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COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA Dezembro 2018 Terapêutica inalatória Ambulatório da ARS Norte 2015-2017 e 1º semestre 2018

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COMISSÃO DE FARMÁCIA E TERAPÊUTICA

Dezembro 2018

Terapêutica inalatória

Ambulatório da ARS Norte 2015-2017 e 1º semestre 2018

Page 2: Terapêutica inalatória - ARS...De acordo com as normas da DGS nº 21/2011 atualizada a 11/9/2015, nº 28/2011 atualizada a 10/9/2013 e nº 10/2013, o tratamento de primeira linha

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Índice

Enquadramento 2

1 - Evolução da dispensa e custos da terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN 3

1.1 - Dispositivos para a terapêutica Inalatória - evolução da dispensa e custos na ARSN 4

1.2- DCI dos fármacos utilizados na terapêutica Inalatória - evolução da dispensa e custos na ARSN 5

1.3 - Fármacos por DCI e tipo de dispositivo usados na terapêutica Inalatória - evolução da dispensa e custos

na ARSN 7

1.4 - Terapêutica Inalatória por local de prescrição - evolução da dispensa e custos na ARSN 9

2 - Dispensa (nº embalagens) de câmaras expansoras /Tipo Local de prescrição no ambulatório da ARSN 10

3 – Diagnóstico de Utentes com asma e DPOC nos CSP - evolução e distribuição por grupo etário 11

4 - Evolução da dispensa e custos da terapêutica inalatória nos CSP 14

5 – Diagnóstico da dispensa de câmaras expansoras nos CSP 16

6 - Acessibilidade a espirometrias nos CSP 17

Conclusão 19

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Enquadramento

A via inalatória é uma das vias de eleição para a administração de fármacos no tratamento de doenças

respiratórias e veio contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos doentes, principalmente daqueles

com patologia crónica, como a asma e a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC).

De acordo com o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias (PNDR) a prevalência da asma é de 6,8%

(sendo mais elevada na população infantil e juvenil) e de 5,8% para a DPOC (14,2% em pessoas com mais

de 40 anos). Ambas são causa frequente de internamentos hospitalares1.

Em conformidade com o Despacho nº 6300/2016, de 12 de maio de 2016, as Administrações Regionais de

Saúde devem assegurar que até ao final do ano de 2017, todos os ACES possuam: “acesso a espirometria,

que deverá ser garantido por meios próprios, visando o aumento do diagnóstico da doença pulmonar

obstrutiva crónica e o acesso a tratamento adequado”, sendo um requisito obrigatório para a confirmação

do diagnóstico de DPOC.

Este aumento da capacidade para diagnosticar a DPOC irá condicionar ganhos significativos em saúde,

decorrentes da possibilidade de diagnosticar e tratar os doentes numa fase mais precoce da doença.

De acordo com as normas da DGS nº 21/2011 atualizada a 11/9/2015, nº 28/2011 atualizada a 10/9/2013 e

nº 10/2013, o tratamento de primeira linha para a asma e para a DPOC envolve o recurso a terapêutica por

via inalatória.

A presente análise teve como objetivo monitorizar (no total do ambulatório da ARSN e nos CSP), entre

2015-2017 e no primeiro semestre de 2018:

1. Evolução da dispensa e custos da terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN;

2. Diagnóstico da dispensa e custos das câmaras expansoras após a comparticipação (módulo de

dispositivos médicos ao abrigo da Portaria nº 246/2015 que se verificou apenas em junho de 2017)

no ambulatório da ARSN;

3. Diagnósticos de asma e DPOC – evolução nos CSP e distribuição por sexo, grupo etário e tabagismo;

4. Evolução da dispensa e custos da terapêutica inalatória nos CSP;

5. Diagnóstico da dispensa de câmaras expansoras nos CSP;

6. Acessibilidade a espirometrias nos CSP.

Os dados apresentados (fonte SIARS - Conferência faturas - CCF - hierarquia locais 2015) consideram o

faturado na ARSN, independentemente do local de prescrição.

1Programa Nacional para as Doenças Respiratórias 2012-2016

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3

1- Evolução da dispensa e custos da terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN

No primeiro semestre de 2018, o Grupo Farmacoterapêutico 5 (GFT 5 - aparelho respiratório), representou

no total do ambulatório da ARSN, 3% do volume de medicamentos dispensados e 7,5% dos encargos (cerca

de 17,5 milhões de euros), ocupando a quinta posição nos grupos farmacoterapêuticos com maior despesa

para o SNS.

Entre 2015 e 2017, o encargo para o SNS nos medicamentos do GFT 5, denota um aumento de 2% apesar

de se ter verificado uma redução de 1,1% na dispensa dos mesmos. (tabela 1 e 2).

Tabela 1- Nº total de embalagens dispensadas do GFT Aparelho respiratório /subgrupos em estudo no ambulatório da ARSN

GFT N1 Dominante

Nº Embalagens Dispensadas variação % 2015-2017

Nº Embalagens Dispensadas

Peso relativo %

Embalagens Dispensadas

1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

5. Aparelho respiratório 1.737.529 1.734.293 1.719.071 -1,1% 909.826 3,0%

Subgrupos (broncodilatadores beta 2-agonistas, anticolinérgicos e costicosteroides)

1.636.812 1.643.458 1.636.852 0,0% 869.108 95,5%

Subgrupos administrados por via inalatória 1.304.594 1.296.724 1.286.042 -1,4% 684.941 78,8%

Total ARS Norte 56.933.763 57.459.897 58.245.249 2,3% 29.922.942

Tabela 2 - Encargos SNS (€) do GFT Aparelho respiratório /subgrupos em estudo no ambulatório da ARSN

GFT N1 Dominante Medic fact. (SNS) € variação %

2015-2017

Medic fact. (SNS) € Peso

relativo % Custos

1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

5. Aparelho respiratório 32.329.036 32.431.035 32.976.537 2,0% 17.530.520 7,5%

Subgrupos (broncodilatadores beta 2-agonistas, anticolinérgicos e costicosteroides)

31.948.808 32.088.096 32.665.160 2,2% 17.379.570 99,1%

Subgrupos administrados por via inalatória 30.335.177 30.410.735 30.967.771 2,1% 16.474.630 94,8%

Total ARS Norte 432.466.073 435.367.081 449.085.061 3,8% 233.397.308

Entre os medicamentos do GFT 5, o subgrupo constituído pelos broncodilatadores beta-2-agonistas,

anticolinérgicos e anti-inflamatórios esteróides (costicosteróides), representa 95,5% do consumo e 99,1%

dos custos, no primeiro semestre de 2018. Especificamente dentro deste subgrupo, os fármacos

administrados por via inalatória, representaram no período em análise 78,8 % do consumo e 94,8% do

encargo para o SNS.

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1.1 – Dispositivos para terapêutica Inalatória - evolução da dispensa e custos na ARSN

Atualmente existem quatro tipos de dispositivos para administração de terapêutica inalatória:

- Inaladores pressurizados doseáveis - pMDI (com ou sem câmara expansora)

- Inaladores de pó seco - DPI

- Inaladores com solução para inalação por nebulização - SMI (inaladores névoa suave)

- Sistemas nebulizadores

Tabela 3 - Nº de embalagens de dispensadas de dispositivos para terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN

Dispositivos inalatórios Nº Embalagens Dispensadas variação %

2015-2017

Nº Embalagens Dispensadas

Peso relativo % Embalagens Dispensadas

1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

Inaladores pressurizados doseáveis pMDI 145.020 163.134 189.163 30,4% 113.360 16,6%

Inaladores de pó seco DPI 907.492 886.795 860.210 -5,2% 445.187 65,0%

Inaladores de névoa suave SMI 35.052 51.125 64.643 84,4% 37.083 5,4%

Sistemas nebulizadores 217.030 195.670 172.026 -20,7% 89.311 13,0%

Total Dispositivos Inalatórios 1.304.594 1.296.724 1.286.042 -1,4% 684.941 100,0%

No período de 2015-2017, os inaladores mais utilizados foram os de pó seco, embora se verifique uma

redução de 5,2%. Em contrapartida verifica-se um aumento de 30,4% e de 84,4% da dispensa de inaladores

pressurizados doseáveis e de névoa suave (Respimat), respetivamente.

Destaca-se igualmente uma redução de 20,7% dos sistemas nebulizadores dispensados.

No 1º semestre de 2018 os inaladores de pó seco representaram 65% de todas as embalagens dispensadas.

(tabela 3).

Tabela 4 - Encargos SNS (€)dos dispositivos para terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN

Dispositivos inalatórios Medic. fact. (SNS) € variação %

2015-2017

Medic. fact. (SNS) € Peso relativo % Custos 1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

Inaladores pressurizados doseáveis - pMDI 1.929.208 2.300.594 3.038.676 57,5% 1.945.464 11,8%

Inaladores de pó seco - DPI 26.453.798 25.721.120 25.048.739 -5,3% 12.953.675 78,6%

Inaladores de névoa suave - SMI 1.089.660 1.657.219 2.255.796 107,0% 1.280.937 7,8%

Sistemas nebulizadores 862.511 731.802 624.560 -27,6% 294.554 1,8%

Total Dispositivos Inalatórios 30.335.177 30.410.735 30.967.771 2,1% 16.474.630 100,0%

Entre 2015 e 2017, o encargo SNS com inaladores de pó seco e com sistemas nebulizadores diminuiu 5,3%

e 27,6% respetivamente, acompanhando a redução do número de embalagens dispensadas.

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Pelo contrário, o encargo com inaladores de névoa suave e os inaladores pressurizados aumentou no

mesmo período temporal 107% e 57,5% respetivamente.

No 1º semestre de 2018 os inaladores de pó seco representaram ainda 78,6% do encargo SNS.

No total de dispositivos inalatórios, apesar da variação de - 1,4% da dispensa, verificou-se um aumento de

2,1% nos encargos para o SNS à custa dos inaladores com solução para inalação por nebulização (Respimat)

e dos inaladores pressurizados doseáveis. (tabela 3 e 4).

1.2 - DCI dos fármacos utilizados na terapêutica Inalatória - evolução da dispensa e custos na ARSN

Da análise por princípio ativo dos fármacos disponíveis para terapêutica inalatória, ressaltam na dispensa

em monoterapia, no 1º semestre de 2018, o salbutamol (11,8%), brometo de tiotrópio (9,5%), brometo de

ipratrópio (8,3%), budesonida (6,3%) e o formoterol (5,0%). Relativamente às associações, as mais

utilizadas neste período, foram budesonida + formeterol (14,9%), fluticasona + salmeterol (13,9%) e

brometo de glicopirrónio + indacaterol (5,9%). (tabela 5)

Tabela 5 - Nº de embalagens dispensadas por DCI dos fármacos usados na terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN

DCI

Nº Emb.Dispensadas variação % 2015-2017

Nº Embalagens Dispensadas Peso relativo % emb. disp. 1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

Agonistas adrenérgicos beta longa ação-LABA

Formoterol 94.959 86.455 76.252 -19,70% 34.416 5,00%

Indacaterol 48.877 38.098 30.368 -37,90% 13.255 1,90%

Olodaterol 1.056 3.001 1.944 84,10% 742 0,10%

Procaterol 1.216 1.007 807 -33,60% 386 0,10%

Salmeterol 14.575 12.395 10.700 -26,60% 4.792 0,70%

Agonistas adrenérgicos beta curta ação-SABA

Salbutamol 177.778 161.446 152.966 -14,00% 80.506 11,80%

Terbutalina 18.999 18.390 16.653 -12,30% 7.849 1,10%

Antagonistas colinérgicos longa ação-LAMA

Brometo de aclidínio 26.169 22.303 19.944 -23,80% 9.332 1,40%

Brometo de glicopirrónio 29.315 28.662 26.068 -11,10% 12.578 1,80%

Brometo de tiotrópio 154.829 144.375 131.665 -15,00% 65.066 9,50%

Brometo de umeclidínio 618 3.475 2.637 0,40%

Antagonistas colinérgicos curta ação-SAMA

Brometo de ipratrópio 131.550 120.222 107.466 -18,30% 56.905 8,30%

Corticosteroides-ICS

Beclometasona 3.325 2.874 2.426 -27,00% 1.223 0,20%

Budesonida 97.802 94.518 86.913 -11,10% 43.122 6,30%

Fluticasona 48.150 47.153 47.264 -1,80% 26.544 3,90%

Mometasona 815 642 551 -32,40% 277 0,00%

Associações

LAMA+LABA

Brometo de glicopirrónio + Indacaterol 43.497 57.552 71.445 64,30% 40.693 5,90%

Brometo de umeclidínio + Vilanterol 638 4.957 12.349 1835,60% 9.672 1,40%

Olodaterol + Brometo de tiotrópio 4.223 16.233 11.657 1,70%

Brometo de aclidínio + Formoterol 2.885 24.282 31.453 990,20% 16.042 2,30%

ICS+LABA

Fluticasona + Formoterol 7.307 19.388 13.577 2,00%

Fluticasona + Salmeterol 241.187 217.697 192.852 -20,00% 95.362 13,90%

Budesonida + Formoterol 153.609 164.018 171.332 11,50% 102.085 14,90%

Furoato de fluticasona + Vilanterol 13.363 34.528 55.528 315,50% 36.222 5,30%

SAMA+SABA

Brometo de ipratrópio + Salbutamol 0 1 0 1 0,00%

Total Geral 1.304.594 1.296.724 1.286.042 -1,40% 684.941 100,00%

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Tabela 6 - Encargos SNS (€) por DCI dos fármacos usados na terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN

DCI

Medic fact. (SNS) € variação % 2015-2017

Medic fact. (SNS) € Peso relativo % Custos 1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

Agonistas adrenérgicos beta longa ação-LABA

Formoterol 1.221.944 1.082.410 955.822 -21,80% 405.638 2,50%

Indacaterol 1.380.664 1.074.905 856.439 -38,00% 372.836 2,30%

Olodaterol 29.814 81.516 52.416 75,80% 19.938 0,10%

Procaterol 6.022 4.962 3.987 -33,80% 1.848 0,00%

Salmeterol 293.993 236.466 202.761 -31,00% 90.645 0,60%

Agonistas adrenérgicos beta curta ação-SABA

Salbutamol 453.094 405.798 378.992 -16,40% 191.982 1,20%

Terbutalina 65.186 63.050 57.039 -12,50% 26.887 0,20%

Antagonistas colinérgicos longa ação-LAMA

Brometo de aclidínio 854.436 699.105 621.300 -27,30% 289.918 1,80%

Brometo de glicopirrónio 915.023 847.328 765.105 -16,40% 368.432 2,20%

Brometo de tiotrópio 4.850.288 4.506.323 4.098.606 -15,50% 1.939.998 11,80%

Brometo de umeclidínio 17.756 100.783 75.633 0,50%

Antagonistas colinérgicos curta ação-SAMA

Brometo de ipratrópio 651.658 546.740 466.715 -28,40% 215.809 1,30%

Corticosteroides-ICS

Beclometasona 42.503 36.491 30.395 -28,50% 14.870 0,10%

Budesonida 1.191.371 1.081.823 943.207 -20,80% 403.368 2,40%

Fluticasona 791.650 743.911 733.088 -7,40% 401.817 2,40%

Mometasona 14.298 11.523 10.443 -27,00% 5.122 0,00%

Associações

LAMA+LABA

Brometo de glicopirrónio + Indacaterol 2.101.956 2.782.947 3.251.382 54,70% 1.819.545 11,00%

Brometo de umeclidínio + Vilanterol 30.708 214.932 528.165 1620,00% 397.473 2,40%

Olodaterol + Brometo de tiotrópio 219.796 767.731 511.193 3,10%

Brometo de aclidínio + Formoterol 134.020 1.058.803 1.345.551 904,00% 666.871 4,00%

ICS+LABA

Fluticasona + Formoterol 278.843 757.660 531.363 3,20%

Fluticasona + Salmeterol 9.290.880 7.609.226 6.397.958 -31,10% 3.122.456 19,00%

Budesonida + Formoterol 5.539.556 5.618.046 5.728.110 3,40% 3.348.696 20,30%

Furoato de fluticasona + Vilanterol 476.113 1.188.019 1.914.115 302,00% 1.252.273 7,60%

SAMA+SABA

Brometo de ipratrópio + Salbutamol 0 16 0 20 0,00%

Total Geral 30.335.177 30.410.735 30.967.771 2,10% 16.474.630 100,00%

Entre 2015-2017, na terapêutica em monoterapia observa-se um decréscimo de dispensa e custos, com

exceção do olodaterol que apresenta acréscimo muito significativo em ambos, (comercializado apenas na

formulação para inalação mediante nebulização, com o dispositivo Respimat - inaladores de névoa suave SMI).

(tabela 5, 6 e 7).

O aumento do encargo para o SNS, das associações terapêuticas, reflete o aumento do número de

embalagens dispensadas, exceto no que se refere à associação fluticasona com salmeterol, que apresenta

um decréscimo significativo na dispensa e no encargo.

Os dois princípios ativos, budesonida com formoterol e fluticasona com salmeterol, representam em junho

do corrente ano, cerca de 3 % do encargo total com fármacos no ambulatório da ARSN.

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1.3 – Fármacos por DCI e tipo de dispositivo usados na terapêutica Inalatória - evolução da dispensa e custos na ARSN

Tabela 7 - Nº de embalagens dispensadas e encargos SNS (€) dos fármacos por DCI /dispositivo para terapêutica Inalatória

Formas farmacêuticas em estudo Nº Embalagens Dispensadas variação % 2015-

2017

Nº Embalag

ens Dispensa

das

Medic fact. (SNS) € variação % 2015-2017

Medic fact. (SNS) €

Inaladores de pó seco DPI 2015 2016 2017 2018

2015 2016 2017 1S 2018

Brometo de aclidínio 26.169 22.303 19.944 -23,8% 9.332

854.436 699.105 621.300 -27,3% 289.918

Brometo de aclidínio + Formoterol 2.885 24.282 31.453 990,2% 16.042

134.020 1.058.803 1.345.551 904,0% 666.871

Brometo de glicopirrónio 29.315 28.662 26.068 -11,1% 12.578

915.023 847.328 765.105 -16,4% 368.432

Brometo de glicopirrónio + Indacaterol

43.497 57.552 71.445 64,3% 40.693

2.101.956 2.782.947 3.251.382 54,7% 1.819.545

Brometo de tiotrópio 120.833 100.474 85.199 -29,5% 40.382

3.790.442 3.150.416 2.662.958 -29,7% 1.190.193

Brometo de umeclidínio

618 3.475 − 2.637

17.756 100.783 − 75.633

Brometo de umeclidínio + Vilanterol

638 4.957 12.349 1835,6% 9.672

30.708 214.932 528.165 1620,0% 397.473

Budesonida 83.966 80.101 72.941 -13,1% 35.173

994.526 879.195 747.071 -24,9% 293.291

Budesonida + Formoterol 153.609 164.018 163.438 6,4% 93.164

5.539.556 5.618.046 5.454.556 -1,5% 3.041.359

Fluticasona 25.879 22.573 19.452 -24,8% 9.326

492.914 421.090 361.912 -26,6% 173.384

Fluticasona + Salmeterol 214.968 188.112 161.962 -24,7% 78.425

8.212.825 6.464.910 5.302.057 -35,4% 2.532.927

Formoterol 92.809 84.283 74.000 -20,3% 33.118

1.160.471 1.019.887 890.989 -23,2% 367.998

Furoato de fluticasona + Vilanterol 13.363 34.528 55.528 315,5% 36.222

476.113 1.188.019 1.914.115 302,0% 1.252.273

Indacaterol 48.877 38.098 30.368 -37,9% 13.255

1.380.664 1.074.905 856.439 -38,0% 372.836

Mometasona 815 642 551 -32,4% 277

14.298 11.523 10.443 -27,0% 5.122

Salbutamol 19.092 7.239 6.873 -64,0% 3.258

50.118 17.870 16.627 -66,8% 7.405

Salmeterol 11.778 9.963 8.511 -27,7% 3.784

240.543 191.338 162.248 -32,5% 72.131

Terbutalina 18.999 18.390 16.653 -12,3% 7.849

65.186 63.050 57.039 -12,5% 26.887

Inaladores pressurizados doseáveis pMDI

Beclometasona 3.325 2.874 2.426 -27,0% 1.223

42.503 36.491 30.395 -28,5% 14.870

Brometo de ipratrópio 1 4 2 100,0% 2

6 21 12 109,6% 12

Budesonida 13.830 14.403 13.955 0,9% 7.927

196.809 202.552 196.045 -0,4% 109.954

Budesonida + Formoterol

7.894 − 8.921

273.554 − 307.337

Fluticasona 22.271 24.580 27.812 24,9% 17.218

298.736 322.821 371.176 24,2% 228.433

Fluticasona + Formoterol

7.307 19.388 − 13.577

278.843 757.660 − 531.363

Fluticasona + Salmeterol 26.219 29.585 30.890 17,8% 16.937

1.078.055 1.144.316 1.095.902 1,7% 589.530

Formoterol 2.150 2.172 2.252 4,7% 1.298

61.473 62.523 64.833 5,5% 37.640

Salbutamol 74.427 79.777 82.355 10,7% 45.249

198.176 207.899 208.587 5,3% 107.810

Salmeterol 2.797 2.432 2.189 -21,7% 1.008

53.450 45.129 40.514 -24,2% 18.515

Inaladores de névoa suave SMI

Brometo de tiotrópio 33.996 43.901 46.466 36,7% 24.684

1.059.846 1.355.907 1.435.648 35,5% 749.805

Olodaterol 1.056 3.001 1.944 84,1% 742

29.814 81.516 52.416 75,8% 19.938

Olodaterol + Brometo de tiotrópio

4.223 16.233

11.657

219.796 767.731

511.193

Restantes para nebulização

Brometo de ipratrópio 131.549 120.218 107.464 -18,3% 56.903

651.652 546.719 466.704 -28,4% 215.797

Brometo de ipratrópio + Salbutamol

0 1 0

1

0 16 0

20

Budesonida 6 14 17 183,3% 22

36 76 91 154,2% 123

Procaterol 1.216 1.007 807 -33,6% 386

6.022 4.962 3.987 -33,8% 1.848

Salbutamol 84.259 74.430 63.738 -24,4% 31.999

204.801 180.029 153.778 -24,9% 76.767

Total dispositivos Inalatórios 1.304.594 1.296.724 1.286.042 0 684.941

30.335.177 30.410.735 30.967.771 2,1% 16.474.630

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8

No 1º semestre de 2018 os broncodilatadores de curta ação – SABA e SAMA, representaram 21,2% de

embalagens dispensadas para terapêutica inalatória. Os SABA, representam 12,9% da dispensa e 1,33% do

encargo, os SAMA, representam 8,3% na dispensa e 1,3% do encargo, sendo o brometo de ipratrópio o

único fármaco dispensado (formulação para nebulização).

Entre 2015-2017, constata-se que o salbutamol – SABA é o mais prescrito, com um decréscimo na dispensa

de em todas as formulações com exceção da suspensão pressurizada para inalação, o que poderá refletir a

substituição dos nebulizadores por inaladores pressurizados associados a câmaras expansoras. Também se

verifica decréscimo de consumo e encargo relativamente ao brometo de ipratrópio – SAMA, no período em

estudo.

Relativamente aos broncodilatadores de longa ação, o brometo de tiotrópio – LAMA, continua a ser o

fármaco mais dispensado, constatando-se uma redução no consumo da formulação em pó para inalação,

que é contrabalançada pela formulação para inalação mediante nebulização, com o dispositivo Respimat -

inaladores de névoa suave SMI.

No 1º semestre de 2018, os LAMA, representam 16,2% do encargo e 13,1% na dispensa. Destes, o brometo

de tiotrópio representa 11,8% e 9,5 % respetivamente.

No que se refere aos beta-2-agonistas de longa ação – LABA, a formulação privilegiada é o pó seco,

registando-se, no entanto, um decréscimo na dispensa em todos os fármacos (com exceção do olodaterol,

formulação para inalação com o dispositivo Respimat). No 1º semestre de 2018, representaram 5,41% do

encargo e 7,82% da dispensa.

O formoterol é o fármaco mais prescrito, seguido pelo indacaterol, ambos registando consumos e encargos

decrescentes, no período em estudo.

Os corticosteróides inalados - ICS, representam 10,4 % da dispensa e 5% do encargo, no 1º semestre de

2018, verificando-se um decréscimo ao longo do período em estudo.

O budesonida é o mais prescrito do seu grupo, com um decréscimo na dispensa sob a forma de pó seco e

aumento sob a forma de suspensão pressurizada. No 1º semestre de 2018 representou 2,4% do encargo e

6,3% da dispensa, na terapêutica inalatória.

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9

No que se refere às associações, LAMA+LABA, no primeiro semestre de 2018, representaram 11,4 % do

consumo de inaladores e 20,6% do encargo, evidenciando um acréscimo muito significativo na dispensa e

nos custos no período em estudo (cerca de 3,6 milhões de euros). O brometo de glicopirrónio + indacaterol

é o mais dispensado. No 1º semestre de 2018, representou 5,9% do consumo e 11% do encargo.

Entre 2015-2017, evidenciou um acréscimo de 64,3% na dispensa e de 54,7% nos custos (cerca de 1,1

milhões de euros).

No 1º semestre de 2018, os corticosteróides inalados (CI), associados a beta-2-agonistas, nas diversas

formulações existentes, representaram 36,1% da dispensa e 50,1% do encargo com a terapêutica inalatória.

A associação mais utilizada neste período foi budesonida + formeterol (14,9%), seguida da fluticasona +

salmeterol (13,9%).

Entre 2015-2017 constata- se um aumento do consumo (7,6%) das supra referidas associações, no entanto,

com uma redução do encargo de 3,3%. No que se refere à associação fluticasona + salmetrol, verifica-se um

decréscimo na dispensa na formulação de inaladores de pó seco (24,7%) e aumento de 17,8% na

formulação inaladores pressurizados doseáveis.

1.4 - Terapêutica Inalatória/local de prescrição - evolução da dispensa e custos na ARSN

Discriminou-se no ambulatório da ARSN a monitorização pelos diferentes tipos de local de prescrição.

Tabela 8 - Nº de embalagens dispensadas de dispositivos inalatórios / Local de prescrição

Locais de Prescrição Nº Embalagens Dispensadas ∆ % 2015-

2017

Nº Embalagens Dispensadas Peso relativo emb disp %

1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

Cuidados Saúde Primários 733.634 721.631 709.321 -3,3% 363.580 53,1%

Hospitais Privados 62.234 66.886 68.754 10,5% 41.561 6,1%

Hospitais Públicos 264.460 268.498 275.463 4,2% 150.132 21,9%

Outros Locais Privados 188.714 184.566 179.172 -5,1% 98.617 14,4%

Restantes locais* 55.552 55.143 53.332 -4,0% 31.051 4,5%

Total Geral 1.304.594 1.296.724 1.286.042 -1,42% 684.941 100,0% *Restantes locais:Centros SICAD; Acordos MCDT; Setor Social, Hemodialise; Ministérios Defesa, Justiça e Adm. Interna; Postos Empresa; Serviço de Urgência Básica (SUB)

Os cuidados de saúde primários (CSP) representam cerca de 53% da dispensa de dispositivos inalatórios na

ARSN, no primeiro semestre de 2018, e uma variação negativa (-3,3%) entre 2015-2017.

Verifica-se nos hospitais privados, a variação positiva mais significativa, de 10,5%.

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10

Tabela 9 - Encargos SNS (€) de dispositivos inalatórios / Local de prescrição

Locais de Prescrição Medic fact. (SNS) €

∆ % 2015-2017 Medic fact. (SNS) € Peso relativo % Custos

1S 2018 2015 2016 2017 1S 2018

Cuidados Saúde Primários 18.128.057 18.049.674 18.230.178 0,6% 9.422.725 57,2%

Hospitais Privados 1.142.006 1.252.788 1.302.091 14,0% 792.996 4,8%

Hospitais Públicos 6.083.283 6.218.867 6.595.082 8,4% 3.606.256 21,9%

Outros Locais Privados 3.779.221 3.692.628 3.630.164 -3,9% 1.958.924 11,9%

Restantes locais * 1.202.611 1.196.779 1.210.256 0,6% 693.729 4,2%

Total Geral 30.335.177 30.410.735 30.967.771 2,09% 16.474.630 100,0% *Restantes locais: Centros SICAD; Acordos MCDT; Setor Social, Hemodialise; Ministérios Defesa, Justiça e Adm. Interna; Postos Empresa; Serviço de Urgência Básica (SUB)

Nos CSP, o encargo inerente à prescrição de dispositivos inalatórios no primeiro semestre de 2018,

representou 57% do total da terapêutica inalatória no ambulatório da ARSN.

Entre 2015-2017, o encargo no ambulatório da ARSN teve uma variação pouco significativa (2,09%). Tabela 10 - Variação do tipo de dispositivos inalatórios / Local de prescrição no ambulatório da ARSN

Locais de Prescrição

Variação 2015-2017 (Embalagens) Variação 2015-2017 (Custos) €

DPI pMDI SMI Sistemas

nebulizadores DPI pMDI SMI

Sistemas nebulizadores

Cuidados Saúde Primários -26.489 13.682 14.737 -26.243 -757.729 416.306 576.414 -132.871

Hospitais Privados 1.598 5.436 1.212 -1.726 33.468 98.335 40.434 -12.153

Hospitais Públicos -5.630 15.472 9.460 -8.299 -172.788 348.149 378.995 -42.559

Outros Locais Privados -13.619 7.713 2.795 -6.431 -411.172 184.065 115.154 -37.103

Restantes locais* -3.142 1.840 1.387 -2.305 -96.840 62.613 55.137 -13.265

Total Geral -47.282 44.143 29.591 -45.004 -1.405.060 1.109.469 1.166.135 -237.951 *Restantes locais: Centros SICAD; Acordos MCDT; Setor Social, Hemodialise; Ministérios Defesa, Justiça e Adm. Interna; Postos Empresa; Serviço de Urgência Básica (SUB)

Independentemente do local de prescrição, a maior variação positiva na dispensa e custos, verificou-se nos

inaladores pressurizados doseáveis e inaladores de névoa suave, enquanto se constata uma variação

negativa nos sistemas nebulizadores e inaladores de pó seco (exceto nos hospitais privados) no período em

estudo.

2- Dispensa (nº embalagens) de câmaras expansoras / Local de prescrição no ambulatório da ARSN

Um dos problemas da utilização dos pMDI está relacionado com a dificuldade na coordenação entre a

ativação do inalador e a inalação. Para ultrapassar esta dificuldade, recomenda-se a utilização de câmaras

expansoras.

Tabela 11- Consumo e Encargos SNS/ Local de prescrição de câmaras expansoras no ambulatório da ARSN

Câmara Expansora na ARSN Nº Câmaras Variação % 2017-S2 e

2018-S1

Custo (SNS) € Variação % custos 2017-S2 e 2018-S1 2017-S1 2017-S2 2018-S1 2017-S1 2017-S2 2018-S1

Cuidados Saúde Primários 19 2.083 4.802 130,5% 524 57.382 131.949 129,9%

Hospitais Privados

59 26 -55,9%

1.648 718 -56,4%

Hospitais Públicos 11 2.189 4.199 91,8% 300 58.908 112.805 91,5%

Outros Locais Privados 0 140 341 143,6% 0 3.895 9.340 139,8%

Restantes locais* 1 19 36 89,5% 28 532 1.006 89,2%

Total Geral 31 4.490 9.404 109,4% 852 122.365 255.818 109,1% *Restantes locais: Centros SICAD; Acordos MCDT; Setor Social, Hemodialise; Ministérios Defesa, Justiça e Adm. Interna; Postos Empresa; Serviço de Urgência Básica (SUB)

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11

Comparou-se o segundo semestre de 2017 (inicio da comparticipação) com o primeiro semestre de 2018

verificando-se um acréscimo de cerca de 109% em dispensa e custos para o SNS.

Constata-se uma baixa prescrição de câmaras expansoras nos hospitais privados.

3- Diagnósticos de Utentes com asma e DPOC nos CSP - evolução e distribuição por sexo, grupo

etário e tabagismo

A prevalência de asma e DPOC estimada no ambulatório da ARSN foi de 2,99% e de 1,50%, respetivamente.

O número de doentes inscritos nos CSP com o diagnóstico de asma sofreu um aumento de 14,02% entre os

anos 2015-2017 (gráfico 1).

Gráfico 1-Evolução dos Utentes inscritos com diagnóstico de Asma nos CSP

No que se refere à DPOC o acréscimo foi de 5,08% no mesmo horizonte temporal (gráfico 2).

Gráfico 2-Evolução dos Utentes inscritos com diagnóstico de DPOC nos CSP

97.230

104.363

110.866 113.201

85.000

90.000

95.000

100.000

105.000

110.000

115.000

2015 2016 2017 1S-2018

∆% 2015-2017 -14,02%Prevalência 2017-2,99%

52.811

54.508

55.496

55.310

51.000

51.500

52.000

52.500

53.000

53.500

54.000

54.500

55.000

55.500

56.000

2015 2016 2017 1S-2018

∆% 2015-2017 - 5,08%Prevalência 2017-1,50%

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12

Na ARSN a prevalência de utentes inscritos nos CSP com diagnóstico de asma foi mais elevada na população

infantil e juvenil enquanto a de DPOC aumentou com a idade. (gráfico 3)

Gráfico 3-Prevalência de Utentes com registo de Asma e DPOC na ARSN ano 2017

Embora a prevalência da DPOC seja mais elevada, independentemente do sexo, no grupo etário com idade

igual ou superior a 65 anos, quando associada a tabagismo a prevalência é maior entre os 45-64 anos,

também em ambos os sexos. (gráfico 4)

Gráfico 4- Utentes inscritos com DPOC / tabagismo /sexo e grupo etário

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

<= 14 Anos 15 - 29 Anos 30 - 44 Anos 45 - 64 anos >= 65 Anos

0

5000

10000

15000

20000

25000

DPOC DPOC eFumador

DPOC DPOC eFumador

Masculino Feminino

<= 14 Anos 27 0 20 0

15 - 29 Anos 117 36 61 11

30 - 44 Anos 988 568 529 226

45 - 64 anos 13.034 7.392 5.304 1.869

> = 65 Anos 21.662 5.707 13.754 664

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13

Contrariamente à asma na infância, a asma no adulto é mais comum no sexo feminino. (gráfico 5)

Gráfico 5- Utentes inscritos com Asma /sexo e grupo etário/ tabagismo

Tabela 12- Prevalência da DPOC e da asma por Aces

Aces

Nº utentes inscritos 2017

Total Asma DPOC DPOC confirmada por

espirometria Asma+DPOC

(ACOS) Prevalência

Asma Prevalência

DPOC

Alto Ave 269.842 7.032 3.545 1.653 407 2,61% 1,31%

Alto Minho 244.476 5.951 3.189 1.144 344 2,43% 1,30%

Alto Tâmega e Barroso 90.289 1.926 1.777 1.566 190 2,13% 1,97%

Nordeste 131.649 2.320 2.134 689 347 1,76% 1,62%

Famalicão 123.395 3.356 1.600 943 205 2,72% 1,30%

Braga 187.538 5.847 2.764 780 287 3,12% 1,47%

Gerês / Cabreira 106.442 2.505 1.940 1.590 168 2,35% 1,82%

Barcelos / Esposende 156.568 3.937 1.738 1.047 215 2,51% 1,11%

Marão e Douro Norte 106.594 2.328 2.049 882 258 2,18% 1,92%

Douro Sul 74.217 1.363 1.131 1.198 132 1,84% 1,52%

Feira e Arouca 152.690 4.674 2.786 1.612 301 3,06% 1,82%

Aveiro Norte 116.647 3.153 1.135 1.631 111 2,70% 0,97%

Santo Tirso / Trofa 115.907 3.497 1.725 1.145 180 3,02% 1,49%

Gondomar 166.538 7.377 3.316 1.290 425 4,43% 1,99%

Maia / Valongo 218.312 7.424 2.921 1.089 304 3,40% 1,34%

Póvoa do Varzim / Vila do Conde 149.109 4.517 1.986 1.142 219 3,03% 1,33%

Porto Ocidental 168.049 6.909 2.970 1.352 355 4,11% 1,77%

Porto Oriental 117.339 3.926 1.952 222 246 3,35% 1,66%

Gaia 153.052 6.382 2.155 410 318 4,17% 1,41%

Espinho / Gaia 182.980 7.840 3.091 1.650 413 4,28% 1,69%

Matosinhos 173.401 6.096 2.822 2.113 254 3,52% 1,63%

Baixo Tâmega 168.664 3.995 2.066 1.762 230 2,37% 1,22%

Vale do Sousa Sul 174.361 4.726 2.607 1.605 226 2,71% 1,50%

Vale do Sousa Norte 159.873 3.785 2.097 1.269 232 2,37% 1,31%

Total CSP 3.707.932 110.866 55.496 29.784 6.367 2,99% 1,50%

0

5.000

10.000

15.000

20.000

Asma Asma eFumador

Asma Asma eFumador

Masculino Feminino

<= 14 Anos 9.600 7 5.852 1

15 - 29 Anos 14.297 2.359 12.567 1.468

30 - 44 Anos 8.409 2.441 11.769 2.052

45 - 64 anos 8.960 2.074 18.662 2.175

> = 65 Anos 5.738 564 15.012 218

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14

4. Evolução da dispensa e custos da terapêutica inalatória nos CSP

A análise realizada nos ACES centrou-se nos quatro tipos de dispositivos usados na terapêutica inalatória,

comparando o primeiro semestre de 2017 e o período homólogo de 2018.

A dispensa e os custos por dispositivo evidenciam assimetrias entre os ACES.

Tabela 13- Nº de embalagens dispensadas dos dispositivos para terapêutica inalatória /Aces

Aces

Nº embalagens dispensadas

Inaladores de pó seco DPI Inaladores pressurizados doseáveis

pMDI Inaladores de névoa suave

SMI Sistemas nebulizadores

2017-S1 2018-S1 ∆ % 2017-S1 2018-S1 ∆ % 2017-S1 2018-S1 ∆ % 2017-S1 2018-S1 ∆ %

Alto Ave 15.634 15.711 0,5% 2.766 3.280 18,6% 2.003 2.267 13,2% 2.665 1.954 -26,7%

Alto Minho 21.486 21.797 1,4% 2.856 3.723 30,4% 1.586 2.040 28,6% 2.924 2.610 -10,7%

Alto Tâmega e Barroso 7.842 7.874 0,4% 1.071 1.093 2,1% 511 594 16,2% 1.326 1.075 -18,9%

Nordeste 11.242 11.107 -1,2% 913 958 4,9% 432 541 25,2% 442 451 2,0%

Famalicão 9.339 8.509 -8,9% 1.141 1.237 8,4% 510 484 -5,1% 1.331 1.128 -15,3%

Braga 11.203 10.792 -3,7% 1.905 2.337 22,7% 1.111 1.284 15,6% 952 722 -24,2%

Gerês / Cabreira 8.757 8.894 1,6% 1.072 1.285 19,9% 820 957 16,7% 800 615 -23,1%

Barcelos / Esposende 10.960 11.142 1,7% 1.832 2.158 17,8% 957 1.108 15,8% 1.260 1.206 -4,3%

Marão e Douro Norte 8.289 7.765 -6,3% 876 1.036 18,3% 460 562 22,2% 1.801 1.352 -24,9%

Douro Sul 3.506 3.591 2,4% 435 556 27,8% 281 335 19,2% 634 600 -5,4%

Feira e Arouca 12.478 12.953 3,8% 1.356 1.582 16,7% 477 693 45,3% 2.649 2.310 -12,8%

Aveiro Norte 7.248 7.694 6,2% 562 732 30,2% 182 323 77,5% 1.059 1.093 3,2%

Santo Tirso / Trofa 9.587 9.287 -3,1% 1.363 1.687 23,8% 479 550 14,8% 1.231 1.057 -14,1%

Gondomar 12.440 12.820 3,1% 2.303 2.639 14,6% 523 604 15,5% 1.358 1.214 -10,6%

Maia / Valongo 14.852 15.000 1,0% 2.367 2.737 15,6% 872 929 6,5% 1.948 1.728 -11,3%

Póvoa do Varzim / Vila do Conde

9.926 10.340 4,2% 1.104 1.396 26,4% 552 675 22,3% 4.144 3.595 -13,2%

Porto Ocidental 10.892 10.972 0,7% 2.023 2.298 13,6% 403 558 38,5% 1.204 1.087 -9,7%

Porto Oriental 8.027 7.990 -0,5% 1.551 1.564 0,8% 540 615 13,9% 880 851 -3,3%

Gaia 10.102 10.137 0,3% 1.625 1.782 9,7% 696 741 6,5% 1.021 959 -6,1%

Espinho / Gaia 12.651 12.913 2,1% 1.993 2.260 13,4% 610 695 13,9% 1.445 1.449 0,3%

Matosinhos 13.095 12.940 -1,2% 2.097 2.504 19,4% 580 714 23,1% 964 838 -13,1%

Baixo Tâmega 11.715 11.828 1,0% 1.280 1.744 36,3% 557 693 24,4% 1.964 1.833 -6,7%

Vale do Sousa Sul 12.763 13.032 2,1% 1.486 1.827 22,9% 545 629 15,4% 2.344 1.774 -24,3%

Vale do Sousa Norte 10.626 10.754 1,2% 1.038 1.516 46,1% 541 668 23,5% 1.948 1.637 -16,0%

Total Geral 264.660 265.842 0,4% 37.015 43.931 18,7% 16.228 19.259 18,7% 38.294 33.138 -13,5%

Entre o primeiro semestre de 2017 e o período homólogo de 2018, verificou-se no ACES Alto Minho, o

maior número de embalagens dispensadas de dispositivos DPI e pMDI, no ACES Alto Ave de dispositivos de

névoa suave e de sistemas nebulizadores no ACES Póvoa de Varzim/Vila do Conde.

Verificou-se em todos os ACES uma diminuição da prescrição de sistemas nebulizadores, exceto nos ACES

Aveiro Norte, Nordeste e Espinho/ Gaia.

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15

Tabela 14 - Encargos SNS (€) dos dispositivos para terapêutica inalatória /Aces

Aces

Medic fact. (SNS) €

Inaladores de pó seco DPI Inaladores pressurizados

doseáveis pMDI Inaladores de névoa suave

SMI Sistemas nebulizadores

2017-S1 2018-S1 ∆ % 2017-S1 2018-S1 ∆ % 2017-S1 2018-S1 ∆ % 2017-S1 2018-S1 ∆ %

Alto Ave 483.804 482.750 -0,2% 49.979 62.124 24,3% 72.149 81.278 12,7% 10.902 6.987 -35,9%

Alto Minho 637.236 645.853 1,4% 54.089 81.904 51,4% 55.499 72.142 30,0% 11.924 9.336 -21,7%

Alto Tâmega e Barroso 239.034 242.029 1,3% 18.046 22.394 24,1% 17.057 19.998 17,2% 5.564 3.890 -30,1%

Nordeste 345.477 336.282 -2,7% 14.827 16.951 14,3% 15.943 19.618 23,1% 1.874 1.638 -12,6%

Famalicão 242.561 222.050 -8,5% 18.881 25.023 32,5% 17.345 16.293 -6,1% 5.052 3.823 -24,3%

Braga 328.163 317.743 -3,2% 36.505 49.122 34,6% 35.808 42.409 18,4% 3.771 2.513 -33,4%

Gerês / Cabreira 270.372 272.349 0,7% 25.220 32.550 29,1% 27.423 32.085 17,0% 3.278 2.148 -34,5%

Barcelos / Esposende 344.718 348.510 1,1% 33.270 42.680 28,3% 33.917 38.603 13,8% 5.201 4.290 -17,5%

Marão e Douro Norte 250.314 234.892 -6,2% 15.858 22.632 42,7% 16.271 19.917 22,4% 7.449 4.970 -33,3%

Douro Sul 110.895 113.157 2,0% 8.432 11.993 42,2% 9.417 11.478 21,9% 2.602 2.186 -16,0%

Feira e Arouca 390.440 405.357 3,8% 18.681 23.878 27,8% 16.599 24.693 48,8% 10.596 8.083 -23,7%

Aveiro Norte 217.314 228.418 5,1% 8.376 13.279 58,5% 6.917 11.958 72,9% 4.019 3.763 -6,4%

Santo Tirso / Trofa 262.290 255.843 -2,5% 25.056 36.400 45,3% 16.444 18.738 14,0% 4.940 3.724 -24,6%

Gondomar 351.058 362.269 3,2% 36.489 48.284 32,3% 17.663 20.221 14,5% 5.556 4.195 -24,5%

Maia / Valongo 409.734 413.082 0,8% 33.667 43.370 28,8% 29.872 32.646 9,3% 7.536 5.864 -22,2%

Póvoa do Varzim / Vila do Conde

300.963 311.679 3,6% 18.373 24.619 34,0% 19.385 24.063 24,1% 16.357 12.505 -23,5%

Porto Ocidental 292.238 294.135 0,6% 22.737 30.878 35,8% 13.595 19.199 41,2% 4.610 3.563 -22,7%

Porto Oriental 215.044 213.918 -0,5% 16.354 20.325 24,3% 17.761 20.369 14,7% 3.205 2.820 -12,0%

Gaia 268.052 272.301 1,6% 23.172 27.820 20,1% 23.153 24.598 6,2% 3.995 3.340 -16,4%

Espinho / Gaia 354.149 363.030 2,5% 26.650 33.318 25,0% 21.275 24.367 14,5% 5.459 4.913 -10,0%

Matosinhos 357.367 355.137 -0,6% 24.915 36.786 47,6% 18.957 23.904 26,1% 3.662 2.835 -22,6%

Baixo Tâmega 364.815 364.935 0,0% 21.218 34.649 63,3% 19.469 25.022 28,5% 8.314 6.797 -18,2%

Vale do Sousa Sul 403.534 410.897 1,8% 26.598 38.223 43,7% 18.718 22.107 18,1% 9.361 6.290 -32,8%

Vale do Sousa Norte 314.903 324.400 3,0% 18.099 31.654 74,9% 18.467 23.584 27,7% 8.010 5.909 -26,2%

Total Geral 7.754.474 7.791.017 0,5% 595.489 810.858 36,2% 559.106 669.291 19,7% 153.237 116.385 -24,0%

Os encargos com pMDI e SMI - aumentaram em todos os ACES, exceto relativamente a estes últimos, no

Aces de Famalicão.

Relativamente aos sistemas nebulizadores, todos os ACES reduziram os encargos.

Nos DPI observam-se assimetrias entre os ACES. (tabela 14)

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16

5 – Diagnóstico da dispensa de câmaras expansoras nos CSP

A comparticipação das câmaras expansoras, com emissão de receita sem papel através do módulo de

dispositivos médicos ao abrigo da Portaria nº 246/2015, verificou-se apenas em Junho de 2017, pelo que se

analisou a evolução da dispensa entre o 2º semestre de 2017 e o 1º semestre de 2018.

Tabela 15-Consumo e Encargos SNS de câmaras expansoras por Aces

Aces Nº Câmaras

∆ % Nº Câmaras Custos Câmaras €

∆ % Custos Câmaras 2017-S2 2018-S1 2017-S2 2018-S1

Alto Ave 217 402 85,3% 5.971 10.974 83,8%

Alto Minho 117 326 178,6% 3.170 8.902 180,8%

Alto Tâmega e Barroso 10 39 290,0% 260 1.076 314,5%

Nordeste 21 42 100,0% 564 1.168 107,1%

Famalicão 55 134 143,6% 1.532 3.693 141,0%

Braga 164 478 191,5% 4.465 13.133 194,1%

Gerês / Cabreira 77 223 189,6% 2.107 6.191 193,9%

Barcelos / Esposende 104 237 127,9% 2.908 6.566 125,8%

Marão e Douro Norte 22 53 140,9% 598 1.480 147,4%

Douro Sul 18 52 188,9% 488 1.318 170,0%

Feira e Arouca 40 140 250,0% 1.110 3.897 251,1%

Aveiro Norte 27 89 229,6% 739 2.476 234,8%

Santo Tirso / Trofa 66 122 84,8% 1.810 3.322 83,5%

Gondomar 163 318 95,1% 4.499 8.723 93,9%

Maia / Valongo 150 326 117,3% 4.170 8.927 114,0%

Póvoa do Varzim / Vila do Conde

82 193 135,4% 2.278 5.316 133,4%

Porto Ocidental 125 217 73,6% 3.454 5.884 70,4%

Porto Oriental 75 126 68,0% 2.069 3.482 68,3%

Gaia 92 160 73,9% 2.562 4.372 70,7%

Espinho / Gaia 93 214 130,1% 2.586 5.911 128,6%

Matosinhos 153 290 89,5% 4.189 7.978 90,5%

Baixo Tâmega 66 176 166,7% 1.824 4.855 166,1%

Vale do Sousa Sul 80 208 160,0% 2.223 5.775 159,7%

Vale do Sousa Norte 53 194 266,0% 1.444 5.355 271,0%

Total Geral 2.070 4.759 129,9% 57.018 130.771 129,3%

A dispensa e os custos evidenciam assimetrias entre os ACES.

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17

6- Acessibilidade a espirometrias nos CSP

A realização de espirometria para diagnóstico e monitorização de utentes com asma e DPOC, entre outras

indicações, é um requisito obrigatório para a confirmação do diagnóstico de DPOC.

Quanto à DPOC, foi publicado o Despacho n.º 6300/2016, de 12 de maio, onde se determina que as

Administrações Regionais de Saúde (ARS) devem assegurar, em todos os ACES, a existência de acesso a

espirometria e a tratamentos de reabilitação respiratória.

Neste momento, apenas nove ACES da ARSN reúnem todas as condições para a sua realização,

representando, no entanto, um avanço na acessibilidade à espirometria de forma internalizada.

Tabela 16- Nº Espirometrias internalizadas /Aces

ACeS

N.º de espirometrias realizadas de forma internalizada – ACES

Gondomar Baixo Tâmega Feira/Arouca Marão e Douro Norte

Porto Ocidental

Matosinhos Alto Minho

Nordeste (realizadas

na UH Bragança)

Barcelos Total

Espirometrias

Ano de 2017 1.779 1.619 1.551 1.622 625 2.562 2.110 1.407 0 13.275

1.º Semestre de 2018 1432 537 832 907 767 1595 1500 653 81 8.304

Tabela 17- Nº exames e encargos SNS de espirometrias (convenção) /Aces

ACES

2015 2016 2017 2018-S1

Nº Exames Aceite

SNS € (MCDT)

Nº Exames Aceite

SNS € (MCDT)

Nº Exames Aceite

SNS € (MCDT)

Nº Exames Aceite

SNS € (MCDT)

Alto Minho 10 139 33 518 45 665 34 505

Feira e Arouca 1.015 15.754 451 7.042 269 4.189 208 3.235

Vale do Sousa Sul 703 11.290 842 13.844 920 15.079 518 8.448

Aveiro Norte 676 10.571 250 3.880 253 3.878 153 2.317

Gerês / Cabreira 519 8.186 1.051 16.870 1.174 18.755 623 10.036

Barcelos / Esposende 504 7.941 805 12.722 1.090 17.110 693 10.957

Braga 1.633 25.287 1.951 30.442 1.853 28.737 1.073 16.749

Baixo Tâmega 600 9.693 509 8.300 611 9.864 313 5.063

Famalicão 1.316 20.296 1.239 19.345 1.050 16.392 641 10.080

Vale do Sousa Norte 1.073 16.835 1.220 19.322 1.462 23.292 992 15.885

Matosinhos

4 65 1 13

Porto Ocidental 1.090 17.112 1.270 19.852 1.229 19.396 544 8.340

Porto Oriental 839 13.134 525 8.167 807 12.798 384 6.177

Póvoa do Varzim / Vila do Conde

1.238 19.377 937 14.673 1.158 18.059 625 9.746

Santo Tirso / Trofa 1.414 22.489 1.437 22.671 1.402 21.929 771 12.128

Gaia 1.629 24.995 1.459 22.726 2.012 31.161 960 14.848

Marão e Douro Norte 4 56 4 43 3 43 1 13

Alto Tâmega e Barroso 23 366 15 235 21 327 17 270

Douro Sul 90 1.414 85 1.315 165 2.641 64 1.006

Espinho / Gaia 1.976 30.699 2.047 31.967 2.130 33.323 1.010 15.765

Alto Ave 2.592 40.332 2.600 39.664 3.087 48.197 1.655 25.876

Gondomar 873 13.871 958 15.400 820 13.120 283 4.537

Maia / Valongo 1.158 17.961 1.103 17.325 1.785 27.950 1.132 17.858

Nordeste 16 253 11 170 18 279 10 122

Total 20.991 328.048 20.802 326.493 23.368 367.250 12.705 199.976

Page 19: Terapêutica inalatória - ARS...De acordo com as normas da DGS nº 21/2011 atualizada a 11/9/2015, nº 28/2011 atualizada a 10/9/2013 e nº 10/2013, o tratamento de primeira linha

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Gráfico 6- Número de utentes inscritos ativos com diagnóstico de DPOC confirmado por espirometria (pelo menos 1 registo de FEV 1 nos últimos 3 anos)

Entre 2015- 2017, verificou-se um aumento de cerca de 35% do número de utentes inscritos com

diagnóstico de DPOC, confirmado por espirometria com prova de broncodilatação (FEV1).

21.998

26.08929.784 26.566

52.65854.347 55.394 55.218

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

2015 2016 2017 1S 2018

Espirometria Diagnóstico DPOC

Page 20: Terapêutica inalatória - ARS...De acordo com as normas da DGS nº 21/2011 atualizada a 11/9/2015, nº 28/2011 atualizada a 10/9/2013 e nº 10/2013, o tratamento de primeira linha

19

Conclusão

O Grupo Farmacoterapêutico 5 (GFT 5 - aparelho respiratório) representou no total do ambulatório

da ARSN, cerca de 3% do volume de medicamentos dispensados e 7,5% dos encargos (17,5 milhões

de euros) no primeiro semestre de 2018.

O encargo para o SNS do Grupo Farmacoterapêutico 5, denota um aumento de 2% apesar de se ter

verificado uma redução de 1,1% na dispensa. Ocupa em junho do corrente ano, a quinta posição no

total dos encargos no ambulatório da ARSN.

Dentro do subgrupo constituído pelos broncodilatadores beta-2-agonistas, anticolinérgicos e os anti-

inflamatórios esteróides, os fármacos administrados por via inalatória representaram no período em

estudo, 78,8 % do consumo e 94,8% do encargo para o SNS (16,4 milhões de euros).

Embora entre 2015-2017 se tenha verificado uma redução de 5,2% na dispensa de inaladores de pó

seco - DPI, no 1º semestre de 2018 estes ainda representaram 65% de todas as embalagens

dispensadas.

O número de embalagens dispensadas de inaladores pressurizados doseáveis - pMDI e dos de

névoa suave - SMI (Respimat) aumentou 30,4% e 84,4% respetivamente, entre 2015-2017.

Verificou-se uma redução de 20,7% dos sistemas nebulizadores dispensados no mesmo período.

No 1º semestre de 2018, os princípios ativos mais utilizados na terapêutica inalatória em

monoterapia, foram o salbutamol (11,8%) - SABA, brometo de tiotrópio (9,5%) - LAMA e brometo de

ipratrópio (8,3%) – SAMA.

No mesmo período, as associações mais utilizadas foram budesonida + formeterol (14,9%) e

fluticasona + salmeterol (13,9%). Estas representaram 20,3% e 19,0%, respetivamente, do total de

encargo para o SNS, com a terapêutica inalatória.

Os cuidados de saúde primários (CSP) representaram na ARSN, cerca de 53% do volume de

prescrição, e 57% do encargo com dispositivos inalatórios, no primeiro semestre de 2018.

Nos CSP, em 2017, a prevalência de asma foi de 2,99% e de 1,50% na DPOC.

O registo de utentes inscritos ativos com o diagnóstico de asma e DPOC tem vindo a aumentar,

contudo, ainda com valores muito abaixo dos valores de prevalência conhecidos, para estas

patologias.

O número de pessoas inscritas que já efetuaram uma espirometria no contexto do diagnóstico da

DPOC, é ainda baixo, evidenciando o não cumprimento da Norma de Orientação Clinica que afirma

a impossibilidade de assumir o diagnóstico de DPOC sem recurso a uma espirometria.