terra boa agronegócios - ed 11 dez/jan 2014 - fernando penteado cardoso

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Fernando Penteado Cardoso Gestão Modelo para a Agropecuária Senepol atrai novos investidores Pecuária de Corte Linhagem Lemgruber na Fazenda Mundo Novo Pecuária de Elite ACNB premia os melhores de 2013 Eventos ano 2 | edição 11 | Dezembro /Janeiro 2014 agronegócios

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Nesta edição, Dr. Fernando Penteado Cardoso, fundador da Manah, nos conta a sua trajetória de vida e sucesso. Aos 99 anos, ele está na ativa trabalhando no Instituto Agrisus e na sua Fazenda Aparecida. Completando a sua matéria a história da linhagem Lemgruber, da Fazenda Mundo Novo, administrada por seus filhos Eduardo e Fernando. Na pecuária de corte os novos criadores da raça Senepol mostram o seu encantamento pela raça e a confiança no crescimento da pecuária de corte no Brasil. Tudo isso e muito mais você acompanha na 11ª edição da Revista Terra Boa Agronegócios!

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Page 1: Terra Boa Agronegócios - Ed 11 Dez/Jan 2014 - Fernando Penteado Cardoso

Fernando Penteado CardosoGestão Modelo para a Agropecuária

Senepol atrai novos investidoresPecuária de Corte

Linhagem Lemgruber na Fazenda Mundo NovoPecuária de Elite

ACNB premia os melhores de 2013Eventos

ano 2 | edição 11 | Dezembro /Janeiro 2014

a g r o n e g ó c i o s

Page 2: Terra Boa Agronegócios - Ed 11 Dez/Jan 2014 - Fernando Penteado Cardoso

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Parceiros e Colaboradores

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O novo ano vislumbra boas perspectivas para o agronegócio com a recuperação do mercado da pe-

cuária de corte, a estabilização da pecuária leiteira, a boa safra de cereais, entre muitas outras importantes

conquistas do setor que devem marcar o próximo ano.

Entre as muitas comemorações de 2014, duas das grandes associações do País, a ABCZ e a ACNB,

comemorarão os seus muitos anos de existência e luta pela pecuária de corte nacional: 80 anos da ABCZ e

60 anos da ACNB.

O ano promete ser de muitas ações, comemorações e decisões que entremearão o nosso dia a dia, des-

de o início do ano. A pensar na velocidade em que tudo acontece, 2014 promete ser um ano muito intenso,

de muito trabalho.

Para entrar nesse novo tempo, não podemos deixar de olhar para trás e reconhecer todos aqueles que

estiveram conosco ao longo de 2013. Na página ao lado, uma pequena mostra de colaboradores e parcei-

ros, entre muitos outros anunciantes, que participam do projeto Terra Boa Agronegócios. A todos vocês que

acreditam em nosso trabalho, o nosso verdadeiro agradecimento.

Nesta edição especial, em que nos despedimos de 2013 e brindamos 2014, buscamos alguns exemplos

de vida para refletirmos sobre os nossos desafios e vitórias, balanço oportuno para esta época do ano.

Nas páginas desta edição, a trajetória de Fernando Penteado Cardoso, o fundador da Manah, que, aos

99 anos, nos motiva a acreditar, crescer, trabalhar, a continuar sempre em frente. E ainda os companheiros,

Alexandre e Marcos, dois técnicos agrícolas arrojados que fazem a Triângulo Agro crescer solidamente cada

dia mais.

A todos vocês que acompanham a nossa publicação, queremos dizer que 2014 promete ser um ano de

belas histórias e boas conquistas.

Estamos juntos!

Bolivar Filho

Prepare-se!

Você sabia que a Terra Boa tambémpode ser acessada na internet paraleitura virtual? É no endereço abaixo:

http://issuu.com/terraboa

Tenha uma boa leitura!

Nas capas desta edição, o fundador da Manah, Fernando Penteado Cardoso, por Zzn Peres,e Marcos Pollo e Alexandre Silva da Triângulo Agro,por Filipe Andrade.

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Leia na Terra Boa

CAPA A coragem e o dinamismodo fundador da Manah

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PECUÁRIA DE ELITE Fazenda Mundo Novo

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ARTIGO A taxa de desfrute e sua importância na lucratividade da fazenda

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PECUÁRIA DE CORTESenepol conquista novos criadores

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PROFISSÃO Zootecnista, na prática e no coração

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GASTRONOMIAPescoço de Peru à moda Terra Boa

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EVENTOSACNB premia os melhores do ano

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EXPEDIENTE

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Terra Boa Agronegócios é uma publicaçãobimestral da Editora Doce Marano 2 | edição 11 | dezembro/janeiro 2014

Direção executivaBolivar Filho [email protected]

Conselho editorialBolivar Filho, Denise Bueno

EdiçãoBolivar FilhoDenise Bueno

Projeto gráficoEdição de imagens e DTPMultimarketing Comunicação Dalton Filho / Thiago Ometto [email protected] [email protected]

Jornalista ResponsávelDenise Bueno – DRT/MG 6173 [email protected]

RedaçãoAdriana DiasDenise Bueno

RevisãoRuller Rodrigues [email protected]

FotosReginaldo Faria [email protected] Fernando Penteado Cardoso Nelore do Brasil/Zzn Peres

Impressão3 Pinti Editora e Gráfica

Tiragem10 mil exemplares

A Revista Terra Boa Agronegócios não tem responsabilidade editorial pelos conceitos emitidos

nos artigos assinados e informes publicitários.

Revista Terra Boa AgronegóciosAv. Com. Francisco Avelino Maia, 3866

Passos/MG - 37902-138 - Fone: (35) 3522-6252

www.facebook.com/terraboa.agro

Publicidade: [email protected]

Envie a sua história ou curiosidade relacionadaao campo para a Terra Boa Agronegócios!

Page 7: Terra Boa Agronegócios - Ed 11 Dez/Jan 2014 - Fernando Penteado Cardoso

Mônika Bergamaschi, Secretária de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, e Cibele Franzese, Secretária Adjunta da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Regional de São Paulo, no Parque Fernando Cruz Pimentel, em Avaré/SP, durante a Interláctea, Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite realizada de 11 a 16 de novembro/2013, recebem a 10ª edição da Revista Terra Boa Agronegócios, depois de uma série de entrevistas. Segundo Cibele, o Parque Fernando Cruz Pimentel deverá ser mais utilizado para outros eventos do setor agropecuário devido a sua excelente estrutura. A Interláctea foi considerada um sucesso pelos diretores das secretarias da Agricultura e Planejamento.

Leitores da TB

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Ao leitor

Ao longo da estrada a imagem

do homem do campo,

aquele do passado, ficou para trás.

Encontramos tecnologia

de ponta, ciência,

pesquisa e um Brasil que poucos

ainda conhecem.

Foram muitas as estradas percorridas em 2013,

porteiras abertas para a passagem da Terra Boa.

Histórias registradas,

boas novas e conquistas,

ah, muitas conquistas! Desafios.

E para equilibrar a vida, as dificuldades.

Não vivemos sem esses ingredientes

de vida e emoção.

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E quando terminados

um ano de trabalho,

o outro já desponta com

os anseios de novos

caminhos a serem percorridos.

Além da certeza

de que, muitos outros causos

precisam ser contados.

Que venha 2014.

Aqui vamos nós!

9

Entre tanto chão batido,

asfalto e muitas plantações,

a história de homens,

mulheres e animais,

traduzidas em

muita paixão

pela atividade

de produzir alimentos

com qualidade, muita

qualidade!

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A coragem e o dinamismo do fundador da Manah

foto arquivo pessoal

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A coragem e o dinamismo do fundador da Manah

Chegar aos 99 anos, trabalhando, não é para qualquer um. Mas este

feito, entre outros, é um dos méritos do senhor

Fernando Penteado Cardoso, engenheiro agrônomo graduado pela Escola Superior

de Agricultura Luiz de Queiroz, turma de 1936,

fundador da Manah e criador do slogan

conhecido em todo País: Com Manah, adubando dá.

A inspiração do slogan veio de um dos livros

de Monteiro Lobato e lhe garantiu a conquista

de Marca Notória pelo reconhecimento público. Mas antes de se dedicar

à fertilização de solos enfrentou muitos desafios.

Foi funcionário público, Secretário da Agricultura

e administrador de fazendas. Venceu todos

eles, até se dedicar de corpo e alma, como

ele mesmo afirma, à direção da Manah.

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Filhos, noras e netos acompanharam o homenageado da ACNB em noite do Nelore Fest, Dr. Fernando Penteado Cardoso. Em pé, da esquerda para a direita: Maria Carolina, Eduardo Cardoso, Anna Lucia, Eduardo Filho, Cláudia. Sentados, da esquerda para a direita: Marina, Dr. Fernando e Maria Estela.

Gilson Katayama, diretor da ACNB, entrega troféu ao homenageado Fernando Cardoso

Nelore do Brasil/Zzn Peres

No dia 12 de dezembro Dr. Fernando foi homena-geado como Criador Modelo, durante a Nelore Fest, evento realizado pela Associação dos Criadores de Nelore do Bra-sil, pela sua dedicação e empenho na criação da linhagem Lemgruber. Não por acaso, a raça Nelore e a agronomia são as suas paixões.

Embora feliz com a homenagem, Dr. Fernando como é chamado por muitos, se diz representante de todos aqueles que se dedicam ao melhoramento do nelore, entre eles, seus filhos Eduardo e Fernando, também engenheiros agrônomos, que administram a Fazenda Mundo Novo, em Uberaba/MG, dedicada à linhagem Lemgruber.

A agronomia é uma das paixões do Dr. Fernando. É por meio dela que ele pontua a sua vida dividida em diferentes fa-cetas: o agrônomo dedicado ao serviço público, o agrônomo administrador de fazenda e o agrônomo da Manah. Incluímos mais duas: o agrônomo da Fundação AGRISUS e o pecuarista.

Dr. Fernando recebeu a equipe da Revista Terra Boa em uma sexta-feira chuvosa do mês de novembro, em sua Fa-zenda Aparecida, no município de Mogi Mirim/SP. O local é o seu refúgio nos finais de semana. Durante a semana, ele man-tém expediente em São Paulo, na Fundação AGRISUS, criada por ele. A instituição financia pesquisas sobre a fertilidade do solo, uma das suas grandes preocupações. “Sempre me pre-

ocupei com a fertilidade do solo, desde a minha juventude quando ouvia meus tios discutirem sobre a terra cansada. Na faculdade, minha preocupação se intensificou e sempre tive a intenção de criar uma fundação para esta causa. Jun-tamente com o apoio dos meus filhos, ela se tornou uma realidade”. É na fundação que o Dr. Fernando passa as suas tardes, cumprindo seu tempo de trabalho na instituição.

Embora seja reconhecido em todo País pela sua atua-ção na Manah, sua vida é repleta de experiências diversifi-cadas. Formou-se em agronomia e tornou-se funcionário público pela Secretaria de Agricultura de São Paulo. Foi subinspetor de fruticultura e ficou um ano nos Estados Unidos estudando as condições da laranja após colheita. Não viu futuro para ele no serviço público, uma vez que seus relatórios não condiziam com as ações implantadas. Permaneceu por quatro anos na atividade e, ao optar por deixar o cargo público, foi gerenciar uma fazenda deca-dente de café que pertencia a sua família, onde trabalhou com afinco por oito anos.

O tempo era de muita dificuldade. A guerra impedia a importação de adubo e o café não tinha preço. A famo-sa frase “faça do seu limão uma limonada” é uma realidade na vida do Dr. Fernando. Por não ter adubo convencional para a fertilização das lavouras, utilizou as cinzas dos grãos de café queimados por falta de preço, um dos marcos na história da cafeicultura brasileira, e mais cinza do farelo de caroço de algodão, criando, assim, um composto para adu-bação. O resultado foi surpreendente. Com o acúmulo do seu adubo, chegou a ter estoque para dois anos, começou a vender para os vizinhos. O que seria apenas um experi-mento, transformou-se em uma grande indústria de fertili-zantes do Brasil. Quando o controle acionário da Manah foi vendido para uma multinacional, ela era a segunda maior empresa do segmento no País.

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A pesquisa, a informação

de ponta sempre foram

as molas mestras do seu

trabalho. Sempre procurou

se associar a quem detinha o

maior conhecimento e, assim,

alavancar os seus projetos.

“Nunca deixei de usar a melhor

tecnologia disponível, sempre

procurei me manter atualizado

com a evolução da ciência”.

O administrador

Como administrador de fazendas, o agrônomo Fer-nando Cardoso viveu experiências ímpares. A recuperação de fazendas abandonadas ou novas marca a sua história. A primeira delas foi uma fazenda de café da família. A se-guir, no Estado do Paraná, viveu toda a emoção de desbra-var a mata, após escolher as melhores áreas para o plantio do café, começando do zero. Experiência que o enche de orgulho por ter vivenciado a mesma emoção que seus avós. A terceira delas a fazenda Aparecida, onde atualmente cria seus bezerros e planta 300 hectares de cana. A fazenda, que também era de café, foi toda recuperada, tendo boa parte das instalações preservadas, incluindo a área de pastagens que era imprópria para cana. Os últimos problemas enfren-tados na preservação do solo foram corrigidos com o plan-tio direto; uma das técnicas defendidas ferrenhamente pelo agrônomo. O resultado todos conferem a olhos vistos: a fa-zenda é linda, os pastos totalmente recuperados e a área destinada à cana tem resultados excelentes.

Além dessas fazendas, outras pertencentes à Manah pontuam a sua história, como a fazenda em Brotas/SP, onde formou pastagens em terras fracas de cerrado e iniciou a sua criação de Nelore; e a fazenda do Sul do Pará, para onde levou a expansão da pecuária de corte atendendo a uma proposta do Governo brasileiro na década de 1970 para de-senvolver a Amazônia.

O fundador da Manah

Ele nunca imaginou que uma mistura de cinzas do café e do algodão o levaria a criar a Manah, a segunda maior empresa de fertilizantes do País, muito menos que ela seria reconhecida em todo Brasil. Mas a atividade o le-vou a ser um dos grandes conhecedores do Brasil pujan-

te, onde a pecuária e a agricultura crescia e avançava por todos os estados. Assim, conheceu de perto as dificulda-des de plantio em terras “fracas” , bem como a expansão do milho, do trigo, da soja. O desenvolvimento do Paraná, do Mato Grosso, Santa Catarina. “Eles queriam plantar e eu vender adubo. Eu não estava brincando. Naquela época o Brasil era heroico, depois ficou importante”, disse Fernan-do.

Com a expansão da empresa, enveredou por outros caminhos e foi em uma dessas oportunidades de expansão da pecuária de corte e de reflorestamento que a empresa investiu na pecuária de corte no Pará e em Brotas/SP.

O investimento na raça Nelore começou nesse perí-odo. Produziam tourinhos em Brotas para serem levados para o Pará. De pesquisa em pesquisa chegaram até o cria-tório do Sr. Geraldo Soares de Paula, em Curvelo/MG, onde havia um gado Nelore original, descendente das primeiras importações feitas por Manuel Lemgruber. Assim começou o seu investimento na linhagem com o touro Mistério e com a consultoria do engenheiro agrônomo Fausto Perei-ra Lima.

Foi através da Manah, também, que levou o plantio direto para muitas regiões do País. Eram muitos técnicos divulgando a nova técnica que preserva o solo. Aliás, a pesquisa e a informação de ponta sempre foram as mo-las mestras do seu trabalho. Sempre procurou se associar a quem detinha o maior conhecimento e, assim, alavancar os seus projetos. “Nunca deixei de usar a melhor tecnologia disponível, sempre procurei me manter atualizado com a evolução da ciência”.

A pecuária de corte

Aos 99 anos de vida, diz que enquanto tiver gás vai tocando em frente. É na Fazenda Aparecida que ele cria os seus Nelores para corte. “Bezerro é feito para fazer carne. Se a raça não é boa para fazer carne, não é boa para a pista”, enfatiza.

O processo é criterioso diante da capacidade de pro-dução da propriedade. O restante da área é destinado ao plantio de cana. “O Nelore enche meus olhos e a cana cuida do meu bolso”, brinca Dr. Fernando.

O seu dinamismo é tamanho que, em plena tarde de chuva, percorreu toda a propriedade com a nossa equipe, mostrando as pastagens, os animais, o tipo de alimenta-ção e os resultados obtidos na antiga fazenda de café, bem preservada por ele. Por uma planilha confere e acompanha toda a evolução da criação: nascimentos, mortes, vendas e reclassificações.

A criação do seu rebanho é a pasto com suplementa-ção no período da seca com cana.

A fazenda é também o ponto de encontro da sua gran-de família, 83 pessoas entre filhos, netos, bisnetos e os con-sortes. A esposa Magdalena, lembrada em cada detalhe da casa, faleceu em 2012. Em novembro, ele já falava da reu-nião programada para o Natal na Fazenda Aparecida: con-fraternização, festa e a reunião da sua grande família.

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A linhagem da Mundo Novo

Quando se fala em linhagem Lemgruber, se fala em seleção genética de 135 anos. Tempo de avaliação séria e criteriosa de uma linhagem que hoje se destaca no ranking da raça Nelore, mas que no passado sofreu resistência de muitos criadores devido à caracterização dos animais.

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Preconceito vencido, hoje as qualidades da linhagem podem ser encontradas em diversos touros nas Centrais e nas fêmeas de criató-rios consagrados como o da Fazenda Mundo Novo de Eduardo e Fernando Penteado Cardoso Filho.

A Fazenda localizada em Ubera-ba/MG tem muita história para contar. Conhecida pelo seu criatório a pasto, é reconhecida também pelos progra-mas de seleção e qualidade que man-tém em parceria com universidades e instituições e pelos belos animais que forma a cada ano, sempre preservan-do a linhagem Lemgruber, oriunda de um dos criatórios mais tradicionais da raça, o do Sr. Geraldo Soares de Paula, de Curvelo/MG.

A história da Mundo Novo come-çou em 1969 quando a empresa de fertilizantes Manah, criada pelo pai de Eduardo e Fernando Filho, Fernando Penteado Cardoso (conheça a sua tra-jetória na página 12 desta edição), op-tou por investir em pecuária de corte seletiva. A raça Nelore crescia naquele período, incentivos do governo para a pecuária e reflorestamento também. A empresa optou pela seleção de animais e sob a orientação do engenheiro agrô-nomo e juiz de pista, Dr. Fausto Pereira Lima, em 1974, chegou até o criatório do Sr. Geraldo. Fausto promoveu reu-nião com a diretoria da ABCZ na época,

onde pontuou as características pró-prias das várias linhagens da raça Ne-lore como a Lemgruber, do Karvad, do Golias entre outras, facilitando assim, a partir desse momento, o registro dessas linha-gens pela ABCZ.

“Toda a va-cada da Fazenda Mundo Novo foi inseminada com sê-men de um touro adquirido em Curvelo, o touro Mistério, que havia conquistado o títu-lo de campeão da raça Nelore na exposição de 1972. Esse touro com 2,5 anos de idade pesou 1.016 quilos. Peso raro na época, em qualquer expo-sição deste país. O que nos chamou mais a atenção foi a facilidade daquele animal em transformar as forrageiras de uma terra fértil, porém muito seca, em carne, beleza, saúde, etc. Novos touros e matrizes foram adquiridos em Curvelo e o trabalho seleti-vo prossegue até hoje com muita facilida-de e tecnologia”, disse Fausto.

Como consultor, Fausto afirma que buscou sempre manter as características inerentes à linhagem procurando dar ên-fase à fertilidade, tanto nos machos como nas fêmeas, à habilidade materna, à libido dos touros, à disposição de caminhar em busca de água e de alimentos, à melhora nos índices de ganho de peso, à confor-mação frigorífica, à docilidade e à repe-

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lência a ectoparasitas, o que era o foco de produção da Manah naquela época.

Com o uso da inseminação, o cria-tório cresceu na fazenda da empresa em Brotas/SP chegando a 3.700 ca-beças. A preocupação de manter a li-nhagem fechada foi uma das metas da empresa, que sempre buscou a infor-mação para se especializar cada vez mais na criação desta linhagem. A par-tir de 1980 adotou métodos científicos de avaliação genética, sendo um dos primeiros rebanhos a ter mensurações testiculares e a adotar provas de de-sempenho individual e a pasto.

Quando a empresa foi vendida em 2001, os animais continuaram com a fa-mília, agora sob a tutela de Eduardo e Fernando, na fazenda Mundo Novo. Com uma boa e grande base de animais, que chega a três mil cabeças, os irmãos conseguem produzir e selecionar ani-mais melhores a cada ano. O resultado está nos números. Em 2013 conquista-

ram a Palheta de Ouro, prêmio conce-dido pela CRV Lagoa ao touro Jamanta, pelas mais de 250 mil doses de sêmen produzidas. Com esse título, a Fazenda Mundo Novo entra para o seleto gru-po dos criadores que detém este título. Para Eduardo, o sucesso do Jamanta re-flete a sua versatilidade, pois é um tou-ro que é bem aceito em vários rebanhos. “Um touro eclético e muito bem cotado para a produção de carne, sendo um dos cinco primeiros da Central na indicação de área de olho de lombo”, ressaltou o criador. Além desta conquista, Eduardo contabiliza o crescimento ascendente da linhagem Lemgruber nos animais de pis-ta, entre aqueles que lideram o ranking da raça Nelore.

Mundo Novo

O criador Eduardo Cardoso recebeu a equipe Terra Boa, no início de novem-bro, quando preparava o seu leilão anu-al realizado no dia 20 de novembro. Co-nhecemos a fazenda e os vários lotes de animais separados por idade, para o lei-lão, ou por programas, como um deles em parceria com a UFMG (Universidade

Federal de Minas Gerais), no qual não se aplica o vermífugo. O resultado tem sido surpreendente segundo o criador, com a seleção de animais mais resistentes a pa-rasitoses e com menor custo de produ-ção.

Desde o início da criação da linha-gem Lemgruber, a família Cardoso apos-ta na tecnologia e na informação para criar excelentes animais através das nor-mas de seleção, o que foi intensifica-do com as orientações do professor Jan Bonsma, em 1982, quando esteve no Bra-sil a convite da Manah. Até os dias atuais suas recomendações são adotadas na fa-zenda.

Entre seus quesitos de seleção estão a adaptabilidade ao pasto e a fertilidade. No terceiro quesito está a aptidão econô-mica com destaque para ganho de peso, carcaça, conversão alimentar e tempera-mento dócil. Somente depois dessas aná-lises entra a caracterização racial. “Quem entende de raça é a ABCZ. O registro dos animais é muito importante para nós. Se seus técnicos afirmam que estamos no padrão, está tudo certo”, disse Eduardo.

Entre as características da linha-gem, Eduardo destaca o couro do animal,

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pois quanto mais couro, mais pele, mais mecanismo termo-regulador do calor, o rabo mais longo para espantar as mos-cas e ossatura mais grossa, mais resis-tente a quebraduras. “Se tem mais osso, tem condições de ter mais carne, suporta mais peso”, ressalta Eduardo.

Na Fazenda Mundo Novo a meta é produzir animais rústicos e de muita qualidade com o menor custo. “Uma de nossas metas é produzir animais de baixo custo. Nossa pesquisa em parceria com a UFMG, em cujo lote não aplicamos ver-mífugo, reflete essa realidade. Buscamos criar animais bons, com menor custo e mais resistentes”, disse o criador.

Outro fator que impulsionou a uti-lização da linhagem Lemgruber nos cru-zamentos, segundo Eduardo, foi a neces-sidade de encontrar uma boa estrutura óssea, uma das características da linha-gem somada à profundidade de coste-la e habilidade materna. “A vaca Nelore produz leite, ela não armazena leite. Seu úbere é menor o que facilita a locomo-ção pelos pastos sem se machucar, além das tetas menores o que é mais prático e fácil para o bezerro mamar”, explicou Eduardo sobre habilidade materna.

Adequar os animais para as exi-gências do mercado não é uma tarefa fácil, mas as provas de avaliação vieram para exemplificar o processo e ajudar na seleção dos melhores animais. Na Mun-do Novo, o cruzamento tem como base as pesquisas científicas, as provas de de-sempenho, proporcionando uma nova geração de filhos e filhas de animais cuja genética foi devidamente comprovada.

A opção dos criadores desde o iní-cio foi a de manter a linhagem fechada. “Preparamos os animais para o mercado e os criadores, dependendo da sua ne-cessidade, usam os nossos animais para provocar o choque de sangue. Eu des-taco como uma das qualidades do Ne-lore a rusticidade. O animal consegue explorar grandes áreas de pastagens e transforma o capim na melhor carne”, ressaltou.

Hoje a Mundo Novo tem como compradores criadores do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Tocan-tins. Criadores da Índia também passam pela Fazenda para relembrarem a linha-gem Ongole, que originou o Nelore no Brasil, mas que está desaparecendo no seu País de origem. Segundo esses cria-

dores, os animais da Fazenda Mundo Novo são dos únicos que mantiveram as características do Ongole.

Lemgruber

Manoel Lemgruber, o Manduca, fazendeiro no Rio de Janeiro, encomen-dou os primeiros exemplares de bo-vinos Ongole, da Índia, em 1878. Eles eram exóticos, brancos e acinzentados, altos e encorpados, com bastante cou-ro e uma corcova proeminente acima da paleta. Ele e seus familiares disse-minaram o rebanho por todo País. Em 1940 Geraldo Soares de Paula, pecua-rista mineiro, passou a adquirir animais da família Lemgruber convicto de que a linhagem não deveria se misturar com as importações de 1960/1962. A partir de 1974 a Manah passou a criar a linha-gem. O nome Lemgruber é uma ho-menagem ao primeiro importador dos animais Ongole. A marca é registrada e pertence à família Cardoso.

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A taxa de desfrutee sua importância na lucratividade da fazenda

Artig

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Com a mudança do valor da terra e o aumento dos custos dos bens materiais, custos empregatícios, reforma de pastagem, depreciações de cercas, infraestrutura e maquiná-rios, o lucro na pecuária foi literal-mente dilapidado, levando muitos colegas pecuaristas a arrendar suas terras ao invés de tentar modernizar seu sistema pecuário. Parte desse in-sucesso é resultado da resistência às mudanças. Não há mais espaço para o empirismo, devemos ser racionais, analisando os números com critério.

Existem diversas maneiras de se medir a produtividade de uma fazen-da de corte, tais como kg de carne produzido por ha, kg de bezerro des-mamado, kg de vaca por ha e a taxa de desfrute. Esta é a mais simples de calcular e aplicável a qualquer fazen-

da independente da lotação da terra, respeitando os recursos naturais e li-mites de cada solo e clima.

A taxa de desfrute, ou de extra-ção, mede a capacidade do rebanho de produzir animais excedentes para venda, sem comprometer seu efetivo básico. O excedente é constituído de novilhos em idade de abate, de tou-ros e vacas descartados do rebanho e das novilhas não reservadas para re-produção.

Na prática se o produtor possuir no rebanho estabilizado 3000 U.A. e vender 660 U.A. em doze meses, man-tendo ainda as 3000 U.A. de estoque na fazenda, conseguirá um desfrute de 22% (a taxa média do Brasil). Esse é o desfrute obtido quando se traba-lha com cria/recria/engorda, a pas-to, de um rebanho zebuíno (entre 22

a 25%). Para se obter lucros brutos maiores (desfrutes maiores) devemos ser pragmáticos e racionais, tendo a coragem e ousadia suficiente para li-bertar-se do passado e das correntes que, porventura, nos prendem às ide-ologias retrógradas e definitivamente lançar mão do cruzamento entre ra-ças, como ocorre a um século com su-ínos e aves.

Nas andanças que venho fazen-do de Norte a Sul do País, orientan-do clientes de gado de corte, tenho me deparado com produtores de todo tipo. Desde radicais e entorpe-cidos com a precocidade e fertilidade que o cruzamento proporciona, não querendo mais usar raças zebuínas e, portanto, usando apenas compostos ou raças taurinas adaptadas, a semia-nalfabetos, sem compromisso com

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tradições, gerando desfrutes de 30% a pasto. Há um fato em comum em todos esses, não abrem mão da utili-zação da inseminação aliada ao cru-zamento, usando sêmen de touros provados. O abate de seus bois a pas-to, com suplementação é na média aos 24 meses com 17@ e suas novi-lhas entram em cio entre 14 e 20 me-ses (100% delas) a pasto.

No modelo de produção de car-ne, utilizando, por exemplo, o cruza-mento terminal, inseminando 70% das matrizes zebuínas (multíparas) com Europeu e repassando com touros tro-picais, o produtor aumentará seu lucro em 25%, saltando de 22% para 27%. Se inseminar 100% das vacas adultas zebuínas com sêmen de Europeu, re-passando com touros tropicais, obterá um desfrute de 28% a 30%. O produtor que lançar mão do sistema rotacional, sempre repondo suas matrizes com novilhas de cruzamento e confinar seu

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Alexandre Zadra16 8181-5753

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rebanho de novilhos cruzados aos 20 meses, abatendo suas novilhas aos 20 meses com 14@ e abatendo suas va-cas vazias, terá um lucro bruto médio de 33%. Esses 33% vão pagar os custos fixos (60% dos custos totais), os cus-tos variáveis (40% dos custos totais) e ainda deixarão o lucro que o pecuaris-ta necessita para investir numa aliança mercadológica e marca de carne pró-pria, pensando sim em um lucro pós- porteira.

Se seus bois são abatidos acima de 2,5 anos (30 meses), ele leva prati-camente 2,5 vezes os custos fixos anu-ais que você tem na fazenda, se seu boi é abatido com 24 meses ele car-rega nas costas apenas 2,0 vezes os custos fixos anuais da fazenda. E esse é o sistema mais rentável atualmente para o Brasil: produzir um boi de 20 a 24 meses, a pasto, com suplementação em regiões com menor disponibilida-de de grãos baratos; e um boi de 18

a 20 meses com 70 dias de cocho em regiões de alta disponibilidade de ra-ção barata.

Basta o criador soltar as amarras da tradição e aproveitar os quase US$ 50.00 pagos pela arroba para investir em nutrição e genética, lançando mão do sistema de cruzamento entre raças a fim de fazer um boi que já vem sen-do abatido em regiões de muito grão com 12 meses e 16 a 17@.

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Os amigos de infância, o engenheiro agrô-nomo, Vinicius Augusto Jacomini e o médi-co veterinário, Wellson Abdala, uniram-se

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conquistacriadores

em torno da pecuária de corte e juntos tra-balham no novo criatório Senepol da Mata, formado há pouco mais de um ano.

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Eles são novos criadores de Senepol, mas dão mostra de que não vieram para brincar. Encantados pelas qualidades da raça e com o foco na se-leção genética trabalham na formação do plantel do Senepol da Mata, com sede em Batatais/SP, buscando formar uma base sólida com a aquisição dos melhores animais ofertados pelo mer-cado. Na estação de monta de 2013, outubro/fevereiro, preparam os ani-mais para os próximos anos. A meta é criar 300 cabeças até 2015, para isso utilizam a técnica da fertilização in vi-tro. Em médio e longo prazo os ani-mais deverão ser inseminados e utili-zada a monta natural.

A pecuária é uma velha conhe-cida de Vinicius e Wellson que já utili-zaram outras raças para a produção de tricross. De experiência em experiência, chegaram até o Senepol e se encanta-ram pela adaptabilidade do animal em terras brasileiras, sobretudo, por sua

docilidade e precocidade. Era tudo o que procuravam para a atividade, que tem como foco a seleção genética e a pecuária de corte em grande escala.

O conhecimento da raça ocorreu meio que por acaso durante uma pa-lestra na sede da CRV Lagoa, em Ser-tãozinho/SP, onde Vinicius comprou doses de sêmen Senepol e foi sorteado com outras mais. O criatório deles co-meçou assim, descobrindo a raça, tate-ando no novo, mas acreditando no po-tencial dos taurinos. Os resultados das primeiras crias e a adaptabilidade dos animais ao clima incentivam cada vez mais os criadores a se dedicarem a pe-cuária de corte, com metas bem arro-jadas para resultados em médio prazo. Para isso, não medem esforços na aqui-sição de novas matrizes, na pesquisa de novos touros, no estudo acurado das características da raça, bem como na sondagem do trabalho dos demais criadores.

As primeiras matrizes do Sene-pol da Mata, adquiridas com prenhe-zes, foram avaliadas este ano no pro-grama da CRV Lagoa e obtiveram bons resultados. Em 2014, outros animais serão enviados para a Prova de Ava-liação. Focado em uma produção de muita qualidade, eles levarão para o mercado os melhores resultados do seu criatório, observando sempre a se-leção genética e procurando melhorar cada vez mais os animais que nascem em terras brasileiras. “Se estamos tra-balhando com seleção genética e te-mos resultados surpreendentes de um touro, cujo pai é destaque em Central de Inseminação, usaremos o filho no

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As primeiras matrizes

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cruzamento, pois acreditamos que ele terá melhor desempenho do que o pai. Se estamos fazendo seleção genética, não podemos retroagir, mas seguir em frente. A não ser nos casos que tenha-mos que usar características específi-cas de um touro para imprimi-las no rebanho, conforme demanda do mer-cado”, disse Vinicius. Segundo os cria-dores, os resultados do Senepol são muito bons, muito além do esperado por eles diante das experiências já vi-venciadas com outras raças.

O plantel

O foco do criatório, além da se-leção genética, é a precocidade. Para isso, formam o plantel com a consci-ência de que é melhor ter matrizes de excelente qualidade do que muitas matrizes de médio desempenho. Com este propósito conheceram criadores tradicionais da raça e com a troca de experiência encontraram as matrizes da Senepol da Mata, sempre buscando a precocidade sexual e de produção. “A precocidade é totalmente o nosso foco. E os resultados do Senepol são absurdos. A história da raça no Brasil é muito nova e embora tenha resultados fantásticos, tem muito ainda a crescer.

Eu acredito que o Senepol é a raça do futuro”, disse Wellson.

Entre seus animais destaque, estão as campeãs de 2012 do Centro de Per-formance da CRV Lagoa, da Alta Embryo , da Tufubarina e as melhores classifica-das nas provas de 2013. Suas matrizes tem filhos com genética comprovada como a SBR Asap Akati 69 l, mãe do tou-ro Mehum, que está em central de cole-ta, e a Numa da Soledade. No criatório também são destaque Buone Verita FIV da Tufubarina e Dreamgirl FIV da Tufuba-rina (campeãs em 2012) e Mata 007, filha da SBR Asap Akati 69L, que com um ano de idade produziu 83 oócitos na sua úl-tima coleta. No total o criatório coletou 739 oócitos viáveis de 20 doadoras. “Isto é que é produtividade. Estou mesmo impressionado”, disse Vinicius. Segundo ele, é difícil falar de apenas um animal, pois cada um deles tem características excelentes e se destacam por algum mo-tivo, como a Campy Soledade que qua-se bateu o recorde de produção da raça com 105 oócitos. Além desta produção, suas quatro filhas nascidas em 2013, no criatório, já mostram a genética da mãe.

Para alavancar o projeto eles já pos-suem uma boa base de receptoras de cruzamentos anteriores entre Angus e Senepol, essas fêmeas receberão as FIVs

preparadas pela In Vitro e darão susten-tabilidade ao processo. Em 2014 a meta é ter 100 animais crias da Senepol da Mata e chegar em 2015 com 300 animais. “A intenção é emprenhar todas as nossas receptoras, cerca de 600 animais. Os tou-ros serão destinados apenas ao repasse”, enfatizou Vinicius.

Rusticidade

A alimentação do rebanho na Sene-pol da Mata segue uma nutrição simplifica-da com resultados surpreendentes. “Esses animais são mesmo diferenciados. Mesmo só com a alimentação no pasto eles mos-tram resultados que nos encantam a cada dia”, disse Vinicius. Para a nutrição do reba-nho é utilizado além do pasto a silagem e mais sal mineral. Como a pastagem está em excelente estado, após recuperação das áreas, os animais estão se alimentando exclusivamente no pasto. “As matrizes não podem engordar muito, pois pode dificul-tar a aspiração dos óocitos. Mesmo só no pasto, os animais não perderam peso, ao contrário ganharam ainda mais,” ressaltou Vinicius. “No Brasil, a capacidade de produ-ção a pasto está diminuindo. Diante desta realidade temos que focar na precocidade dos animais”, disse o criador enfatizando um dos focos do seu criatório.

Contato16 3663-4231

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O segmento não lhe é es-tranho, corre nas suas veias. Suas avós são de tradicionais famílias de pecua-ristas de Passos/MG. Cresceu na Fazen-da Belém, onde aprendeu a gostar do gado, paixão que o levou para a área de produção animal. Junto com o pai per-correu leilões, exposições, fazendas de amigos, o que fez aumentar o seu inte-resse pela pecuária e o levou à Zootec-nia. É graduado nessa área pela Univer-sidade Estadual de Londrina e mestre em produção animal pela ESALQ/USP. Ao longo de 2013, Yuri foi colaborador da Revista Terra Boa e nos trouxe infor-mações importantes para o segmento da pecuária de corte. Acompanhe abai-xo a sua análise sobre vários pontos da cadeia de produção da carne no Brasil e as tendências para os próximos anos.

TB - Entre os seus trabalhos já realizados, qual deles você destaca e por quê?

YBF - Destaco o meu trabalho no mestrado. Sabíamos que o fornecimen-to de alimentos é o input de maior cus-to nos empreendimentos pecuários, mas a seleção para eficiência alimentar em bovinos de corte foi ignorada, prin-cipalmente, pela dificuldade e custo de mensurar o consumo individual. Além disso, assumiu-se por décadas que a eficiência estaria altamente correlacio-nada com a taxa de ganho. Um índi-ce alternativo para medir a eficiência alimentar, não associado ao aumento do tamanho adulto, é o Consumo Ali-mentar Residual (CAR). Além de avaliar a variabilidade genética dentro da raça

Nelore para CAR, o objetivo do nosso trabalho foi investigar as consequências da seleção para este parâmetro de efici-ência sobre as características de carca-ça e a qualidade da carne em novilhos Nelore terminados em confinamento. A partir do momento em que sinalizamos a viabilidade da seleção para CAR, ou-tras pesquisas seguiram na mesma li-nha e rebanhos/centros de performan-ce adotaram tal característica como critério de seleção. O trabalho envolveu o rebanho Nelore Mocho OB, Universi-dade da Califórnia – Davis e a Esalq/USP.

TB - Como zootecnista e mestre em produção, nesse ano de 2013, você foi um colaborador da revista Terra Boa Agronegócios trazendo informa-ções importantes sobre como produ-

zir mais e melhor. Nesse final de 2013, com a falta de bezerros nos plantéis, decorrente do descarte de fêmeas, o que esperar para o mercado do boi gordo nos próximos anos?

YBF - O mercado do boi gordo caminha para a próxima década com foco na competitividade, modernida-de e sustentabilidade. As projeções re-alizadas em 2012 tinham como cenário preços agrícolas crescentes e crise em economias europeias, especialmente. Com esta projeção, especialistas apon-taram para 2013 uma possibilidade da atividade econômica acomodar-se à sua tendência de crescimento de longo prazo, acompanhado pelo menor ris-co de eventos extremos. O cenário de preços em elevação deve permanecer em 2014. As projeções de carnes para

Zootecnistana prática e no coração

Profi

ssão

Yuri Baldini Farjalla é zootecnista da Aval Serviços Tecnológicos,

empresa pela qual atua em todo País e lhe proporciona acompanhar

de perto a evolução da pecuária de corte brasileira.

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o Brasil mostram que esse setor deve apresentar intenso crescimento nos próximos anos; de 2% ao ano no perí-odo de 2013 a 2023. As projeções do consumo mostram a preferência dos consumidores brasileiros pela carne bovina. O crescimento projetado para o consumo da carne é de 3,6% a.a. no mesmo período. Isso significa um au-mento de 42,8% no consumo nos pró-ximos 10 anos. Quanto às exportações, as projeções indicam elevadas taxas de crescimento para 2,5 % anuais. São ex-pectativas favoráveis ao setor.

TB - Com este cenário, o criador manteve seus investimentos em pro-duzir com qualidade utilizando pro-gramas de desempenho e avaliações genéticas?

YBF - Atualmente, investimentos como a utilização das avaliações ge-néticas e participação em testes de performance são fundamentais para o sucesso do criador seletivo na ati-vidade. São ferramentas que geram informações que possibilitam toma-das de decisão precisas e seguras no trabalho de seleção. Proporcionam maiores ganhos genéticos ao reba-nho, possibilitando que este selecio-nador melhore seu rebanho e ofereça ao mercado, reprodutores e matrizes de qualidade. Há alguns anos, basta-va o animal ser registrado por algu-ma associação de raça para ter garan-

tia de mercado, mas, hoje, o cliente de genética (produtor de bezerros) tem buscado com frequência, animais com alto valor genético, mais produ-tivos.

TB - O produtor, cada vez mais especializado, tem como ganhar mais, mesmo quando o mercado con-juntural não está em um momento oportuno?

YBF - O produtor que utiliza tec-nologias e, sabe utilizá-las, certamen-te obtém um incremento significativo em produtividade. E através deste in-cremento, ele consegue diluir melhor seus custos de produção, situação que o favorece em momentos de mercado menos interessantes. A utilização de tecnologias é um caminho sem volta em qualquer setor. Em uma visão mais ampla, segundo a FAO, nos próximos 50 anos, a produção de alimentos de-verá ser aumentada em 100%, e desses, 70% serão oriundos de tecnologias de produtividade.

TB - Os programas de melhora-mento genético do País têm contribuí-do, efetivamente, para o alavancar da nova pecuária de corte no Brasil?

YBF - A melhoria nos índices de produtividade da pecuária nacional nos últimos anos deve-se sim à de-mocratização e qualidade do melho-ramento genético, mas também às

modernas tecnologias de nutrição, instalações de qualidade (bem-es-tar animal) e aos eficientes protoco-los sanitários. A genética é um fator fundamental para alavancar a pro-dutividade, e isso ocorre através dos Programas de Melhoramento que proporcionam melhorias das princi-pais características econômicas de um rebanho, como: fertilidade, desempe-nho, habilidade materna e qualidade de carcaça. Em prática, o melhoramen-to genético visa mudar a composição genética dos animais, identificando e multiplicando os melhores genótipos. E isso tem acontecido.

TB - Como você pontua a evolu-ção do rebanho nacional, no que se refere ao acabamento de carcaça, uma de suas especialidades na Aval Serviços Tecnológicos?

YBF - Estamos conseguindo sim, incrementar precocidade de acaba-mento ao rebanho nacional, prin-cipalmente o zebuíno. Alguns pro-dutores já conseguem valores/@ diferenciados, quando oferecem ao mercado animais oriundos dessa “ge-nética melhorada” (novos, pesados e bem acabados). O problema é que o número de animais que têm suas car-caças bonificadas nesses programas de qualidade ainda é baixo, conside-rando o volume total de abates. A pe-cuária de corte ainda tem muito tra-

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balho pela frente.TB - Como profissional da AVAL

você trabalha com diferentes raças, em muitos estados. De uma forma geral, pode-se observar o alavancar da pecuária de corte, que investe em qualidade e precocidade, em todos os estados brasileiros?

YBF - Sim. Esses investimentos têm sido generalizados, mas o que muda de uma região para outra é a velocidade de assimilação dessas tecnologias de produtividade. Na atual conjuntura, o produtor que não assumir algum tipo de tecnologia estará comprometendo sua eficiência e, consequentemente, sua permanência na atividade.

TB - Desde o início da sua carrei-ra até os dias atuais, o que melhorou consideravelmente no segmento da pecuária de corte no País?

YBF - Sem dúvida alguma, houve melhoria em todos os pontos do seg-mento, devido à exigência do merca-do consumidor por qualidade a preços acessíveis. O produtor de genética in-vestiu mais em melhoramento e, com isso, passou a disponibilizar animais com informação de qualidade. O pecu-arista comercial assimilou melhor tec-nologias como IATF, utilização de tou-ros provados, manejo de pastagens e

em muitos casos passou a integrar la-voura com pecuária. A terminação de bovinos em confinamento tem aumen-tado a cada ano, proporcionando car-caças de alta qualidade à indústria e melhores margens de lucro ao produ-tor. A relação entre produtor e indús-tria, embora ainda antiquada, sinali-zou alguma evolução nos últimos anos através das ferramentas de comerciali-zação, como boi a termo, entre outras. Somadas, essas melhorias contribuíram para que a nossa pecuária integrasse o setor (agronegócio) que representa 1/3 do PIB brasileiro.

TB - O que precisa ser mudado com urgência?

YBF - Precisamos de uma política agrícola moderna e eficaz, que vá ao encontro das necessidades do produtor brasileiro deste inicio de século XXI. Há a necessidade imediata de investimen-tos maciços em infraestrutura, como construção de novos portos e moder-nização dos já existentes; aumento da malha ferroviária; melhorias nas precá-rias estradas federais, estaduais e muni-cipais, etc. Em algumas regiões o pro-dutor rural se encontra sem segurança jurídica, com a propriedade sendo inva-dida e isso deve ser resolvido já. Nossas lideranças precisam se atentar mais a

esses e vários outros gargalos que tra-vam um crescimento ainda maior do nosso agronegócio pujante.

TB - O Brasil é um grande produ-

tor de carne bovina; tem condições de produzir ainda mais com a qualidade que o mercado exige?

YBF - A bovinocultura de corte re-presenta a principal fonte de proteína animal do país, com grande potencial de crescimento. Em 2009 o consumo de carne bovina por habitante foi de 39,7 kg/ano/habitante, ao passo que em 1999 este consumo era de 35,6 kg/ano/habi-tante e em 1990 era de 23,1 kg/ano/habi-tante. O aumento da eficiência produtiva passou a ter uma demanda exacerbada, especialmente, como resultado das pres-sões impostas pela globalização da eco-nomia. Nesse cenário, a competitividade tornou-se elemento fundamental dessa atividade e, com ela, surgiu a necessida-de de se disponibilizarem para o merca-do consumidor produtos que sejam de qualidade e apresentem baixos custos. Embora enorme seja o desafio, nossa pecuária de corte está passando por im-portantes transformações. As fazendas estão se tornando empresas, contando com assessorias nas áreas de melhora-mento genético, nutrição, manejo e sis-temas de criação.

Yuri Baldini [email protected]

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Pescoço de PeruG

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Foi uma difícil missão a escolha da receita para esta edição, quando todo o País se envolve em uma sé-rie de festas comemorativas em torno do Natal e do Ano Novo. O tempo é de muitas festas, propício para confrater-nizar com a família e amigos.

Diante dessa missão, que envolve cultura popular, gosto pessoal e tradição, optamos por trazer uma receita simples e fácil, mas que une sabores da terra em um prato que pode se tornar uma grande festa, já que nesse imenso

Brasil, pratos especiais não faltam nessa época, e cada re-gião tem o seu.

O nosso mestre cuca foi o amigo Júnior Ferreira de Carvalho, mais conhecido por Macarrão, que adora os ca-minhos da culinária, e que cedeu o seu tempo e a sua re-ceita para os amigos da Terra Boa Agronegócios. O prato fez sucesso com a nossa equipe. Agora é a sua vez. Delicie-se também com esta opção fácil e prática para o período das muitas festas de natal e ano novo! Bom apetite!

à moda Terra Boa

Ingredientes

2 kg de pescoço de peru200 grs de bacon1 pimentão verde1 pimentão amarelo1 pimentão vermelho3 cebolas1 cabeça de alho 300 grs de tomate cereja 8 copos de arrozCheiro verde e sal a gosto

Modo de Fazer

Frite o bacon, acrescente parte da cebola e o alho; refogue o pescoço de peru. Acrescente o sal. Deixe fri-tar até que a carne esteja pré-cozida. Depois deste pro-cesso, leve a carne para a panela de pressão. Acrescente água suficiente e deixe cozinhar por cerca de 40 minutos.

Preparo

Corte os pimentões em quadradinhas maiores e o to-mate cereja ao meio. Refogue o tomate e os pimentões, sem óleo. Quando estiverem já cozidos na água do toma-te, acrescente o arroz e mexa bem até que a mistura do tomate e dos pimentões se incorpore ao arroz. Deixe esta mistura bem seca. Nesse ponto, acrescente o pescoço de peru com a água do seu cozimento. Mexa bem e deixe co-zinhar o arroz. Quando estiver finalizando, cubra a mistura com cebola e cheiro verde. Para decorar o prato pode usar pimentões.

Júnior Ferreira 35 9176-3080

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O tradicional evento Nelore Fest chega ao seu décimo quarto ano com sucesso. A festa promovida pela ACNB (As-sociação de Criadores de Nelore do Brasil) e conhecida como Oscar da Pecuária reuniu, no dia 12 de dezembro, no Leopoldo Itaim, na capital paulista, os principais representan-tes de um dos setores de maior importância para a economia nacional: a pecuária - que movimenta 29,6% do PIB nacional, segundo dados do Ministério da Agricultura.

A cadeia produtiva da carne bovi-na foi representada por selecionadores de genética, criadores, recriadores, invernistas, confinadores, frigoríficos, assessores pe-cuários, consultores de campo, técnicos e pesquisadores. Também participaram do evento personalidades, grandes empresá-rios e investidores do mercado agropecuá-rio e de capitais.

A festa, que valoriza os criadores, pro-fissionais e personalidades que se desta-caram ao longo do ano, marca o encerra-mento do calendário anual de atividades da

Even

tos

ACNB premiaos melhores do ano em noite de festa

raça Nelore em diversas categorias. O even-to começou com a assinatura do protocolo de intenções para a expansão do trabalho do Programa Nelore Natural para todas as unidades Marfrig do País. O documento foi assinado pelo presidente da ACNB, Pedro Gustavo Novis e pelo presidente da Marfrig , Marcos Molina. O compromisso assinado na abertura da cerimônia, visa a expansão do trabalho e fortalecer ainda mais a raça Nelore e seus criadores.

A Rima Agropecuária foi o grande destaque da noite e grande campeã do Ranking Nacional Nelore 2012/2013 como Melhor Criador da Raça Nelore.

Algumas homenagens internacionais aconteceram durante o evento. Osvaldo Monastério Rék foi o melhor expositor de Nelore e Nelore mocho do Ranking Nacio-nal das raças zebuínas da Bolívia, que tem utilizado em larga escala a genética do Ne-lore brasileiro. A homenagem para o me-lhor criador de Nelore Mocho boliviano ficou com Osvaldo Monastério Nieme. O

melhor criador de Nelore em 2013 na Bolí-via foi Mario Ignacio Anglarill Serrate. Tradi-cionalmente é sorteada uma viagem com destino internacional entre os convidados do evento. Além disso, a edição de 2013 presenteou os amantes do Nelore com o livro “Sinal Verde para a carne vermelha”, do Dr. Wilson Rondó Júnior, que aborda a alimentação saudável. E também foi entre-gue aos convidados um vale-presente para o livro “Nelore, a raça forte”, exclusivamen-te dedicado à raça Nelore e aos criadores. O livro do autor José Otávio Lemos, zoo-tecnista, jurado e conselheiro técnico da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu) é comemorativo aos 80 anos da ABCZ e 60 anos da ACNB. O exemplar de-verá ser retirado durante a ExpoZebu 2014.

O criador de Nelore da linhagem Lemgruber, Fernando Penteado Cardoso foi homenageado na categoria “Criador Modelo” e aplaudido de pé pelos parti-cipantes da festa. Dr. Fernando é um dos entrevistados desta edição.

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Excelência no Agronegócio - Marca SocilNova Geração - Paulo Afonso Frias Trindade JúniorIncentivador da Raça - Jonas Barcellos Correa FilhoCriador Modelo - Dr. Fernando Penteado Cardoso20 anos do Ranking Nacional - Aprigio Lopes XavierFamília Nelorista - Família Terra BoaAmigo do Nelore - Deputado Estadual Mauro SaviCompromisso com o Nelore - Marcos Molina dos SantosDestaques do ano - Décio Garcia Nascimento, Oclair Aparecido Rosseto e Outro e José Mirandola FilhoMedalha de Ouro - Rima Agropecuária, Agropecuária Vila dos Pinheiros Ltda e Dalila Cleopath C.B.M. ToledoRanking Nacional Nelore e Nelore Mocho - Agropecuária Naviraí Ltda, Agropecuária Vila dos Pinheiros Ltda, Arrossensal Agropecuária e Indústria S/A, Dalila Cleopath C. B. M. Toledo, Dorival Antônio Bianchi, Fazenda Brumado, Fazenda do Sabiá, Walter Egídio da Costa e Dr. Jonas Barcellos, Jatobá Agricultura e Pecuária Ltda., José Pedro de Souza Budib, Limirio Antônio da Costa Filho, Luiz Antônio Xavier Porto, Márcio de Resende Andrade, Agropecuária Modelo, Paulo Pereira Cunha e Rima Agropecuária 11º Circuito Boi Verde - Fazenda Nossa Senhora das Graças, Fazenda Nossa Senhora de Fátima, São João do Papaiz e Equipe Marfrig

Nelorede Ouro

Homenageados pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil

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Edição especial capa dupla!Leia aqui também a edição especial

primeira capa disponível no Issuu.