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TERMOS DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE CAMPANHAS DE SENSIBILIÇÃO EM
DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE NA CIDADE DE MAPUTO E DIREITO À SAÚDE Data de início: Julho 2019 Prazo final: Novembro 2019 Local: Cidade de Maputo, Moçambique Com apoio técnico e financeiro:
Maputo, aos 30 de Maio de 2019
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ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………….…..… 3 2. OBJECTIVOS DA CONSULTORIA………………………….………….4 3. RESULTADOS ESPERADOS ………………………….. ………….…….4 4. METODOLOGIA E CRONOGRAMA E ORÇAMENTO………………5 5. PREMISSAS DA INVESTIGAÇÃO, AUTORIA E PUBLICAÇÃO……6 6. PRAZOS PARA CONCLUSÃO, ORÇAMENTO e DOCUMENTOS…..6 7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS……………………..7 8. SUBMISSÃO DAS PROPOSTA……………………………………………8
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1. INTRODUÇÃO Desde o ano de 1994 a medicusmundi (MM) implementa actividades em Moçambique,
colaborando fundamentalmente com o MISAU e as suas estruturas descentralizadas
(DPS, distritos e municípios). Nestes anos, foram realizados projectos com o objectivo
de reforçar os Cuidados de Saúde Primários (CSP), focando-se nos níveis distrital,
municipal e provincial. Nos seus projectos/programas, são sempre respeitados os
princípios de alinhamento, pertinência, seguimento e respeito pela liderança do
MISAU e as autoridades locais. Graças a esta consolidada relação, considera-se ter uma
ampla experiência no desenvolvimento integral e horizontal do sector saúde, dos
serviços de atenção primária nacional, bem como um conhecimento dos seus
mecanismos de planificação e gestão.
Nos últimos anos, a medicusmundi tem vindo a ampliar a sua área de actuação e,
neste momento, não só trabalha com o MISAU para fortalecer a sua capacidade para
prestar serviços e implementar as políticas públicas, mas também se compromete a
promover a necessidade de trabalhar tendo em conta os Determinantes Sociais da
Saúde (DSS), incluindo o género e o ambiente, sobretudo, nos âmbitos académico e de
investigação.
Para além do impacto na defesa dos direitos humanos que a medicusmundi tem tido
no país, através da implementação de várias iniciativas que visam a melhoria ao acesso
e qualidade dos serviços básicos de saúde, a medicusmundi tem também estado a
colaborar com o Conselho Municipal da Cidade de Maputo na implementação do
projecto: que visa a instituição de uma Comissão Municipal de "Determinantes Sociais
de Saúde na Cidade de Maputo" com objectivo final de advogar por melhores
condições de vida dos munícipes da Cidade de Maputo.
No âmbito do projecto DSS na Cidade de Maputo, a medicusmundi financiou uma
investigação sobre " Desigualdades na provisão dos Cuidados de saúde em
Moçambique: necessidades, acesso, barreira e qualidade dos serviços " em
Moçambique, publicado pelo Grupo de Investigação em Desigualdades em Saúde-
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GREDS- cujo principal foco são as barreiras ao acesso à provisão dos serviços de saúde,
de qualidade, em Moçambique.
Neste sentido, é através desso relatório desta investigação que a medicusmundi,
pretende, através dessa consultoria construir as bases que darão substâncias a
estratégia de campanhas e sensibilização em DSS e Direitos para a realização de
campanhas massivas de sensibilização na Cidade de Maputo.
II. CONTEXTUALIZAÇÃO
Desde o ponto de vista conceitual, a intervenção está baseada na definição dos
Determinantes Sociais de Saúde (DSS). Existem diferentes modelos para explicar esta
teoria, sendo o mais conhecido o modelo de Dahlgren i Whiteheahd del 1991.
Figura 1: Modelo de determinantes Socias de Saúde de Dahlgren i Whitehead, 1991
Os Determinantes Socias de Saúde da população podem ser representados a partir de
uma série de estratos (figura 1) a volta das características específicas do indivíduo
como; a idade, sexo e outros factores não modificáveis.
A sua volta, existem um conjunto de influências modificáveis. Em primeiro lugar, os
estilos de vida individuais, como por exemplo, consumo de tabaco, álcool ou
sedentarismo. Em segundo lugar, as pessoas interagem entre elas e com o seu meio,
estando assim integradas em redes sociais e comunitárias. No terceiro estrato
encontramos as condições de vida e de trabalho, a alimentação e o acesso a serviços
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básicos como a educação e a saúde. Finalmente, como mediadores de saúde, as
influências culturais e ambientais actuam sobre todos os outros estratos.
Em todos os países do mundo se observam iniquidades sociais na saúde da sua
população, consequência, principalmente, das condições pelas quais as pessoas
nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem. Segundo a declaração Universal
dos Direitos Humanos, toda pessoa tem direito a um nível de vida que possa garantir
para si e sua família saúde e bem-estar, especialmente, no que se refere a
alimentação, vestimenta, habitação, assistência médica e a demais serviços sociais
necessários.
A grande maioria dos problemas de saúde mais relevantes estão sujeitos à influença
destes determinantes e das condições de vida das pessoas. Estima-se que 80% dos
determinantes da saúde estão fora do sistema de saúde sanitário.
Actualmente, a maioria da população valoriza as principais causas da saúde sob a
“ideologia biomédica dominante”, segundo a qual os principais agentes causadores de
doenças são determinados por factores como a genética ou as conductas relacionadas
com os estilos de vida. Embora estes factores sejam importantes, não permitem uma
explicação exaustiva sobre a situação de saúde colectiva e sobre a produção das
desigualdades numa determinada sociedade. No que se refere aos estilos de vida,
estima-se que ¾ da população mundial não tem a opção de escolher, livremente,
aspectos como uma alimentação adequada, viver num ambiente saudável ou ter um
trabalho gratificante que não seja prejudicial para sua saúde. Com isto, na grande
maioria do países os governos “inundam” sua população com recomendações relativas
a estilos de vida saudáveis sem ter em conta o contexto no qual vivem as pessoas, ou
seja, os Determinantes Sociais da Saúde.
Comissão de Determines Sociais da Saúde da OMS:
A Comissão de Determinantes Socias de saúde da OMS indica que os prejuízos a saúde
colectiva e a geração de iniquidades em saúde são producto da combinação dos
determinantes sociais de saúde. A desigual distribuição dos problemas de saúde não é
um fenómeno aleatório ou natural, nem é producto tampouco de conductas pouco
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saudáveis, mas é sobretudo, o resultado da combinação das políticas sociais e
económicas que são implementadas num determinado território ou pais. De forma
que, a melhoria da saúde e da equidade precisa da realização de políticas, programas e
intervenções que integram em todos os sectores sociais e fundamentais de uma
sociedade e não unicamente no sector de saúde sanitária.
O modelo da Organização Mundial da Saúde enfatiza os contextos socioeconómicos e
políticos, assim como os determinantes estruturais e os determinantes intermediários
como sendo factores que podem originar as desigualdades na saúde:
O contexto socioeconómico e político inclui todos os mecanismos sociais e políticos
que criam, configuram e mantem hierarquias sociais, como por exemplo, o mercado
laboral, sistema educativo, instituições políticas e outros valores culturas e sociais.
Entre os factores contextuais que afectam em maior medida a saúde, podemos
encontrar o estado de bem-estar e suas políticas redistributivas (ou a ausência de tais
políticas).
Os determinantes intermédios são as circunstâncias materiais (habitação),
circunstâncias psicossociais (apoio social), factores como conducta e/ou biológicos
(actividade física) e, o próprio sistema de saúde como determinante social ( o papel do
sistema de saúde se torna particularmente relevante através do acesso e da acção
intersectorial liderada desde o sector saúde)
Os determinantes estructurais são aqueles que geram estratificação e divisão de
classes sociais na sociedade e que definem a posição socioeconómica individual dentro
das hierarquias de poder, prestígio e acesso aos recursos. Exemplos de estratificações
e seus indicadores indiretos incluem educação, classe social, género, raça/etnia. A
partir da análise dos mecanismos estructurais e intermediários é possível se ter noção
sobre as determinantes socias e iniquidades na saúde.
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Figura2: Marco conceptual dos DSS da OMS
Determinantes Sociais de Saúde em Moçambique:
O Plano Estratégico do Sector da Saúde (PESS 2015-2019) estabelece os Cuidados de
Saúde Primários (CSP) e os Determinantes Sociais de Saúde (DSS) como um dos seus
principais orientadores de acção de trabalho. Concretamente, o PESS (2015-2019)
estabelece, no seu Objectivo Estratégico, cinco intervenções chave mais destacadas
entre outras: a implementação de mecanismos institucionais eficazes de colaboração
intersectorial, com vista a reduzir os efeitos e iniquidades dos determinantes de saúde,
bem como facilitar o processo de descentralização do sector e a revisão e
implementação de mecanismos de envolvimento da Sociedade Civil no desenho,
implementação e M&A das políticas e programas de saúde nos vários níveis do sector.
O MISAU em colaboração com outros Ministérios e a própria OMS está a promover a
criação da Comissão Nacional de Determinantes Sociais de Saúde (para mais
informação ver http://www.afro.who.int/pt/mocambique/press-materials/item/5546-
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mo%C3%A7ambique-vai-ter-uma-comiss%C3%A3o-nacional-dos-determinantes-
sociais-de-sa%C3%BAde.html ).
Assim sendo, aos 31 de Março de 2016 até o 2 de Abril de 2016 foi realizado, na
cidade de Quelimane, a 1ª Reunião Nacional de Cuidados de Saúde Primários. Nesta
reunião reforçou-se de forma decidida a necessidade de trabalhar sob a perspectiva
dos DSS, recomendação que plasmou-se ao longo do encontro e nas acções definidas
para consolidar as iniciativas surgidas durante o encontro. Entre as mais destacadas
podemos encontrar a recomendação que indica: “Estabelecer e Funcionalizar a
Comissão Nacional de Determinantes Socias de Saúde constituída por peritos
independentes, para analisar permanentemente o papel dos DSS sobre os principais
indicadores do estado de saúde da população moçambicana”
Determinantes Sociais de Saúde na cidade de Maputo:
Desde o início da década 1990 o Estado Moçambicano vem se engajando no processo
de descentralização. Este processo culminou com a aprovação da Lei 2/97 que cria as
autarquias locais (os conselhos municipais), consideradas como as unidades básicas
para uma gestão municipal. Na mesma Lei, estão estabelecidas as atribuições das
mesmas, designadamente: (i) desenvolvimento económico e social; (ii) Protecção do
meio ambiente, saneamento do meio e promoção da qualidade de vida; (iii)
Abastecimento público; (iv) Saúde; (v) Educação; (vi) Cultura, lazer e desporto; (vii)
Polícia da autarquia e (viii) Urbanização, construção e habitação.
O Decreto 33/06 estabelece quais responsabilidades e funções devem ser transferidas
às autarquias e para o sector de saúde, especificamente, estas incluem: prevenção da
doença através da higiene individual e comunitária; gestão operacional de unidades de
saúde de nível primário; programas de saneamento ambiental e fiscalização; assegurar
a manutenção preventiva e a reabilitação de unidades de saúde de Nível Primário,
Centros de Higiene e outras unidades similares; a gestão corrente de cemitérios,
crematórios, morgues, e salas para cerimónias fúnebres; organizar sistemas de
transporte de doentes; emitir pareceres e elaborar propostas para o desenvolvimento
da rede primária de saúde dentro da área geográfica do Município.
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O Plano do Director do Pelouro de Saúde e Acção Social do Conselho Municipal de
Maputo (2015-2019) foi baseado sob concepção da importância dos DSS. O Plano
Director constitui um instrumento essencial para a planificação e realização de
políticas de saúde e acção social eficazes e capazes de dar resposta aos princípios
orientadores do sector da Saúde e Acção Social no Município: i) Equidade e protecção
social para os grupos vulneráveis, portanto o enfoque do Plano e a correcção dos
desequilíbrios no acesso aos serviços sócio-sanitários, ii) Melhoria na qualidade dos
serviços sócio-sanitários, iii) Desenvolvimento de estilos de vida e comportamentos
saudáveis, iv) Desenvolvimento institucional e desenvolvimento de recursos humanos,
e v) Advocacia e encorajamento de parcerias, colaboração local e internacional; a
prioridade deverá ser dada aos objectivos e acções a realizar na base dos recursos
disponíveis e na identificação de sectores possíveis de apoio pelos parceiros do sector
da saúde.
Em Dezembro de 2014 foi realizado um workshop de reflexão rstratégica sobre a
Saúde Pública no Município de Maputo com o objectivo de identificar, reflectir e
aprofundar os principais desafios associados aos Determinantes Sociais de Saúde e os
principais factores de risco para a saúde no Município da Cidade de Maputo para,
desta maneira, identificar-se os objectivos e iniciativas estratégicas a serem alcançar
num período entre 2015-2025 com relação à Saúde Pública no Município de Maputo.
Esta iniciativa que culminou com a criação do Fórum Municipal de Saúde Públia.
É prioridade do sistema nacional de saúde que os cuidados de saúde primários sejam
alcançados por todos, como um direito universalmente consagrado. Apesar de grandes
esforços e avanços observados nos últimos anos, o sistema nacional de saúde continua
a enfrentar uma série de dificuldades e desafios para a consagração do direito à saúde
para todos e todas. Dentre esses desafios, para finalidade desse projecto, destaca-se o
seguinte:
Moçambique tem um compromisso político e constitucional de garantir que toda a
sua população tenha acesso universal a cuidados de saúde e que ninguém fique em
condições de empobrecimento por razões de saúde / doença. Dadas as diferenças
sociais entre a população por regiões, idade, género, condições económicas, etc., o
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alcance do acesso universal requer um nível de atenção para a equidade e uma
distribuição de recursos que responda às necessidades em saúde, que eleve as
oportunidades para que haja saúde para todos e todas. Embora o país tenha
registado um progresso macroeconómico, tendo alcançado novas oportunidades
para concretizar o objetivo de equidade, é ainda crucial a aplicação de múltiplos
esforços para que as desigualdades no acesso aos serviços primários de saúde
sejam minimizadas.
3. ENFOQUE DAS CAMPANHAS
As campanhas terão como foco as áreas mencionadas como desafios enfrentados pelo
sistema nacional de saúde, a saber:
Iniquidades
Quadro 1. Área temática das campanhas e respectivos meios de comunicação
Área
Temática
Objetivo
Meio de difusão
Público-alvo
Iniquidades
em Saúde
Impacto dos determinantes sociais de saúde no acesso à saúde (nível de vida, nível de educação etc.).
Promover análises e/observância dos determinantes sociais de saúde no acesso à saúde.
Rádio
Televisão
Folhetos
Imprensa escrita
Plataformas de comunicação digital
Lideranças
governamentai
s
Parceiros de
cooperação
População em geral
2. OBJECTIVOS DA CONSULTORIA
i. Objectivos das Campanhas:
Promover intervenções focadas nos Determinantes Sociais de Saúde (DSS).1
1 Os determinantes sociais da saúde (DSS) são as circunstâncias em que as pessoas nascem, crescem,
vivem, trabalham e envelhecem, incluindo o sistema de saúde. Essas circunstâncias são o resultado da
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Promover o direito à saúde;
Influenciar o governo local e parceiros de cooperação no investimento de mais
acções de fortalecimento do Sistema Nacional de Saúde
ii. Objetivos da consultoria:
Elaborar o plano de comunicação e sensibilização Realizar o marco do projecto
para o desenvolvimento de campanhas de massivas no 2 ano do projecto .
Realizar 3 campanhas massivas na TV, Rádio, Imprensa escrita,incorporar as
campanhas na página web da medicusmundi (em Moçambique) e outras
plataformas sociais
Realizar uma formação a 40 membros das OSC e 20 representantes de políticas
municipais e 20 representantes dos meios de comunicação social em matéria
de elaboração de campanhas de sensibilização
iii. Productos/resultados esperados (e obj):
Plano de sensibilização (incluindo a estratégia para a elaboração das
campanhas)
Identificação e seleção das três temáticas identificadas através do estudo sobre
as desigualdades em saúde
Realizacao de três campanhas: 1 curta metragem, 1 spot de TV, 1 anúncio da
rádio, 1 anúncio de jornal, 1 folheto para utilizar nas três campanha.
Dossier das formações contendo (currículo e material formativo, pré e pós
teste)
3. RESULTADOS ESPERADOS
distribuição de poder e recursos a nível global, nacional e local, os quais dependem ao mesmo tempo das políticas adoptadas. Os determinantes sociais da saúde explicam a grande maioria das desigualdades na saúde, isto é, as diferenças injustas e evitáveis observadas entre os países e a sua situação em relação à saúde.
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Em função do objetivo do projecto e do enfoque temático das campanhas pretende-se
que nesta consultoria sejam produzidos:
(1) 1 video Curta metragem:
a. Para as três áreas temáticas. A quantidade exacta de vídeos ficaria por
definir, em função de uma análise mais detalhada das necessidades
específicas de cada área temática / campanha.
b. De 5 a 7 minutos, ainda deve ser feita uma versão mais curta para TV
(tempo a determinar pelos especialistas).
c. Pode-se optar de forma total/parcial pelo uso de grafismos.
d. Em português.
e. Os vídeos entregar-se-ão em diversos formatos:
i. Um master em máxima qualidade contendo os vídeos
produzidos, com a marca dos direitos do autor, neste caso a
medicusmundi.
ii. Arquivo de qualidade para projeções.
iii. Arquivos preparados para a sua inserção na página Web,
blog, YouTube, Vimeo e, de um modo geral, em todas as
plataformas da internet.
f. O uso de músicas deverá cumprir com a normativa de direitos de autor
(isentas de direitos ou bem adquiridos).
g. Os vídeos deverão fazer referência ao apoio técnico e financeiro:
medicusmundi e do Adjuntament de Barcelona (Conselho Municipal de
Barcelona ), respectivamente.
h. Exemplos de produtos similares elaborados no âmbito de outros
projectos da organização podem ser encontrados em:
https://www.youtube.com/user/medicusmundiCat/videos
(2) 1 spot de rádio:
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a. 1 para as três áreas temáticas, de acordo com os vídeos produzidos. A
quantidade exacta de spots de rádio ficaria por definir, em função de
uma análise mais detalhada das necessidades específicas de cada área
temática / campanha.
b. De 30 a 60 segundos. Pode-se avaliar utilizar o audio do material
audiovisal elaborado para a TV.
c. Em português e changana.
d. Os ficheiros dos spots de rádio deverão ser entregues num formato de
máxima qualidade e num formato que se possa inserir em páginas Web.
f. O uso de músicas deverá cumprir com a normativa de direitos de autor
(isentas de direitos ou bem adquiridos).
g. O spot de rádio deverá fazer referência ao apoio técnico e financeiro:
medicusmundi e do Adjuntament de Barcelona(Conselho Municipal de
Barcenola), respectivamente.
(3) 1 folheto:
a. 1 por cada área temática, respeitando a lógica anterior. A quantidade
exacta de folhetos ficaria por definir, em função de uma análise mais
detalhada das necessidades específicas de cada área temática /
campanha.
b. O produto consiste no desenho e produção do folheto.
c. Em português.
d. Os ficheiros dos folhetos deverão ser entregues em formato de imagem
editável e em PdF.
e. O uso de imagens deverá cumprir com a normativa de direitos de autor
(isentas de direitos ou bem adquiridos).
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f. Os folhetos deverão fazer referência ao apoio técnico e financeiro:
medicusmundi e Adjuntament de Barcelona (Conselho Municipal de
Barcelona), respectivamente.
4. METODOLOGIA E CRONOGRAMA E ORÇAMENTO
A consultoria será levada a cabo pela entidade/indivíduos contratados e será
supervisionada pela medicusmundi que, ao mesmo tempo, será um ente coordenador
entre os diferentes actores envolvidos.
Procura-se empresas /indivíduos com grande capacidade criativa e experiência na
elaboração de produtos com as características expostas anteriormente. Será
necessária uma comunicação fluída e constante com a medicusmundi, assim como o
desenho e implementação de metodologias participativas que permitam validar o
material criado.
Vídeo
Numa fase inicial da avaliação das propostas, deverá ser apresentada uma proposta
técnica que inclua o modelo de roteiro (uma primeira aproximação ao guião dos
vídeos), orçamento e cronograma de actividades.
A produção do vídeo só será feita após a aprovação do roteiro final.
As etapas para a elaboração dos roteiros, produção e pós-produção dos vídeos
deverão incluir no mínimo:
Reunião técnica para a apresentação e discussão dos roteiros.
Criação de texto para locução em off.
Elaboração do roteiro/guião do vídeo.
Análise da primeira versão dos vídeos. Não sendo aprovada a versão preliminar,
serão feitas novas gravações até à sua conclusão.
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A língua de trabalho e de elaboração dos documentos deverá ser a língua portuguesa.
Etapas essenciais para a produção dos vídeos que não estejam aqui listadas também
deverão ser consideradas e descritas na proposta.
Spots de rádio
Numa fase inicial da avaliação das propostas, deverá ser apresentada uma proposta
técnica que inclua o modelo de roteiro (uma primeira aproximação ao guião dos
spots), orçamento e cronograma de actividades.
A produção dos spots de rádio só será feita após a aprovação do roteiro final.
As etapas para a elaboração do roteiro, produção e pós-produção dos spots de rádio
deverão incluir no mínimo:
Reunião técnica para a apresentação e discussão dos roteiros.
Criação de texto para locução em off.
Elaboração do roteiro/guião dos spots de rádio.
Análise da primeira versão dos spots de rádio. Não sendo aprovada a versão
preliminar, serão feitas novas gravações até à sua conclusão.A língua de trabalho
e de elaboração dos documentos deverá ser a língua portugues.
Etapas essenciais para a produção dos spots de rádio que não estejam aqui listadas
também deverão ser consideradas e descritas na proposta.
Folhetos
Numa fase inicial da avaliação das propostas, deverá ser apresentada uma proposta
técnica, orçamento e cronograma de actividades.
As etapas para a elaboração da maquete e produção dos folhetos deverão incluir no
mínimo:
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Reunião técnica para a apresentação e discussão das maquetes.
Elaboração das maquetes e versão final dos folhetos.
Análise da primeira versão dos folhetos. Não sendo aprovada a versão preliminar,
serão feitas novas maquetes até à sua aprovação definitiva.
Etapas essenciais para a produção dos folhetos que não estejam aqui listadas
também deverão ser consideradas e descritas na proposta.
O orçamento total para a consultoria é de 483.764,60 meticais (quatrocentos e oitenta
e três mil meticais, setecentos e sessenta e quatro, e sessenta centavos) pagamento
efectuado será em metical, incluindo taxas, impostos viagens e contingências. Os
pagamentos serão fraccionados da seguinte forma:
Primeira Tranche: 20% já incluindo a devida taxa de imposto, após a assinatura
do contrato
Segunda Tranche: 30% já incluindo a devida taxa de imposto
Terceira Tranche: 50% já incluindo a devida taxa de imposto
(Nb: Poderá encontrar melhores especificações dos produtos exigidos por tranche
no contrato de prestação de serviços)
O principal material para ser utilizado para o processo de identificação das principais
mensagens-chave sobre Desigualdades em Saúde, DSS e Direitos deverá ser o relatório
das Iniquidades produzido pela UFP-GREDS (Universidade de Pompeu Fabra- Grupo
de Investigacao em Desigualdades em Saúde).
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Quadro 2. Orçamento disponível para a formação das Campanhas
Actividade Detalhada Recursos Despesas
Realizar uma campanha massiva de sencibilização a TV, Rádio, Imprensa, Web e outros espaços na Cidade de Maputo atraés da identificação das três temáticas prioritárias, identificadas no relatório das Desigualdades
Consultoria Pla de sensibilização e Seleção de três tematicas prioritárias, baseadas no resultado do estudo da investigação e o marco do projecto
483.764,60 meticais
Produção anuncio TV (1 anúncio)
Emissão anuncio TV ( 40 emissions)
Producció Anunci Radio ( 1 anúncio)
Emissão anúncio Rádio ( 51 emissions)
Anúncio diarios ( 22 publicacions)
Produção Curta metragemDSS
Publicação (150 boletins
Dossier das formações sobre Implementação de Campanhas e Cidadania (Currículo e material formativo, pré e pos-teste)
Nb: A medicusmundi será a entidade responsável por fazer a alocação dos valores
acima (Quadro do orçamento), assim como efectuar os devidos pagamentos
5. PREMISSAS DA INVESTIGAÇÃO, AUTORIA E PUBLICAÇÃO Os consultores devem manter rigor, isenção e descrição na execução das suas funções;
e manter confidencial toda a informação a que tenha acesso enquanto consultor desta
organização.
As premissas básicas de comportamento ético e profissional por parte da equipa
consultora devem incluir:
Responsabilidade. Qualquer discordância ou divergência de opinião que possa
surgir entre os membros da equipa ou entre eles e os responsáveis do acordo
serão discutidas e acordadas no seio da entidade adjudicadora da consultoria.
Integridade. A equipe consultora tem a responsabilidade de destacar as
questões não especificamente mencionadas nos presentes termos de
referência, se necessário, para obter uma análise mais completa da
intervenção.
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Reconhecimento da informação. Cabe a equipa consultora assegurar a
precisão das informações recolhidas para a elaboração do produto e,
finalmente, a mesma é responsável pelas informações apresentadas na versão
final.
Incidentes. Sempre que surgirem problemas durante a realização do trabalho
ou em qualquer outra fase da consultoria, devem ser comunicados
imediatamente à entidade adjudicante (medicusmundi). Caso contrário, a
existência de tais problemas não poderá de nenhum modo ser utilizada para
justificar o fracasso em obter os resultados previstos na presente declaração de
Termos de Referência.
Direitos de autor e de divulgação. Os produtos da consultoria serão
propriedade do CMM. O CMM, como entidade beneficiária da consultoria tem
o direito de poder usar o produto final, com o fim de implementar futuros
projectos em Moçambique.
Penalidades/Sanções. Em caso de atraso na entrega do produto ou no caso em
que a qualidade do produto apresentado for claramente inferior à exigida,
serão aplicadas as penalidades previstas no contrato a ser assinado.
6. PRAZOS PARA CONCLUSÃO, ORÇAMENTO E DOCUMENTOS Pretende-se que a execução dos serviços de consultoria seja de 120 (Cento e vinte
dias) dias, a partir de 18 de Julho a 18 de Novembro de 2019.
As propostas das empresas/entidades/particulares interessadas devem incluir:
1. Uma proposta narrativa que melhor atinja os objectivos acima referidos;
2. Um orçamento detalhado: considerando todos os itens, incluindo todo tipo de
despesas, taxas, impostos e demais contingências derivadas da consultoria;
3. Um cronograma. Este deve respeitar os prazos indicados nos TdRs e deve apresentar
uma lógica entre as diferentes etapas apresentadas no mesmo;
4. O perfil dos candidatos, incluindo os trabalhos (estratégias de comunicação,
políticas públicas, projectos) realizadas até a data.
5. As propostas devem ser submetidas em português.
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6. Valorar-se-á a melhor proposta em função da qualidade/preço
7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS PROPOSTAS Neste sentido valorar-se-á aquelas propostas/candidaturas de acordo com os
seguintes critérios gerais de avaliação:
#
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO TOTAL: 100 PONTOS
PONTUAÇÃO
1
Experiência de trabalho: número de trabalhos realizados nesta temática; experiência de trabalho na componente de cuidados de saúde primários e advocacia
30
2
Proposta técnica:
Enquadramento
Domínio da área temática
Objectivos
Metodologia
30
3
Proposta Financeira:
Dentro do tecto orçamental
Todas as despesas são necessárias
Inclui todas as despesas no orçamento apresentado, incluindo impostos
20
4
Cronograma
10
5
Apresentação dos documentos solicitados nos TdRs (CV, Carta de referência)
10
PONTUAÇÃO FINAL
100
8. SUBMISSÃO DAS PROPOSTA Consultores/as ou empresas interessados/as devem enviar a sua proposta, incluindo a
proposta técnica e financeira (que deverá incluir todas as despesas incluindo
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impostos, despesas de viagens se existirem, etc.), cronograma de trabalho e
CV/Referências a:
[email protected] e [email protected],
indicando o assunto consultoria para elaboração do "Plano de comunicação e
Sensibilização em DSS e Direito à Saúde"
O prazo de recepção das propostas é: 05 de Julho de 2019.
As propostas incompletas ou fora do prazo estabelecido não serão consideradas