ter 08 abril/julho 2010

Upload: epatvdoc

Post on 13-Oct-2015

32 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • Revista da Escola Profissional Amar Terra Verde N. 8 Abril/Julho 2010 nsino profissional

    destaquedestaquedestaquesuplemento

    Um Olhar Repblica

    sobre ada

    texto de Dr. Antnio Almeida Santos

  • ndice

    3 Editorial

    4 Ter destaque

    Ter opinio

    11 Ter ambiente

    12 Ter floresta

    14 Ter oportunidade

    Ter sade

    17 Ter turismo Educar para o Turismo

    18 Ter escola

    Ter emprego conversa com Albino Viana Director Geral dos Hotis do Bom Jesus 5 Ter sucesso Hugo Martins Mecnica, Frio e Climatizao

    6 Ter pedagogia Aprender hoje

    61 Ter tecnologia A Electricidade: para qu?

    Ter cultura

    Ter desporto

    Ter sabor

    Ter web

    Ter cabea

    Implantao da Repblica 9 Repblica ou Monarquia? A Necessidade de Educar para a Responsabilidade Social

    Tomadas de Deciso / Erros Estratgicos

    Associao Florestal do Cvado sector florestal, vida associativa e cirurgia de rvores

    Entrega de Diplomas em Cerimnia Solene Testemunho

    16 Sade Sexual

    Actividades Visitas de Estudo PAPs e PAFs 58

    9

    0

    62Literatura

    O Suricata Desatento Msica

    65 O Ginsio

    67 A utilizao da bandeira... 68

    69

    Ficha Tcnica

    PropriedadeEscola Profissional Amar Terra Verde, Lda.DirectorJoo Lus de Matos Nogueira Coordenador EditorialJos Carlos DiasReviso de textosCarlos BarrosConselho de RedacoAurlia BarrosSandra ArajoJos Carlos DiasPaula FernandesCarla VelosoDesign Grfico e LayoutFtima PimentaColaboradoresAurlio MachadoCarla VelosoCarlos BarrosGlria LagoJoo MoraisJoo Paulo VieitoJorge LageJos Carlos DiasJos Pedro MarquesJos VinagreMarco AlvesMaria Joo CamposMelchior MoreiraPedro MachadoRosa MacielRosa VieiraSnia Vilas BoasImpressoGrfica VilaverdensePeriodicidadeTrimestralTiragem1500 exemplaresDepsito Legal274265/09ISSN1646-9615Distribuio Gratuita

    [email protected]

    Os artigos publicados so da responsabilidade dos seus autores e no vinculam a EPATV.

    Editorial

    esta edio de Setembro, em incio de mais um ano lectivo e fim de outro, focamos a nossa ateno no passado e no futuro. Os alunos finalistas Napresentaram as suas Provas de Aptido Profissional, concluindo assim os seus

    percursos escolares com aproveitamento e distino. A maioria dos alunos inicia a sua vida profissional nas empresas acolhedoras de estgios, que agora os integram nos seus quadros. Toda a comunidade escolar est de parabns e, por isso, toda a publicao dedicada a estes colaboradores, com especial destaque para os professores.Ao mesmo tempo, foi muito positivo constatar que para o arranque do prximo ano contamos com cinquenta turmas das diferentes tipologias de interveno com um nmero total de alunos no patamar das nove centenas. Esta , definitivamente, a tendncia desta Escola Profissional sucesso e crescimento. Mais uma vez, e como j hbito, publicamos a rubrica TER Destaque, onde o tema tratado a Repblica, associando-nos s comemoraes do primeiro centenrio da implantao da Repblica em Portugal, que se assinala em 5 de Outubro de 2010, culminando o tratamento privilegiado da efemride nas actividades escolares.A implantao da Repblica teve um impacto muito forte no sistema oficial de educao, merecendo relevncia a implementao do ensino tcnico e profissional. A evoluo das polticas educativas tm vindo a demonstrar a pertinncia do ensino profissional na formao de jovens e adultos com competncias no s na rea do saber, mas tambm do saber - fazer. Para alm destas aquisies a Escola est ciente que o ensino no passa apenas por formar profissionais, mas tambm cidados que participem de forma activa e consciente na sociedade. O centenrio da Repblica est a ser o pretexto para promover e aprofundar a participao na vida pblica, dos alunos, incitando-os a um envolvimento mais activo na execuo de suportes que trazem uma nova energia cvica vida da Escola e das comunidades em que se insere Vila Verde, Amares e Terras de Bouro. E para que possamos saber mais sobre a Repblica, compilamos um suplemento que acompanha esta edio, da autoria do Ex. Sr. Dr. Almeida Santos, bem como um CD da autoria dos alunos do curso de Tcnico de Multimdia, e que, esperamos, constituam elementos de consulta e de referncia sobre o tema. Iniciamos ainda neste nmero duas novas rubricas TER Tecnologia e TER Pedagogia cujos contedos so desenvolvidos pelos colaboradores da Escola e que traduzem o olhar desta Instituio sobre os mesmos. O objectivo contribuir para a discusso destes dois temas, inovadores e empreendedores, to em voga e associados ao ensino.O prximo perodo ser tambm de realizao do terceiro Jantar de Beneficncia, que convida todas as pessoas para uma noite diferente. A ideia promover a solidariedade e o voluntariado, mas tambm apoiar causas, elevar a moral e passar uma noite divertida e memorvel. Bem-vindos a todos, com a conscincia do dever cvico que nos compete cumprir.

    Dr. Joo Lus de Matos NogueiraDirector Geral da EPATV

    ter ensino profissional2 ter ensino profissional 3

  • ndice

    3 Editorial

    4 Ter destaque

    Ter opinio

    11 Ter ambiente

    12 Ter floresta

    14 Ter oportunidade

    Ter sade

    17 Ter turismo Educar para o Turismo

    18 Ter escola

    Ter emprego conversa com Albino Viana Director Geral dos Hotis do Bom Jesus 5 Ter sucesso Hugo Martins Mecnica, Frio e Climatizao

    6 Ter pedagogia Aprender hoje

    61 Ter tecnologia A Electricidade: para qu?

    Ter cultura

    Ter desporto

    Ter sabor

    Ter web

    Ter cabea

    Implantao da Repblica 9 Repblica ou Monarquia? A Necessidade de Educar para a Responsabilidade Social

    Tomadas de Deciso / Erros Estratgicos

    Associao Florestal do Cvado sector florestal, vida associativa e cirurgia de rvores

    Entrega de Diplomas em Cerimnia Solene Testemunho

    16 Sade Sexual

    Actividades Visitas de Estudo PAPs e PAFs 58

    9

    0

    62Literatura

    O Suricata Desatento Msica

    65 O Ginsio

    67 A utilizao da bandeira... 68

    69

    Ficha Tcnica

    PropriedadeEscola Profissional Amar Terra Verde, Lda.DirectorJoo Lus de Matos Nogueira Coordenador EditorialJos Carlos DiasReviso de textosCarlos BarrosConselho de RedacoAurlia BarrosSandra ArajoJos Carlos DiasPaula FernandesCarla VelosoDesign Grfico e LayoutFtima PimentaColaboradoresAurlio MachadoCarla VelosoCarlos BarrosGlria LagoJoo MoraisJoo Paulo VieitoJorge LageJos Carlos DiasJos Pedro MarquesJos VinagreMarco AlvesMaria Joo CamposMelchior MoreiraPedro MachadoRosa MacielRosa VieiraSnia Vilas BoasImpressoGrfica VilaverdensePeriodicidadeTrimestralTiragem1500 exemplaresDepsito Legal274265/09ISSN1646-9615Distribuio Gratuita

    [email protected]

    Os artigos publicados so da responsabilidade dos seus autores e no vinculam a EPATV.

    Editorial

    esta edio de Setembro, em incio de mais um ano lectivo e fim de outro, focamos a nossa ateno no passado e no futuro. Os alunos finalistas Napresentaram as suas Provas de Aptido Profissional, concluindo assim os seus

    percursos escolares com aproveitamento e distino. A maioria dos alunos inicia a sua vida profissional nas empresas acolhedoras de estgios, que agora os integram nos seus quadros. Toda a comunidade escolar est de parabns e, por isso, toda a publicao dedicada a estes colaboradores, com especial destaque para os professores.Ao mesmo tempo, foi muito positivo constatar que para o arranque do prximo ano contamos com cinquenta turmas das diferentes tipologias de interveno com um nmero total de alunos no patamar das nove centenas. Esta , definitivamente, a tendncia desta Escola Profissional sucesso e crescimento. Mais uma vez, e como j hbito, publicamos a rubrica TER Destaque, onde o tema tratado a Repblica, associando-nos s comemoraes do primeiro centenrio da implantao da Repblica em Portugal, que se assinala em 5 de Outubro de 2010, culminando o tratamento privilegiado da efemride nas actividades escolares.A implantao da Repblica teve um impacto muito forte no sistema oficial de educao, merecendo relevncia a implementao do ensino tcnico e profissional. A evoluo das polticas educativas tm vindo a demonstrar a pertinncia do ensino profissional na formao de jovens e adultos com competncias no s na rea do saber, mas tambm do saber - fazer. Para alm destas aquisies a Escola est ciente que o ensino no passa apenas por formar profissionais, mas tambm cidados que participem de forma activa e consciente na sociedade. O centenrio da Repblica est a ser o pretexto para promover e aprofundar a participao na vida pblica, dos alunos, incitando-os a um envolvimento mais activo na execuo de suportes que trazem uma nova energia cvica vida da Escola e das comunidades em que se insere Vila Verde, Amares e Terras de Bouro. E para que possamos saber mais sobre a Repblica, compilamos um suplemento que acompanha esta edio, da autoria do Ex. Sr. Dr. Almeida Santos, bem como um CD da autoria dos alunos do curso de Tcnico de Multimdia, e que, esperamos, constituam elementos de consulta e de referncia sobre o tema. Iniciamos ainda neste nmero duas novas rubricas TER Tecnologia e TER Pedagogia cujos contedos so desenvolvidos pelos colaboradores da Escola e que traduzem o olhar desta Instituio sobre os mesmos. O objectivo contribuir para a discusso destes dois temas, inovadores e empreendedores, to em voga e associados ao ensino.O prximo perodo ser tambm de realizao do terceiro Jantar de Beneficncia, que convida todas as pessoas para uma noite diferente. A ideia promover a solidariedade e o voluntariado, mas tambm apoiar causas, elevar a moral e passar uma noite divertida e memorvel. Bem-vindos a todos, com a conscincia do dever cvico que nos compete cumprir.

    Dr. Joo Lus de Matos NogueiraDirector Geral da EPATV

    ter ensino profissional2 ter ensino profissional 3

  • ter ensino profissional 5

    destaque

    Na regio de Terras de Bouro o 5 de Outubro de 1910 no teve o impacto de outras regies e para isso contriburam vrios factores. que, desde logo, aquelas populaes, que muito tinham contribudo para a independncia de Portugal, haviam assumido a responsabilidade da defesa da Portela do Homem com os seus exclusivos meios e, como contrapartida, era-lhes garantido que os homens da regio no eram recrutados para outras terras ou outras guerras.Porm, no raras vezes, os Governadores de Armas e seus aclitos violaram esse compromisso o que obrigava os representantes dos povos da regio a fazer exposies ao Rei, exposies essas que nunca deixaram de ser atendidas.O Rei chegou ao ponto de ordenar que os homens de Terras de Bouro que tinham sido enviados para combates em Ceuta, fossem, imediatamente, devolvidos s suas terras.Depois porque o Rei D. Lus havia visitado poucos anos antes (1887) o Gers e, embora as populaes no tenham podido saudar o rei pessoalmente (por culpa dos republicanos e outros que o rodeavam) no deixaram de se sentirem muito honrados com a sua visita.Por outro lado, tendo ocorrido recentemente o regicdio, os povos daquela regio culparam no s os Buias mas sobretudo, os republicanos, a maonaria, a carbonria e at o prprio Joo Franco, seu primeiro ministro, para quem estaria preparada a emboscada e teria conseguido desviar a direco do tiro.Esse mesmo Joo Franco, a pedido do seucorreligionrio de Vieira do Minho, Guilherme de Abreu, havia, com violao da lei, suprimido o concelho de Terras de Bouro em 1885 (que felizmente, com a queda dessa abominvel ditadura, foi restaurado dois anos depois).

    essa ferida que se tornou incurvel porque se limitaram a plantar camacpares a granel mas, bem l no fundo da ravina, ficou um exemplar de carvalho que escapou razia e quem o observa parece ouvir uma recriminao.Outros locais, como Covide, foram ocupados pelas tropas republicanas das quais se conta, ainda hoje, que, existindo um cruzeiro nas proximidades da Taberna da Venda (hoje transformado num caf acolhedor), a soldadesca, nas suas deslocaes taberna, prendia os cavalos no fuste do cruzeiro e ordenavam ao Cristo que lhos guardasse.Referem, tambm, que, quando, dois anos mais tarde, o Padre Martins Capela fez deslocar a imagem do Bom Jesus de Ms (tambm conhecida por Cristo Rei), desde Braga, pela Via Romana da Geira e com a colaborao de todas as freguesias, na chegada a Covide, o cruzeiro da Taberna do Eiras foi retirado do local e erguido num morro sobranceiro que ainda hoje conhecido como Outeiro do Rei.Sintomaticamente, as actas da Cmara Municipal da poca no do relevo implantao da Repblica.

    Por tudo isso dispensaram um carinho especial ao No h qualquer referncia ao hastear da bandeira movimento de Paiva Couceiro que, tendo sido trado no chalet dos florestais no Geres, deslocao das em Bragana e na ptria dos Buias, em Vinhais, tropas para vrios locais do concelho, pretensa seguiu com os seus homens a linha de fronteira e ameaa da presena de Paiva Couceiro em Lbios acantonou-se na vila Arajo, em Lbios, ali bem ou ao desembarao do campo de tiro entre Leonte perto da Fronteira da Portela do Homem, talvez por e a Albergaria.ter a certeza de que nas proximidades estava gente Apenas referem, com data do dia 10 de Outubro, a amiga de antes quebrar que torcer; os nomeao de uma Comisso Administrativa Terrabourenses que at ali seriam capazes de dar composta por:uma ajuda.Alarmados, os republicanos da ltima hora (os Tenente de Artilharia Norberto Ferreira mesmos que, em 1887, haviam recebido no Gers o Guimares Rei D. Lus e evitado, por processos menos dignos, a presena da cmara municipal e o caloroso apoio Gaspar Pereira de Magalhes Carvalhopopular) que at tinham hasteado a bandeira republicana, no nos Paos do Concelho onde no Dr. Fernando Augusto dos Santospatriarcavam, mas no chalet dos florestais no Gers, lanaram o alarme de um perigo eminente Ivo Martins Ribeiro Adelino da Conceio (repetiram a estratgia de 1888 quando inventaram Diasuma sublevao popular para reclamar a presena do exrcito). Como suplentes foram designados:Em consequncia, mais uma vez a regio de Terras de Bouro foi invadida por uma tropa fandanga que Avelino Martins Ribeiro ofendia, de forma gratuita, os sentimentos da gente da terra. Domingos Pires de Freitas Curiosamente ainda hoje existem recordaes e feridas abertas por esse falso alarme. Domingos Jos Arajo E ningum esquece, ao passar em Leonte, que Tude de Sousa, o regente florestal que havia sido estrela Augusto Antnio Gonalves da Silva da gente brasonada da caada de 1908, muito solcito mandou abater toda a mata (onde existiam Antnio Jos Mirandaos mais belos exemplares de carvalhos) entre Leonte e a Albergaria para desembaraar um A acta que, em circunstncias normais, seria campo de tiro pois temiam que, de um momento assinada por uma pequena multido de assistentes, para o outro, Paiva Couceiro marchasse sobre o foi apenas assinada por alguns funcionrios da Geres. Cmara Municipal a saber:De recordar que tentaram, passado o perigo, tapar

    NImplantao

    daRepblica

    Dr. Jos Antnio de Arajo

    Presidente da Cmara Municipal de Terras de Bouro 1979 - 2001

    Governador Civil de Braga 2002 - 2004

    ter ensino profissional4

  • ter ensino profissional 5

    destaque

    Na regio de Terras de Bouro o 5 de Outubro de 1910 no teve o impacto de outras regies e para isso contriburam vrios factores. que, desde logo, aquelas populaes, que muito tinham contribudo para a independncia de Portugal, haviam assumido a responsabilidade da defesa da Portela do Homem com os seus exclusivos meios e, como contrapartida, era-lhes garantido que os homens da regio no eram recrutados para outras terras ou outras guerras.Porm, no raras vezes, os Governadores de Armas e seus aclitos violaram esse compromisso o que obrigava os representantes dos povos da regio a fazer exposies ao Rei, exposies essas que nunca deixaram de ser atendidas.O Rei chegou ao ponto de ordenar que os homens de Terras de Bouro que tinham sido enviados para combates em Ceuta, fossem, imediatamente, devolvidos s suas terras.Depois porque o Rei D. Lus havia visitado poucos anos antes (1887) o Gers e, embora as populaes no tenham podido saudar o rei pessoalmente (por culpa dos republicanos e outros que o rodeavam) no deixaram de se sentirem muito honrados com a sua visita.Por outro lado, tendo ocorrido recentemente o regicdio, os povos daquela regio culparam no s os Buias mas sobretudo, os republicanos, a maonaria, a carbonria e at o prprio Joo Franco, seu primeiro ministro, para quem estaria preparada a emboscada e teria conseguido desviar a direco do tiro.Esse mesmo Joo Franco, a pedido do seucorreligionrio de Vieira do Minho, Guilherme de Abreu, havia, com violao da lei, suprimido o concelho de Terras de Bouro em 1885 (que felizmente, com a queda dessa abominvel ditadura, foi restaurado dois anos depois).

    essa ferida que se tornou incurvel porque se limitaram a plantar camacpares a granel mas, bem l no fundo da ravina, ficou um exemplar de carvalho que escapou razia e quem o observa parece ouvir uma recriminao.Outros locais, como Covide, foram ocupados pelas tropas republicanas das quais se conta, ainda hoje, que, existindo um cruzeiro nas proximidades da Taberna da Venda (hoje transformado num caf acolhedor), a soldadesca, nas suas deslocaes taberna, prendia os cavalos no fuste do cruzeiro e ordenavam ao Cristo que lhos guardasse.Referem, tambm, que, quando, dois anos mais tarde, o Padre Martins Capela fez deslocar a imagem do Bom Jesus de Ms (tambm conhecida por Cristo Rei), desde Braga, pela Via Romana da Geira e com a colaborao de todas as freguesias, na chegada a Covide, o cruzeiro da Taberna do Eiras foi retirado do local e erguido num morro sobranceiro que ainda hoje conhecido como Outeiro do Rei.Sintomaticamente, as actas da Cmara Municipal da poca no do relevo implantao da Repblica.

    Por tudo isso dispensaram um carinho especial ao No h qualquer referncia ao hastear da bandeira movimento de Paiva Couceiro que, tendo sido trado no chalet dos florestais no Geres, deslocao das em Bragana e na ptria dos Buias, em Vinhais, tropas para vrios locais do concelho, pretensa seguiu com os seus homens a linha de fronteira e ameaa da presena de Paiva Couceiro em Lbios acantonou-se na vila Arajo, em Lbios, ali bem ou ao desembarao do campo de tiro entre Leonte perto da Fronteira da Portela do Homem, talvez por e a Albergaria.ter a certeza de que nas proximidades estava gente Apenas referem, com data do dia 10 de Outubro, a amiga de antes quebrar que torcer; os nomeao de uma Comisso Administrativa Terrabourenses que at ali seriam capazes de dar composta por:uma ajuda.Alarmados, os republicanos da ltima hora (os Tenente de Artilharia Norberto Ferreira mesmos que, em 1887, haviam recebido no Gers o Guimares Rei D. Lus e evitado, por processos menos dignos, a presena da cmara municipal e o caloroso apoio Gaspar Pereira de Magalhes Carvalhopopular) que at tinham hasteado a bandeira republicana, no nos Paos do Concelho onde no Dr. Fernando Augusto dos Santospatriarcavam, mas no chalet dos florestais no Gers, lanaram o alarme de um perigo eminente Ivo Martins Ribeiro Adelino da Conceio (repetiram a estratgia de 1888 quando inventaram Diasuma sublevao popular para reclamar a presena do exrcito). Como suplentes foram designados:Em consequncia, mais uma vez a regio de Terras de Bouro foi invadida por uma tropa fandanga que Avelino Martins Ribeiro ofendia, de forma gratuita, os sentimentos da gente da terra. Domingos Pires de Freitas Curiosamente ainda hoje existem recordaes e feridas abertas por esse falso alarme. Domingos Jos Arajo E ningum esquece, ao passar em Leonte, que Tude de Sousa, o regente florestal que havia sido estrela Augusto Antnio Gonalves da Silva da gente brasonada da caada de 1908, muito solcito mandou abater toda a mata (onde existiam Antnio Jos Mirandaos mais belos exemplares de carvalhos) entre Leonte e a Albergaria para desembaraar um A acta que, em circunstncias normais, seria campo de tiro pois temiam que, de um momento assinada por uma pequena multido de assistentes, para o outro, Paiva Couceiro marchasse sobre o foi apenas assinada por alguns funcionrios da Geres. Cmara Municipal a saber:De recordar que tentaram, passado o perigo, tapar

    NImplantao

    daRepblica

    Dr. Jos Antnio de Arajo

    Presidente da Cmara Municipal de Terras de Bouro 1979 - 2001

    Governador Civil de Braga 2002 - 2004

    ter ensino profissional4

  • ter ensino profissional 7

    Alfredo Barbosa na Fronteira da Portela do Homem mas, dada a polmica ento existente em torno da abertura da

    Secundino Antnio de Aguiar fronteira e o ambiente criado, esse simples gesto poderia ser mal interpretado.

    Artur Adriano Arantes Pela mesma razo no foi assinalada a passagem por ali das tropas liberais na sua retirada para a

    Abel Augusto Leite Ribeiro Inglaterra em 1828.Mas no podemos deixar que a poeira dos sculos

    No dia 17 de Outubro, procedeu-se investidura e se acumule por mais tempo e apague da nossa quase se limitaram a ordenar uma sindicncia. memria o nome daqueles que, em momentos Em 14 de Novembro, foi ordenada a suspenso do difceis da nossa histria, conseguiram, pelo menos, secretrio, Secundino Antnio de Aguiar, passando atenuar as adversidades que tivemos de enfrentar.a exercer essas funes Alfredo Barbosa. De entre um nmero indeterminado de Mais tarde, em 30 de Maro de 1911, o Tenente terrabourenses a quem muito ficamos a dever temos Guimares pediu a demisso de Presidente da de, pelo menos, recordar com profundo Comisso Administrativa e de Administrador do reconhecimento e muita saudade, os nomes do Concelho. Padre Martins Capela, do Dr. Paulo Marcelino, do Foi -lhe conferido um voto de louvor e foi dado o seu Padre Artur Aguiar e do Monsenhor Paulo Antnio nome Avenida Paulo Marcelino, o terrabourense Antunes.natural de Carvalheira que, com o seu amigo O Padre Martins Capela tinha conseguido, desde h Ricardo Jorge, havia iniciado a remodelao do muito tempo, libertar-se da lei da morte e ns estabelecimento termal do Geres e exercia as tivemos j, pelo menos, o gesto do nosso funes de Director do Instituto Industrial e reconhecimento pelo seu mrito e pela sua ajuda.Comercial do Porto. A ltima homenagem a Martins Capela foi prestada, Porm, passado algum tempo, foi restitudo o nome recentemente, pela Cmara Municipal presidida pelo de Paulo Marcelino avenida principal da sede do Dr. Antnio Afonso ao adquirir e restaurar, em Concelho. Covide, a Escola de Latim que havia sido A partir dessa data as actas da Cmara Municipal frequentada por Martins Capela.passaram a ser, em tudo, semelhantes s anteriores porm indispensvel reconhecer aqui quanto a 5 de Outubro de 1910. sofreu com a presena dos soldados republicanos Chegados aqui a pergunta que pode e deve ser hoje em Covide e o contributo que deu para que tudo se feita sobre o motivo que ter levado Paiva resolvesse da melhor forma.Couceiro a, de acordo com os seus muitos amigos Muito embora no tenhamos um testemunho visvel de Terras de Bouro, ter desistido da to temida da colaborao do Dr. Paulo Marcelino, que era invaso de Portugal pela Portela do Homem sem primo de Monsenhor Paulo Antunes, sabemos que mesmo esboar a mais pequena tentativa. tempos antes havia deixado o Geres onde, com Parece que a resposta ter de ser encontrada no Ricardo Jorge, havia iniciado a reabilitao do bom senso de Paiva Couceiro e na benfica estabelecimento termal e era na altura o Director do influncia exercida plos variados e sinceros amigos Instituto Industrial e Comercial do Porto e, como o que tinha do lado portugus. Monsenhor Paulo Antunes era proco em Ermesinde Por isso, parece ser da mais elementar justia e primo, mantinha a mais completa cumplicidade em recordar aqui e prestar justa homenagem a alguns todas as iniciativas referentes a Terras de Bouro e, dos mais destacados terrabourenses que, correndo muito particularmente, nesta articulao com Paiva o risco da denncia dos esbirros republicanos e das Couceiro em que estavam todos envolvidos.fatais represlias, no hesitaram em tudo arriscar De qualquer maneira, dificilmente o nome de Paulo para manter o contacto com Paiva Couceiro e, num Marcelino se apagar da memria dos dilogo profcuo, encontrar a melhor soluo. terrabourenses no s porque lhe est atribudo (e E esse contacto era garantido por mensageiros que bem) a principal avenida mas tambm porque nunca ainda hoje guardam, como tesouro da famlia, as os residentes de Carvalheira, onde nasceu, lanternas que usavam nas suas constantes deixariam que fosse esquecido.deslocaes a Lbios. Mas corre o risco de ser lanado no esquecimento o Porm, as mensagens partiam de homens Padre Artur Aguiar porque, na sua simplicidade, prestigiados que sempre souberam aquilo que, sempre se procurou esconder no seu casaro do naquele momento, era melhor para Portugal. Brrio.De entre muitos outros h que referir aqui, pelo E porque, com os anos, a vista lhe foi menos, o Padre Martins Capela, o Dr. Paulo enfraquecendo, passava parte do seu tempo ou em Marcelino, o Padre Artur Aguiar e o Monsenhor casa ou exercendo funes de superintendncia no Paulo Antnio Antunes. ensino do concelho e outras atribuies de relevo Em tempos, foi pensado prestar-lhes singela que a Cmara Municipal lhe solicitava.homenagem com a colocao duma modesta placa Simultaneamente exercia as funes de proco de

    ter ensino profissional6

    Chorense mas, mais tarde, celebrava a missa dos caadores na capela da sua casa. Meu caro PauloPoliticamente, o Padre Artur Aguiar pertencia ao nmero daqueles que eram intocveis plos Escrevo- te do mirante da Casa de S. Loureno, s 9 republicanos. horas da manh. que contava entre os seus ascendentes pessoas Muito de propsito reservei a minha resposta tua ilustres e muito importantes sobretudo nas fileiras da estimada carta para aqui porque a esta casa e a grei onde elencava mais do que um oficial general. este mirante tens tu ligadas tantas recordaes Tinha frequentado a Universidade de Coimbra que gratssimas como eu, se no mais; e eu sei quanto nunca esqueceu e afirmava que se tinha feito padre as recordaes dos lugares onde a vida nos por vocao das irms. decorreu calma, despreocupada e boa nos consolam Naquelas namoradeiras junto das janelas, o Padre l ao longe muito longe; tanto mais quanto a nossa Artur recebia e falava com os amigos sempre sobre imaginao se compraz em pr-nos constantemente assuntos do sculo XIX. Gostava muito de ter quem diante dos olhos da nossa alma a pintura desses o ouvisse e deliciava quem tinha a sorte de o ouvir. lugares envolvidos em nuvens de saudade.Quando havia sol, fazia, de tempos a tempos, o seu Eu no tinha voltado aqui depois que juntos aqui cigarro de ona que acendia com uma lupa e nunca estivemos: que coisas se passaram depois!...se esquecia de oferecer um clice de vinho do Porto Passa ao largo, em obedincia ao verso vergiliano: e uns biscoitos do tempo dos avs. infundum regina, jubes renovam dolorem se bem Pois foi nessas circunstncias que foi possvel colher me lembro do latim!o depoimento do Padre Artur sobre o seu amigo Ainda bem que na tua noite de emigrado, o cu tem Paiva Couceiro e o seu pesar por no ter sido sido estrelado, de estrelas propcias! uma possvel resolver o problema naquela altura e felicidade relativa que certamente merecias, mas salvar a Ptria. que, no obstante, podia ter sido de trevas e Quanto ao Monsenhor Paulo Antnio Antunes, que tempestuosa!era o mais jovem daquele grupo de amigos, quase Felicito-te cordialmente portanto: pela tua sade e ningum conhece o ascendente, alis merecido, que pela alta situao a que ascendeste apesar de mantinha em relao aos procos de Terras de estrangeiro! Deves sentir um santo orgulho, porque Bouro (ele era, ento, proco de Ermesinde e tinha tambm h orgulhos santos.passado por Oriz) e muito menos a amizade que o Sistematicamente afastado de tudo e de todos, no ligava a Paiva Couceiro e a outros amigos. lendo gazetas e no aceitando como assunto de No dia 5 de Outubro de 1910, exercia, como foi dito, conversas porcarias polticas, nada te posso dizer a entre outras, as funes de proco de Ermesinde, tal respeito!...mas a presena do seu amigo Paiva Couceiro em (ilegvel) ...critrio mdico, exercendo-se sobre Lbios, to perto da sua terra natal (S. Joo do factos quotidianos de observao directa diz-me que Campo) e o ambiente criado fez com que a sua este doente chamado Portugal, o glorioso, est ateno se fixasse Terras de Bouro. muito mal a cada passo com acenos de delrio que Dada a maior experincia e o facto de conhecer indica prognstico mau! Resistir, no resistir?todos os procos e as regies vizinhas da Galiza, H quem tenha f e esperana na cura; eu nem ter organizado a retirada desses sacerdotes para tenho uma nem outra o que o pior dos estados de Espanha. alma!A homenagem prestada pel'O Petardo em 15 de Como sabes, este nosso querido torro o nico Abril de 1910 (o jornal ilustrado de maior tiragem de sobrevivente dos Estados neogticos da pennsula Portugal) por sua vez uma prova de que, pela sua ibrica: chegar--Ihe-ia a sua vez? As leis histricas o notoriedade, era intocvel plos arautos da determinaro.Repblica (doe. 8). Adeus meu querido Paulo, que a felicidade continue Monsenhor Paulo Antunes, aps ter concludo o seu a acarinhar-te so os meus votos e de todos os que trabalho em Terras de Bouro, que garantiu mais uma esto aqui a meu lado e que te enviam muitas vez a inviolabilidade da Portela do Homem e toda a saudades orvalhadas de lgrimas.dignidade que Paiva Couceiro e seus seguidores mereciam, ausentou-se para o Brasil onde teve o Paulo Marcelinomaior acolhimento e desempenhou altas funes no Pao Episcopal de Niteri. P.S. - O Visconde de S. Joo da Madeira servir A recebia regularmente correspondncia dos para alguma coisa? O Corte Real deseja sab-lo. amigos e do seu esplio consta, entre muitas outras, uma carta de Paulo Marcelino do teor seguinte:

  • ter ensino profissional 7

    Alfredo Barbosa na Fronteira da Portela do Homem mas, dada a polmica ento existente em torno da abertura da

    Secundino Antnio de Aguiar fronteira e o ambiente criado, esse simples gesto poderia ser mal interpretado.

    Artur Adriano Arantes Pela mesma razo no foi assinalada a passagem por ali das tropas liberais na sua retirada para a

    Abel Augusto Leite Ribeiro Inglaterra em 1828.Mas no podemos deixar que a poeira dos sculos

    No dia 17 de Outubro, procedeu-se investidura e se acumule por mais tempo e apague da nossa quase se limitaram a ordenar uma sindicncia. memria o nome daqueles que, em momentos Em 14 de Novembro, foi ordenada a suspenso do difceis da nossa histria, conseguiram, pelo menos, secretrio, Secundino Antnio de Aguiar, passando atenuar as adversidades que tivemos de enfrentar.a exercer essas funes Alfredo Barbosa. De entre um nmero indeterminado de Mais tarde, em 30 de Maro de 1911, o Tenente terrabourenses a quem muito ficamos a dever temos Guimares pediu a demisso de Presidente da de, pelo menos, recordar com profundo Comisso Administrativa e de Administrador do reconhecimento e muita saudade, os nomes do Concelho. Padre Martins Capela, do Dr. Paulo Marcelino, do Foi -lhe conferido um voto de louvor e foi dado o seu Padre Artur Aguiar e do Monsenhor Paulo Antnio nome Avenida Paulo Marcelino, o terrabourense Antunes.natural de Carvalheira que, com o seu amigo O Padre Martins Capela tinha conseguido, desde h Ricardo Jorge, havia iniciado a remodelao do muito tempo, libertar-se da lei da morte e ns estabelecimento termal do Geres e exercia as tivemos j, pelo menos, o gesto do nosso funes de Director do Instituto Industrial e reconhecimento pelo seu mrito e pela sua ajuda.Comercial do Porto. A ltima homenagem a Martins Capela foi prestada, Porm, passado algum tempo, foi restitudo o nome recentemente, pela Cmara Municipal presidida pelo de Paulo Marcelino avenida principal da sede do Dr. Antnio Afonso ao adquirir e restaurar, em Concelho. Covide, a Escola de Latim que havia sido A partir dessa data as actas da Cmara Municipal frequentada por Martins Capela.passaram a ser, em tudo, semelhantes s anteriores porm indispensvel reconhecer aqui quanto a 5 de Outubro de 1910. sofreu com a presena dos soldados republicanos Chegados aqui a pergunta que pode e deve ser hoje em Covide e o contributo que deu para que tudo se feita sobre o motivo que ter levado Paiva resolvesse da melhor forma.Couceiro a, de acordo com os seus muitos amigos Muito embora no tenhamos um testemunho visvel de Terras de Bouro, ter desistido da to temida da colaborao do Dr. Paulo Marcelino, que era invaso de Portugal pela Portela do Homem sem primo de Monsenhor Paulo Antunes, sabemos que mesmo esboar a mais pequena tentativa. tempos antes havia deixado o Geres onde, com Parece que a resposta ter de ser encontrada no Ricardo Jorge, havia iniciado a reabilitao do bom senso de Paiva Couceiro e na benfica estabelecimento termal e era na altura o Director do influncia exercida plos variados e sinceros amigos Instituto Industrial e Comercial do Porto e, como o que tinha do lado portugus. Monsenhor Paulo Antunes era proco em Ermesinde Por isso, parece ser da mais elementar justia e primo, mantinha a mais completa cumplicidade em recordar aqui e prestar justa homenagem a alguns todas as iniciativas referentes a Terras de Bouro e, dos mais destacados terrabourenses que, correndo muito particularmente, nesta articulao com Paiva o risco da denncia dos esbirros republicanos e das Couceiro em que estavam todos envolvidos.fatais represlias, no hesitaram em tudo arriscar De qualquer maneira, dificilmente o nome de Paulo para manter o contacto com Paiva Couceiro e, num Marcelino se apagar da memria dos dilogo profcuo, encontrar a melhor soluo. terrabourenses no s porque lhe est atribudo (e E esse contacto era garantido por mensageiros que bem) a principal avenida mas tambm porque nunca ainda hoje guardam, como tesouro da famlia, as os residentes de Carvalheira, onde nasceu, lanternas que usavam nas suas constantes deixariam que fosse esquecido.deslocaes a Lbios. Mas corre o risco de ser lanado no esquecimento o Porm, as mensagens partiam de homens Padre Artur Aguiar porque, na sua simplicidade, prestigiados que sempre souberam aquilo que, sempre se procurou esconder no seu casaro do naquele momento, era melhor para Portugal. Brrio.De entre muitos outros h que referir aqui, pelo E porque, com os anos, a vista lhe foi menos, o Padre Martins Capela, o Dr. Paulo enfraquecendo, passava parte do seu tempo ou em Marcelino, o Padre Artur Aguiar e o Monsenhor casa ou exercendo funes de superintendncia no Paulo Antnio Antunes. ensino do concelho e outras atribuies de relevo Em tempos, foi pensado prestar-lhes singela que a Cmara Municipal lhe solicitava.homenagem com a colocao duma modesta placa Simultaneamente exercia as funes de proco de

    ter ensino profissional6

    Chorense mas, mais tarde, celebrava a missa dos caadores na capela da sua casa. Meu caro PauloPoliticamente, o Padre Artur Aguiar pertencia ao nmero daqueles que eram intocveis plos Escrevo- te do mirante da Casa de S. Loureno, s 9 republicanos. horas da manh. que contava entre os seus ascendentes pessoas Muito de propsito reservei a minha resposta tua ilustres e muito importantes sobretudo nas fileiras da estimada carta para aqui porque a esta casa e a grei onde elencava mais do que um oficial general. este mirante tens tu ligadas tantas recordaes Tinha frequentado a Universidade de Coimbra que gratssimas como eu, se no mais; e eu sei quanto nunca esqueceu e afirmava que se tinha feito padre as recordaes dos lugares onde a vida nos por vocao das irms. decorreu calma, despreocupada e boa nos consolam Naquelas namoradeiras junto das janelas, o Padre l ao longe muito longe; tanto mais quanto a nossa Artur recebia e falava com os amigos sempre sobre imaginao se compraz em pr-nos constantemente assuntos do sculo XIX. Gostava muito de ter quem diante dos olhos da nossa alma a pintura desses o ouvisse e deliciava quem tinha a sorte de o ouvir. lugares envolvidos em nuvens de saudade.Quando havia sol, fazia, de tempos a tempos, o seu Eu no tinha voltado aqui depois que juntos aqui cigarro de ona que acendia com uma lupa e nunca estivemos: que coisas se passaram depois!...se esquecia de oferecer um clice de vinho do Porto Passa ao largo, em obedincia ao verso vergiliano: e uns biscoitos do tempo dos avs. infundum regina, jubes renovam dolorem se bem Pois foi nessas circunstncias que foi possvel colher me lembro do latim!o depoimento do Padre Artur sobre o seu amigo Ainda bem que na tua noite de emigrado, o cu tem Paiva Couceiro e o seu pesar por no ter sido sido estrelado, de estrelas propcias! uma possvel resolver o problema naquela altura e felicidade relativa que certamente merecias, mas salvar a Ptria. que, no obstante, podia ter sido de trevas e Quanto ao Monsenhor Paulo Antnio Antunes, que tempestuosa!era o mais jovem daquele grupo de amigos, quase Felicito-te cordialmente portanto: pela tua sade e ningum conhece o ascendente, alis merecido, que pela alta situao a que ascendeste apesar de mantinha em relao aos procos de Terras de estrangeiro! Deves sentir um santo orgulho, porque Bouro (ele era, ento, proco de Ermesinde e tinha tambm h orgulhos santos.passado por Oriz) e muito menos a amizade que o Sistematicamente afastado de tudo e de todos, no ligava a Paiva Couceiro e a outros amigos. lendo gazetas e no aceitando como assunto de No dia 5 de Outubro de 1910, exercia, como foi dito, conversas porcarias polticas, nada te posso dizer a entre outras, as funes de proco de Ermesinde, tal respeito!...mas a presena do seu amigo Paiva Couceiro em (ilegvel) ...critrio mdico, exercendo-se sobre Lbios, to perto da sua terra natal (S. Joo do factos quotidianos de observao directa diz-me que Campo) e o ambiente criado fez com que a sua este doente chamado Portugal, o glorioso, est ateno se fixasse Terras de Bouro. muito mal a cada passo com acenos de delrio que Dada a maior experincia e o facto de conhecer indica prognstico mau! Resistir, no resistir?todos os procos e as regies vizinhas da Galiza, H quem tenha f e esperana na cura; eu nem ter organizado a retirada desses sacerdotes para tenho uma nem outra o que o pior dos estados de Espanha. alma!A homenagem prestada pel'O Petardo em 15 de Como sabes, este nosso querido torro o nico Abril de 1910 (o jornal ilustrado de maior tiragem de sobrevivente dos Estados neogticos da pennsula Portugal) por sua vez uma prova de que, pela sua ibrica: chegar--Ihe-ia a sua vez? As leis histricas o notoriedade, era intocvel plos arautos da determinaro.Repblica (doe. 8). Adeus meu querido Paulo, que a felicidade continue Monsenhor Paulo Antunes, aps ter concludo o seu a acarinhar-te so os meus votos e de todos os que trabalho em Terras de Bouro, que garantiu mais uma esto aqui a meu lado e que te enviam muitas vez a inviolabilidade da Portela do Homem e toda a saudades orvalhadas de lgrimas.dignidade que Paiva Couceiro e seus seguidores mereciam, ausentou-se para o Brasil onde teve o Paulo Marcelinomaior acolhimento e desempenhou altas funes no Pao Episcopal de Niteri. P.S. - O Visconde de S. Joo da Madeira servir A recebia regularmente correspondncia dos para alguma coisa? O Corte Real deseja sab-lo. amigos e do seu esplio consta, entre muitas outras, uma carta de Paulo Marcelino do teor seguinte:

  • ter ensino profissional8

    Consta do esplio do Monsenhor Antunes uma carta de Paiva Couceiro que, na parte perceptvel, se transcreve:

    Novembro - 24 - S. Jean de Luz

    moEx. Senhor Monsenhor Paulo Antnio AntunesMeu muito prezado amigo.Deu-me o maior prazer a carta de 5 de Outubro que recebi minha chegada. E fundamente gratas me foram essas boas palavras de amigo e de companheiro, participe nas mesmas tristezas e nas mesmas esperanas, nas mesmas vicissitudes e trabalhos.Recordo, perfeitissimamente o episdio a que faz referncia do dia 8 de Julho de 1912 pois que, entre as sombras dessa data, so pontos de luz que se firam o comportamento firme e nobre de alguns Portugueses que deste nome so dignos.Ainda os h, graas a Deus.E essa segurana me segura o esprito de p, e deve a todos conservar o alento e a persistncia na luta at que as correntes do bem e das qualidades que fizeram a Ptria grande, venam e subjuguem as correntes que nos levaram deprimncia e ao vergonhoso acabamento.Na data de 5 de Outubro em que V. Ex.da me escreveu, calculo que notcias boas de Portugal lhe tivessem colocado o nimo na expectativa de algum acontecimento feliz.Mas no foi desta vez ainda, por nosso mal.Esperemos pois pela seguinte.E fazendo cada um pela sua parte Deus nos ajudar um dia.Fao votos por que, no entretanto (e que o entretanto no seja longo em demasia) V.a Ex.da encontre a ao menos a paz e o descanso... e as animadas disposies de esprito que as boas notcias dos Ptrios Lares lhe vo alimentando.E creia sempre na estima particular e na alta considerao que do corao lhe tributa quem de V." Ex.ra amigo certo e muito grato.

    H. de Paiva Couceiro

  • ter ensino profissional 9

    Jos Pedro Marques

    Jornalista da RTP

    opinio

    Repblica ou Monarquia?

    Por causa do centenrio da Repblica, dei por mim a pensar Chvez, ilucidativo desta fora monrquica e de tudo o se o regime que o pas vive ou no o mais adequado. que o passado lhe confere. Confesso que tal nunca me ocorreu, pelo menos da forma Se as mesmas palavras fossem ditas por um qualquer chefe sria com que o fao agora. E se vivssemos numa de estado teriam o mesmo impacto? Calculo que no. Ao monarquia como seria? A figura de um rei, tal como a atirar aquelas palavras de forma firme e convicta, quase idealizamos na infncia, apresenta-se sempre como algo que descomprometida, o rei de Espanha assumiu o papel distante e de outra dimenso temporal. Quase que de pai de um filho que se emancipou mas no ignora as semelhante aos contos de fadas. razes. Esse um poder que no se explica, acolhe-se Proponho que tudo isso fique por agora guardado num como tal, emana do papel social.ficheiro mais recndito. Mais realista, a figura real dos Ser tambm por ter rei que os espanhis tem aquilo que nossos tempos, poderia se assemelhar do Presidente da chamamos mais alma? Que vencem em praticamente Repblica, mas assente num princpio de nacionalidade todas as modalidades desportivas? Que se assumem e diferente, mais vincado, mais fundado nos laos de sangue, provam, em vrios domnios, que so os melhores do mais forte e encrustado na personalidade de todos e de mundo? No estar nesse orgulho exacerbado e at cada um. Tal qual as famlias que tambm no se escolhe, contraditrio a principal razo da existncia actual da faz-se parte. monarquia. Contraditrio se tivermos em conta as vrias Uns diriam que nada mais serviria do que para ser uma regies e o desejo histrico de muitas delas pela autonomia enorme esponja de dinheiro, retirado ao errio pblico, para e independncia at de uma Espanha que parece sempre manter mordomias que poucos consideram serem estar a um passo da desagregao.. Tambm aqui o rei tem razoveis. uma posio. e ter um papel federalista, agregador, fazendo ressaltar os Mas a figura real, simblica e projecta-se para alm do pontos comuns, quase que escondendo as diferenas.espao e do tempo. mais do que uma bandeira. o Enfimno sou monrquico, longe disso, mas comeo a

    perceber que um rei, est actualmente longe de ser uma figura meramente decorativa de um estado soberano. H cem anos, os portugueses dividiam-se entre republicanos e monrquicos. Venceram os primeiros e a nao adaptou-se. Mas, e se no tivesse sido assim? Como seria hoje este Portugal?

    garante da normalidade institucional. o elemento de equilbrio e de estabilidade no cenrio de luta poltica.Mais uma vez o exemplo dos nossos vizinhos espanhis merece um olhar mais atento. Primeiro-ministro e rei, sabem as competncias que lhes esto destinadas e os poderes de cada um. O primeiro de cariz mais executivo naturalmente, o segundo mais representativo, funcionando at como figura maior da diplomacia de um pas. O episdio que ficou conhecido pela frase" Por qu no te callas? ", dita de forma, imperial por Juan Carlos a Hugo

  • ter ensino profissional10

    FORTUNE

    Joo Paulo Vieito

    Doutorado em Cincias Empresariais, Especializao em Finanas; DirectorEscola Superior de Cincias Empresariais Instituto Politcnico de Viana do castelo

    opinio

    Ao longo de muitos anos, predominou a viso de que o nico mostrem mais sensveis a divulgarem situaes relacionadas com objectivo das organizaes gerar lucros para os seus scios/ a responsabilidade social em vez de darem mais nfase, como tem accionistas, sem que existisse qualquer preocupao com o seu acontecido, a situaes de "irresponsabilidade social". As escolas e meio envolvente. Recentemente, em Portugal, e um pouco por todo universidades tm, tambm, um papel crucial na formao dos o mundo, comeou a florescer uma nova filosofia: a da jovens nesta rea, pois muitos deles sero, no futuro, os gestores responsabilidade social das organizaes. das organizaes. Para alm disso, tambm necessrio formar o Por Responsabilidade Social das Empresas (RSE) entende-se a consumidor no sentido da sua consciencializao cvica, tornando-integrao voluntria de preocupaes sociais e ambientais nas o cumpridor assumido dos seus deveres, consciente dos seus operaes quotidianas das organizaes e na interaco com direitos, respeitador dos outros e do meio ambiente e socialmente todas as partes interessadas. Trata-se de um modo de contribuir exigente. Por ltimo, necessrio fazer cumprir as leis penalizando para a sociedade de forma positiva e de gerir os impactos sociais e os prevaricadores com rigor e celeridade. ambientais da organizao como forma de assegurar e aumentar A importncia desta temtica a nvel mundial tal, que a revista competitividade. Fortune publica anualmente um ranking das 500 empresas mais Interligado com a Responsabilidade Social est tambm o responsveis em termos sociais. Desenvolvimento Sustentvel que, segundo a Comisso Brundtland Comisso Mundial sobre o Ambiente e o Desenvolvimento - o desenvolvimento que responde s necessidades das geraes presentes sem comprometer a possibilidade de satisfazer essas mesmas necessidades s geraes futuras. Apesar destes conceitos comearem agora a ser encarados como mais uma "moda", j em 1920 Henry Ford defendia que as empresas tinham de participar no bem-estar colectivo.

    A ideia base subjacente a esta filosofia de que o desenvolvimento de um negcio tem que estar rodeado no s de aspectos econmicos como tambm de aspectos sociais e ambientais. Apesar de Portugal ser um pequeno pas, a delegao nacional da World Business Council of Sustainable Development (WBCSD) , hoje em dia, uma das mais activas. A explicao para esse fenmeno que a sua reduzida dimenso tem permitido uma maior interligao entre as pessoas, sendo mais fcil partilhar conceitos e valores. Apesar de todo esse trabalho assinalvel, muito existe ainda para fazer para que exista em Portugal uma verdadeira cultura de responsabilidade social. Em primeiro lugar, necessrio que Comunicao Social, mais precisamente os jornalistas, se

    A Necessidade de Educar para a Responsabilidade Social

  • ter ensino profissional 11

    ambiente

    Pedro Machado

    Licenciado em Gesto de Empresas;

    Director Geral Executivo da Braval, S.A.;

    Vice-Presidente da AIMinho

    No dar um passo maior do que a perna. Nesta expresso municpios 120 por tonelada! O problema que h se resume o assunto que vou abordar nesta crnica. Por municpios que no pagam aos sistemas. Segundo fontes vezes, certas tomadas de deciso, colocam-nos em da SOGAMA, esta sociedade possui uma divida de 14 patamares que no se coadunam com a nossa realidade, milhes de euros, reclamando cerca de 6 milhes de euros resultando em erros estratgicos gravssimos. aos municpios. No caso de Albada a dvida ronda os 40 Sempre fui e continuo a ser da opinio que devemos ser milhes de euros!ambiciosos, pr-activos, arrojados, mas nunca devemos Os problemas so muito graves, no s devido s dvidas construir elefantes brancos. por parte dos municpios e aos elevados custos de Este cuidado ainda mais importante quando se trata de transporte, mas tambm porque os sistemas pura e sectores em que so os contribuintes a pagar. simplesmente no funcionam tal como foram planeados, os Mas falemos de casos concretos. aterros esto em colapso pois foram construdos apenas Na vizinha Espanha, dois dos melhores sistemas de para os refugos da valorizao biolgica e no para todos os resduos da regio da Galiza: SOGAMA Sociedad Gallega resduos.del Mdio Ambiente participada maioritariamente pela Como esto em causa investimentos elevados e muitos Xunta de Galicia e que abrange a quase totalidade dos empregos, o Governo da Galiza injecta capital na SOGAMA municpios da Galiza e Albada, empresa concessionria do para a manter a funcionar.Municpio de A Corua que gere o sistema de tratamento No se pode dar passos maiores do que as pernas, h que resduos localizado em Nostin. construir infra-estruturas adaptadas s nossas Estes dois sistemas apostaram no tratamento biolgico caractersticas e realidade. Fica a questo: quem ir pagar?(triagem prvia, digesto anaerbia e compostagem) e custaram na ordem dos 60 milhes de euros cada um, envolvendo investimento em equipamentos tecnolgicos bastante avanados mas pouco experimentados e com m qualidade tcnica no caso da triagem mecnica, revelando-se praticamente ineficazes.Por exemplo no caso de Albada A Corua - os 4 digestores anaerbicos estiveram inoperacionais desde 2005. Um deles ficou, inclusivamente, danificado em 2002 e no foi recuperado pois no justifica o investimento, dado que actualmente apenas dois funcionam a cerca de 20% do rendimento mximo. Isto origina um composto sem qualidade pelo que no pode ser comercializado, sendo apenas usado para cobertura no aterro. Este problema tambm originado pela fraca separao de resduos por parte da populao, o que faz com que certos resduos cheguem a unidade de valorizao orgnica prejudicando a produo de composto, como por exemplo, vidro, papel e plsticos que deveriam ter sido depositados nos ecopontos, mas que a populao no faz essa separao prvia.Neste momento, o sistema da SOGAMA est no limite da sua capacidade de tratamento, uma vez que, uma grande parte daquilo que chega, depositado directamente no aterro. Para alm disso, o sistema para um ms por ano para manuteno, perodo durante o qual, todos resduos so depositados no aterro.No caso de SOGAMA h ainda o problema da transferncia de resduos, uma vez que abrange a quase totalidade da Galiza, possui 22 Estaes de Transferncia. Estes locais servem para permitir o transvase dos resduos provenientes da recolha municipal para contentores de maior capacidade que os transportam at ao Complexo de Cerceda, onde funciona a Unidade de Valorizao. Este transporte origina elevados custos, significando 37% do custo total de tratamento dos resduos. Todos estes problemas originaram uma grande subida das tarifas, por exemplo, a empresa Albada solicita aos

    Tomadas de Deciso / Erros Estratgicos

    FORTUNE

  • ter ensino profissional12

    Jorge Lage

    Assessor do Ministrio da Educao; Escritor e investigador;Coordenador distrital de Braga do PROSEPE/clubes da floresta.

    O sector florestal representa cerca de 11 por cento das deparando, desde a elaborao de projectos e exportaes nacionais, criando 160 mil empregos e conta candidaturas, at ao aconselhamento das plantaes nos para cima de 400 mil proprietrios florestais. Sector to terrenos e preveno e combate a doenas do sector importante da actividade primria do pas, precisa de mais florestal.

    Mas a AFC procura que a sensibilizao, ateno e acompanhamento que seja consentneo com a aconselhamento e formao chegue ao maior nmero importncia da nossa Floresta.

    To ou mais importante que as receitas geradas pela de associados, informando-os sobre os apoios floresta so os aspectos sociais, ambientais, ecolgicos e comunitrios, silvicultura, venda de madeira e como de biodiversidade que muitos proprietrios e produtores prevenir ou defender a rea florestal dos incndios. Embora florestais fornecem ao Pas, acabando por gerar mais no seja fcil, porque alguns proprietrios florestais emprego, como por exemplo o turismo ambiental e cultural vem a floresta mais como um mealheiro, nunca que raramente so tidos em conta. investindo, para uma maior produtividade. Em muitos A Floresta uma imensa riqueza e representa a maior casos, o investimento do proprietrio, para se evitarem mal esperana para a vida na Terra, quer para o Homem, quer maiores ao menor custo, requer a limpeza da mata atravs no sentido mais lato de biodiversidade. do fogo frio controlado no Inverno pode ser uma soluo.Assim, a Floresta deve ser vista como um sector vital da Um dos servios mais inovadores prestados pela AFC aos nossa economia e como um patrimnio natural imenso em scios, para identificao das parcelas e reordenamento que a palavra biodiversidade deve ser mais que um nome florestal, a medio e levantamento cartogrfico dos pomposo e que est na moda. O sector da tutela deve prdios rsticos, socorrendo-se de GPSs, mesmo sem encarar o seu trabalho mais em gabinetes sem paredes e haver necessidade de limpeza prvia dos matos.adornados de rvores do que em bolorentos espaos de ar A AFC envolve-se, tambm, em projectos municipais, condicionado. com a universidade e com a FORESTIS.Os desafios so muitos. preciso um PRODER mais rpido Num futuro prximo preciso haver madeira certificada na e com melhor imagem junto dos pequenos e mdios perspectiva de respeito pela ecologia, pelo ambiente e pela produtores ou proprietrios. As expectativas devem ser biodiversidade, sendo preciso dar esse passo. Mesmo medida dos desafios e haver consecuo do que se dentro de uma floresta de produo para a indstria da projecta, como o que se gerou em torno das centrais madeira, preciso que todos cumprem as normas termoelctricas de biomassa. Nada deve ser projectado ambientais de qualidade. Por isso, devem-se evitar os sem ouvir quem est no terreno ou acompanha os que esto cortes clandestinos no globo. A certificao no terreno. importante para o mercado externo que vai exigir madeira

    certificada e a certificao tem custos.Falar de quem trata da Floresta tambm uma forma de a Segundo SJ, entre as espcies arbreas mais rentveis promovermos, porque os seus actores mais empenhados e para florestao temos o pinheiro bravo e o carvalho conhecedores querem o melhor para a fileira florestal. americano. Neste ltimo o fuste direito e o rpido Assim decidimos manter uma conversa com o Engenheiro crescimento so factores que estimulam esta opo. Srgio Jernimo (SJ), um dos principais rostos operacionais da Associao Florestal do Cvado (AFC), que, em parte, acabou por originar este texto.A AFC foi criada em 1996 aproximando-se de dcada e meia

    de vida e vai a caminho dos 400 associados. Tem nos seus recursos humanos tcnicos florestais, sapadores florestais e administrativos, que desenvolvem as actividades planeadas ano a ano.

    At h pouco tempo, esteve sedeada em Braga e mudou-se para Amares, para um edifcio prximo da Cmara Municipal. Foi numa tarde normal de trabalho que falamos um

    pouco da vida associativa da AFC e dos seus objectivos, que passam

    pela promoo de uma boa gesto florestal das propriedades para uma maior rentabilizao e por dar voz ao proprietrio florestal.Contudo, os scios olham mais para a AFC como algum que lhes resolve os problemas com que se vo

    escolafloresta

    Associao Florestal do Cvadosector florestal, vida associativa e cirurgia de rvores

  • A nossa conversa estava prevista para ser sobre a ramo deve ser sempre preservado. preciso dar formao aos funcionrios municipais ou de cirurgia de rvores, actividade que nos dois ltimos empresas contratadas em poda de rvores e no Encontros Distritais de Clubes da Floresta fez parte justificarem-se podas selvagens como uma vereadora do Programa com sucesso. Assim, passou-se a ideia de que municipal dizia: faziam-se cortes severos porque tnhamos para podar as rvores preciso saber da poda e nem pouco pessoal para podar. A norma de Granada prev sempre execut-la fcil se no houver treino.compensaes pelos prejuzos causados s rvores. Era O incio desta abordagem, a expresso cirurgia de importante que os polticos e as chefias tivessem rvores acabou por ser considerado um nome pomposo sensibilizao e formao em podas de rvores. S assim e a poda seria mais adequado. Mas no nosso ponto de os cortes sero correctos e no tempo certo.vista a expresso cirurgia de rvores reflecte o cuidado As podas das rvores em espaos urbanos devem ser que devemos dedicar a seres vivos generosos, sempre que acompanhadas por tcnicos responsveis, fazendo-se os necessitam de cortes ou limpeza.cortes adequados ao tipo de crescimento. Porque a poda sempre um mal menor. Cortar algo a um ser vivo quase nunca bom. sempre uma ferida.E foi este conceito que definiu o tratamento das rvores na cidade de Guimares e seus parques dado pelo seu Presidente, deixando desenvolv-las com todo o seu potencial, e que devia ser o modelo a seguir em Portugal e no mundo. E este tratamento modelar s rvores, em Guimares, torna a cidade mais atraente, mais fresca e com melhor qualidade de vida dos vimaranenses, estimulando os visitantes e turistas.Vemos criar nas Escolas os mais variados cursos profissionais, porque no haver cursos de poda de rvores em espaos urbanos e rurais?Mas, h mais quem esteja avanado em podas de rvores nos espaos urbanos (Mirandela executa podas correctas porque os funcionrios camarrios tiveram formao) e na cidade do Porto as rvores esto cadastradas para uma melhor gesto, porque as vem como uma mais valia para a cidade e bens nicos. D gosto olhar para a imponncia das Vem-se abater rvores pelos motivos mais fteis e rvores portuenses, por exemplo, no Jardim de Arca irracionais. Se uma rvore est doente ou pode ser d'gua.derrubada por um grande vendaval cortam-se todas as que Gostava de dizer o mesmo das vilas e cidades do distrito de esto naquele grupo. Se o coto de um pltano ou Braga, mas, por exemplo, no centro da vila do Gers, choupo incomoda os moradores, cortam-se todas as lastimavelmente, as tlias esto desoladas e no tm o rvores dum parque. Ora isto irracional, para no dizer perfume que enche a alma. Os geresanos e os turistas que bestial. visitarem a vila vo sentir menos frescura na cancula.Para SJ abater rvores deve ser o ltimo motivo

    porque antes deve tentar-se a reabilitao atravs de podas Agradeo AFC (www.afcavado.pt e 253218713) e ao SJ a cuidadas ou outros tratamentos. oportunidade que me deram em conhecer melhor o sector No incio so necessrias as podas de povoao para florestal, em que o PROSEPE/Clubes da Floresta assumem termos boas rvores no futuro, em que s chegam aos 40 um papel de preveno de incndios florestais pela anos cerca de 20% dos ps plantados. educao, procurando que a sensibilizao da populao Quando se seleccionam rvores para os espaos urbanos para o valor imenso da Floresta chegue a maior nmero de devemos ter em conta a dimenso dos arruamentos ou dos pessoas. Agradeo ainda todo o apoio e colaborao dada parques, at a natureza do solo e o grau de humidade. E pela AFC aos Clubes da Floresta do distrito de Braga.deve-se ter a noo que as rvores crescem por anis. Depois devemos ver a dimenso dos espaos e se so aconselhveis rvores de razes profundas ou superficiais, de tamanho modesto ou grande porte. Neste campo, alguns arquitectos paisagistas trouxeram pequenas mudanas mas que no contemplam todos os pressupostos, pensando ns que este papel devia passar por os municpios darem vs ou responsabilidade aos tcnicos municipais dos GTFs (Gabinetes Tcnicos Florestais), que, no geral, tm mais e melhor formao sobre as rvores.Assim, evitava-se que algumas podas sejam medida da solicitao de cidados insensveis e desconhecedores. As podas no podem ser definidas pela altura do escadote, sem a segurana requerida.Muito poucas so as autarquias que seguem a regra bsica de que se deve cortar um ramo grosso, quando ao lado vai ficar outro com um tero da grossura. Tambm o colo do

    ter ensino profissional 13

  • ter ensino profissional14

    Centro Novas OportunidadesReconhecimento, Validao e Certificao de Competncias

    escolaoportunidade

    ENTREGA DE DIPLOMAS EM CERIMNIA SOLENE

    No dia 18 de Maio, realizou-se mais uma cerimnia de entrega de diplomas aos adultos que concluram o processo de RVCC, no Centro Novas Oportunidades da EPATV.O Director do Centro, Dr. Joo Lus Nogueira, felicitou todos os formandos por mais este passo na validao e reconhecimento das suas competncias, afirmando, estes diplomas vm provar que ao longo das vossas vidas profissionais foram aprendendo coisas de forma informal que culminou com a certificao ao nvel do 9 ou 12 ano de escolaridade.

    Num breve balano da actividade deste Centro, ao longo dos trs anos da sua existncia, realou o trabalho feito com os candidatos neste processo que reconhece e avalia os saberes e as competncias adquiridas em diversos contextos, no s os conhecimentos acadmicos, como tambm os adquiridos noutros contextos ao longo do percurso de vida. Durante este perodo foi possvel certificar 1020 adultos com os Nveis Bsico e Secundrio, entre o 9 e o 12 ano.

    CNO

  • ter ensino profissional 15

    Um Sonho Realizado

    Tendo concludo o 6 ano de escolaridade no ciclo preparatrio na telescola de Rio Caldo aos 13 anos, fiquei sempre com um vazio de no ter continuado os estudos. Passados anos recorri ao CNO - Centro Novas Oportunidades da Escola Profissional Amar Terra Verde, onde tive a oportunidade de desenvolver o processo RVCC Reconhecimento, Validao e Certificado de Competncias, tendo elaborado o meu porteflio reflexivo de aprendizagens. Assim, consegui aumentar as minhas aptides a nvel escolar e colmatar esse vazio longnquo que no dia-a-dia e a nvel profissional me traz muita segurana.O nome CNO por si j diz tudo, ajuda a quem no foi capaz de, por uma ou outra razo, concluir os estudos. Hoje existe essa possibilidade e a Escola Profissional Amar Terra Verde dispe de ptimas condies quer a nvel de espaos fsicos, quer a nvel de seus profissionais.

    Os meus agradecimentos: direco, aos docentes, colaboradores e colegas de turma.

    Manuel Vieira

    por Carla Veloso

    No final, o Dr. Joo lus Nogueira congratulou-se pela procura do nosso Centro Novas Oportunidades por parte da populao dos concelhos de Vila Verde, Amares e Terras de Bouro, com o objectivo de encontrar uma resposta formativa adequada s suas expectativas e percurso j efectuado.Esta cerimnia foi uma forma de distinguir todas as pessoas que com mrito findaram o seu processo de Reconhecimento, Validao e Certificao de Competncias, apostando na sua aprendizagem ao longo da vida. No total, foram entregues 130 diplomas dos nveis bsico e secundrio de educao.A equipa tcnico-pedaggica deseja a todos os adultos certificados felicidades e um futuro cheio de Novas Oportunidades.

    testemunho

  • ter ensino profissional16

    escolasade

    Sade Sexual

    Gabinete de Sade Escolar do Centro de Sade de Vila Verde

    Viver a sexualidade com afectividade e segurana um dos Ficam trs ideias chave para uma sexualidade saudvel nas melhores contributos que podemos dar para uma sade escolas:melhor e uma vida mais longa.

    Educar para uma sexualidade responsvel, incutindo deste As doenas sexualmente modo o respeito um pelo outro, os valores e a afectividade, transmissveis (DST) constituem fazendo sentir que a sexualidade algo mais que o prazer um grande problema de sade fsico.pblica.

    Promover estilos de vida saudveis, incutindo hbitos de Este problema atinge uma higiene, auto-exame dos genitais e consultas de vigilncia e grande parte da populao rastreio, para melhor conhecimento do seu corpo e portuguesa, no parecendo deteco precoce de eventuais alteraes.esta ainda sensibilizada para a sua preveno. Prevenir comportamentos de risco, as doenas

    sexualmente transmissveis e a gravidez na adolescncia, Cada vez mais se proporcionando desta forma uma juventude sadia e verifica, responsvel.independentemente

    das idades, que a troca de parceiros uma prtica corrente e que a proteco no uma prioridade.

    No se pode ignorar a importncia da preveno numa fase em que a liberdade sexual aumenta e que cada vez mais cedo os jovens iniciam a sua actividade sexual.

    Ao longo da actividade desenvolvida neste contexto junto dos jovens desta escola denotou-se uma boa receptividade. de todo pertinente que esta actividade no pare e se desenvolva cada vez mais.

    Deve-se consciencializar toda a populao, essencial-mente os jovens, para a preveno das DSTs assim como da gravidez na adolescncia, promovendo assim cada vez mais o uso do preservativo, incentivando valores e respeito mtuo e regras de higiene e vigilncia sexual.

    Rosa F. Maciel(Enfermeira Especialista em Sade Materna e Obsttrica)

  • Melchior Moreira

    Presidente da Entidade

    Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal

    turismo

    O Norte de Portugal ser a primeira regio turstica mundial nos programas de educao de um ensino sobre o valor dos com um programa de qualificao transversal para a intercmbios tursticos, dos seus benefcios econmicos, excelncia do servio no destino. sociais e culturais, (...).Educar para o Turismo um projecto-piloto que pretende Esperamos desta forma conferir aos profissionais que qualificar os diferentes profissionais que lidam directamente operam no sector, credenciais de reconhecimento e a com os turistas. A iniciativa promovida pelo Instituto de motivao necessria para prosseguirem a sua nobre Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), misso de competir verdadeiro sentido da luta.Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP, E.R.) e Global University for Lifelong Learning (GULL) arranca no ltimo trimestre de 2010 e conta com o apoio da Organizao Mundial do Turismo (OMT).Estamos perante um projecto-piloto que pretende qualificar os diferentes profissionais que lidam directamente com os turistas. Trata-se de um programa pioneiro na medida em que a formao assenta na experincia dos prprios profissionais. As pessoas constituem, sem dvida, um recurso-chave, j que as empresas so cada vez mais, valorizadas no apenas pelos seus produtos ou equipamentos, mas pela sua capacidade de criao no saber, de criao no fazer e de criao no sentir do trabalho.O apoio da Global University for Lifelong Learning (GULL) ao projecto Educar para o Turismo surge na sequncia da experincia da entidade ao nvel do desenvolvimento das competncias pessoais e profissionais. Esta fundao sem fins lucrativos tem proporcionado oportunidades de formao intelectual s camadas sociais mais carenciadas, em diversos pontos do globo. Durante a conferncia, o presidente da GULL, Richard Teare, explica o impacto que o desenvolvimento das aptides dos profissionais que contactam directamente com os turistas pode ter na evoluo do sector turstico da regio.A coordenao do projecto est a cargo dos docentes do IPDT, no mbito do MBA em Turismo, que tem incio no Porto, no prximo ms de Novembro. Ao frequentarem o curso e acompanharem o programa Educar para o Turismo, os alunos podem diagnosticar alguns dos problemas basilares com os quais o sector se depara, alm de poderem obter o certificado internacional de Master of Management of GULL. O programa ter a durao do ano lectivo e, numa primeira fase, prev a certificao de 120 profissionais das regies do Minho, Trs-os-Montes, Douro e Porto. Os formandos recebem um diploma de excelncia profissional, reconhecido na rede mundial da GULL. Pretende-se que a iniciativa seja aplicada ao restante territrio nacional, a partir de 2011, bem como nos pases de lngua oficial portuguesa.O carcter distintivo deste programa assenta no processo educativo que ocorre na cidade, municpio ou regio onde o profissional opera e o turista visita, extravasando, desta forma, o tradicional contexto de sala de aula.De facto, mais importante do que instalar os alunos em salas de aula torna-se premente que a formao se desenvolva em laboratrios, museus e centros culturais, apresentando-se como mais-valia de primordial relevncia.Neste sentido, o Cdigo Mundial de tica do Turismo recomenda, vivamente, que seja encorajada A introduo

    Educar para o Turismo

    ter ensino profissional 17

  • ter ensino profissional18

    escolaescola

    Resultados do Concurso CANGURU MATEMTICO

    sem Fronteiras 2010A EPATV participou pela primeira vez, no dia 25 de Maro, no concurso Canguru Matemtico. Participaram, a nvel nacional, 67416 alunos divididos pelas cinco categorias: Escolar (5 e 6 ano de escolaridade - 35625 participantes), Benjamim (7 e 8 ano de escolaridade - 21225 participantes), Cadete (9 ano de escolaridade - 6442 participantes), Jnior (10 e 11 ano de escolaridade - 3395 participantes) e Estudante (12 ano de escolaridade - 729 participantes).Os melhores classificados a nvel nacional, nas categorias Jnior e Estudante, j foram contactados e contemplados com a oferta de inscrio, na Escola de Vero da Universidade de Coimbra, a decorrer de 18 a 23 de Julho, com alimentao, alojamento e seguro escolar includos. As melhores classificaes da EPATV foram as seguintes:

    Ministro da Educao de Timor Leste visita EPATV

    No dia 15 de Abril, o Ministro da Educao de Timor Leste, Dr. Joo Cncio Freitas e respectiva comitiva, visitaram a EPATV/Vila Verde, acompanhados pelo Director Regional de Educao do Norte, Dr. Antnio Leite.Toda a comitiva foi recebida pelo Presidente da Cmara de Vila Verde, Dr. Antnio Vilela, pelo Presidente do Conselho de Administrao da EPATV e simultaneamente vice-presidente do poder local, Dr. Rui Silva e pelo director-geral da escola, Dr. Joo Luis Nogueira, que manifestaram total abertura numa futura cooperao na implementao de um ensino/formao profissional em Timor Leste. A todos os presentes foi oferecido um brunch, confeccionado e servido pelos alunos do curso de restaurao. O Dr. Joo Nogueira fez uma apresentao da escola, das suas valncias e da sua importncia no mercado laboral local e regional e seguiu-se uma troca de lembranas que assinalaram este momento de cooperao futura.O Ministro timorense mostrou-se particularmente interessado, durante a visita s instalaes da escola e oficinas tcnicas e tecnolgicas, sobretudo pelo contacto directo com os professores e alunos que lhe foi

    proporcionado. No final, ficou agendada nova reunio para se aprofundarem questes mais concretas em relao ao protocolo a efectivar.

  • Frutas do DOURO ao MINHO

    No dia 19 de Abril, o 10 ano do Curso Tcnico de Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar, realizou uma visita de estudo s instalaes da Fbrica Frutas do Douro ao Minho, com o objectivo de observar todo o processo de controlo de qualidade e embalamento efectuado s frutas, nomeadamente kiwis e ameixas.

    O Gers FilatlicoNos dias 23, 24 e 25 de Abril, decorreu a 1 Mostra Filatlica, nas instalaes da EPATV/Gers. O Curso Tcnico de Recepo, apoiado pela docente Elisabete Martins, com a imprescindvel e especial colaborao do Ncleo Filatlico de Braga proporcionaram aos visitantes uma actividade ldica e de grande interesse cultural.A sesso de abertura contou com a ilustre presena do Presidente do NFB de Braga, Sr. Antnio Jorge da Cruz Lopes, da Directora Pedaggica, Dra. Sandra Monteiro, da Directora Financeira, Dra. Aurlia Barros, do Subdirector das Delegaes, Dr. Jos Carlos Dias, do representante dos CTT, Sr. Rui Antunes, e do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Vilar da Veiga, Antnio Prncipe.O Presidente do NFB deu uma breve explicao sobre filatelia, referindo a origem do correio e do selo, bem como a sua evoluo at aos nossos dias, despertando a

    curiosidade e interesse dos alunos presentes, que, indubitavelmente, jamais esquecero os saberes transmitidos. Posteriormente, todos os presentes foram encaminhados sala, onde estavam expostas coleces de temticas diversas, alusivas regio e ao 25 de Abril, e outras, nomeadamente: Postais do Gers, por Jos Antnio Oliveira da Costa; Roteiro Filatlico do

    Minho, por Antnio Jorge Da Cruz Lopes; A Vida de Cristo, por Antnio Augusto Gonalves Moura; Os Militares de Abril em Fotos, por Jos da Silva Rodrigues; O 25 de Abril, por Joo Machado; Uniformes Militares Portugueses, por Joo da Silva Rodrigues; Portugueses Clebres, por Manuel Alexandre da Silva; Insectos de todo Mundo, por Jos Antnio Oliveira da Costa. Para assinalar o evento, foi apresentado um selo comemorativo, produzido pela Designer da EPATV, Ftima Pimenta, que recriou de forma sui generis a fachada das Caldas do Gers. De forma a abrilhantar o indito acontecimento, para deleite dos filatelistas, a Federao Portuguesa De Filatelia, a pedido do prestigiado Ncleo Filatlico de Braga, intercedeu junto dos CTT, no sentido de produzirem o carimbo, que foi utilizado na sesso de abertura da 1 Mostra Filatlica, no posto dos CTT, da Vila do Gers.

    Cald

    as d

    o Ge

    rs

    1 m

    ostra

    fila

    tlic

    a - G

    ers

    201

    0

    ter ensino profissional 19

  • ter ensino profissional20

    Todos os presentes tiveram oportunidade de enviar cartas, com selo e com carimbo comemorativos, e ainda postais mximos (postais com a mesma imagem do selo e do carimbo). O Sr. Rui Antunes informou que o posto da vila, dada a divulgao deste evento, na pgina da internet desta instituio, recebeu dezenas de peas filatlicas, enviadas por coleccionadores de diversas zonas do pas, para serem carimbadas.

    Estudo Cientfico dos Fogos Florestais

    Os alunos do Curso de Bombeiro, EPATV/Amares, visitaram nos dias 26 e 27 de Abril, as instalaes da Escola Nacional de Bombeiros, na Lous, e o Laboratrio de Estudos de Incndios Florestais da Associao para o Desenvolvimento da Aerodinmica Industrial, acompanhados pelo professor Gonalo Alves, da disciplina de Tcnicas de Extino de Incndios.Situada em plena Serra da Lous, a ENB, um Centro de Formao Especializado em Incndios Florestais, criado em 1 de Maro de 2004. Anteriormente, nas mesmas instalaes e desde 1999, funcionou o Centro de Formao da escola que ministrava formao diversificada para Bombeiros.O LEIF uma infra-estrutura criada pela ADAI, com o apoio da Universidade de Coimbra e da Cmara Municipal da Lous. Foi concebido como estrutura de apoio investigao experimental sobre fogos florestais, nomeadamente sobre as caractersticas da sua propagao. O laboratrio possui diversas mesas de combusto, algumas delas nicas no Mundo inteiro, especialmente desenhadas e construdas sob a superviso da ADAI e dedicadas ao estudo do efeito do vento e do declive, na propagao dos fogos florestais. Ambas as instituies tm a sua sede no Aerdromo da Lous, em terrenos e instalaes cedidas pela Cmara Municipal.No Centro Especializado de Incndios Florestais, os alunos assistiram palestra Comportamento dos Incndios Florestais, do Professor Xavier Viegas, da Universidade de Coimbra e responsvel pela ADAI. Posteriormente, no laboratrio, os formandos viram alguns ensaios/experincias de investigao, sobre o comportamento dos incndios, em diferentes declives, com influncia de variadas condies atmosfricas, perante um combustvel com as mesmas caractersticas. Atravs destas experincias, os alunos compreenderam a evoluo dos fogos florestais e os factores que influenciam o seu comportamento, com ateno especial s situaes de risco e procedimentos de segurana a adoptar no combate dos mesmos.

  • ter ensino profissional 21

    Pensa mais na Terra e menos em ti!

    No dia 26 de Abril, a EPATV/Amares, assinalou o Dia da Terra, focando as Alteraes Climticas. Sendo um problema global, cada um de ns pode fazer a diferena. Mesmo as mais pequenas alteraes, na nossa rotina diria, podem ajudar a evitar as emisses de gases de efeito de estufa, sem afectar a nossa qualidade de vida. O Curso de Tcnico de Anlise Laboratorial realizou um inqurito, com a ajuda da Matemtica, e verificou que os alunos desta escola no tinham grandes conhecimentos sobre as alteraes climticas. No combate a este desconhecimento, realizaram um pequeno filme, para ajudar a comunidade escolar a superar tal lacuna preocupante. O Curso de Higiene e Segurana no Trabalho juntou-se a esta iniciativa e elaborou cartazes de sensibilizao e um folheto sobre a temtica. O Curso de Desenho de Mobilirio realizou uma exposio em telas. Toda a escola foi convidada a assistir ao filme e exposio, no auditrio, que estava aquecido e onde se colocaram vrios sacos de lixo para que todos pudessem sentir o calor e o mau cheiro, provocado pelos nossos maus comportamentos.Estes alunos queriam passar a mensagem que Os nossos comportamentos esto a mudar o mundo. urgente para o nosso futuro, o futuro da nossa famlia e de todos os que nos rodeiam m u d a r c o m p o r t a m e n t o s , proteger o nosso Ambiente..

    Uma boa observao conduz a uma melhor

    aprendizagemNo dia 30 de Abril, cumprindo o disposto no Plano Anual de Actividades, os Cursos Tcnico de Comunicao - Marketing, Relaes Pblicas e Publicidade e Empregado Comercial da EPATV/Amares visitaram o IKEA, em Matosinhos, e o El Corte Ingls, em Gaia.Com esta visita, os alunos participantes observaram os instrumentos de comunicao interna e externa existentes em ambos os locais de visita. Analisaram o layout dos diferentes formatos comerciais e identificaram as vrias tcnicas de merchandising e vitrinismo presentes, nos dois espaos comerciais visitados. Esta visita de estudo constituiu uma mais-valia para estes alunos, uma vez que permitiu uma articulao entre o mundo do trabalho e os conhecimentos adquiridos na sala de aulas.

  • ter ensino profissional22

    Fisgarte encontro de divulgao artstica

    O fisgarte, encontro de divulgao artstica, que decorreu entre 28 de Abril e 2 de Maio, D. Gualdim Pais, foi uma iniciativa do Curso de Animao Sociocultural, da EPATV/Amares, enquadrado na Prova de Aptido Profissional do referido curso, com a orientao dos

    professores Rui Silva, Marco Alves, Clara Sousa e Rosa Vieira. Este Encontro de Divulgao Artstica contou com o apoio da Junta de Freguesia e Cmara Municipal de Amares, Clube Desportivo Cultural e Recreativo Amarense e Instituto Portugus da Juventude (IPJ).Enquanto espao de encontro, pretendeu-se, a par da promoo e divulgao de actividades artsticas, culturais e de recreio da regio, criar um espao de colaborao/interaco entre grupos, associaes e instituies dos concelhos de Amares, Terras de Bouro e Vila Verde.As actividades principais do fisgarte foram as artes plsticas, msica, dana, teatro e animao de rua. Foram ainda apresentadas actividades complementares, transversais s actividades principais, tais como, workshops, actividades desportivas, entre outras.Merecedores de especial destaque foram os concursos de fotografia e pintura, destinados populao em geral, que culminaram na exposio de dezenas de obras durante os cinco dias do encontro.A essncia e identidade do fisgarte foi ser um evento pluridisciplinar, com base no voluntariado dos intervenientes, em relao directa com a animao sociocultural.

    no largo

    REEE's connosco! Toca a recolher

    A EPATV/Amares juntou-se Gerao Depositro 2010, um projecto de recolha de REEE, acolhendo um Depositro. semelhana de outros contentores de recolha selectiva de resduos, como o Vidro ou o Pilho, o Depositro um depsito de pequenos electrodomsticos em fim de vida: secadores de cabelo, torradeiras, batedeiras elctricas, telemveis, leitores de cassete/CD/MP3, portteis, impressoras, entre muitos outros. Se pensarmos que os componentes destes resduos - chumbo, cdmio e mercrio, por exemplo- so extremamente nocivos, para a Sade Humana e o Ambiente, fundamental trat-los, reutiliz-los e/ou recicl-los.Cumprindo um dos principais objectivos do Programa sensibilizar a populao

  • ter ensino profissional 23

    para a importncia do depsito selectivo deste tipo de resduos -, a turma do 10 ano do Curso Tcnico de Comunicao e Marketing dinamizou uma campanha de recolha de REEE, junto de toda a comunidade escolar. Cientes de que necessrio pr fim a hbitos de desperdcio, a turma trabalhou o tema, sob orientao do Conselho Eco-Escolas, elaborando instrumentos de campanha (cartazes informativos e faixas promocionais) e criando o Espao Depositro, onde podero ser entregues os electrodomsticos obsoletos. Os alunos ficaram ainda responsveis pela monitorizao da recolha dos REEE. A ERP Portugal - Associao Gestora de Resduos de Equipamentos Elctricos e Electrnicos assegurar, posteriormente, toda a recolha e encaminhamento dos resduos, para o tratamento e/ou reciclagem.A campanha chegou populao em geral, convidou algumas instituies a participar, nomeadamente a Cmara Municipal e a Junta de Freguesia de Amares, e distribuiu material informativo e promocional do novo ponto de recolha de REEE, no concelho.

    Conhecer Processos Produtivos

    No dia 6 de Maio, o Curso Tcnico de Frio e Climatizao, do 1 ano, e os Cursos de Educao Formao de Serralheiro Mecnico e Serralheiro Civil, com os docentes Daniela Sofia Matos, Maria Manuel Gomes, Joo Martins e Abel Soares visitaram a Serralharia O Setenta, a Promecel e Bramoldes e o Ecomuseu da Marinha da Troncalhada.Na Serralharia O Setenta, os Cursos de Serralheiros observaram toda a produo em que os processos de soldadura so muito importantes. Durante todo o percurso, deram ateno ao controlo de qualidade e segurana.Os alunos de Frio e Climatizao, na Promecel e Bramoldes, observaram os layouts dos processos produtivos, as matrias-primas e sua transformao, o armazenamento e a expedio.No Ecomuseu da Marinha da Troncalhada, em Aveiro, tiveram a explicao de como funciona uma salina, de todos os processos de separao para a obteno do sal. Entraram na Histria e conheceram o percurso dos mtodos de salinicultura da regio aveirense.

  • ter ensino profissional24

    OMNIA PRO PATRIA*Nos dias 6 e 7 de Maio, o Curso Tcnico de Servios Jurdicos, acompanhado pelos docentes Cristina Vivas e Carlos Barros, realizou uma visita de estudo grande Lisboa, com os objectivos de contactar com diferentes tipos de agentes econmicos e conhecer o rgo legislativo por excelncia, o Parlamento.Durante o dia 6, os alunos estiveram no FREEPORT de Alcochete e jantaram no centro comercial Vasco da Gama.No dia 7 de manh, aps um controlo rigoroso da PSP, entraram na Assembleia da Repblica, subiram uma escadaria interminvel, at a uns corredores que ofereciam umas excelentes poltronas. Com uma campainha irritante a acompanhar, esperaram at poder, finalmente, entrar no

    hemiciclo. O bero das leis que regem o pas uma sala deslumbrante!No regresso EPATV/Vila Verde, ainda houve tempo de visitar o Padro dos Descobrimentos, numa homenagem ao passado glorioso do pas. Apesar de uma viagem um tanto atribulada, devido a um motorista pcaro, esta actividade decorreu com alegria e satisfao.

    *TODOS PELA PTRIA (Inscrio em Latim que se encontra na fachada principal da Assembleia da Repblica).

    Cheira Bem, Cheira a EPATV/Amares

    Durante o ltimo ano lectivo, na nossa escola, inserida no Projecto Eco-Escolas, procedeu-se requalificao do Jardim de Cheiros que tinha nascido no ano anterior. Todos os alunos participaram activamente, na plantao de novas espcies, na manuteno das j existentes e na colocao de novas placas de identificao das diversas plantas presentes no jardim. Alm disso, fizeram uma vedao nova. Depois de uma recolha de informao, sobre as caractersticas e propriedades teraputicas das diversas espcies, os alunos elaboraram cartazes informativos que foram afixados, junto ao Jardim de Cheiros.

  • Sensibilizar para a Eficincia Energtica

    Durante o ms de Maio, o grupo de Twisters da EPATV/Vila Verde, formado por alunos do curso de Tcnico de Energias Renovveis, promoveram uma campanha de sensibilizao para a eficincia energtica e alteraes climticas, junto da comunidade local. Das 9,30h s 17,00h os Twisters estiveram na tenda da EPATV, sita nos jardins pblicos do centro da vila, trocando lmpadas incandescentes, altamente poluidoras do ambiente, por lmpadas economizadoras, oferecidas pela EDP. Ao mesmo tempo, este grupo de alunos prestou esclarecimentos sobre as vantagens desta troca de lmpadas, distribuindo desdobrveis elaborados por eles, apelando eco-conscincia. Efectuaram tambm inquritos sobre os hbitos energticos da populao. Esta iniciativa foi muito elogiada pela comunicao social, devido grande adeso da populao vilaverdense, tal como se pode comprovar consultando a Galeria de Fotos do nosso site. Ao abrigo deste projecto, os Twisters elaboraram um pequeno documentrio digital acerca da problemtica das alteraes climticas, apontando algumas sugestes de alterao de comportamentos ambientais, o que levou a que a Escola Secundria de Vila Verde a convid-los para efectuar uma palestra sobre a temtica, no seu dia de comemorao da Eco-Escolas. No final deste projecto, efectuaram um relatrio para avaliao que foi enviado para a entidade organizadora Twist - A tua Energia faz a Diferena! Pela dinmica implementada e pelos resultados evidentes, os Twisters da EPATV, assim como o seu professor orientador, Aurlio Machado esto de parabns!

    ter ensino profissional 25

  • LER, ANIMAR, CONSTRUIR, PREVENIR, CRIAR E EMBELEZARA EPATV esteve presente e participou na organizao da 2 Edio da Feira do Livro e Mostra Pedaggica da Cmara Municipal de Amares, em parceria com a Escola Secundria e Agrupamento de Escolas, que decorreu entre os dias 11 e 16 de Maio.A nossa escola mostrou vrios cursos, em funcionamento na Delegao de Amares, e dinamizou vrios ateliers. Com o Curso Tcnico de Animao Sociocultural, os alunos do Primeiro Ciclo das escolas do Concelho divertiram-se com pinturas faciais, jogos didcticos e trabalhos manuais.No stand da escola, os visitantes construram maquetas, com o Curso de Construo Civil. Fizeram um rastreio visual, promovido pelo Curso Tcnico de ptica Ocular. Os Cursos Tcnico de Anlises Laboratoriais e Tcnico de Higiene e Segurana no Trabalho e Ambiente dinamizaram o espao dedicado cincia: confeccionaram doces moleculares e mediram o som e a luz do espao envolvente. O Curso de Manicura/Pedicura embelezou os visitantes, durante esta 2 Feira do Livro e Mostra Pedaggica da Cmara Municipal de Amares.

    ter ensino profissional26

  • Dia Electro na EPATVNo dia 7 de Maio, o grupo de alunos da EPATV responsveis pelo projecto Escola Electro, orientados pelos professores, Joo Pedro Lans e Margarida Mota Lopes, com o apoio incondicional do Sr. Alberto, partilharam com a comunidade local, o Dia Electro. Todos se empenharam em recolher o maior nmero de REEEs. Durante o ano lectivo 2009/10, professores, alunos, funcionrios e pais promoveram a Conscincia REEEs, divulgando junto da comunidade as vantagens do correcto encaminhamento e tratamento deste tipo de resduos. Foram constitudos vrios grupos, entre eles as Brigadas Verdes, que se deslocaram a casa de particulares, empresas e instituies para recolher todo o tipo de equipamentos elctricos e electrnicos avariados ou em desuso, para conseguir o maior peso em kilos de REEEs e candidatarem-se aos excelentes prmios que a Amb3E preparou para esta edio do projecto. De salientar, que vertente ambiental se associou o esprito solidrio, pois todos os equipamentos recolhidos eram primeiro revistos pelos alunos de Electromecnicos de Electrodomsticos, no sentido de serem reparados para posterior entrega a famlias carnciadas do concelho. A EPATV conseguiu reunir 4 496 Kg de REEEs e os resultados das escolas vencedoras sero divulgados no evento de encerramento do projecto Sesso Switch Off - a realizar no dia 2 de Junho no Centro de Congressos de Lisboa -, na qual participar um representante da Escola. A este grupo de alunos, professores e colaboradores, o Ambiente agradece! E quem precisa tambm! Para mais informaes podero consultar o site www.escolaelectrao.pt e ver fotos na Galeria de Fotos do nosso site www.epatv.pt Seguem-se alguns depoimentos de alunos envolvidos no projecto:"Dia 7 de Maio...10h00.... Todos os alunos aguardam com ansiedade a chegada do camio que traz o Ponto-electro.... Aps um trabalho rduo e entusiasmante de recolha de REEEs finalmente chega o Ponto-Electro Escola Profissional Amar Terra Verde! O nervosismo de quem trabalhou afincadamente para recolher REEEs em todo o concelho est bem patente... chegada a hora, finalmente! O camio do projecto Escola-electro chega por fim e com ele vem o Ponto-electro! E h tantos REEEs para o encherem!" "O camio do Projecto Escola-electro veio carregar os REEEs recolhidos entusiasticamente, ao longo do ano lectivo, pelos alunos do projecto Escola-electro. Agora s nos res