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CARLOS HENRIQUE FERNANDES TRATAMENTO CIRÚRGICO DA SÍNDROME DO CANAL DO CARPO POR INCISÃO PALMAR E UTILIZAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PAINE ® Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina para a obtenção do Título de Doutor em Medicina SÃO PAULO 1998

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CARLOS HENRIQUE FERNANDES

TRATAMENTO CIRÚRGICO DA SÍNDROME DO CANAL DO CARPO POR INCISÃO PALMAR E UTILIZAÇÃO DO INSTRUMENTO DE PAINE®

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina para a obtenção do Título de Doutor em Medicina

SÃO PAULO

1998

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UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO

ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ORTOPEDIA E

TRAUMATOLOGIA

COORDENADOR: Prof. Dr. Flávio Faloppa Professor Adjunto - Livre Docente e Chefe de Clínica da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior .

ORIENTADOR : Prof. Dr. Walter Manna Albertoni Professor Titular - Livre Docente e Chefe da Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior.

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CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

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1

INTRODUÇÃO

O canal do carpo é a região por onde passam os tendões

flexores dos dedos e o nervo mediano em direção aos dedos da mão.

Seu assoalho é formado pelo arco côncavo dos ossos cárpicos cobertos

pelos seus ligamentos. O teto do canal é formado pelo retináculo dos

flexores, também chamado de ligamento transverso do carpo, pelos

autores de idioma inglês. O retináculo dos flexores tem sua inserção

do lado radial, no tubérculo do osso escafóide e no osso trapézio. Do

lado ulnal, no osso pisiforme e hâmulo do hamato. O retináculo é uma

banda fibrosa que tem 2,5 a 3,5 mm de espessura e 3 a 4 cm de

largura, imediatamente acima do nervo mediano. Dentro do canal o

nervo fica volar aos tendões flexores superficiais dos dedos médios e

anulares. O ramo muscular tenar do nervo mediano é, freqüentemente,

extra ligamentar e radial aos músculos tenares.

A síndrome do canal do carpo (SCC) caracteriza-se pela

compressão do nervo mediano na área em que este atravessa a região

do carpo. A compressão ocorre por diminuição do espaço no interior

do canal ou por aumento do volume das estruturas dentro dele.

Estudos anatômicos, como os realizados por TANZER (1959) e

COBB et al. (1993), mostram que a região mais estreita do canal é no

nível do hâmulo do hamato e que a flexão do punho provoca

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compressão do nervo pela margem proximal do retináculo dos

flexores.

Essa síndrome, atualmente, é bem conhecida pela comunidade

médica e considerada a síndrome compressiva nervosa mais comum.

A possibilidade de ocorrer compressão crônica do nervo mediano teve

sua primeira menção na literatura feita por *Sir JAMES PAGET

(1854), em seu tratado de “Patologia Cirúrgica”.

MARIE & FOX (1913) realizaram autópsia em um paciente

com atrofia bilateral dos músculos tenares e observaram neuroma no

nervo mediano, proximal ao retináculo dos flexores. Eles foram os

primeiros a recomendar a secção do retináculo para descomprimir o

nervo. Durante muitos anos a literatura creditou LEARMONTH

(1933) por ser o primeiro a realizar a incisão do retináculo dos

flexores, entretanto AMADIO (1992, 1995), em revisão nos arquivos

da Clínica Mayo, relatou que a primeira liberação foi realizada por

Galoway em 1924, no Canadá. Até os anos 50, somente 12 pacientes

tinham sido submetidos à cirurgia para liberação da síndrome

idiopática do canal do carpo. A partir daí, diversos autores têm

demonstrado interesse pelo assunto e as publicações têm sido

numerosas e freqüentes. Várias destas relatam excelentes resultados e

baixos índices de complicações (PHALEN, 1966; OMER, 1992);

outras, no entanto, relatam vários tipos de complicações (SERADGE

& SERADGE, 1989; ZUMIOTTI et al., 1996; KLUGE et al., 1996).

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Pode-se destacar nos últimos anos a crescente utilização dos

métodos endoscópicos para a liberação do canal do carpo, com o

intuito de diminuir a morbidade e agilizar o retorno dos pacientes ao

trabalho (AGEE et al., 1992; CHOW, 1989) . As desvantagens dessa

técnica são os elevados números de complicações operatórias

(NEWMEYER, 1992; LOUIS, 1995) e o alto custo do instrumental e

do treinamento do cirurgião.

Na Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior da

Universidade Federal de São Paulo existe uma linha de pesquisa sobre

a síndrome do canal do carpo. Desde o retorno do Dr. Galbiatti de seu

estágio no Serviço de cirurgia da mão do Professor Tubiana, em Paris,

temos utilizado a via de acesso ulnal para divisão do retináculo dos

flexores. O Dr. Galbiatti e colaboradores, publicaram seu trabalho na

Revista Brasileira de Ortopedia em 1991, mostrando as vantagens

dessa via de acesso. O Dr. Segre (1996) apresentou sua tese de

mestrado e demonstrou que os resultados são gratificantes para a

grande maioria dos pacientes, mas com algumas complicações.

Em 1994, o Curso de Pós-Graduação em Ortopedia e

Traumatologia da Universidade Federal de São Paulo recebeu a visita

do Dr. Ronaldo Carneiro, cirurgião da mão, com passagem marcante

pela Universidade de Miami e atualmente na Cleveland Clinic Florida.

O Dr. Carneiro mostrou sua vasta experiência realizando abertura do

canal do carpo por via de acesso palmar e utilizando o instrumento de

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Paine®. Esta técnica despertou nosso interesse principalmente por sua

eficácia, simplicidade, rapidez e baixo custo. Com o intuito de estudar

e ver de perto sua utilização, visitamos o serviço do Dr. Ronaldo

Carneiro, em Fort Lauderdale, onde pudemos acompanhar as cirurgias

e a evolução pós-operatória dos pacientes.

Em retorno ao Brasil, trazendo um exemplar do instrumento de

Paine®, sob orientação do professor Dr. Walter Albertoni e incentivo

do Dr. Flávio Faloppa, iniciamos a utilização desta técnica com

pequena modificação, e nos Congressos Brasileiros de Cirurgia da

Mão, realizados em 1995 e 1996, apresentamos os bons resultados

preliminares obtidos.

Esta tese tem por objetivo avaliar o tratamento cirúrgico em 112

pacientes portadores de síndrome do canal do carpo, operados por

incisão palmar, utilizando o instrumento de Paine®.

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SUMÁRIO

Capítulos Pag.

I - Introdução ....................................................................

II - Literatura ...................................................................

III - Material e Métodos ....................................................

IV - Resultados ...................................................................

V - Discussão ....................................................................

VI - Conclusões .................................................................

VII - Resumo .....................................................................

Summary ..................................................................

VIII - Ilustrações ...............................................................

IX - Referências Bibliográficas ......................................

X - Anexo........................................................................

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ABREVIATURAS

A - AmarelaAj. geral - Ajudante geralArt.Plást. - Artista plásticoArtrite Reumat. - Artrite ReumatóideAus. - AusenteAux. Adm. - Auxiliar administrativoAux. geral - Auxiliar geralB - BrancoBilat - BilateralCisto tendão - Cisto da bainha do tendão flexor dos dedosCMC - Clínica privada em Mogi das CruzesCSP - Centro Médico Jardim São PauloDe Quervain - Tenossinovite estenosante De QuervainDedo gatilho - Deformidade em gatilho dos dedosDir - DireitoDupuytren - Contratura da aponeurose palmar de DupuytrenENMG - EletroneuromiografiaEsq - EsquerdoF - FemininoFunc. públ. - Funcionário públicoHSP - Hospital São PauloL - Força de preensão digital lateralL.E.R - Lesão por esforço repetitivoM - MasculinoN - NegroNo - NúmeroNeg. - NegativoP - Força de preensão palmarPd- PardoPN - Parestesia NoturnaPos. - PositivoPP - Força de preensão digital polpa-polpa.Pres. - PresenteSind. Impac. - Síndrome do impacto do manguito rotador do ombroSPD - Sinal da percussão dolorosaS 13 - Hospital Luzia de Pinho Mello - SUS 13 - Mogi das Cruzes.S. Desf. Tor.- Síndrome do Desfiladeiro TorácicoS. T. Tarso - Síndrome do Túnel do TarsoT - Força de preensão tridigitalTP - Teste de PhalenTéc. Enf. - Técnico de enfermagemUNIFESP - EPM - Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista deMedicina1o - Primeiro dedo da mão2o - Segundo dedo da mão3o - Terceiro dedo da mão4o - Quarto dedo da mão5o - Quinto dedo da mão

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CAPÍTULO II

LITERATURA

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LITERATURA

PHALEN (1951) relatou os possíveis diagnósticos que

poderiam ter um paciente com queixas de dor e queimação nos dedos

num trabalho onde relatou o tratamento de 11 casos de compressão

espontânea do nervo mediano no punho, de pacientes que foram

tratados com incisão do retináculo dos flexores, com bons resultados.

Descreveu que a parestesia e a queimação nos pacientesaumentavam

até 60 segundos após a flexão aguda do punho e desapareciam

retirando o punho desta posição.

PAINE (1955) utilizou, em substituição à lâmina de

bisturi um instrumento para dividir o retináculo dos flexores e

diminuir o risco de lesão nervosa. Esse instrumento consiste de uma

placa de base reta, com uma lâmina em ângulo reto à base e um cabo.

A base tem 2 _ por _ polegadas, é a parte que passa facilmente através

do canal do carpo. O cabo da base é achatado e no mesmo plano da

lâmina para que o cirurgião saiba a sua posição. A lâmina se localiza à

meia polegada atrás do fim da base para que haja proteção ao nervo

quando o corte for feito, ela tem forma triangular, medindo 1/8

polegada de altura, e borda côncava. O autor recomendou que o corte

inicial seja feito com uma tesoura. Utilizou seu instrumento em 15

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pacientes com via de acesso pelo punho, obtendo excelentes

resultados.

PHALEN & KENDRICK (1957) estudaram 71 pacientes

com diagnóstico de síndrome do canal do carpo. Quarenta e nove

tinham acometimento bilateral e 32 unilateral, sendo a mão direita

afetada em 23 pacientes e a esquerda em nove. Quanto ao sexo, 17

eram do sexo masculino e o restante do feminino. Observaram que

50% dos pacientes apresentavam hipotrofia tenar. A cirurgia consistiu

de incisão do retináculo dos flexores em 49 punhos de 37 pacientes,

sendo suficiente para descomprimir o nervo e aliviar os sintomas. Em

três pacientes foi necessário realizar uma sinovectomia palmar para

obter a descompressão adequada.

PAINE (1963) descreveu três formas de apresentação clínica

da síndrome do canal do carpo. A mais comum, geralmente em

mulheres de meia idade, é a que provoca parestesias e queimação, que

se iniciam no meio da noite e melhoram com a movimentação. Existe

uma sensação de edema que, na verdade, não é observado na inspeção.

Os sintomas também podem ser desencadeados por atividades durante

o dia. Essa forma é conhecida como acroparestesia. Uma segunda

forma provoca uma progressiva diminuição da eminência tenar,

associada à fraqueza e formigamento na distribuição do nervo

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mediano. Esses pacientes têm pouca ou nenhuma dor. A terceira

forma apresenta progressivo formigamento na distribuição do nervo

mediano, e também sem dor.

Independente da sua apresentação, o autor considerou que é

melhor realizar a cirurgia precoce, por ser um procedimento simples e

com excelentes resultados. Realizou 133 cirurgias em 119 pacientes,

sendo 15 do sexo masculino e o restante do feminino. Em 115

pacientes a cirurgia foi unilateral, em 13 bilaterais e um paciente

necessitou reintervenção. Exceto em dois pacientes, o alívio dos

sintomas foi imediato em todos os outros. Utilizou uma incisão

transversa no punho. Após a incisão inicial do retináculo dos flexores

sobre o mediano, realizava sua divisão, introduzindo o instrumento

descrito em seu trabalho publicado em 1955. Somente em dois

pacientes os resultados não foram satisfatórios pela formação de

hematomas.

PHALEN (1966) relatou sua experiência no diagnóstico e

tratamento da síndrome do canal do carpo em 644 mãos tratadas

durante o período de 17 anos.

SEMPLE & CARGILL (1969) avaliaram 150 cirurgias de

descompressão do canal do carpo, com um tempo de seguimento de

dois a sete anos. Encontraram um índice de recidiva de 25%, que era

menor nos pacientes que tinham sintomas com menos de seis meses.

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O tipo de incisão cirúrgica não influenciou o alívio dos sintomas, mas

a dor na cicatriz foi maior nas incisões transversas em comparação

com as longitudinais.

PHALEN (1970) fez uma reflexão sobre seus 21 anos de

experiência com a síndrome do canal do carpo. Relatou que seu teste

de flexão do punho deve ser considerado positivo quando há

aparecimento ou piora dos sintomas durante o período de 30 a 60

segundos, mas que nos casos de avançado grau de hipoestesia, ele

pode ser negativo. Quanto ao tipo da incisão utilizada considerou-a de

pouca importância, desde que não cruze o sulco de flexão do punho.

TALEISNICK (1973) dissecou 12 mãos de cadáveres para

estudar a anatomia do ramo palmar do nervo mediano. Baseado nos

achados anatômicos, advertiu que para evitar a lesão deste nervo

durante a descompressão do canal do carpo, é necessária uma incisão

longitudinal curvilínea localizada no lado ulnal do eixo do 4o raio, que

deve incluir a pele, o subcutâneo e o retináculo dos flexores.

LANZ (1977), por meio de estudos anatômicos em

cadáveres, classificou as variações anatômicas do ramo muscular tenar

do nervo mediano em quatro subgrupos. O primeiro compreende as

variações do curso do ramo muscular tenar do nervo mediano; O

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segundo inclui as variações do ramo muscular tenar após passar o

canal do carpo; O terceiro é o das divisões altas do nervo mediano, e o

quarto subgrupo é o dos ramos acessórios proximais ao canal do

carpo.

ARIYAN & WATSON (1977) revisaram 429 casos

consecutivos de liberação cirúrgica do canal do carpo, em 329

pacientes, no período de 1968 a 1975. Realizavam uma incisão

longitudinal entre a região tenar e a hipotenar, sem extender para o

sulco do punho. Identificavam o arco palmar superficial, o flexor

superficial do indicador e a parte distal do ligamento transverso do

carpo. Com a tesoura retiravam uma fita do ligamento, o mais ulnal

possível, e a seguir realizavam neurólise externa do mediano. A

incisão era fechada com monofilamento de náilon 5-0 e deixavam o

paciente com enfaixamento por três a sete dias. Observaram que em

2/3 dos casos, o ramo muscular tenar do nervo mediano cruzava o

retináculo dos flexores, e tiveram recidiva em quatro pacientes.

CONOLLY (1978), entre 1972 e 1977, tratou 35 pacientes

com dores persistentes ou recorrentes após descompressão cirúrgica

da síndrome do canal do carpo. Dividiu as falhas do tratamento em 5

grupos: devido a diagnóstico incorreto em cinco pacientes, três tinham

neurite periférica e dois tinham espondilite cervical; descompressão

inadequada em nove pacientes (cinco na parte distal do retináculo, um

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tinha compressão apenas do ramo digital palmar próprio do 3o dedo,

uma compressão pela aponeurose palmar, um com cisto sinovial no

túnel não retirado na primeira cirurgia e um tinha o nervo em

ampulheta que necessitou de neurólise). Todos os pacientes deste

grupo tinham, na primeira cirurgia, incisão transversa ou longitudinal

pequena; quatro pacientes tiveram recidiva da compressão por

processo de fibrose; ocorreu lesão iatrogênica nervosa em sete

pacientes (duas secções do nervo mediano, uma secção do ramo motor

e quatro neuromas traumáticos do ramo palmar do nervo mediano); o

último grupo de complicações pós-operatórias teve dez pacientes (dois

com hematomas, dois com edema residual, um com síndrome ombro-

mão, dois com tenossinovite, dois com edema de desuso e um com

cicatriz hipertrófica. O autor concluiu que para termos bons resultados

devemos fazer um diagnóstico preciso, incisão segura, elevação da

mão e movimentação dos dedos no pós-operatório.

PAINE & POLYZOIDS (1983) revisaram as cirurgias

realizadas no Hospital Universitário de Saskatonn, no Canadá. Foram

464 pacientes operados, sendo 345 (75%) mulheres. Quanto à

lateralidade, 161 tinham acometimento da mão direita, 95 da mão

esquerda e 208 bilaterais. Quanto à duração dos sintomas, 1/3 tinha

menos de um ano, 1/3 tinha de um a cinco anos e 1/3 mais de cinco

anos. A idade média dos pacientes era de 52 anos nas mulheres e 58

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anos nos homens. Os sintomas mais comuns eram a parestesia noturna

nas mãos. O sinal da percussão dolorosa foi positivo em 480 mãos. O

estudo eletroneuromiográfico apresentou alterações em 428 (83%)

pacientes.

Para a cirurgia os autores utilizaram sempre isquemia do

membro. Uma pequena incisão transversa era feita em um dos sulcos

de flexão do punho, centrada aproximadamente sobre o tendão do

músculo palmar longo. Este tendão era identificado e uma incisão

longitudinal era feita através do retináculo dos flexores,

imediatamente medial ao tendão, para evitar lesar o ramo muscular

tenar. Isto expunha o nervo mediano. A incisão no retináculo era

ampliada em 5 mm para distal e proximal com tesoura. O instrumento

de Paine® era introduzido com a placa base profunda ao retináculo dos

flexores e avançada distalmente até que a lâmina encostasse na

margem proximal do retináculo dos flexores. O instrumento era

levantado para a placa base encostar na parte inferior do retináculo.

Esse instrumento é angulado em direção palmar e com pressão

controlada é avançado, dividindo o retináculo. O som e a sensação de

corte são característicos. A lâmina precisa estar sempre muito afiada

para controle do corte. A ferida é fechada com dois ou três pontos e o

paciente orientado a manter a mão elevada por 24 horas. Essa técnica

foi realizada em 516 mãos, das quais 459 (89%) tiveram resultados

satisfatórios. Reoperações foram feitas em 24 mãos; 14 devidas à

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liberação incompleta. Quatro pacientes tiveram hematomas na palma

das mãos, mas nenhum teve necessidade de drenagem. Os autores

concluíram que o método proporciona excelentes resultados, em sua

grande maioria, mostrando a eficiência e a segurança do instrumento,

desde que o procedimento seja feito com todos os detalhes para evitar

complicações.

TOUNTAS, MACDONALD, MEYERHOFF e BIHRLE

(1983) estudaram 507 pacientes com síndrome do canal do carpo,

divididos em dois grupos; pacientes que tinham seus sintomas

relacionados ao trabalho e pacientes cujos sintomas não se

relacionavam ao trabalho.

No grupo I tiveram 176 (34,7%), sendo 85 (48,3%) do sexo feminino

e 91 (51,7%) do masculino. No segundo grupo, 331 (65,3%)

pacientes, sendo 230 (69,5%) femininos e 101 (30,5%) masculinos.

Houve predomínio do sexo masculino no grupo relacionado ao

trabalho. Foram operados 382 pacientes, totalizando 535 mãos e

obtiveram 298 (79%) com resultados bons. Quando separaram os

grupos, encontraram 77 (65,8%) de bons resultados no grupo I e 221

(85%) no grupo II.

LOUIS, GREENE, NOELLERT (1985) trataram 25

pacientes com 26 complicações resultantes da síndrome do canal do

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carpo. A complicação mais freqüente foi lesão do ramo cutâneo

palmar do nervo mediano, com conseqüente neuroma doloroso em 14

pacientes. Cicatriz hipertrófica ocorreu em três pacientes, dor por

liberações múltiplas em três, rigidez articular em dois, falha no alívio

dos sintomas em dois e lesão do ramo superficial do radial em dois.

Eles enfatizaram que o planejamento adequado da incisão poderia ter

evitado essas complicações.

KULICK, GORDILLO, JAVIDI, KILGORE,

NEWMEYER (1986) fizeram estudo retrospectivo de cem pacientes

submetidos ao tratamento cirúrgico da síndrome do canal do carpo

para determinar quais eram os fatores associados com falha ou sucesso

a longo prazo. Todos os pacientes tiveram tratamento clínico prévio.

O seguimento pós-operatório variou de dois a seis anos, com média de

quatro anos. As variáveis associadas com falhas após a cirurgia foi

fraqueza ou hipotrofia do músculo abdutor curto do polegar, presença

de condição predisponente e ausência de melhora clínica após injeção

de corticosteróide local. Todas as 51 mãos que tinham tido alívio dos

sintomas por mais de seis meses, com injeção e imobilização, somente

tiveram alívio a longo prazo após o tratamento cirúrgico. Apenas

quinze das quarenta mãos operadas que tinham envolvimento

muscular, apresentaram melhora ao exame final.

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SOBÂNIA & MACOHIN (1988) analisaram 67 pacientes,

com 84 mãos operadas por síndrome do canal do carpo. Dividiram-

nos em dois grupos: traumáticos e não traumáticos. A técnica

cirúrgica utilizada foi o acesso paralelo à prega da região tenar

seguido, de um zigue-zague do lado ulnal para evitar lesão do ramo

palmar do nervo mediano. Abriam o canal do carpo e realizavam

neurólise ou não, conforme a necessidade observada pelo cirurgião.

Após a cirurgia, utilizavam tala gessada antebraquiopalmar com o

punho em flexão de 20o, pelo período de três semanas. No grupo não

traumático tiveram 94% dos pacientes do sexo feminino. A parestesia

noturna foi o sinal clínico mais freqüente. Encontraram resultados

bons em 98,8% dos pacientes.

OKUTSU, NINOMIYA, TAKATORI, UGAWA (1989)

descreveram uma técnica de endoscopia subcutânea para

descompressão do canal do carpo. Usando anestesia local e sem

torniquete, realizaram 54 cirurgias em 45 pacientes. Os sintomas

desapareceram em todos, e não tiveram nenhuma complicação de

lesão nervosa ou vascular. Concluíram que o retináculo dos flexores

pode ser incisado com segurança por esse procedimento.

GELLMAN, KAN, GEE, KUSCHNER, BOTTE (1989)

avaliaram 21 pacientes, com 24 punhos operados de síndrome do

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canal do carpo, com intuito de determinar o tempo necessário para o

retorno das forças de preensão e polpa-polpa aos níveis anteriores à

cirurgia. Utilizaram para medir a preensão palmar o dinamômetro,

modelo 1 Jamar (Asimow Engineering, Company, Los Angeles,

Calif.), e a força polpa-polpa foi medida com um dinanômetro B + L

(B + L Engineering, Santa Fé Springs, Calif.). Acharam que a força de

preensão foi de 28% do nível pré-operatório na terceira semana, 73%

em seis semanas, 99% em três meses e 116% em seis meses. A força

polpa-polpa foi 74% do nível pré-operatório em três semanas, 96% em

seis semanas, 108% em três meses e 126% em seis meses.

Em 12 pacientes compararam a mão portadora da síndrome com

a mão sadia. Antes da cirurgia a mão atingida tinha 68% da força de

preensão da mão não comprometida. Em três semanas eram 18%, 43%

em seis semanas, 57% em três meses e 71% em seis meses. Quanto à

sensibilidade, avaliaram os pacientes com monofilamentos de

Semmes-Weinstein. Esta voltou ao normal em 17% (< ou = 2.83),

houve melhora em 62,5% e não houve alteração em 20,5%.

CHOW (1990) fez uma revisão de descompressão do canal

do carpo em 149 mãos de 109 pacientes, por via endoscópica. Na

avaliação com 22 meses de pós-operatório, não houve nenhum

paciente com lesão nervosa definitiva, nem complicações vasculares,

hematomas, infecção ou recidiva. O retorno às atividades ocorreu em

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28,9% dos pacientes na primeira semana, 58,5% na segunda semana,

75,4% na terceira semana e 85,9% na quarta semana. A força de

preensão palmar e pinça digital foram avaliadas em 1/3 dos pacientes

e voltaram aos valores pré-operatórios em todos os pacientes na quarta

semana.

ORTIZ & LLOBET (1990) operaram 29 pacientes, sendo

32 mãos, por meio de uma incisão cirúrgica longitudinal, ao longo da

borda ulnal ao dedo médio, iniciando na prega transversa do punho,

com aproximadamente 2 cm em direção distal. Utilizaram curativo

compressivo por 48 horas. Nenhum paciente necessitou de tratamento

fisioterápico pós-operatório. Relataram ser a técnica eficaz, suficiente,

com menor morbidade e baixos custos.

TUBIANA (1990) fez suas observações pessoais sobre a

SCC e seu tratamento. Considerou que o diagnóstico deve ser baseado

no interrogatório do paciente. Nos casos típicos, a

eletroneuromiografia pode ser dispensada, mas é fundamental nos

casos atípicos. Indicou o tratamento conservador durante a gravidez e

o tratamento cirúrgico quando há alterações sensitivas e motoras há

pelo menos um ano. Preconizou uma incisão de 6 cm que contorne

radialmente a eminência tenar, estendendo-se da prega palmar

transversa e mantendo-se medial ao palmar longo. Não estender a

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incisão acima do punho para evitar cicatriz dolorosa e hipertrófica.

Abrir o retináculo dos flexores 2 mm laterais ao osso pisiforme, como

forma de evitar lesão do ramo recorrente tenar do nervo mediano e

aderências do nervo ao retináculo. Isso também permite que o

retináculo continue a função de polia dos tendões flexores. O interior

do canal deve ser explorado, o ramo muscular tenar identificado e

seguido até entrar no músculo. Conforme a necessidade, o epineuro

pode ser incisado. Só é realizada a neurólise interna nos casos que não

apresentaram melhora com a primeira cirurgia. No pós-operatório

utiliza-se imobilização durante duas semanas.

GALBIATTI, KOMATSU, FALOPPA, ALBERTONI,

SILVA (1991) operaram 22 mãos de 17 pacientes por meio de uma

incisão ulnal (TUBIANA, 1990). Para avaliar os resultados,

classificaram-nos em bons, regulares e maus. Obtiveram, na maioria

dos pacientes, bons resultados e acharam que essa técnica evita a

aderência do nervo mediano à cicatriz cirúrgica.

PAGNANELLI & BARRER (1991) relataram sua

experiência em 572 mãos de 445 pacientes com síndrome do canal do

carpo. Realizaram uma pequena modificação na técnica desenvolvida

por PAINE (1955). Por meio de incisão transversa no sulco distal do

punho, centrada no lado ulnal do tendão do músculo palmar longo, o

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retináculo dos flexores era elevado e colocado o instrumento de

Paine® com um desvio de 20 o para o lado ulnal. Realizaram a abertura

em direção palmar. Após o fechamento não usaram imobilização.

Utilizaram questionários e contato telefônico para avaliar os pacientes.

Obtiveram 520 (90,1%) mãos com alívio das parestesias noturnas.

Aumento da função foi encontrado em 481 (83,4%) das mãos. Na

avaliação subjetiva, 412 (81,8%) mãos foram referidas como

resultados bons e excelentes. Não tiveram nenhum caso de lesão

nervosa ou vascular. Houve infecção superficial em oito mãos, que

regrediu com uso de antibióticos. Dois casos de recidiva foram

devidos à abertura incompleta do canal. Os autores concluíram que a

técnica é segura e eficaz.

BROWN, KEYSER, ROTHENBERG (1992)

compararam dois tipos de liberação endoscópica. Em 149 pacientes

utilizaram a técnica de um portal e em 152 a de dois portais. Para a

técnica de dois portais foi usada uma cânula mais fina para evitar

contusão no nervo durante a passagem dos instrumentos. A avaliação

foi subjetiva. Consideraram a técnica de portal único mais difícil e de

maior risco que a de duplo portal.

LEE, MASEAR, MEYER, STEVENS, COLGIN (1992)

estudaram em cadáveres a liberação endoscópica do canal do carpo. A

distância entre o arco palmar e a margem distal do ligamento

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transverso do carpo variou de 0,3 a 2,7 cm, com média de 1,2. Em

50% dos espécimes, houve liberação incompleta do canal.

Recomendam o treinamento intenso em cadáveres antes de iniciar na

prática clínica.

SEILER I I I , BARNES, GELBERMAN,

CHALIDAPONG (1992) efetuaram estudo anatômico em 20

cadáveres frescos para realizar liberação endoscópica do canal do

carpo. A dissecação aberta após a cirurgia endoscópica mostrou

liberação completa em 18 (90%) mãos. Houve lesão do arco palmar

superficial em 1 (5%). Observaram que o nervo mediano e seus ramos

digitais não podem ser visibilizados quando se usa a técnica utilizada

por CHOW (1989). Sugeriram uma modificação na técnica original,

que consiste em uma incisão palmar antes de passar o trocar pelo

portal proximal. Dessa maneira é possível identificar os ramos do

nervo mediano e o arco palmar superficial, evitando lesá-los.

PAGNANELLI & BARRER (1992) utilizaram, durante

seis anos, a técnica modificada de PAINE (1955) em mais de 1200

casos de síndrome do canal do carpo. Em 228 pacientes realizaram

liberação simultânea bilateral. Todas as cirurgias foram realizadas sob

anestesia local e sem nenhum tipo de isquemia. Todos os pacientes

apresentavam sintomas em ambas as mãos. A cirurgia bilateral era

contra-indicada nos pacientes idosos que moravam sozinhos ou

Page 26: tese_carlos_henrique_fernandes

quando usavam bengalas ou andadores. No pós-operatório não

utilizaram nenhum tipo de imobilização nem tratamento fisioterápico.

Obtiveram um índice de 85,2% de excelentes e bons resultados. Não

tiveram nenhum caso de lesão dos nervos mediano e ulnar.

Enfatizaram a segurança e a eficácia da técnica utilizada, evitando

cicatrizes dolorosas, e concluíram que a cirurgia bilateral tem

vantagens quanto aos custos médico e hospitalar e diminui o tempo

total de afastamento do trabalho.

AGEE, McCARROLl, TORTOSA, BERRY, SZABO,

PEIMER (1992) realizaram um estudo multicêntrico, randômico,

retrospectivo, de liberação endoscópica do canal do carpo. A cirurgia

foi realizada por meio de uma lâmina ativada por um gatilho sob visão

endoscópica (3M Orthopedic Products Division, St. Paul, Minessota,

USA) em 82 mãos. Um grupo controle com 65 mãos foi submetido à

cirurgia aberta tradicional.

A incisão é feita na prega de flexão do punho entre os

tendões dos flexores radial e ulnar do carpo, e a dissecação subcutânea

para evitar lesão dos nervos palmares. A fáscia do antebraço é elevada

e um provador é introduzido pelo canal em direção distal pelo eixo do

4o dedo para ajudar a definir o local da abertura da lâmina. O

instrumento com a lâmina é então introduzido pelo mesmo espaço.

Após a identificação da margem distal do retináculo e confirmação da

Page 27: tese_carlos_henrique_fernandes

posição ulnal do instrumento, o gatilho é acionado e a lâmina elevada.

Esta área, conhecida como triângulo de segurança, é definida pela

metade ulnal da margem distal do retináculo dos flexores, pela borda

ulnal do nervo mediano e de seus ramos, e pelo arco palmar

superficial.

Antes da cirurgia, as mãos foram examinadas quanto à

força de preensão palmar, polpa-polpa, lateral, tridigital e teste

sensitivo com monofilamentos de Semmes-Weinsten. Os testes foram

repetidos com uma, duas, três, seis, nove, 13 e 26 semanas após a

cirurgia. Os pacientes operados por essa técnica que tinham

acometimento unilateral, o retorno ao trabalho foi, em média, 21 dias

a menos do que os do grupo controle. Dois pacientes necessitaram de

nova cirurgia por via aberta; somente um tinha tido uma liberação

incompleta. Dois pacientes apresentaram neuropraxia transitória do

nervo ulnar.

NEWMEYER (1992) relatou suas dúvidas quanto às

vantagens da liberação endoscópica da síndrome do canal do carpo.

Considerou a liberação aberta simples e segura e com retorno ao

trabalho em aproximadamente seis semanas. A liberação endoscópica

tem uma curva de aprendizado com um custo aproximado de 1.750

dólares, sem contar o custo de cinco a dez mil dólares do instrumental.

Esse procedimento não pode ser realizado em pacientes com

Page 28: tese_carlos_henrique_fernandes

problemas sistêmicos e complicações nervosas e vasculares. O autor

advertiu sobre o perigo de técnicas induzidas pela produção industrial.

YOUNG, LOGAN, FERNANDO, GRASSE, SEATON,

YOUNG (1992) estudaram a força de preensão palmar e polpa-polpa

pré e pós-operatoriamente de 21 pacientes submetidos à

descompressão cirúrgica de SCC. No primeiro mês houve uma

diminuição da força na maioria das mãos. Aos três meses, 81% das

mãos tinham 80% ou mais que a força que tinham antes da cirurgia.

BIYANI & DOWNES (1993) compararam dois grupos de

pacientes que foram submetidos a diferentes técnicas. No grupo A os

pacientes foram submetidos à cirurgia por meio de uma incisão

simples. No grupo B foi utilizada uma técnica com duas incisões -

uma na palma e outra no punho, mantendo uma ponte de pele intacta

na base da palma. Os pacientes do segundo grupo tiveram um retorno

às funções mais rápido e menos sintomas residuais. Eles tiveram uma

redução de dor na cicatriz e evitaram lesão de ramos palmares. Estes

resultados foram estatisticamente significantes. Os autores concluíram

que esta técnica tem as mesmas vantagens da liberação endoscópica,

sem necessitar de equipamento especializado de alto custo e de

treinamento específico.

Page 29: tese_carlos_henrique_fernandes

COBB, DALLEY, POSTERARO, LEWIS (1993) definiram

os limites anatômicos do canal do carpo por meio de estudo em 26

membros superiores de cadáveres. Foram realizados estudos

radiológico, histológico e por meio de cortes seccionais. Acharam que

a região mais estreita do canal ocorre no nível do hâmulo do hamato.

Eles redefiniram o limite palmar do canal do carpo que inclui três

segmentos contínuos do retináculo dos flexores: o segmento palmar

fino, composto pela porção profunda da fáscia do antebraço; o

retináculo dos flexores e a porção distal do retináculo flexor,

composta de uma aponeurose entre os músculos tenares e hipotenares.

As porções distal e proximal nunca tinham sido descritas e têm

extrema importância clínica, pois a liberação incompleta das fibras

distais é causa de insucessos da cirurgia. Consideraram que

anatomicamente existem dois locais de compressão do nervo mediano

no punho. O primeiro no nível da borda proximal do retináculo dos

flexores e o segundo no nível do hâmulo do hamato onde o canal é

mais estreito.

NATHAN, MEADOWS, KENISTON (1993) avaliaram a

eficiência de dois tipos de incisão, uma maior e outra menor que 2,5

cm, ambas combinadas com um programa de terapia de mão ativa

pós- operatória em 216 pacientes. A incisão era realizada exatamente

sobre o retináculo dos flexores e não se estendia proximal ao sulco de

Page 30: tese_carlos_henrique_fernandes

flexão do punho. Os autores admitiram que os pacientes motivados

para o retorno ao trabalho são os mesmos que participam mais

ativamente da recuperação. Os achados sugeriram que para o rápido

retorno ao trabalho a terapia precoce da mão é mais importante do que

a incisão pequena.

PALMER, PAULSON, LANE-LARSEN, PEULEN,

OLSON (1993) compararam três técnicas de descompressão do canal

do carpo, cirurgia aberta clássica, endoscopia por um portal (AGEE,

1992) e endoscopia por dois portais (CHOW, 1989). Em 163

pacientes, 212 mãos foram avaliadas por um período de seis meses de

seguimento. Não encontraram diferenças quanto à remissão dos

sintomas. Na técnica clássica os pacientes queixaram de mais dor e

fraqueza do polegar. O retorno da força e da amplitude articular foi

mais rápido e com menos dor nos pacientes submetidos à endoscopia.

Na avaliação do tempo de retorno ao trabalho, observaram que o

grupo de trabalhadores foi mais precoce com o uso da endoscopia, e o

de não trabalhadores com a técnica de um portal.

PEREIRA, ZALCMAN, MORI, AMARO (1993)

realizaram análise comparativa entre o tratamento conservador e o

cirúrgico na síndrome do canal do carpo. O grupo do tratamento

cirúrgico foi submetido à liberação por incisão curvilínea volar

Page 31: tese_carlos_henrique_fernandes

paralela com prega tenar, estendendo-se proximalmente até o sulco do

punho e angulada em sentido ulnal para evitar cruzar o sulco em

ângulo reto e não lesar o ramo palmar do nervo mediano. O

tratamento conservador foi realizado com uso de antiinflamatório não

hormonal, vitamina B6, fisioterapia e diminuição da atividade com a

mão. De maneira geral, o tratamento cirúrgico proporcionou 92,6% de

bons resultados, superiores aos 39,7% obtidos com o tratamento

conservador.

ROTMAN & MANSKE (1993) estudaram em 28 mãos de

cadáveres as relações anatômicas entre as estruturas moles ao longo

do eixo do 4o dedo e ao longo do eixo do interespaço 4o-5o dedos. As

relações investigadas ao endoscópio foram: a distância entre o nervo

mediano, tendões flexores, margem distal do retináculo dos flexores,

arco palmar superficial e nervos digitais palmares comuns. Para

realizar a liberação do canal do carpo, fizeram cortes sagitais,

transversais e compostos. Os resultados encontrados foram

submetidos à análise estatística. Os autores consideraram que a

maioria das variações anatômicas do nervo mediano e de seus ramos é

radial e palmar ao nervo, fato que impede a lesão pelo endoscópio e

concluíram que o posicionamento do endoscópio ao longo do eixo do

4o dedo é mais seguro.

Page 32: tese_carlos_henrique_fernandes

EVANS (1994) discutiu as desvantagens da técnica

endoscópica e suas graves complicações nervosas. Preocupou-se com

o fato de as novas técnicas serem praticamente impostas aos

cirurgiões, pelos fabricantes de instrumentos, dada a necessidade de se

acompanhar o desenvolvimento tecnológico.

WILSON (1994) descreveu o “retângulo crítico do pilar”,

região na qual uma incisão para liberação do canal do carpo pode

provocar dor no pilar do punho por lesão de fibras nervosas. Este

retângulo é delimitado pelo sulco de flexão do punho, borda ulnal do

hamato, tubérculo do escafóide e uma linha imaginária transversa, 1

cm distal ao hámulo do hamato. Ele avaliou 30 pacientes com

síndrome bilateral do canal do carpo. Na primeira cirurgia utilizou em

uma das mãos a técnica clássica, e na mão oposta usou dupla incisão.

Realizou uma incisão transversa de 2 cm no sulco de flexão do punho

entre os tendões dos músculos flexor radial e ulnar do carpo, tomando

cuidado com os ramos palmares. A parte proximal do retináculo dos

flexores era cortada com uma lâmina de bisturi número 15, a

aproximadamente 1,5 cm, ao longo da borda radial do 4o dedo. Uma

outra incisão longitudinal de 1,5 a 2,0 cm era feita na palma da mão,

começando distal à linha cardinal de Kaplan e terminava proximal

onde o 4o dedo fletido toca a palma. O retináculo era seccionado com

o bisturi em direção proximal até encontrar a incisão prévia. A

Page 33: tese_carlos_henrique_fernandes

visualização era feita entre as duas incisões para confirmar a abertura

completa. Após o fechamento da incisão, a mão era imobilizada por

uma semana. Os pacientes foram avaliados após uma, duas, quatro,

seis e dez semanas da cirurgia. Em relação à dupla incisão, 19

pacientes acharam o pós-operatório menos doloroso, a força de

preensão foi maior, a incidência de dor no pilar foi menor e não houve

dor na cicatriz. Os achados foram considerados compatíveis com os

obtidos por meio da liberação endoscópica, com menos riscos e custos

para os pacientes. Não houve complicações em ambas as técnicas.

BROMLEY (1994) para evitar cicatrizes hipertróficas e

dolorosas utilizou uma pequena incisão de 1,5 a 2 cm no meio da

palma. Ele identificou o arco palmar superficial e a margem distal do

retináculo dos flexores. A fáscia antebraquial e a porção proximal do

retináculo foram abertos com uma tesoura através do plano profundo à

aponeurose palmar. O nervo mediano foi facilmente visibilisado e

protegido durante a secção do retináculo. Não utilizou imobilização no

pós-operatório.

MURRAY, SACCONE, RAYAN (1994) descreveram dois

casos de complicações por incisões pequenas. No primeiro paciente,

houve lesão do nervo digital palmar comum do terceiro espaço e

aderência do nervo mediano devida à liberação por meio de uma

Page 34: tese_carlos_henrique_fernandes

incisão transversa no punho. Em outro paciente houve secção

incompleta do retináculo após uma liberação por incisão intertenar. Os

autores acharam que esses métodos têm uma alta incidência de

complicações e riscos potenciais que não justificam seu uso.

TSURUDA, SYED, TSAY (1994) compararam a liberação

endoscópica do canal do carpo entre o portal proximal e o portal

distal. Utilizaram 30 membros superiores de cadáveres frescos. Não

encontraram diferenças quanto à completa liberação do canal entre as

duas vias de acesso. Pela via de acesso no punho tiveram lesão do arco

palmar superficial em uma mão. Pela via de acesso palmar, não

tiveram lesão de estrutura alguma. Após fazerem revisão da literatura

quanto às lesões vásculo- nervosas, com o uso de endoscópio para

abertura do canal do carpo, consideram que a entrada pelo portal distal

permite fácil visualização e proteção do arco palmar superficial, além

de também permitir a identificação e a proteção dos nervos para o 3o e

4o dedos. Concluíram que essa via é mais segura do que a técnica de

dois portais e do que a técnica de um portal proximal.

HALLOCK & LUTZ (1994) compararam os resultados do

tratamento cirúrgico da síndrome do canal do carpo por meio de dois

métodos diferentes. Em um grupo utilizaram uma incisão palmar

média estendendo-se da margem distal do retináculo flexor até a prega

Page 35: tese_carlos_henrique_fernandes

distal do punho. No segundo grupo utilizaram técnica endoscópica por

dupla via . Não encontraram diferenças estatisticamente significantes

entre os dois grupos quanto ao sexo, à idade, ocupação, dominância e

bilateralidade. Quanto ao retorno ao trabalho observaram uma

diferença pequena e concluíram que a mini-incisão leva a bons

resultados sem nenhum equipamento especial.

ZUMIOTTI & OHNO (1994) propuseram uma

modificação na técnica de liberação endoscópica (CHOW, 1989) para

evitar lesões iatrogênicas. Realizaram uma incisão de 1 cm na palma

da mão e identificaram o ramo da artéria ulnar que irá formar o arco

palmar superficial, o ramo do nervo ulnar para a quarta comissura e o

ramo do nervo mediano para a terceira comissura. O endoscópio foi

introduzido através do portal distal e a secção do retináculo dos

flexores feita de distal para proximal.

ABOUZAHR, PATSIS, CHIU (1995) em 28 mãos de

cadáveres realizaram a liberação do canal do carpo sob visão direta

limitada. Eles efetuaram uma incisão de 1,5 cm no sulco distal do

punho, ulnal ao tendão do músculo palmar longo; sob dissecação

romba, identificaram um plano entre a fáscia palmar e o retináculo dos

flexores. Um espéculo nasal iluminado , com lâmina de 60 a 70 mm,

era introduzido em direção à palma da mão no eixo do 4o raio e

Page 36: tese_carlos_henrique_fernandes

realizavam a secção do retináculo. Não tiveram lesão nervosa ou

tendinosa. Em uma mão houve lesão do arco palmar superficial. Eles

concluíram que a técnica é simples, utiliza equipamento simples e é

eficaz em dividir o retináculo dos flexores.

TSAI, TSURUTA, SYED e KIMURA (1995) utilizaram

em 125 pacientes uma incisão longitudinal palmar de 1,5 cm ao longo

do eixo do 4o dedo. Utilizaram tubos de vidro de 5, 7 e 9 mm de

diâmetro com uma estria, nas quais introduziram um "meniscótomo" e

cortaram o retináculo dos flexores. Tiveram três casos de neuropraxia

do nervo digital do lado radial do 4o dedo, uma laceração do ramo

muscular tenar do nervo mediano, uma infecção superficial e uma

quebra do tubo.

CARNEIRO & JAMES (1995) apresentaram a técnica de

liberação do canal do carpo com o instrumento de Paine® por via de

acesso palmar. Realizavam uma incisão de 2,5 cm ulnal ao sulco de

flexão palmar no eixo do dedo anular. Após abertura da fáscia palmar,

identificavam o nervo mediano e seus ramos. Introduziam o

instrumento em sentido proximal, ulnal ao tendão do palmar longo,

dividindo o retináculo dos flexores. Se não conseguiam abertura

completa, colocavam o “protetor de nervo mediano”, desenvolvido

pelos autores e repetiam a manobra. Para confirmar a abertura,

Page 37: tese_carlos_henrique_fernandes

introduziam o dedo mínimo até a parte proximal do antebraço.

Realizavam sutura contínua com fio de náilon 5-0 e colocavam um

enfaixamento. No 4o dia de pós-operatório retiravam o enfaixamento e

colocavam uma órtese até completar uma semana. Utilizaram esta

técnica em 204 pacientes, obtendo resultados excelentes na grande

maioria. Recomendaram esta técnica para liberações primárias do

canal do carpo.

COOK, SZABO, BIRKHOLZ, KING (1995) avaliaram a

importância da imobilização pós-operatória em 50 pacientes

submetidos à liberação cirúrgica do canal do carpo. Em um grupo, os

pacientes foram imobilizados durante duas semanas. No outro grupo,

os pacientes iniciaram movimentos no primeiro dia pós-operatório.

Foram realizadas avaliações com duas semanas, um mês, três meses e

seis meses após a cirurgia. Observaram que os pacientes imobilizados

tiveram atraso no retorno ao trabalho, às atividades de vida diária , da

força de preensão palmar e digital lateral. Esses pacientes também

tiveram mais dor e sensibilidade na cicatriz durante o primeiro mês.

Concluíram que a imobilização por mais de uma semana é prejudicial

aos pacientes.

LOUIS (1995) relatou sua preocupação com o uso da

liberação endoscópica na SCC. Comentou sobre a imposição da

Page 38: tese_carlos_henrique_fernandes

indústria de material médico para utilização de alta tecnologia e

finalizou questionando a necessidade do uso da endoscopia.

LUCHETTI, ALFARANO, MONTAGNA, SORAGNI

(1995) fizeram uma grande revisão da literatura quanto aos mais

diversos tipos de incisão. Estudaram as possíveis complicações que

podem ocorrer na cirurgia da síndrome do canal do carpo. Chamaram

de “menor” a dor na região hipotenar ou “pillar pain” conforme

denominação dos autores de idioma inglês. Consideraram que toda

incisão que cruze a região intertenar provoca cicatriz dolorosa, que se

resolve após meses de fisioterapia e propuseram a solução desse

problema , utilizando uma incisão na projeção do 4o dedo, que se

inicia na prega palmar média e se estende em sentido proximal por 2 a

2,5 cm. Colocaram dois ganchos de cada lado, tomando cuidado com

os ramos palmares. Abriram a fáscia palmar, observaram a artéria

ulnar, identificaram a margem distal do retináculo dos flexores e

incisaram-no com uma lâmina de bisturi, ulnal ao nervo mediano. Não

fizeram de rotina a secção de 2 a 3 cm da fáscia antebraquial.

NANCOLLAS, PEIMER, WHEELER, SHERWIN (1995)

para determinar os resultados, a longo prazo, da liberação aberta do

canal do carpo, revisaram 52 pacientes com 60 cirurgias. Todos os

pacientes foram operados, como recomendado por TALEISNICK

Page 39: tese_carlos_henrique_fernandes

(1973). O tempo médio de seguimento foi de 5 anos. Os resultados

bons e excelentes ocorreram em 87% dos pacientes. Após dois anos de

cirurgia, 30% dos pacientes queixavam-se de falta de força ou

sensibilidade na cicatriz e 57% tinham retorno de algum sintoma pré-

operatório, mais freqüentemente a dor. Os pacientes com síndrome

induzida pelo trabalho foram os mais acometidos.

LoVERME & SACCONE (1995) relataram sua

experiência com uma modificação da técnica de liberação subfascial.

Uma incisão de 2 cm era feita no sulco distal de flexão do punho.

Realizavam dissecação do subcutâneo longitudinalmente na direção

do eixo do 4o dedo, com o cuidado de evitar lesão do ramo palmar. O

tendão do músculo palmar longo era identificado e elevado, realizando

um túnel subfascial por dissecação romba. Um retrator era colocado e

uma pequena incisão feita no retináculo dos flexores para

identificação do nervo mediano. O retináculo foi dividido sob visão

direta. Os autores não utilizaram nenhum tipo de imobilização no pós-

operatório e obtiveram resultados satisfatórios em 89% dos pacientes.

Concluíram que a técnica era segura e realizável, como uma técnica

alternativa.

SHAPIRO (1995) estudou 387 pacientes submetidos à

liberação “microcirúrgica” do túnel do carpo. Destes, 461 mãos foram

submetidas à cirurgia por meio de uma incisão no lado ulnal da prega

Page 40: tese_carlos_henrique_fernandes

tenar, imediatamente distal ao sulco de flexão do punho, com 2 a 3

cm, aproximadamente. Utilizando magnificação por meio de lupa ou

microscópio cirúrgico, foi realizada dissecação, identificação do

retináculo dos flexores e pesquisa da existência de ramo muscular

tenar perfurando o ligamento. Com uma lâmina de bisturi número 15 o

ligamento foi aberto e com uma tesoura de íris totalmente seccionado.

A epineurectomia foi realizada de rotina. Houve 88% de melhora das

queixas e 97% de aumento de força. Em sete pacientes houve alívio

dos sintomas na mão oposta após cirurgia na contralateral. Oito

pacientes tiveram dores residuais na cicatriz. O autor concluiu que

com esta técnica obteve resultados comparáveis com a liberação

endoscópica e a liberação com o instrumento de Paine®.

BENSIMON & MURPHY (1996) publicaram uma técnica

alternativa . Realizaram uma incisão de 2,5 cm na região média da

palma da mão. A fáscia palmar era incisada e a margem distal do

retináculo dos flexores identificada. Um retrator acoplado a uma fibra

óptica era colocado para pesquisar o ramo muscular tenar recorrente.

A divisão do retináculo era realizada então com o instrumento de

Paine®. Relataram que em mais de cem pacientes não tiveram

nenhuma lesão neurovascular.

Page 41: tese_carlos_henrique_fernandes

WATCHMAKER, WEBER, MACKINNON (1996)

dissecaram 25 mãos de cadáveres frescos para estudar o ramo palmar

do nervo mediano e saber como evitar sua lesão durante a liberação do

canal do carpo. Também em cem mãos foi estudada a anatomia da

prega tenar e da projeção do 4o dedo. Uma incisão ao longo desse

eixo, com o dedo em extensão, pode prevenir a secção do ramo

cutâneo palmar do nervo mediano. Este eixo, no entanto, varia

significativamente, dependendo de se os dedos estão juntos, em

adução, em abdução, fletidos ou extendidos. Os autores preconizaram

uma incisão localizada aproximadamente 5 mm ulnal à depressão

intertenar, evitando a secção do ramo palmar do nervo mediano.

LEE, PLANCHER, STRICKLAND (1996) relataram sua

experiência na liberação do canal carpal com uma pequena incisão

palmar. Eles utilizaram desde novembro de 1992 um instrumento

desenhado por James W. Strickland. A técnica consiste no uso

seqüencial de quatro instrumentos. Três permanentes, usados para

preparar a passagem do instrumento cortante que é introduzido por

uma incisão palmar e faz a divisão do retináculo dos flexores. Utiliza-

se anestesia local e faz-se uma incisão de 2 a 2,5 cm na palma da mão

em relação à borda radial do 4o dedo. Colocado um afastador e

realizada dissecação para se observar pelo menos 1 cm do retináculo

flexor, realiza-se uma incisão inicial com o bisturi. As estruturas do

Page 42: tese_carlos_henrique_fernandes

interior do canal são identificadas. Para protegê-las durante o

procedimento, um instrumento piloto rombo é introduzido entre o

retináculo e as estruturas do canal. O piloto é retirado e outro

instrumento é introduzido para preparar um canal no tecido conjuntivo

denso, ventral ao ligamento. O segundo instrumento é retirado e um

piloto duplo é introduzido para se ter certeza de que haverá uma

secção segura do retináculo. O piloto duplo é retirado e finalmente é

introduzido o quarto instrumento para seccionar o retináculo. Este

último tem uma barreira triangular para evitar que o instrumento entre

inadvertidamente além do suficiente para seccionar o retináculo. Os

autores testaram esta técnica em 28 cadáveres e observaram a

manutenção da aponeurose entre as musculaturas tenar e hipotenar e

da aponeurose palmar. Não observaram lesão de estruturas

neurovasculares. Realizaram 694 cirurgias em 525 pacientes e tiveram

duas complicações de lesão do nervo mediano, que ocorreram pela

segunda passagem do cortador. Tiveram 92% dos pacientes com

resolução dos sintomas.

BIYANI, WOLFE, SIMISON, ZAKHOUR (1996)

observaram que a “dor no pilar” é mais comum na parte proximal das

incisões para descompressão do canal do carpo. Como as causas dessa

dor ainda não foram bem esclarecidas, realizaram em 22 pacientes,

biópsias de pele e tecido celular subcutâneo das partes proximal e

Page 43: tese_carlos_henrique_fernandes

distal de uma incisão clássica. Em cada biópsia contaram o número de

nervos livres; não havendo diferenças estatísticas entre elas,

concluíram que não há suporte para a hipótese da divisão

microscópica dos nervos na derme ser uma causa importante de “dor

no pilar”.

Da SILVA, MOORE, WEISS, AKELMAN, SIKIRICA

(1996) dissecaram o punho e a mão de 12 cadáveres frescos por meio

de microscópio. O ramo palmar do nervo mediano foi dissecado desde

a sua origem até os ramos terminais. Em todos, fibras penetram na

aponeurose palmar, correm sob sua superfície e terminam no

retináculo dos flexores. Concluíram que quando o retináculo é

dividido, seja por meio de endoscopia ou técnica aberta, as pequenas

fibras nos tecidos profundos são lesadas, causando dores no pilar.

MARTIM, SEILER III, LESESNE (1996) dissecaram 25

mãos de cadáveres frescos para examinar a inervação cutânea de suas

palmas. Em todos os casos o ramo palmar do nervo mediano estava

presente. A contribuição do ramo palmar do nervo ulnar para

inervação da mão foi bastante variável. Em dezesseis espécimes, a

incisão no eixo do 4o dedo encontrou pelo menos um ramo de nervo

ulnar e em um espécime havia um ramo do nervo mediano.

Concluíram que os baixos níveis de dores residuais nos pacientes

Page 44: tese_carlos_henrique_fernandes

submetidos à liberação endoscópica e subcutânea são, em parte,

devidos à preservação dos ramos cutâneos.

NETSCHER, STEADMAN, THORNBY, COHEN

(1998) estudaram o tempo de retorno da força de preensão palmar e

digital após duas diferentes formas de reconstrução do retináculo dos

flexores e uma sem reconstrução. Concluíram que a reconstrução do

retináculo dos flexores, pela técnica de rotação de um retalho do

próprio, proporciona vantagens mecânicas.

PIGNATARO, RUSCHEL, FOLBERG, CARNEIRO

(1998) testaram em 22 mãos de cadáveres, a técnica preconizada por

CARNEIRO & JAMES (1995). Após realizarem a incisão palmar e

passarem o instrumento de Paine®, eles ampliaram a incisão original

em sentido proximal para analisar as estruturas envolvidas.

Mensuraram a distância entre o local da seccão do retináculo e o canal

de Guyon, ramos cutâneo e muscular do nervo mediano e arco palmar

superficial. Todas as estruturas ficam a milímetros de onde é feito o

corte do retináculo. Em todas as ocasiões, conseguiram abertura total

do retináculo, preservando a fáscia palmar, tecido celular subcutâneo e

pele. Não houve lesão do arco palmar superficial em nenhum caso,

demonstrando que no estudo em cadáveres, a técnica se mostrou

segura e eficiente, reforçando os resultados clínicos encontrados.

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CAPÍTULO III

MATERIAL E MÉTODOS

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Material

O presente material corresponde a 89 pacientes, totalizando

112 mãos submetidas à liberação cirúrgica do canal do carpo, por

incisão palmar e instrumento de Paine®.

Este estudo, aprovado pela Comissão de Ética Médica do

Hospital São Paulo da UNIFESP - EPM, foi realizado entre março de

1995 e março de 1998. Todos os pacientes foram avaliados e tratados

pessoalmente ou sob supervisão do autor. Entre os 89 pacientes, 23

aparecem duas vezes em nossa casuística por terem sido operados de

ambos os lados (15 e 23, 18 e 49, 20 e 47, 25 e 31, 27 e 29, 30 e 35,

32 e 38, 33 e 46, 34 e 42, 41 e 94, 44 e 53, 45 e 51, 48 e 75, 50 e 54,

64 e 68, 65 e 67, 70 e 73, 71 e 92, 80 e 103, 82 e 89, 83 e 99, 96 e 104,

107 e 110). As mãos operadas são listadas por ordem cronológica do

dia da cirurgia e nenhuma mão foi submetida a mais de um

procedimento cirúrgico.

Na tabela I estão contidos os dados referentes a esses

pacientes, segundo o número de ordem, iniciais do nome, idade em

anos, sexo, cor, profissão, lado acometido, lado dominante, lado

operado, serviço de origem.

Page 47: tese_carlos_henrique_fernandes

A idade, na época da cirurgia, variou de 18 anos no paciente

mais jovem a 79 no mais velho, com uma média de 46 anos. A maior

incidência ocorreu na quinta década, com 30 pacientes (Gráfico 1).

Gráfico 1 - Distribuição dos 89 pacientes operados quanto a faixa etária

0

5

10

15

20

25

30

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª Décadas

Pacientes

2(2,2%)

5(5,6%)

21(23,6%)

30(33,8%)

21(23,6%)

9(10,1%)

1(1,1%)

Quanto ao sexo, 6 (6,7%) eram do sexo masculino e 83

(93,3%) do feminino.

Em relação à cor, 66 (74,2%) eram brancos, 15 (16,8%)

pardos, 4 (4,5%) amarelos e 4 (4,5%) negros.

Houve grande diversidade de profissões, desde

trabalhadores braçais até profissões que necessitam da mão para

trabalhos que exigem destreza. Atividades do lar eram exercidas por

45 (50,6%) pacientes, na cozinha por 6 (6,7%) , de ajudante geral por

5 (5,6%) e outras profissões diversas por 33 (37,1%).

Page 48: tese_carlos_henrique_fernandes

Quanto à mão acometida, 73 (82,0%) pacientes tinham

queixas bilaterais, 13 (14,6%) tinham na mão direita e 3 (3,4%) na

esquerda. A mão dominante era direita em 83 (93,2%) pacientes,

esquerda em 3 (3,4%) e 3 (3,4%) eram ambidestros. A cirurgia foi

realizada na mão direita em 45 (50,6%) pacientes, na mão esquerda

em 21 (23,6%) e bilateral em 23 (25,8%) pacientes (Gráfico 2).

Gráfico 2 - Distribuição dos 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, quanto ao ladoacometido, dominante e operado

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Dir Esq Bilat

Acometido

Dominante

Operado

83

03 03

73

13

03

45

21 23

Lado

Pacientes

Estes pacientes, estão registrados de acordo com a seguinte

distribuição: 50 (56,2%) do Hospital São Paulo da UNIFESP - EPM

(Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior), 19 (21,3%) do

Centro médico Jardim São Paulo, 13 (14,6%) da clínica privada em

Mogi das Cruzes e 7 (7,9%) do Hospital Luzia de Pinho Mello do

SUS - 13 de Mogi das Cruzes.

Page 49: tese_carlos_henrique_fernandes

Na tabela II estão contidos os dados referentes a esses

pacientes, segundo o número de ordem, avaliação pré-operatória de

parestesia noturna, teste de Phalen, sinal da percussão dolorosa no

punho, força de preensão palmar, polpa-polpa, lateral, tridigital e

avaliação da sensibilidade por meio de monofilamentos do 1o, 2 o , 3 o ,

4 o e 5 o dedos.

Quanto aos sintomas clínicos, a parestesia noturna estava

presente em 110 (98,2%) mãos, o teste de Phalen em 104 (92,8%) e o

sinal da percussão dolorosa no punho em 91 (81,2%).

Avaliação pré-operatória da força de preensão palmar,

polpa-polpa, lateral e tridigital foram realizada em 86 (76,8%) mãos.

Avaliação pré-operatória da sensibilidade dos dedos da mão

foi feita por meio de monofilamentos de náilon em 87 (77,7%) mãos.

Na tabela III estão contidos os dados referentes a esses

pacientes, segundo o número de ordem, hipotrofia tenar, realização de

eletroneuromiografia, tempo de sintomas, condições predisponentes,

afecções associadas, tratamento clínico prévio, cirurgia na mão oposta

por outra técnica, data da cirurgia e tempo de seguimento pós-

operatório.

A hipotrofia dos músculos tenares estava presente em 19

(17,0%) mãos. Em 84 (75,0%) membros superiores, nos quais foi

solicitado o estudo eletroneuromiográfico, havia alterações

Page 50: tese_carlos_henrique_fernandes

compatíveis com a síndrome do canal do carpo. Em 28 (25,0%) não

foram realizados os exames.

O tempo decorrido entre o início dos sintomas e o

tratamento cirúrgico variou de 1 a 360 meses com média de 69 meses.

Quanto aos fatores predisponentes, foram encontrados 42

(47,2%) pacientes no climatério e 4 (4,5%) pacientes com diagnóstico

de artrite reumatóide.

Em relação às afecções associadas, observaram-se 12

(13,5%) pacientes com outras síndromes estenosantes: 8 (9,0%)

deformidades em gatilho dos dedos; 1 (1,1%) síndrome do túnel do

tarso; síndrome do desfiladeiro torácico em 1 (1,1%) e tenossinovite

estenosante “de Quervain” em 2 (2,2%). A síndrome do impacto

subacromial do manguito rotador foi encontrada em 5 (5,6%), lesão

por esforço repetitivo em 2 (2,2%), contratura da aponeurose palmar

em 1(1,1%) , dor miofascial em 2 (2,2%), fibromialgia em 1(1,1%) e

cisto de tendão em 1 (1,1%).

O tratamento clínico prévio foi instituído em 63 (70,8%)

pacientes. Quanto ao agente, antiinflamatórios não hormonais foram

administrados em 63 (70,8%), a fisioterapia foi realizada em 39

(43,8%), algum tipo de imobilização foi usado por 37 (41,6%), 14

(15,8%) tomaram corticosteróides, 5 (5,6%) vitamina B, a infiltração

foi realizada em 4 (4,5%) e 3 (3,4%) pacientes fizeram acupuntura.

Vinte e seis (29,2%) não realizaram tratamento clínico prévio.

Page 51: tese_carlos_henrique_fernandes

Tratamento por outra técnica cirúrgica havia sido realizado

previamente na mão contralateral em 14 (15,7%) pacientes.

Quanto ao tempo de seguimento pós-operatório variou de 1

a 36 meses, com média de 16 meses.

Os pacientes no pré-operatório, foram estudados de acordo

com o “Protocolo de Pesquisa”, padrão utilizado na “Casa da Mão” da

Disciplina de Cirurgia da Mão e Membro Superior da UNIFESP-

EPM, no qual constam os dados de identificação do paciente, histórico

da lesão, exame físico geral e específico. Nas avaliações pós-

operatórias, foi utilizado um pequeno protocolo onde consta a

identificação do paciente, mensuração da força, avaliação da

sensibilidade e dos sinais e sintomas específicos (Anexo).

Métodos

Os 89 pacientes desta série apresentavam diagnóstico de

síndrome do canal do carpo em 112 mãos, com base nos sintomas

clínicos, associados ou não ao diagnóstico eletroneuromiográfico. Não

foram incluídos pacientes com sintomas decorrentes de lesões pós-

traumáticas no nível do punho, por se tratar de uma contra-indicação

relativa do método cirúrgico utilizado.

Page 52: tese_carlos_henrique_fernandes

O diagnóstico clínico foi realizado por meio de inquérito ao

paciente quanto à presença de parestesias noturnas, realização do teste

de PHALEN (1970) e pesquisa do sinal de percussão dolorosa na

prega de flexão do punho.

Perguntava-se ao paciente qual o sintoma que sentia. Se o

paciente referisse dormência e/ou dores nas mãos, que provocavam o

despertar no meio da noite, a parestesia noturna era considerada

positiva. Caso o paciente nada relatasse, era considerada negativa.

O teste de PHALEN (1970) era realizado solicitando-se ao

paciente que fizesse flexão máxima do punho. Considerava-se o sinal

positivo se o paciente relatasse aparecimento ou exacerbação de

parestesias na área inervada pelo nervo mediano após 30 até 60

segundos e apresentava melhora com o retorno do punho à posição

neutra. Era considerado negativo quando o paciente nada sentia.

O sinal da percussão dolorosa era pesquisado pelo

examinador, realizando um toque com a ponta de seu dedo indicador

na prega de flexão do punho (PHALEN, 1970). Se o paciente referisse

a sensação de choque ou formigamento irradiado para a palma da mão

e dedos radiais, o sinal era considerado positivo. Caso o paciente nada

referisse o sinal era considerado negativo.

A força era avaliada por meio de mensuração da força de

preensão palmar, polpa-polpa, lateral e tridigital. Foi utilizado um

dinanômetro de preensão palmar hidráulico, ajustado na segunda

Page 53: tese_carlos_henrique_fernandes

posição e um dinanômetro de preensão digital hidráulico, ambos

Baseline® (Irvington, N.Y., U.S.A.). Para realizar a mensuração, os

indivíduos ficavam sentados, com o braço aduzido paralelo ao tronco,

cotovelo fletido em 90 graus, antebraço e punho em posição neutra.

Eram efetuadas três mensurações, com o máximo de força possível. A

média das mensurações era anotada em quilogramaforça (Fig. 1).

A sensibilidade era pesquisada por meio do teste de

monofilamentos de náilon (Estesiômetro), fabricado por SORRI,

Bauru, Brasil. O conjunto consiste de um jogo de sete tubos, cada um

contendo um par de monofilamentos. O número de cada fio indica

com precisão a força axial necessária para envergar o filamento.

Os filamentos são de cores diferentes e correspondem à

graduação em gramas. Verde - 0,05 g; azul - 0,20 g; violeta - 2,00 g;

vermelho escuro - 4,00 g; laranja - 10,00 g; vermelho magenta -

300,00 g .

A mão do paciente era posicionada com a palma virada para

cima. O exame era demonstrado em uma área de pele com

sensibilidade normal e solicitava-se ao paciente mexer o dedo quando

sentisse o toque. O exame era realizado sem observação visual do

paciente, de modo que o monofilamento de náilon ficasse

perpendicular à superfície da pele da polpa digital. A força exercida

era suficiente para curvar o monofilamento, mantendo

aproximadamente durante 1,5 segundos. O teste era iniciado com o

Page 54: tese_carlos_henrique_fernandes

monofilamento mais leve, 0,05 g (verde). Caso não houvesse resposta

do paciente, prosseguia-se o exame com o filamento imediatamente

mais pesado (0,20 g - azul), e assim progressivamente. Os filamentos

de 0,05g e 0,20 g (verde e azul) eram aplicados até três vezes em cada

local, sendo suficiente apenas uma única resposta positiva para

confirmar a sensibilidade. Os outros eram testados apenas uma vez.

Para agilizar a avaliação, eram pesquisadas apenas as polpas digitais

dos dedos das mãos (Fig. 2).

Era realizada inspeção da região tenar; caso houvesse

hipotrofia tenar, era considerada presente. Se o trofismo fosse

considerado normal, era considerada ausente.

INSTRUMENTO DE PAINE®

Em todas as cirurgias foi utilizado o instrumento cirúrgico

desenvolvido por PAINE (1955). Este é manufaturado por Ruggles

Instruments, Elekta Instruments, Inc., Atlanta, Geórgia, U.S.A. e

Downs Surgical Ltd., Toronto, Ontario, Canadá.

É um instrumento confeccionado em aço inoxidável, com

uma haste achatada no plano frontal e uma placa de base no plano

horizontal, formando entre si um ângulo de 135o. A base tem as

Page 55: tese_carlos_henrique_fernandes

bordas arredondadas e mede 2 1/4 por 1/4 polegadas. A 1/4 polegada

antes de seu final tem uma lâmina de corte de 1/8 polegada que fica no

mesmo plano da haste (Fig.3).

Técnica Cirúrgica

No centro cirúrgico, em caráter ambulatorial, os pacientes

foram submetidos à anestesia do tipo endovenosa de Bier no membro

superior ou bloqueio do nervo mediano e ulnar no punho. Foi sempre

garroteado o terço proximal do antebraço, seguida de rigorosa

assepssia e antissepsia.

O membro superior era posto em abdução sobre a mesa de

cirurgia, mantinha-se o antebraço em supinação e o punho em posição

neutra, evitando desvios radial ou ulnal da mão.

Os pontos topográficos importantes, o pisiforme, o hámulo

do hamato, a prega palmar média e a linha cardinal de Kaplan eram

identificados para orientação da incisão. A incisão longitudinal era

feita no eixo da borda radial do 4º dedo, com 1,5 a 2,0 cm de

comprimento, iniciando aproximadamente a 1,0 cm da prega palmar

média, em direção proximal incluindo pele e tecido celular

subcutâneo. Eram colocados dois afastadores tipo "garra", tamanho

Page 56: tese_carlos_henrique_fernandes

pequeno, e a aponeurose palmar era visibilizada. Por meio de

dissecação romba, perfurava-se e abria-se a aponeurose no sentido de

suas fibras. Imediatamente a artéria ulnar e o arco palmar superficial

eram identificados. Havia sempre um coxim gorduroso que cobria os

ramos do nervo mediano que era dissecado de forma cuidadosa, para

identificar o ramo digital comum ao 3º e 4º dedos. O lado ulnal da

margem distal do ligamento transverso do carpo era a última estrutura

a ser identificada. O contorno destas três estruturas formam um

triângulo, constituindo a “Zona de Segurança de AGEE”(1992).

Através desta zona de segurança, era colocada

cuidadosamente, o mais ulnal possível, uma pinça de Kelly romba,

curva e fechada para identificação do canal do carpo e liberação das

aderências ao retináculo. A ponta desta pinça estava sempre voltada

para cima de modo a ser sentido o término do retináculo. A ponta da

pinça era palpada percutaneamente com a outra mão, proximal ao

sulco de flexão do punho. A pinça era retirada do canal e com uma

tesoura realizava-se uma pequena incisão na margem distal do

retináculo dos flexores a 2 mm aproximadamente da inserção no

uncinado. Em seguida, o instrumento de Paine era posicionado no

local incisado, com a base paralela ao eixo do nervo mediano e com

força contínua, controlada, o instrumento era empurrado em sentido

proximal até acabar a resistência provocada pela consistência do

retináculo. Neste momento, o fim da base do instrumento era palpado

Page 57: tese_carlos_henrique_fernandes

percutaneamente a 1,0 cm do sulco de flexão do punho. Um afastador

pequeno era colocado na parte proximal da incisão. Dessa maneira

observavam-se a abertura do canal, o nervo mediano e o retináculo

seccionado. Se restasse ainda alguma estrutura comprimindo o nervo,

uma segunda passagem do instrumento era realizada (Fig. 4).

No caso de dúvida, devido a qualquer dificuldade técnica ou

necessidade de uma exploração do túnel, a incisão deve ser

prolongada proximalmente.

Nos pacientes que foram submetidos à anestesia tipo

bloqueio venoso de Bier, eram injetados, na incisão após o término da

cirurgia, 2ml de Marcaína® 0,5%, sem vasoconstrictor.

Confirmada a liberação do nervo mediano, o fechamento da

incisão era realizado com dois ou três pontos simples, separados na

pele com monofilamento de náilon 5-0.

A mão era imobilizada com uma tala gessada

antebraquiopalmar em posição neutra do punho, deixando as

articulações metacarpofalângicas livres.

No pós-operatório imediato, o paciente era orientado e

estimulado a fazer movimentos de flexo-extensão nas articulações

metacarpofalângicas, interfalângicas proximais e interfalângicas

distais.

Page 58: tese_carlos_henrique_fernandes

Durante as primeiras vinte e quatro horas a mão submetida a

intervenção cirúrgica era mantida em posição elevada acima do nível

do tronco.

Os pontos foram retirados no oitavo dia pós-operatório

juntamente com a imobilização.

AVALIAÇÃO CLÍNICA PÓS-OPERATÓRIA

No seguimento pós-operatório foram realizadas avaliações

clínicas, na segunda semana, no primeiro, terceiro e sexto meses.

Realizou-se pesquisa quanto à remissão dos sintomas clínicos de

parestesia noturna, do teste de PHALEN (1970) e do sinal da

percussão dolorosa. Objetivamente mediram-se as forças de preensão

palmar, digital polpa-polpa, lateral e tridigital. Para avaliação da

sensibilidade utilizou-se o teste de monofilamentos na polpa digital

dos cinco dedos.

Outro critério de avaliação clínica usado foi o proposto por

Galbiatti et al.(1991). O resultado era considerado bom no paciente

que tinha remissão dos sintomas e não apresentava limitação. Regular,

quando havia redução dos sintomas e limitações aos esforços. Mau,

nos casos em que não ocorria melhora clínica.

Page 59: tese_carlos_henrique_fernandes

A hipotrofia tenar foi avaliada subjetivamente em melhora

e não melhora, após um período mínimo de seis meses de seguimento

pós-operatório.

O retorno às atividades foi dividido em períodos de

tempo, a partir do oitavo dia da cirurgia, a partir do décimo quinto dia

e com mais de 15 dias.

MÉTODO ESTATÍSTICO

Para avaliar a evolução das mãos em relação ao período pré-

operatório e aos vários períodos pós-operatórios para as variáveis

parestesias noturnas, teste de PHALEN (1970) e teste da percussão

dolorosa, utilizamos o teste de McNemar.

Para as variáveis, força de preensão palmar, polpa-polpa ,

lateral e tridigital, usamos o teste de Friedman, pois havia interesse em

verificar a evolução ao longo do tempo.

Este mesmo teste foi utilizado para a variável sensibilidade

nos dedos, onde se fixou o tempo e estudaram-se possíveis variações

entre os dedos em cada tempo.

Posteriormente o mesmo teste de Friedman foi utilizado

para verificarmos como se comportava cada dedo ao longo do tempo.

Page 60: tese_carlos_henrique_fernandes

Os testes de Friedman, quando necessários, foram

complementados pelo teste de comparações múltiplas.

O nível de significância fixado em todos os casos foi sempre

igual ou menor do que 0,05 (5%).

Quando a estatística calculada apresentou um valor

significante usamos um asterisco (*) para caracterizá-la. Caso

contrário, isto é, não significante, usamos NS.

As médias foram calculadas e apresentadas apenas a título

de informação.

Terminologia Anatômica

A “Terminologia Anatômica” utilizada é a aprovada na XIII

Reunião do Comitê Federativo em Terminologia Anatômica, São

Paulo, 1997.

Apresentação do Estudo

Seguiu as “Normas para Apresentação de

Dissertações e teses”. Herani,M.L.G. , São Paulo, Bireme, 1990, 45

pg.

Page 61: tese_carlos_henrique_fernandes

ANEXO

Page 62: tese_carlos_henrique_fernandes

Tabela I - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundonúmero de ordem, iniciais do nome, idade em anos, sexo, cor, profissão,mão acometida, mão dominante , mãooperada e serviço de origem.

N° deOrdem

Iniciais doNome

Idade( anos )

Sexo Cor Profissão MãoAcometida

MãoDominante

MãoOperada

ServiçoOrigem

001 M A P 52 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP002 M H F C 68 F B Do lar Bilat Esq Esq CSP003 A B M 59 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13004 L M J G 53 F B Func. públ. Dir Dir Dir HSP005 NA C 62 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP006 M Y 57 F A Cozinheira Bilat Dir Esq CMC007 A M M 42 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP008 VLR 47 F N Cozinheira Bilat Dir Dir HSP009 A M F M 47 F B Escrevente Bilat Dir Esq CSP010 M A S S 29 F B Cozinheira Bilat Dir Esq CMC011 M N S 35 F B Costureira Bilat Dir Dir HSP012 M H C A 53 F B Do lar Dir Dir Dir CMC013 I I S M 62 F B Do lar Dir Dir Dir CSP014 D A P 40 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP015 M P G S 47 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP016 A S T 79 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP017 M A P 48 F N Faxineira Dir Dir Dir HSP018 N G C V 40 F B Escriturária Bilat Dir Dir CSP019 J C S 39 M B Armador Bilat Dir Dir HSP020 M A S S 36 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP021 J C B 43 M B Escriturário Esq Dir Esq S 13022 B O M 47 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP023 M P G S 47 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP024 M T M 64 F Pd Do lar Bilat Dir Dir HSP025 N B M 37 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP026 C N S 20 M B Aj. geral Bilat Dir Esq HSP027 F C S 45 F B Advogada Bilat Dir Dir CMC028 S A T D 37 F B Do lar Esq Dir Esq CMC029 F C S 45 F B Advogada Bilat Dir Esq CMC030 M C J 33 F Pd Do lar Bilat Dir Dir HSP031 N B M 37 F B Do lar Bilat Dir Esq CSP032 J A S A 37 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP033 E P M 38 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP034 L M C 39 F B Babá Bilat Dir Esq S 13035 M C J 33 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP036 M S M S 52 F B Do lar Bilat Dir Dir CMC037 M T P 48 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP038 J A S A 37 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP039 L G 49 F N Faxineira Bilat Dir Dir HSP040 R L F 27 F Pd Aux. adm. Bilat Dir Dir HSP041 M A S 48 F B Téc. enf. Bilat Dir Dir HSP042 L M C 39 F B Babá Bilat Dir Dir S 13043 M M B 38 F B Faxineira Dir Dir Dir CSP044 J S M 18 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP045 M J F 45 F B Digitadora Bilat Dir Dir HSP046 E P M 38 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP047 M A S S 36 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP048 Y M S R 41 F B Do lar Bilat Dir Esq S 13049 N G C V 40 F B Escriturária Bilat Dir Esq CSP050 H P V 56 F B Do lar Bilat Dir Esq S 13051 M J F 45 F B Digitadora Bilat Dir Esq HSP052 A N B 45 F B Do lar Bilat Dir Esq CMC053 J S M 18 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP054 H P V 56 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13055 V C B 40 F B Téc. enf. Bilat Dir Dir HSP056 O B S 52 F Pd Do lar Bilat Dir Dir CSP057 A C S 60 F B Do lar Dir Dir Dir HSP058 R V S 62 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP059 C B S MA 43 F B Atendente Bilat Esq Esq HSP

Continua

Page 63: tese_carlos_henrique_fernandes

Continuação Tabela IN° de

OrdemIniciais do

NomeIdade

( anos )Sexo Cor Profissão Mão

AcometidaMão

DominanteMão

OperadaServiçoOrigem

060 V M S T 25 F B Digitadora Dir Dir Dir HSP061 A A L 50 F B Costureira Bilat Dir Dir CSP062 A S 60 F B Téc. Enf. Bilat Dir Esq HSP063 M G R 51 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP064 H G S 55 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP065 M C C 50 F B Professora Bilat Dir Dir CMC066 B G S 46 F B Aj. geral Bilat Esq Esq HSP067 M C C 50 F B Professora Bilat Dir Esq CMC068 H G S 55 F B Do lar Bilat Dir Esq CSP069 S C D 48 F B Cozinheira Dir Dir Dir HSP070 V L P 50 F B Do lar Bilat Ambidestro Dir HSP071 H C S 28 F B Aj. geral Bilat Ambidestro Esq HSP072 R M O 61 F B Do lar Bilat Ambidestro Dir CMC073 V L P 50 F B Do lar Bilat Ambidestro Esq HSP074 M S F 58 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP075 Y M S R 41 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13076 J M D 62 M B Padre Dir Dir Dir CSP077 H C P 53 F B Do lar Dir Dir Dir CSP078 L S T 43 F A Do lar Bilat Dir Dir CMC079 M A M L 31 F Pd Do lar Dir Dir Dir HSP080 I W 59 F B Art. plast. Bilat Dir Dir CSP081 C S P 57 F B Do lar Bilat Dir Dir CSP082 E H K M 40 F A Bancária Bilat Dir Dir CMC083 M I M F 34 F B Professora Bilat Dir Esq CMC084 R P T S 38 F B Do lar Bilat Dir Dir S 13085 J K D 50 F A Comerciante Bilat Dir Dir CMC086 M C L 43 F Pd Cozinheira Bilat Dir Dir HSP087 O N R 50 F B Do lar Esq Dir Esq HSP088 D S 67 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP089 E H Y M 40 F A Bancária Bilat Dir Esq CMC090 M S 48 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP091 F M R S. 44 F Pd Doméstica Bilat Dir Dir S 13092 H C S 28 F B Aj. geral Bilat Ambidestro Dir HSP093 L F 51 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP094 M A S 49 F B Téc. enf. Bilat Dir Esq HSP095 A L P L 32 F Pd Cozinheira Bilat Dir Dir CSP096 J N 31 F Pd Aj. geral Bilat Dir Dir CSP097 F E S 53 F Pd Aj. geral Bilat Dir Dir HSP098 C A 48 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP099 M I M F 34 F B Professora Bilat Dir Dir CMC100 M F 42 F N Faxineira Bilat Dir Dir HSP101 M C O 54 F Pd Do lar Bilat Dir Esq HSP102 E M O T 33 F B Doméstica Bilat Dir Dir HSP103 I W 59 F B Art. plast. Bilat Dir Esq CSP104 J N 31 F Pd Aj. geral Bilat Dir Esq CSP105 O C 52 M Pd Motorista Dir Dir Dir HSP106 J M S 30 F B Costureira Dir Dir Dir HSP107 F C J 69 M B Aposentado Bilat Dir Dir CSP108 V L S C 49 F B Do lar Bilat Dir Esq HSP109 R L L 48 F Pd Escriturária Bilat Dir Esq HSP110 F C J 69 M B Aposentado Bilat Dir Esq CSP111 R C G G 33 F B Musicoterapeuta Bilat Dir Dir HSP112 A M F 62 F B Do lar Bilat Dir Dir HSP

Page 64: tese_carlos_henrique_fernandes

Tabela II - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundo onúmero de ordem, avaliação pré-operatória da parestesia noturna, teste de Phalen, sinal da percussão dolorosa,força de preensão palmar, polpa-polpa, lateral, tridigital, em Kgf e sensibilidade do 1 o, 2 o, 3 o, 4 o e 5o dedos, emgramas.Número de Pré-Operatório

Ordem PN TP SPD P PP L T 1 o 2 o 3 o 4 o 5 o

001 Pos. Pos. Pos.002 Pos. Pos. Pos.003 Pos. Neg. Pos.004 Pos. Pos. Pos.005 Pos. Pos. Pos.006 Pos. Pos. Pos.007 Pos. Pos. Pos.008 Pos. Pos. Pos.009 Pos. Pos. Pos.010 Pos. Pos. Pos.011 Neg. Pos. Pos.012 Pos. Pos. Pos.013 Pos. Neg. Neg.014 Pos. Pos. Pos.015 Pos. Pos. Neg.016 Pos. Neg. Neg.017 Pos. Pos. Pos.018 Pos. Pos. Pos.019 Pos. Pos. Pos.020 Pos. Pos. Pos.021 Pos. Pos. Pos.022 Pos. Pos. Pos.023 Pos. Pos. Pos.024 Pos. Pos. Pos.025 Pos. Pos. Neg.026 Pos. Pos. Pos. 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20027 Pos. Pos. Pos. 28,0 4,5 6,5 6,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05028 Pos. Pos. Pos. 34,0 5,0 6,0 4,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05029 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,0 4,0 4,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05030 Pos. Pos. Pos. 28,0 3,5 5,5 4,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20031 Pos. Pos. Neg. 28,0 2,5 3,0 3,5 0,20 0,05 0,05 0,05 0,05032 Pos. Pos. Pos. 28,0 2,5 7,0 5,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05033 Pos. Pos. Pos. 22,0 5,5 6,0 4,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05034 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,0 3,5 4,0 0,20 0,20 0,05 0,20 0,20035 Pos. Pos. Pos. 22,0 3,5 4,0 5,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05036 Pos. Pos. Pos. 30,0 2,5 5,0 4,5 10,00 10,00 10,00 0,20 0,20037 Pos. Pos. Pos. 30,0 6,5 7,5 7,0 0,05 0,05 0,05 0,20 0,05038 Pos. Pos. Pos. 30,0 4,5 7,5 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20039 Pos. Neg. Pos. 38,0 6,0 6,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20040 Pos. Pos. Pos. 36,0 6,0 8,5 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20041 Pos. Pos. Neg. 28,0 4,5 6,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20042 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 4,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,05 0,05043 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 7,0 8,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20044 Pos. Pos. Pos. 26,0 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20045 Pos. Pos. Pos. 34,0 7,0 4,5 8,5 2,00 0,20 0,20 0,20 0,20046 Pos. Pos. Neg. 28,0 6,0 6,0 5,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05047 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,0 6,0 5,5 0,20 0,05 0,05 0,05 0,05048 Pos. Pos. Neg. 30,0 5,0 5,0 5,0 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00049 Pos. Pos. Pos. 20,0 5,0 6,0 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20050 Pos. Pos. Neg. 20,0 5,0 5,0 5,5 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00051 Pos. Pos. Pos. 36,0 6,0 8,0 6,5 0,20 0,20 0,05 0,05 0,05052 Pos. Pos. Pos. 18,0 4,0 5,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20053 Pos. Pos. Pos. 22,0 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20054 Pos. Pos. Neg. 22,0 3,5 4,5 7,5 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00055 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,0 5,5 4,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20056 Pos. Pos. Neg. 30,0 7,0 10,0 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20057 Pos. Pos. Pos. 30,0 7,0 8,0 7,0 0,20 0,20 0,05 0,20 0,05058 Pos. Pos. Pos. 22,0 4,5 7,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20059 Pos. Neg. Pos. 22,0 3,5 5,5 5,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20

Continua

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Continuação tabela IINúmero de Pré-Operatório

Ordem PN TP SPD P PP L T 1 o 2 o 3 o 4 o 5 o

060 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 5,0 6,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05061 Pos. Neg. Neg. 28,0 6,0 8,0 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20062 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,5 7,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20063 Pos. Pos. Pos. 30,0 4,0 3,5 5,0 2,00 2,00 2,00 2,00 0,20064 Pos. Pos. Pos. 28,0 4,5 6,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20065 Pos. Pos. Pos. 38,0 6,0 8,5 8,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20066 Pos. Pos. Pos. 28,0 5,0 7,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20067 Pos. Pos. Pos. 34,0 5,0 8,0 6,5 0,20 0,05 0,20 0,05 0,05068 Pos. Pos. Pos. 28,0 5,5 5,5 6,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20069 Pos. Pos. Pos. 14,0 3,0 4,5 4,0 2,00 2,00 0,20 0,20 0,20070 Pos. Pos. Neg. 22,0 4,0 6,0 3,5 10,00 4,00 4,00 0,20 0,20071 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 5,5 4,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05072 Pos. Neg. Neg. 22,0 5,0 6,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20073 Pos. Pos. Pos. 22,0 4,5 4,5 6,5 4,00 10,00 10,00 0,05 0,05074 Pos. Pos. Neg. 16,0 4,0 3,5 4,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20075 Pos. Neg. Neg. 28,0 5,5 5,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20076 Pos. Pos. Pos. 32,0 4,0 4,5 4,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20077 Pos. Pos. Neg. 22,0 5,5 6,0 4,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20078 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,5 7,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20079 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 5,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20080 Pos. Pos. Pos. 32,0 7,5 6,0 9,0 2,00 0,20 0,20 0,20 0,20081 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 8,5 7,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20082 Pos. Pos. Pos. 16,0 4,5 5,5 5,0 4,00 4,00 4,00 0,20 0,05083 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,5 6,0 5,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05084 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 7,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,05085 Pos. Pos. Pos. 12,0 3,0 4,5 3,0 0,20 0,05 0,05 0,20 0,20086 Pos. Pos. Pos. 36,0 6,5 9,0 6,5 2,00 0,20 2,00 0,20 0,20087 Pos. Pos. Pos. 28,0 4,5 5,5 6,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20088 Pos. Pos. Pos. 12,0 2,5 4,0 3,0 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00089 Pos. Pos. Pos. 16,0 3,5 5,5 4,5 0,05 0,20 0,20 0,05 0,05090 Pos. Pos. Neg. 26,0 4,0 6,0 5,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20091 Pos. Pos. Pos. 16,0 3,5 4,0 4,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20092 Pos. Pos. Pos. 22,0 2,5 4,5 2,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05093 Pos. Pos. Pos. 26,0 3,0 4,5 5,0 2,00 2,00 2,00 0,20 0,05094 Pos. Pos. Pos. 22,0 3,5 5,5 4,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05095 Pos. Pos. Pos. 26,0 6,5 8,5 7,5 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20096 Pos. Pos. Pos. 30,0 5,0 8,0 6,5 0,20 0,20 0,20 0,05 0,05097 Pos. Pos. Pos. 30,0 6,0 6,0 7,0 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00098 Pos. Pos. Pos. 20,0 3,0 5,5 5,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,05099 Pos. Pos. Pos. 28,0 7,0 9,0 9,0 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05100 Pos. Pos. Pos. 22,0 4,0 4,5 4,0 0,20 2,00 2,00 2,00 0,20101 Pos. Pos. Pos. 30,0 2,0 2,5 3,0 2,00 4,00 4,00 4,00 4,00102 Pos. Pos. Pos. 34,0 5,0 7,0 7,0 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20103 Pos. Pos. Pos. 26,0 5,5 7,0 8,0 0,20 0,05 0,20 0,20 0,20104 Pos. Pos. Neg. 26,0 5,0 7,5 7,5 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05105 Pos. Pos. Pos. 32,0 5,5 5,0 6,0 4,00 0,20 0,20 0,20 0,20106 Neg. Pos. Neg. 30,0 4,0 5,5 5,5 0,20 0,20 0,20 0,05 0,05107 Pos. Pos. Pos. 26,0 4,0 6,0 5,5 2,00 2,00 4,00 2,00 2,00108 Pos. Pos. Pos. 20,0 3,5 3,5 3,5 4,00 4,00 4,00 2,00 2,00109 Pos. Pos. Pos. 16,0 2,5 2,5 3,0 4,00 0,20 0,20 4,00 2,00110 Pos. Pos. Pos. 16,0 3,0 1,5 2,5 4,00 4,00 0,20 0,20 0,20111 Pos. Pos. Pos. 22,0 3,0 6,5 5,0 0,20 0,20 2,00 0,20 0,20112 Pos. Pos. Neg. 18,0 2,0 2,5 2,5 4,00 4,00 4,00 2,00 2,00

OBS.: Os espaços em branco significam que não foram feitas avaliações.

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Tabela III - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundo onúmero de ordem, hipotrofia tenar, eletroneuromiografia, tempo de sintomas, condições predisponentes, afecçõesassociadas, tratamento clínico prévio, mão contra-lateral operada por outra técnica, data da cirurgia e tempo desegmento pós-operatório.

No deOrdem

Hipotrofiatenar

ENMG Sintomas( meses )

Condiçõespredisponentes

Afecçõesassociadas

Tratamentoprévio

Mãooposta

Data dacirurgia

Segmento (meses)

001 Aus. Sim 048 Climatério Não Sim 04/03/95 36002 Aus. Não 012 Climatério Não Sim 01/04/95 35003 Aus. Não 060 Climatério Não 26/04/95 35004 Aus. Sim 168 Climatério Sim 23/05/95 34005 Aus. Não 144 Climatério Dupuytren Não 28/06/95 33006 Aus. Não 012 Climatério Dedo gatilho Sim 30/06/95 33007 Aus. Sim 096 Sim 04/07/95 32008 Pres. Sim 144 Sim 04/07/95 32009 Aus. Não 024 Climatério Sim 17/07/95 32010 Aus. Não 024 Sim 25/07/95 32011 Aus. Sim 060 Sim 26/09/95 30012 Aus. Sim 060 Climatério Sim 29/09/95 30013 Aus. Sim 012 Climatério Sind. Impac. Sim 02/10/95 29014 Aus. Sim 060 Não Sim 17/10/95 29015 Aus. Sim 048 Não 14/10/95 29016 Aus. Sim 096 Climatério Sim Sim 14/11/95 28017 Aus. Não 004 Climatério Sim 14/11/95 28018 Aus. Sim 096 Sind. Impac. Sim 20/11/95 28019 Aus. Sim 036 Sim 28/11/95 28020 Aus. Sim 024 Sim 05/12/95 27021 Aus. Não 060 Sim 15/12/95 27022 Aus.. Não 024 Climatério Não Sim 19/12/95 27023 Aus. Sim 048 Dedo gatilho Não 16/01/96 26024 Pres. Não 024 Climatério Sim 16/01/96 26025 Aus. Sim 132 Sim 22/01/96 26026 Aus. Não 018 Sim Sim 23/01/96 26027 Aus. Não 006 Sim 24/01/96 26028 Aus. Não 001 Sim 07/02/96 25029 Aus. Não 006 Sim 09/02/96 25030 Aus. Sim 024 Sim 05/03/96 24031 Aus. Sim 132 Sim 11/03/96 24032 Aus. Sim 036 De Quervain Não 12/03/96 24033 Aus. Sim 024 Cisto tendão Sim 12/03/96 24034 Aus. Sim 072 Sim 15/03/96 24035 Aus. Sim 024 Sim 19/03/96 24036 Aus. Sim 048 Climatério Não Sim 27/03/96 24037 Aus. Sim 012 Dedo gatilho Não 16/04/96 23038 Aus. Sim 036 Não 17/04/96 23039 Aus. Não 060 Climatério Não Sim 08/05/96 22040 Aus. Sim 072 Não 19/06/96 21041 Pres. Não 030 Sind. Impac. Não 19/06/96 21042 Aus. Sim 072 Sim 21/06/96 21043 Aus. Sim 024 Não 26/06/96 21044 Pres. Sim 024 Sim 03/07/96 20045 Aus. Sim 096 Sim 03/07/96 20046 Aus. Sim 024 Sim 10/07/96 20047 Aus. Sim 024 Sim 17/07/96 20048 Aus. Não 132 Climatério Sim 19/07/96 20049 Aus. Sim 096 Sim 22/07/96 20050 Aus. Sim 180 Climatério Sim 02/08/96 19051 Aus. Sim 096 Sim 21/08/96 19052 Aus. Sim 024 Sim Sim 23/08/96 19053 Pres. Sim 024 Sim 28/08/96 19054 Aus. Sim 180 Climatério Sim 13/09/97 18055 Aus. Sim 024 De Quervain Sim 25/09/96 18056 Aus. Sim 048 Climatério Sim 07/10/96 17057 Aus. Sim 012 Climatério Sim 09/10/96 17058 Aus. Sim 024 Climatério Sim 09/10/96 17059 Aus. Sim 084 L.E.R. Sim Sim 09/10/96 17Continua

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Continuação Tabela IIINo de

OrdemHipotrofia

tenarENMG Sintomas

( meses )Condições

predisponentesAfecções

associadasTratamento

prévioLado

opostoData dacirurgia

Segmento (meses)

060 Aus. Sim 024 L.E.R Sim 23/10/96 17061 Aus. Não 012 Não 28/10/96 17062 Aus. Sim 120 Climatério Não Sim 06/11/96 16063 Pres. Sim 360 Climatério S. Desf. Tor. Não 20/11/96 16064 Pres. Sim 120 Climatério Sim 27/01/97 14065 Aus. Sim 240 Climatério Sim 31/01/97 14066 Aus.. Sim 012 Dor miofasc. Não 04/02/97 13067 Aus. Sim 240 Climatério Sim 19/02/97 13068 Pres. Sim 120 Climatério Sim 28/02/97 13069 Aus. Sim 036 Climatério Sind. Impac Sim 18/03/97 12070 Pres. Sim 240 Climatério Dedo gatilho Sim 18/03/97 12071 Aus. Sim 012 Sim 18/03/97 12072 Aus. Sim 312 Climatério Dedo gatilho Não Sim 19/03/97 12073 Pres. Sim 240 Climatério Sim 22/04/97 11074 Aus. Sim 120 Climatério Dedo gatilho Sim 06/05/97 10075 Aus. Não 132 Climatério Sim 21/05/87 10076 Aus. Sim 006 Climatério Sind. Impac Sim 23/06/97 09077 Aus. Sim 120 Climatério Dor miofasc. Sim 07/07/97 08078 Aus. Sim 007 Artrite Reumat. Sim 09/07/97 08079 Aus. Não 004 Sim 15/07/97 08080 Pres. Sim 120 Climatério Não 17/07/97 08081 Aus. Sim 120 Climatério Sim 21/07/97 08082 Aus. Sim 120 Artrite Reumat. Sim 23/07/97 08083 Aus. Sim 120 S. T. Tarso Não 23/07/97 08084 Aus. Não 006 Sim 30/07/97 08085 Aus. Sim 024 Climatério Dedo gatilho Sim 12/08/97 07086 Aus. Não 096 Não Sim 12/08/97 07087 Aus. Sim 012 Climatério Sim 09/09/97 06088 Pres. Não 012 Artrite Reumat. Sim 02/09/97 06089 Aus. Sim 120 Artrite Reumat. Sim 10/09/97 06090 Aus. Sim 084 Climatério Sim 16/09/97 06091 Aus. Não 012 Climatério Sim 09/10/97 05092 Aus. Sim 024 Sim 14/10/97 05093 Aus. Sim 036 Climatério Dedo gatilho Sim 14/10/97 05094 Aus. Não 036 Não 14/10/97 05095 Aus. Sim 036 Não 27/10/97 05096 Aus. Sim 012 Não 17/11/97 04097 Aus. Não 024 Climatério Sim 18/11/97 04098 Aus. Sim 012 Climatério Sim 18/11/97 04099 Aus. Sim 120 S. T. Tarso Não 26/11/97 04100 Aus. Sim 008 Sim 02/12/97 03101 Pres. Sim 096 Climatério Sim 09/12/97 03102 Aus. Sim 030 Sim 09/12/97 03103 Pres. Sim 120 Climatério Não 11/12/97 03104 Aus.. Sim 012 Não 15/12/97 03105 Pres. Não 048 Não 16/12/97 03106 Aus. Sim 048 Sim 16/12/97 03107 Pres. Sim 120 Sim 19/12/97 03108 Aus. Não 096 Fibromialgia Não Sim 03/02/98 01109 Pres. Sim 048 Artrite Reumat. Sim 10/02/98 01110 Pres. Sim 120 Sim 16/02/98 01111 Aus. Sim 096 Sim 17/02/98 01112 Pres. Sim 120 Climatério Sim 17/02/98 01

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CAPÍTULO IV

RESULTADOS

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RESULTADOS

Na tabela IV estão os resultados da evolução

clínica da parestesia noturna, teste de PHALEN e sinal da percussão

dolorosa no pré e pós-operatórios. Sessenta e quatro mãos tiveram

avaliação em todos os períodos de tempo. Os quadros de I a XII,

foram elaborados para avaliar a evolução entre os períodos pré e pós-

operatórios pelo teste de McNemar.

Parestesia Noturna - Teste de McNemar QUADRO I - Pré x 2 semanas de pós-operatório

pré Pos Neg Totalpós 2 sem.

Pos 0 0 0 Neg 64 0 64 Total 64 0 64

Dispensa-se o teste

QUADRO II - Pré x 1 mês de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 1 mês

Pos 0 0 0 Neg 64 0 64 Total 64 0 64

Dispensa-se o teste

QUADRO III - Pré x 3 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 3 meses

Pos 1 0 1 Neg 63 0 63 Total 64 0 64

Page 70: tese_carlos_henrique_fernandes

Dispensa-se o teste

QUADRO IV - Pré x 6 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 6 meses

Pos 1 0 1 Neg 63 0 63 Total 64 0 64

Dispensa-se o teste

Teste de PHALEN - Teste de Mcnemar

QUADRO V - Pré x 2 semanas de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 2 sem.

Pos 3 0 3 Neg 56 5 61 Total 59 5 64 p= 0,000 ...

QUADRO VI - Pré x 1 mês de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 1 mes

Pos 0 0 0 Neg 59 5 64 Total 59 5 64 p= 0,000 ...

QUADRO VII - Pré x 3 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 3 meses

Pos 0 0 0 Neg 59 5 64 Total 59 5 64 p= 0,000 ...

Page 71: tese_carlos_henrique_fernandes

QUADRO VIII - Pré x 6 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 6 meses

Pos 1 0 1 Neg 58 5 63 Total 59 5 64 p= 0,000 ...

As dicordâncias não são casuais e portanto a situação pré não écontinuada no pós-operatório de duas semanas.

Sinal de percussão dolorosa - Teste de Mcnemar

QUADRO IX- Pré x 2 semanas de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 2 sem.

Pos 5 0 5 Neg 45 14 59 Total 50 14 64 p= 0,000 ...

QUADRO X - Pré x 1 mês de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 1 mês

Pos 2 0 2 Neg 48 14 62 Total 59 14 64 p= 0,000 ...

QUADRO XI - Pré x 3 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 3 meses

Pos 1 0 1 Neg 49 14 63 Total 50 14 64 p= 0,000 ...

Page 72: tese_carlos_henrique_fernandes

QUADRO XII - Pré x 6 meses de pós-operatório pré Pos Neg Totalpós 6 meses

Pos 1 0 1 Neg 49 14 63 Total 50 14 64 p= 0,000 ...

As discordâncias não são casuais e portanto a situação pré não écontinuada no pós-operatório de duas semanas.

Os resultados das mensurações de força de preensão

palmar, digital polpa-polpa, lateral e tridigital no pré e pós-operatórios

estão contidos na tabela V.

Na tabela VI foram anotadas as

mensurações de força de preensão palmar das 53 mãos que tiveram

avaliações em todas as variáveis de tempo. O gráfico 3 foi elaborado

com os dados da tabela VI para ilustrar a evolução da força de

preensão palmar ao longo do tempo.

Gráfico 3 - Soma das forças de preensão palmar, em 53 mãos operadas, no pré e pós-operatóriocom 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Pré 2 sem. 1 mês 3 meses 6 meses

palmar

Força de preensão

Tempo

Page 73: tese_carlos_henrique_fernandes

As tabelas VII, VIII e IX foram elaboradas similarmente

para as mensurações da força de preensão digital polpa-polpa, lateral e

tridigital, respectivamente. O gráfico 4 foi confeccionado com os

dados das tabelas VII, VIII e IX para ilustrar a evolução da força de

preensão digital ao longo do tempo. A análise estatística foi feita pelo

teste de Friedman, complementada, quando necessário, pelo teste de

comparações múltiplas.

Gráfico 4- Soma das forças de preensão digitais, em 53 mãos operadas, no pré e pós-operatóriocom 2 semanas, 1 mes, 3 meses e 6 meses.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

Pré 2 sem. 1 mês 3 meses 6 meses

polpa-polpa

lateral

tridigital

Força de preensão

Tempo

A sensibilidade dos dedos, avaliada por meio de

monofilamentos de náilon, teve seus resultados colocados na tabela X.

Na tabela XI estão os dados de 55 mãos avaliadas em todos os

períodos de tempo. Foi realizada análise estatística entre os cinco

dedos em cada período de tempo. Utilizando os dados da tabela XI,

foram confeccionados os quadros XIII, XIV, XV, XVI e XVII, onde

foi estudado cada dedo ao longo do tempo, pelo teste de Friedman e

Page 74: tese_carlos_henrique_fernandes

complementado, quando necessário, pelo teste de comparações

múltiplas.

Os quadros a seguir são resumos dos resultados obtidos na tabela XI

Quadro XIII- Soma e Média da sensibilidade do 1o dedo ao longo do tempo1o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 45,35 14,35 12,25 10,15 7,50MÉDIA 0,82 0,26 0,22 0,18 0,13Teste de Friedman X2 calc= 53,22*

Teste de comparações múltiplas pré x pós 2 sem = 50,00 * dms = 45,24 pré x pós 1 mês = 56,50 * dms = 45,24 pré x pós 3 meses = 62,50 * dms = 45,24 pré x pós 6 meses = 73,50 * dms = 45,24 pós 2 sem x pós 1 mês = 6,50 NS dms = 45,24 pós 2 sem x pós 3 meses = 12,50 NS dms = 45,24 pós 2 sem x pós 6 meses = 23,50 NS dms = 45,24 pós 1 mês x pós 3 meses = 6,00 NS dms = 45,24 pós 1 mês x pós 6 meses = 17,00 NS dms = 45,24 pós 3 meses x pós 6 meses = 11,00 NS dms = 45,24

O pré- operatório é diferente do pós-operatório com duas semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.

Quadro XIV- Soma e Média da sensibilidade do 2o dedo ao longo do tempo2o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 41,15 14,40 11,65 13,50 25,20MÉDIA 0,74 0,26 0,21 0,24 0,45Teste de FriedmanX2 calc= 45,16*

Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 44,50 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 58,00 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 58,00 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 59,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 13,50 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 13,50 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 15,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 0,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 6 meses = 1,50 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 1,50 NS dms = 45,24

O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.

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Quadro XV- Soma e Média da sensibilidade do 3o dedo ao longo do tempo3o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 40,85 8,75 13,45 13,05 12,75MÉDIA 0,74 0,15 0,24 0,23 0,23Teste de Friedman X2 calc= 48,89*

Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 40,50 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 50,50 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 59,50 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 64,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 10,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 19,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 24,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 9,00 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 6 meses = 14,00 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 5,00 NS dms = 45,24

O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.

Quadro XVI- Soma e Média da sensibilidade do 4o dedo ao longo do tempo4o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 15,80 6,80 5,45 5,30 5,00MÉDIA 0,28 0,12 0,10 0,09 0,09Teste de FriedmanX2 calc= 52,44*

Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 40,00 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 59,00 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 61,50 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 69,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 19,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 21,50 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 29,50 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 2,50 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 6 meses = 10,50 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 8,00 NS dms = 45,24

O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.

Quadro XVII- Soma e Média da sensibilidade do 5o dedo ao longo do tempo5o dedo pré-operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesSOMA 14,00 6,80 5,15 5,30 5,00MÉDIA 0,25 0,12 0,10 0,09 0,09Teste de FriedmanX2 calc= 44,84*Teste de comparações múltiplaspré x pós 2 sem = 32,00 NS dms = 45,24pré x pós 1 mês = 51,00 * dms = 45,24pré x pós 3 meses = 56,00 * dms = 45,24pré x pós 6 meses = 58,50 * dms = 45,24pós 2 sem x pós 1 mês = 19,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 3 meses = 24,00 NS dms = 45,24pós 2 sem x pós 6 meses = 26,50 NS dms = 45,24pós 1 mês x pós 3 meses = 5,00 NS dms = 45,24

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pós 1 mês x pós 6 meses = 7,50 NS dms = 45,24pós 3 meses x pós 6 meses = 2,50 NS dms = 45,24

O pré- operatório é diferente do pós-operatório com 1 mês, 3 meses e 6 meses e praticamentediferente de duas semanas.

O quadro XVIII mostra o número e porcentagem de

pacientes em relação aos resultados, pelo método de avaliação

proposto por GALBIATTI et al.(1991).

QUADRO XVIII - Distribuição de 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal docarpo, utilizando o método de avaliação proposto por GALBIATTI et al. (1991)

CONCEITO NÚMERO DE MÃOS PERCENTUALBOM 105 93,7%REGULAR 4 3,6%MAU 3 2,7%TOTAL 112 100,0%

Para avaliar o retorno às atividades, elaborou-se o

gráfico 5, no qual se dividiu em retorno a partir do oitavo dia, a partir

do décimo quinto dia e mais de quinze dias.

Gráfico 5 - Distribuição das 112 mãos operadas de acordo com o tempo de retorno

às atividades

0

10

20

30

40

50

60

Período de tempo

No de mãos

51 (45,5%)

41 (36,6%)

20 (17,9%)

(dias) partir 8 o partir 15 o + 15

O quadro XIX mostra os resultados das mãos que apresentavamhipotrofia dos músculos da região tenar.

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QUADRO XIX - Avaliação clínica subjetiva após 6 meses de seguimento pós-operatório, de 19mãos com hipotrofia dos músculos tenares.

HIPOTROFIA TENAR NÚMERO DE MÃOS PERCENTUALMELHORA 8 42,1%SEM MELHORA 2 10,6%SEM TEMPO DE AVALIAÇÃO 9 47,3%TOTAL 19 100,0%

COMPLICAÇÕES

Na mão número de ordem 5 ocorreu distrofia simpático

reflexa e recidiva da deformidade em flexão do 5o dedo, provocada

por contratura da aponeurose palmar, corrigida no mesmo ato

cirúrgico. A parestesia da borda ulnal do 3 o e radial do 4 o dedo

regrediu até o terceiro mês nas mãos de números 10, 14, 59 e até o

sexto mês na mão 89. A infecção superficial que regrediu com

cuidados locais ocorreu em uma mão (31). Dor no pilar ocorreu em

três mãos (47, 77 e 91) e regrediu no primeiro mês e em uma (37) que

regrediu no sexto mês (QuadroXX).

QUADRO XX - Dados referentes as complicações encontradas em 10 das 112 mãos operadas, pormeio de uma incisão palmar e utilização do instrumento de PAINE em 89 pacientes com síndromedo canal do carpo.

COMPLICAÇÃO FREQÜÊNCIA PERCENTAGEMEM RELAÇÃO A

10 MÃOS

PERCENTAGEMEM RELAÇÃÒ A

112 MÃOS

Distrofia simpático reflexa 1 10% 0,9%Parestesia temporária do 3o e 4o dedos 4 40% 3,6%Infecção superficial 1 10% 0,9%Dor no pilar 4 40% 3,6%TOTAL 10 100% 9,0%

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Tabela IV - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do canal do carpo, segundonúmero de ordem, avaliação da parestesia noturna, teste de Phalen e sinal da percussão dolorosa no pré-operatórioe pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.

No de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesOrdem PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD

001 Pos Pos Pos Neg Neg Neg002 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg003 Pos Neg Pos Neg Neg Neg004 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg005 Pos Pos Pos Neg Neg Neg006 Pos Pos Pos Neg Neg Neg007 Pos Pos Pos Neg Neg Neg008 Pos Pos Pos Neg Neg Neg009 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg010 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg011 Neg Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg012 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg013 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg014 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg015 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg.016 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg017 Pos Pos Pos Neg Neg Neg018 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg019 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg020 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg021 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg022 Pos Pos Pos Neg Neg Neg023 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg024 Pos Pos Pos Neg Neg Neg025 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg. Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg026 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg027 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg028 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg029 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg030 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg031 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg032 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Pos Neg Neg Pos Neg Neg033 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg034 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg035 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg036 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg037 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg038 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg039 Pos Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg040 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg041 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg042 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg043 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg044 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg045 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg046 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg047 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg048 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg. Neg Neg Neg Neg Neg049 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg050 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg051 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg052 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg053 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg054 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg055 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg056 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg057 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg058 Pos. Pos. Pos. Neg. Neg. Neg Neg. Neg. Neg Neg. Neg. Neg Neg Neg Neg059 Pos. Neg. Pos. Neg. Pos. Pos. Neg. Neg. Neg Neg. Neg. Neg Neg Neg Neg

Continua

Page 79: tese_carlos_henrique_fernandes

Continuação Tabela IVNo de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses

Ordem PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD PN TP SPD060 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg061 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg062 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg063 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Pos. Neg Pos Neg064 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg065 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg066 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg067 Pos Pos Pos Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg068 Pos Pos Pos Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg069 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg070 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg071 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg072 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg073 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Pos074 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg075 Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg076 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg077 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg078 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg079 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg080 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg081 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg082 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg083 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg. Neg Neg084 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg085 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg086 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg087 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg088 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg089 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg090 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg091 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg092 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg093 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg094 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg095 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg096 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg097 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg098 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg099 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg100 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg101 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg102 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg103 Pos Pos Pos Neg Neg Neg104 Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg105 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg106 Neg Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg Neg107 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg108 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg109 Pos Pos Pos Neg Neg Neg Neg Neg Neg110 Pos Pos Pos Neg Neg Neg111 Pos Pos Pos Neg Neg Pos Neg Neg Neg112 Pos Pos Neg Neg Neg Neg

Obs: Os espaços em branco significam que não foram feitas avaliações.

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Tabela V - Dados referentes a 112 mãos operadas de 89 pacientes com síndrome do túnel do carpo, segundonúmero de ordem , avaliação da força de prensão palmar, digital polpa-polpa, lateral e tridigital, em kgf, no pré-operatório e pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3 meses e 6 meses.

No de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 mesesOrdem P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T

001002003004005006007008009010011012013014015016 18 4,5 7,0 6,0017 30 5,0 6,0 6,0018 26 4,0 6,0 5,5019 34 5,5 5,0 7,5020 28 6,5 7,0 7,5 32 6,5 7,0 6,5021 30 4,0 7,5 6,5 30 5,5 8,0 6,0022 32 6,0 6,5 6,0023 26 5,5 7,5 6,0 32 7,0 7,5 7,0 32 6,5 7,5 7,0024025 24 3,0 5,0 6,0 26 4,5 6,0 5,5 30 5,5 8,0 6,0026 20 6,0 5,5 7,5027 28 4,5 6,5 6,0 16 3,0 3,5 5,0 18 3,0 3,5 5,0 26 3,0 4,5 6,0 30 5,0 7,0 7,0028 34 5,0 6,0 4,5 26 4,5 5,0 5,5 32 5,0 6,0 7,5 32 5,0 6,0 6,5 36 6,0 8,5 6,5029 26 4,0 4,0 4,5 16 2,0 2,0 4,0 22 3,5 3,0 4,5 22 3,0 3,0 4,5 28 4,5 4,5 5,5030 28 3,5 5,5 4,0 20 4,0 4,5 5,0 20 4,0 4,0 5,0 24 3,0 5,0 5,0 22 3,0 5,0 5,5031 28 2,5 3,0 3,5 16 2,0 3,0 3,5 20 5,0 6,5 5,0 28 4,5 6,5 5,5 30 6,0 8,0 6,0032 28 2,5 7,0 5,0 16 5,0 6,0 6,5 30 5,0 6,5 7,5 30 4,0 4,5 7,0 30 4,0 4,5 7,0033 22 5,5 6,0 4,0 16 3,5 5,0 3,5 26 4,5 5,0 5,0 30 4,5 5,5 5,5 26 4,5 6,0 5,5034 26 3,0 3,5 4,0 22 2,5 3,0 3,5 22 3,0 3,0 3,0 30 4,0 4,0 5,0 30 5,0 4,5 6,5035 22 3,5 4,0 5,5 18 2,5 3,0 4,0 20 3,0 4,0 5,0 20 3,5 5,0 5,0 20 4,0 5,0 5,5036 30 2,5 5,0 4,5 14 2,0 3,0 4,5 26 3,0 4,5 4,5 28 3,0 5,0 4,5 32 5,0 6,5 6,0037 30 6,5 7,5 7,0 14 5,0 5,0 4,5 20 5,0 6,0 5,0 28 6,0 7,0 6,0 30 5,5 6,0 4,5038 30 4,5 7,5 7,0 26 3,5 5,5 5,5 30 4,0 7,0 7,0 30 3,5 4,5 7,0 30 4,5 7,5 7,5039 38 6,0 6,5 6,5 16 4,5 5,5 4,5 28 5,5 6,0 6,0 32 5,0 7,0 5,0 34 7,0 8,5 7,0040 36 6,0 8,5 7,0 18 5,5 6,0 6,5 22 6,5 6,5 6,0 32 6,5 7,0 7,0 32 7,0 7,5 7,5041 28 4,5 6,5 5,5 16 3,5 3,5 5,5 26 3,5 6,0 4,5042 30 5,0 4,0 5,5 20 3,0 3,0 4,5 26 3,5 4,0 5,5 28 6,5 5,5 7,0 32 6,5 7,5 7,5043 32 5,5 7,0 8,0 16 5,5 6,0 6,0 20 6,0 5,5 5,5 28 5,5 6,5 7,5 28 6,5 7,5 8,0044 26 6,5 14 3,5 20 5,5 22 7,0 22 7,0045 34 7,0 4,5 8,5 14 4,0 7,5 4,5 20 6,5 8,0 7,5 26 6,5 7,5 8,0 34 8,0 9,5 8,5046 28 6,0 6,0 5,5 28 5,5 6,0 4,5 26 5,0 6,5 5,0 28 5,0 6,0 4,5 28 6,0 7,0 5,5047 26 4,0 6,0 5,5 18 4,0 5,0 4,5 22 4,5 7,5 6,0 30 6,0 8,0 7,0 32 6,0 7,5 6,5048 30 5,0 5,0 5,0 22 4,0 5,0 4,5 28 4,5 5,5 4,5 32 4,5 5,5 5,0 28 4,5 5,0 4,5049 20 5,0 6,0 6,5 12 4,0 3,5 3,5 18 5,5 5,0 5,0 22 5,0 5,0 4,5 26 5,0 6,0 6,0050 20 5,0 5,0 5,5 16 5,0 5,0 5,0 16 4,5 6,0 6,0 18 5,5 7,0 6,0 18 5,5 6,0 6,0051 36 6,0 8,0 6,5 16 4,5 6,0 6,0 20 5,0 7,5 7,5 28 5,0 9,0 7,5 32 7,5 9,5 8,0052 18 4,0 5,0 5,5 20 5,0 7,0 6,5 26 5,0 6,5 6,5 26 4,5 7,5 6,5 26 5,5 8,5 7,5053 22 7,0 12 3,0 18 5,5054 22 3,5 4,5 7,5 16 3,5 4,5 6,0 18 5,5 6,0 6,0 18 6,0 7,0 6,0 18 6,0 6,5 6,0055 26 3,0 5,5 4,5 14 2,5 3,0 3,0 14 2,5 2,5 2,5 20 3,5 4,5 3,5 14 3,0 2,5 3,0056 30 7,0 10,0 7,0 18 6,0 7,5 3,0 20 4,5 8,5 5,0 20 4,5 8,5 6,0 30 4,5 10,0 7,5057 30 7,0 8,0 7,0 28 7,5 7,5 6,0 28 7,0 7,0 7,0 32 7,5 7,5 7,0 30 7,5 8,0 7,0058 22 4,5 7,0 5,5 18 4,0 6,0 4,5 22 4,5 7,0 5,0 26 5,0 7,0 6,0 26 5,5 7,5 6,0059 22 3,5 5,5 5,0 14 5,0 6,0 4,5 20 5,0 6,5 4,5 26 3,5 7,0 6,0 28 6,0 7,5 7,0

Continua

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Continuação Tabela VNo de Pré-Operatório 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses

Ordem P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T P PP L T060 30 5,0 5,0 6,5 20 3,5 3,5 4,0 22 4,0 6,5 5,0 26 4,0 4,5 5,5 30 6,0 6,0 7,0061 28 6,0 8,0 6,0 18 5,0 7,0 6,5 26 6,0 7,5 6,5 30 6,5 8,0 7,5 30 6,5 8,5 8,0062 26 4,5 7,5 6,5 18 5,5 5,5 6,0 18 5,5 6,5 5,5 22 5,5 7,5 6,5 30 6,0 7,5 6,5063 30 4,0 3,5 5,0 30 3,5 5,5 4,0 30 3,0 3,0 4,5 32 4,0 4,5 5,0 32 3,0 3,5 4,5064 28 4,5 6,5 6,5 22 4,5 6,5 5,5 22 5,5 5,5 5,5 26 4,0 4,5 5,5 28 4,5 6,5 8,0065 38 6,0 8,5 8,5 32 6,0 5,5 5,5 38 4,5 7,5 6,5 42 5,5 9,0 8,5 40 7,5 7,5 7,5066 28 5,0 7,5 6,0 16 6,0 7,0 6,0 26 6,0 7,0 6,5 28 6,5 6,5 6,5 28 4,5 7,0 6,5067 34 5,0 8,0 6,5 34 3,5 5,5 6,5 36 6,0 7,5 9,0 40 6,5 7,0 7,0 40 7,5 6,0 7,5068 28 5,5 5,5 6,5 16 6,0 4,0 7,0 26 4,0 5,0 6,5 22 6,0 6,0 6,5 28 5,0 5,5 8,0069 14 3,0 4,5 4,0 14 3,0 3,5 4,0 14 4,5 4,5 4,5 16 4,5 5,5 4,5 18 4,0 5,5 4,5070 22 4,0 6,0 3,5 18 3,5 5,0 3,0 22 3,0 5,0 3,0 26 3,5 6,0 3,5 18 3,5 5,0 3,0071 30 5,0 5,5 4,5 26 4,5 5,0 5,0 22 4,0 5,0 5,0 26 3,5 6,5 6,0 26 4,5 6,5 6,0072 22 5,0 6,0 5,5 10 3,0 4,5 3,0 14 4,5 5,5 5,5 20 7,0 6,5 7,0 22 7,0 8,0 6,0073 22 4,5 4,5 6,5 18 3,0 4,5 5,0 26 2,5 6,0 4,0 20 3,0 5,0 5,0 18 4,5 6,0 5,5074 16 4,0 3,5 4,0 12 2,5 3,0 2,5 12 3,5 4,5 3,0 16 5,0 5,0 5,0075 28 5,5 5,5 5,5 30 4,5 5,5 5,0 30 5,0 6,5 5,0 34 5,0 7,0 6,5076 32 4,0 4,5 4,5 20 4,0 4,0 3,5 26 4,5 5,5 4,5 28 5,0 7,5 5,5 32 5,5 8,5 7,0077 22 5,5 6,0 4,5 12 3,0 3,0 3,0 12 2,5 3,5 3,0 18 3,0 6,5 3,5 18 4,5 6,5 4,5078 26 3,5 7,5 6,0 22 3,5 6,0 5,5 26 4,5 6,5 6,0 26 4,5 6,5 6,0 28 5,0 8,0 7,0079 30 5,0 5,5 5,5 16 3,5 5,0 6,5 18 4,5 6,5 7,0080 32 7,5 6,0 9,0 32 7,5 8,0 8,0081 32 5,5 8,5 7,5 18 5,5 6,0 6,0 20 5,5 7,0 6,5 26 7,0 7,0 6,5 32 7,5 8,0 7,5082 16 4,5 5,5 5,0 10 3,5 4,5 4,5 18 4,0 6,5 5,5 16 4,0 6,5 5,5083 26 3,5 6,0 5,0 12 3,0 3,5 6,5 18 4,5 6,5 7,5 22 6,5 7,5 8,0 22 6,5 7,0 8,0084 32 5,5 7,5 6,0 18 3,5 3,0 3,5 14 4,0 3,0 6,5 32 7,0 7,0 8,0 28 4,5 7,5 7,5085 12 3,0 4,5 3,0 14 3,0 4,0 4,0 18 4,0 5,5 5,5 26 5,0 6,5 5,5 28 4,5 6,5 6,0086 36 6,5 9,0 6,5 24 4,5 7,0 4,0 30 5,5 8,5 6,5 28 5,5 7,5 8,0 30 7,0 9,5 7,0087 28 4,5 5,5 6,0 12 3,0 4,5 3,5 18 4,0 6,0 5,0 20 5,0 7,0 6,0 22 5,5 7,5 7,0088 12 2,5 4,0 3,0 12 3,0 4,0 3,0 18 4,0 4,5 4,0 18 4,5 4,5 4,5089 16 3,5 5,5 4,5 12 3,0 5,0 4,0 14 2,5 4,5 3,0090 26 4,0 6,0 5,5 18 3,5 5,5 5,0 22 5,0 6,0 6,5091 16 3,5 4,0 4,0 10 3,5 5,0 4,5 20 5,0 8,0 6,0092 22 2,5 4,5 2,5 10 2,0 3,0 2,5 12 2,5 2,5 4,0 18 2,5 2,5 6,0093 26 3,0 4,5 5,0 18 3,5 5,5 4,0 18 3,0 5,0 4,0 26 4,0 6,0 5,0094 22 3,5 5,5 4,0 14 2,5 4,0 2,5 16 3,0 3,0 3,5 18 3,0 4,5 3,5095 26 6,5 8,5 7,5 26 7,0 7,5 8,5 28 6,5 7,5 8,0 36 6,5 9,0 7,5096 3,0 5,0 8,0 6,5 18 4,5 5,5 6,0 20 4,5 4,5 5,5097 30 6,0 6,0 7,0 20 5,0 6,5 7,0 22 6,0 6,0 7,0 28 5,5 7,5 7,0098 20 3,0 5,5 5,0 10 3,0 4,5 3,5 18 4,5 6,5 6,0 20 5,5 8,5 7,5099 28 7,0 9,0 9,0 18 6,0 7,0 7,5 20 6,5 7,0 7,5 22 7,5 7,5 10,0100 22 4,0 4,5 4,0 16 3,5 4,5 3,0 18 3,5 5,0 3,5101 30 2,0 2,5 3,0 18 1,5 2,5 2,5102 34 5,0 7,0 7,0 18 5,0 6,0 5,5 26 6,5 7,0 5,5103 26 5,5 7,0 8,0104 26 5,0 7,5 7,5 14 5,0 5,0 4,5 16 5,5 5,0 5,0105 32 5,5 5,0 6,0 22 4,0 6,0 4,0106 30 4,0 5,5 5,5 16 4,0 6,0 3,5107 26 4,0 6,0 5,5 18 4,5 5,0 5,5 26 5,0 6,0 5,0108 20 3,5 3,5 3,5 4,0 1,0 0,5 1,0 4,0 1,0 1,5 1,5109 26 2,0 2,0 2,5 16 2,5 2,5 3,0110 16 3,0 1,5 2,5 12 2,0 2,5 2,0111 22 3,0 6,5 5,0 10 1,5 2,0 2,0112 18 2,0 2,5 2,5 14 1,5 2,5 1,5

Obs: Os espaços em branco significam que não foram feitas avaliações.

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Tabela VI -Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundo númerode ordem, força de preensão palmar, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3meses, 6 meses e resultado da estatística.

No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 28 16 18 26 30028 34 26 32 32 36029 26 16 22 22 28030 28 20 20 24 22031 28 16 20 28 30032 28 16 30 30 30033 22 16 26 30 26034 26 22 22 30 30035 22 18 20 20 20036 30 14 26 28 32037 30 14 20 28 30038 30 26 30 30 30039 38 16 28 32 34040 36 18 22 32 32042 30 20 26 28 32043 32 16 20 28 28045 34 14 20 26 34046 28 28 26 28 28047 26 18 22 30 32048 30 22 28 32 28049 20 12 18 22 26050 20 16 16 18 18051 36 16 20 28 32052 18 20 26 26 26054 22 16 18 18 18055 26 14 14 20 14056 30 18 20 20 30057 30 28 28 32 30058 22 18 22 26 26059 22 14 20 26 28060 30 20 22 26 30061 28 18 26 30 30062 26 18 18 22 30063 30 30 30 32 32064 28 22 22 26 28065 38 32 38 42 40066 28 16 26 28 28067 34 34 36 40 40068 28 16 26 22 28069 14 14 14 16 18070 22 18 22 26 18071 30 26 22 26 26072 22 10 14 20 22073 22 18 26 20 18076 32 20 26 28 32077 22 12 12 18 18078 26 22 26 26 28081 32 18 20 26 32083 26 12 18 22 22084 32 18 14 32 28085 12 14 18 26 28086 36 24 30 28 30087 28 12 18 20 22

Soma 1458 988 1204 1402 1468Média 27,5 18,6 22,7 26,5 27,7

Teste de Friedman X 2 calc = 128,24 *

Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 134,50 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 81,50 * dms = 44,41 pré x 3 meses = 14,50 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 10,50 NS dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 53,00 * dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 120,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 145,00 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 67,00 * dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 92,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 25,00 NS dms = 44,41

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Tabela VII -Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundo númerode ordem, força de preensão digital polpa-polpa, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2 semanas,1 mês, 3 meses, 6 meses e resultado da estatística.

No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 4,5 3,0 3,0 3,0 5,0028 5,0 4,5 5,0 5,0 6,0029 4,0 2,0 3,5 3,0 4,5030 3,5 4,0 4,0 3,0 3,0031 2,5 2,0 5,0 4,5 6,0032 2,5 5,0 5,0 4,0 4,0033 5,5 3,5 4,5 4,5 4,5034 3,0 2,5 3,0 4,0 5,0035 3,5 2,5 3,0 3,5 4,0036 2,5 2,0 3,0 3,0 5,0037 6,5 5,0 5,0 6,0 5,5038 4,5 3,5 4,0 3,5 4,5039 6,0 4,5 5,5 5,0 7,0040 6,0 5,5 6,5 6,5 7,0042 5,0 3,0 3,5 6,5 6,5043 5,5 5,5 6,0 5,5 6,5045 7,0 4,0 6,5 6,5 8,0046 6,0 5,5 5,0 5,0 6,0047 4,0 4,0 4,5 6,0 6,0048 5,0 4,0 4,5 4,5 4,5049 5,0 4,0 5,5 5,0 5,0050 5,0 5,0 4,5 5,5 5,5051 6,0 4,5 5,0 5,0 7,5052 4,0 5,0 5,0 4,5 5,5054 3,5 3,5 5,5 6,0 6,0055 3,0 2,5 2,5 3,5 3,0056 7,0 6,0 4,5 4,5 4,5057 7,0 7,5 7,0 7,5 7,5058 4,5 4,0 4,5 5,0 5,5059 3,5 5,0 5,0 3,5 6,0060 5,0 3,5 4,0 4,0 6,0061 6,0 5,0 6,0 6,5 6,5062 4,5 5,5 5,5 5,5 6,0063 4,0 3,5 3,0 4,0 3,0064 4,5 4,5 5,5 4,0 4,5065 6,0 6,0 4,5 5,5 7,5066 5,0 6,0 6,0 6,5 4,5067 5,0 3,5 6,0 6,5 7,5068 5,5 6,0 4,0 6,0 5,0069 3,0 3,0 4,5 4,5 4,0070 4,0 3,5 3,0 3,5 3,5071 5,0 4,5 4,0 3,5 4,5072 5,0 3,0 4,5 7,0 7,0073 4,5 3,0 2,5 3,0 4,5076 4,0 4,0 4,5 5,0 5,5077 5,5 3,0 2,5 3,0 4,5078 3,5 3,5 4,5 4,5 5,0081 5,5 5,5 5,5 7,0 7,5083 3,5 3,0 4,5 6,5 6,5084 5,5 3,5 4,0 7,0 4,5085 3,0 3,0 4,0 5,0 4,5086 6,5 4,5 5,5 5,5 7,0087 4,5 3,0 4,0 5,0 5,5

Soma 249,0 216,0 241,0 261,0 289,0Média 4,6 4,0 4,5 4,9 5,4

Teste de Friedman X 2 calc = 58,76 *

Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 56,50 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 20,00 NS dms = 44,41 pré x 3 meses = 11,00 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 58,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 36,50 NS dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 67,50 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 114,50 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 31,00 NS dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 78,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 47,00 * dms = 44,41

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Tabela VIII - Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundonúmero de ordem, força de preensão digital lateral, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2semanas, 1 mês, 3 meses, 6 meses e resultado da estatística.

No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 6,5 3,5 3,5 4,5 7,0028 6,0 5,0 6,0 6,0 8,5029 4,0 2,0 3,0 3,0 4,5030 5,5 4,5 4,0 5,0 5,0031 3,0 3,0 6,5 6,5 8,0032 7,0 6,0 6,5 4,5 4,5033 6,0 5,0 5,0 5,5 6,0034 3,5 3,0 3,0 4,0 4,5035 4,0 3,0 4,0 5,0 5,0036 5,0 3,0 4,5 5,0 6,5037 7,5 5,0 6,0 7,0 6,0038 7,5 5,5 7,0 4,5 7,5039 6,5 5,5 6,0 7,0 8,5040 8,5 6,0 6,5 7,0 7,5042 4,0 3,0 4,0 5,5 7,5043 7,0 6,0 5,5 6,5 7,5045 4,5 7,5 8,0 7,5 9,5046 6,0 6,0 6,5 6,0 7,0047 6,0 5,0 7,5 8,0 7,5048 5,0 5,0 5,5 5,5 5,0049 6,0 3,5 5,0 5,0 6,0050 5,0 5,0 6,0 7,0 6,0051 8,0 6,0 7,5 9,0 9,5052 5,0 7,0 6,5 7,5 8,5054 4,5 4,5 6,0 7,0 6,5055 5,5 3,0 2,5 4,5 2,5056 10,0 7,5 8,5 8,5 10,0057 8,0 7,5 7,0 7,5 8,0058 7,0 6,0 7,0 7,0 7,5059 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5060 5,0 3,5 6,5 4,5 6,0061 8,0 7,0 7,5 8,0 8,5062 7,5 5,5 6,5 7,5 7,5063 3,5 5,5 3,0 4,5 3,5064 6,5 6,5 5,5 4,5 6,5065 8,5 5,5 7,5 9,0 7,5066 7,5 7,0 7,0 6,5 7,0067 8,0 5,5 7,5 7,0 6,0068 5,5 4,0 5,0 6,0 5,5069 4,5 3,5 4,5 5,5 5,5070 6,0 5,0 5,0 6,0 5,0071 5,5 5,0 5,0 6,5 6,5072 6,0 4,5 5,5 6,5 8,0073 4,5 4,5 6,0 5,0 6,0076 4,5 4,0 5,5 7,5 8,5077 6,0 3,0 3,5 6,5 6,5078 7,5 6,0 6,5 6,5 8,0081 8,5 6,0 7,0 7,0 8,0083 6,0 3,5 6,5 7,5 7,0084 7,5 3,0 3,0 7,0 7,5085 4,5 4,0 5,5 6,5 6,5086 9,0 7,0 8,5 7,5 9,5087 5,5 4,5 6,0 7,0 7,5

Soma 323,0 262,0 306,0 333,5 363,0Média 6,0 4,9 5,7 6,2 6,8

Teste de Friedman X 2 calc = 89,23 *

Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 91,50 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 38,50 NS dms = 44,41 pré x 3 meses = 8,50 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 46,50 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 53,00 * dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 100,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 138,00 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 47,00 * dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 85,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 38,00 NS dms = 44,41

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Tabela IX -Dados referentes a 53 mãos operadas de síndrome do canal do carpo, segundo númerode ordem, força de preensão tridigital, em Kgf, no pré e pós-operatório com 2 semanas, 1 mês, 3meses, 6 meses e resultado da estatística.

No de Ordem Pré 2 semanas 1 mês 3 meses 6 meses027 6,0 5,0 5,0 6,0 7,0028 4,5 5,5 7,5 6,5 6,5029 4,5 4,0 4,5 4,5 5,5030 4,0 5,0 5,0 5,0 5,5031 3,5 3,5 5,0 5,5 6,0032 5,0 6,5 7,5 7,0 7,0033 4,0 3,5 5,0 5,5 5,5034 4,0 3,5 3,0 5,0 6,5035 5,5 4,0 5,0 5,0 5,5036 4,5 4,5 4,5 4,5 6,0037 7,0 4,5 5,0 6,0 4,5038 7,0 5,5 7,0 7,0 7,5039 6,5 4,5 6,0 5,0 7,0040 7,0 6,5 6,0 7,0 7,5042 5,5 4,5 5,5 7,0 7,5043 8,0 6,0 5,5 7,5 8,0045 8,0 4,5 7,5 8,0 8,5046 5,5 4,5 5,0 4,5 5,5047 5,5 4,5 6,0 7,0 6,5048 5,0 4,5 4,5 5,0 4,5049 6,5 3,5 5,0 4,5 6,0050 5,5 5,0 6,0 6,0 6,0051 6,5 6,0 7,5 7,5 8,0052 5,5 6,5 6,5 6,5 7,5054 7,5 6,0 6,0 6,0 6,0055 4,5 3,0 2,5 3,5 3,0056 7,0 3,0 5,0 6,0 7,5057 7,0 6,0 7,0 7,0 7,0058 5,5 4,5 5,0 6,0 6,0059 5,0 4,5 4,5 6,0 7,0060 6,5 4,0 5,0 5,5 7,0061 6,0 6,5 6,5 7,5 8,0062 6,5 6,0 5,5 6,5 6,5063 5,0 4,0 4,5 5,0 4,5064 6,5 5,5 5,5 5,5 8,0065 8,5 5,0 6,5 8,5 7,5066 6,0 6,0 6,5 6,5 6,5067 6,5 6,0 9,0 7,0 7,5068 6,5 7,0 6,5 6,5 8,0069 4,0 4,0 4,5 4,5 4,5070 3,5 3,0 3,0 3,5 3,0071 4,5 5,0 5,0 6,0 6,0072 5,5 3,0 5,5 7,0 6,0073 6,5 5,0 4,0 5,0 5,5076 4,5 3,0 4,5 5,5 7,0077 4,5 3,0 3,0 3,0 4,5078 6,0 5,0 6,0 6,0 7,0081 7,5 6,0 6,5 6,5 7,5083 5,0 6,5 7,5 8,0 8,0084 6,0 3,5 6,5 8,0 7,5085 3,0 4,0 5,5 5,5 6,0086 6,5 4,0 6,5 8,0 7,0087 6,0 3,5 5,0 6,0 7,0

Soma 302,5 253,0 293,5 319,0 342,0Média 5,7 4,7 5,5 6,0 6,4

Teste de Friedman X 2 calc = 95,80 *

Teste de comparações múltiplas pré x 2 sem. = 76,00 * dms = 44,41 pré x 1 mês = 23,00 NS dms = 44,41 pré x 3 meses = 26,50 NS dms = 44,41 pré x 6 meses = 65,00 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 53,00 * dms = 44,41 2 sem x 3 meses = 102,50 * dms = 44,41 2 sem x 1 mês = 141,00 * dms = 44,41 1 mês x 3 meses = 49,50 * dms = 44,41 1 mês x 6 meses = 88,00 * dms = 44,41 3 meses x 6 meses = 38,50 NS dms = 44,41

Page 86: tese_carlos_henrique_fernandes

DISCUSSÃO

A síndrome do canal do carpo é a síndrome compressiva mais

comum, e a divisão do retináculo dos flexores é a cirurgia mais

realizada no nível do membro superior, em todo o mundo. São

dezenas, os artigos científicos, publicados anualmente sobre essa

doença.

PAGNANELLI & BARRER (1991) admitiram que a freqüência

do aparecimento dessa síndrome não significa aumento de sua

incidência, mas é o resultado do melhor conhecimento médico e

informação dos pacientes.

Quando se estuda a idade, observa-se que a faixa etária de

acometimento e a idade média são mais altas nos trabalhos realizados

em países onde os pacientes têm maior longevidade, como nos EUA

(CSEUZ et al., 1966; KULICK et al., 1986; BROWN et al., 1993) e

na Europa (HYBBINETTE & MANNERFELT, 1975). Nos trabalhos

realizados no Brasil, a faixa etária e a idade média são mais baixas

(BARBIERI et al., 1985; SOBÂNIA & MACOHIN, 1988; PEREIRA

et al., 1993).

No grupo desta pesquisa, a idade variou de 18 a 79 com média

de 46 anos. Quanto à faixa etária, 80 % dos pacientes estão entre a

quarta e sexta décadas, achados concordantes com PHALEN (1966) e

HYBBINETTE & MANNERFELT (1975).

A paciente mais jovem deste trabalho apresentava

acometimento bilateral, com hipotrofia intensa dos músculos da

eminência tenar, que a impedia de realizar movimentos de oposição.

Essa paciente não apresentava associação com nenhuma síndrome,

fato também registrado por WILSON et al. (1994). Os trabalhos de

Page 87: tese_carlos_henrique_fernandes

KARPATI et al. (1974), STARREVELD & ASHENHURST (1975) e

BARFRED et al. (1985) associaram a síndrome do canal do carpo

congênita a displasias ósseas.

EVERSMANN (1988) considerou que atualmente a síndrome

acomete mais os homens do que se tem verificado na literatura.

PHALEN (1972) e NANCOLLAS et al. (1995) tiveram 75% e 67%,

respectivamente, de pacientes do sexo feminino. Em nosso meio, a

incidência no sexo feminino também é maior, SEGRE (1996)

registrou 90% e CORTEZ et al. (1997) observaram 88,7%. Em nosso

material foram observados 93,3%.

Corrobando as declarações de WIDGEROW et al. (1996) que,

raramente observaram a síndrome do canal do carpo em negros sul-

africanos, não encontramos na literatura pesquisada referência à sua

incidência no que concerne às raças. Devido à grande miscigenação de

nossa população, a determinação da raça em nosso meio é

extremamente difícil. Em seu estudo, SEGRE (1996), encontrou que

90% de seus pacientes eram da cor branca, enquanto neste trabalho

encontramos 74,1% de pacientes brancos.

O tipo de profissão e a atividade manual do paciente são

algumas das causas do desencadeamento da síndrome do canal do

carpo, como mostraram os trabalhos de GELBERMAN et al. (1981),

SZABO et al. (1989) e LUCANTONI et al. (1992). Nesta pesquisa,

foi observada uma grande diversidade de profissões dos pacientes,

mas a maior parcela, 45 (50,0%), era de trabalhadores do lar.

AGEE et al. (1992) e NATHAN et al. (1993) relataram a

importância econômica da recuperação pós-operatória rápida e do

retorno precoce ao trabalho. É relevante assinalar que em nossa

cultura, principalmente nas classes sociais menos favorecidas, a

“profissional do lar” é responsável por um grande número de

atividades tais como, limpeza e arrumação da casa, lavagem do

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vestuário, preparação de alimentos e passar roupa, que são atividades

pesadas e repetitivas, além de serem de grande importância para o

cotidiano da família.

Neste estudo o acometimento bilateral ocorreu em 73 (82,0%)

pacientes, seguido de 13 (14,6%) na mão direita e 3 (3,4%) na

esquerda. Esta ordem coincide com os achados de CSEUZ et al.

(1966) e PAINE & POLYZOIDS (1983). Quanto ao lado operado

tivemos, predomínio do lado direito, fato coincidente com

NANCOLLAS et al. (1995) e SHINYA et al. (1995), todavia,

CORTEZ et al. (1997) em nosso meio, realizaram cirurgias mais no

lado esquerdo.

Para realizar o diagnóstico clínico foram utilizados a pesquisa

do teste de PHALEN (1951,1970), o sinal da percussão dolorosa, que

grande parte da literatura chama de sinal de TINEL (1915), bem como

a queixa de parestesias noturnas e a presença de hipotrofia tenar. Estes

testes clínicos tiveram sua eficácia comprovada por GOLDING et al.

(1986) e KORIS et al. (1988). Em sua experiência clínica

EVERSMANN (1983) considerou que se pode ter aproximadamente

85% de certeza no diagnóstico, na presença desses sinais. PHALEN

(1970) enfatizou que o teste de flexão palmar pode ser negativo se

existir um intenso grau de hipoestesia na mão e que não pode ser

realizado se houver algum grau de limitação da amplitude articular de

flexão do punho. Para confirmação diagnóstica, nos casos duvidosos,

GREEN (1984) recomendou o uso de injeção de corticosteróides no

canal do carpo. Na série deste estudo, não foi necessária a utilização

dessa técnica em nenhum paciente.

Quanto à freqüência de sintomas clínicos, foram encontradas

110 (98,2%) mãos com parestesia noturna, 104 (92,8%) com teste de

Phalen positivo e 91 (81,2%) também com sinal da percussão dolorosa

positivo. Essa freqüência encontrada é coincidente com os achados de

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PAINE & POLYZOIDS (1983) e PAGNANELLI & BARRER

(1991). Estes autores consideram a parestesia noturna o mais

importante sinal na história clínica para o diagnóstico da síndrome do

canal do carpo. Durante a coleta de dados deste trabalho também foi

observado o interessante fato de que a queixa dos pacientes muitas

vezes é de parestesias em todos os dedos da mão (ANDRADE &

PIRES, 1990). Consideramos que a existência desta queixa é

fundamental para liberar o canal do carpo. Neste estudo, 37 pacientes

com sintomas bilaterais, relataram melhora dos sintomas no lado

contralateral, após cirurgia unilateral. As pacientes das mãos número

de ordem 18 e 49 e 41 e 94 tiveram recidiva dos sintomas, sendo

operadas na outra mão após oito meses e um ano e quatro meses,

respectivamente. Este fato só foi relatado por um autor, entre todos os

trabalhos revisados (SHAPIRO, 1995).

A hipotrofia dos músculos tenares e alterações de sensibilidade

na área de distribuição do nervo mediano são sinais de compressão

grave e prolongada, na opinião de EVERSMANN (1983). Neste

estudo houve 19 (19,9%) mãos que apresentavam hipotrofia tenar.

PHALEN & KENDRICK (1957) tiveram 50% de seus pacientes com

hipotrofia tenar. PHALEN (1972) considerou uma indicação absoluta

para cirurgia a presença de hipotrofia tenar e encontrou 216 (36%)

mãos com algum grau de hipotrofia. PAGNANELLI & BARRER

(1991) tiveram uma porcentagem de 24,4% . Felizmente essa

incidência parece estar diminuindo. SOBÂNIA & MACOHIN (1988)

mostraram que somente 50% de seus pacientes tiveram recuperação da

hipotrofia após a cirurgia. Isso mostra que devemos fazer diagnósticos

cada vez mais precoces e precisos e não devemos esperar o

aparecimento de hipotrofia para indicar o tratamento cirúrgico.

A eletroneuromiografia (ENMG) é largamente usada para o

diagnóstico da síndrome do canal do carpo. Nesta série, 84 (75,0%)

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membros superiores foram submetidos a esse exame que mostrou

alterações compatíveis com a síndrome. Como PHALEN (1972) e

EVERSMANN (1988), não achamos a ENMG fundamental para o

diagnóstico. A ENMG é útil nos pacientes nos quais é necessário fazer

diagnóstico diferencial da síndrome do desfiladeiro torácico ou

compressão de raízes nervosas.

Os pacientes neste estudo, entre o início dos sintomas e o ato

cirúrgico, tiveram um período de um a 360 meses. Essa grande

variação foi encontrada também nos trabalhos de PHALEN (1966,

1972), ARIYAN & WATSON (1977) e TOUNTAS et al. (1983).

Há vários fatores predisponentes da síndrome do canal do

carpo; os mais comuns são os que provocam alterações hormonais,

como climatério, diabetes, hipotiroidismo e gravidez. Outras causas

freqüentes são as pós-traumáticas e artrite reumatóide (PHALEN,

1972). Em todas as séries estudadas, sem dúvida, o climatério pós-

menopausa foi o mais encontrado, que coincidiu com os achados desta

série.

ARIYAN & WATSON (1977) observaram a alta incidência de

associação com outras síndromes estenosantes. No estudo de

PHALEN (1972) e neste trabalho a incidência ficou em 10%

aproximadamente.

SPINNER (1978) relatou melhora completa dos sintomas em

50% dos pacientes tratados conservadoramente e BORA &

OSTERMANN (1982) obtiveram 30%. Em nosso meio, PEREIRA et

al. (1993) obtiveram 39,7% de melhora clínica. O tratamento com

infiltração de corticosteróides intracanal foi utilizado por GREEN

(1984). Utilizando infiltração e imobilização por três semanas,

GELBERMAN et al. (1980) tiveram somente 22% de melhora

completa dos sintomas. É interessante destacar que dos 63 (70,8%)

pacientes desta série que fizeram tratamento clínico prévio, somente 4

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(4,5%) submeteram-se à infiltração. O baixo índice de melhora clínica

com o tratamento conservador leva a grande maioria dos autores a

optar pelo tratamento cirúrgico (PHALEN, 1970; DUNCAN et al.,

1987; LUCHETTI et al., 1995).

O tempo de seguimento pós-operatório foi de seis a 72 meses,

com média de 37 meses no trabalho de SHAPIRO (1995) e de

somente um a dez meses no trabalho de BROWN (1992). Em

compensação, NANCOLLAS et al. (1995) tiveram um seguimento

médio de cinco anos. Neste estudo, o seguimento dos pacientes variou

de um a 36 meses, com média de 16 meses.

A avaliação da sensibilidade da mão pode ser feita por

diferentes métodos. O uso de monofilamentos foi bem estabelecido

por DELLON et al. (1993) e indicado por SZABO et al. (1984) e

COOK et al. (1995) para avaliar os resultados após liberação cirúrgica

do canal do carpo. Essa avaliação é útil para confirmar a integridade

das estruturas nervosas e as mudanças na sensibilidade da mão após a

cirurgia.

Outro método útil para avaliar a função da mão é a mensuração

de sua força (STOKES, 1983). Esta mensuração é feita com

dinanômetros e podem ser medidas as forças de preensão palmar,

polpa-polpa, lateral e tridigital (KELLOR et al., 1971;

MATHIOWETZ et al., 1985) . Os dinanômetros hidráulicos JAMAR®

foram utilizados por SEGRE (1996) e CAPORRINO (1997).

AMADIO et al. (1996) utilizaram dinanômetros digitais da NK

Intruments®. FIRREL & CRAIN (1996) utilizaram um dinamômetro

isométrico computadorizado e nesta série foram utilizados

dinamômetros BASELINE®.

Na síndrome do canal do carpo, a avaliação da força foi

utilizada por YOUNG et al.(1992), AGEE et al.(1992), SKOFF &

Page 92: tese_carlos_henrique_fernandes

SKLAR (1994), e BURY et al.(1995). Segundo GELLMAN et al.

(1989), a mão contralateral não deve ser usada como parâmetro por

haver uma alta incidência de bilateralidade.

Um instrumento foi desenvolvido por Paine para fazer a divisão

do retináculo dos flexores, através de uma incisão transversa no sulco

de flexão do punho (PAINE, 1955; PAINE, 1963; PAINE &

POLYZOIDS , 1983; PAGNANELLI & BARRER , 1991, 1992).

CARNEIRO & JAMES (1995) e BENSIMON & MURPHY (1996)

utilizaram-no por um acesso na palma da mão.

Todos os pacientes estudados nesta tese foram operados em

centro cirúrgico, com uso de isquemia temporária e em caráter

ambulatorial. PAINE & POLYZOIDS (1983) internavam todos os

pacientes e ANDRADE & PIRES (1990) raramente internavam-nos.

A técnica anestésica para realizar a abertura do canal do carpo

pode ser geral, bloqueio do plexo braquial, bloqueio regional

intravenoso ou local com sedação. BARBIERI et al. (1991)

demonstraram a possibilidade de utilizar anestesia local. Esta técnica,

distorce a anatomia e dificulta a identificação das estruturas durante a

dissecação na região palmar. Por este motivo a maioria dos pacientes

desta série foi submetida à anestesia intravenosa tipo Bier. Esta

também é a preferência de BENSIMON & MURPHY (1996).

A incisão “ideal” para realizar a descompressão do canal do

carpo é, sem dúvida, um dos pontos mais discutidos na literatura. As

primeiras liberações cirúrgicas (LEARMONTH,1933; BRAIN et al,

1947; PHALEN, 1951) preconizavam incisões longitudinais e divisão

do retináculo dos flexores. WILSON (1954) e LANZ (1977) achavam

que as incisões na palma da mão ou proximal ao punho não

proporcionavam adequada exploração do canal. SEMPLE &

CARGILL (1969) não achavam o tipo de incisão importante para o

Page 93: tese_carlos_henrique_fernandes

alívio dos sintomas, mas observaram que a sensibilidade na cicatriz

era maior nas incisões longitudinais.

PHALEN (1970) acreditava que o tipo de incisão tem pouca

importância, desde que não cruze em ângulo reto o sulco distal de

flexão do punho. CAROL & GREEN (1972) relataram a importância

de se evitar a lesão do ramo palmar do nervo mediano para não haver

formação de neuroma doloroso. TALEISNICK (1973), em estudo

anatômico, preconizou a descompressão do canal do carpo por meio

de uma incisão longitudinal curvilínea, localizada no lado ulnal do

eixo do 4o dedo. HOBBS et al.(1990) acham que se evita a lesão do

nervo palmar fazendo a incisão no eixo do 4o dedo, entretanto,

WATCHMAKER et al. (1996) mostraram que o eixo do 4o dedo varia

significativamente, dependendo de se o dedo está em flexão, extensão,

aduzido ou abduzido.

A incisão longitudinal, para a descompressão do canal do

carpo, é a preferida pela maioria dos membros da Academia

Americana de Cirurgia da Mão (DUNCAN et al., 1987) e também

pelos pesquisadores nacionais (BARBIERI et al., 1985; SOBÂNIA &

MACOHIN, 1988; PEREIRA et al., 1993). Dentre as vantagens desta

técnica, está a de permitir a identificação do nervo mediano e seus

ramos, e de todo o retináculo dos flexores. As variações anatômicas

do ramo muscular tenar do nervo mediano foram estudadas por vários

autores (GRAHAM, 1973; LANZ, 1977; TOUNTAS et al., 1983). Em

dezessete pacientes operados bilateralmente, HURWITZ (1996),

encontrou variações em apenas um dos lados. SPINNER (1978)

apresentou 15 tipos diferentes de variações do nervo mediano e de seu

ramo muscular tenar ao nível do canal do carpo, mostrando que a

secção do retináculo pelo lado ulnal é a forma mais segura. Quando o

ramo muscular é transligamentar, torna-se necessária a liberação

deste, pois pode haver compressão após abertura do retináculo

Page 94: tese_carlos_henrique_fernandes

(LANZ, 1977; SPINNER, 1978). O retináculo dos flexores pode ter

uma aparência mais muscular que ligamentar, devido ao alargamento

dos músculos tenares (EVERSMANN, 1988). Sua presença deve

alertar imediatamente o cirugião para proceder, com extrema cautela,

a secção do retináculo, pois a incidência de ramos musculares

anômalos é muito alta. Em apenas uma mão deste material foi

observado esta anomalia muscular e nenhuma variação do nervo

mediano ou de seus ramos. A paciente foi operada também do lado

contralateral e nada foi observado de anormal. ANDRADE & PIRES

(1990) admitiam que nos casos de alterações anatômicas, como

músculos acessórios, não são necessárias sua retirada, bastando a

abertura do canal.

SEDAL et al. (1973) e GALBIATTI et al. (1991) realizaram

descompressão concomitante do canal de Guyon . Trabalhos mostram

que após a abertura do canal do carpo existe diminuição da pressão

dentro do canal de Guyon (ABLOVE et al., 1996), alterações da forma

e do tamanho do canal (RICHMAN et al., 1989) e melhora dos

sintomas clínicos e das alterações no estudo eletroneuromiográfico

(SILVER et al., 1985). Durante uma cirurgia desta série,

inadvertidamente, realizou-se a abertura do canal de Guyon com o

instrumento de PAINE®, sem nenhum tipo de complicação.

Para evitar cicatriz dolorosa e hipertrófica, alguns autores

utilizam a via ulnal (TUBIANA, 1990; GALBIATTI et al., 1991;

SEGRE, 1996). A secção do retináculo é realizada a 2 mm laterais ao

pisiforme, evitando a lesão do ramo muscular tenar recorrente. Isso

também permite que o retináculo continue a ter função de polia dos

tendões flexores dos dedos e impede aderência do nervo à cicatriz

cirúrgica. Temos atualmente, grande experiência com esta técnica, e

dos 14 (12,5%) pacientes desta tese, que tiveram cirurgia prévia na

mão contralateral, 12 (10,7%) foram por via ulnal.

Page 95: tese_carlos_henrique_fernandes

Alguns pacientes operados com incisão longitudinal

permanecem com edema e dor na cicatriz ou região intertenar. A

liberação endoscópica pode evitar este problema. As técnicas mais

usadas e discutidas na literatura são as de Agee, por um portal e

Chow, por duplo portal (AGEE et al., 1992; CHOW, 1990). Um

estudo comparando as duas técnicas não encontrou diferenças

significativas quanto ao tempo de retorno ao trabalho ou quanto às

complicações, mas concluiu ser a técnica de um portal mais perigosa

(BROWN et al., 1992). TSAI et al. (1995) desenvolveram uma técnica

de portal palmar e o uso de um trocar de vidro. OKUTSU et al. (1989,

1989) utilizaram também um portal proximal. Em nosso meio,

MATTAR JR. et al. (1996); CORTEZ et al. (1997), com uma

modificação da técnica de Agee, e ZUMIOTTI & OHNO (1994), com

uma modificação da técnica de Chow, relataram sua experiência

favorável com a liberação endoscópica.

Pela endoscopia não é possível realizar neurólise, exploração do

canal de Guyon ou dos ramos nervosos do mediano e ulnar. São

também contra-indicações para o método de dois portais a rigidez do

punho e a contratura da aponeurose palmar (FISCHER & HASTINGS

II, 1996). A comparação entre a necessidade do treinamento do

cirurgião e o custo do instrumental necessário para liberação

endoscópica com os resultados encontrados são enfatizados por

NEWMEYER (1992), EVANS (1994) e LOUIS (1995); Estudos

anatômicos realizados mostraram um alto grau de complicações,

recomendando treinamento prévio em cadáveres (LEE et al., 1992;

ERDMANN, 1994). PALMER & HANRAHAN (1995) acham que

esses custos altos são justificados pela economia na despesa

previdenciária. Outro ponto importante são os artigos que comparam

os resultados das técnicas endoscópicas com a técnica clássica e de

pequenas incisões, e não encontram diferenças que justifiquem tão

Page 96: tese_carlos_henrique_fernandes

alto investimento (SKOFF & SKLAR, 1994; BANDE et al., 1994;

HALLOCK & LUTZ,1995; JACOBSEN & RAHME, 1996)

As publicações sobre complicações com o uso da endoscopia,

incluem lacerações da artéria ulnar, do nervo mediano e ulnar e de

seus ramos, de tendões flexores e liberação incompleta (BOZENTKA

& OSTERMAN, 1995; RUSH & POEHLING, 1996).

Devido a aderências do nervo mediano e cicatriz dolorosa com

o uso da incisão longitudinal, PAINE (1955, 1963) preconizou uma

incisão no nível da prega de flexão do punho. PAINE &

POLYZOIDS (1983) publicaram sua maior série com o uso de seu

instrumento através de uma pequena incisão transversa centrada sobre

o tendão do palmar longo, obtendo sempre altos índices de bons

resultados. Uma pequena modificação dessa técnica, a passagem do

instrumento mais ulnal, na direção do 4o raio, foi realizada por

PAGNANELLI & BARRER (1991, 1992). Eles consideravam a

técnica segura e efetiva. A incisão no punho, ulnal ao palmar longo foi

usada por ABOUZAHR et al. (1995) em 28 mãos de cadáveres

frescos, para viabilizar a utilização de um espéculo nasal como guia

para dividir o retináculo dos flexores, porém não tinham nenhum

paciente operado e tiveram uma lesão do arco palmar superficial.

ABDULLAH et al. (1995) utilizaram via de acesso transversa, ulnal

ao tendão do palmar longo e incisaram o retináculo em forma de

parábola para manter a cobertura das estruturas intracarpais. A incisão

transversa no punho tem a grande desvantagem de não permitir a

inspeção e manejamento da anatomia crítica distal (LoVERNE &

SACCONE, 1995). Quando se utiliza a incisão transversa sobre a

prega de flexão distal, existe o risco de neuromas dolorosos por lesão

dos ramos cutâneos ou provocar lesão do ramo muscular na parte

distal do retináculo (ARIYAN & WATSON, 1977).

Page 97: tese_carlos_henrique_fernandes

A primeira publicação a propor o acesso palmar, associado a

uma incisão no punho para liberação do canal, foi de ARIYAN &

WATSON (1977). O desenvolvimento das técnicas endoscópicas

(OKUTSU et al., 1989; CHOW, 1989; MENON, 1993) e o estudo

detalhado da anatomia local (SEILER et al., 1992; COBB et al., 1993;

ROTMAN & MANSKE, 1993; TSURUDA et al., 1994), estimularam

vários autores a publicar suas experiências com o uso de incisões

limitadas para descompressão do canall do carpo. ORTIZ & LLOBET

(1990), BROMLEY (1994) e SHAPIRO (1995), este último com uma

série de mais de 300 pacientes, utilizaram uma pequena incisão de

2cm aproximadamente, na região entre as eminências tenar e

hipotenar. Apesar de relatarem excelentes resultados, essa região é

justamente onde mais freqüentemente existe a dor no pilar (BIYANI

et al., 1996). NATHAN et al. (1993) também utilizaram esta incisão,

mas consideraram mais importante para um rápido retorno ao

trabalho, um programa de reabilitação pós-operatório precoce.

A incisão única na região palmar foi utililizada nos pacientes

deste estudo para realizar a descompressão do canal do carpo. Outros

autores também têm relatado usar esta via em recentes publicações

(BROMLEY, 1994; CARNEIRO & JAMES, 1995; LUCHETTI et al.,

1995; BENSIMON & MURPHY, 1996; LEE et al., 1996). A incisão

palmar é realizada ao longo do eixo do 4o dedo como preconizado por

ROTMAN & MANSKE (1993), que mostraram em estudos

anatômicos ser segura para não lesar o nervo mediano, tendões

flexores, arco palmar superficial e nervos digitais. As pequenas

variações deste eixo, que dependem da posição do 4o dedo, como

demonstradas por WATCHMAKER et al.(1996), foram observadas,

nesta série, pela posição da incisão na mão . Isto não invalida a

utilização deste eixo como referência para realizar a incisão.

CARNEIRO & JAMES (1995) realizaram-na curvilínea, ulnal à prega

Page 98: tese_carlos_henrique_fernandes

palmar proximal, iniciando no ponto onde o 4o dedo fletido toca a

palma e se estendendo em sentido cranial por 2 a 2,5 cm. LUCHETTI

et al.(1995) realizaram uma incisão de 2 a 2,5 cm a partir da prega

palmar média. Realizamos a incisão 0,5 cm a partir da prega palmar

média, com 1,5 a 2cm, nunca cruzando a linha imaginária de Kaplan.

Em alguns casos realizamos incisão menor, mas a dificuldade para

dissecação e identificação das estruturas aumentou o tempo do ato

cirúrgico, não justificando sua continuidade. Após a abertura da fáscia

palmar, a primeira estrutura a ser visualizada é a artéria ulnar e o arco

palmar superficial originário desta; em seguida, identificam-se os

ramos do nervo mediano e a margem ulnal distal do retináculo. Nesta

etapa da cirurgia é possível identificar qualquer variação anatômica

local ou processo expansivo intracanal (BENSIMON & MURPHY,

1996). No caso de se observar necessidade de realizar neurólise

interna, a incisão é prolongada longitudinalmente em direção cranial e

transforma-se a cirurgia em técnica clássica. Não havendo esta

necessidade, continua-se a cirurgia com a secção subfascial do

retináculo. LUCHETTI et al.(1995) utilizaram simplesmente uma

lâmina de bisturi número 15 e acharam que a secção de 2 a 3 cm da

fáscia antebraquial não é obrigatória. Baseados nos estudos

anatômicos discutidos anteriormente, acreditamos que o mais

importante é fazer a descompressão nos locais mais estreitos. LEE et

al.(1996) utilizaram o conjunto de quatro instrumentos desenvolvidos

por James Strickland. Deve-se visualizar pelo menos 1cm da margem

distal do retináculo; como no uso do instrumento de Paine®, o

primeiro corte do retináculo é feito com uma tesoura. Consideramos a

utilização de vários instrumentos desnecessária pois aumenta a

dificuldade técnica e o custo. O instrumento de Paine® foi utilizado

por CARNEIRO & JAMES (1995); BENSIMON & MURPHY (1996)

e nesta série, com uma pequena modificação, onde identificam-se as

Page 99: tese_carlos_henrique_fernandes

estruturas que constituem o triângulo de segurança de Agee e através

deste introduz-se o instrumento. A divisão do retináculo a 2mm da

inserção do lado ulnal impede a luxação volar e ulnal do tendão flexor

do 5o dedo e permite manter sua função de proteção e polia. Pode-se

utilizar, no caso de necessitar de uma segunda passagem do

instrumento, um protetor de nervo mediano (CARNEIRO & JAMES,

1995). A vantagem do instrumento de Paine®, em relação ao

endoscópio, é que não há necessidade da introdução de um

instrumento no já apertado canal. A base vai entrando no canal e

protegendo o nervo, à medida que a lâmina vai efetuando o corte do

retináculo.

A via palmar permite abrir a parte distal do retináculo (COBB et

al.,1993) sob visão direta e identificação e proteção do arco palmar

superficial, dos ramos para o 3o e 4o dedos (TSURUDA et al., 1994) e

evita o estiramento e a compressão do nervo ulnar (BIYANI &

DOWNES, 1993). Autores como SEILER et al. (1992) e ZUMIOTTI

& OHNO (1994) recomendam uma incisão palmar para identificação

das estruturas palmares antes da introdução do trocar durante a

liberação pela técnica de duplo portal. É importante assinalar que

todos esses estudos anatômicos foram realizados para desenvolver

técnicas endoscópicas e que no futuro próximo o portal preferido para

esse tipo de cirurgia deverá ser o palmar. PIGNATARO et al. (1998)

estudaram em cadáveres a utilização da técnica de CARNEIRO &

JAMES (1995) e obtiveram a descompressão do canal em todas as

mãos sem nenhuma lesão nervosa ou vascular.

A incisão na depressão central da palma fica fora da área de

pressão durante a preensão da mão, diminuindo a dor que ocorre na

região proeminente sobre o retináculo dos flexores (LUCHETTI et al.,

1995; BENSIMON & MURPHY, 1996). Outra provável causa de

baixos níveis de desconforto nos pacientes submetidos à cirúrgia

Page 100: tese_carlos_henrique_fernandes

endoscópia ou subfascial pode ser a manutenção dos nervos cutâneos

(MARTIN et al.,1996); por outro lado, BIYANI et al.(1996) não

encontraram diferenças na distribuição de fibras nervosas entre as

partes proximal e distal da palma da mão; SILVA et al.(1996)

acharam que quando é realizada a divisão do retináculo dos flexores,

as pequenas fibras nos tecidos profundos são lesadas, provocando

dores no pilar, independente da técnica utilizada.

As contra-indicações clássicas da incisão palmar são artrite

reumatóide, cistos ou outros processos expansivos, recidiva e atrofia

tenar (BIYANI & DOWNES, 1993) e pós-traumática (LUCHETTI et

al., 1995). Pelas potenciais alterações anatômicas das estruturas, nos

casos de recidivas e pós-traumáticos, consideramos contra-indicação

absoluta a liberação por esta técnica. Quatro pacientes deste estudo

apresentavam artrite reumatóide em fase inicial e tiveram remissão

completa dos sintomas e das dezenove mãos que apresentavam algum

grau de hipotrofia tenar, oito tiveram melhora, sem realizar neurólise

interna, como indicado por CURTIS & EVERSMAN (1973) e

GELBERMAN (1987), mostrando que estas são contra-indicações

relativas para o uso da técnica.

BENSIMON & MURPHY (1996) admitiram que mesmo na

presença de variações anatômicas, a passagem do instrumento de

Paine® é segura.

Como uma alternativa à liberação endoscópica, ARIYAN &

WATSON (1977), BIYANI & DOWNES (1993) e WILSON (1994)

utilizaram associação das duas técnicas ora discutidas, ou seja , dupla

incisão. Uma na palma da mão e outra na prega do punho, mantendo

uma ponte de pele intacta.

A imobilização pós-operatória é indicada para se evitar arco de

corda dos tendões flexores, deiscência da ferida e aderência do nervo

mediano à cicatriz cirúrgica (BROWN et al., 1993; GELBERMAN et

Page 101: tese_carlos_henrique_fernandes

al., 1993). Cirurgiões plásticos e neuro-cirurgiões não utilizam com

freqüência a imobilização (PAINE & POLYZOIDS, 1983;

PAGNANELLI & BARRER , 1991; BENSIMON & MURPHY,

1996). A maioria dos cirurgiões americanos utiliza a imobilização

durante uma a três semanas (DUNCAN et al., 1987). Em seu estudo,

BURY et al.(1995) não encontraram diferenças entre pacientes que

utilizaram imobilização por duas semanas e aqueles que não foram

imobilizados. COOK et al.(1995) concluíram que a imobilização pós-

operatória deve ser usada, no máximo durante uma semana,

coincidindo com utilizado nos pacientes desta série para ajuda-los a

manter a mão elevada e evitar edema residual.

O alívio dos sintomas, após a descompressão cirúrgica,

geralmente ocorre em mais de 90% dos pacientes (POSCH &

MARCOTTE, 1976; TOUNTAS et al., 1983; PAINE &

POLYZOIDS, 1983). Outros têm resultados mais modestos em torno

de 75% (SEMPLE & CARGIL, 1969; GRAHAM, 1985). KULICK et

al. (1986) encontraram 25% dos pacientes com parestesias persistentes

após um seguimento a longo prazo. Na série do trabalho em discussão,

a remissão total dos sintomas ocorreu em mais de 95% das mãos.

EVERSMANN (1988) relatou que nos pacientes submetidos à

liberação do canal do carpo, a força da mão começa a retornar entre a

segunda e terceira semanas. Em seis semanas o paciente apresenta

50% da força. Entre a oitava e décima semanas tem 75% da força pré-

operatória e o retorno da força máxima só ocorre após seis meses,

sendo que 15% a 20% dos pacientes nunca voltam a ter sua força

original, devido à alteração na configuração dos ossos do carpo ou à

perda do efeito de polia do retináculo.YOUNG et al. (1992)

observaram que as forças de preensão palmar, polpa-polpa, lateral e

tridigital retornaram aos valores anteriores à cirurgia, na grande

maioria dos pacientes, após três meses. Naqueles em que há perda,

Page 102: tese_carlos_henrique_fernandes

esta é em torno de 20%. KLUGE et al.(1996) encontraram perda de

força após dez meses de cirurgia em mais da metade dos pacientes

avaliados. NANCOLLAS et al. (1995) registraram queixas subjetivas

de perda da força em 30% dos pacientes após dois anos de cirurgia.

GELLMAN et al. (1989), usando a via de acesso clássica, fizeram

avaliação dos pacientes no pré-operatório, na terceira e sexta semanas,

terceiro e sexto meses. Observaram que em relação ao pré-operatório a

força de preensão era respectivamente de 28%, 73%, 99% e 116%. A

força polpa-polpa foi 74%, 96%, 108% e 126%, respectivamente.

VIEGAS et al. (1992), utilizando a via endoscópica, encontraram para

a força de preensão palmar, 37% na primeira semana, 86% na terceira

semana e 121% na sexta semana e na polpa-polpa, 70%, 102% e

106%, respectivamente. WILSON (1994) comparou a incisão clássica

com a dupla incisão e encontrou 42% e 67% de força de preensão

palmar segunda semana, 62% e 80% no primeiro mês, 85% e 94% no

terceiro mês. Na força polpa-polpa, 66% e 82%, 81% e 96%, 107 e

111%, respectivamente. Na força lateral, encontrou 64% e 81%, 78%

e 91%, 102% e 106%. Na tridigital, 68% e 73%, 75% e 82% e 101% e

104%, respectivamente. COOK et al. (1995) estudaram dois grupos,

com e sem imobilização pós-operatória. Encontraram para a força de

preensão palmar, 10 e 15 Kgf na segunda semana, 14 e 18 kgf no

primeiro mês. Em três meses a força era igual e no sexto mês a força

era maior que a pré-operatória em ambos os grupos. A pinça lateral foi

4 e 6 Kgf, 5 e 7 Kgf e não diferiu nas avaliações seguintes.

Neste trabalho as médias de força de preensão palmar

encontradas foram 27 Kgf, 18 Kgf (67,78%), 22 Kgf (82,58%), 26 kgf

(96,18%) e 27 Kgf (100,00%), respectivamente no pré, com duas

semanas, um mês, três meses e seis meses de seguimento. Com três e

seis meses, a diferença com o pré-operatório não foi estatisticamente

significante. Com um mês a força foi 80% maior do que a do pré-

Page 103: tese_carlos_henrique_fernandes

operatório. A perda da força foi mais acentuada na segunda semana e

a partir desta, a força aumentou de maneira estatisticamente

significante. A comparação entre três e seis meses não foi

estatisticamente significante. As médias de força de preensão polpa-

polpa encontradas foram 4,6; 4,0 (86,95%); 4,5 (97,82%); 4,9

(106,52%) e 5,4 (117,39%) Kgf. A diferença entre o pré e os primeiro

e terceiro meses não foi estatisticamente significante. A diferença

entre o primeiro e terceiro meses, comparada ao sexto mês, foi

estatisticamente significante, assim como a comparação entre segunda

semana e os demais períodos pós-operatórios. As médias da força de

preensão digital lateral foram 6,0; 4,9 (81,66%); 5,7 (95,00%); 6,2

(103,3%) e 6,8 (113,33%) Kgf. As diferenças estatísticas foram

similares à evolução da força polpa-polpa. A força de preensão

tridigital teve as seguintes médias: 6,0; 4,9 (81,66%); 5,7 (95,00%);

6,2 (103,33%) e 6,8 (113,33%) Kgf. As diferenças estatísticas foram

similares à evolução das outras forças digitais.

Utilizando esta técnica, tivemos um retorno da força mais

precoce do que quando foi usada a incisão clássica (GELLMAN et al.,

1989; YOUNG et al., 1992) e similar quando foi usada a dupla incisão

(WILSON, 1994). BROWN et al. (1993) não acharam diferenças

significantes da força entre mãos submetidas às cirurgias endoscópica

e clássica. PALMER et al. (1993), comparando duas técnicas de

endoscopia e técnica aberta, mostraram superioridade da técnica de

AGEE et al. (1992) na quarta semana, mas independente da técnica, a

força volta ao normal após três meses de cirurgia. Quando comparada

a técnica endoscópica, os resultados da força foram similares ao

encontrado por ERDMANN (1994), mas tiveram um retorno mais

lento do que registrado por VIEGAS et al. (1992). NETSCHER et al.

(1998) acharam que a reconstrução do retináculo dos flexores permite

um retorno da força mais precoce. Consideramos que o risco de

Page 104: tese_carlos_henrique_fernandes

recidiva é grande com a reconstrução do retináculo e nossos pacientes

operados com o instrumento de Paine® tiveram rápido retorno da

força.

A avaliação da sensibilidade pelos monofilamentos de náilon

foi realizada por SZABO et al. (1984) em pacientes com STC; 83%

tinham alterações pré-operatórias, após seis semanas todos tiveram

melhora e 65% apresentaram valores normais. GELLMAN et al.

(1989) também compararam a sensibilidade pré e pós-operatória. Dos

pacientes que tinham alteração pré-operatória, 17% voltaram ao

normal, 62,5% tiveram alguma melhora e 20,5% não apresentaram

diferenças. BROWN et al.(1993), comparando um grupo submetido à

liberação endoscópica e outro à cirurgia clássica, não observaram

diferenças estatisticamente significantes entre eles e entre as

mensurações pré e pós-operatórias. No grupo de mãos estudado nesta

pesquisa, todas apresentaram, na análise estatística, diferenças

favoráveis e significantes entre o pré e os seguimentos pós-

operatórios, nos cinco dedos.

A hipotrofia tenar é uma indicação absoluta para a cirurgia

(PHALEN, 1970). Assim como TUBIANA (1990), achamos que a

neurólise deve ser feita apenas nos casos em que a descompressão

simples não foi efetiva. Das 19 (17%) mãos de nosso grupo que

apresentavam hipotrofia tenar, 8 (7,1%) apresentaram melhora e 9

(8,0%) não tiveram um tempo mínimo de seis meses para avaliação.

A preocupação com o tempo de retorno ao trabalho após a

cirurgia começou a aparecer na literatura com a introdução da

endoscopia. Estudos mostraram um tempo duas vezes maior para

retorno ao trabalho nos pacientes submetidos à cirurgia clássica

(AGEE et al., 1992; BROWN et al., 1993). Estudos realizados por

outros pesquisadores não encontraram diferenças significativas

(BANDE et al., 1994; HALLOCK & LUTZ, 1995). Utilizando uma

Page 105: tese_carlos_henrique_fernandes

pequena incisão no punho, PAGNANNELI & BARRER (1991)

tiveram 52,2 % de seus pacientes retornando ao trabalho em uma

semana e 72,5% retornaram em três semanas. NATHAN et al. (1993)

registraram uma média de 17 dias para os pacientes submetidos à

cirurgia com incisão curta e 30 dias para incisão longa, mas

concluiram que o mais importante é a motivação do paciente para

realizar um programa de fisioterapia domiciliar.

Nesta tese foi observado que em 50 (44,6%) cirurgias os

pacientes puderam retornar às atividades no oitavo dia, 42 (37,5%)

retornaram às atividades entre o oitavo e décimo quinto dia e 20

(17,9%) com mais de 15 dias. Nossos pacientes tiveram um retorno às

atividades mais rápido que os de PALMER et al. (1993), que

compararam 3 diferentes métodos.

As complicações per e pós-operatórias podem acontecer

independente da técnica cirúrgica utilizada. As complicações mais

comuns são, a diminuição de força de preensão, edema e dor residual,

chamada de dor no pilar (MACDONALD et al., 1978 ;

EVERSMANN, 1988). Após a divisão do retináculo dos flexores

existe uma alteração no canal do carpo, com acomodação dos ossos

cárpicos, que pode ser responsável pelas dores residuais

(GARTSMAN et al., 1986; SERADGE & SERADGE, 1989;

RICHMAN et al., 1989; VIEGAS et al., 1992).

Com o uso da técnica tradicional, pode ocorrer descompressão

inadequada, recorrência da compressão por processo de fibrose, lesão

iatrogênica do nervo mediano, do ramo palmar, do ramo muscular

tenar, hematoma pós-operatório, cicatriz hipertrófica, deslocamento

anterior do nervo mediano com aderência e distrofia simpático reflexa

(CONNOLY, 1978; LOUIS et al.,1985; ZUMIOTTI et al., 1996). Os

relatos das complicações com o uso da liberação endoscópica são cada

vez mais encontrados na literatura. Isso se deve principalmente à

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curva de aprendizado que esse método exige e à intensa propaganda

industrial (NEWMEYER, 1992; LOUIS, 1995). As complicações

mais comuns são lesões do nervo ulnar (NATH et al., 1993), do ramo

muscular tenar (DE SMET & FABRY, 1995), do nervo mediano e do

arco palmar superficial (MURPHY et al., 1994), do nervo digital

(BROWN et al., 1993) e do tendão flexor (BOZENTKA &

OSTERMAN, 1995). Liberação incompleta, hematoma, distrofia

simpático reflexa, abertura acidental do canal de Guyon, infecção e

neuropraxia também foram relatadas por SHINYA et al. (1995) e

AGEE et al. (1995).

Os relatos de complicações com as incisões pequenas são

poucos, pois estas são pouco utilizadas. No questionário de DUNCAN

et al. (1987), apenas 1% dos membros da Academia Americana de

Cirurgia da Mão utilizava essa via de acesso. A incisão pequena é

considerada a maior responsável pela secção incompleta do retináculo

(LANGLOH & LINSCHEID, 1972) e lesão do nervo digital para o 3 o

espaço e do ramo palmar do mediano foram descritas por MURRAY

et al. (1994). Em seu trabalho, PAINE & POLYZOIDS (1983)

tiveram quatro pacientes com hematoma na palma da mão que não

necessitou drenagem. PAGNANELLI & BARRER (1991) tiveram

dois casos de secção incompleta, oito casos de infecção superficial e

um caso de distrofia simpático reflexa. Nenhum autor que utilizou via

palmar descreveu algum tipo de lesão grave.

Neste material tivemos 10 (9,0%) complicações leves: uma

distrofia simpático reflexa em paciente com contratura da aponeurose

palmar, na qual efetuamos as duas cirurgias concomitantemente; uma

infecção superficial que necessitou apenas de cuidados locais e

parestesias no borda ulnal do 3 o dedo e radial do 4 o dedo em quatro

mãos, que regrediram até o sexto mês. Acreditamos que essas

parestesias ocorram por trauma no nervo mediano, durante a passagem

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do instrumento de Paine® , e foram mais comuns no início do uso da

técnica. Quando ela for persistente deve-se suspeitar de lesão do ramo

comunicante sensitivo entre os nervos ulnar e mediano (MAY &

ROSEN, 1981; AGEE et al., 1995). Como discutido anteriormente,

devido às alterações carpais, quatro pacientes apresentaram dor no

pilar solucionada até o terceiro mês após a cirurgia. Houve abertura

acidental do canal de Guyon em uma mão e formação de equimose na

região palmar em quatro mãos que não foram consideradas

complicações, pois não influíram no resultado final.

A introdução da cirurgia endoscópica, de alto custo, provocou

uma grande discussão na literatura. Os favoráveis ao tratamento

endoscópico alegam que o custo maior é compensado com o retorno

rápido ao trabalho (AGEE et al., 1992). A incidência estimada da

cirurgia do canal do carpo nos Estados Unidos da América é de 400 a

500 mil casos anuais, com custos acima de 2 bilhões de dólares por

ano (PALMER & HANRAHAN, 1995). BROWN et al. (1993)

calcularam que a diferença de custo entre os dois métodos são 497

dólares por cirurgia, devido ao preço das lâminas e ao maior tempo de

utilização do centro cirúrgico no procedimento endoscópico.

CARNEIRO & JAMES (1995) conseguiram resultados similares aos

obtidos pela via endoscópica, utilizando o instrumento de PAINE ®

que custa 250 dólares aproximadamente e pode ser utilizado por

diversas vezes. Isso para um país como o Brasil é de grande

importância. Levando-se em conta que a saúde pública em nosso país

atravessa uma das maiores crises financeiras da história, não podemos

pensar em utilizar métodos caros em larga escala. Utilizamos nas 112

mãos operadas apenas dois instrumentos de Paine® , com um custo

aproximado de cinco reais por cirurgia, até agora, sem levar em conta

que ainda poderemos utiliza-los em várias outras oportunidades.

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CAPÍTULO VI

CONCLUSÕES

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CONCLUSÕES

1- A abertura do canal do carpo por meio de uma incisão

palmar e utilização do instrumento de Paine® mostrou-se eficiente

para remissão dos sintomas da síndrome do canal do carpo.

2- Essa técnica proporcionou um rápido retorno da força de

preensão palmar e digital.

3- A sensibilidade dos dedos melhorou após a cirurgia.

4- O retorno às atividades até 15 dias de pós-operatório

ocorreu em mais de 80% das mãos operadas.

5- Quanto às complicações, foram temporárias, não

ocorrendo nenhuma lesão vásculo-nervosa definitiva.

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CAPÍTULO IX

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