes e bons resultados. Não
tiveram nenhum caso de lesão dos nervos mediano e ulnar.
Enfatizaram a segurança e a eficácia da técnica utilizada, evitando
cicatrizes dolorosas, e concluíram que a cirurgia bilateral tem
vantagens quanto aos custos médico e hospitalar e diminui o tempo
total de afastamento do trabalho.
AGEE, McCARROLl, TORTOSA, BERRY, SZABO,
PEIMER (1992) realizaram um estudo multicêntrico, randômico,
retrospectivo, de liberação endoscópica do canal do carpo. A cirurgia
foi realizada por meio de uma lâmina ativada por um gatilho sob visão
endoscópica (3M Orthopedic Products Division, St. Paul, Minessota,
USA) em 82 mãos. Um grupo controle com 65 mãos foi submetido à
cirurgia aberta tradicional.
A incisão é feita na prega de flexão do punho entre os
tendões dos flexores radial e ulnar do carpo, e a dissecação subcutânea
para evitar lesão dos nervos palmares. A fáscia do antebraço é elevada
e um provador é introduzido pelo canal em direção distal pelo eixo do
4o dedo para ajudar a definir o local da abertura da lâmina. O
instrumento com a lâmina é então introduzido pelo mesmo espaço.
Após a identificação da margem distal do retináculo e confirmação da
posição ulnal do instrumento, o gatilho é acionado e a lâmina elevada.
Esta área, conhecida como triângulo de segurança, é definida pela
metade ulnal da margem distal do retináculo dos flexores, pela borda
ulnal do nervo mediano e de seus ramos, e pelo arco palmar
superficial.
Antes da cirurgia, as mãos foram examinadas quanto à
força de preensão palmar, polpa-polpa, lateral, tridigital e teste
sensitivo com monofilamentos de Semmes-Weinsten. Os testes foram
repetidos com uma, duas, três, seis, nove, 13 e 26 semanas após a
cirurgia. Os pacientes operados por essa técnica que tinham
acometimento unilateral, o retorno ao trabalho foi, em média, 21 dias
a menos do que os do grupo controle. Dois pacientes necessitaram de
nova cirurgia por via aberta; somente um tinha tido uma liberação
incompleta. Dois pacientes apresentaram neuropraxia transitória do
nervo ulnar.
NEWMEYER (1992) relatou suas dúvidas quanto às
vantagens da liberação endoscópica da síndrome do canal do carpo.
Considerou a liberação aberta simples e segura e com retorno ao
trabalho em aproximadamente seis semanas. A liberação endoscópica
tem uma curva de aprendizado com um custo aproximado de 1.750
dólares, sem contar o custo de cinco a dez mil dólares do instrumental.
Esse procedimento não pode ser realizado em pacientes com
problemas sistêmicos e complicações nervosas e vasculares. O autor
advertiu sobre o perigo de técnicas induzidas pela produção industrial.
YOUNG, LOGAN, FERNANDO, GRASSE, SEATON,
YOUNG (1992) estudaram a força de preensão palmar e polpa-polpa
pré e pós-operatoriamente de 21 pacientes submetidos à
descompressão cirúrgica de SCC. No primeiro mês houve uma
diminuição da força na maioria das mãos. Aos três meses, 81% das
mãos tinham 80% ou mais que a força que tinham antes da cirurgia.
BIYANI & DOWNES (1993) compararam dois grupos de
pacientes que foram submetidos a diferentes técnicas. No grupo A os
pacientes foram submetidos à cirurgia por meio de uma incisão
simples. No grupo B foi utilizada uma técnica com duas incisões -
uma na palma e outra no punho, mantendo uma ponte de pele intacta
na base da palma. Os pacientes do segundo grupo tiveram um retorno
às funções mais rápido e menos sintomas residuais. Eles tiveram uma
redução de dor na cicatriz e evitaram lesão de ramos palmares. Estes
resultados foram estatisticamente significantes. Os autores concluíram
que esta técnica tem as mesmas vantagens da liberação endoscópica,
sem necessitar de equipamento especializado de alto custo e de
treinamento específico.
COBB, DALLEY, POSTERARO, LEWIS (1993) definiram
os limites anatômicos do canal do carpo por meio de estudo em 26
membros superiores de cadáveres. Foram realizados estudos
radiológico, histológico e por meio de cortes seccionais. Acharam que
a região mais estreita do canal ocorre no nível do hâmulo do hamato.
Eles redefiniram o limite palmar do canal do carpo que inclui três
segmentos contínuos do retináculo dos flexores: o segmento palmar
fino, composto pela porção profunda da fáscia do antebraço; o
retináculo dos flexores e a porção distal do retináculo flexor,
composta de uma aponeurose entre os músculos tenares e hipotenares.
As porções distal e proximal nunca tinham sido descritas e têm
extrema importância clínica, pois a liberação incompleta das fibras
distais é causa de insucessos da cirurgia. Consideraram que
anatomicamente existem dois locais de compressão do nervo mediano
no punho. O primeiro no nível da borda proximal do retináculo dos
flexores e o segundo no nível do hâmulo do hamato onde o canal é
mais estreito.
NATHAN, MEADOWS, KENISTON (1993) avaliaram a
eficiência de dois tipos de incisão, uma maior e outra menor que 2,5
cm, ambas combinadas com um programa de terapia de mão ativa
pós- operatória em 216 pacientes. A incisão era realizada exatamente
sobre o retináculo dos flexores e não se estendia proximal ao sulco de
flexão do punho. Os autores admitiram que os pacientes motivados
para o retorno ao trabalho são os mesmos que participam mais
ativamente da recuperação. Os achados sugeriram que para o rápido
retorno ao trabalho a terapia precoce da mão é mais importante do que
a incisão pequena.
PALMER, PAULSON, LANE-LARSEN, PEULEN,
OLSON (1993) compararam três técnicas de descompressão do canal
do carpo, cirurgia aberta clássica, endoscopia por um portal (AGEE,
1992) e endoscopia por dois portais (CHOW, 1989). Em 163
pacientes, 212 mãos foram avaliadas por um período de seis meses de
seguimento. Não encontraram diferenças quanto à remissão dos
sintomas. Na técnica clássica os pacientes queixaram de mais dor e
fraqueza do polegar. O retorno da força e da amplitude articular foi
mais rápido e com menos dor nos pacientes submetidos à endoscopia.
Na avaliação do tempo de retorno ao trabalho, observaram que o
grupo de trabalhadores foi mais precoce com o uso da endoscopia, e o
de não trabalhadores com a técnica de um portal.
PEREIRA, ZALCMAN, MORI, AMARO (1993)
realizaram análise comparativa entre o tratamento conservador e o
cirúrgico na síndrome do canal do carpo. O grupo do tratamento
cirúrgico foi submetido à liberação por incisão curvilínea volar
paralela com prega tenar, estendendo-se proximalmente até o sulco do
punho e angulada em sentido ulnal para evitar cruzar o sulco em
ângulo reto e não lesar o ramo palmar do nervo mediano. O
tratamento conservador foi realizado com uso de antiinflamatório não
hormonal, vitamina B6, fisioterapia e diminuição da atividade com a
mão. De maneira geral, o tratamento cirúrgico proporcionou 92,6% de
bons resultados, superiores aos 39,7% obtidos com o tratamento
conservador.
ROTMAN & MANSKE (1993) estudaram em 28 mãos de
cadáveres as relações anatômicas entre as estruturas moles ao longo
do eixo do 4o dedo e ao longo do eixo do interespaço 4o-5o dedos. As
relações investigadas ao endoscópio foram: a distância entre o nervo
mediano, tendões flexores, margem distal do retináculo dos flexores,
arco palmar superficial e nervos digitais palmares comuns. Para
realizar a liberação do canal do carpo, fizeram cortes sagitais,
transversais e compostos. Os resultados encontrados foram
submetidos à análise estatística. Os autores consideraram que a
maioria das variações anatômicas do nervo mediano e de seus ramos é
radial e palmar ao nervo, fato que impede a lesão pelo endoscópio e
concluíram que o posicionamento do endoscópio ao longo do eixo do
4o dedo é mais seguro.
EVANS (1994) discutiu as desvantagens da técnica
endoscópica e suas graves complicações nervosas. Preocupou-se com
o fato de as novas técnicas serem praticamente impostas aos
cirurgiões, pelos fabricantes de instrumentos, dada a necessidade de se
acompanhar o desenvolvimento tecnológico.
WILSON (1994) descreveu o “retângulo crítico do pilar”,
região na qual uma incisão para liberação do canal do carpo pode
provocar dor no pilar do punho por lesão de fibras nervosas. Este
retângulo é delimitado pelo sulco de flexão do punho, borda ulnal do
hamato, tubérculo do escafóide e uma linha imaginária transversa, 1
cm distal ao hámulo do hamato. Ele avaliou 30 pacientes com
síndrome bilateral do canal do carpo. Na primeira cirurgia utilizou em
uma das mãos a técnica clássica, e na mão oposta usou dupla incisão.
Realizou uma incisão transversa de 2 cm no sulco de flexão do punho
entre os tendões dos músculos flexor radial e ulnar do carpo, tomando
cuidado com os ramos palmares. A parte proximal do retináculo dos
flexores era cortada com uma lâmina de bisturi número 15, a
aproximadamente 1,5 cm, ao longo da borda radial do 4o dedo. Uma
outra incisão longitudinal de 1,5 a 2,0 cm era feita na palma da mão,
começando distal à linha cardinal de Kaplan e terminava proximal
onde o 4o dedo fletido toca a palma. O retináculo era seccionado com
o bisturi em direção proximal até encontrar a incisão prévia. A
visualização era feita entre as duas incisões para confirmar a abertura
completa. Após o fechamento da incisão, a mão era imobilizada por
uma semana. Os pacientes foram avaliados após uma, duas, quatro,
seis e dez semanas da cirurgia. Em relação à dupla incisão, 19
pacientes acharam o pós-operatório menos doloroso, a força de
preensão foi maior, a incidência de dor no pilar foi menor e não houve
dor na cicatriz. Os achados foram considerados compatíveis com os
obtidos por meio da liberação endoscópica, com menos riscos e custos
para os pacientes. Não houve complicações em ambas as técnicas.
BROMLEY (1994) para evitar cicatrizes hipertróficas e
dolorosas utilizou uma pequena incisão de 1,5 a 2 cm no meio da
palma. Ele identificou o arco palmar superficial e a margem distal do
retináculo dos flexores. A fáscia antebraquial e a porção proximal do
retináculo foram abertos com uma tesoura através do plano profundo à
aponeurose palmar. O nervo mediano foi facilmente visibilisado e
protegido durante a secção do retináculo. Não utilizou imobilização no
pós-operatório.
MURRAY, SACCONE, RAYAN (1994) descreveram dois
casos de complicações por incisões pequenas. No primeiro paciente,
houve lesão do nervo digital palmar comum do terceiro espaço e
aderência do nervo mediano devida à liberação por meio de uma
incisão transversa no punho. Em outro paciente houve secção
incompleta do retináculo após uma liberação por incisão intertenar. Os
autores acharam que esses métodos têm uma alta incidência de
complicações e riscos potenciais que não justificam seu uso.
TSURUDA, SYED, TSAY (1994) compararam a liberação
endoscópica do canal do carpo entre o portal proximal e o portal
distal. Utilizaram 30 membros superiores de cadáveres frescos. Não
encontraram diferenças quanto à completa liberação do canal entre as
duas vias de acesso. Pela via de acesso no punho tiveram lesão do arco
palmar superficial em uma mão. Pela via de acesso palmar, não
tiveram lesão de estrutura alguma. Após fazerem revisão da literatura
quanto às lesões vásculo- nervosas, com o uso de endoscópio para
abertura do canal do carpo, consideram que a entrada pelo portal distal
permite fácil visualização e proteção do arco palmar superficial, além
de também permitir a identificação e a proteção dos nervos para o 3o e
4o dedos. Concluíram que essa via é mais segura do que a técnica de
dois portais e do que a técnica de um portal proximal.
HALLOCK & LUTZ (1994) compararam os resultados do
tratamento cirúrgico da síndrome do canal do carpo por meio de dois
métodos diferentes. Em um grupo utilizaram uma incisão palmar
média estendendo-se da margem distal do retináculo flexor até a prega
distal do punho. No segundo grupo utilizaram técnica endoscópica por
dupla via . Não encontraram diferenças estatisticamente significantes
entre os dois grupos quanto ao sexo, à idade, ocupação, dominância e
bilateralidade. Quanto ao retorno ao trabalho observaram uma
diferença pequena e concluíram que a mini-incisão leva a bons
resultados sem nenhum equipamento especial.
ZUMIOTTI & OHNO (1994) propuseram uma
modificação na técnica de liberação endoscópica (CHOW, 1989) para
evitar lesões iatrogênicas. Realizaram uma incisão de 1 cm na palma
da mão e identificaram o ramo da artéria ulnar que irá formar o arco
palmar superficial, o ramo do nervo ulnar para a quarta comissura e o
ramo do nervo mediano para a terceira comissura. O endoscópio foi
introduzido através do portal distal e a secção do retináculo dos
flexores feita de distal para proximal.
ABOUZAHR, PATSIS, CHIU (1995) em 28 mãos de
cadáveres realizaram a liberação do canal do carpo sob visão direta
limitada. Eles efetuaram uma incisão de 1,5 cm no sulco distal do
punho, ulnal ao tendão do músculo palmar longo; sob dissecação
romba, identificaram um plano entre a fáscia palmar e o retináculo dos
flexores. Um espéculo nasal iluminado , com lâmina de 60 a 70 mm,
era introduzido em direção à palma da mão no eixo do 4o raio e
realizavam a secção do retináculo. Não tiveram lesão nervosa ou
tendinosa. Em uma mão houve lesão do arco palmar superficial. Eles
concluíram que a técnica é simples, utiliza equipamento simples e é
eficaz em dividir o retináculo dos flexores.
TSAI, TSURUTA, SYED e KIMURA (1995) utilizaram
em 125 pacientes uma incisão longitudinal palmar de 1,5 cm ao longo
do eixo do 4o dedo. Utilizaram tubos de vidro de 5, 7 e 9 mm de
diâmetro com uma estria, nas quais introduziram um "meniscótomo" e
cortaram o retináculo dos flexores. Tiveram três casos de neuropraxia
do nervo digital do lado radial do 4o dedo, uma laceração do ramo
muscular tenar do nervo mediano, uma infecção superficial e uma
quebra do tubo.
CARNEIRO & JAMES (1995) apresentaram a técnica de
liberação do canal do carpo com o instrumento de Paine® por via de
acesso palmar. Realizavam uma incisão de 2,5 cm ulnal ao sulco de
flexão palmar no eixo do dedo anular. Após abertura da fáscia palmar,
identificavam o nervo mediano e seus ramos. Introduziam o
instrumento em sentido proximal, ulnal ao tendão do palmar longo,
dividindo o retináculo dos flexores. Se não conseguiam abertura
completa, colocavam o “protetor de nervo mediano”, desenvolvido
pelos autores e repetiam a manobra. Para confirmar a abertura,
introduziam o dedo mínimo até a parte proximal do antebraço.
Realizavam sutura contínua com fio de náilon 5-0 e colocavam um
enfaixamento. No 4o dia de pós-operatório retiravam o enfaixamento e
colocavam uma órtese até completar uma semana. Utilizaram esta
técnica em 204 pacientes, obtendo resultados excelentes na grande
maioria. Recomendaram esta técnica para liberações primárias do
canal do carpo.
COOK, SZABO, BIRKHOLZ, KING (1995) avaliaram a
importância da imobilização pós-operatória em 50 pacientes
submetidos à liberação cirúrgica do canal do carpo. Em um grupo, os
pacientes foram imobilizados durante duas semanas. No outro grupo,
os pacientes iniciaram movimentos no primeiro dia pós-operatório.
Foram realizadas avaliações com duas semanas, um mês, três meses e
seis meses após a cirurgia. Observaram que os pacientes imobilizados
tiveram atraso no retorno ao trabalho, às atividades de vida diária , da
força de preensão palmar e digital lateral. Esses pacientes também
tiveram mais dor e sensibilidade na cicatriz durante o primeiro mês.
Concluíram que a imobilização por mais de uma semana é prejudicial
aos pacientes.
LOUIS (1995) relatou sua preocupação com o uso da
liberação endoscópica na SCC. Comentou sobre a imposição da
indústria de material médico para utilização de alta tecnologia e
finalizou questionando a necessidade do uso da endoscopia.
LUCHETTI, ALFARANO, MONTAGNA, SORAGNI
(1995) fizeram uma grande revisão da literatura quanto aos mais
diversos tipos de incisão. Estudaram as possíveis complicações que
podem ocorrer na cirurgia da síndrome do canal do carpo. Chamaram
de “menor” a dor na região hipotenar ou “pillar pain” conforme
denominação dos autores de idioma inglês. Consideraram que toda
incisão que cruze a região intertenar provoca cicatriz dolorosa, que se
resolve após meses de fisioterapia e propuseram a solução desse
problema , utilizando uma incisão na projeção do 4o dedo, que se
inicia na prega palmar média e se estende em sentido proximal por 2 a
2,5 cm. Colocaram dois ganchos de cada lado, tomando cuidado com
os ramos palmares. Abriram a fáscia palmar, observaram a artéria
ulnar, identificaram a margem distal do retináculo dos flexores e
incisaram-no com uma lâmina de bisturi, ulnal ao nervo mediano. Não
fizeram de rotina a secção de 2 a 3 cm da fáscia antebraquial.
NANCOLLAS, PEIMER, WHEELER, SHERWIN (1995)
para determinar os resultados, a longo prazo, da liberação aberta do
canal do carpo, revisaram 52 pacientes com 60 cirurgias. Todos os
pacientes foram operados, como recomendado por TALEISNICK
(1973). O tempo médio de seguimento foi de 5 anos. Os resultados
bons e excelentes ocorreram em 87% dos pacientes. Após dois anos de
cirurgia, 30% dos pacientes queixavam-se de falta de força ou
sensibilidade na cicatriz e 57% tinham retorno de algum sintoma pré-
operatório, mais freqüentemente a dor. Os pacientes com síndrome
induzida pelo trabalho foram os mais acometidos.
LoVERME & SACCONE (1995) relataram sua
experiência com uma modificação da técnica de liberação subfascial.
Uma incisão de 2 cm era feita no sulco distal de flexão do punho.
Realizavam dissecação do subcutâneo longitudinalmente na direção
do eixo do 4o dedo, com o cuidado de evitar lesão do ramo palmar. O
tendão do músculo palmar longo era identificado e elevado, realizando
um túnel subfascial por dissecação romba. Um retrator era colocado e
uma pequena incisão feita no retináculo dos flexores para
identificação do nervo mediano. O retináculo foi dividido sob visão
direta. Os autores não utilizaram nenhum tipo de imobilização no pós-
operatório e obtiveram resultados satisfatórios em 89% dos pacientes.
Concluíram que a técnica era segura e realizável, como uma técnica
alternativa.
SHAPIRO (1995) estudou 387 pacientes submetidos à
liberação “microcirúrgica” do túnel do carpo. Destes, 461 mãos foram
submetidas à cirurgia por meio de uma incisão no lado ulnal da prega
tenar, imediatamente distal ao sulco de flexão do punho, com 2 a 3
cm, aproximadamente. Utilizando magnificação por meio de lupa ou
microscópio cirúrgico, foi realizada dissecação, identificação do
retináculo dos flexores e pesquisa da existência de ramo muscular
tenar perfurando o ligamento. Com uma lâmina de bisturi número 15 o
ligamento foi aberto e com uma tesoura de íris totalmente seccionado.
A epineurectomia foi realizada de rotina. Houve 88% de melhora das
queixas e 97% de aumento de força. Em sete pacientes houve alívio
dos sintomas na mão oposta após cirurgia na contralateral. Oito
pacientes tiveram dores residuais na cicatriz. O autor concluiu que
com esta técnica obteve resultados comparáveis com a liberação
endoscópica e a liberação com o instrumento de Paine®.
BENSIMON & MURPHY (1996) publicaram uma técnica
alternativa . Realizaram uma incisão de 2,5 cm na região média da
palma da mão. A fáscia palmar era incisada e a margem distal do
retináculo dos flexores identificada. Um retrator acoplado a uma fibra
óptica era colocado para pesquisar o ramo muscular tenar recorrente.
A divisão do retináculo era realizada então com o instrumento de
Paine®. Relataram que em mais de cem pacientes não tiveram
nenhuma lesão neurovascular.
WATCHMAKER, WEBER, MACKINNON (1996)
dissecaram 25 mãos de cadáveres frescos para estudar o ramo palmar
do nervo mediano e saber como evitar sua lesão durante a liberação do
canal do carpo. Também em cem mãos foi estudada a anatomia da
prega tenar e da projeção do 4o dedo. Uma incisão ao longo desse
eixo, com o dedo em extensão, pode prevenir a secção do ramo
cutâneo palmar do nervo mediano. Este eixo, no entanto, varia
significativamente, dependendo de se os dedos estão juntos, em
adução, em abdução, fletidos ou extendidos. Os autores preconizaram
uma incisão localizada aproximadamente 5 mm ulnal à depressão
intertenar, evitando a secção do ramo palmar do nervo mediano.
LEE, PLANCHER, STRICKLAND (1996) relataram sua
experiência na liberação do canal carpal com uma pequena incisão
palmar. Eles utilizaram desde novembro de 1992 um instrumento
desenhado por James W. Strickland. A técnica consiste no uso
seqüencial de quatro instrumentos. Três permanentes, usados para
preparar a passagem do instrumento cortante que é introduzido por
uma incisão palmar e faz a divisão do retináculo dos flexores. Utiliza-
se anestesia local e faz-se uma incisão de 2 a 2,5 cm na palma da mão
em relação à borda radial do 4o dedo. Colocado um afastador e
realizada dissecação para se observar pelo menos 1 cm do retináculo
flexor, realiza-se uma incisão inicial com o bisturi. As estruturas do
interior do canal são identificadas. Para protegê-las durante o
procedimento, um instrumento piloto rombo é introduzido entre o
retináculo e as estruturas do canal. O piloto é retirado e outro
instrumento é introduzido para preparar um canal no tecido conjuntivo
denso, ventral ao ligamento. O segundo instrumento é retirado e um
piloto duplo é introduzido para se ter certeza de que haverá uma
secção segura do retináculo. O piloto duplo é retirado e finalmente é
introduzido o quarto instrumento para seccionar o retináculo. Este
último tem uma barreira triangular para evitar que o instrumento entre
inadvertidamente além do suficiente para seccionar o retináculo. Os
autores testaram esta técnica em 28 cadáveres e observaram a
manutenção da aponeurose entre as musculaturas tenar e hipotenar e
da aponeurose palmar. Não observaram lesão de estruturas
neurovasculares. Realizaram 694 cirurgias em 525 pacientes e tiveram
duas complicações de lesão do nervo mediano, que ocorreram pela
segunda passagem do cortador. Tiveram 92% dos pacientes com
resolução dos sintomas.
BIYANI, WOLFE, SIMISON, ZAKHOUR (1996)
observaram que a “dor no pilar” é mais comum na parte proximal das
incisões para descompressão do canal do carpo. Como as causas dessa
dor ainda não foram bem esclarecidas, realizaram em 22 pacientes,
biópsias de pele e tecido celular subcutâneo das partes proximal e
distal de uma incisão clássica. Em cada biópsia contaram o número de
nervos livres; não havendo diferenças estatísticas entre elas,
concluíram que não há suporte para a hipótese da divisão
microscópica dos nervos na derme ser uma causa importante de “dor
no pilar”.
Da SILVA, MOORE, WEISS, AKELMAN, SIKIRICA
(1996) dissecaram o punho e a mão de 12 cadáveres frescos por meio
de microscópio. O ramo palmar do nervo mediano foi dissecado desde
a sua origem até os ramos terminais. Em todos, fibras penetram na
aponeurose palmar, correm sob sua superfície e terminam no
retináculo dos flexores. Concluíram que quando o retináculo é
dividido, seja por meio de endoscopia ou técnica aberta, as pequenas
fibras nos tecidos profundos são lesadas, causando dores no pilar.
MARTIM, SEILER III, LESESNE (1996) dissecaram 25
mãos de cadáveres frescos para examinar a inervação cutânea de suas
palmas. Em todos os casos o ramo palmar do nervo mediano estava
presente. A contribuição do ramo palmar do nervo ulnar para
inervação da mão foi bastante variável. Em dezesseis espécimes, a
incisão no eixo do 4o dedo encontrou pelo menos um ramo de nervo
ulnar e em um espécime havia um ramo do nervo mediano.
Concluíram que os baixos níveis de dores residuais nos pacientes
submetidos à liberação endoscópica e subcutânea são, em parte,
devidos à preservação dos ramos cutâneos.
NETSCHER, STEADMAN, THORNBY, COHEN
(1998) estudaram o tempo de retorno da força de preensão palmar e
digital após duas diferentes formas de reconstrução do retináculo dos
flexores e uma sem reconstrução. Concluíram que a reconstrução do
retináculo dos flexores, pela técnica de rotação de um retalho do
próprio, proporciona vantagens mecânicas.
PIGNATARO, RUSCHEL, FOLBERG, CARNEIRO
(1998) testaram em 22 mãos de cadáveres, a técnica preconizada por
CARNEIRO & JAMES (1995). Após realizarem a incisão palmar e
passarem o instrumento de Paine®, eles ampliaram a incisão original
em sentido proximal para analisar as estruturas envolvidas.
Mensuraram a distância entre o local da seccão do retináculo e o canal
de Guyon, ramos cutâneo e muscular do nervo mediano e arco palmar
superficial. Todas as estruturas ficam a milímetros de onde é feito o
corte do retináculo. Em todas as ocasiões, conseguiram abertura total
do retináculo, preservando a fáscia palmar, tecido celular subcutâneo e
pele. Não houve lesão do arco palmar superficial em nenhum caso,
demonstrando que no estudo em cadáveres, a técnica se mostrou
segura e eficiente, reforçando os resultados clínicos encontrados.
CAPÍTULO III
MATERIAL E MÉTODOS
Material
O presente material corresponde a 89 pacientes, totalizando
112 mãos submetidas à liberação cirúrgica do canal do carpo, por
incisão palmar e instrumento de Paine®.
Este estudo, aprovado pela Comissão de Ética Médica do
Hospital São Paulo da UNIFESP - EPM, foi realizado entre março de
1995 e março de 1998. Todos os pacientes foram avaliados e tratados
pessoalmente ou sob supervisão do autor. Entre os 89 pacientes, 23
aparecem duas vezes em nossa casuística por terem sido operados de
ambos os lados (15 e 23, 18 e 49, 20 e 47, 25 e 31, 27 e 29, 30 e 35,
32 e 38, 33 e 46, 34 e 42, 41 e 94, 44 e 53, 45 e 51, 48 e 75, 50 e 54,
64 e 68, 65 e 67, 70 e 73, 71 e 92, 80 e 103, 82 e 89, 83 e 99, 96 e 104,
107 e 110). As mãos operadas são listadas por ordem cronológica do
dia da cirurgia e nenhuma mão foi submetida a mais de um
procedimento cirúrgico.
Na tabela I estão contidos os dados referentes a esses
pacientes, segundo o número de ordem, iniciais do nome, idade em
anos, sexo, cor, profissão, lado acometido, lado dominante, lado
operado, serviço de origem.
A idade, na época da cirurgia, variou de 18 anos no paciente
mais jovem a 79 no mais velho, com uma média de 46 anos. A maior
incidência ocorreu na quinta década, com 30 pacientes (Gráfico 1).
Gráfico 1 - Distribuição dos 89 pacientes operados quanto a faixa etária
0
5
10
15
20
25
30
1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª Décadas
Pacientes
2(2,2%)
5(5,6%)
21(23,6%)
30(33,8%)
21(23,6%)
9(10,1%)
1(1,1%)
Quanto ao sexo, 6 (6,7%) eram do sexo masculino e 83
(93,3%) do feminino.
Em relação à cor, 66 (74,2%) eram brancos, 15 (16,8%)
pardos, 4 (4,5%) amarelos e 4 (4,5%) negros.
Houve grande diversidade de profissões, desde
trabalhadores braçais até profissões que necessitam da mão para
trabalhos que exigem destreza. Atividades do lar eram exercidas por
45 (50,6%) pacientes, na cozinha por 6 (6,7%) , de ajudante geral por
5 (5,6%) e outras profissões diversas por 33 (37,1%).
Quanto à mão acometida, 73 (82,0%) pacientes tinham
queixas bilaterais, 13 (14,6%) tinham na mão direita e 3 (3,4%) na
esquerda. A mão dominante era direita em 83 (93,2%) pacientes,
esquerda em 3 (3,4%) e 3 (3,4%) eram ambidestros. A cirurgia foi
realizada na mão direita em 45 (50,6%) pacientes, na mão esquerda
em 21 (23,6%) e bilateral em 23 (25,8%) pacientes (Gráfico 2).
Gráfico 2 - Distribuição dos 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, quanto ao ladoacometido, dominante e operado
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
Dir Esq Bilat
Acometido
Dominante
Operado
83
03 03
73
13
03
45
21 23
Lado
Pacientes
Estes pacientes, estão registrados de acordo com a seguinte
distribuição: 50 (56,2%) do Hospital São Paulo da UNIFESP - EPM
(Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior), 19 (21,3%) do
Centro médico Jardim São Paulo, 13 (14,6%) da clínica privada em
Mogi das Cruzes e 7 (7,9%) do Hospital Luzia de Pinho Mello do
SUS - 13 de Mogi das Cruzes.
Na tabela II estão contidos os dados referentes a esses
pacientes, segundo o número de ordem, avaliação pré-operatória de
parestesia noturna, teste de Phalen, sinal da percussão dolorosa no
punho, força de preensão palmar, polpa-polpa, lateral, tridigital e
avaliação da sensibilidade por meio de monofilamentos do 1o, 2 o , 3 o ,
4 o e 5 o dedos.
Quanto aos sintomas clínicos, a parestesia noturna estava
presente em 110 (98,2%) mãos, o teste de Phalen em 104 (92,8%) e o
sinal da percussão dolorosa no punho em 91 (81,2%).
Avaliação pré-operatória da força de preensão palmar,
polpa-polpa, lateral e tridigital foram realizada em 86 (76,8%) mãos.
Avaliação pré-operatória da sensibilidade dos dedos da mão
foi feita por meio de monofilamentos de náilon em 87 (77,7%) mãos.
Na tabela III estão contidos os dados referentes a esses
pacientes, segundo o número de ordem, hipotrofia tenar, realização de
eletroneuromiografia, tempo de sintomas, condições predisponentes,
afecções associadas, tratamento clínico prévio, cirurgia na mão oposta
por outra técnica, data da cirurgia e tempo de seguimento pós-
operatório.
A hipotrofia dos músculos tenares estava presente em 19
(17,0%) mãos. Em 84 (75,0%) membros superiores, nos quais foi
solicitado o estudo eletroneuromiográfico, havia alterações
compatíveis com a síndrome do canal do carpo. Em 28 (25,0%) não
foram realizados os exames.
O tempo decorrido entre o início dos sintomas e o
tratamento cirúrgico variou de 1 a 360 meses com média de 69 meses.
Quanto aos fatores predisponentes, foram encontrados 42
(47,2%) pacientes no climatério e 4 (4,5%) pacientes com diagnóstico
de artrite reumatóide.
Em relação às afecções associadas, observaram-se 12
(13,5%) pacientes com outras síndromes estenosantes: 8 (9,0%)
deformidades em gatilho dos dedos; 1 (1,1%) síndrome do túnel do
tarso; síndrome do desfiladeiro torácico em 1 (1,1%) e tenossinovite
estenosante “de Quervain” em 2 (2,2%). A síndrome do impacto
subacromial do manguito rotador foi encontrada em 5 (5,6%), lesão
por esforço repetitivo em 2 (2,2%), contratura da aponeurose palmar
em 1(1,1%) , dor miofascial em 2 (2,2%), fibromialgia em 1(1,1%) e
cisto de tendão em 1 (1,1%).
O tratamento clínico prévio foi instituído em 63 (70,8%)
pacientes. Quanto ao agente, antiinflamatórios não hormonais foram
administrados em 63 (70,8%), a fisioterapia foi realizada em 39
(43,8%), algum tipo de imobilização foi usado por 37 (41,6%), 14
(15,8%) tomaram corticosteróides, 5 (5,6%) vitamina B, a infiltração
foi realizada em 4 (4,5%) e 3 (3,4%) pacientes fizeram acupuntura.
Vinte e seis (29,2%) não realizaram tratamento clínico prévio.
Tratamento por outra técnica cirúrgica havia sido realizado
previamente na mão contralateral em 14 (15,7%) pacientes.
Quanto ao tempo de seguimento pós-operatório variou de 1
a 36 meses, com média de 16 meses.
Os pacientes no pré-operatório, foram estudados de acordo
com o “Protocolo de Pesquisa”, padrão utilizado na “Casa da Mão” da
Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior da UNIFESP-
EPM, no qual constam os dados de identificação do paciente, histórico
da lesão, exame físico geral e específico. Nas avaliações pós-
operatórias, foi utilizado um pequeno protocolo onde consta a
identificação do paciente, mensuração da força, avaliação da
sensibilidade e dos sinais e sintomas específicos (Anexo).
Métodos
Os 89 pacientes desta série apresentavam diagnóstico de
síndrome do canal do carpo em 112 mãos, com base nos sintomas
clínicos, associados ou não ao diagnóstico eletroneuromiográfico. Não
foram incluídos pacientes com sintomas decorrentes de lesões pós-
traumáticas no nível do punho, por se tratar de uma contra-indicação
relativa do método cirúrgico utilizado.
O diagnóstico clínico foi realizado por meio de inquérito ao
paciente quanto à presença de parestesias noturnas, realização do teste
de PHALEN (1970) e pesquisa do sinal de percussão dolorosa na
prega de flexão do punho.
Perguntava-se ao paciente qual o sintoma que sentia. Se o
paciente referisse dormência e/ou dores nas mãos, que provocavam o
despertar no meio da noite, a parestesia noturna era considerada
positiva. Caso o paciente nada relatasse, era considerada negativa.
O teste de PHALEN (1970) era realizado solicitando-se ao
paciente que fizesse flexão máxima do punho. Considerava-se o sinal
positivo se o paciente relatasse aparecimento ou exacerbação de
parestesias na área inervada pelo nervo mediano após 30 até 60
segundos e apresentava melhora com o retorno do punho à posição
neutra. Era considerado negativo quando o paciente nada sentia.
O sinal da percussão dolorosa era pesquisado pelo
examinador, realizando um toque com a ponta de seu dedo indicador
na prega de flexão do punho (PHALEN, 1970). Se o paciente referisse
a sensação de choque ou formigamento irradiado para a palma da mão
e dedos radiais, o sinal era considerado positivo. Caso o paciente nada
referisse o sinal era considerado negativo.
A força era avaliada por meio de mensuração da força de
preensão palmar, polpa-polpa, lateral e tridigital. Foi utilizado um
dinanômetro de preensão palmar hidráulico, ajustado na segunda
posição e um dinanômetro de preensão digital hidráulico, ambos
Baseline® (Irvington, N.Y., U.S.A.). Para realizar a mensuração, os
indivíduos ficavam sentados, com o braço aduzido paralelo ao tronco,
cotovelo fletido em 90 graus, antebraço e punho em posição neutra.
Eram efetuadas três mensurações, com o máximo de força possível. A
média das mensurações era anotada em quilogramaforça (Fig. 1).
A sensibilidade era pesquisada por meio do teste de
monofilamentos de náilon (Estesiômetro), fabricado por SORRI,
Bauru, Brasil. O conjunto consiste de um jogo de sete tubos, cada um
contendo um par de monofilamentos. O número de cada fio indica
com precisão a força axial necessária para envergar o filamento.
Os filamentos são de cores diferentes e correspondem à
graduação em gramas. Verde - 0,05 g; azul - 0,20 g; violeta - 2,00 g;
vermelho escuro - 4,00 g; laranja - 10,00 g; vermelho magenta -
300,00 g .
A mão do paciente era posicionada com a palma virada para
cima. O exame era demonstrado em uma área de pele com
sensibilidade normal e solicitava-se ao paciente mexer o dedo quando
sentisse o toque. O exame era realizado sem observação visual do
paciente, de modo que o monofilamento de náilon ficasse
perpendicular à superfície da pele da polpa digital. A força exercida
era suficiente para curvar o monofilamento, mantendo
aproximadamente durante 1,5 segundos. O teste era iniciado com o
monofilamento mais leve, 0,05 g (verde). Caso não houvesse resposta
do paciente, prosseguia-se o exame com o filamento imediatamente
mais pesado (0,20 g - azul), e assim progressivamente. Os filamentos
de 0,05g e 0,20 g (verde e azul) eram aplicados até três vezes em cada
local, sendo suficiente apenas uma única resposta positiva para
confirmar a sensibilidade. Os outros eram testados apenas uma vez.
Para agilizar a avaliação, eram pesquisadas apenas as polpas digitais
dos dedos das mãos (Fig. 2).
Era realizada inspeção da região tenar; caso houvesse
hipotrofia tenar, era considerada presente. Se o trofismo fosse
considerado normal, era considerada ausente.
INSTRUMENTO DE PAINE®
Em todas as cirurgias foi utilizado o instrumento cirúrgico
desenvolvido por PAINE (1955). Este é manufaturado por Ruggles
Instruments, Elekta Instruments, Inc., Atlanta, Geórgia, U.S.A. e
Downs Surgical Ltd., Toronto, Ontario, Canadá.
É um instrumento confeccionado em aço inoxidável, com
uma haste achatada no plano frontal e uma placa de base no plano
horizontal, formando entre si um ângulo de 135o. A base tem as
bordas arredondadas e mede 2 1/4 por 1/4 polegadas. A 1/4 polegada
antes de seu final tem uma lâmina de corte de 1/8 polegada que fica no
mesmo plano da haste (Fig.3).
Técnica Cirúrgica
No centro cirúrgico, em caráter ambulatorial, os pacientes
foram submetidos à anestesia do tipo endovenosa de Bier no membro
superior ou bloqueio do nervo mediano e ulnar no punho. Foi sempre
garroteado o terço proximal do antebraço, seguida de rigorosa
assepssia e antissepsia.
O membro superior era posto em abdução sobre a mesa de
cirurgia, mantinha-se o antebraço em supinação e o punho em posição
neutra, evitando desvios radial ou ulnal da mão.
Os pontos topográficos importantes, o pisiforme, o hámulo
do hamato, a prega palmar média e a linha cardinal de Kaplan eram
identificados para orientação da incisão. A incisão longitudinal era
feita no eixo da borda radial do 4º dedo, com 1,5 a 2,0 cm de
comprimento, iniciando aproximadamente a 1,0 cm da prega palmar
média, em direção proximal incluindo pele e tecido celular
subcutâneo. Eram colocados dois afastadores tipo "garra", tamanho
pequeno, e a aponeurose palmar era visibilizada. Por meio de
dissecação romba, perfurava-se e abria-se a aponeurose no sentido de
suas fibras. Imediatamente a artéria ulnar e o arco palmar superficial
eram identificados. Havia sempre um coxim gorduroso que cobria os
ramos do nervo mediano que era dissecado de forma cuidadosa, para
identificar o ramo digital comum ao 3º e 4º dedos. O lado ulnal da
margem distal do ligamento transverso do carpo era a última estrutura
a ser identificada. O contorno destas três estruturas formam um
triângulo, constituindo a “Zona de Segurança de AGEE”(1992).
Através desta zona de segurança, era colocada
cuidadosamente, o mais ulnal possível, uma pinça de Kelly romba,
curva e fechada para identificação do canal do carpo e liberação das
aderências ao retináculo. A ponta desta pinça estava sempre voltada
para cima de modo a ser sentido o término do retináculo. A ponta da
pinça era palpada percutaneamente com a outra mão, proximal ao
sulco de flexão do punho. A pinça era retirada do canal e com uma
tesoura realizava-se uma pequena incisão na margem distal do
retináculo dos flexores a 2 mm aproximadamente da inserção no
uncinado. Em seguida, o instrumento de Paine era posicionado no
local incisado, com a base paralela ao eixo do nervo mediano e com
força contínua, controlada, o instrumento era empurrado em sentido
proximal até acabar a resistência provocada pela consistência do
retináculo. Neste momento, o fim da base do instrumento era palpado
percutaneamente a 1,0 cm do sulco de flexão do punho. Um afastador
pequeno era colocado na parte proximal da incisão. Dessa maneira
observavam-se a abertura do canal, o nervo mediano e o retináculo
seccionado. Se restasse ainda alguma estrutura comprimindo o nervo,
uma segunda passagem do instrumento era realizada (Fig. 4).
No caso de dúvida, devido a qualquer dificuldade técnica ou
necessidade de uma exploração do túnel, a incisão deve ser
prolongada proximalmente.
Nos pacientes que foram submetidos à anestesia tipo
bloqueio venoso de Bier, eram injetados, na incisão após o término da
cirurgia, 2ml de Marcaína® 0,5%, sem vasoconstrictor.
Confirmada a liberação do nervo mediano, o fechamento da
incisão era realizado com dois ou três pontos simples, separados na
pele com monofilamento de náilon 5-0.
A mão era imobilizada com uma tala gessada
antebraquiopalmar em posição neutra do punho, deixando as
articulações metacarpofalângicas livres.
No pós-operatório imediato, o paciente era orientado e
estimulado a fazer movimentos de flexo-extensão nas articulações
metacarpofalângicas, interfalângicas proximais e interfalângicas
distais.
Durante as primeiras vinte e quatro horas a mão submetida a
intervenção cirúrgica era mantida em posição elevada acima do nível
do tronco.
Os pontos foram retirados no oitavo dia pós-operatório
juntamente com a imobilização.
AVALIAÇÃO CLÍNICA PÓS-OPERATÓRIA
No seguimento pós-operatório foram realizadas avaliações
clínicas, na segunda semana, no primeiro, terceiro e sexto meses.
Realizou-se pesquisa quanto à remissão dos sintomas clínicos de
parestesia noturna, do teste de PHALEN (1970) e do sinal da
percussão dolorosa. Objetivamente mediram-se as forças de preensão
palmar, digital polpa-polpa, lateral e tridigital. Para avaliação da
sensibilidade utilizou-se o teste de monofilamentos na polpa digital
dos cinco dedos.
Outro critério de avaliação clínica usado foi o proposto por
Galbiatti et al.(1991). O resultado era considerado bom no paciente
que tinha remissão dos sintomas e não apresentava limitação. Regular,
quando havia redução dos sintomas e limitações aos esforços. Mau,
nos casos em que não ocorria melhora clínica.
A hipotrofia tenar foi avaliada subjetivamente em melhora
e não melhora, após um período mínimo de seis meses de seguimento
pós-operatório.
O retorno às atividades foi dividido em períodos de
tempo, a partir do oitavo dia da cirurgia, a partir do décimo quinto dia
e com mais de 15 dias.
MÉTODO ESTATÍSTICO
Para avaliar a evolução das mãos em relação ao período pré-
operatório e aos vários períodos pós-operatórios para as variáveis
parestesias noturnas, teste de PHALEN (1970) e teste da percussão
dolorosa, utilizamos o teste de McNemar.
Para as variáveis, força de preensão palmar, polpa-polpa ,
lateral e tridigital, usamos o teste de Friedman, pois havia interesse em
verificar a evolução ao longo do tempo.
Este mesmo teste foi utilizado para a variável sensibilidade
nos dedos, onde se fixou o tempo e estudaram-se possíveis variações
entre os dedos em cada tempo.
Posteriormente o mesmo teste de Friedman foi utilizado
para verificarmos como se comportava cada dedo ao longo do tempo.
Os testes de Friedman, quando necessários, foram
complementados pelo teste de comparações múltiplas.
O nível de significância fixado em todos os casos foi sempre
igual ou menor do que 0,05 (5%).
Quando a estatística calculada apresentou um valor
significante usamos um asterisco (*) para caracterizá-la. Caso
contrário, isto é, não significante, usamos NS.
As médias foram calculadas e apresentadas apenas a título
de informação.
Terminologia Anatômica
A “Terminologia Anatômica” utilizada é a aprovada na XIII
Reunião do Comitê Federativo em Terminologia Anatômica, São
Paulo, 1997.
Apresentação do Estudo
Seguiu as “Normas para Apresentação de
Dissertações e teses”. Herani,M.L.G. , São Paulo, Bireme, 1990, 45
pg.
ANEXO
Tabela I - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundonúmero de ordem, iniciais do nome, idade em anos, sexo, cor, profissão,mão acometida, mão dominante , mãooperada e serviço de origem.
N° deOrdem
Iniciais doNome
Idade( anos )
Sexo Cor Profissão MãoAcometida
MãoDominante
MãoOperada
ServiçoOrigem
001 M A P 52 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP002 M H F C 68 F B Do lar Bilat Esq Esq CSP003 A B M 59 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13004 L M J G 53 F B Func. públ. Dir Dir Dir HSP005 NA C 62 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP006 M Y 57 F A Cozinheira Bilat Dir Esq CMC007 A M M 42 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP008 VLR 47 F N Cozinheira Bilat Dir Dir HSP009 A M F M 47 F B Escrevente Bilat Dir Esq CSP010 M A S S 29 F B Cozinheira Bilat Dir Esq CMC011 M N S 35 F B Costureira Bilat Dir Dir HSP012 M H C A 53 F B Do lar Dir Dir Dir CMC013 I I S M 62 F B Do lar Dir Dir Dir CSP014 D A P 40 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP015 M P G S 47 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP016 A S T 79 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP017 M A P 48 F N Faxineira Dir Dir Dir HSP018 N G C V 40 F B Escriturária Bilat Dir Dir CSP019 J C S 39 M B Armador Bilat Dir Dir HSP020 M A S S 36 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP021 J C B 43 M B Escriturário Esq Dir Esq S 13022 B O M 47 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP023 M P G S 47 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP024 M T M 64 F Pd Do lar Bilat Dir Dir HSP025 N B M 37 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP026 C N S 20 M B Aj. geral Bilat Dir Esq HSP027 F C S 45 F B Advogada Bilat Dir Dir CMC028 S A T D 37 F B Do lar Esq Dir Esq CMC029 F C S 45 F B Advogada Bilat Dir Esq CMC030 M C J 33 F Pd Do lar Bilat Dir Dir HSP031 N B M 37 F B Do lar Bilat Dir Esq CSP032 J A S A 37 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP033 E P M 38 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP034 L M C 39 F B Babá Bilat Dir Esq S 13035 M C J 33 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP036 M S M S 52 F B Do lar Bilat Dir Dir CMC037 M T P 48 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP038 J A S A 37 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP039 L G 49 F N Faxineira Bilat Dir Dir HSP040 R L F 27 F Pd Aux. adm. Bilat Dir Dir HSP041 M A S 48 F B Téc. enf. Bilat Dir Dir HSP042 L M C 39 F B Babá Bilat Dir Dir S 13043 M M B 38 F B Faxineira Dir Dir Dir CSP044 J S M 18 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP045 M J F 45 F B Digitadora Bilat Dir Dir HSP046 E P M 38 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP047 M A S S 36 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP048 Y M S R 41 F B Do lar Bilat Dir Esq S 13049 N G C V 40 F B Escriturária Bilat Dir Esq CSP050 H P V 56 F B Do lar Bilat Dir Esq S 13051 M J F 45 F B Digitadora Bilat Dir Esq HSP052 A N B 45 F B Do lar Bilat Dir Esq CMC053 J S M 18 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP054 H P V 56 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13055 V C B 40 F B Téc. enf. Bilat Dir Dir HSP056 O B S 52 F Pd Do lar Bilat Dir Dir CSP057 A C S 60 F B Do lar Dir Dir Dir HSP058 R V S 62 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP059 C B S MA 43 F B Atendente Bilat Esq Esq HSP
Continua
Continuação Tabela IN° de
OrdemIniciais do
NomeIdade
( anos )Sexo Cor Profissão Mão
AcometidaMão
DominanteMão
OperadaServiçoOrigem
060 V M S T 25 F B Digitadora Dir Dir Dir HSP061 A A L 50 F B Costureira Bilat Dir Dir CSP062 A S 60 F B Téc. Enf. Bilat Dir Esq HSP063 M G R 51 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP064 H G S 55 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP065 M C C 50 F B Professora Bilat Dir Dir CMC066 B G S 46 F B Aj. geral Bilat Esq Esq HSP067 M C C 50 F B Professora Bilat Dir Esq CMC068 H G S 55 F B Do lar Bilat Dir Esq CSP069 S C D 48 F B Cozinheira Dir Dir Dir HSP070 V L P 50 F B Do lar Bilat Ambidestro Dir HSP071 H C S 28 F B Aj. geral Bilat Ambidestro Esq HSP072 R M O 61 F B Do lar Bilat Ambidestro Dir CMC073 V L P 50 F B Do lar Bilat Ambidestro Esq HSP074 M S F 58 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP075 Y M S R 41 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13076 J M D 62 M B Padre Dir Dir Dir CSP077 H C P 53 F B Do lar Dir Dir Dir CSP078 L S T 43 F A Do lar Bilat Dir Dir CMC079 M A M L 31 F Pd Do lar Dir Dir Dir HSP080 I W 59 F B Art. plast. Bilat Dir Dir CSP081 C S P 57 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP082 E H K M 40 F A Bancária Bilat Dir Dir CMC083 M I M F 34 F B Professora Bilat Dir Esq CMC084 R P T S 38 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13085 J K D 50 F A Comerciante Bilat Dir Dir CMC086 M C L 43 F Pd Cozinheira Bilat Dir Dir HSP087 O N R 50 F B Do lar Esq Dir Esq HSP088 D S 67 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP089 E H Y M 40 F A Bancária Bilat Dir Esq CMC090 M S 48 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP091 F M R S. 44 F Pd Doméstica Bilat Dir Dir S 13092 H C S 28 F B Aj. geral Bilat Ambidestro Dir HSP093 L F 51 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP094 M A S 49 F B Téc. enf. Bilat Dir Esq HSP095 A L P L 32 F Pd Cozinheira Bilat Dir Dir CSP096 J N 31 F Pd Aj. geral Bilat Dir Dir CSP097 F E S 53 F Pd Aj. geral Bilat Dir Dir HSP098 C A 48 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP099 M I M F 34 F B Professora Bilat Dir Dir CMC100 M F 42 F N Faxineira Bilat Dir Dir HSP101 M C O 54 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP102 E M O T 33 F B Doméstica Bilat Dir Dir HSP103 I W 59 F B Art. plast. Bilat Dir Esq CSP104 J N 31 F Pd Aj. geral Bilat Dir Esq CSP105 O C 52 M Pd Motorista Dir Dir Dir HSP106 J M S 30 F B Costureira Dir Dir Dir HSP107 F C J 69 M B Aposentado Bilat Dir Dir CSP108 V L S C 49 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP109 R L L 48 F Pd Escriturária Bilat Dir Esq HSP110 F C J 69 M B Aposentado Bilat Dir Esq CSP111 R C G G 33 F B Musicoterapeuta Bilat Dir Dir HSP112 A M F 62 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP
Tabela II - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundo onúmero de ordem, avaliação pré-operatória da parestesia noturna, teste de Phalen, sinal da percussão dolorosa,força de preensão palmar, polpa-polpa, lateral, tridigital, em Kgf e sensibilidade do 1 o, 2 o, 3 o, 4 o e 5o dedos, emgramas.Número de Pré-Operatório
Ordem PN TP SPD P PP L T 1 o 2 o 3 o 4 o 5 o
001 Pos. Pos. Pos.002 Pos. Pos. Pos.003 Pos. Neg. Pos.004 Pos. Pos. Pos.005 Pos. Pos. Pos.006 Pos. Pos. Pos.007 Pos. Pos. Pos.008 Pos. Pos. Pos.009 Pos. Pos. Pos.010 Pos. Pos. Pos.011 Neg. Pos. Pos.012 Pos. Pos. Pos.013 Pos. Neg. Neg.014 Pos. Pos. Pos.015 Pos. Pos. Neg.016 Pos. Neg. Neg.017 Pos. Pos. Pos.018 Pos. Pos. Pos.019 Pos. Pos. Pos.020 Pos. Pos. Pos.021 Pos. Pos. Pos.022 Pos. Pos. Pos.023 Pos. Pos. Pos.024 Pos. Pos. Pos.025 Pos. Pos. Neg.026 Pos. Pos. Pos. 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20027 Pos. Pos. Pos. 28,0 4,5 6,5 6,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05028 Pos. Pos. Pos. 34,0 5,0 6,0 4,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05029 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,0 4,0 4,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05030 Pos. Pos. Pos. 28,0 3,5 5,5 4,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20031 Pos. Pos. Neg. 28,0 2,5 3,0 3,5 0,20 0,05 0,05 0,05 0,05032 Pos. Pos. Pos. 28,0 2,5 7,0 5,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05033 Pos. Pos. Pos. 22,0 5,5 6,0 4,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05034 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,0 3,5 4,0 0,20 0,20 0,05 0,20 0,20035 Pos. Pos. Pos. 22,0 3,5 4,0 5,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05036 Pos. Pos. Pos. 30,0 2,5 5,0 4,5 10,00 10,00 10,00 0,20 0,20037 Pos. Pos. Pos. 30,0 6,5 7,5 7,0 0,05 0,05 0,05 0,20 0,05038 Pos. Pos. Pos. 30,0 4,5 7,5 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20039 Pos. Neg. Pos. 38,0 6,0 6,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20040 Pos. Pos. Pos. 36,0 6,0 8,5 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20041 Pos. Pos. Neg. 28,0 4,5 6,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20042 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 4,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,05 0,05043 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 7,0 8,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20044 Pos. Pos. Pos. 26,0 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20045 Pos. Pos. Pos. 34,0 7,0 4,5 8,5 2,00 0,20 0,20 0,20 0,20046 Pos. Pos. Neg. 28,0 6,0 6,0 5,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05047 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,0 6,0 5,5 0,20 0,05 0,05 0,05 0,05048 Pos. Pos. Neg. 30,0 5,0 5,0 5,0 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00049 Pos. Pos. Pos. 20,0 5,0 6,0 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20050 Pos. Pos. Neg. 20,0 5,0 5,0 5,5 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00051 Pos. Pos. Pos. 36,0 6,0 8,0 6,5 0,20 0,20 0,05 0,05 0,05052 Pos. Pos. Pos. 18,0 4,0 5,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20053 Pos. Pos. Pos. 22,0 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20054 Pos. Pos. Neg. 22,0 3,5 4,5 7,5 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00055 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,0 5,5 4,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20056 Pos. Pos. Neg. 30,0 7,0 10,0 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20057 Pos. Pos. Pos. 30,0 7,0 8,0 7,0 0,20 0,20 0,05 0,20 0,05058 Pos. Pos. Pos. 22,0 4,5 7,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20059 Pos. Neg. Pos. 22,0 3,5 5,5 5,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20
Continua
Continuação tabela IINúmero de Pré-Operatório
Ordem PN TP SPD P PP L T 1 o 2 o 3 o 4 o 5 o
060 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 5,0 6,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05061 Pos. Neg. Neg. 28,0 6,0 8,0 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20062 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,5 7,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20063 Pos. Pos. Pos. 30,0 4,0 3,5 5,0 2,00 2,00 2,00 2,00 0,20064 Pos. Pos. Pos. 28,0 4,5 6,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20065 Pos. Pos. Pos. 38,0 6,0 8,5 8,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20066 Pos. Pos. Pos. 28,0 5,0 7,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20067 Pos. Pos. Pos. 34,0 5,0 8,0 6,5 0,20 0,05 0,20 0,05 0,05068 Pos. Pos. Pos. 28,0 5,5 5,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20069 Pos. Pos. Pos. 14,0 3,0 4,5 4,0 2,00 2,00 0,20 0,20 0,20070 Pos. Pos. Neg. 22,0 4,0 6,0 3,5 10,00 4,00 4,00 0,20 0,20071 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 5,5 4,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05072 Pos. Neg. Neg. 22,0 5,0 6,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20073 Pos. Pos. Pos. 22,0 4,5 4,5 6,5 4,00 10,00 10,00 0,05 0,05074 Pos. Pos. Neg. 16,0 4,0 3,5 4,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20075 Pos. Neg. Neg. 28,0 5,5 5,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20076 Pos. Pos. Pos. 32,0 4,0 4,5 4,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20077 Pos. Pos. Neg. 22,0 5,5 6,0 4,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20078 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,5 7,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20079 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 5,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20080 Pos. Pos. Pos. 32,0 7,5 6,0 9,0 2,00 0,20 0,20 0,20 0,20081 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 8,5 7,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20082 Pos. Pos. Pos. 16,0 4,5 5,5 5,0 4,00 4,00 4,00 0,20 0,05083 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,5 6,0 5,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05084 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 7,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,05085 Pos. Pos. Pos. 12,0 3,0 4,5 3,0 0,20 0,05 0,05 0,20 0,20086 Pos. Pos. Pos. 36,0 6,5 9,0 6,5 2,00 0,20 2,00 0,20 0,20087 Pos. Pos. Pos. 28,0 4,5 5,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20088 Pos. Pos. Pos. 12,0 2,5 4,0 3,0 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00089 Pos. Pos. Pos. 16,0 3,5 5,5 4,5 0,05 0,20 0,20 0,05 0,05090 Pos. Pos. Neg. 26,0 4,0 6,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20091 Pos. Pos. Pos. 16,0 3,5 4,0 4,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20092 Pos. Pos. Pos. 22,0 2,5 4,5 2,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05093 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,0 4,5 5,0 2,00 2,00 2,00 0,20 0,05094 Pos. Pos. Pos. 22,0 3,5 5,5 4,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05095 Pos. Pos. Pos. 26,0 6,5 8,5 7,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20096 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 8,0 6,5 0,20 0,20 0,20 0,05 0,05097 Pos. Pos. Pos. 30,0 6,0 6,0 7,0 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00098 Pos. Pos. Pos. 20,0 3,0 5,5 5,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,05099 Pos. Pos. Pos. 28,0 7,0 9,0 9,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05100 Pos. Pos. Pos. 22,0 4,0 4,5 4,0 0,20 2,00 2,00 2,00 0,20101 Pos. Pos. Pos. 30,0 2,0 2,5 3,0 2,00 4,00 4,00 4,00 4,00102 Pos. Pos. Pos. 34,0 5,0 7,0 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20103 Pos. Pos. Pos. 26,0 5,5 7,0 8,0 0,20 0,05 0,20 0,20 0,20104 Pos. Pos. Neg. 26,0 5,0 7,5 7,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05105 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 5,0 6,0 4,00 0,20 0,20 0,20 0,20106 Neg. Pos. Neg. 30,0 4,0 5,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,05 0,05107 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,0 6,0 5,5 2,00 2,00 4,00 2,00 2,00108 Pos. Pos. Pos. 20,0 3,5 3,5 3,5 4,00 4,00 4,00 2,00 2,00109 Pos. Pos. Pos. 16,0 2,5 2,5 3,0 4,00 0,20 0,20 4,00 2,00110 Pos. Pos. Pos. 16,0 3,0 1,5 2,5 4,00 4,00 0,20 0,20 0,20111 Pos. Pos. Pos. 22,0 3,0 6,5 5,0 0,20 0,20 2,00 0,20 0,20112 Pos. Pos. Neg. 18,0 2,0 2,5 2,5 4,00 4,00 4,00 2,00 2,00
OBS.: Os espaços em branco significam que não foram feitas avaliações.
Tabela III - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundo onúmero de ordem, hipotrofia tenar, eletroneuromiografia, tempo de sintomas, condições predisponentes, afecçõesassociadas, tratamento clínico prévio, mão contra-lateral operada por outra técnica, data da cirurgia e tempo desegmento pós-operatório.
No deOrdem
Hipotrofiatenar
ENMG Sintomas( meses )
Condiçõespredisponentes
Afecçõesassociadas
Tratamentoprévio
Mãooposta
Data dacirurgia
Segmento (meses)
001 Aus. Sim 048 Climatério Não Sim 04/03/95 36002 Aus. Não 012 Climatério Não Sim 01/04/95 35003 Aus. Não 060 Climatério Não 26/04/95 35004 Aus. Sim 168 Climatério Sim 23/05/95 34005 Aus. Não 144 Climatério Dupuytren Não 28/06/95 33006 Aus. Não 012 Climatério Dedo gatilho Sim 30/06/95 33007 Aus. Sim 096 Sim 04/07/95 32008 Pres. Sim 144 Sim 04/07/95 32009 Aus. Não 024 Climatério Sim 17/07/95 32010 Aus. Não 024 Sim 25/07/95 32011 Aus. Sim 060 Sim 26/09/95 30012 Aus. Sim 060 Climatério Sim 29/09/95 30013 Aus. Sim 012 Climatério Sind. Impac. Sim 02/10/95 29014 Aus. Sim 060 Não Sim 17/10/95 29015 Aus. Sim 048 Não 14/10/95 29016 Aus. Sim 096 Climatério Sim Sim 14/11/95 28017 Aus. Não 004 Climatério Sim 14/11/95 28018 Aus. Sim 096 Sind. Impac. Sim 20/11/95 28019 Aus. Sim 036 Sim 28/11/95 28020 Aus. Sim 024 Sim 05/12/95 27021 Aus. Não 060 Sim 15/12/95 27022 Aus.. Não 024 Climatério Não Sim 19/12/95 27023 Aus. Sim 048 Dedo gatilho Não 16/01/96 26024 Pres. Não 024 Climatério Sim 16/01/96 26025 Aus. Sim 132 Sim 22/01/96 26026 Aus. Não 018 Sim Sim 23/01/96 26027 Aus. Não 006 Sim 24/01/96 26028 Aus. Não 001 Sim 07/02/96 25029 Aus. Não 006 Sim 09/02/96 25030 Aus. Sim 024 Sim 05/03/96 24031 Aus. Sim 132 Sim 11/03/96 24032 Aus. Sim 036 De Quervain Não 12/03/96 24033 Aus. Sim 024 Cisto tendão Sim 12/03/96 24034 Aus. Sim 072 Sim 15/03/96 24035 Aus. Sim 024 Sim 19/03/96 24036 Aus. Sim 048 Climatério Não Sim 27/03/96 24037 Aus. Sim 012 Dedo gatilho Não 16/04/96 23038 Aus. Sim 036 Não 17/04/96 23039 Aus. Não 060 Climatério Não Sim 08/05/96 22040 Aus. Sim 072 Não 19/06/96 21041 Pres. Não 030 Sind. Impac. Não 19/06/96 21042 Aus. Sim 072 Sim 21/06/96 21043 Aus. Sim 024 Não 26/06/96 21044 Pres. Sim 024 Sim 03/07/96 20045 Aus. Sim 096 Sim 03/07/96 20046 Aus. Sim 024 Sim 10/07/96 20047 Aus. Sim 024 Sim 17/07/96 20048 Aus. Não 132 Climatério Sim 19/07/96 20049 Aus. Sim 096 Sim 22/07/96 20050 Aus. Sim 180 Climatério Sim 02/08/96 19051 Aus. Sim 096 Sim 21/08/96 19052 Aus. Sim 024 Sim Sim 23/08/96 19053 Pres. Sim 024 Sim 28/08/96 19054 Aus. Sim 180 Climatério Sim 13/09/97 18055 Aus. Sim 024 De Quervain Sim 25/09/96 18056 Aus. Sim 048 Climatério Sim 07/10/96 17057 Aus. Sim 012 Climatério Sim 09/10/96 17058 Aus. Sim 024 Climatério Sim 09/10/96 17059 Aus. Sim 084 L.E.R. Sim Sim 09/10/96 17Continua
Continuação Tabela IIINo de
OrdemHipotrofia
tenarENMG Sintomas
( meses )Condições
predisponentesAfecções
associadasTratamento
prévioLado
opostoData dacirurgia
Segmento (meses)
060 Aus. Sim 024 L.E.R Sim 23/10/96 17061 Aus. Não 012 Não 28/10/96 17062 Aus. Sim 120 Climatério Não Sim 06/11/96 16063 Pres. Sim 360 Climatério S. Desf. Tor. Não 20/11/96 16064 Pres. Sim 120 Climatério Sim 27/01/97 14065 Aus. Sim 240 Climatério Sim 31/01/97 14066 Aus.. Sim 012 Dor miofasc. Não 04/02/97 13067 Aus. Sim 240 Climatério Sim 19/02/97 13068 Pres. Sim 120 Climatério Sim 28/02/97 13069 Aus. Sim 036 Climatério Sind. Impac Sim 18/03/97 12070 Pres. Sim 240 Climatério Dedo gatilho Sim 18/03/97 12071 Aus. Sim 012 Sim 18/03/97 12072 Aus. Sim 312 Climatério Dedo gatilho Não Sim 19/03/97 12073 Pres. Sim 240 Climatério Sim 22/04/97 11074 Aus. Sim 120 Climatério Dedo gatilho Sim 06/05/97 10075 Aus. Não 132 Climatério Sim 21/05/87 10076 Aus. Sim 006 Climatério Sind. Impac Sim 23/06/97 09077 Aus. Sim 120 Climatério Dor miofasc. Sim 07/07/97 08078 Aus. Sim 007 Artrite Reumat. Sim 09/07/97 08079 Aus. Não 004 Sim 15/07/97 08080 Pres. Sim 120 Climatério Não 17/07/97 08081 Aus. Sim 120 Climatério Sim 21/07/97 08082 Aus. Sim 120 Artrite Reumat. Sim 23/07/97 08083 Aus. Sim 120 S. T. Tarso Não 23/07/97 08084 Aus. Não 006 Sim 30/07/97 08085 Aus. Sim 024 Climatério Dedo gatilho Sim 12/08/97 07086 Aus. Não 096 Não Sim 12/08/97 07087 Aus. Sim 012 Climatério Sim 09/09/97 06088 Pres. Não 012 Artrite Reumat. Sim 02/09/97 06089 Aus. Sim 120 Artrite Reumat. Sim 10/09/97 06090 Aus. Sim 084 Climatério Sim 16/09/97 06091 Aus. Não 012 Climatério Sim 09/10/97 05092 Aus. Sim 024 Sim 14/10/97 05093 Aus. Sim 036 Climatério Dedo gatilho Sim 14/10/97 05094 Aus. Não 036 Não 14/10/97 05095 Aus. Sim 036 Não 27/10/97 05096 Aus. Sim 012 Não 17/11/97 04097 Aus. Não 024 Climatério Sim 18/11/97 04098 Aus. Sim 012 Climatério Sim 18/11/97 04099 Aus. Sim 120 S. T. Tarso Não 26/11/97 04100 Aus. Sim 008 Sim 02/12/97 03101 Pres. Sim 096 Climatério Sim 09/12/97 03102 Aus. Sim 030 Sim 09/12/97 03103 Pres. Sim 120 Climatério Não 11/12/97 03104 Aus.. Sim 012 Não 15/12/97 03105 Pres. Não 048 Não 16/12/97 03106 Aus. Sim 048 Sim 16/12/97 03107 Pres. Sim 120 Sim 19/12/97 03108 Aus. Não 096 Fibromialgia Não Sim 03/02/98 01109 Pres. Sim 048 Artrite Reumat. Sim 10/02/98 01110 Pres. Sim 120 Sim 16/02/98 01111 Aus. Sim 096 Sim 17/02/98 01112 Pres. Sim 120 Climatério Sim 17/02/98 01
CAPÍTULO IV
RESULTADOS
RESULTADOS
Na tabela IV estão os resultados da evolução
clínica da parestesia noturna, teste de PHALEN e sinal da percussão
dolorosa no pré e pós-operatórios. Sessenta e quatro mãos tiveram
avaliação em todos os períodos de tempo. Os quadros de I a XII,
foram elaborados para avaliar a evolução entre os períodos pré e pós-
operatórios pelo teste de McNemar.
Parestesia Noturna - Teste de McNemar QUADRO I - Pré x 2 semanas de pós-operatório
pré Pos Neg Totalpós 2 sem.
Pos 0 0 0 Neg 64 0 64 Total 64 0 64
Dispensa-se o teste
QUADRO II - Pré x 1 mês de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 1 mês
Pos 0 0 0 Neg 64 0 64 Total 64 0 64
Dispensa-se o teste
QUADRO III - Pré x 3 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 3 meses
Pos 1 0 1 Neg 63 0 63 Total 64 0 64
Dispensa-se o teste
QUADRO IV - Pré x 6 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 6 meses
Pos 1 0 1 Neg 63 0 63 Total 64 0 64
Dispensa-se o teste
Teste de PHALEN - Teste de Mcnemar
QUADRO V - Pré x 2 semanas de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 2 sem.
Pos 3 0 3 Neg 56 5 61 Total 59 5 64 p= 0,000 ...
QUADRO VI - Pré x 1 mês de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 1 mes
Pos 0 0 0 Neg 59 5 64 Total 59 5 64 p= 0,000 ...
QUADRO VII - Pré x 3 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 3 meses
Pos 0 0 0 Neg 59 5 64 Total 59 5 64 p= 0,000 ...
QUADRO VIII - Pré x 6 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 6 meses
Pos 1 0 1 Neg 58 5 63 Total 59 5 64 p= 0,000 ...
As dicordâncias não são casuais e portanto a situação pré não écontinuada no pós-operatório de duas semanas.
Sinal de percussão dolorosa - Teste de Mcnemar
QUADRO IX- Pré x 2 semanas de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 2 sem.
Pos 5 0 5 Neg 45 14 59 Total 50 14 64 p= 0,000 ...
QUADRO X - Pré x 1 mês de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 1 mês
Pos 2 0 2 Neg 48 14 62 Total 59 14 64 p= 0,000 ...
QUADRO XI - Pré x 3 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 3 meses
Pos 1 0 1 Neg 49 14 63 Total 50 14 64 p= 0,000 ...
QUADRO XII - Pré x 6 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 6 meses
Pos 1 0 1 Neg 49 14 63 Total 50 14 64 p= 0,000 ...
As discordâncias não são casuais e portanto a situação pré não écontinuada no pós-operatório de duas semanas.
Os resultados das mensurações de força de preensão
palmar, digital polpa-polpa, lateral e tridigital no pré e pós-operatórios
estão contidos na tabela V.
Na tabela VI foram anotadas as
mensurações de força de preensão palmar das 53 mãos que tiveram
avaliações em todas as variáveis de tempo. O gráfico 3 foi elaborado
com os dados da tabela VI para ilustrar a evolução da força de
preensão palmar ao longo do tempo.
Gráfico 3 - Soma das forças de preensão palmar, em 53 mãos operadas, no pré e pós-operatóriocom 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
Pré 2 sem. 1 mês 3 meses 6 meses
palmar
Força de preensão
Tempo
As tabelas VII, VIII e IX foram elaboradas similarmente
para as mensurações da força de preensão digital polpa-polpa, lateral e
tridigital, respectivamente. O gráfico 4 foi confeccionado com os
dados das tabelas VII, VIII e IX para ilustrar a evolução da força de
preensão digital ao longo do tempo. A análise estatística foi feita pelo
teste de Friedman, complementada, quando necessário, pelo teste de
comparações múltiplas.
Gráfico 4- Soma das forças de preensão digitais, em 53 mãos operadas, no pré e pós-operatóriocom 2 semanas, 1 mes, 3 meses e 6 meses.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
Pré 2 sem. 1 mês 3 meses 6 meses
polpa-polpa
lateral
tridigital
Força de preensão
Tempo
A sensibilidade dos dedos, avaliada por meio de
monofilamentos de náilon, teve seus resultados colocados na tabela X.
Na tabela XI estão os dados de 55 mãos avaliadas em todos os
períodos de tempo. Foi realizada análise estatística entre os cinco
dedos em cada período de tempo. Utilizando os dados da tabela XI,
foram confeccionados os quadros XIII, XIV, XV, XVI e XVII, onde
foi estudado cada dedo ao longo do tempo, pelo teste de Friedman e
complementado, quando necessário, pelo teste de comparações
múltiplas.
Os quadros a seguir são resumos dos resultados obtidos na tabela XI
Quadro XIII- Soma e Média da sensibilidade do 1o dedo ao longo do tempo1o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 45,35 14,35 12,25 10,15 7,50MÉDIA 0,82 0,26 0,22 0,18 0,13Teste de Friedman X2 calc= 53,22*
Teste de comparações múltiplas pré x pós 2 sem = 50,00 * dms = 45,24 pré x pós 1 mês = 56,50 * dms = 45,24 pré x pós 3 meses = 62,50 * dms = 45,24 pré x pós 6 meses = 73,50 * dms = 45,24 pós 2 sem x pós 1 mês = 6,50 NS dms = 45,24 pós 2 sem x pós 3 meses = 12,50 NS dms = 45,24 pós 2 sem x pós 6 meses = 23,50 NS dms = 45,24 pós 1 mês x pós 3 meses = 6,00 NS dms = 45,24 pós 1 mês x pós 6 meses = 17,00 NS dms = 45,24 pós 3 meses x pós 6 meses = 11,00 NS dms = 45,24
O pré- operatório é diferente do pós-operatório com duas semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.
Quadro XIV- Soma e Média da sensibilidade do 2o dedo ao longo do tempo2o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 41,15 14,40 11,65 13,50 25,20MÉDIA 0,74 0,26 0,21 0,24 0,45Teste de FriedmanX2 calc= 45,16*
Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 44,50 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 58,00 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 58,00 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 59,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 13,50 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 13,50 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 15,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 0,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 6 meses = 1,50 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 1,50 NS dms = 45,24
O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.
Quadro XV- Soma e Média da sensibilidade do 3o dedo ao longo do tempo3o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 40,85 8,75 13,45 13,05 12,75MÉDIA 0,74 0,15 0,24 0,23 0,23Teste de Friedman X2 calc= 48,89*
Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 40,50 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 50,50 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 59,50 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 64,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 10,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 19,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 24,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 9,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 6 meses = 14,00 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 5,00 NS dms = 45,24
O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.
Quadro XVI- Soma e Média da sensibilidade do 4o dedo ao longo do tempo4o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 15,80 6,80 5,45 5,30 5,00MÉDIA 0,28 0,12 0,10 0,09 0,09Teste de FriedmanX2 calc= 52,44*
Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 40,00 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 59,00 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 61,50 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 69,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 19,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 21,50 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 29,50 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 2,50 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 6 meses = 10,50 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 8,00 NS dms = 45,24
O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.
Quadro XVII- Soma e Média da sensibilidade do 5o dedo ao longo do tempo5o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 14,00 6,80 5,15 5,30 5,00MÉDIA 0,25 0,12 0,10 0,09 0,09Teste de FriedmanX2 calc= 44,84*Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 32,00 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 51,00 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 56,00 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 58,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 19,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 24,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 26,50 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 5,00 NS dms = 45,24
pós 1 mês x pós 6 meses = 7,50 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 2,50 NS dms = 45,24
O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.
O quadro XVIII mostra o número e porcentagem de
pacientes em relação aos resultados, pelo método de avaliação
proposto por GALBIATTI et al.(1991).
QUADRO XVIII - Distribuição de 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal docarpo, utilizando o método de avaliação proposto por GALBIATTI et al. (1991)
CONCEITO NÚMERO DE MÃOS PERCENTUALBOM 105 93,7%REGULAR 4 3,6%MAU 3 2,7%TOTAL 112 100,0%
Para avaliar o retorno às atividades, elaborou-se o
gráfico 5, no qual se dividiu em retorno a partir do oitavo dia, a partir
do décimo quinto dia e mais de quinze dias.
Gráfico 5 - Distribuição das 112 mãos operadas de acordo com o tempo de retorno
às atividades
0
10
20
30
40
50
60
Período de tempo
No de mãos
51 (45,5%)
41 (36,6%)
20 (17,9%)
(dias) partir 8 o partir 15 o + 15
O quadro XIX mostra os resultados das mãos que apresentavamhipotrofia dos músculos da região tenar.
QUADRO XIX - Avaliação clínica subjetiva após 6 meses de seguimento pós-operatório, de 19mãos com hipotrofia dos músculos tenares.
HIPOTROFIA TENAR NÚMERO DE MÃOS PERCENTUALMELHORA 8 42,1%SEM MELHORA 2 10,6%SEM TEMPO DE AVALIAÇÃO 9 47,3%TOTAL 19 100,0%
COMPLICAÇÕES
Na mão número de ordem 5 ocorreu distrofia simpático
reflexa e recidiva da deformidade em flexão do 5o dedo, provocada
por contratura da aponeurose palmar, corrigida no mesmo ato
cirúrgico. A parestesia da borda ulnal do 3 o e radial do 4 o dedo
regrediu até o terceiro mês nas mãos de números 10, 14, 59 e até o
sexto mês na mão 89. A infecção superficial que regrediu com
cuidados locais ocorreu em uma mão (31). Dor no pilar ocorreu em
três mãos (47, 77 e 91) e regrediu no primeiro mês e em uma (37) que
regrediu no sexto mês (QuadroXX).
QUADRO XX - Dados referentes as complicações encontradas em 10 das 112 mãos operadas, pormeio de uma incisão palmar e utilização do instrumento de PAINE em 89 pacientes com síndromedo canal do carpo.
COMPLICAÇÃO FREQÜÊNCIA PERCENTAGEMEM RELAÇÃO A
10 MÃOS
PERCENTAGEMEM RELAÇÃÒ A
112 MÃOS
Distrofia simpático reflexa 1 10% 0,9%Parestesia temporária do 3o e 4o dedos 4 40% 3,6%Infecção superficial 1 10% 0,9%Dor no pilar 4 40% 3,6%TOTAL 10 100% 9,0%
Tabela IV - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundonúmero de ordem, avaliação da parestesia noturna, teste de Phalen e sinal da percussão dolorosa no pré-operatórioe pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.
No de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesOrdem PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD
001 Pos Pos Pos Neg Neg Neg002 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg003 Pos Neg Pos Neg Neg Neg004 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg005 Pos Pos Pos Neg Neg Neg006 Pos Pos Pos Neg Neg Neg007 Pos Pos Pos Neg Neg Neg008 Pos Pos Pos Neg Neg Neg009 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg010 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg011 Neg Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg012 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg013 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg014 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg015 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg.016 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg017 Pos Pos Pos Neg Neg Neg018 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg019 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg020 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg021 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg022 Pos Pos Pos Neg Neg Neg023 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg024 Pos Pos Pos Neg Neg Neg025 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg. Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg026 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg027 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg028 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg029 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg030 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg031 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg032 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Pos Neg Neg Pos Neg Neg033 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg034 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg035 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg036 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg037 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg038 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg039 Pos Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg040 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg041 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg042 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg043 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg044 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg045 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg046 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg047 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg048 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg. Neg Neg Neg Neg Neg049 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg050 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg051 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg052 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg053 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg054 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg055 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg056 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg057 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg058 Pos. Pos. Pos. Neg. Neg. Neg Neg. Neg. Neg Neg. Neg. Neg Neg Neg Neg059 Pos. Neg. Pos. Neg. Pos. Pos. Neg. Neg. Neg Neg. Neg. Neg Neg Neg Neg
Continua
Continuação Tabela IVNo de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses
Ordem PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD060 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg061 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg062 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg063 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Pos. Neg Pos Neg064 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg065 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg066 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg067 Pos Pos Pos Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg068 Pos Pos Pos Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg069 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg070 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg071 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg072 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg073 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Pos074 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg075 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg076 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg077 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg078 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg079 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg080 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg081 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg082 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg083 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg. Neg Neg084 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg085 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg086 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg087 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg088 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg089 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg090 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg091 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg092 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg093 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg094 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg095 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg096 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg097 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg098 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg099 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg100 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg101 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg102 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg103 Pos Pos Pos Neg Neg Neg104 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg105 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg106 Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg107 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg108 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg109 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg110 Pos Pos Pos Neg Neg Neg111 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg112 Pos Pos Neg Neg Neg Neg
Obs: Os espaços em branco significam que não foram feitas avaliações.
Tabela V - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do túnel do carpo, segundonúmero de ordem , avaliação da força de prensão palmar, digital polpa-polpa, lateral e tridigital, em kgf, no pré-operatório e pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.
No de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesOrdem P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T
001002003004005006007008009010011012013014015016 18 4,5 7,0 6,0017 30 5,0 6,0 6,0018 26 4,0 6,0 5,5019 34 5,5 5,0 7,5020 28 6,5 7,0 7,5 32 6,5 7,0 6,5021 30 4,0 7,5 6,5 30 5,5 8,0 6,0022 32 6,0 6,5 6,0023 26 5,5 7,5 6,0 32 7,0 7,5 7,0 32 6,5 7,5 7,0024025 24 3,0 5,0 6,0 26 4,5 6,0 5,5 30 5,5 8,0 6,0026 20 6,0 5,5 7,5027 28 4,5 6,5 6,0 16 3,0 3,5 5,0 18 3,0 3,5 5,0 26 3,0 4,5 6,0 30 5,0 7,0 7,0028 34 5,0 6,0 4,5 26 4,5 5,0 5,5 32 5,0 6,0 7,5 32 5,0 6,0 6,5 36 6,0 8,5 6,5029 26 4,0 4,0 4,5 16 2,0 2,0 4,0 22 3,5 3,0 4,5 22 3,0 3,0 4,5 28 4,5 4,5 5,5030 28 3,5 5,5 4,0 20 4,0 4,5 5,0 20 4,0 4,0 5,0 24 3,0 5,0 5,0 22 3,0 5,0 5,5031 28 2,5 3,0 3,5 16 2,0 3,0 3,5 20 5,0 6,5 5,0 28 4,5 6,5 5,5 30 6,0 8,0 6,0032 28 2,5 7,0 5,0 16 5,0 6,0 6,5 30 5,0 6,5 7,5 30 4,0 4,5 7,0 30 4,0 4,5 7,0033 22 5,5 6,0 4,0 16 3,5 5,0 3,5 26 4,5 5,0 5,0 30 4,5 5,5 5,5 26 4,5 6,0 5,5034 26 3,0 3,5 4,0 22 2,5 3,0 3,5 22 3,0 3,0 3,0 30 4,0 4,0 5,0 30 5,0 4,5 6,5035 22 3,5 4,0 5,5 18 2,5 3,0 4,0 20 3,0 4,0 5,0 20 3,5 5,0 5,0 20 4,0 5,0 5,5036 30 2,5 5,0 4,5 14 2,0 3,0 4,5 26 3,0 4,5 4,5 28 3,0 5,0 4,5 32 5,0 6,5 6,0037 30 6,5 7,5 7,0 14 5,0 5,0 4,5 20 5,0 6,0 5,0 28 6,0 7,0 6,0 30 5,5 6,0 4,5038 30 4,5 7,5 7,0 26 3,5 5,5 5,5 30 4,0 7,0 7,0 30 3,5 4,5 7,0 30 4,5 7,5 7,5039 38 6,0 6,5 6,5 16 4,5 5,5 4,5 28 5,5 6,0 6,0 32 5,0 7,0 5,0 34 7,0 8,5 7,0040 36 6,0 8,5 7,0 18 5,5 6,0 6,5 22 6,5 6,5 6,0 32 6,5 7,0 7,0 32 7,0 7,5 7,5041 28 4,5 6,5 5,5 16 3,5 3,5 5,5 26 3,5 6,0 4,5042 30 5,0 4,0 5,5 20 3,0 3,0 4,5 26 3,5 4,0 5,5 28 6,5 5,5 7,0 32 6,5 7,5 7,5043 32 5,5 7,0 8,0 16 5,5 6,0 6,0 20 6,0 5,5 5,5 28 5,5 6,5 7,5 28 6,5 7,5 8,0044 26 6,5 14 3,5 20 5,5 22 7,0 22 7,0045 34 7,0 4,5 8,5 14 4,0 7,5 4,5 20 6,5 8,0 7,5 26 6,5 7,5 8,0 34 8,0 9,5 8,5046 28 6,0 6,0 5,5 28 5,5 6,0 4,5 26 5,0 6,5 5,0 28 5,0 6,0 4,5 28 6,0 7,0 5,5047 26 4,0 6,0 5,5 18 4,0 5,0 4,5 22 4,5 7,5 6,0 30 6,0 8,0 7,0 32 6,0 7,5 6,5048 30 5,0 5,0 5,0 22 4,0 5,0 4,5 28 4,5 5,5 4,5 32 4,5 5,5 5,0 28 4,5 5,0 4,5049 20 5,0 6,0 6,5 12 4,0 3,5 3,5 18 5,5 5,0 5,0 22 5,0 5,0 4,5 26 5,0 6,0 6,0050 20 5,0 5,0 5,5 16 5,0 5,0 5,0 16 4,5 6,0 6,0 18 5,5 7,0 6,0 18 5,5 6,0 6,0051 36 6,0 8,0 6,5 16 4,5 6,0 6,0 20 5,0 7,5 7,5 28 5,0 9,0 7,5 32 7,5 9,5 8,0052 18 4,0 5,0 5,5 20 5,0 7,0 6,5 26 5,0 6,5 6,5 26 4,5 7,5 6,5 26 5,5 8,5 7,5053 22 7,0 12 3,0 18 5,5054 22 3,5 4,5 7,5 16 3,5 4,5 6,0 18 5,5 6,0 6,0 18 6,0 7,0 6,0 18 6,0 6,5 6,0055 26 3,0 5,5 4,5 14 2,5 3,0 3,0 14 2,5 2,5 2,5 20 3,5 4,5 3,5 14 3,0 2,5 3,0056 30 7,0 10,0 7,0 18 6,0 7,5 3,0 20 4,5 8,5 5,0 20 4,5 8,5 6,0 30 4,5 10,0 7,5057 30 7,0 8,0 7,0 28 7,5 7,5 6,0 28 7,0 7,0 7,0 32 7,5 7,5 7,0 30 7,5 8,0 7,0058 22 4,5 7,0 5,5 18 4,0 6,0 4,5 22 4,5 7,0 5,0 26 5,0 7,0 6,0 26 5,5 7,5 6,0059 22 3,5 5,5 5,0 14 5,0 6,0 4,5 20 5,0 6,5 4,5 26 3,5 7,0 6,0 28 6,0 7,5 7,0
Continua
Continuação Tabela VNo de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses
Ordem P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T060 30 5,0 5,0 6,5 20 3,5 3,5 4,0 22 4,0 6,5 5,0 26 4,0 4,5 5,5 30 6,0 6,0 7,0061 28 6,0 8,0 6,0 18 5,0 7,0 6,5 26 6,0 7,5 6,5 30 6,5 8,0 7,5 30 6,5 8,5 8,0062 26 4,5 7,5 6,5 18 5,5 5,5 6,0 18 5,5 6,5 5,5 22 5,5 7,5 6,5 30 6,0 7,5 6,5063 30 4,0 3,5 5,0 30 3,5 5,5 4,0 30 3,0 3,0 4,5 32 4,0 4,5 5,0 32 3,0 3,5 4,5064 28 4,5 6,5 6,5 22 4,5 6,5 5,5 22 5,5 5,5 5,5 26 4,0 4,5 5,5 28 4,5 6,5 8,0065 38 6,0 8,5 8,5 32 6,0 5,5 5,5 38 4,5 7,5 6,5 42 5,5 9,0 8,5 40 7,5 7,5 7,5066 28 5,0 7,5 6,0 16 6,0 7,0 6,0 26 6,0 7,0 6,5 28 6,5 6,5 6,5 28 4,5 7,0 6,5067 34 5,0 8,0 6,5 34 3,5 5,5 6,5 36 6,0 7,5 9,0 40 6,5 7,0 7,0 40 7,5 6,0 7,5068 28 5,5 5,5 6,5 16 6,0 4,0 7,0 26 4,0 5,0 6,5 22 6,0 6,0 6,5 28 5,0 5,5 8,0069 14 3,0 4,5 4,0 14 3,0 3,5 4,0 14 4,5 4,5 4,5 16 4,5 5,5 4,5 18 4,0 5,5 4,5070 22 4,0 6,0 3,5 18 3,5 5,0 3,0 22 3,0 5,0 3,0 26 3,5 6,0 3,5 18 3,5 5,0 3,0071 30 5,0 5,5 4,5 26 4,5 5,0 5,0 22 4,0 5,0 5,0 26 3,5 6,5 6,0 26 4,5 6,5 6,0072 22 5,0 6,0 5,5 10 3,0 4,5 3,0 14 4,5 5,5 5,5 20 7,0 6,5 7,0 22 7,0 8,0 6,0073 22 4,5 4,5 6,5 18 3,0 4,5 5,0 26 2,5 6,0 4,0 20 3,0 5,0 5,0 18 4,5 6,0 5,5074 16 4,0 3,5 4,0 12 2,5 3,0 2,5 12 3,5 4,5 3,0 16 5,0 5,0 5,0075 28 5,5 5,5 5,5 30 4,5 5,5 5,0 30 5,0 6,5 5,0 34 5,0 7,0 6,5076 32 4,0 4,5 4,5 20 4,0 4,0 3,5 26 4,5 5,5 4,5 28 5,0 7,5 5,5 32 5,5 8,5 7,0077 22 5,5 6,0 4,5 12 3,0 3,0 3,0 12 2,5 3,5 3,0 18 3,0 6,5 3,5 18 4,5 6,5 4,5078 26 3,5 7,5 6,0 22 3,5 6,0 5,5 26 4,5 6,5 6,0 26 4,5 6,5 6,0 28 5,0 8,0 7,0079 30 5,0 5,5 5,5 16 3,5 5,0 6,5 18 4,5 6,5 7,0080 32 7,5 6,0 9,0 32 7,5 8,0 8,0081 32 5,5 8,5 7,5 18 5,5 6,0 6,0 20 5,5 7,0 6,5 26 7,0 7,0 6,5 32 7,5 8,0 7,5082 16 4,5 5,5 5,0 10 3,5 4,5 4,5 18 4,0 6,5 5,5 16 4,0 6,5 5,5083 26 3,5 6,0 5,0 12 3,0 3,5 6,5 18 4,5 6,5 7,5 22 6,5 7,5 8,0 22 6,5 7,0 8,0084 32 5,5 7,5 6,0 18 3,5 3,0 3,5 14 4,0 3,0 6,5 32 7,0 7,0 8,0 28 4,5 7,5 7,5085 12 3,0 4,5 3,0 14 3,0 4,0 4,0 18 4,0 5,5 5,5 26 5,0 6,5 5,5 28 4,5 6,5 6,0086 36 6,5 9,0 6,5 24 4,5 7,0 4,0 30 5,5 8,5 6,5 28 5,5 7,5 8,0 30 7,0 9,5 7,0087 28 4,5 5,5 6,0 12 3,0 4,5 3,5 18 4,0 6,0 5,0 20 5,0 7,0 6,0 22 5,5 7,5 7,0088 12 2,5 4,0 3,0 12 3,0 4,0 3,0 18 4,0 4,5 4,0 18 4,5 4,5 4,5089 16 3,5 5,5 4,5 12 3,0 5,0 4,0 14 2,5 4,5 3,0090 26 4,0 6,0 5,5 18 3,5 5,5 5,0 22 5,0 6,0 6,5091 16 3,5 4,0 4,0 10 3,5 5,0 4,5 20 5,0 8,0 6,0092 22 2,5 4,5 2,5 10 2,0 3,0 2,5 12 2,5 2,5 4,0 18 2,5 2,5 6,0093 26 3,0 4,5 5,0 18 3,5 5,5 4,0 18 3,0 5,0 4,0 26 4,0 6,0 5,0094 22 3,5 5,5 4,0 14 2,5 4,0 2,5 16 3,0 3,0 3,5 18 3,0 4,5 3,5095 26 6,5 8,5 7,5 26 7,0 7,5 8,5 28 6,5 7,5 8,0 36 6,5 9,0 7,5096 3,0 5,0 8,0 6,5 18 4,5 5,5 6,0 20 4,5 4,5 5,5097 30 6,0 6,0 7,0 20 5,0 6,5 7,0 22 6,0 6,0 7,0 28 5,5 7,5 7,0098 20 3,0 5,5 5,0 10 3,0 4,5 3,5 18 4,5 6,5 6,0 20 5,5 8,5 7,5099 28 7,0 9,0 9,0 18 6,0 7,0 7,5 20 6,5 7,0 7,5 22 7,5 7,5 10,0100 22 4,0 4,5 4,0 16 3,5 4,5 3,0 18 3,5 5,0 3,5101 30 2,0 2,5 3,0 18 1,5 2,5 2,5102 34 5,0 7,0 7,0 18 5,0 6,0 5,5 26 6,5 7,0 5,5103 26 5,5 7,0 8,0104 26 5,0 7,5 7,5 14 5,0 5,0 4,5 16 5,5 5,0 5,0105 32 5,5 5,0 6,0 22 4,0 6,0 4,0106 30 4,0 5,5 5,5 16 4,0 6,0 3,5107 26 4,0 6,0 5,5 18 4,5 5,0 5,5 26 5,0 6,0 5,0108 20 3,5 3,5 3,5 4,0 1,0 0,5 1,0 4,0 1,0 1,5 1,5109 26 2,0 2,0 2,5 16 2,5 2,5 3,0110 16 3,0 1,5 2,5 12 2,0 2,5 2,0111 22 3,0 6,5 5,0 10 1,5 2,0 2,0112 18 2,0 2,5 2,5 14 1,5 2,5 1,5
Obs: Os espaços em branco significam que não foram feitas avaliações.
Tabela VI -Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundo númerode ordem, força de preensão palmar, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3meses, 6 meses e resultado da estatística.
No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 28 16 18 26 30028 34 26 32 32 36029 26 16 22 22 28030 28 20 20 24 22031 28 16 20 28 30032 28 16 30 30 30033 22 16 26 30 26034 26 22 22 30 30035 22 18 20 20 20036 30 14 26 28 32037 30 14 20 28 30038 30 26 30 30 30039 38 16 28 32 34040 36 18 22 32 32042 30 20 26 28 32043 32 16 20 28 28045 34 14 20 26 34046 28 28 26 28 28047 26 18 22 30 32048 30 22 28 32 28049 20 12 18 22 26050 20 16 16 18 18051 36 16 20 28 32052 18 20 26 26 26054 22 16 18 18 18055 26 14 14 20 14056 30 18 20 20 30057 30 28 28 32 30058 22 18 22 26 26059 22 14 20 26 28060 30 20 22 26 30061 28 18 26 30 30062 26 18 18 22 30063 30 30 30 32 32064 28 22 22 26 28065 38 32 38 42 40066 28 16 26 28 28067 34 34 36 40 40068 28 16 26 22 28069 14 14 14 16 18070 22 18 22 26 18071 30 26 22 26 26072 22 10 14 20 22073 22 18 26 20 18076 32 20 26 28 32077 22 12 12 18 18078 26 22 26 26 28081 32 18 20 26 32083 26 12 18 22 22084 32 18 14 32 28085 12 14 18 26 28086 36 24 30 28 30087 28 12 18 20 22
Soma 1458 988 1204 1402 1468Média 27,5 18,6 22,7 26,5 27,7
Teste de Friedman X 2 calc = 128,24 *
Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 134,50 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 81,50 * dms = 44,41 pré x 3 meses = 14,50 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 10,50 NS dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 53,00 * dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 120,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 145,00 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 67,00 * dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 92,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 25,00 NS dms = 44,41
Tabela VII -Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundo númerode ordem, força de preensão digital polpa-polpa, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2 semanas,1 mês, 3 meses, 6 meses e resultado da estatística.
No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 4,5 3,0 3,0 3,0 5,0028 5,0 4,5 5,0 5,0 6,0029 4,0 2,0 3,5 3,0 4,5030 3,5 4,0 4,0 3,0 3,0031 2,5 2,0 5,0 4,5 6,0032 2,5 5,0 5,0 4,0 4,0033 5,5 3,5 4,5 4,5 4,5034 3,0 2,5 3,0 4,0 5,0035 3,5 2,5 3,0 3,5 4,0036 2,5 2,0 3,0 3,0 5,0037 6,5 5,0 5,0 6,0 5,5038 4,5 3,5 4,0 3,5 4,5039 6,0 4,5 5,5 5,0 7,0040 6,0 5,5 6,5 6,5 7,0042 5,0 3,0 3,5 6,5 6,5043 5,5 5,5 6,0 5,5 6,5045 7,0 4,0 6,5 6,5 8,0046 6,0 5,5 5,0 5,0 6,0047 4,0 4,0 4,5 6,0 6,0048 5,0 4,0 4,5 4,5 4,5049 5,0 4,0 5,5 5,0 5,0050 5,0 5,0 4,5 5,5 5,5051 6,0 4,5 5,0 5,0 7,5052 4,0 5,0 5,0 4,5 5,5054 3,5 3,5 5,5 6,0 6,0055 3,0 2,5 2,5 3,5 3,0056 7,0 6,0 4,5 4,5 4,5057 7,0 7,5 7,0 7,5 7,5058 4,5 4,0 4,5 5,0 5,5059 3,5 5,0 5,0 3,5 6,0060 5,0 3,5 4,0 4,0 6,0061 6,0 5,0 6,0 6,5 6,5062 4,5 5,5 5,5 5,5 6,0063 4,0 3,5 3,0 4,0 3,0064 4,5 4,5 5,5 4,0 4,5065 6,0 6,0 4,5 5,5 7,5066 5,0 6,0 6,0 6,5 4,5067 5,0 3,5 6,0 6,5 7,5068 5,5 6,0 4,0 6,0 5,0069 3,0 3,0 4,5 4,5 4,0070 4,0 3,5 3,0 3,5 3,5071 5,0 4,5 4,0 3,5 4,5072 5,0 3,0 4,5 7,0 7,0073 4,5 3,0 2,5 3,0 4,5076 4,0 4,0 4,5 5,0 5,5077 5,5 3,0 2,5 3,0 4,5078 3,5 3,5 4,5 4,5 5,0081 5,5 5,5 5,5 7,0 7,5083 3,5 3,0 4,5 6,5 6,5084 5,5 3,5 4,0 7,0 4,5085 3,0 3,0 4,0 5,0 4,5086 6,5 4,5 5,5 5,5 7,0087 4,5 3,0 4,0 5,0 5,5
Soma 249,0 216,0 241,0 261,0 289,0Média 4,6 4,0 4,5 4,9 5,4
Teste de Friedman X 2 calc = 58,76 *
Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 56,50 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 20,00 NS dms = 44,41 pré x 3 meses = 11,00 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 58,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 36,50 NS dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 67,50 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 114,50 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 31,00 NS dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 78,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 47,00 * dms = 44,41
Tabela VIII - Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundonúmero de ordem, força de preensão digital lateral, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2semanas, 1 mês, 3 meses, 6 meses e resultado da estatística.
No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 6,5 3,5 3,5 4,5 7,0028 6,0 5,0 6,0 6,0 8,5029 4,0 2,0 3,0 3,0 4,5030 5,5 4,5 4,0 5,0 5,0031 3,0 3,0 6,5 6,5 8,0032 7,0 6,0 6,5 4,5 4,5033 6,0 5,0 5,0 5,5 6,0034 3,5 3,0 3,0 4,0 4,5035 4,0 3,0 4,0 5,0 5,0036 5,0 3,0 4,5 5,0 6,5037 7,5 5,0 6,0 7,0 6,0038 7,5 5,5 7,0 4,5 7,5039 6,5 5,5 6,0 7,0 8,5040 8,5 6,0 6,5 7,0 7,5042 4,0 3,0 4,0 5,5 7,5043 7,0 6,0 5,5 6,5 7,5045 4,5 7,5 8,0 7,5 9,5046 6,0 6,0 6,5 6,0 7,0047 6,0 5,0 7,5 8,0 7,5048 5,0 5,0 5,5 5,5 5,0049 6,0 3,5 5,0 5,0 6,0050 5,0 5,0 6,0 7,0 6,0051 8,0 6,0 7,5 9,0 9,5052 5,0 7,0 6,5 7,5 8,5054 4,5 4,5 6,0 7,0 6,5055 5,5 3,0 2,5 4,5 2,5056 10,0 7,5 8,5 8,5 10,0057 8,0 7,5 7,0 7,5 8,0058 7,0 6,0 7,0 7,0 7,5059 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5060 5,0 3,5 6,5 4,5 6,0061 8,0 7,0 7,5 8,0 8,5062 7,5 5,5 6,5 7,5 7,5063 3,5 5,5 3,0 4,5 3,5064 6,5 6,5 5,5 4,5 6,5065 8,5 5,5 7,5 9,0 7,5066 7,5 7,0 7,0 6,5 7,0067 8,0 5,5 7,5 7,0 6,0068 5,5 4,0 5,0 6,0 5,5069 4,5 3,5 4,5 5,5 5,5070 6,0 5,0 5,0 6,0 5,0071 5,5 5,0 5,0 6,5 6,5072 6,0 4,5 5,5 6,5 8,0073 4,5 4,5 6,0 5,0 6,0076 4,5 4,0 5,5 7,5 8,5077 6,0 3,0 3,5 6,5 6,5078 7,5 6,0 6,5 6,5 8,0081 8,5 6,0 7,0 7,0 8,0083 6,0 3,5 6,5 7,5 7,0084 7,5 3,0 3,0 7,0 7,5085 4,5 4,0 5,5 6,5 6,5086 9,0 7,0 8,5 7,5 9,5087 5,5 4,5 6,0 7,0 7,5
Soma 323,0 262,0 306,0 333,5 363,0Média 6,0 4,9 5,7 6,2 6,8
Teste de Friedman X 2 calc = 89,23 *
Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 91,50 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 38,50 NS dms = 44,41 pré x 3 meses = 8,50 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 46,50 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 53,00 * dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 100,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 138,00 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 47,00 * dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 85,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 38,00 NS dms = 44,41
Tabela IX -Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundo númerode ordem, força de preensão tridigital, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3meses, 6 meses e resultado da estatística.
No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 6,0 5,0 5,0 6,0 7,0028 4,5 5,5 7,5 6,5 6,5029 4,5 4,0 4,5 4,5 5,5030 4,0 5,0 5,0 5,0 5,5031 3,5 3,5 5,0 5,5 6,0032 5,0 6,5 7,5 7,0 7,0033 4,0 3,5 5,0 5,5 5,5034 4,0 3,5 3,0 5,0 6,5035 5,5 4,0 5,0 5,0 5,5036 4,5 4,5 4,5 4,5 6,0037 7,0 4,5 5,0 6,0 4,5038 7,0 5,5 7,0 7,0 7,5039 6,5 4,5 6,0 5,0 7,0040 7,0 6,5 6,0 7,0 7,5042 5,5 4,5 5,5 7,0 7,5043 8,0 6,0 5,5 7,5 8,0045 8,0 4,5 7,5 8,0 8,5046 5,5 4,5 5,0 4,5 5,5047 5,5 4,5 6,0 7,0 6,5048 5,0 4,5 4,5 5,0 4,5049 6,5 3,5 5,0 4,5 6,0050 5,5 5,0 6,0 6,0 6,0051 6,5 6,0 7,5 7,5 8,0052 5,5 6,5 6,5 6,5 7,5054 7,5 6,0 6,0 6,0 6,0055 4,5 3,0 2,5 3,5 3,0056 7,0 3,0 5,0 6,0 7,5057 7,0 6,0 7,0 7,0 7,0058 5,5 4,5 5,0 6,0 6,0059 5,0 4,5 4,5 6,0 7,0060 6,5 4,0 5,0 5,5 7,0061 6,0 6,5 6,5 7,5 8,0062 6,5 6,0 5,5 6,5 6,5063 5,0 4,0 4,5 5,0 4,5064 6,5 5,5 5,5 5,5 8,0065 8,5 5,0 6,5 8,5 7,5066 6,0 6,0 6,5 6,5 6,5067 6,5 6,0 9,0 7,0 7,5068 6,5 7,0 6,5 6,5 8,0069 4,0 4,0 4,5 4,5 4,5070 3,5 3,0 3,0 3,5 3,0071 4,5 5,0 5,0 6,0 6,0072 5,5 3,0 5,5 7,0 6,0073 6,5 5,0 4,0 5,0 5,5076 4,5 3,0 4,5 5,5 7,0077 4,5 3,0 3,0 3,0 4,5078 6,0 5,0 6,0 6,0 7,0081 7,5 6,0 6,5 6,5 7,5083 5,0 6,5 7,5 8,0 8,0084 6,0 3,5 6,5 8,0 7,5085 3,0 4,0 5,5 5,5 6,0086 6,5 4,0 6,5 8,0 7,0087 6,0 3,5 5,0 6,0 7,0
Soma 302,5 253,0 293,5 319,0 342,0Média 5,7 4,7 5,5 6,0 6,4
Teste de Friedman X 2 calc = 95,80 *
Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 76,00 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 23,00 NS dms = 44,41 pré x 3 meses = 26,50 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 65,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 53,00 * dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 102,50 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 141,00 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 49,50 * dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 88,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 38,50 NS dms = 44,41
DISCUSSÃO
A síndrome do canal do carpo é a síndrome compressiva mais
comum, e a divisão do retináculo dos flexores é a cirurgia mais
realizada no nível do membro superior, em todo o mundo. São
dezenas, os artigos científicos, publicados anualmente sobre essa
doença.
PAGNANELLI & BARRER (1991) admitiram que a freqüência
do aparecimento dessa síndrome não significa aumento de sua
incidência, mas é o resultado do melhor conhecimento médico e
informação dos pacientes.
Quando se estuda a idade, observa-se que a faixa etária de
acometimento e a idade média são mais altas nos trabalhos realizados
em países onde os pacientes têm maior longevidade, como nos EUA
(CSEUZ et al., 1966; KULICK et al., 1986; BROWN et al., 1993) e
na Europa (HYBBINETTE & MANNERFELT, 1975). Nos trabalhos
realizados no Brasil, a faixa etária e a idade média são mais baixas
(BARBIERI et al., 1985; SOBÂNIA & MACOHIN, 1988; PEREIRA
et al., 1993).
No grupo desta pesquisa, a idade variou de 18 a 79 com média
de 46 anos. Quanto à faixa etária, 80 % dos pacientes estão entre a
quarta e sexta décadas, achados concordantes com PHALEN (1966) e
HYBBINETTE & MANNERFELT (1975).
A paciente mais jovem deste trabalho apresentava
acometimento bilateral, com hipotrofia intensa dos músculos da
eminência tenar, que a impedia de realizar movimentos de oposição.
Essa paciente não apresentava associação com nenhuma síndrome,
fato também registrado por WILSON et al. (1994). Os trabalhos de
KARPATI et al. (1974), STARREVELD & ASHENHURST (1975) e
BARFRED et al. (1985) associaram a síndrome do canal do carpo
congênita a displasias ósseas.
EVERSMANN (1988) considerou que atualmente a síndrome
acomete mais os homens do que se tem verificado na literatura.
PHALEN (1972) e NANCOLLAS et al. (1995) tiveram 75% e 67%,
respectivamente, de pacientes do sexo feminino. Em nosso meio, a
incidência no sexo feminino também é maior, SEGRE (1996)
registrou 90% e CORTEZ et al. (1997) observaram 88,7%. Em nosso
material foram observados 93,3%.
Corrobando as declarações de WIDGEROW et al. (1996) que,
raramente observaram a síndrome do canal do carpo em negros sul-
africanos, não encontramos na literatura pesquisada referência à sua
incidência no que concerne às raças. Devido à grande miscigenação de
nossa população, a determinação da raça em nosso meio é
extremamente difícil. Em seu estudo, SEGRE (1996), encontrou que
90% de seus pacientes eram da cor branca, enquanto neste trabalho
encontramos 74,1% de pacientes brancos.
O tipo de profissão e a atividade manual do paciente são
algumas das causas do desencadeamento da síndrome do canal do
carpo, como mostraram os trabalhos de GELBERMAN et al. (1981),
SZABO et al. (1989) e LUCANTONI et al. (1992). Nesta pesquisa,
foi observada uma grande diversidade de profissões dos pacientes,
mas a maior parcela, 45 (50,0%), era de trabalhadores do lar.
AGEE et al. (1992) e NATHAN et al. (1993) relataram a
importância econômica da recuperação pós-operatória rápida e do
retorno precoce ao trabalho. É relevante assinalar que em nossa
cultura, principalmente nas classes sociais menos favorecidas, a
“profissional do lar” é responsável por um grande número de
atividades tais como, limpeza e arrumação da casa, lavagem do
vestuário, preparação de alimentos e passar roupa, que são atividades
pesadas e repetitivas, além de serem de grande importância para o
cotidiano da família.
Neste estudo o acometimento bilateral ocorreu em 73 (82,0%)
pacientes, seguido de 13 (14,6%) na mão direita e 3 (3,4%) na
esquerda. Esta ordem coincide com os achados de CSEUZ et al.
(1966) e PAINE & POLYZOIDS (1983). Quanto ao lado operado
tivemos, predomínio do lado direito, fato coincidente com
NANCOLLAS et al. (1995) e SHINYA et al. (1995), todavia,
CORTEZ et al. (1997) em nosso meio, realizaram cirurgias mais no
lado esquerdo.
Para realizar o diagnóstico clínico foram utilizados a pesquisa
do teste de PHALEN (1951,1970), o sinal da percussão dolorosa, que
grande parte da literatura chama de sinal de TINEL (1915), bem como
a queixa de parestesias noturnas e a presença de hipotrofia tenar. Estes
testes clínicos tiveram sua eficácia comprovada por GOLDING et al.
(1986) e KORIS et al. (1988). Em sua experiência clínica
EVERSMANN (1983) considerou que se pode ter aproximadamente
85% de certeza no diagnóstico, na presença desses sinais. PHALEN
(1970) enfatizou que o teste de flexão palmar pode ser negativo se
existir um intenso grau de hipoestesia na mão e que não pode ser
realizado se houver algum grau de limitação da amplitude articular de
flexão do punho. Para confirmação diagnóstica, nos casos duvidosos,
GREEN (1984) recomendou o uso de injeção de corticosteróides no
canal do carpo. Na série deste estudo, não foi necessária a utilização
dessa técnica em nenhum paciente.
Quanto à freqüência de sintomas clínicos, foram encontradas
110 (98,2%) mãos com parestesia noturna, 104 (92,8%) com teste de
Phalen positivo e 91 (81,2%) também com sinal da percussão dolorosa
positivo. Essa freqüência encontrada é coincidente com os achados de
PAINE & POLYZOIDS (1983) e PAGNANELLI & BARRER
(1991). Estes autores consideram a parestesia noturna o mais
importante sinal na história clínica para o diagnóstico da síndrome do
canal do carpo. Durante a coleta de dados deste trabalho também foi
observado o interessante fato de que a queixa dos pacientes muitas
vezes é de parestesias em todos os dedos da mão (ANDRADE &
PIRES, 1990). Consideramos que a existência desta queixa é
fundamental para liberar o canal do carpo. Neste estudo, 37 pacientes
com sintomas bilaterais, relataram melhora dos sintomas no lado
contralateral, após cirurgia unilateral. As pacientes das mãos número
de ordem 18 e 49 e 41 e 94 tiveram recidiva dos sintomas, sendo
operadas na outra mão após oito meses e um ano e quatro meses,
respectivamente. Este fato só foi relatado por um autor, entre todos os
trabalhos revisados (SHAPIRO, 1995).
A hipotrofia dos músculos tenares e alterações de sensibilidade
na área de distribuição do nervo mediano são sinais de compressão
grave e prolongada, na opinião de EVERSMANN (1983). Neste
estudo houve 19 (19,9%) mãos que apresentavam hipotrofia tenar.
PHALEN & KENDRICK (1957) tiveram 50% de seus pacientes com
hipotrofia tenar. PHALEN (1972) considerou uma indicação absoluta
para cirurgia a presença de hipotrofia tenar e encontrou 216 (36%)
mãos com algum grau de hipotrofia. PAGNANELLI & BARRER
(1991) tiveram uma porcentagem de 24,4% . Felizmente essa
incidência parece estar diminuindo. SOBÂNIA & MACOHIN (1988)
mostraram que somente 50% de seus pacientes tiveram recuperação da
hipotrofia após a cirurgia. Isso mostra que devemos fazer diagnósticos
cada vez mais precoces e precisos e não devemos esperar o
aparecimento de hipotrofia para indicar o tratamento cirúrgico.
A eletroneuromiografia (ENMG) é largamente usada para o
diagnóstico da síndrome do canal do carpo. Nesta série, 84 (75,0%)
membros superiores foram submetidos a esse exame que mostrou
alterações compatíveis com a síndrome. Como PHALEN (1972) e
EVERSMANN (1988), não achamos a ENMG fundamental para o
diagnóstico. A ENMG é útil nos pacientes nos quais é necessário fazer
diagnóstico diferencial da síndrome do desfiladeiro torácico ou
compressão de raízes nervosas.
Os pacientes neste estudo, entre o início dos sintomas e o ato
cirúrgico, tiveram um período de um a 360 meses. Essa grande
variação foi encontrada também nos trabalhos de PHALEN (1966,
1972), ARIYAN & WATSON (1977) e TOUNTAS et al. (1983).
Há vários fatores predisponentes da síndrome do canal do
carpo; os mais comuns são os que provocam alterações hormonais,
como climatério, diabetes, hipotiroidismo e gravidez. Outras causas
freqüentes são as pós-traumáticas e artrite reumatóide (PHALEN,
1972). Em todas as séries estudadas, sem dúvida, o climatério pós-
menopausa foi o mais encontrado, que coincidiu com os achados desta
série.
ARIYAN & WATSON (1977) observaram a alta incidência de
associação com outras síndromes estenosantes. No estudo de
PHALEN (1972) e neste trabalho a incidência ficou em 10%
aproximadamente.
SPINNER (1978) relatou melhora completa dos sintomas em
50% dos pacientes tratados conservadoramente e BORA &
OSTERMANN (1982) obtiveram 30%. Em nosso meio, PEREIRA et
al. (1993) obtiveram 39,7% de melhora clínica. O tratamento com
infiltração de corticosteróides intracanal foi utilizado por GREEN
(1984). Utilizando infiltração e imobilização por três semanas,
GELBERMAN et al. (1980) tiveram somente 22% de melhora
completa dos sintomas. É interessante destacar que dos 63 (70,8%)
pacientes desta série que fizeram tratamento clínico prévio, somente 4
(4,5%) submeteram-se à infiltração. O baixo índice de melhora clínica
com o tratamento conservador leva a grande maioria dos autores a
optar pelo tratamento cirúrgico (PHALEN, 1970; DUNCAN et al.,
1987; LUCHETTI et al., 1995).
O tempo de seguimento pós-operatório foi de seis a 72 meses,
com média de 37 meses no trabalho de SHAPIRO (1995) e de
somente um a dez meses no trabalho de BROWN (1992). Em
compensação, NANCOLLAS et al. (1995) tiveram um seguimento
médio de cinco anos. Neste estudo, o seguimento dos pacientes variou
de um a 36 meses, com média de 16 meses.
A avaliação da sensibilidade da mão pode ser feita por
diferentes métodos. O uso de monofilamentos foi bem estabelecido
por DELLON et al. (1993) e indicado por SZABO et al. (1984) e
COOK et al. (1995) para avaliar os resultados após liberação cirúrgica
do canal do carpo. Essa avaliação é útil para confirmar a integridade
das estruturas nervosas e as mudanças na sensibilidade da mão após a
cirurgia.
Outro método útil para avaliar a função da mão é a mensuração
de sua força (STOKES, 1983). Esta mensuração é feita com
dinanômetros e podem ser medidas as forças de preensão palmar,
polpa-polpa, lateral e tridigital (KELLOR et al., 1971;
MATHIOWETZ et al., 1985) . Os dinanômetros hidráulicos JAMAR®
foram utilizados por SEGRE (1996) e CAPORRINO (1997).
AMADIO et al. (1996) utilizaram dinanômetros digitais da NK
Intruments®. FIRREL & CRAIN (1996) utilizaram um dinamômetro
isométrico computadorizado e nesta série foram utilizados
dinamômetros BASELINE®.
Na síndrome do canal do carpo, a avaliação da força foi
utilizada por YOUNG et al.(1992), AGEE et al.(1992), SKOFF &
SKLAR (1994), e BURY et al.(1995). Segundo GELLMAN et al.
(1989), a mão contralateral não deve ser usada como parâmetro por
haver uma alta incidência de bilateralidade.
Um instrumento foi desenvolvido por Paine para fazer a divisão
do retináculo dos flexores, através de uma incisão transversa no sulco
de flexão do punho (PAINE, 1955; PAINE, 1963; PAINE &
POLYZOIDS , 1983; PAGNANELLI & BARRER , 1991, 1992).
CARNEIRO & JAMES (1995) e BENSIMON & MURPHY (1996)
utilizaram-no por um acesso na palma da mão.
Todos os pacientes estudados nesta tese foram operados em
centro cirúrgico, com uso de isquemia temporária e em caráter
ambulatorial. PAINE & POLYZOIDS (1983) internavam todos os
pacientes e ANDRADE & PIRES (1990) raramente internavam-nos.
A técnica anestésica para realizar a abertura do canal do carpo
pode ser geral, bloqueio do plexo braquial, bloqueio regional
intravenoso ou local com sedação. BARBIERI et al. (1991)
demonstraram a possibilidade de utilizar anestesia local. Esta técnica,
distorce a anatomia e dificulta a identificação das estruturas durante a
dissecação na região palmar. Por este motivo a maioria dos pacientes
desta série foi submetida à anestesia intravenosa tipo Bier. Esta
também é a preferência de BENSIMON & MURPHY (1996).
A incisão “ideal” para realizar a descompressão do canal do
carpo é, sem dúvida, um dos pontos mais discutidos na literatura. As
primeiras liberações cirúrgicas (LEARMONTH,1933; BRAIN et al,
1947; PHALEN, 1951) preconizavam incisões longitudinais e divisão
do retináculo dos flexores. WILSON (1954) e LANZ (1977) achavam
que as incisões na palma da mão ou proximal ao punho não
proporcionavam adequada exploração do canal. SEMPLE &
CARGILL (1969) não achavam o tipo de incisão importante para o
alívio dos sintomas, mas observaram que a sensibilidade na cicatriz
era maior nas incisões longitudinais.
PHALEN (1970) acreditava que o tipo de incisão tem pouca
importância, desde que não cruze em ângulo reto o sulco distal de
flexão do punho. CAROL & GREEN (1972) relataram a importância
de se evitar a lesão do ramo palmar do nervo mediano para não haver
formação de neuroma doloroso. TALEISNICK (1973), em estudo
anatômico, preconizou a descompressão do canal do carpo por meio
de uma incisão longitudinal curvilínea, localizada no lado ulnal do
eixo do 4o dedo. HOBBS et al.(1990) acham que se evita a lesão do
nervo palmar fazendo a incisão no eixo do 4o dedo, entretanto,
WATCHMAKER et al. (1996) mostraram que o eixo do 4o dedo varia
significativamente, dependendo de se o dedo está em flexão, extensão,
aduzido ou abduzido.
A incisão longitudinal, para a descompressão do canal do
carpo, é a preferida pela maioria dos membros da Academia
Americana de Cirurgia da Mão (DUNCAN et al., 1987) e também
pelos pesquisadores nacionais (BARBIERI et al., 1985; SOBÂNIA &
MACOHIN, 1988; PEREIRA et al., 1993). Dentre as vantagens desta
técnica, está a de permitir a identificação do nervo mediano e seus
ramos, e de todo o retináculo dos flexores. As variações anatômicas
do ramo muscular tenar do nervo mediano foram estudadas por vários
autores (GRAHAM, 1973; LANZ, 1977; TOUNTAS et al., 1983). Em
dezessete pacientes operados bilateralmente, HURWITZ (1996),
encontrou variações em apenas um dos lados. SPINNER (1978)
apresentou 15 tipos diferentes de variações do nervo mediano e de seu
ramo muscular tenar ao nível do canal do carpo, mostrando que a
secção do retináculo pelo lado ulnal é a forma mais segura. Quando o
ramo muscular é transligamentar, torna-se necessária a liberação
deste, pois pode haver compressão após abertura do retináculo
(LANZ, 1977; SPINNER, 1978). O retináculo dos flexores pode ter
uma aparência mais muscular que ligamentar, devido ao alargamento
dos músculos tenares (EVERSMANN, 1988). Sua presença deve
alertar imediatamente o cirugião para proceder, com extrema cautela,
a secção do retináculo, pois a incidência de ramos musculares
anômalos é muito alta. Em apenas uma mão deste material foi
observado esta anomalia muscular e nenhuma variação do nervo
mediano ou de seus ramos. A paciente foi operada também do lado
contralateral e nada foi observado de anormal. ANDRADE & PIRES
(1990) admitiam que nos casos de alterações anatômicas, como
músculos acessórios, não são necessárias sua retirada, bastando a
abertura do canal.
SEDAL et al. (1973) e GALBIATTI et al. (1991) realizaram
descompressão concomitante do canal de Guyon . Trabalhos mostram
que após a abertura do canal do carpo existe diminuição da pressão
dentro do canal de Guyon (ABLOVE et al., 1996), alterações da forma
e do tamanho do canal (RICHMAN et al., 1989) e melhora dos
sintomas clínicos e das alterações no estudo eletroneuromiográfico
(SILVER et al., 1985). Durante uma cirurgia desta série,
inadvertidamente, realizou-se a abertura do canal de Guyon com o
instrumento de PAINE®, sem nenhum tipo de complicação.
Para evitar cicatriz dolorosa e hipertrófica, alguns autores
utilizam a via ulnal (TUBIANA, 1990; GALBIATTI et al., 1991;
SEGRE, 1996). A secção do retináculo é realizada a 2 mm laterais ao
pisiforme, evitando a lesão do ramo muscular tenar recorrente. Isso
também permite que o retináculo continue a ter função de polia dos
tendões flexores dos dedos e impede aderência do nervo à cicatriz
cirúrgica. Temos atualmente, grande experiência com esta técnica, e
dos 14 (12,5%) pacientes desta tese, que tiveram cirurgia prévia na
mão contralateral, 12 (10,7%) foram por via ulnal.
Alguns pacientes operados com incisão longitudinal
permanecem com edema e dor na cicatriz ou região intertenar. A
liberação endoscópica pode evitar este problema. As técnicas mais
usadas e discutidas na literatura são as de Agee, por um portal e
Chow, por duplo portal (AGEE et al., 1992; CHOW, 1990). Um
estudo comparando as duas técnicas não encontrou diferenças
significativas quanto ao tempo de retorno ao trabalho ou quanto às
complicações, mas concluiu ser a técnica de um portal mais perigosa
(BROWN et al., 1992). TSAI et al. (1995) desenvolveram uma técnica
de portal palmar e o uso de um trocar de vidro. OKUTSU et al. (1989,
1989) utilizaram também um portal proximal. Em nosso meio,
MATTAR JR. et al. (1996); CORTEZ et al. (1997), com uma
modificação da técnica de Agee, e ZUMIOTTI & OHNO (1994), com
uma modificação da técnica de Chow, relataram sua experiência
favorável com a liberação endoscópica.
Pela endoscopia não é possível realizar neurólise, exploração do
canal de Guyon ou dos ramos nervosos do mediano e ulnar. São
também contra-indicações para o método de dois portais a rigidez do
punho e a contratura da aponeurose palmar (FISCHER & HASTINGS
II, 1996). A comparação entre a necessidade do treinamento do
cirurgião e o custo do instrumental necessário para liberação
endoscópica com os resultados encontrados são enfatizados por
NEWMEYER (1992), EVANS (1994) e LOUIS (1995); Estudos
anatômicos realizados mostraram um alto grau de complicações,
recomendando treinamento prévio em cadáveres (LEE et al., 1992;
ERDMANN, 1994). PALMER & HANRAHAN (1995) acham que
esses custos altos são justificados pela economia na despesa
previdenciária. Outro ponto importante são os artigos que comparam
os resultados das técnicas endoscópicas com a técnica clássica e de
pequenas incisões, e não encontram diferenças que justifiquem tão
alto investimento (SKOFF & SKLAR, 1994; BANDE et al., 1994;
HALLOCK & LUTZ,1995; JACOBSEN & RAHME, 1996)
As publicações sobre complicações com o uso da endoscopia,
incluem lacerações da artéria ulnar, do nervo mediano e ulnar e de
seus ramos, de tendões flexores e liberação incompleta (BOZENTKA
& OSTERMAN, 1995; RUSH & POEHLING, 1996).
Devido a aderências do nervo mediano e cicatriz dolorosa com
o uso da incisão longitudinal, PAINE (1955, 1963) preconizou uma
incisão no nível da prega de flexão do punho. PAINE &
POLYZOIDS (1983) publicaram sua maior série com o uso de seu
instrumento através de uma pequena incisão transversa centrada sobre
o tendão do palmar longo, obtendo sempre altos índices de bons
resultados. Uma pequena modificação dessa técnica, a passagem do
instrumento mais ulnal, na direção do 4o raio, foi realizada por
PAGNANELLI & BARRER (1991, 1992). Eles consideravam a
técnica segura e efetiva. A incisão no punho, ulnal ao palmar longo foi
usada por ABOUZAHR et al. (1995) em 28 mãos de cadáveres
frescos, para viabilizar a utilização de um espéculo nasal como guia
para dividir o retináculo dos flexores, porém não tinham nenhum
paciente operado e tiveram uma lesão do arco palmar superficial.
ABDULLAH et al. (1995) utilizaram via de acesso transversa, ulnal
ao tendão do palmar longo e incisaram o retináculo em forma de
parábola para manter a cobertura das estruturas intracarpais. A incisão
transversa no punho tem a grande desvantagem de não permitir a
inspeção e manejamento da anatomia crítica distal (LoVERNE &
SACCONE, 1995). Quando se utiliza a incisão transversa sobre a
prega de flexão distal, existe o risco de neuromas dolorosos por lesão
dos ramos cutâneos ou provocar lesão do ramo muscular na parte
distal do retináculo (ARIYAN & WATSON, 1977).
A primeira publicação a propor o acesso palmar, associado a
uma incisão no punho para liberação do canal, foi de ARIYAN &
WATSON (1977). O desenvolvimento das técnicas endoscópicas
(OKUTSU et al., 1989; CHOW, 1989; MENON, 1993) e o estudo
detalhado da anatomia local (SEILER et al., 1992; COBB et al., 1993;
ROTMAN & MANSKE, 1993; TSURUDA et al., 1994), estimularam
vários autores a publicar suas experiências com o uso de incisões
limitadas para descompressão do canall do carpo. ORTIZ & LLOBET
(1990), BROMLEY (1994) e SHAPIRO (1995), este último com uma
série de mais de 300 pacientes, utilizaram uma pequena incisão de
2cm aproximadamente, na região entre as eminências tenar e
hipotenar. Apesar de relatarem excelentes resultados, essa região é
justamente onde mais freqüentemente existe a dor no pilar (BIYANI
et al., 1996). NATHAN et al. (1993) também utilizaram esta incisão,
mas consideraram mais importante para um rápido retorno ao
trabalho, um programa de reabilitação pós-operatório precoce.
A incisão única na região palmar foi utililizada nos pacientes
deste estudo para realizar a descompressão do canal do carpo. Outros
autores também têm relatado usar esta via em recentes publicações
(BROMLEY, 1994; CARNEIRO & JAMES, 1995; LUCHETTI et al.,
1995; BENSIMON & MURPHY, 1996; LEE et al., 1996). A incisão
palmar é realizada ao longo do eixo do 4o dedo como preconizado por
ROTMAN & MANSKE (1993), que mostraram em estudos
anatômicos ser segura para não lesar o nervo mediano, tendões
flexores, arco palmar superficial e nervos digitais. As pequenas
variações deste eixo, que dependem da posição do 4o dedo, como
demonstradas por WATCHMAKER et al.(1996), foram observadas,
nesta série, pela posição da incisão na mão . Isto não invalida a
utilização deste eixo como referência para realizar a incisão.
CARNEIRO & JAMES (1995) realizaram-na curvilínea, ulnal à prega
palmar proximal, iniciando no ponto onde o 4o dedo fletido toca a
palma e se estendendo em sentido cranial por 2 a 2,5 cm. LUCHETTI
et al.(1995) realizaram uma incisão de 2 a 2,5 cm a partir da prega
palmar média. Realizamos a incisão 0,5 cm a partir da prega palmar
média, com 1,5 a 2cm, nunca cruzando a linha imaginária de Kaplan.
Em alguns casos realizamos incisão menor, mas a dificuldade para
dissecação e identificação das estruturas aumentou o tempo do ato
cirúrgico, não justificando sua continuidade. Após a abertura da fáscia
palmar, a primeira estrutura a ser visualizada é a artéria ulnar e o arco
palmar superficial originário desta; em seguida, identificam-se os
ramos do nervo mediano e a margem ulnal distal do retináculo. Nesta
etapa da cirurgia é possível identificar qualquer variação anatômica
local ou processo expansivo intracanal (BENSIMON & MURPHY,
1996). No caso de se observar necessidade de realizar neurólise
interna, a incisão é prolongada longitudinalmente em direção cranial e
transforma-se a cirurgia em técnica clássica. Não havendo esta
necessidade, continua-se a cirurgia com a secção subfascial do
retináculo. LUCHETTI et al.(1995) utilizaram simplesmente uma
lâmina de bisturi número 15 e acharam que a secção de 2 a 3 cm da
fáscia antebraquial não é obrigatória. Baseados nos estudos
anatômicos discutidos anteriormente, acreditamos que o mais
importante é fazer a descompressão nos locais mais estreitos. LEE et
al.(1996) utilizaram o conjunto de quatro instrumentos desenvolvidos
por James Strickland. Deve-se visualizar pelo menos 1cm da margem
distal do retináculo; como no uso do instrumento de Paine®, o
primeiro corte do retináculo é feito com uma tesoura. Consideramos a
utilização de vários instrumentos desnecessária pois aumenta a
dificuldade técnica e o custo. O instrumento de Paine® foi utilizado
por CARNEIRO & JAMES (1995); BENSIMON & MURPHY (1996)
e nesta série, com uma pequena modificação, onde identificam-se as
estruturas que constituem o triângulo de segurança de Agee e através
deste introduz-se o instrumento. A divisão do retináculo a 2mm da
inserção do lado ulnal impede a luxação volar e ulnal do tendão flexor
do 5o dedo e permite manter sua função de proteção e polia. Pode-se
utilizar, no caso de necessitar de uma segunda passagem do
instrumento, um protetor de nervo mediano (CARNEIRO & JAMES,
1995). A vantagem do instrumento de Paine®, em relação ao
endoscópio, é que não há necessidade da introdução de um
instrumento no já apertado canal. A base vai entrando no canal e
protegendo o nervo, à medida que a lâmina vai efetuando o corte do
retináculo.
A via palmar permite abrir a parte distal do retináculo (COBB et
al.,1993) sob visão direta e identificação e proteção do arco palmar
superficial, dos ramos para o 3o e 4o dedos (TSURUDA et al., 1994) e
evita o estiramento e a compressão do nervo ulnar (BIYANI &
DOWNES, 1993). Autores como SEILER et al. (1992) e ZUMIOTTI
& OHNO (1994) recomendam uma incisão palmar para identificação
das estruturas palmares antes da introdução do trocar durante a
liberação pela técnica de duplo portal. É importante assinalar que
todos esses estudos anatômicos foram realizados para desenvolver
técnicas endoscópicas e que no futuro próximo o portal preferido para
esse tipo de cirurgia deverá ser o palmar. PIGNATARO et al. (1998)
estudaram em cadáveres a utilização da técnica de CARNEIRO &
JAMES (1995) e obtiveram a descompressão do canal em todas as
mãos sem nenhuma lesão nervosa ou vascular.
A incisão na depressão central da palma fica fora da área de
pressão durante a preensão da mão, diminuindo a dor que ocorre na
região proeminente sobre o retináculo dos flexores (LUCHETTI et al.,
1995; BENSIMON & MURPHY, 1996). Outra provável causa de
baixos níveis de desconforto nos pacientes submetidos à cirúrgia
endoscópia ou subfascial pode ser a manutenção dos nervos cutâneos
(MARTIN et al.,1996); por outro lado, BIYANI et al.(1996) não
encontraram diferenças na distribuição de fibras nervosas entre as
partes proximal e distal da palma da mão; SILVA et al.(1996)
acharam que quando é realizada a divisão do retináculo dos flexores,
as pequenas fibras nos tecidos profundos são lesadas, provocando
dores no pilar, independente da técnica utilizada.
As contra-indicações clássicas da incisão palmar são artrite
reumatóide, cistos ou outros processos expansivos, recidiva e atrofia
tenar (BIYANI & DOWNES, 1993) e pós-traumática (LUCHETTI et
al., 1995). Pelas potenciais alterações anatômicas das estruturas, nos
casos de recidivas e pós-traumáticos, consideramos contra-indicação
absoluta a liberação por esta técnica. Quatro pacientes deste estudo
apresentavam artrite reumatóide em fase inicial e tiveram remissão
completa dos sintomas e das dezenove mãos que apresentavam algum
grau de hipotrofia tenar, oito tiveram melhora, sem realizar neurólise
interna, como indicado por CURTIS & EVERSMAN (1973) e
GELBERMAN (1987), mostrando que estas são contra-indicações
relativas para o uso da técnica.
BENSIMON & MURPHY (1996) admitiram que mesmo na
presença de variações anatômicas, a passagem do instrumento de
Paine® é segura.
Como uma alternativa à liberação endoscópica, ARIYAN &
WATSON (1977), BIYANI & DOWNES (1993) e WILSON (1994)
utilizaram associação das duas técnicas ora discutidas, ou seja , dupla
incisão. Uma na palma da mão e outra na prega do punho, mantendo
uma ponte de pele intacta.
A imobilização pós-operatória é indicada para se evitar arco de
corda dos tendões flexores, deiscência da ferida e aderência do nervo
mediano à cicatriz cirúrgica (BROWN et al., 1993; GELBERMAN et
al., 1993). Cirurgiões plásticos e neuro-cirurgiões não utilizam com
freqüência a imobilização (PAINE & POLYZOIDS, 1983;
PAGNANELLI & BARRER , 1991; BENSIMON & MURPHY,
1996). A maioria dos cirurgiões americanos utiliza a imobilização
durante uma a três semanas (DUNCAN et al., 1987). Em seu estudo,
BURY et al.(1995) não encontraram diferenças entre pacientes que
utilizaram imobilização por duas semanas e aqueles que não foram
imobilizados. COOK et al.(1995) concluíram que a imobilização pós-
operatória deve ser usada, no máximo durante uma semana,
coincidindo com utilizado nos pacientes desta série para ajuda-los a
manter a mão elevada e evitar edema residual.
O alívio dos sintomas, após a descompressão cirúrgica,
geralmente ocorre em mais de 90% dos pacientes (POSCH &
MARCOTTE, 1976; TOUNTAS et al., 1983; PAINE &
POLYZOIDS, 1983). Outros têm resultados mais modestos em torno
de 75% (SEMPLE & CARGIL, 1969; GRAHAM, 1985). KULICK et
al. (1986) encontraram 25% dos pacientes com parestesias persistentes
após um seguimento a longo prazo. Na série do trabalho em discussão,
a remissão total dos sintomas ocorreu em mais de 95% das mãos.
EVERSMANN (1988) relatou que nos pacientes submetidos à
liberação do canal do carpo, a força da mão começa a retornar entre a
segunda e terceira semanas. Em seis semanas o paciente apresenta
50% da força. Entre a oitava e décima semanas tem 75% da força pré-
operatória e o retorno da força máxima só ocorre após seis meses,
sendo que 15% a 20% dos pacientes nunca voltam a ter sua força
original, devido à alteração na configuração dos ossos do carpo ou à
perda do efeito de polia do retináculo.YOUNG et al. (1992)
observaram que as forças de preensão palmar, polpa-polpa, lateral e
tridigital retornaram aos valores anteriores à cirurgia, na grande
maioria dos pacientes, após três meses. Naqueles em que há perda,
esta é em torno de 20%. KLUGE et al.(1996) encontraram perda de
força após dez meses de cirurgia em mais da metade dos pacientes
avaliados. NANCOLLAS et al. (1995) registraram queixas subjetivas
de perda da força em 30% dos pacientes após dois anos de cirurgia.
GELLMAN et al. (1989), usando a via de acesso clássica, fizeram
avaliação dos pacientes no pré-operatório, na terceira e sexta semanas,
terceiro e sexto meses. Observaram que em relação ao pré-operatório a
força de preensão era respectivamente de 28%, 73%, 99% e 116%. A
força polpa-polpa foi 74%, 96%, 108% e 126%, respectivamente.
VIEGAS et al. (1992), utilizando a via endoscópica, encontraram para
a força de preensão palmar, 37% na primeira semana, 86% na terceira
semana e 121% na sexta semana e na polpa-polpa, 70%, 102% e
106%, respectivamente. WILSON (1994) comparou a incisão clássica
com a dupla incisão e encontrou 42% e 67% de força de preensão
palmar segunda semana, 62% e 80% no primeiro mês, 85% e 94% no
terceiro mês. Na força polpa-polpa, 66% e 82%, 81% e 96%, 107 e
111%, respectivamente. Na força lateral, encontrou 64% e 81%, 78%
e 91%, 102% e 106%. Na tridigital, 68% e 73%, 75% e 82% e 101% e
104%, respectivamente. COOK et al. (1995) estudaram dois grupos,
com e sem imobilização pós-operatória. Encontraram para a força de
preensão palmar, 10 e 15 Kgf na segunda semana, 14 e 18 kgf no
primeiro mês. Em três meses a força era igual e no sexto mês a força
era maior que a pré-operatória em ambos os grupos. A pinça lateral foi
4 e 6 Kgf, 5 e 7 Kgf e não diferiu nas avaliações seguintes.
Neste trabalho as médias de força de preensão palmar
encontradas foram 27 Kgf, 18 Kgf (67,78%), 22 Kgf (82,58%), 26 kgf
(96,18%) e 27 Kgf (100,00%), respectivamente no pré, com duas
semanas, um mês, três meses e seis meses de seguimento. Com três e
seis meses, a diferença com o pré-operatório não foi estatisticamente
significante. Com um mês a força foi 80% maior do que a do pré-
operatório. A perda da força foi mais acentuada na segunda semana e
a partir desta, a força aumentou de maneira estatisticamente
significante. A comparação entre três e seis meses não foi
estatisticamente significante. As médias de força de preensão polpa-
polpa encontradas foram 4,6; 4,0 (86,95%); 4,5 (97,82%); 4,9
(106,52%) e 5,4 (117,39%) Kgf. A diferença entre o pré e os primeiro
e terceiro meses não foi estatisticamente significante. A diferença
entre o primeiro e terceiro meses, comparada ao sexto mês, foi
estatisticamente significante, assim como a comparação entre segunda
semana e os demais períodos pós-operatórios. As médias da força de
preensão digital lateral foram 6,0; 4,9 (81,66%); 5,7 (95,00%); 6,2
(103,3%) e 6,8 (113,33%) Kgf. As diferenças estatísticas foram
similares à evolução da força polpa-polpa. A força de preensão
tridigital teve as seguintes médias: 6,0; 4,9 (81,66%); 5,7 (95,00%);
6,2 (103,33%) e 6,8 (113,33%) Kgf. As diferenças estatísticas foram
similares à evolução das outras forças digitais.
Utilizando esta técnica, tivemos um retorno da força mais
precoce do que quando foi usada a incisão clássica (GELLMAN et al.,
1989; YOUNG et al., 1992) e similar quando foi usada a dupla incisão
(WILSON, 1994). BROWN et al. (1993) não acharam diferenças
significantes da força entre mãos submetidas às cirurgias endoscópica
e clássica. PALMER et al. (1993), comparando duas técnicas de
endoscopia e técnica aberta, mostraram superioridade da técnica de
AGEE et al. (1992) na quarta semana, mas independente da técnica, a
força volta ao normal após três meses de cirurgia. Quando comparada
a técnica endoscópica, os resultados da força foram similares ao
encontrado por ERDMANN (1994), mas tiveram um retorno mais
lento do que registrado por VIEGAS et al. (1992). NETSCHER et al.
(1998) acharam que a reconstrução do retináculo dos flexores permite
um retorno da força mais precoce. Consideramos que o risco de
recidiva é grande com a reconstrução do retináculo e nossos pacientes
operados com o instrumento de Paine® tiveram rápido retorno da
força.
A avaliação da sensibilidade pelos monofilamentos de náilon
foi realizada por SZABO et al. (1984) em pacientes com STC; 83%
tinham alterações pré-operatórias, após seis semanas todos tiveram
melhora e 65% apresentaram valores normais. GELLMAN et al.
(1989) também compararam a sensibilidade pré e pós-operatória. Dos
pacientes que tinham alteração pré-operatória, 17% voltaram ao
normal, 62,5% tiveram alguma melhora e 20,5% não apresentaram
diferenças. BROWN et al.(1993), comparando um grupo submetido à
liberação endoscópica e outro à cirurgia clássica, não observaram
diferenças estatisticamente significantes entre eles e entre as
mensurações pré e pós-operatórias. No grupo de mãos estudado nesta
pesquisa, todas apresentaram, na análise estatística, diferenças
favoráveis e significantes entre o pré e os seguimentos pós-
operatórios, nos cinco dedos.
A hipotrofia tenar é uma indicação absoluta para a cirurgia
(PHALEN, 1970). Assim como TUBIANA (1990), achamos que a
neurólise deve ser feita apenas nos casos em que a descompressão
simples não foi efetiva. Das 19 (17%) mãos de nosso grupo que
apresentavam hipotrofia tenar, 8 (7,1%) apresentaram melhora e 9
(8,0%) não tiveram um tempo mínimo de seis meses para avaliação.
A preocupação com o tempo de retorno ao trabalho após a
cirurgia começou a aparecer na literatura com a introdução da
endoscopia. Estudos mostraram um tempo duas vezes maior para
retorno ao trabalho nos pacientes submetidos à cirurgia clássica
(AGEE et al., 1992; BROWN et al., 1993). Estudos realizados por
outros pesquisadores não encontraram diferenças significativas
(BANDE et al., 1994; HALLOCK & LUTZ, 1995). Utilizando uma
pequena incisão no punho, PAGNANNELI & BARRER (1991)
tiveram 52,2 % de seus pacientes retornando ao trabalho em uma
semana e 72,5% retornaram em três semanas. NATHAN et al. (1993)
registraram uma média de 17 dias para os pacientes submetidos à
cirurgia com incisão curta e 30 dias para incisão longa, mas
concluiram que o mais importante é a motivação do paciente para
realizar um programa de fisioterapia domiciliar.
Nesta tese foi observado que em 50 (44,6%) cirurgias os
pacientes puderam retornar às atividades no oitavo dia, 42 (37,5%)
retornaram às atividades entre o oitavo e décimo quinto dia e 20
(17,9%) com mais de 15 dias. Nossos pacientes tiveram um retorno às
atividades mais rápido que os de PALMER et al. (1993), que
compararam 3 diferentes métodos.
As complicações per e pós-operatórias podem acontecer
independente da técnica cirúrgica utilizada. As complicações mais
comuns são, a diminuição de força de preensão, edema e dor residual,
chamada de dor no pilar (MACDONALD et al., 1978 ;
EVERSMANN, 1988). Após a divisão do retináculo dos flexores
existe uma alteração no canal do carpo, com acomodação dos ossos
cárpicos, que pode ser responsável pelas dores residuais
(GARTSMAN et al., 1986; SERADGE & SERADGE, 1989;
RICHMAN et al., 1989; VIEGAS et al., 1992).
Com o uso da técnica tradicional, pode ocorrer descompressão
inadequada, recorrência da compressão por processo de fibrose, lesão
iatrogênica do nervo mediano, do ramo palmar, do ramo muscular
tenar, hematoma pós-operatório, cicatriz hipertrófica, deslocamento
anterior do nervo mediano com aderência e distrofia simpático reflexa
(CONNOLY, 1978; LOUIS et al.,1985; ZUMIOTTI et al., 1996). Os
relatos das complicações com o uso da liberação endoscópica são cada
vez mais encontrados na literatura. Isso se deve principalmente à
curva de aprendizado que esse método exige e à intensa propaganda
industrial (NEWMEYER, 1992; LOUIS, 1995). As complicações
mais comuns são lesões do nervo ulnar (NATH et al., 1993), do ramo
muscular tenar (DE SMET & FABRY, 1995), do nervo mediano e do
arco palmar superficial (MURPHY et al., 1994), do nervo digital
(BROWN et al., 1993) e do tendão flexor (BOZENTKA &
OSTERMAN, 1995). Liberação incompleta, hematoma, distrofia
simpático reflexa, abertura acidental do canal de Guyon, infecção e
neuropraxia também foram relatadas por SHINYA et al. (1995) e
AGEE et al. (1995).
Os relatos de complicações com as incisões pequenas são
poucos, pois estas são pouco utilizadas. No questionário de DUNCAN
et al. (1987), apenas 1% dos membros da Academia Americana de
Cirurgia da Mão utilizava essa via de acesso. A incisão pequena é
considerada a maior responsável pela secção incompleta do retináculo
(LANGLOH & LINSCHEID, 1972) e lesão do nervo digital para o 3 o
espaço e do ramo palmar do mediano foram descritas por MURRAY
et al. (1994). Em seu trabalho, PAINE & POLYZOIDS (1983)
tiveram quatro pacientes com hematoma na palma da mão que não
necessitou drenagem. PAGNANELLI & BARRER (1991) tiveram
dois casos de secção incompleta, oito casos de infecção superficial e
um caso de distrofia simpático reflexa. Nenhum autor que utilizou via
palmar descreveu algum tipo de lesão grave.
Neste material tivemos 10 (9,0%) complicações leves: uma
distrofia simpático reflexa em paciente com contratura da aponeurose
palmar, na qual efetuamos as duas cirurgias concomitantemente; uma
infecção superficial que necessitou apenas de cuidados locais e
parestesias no borda ulnal do 3 o dedo e radial do 4 o dedo em quatro
mãos, que regrediram até o sexto mês. Acreditamos que essas
parestesias ocorram por trauma no nervo mediano, durante a passagem
do instrumento de Paine® , e foram mais comuns no início do uso da
técnica. Quando ela for persistente deve-se suspeitar de lesão do ramo
comunicante sensitivo entre os nervos ulnar e mediano (MAY &
ROSEN, 1981; AGEE et al., 1995). Como discutido anteriormente,
devido às alterações carpais, quatro pacientes apresentaram dor no
pilar solucionada até o terceiro mês após a cirurgia. Houve abertura
acidental do canal de Guyon em uma mão e formação de equimose na
região palmar em quatro mãos que não foram consideradas
complicações, pois não influíram no resultado final.
A introdução da cirurgia endoscópica, de alto custo, provocou
uma grande discussão na literatura. Os favoráveis ao tratamento
endoscópico alegam que o custo maior é compensado com o retorno
rápido ao trabalho (AGEE et al., 1992). A incidência estimada da
cirurgia do canal do carpo nos Estados Unidos da América é de 400 a
500 mil casos anuais, com custos acima de 2 bilhões de dólares por
ano (PALMER & HANRAHAN, 1995). BROWN et al. (1993)
calcularam que a diferença de custo entre os dois métodos são 497
dólares por cirurgia, devido ao preço das lâminas e ao maior tempo de
utilização do centro cirúrgico no procedimento endoscópico.
CARNEIRO & JAMES (1995) conseguiram resultados similares aos
obtidos pela via endoscópica, utilizando o instrumento de PAINE ®
que custa 250 dólares aproximadamente e pode ser utilizado por
diversas vezes. Isso para um país como o Brasil é de grande
importância. Levando-se em conta que a saúde pública em nosso país
atravessa uma das maiores crises financeiras da história, não podemos
pensar em utilizar métodos caros em larga escala. Utilizamos nas 112
mãos operadas apenas dois instrumentos de Paine® , com um custo
aproximado de cinco reais por cirurgia, até agora, sem levar em conta
que ainda poderemos utiliza-los em várias outras oportunidades.
CAPÍTULO VI
CONCLUSÕES
CONCLUSÕES
1- A abertura do canal do carpo por meio de uma incisão
palmar e utilização do instrumento de Paine® mostrou-se eficiente
para remissão dos sintomas da síndrome do canal do carpo.
2- Essa técnica proporcionou um rápido retorno da força de
preensão palmar e digital.
3- A sensibilidade dos dedos melhorou após a cirurgia.
4- O retorno às atividades até 15 dias de pós-operatório
ocorreu em mais de 80% das mãos operadas.
5- Quanto às complicações, foram temporárias, não
ocorrendo nenhuma lesão vásculo-nervosa definitiva.
CAPÍTULO IX
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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