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Terca-felra, 28 de Maiio de 199'6 SERlE - Numero 21 , BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MDCAMBIQU£ 2.° SUPLEMENTO IMPR6NSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE AVISO A materia a publicar no «Boletim da Republica» deve ser remetida em c6pia devidamente autenticada. uma por cada assunto, donde conste, alern das indicayOes necessArias para esse efeito. ° averbamento seguinte. esslnado e autentleado: Para public8{:iio no (lBoletim da RepUblica). " SUMARIO ConseJho de Mlnistro&: Decreto n.O 16/96: Aprova 0 Regulamento da Pesca Maritima. Decreto n.O 17/96: Introduz alteracoes as disposicoes do Codigo de Estrada. Reso:uyio no" 11/96: Aprova a Politica Pesqueira e as respectivas Estrategias de Implementacao, COMSBJIO IE MDOSTIOS Decreta n.O 16/96 de 28 de Maio A Lei n." 3/90, de 26 de Setembro, Lei das Pescas, define 0 quadro geral da accao da administracao pesqueira e das aotividades dos agentes economicos, A mesma lei, estabelece a adopcao de medidas regulamentares destinadas a assegurar a execucao dos seus objectivos. Assim, nos termos da alinea e) do n,? 1 do artigo 153 da Constituicao da Republica, conjugado com 0 artigo 69 da Lei n," 3/90, de 26 de Setembro, 0 Conselho de, Ministros decreta: Artigo 1. E aprovado 0 Regulamentoda Pesca Maritima que, com os respectivos anexos, e parte integrante do presente decreto. Art. 2. 0 presente decreto entra em vigor a partir de 1 de Janeiro de 1997. Aprovado pelo Conselho de Ministros. Publique-se. o Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi. Regulamento da Pesca Maritima CAPITULO I gerais ARTlGO 1 (Objecto) o presente Regulamento tern por objecto regulamentar as disposicoes da Lei n." 3/90, de 26 de Setembro, relativa ao exercicio da pesca maritima. ARTIGO 2 (Defini(:oes) 1. As expressoes empregues no presente Regulamento tern 0 significado definido na Lei das Pescas. 2. Para efeitos do presente Regulamento, as expressoes complementares que se seguem significam: a) Pesca: Qualquer das operacoes definidas na Lei das Pescas. incluindo os preparativos de pesca, a pesca submarina, a caca de mamiferos e a apanha de corais e de conchas ornamentais ou de coleccao: b) Pesca artesanal: A pesca efectuada com caracter local, produzindo excedentes para comerciaIi- zacao, sem embarcacao ou com embarcacao cujo comprimento nao excede os dez metros de comprimento total, propulsionadas a remos, it vela, ou por motores fora de borda, ou inte- riores de pequena potencia, utilizando raramente gelo para a conservacao do pescado a bordo e fazendo usc de artes de pesca tradicionais; c) Pesca semi-industrial: A pesca efectuada em zo- nas oosteiras com embarcacoes ate vinte metros

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Page 1: Terca-felra, 28 de Maiio de 199'6 - Numero 21 BOLETIM DA ...extwprlegs1.fao.org/docs/pdf/moz6786.pdfRegulamento da Pesca Maritima CAPITULO I DisPOf,i~6es gerais ARTlGO 1 (Objecto)

Terca-felra, 28 de Maiio de 199'6 SERlE - Numero 21,

BOLETIM DA REPUBLICAPUBLICACAO OFICIAL DA REPUBLICA DE MDCAMBIQU£

~ ~

2.° SUPLEMENTO

IMPR6NSA NACIONAL DE MOCAMBIQUE

AVISO

A materia a publicar no «Boletim da Republica» deve serremetida em c6pia devidamente autenticada. uma por cadaassunto, donde conste, alern das indicayOes necessArias paraesse efeito. ° averbamento seguinte. esslnado e autentleado:Para public8{:iio no (lBoletim da RepUblica).

"

SUMARIO

ConseJho de Mlnistro&:

Decreto n.O 16/96:

Aprova 0 Regulamento da Pesca Maritima.

Decreto n.O 17/96:

Introduz alteracoes as disposicoes do Codigo deEstrada.

Reso:uyio no" 11/96:

Aprova a Politica Pesqueira e as respectivas Estrategiasde Implementacao,

COMSBJIO IE MDOSTIOS

Decreta n.O 16/96de 28 de Maio

A Lei n." 3/90, de 26 de Setembro, Lei das Pescas,define 0 quadro geral da accao da administracao pesqueirae das aotividades dos agentes economicos, A mesma lei,estabelece a adopcao de medidas regulamentares destinadasa assegurar a execucao dos seus objectivos.

Assim, nos termos da alinea e) do n,? 1 do artigo 153da Constituicao da Republica, conjugado com 0 artigo 69da Lei n," 3/90, de 26 de Setembro, 0 Conselho de, Ministrosdecreta:

Artigo 1. E aprovado 0 Regulamentoda Pesca Maritimaque, com os respectivos anexos, e parte integrante dopresente decreto.

Art. 2. 0 presente decreto entra em vigor a partir de1 de Janeiro de 1997.

Aprovado pelo Conselho de Ministros.

Publique-se.

o Primeiro-Ministro, Pascoal Manuel Mocumbi.

Regulamento da Pesca Maritima

CAPITULO I

DisPOf,i~6es gerais

ARTlGO 1

(Objecto)

o presente Regulamento tern por objecto regulamentaras disposicoes da Lei n." 3/90, de 26 de Setembro, relativaao exercicio da pesca maritima.

ARTIGO 2

(Defini(:oes)

1. As expressoes empregues no presente Regulamentotern 0 significado definido na Lei das Pescas.

2. Para efeitos do presente Regulamento, as expressoescomplementares que se seguem significam:

a) Pesca: Qualquer das operacoes definidas na Leidas Pescas. incluindo os preparativos de pesca,a pesca submarina, a caca de mamiferos e aapanha de corais e de conchas ornamentais oude coleccao:

b) Pesca artesanal: A pesca efectuada com caracterlocal, produzindo excedentes para comerciaIi­zacao, sem embarcacao ou com embarcacaocujo comprimento nao excede os dez metrosde comprimento total, propulsionadas a remos,it vela, ou por motores fora de borda, ou inte­riores de pequena potencia, utilizando raramentegelo para a conservacao do pescado a bordoe fazendo usc de artes de pesca tradicionais;

c) Pesca semi-industrial: A pesca efectuada em zo­nas oosteiras com embarcacoes ate vinte metros

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166-(4)

de comprimento total, propulsionadas a motorc utilizando gelo ou refrigeracao mecanica parau conservacao das capturas a bordo, fazendouso ou nao, de meios mecanicos de pesca;

d) Pcsca industrial: A pesca efectuada em aguas man­timas de Mocambique, ou fora delas, com ernbar­cacoes de mais de vinte metros de comprimentototal, propulsionadas a motor, utilizando emgeral metodos de congelacao a bordo e Iazendouso de meios mecanicos de pesca;

e) Pesca submarine: A pesca praticada por pessoasem irncrsao. em apneia ou dotada de meios derespiracao artificial, com ou sem 0 auxilio decmbarcacao:

j) Pesca maritima: A pesca praticada nas aguasmarftimas:

g) AglUls murltimas: A zona economica exclusiva,o mar territorial c as aguas marfrimas inte­riores:

Ir) Aguas maritimes lnteriores: As aguas situadaspara aquem das linhas de base c sujeitas ainfluencia de mares;

i) Fontes luminosas para atruccao do pescado: Qual­quer cstrutura dispondo de urn ou mais focosde luz preparados cspecificumente para atrairo pescado. independcnternente de estar a bordoda embarcacao principal ou da embarcacaouuxiliar ou de ser urn simples suporte fJu­tuantc, nao sendo como tal consideradas asluzes de posicao e de sinalizncao das cmbar­cacocs cnvolvidas:

jl Dispositive jlutuantc para concentraciio de ear­dumes: Oualquer sistema f1utuante, fundeadoau de deriva, destinado a atrair e a concentrarcardumes. em particular os de especies migra­torias:

ld bpecie alvo: A especic para a qual c concedidoo licenciarnento:

I) Milha: Milha nautica:111) Preparatives de pcsca: Fundcar, amarrar, estacio­

nar ou pairar nos locais de pesca, bem comoneles navegar com as artes de pesca prontas asercm utilizadas:

11) Comandunte de emburcacao de pesca: 0 tripulanteconstante do 1'01 de matrlcula como responsavelpel a cmbarcacao:

o l Arte de pesca: Sistema ou artificio de, pesca pre­parado para a caplura de recursos hidl'Obio­logicos;

Il) Arte abwulollada Illl dgulI: Toda a arte de pescaque nao se encontm devidamenle identificadae sinalizada ou sobre a qual 0 comandanteda embarcac,:ao ou 0 sell armadar tenham perdido() conlrolo:

q) Pesca experime/1tal: A peSCH realizada com ()objcclivu dc l~xpcrilm:J1tm artes, metodos ecmbal'cac;6es de pesca bern como pl'Ospectarnovos l'ecursas ou zonas de pesca;

,.) {'esell de il1vesligCf('cIO: 1\ pescu realizuda comfins cientificos;

s) Total Admissivel de Caplura: Para llma determi­nada pescaria, c a quantidade limite quepodenl SCI' capturada num dado tempo, sempOI' em causa a preservac;iio, a renovac;iio e asllstcntabilidade do recurso c que de ora emdiante sera abreviadamente designado porTAe;

I SERlE - NuMERO 21

t) Quota de pesca: E a quantidadc limite de cap­tura fixada a uma cmbarcacao ou a urn conjuntode embarcacoes do mesmo armador ou a urngrupo de pescadores, para um determinadotempo;

II) Fiscal de pesca: 0 [uncionario do Ministerio daAgricultura e Pcscas com a categoria profissionalde fiscal ou qualquer outro funcionario credcn­ciado para efeitos de fiscalizacao do cumpri­mcnto das dispo-icccs estabelecidas peln legis­lacao pesqueira.

AIU (,0 3

(Ambito de apliclI~io territorial)

o presente Regulamento uplica-sc it pes.ca nas aguasmarfrimas da Republica de Mocambiquc.

ARlIUIJ 4

(Ambito de aplica~io pessoal)

o presente Regulamento uplica-se a todas as pessoassingulares ou colectivas, nucionais ou cstr.mgeiras, queexercarn a pesca em aguas marftimas cia Republica deMocambique.

AR11UIl 5

(Ambito substantlvo)

o presente Regularnento abrange todas as pescarias cxis­tentes nas aguas marftimas cia Republica de Mocambique.

CAPITULO II

Gestao e ordel1lsmentlo das pescas

SECl'All I

Pianos de desenvolvimento

ART1GI16

(Pianos de desenvolvimento)

Scm prejuizo da generalidadc das disposicoes do artigo gda Lei das Pescas, 0 Ministerio da Agricultura c Pescaspromovera a preparacao sempre que necessaria de planusde desenvolvimento relatives as principais pescarias queconterao, nomeadamente:

iI) A identificacao das pescarias ou d.is zonas emquestao e uma oIvaliac;iio do eslado do sellaproveitamento;

h) A indicac;iio dos ohjc,ctivos a atingir na geslaoe no desenvolvimento cia pescari;1 ou na zonade gestao considerada;

c) A especificar,;ao das medidas c das polfticas degestao e de descnvolvimento a .;er empreell­didas em relac,:ao it ou as pescanas:

ell A indicacao das principais exigencias em termusde fornecimento de informac;iio cstatfstica c, osmeios a scrcm utilizados para ohler tal infor­ma~ao;

c) A especificac,:ao de directivas Co orientar,:6es deIicenciamento a serem seguidas em relar,:ao :,ou as pescarias, a ciVentuais limita<;6es respci­tantes as opera<;6es de pesca locais, a totaisadmissfveis de capltlra, a 'luotas ou ao esforl;ode pesca:

j) Orientar,;6es sobre a l"l>mposic;:ao e 11 evoluc;ao Jaestrutura da frot:1 de pesca Sllh handeiramoc,:umhicana:

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28 DE MAIO DE 1996

g) Quaisquer outras disposicoes que venha a sernecessario adoptar para a gestae e 0 desenvol­vimento da ou das pescarias ou da zona oudas zonas em questao,

ARTIOO 7

(Preparac;io e publicidade)

Na elaboracao dos pIanos de desenvolvimento seraoouvidos os organismos sociais, economicos e profissionaisligados a actividade de pesca. .Os pIanos poderao serrevistos se a evolucao dos dados biologicos e economicoso exigir e serao objecto de medidas de publicidade apro­priadas.

SEC!;AO II

Gestao das pescarias

ARTIOO 8

(Total admissivel de captura)

o TAC das pescarias em que 0 grau de exploracaoe 0 estado do recurso 0 justifique sera estabe1ecido pardiploma ministerial, sob proposta do Director Nacionalde Pescas, ouvida a Comissao de Administracao Pesqueira.

ARTlOO 9

(Quotas de pesca)

1. Compete ao Ministro da AgricuItura e Pescas, ouvidaa Comissao de Administracao Pesqueira, estabelecer asquotas de pesca e determinar a sua publicacao.

2. A fixacao das quotas de pesca sera feita para a pescaindustrial e semi-industrial e, sempre que tal for conside­rado aconselhavel para uma mais eficaz gestae das pesca­rias, para a pesca do sector artesanal,

.ARTlOO 10

(Comissao de Administra9io Pesqueira)

1. A Comissao de Administracao Pesqueira e um orgaoconsultivo..,. do Ministro da Agricultura e Pescas, para sepronunciar sobre materias do interesse e do ambito daconservacao dos recursos e da gestae das pescarias.

2. A Comissao de Administracao Pesqueira sera presi­dida pelo Director Nacional de Pescas.

3. A Comissao de Administracao-Pesquelra reuniraordinariamente uma vez em cada trimestre, e extraordi­nariamente sempre que para tal for convocada pelo DirectorNacional de Pascas.

4. Sob proposta do Director Nacional de Pescas 0

Ministro da Agricultura e Pescas estabelecera, por des­pacho, 0 Regulamento de Funcionamento da Comissao deAdministracao Pesqueira.

ARTlOO 11

(Composi~io da Comissao de Administra~iio Pesqueira)

1. A Comissao de Administracao Pesqueira tenl aseguinte composicao:

a) Director Nacional Adjunto de Pescas,b) Representante do Instituto de Investigacao Pes­

queira;c) Representante do Instituto de Desenvolvimento

da Pesca de Pequena Escala:d) Representante da Direccao de Economia do Minis­

terio da Agricultura e Pescas;e) Representante do Departamento de Cooperacao

Intemacional;

166-(5)

f) Representantes dos departamentos da DireccaoNacional de Pescas;

g) Dois representantes de associacoes de Armadorcsda Pesca Industrial;

h) Dois representantes de associacoes de Arrnadoresda Pesca Semi-Industrial;

i) Ouatro representantes de associac6es de PescaArtesanal, .

2. Como convidados poderao participar outros quadrostecnicos do Ministerio da Agricultura e Pescas e de outrosMinisterios,

ARTIOO 12

(Competencias da Comissao de Adminlstra~io Pesqueira)

1. ~ da competeneia da Comissao de AdministracaoPesqueira emitir parecer sabre materias relativas a gestaedas pescarias, em particular na definicao e estabeleci­mento de:

a) Total Admissivel de Captura;b) Quotas de pesca, eventuais remanescentes e sua

fixacao:c) Niimero maximo de embarcacoes a licenciar pOI'

pescaria;d) Periodos de veda;e) Areas com restricoes a actividade da pesca;f) Outras medidas de gestae das pescarias.

2. E ainda da competencia da Comissao de Adminis­tracao Pesqueira pronunciar-se sabre quaisquer outros as­suntos que sejam colocados a sua consideracao, nomeada­mente os relativos aos processos de preparacao e revisaodos planos de desenvolvimento das pescas.

ARTIOO 13

(Crlterios a considerar na flxa~ das quotas de pescal

1. A Comissao de Administracao Pesqueira, na definicaodas quotas de pesca para uma dada pescaria devera, pelomenos, ter em consideracao os seguintes criterios gerais:

a) Quando haja TAC estabelecido, 0 somat6rio dasquotas de pesca nao podera exceder em 5 %o valor daquele;

b) Quando nao haja TAC estabe1ecido, tera sempreem conta 0 esforco de pesca a ser exercidosabre a pescaria, de forma a preservar osrecursos.

2. Para alem dos criterios indicados no mimero anterior,a Comissao de Administracao Pesqueira devera, ainda epelo menos, ter em consideracao os seguintes criteriosespecfficos: .

a) As quotas atribuidas nos anos anteriores assimcomo 0 grau da sua utilizacao ou de capacidadede producao na circunstancia de serem fixadasquotas de pesca para essa pescaria pela pri­meira vez;

b) 0 mimero total de embarcacoes para cada pescaria:c) A existencia de sancoes decorrentes de processos

de infraccao de pesca:d) A participacao efectiva de cidadaos mocarnbicanos

na tripulacao:e) 0 registo de propriedade definitivo da embarcacao,

na Republica de Mocambique:j) 0 armador ser pessoa colectiva nacionallegalmente

constitufda para 0 exercicio da actividade depesca.

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166-(6)

ARTIGO 14

(Intransmissibilidade das quotas de pesca)

As quotas de pesca atribuidas sao intransmissiveis, notodo ou em parte.

A,RTIGO 15

(Reclama~ao)

Da decisao de Iixacao das quotas de pesca ou de redis­tribuicao dos remanescentes das quotas de pesca, cabereclamacao ao Ministro da Agricultura e Pescas.

CAPITULO III

Artes de pescaSECCAO I

Generalidades

ARTIGO 16

(Tipos de artes de pesca)

1. Nas aguas maritimas a pesca pode ser exercida pormeio das seguintes artes:

a) Redes de arrasto;b) ROOes de cerco;c) Redes de emalhar;d) Aparelhos de anzol;e) Armadilhas;f) Ganchorra.

2. 0 uso de artes de pesca nao mencionadas no mimeroanterior sera autorizado pelo Ministro da Agricultura ePescas, nas condicoes espedfieas a fixar na licenca depesca.

ARTIGO 17

(Medi~ao da malha)

1. Para as artes de pesca em que for estabelecida a dimen­sao da malhagem, a medicao desta far-se-a pela introducaona rede de. bitola plana com 2 rom de espessura e confi­guracao triangular, apresentando urn adelgacamento de2cm em cada 8 em, devendo, apes ser introduzida narnalha, suportar 0 peso de 1 Kg.

2. A malhagem de cada uma das partes eonstituintesda rede sera a media das medicoes feitas numa carreirade 20 malhas consecutivas afastadas dos porfios das redespelo menos 10 malhas.

3. Para as artes com saco, a carreira de 20 malhaseonsecutivas mencionadas no mimero anterior deveraigualmenteestar afastada 10 malhas da boca e ser paralelaao eixo longitudinal do saco,

4. 0 modelo da bitola e 0 apresentado no anexo I.

ART/GO 18

(Dimensao da malhagem)

Para as artes de pesca em que for especificada a dimen­sao da malhagem minima autorizada, 0 valor estabelecidodeve ser entendido em 'milimetros (rom), e e 0 correspon­dente:

a) Para as redes com nos, ao da medicao do vazioda malha, entre dois nos nao consecutivos,ou seia, 0 dobro do obtido entre dois nosconsecutivos;

b) Para as redes sem rnos, ao da medicao obtidaentre os meios de dois entrelacamentos opostosde uma malha oompletamente esticada segundoa direccao que permita 0 seu maximo valor.

I SERlE - NOMERO 21

ARTIGO 19

(Obstru~ao da malhagem)

1. 0 emprego de qualquer dispositivo susceptive] deobstruir ou por qualquer forma diminuir efectivarnentea dimensao da malhagem da rede sera considerada, paratodos os efeitos, como 0 uso de arte de pesca que naocorresponde a especificacao autorizada.

2. Nas artes de arrasto e autorizado 0 usa de disposi­tivos de proteccao do saco, norneadamente 0 usa de Sileo

exterior aberto com malhagem nao inferior a 70 milimetros,

ARTIGO 20

(ExistenoJa a bordo de artes nso Iicenciadas)

A existencia a bordo de artes de pesca nao inscritas nacorrespondente licenca de pesca sera considerada comotent ativa de pesca com artes nao autorizadas.

ARTIGO 21

(Estiva das artes de pesca)

As artes de pesca, para alem das prescricoes relativasa seguranca maritima que forem estabelecidas pela admi­nistracao maritima, deverao ser estivadas a bordo de modoa garantir a sua Iacil fiscalizacao, a evitar a sua contami­nacao por produtos que aIterem a qualidade e as condicoessanitarias do pescado, a manter a estabilidade da emnar­cacao e a permitir, em qualquer circunstancia, 0 reboqueou a alagem das artes de pesca, 0 higienico, Iacil e scguroprocessamento do pescado, a circulacao das pessoas ernbar­cadas e a manobra do Ierne.

ARTIGO 22

(Abandono etas artes)

o abandono de qualquer arte na agua por motivo demau tempo, avaria, sinistro au qualquer outra razao deforca maior, deve set de imediato comunicado ao DirectorProvincial de Agricultura e Peseas e a autoridade maritimado porto em que a embarcacao entrar.

ARTIGO 23

(Uso de fontes luminosas para atrac~o do pescado)

1. E permitido 0 uso de fontes luminosas para atraccaodo pescado, colocadas acima ou abaixo da superffcie daagua, as quais podem estar aetivas quer a bordo dasproprias embarcacoes ou das embarcacoes auxiliares, ateuma potencia total, por embarcacao, de 100 Kw.

2. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera, paracertas artes de pesca, pesearias ou accoes de pesca experi­mental ou de investigacao cientifica, autorizar 0 usa defontes luminosas com potencia superior a estabelecida 110

rnimero anterior e nas condicoes especificas a fixar nalicenca de pesca.

ARTIGO 24

(Uso de dispositivos flutuantes de concentra~oo)

1. E permitido 0 usa de dispositivos flutuantes de con­centracao de cardurnes.

2. 0 Ministro da Agricultura e Pescas definira ascondicoes de instalacao e de utilizacao dos disnosit ie::flutuantes para concentracao de cardumes assim comoas condicoes de operacao na sua area de influencia.

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28 DE MAIO DE 1996'

ARTIGO 25(Pesca de juvenis) .

A pesca de juvenis 56 e permitida para aquaculturae nas condicoes especificas que vierem a ser definidas,C8S0a caso, pelo Ministro da Agrieultura e Pescas, ouvidaa· Comissao de Administracao Pesqueira,

ARTIGO 26

(Pesca submarina)

1. Sem prejuizo do disposto no n." 2 deste artigo einterdita a pesca submarina praticada com meios derespiracao artificial.

2. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera, emaccoes de pesca experimental oude investigacao cientffica,autorizar a pesca submarina com meios de respiracaoartificial, nas condicoes especfficas a fixar na licencade pesca.

SECCAO II

Pesca com redes de arrasto

ARTIOO 27

(Deiifii~ao)

1. A pesca de arrasto e a pesca exercida com redesque arras tam directamente sobre 0 leito do mar (arrastode fundo ou demersal) ou entre estee asuperficie (arrastopelagico e semi-pelagico).

2.. No arrasto pelagico e semi-pelagiconao epermitidoo uso de qualquer dispositivo que proteja as redes deavarias provocadas por eventual contacto com 0 fundodo mar.

ARTIGO 28

(Tipos dearrasto)

Dc acordo com os meios empregues e 0 metodo de alagemutilizado, a pesca de arrasto divide-se em:

a) Arrasto a motor - Quando a embarcacao queexerce a actividade e provida de meios meca­nicos de propulsao, e a alagem das redes e feitapor processos mecanicos,

b) Arrasto para bordo - Quando e empregue umaembarcacao vem que a .alagem das redes seprocessa manualmenre sem a ajuda de qualquermeio mecanico:

c) Arrasto para terra --'- Quando; independentementede ser ou nao empregue qualquer embarcacao,o arrasto se faz para terra, podendo a alagemdas redes ser realizada .manuelmente ou coma ajuda de tractores ou outros meios de traccao.

ARTIGO 29

(Malhagem minima)

1. A malhagem minima autorizada para as redes dearrasto, em qualquer das suaspartes, e, para 0:

a) Arrasto a motor de' camarao - 55 mm;b) Arrasto a. motor de gamba, Iagostim, caranguejo

e outroscrustaceos.:- 50 mm:c) Arrasto a motor de especies pelagic as esemi-pela­

gicas - 50 mm:d) Arrasto para bordo - 38 rom;e) Arrasto para terra~ 38 mm,

2. POI' motivos de conservacao dos recursos e de gestaedas pescarias, 0 Ministro da Agricultura e Pescas, ouvida

166-(7)

a Comissao de! Administracao Pesqueira, podera estabelecer,por diploma ministerial, dimensoesda malhagem minimadiferentes das fixadas no mimero anterior.., 3. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera, em accoes

de pesca experimental ou de investigacao cientifica, comdura¢ao inferior a 60dias, autorizar 0 uso deartes dearrasto com dimensoes inferiores as fixadas no n." 1deste artigo.

ARTIGO 30

(Arrasto com plumas)

.A· pesca de arrasto com plumas nao pode ser exercidapelas embarcacoes de pesca industrial Iicenciadas para 0

arrasto de peixe. .ARTlGo3!

(Arrasto duplo)

l!' permttido 0 arrasto duplo, utilizartdo varas au portas,ate urn maximo de duas redes pot bordo de arrasto.

ARTIOO 32;

(Arrasto em parelha)

Sem prejuizo das disposieoes relatives a segurancamarftima,e permitida a pratioa do arrasto em parelha,com' 'embarca<;:oos dispondo de potencia maxima inferiora 1000 cv ou 736Kw.

ARTIGO 33

Ulede de prova)

1.B autofizado 0 usa de redes de prova ou de amostrscom 0 maximo de 4 metros de arracal.

2. B de 2 0 mimero maximo de redes de: prova porembarcacao, podendo a malhagem das mesmas ~er inferiora.. da art.e.princlpal.

3. Nao e permitido deter a bordo panos de erncndada redede prova.

ARTIGO ~4

(Potencla maxima admissivell

. 1. Na pesca com redesde arrastonao epermitido 0 usadeembarcac;6es com potencia superior a 1500 cv ou1100 Kw. .

2. Por motives de conservacao e de gestae dos recursospesqueiros 0 Ministro da Agricultura e Pescas, ouvidaa Comissao de Administracao Pesqueira.podera estabelecerpotencies maximas de valores inferiores aos fixados nomimero anterior.

3. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera.em accoesde pesca experimental ou de: investigacao cientifica, comduracao inferior a 60 dias, autorizar 0 uso de embarcacoescom potencies superiores as fixadas no n." 1 deste artigo.

ARTIGO 35

(Arrasto .para terra)

o arrasto para terrafazendo uso de meios mecanicosde alagem fica sujeito a autorizacao do Ministro daAgricultura e Pescas, ouvida a Comissao de AdministracaoPesqueira.

ARTIGO 36(Arrasto em balas, estuarios e rhls)

Sem prejuizo de outras prescricoes que .poderao seradoptadasvnao e permitidooarrasto em baias, estuariese rios com embarcacoes de pesca industrial.

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166-(8)

ARI'IGO 37

(Areas de oxereielo)

1 A pesca de arrasto com embarcacoes de pescaindustrial so pode ser exercida:

ct} No arrasto de camarao, para alcrn de 1 rnilhade costa c a profundidades superiores a10 metros;

h) No arrasto de gamba c crustaccos de profundidade:

I) Nu banco de Sofala, entre os paraleIos16° S e 21° S, para alem de 12 milhasde costa e a profundidades superioresa 150 metros;

2) Fora do banco de Sofala, a norte doparalelo 16° Sea sui do paralelo des21" S, para alem de 1 milha de costa e aprofundidades superiores a 150, metros.

e') No arrasto de peixe e outros:

3) No banco de Sofala, entre as paralelos16" S e 21° S, a qualquer profundidade,para alern de 12 milhas de costa;

·n Fora do banco de Sofala, a norte doparalelo dos 16° Sea sui do paralelo dos21" S, para alem de 3 milhas de' costae a profundidades superiores a 50 metros.

2. A pesca de arrasto com embarcacoes de pesca semi­-industrial so pode ser exercida para alem de 1 milhade costa.

3. A pesca de arrasto a motor com embarcacoes depesca artesanal so pode ser exercida para alem de meiamilha de costa.

4. a Ministro da Agricultura e Pescas podera, ouvidaa Comissao do Administracao Pesqueira, determinar emcertas areas c periodos do ano, por motivos de conservacaodos recursos c de gestae das pescarias, condicoes dife­routes, mas nunca inleriores, as cstabelecidas nos nurnerosanteriores.

5. 0 Ministro da Agriculture e Pescas podera, em accoesde pcsca experimental aLI de investigacao cientifica, comduracao inferior a 60 dias, autorizar a pcsca de arrastoem condicoes infcriores ~s Ilxadas nos n." 1 a 3.

ARTIGO 38

(Aesguardo a outras artes)

A pesca com redes del arrasto devera dar, em funcaodo tipo de arras to, 0 seguinte resguardo a qualquer outraarte de pesca:

tI) Arrasto a motor, uma milha:/I) Arrasto para bordo, meia milha;(') Arrasto para terra. urn quarto de milha.

SBCC:AU III

Pesca com redes de cereD

ARTIGO 39

(Definic;:iio)

A pesca com redes de cerco, e a pesca exercida com!'cde ,.,ustcntada pOl' f1utuadores e mantida na vertical porpesos. a qual ~ Im'gada da cmbarca<;ao principal com ouscm embarcac;iio auxiliar, e manobrada de modo a envolverro cardunlCi e a fechar-se em forma de bolsa para efectuara captura.

I SERlE - tvOMERO 21

ART/GO 4(l

(Malhagem minima)

1. A malhagem minima para as redes de ccrco C de18mm.

2. Par motivos de conservacao dos recursos e de gestaedas pescarias, 0 Ministro da Agricultura e Pcscns, ouvidaa Comissao de Adrninistracao Pesqueira, poder.i estabelecer,por diploma ministerial, dirnensoes da malhagcm minimadiferentes das fixadas no nurnero anterior, para a pescade certas especies OLI para certas areas e perfr.dos do ano.

ARnGO 41

(Pesca com rede de eereo em baias, estuariol; e 1'105)

Nao c permitida a pesca Will redo de cerco em baias,estuaries e rios com cmbarcacoes de pesea industrial esemi-industrial, exeepto para a captura de isca viva comrede de sacada.

ARTIGO 42

(Area de exercfclo]

A pesca com redc de ccrco praticada por cmbarcacoesde pesca industrial e semi-industrial s6 pede ser exercidaa profundidades superiores a 20 metros.

ARTIGO 43

[Aesguardo a outras redes)

A pesca com redc de cerco devera dar rcsnuard., deuma milha a qualquer outra arte de pcsca, cc In{' excepcaopara a pcsca artesana] com redo de cerco em baias, es­tuarios e rios, em que aquela distancia sera de lim quartode milha.

SECC'AO IV

Pesea com redes de emalhar

ARTIon 44

(Defini~ao)

A pesca com redes de emalhar e a pesca exercida comredes de forma rectangular, muntidas verticalmcrue na aguapor meio de chumbos Oll pesos colocados no (aha inferiore do flutuadores no cabo superior, destinadas a provocaro emalhe e enrendamento do pescado, 0 qual pode serlevado a orientar-se na dircccao da rede.

ARTIGO 45

(Tipos de redes de emalhar)

1. De acordo com a mobilidade em relacao ao fundo,as redes de emalhar dividcm-sc em fundeada- ou estacio­narias e derivantcs uu de dcriva.

2. A rede de emalhar Iundeuda e cal ada 110 fundo ouproximo desk pOl' meio de fen'os ou poitas, e pode sercomposta por um unieo pano, denominalldo-se redefundeada de urn pano, ou por lres panos de redc. scndao do meio - miudo - de mallJa mais fechada (;1 os exte­riores - alvitanas - de malha bastantc mais larga, deno­minando-se rede de tresmalh,).

3. A rede de emalhar del deriva 6 mantida a superffcicou proximo desta par meio de b6ias, e yoga livrementeao sabor da correll1te por' si s6 ou em eonjunto com aembarca<;ao a que se encontra amarrada.

ARTlGO 46

(Rede de ema~har de deriva)

o usa de redes de emalhar de deriva s6 e permitidoate um cornprimento total de 500 metros por ~mbarca<;iio.

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28 DE MAIO DE 1996

ARTlGO 471(Malhagem minima)

1. A malhagem minima autorizada para as redes deemalhar de urn pano e de 50 moo, excepto para a Baiade Maputo em que aquela dimensao minima e de 60 mm.

2. Quando a especie alvo for 0 tubarao a malhagemminima autorizada para as redes de emalhar de urn panoe de 120mm.

3. A malhagem minima autorizada para as redes detresmalho, qualquer que seja a especie alvo, e de 80 mmno miiido.

4. Por motivos de conservacao dos recursos e de gestaedas pescarias, 0 Minissro da Agricultura e Pescas, ouvidaa Comissao de Administracao Pesqueira, podera estabelecer,por diploma ministerial, dimensoes da malhagem minimadiferentes das fixadas nos n.?" 1 a 3 deste artigo, paraa pesca de certas especies ou para certas areas e periodosdo ano. '

ARTIGO 48

(Dimensoes das redes de emalhar fundeadas)

1. 0 comprimento maximo dos conjuntos aut6nomosde panos ligados entre si das redes de emalhar fundeadasnao pode exceder 3000 metros.

2. A altura das redes nao pode self superior a:

a) Metros na rede de emalhar fundeada de urn pano;b) Metros na rede de tresmalho fundeada.

3. Por motivos de conservacao dos recursos e de gestaedas pescarias, 0 Ministro da Agricultura e Pescas, ouvidaa Comissao de Administracao Pesqueira, podera estabelecer,por diploma ministerial, dimens6es diferentes das fixadasnos n.?" 1 e 2 deste artigo, para a pesca de certas especiesou para certas areas e periodos do ano.

ARTlGO 49

(Area de exercicio)

A pesca com redes de emalhar s6 pode ser exercida:

a) Pelas embarcacoes de pesca industrial e semi-indus­trial, para alem de uma milha de costa;

b) Pelas embarcacoes de pesca artesanal, para alernde urn quarto de milha de costa.

ARTIGO 50

(Resguardo a ootras artes)

A pesca com redes de emalhar devera dar 0 resguardode meia milha a qualquer arte de pesca fixa e de umamilha as restantes aries.

SECC"'O V

Pesca com aparelhos de anzcl

AATlGO 51

(Deflni~oes)

1. Entende-se por aparelho de anzol qualquer arte for­mada basicamente por Iinhas e anzois, podendo ser dasseguintes rnodalidades:

a) Linha de mao;b) Vara e salto;c) Corrico;d) Palangre e espinhel.

166-(9)

2. Linha de mao eum aparelho, com um ou mais anzois,que actua normalmente ligado it mao do pescador.

3. Vara e salto sao canas de pesca maritima, com um soanzol, destinadas it captura de tunideos e especies similaresutilizando isca viva ou artificial.

4. Corrico e urn aparelho de anzol que actua it super­ficie ou a subsuperffcie, rebocado por uma embarcacao,utilizando isca viva ou morta ou amostra artificial.

5. Palangre e espinhel sao aparelhos, com muitos anzois,formados basicamente por uma linha ou cabo denominadomadre, de comprimento variavel, do qual partem baixadascom anz6is, podendo ser fundeados ou de deriva, consoantesao au nao fixados ao fundo marinho.

ARTIGO 52

(caracteristicas da arte)

Par motivos deconservacao dos recursos e de gestaedas pescarias, 0 Ministro da Agricultura e Pescas, ouvidaa Comissao de Administracao Pesqueira, podera estabelecer,por diploma ministerial, 0 rnimero maximo de anzois ouo comprimento maximo dos aparelhos ou a distanciaminima entre anz6is.

SECC""O VI

Pesca com armadilhas

ARTlGO 53

(Defini~o)

1. A pesca com armadilhas e a pesca exercida com artesdepesca fixas que se utilizam para capturar peixes, molus­cos ou crustaceos, sendo constituidas por uma camara comsuperficie exterior malhada au reticulada e dispondo deuma au mais entradas au aberturas concebidas e implan.tadas de. tal modo que permitam a entrada dos animaise dificultem 0 mais possivel a respectiva safda, sendonormalmente caladas no fundo com ou sem isca, isoladasou em teias e ligadas a urn ou mais capos de alagem refe­renciados it superficie por bolas de sinalizacao.

2. Sob a designacao generica de armadilhas conside­ramose as denominadas gaiolas, covos, potes ou alcatruzes,gamboas e outras artes do mesmo tipo, ainda que comdiferentes designacoes, independentemente do mimero decamaras que constituirem a armadilha, do material usadona construcao e da rigidez da estrutura.

ARTIGO 54

(Malhagem minima de gaiolas e cavas)

1. Nas armadilhas do tipo gaiolas e covos, a malhagemdeve ser entendida como 0 vazio da malha ou do reticulado,consoante 0 tipo da estrutura e dos materials de construcao.

2. A malhagem minima para as armadilhas do tipogaiolas e covos, em qualquer das suas partes, e de 60 mm.

3. 0 Ministro da Agricultura e Pescas, podera, emaccoes de pesca experimental ou de investigacao cientifica,com duracao inferior a 60 dias, autorizar 0 uso de artescom dimensoes inferiores as fixadas no numero anterior.

ARTlGO 55

(Gamboas)

As armadilhas do tipo gamboa nao poderao ocupar umaarea superior a meia milha quadrada.

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166-(10) I SERlE - NOMERO 21

ARflGO 56

(Area de exercicio)

I. A pesca com arrnadilhas do tipo gaiolas e covoss6 pede ser exercida em profundidades superiores a10 metros.

2. 0 Ministro da Agriculture e Pl:SCUS podera, ouvidaa Comissao de Adrninisrracao Pesqueira, determinar, pormotives de conservacfio dos recursos c de gestae daspcscarias, prolundidades difcrentes da estabelecida nonumcro anterior.

ARTIGO 57

(Resguardo a outras artes)

A pesca com armadilhas devera respeitar a distancia asartcs com rcsguardo estabelecido e dar um resguardo deurn quarto de milha its restantes artes de pesca.

ARTIGO 58

(Outras disposil;oes)

Per motives de conservacao dos recursos e de gestaedas pescarias, 0 Ministro da Agricultura e Pescas, ouvidaa Comissao de Administracao Pcsqueira. podera estabelecer,por diploma ministerial:

,I) Dimcnsoes da malhagem dil'crcntes das Iixadasno n." 2 do artigo '14;

h) Profundidade minima a que podern ser fundeadasas urmadilhas, distintas das fixadas no n." 2 doartigo 'l6.

c) Areas restritas a pesca com armadilhas:Ii) Numeo de armadilhas que cada embarcacao pede

utilizer no exercfcio du pesca:e) Caracteristicas e dimensocs das armadilhas.

SEC<.';'O \' II

Pcsca COOl ganchorra

ART/GO S9

(Oefinic;:ao)

1. A peSCH com gunchorra ~ u jKSCa l xercida com11Il1U arte de arrastar, destinada ~l captura de bivalves,const ituida por uma armacao metal ica cum um pentede dentes Oll com um varao Ott tubo cilindrico na parteinferior, it qual csui ligado urn saco de rede que servepara u rewlha dos bivalves.

2. A gal1c!Jorra ]Jodeni SCii' providu com uma grelhad:: barras paralelas soldadas a parte inferior da arma<;aoe dir:gida ao interior do saeo de rede.

AR'I'IGO 6ll

(Malhagem minima)

/\ malhaeem minima autorizuda para a rede' que constituio sueu da ganchurra is ek 35 mm.

ARIIUO 61

(Dirnensoes e caracteristicas da ganchorra)

I. /\ largunl det boca da ganchorra nao pode exe'c'der0'; 1:10 CIll.

2. Nuo e permilido 0 uso de C}lIalquer dispositivo emfomw de Iflminu na parte inferior da urmac;ao metalicu,

). No GNI de utilizac;ao dt;:, grdha. ,I distfmcia entrebarras nao pode ser inferior a 2 l:nt.

4. 0 comprimento maximo etas dentes do pente e de20 em e 0 afastamento minimo entre eles c de 15 mm.

ARTIGO 62

(NLimel'O maximo de ganchorras por embarcacao)

I. Qualquer embarcacao liccnciada para a pesca comarte de ganchorra nao pode operar simultanearnente commais de duas ganchorras.

2. 0 numero maximo de ganchorras que qualquercmbarcacao licenciada para esta actividadc pede tersimultancamente a bordo e de tres.

ARTJCO 113

(Potencia das embarcacoeel

As cmbarcacoes que cxercam a pesca com a arte daganchorra nao podcm tel' potencia propulsora superiora 150 cv au 1to Kw.

AIlTK,O 64

(Area de exerclcloj

A pcsca com ganchorra s6 pede ser excrcida para alcmde um quarto de milha da costa e em profundidadcssuperiores a 4 metros.

ARTIGO 65

(Outras dlspusledes]

I. 1'01' motivos de conservucao dos recursos c de gestaedas pescarias, 0 Ministro da Agricultura e Pcscas, ouvidaa Comissao de Adrninistracao Pesqueira, podera cstabelccer,por diploma ministerial:

a) Dimensoes da malhagem diferentcs das fixadasno artigo 60;

b) Dimensoes e caracteristicas da ganchorra diferentesdas fixadas no artigo 61;

c) Numeros maximos de ganchorras por embarcacaodiferentes dos Iixudos no artigo ()2:

d) Potencias das ernborcacoes diferentes das fixadasno artigo 63;

e) Prol'undidades difcrenrcs das [ixadus 110 artigo 64;

2. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera em accoesde pesca experimental au de investigacao cicntifica, comduracao inferior a 60 dias, autorizar 0 exercicio da pescacom a arte da ganchorra em condicoes diferentes dasdisposicoes Iixadas nos artigos 52 a 56.

AIlTlGO 66

(Resguardo a outras artes)

A pCisca com ganchorra dt:vcni rcspeitar a distfmciaas artes de pesca com resguardo estabelecido e dar umresguardo de meia milha as restante6.

SliCc;;,O VIII

Sinalizw:;l\o e identifil;ac:;ilo das artes de piJ"ca

ARI'IGO (,7

(Slnalizac;:ao das lutes de deriva)

1. As redes e os aparelhos de anwl de deriva seraosinalizados em cada extremidade e a intervalus nao supe­riores a 2 milhas pOl' meio de b6ias provida:; de mastro,o qual api·esentara. de dia. umit bandcira ott lint reflectorde radar e, de noile, um farol.

2. Nao C obrigat6rio sinulizar a cxtrcmidade duma artcque es!ej,l [Inwrrada a llma cmbareac;ao.

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28 DE MAIO DE 1996

ARTIao 6&

(Sinalizac;io das artes fundeadas horizontalmente)

1. As redes, aparelhos de anzol e outras artes de pescafundeados e dispostos horizontalmente na agua seraosinalizados em cada extremidade e a intervalos naosuperiores a uma milha par meio de boias providas demastro, 0 qual devera ser guarnecido da seguinte forma:

a) Boia da extremidade oeste - de dia, com duasbandeiras ou uma bandeira e urn reflector deradar e, de noite, com dois far6is;

b) B6ia da extremidade leste - de dia, com umabandeira ou urn reflector de radar e, de noitecom urn farol;

c) Boias intermedias - cada uma, de dia, com umabandeira ou urn reflector de radar e, de noite,pelo menos alternadamente, com urn farol.

2. Nao e obrigat6rio sinalizar a extremidade duma arteque esteja amarrada a uma embarcacao.

3. Para efeitos do disposto neste artigo, consideram-secomo oeste os quadrantes sudoeste e noroeste da agulha,incluindo 0 norte, e como leste os quadrantes nordestee sueste da agulha, incluindo 0 sul,

ARTIGO 6,}

(Sinalizar;:ao das artes fundeadas nao horizontalmente)

As artes de pesca fundeadas que nao se disponhamhorizontalmente na agua serao sinalizadas pol' meio deuma b6ia provida de mastro, 0 qual apresentara, de dia,uma bandeira ou urn reflector de radar e, de noite,um farol.

ARTIGO 70

(Caracterizar;:ao da sinalizac;io das artes)

Os apetrechos destinados a sinalizacao das artes depesca, mencionados nos artigos anteriores obedecerao aosseguintes requisitos:

a) As boias das extremidades referidas nos artigos67 e 68, e a b6ia singular referida no artigoanterior, deverao ser de Cor vermelha;

b) as mastros deverao ter uma altura nao inferiora 2 m, medidos acima da b6ia;

c) as reflectores de radar deverao ser de metal oude plastico metalizado e da cor das bandeirasrespectivas, dispostos ou construidos de maneiraa reflectirern a energia que sobre eles incidade qualquer azimute;

d) As bandeiras deverao ser quadradas, com 50 cmde lado, e apresentar as seguintes cores:

1) Laranja, as das extremidades das artesfundeadas dispostas horizontalmente naagua:

2) Vermelha e amarela, em duas Iaixasverticais iguais, com a vermelha juntoao mastro, as das artes fundeadas que naose disponham horizontalmente na agua:

3) Amarela, as das extrernidades das artesde deriva:

4) Branca. as das b6ias intermedias.

e) as far6is devem ser de luz branca e ser visiveisa uma distancia nao inferior a 2 milhas, emcondicoes de boa visibilidade.

166-(11)

ARTIao 71

(IdentificaQiib das artes de pesca)

1. Oualquer arte nao amarrada a uma embarcacao,bern como os respectivos apetrechos de sinalizacao deveraotcr pintado, cu apresentar em chapa sinaletica, 0 conjuntode identificacao da embarcacao de pesca a que pertencem.

2. a Ministro da Agricultura e Pescas, podera pordespacho, tornar extensfvel a outras artes de pesca 0

disposto no mimero anterior.3. Oualquer arte ou apetrecho de sinalizacao encon­

trados na agua em contravencao ao disposto nos. ruimerosanteriores serao considerados arrojo de mar e propriedadedo Estado, ao qual as autoridades maritimas au das pescasdeverao dar um dos seguintes destines:

a) Tendo caracteristicas legais, venda em hastapublica;

b) Tendo caracteristicas ilegais, distruicao, da qualdevera ser lavrado auto.

CAPiTULO IV

Embarca'Yoes de pesca

SEC(;'O I

Classificacao e deftntcao das embarcacoes de pesca

ART/GO 72

(Classifica~ao das embarcar;:oes)

1. De acordo com os diferentes tipos de pesca, as cmbar-cacoes de pesca classificam-se em:

a) Embarcacoes de pesca artesanal;b) Embarcacoes de pesca semi-industrial;c) Embarcacoes de pesea industrial.

2. Nos casos em que subsistirem diividas quanto aclassificacao de uma embarcacao, 0 Ministro da Agriculturae Pescas, a pedido do interessado, decidira a que categoriapertence a embarcacao tendo em conta as disposiccesda Lei das Pescas e do presente Regulamento relativusa classiticacao da pesca e das embarcacoes de pesca.

SEC(AO Il

Ernbarcacoes de pesca artesanal

ART/GO 7J

(Areas deoperacao)

Scm prejuizo de outras normas mais restritivas quepossam ser estabelecidas pela- administracao maritima noambito da seguranca, as embarcacoes de pesca artesanalpodem operar nas aguas maritimas interiores, ate urnafastamento de: '

a) Tres milhas da costa ou do ancoradouro de base,sendo de conves aberto e desprovidas de meiosmecanicos de propulsao:

b) Seis milhas da costa ou do ancoradouro de base,sendo de conves aberto e providas de meiosmecanicos de propulsao au de conves fechadoe desprovidas de meios mecanicos de propulsao:

c) Doze milhas da costaou do ancoradouro de base,sendo de conves fechado e providas de meiosmecanicos de propulsao,

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"166-(12)

Aanoo 74

(Requisitos de constnJ~o e equipamento)

1. As embarcacoes de pesca artesanal devem satisfazeros seguintes requisitos de construcso:

a) Tel' comprimento maximo, medido de fora a fora,de to m:

b) Possuir condicoes de autonomia nao inferior a24 horas. >

2. As embarcacoes de pesca artesanal propulsionadascom motores nao podem ter uma potencia instalada superiora toO cv ou 74 Kw.

Aarroo 75

(Higiene e conservs{:io do pescado a bordo)

As embarcacoes de pesea artesanal deverao satisfazer osrequisitos sanitarios de higiene e conservacao do peseado.

SECC;:AO III

Frnbarcacoes de pesca semi-industrial

ARTIGO 76

(Areas deopera{:io)

Sem prejuizo de outras normas mais restritivas quepossam ser estabelecidas pela administracao maritima noambito da seguranca, as embarcacoes de pesea semi-indus­trial podem operar ao lange da costa nas aguas sob juris­dic;:ao da Republica de Mocambique, ate urn afastamento de30 milhas da costa.

ARTIGO 77

(Requisitos de constru{:ao e equipamento)

1. As embarcacoes de pesca semi-industrial devemsatisfazer os seguintes requisitos de construcao:

a) Ter comprimento, medido de fora a fora, superiora to m e inferior a 20 m;

b) Possuir meios mecanicos de propulsao:c) Ter autonomia nao inferior a 48 horas;d) Tel' easa de banho ou qualquer outro meio equiva­

lente que assegure a higiene pessoal sem riscode contaminacao do pescado;

e) Ter os poroes do pescado isolados termieamente;f) Possuir meios para completo esgotamento dos

poroes do pescado;g) Possuir instalacoes para a conservacao de viveres

independentes dos poroes do pescado;Iz) Tel' eompartimentagem que assegure a perfeita

separacao entre os alojamentos para 0 pessoal,as instalacoes sanitarias, a casa do aparelho depropulsao e os poroes do peseado;

i) Estarem equipadas com radar, sondae meios radioe outras ajudas a navegacao exigidas pela legis­lacao maritima;

j) Ter conves corrido;k) Estarem providas de rneios de salvamento e de

emergencia estabe'ecidos pOI' legislacao apro­priada.

2. As embarcacoes de pesea semi-industrial deverao terpotencia que assegure 0 reboque da arte de pesea mesmoquando carregada, nao podendo exeeder os 350 ev ou250 Kw de potencia instalada quando se trate de embar­cacao para a pesea de arrasto.

I SERlE - NOMERO 21

3. As embarcacoes de pesea semi-industrial deveraopossuir meios de refrigeracao que permitam a conservacaodo gelo e do pescado a bordo ou, em alternativa, poderaoefeetuar a congelacao do peseado a bordo, desde queseparada da refrigeracao.

ARTIOO 78

(Higiene, manuseamento e processamento do pescado a bordo)

1. As embarcacoes de pesca semi-industrial deveraosatisfazer os requisitos sanitarios de higiene, manuseamentoe processamento do pescado.

2. As embarcacoes de pesea semi-industrial que efectuemo descabecamento de crustaceos deverao tel' dispositivospara a trituracao de cabecas.

SECC;:AO IV

Embarcacoes die pesca industrial

ARTIGO 79

(Areas de opera{:ao)

As embarcacoes de pesca industrial podem operar semlimitacao de afastamento em relacao a linha de costa,eendo-lhes interdito pesear para dentro das tres milhas dequalquer distancia a linha da costa, salvo quando expres­samente disposto no articulado relativo a certas artes epeseatias, eonstante do presente Regulamento.

ARnoo 80

(Requisitos de constru{:iio e equipamento)

1. As embarcacoes de pesea industrial devem satisfazeros seguintcs requisitos de construcao:

a) Tel' comprimento, medido de fora a fora, superiora 20m;

b) Possuir meios mecanicos de propulsao:c) Tel' autonomia superior a 15 dias;d) Tel' instalacoes sanitarias que assegurem a higiene

pessoal sem risco de contaminacao do peseado;e) Tel' os por6es do pescado isolados termicamente;f) Possuir os adequados meios de conservacao do

peseado, com congelacao separada da refrige­racao:

g) Ter instalacao frigorifica especialmente destinadaa conservacao de alimentos para 0 pessoal,independentes dos por6es do peseado;

Iz) Possuir meios para completo esgotamento dosporoes do peseado;

i) Ter eompartimentagem que assegure a perfeitaseparacao entre os alojamentos para 0 pessoal,as instalacoes sanitarias, a easa do aparelhopropulsor e os poroes do pescado;

i) Estarem equipadas com radar, sonda e meios radioe outras ajudas a navegacao exigidas pelalegislacao maritima;

k) Estarem providas de meios de salvamento e deemergeneia estabelecidos por legislacao apro­priada.

2. As embarcacoes de pesea industrial deverao tel'potencia que assegure 0 reboque da arte de pesea mesmoquando carregada, nao podendo exeeder as 1500 cv ou1100 Kw de potencia instalada quando se trate de ernbar­cacao para a pesea de arrasto.

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28 DE MAIO DE 1996

ARTIOO 81

(Higiene. manuseamenlo e processamento do pescado a bOt'do)

1. As embarcacoes de pesca industrial deverao satisfazeros requisitos sanitarios de higiene, manuseamento e proces­samento do pescado.

2. As embarcacoes de ~a industrial que efectuemo descabecamento de crustsceos deverao ter dispositivopara a trituracao de cabecas.

SECCAO v

Regime de aquisic;iio. afretamento e propriedade

ARTI<JO 82(Aquisi~ de emba~oes de pesca)

1. A aquisicao, no pais ou no estrangeiro, incluindo atransmissao de propriedade a titulo gratuito, das embar­cacoes de pesca industrial e semi-industrial, carece deautorizacao do Ministro da Agricultura e Pescas,

2. A aquisicao no estrangeiro de embarcacoes de pescaartesanal s6 podera ser autorizada para accoes de pescaexperimental ou para projectos previamente aprovados dedesenvolvimento da pesca artesanal.

3. A autorizacao referida no n." 1 deste artigo edistinta e sem prejuizo da Ilcenca de pesca, que deversser solicitada em simultaneo e que podera ser concedidaa titulo provis6rio ao futuro proprietario.

4. Mantem-se em vigor a restante legislacao aplicavela aquisicao de embarcacoes, nomeadamente quanto aosprocedimentos exigidos pela legislacao maritima, desdeque nao disponha em contrario ao presente Regulamento.

Aanoo 83<

(Autoriza~io para a aquisi{:io de embarca~ de pesca)

1. A autorizacao referida no n." 1 do artigo anteriordevera ser solicitada pelas partes intervenientes, em reque­rimento dirigido ao Ministro da Agricultura e Pescas eentregue nos Services Provinciais de Administracso Pes­queira da respectiva provincia.

2. Do requerimento mencionado no mimero anteriordeverao constar os elementos indispensaveis a apreciacaodo pedido, nomeadamente:

a) Identificacao completa dos intervenientes na aqui­sicao,

b) Caracteristicas da embarcacao e das artes a utilizar;c) Identificacao da embarcacao a substituir, se for

o caso:d) Plano de arranjo geral e mem6ria descritiva da

embarcacao tratando-se de embarcacao de pescaindustrial ou semi-industrial a incorporar pelaprimeira vez na actividade de. pesca em Mo­cambique:

e) C6pia da ultima licenca de pesca emitida se aembarcacao ja tiver exercido a actividade;

f) Informacao sobre 0 estado geral e a localizacaoda embarcacao;

g) Indicacao das areas onde pretende operar e dosrecursos a explorar;

11) Minuta do contrato peIo qual se pretende fazera aquisicao.

3. 0 despacho sobre 0 requerimento mencionado nonumero anterior podera, sempre que considerado conve­niente, ser precedido duma vistoria, custeada pelo proprie­tario, as condicoes gerais daembareacao, a efectuar pelosservices competentes do Ministerio da Agricultura e Pescas.

166-(13)

ARTIGO 84

(Embarca~oesde pesceestrangeiras susceptiveisde afretamenrol

1. 0 afretamento de qualquer embarcacao de pescaestrangeira s6 e permitido para operar na pesca industrialou semi-industrial e desde que a embarcacao nao tenhamais de dez anos em relacao adata prevista para 0 iniciodo contrato de afretamento, sendo, para 0 efeito, tornadoem consideracao 0 anode construceo da embarcacsode pesca.

2. 0 afretamento de qualquer embarcacao de pescaestrangeira com idade superior a estabelecida no numeroanterior podera sel' autorizado quando, comprovadamentemediante vistoria custeada pelo fretador, se confirmeo bom estado .geral da embarcacao e a sua aptidao paraa pesca.

ARTI<JO 85

(Afretamento de embarca\=oes de pesca estrengeiras)

1. 0 afretamento de embarcacoes de pesca estrangeiraspara operarem em aguas maritimas rnocambicanas carece:

a) Quando implique pagamentos ao exterior, deautorizacao do Ministro do Planoe Financasconsubstanciada em contrato de afretarnento,ap6s parecer favoravel do Ministro da Agri­cultura e Pescas:

b) Quando nao implique pagamentos ao exterior,de autorizacao do Ministro da Agriculturae Pescas.

2. 0 afretamento de embarcacoes de pesca estrangeirass6 pode ser requerido POl' armador nacional e desde quepossua uma tonelagem minima de frota pr6pria igual ousuperior a tonelagem que pretende afretar.

3. As embarcacoes de pesca estrangeiras afretadas ficamsujeitas as disposicoes legais :aplicaveis as embarcacoesde pesca mocambicanas.

ARTIGO 86

(Validade da autoriza9ao de afretamento)

A autorizacao mencionada nas alineas a) e b) don," 1 do artigo anterior mantem-se valida por umperiodo de 45 dias apos a comunicacao da concessao,findos os quais caduca se a embarcacao a afretar aindanao se encontrar em porto da Republica de Mocambique.

ARTI<JO 87

(Dispensa da condi~o de tonelagem minima)

1. A condicao de tonelagem minima para poder afretarembarcacoes de pesca estrangeiras, estabelecida no n," 2do artigo 85, podera ser dispensada quando 0 afreta­mento vise:

a) 0 registo de propriedade definitivo como embar­cac;ao de pesca mocambicana:

b) A substituicao temporaria duma embarcacao cujaconstrucao ou modificacao ja tenha sido auto­rizada;

c) A experiencia de novos tipos de embarcacoes oude novas artes e tecnicas de pesca ou a explo­racao de novas areas de operacao:

d) A captura de recurso sub-explorado.

2. 0 afretamento de embarcacoes estrangeiras peloInstituto de Investigacao Pesqueira, para fins de investi­gac;ao cientffica, esta dispensado do cumprimento das dis­posicoes relativas a tonelagem prescritas no artigo 85

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] 66-(14)

(Duralfao do afretamento)

l , 0 alrctumcnto de cmbarcacocs ell' pesca estrangcirasn:i\l puder,! cxccdcr ,I duracao de:

«) LJIll ;I;lL) 11<1 silw:~:ii;) clc disl'cn:,<I de tonclagcmnunimu prcvisu: 11<1 "linea c) do 11." 1 doarligu anterior:

h) Cinco anos na situacao de dispensa de tonelagernrninimu prcvista IlH alinca d) do n." I do artigoanterior:

c) Tn:s ,mo;, nth re::l<!1)ks silu,l(;llCS de alrctamcnto.

~, 0 Ministro da Agi'icllitura c I'cscas podcr.i. em casesdcvldamcntc [undarneutudos, diluiur os prazos de af rctu­rncruo csiabcl c;(h:: 110 mirncro anterior PUI' IllUIS lIlll

pnioelo i!)I'<l1 ::0 eI,1 corrcspondcntc situaruo.

(Autorizalfiio para 0 afretamento de embarcacoes de pescaestrangeiras)

A autorizacao para 0 afretameuto de embarcacocs cstrun­gciras dever.i ser solicitadu em requcrimcnto Iundamcn­iado. quando aplicrivel, 0 pcdido ell' dispcnsa de tonelagcmmlnima e acompanhado da minuta do contrato de afreta­111I.'nlo, cia ljllul constern os elementos indispensavcis :,uprcciacao do pcdido, norneadarncntc:

(/) ldcruificacao complcta dil'; paries eonlntiuntcs:Ii) C,i1:lclel'l,,[i,:w d,1 cmhurcacuo a alrctar c das nrtcs

a urilizur:cl Indicaciio das areas em que pretcndc operar e dos

rccursos a cxplorar:

d) Identificacao e caracterfsticas da ernbarcaciio cujaconstrucao ou modificacao j,i ienha sido auto­ri/"lda L' qu;: sc des! inu a ser substituid:J pl,j"l'lllh,II\;<I~":() <I "f1'cl'lr. SL' ror () caso:

(') !"plicitac;i'!o do;; 1l0VOS tipm de clllbarcac,:au, dasl]OV;IS ;1I'!c'" ou tecnieu:; (lL: pcsca uu elns Ilovas;il'ea~ dc OpCl'a<;llo quc sc visCIll experimcnl<!rcum 0 ul'rctamcnlo, "c' 1'01' 0 caso;

/l CI,lusulas cOl11crciais c rinallceirCls quc asscgul'l'll1(lS pr:lzus L' rorm::~; (It: pugulIlellto.

.'\11'11(;0 \)(1

(Afrctamento de embarcacoes de pc sea mO\:[lInbicanas)

t, 0 "rrciulllcntu de elllbarcw;lles dc pesea mo<;ambi­canas para upcrarcm em ,iguas mariti11las mo<;ambicana 1;

ean.:ce dc aUloriza<;iiu do Minist1'(l cia Agricliltura c Peseasc clcvcrCt st:!" solieilaJa cm I'cqUCrilllClllu acumpanlwdo deminllta do respcclivo cuntrato de urretamcllto, d<l qualeonslell1 0:' t'lcmcllto:; inui'Ilt'lls,ivcis il uprecim;llo dopcdiclo, non:L:mlalllellle os illdie;l<lol; nas alincas 0), /1\. c)

L' /l do ;Irtigu '1IlIcrilll'.2, U afre!cIPlento dc clllb;lrea(;(H:" cle pcsca l1lo<;arnbi­

UIl):I~; par,1 op,.:r;iITl1l el11 ,lgUlls (";tr:lIl~ciras ucvcru SCI'cUlllurlicaclo ,IU l\1illistl'O di! Agricliitura e, Pesc<lS, comindica<;ao dn:; P:ll'lcs cunlral,II'dcs (: till puis Ull pai:;c':; uncleir,'lo ('IXT";',

.'\nTf(;o91

(Origem da!l captlll'<l!; das emharcat;:oes afrctadas)

I, Sao cUl!sidcr"tlo~ <..Ic OIigcl1l nacional os prodll[us (hi

!lese:1 eapllll'udLJ~ n::~ agllas marftimas d<l RC'PllbJil~a deMlI<,:,lInhiqllc jJL'las embarca<,:ocs dc PC~C:I c";ll'i1ngcil'ali

I SIIRIH - NUMERO 2/

alrctadas, assim COl1l0 os produros resultantes da suau-anslormacao quando efcctuada a bordo cbs referidascmbarcacoes.

2. Para [ius alfandcgarios c desdc que dcscarregadosC1I1 POI'(U mocamhicnuo, ,,;:"ttl it',\Iu!tncnl<: cousidcrudos deorigem nacional os produto- da pesca capturados emuguas de terceiros paises 1'01' embarcacoes de pescamocambicanas Ol1 pOI' embarcacoes de pesca cstrangeirasufrctnrlas pOI' arrnadores nacionais quando autorizadospara 0 efeito.

3. 0 pcdido para a autoriz.rc.io mencionada no numero'1111CriOl' :;ci'a dirigido ao Ministro da Agriculrura e Pescasacornpanhud« de declaracao da compctcntc autoridade dopais terceiro confirrnando a concessao de direitos de pescac () mirncro de cmbarcacoes a iiccnciar 0, quando aplic.ivclde contrato de Iretamcnro.

SJi,(,('AO rv

Regime de construcao e rnodlflcaeao

ARTlUO 1)2

(Definicoes)

Para cIcitos do presenre Regulamento entcnde-se por:

1I) Construcao, 0 labrico duma embarcaciio de pescaqucr a partir do lancamento duma quilha novaqucr a partir duma quilha ja cxistente;

Ii) Modificacao, qualquer ultcrucao estrutural reali­nlda numa erubarcacao c seus apetrechos,norr.cadamcn tc gu i Ill' hus ou cub res tal 1!l::S, berncomo qualquer altcracao ao sistema de propul­S,lO, incluindo a suhstituicuo de InC,IOJTS, ouquulquer alteracao au sistema de refrigeraciioL' congclacao.

All I 1<;0 'll

(Construl,:ao e modificacao de embarC81,:oes de pesca)

I. A constnl<;uu C Ill()(.lifica~:a() de embarcat;i1es de pescaindustrial e semi·industrial t:<lreccrn de <Iutlll'inictio doMir;istro da Agricultura e Pescls. .

2. A uutoriza<;uo rcferida no I1lllnero antcriur e distilltac scm prejuizo cia licenC;'1 dc pt'sca, quC' clevenl lieI' solici­1:ld" elll ,inHillullco.

). 1\1Clntl:nhc em vig<n' u rt'S(;lIltc kgisla';;lo apiicavcl;t const ru<;;io c Illodifiea<,:,io de embarca<;oes, nUlI1cadamentC'quanto aus proceclirnentos exigidus pela legis]a<;,io marftima .

AIlII(;r, '10\

(Autoriza<;iio para a construl,:ao H mo<Hicalfao d~ embarC8\;oesde pascal

1. () requc! itllcnto solicilanclt I autoriza<;ao flClra a cons­tl'u<;uo c l1l0difica<;iio de embUl'lu<;oes de pesca devera sel'dirigido ,10 Mil1islro un Agl'icllitura e Pescas e l.'I1tregue nosSCl'vi<;os Provinciais de Acltninistrac50 Pesqucil'a cla res­pcct;va provincia.

2. Do ITCJu<:rimclllo Illcllci',J1I:1t!O no ntlllwro anterior(L:vCt':i( comtar os dCl1lenlus iJldispens!lveis ;1 aprecia<;ao(It) pedit!l1, lloll1cadal1lcntc:

II) IJcntifie'l<;llo completa till rcqucrcllk:/J) Camcterlsticas cia el1lhmea<;ao c das arles a utili­

zar:c) Idenlific;\<;8o da embnrcac;uo H substiluir, so for

o caso:11) Plano Ul: arranjo genii e rnem6ri~1 (kscritiva ua

cl1lbal'ca<;iio tl'atando-"c de e'mbarcw;i1o a eons­InriI' Oll modificar;

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28 DE MA.IO DE 1996

e) Iustificacao tecnico-economica do projecto de cons­trucao ou modificacao:

f) Abonacao da capacidadefinanceira do requerenteemitida por uma entidade bancaria:

g) Copia da ultima Iicenca de pesca emitida se aembarcacao ja tiver exercido a actividadc

11) Informacao sobre 0 estado geral e a Iocalizacaoda embarcacao, prestada pela autoridade mari­tima competente;

i) Indicacao das areas onde pretende operar c dosrecursos a explorar;

i> Minuta do contrato de construcao ou modificacao,com indicacao do estaleiro onde os trabalhosirao decorrer.

CAPITULO V

Conservacao des recursosSECCAO J

Areas com restrlcoes a actividade da pesca

ARTIGO 95

(Areas para conservacao dos recursos naturais)

Tendo em vista a conservacao ambiental de determinadasareas ou a preservacao e proteccao de especies marinhas,poderao ser estabelecidos:

a) Parques nacionais marinhos;b) Reservas naturais marinhas;c) Areas marinhas protegidas.

ARTIGO 96

(Parques nacionais marinhos)

1. Os Parques nacionais marinhos e respeetivos regula­mentes serao estabelecidos por deereto do Conselho deMinistros, sob proposta do Ministro da Agricultura e Pescasou de qualquer Dutra entidade nacional, com parecer doMinisterio da Agricultura e Peseas.

2. Nos Parques nacionais marinhos e interdita toda equalquer actividade de pesea, incluindo a pesea de subsis­tencia, a pesea reereativa e desportiva e a pesca submarina.

ARTIGO 97(Beservas naturals marinhas]

1. As reservas naturais marinhas e respeetivos regula­mentos serao estabeleeidos por decreto do Conselho deMinistros, sob proposta do Ministro da Agrieultura e Peseasou de qualquer outra entidade nacional com pareeer doMinisterio da Agrieultura e Pescas.

2. As reservas naturais marinhas podem ter urn caractertotal ou parcial, tendo em eonta os interesses que sepretendam proteger.

3. Nas reservas -naturais marinhas com caracter totalpode ser exercida a pesea de subsistencia, desde que naoprejudique os interesses a proteger.

4. Nas reservas naturais marinhascom caracter parcialpodem ser exercidas a pesea de subsistencia, a peseaartesanal e a pesea recreativa e desportiva, desde quenao prejudiquem os interesses a proteger.

AllTiGO 98

(Areas marinhas protegidas)

Com earaeter temporallimitado poderao ser estabelecidasareas marinhas protegidas por dcspacho do Ministro daAgrieultura e Peseas, interditando no todo ou em parte

166-(15)

o exereicio da actividade da pesca ou estabelecendo, p:"<Ja captura de determinadas especies, periodos de veda,tamanhos minimos CjOU maximos e quatidades capturaveis.

ARTIGO 99

(Areas sanitariamente impr6prias)

Por despacho eonjunto do Ministro da Saiide e doMinistro da Agricultura e Peseas, poderao ser vedadas,total ou parcialrnente, areas marinhas consideradas comosanitariarnente improprias.

ARTIGO lOCI

(Areas de segural1l;a maritima)

1. POl' razoes de seguranca maritima, nomcadarncntcem eanais, esteiros, baias e estuaries, ou durante a reali­zacao de exercicios navais, poderao ser estabelecidas al'(:,\';com interdicao total ou parciai da aetividade da pesca.com caracter definitivo ou temporal.

2. E da competencia do Ministro dos Transportes eComunicacoes, ouvido 0 Ministro da Agrieultura e Pescas,estabelecer as areas referidas no mimero anterior.

SEC(:AO 11

Drstancias minimas a Iinha de costa

ARTIGO 101

(Medi~ao da distiincia da costal

Para efeitos do prescnte Regu.amento as disiaucia; rlacosta estabelecidas nesta seccao e no articulado corrcspon­dente as artes de pesca serao medidas no scntido do 111,: ra partir cia Iinha de costa marcada sobre urna carta nauticaoficialmenie reconhecida pO\' Mocambique.

ARTIGO IG2

(Distancia minima de costal

Sem prejuizo das distancias miniruas estabclccidas LO

articulado correspondente us artes de pesca dcliuidas noprcsente Regulamento, qualquer actividade de p';;:CU comembarcacao nao podera SeT exercida a rnenos d: um quartode milha de costa. exceptuando a pesca artesanal de arrasropara terra, manual ou mecanico, e '" re,ca de corricc.

SEC<:AO III

Tarnanhos, pesos minimos e especies pmteg:(]as

ARTIGO 103

(Tamanhos rmn.mos)

1. Nao e pemitida a posse de exemplares com tamanhose pesos inferiores aos fixados no Anexo II ao presenreRegulamento, para as especies ali refereneiadas.

2. 0 modo de medicao para identificacao des tamanhosdas especies refer, nciadas no Anew !I 15 estabelecidono Anexo Ill.

3. 0 Ministro da Agriculrura e Pescas, ouvido 0 Ins­tituto de Investigacao Pcsqueira, pod-ra, pol' despacho,alterar 0" Anexos II e III ao presente Regulam, nto.

4. Todos os exernplares com tarnanhos e pesos inferiorvsaos minimos autorizados devrrao ser de imediato devolvLdos ao mar, naG pod( nelo sel' mantidos a bordo. traps­bordado~i, desembarcados,. transportados, armwzenadcs.vendidos, CXP;)stos au coloc~dos a venda.

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166-(16)

ART/GO 104

(Especies protegidas)

o Ministro da Agricuitura <: Pescas, ouvidos 0 Minis­terio para a Ccordenacao Ambiental c a Comissao deAdministracao Pesqueira determinant por diploma minis­terial a lista de especies sujeitas a regime de proteccaoespecial, total au parcial, e as condicoes particularesaplicaveis a esse regime.

CAPITULO VI

Controlo das capturas e morntoriza~o dor recursos

SI'.C1;"O I

Diorio de bordo de pesca

ARTIOO 105

(DeflnIQ8o)

o Diario de Bordo de Pesca e um Iivro fornecido eautcnticado pela Direccao Nacional de Pescas, destinadoao registo da actividadc das embarcacoes de pesca Iicen­ciadas.

ARImo 106

(Ambito)

t. 0 preenchimento do Diario de Bordo de Pesca cobrigatorio para todas as embarcacoes de pesca industriale semi-industrial.

2. 0 Ministro da Agricultura c Pescas adoptara, pordespacho, as formas e procedimentos para a recolha e 0

fomecimento de dados relatives it pesca artesanal.

ARTIOO 107

(Modelos)

o Diario de Bordo de Pesca adoptara os mcdelos re­produzidos no Anexo IV que poderao SCI' modificadosPOl' despacho do Ministro da Agricultura e Pescas, ouvidaa Comissao de Administracao Pesqucira,

ARJ'lGO IUK

(Propriedade e conserva\lio)

I. 0 Diario de Bordo de Pesca e propriedade do Mi­nisterio da Agricultura e Pescas e devera SCI' mantido emborn estado de conservacao, de modo a garantir a facilleitura dos dados nele inscritos.

2. A perda ou a deterioracao do Diario de Bordo dePesca sera considerada infraccao de pesca grave, no ambitoda alinea e) do n." 1 do artigo '53 da Lei das Pescas.

ART/UO HN

(Preenchimento)

o Diario de Bordo de Pesea deve sel' pl'eenchido diariaL' fielmente pdo comandante da cmbareac;ao, nao sendopermitido qualquer tipo de rasmas.

ARTIGO IIU

(VerificaQ80 e entrega)

1. A apresentac;ao do Diario de Bordo de Pesca eobrigatoria quando exigido pelos agentes de fiscaliza<;Boindieados no al'tigo 41 da Lei das Pescas.

2. 0 wmandantc de qualquer embarcac;ao de peseadevera fazer entrega do Diario de Bordo de Pesea sempreque:

a) For oficio:samentc solicitado pdo Ministerio uaAgricultura e Pescas:

I S~RIE - NOMERO 21

b) Tiverem sido esgotados osespac;os para preen­chimento:

c) Houver mudanca de arrnador da embarcacao aque disser respeito:

d) Caducar a licenca de pesca da embarcacao.

3. A erurega do Diario de bordo de Pesca, mencionadanas alineas b), c) e d) do mimero anterior, far-se-a naDireccao Provincial de Agricultura e Pescas do primeiroporto onde a cmbarcacao crurar.

ARTJ(iO III,

(InformaC(oes decenais sobre capturas e esfo1'(:O de pesca)

I. Corn periodicidade deccnal e referentes uos dias It,21 c 31 de cad a mes, os comundantes das ernbarcacoesde pesca semi-industrial c industrial deverao enviar aDireccao Nacional cle Pescas informacoes gerais recapitu­lativas sabre as capturas e (]I esforco de pesca, cstruturadasde acordo com 0 rnodclo do Anexo V. 0 qual podera sermodificado pOI' despacho do Ministro da Agricultura ePescas.

2. Para 0 casu das ernbarcacoes de pesca semi-industrialas inforrnacoes mencionadas 110 mimero anterior poderaoset' entregues na Direccao Provincial de Agricultura ePescas do porto base da embarcacfio.

3. t da responsabilidade do arrnador instruir os co,mandantes das embarcacoes envolvidas para a criacaodas condicoes que assegurem 0 cumprimento escrupulosodo disposto neste artigo,

4. Na impossibilidade de eumprir com 0 disposto nesteartigo, as dados gerais de captura e de esforco de pescadeverao ser comunicados via radio com a mesma perio­dicidade e segundo 0 mesmo modelo.

SEC~:AU lJ

Monitorizac;:ao dOll recursos

Aarioo 112

(Fiches de capture)

I. 0 Ministro da Agricultura ~ Pescas estabelecera, pordespacho e sob proposta do lnsrituto de lnvestigacao Pes­queira , fichas de captura destinadas it monitorizacao einvestigacao dos recursos, incluindc 0 ambito de aplicacaoc as respectivas condicoes de preenchimento, encaminha­mento e prazos de prestacao da informacao.

2. 0 nao cumprimento das obrigacoes decorrentes dodisposto no numero anterior sera considerado infraccaode pesea grave, no ambito da aHnea e) do n.O t doartigo 53 da Lei das Peseas.

3. 0 preenchimento das fichas de captul'a nao isentaos comandantes das embal'cac;;6es das disposi~6es estabc­lecidas na secr,:ao I deste capitulo, sobre 0 Diario de Bordode Pesca.

CAPITULO VII

Licenciamento dB pesca

SECCAO I

Generalidades e procedimentos para 0 licenclamento da pesca

ARTIGO 113

(TIpO& de Iicen~a& de pesca)

1. Sao criados os seguintes tipos de 1icen~as de pesca:

a) Licenc;;a para a pesea artesanal sem embal'ca~ao;

b) Licenc;a para a pesea al'tesanal com embarca~iio;

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28 DE MAIO DE 1996

c) Licenca para a pesca semi-industrial;d) Licenca para .a pesca industrial;e) Licenca para a pesca de investigacao e experi­

mental;f) Licenca para operacoes de pesca conexas;

g) Licenca para a pesca recreativa e desportiva.

2. As licencas de pesca sao validas para a .realizacaoocasional de operacoes de pesca conexas, salvo indicacaoem contrario. A licenca para operacoes de pesca conexasC, contudo, obrigatoria para embarcacoes que realizemoperacces de pesca conexas como sua actividade exclusivaou principal.

ARTIGO 114

(Modelosl

1. As licencas de pesca serao ernitidas nos modelos queconstituem os Anexos VI e VII ao presente Regulamento,respectivamente para a pesca industrial e semi-industrial,e para a pesca artesanal.

2. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera, pordespacho, alterar os modelos ora institufdos.

ARTIGO lIS

(Pedido de Iicen~a de pesca)

1. Os pedidos para 0 licenciamento ou a renovacaode licencas de pesca serao acompanhados pelos seguintesdocumentos ou fctocopias autenticadas:

a) Pesca industrial, semi-industrial e operacoes depesca conexas:

1) Pedido de licenca de acordo com 0 mo­delo em Anexo VIII, devidamente seladoe com assinatura reconhecida notarial.mente;

2) Documento de identificacao do requerente:3) Titulo de registo de propriedade emitido

em nome do requerente it licenca ou,no caso de' embarcacoes afretadas, copiaautenticada do contrato de afretamento:

4) Certificado de navegabilidade valido.

b) Pesca artesanal:

1) Bilhete de identidade;2) Titulo de registo de propriedade, se for

caso disso;3) Licenca de pesca anterior do pescador :

ou da embarcacao ja licenciada, quandose tratar de renovacao.

2. Os pedidos de licencas para a pesca industrial, deinvestigacao e experimental e para operacoes de pescaconexas industriais serao submetidos it decisao do Ministroda Agricultura e Pescas.

3. Os pedidos de licencas para a pesca semi-industriale para as operacoes de pesca conexas semi-industriaisserao submetidos it decisao da correspondente DireccaoProvincial de Agricultura e Pescas.

4. Os pedidos das licencas para a pesca artesanal mari­tima com ou sem embarcacao serao submetidos a decisaoda autoridade maritima que representara 0 Ministerio daAgricultura e Pescas por delegacao ou, na ausencia daquela,~, administracao de distrito ou da localidade. Para zonasou pescarias em que tal for considerado necessario para

166-(17)

efeitos de gestae, 0 Ministro da Agricultura e Pescaspodera, por despacho, estabelecer procedimentos distintosdos anteriormente anunciados.

5. A renovacao de licencas para a pesca industrial,semi-industrial e operacces de pesca conexas industria ise semi-industriais deverao ser igualmentg solicitadas ncstermos do dispcsto nos n. O S 1 a 3 deste artigo, ate sessentadias antes da data da sua expiracao.

6. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera, pordespacho, alterar 0 modelo instituido pelo Anexo VI JJmencionado no .n." 1 deste artigo.

ART/GO 116

(Entrega das Iicencas de pesca emitidas)

1. A entrega de uma' licenca de pesca industrial ousemi-industrial so podcra ser efectuada em porto e apes:

a) Apresentacao do Diario de Bordo de Pesca pararecoIha e/ ou anotacao,

b) Recolha da licenca anterior, quando se tratar deembarcacao ja anteriormente licenciada;

c) Verificacao da conformidade da embarcacao cdas artes de pesca as disposicoes do prescntcRegulamento;

d) Vistoria sanitaria a embarcacao.

2. A entrega de urna licenca de pesca artesanal pro­cessar-se-a apos vistoria a embarcacao e as artes de pescapelaentidade que proceder ao licenciamento.

3. A vistoria mencionada na alinea c) do n." 1 desteartigo, sera efectuada pela Direccao Provincial de Agri­cultura e Pescas do porto base da ernbarcacao.

ART/GO 117

(Revoga4;ao 00 suspensio das Iicencas de pesca)

1. A revogacao ou suspensao das licencas conccdidaspara a pesca industrial e para a pesca semi-industrial cda competencia da entidade que tiver procedido ao res­pectivo licenciamento e tel'a lugar sempre que se verifiqucque a licenca de pesca nao foi utilizada durante seis mesesconsecutivos, sem justificacao ou por motivos cuja jus­tificacao nao seja aceite.

2. 0 nao cumprimento, dentro dos prazos que vier,.. mc. ser estabe1ecidos, das obrigacoes relativas ao pagamentodas taxas de licen<;as de pesca dara lugar a revogacao oususpensao da licenca de pesca,

ART/GO 118

(Garantia bancaria]

o Ministro da Agricultura e Pescas podera exigir. 110

ambito de urn contrato ce1ebrado com armadores estran­geiros ou no ambito do contrato de afretamento referidono artigo 84 do prescnte Regulamento, que aqueles ar­madores abram a favor do Ministerio da Agricultura ePescas uma garantia bancaria at raves de uma instituicaoaprovada pelo Banco de Mocambique, Esta garantia seravalida por urn periodo igual a duracao da licenca de pes~a

e por rnais scssenta dias apes 0 scu termo ficando todavia.durante este periodo adicional, reduzido 0 seu valor paracinco pOI' cento do valor inicial. A garantia e destinadaa assegurar 0 cumprimento das obrigacoes decorrentesda legislacao e regulamentacao de pesca mocarnbicanas e,se for caso disso, do contrato.

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t66( 18)---------_._--._---------

Condtcoes das llcencas de pesca

AKTIUO 119

(Validada e posse)

1, I\S liccncus de pcsca scrao validas [do periodode tempo nelas def'inido, 0 qual nao sera superior a dozemoses c cuducarn lis 24 horus do diu ") 1 de Dezembro doano para que forum couccdidas.

2. 0 cornuudantc de qualqu.r cmbarcacao ek pcscuou 0 propricuit io de urtcs de pcscu scm cmharcacao queopere ern aguas jurisdicionais de Mocambiquc ICr,! scmprclin Sl u podr r copiu da liccnca de pesca respcciiva.

'il/C'<) III

Capturas acessorias

AKTIGO 120

(Dafinic;:ao)

:';,10 cuptu ras accssorias ou fauna acompanhaute. quais.qucr cspccics capturudas durante uma operacao de pcscaorieruada para a captura da cspccie alvo c diferentcs dcsta.

AKTIGO 121

(Oondlcdes especlals)

C' l lnd ic.;lk :; «spcciais rc lativas as capiuras acessorias queIlllllel;IO scr conscrvadus a bordo, hem como quuisqucroutra- condicocs rcspcitantcs il sua captura. podcrao SCI'

cstab. Iccidas nus liccncas de posen.

SI·.l'C:A() IV

Expenencias de pesca

AKTIGO 122

(Experlenclas de pascal

;\'i cl11bareac.;lles Lla peS\;i! industrial C sCl11i·indwllrial1H10 liccnciaclas, que sc eneontrem t:1l1 situa~ao de repa­ruc.;ilo ou tnodirica~~o, puclel'ilO SCI' 'Iutorizaclas. a reqtle­riml~llto fu ndameillado do armador. a real izar experienciasde pesca com dura<;ao inferior a 24 horas consecutivas.

AK /I(;U 12.1

(Competencia para autorizarl

I~ compelente para aUlorizar a cxpericncia de IK'scaJ,I elilbarea<;tlO 1eferida no artigo ankrior a Dir~c<;iio

l'l'ovineial de A,grlcllltul'" e Peseas do porto onde aquclase rcaJizar ou. n<t <tuscncia dl'ste. a correspondcntc auto­ridacll' I11Jrilimil,

AKflUO 124

(Destino de eventuais capturasl

As l'vl:l1tllais eaplllras realiz,adas duranle as cxpcri';I1l.:ia:;de pescil 11cvertfm integralmente para 0 armador cia em_barcac.;iio.

SI.C<,'A() V

Entrada e saida de porto e das aguas jurisdicionais

ARTIGO 125

(Inicio e fim da campanha de pascal

I. 0 periodo que decolTe desde a Imgada para a pesca;Ilc 11 primeira eiltrflda elll porlo dcsigna-se. para efeitosda present.: sce~'iio, pOl' campanha ek pesca.

I SER1E-NtJMEI~O 21

2. As cam pan has de pesca das ernbarcacocs de pescaIiccnciadus para a pesca industrial. semi-indus: rial au ope­racocs de pesca concxus tcruo, obrigatoriamente, 0 sellinicio c Iim em porto mocamhicano.

;. No fim ua campanha de pesca c para efeitos decontrolo das capturas c du li uulidadc do pescado, a ell­rrada ern porto de qualquer cmburcacao de pcsca industrialdcvcr.i SCI' comunicada 11 Dircccfio Provincial de Agricul,tura c Pescas respectivn cum pclo menos dois dias iitcisde anteccdencia em relacao it data prevista de entrada.

ARTIGO 126

(Saida das ,aguas jurisdlcionais)

I. Oualquer embarcacao de pesca licenciada para operarnus iiguas sob jurisdicao da Republica de Mocambiquetcra, obrigatoriarncntc, antes de sair das referidas aguas,que:

a) Dar entrada em pon.o mocarnbican«:h) Solicitur autorizacao de saida junto da Direccao

Provincial de Agrieultlll'3 c Pescas do portoen: que liver cntrado, com pelo menos dciselias utci., de "!l[co('dencia em rclacao a dataprevista cle.: saida:

c) l.ntrcgur 0 original da licenca de pesca na DireccaoProvincial de Agricultura e Pescas do portoem que liver cutrudo.

2. A rcentrada nas aguus sob jurisdicao da Republical:: Mocarnbiquc de uma cmburcacao de pesca previamentcautorizadn ;1 sail' d.e, rcfcridas .iguas tera que ser imcdia­[;lll1l:11k ';'.:.J·lidli de cntrnd.: uo porto mocamhicunc don deriver ImL;lIc!u c'" pcdendo rciniciar a campanhu de pesca;IPllS i cccher u l1\'sp_etivil liccnca de pescu.

l. Oll,"qL'C" cmbarcacao de carga ou de pesca, nacioualUti c~ilr;'llgeir,l, que tcnhu sido autorizada a realizar, nomal', 0 unnsbordo de Pl'cdUIOS da pesca devera, obriga­torinmeutc. nnt s du sua surda das {tguas jurisdicionais!nc<;mnbicanas dar cntrada em porto moc,:ambicano e sub·metcr-se as inspeec,:6es das i1uloridades marflimas. adua­ilei!':1 c pesqucira.

A"HCi() 127

(Comunicac;:ao do momenta de lmtrada ou de saida das aguasjurisdicionais)

o comandanl,: de qualljuer embarcac,:ao de pesca semi­-industrial ou industrial. llloc;ambicanu ou eSlnmgcira, aol'lltl'ar ou sail' dns aguas jl1l'isdicionais d<: Mo<;ambiquepara efeilos de pesca OU que se encontre liC,!nciada paraopCl'ur nas 1', fel'idas ,iguas, e:·,tci obrigaclo a wmunicar porradio, nos lermos que fOl"em prescritos. 0 momenta dasua entrada ou saida das r{'i'criuas aguas.

CAl'il'lILO VIII

Meios de comunica~aiO e outros equipamentos

(Frequencias de trahalho Ilas comunicac;:oesl

o [)il...~cL1r Nacio!lal (k Pcscas. de enlre a', I'requenciasatribufda~ a Dircc<;ao Nacional de Pescas, pudel'a estabe­leeer Illediclllll' oficio liS elllpl'e~as ,e armadol'cs frequenciasa serem utilizadas Ilas eomun icac;6es com os agentes defiscalizat;50 no excrckio um suas func;:6es.

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28 DE MAIO DE 1996

AkTIOO 129

(Periodoa de eac:uta)

o Director Nacional de Pescas podera fixar, medianteoficio as empresas e armadores, que as emblU'c~Oes depesca em exercicio de actividade realizem periodos deescuta obrigatoria em determinada frequencia ou fre­quencias das referidas noartigo anterior.

CAPITULO IX

Exercicio cia pesca e fiscaliz8(:lo

SECCAO I

Exerclcio da pesca nos pesqueiros

ARTIGO 130

(Assinalamento das fases cia faina da pesca)

No exercicio da pesca as embarcacces deverao mostraras farois, bandeiras e baloes prescritos no RegulamentoInternacional para Evitar Abarloamentos no Mar (RIEAM)au noutras Convencoes ou Acordos Intemacionais de quea Republica de Mocambique seja parte.

AkTiGO 131

(Normas para 0 exercicloda pesca por embar~es)

1. Sem prejuizo do cumprimento do RIEAM, 0 coman,dante de qualquer embarcacao devera conduzir a fainae manobras de pesca ou manobrar em obediencia asseguintes normas:

0) Manobrar de modo a nao interferir com a fainade pesca de outras embarcacoes ou com apa­relhos de pesca;

b) Informar-se, a chegada a urn pesqueiro onde jaestejam outras embarcacoes, acerca da posi~o

e extensao das artes jaem pesca, nlio devendocolocar-se ou largar as suas artes de modo ainterferir ou impedir as fainas ja em curso;

c) Tomar medidas para evitar quaisquer artes fixassempre que utilizar artes de deriva;

d) Agir de forma a reduzir ao minimo os prejuizosque possam causar a artes de pesca com quecolida ou com que interfira;

e) Evitar toda a aC9ao que arrisque agravar 0 pre.juizo causado as suas zrtes por colisao auinterferencia de outra embarcacao:

f) Envidar todos os esforcos para recuperar as artesque tenha tido que abandonar ou que tenhafeito perder.

2. Ao comandante de qualquer embarcacao de pescanao e permitido:

a) Fundear ou pairar nos locais onde se esteja apescar, sempre que isso possa interferir comas accoes de pesca ja em curso, a menos quetal situacao resulte de acidente ou de qualqueroutra circunstancia de fcrca maior;

b) Deitar ao mar qualquer objecto ou substanciacapaz de prejudicar a pesca ou 0 pescado,ou de avariar artes de pesca ou embareacoes,a menos que tal operacao resulte de circuns­tancia de forca maior;

c) Cortar as artes de pesca de outras embarcacoesque estejam enleadas nas suas, a nao ser como consentimento das partes interessadas, ou

166-(19)

desde que nao seja passivel desprende-las deoutro modo, devendo, nesta circunstancia esempre que passivel, emendar as artes cortadas,

d) Cortar, enganchar ou levantar redes, linhas ououtras artes de pesca, 0.0 atracar-se a elas, senao lhes pertencerem, excepto na situacao pre­vista na alfnea anterior ou em caso de salva,mento.

SECCAO II

Fiscaliza~ao

AkTioo 132

(Embarque dos fiscajs de pesca)

1. 0 embarque de qualquer fiscal de pesca processar-se-amediante credencial emitida para 0 efeito pela DireccaoProvincial de Agricultura e Pescas onde o mesmo prestaservice.

•2. 0 embarque de qualquer fiscal de pesca processar-se-asem aviso previo e sem obrigacao de averbamento no rolde matricula.

3. 0 embarqu- ou 0 desembarque de qualquer fiscalde pesca processar-se-a sob reserva de consideracoes deseguranca e sem prejufzo da operacao de pesca queestiver em curso.

4.' 0 embarque ou desembarque de qualquer fiscal depesea, fora das aguas sob [urisdicao de Mocambique,processar-se-ao nas condicoes que forem acordadas entreo Ministerio da Agricultura e Pescas e a armador.

ARTlGO 133

(Obriga~iies do comand8nte pera com 0 fiscal de .pescaembarc8do)

Sem prejuizo da generalidade das disposicoes do ar­tigo 42 da Lei das Pescas, relativo aos poderes d~s

agentes de. fiscalizacao, 0 comandante de uma, em~arcaeraode pesca ou de operacoes de pesca conexas esta obrigado a:

a) Colocar a disposicao do fiscal de pesca os meiosradio de comunicacao, tanto para comunicacoescom outras embarcacoes como para comum­calfOes com os services 'em terra, assim comoquaisquer outros equ!pamento~ existent~s. abordo da sua embarcacao que sejam necessanosao born exercicio da fiscalizacao:

b) Proporcionar ao fiscal de pesca instrucao de ope­ra9ao dos equipamentos de bordo necessariesao exercicio das suas funcoes:

c) Fornecer ao fiscal de pesca alimentacao, aloja­mente e assistencia medica de urn nivel equi­valente ao que for fornecido aos oficiais datripulacao da embarcacao:

d) Autorizar 0 fiscal de pesca a verificar e registarqualquer aspecto das operacoes de pesca, dosporoes e das instalacoes de processamento eautorizar 0 acesso:

1) As capturas a bordo e a eventuais des­cargas e transbordos:

2) Aos registos de capturas efectuadas ouprocessadas:

3) Aos mapas e registos de bordo;4) A utilizacao dos instrumentos de navega­

~ao;

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i66-(20)

5) A quaisquer outras facilidades e equipa­mentes que poderao ser necessaries aoborn exercicio da fiscalizacao,

e) Autorizar 0 fiscal de pesca a efectuar qualquervcrif'icacao relativa as condicoes de processa,mento, qualidade e higiene do pescado a bordo;

.f) Facilitar a transferencia de uma embarcacao paraDutra:

~) Autorizar a recolha de amostras de captura paraefeitos de controlo de qualidade das capturasUti de monitorizacao dos recursos,

ARTIOO 134

(Areas de acesso ao fiscal de pesca)

1. A nenhum fiscal de pesca podera ser, no exerciciodas suas funcoes, interditada qualquer area au comparti­mente de bordo ou de instalacao de processamento depescado.

2. 0 desrespeito do disposto no mimero anterior seraconsiderado como falta de cooperacao com as agentesde fiscalizacfio, tal como defin ida no artigo 56 da Leidas Pescas,

ARTIOO 135

(Actlvldade a bOrdo do fiscal de pesce)

h interdito ao fiscal de pesca, enquanto embarcado,executar qualquer outra actividade que nao esteja directa­mente relacionada com 0 exercfcio das suas funcoes,

ARTJOO 136

(Identlfica{lio dos fiscalis de pesca)

1. A identificacao de qualquer fiscal de pesca, noexercicio das suas funcoes, sera efectuada, quando reque­rida, mediante a apresentacao simultanea do bilhete deidentidade e do cartao de identificacao cujo modelofigura como Anexo IX ao presente Regulamento.

2. 0 Ministro da Agricultura e Pescas podera, pordespacho, alterar os modelos de cartao de identificacaoinstitufdo no mirnero anterior.

ARTIGO 137

(Tecnlcos de Investlgac;:Ao pesquelra)

1. As disposicoes do presente Regulamento r: lativasaos fiscais de pesca sao aplicaveis aos tecnicos de inves.tigacao pesqueira.

2. Os tecnicos de investigacao pesqueira nao estao in,vestidos de poderes de fiscalizacao.

ARTJOO 138

(Marc.~o das embarca~6.s de pesca)

1. A~ embarcacoes de pesca industrial e semi-industrial,mocambicanas ou estrangeiras, que operem em aguas rna­ritirnas de Mocarnbique. exibirao permanenternente asmarcus de identificacao que Ihes forem atribuldas nostermos e condicoes definidas no Anexo X.

2. 0 Ministro da AgricuItura e Pescas podera, pordespacho. altcrar os termos e condicoes constantes doanexo mcncionado no mimero anterior.

I S£RIE - NOMERO 21

Aartoo 139

(Infrac<;6es)

Asfnfraccces as disposicoes do presente Regulamentoserao sancionadas nos termos das disposicoes pertinentesda Lei das Pescas,

ARTIOO 140

(8anc;:oes acess6rlas)

Cumulativamente a multa aplicada, podera ser revogadaa licenca de pesca ou confiscadas as artes de pesca eoutros instrumentos, substanciar e produtos empregues napratica das infraccoes, bem como as capturas encontradasa bordo ou em processo de serem rcalizadas, nas condicoesdefinidas na Lei das Pescas.

CAPITULO x

Disposi~es finais

ARTloo 141

(001ega9l0 de competinclas)

o Ministro da AgricuItura e Pescas podcra delegaras competencias que Ihe sao atribuidas pelo presenteRcgulamento,

Aarioo 142

(Anexos)

Os Anexos I a X fazem parte integrante do presenteRegulamento e tern a mesrna Iorca e valor juridico queeste.

ARTIOO 143

(Legl.la~lo revos_cla)

1. Ficam expressamente rcvogados os seguintes diplomas:

a) Regulamento da pesca do camarao, aprovado peloDiploma Legislativo n." 50/71, de 29 de Maio.tal como emendado pelos Diplomas Legisla­tivos n.os 34/72, de 2 de Maio, 12/73, de 17de Fevereiro, 36/73, de 26 de Abril, e 27/73,de 13 de Agosto, pelo Decreto Provincialn° 10/74, de 5 de Fevereiro, e pelo DiplomaMinisterial n." 23/94, de 23 de Marco:

b) 0 Regulamento da pesca maritima, aprovado poloDiploma Legislativo n." 65/71, de 15 de [unho,tal como emendado pelo Diploma Legislativen.? 119/71, de 9 de Novembro, e pelo DecretoProvincial n," 11/74. de 5 de Fevereiro.

2. Fica igualmente revogada toda a legislacao que con­trarie ou que seja incompatfvel com as disposicoes dopresente Regulamento.

3. As disposicoes do Regulamento Geral de Execucaoda Lei das Pescas, aprovado pelo Decreto n." 37/90.de 27 de Dezembro, rnanter-se-ao em vigor, no respeitantea pesca em aguas interiores nao marftirnas, ate a adopcaode regulamentacao especffica.

AaTlao 144

(Entrada em vigor)

o presente Regulamento entra em vigor a partir dede Janeiro de 1997.

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28 DE M,410 DE 1996

ANEXO IModeIo de bitoIe

(Atinente aoartiga 17)

75

70

GO

so

45

40

35

30

2 5~:~,

• Or

166-(20

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166-(22)

ANEXO II

TamanhcM • pesos m1nimoe(Atinente (/0 artigo t03)

( SERlE -- NliMERO 21

Especie Tamauho

._-----NUIHL' vulgar Nome cicnt if'ico

- .__ .

Cornprimento da carapaca em animais:

Lagosta da nedra e coral Panulirus spp, .com cabeca: Scm.

• descabecados: 1,5 cm de largura do segundo segmenta abdominal.

._.

Carangucjo de mangal Scylla serrata Largura da carapaca: lOem.

-

Mexilhao da rocha Mytiius perna Comprimento da concha: 5 ern.

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28 DE MAIO DE 1996

ANEXO III

Processo paradeterminar 0 tamanho de erustaeees e moluscosbivalves

(Atinente ao artigo 103)

166-(23)

----j--- '" .• A, A. 4... " ~" ft'...... .. ........ .. .... .. ~ :........' " :: ..

-" ,. ..... .---- -~

...........................--...,...

~..~.(0"'.,._~.1() __ -_____..

BIVALVES

....'.-'.

------ .........4 ••__-----......

'\CARANGUEJO

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166-(24)

ANEXO IV 1

Mode\o de Diano de Bordo de P••CD

(Atinent e au artigo 107)

REPOBLICA DE MO<;:AMBIOtJE

Mlnisterio da Agricultura e Pascas

DIRECCAO NACIONAL DE PESCAS

DIARIO DE BORDO DE PESCA

Nome da ernbarcacao .

Nurnero de pesca .

I SERlE - NUMERO 21

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~8 DE MAIO DE 1996 166-(25)

(modelo de Diario de Bordo de Pesca) ANEXO IV-2

NOME DA EMBARCA<;AO . __ . N.o da Licenca _

Empresa/Armador ___ ___ __ __ ___ ____ __ ___ ____ _ ______ Nome do Capitao - ------------

DATA (dia/mes/ano):-/ -1 _SITUA<;AO: Pesca Transbordo: Navegacao Outra Em porto: Descarga Abastecimento c..; Estaleiro __Outra N.O de Redes NoO de Anzois NoO de Armadilhas Assinatura do Capitao _

EM CASO DE AC<;AO -DE FISCALIZAc;AO: Nome 0 _ Assinatura . _

Numero de operacoes Tempo de permanencia Prof. I Vel. Posicaode pesca das artes na agua (m) (nos) (Longitude /Latitude /Quadricula)

I ICAPTURAS POR ESP~CIES (Kg)

CAMARAO GAMBA LAGOSTIM LAGOSTA LAGOSTA Caranguejo ATUM CARAPAU I XAR~U(Cava-Cava)

IGAROUPA PEIXE PARGO TUBARAO LULA CHOCO OUTRASSERRA

DATA (dia/rnea/ano): . -1- -1- _SITUA<;AO: Pesca Transbordo: __ c_ Navegacao Outra Em porto: Descarga Abastecimento Estaleiro _Outra NoO de Redes N.O de Anzois N.O de Armadilhas Assinatura do Capitao _

EM CASO DE AC<;AO DE FISCALIZA<;AO: Nome Assinatura _ - _

Numero de operacoes Tempo de permanencia Prof. Vel. Posicaode pesca das artes na agua (m) (nos) (Longitude /Latitude /Quadricula)

I ICAPTURAS POR ESP~CIES (Kg)

CAMARAO GAMBA LAGOSTIM LAGOSTA LAGOSTA Caranguejo ATUM CARAPAU I XAR~U(Cava-Cava) I

IGAROUPA PEIXE PARGO TUBARAO LULA CHOCO

IOUTRASSERRA

I

DATA (dia/mes/ano): -------4--------1--------SITUA<;AO: Pesca Transbordo: Navegacao Outra Em porto: Descarga Abastecimento Estaleiro _Outra NoO de Redes NoO de Anzois Noo de Armadilhas Assinatura do Capitao - - _

EM CASO DE AC<;AO DE FISCALIZA<;AO: Nome Assinatura ----------______________

Numero de operacoes Tempo de permanencia I Prof.

~Poslcao

de pesca das artes na agua (m) (nos) (Longitude /Latitude /Quadricula)

I II

CAPTURAS POR ESP~CIES (Kg)

CAMARAO GAMBA ILAGOSTIM LAGOSTA LAGOSTA Caranguejo ATUM CARAPAU XAR~U(Cava-Cava)

GAROUPA PEIXE PARGO TUBARAO LULA CHOCO OUTRASSERRA

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166-(26)

ANEXO V

Modeto per. Infonn~_ dltcen8is sobre caplWM • "'0/'90de pesce

(Atinente ao artigo 111)

r SERlE - NllMERO 21

Ministerio da Agricultura e Pescas

DIRECc;AO NACIONAL DE PESCAS

EMPRESA:

CAPTURA E ESFORc;O DE PESCA

DAS EMBARCAc;OES

INDUSTRIAlS E SEMI-INDUSTRIAlS

Ano:

Ml:S:

Dezeua: r.. 2.', 3,'

CODlGO:

EMBARCA<;:AO Carnarao Gamba Peixc F/A F/A Lagosta Carangueljo Lagostim I.ulas /Chows(Kg) (Kg) (Kg) C G (Kg) (Kg) (Kg) (Kg)

(Kg) (Kg)

- _._.-Nome C6digo CPT D-P CPT D-P CPT D-P CPT D-P CPT D-P CPT D-P CPT D-P CPT D·P

- --I---- - --------- _.- --I-- -

EMBARCA<;:AO Outros------...,-----1---:--1----::---11--,---1- --I·--,---I---~-·

Nome C6digo CPT D-P CPT D-P CPT D-p CPT D-p CPT D-P CPT

--- - -----1---1---1

DP CPT D-P CPT D-P

(Assinatura e carimbo da empresa) (Dia/Mes,lAno)

LEGENDA: F/A C - Fauna acompanhante do camarao. F /A G - Fauna acompanhante da gamba, CPT - Capturas realizadas, D-P Dias de Pesea.

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28 DE MAIO DE 1996

ANEXO VI

ModeIo ... ililp 10........ a peSca indU61riai e semj.in<ktstrial

(Atinente ao artiio 114)

R£PlJlIlICA DE MOCAMBIQUEFoto a cores da ernbarcacao

Ministerio da Agricultura e Pescas

DIRECC;AO NACtONAL DE PESCAS

Lieenca de Pesca No" . _Nome e endereco do arrnador

Porto e numero de registoTipo de Licenca

Indicativo de chamadaConcedida a embarcacao

166-(27)

Com pavilhao

Para a zona compreendida

Porto de armamento

N.ode identificacao atribuido pela DNP

Bspecies e artes autorizadas Comprimento total Boca

Fauna acompanhante autorizada

Especies cuja captura e proibida

Pontal

Cor do costado

Arqueacao bruta

Valida ate

_______ . .. , aos de "' __ '_'_ de _

o Director Nacional,

(Frente)

Cor da superestrutura

Capacidade do porao

Tipo de refrigeraeao

Outras indicacoes e averbamentos

(Verso)

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166-(28) I SERlE - NUMERO 21

ANEXO VII

Mode;o de impressa de Iioen~a para a peaca artesanal

(Atinente ao artigo fJ4)

Averbarnentos ~REPUBLICA DE MOCAMBIQUE

Ministerio da Agricultura c PCSl<J,

DIREC<;:AO NAC10NAL DE PESCJ\S

Provincia de

(a)

LrCEN<;A

OF

P ~ S C A A I~ T E SAN A L

Com/Scm

Ernbacacao

N.B.: E,la Iicenca e tntransmisstvcl. A ruudancu de proprtctarlouu de armador implica a rcvogacao du rncsma. (a) Organismo emissor

(Pagm« 1)

LICEN<;:A DE PESCA N."

Conccdida a

/

Uala /t\~'linat\lri.lAno Artcs pesca N.'

Reciho /Carirnbo

B. I. N."

/

cmitido ern

/

Nome

ZONA DE PESCA

CARACTER1STlCAS DA EMBARCA<;:AO

N." de regis to

Porto de rcgisto Compo total m

Boca m Pontal m Arq, bruta tun

Tipo de casco

Marca do 1I10tor

aus dc

Propulsao

Potencia

de

HP

(AssinalurajCarimbu)

(Pagina 2) (PAglDa 3)

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28 DE MAIO DE 1996 166-(29)

ANEXO VlII-l

Modelo de l1eQu8f'imento de Ii~ para a pesca industrial. semi-industrial e de~ de pesca conexas

(Atinente ao artigo 115)

REPUBLICA DE MOCAiMBIQUE

Ministerio da Agricultura e Pescas

DIREC<:AO NACIONAL DE PESCAS

PEDIDO DE LlCENC;A DE PESCA

A preencher pelo requerente

Nome da empresa _

Endereco

Caixa Postal

Nome (1)

B. 1. N." _

Telefone Fax _

_ .-__ Local de ernissao

Validade c __ / -1_ ___ ___ Morada 0 _

•Solicita a ernissao de Licenca de Pesca:

Para exercer na·zona de

Tendo como porto base _

Utilizando as seguintes artes de pesca

Para a captura de , _

Provincia -de

_____________________________ (2)

1_ Nome

2. Porto de registo

Carateristicas da ernbarcacao (3) (4)

Pavilhao N.o de registo _

_ Ano de construcao __ _ Estaleiro/Pais _

3. Tipo de casco (5) Cor do costado Cor da superestrutura _

4. Dirnensoes (metros): comprimento total Boca __ Pontal Tonelagem de arqueacao bruta Ton

5. Equipamento electr6nico (6): Radio HF Radio VHF Sonda Sonar Navegador de satelite Girabussola __

Radar

6. Indicativa de chamada

7. Motor principal: Marca

8. Aparelhos de pesca: N." de guirichos

Arrasto de plumas (6) __

Pontencia HP

Capacidade Ton

-- Arrasto de popa (6) N.O de artes

(frente)

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J66-(30)

Y. Conservacao do pescado (6) (7):

Produtos terrninados:

S,IIa de processarnento: SIN

I SERlE -- NVMBRO 21

ANEXO VIII-2

(""no)

Congelacao: POl' ar forcado: SIN

Por placas de contacto: SIN

Nil camara de arrnazenagern frigorifica: SIN

Capacidade (em ton/dial

Capacidade (em ton/dial

Capacidade

Temp. (em· C)

Temp. (ern 0 C)

Temp. (em· C)

Armazcnagern frigorifica: Porao capacidade (em ton) Temp. (em" C)

AImazenagem frigorifica:

Armazenagem frigorff'ica:

Porao 2 capacidade (em ton)

Porao 3 capacidade (em ton)

Temp. (em· C)

Temp. (em 0 C)

Rcfrigeracao: A gelo: SIN Caixas isotermicas SIN Capacidade (em ton)

Porao isoJado SIN Capacidade (em ton)

Porao ref'rigerado: SIN Capacidade (ton) . Temp. (em ·e)

Aglla do mar ref'rigcrada: SIN Capacidadc (ton)

Condicocs para especies vivas: SIN Quais:

Temp. (em· C)

Agua potavcl: m' Dessalinizadores: SIN Sanitarios: SIN Numero:

Equipamentus auxiliares de processamcnto: Classif'icudores: SIN Balancas: SIN

Triturudores: SIN

Outros:

Lavadores de pescado: SIN

, aos de

Cozedorcs de pescado: SIN

de

Assinatura do Requrente,

A preencher pela entidade cmissora da Licenca de Pesca

Autorizada a cmissao da Licenca de Pesca aos

Emitida a Licenca de Pesca N."

Condicoes especiais

I

aos

I

de de

Valida ate .

Assinaturu

NOTAS:(1) Norm- do rcprescutante da cmpresa ydirector. gerente. etc.(2) Indicnr 0 pretendido: Industrial. semi-industrial, operacoes de peSCH conexos.nl Ancxc 1 fotografias a cores du embarcacao, que apresentem urn des bordcs ":010 as in1t"·l'i~i:.le" ieatveis,

(4) De acordo com 0 Titulo de Registo de Propriedade.l'i) Judicur St' L' de Ac«, Madeira ou Fibrn de vidro.(6) Assinalc com X conforme aplicavel ,0) Aucxe 0 Fluxo de Processamr-nto

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::8 DE MAIO DE 1996

ANEXO IX

Modelo ~ cawtiio de identifiClllt:ao de fiscat de pesca

(Atinente ao artigo 136)

166-(31)

Ministerio da Agricultura e PescasDIREC~AO NACIONAL DE PESCAS

Cartao de Identificaego de Fiscal de PescaN: _

Valido ate-l- __ ~/---Nome _

Fote>

Nos termos do artigo 136 do ReguIamento da PescaMaritima, este cartao destina-se a comprovar a iden­tidade profissional do seu titular durante 0 exercfciodas suas funcoes, conferindo-lhe os poderes, os direitose os acessos consagrados na Lei das Pescas e subse­quente regulamentacao,

Maputo, aos de de __.

o Director Nacional dePescas,

B.I. N." _

Local de trabalho

Assinatura do titular

Categoria _

(FreDte) (Verso)

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i66-(32)

ANEXO X

Especifi~oos para a identifi~ao de embarcal;:oes de peseaindustrial e semI-industrial

(Atinente (If) artigo /38)

T SERJE - N[)AmRO 2/

Criterios das rnarcas de ideru iticacao:

iI) As marcas de identificacao consistern em caracteres atribuidus pela Direccao National de Pescas scguidos delim hifen e do nurnero da Iicenca de pesca atribuida;

Ii) As ernbarcacoes que sao normalmentc transportadas a bordo de outras embarcacoes para serern utilizadas nodecurso cbs operacoes de pesca, cxibi rao a mar-en de iden t if icacao da outra em burcacao.

11. Loca Iizacao das rna rcas:

II) As marcus de idcntificacao scrao claramente exibidas:

1. Nos dois lados do casco ou superestrutura. bern acima da linha de flutuacao, mas nao na proa nern napapa, de rnaneira a screm perfeitamente visiveis tanto a partir do mar como do ar;

2. Nu caso lias embarcacoes sern ponte, Burna supcrf'icie horizontal da ernbarcacao em ambos os lados docasco; quando urn oleado ou outra cobcrtu ra temporarin for colocada de muncira a ocultar a marcacao,o oleado ou qualque I' outra cobertura cxibi rao a mesrna marca de identiticacfio.

Ii) As marcus de identificacao scrao colocadas de rnanei ra a:

I. Nao serem tapadas em qualquer momento pel as arres de pesca quer estejam em uso quer cstejarn arru­rnadas:

2. Nao sercm afcctadas pclo cscoamcnto de drcnos ou dcscargas c estarem t"dld de .ircas susceptiveis dedanos ou de descoloracao que surjam durante 011 em consequencia de opetarocs de capturu,

Ill. Espccilicacoes tccnicas:

(/ I Scrao usadas tetras maiusculas c numerus ern caractercs de irnprensa:

IJ) A largura das letras c dos nurneros SCI',' proporcional ~l sua altura;

el A altura das tetras c dos numcros sera propocional au cornprimcnto total da crnbnrcacao, de acordo corn usseguintes criterios:

1. No que respeitu ils marcus de idcnt ificucuo nos lades uu na superestrutura da embarcacao:

Comnrimcnto da emburcaciio

Mais de 25 metrosEntre 20 m e 25 mEntre 15 m c 20 mEntre 12 m c 15 III

Altura das let ras c numerus

1.0ma.8mO.6m0.4 m

2" No que respeita as marcas de idcntificacao cxi bidas nas superficies horizontuis das ernbarcacocs de maisde doze metros de comprimento total, a altura das tetras e numerus nao dcvcra ser intcr ioi a 0.5 metros.

d) 0 comprimento do hifen sera de mctade da altura clas let ras c dos numerus:

1'1 A largura de cada segmcnto d,IS lctras, nurncros c do lufcn sera urn sexto da altura das lct ras c du:; numeros:

/l 0 espaco entre as letras c os numeros, salvo 0 casu rcferi do na alinea g), nao excedcra urn quarto da alturadas let ras e dos numerus nem sed\ infcrio\" a 11111 ~.exto lhlquela altura;

g' 0 espa<;u entre letras adjacentes que tcnham segmcn tos inclinados nao dcver{\ eXIcder um oitavo tin altura liasletras nem ser inferior' a urn ckcimo <bqul'la altura;

iI) As marcas de idcntifica<:ao serao pret<ls nUIll fundo bl"ap\co ou brancas num fundu IllT!O; ° fundc I estendcr-sc-{lde modo a constituir urn painel cm torno lias le1nls e dus nllmeros que n,:,o c1ever.i Sl~r inlerior a umsexto da altura das lell'as c dos nllmenls;

il Devcrflo SCI' lIsadas tint<ls marinhas de boa qualidadc p ant a malTat;aO das embalca<;6es;

j) As marC<lS de identifical,'iio e 0 t"undo deverao SCI' mantitl·[)s permanenternente em hoas condi<;(leS