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TERMO DE REFERÊNCIA UNIDADES DEMONSTRATIVAS EM ESCALA REAL DE SISTEMA DE CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA (Construção e instalação de 5 unidades) Campina Grande – PB Agosto de 2008

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TERMO DE REFERÊNCIA

UNIDADES DEMONSTRATIVAS EM ESCALA REAL DE SISTEMA DE CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA

(Construção e instalação de 5 unidades)

Campina Grande – PB Agosto de 2008

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1. OBJETO

O presente termo de referência vem estabelecer diretrizes de ordem técnica e

especificações necessárias a instalação de UNIDADES DEMONSTRATIVAS EM ESCALA REAL DE CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA.

Pretende-se assim, dar ciência aos proponentes, do tipo e nível do serviço

requerido, bem como, dos procedimentos técnicos a serem rigorosamente

observados, constituindo elementos indispensáveis à elaboração das propostas de

preço e prazo.

2. LOCALIZAÇÃO DA OBRA E INDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

Trata-se da contratação de obra de engenharia com vistas a executar serviços

de construção de cisternas e instalações hidráulicas para unidades

demonstrativas em escala real de captação e distribuição de água de chuva.

Os serviços a se realizarem serão no Laboratório de Hidráulica I e II da

Universidade Federal de Campina Grande/Bloco CR e BU, Bacia Escola/UFPB,

Casa Ecoeficiente/SENAI e UNED-CG CEFET.

3. DISPOSIÇÕES GERAIS

Os serviços de construção de cisternas e instalações hidráulicas deverão ser

executados de acordo com os procedimentos a seguir:

• A mão-de-obra a ser empregada deverá ser especializada. A contratada

manterá, durante a execução da obra, profissional responsável, capaz

de esclarecer eventuais dúvidas por parte da equipe fiscalizadora, bem

como funcionários necessários ao bom andamento dos trabalhos;

• Ficará o construtor contratado obrigado a demolir e a refazer os serviços

rejeitados, logo após o recebimento da ordem de serviço

correspondente, ficando por sua exclusiva conta as despesas

decorrentes desses serviços;

• Ao contratado, deve ficar perfeitamente claro, que em todos os casos de

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caracterização de materiais especificados que tenham necessidade de

serem substituídos por outros equivalentes, só poderão vir a sê-lo com a

prévia anuência da fiscalização.

• Os serviços serão executados em estrita e total observância às

indicações constantes dos Projetos fornecidos pela Universidade

Federal de Campina Grande, Normas Brasileiras, Normas das

Concessionárias locais e os referidos nas Presentes Especificações.

• As dúvidas quanto à interpretação do Caderno de Especificações e

desenhos serão dirimidas pela fiscalização.

• Cabe ao contratante elaborar, de acordo com as necessidades da obra,

os desenhos de detalhes de execução, os quais serão, previamente,

submetidos a exame e autenticação da Fiscalização.

• Concluídas as obras, a contratada fornecerá a UFCG os desenhos

atualizados de qualquer elemento ou instalação da obra que, por

motivos diversos, haja sofrido modificação no decorrer dos trabalhos.

3. PRAZO DE GARANTIAS

• O Prazo de Garantia dos serviços prestados é o previsto na legislação

vigente e definidos no Código Civil Brasileiro;

• Todos os serviços licitados devem atender às recomendações da

Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (Lei n.º 4.150 de

21.11.62), no que couber e, principalmente no que diz respeito aos

requisitos mínimos de qualidade, utilidade, resistência e segurança.

4. NORMAS TÉCNICAS E DISPOSIÇÕES PARTICULARES

Para a execução dos serviços a ser especificados, a contratada deverá

observar a todo instante as normas vigentes da ABNT e especialmente as

disposições particulares estabelecidas no presente Termo de Referência, além

das instruções a que venha receber da contratante em cada caso específico. A

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Contratada será responsável pelos danos ou defeitos construtivos que venham a

ocorrer, devido a qualquer negligência ou operação deficiente de sua parte,

devendo reparar, os prejuízos ocasionados em tais circunstâncias.

5. PRAZO DE ENTREGA O prazo para a entrega de todos os serviços será de 3 meses.

6. DEMAIS DOCUMENTOS (ANEXO)

• PROJETO BÁSICO DE INSTALAÇÃO HIDRÁULICA;

• PLANILHA ORÇAMENTÁRIA;

• CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

• CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES;

• TABELAS DE PREÇOS 2008.

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ANEXO I – PROJETO BÁSICO DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS

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ANEXO II – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA ITEM DESCRIÇÃO DO ITEM UNID QUANT PREÇO UNIT VALOR TOTAL

02.01 Serviços Iniciais02.01.001 Rasgos em alvenaria para passagem de tubulação diâm 1 1/4" a 2" m 5,00 3,60 18,0002.01.002 Enchimento de rasgos em alvenaria e concreto para tubulação diâm 1 1/4" a 2" m 10,00 3,78 37,8002.02 Instalações Hidráulicas de Bomba e Reservatório Elevado

02.02.001 Abrigo em alvenaria (1.20 x 1.00m) para conjunto de moto-bomba, incluindo chapisco, reboco, esquadria de ferro e cobertura com telha canal comum. un 5,00 807,58 4037,90

02.02.002 Caixa d´água em fibrocimento, sem estrutura de suporte cap. 1.000 litros un 10,00 247,70 2477,00

02.02.003

BOMBA CENTRIFUGA C/ MOTOR ELETRICO TRIFASICO 5CV BOCAIS 2" X 1.1/2" X 1" 618 - TJM HM/ Q = 40M / 25M3/H A 47M / 16M3/H**CAIXA**"DANCOR SERIE CAM MOD. un 5,000 1536,00 7680,00

02.02.004 Tubo pvc rígido soldável marrom p/ água, d = 20 mm (1/2") m 90,00 4,62 415,8002.02.005 Curva 90º de pvc rígido soldável, marrom diâm = 20mm un 12,00 3,63 43,56

02.02.006 Adaptador de pvc rígido soldável c/ flanges livres p/ caixa de água diâm = 20mm x 1/2" un 10,00 5,89 58,90

02.02.007 Luva de pvc soldável e c/rosca, marrom d = 25mmx3/4" un 10,00 3,46 34,6002.02.008 Torneira de bóia p/caixa d'agua d= 3/4" un 10,00 37,04 370,40

02.02.009 Adaptador de pvc rígido soldável curto c/ bolsa e rosca p/ registro diâm = 40mm x 11/2" un 10,00 8,59 85,90

02.02.010 Tubo pvc rígido soldável marrom p/ água, d = 40 mm (1 1/4") m 70,00 16,26 1138,2002.02.011 Curva 90º de pvc rígido soldável, marrom diâm = 40mm un 10,00 9,13 91,3002.02.012 Tê 90º de pvc rígido soldável, marrom diâm = 40mm un 10,00 8,63 86,30

02.02.013 Adaptador de pvc rígido soldável curto c/ bolsa e rosca p/ registro diâm = 40mm x 11/2" un 10,00 8,59 85,90

02.02.014 Registro gaveta bruto, d = 38 mm (1 1/2") - (deca ou similar) un 10,00 61,04 610,4002.02.015 Tê de redução 90º de pvc rígido soldável, marrom diâm = 25 x 20mm un 10,00 4,51 45,10

02.02.016 Adaptador de pvc rígido soldável curto c/ bolsa e rosca p/ registro diâm = 25mm x 1" un 10,00 3,08 30,8002.02.017 Registro gaveta bruto, d = 25 mm (1") - (deca ou similar) un 10,00 32,70 327,0002.02.018 Fornecimento de hidrômetro diam. = 3/4", vazão = 1,5m3/h un 6,00 80,48 482,8802.02.019 Calha em chapa de zinco, e=0,50mm, (2,05kg/m2), em meia cana m2 30,00 64,94 1948,2002.02.020 Condutor pvc soldável p/calha pluvial, d= 150mm m 50,00 26,84 1342,0002.02.021 Válvula pé c/ crivo, d = 25 mm (1") un 5,00 68,13 340,65

02.02.022 Escoramento em madeira p/ reservatórios elevados ou estruturas c/ forma vertical, 01 uso m3 0,80 33,94 27,15

02.03 Revitalização de cisterna02.03.001 Limpeza de reservatório m3 40,00 14,78 591,2002.03.002 Impermeabilizaçao com vedapren parede ou similar, 03 demaõs m2 25,45 24,80 631,1602.04 Reformas em banheiros e dispositivos sanitários poupadores de água02.04.001 Demolição de revestimento cerâmico ou azulejo m2 6,00 6,38 38,2802.04.002 Demolição de reboco m2 50,00 3,18 159,00

02.04.003 Reboco ou emboço interno, de parede, com argamassa traço t6 - 1:2:10 (cimento / cal / areia), espessura 1,5 cm m2 70,00 11,33 793,10

02.05 Instrumentos02.05.001 Pluviômetro automático un 1,00 3.300,00 3300,0002.05.002 Sonda de análise automática de parâmetros físicos e químicos de água un 1,00 13.200,00 13200,0002.05.003 Equipamentos para medição do nível de água na cisternas un 2,00 660,00 1320,0002.05.004 Kit de energia solar para bombeamento un 1,00 6.600,00 6600,0002.06 Adaptação de Instalação Elétrica02.06.001 Base de fusível tipo diazed até 25a, para quadro de distribuição de energia un 2,00 18,84 37,68

02.06.002 Ponto de interruptor 01 seção embutido com tomada conjugada (1 s + 1 t) com eletroduto de pvc rígido Ø 3/4" un 8,00 92,57 740,56

02.06.003 Ponto de luz em teto ou parede, com eletroduto de pvc flexivel sanfonado aparente Ø 3/4" un 6,00 82,78 496,68

02.06.004 Fio rígido isolado em pvc 2,5mm2 (fio 12) - 450/750v / 70°c m 30,00 2,26 67,80

02.06.005 Quadro de distribuição de embutir, com barramento, em chapa de aço, para até 12 disjuntores padrão europeu (linha branca), exclusive disjuntores un 2,00 193,35 386,70

02.06.006 Disjuntor bipolar de 30 a un 2,00 41,12 82,2402.07 Construção de cisternas02.07.001 Limpeza manual de terreno com vegetação rasteira m2 113,00 1,39 157,07

02.07.002 Escavação manual de vala ou cava em material de 2ª categoria, profundidade até 1,50m m3 135,70 27,73 3762,96

02.07.003 Cimento portland CP-32 kg 3200,000 0,45 1436,1602.07.004 Impermeabilizante L 14,4000 3,67 52,8402.07.005 Aço CA - 60 Ø 4,2 kg 80,000 8,00 639,9402.07.006 Fornecimento de cadeado 40mm un 5,00 13,65 68,2402.07.007 Tela de aço galvanizado fio 12bwg, com revestimento, malha 2" m2 0,20 40,66 8,1302.07.008 Arame Galvanizado Nº. 12 kg 64 7,76 496,7402.07.009 Arame Recozido Nº. 18 kg 4 7,76 31,0502.07.010 Areia grossa e fina m3 12 52,73 632,8102.07.011 Cal hidratada kg 40 0,63 25,3402.07.012 Chapa Zincada m2 80 13,65 1091,9002.07.013 Joelho 90° de PVC d=75 mm un 12 36,30 435,6002.07.014 Tê 90° pvc rígido d=75 mm un 4 25,01 100,0602.07.015 Tubo de pvc d=75mm m 60 17,04 1022,4702.07.016 Brita Cascalhinho m3 2,0 79,20 158,4002.07.017 Tampa para cisterna un 5,0 30,00 150,0002.07.018 Servete h 260,0 4,20 1092,0002.07.019 Pedreiro h 150 6,29 943,5002.08 Serviços Complementares

02.08.001 Pintura de acabamento com aplicação de 02 demãos de tinta PVA latex para interiores - cores convencionais m2 80,000 5,58 446,40

TOTAL DO ORÇAMENTO 63.011,76R$ Estes preços foram cotados com base no “Sistema de Orçamento de Obras de Sergipe” (www.cehop.se.gov.br/orse/), base de junho de 2008, que apresenta maior semelhança com os preços praticados na Paraíba. Nos preços acima já estão incluídos encargos sociais (120%, valor recomendado pela Caixa Econômica Federal) e BDI de 32% (adequado para este tipo de serviço).

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ANEXO II – CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO

VALOR DO ITEMSERVIÇOS (R$) % (R$) % (R$) % (R$)

01- Serviços Iniciais 73,80 100% 73,80 0% 0,00 0% 0,0002- Instalações Hidráulicas de Bomba e Reservatório Elevado 21.806,14 50% 10.903,07 50% 10.903,07 0% 0,0003- Revitalização de cisterna 1.335,20 100% 1.335,20 0% 0,00 0% 0,0004- Reformas em banheiros e dispositivos sanitários poupadores de água 1.783,48 100% 1.783,48 0% 0,00 0% 0,0005- Fornecimento de Equipamentos 22.231,00 0% 0,00 0% 0,00 100% 22.231,0006- Adaptação de Instalação Elétrica 1.811,66 0% 0,00 100% 1.811,66 0% 0,0007- Construção de cisternas 13.196,67 0% 0,00 50% 6.598,33 50% 6.598,3308- Serviços Complementares 781,20 0% 0,00 0% 0,00 100% 781,20

TOTAL MENSAL 14.095,55R$    19.313,06R$            29.610,53R$                 TOTAL ACUMULADO 63.019,15R$ 14.095,55R$     33.408,62R$             63.019,15R$                 

MÊS 01 MÊS 02 MÊS 03

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ANEXO III. CADERNO DE ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS

1. ESPECIFICAÇÕES GERAIS As unidades demonstrativas em escala real para SISTEMAS DE

CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE CHUVA

serão compostos das seguintes instalações:

• Um reservatório Inferior (cisterna de placas) com capacidade de

16m3, destinado ao armazenamento das águas pluviais.

• Dois reservatórios superiores com capacidade de 1000L cada, sendo

um para armazenamento de água oriundo da cisterna e outro para o

armazenamento de água oriundo do abastecimento público.

• Tubulações em PVC destinado à distribuição de água, juntamente

com suas respectivas conexões.

• Calhas destinadas à captação de água advinda da coberta.

• Sistema motor-bomba para recalque.

1.1. As cisternas serão executadas conforme o modelo de cisternas de

placas adotadas pelo Programa 1 Milhão de cisternas financiado pelo

governo Federal, cujo processo executivo está descrito no item 5 desse

caderno de especificação.

1.2. Os reservatórios superiores serão em fibrocimento, e serão instalados

sobre a estrutura já existente.

1.3. As calhas serão em chapa de zinco, e=0,50mm com inclinação de 0,5 a

2%, com grelas hemisféricas, devendo ser previsto nas mesmas uma

extravasão que funcione como aviso em eventual ocorrência de

obstrução das grelhas.

1.4. O sistema será composto por tubulações de PVC, série reforçada, com

caimento de 0,5 a 2% destinadas ao abastecimento nas seguintes

direções:

• Captação de água pluvial – reservatório inferior (Cisternas de Placas)

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• Reservatório Inferior (cisternas de placas) – reservatório superior (água

pluvial)

• Reservatório superior (pluvial) – bacias sanitárias e mictórios

• Reservatório superior (água oriunda do abastecimento urbano) – pias e

chuveiro.

1.5. A junta de canalizações de PVC rígido poderá ser feita:

• com adesivo e solução limpadora, nas tubulações de instalação de

água fria (para tubos soldáveis);

• com adesivo e solução limpadora ou com anéis de borracha, nas

tubulações das instalações de águas pluviais ou de esgoto (o projeto

indicará o tipo de junção a ser empregada).

1.6. A junta, na ligação de tubulações, deverá ser executada de maneira a

garantir perfeita estanqueidade, tanto para a passagem de água.

1.7. Os registros de comando dos ramais deverão ser colocados num

mesmo plano horizontal acima do piso, preferivelmente de acordo com a

altura de 1,20m para filtros, chuveiros e mictórios.

2. INSTALAÇÃO DE RESERVATÓRIOS PRÉ-FABRICADOS 2.1. Definição

Compreende o fornecimento e a instalação de reservatórios pré-fabricados em

fibra de vidro ou fibrocimento; ou o fornecimento dos materiais e a execução de

reservatórios de concreto armado, cuja finalidade consiste no armazenamento de

água.

2.2. Método executivo Antes da instalação do resevatório pré-fabricados, prepara-se o local onde o

mesmo será apoiado, colocando-se sobres pilaretes, ou chumbando-se em

paredes, duas peças de madeira de lei com 6 x 12 cm, perfeitamente niveladas.

Quando instalado sobre lajes devem ser construídos apoios para que o

reservatório fique afastado 20 cm da superfície superior da laje para permitir a

passagem sob ele da tubulação de saída d’água.

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Antes do içamento do reservatório, será providenciada a checagem do

nivelamento do local onde o mesmo será colocado, providenciando-se as

correções necessárias se houver desnivelamento.

Colocado o reservatório no local definitivo, serão feitos furos nas suas paredes

com furadeiras elétricas e brocas de ferro apropriadas às bitolas dos flanges e

contra-flanges especificados em projeto. Em seguida, os flanges e contra-flanges

serão apertados e dar-se-á início à instalação do registro de comando da saída

d’água da torneira de bóia de entrada com flutuador, dos tubos de alimentação e

de saída, e dos tubos extravasador de ventilação e de limpeza.

Após esses serviços, o reservatório será cheio para teste da estanqueidade

dos locais onde houve a colocação de flanges, o que será feito na presença da

fiscalização.

2.3. Critério de controle Devem ser observados os padrões de higiene e segurança citados na norma

da ABNT, bem como o seu nivelamento.

Os reservatórios devem, obrigatoriamente, ser providos de tampas para que

seja vedada a entrada de animais, insetos e corpos estranhos.

A fiscalização deverá verificar se os diâmetros e características dos tubos,

conexões, registros e torneira de bóia, estão de acordo com o projeto e em

perfeita condições de uso.

3. INSTALAÇÃO DE BOMBAS 3.1. Definição Refere-se ao assentamento, montagem e testes de conjuntos motor-bombas e

acessórios para elevação de água para reservatório superior.

3.2. Instalação e montagem A instalação do conjunto motor-bomba consistirá da fixação da bomba em sua

base, a montagem do motor e dos equipamentos elétricos necessários ao seu

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funcionamento, de acordo com os requisitos do projeto, das especificações

técnicas e com as recomendações do fabricante.

3.3. Instalação do conjunto motor-bomba A instalação do conjunto motor-bomba deve ser executada por pessoal

especializado, seguindo as recomendações do fabricante e os requisitos do

projeto e especificações.

O conjunto bomba e motor será fornecido montado numa estrutura de aço

rígida, que será fixada a uma base de concreto armado através de chumbadores

com porcas e arruelas. A base deverá oferecer apoio rígido e permanente, de

modo a absorver vibrações de intensidade normal que se manifestam durante a

operação do conjunto.

Os tubos de sucção e recalque devem ser instalados da maneira mais simples

possível, possibilitando a fácil desmontagem do conjunto para eventual

manutenção. Deve-se também verificar a possível existência de corpos estranhos

no interior dos mesmos, removendo-os se existirem.

Os tubos de sucção e recalque nunca devem ser tracionados para as suas

posições através dos parafusos dos flanges.

3.4. Critério de controle Todas as montagens deverão ser executadas em consonância com os projetos

executivos, as prescrições contidas nas presentes especificações, Normas

Técnicas da ABNT e na falta destas, normas nacionais ou internacionais

pertinentes.

4. TUBOS E CONEXÕES DE PVC RÍGIDO ROSCÁVEL E SOLDÁVEL

4.1. Definição Compreende o fornecimento e o assentamento de tubos e conexões de PVC

(Cloreto de Polivinila) rígido, linha hidráulica, junta roscável e soldável, destinados

às instalações prediais de água fria.

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4.2. Critério de controle Todos os serviços deverão estar de acordo com as prescrições da ABNT

relativas ao fornecimento de materiais e à execução de instalações prediais de

água fria com tubos de PVC rígido.

Não serão permitidas passagens de instalações hidráulicas em peças de

concreto armado, salvo se no projeto estrutural forem previstas aberturas com

folga suficiente para salvaguardar a integridade das tubulações, em caso de

ocorrência de deformações ou dilatações térmicas.

4.2.1. Teste de estanqueidade Antes do início de execução dos revestimentos, toda a instalação hidráulica

será testada quanto à estanqueidade, para verificação de possíveis pontos de

vazamento ou falhas nas juntas.

As ocorrências de juntas com defeitos e vazamentos serão anotadas no Livro

de Ocorrências, o que permitirá ao engº fiscal, ao longo da obra, a contínua

avaliação dos serviços.

Uma vez constatada incapacidade ou desleixo do(s) encanador(es), poderá

ser solicitada a sua substituição. Ao término da obra, essas anotações refletirão o

padrão de qualidade das instalações prediais da referida edificação.

5. CISTERNAS DE PLACAS 5.1. Descrição A cisterna de placas é um tipo de reservatório de água cilíndrico com

capacidade para 16.000 litros de água. Coberta e semi-enterrada, a cisterna

permite a captação e o armazenamento de águas das chuvas aproveitadas a partir

do escoamento nos telhados das casas, com a utilização de calhas de zinco ou

PVC. Ela consiste em placas de concreto de 50 por 60 cm (3 cm de espessura),

que estão curvadas de acordo com o raio projetado da parede da cisterna,

dependendo da capacidade prevista. Estas placas são fabricadas no local de

construção, em moldes de madeira. A parede da cisterna é levantada com essas

placas finas, a partir do chão já cimentado. O reservatório é protegido da

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evaporação e das contaminações causadas por animais e dejetos trazidos pelas

enxurradas.

5.2. Marcação e escavação Para fazer a marcação do local escolhido, amarram-se dois piquetes num

barbante ou corda com 2 metros. Enterra-se um dos tornos e, esticando o

barbante, riscando um círculo com o outro torno. Deve-se escavar até a

profundidade de 1,20 metro, seguindo o círculo traçado.

5.3. Confecção das placas das paredes o do teto

5.3.1. Processo executivo

• Derramar areia comum no local onde serão feitas as placas, de modo a

fazer uma camada de 2 a 3 centímetros de espessura, espalhando por

igual, no chão e à sombra.

• Preparar a argamassa com traço de 1:4,5 (cimento e areia média). Para as

placas da parede: deslizar a fôrma, colocando o lado curvo para baixo

sobre toda a camada de areia, até que esta tenha a forma curva.

• Colocar a fôrma com o lado curvo sobre a camada de areia.

• Despejar a argamassa no meio da fôrma.

• Com uma colher de pedreiro, distribuir a massa por toda a fôrma e depois

passar uma régua para acertar a massa por toda a fôrma e,

• Retirar a fôrma, dando umas pequenas pancadas nos seus cantos para

soltar a placa feita.

• Para a cisterna de 16 mil litros serão necessárias 63 placas. É

recomendável, porém, fazer um pouco mais para reserva, caso alguma

quebre durante a confecção ou montagem da cisterna.

• Sempre que for fazer uma nova placa, molhar a parte interna da fôrma.

• Fazer o mesmo procedimento para a confecção das placas de cobertura até

completar o número determinado, que é de 17 conjuntos de 3 placas.

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• Para as placas da última fileira, tirar um quadrado de 10 centímetros do

lado direito, em cima, logo depois de ter despejado a massa. Sobre esse

quadrado é que vão ser assentadas as vigas da cobertura da cisterna.

• Deixar as placas secando durante 2 ou 3 dias. Caso elas fiquem em lugar

quente e seco, deve-se molhá-las para evitar um ressecamento,

5.4. Fabricação de caibros A fabricação dos caibros é feitos com concreto armado.

5.4.1. Processo executivo

• Preparar um traço de concreto, usando traço 1:2:2 (cimento; areia grossa;

brita).

• Na mesma camada de areia comum em que foram feitas as placas,

espalhada por igual e à bombra, fazer os caibros.

• Colocar 2 tábuas deitadas uma ao lado da outra, com distância de 6

centímetros entre elas, e uma terceira tábua, também deitada, junto a uma

das pontas de cada tábua. Assim será dado o molde da viga.

• Despejar um pouco de concreto, até 6 centímetros de altura e passar a

régua. Colocar outra tábua deitada, na mesma posição das outras, distante

6 cm delas e, da mesma maneira, fazer outro caibro. A cada novo caibro,

as tábuas deitadas devem ser deslocadas.

• Deixar os caibros secarem durante 5 dias, com o mesmo cuidado que se

teve na secagem das placas.

5.5. Construção das paredes 5.5.1. Fabricação da laje do fundo da cisterna

• Fazer um traço de concreto de 1:4:3 (cimento;areia grossa;brita).

• Proteger ao redor com uma fileira de tijolos.

• Colocar o concreto sobre o círculo, espalhando com uma colher de pedreiro

dentro e um pouco além do círculo. Fazer uma camada de 3 a 4

centímetros de espessura.

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• Antes de terminar de espalhar o concreto em toda a superfície da laje,

convém riscar novamente o círculo de 1,50 m e tirar o torno do centro.

Iniciar o assentamento das placas, antes da laje secar.

5.5.2. Processo executivo de assentamento das placas As placas deverão ser assentadas com argamassa e devem ser escoradas.

• Fazer um traço de 1:2 (cimento e areia).

• Limpar as placas para retirar o excesso de areia incrustada. As placas

devem ficar com o lado de fora áspero, para segurar bem o reboco.

• Procure assentar as placas da primeira fileira sobre o traço do círculo. Se

isso não for feito, a fileira de placas pode não fechar o círculo.

• Colocar uma camada de argamassa de 1 centímetro de espessura por 50

centímetros de comprimento sobre o risco do círculo da laje do fundo e

assentar a primeira placa, acertando com a colher de pedreiro.

• Corrigir a placa tanto na vertical quanto na horizontal, usando um nível de

pedreiro.

• A uns 2 centímetros da primeira placa, colocar uma nova camada de

argamassa sobre o círculo e assentar a segunda placa. Fazer os mesmos

procedimentos da primeira placa.

• Entre as duas placas assentadas do lado de fora, colocar a régua de 1,20 m

e com a colher de pedreiro espalhar a argamassa para rejuntar as duas

placas. Após alisar bem, retirar a tábua.

• Fazer da mesma maneira com as outras placas até completar o círculo, isto

é, terminar a primeira fileira.

• Em cima de 2 placas assentadas na primeira fileira, colocar uma camada de

argamassa de 1 a 2 centímetros de espessura e 50 centímetros de

comprimento, colocando 1 placa de junção dessas duas placas.

• Colocar uma outra placa, ao lado, a 2 centímetros de distância. Nivelar,

escorar e rejuntar.

• Continuar o assentamento das placas da mesma maneira até terminar a

segunda fileira.

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• Na terceira fileira assentar e rejuntar as placas, da mesma forma usada

para as fileiras anteriores, utilizando varas de 1,60 metro na parte interna

da cisterna e 1,20 metro na parte externa, apoiadas na parede escavado.

• Para a quarta fileira, usar as placas que têm o quadrado retirado e assentar,

rejuntando as placas da mesma maneira, apoiando com varas de 2,20

metro para o lado interno e 1,20 metro para o lado externo. Rejuntar as três

últimas placas por fora.

5.6. Amarração das paredes 5.6.1. Processo executivo

• A amarração pode ser feita 1 hora após o levantamento das placas.

• Iniciar pela base, na primeira fileira de placas, a uns 5 centímetros do chão.

• Enrolar a parede com arame da seguinte forma: 4 voltas de arame na

primeira fileira e mais 2 na segunda, com o seguinte espaçamento: 2 voltas

de arame a 2 centímetros da base e da parte de cima da placa; 2 voltas de

arame no meio da fileira com espaçamento de 20 centímetros.

• Reforçar a terceira e a quarta fileiras com 9 voltas de arame por fileira, com

o seguinte espaçamento: 2 voltas de arame a 2 centímetros da base e da

parte superior das placas. As voltas de arame devem ter espaçamento de 7

a 8 centímetros.

• Ao terminar cada volta, torcer o arame com torquês ou alicate, apertando só

um pouco. Apertar com cuidado e o suficiente para o arame não quebrar a

parede.

5.7. Reboco da cisterna Iniciar o reboco pela parte externa da cisterna, seguindo os procedimentos

abaixo:

• Fazer o reboco externo da parede situada acima do nível do solo, do

mesmo jeito que foi feito o reboco interno e cortar com uma régua e

desempenadeira.

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• Deixar secar por um dia

• Aplicar a argamassa sobre a parede interna e espalhar com a colher de

pedreiro numa espessura de 2 a 3 centímetros.

• Passar a régua para nivelhar.

5.8. Aplicação do impermeabilizante

• O impermeabilizante deverá ser aplicado na parte interna da cisterna,

nas paredes e no fundo.

• A aplicação deverá ser feita 1 ou 2 dias após a construção da cisterna.

• Misturar o impermeabilizante de acordo com as recomendações do

fabricante.

• Aplicar até 3 demãos, sendo que a primeira deve ser com menos

cimento para que o impermeabilizante penetre bem na parede e no

fundo da cisterna.

• Deixar secar bem para, em seguida, fazer uma boa lavagem em toda a

cisterna.

Quadro 1 - Normatizações para a implementação de serviços

FONTE CÓDIGO DESCRIÇÃO

ABNT NB-18 Obras de construção, demolição e reparos ABNT NBR-5682/77 Contratação, execução e supervisão de demolições

ABNT NBR 8009 Hidrômetro taquimétrico para água fria até 15,0 metros cúbicos de vazão nominal

ABNT NBR 5651/77 Recebimento de instalações prediais de água fria

ABNT NBR 5657/77 Verificação da estanqueidade a pressão interna das instalações prediais de água fria.

ABNT NBR 5658/77 Determinação das condições de funcionamento das peças de utilização de uma instalação predial de água fria.

ABNT NBR 5626/82 Instalações prediais de água fria

ABNT NBR 5648/77 Tubos de PVC rígido para instalações prediais de

água fria.

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ABNT NBR 671/77 Recebimento de instalações de água fria.

ABNT NBR 7372/82 Execução de tubulações de pressão de PVC rígido com junta soldada, rosqueada ou com anéis de borracha