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É justamente a Criminologia o objeto de estudo desse livro, a qual constitui uma ciência empírica que visa estudar como evitar ou minorar (uma vez que Durkhein considera o crime um fenômeno comum em uma sociedade) a prática de ilícitos penais, estudando o criminoso, a vítima e o fato praticado, sob a ótica teórica, deixando de enten-der e rotular determinadas camadas sociais como sendo os autores de tais práticas socialmente re-prováveis, ou seja, a personificação do mal, sob o modelo do Direito Penal do autor e não do fato. O Professor Ronaldo, com sua preocupação hu-manística e acadêmica, assim trabalhou, no que vem a se unir a grandes nomes da Criminologia, se postando ao lado deles e fornecendo um rigor científico que permite um fácil entendimento da ciência que propôs enfrentar.”

josé eduardo lourenço dos santos

editora

ISBN 978-85-8425-988-5

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Temos no Brasil a incidência de muitos crimes e a violência urbana tem aumentado significativamente juntamente com a população car-cerária. Como tratar desse grave problema? A criminologia é a ciên-cia que se ocupa do fenômeno cri-minológico social. Por essa razão, o livro convida o leitor a conhecer e se aproximar da ciência crimino-lógica, abordando seu referencial histórico, conceito, objetos e as suas principais teorias. Ao final es-pera-se que o leitor compreenda a importância dessa ciência e como ela pode contribuir à sociedade.

r o n a l d o b e z e r r a d o s s a n to s

Graduado em Direito pela Univer-sidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, Tubarão – SC, Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Universitário Eurípides So-ares da Rocha – UNIVEM, Marília – SP, especialista em Ciências Cri-minais e Metodologia do Ensino Superior, professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade de Cuiabá – UNIC, Rondonópolis – MT, professor de comunicação e oratória jurídica, palestrante, autor da obra: A pri-são cautelar e seu aspecto jurídico como pena processual antecipada pela editora D’Plácido e advoga-do criminalista desde 2002.

C R I M I N O L O G I A

C R I M I N O L O G I At e o r i a s c l á s s i c a ,

m o d e r n a ec o n t e m p o r â n e a

C R I M I N O L O G I At e o r i a s c l á s s i c a ,

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r o n a l d o b e z e r r a d o s s a n t o s

Copyright © 2018, D’Plácido Editora.Copyright © 2018, Ronaldo Bezerra dos Santos.

Editor ChefePlácido Arraes

Produtor EditorialTales Leon de Marco

Capa, projeto gráficoLetícia Robini

DiagramaçãoLetícia Robini

Editora D’PlácidoAv. Brasil, 1843, Savassi

Belo Horizonte – MGTel.: 31 3261 2801

CEP 30140-007

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida,

por quaisquer meios, sem a autorização prévia do Grupo D’Plácido.

W W W . E D I T O R A D P L A C I D O . C O M . B R

Catalogação na Publicação (CIP)Ficha catalográfica

SANTOS, Ronaldo Bezerra dos

Criminologia: teorias clássica, moderna e contemporânea -- Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2018.

Bibliografia.ISBN: 978-85-8425-988-5

1. Direito. 2. Direito Penal. 3. Criminologia. I. Título.

CDU343.9 CDD341.59

Dedico:

Aos meus pais, Severino dos Santos e Maria do Céu Bezerra Rodrigues, pelo amor, carinho, incentivo,

pelas orações, por ter me ensinado desde a infância, a importância do conhecimento e de nunca desistir dos

sonhos e objetivos. A minha esposa Cleciene dos Anjos Musquim pela compreensão em todos os momentos, pelo apoio e incentivo incondicional estando sempre

do meu lado. Aos meus irmãos Flávio Bezerra Ro-drigues, Giuvana Bezerra Rodrigues e especialmente

Ronildo Bezerra dos Santos pelo apoio e consideração. Muito obrigado, pois, a família é a base de tudo.

Amo Vocês!

Ronaldo Bezerra dos Santos

Agradeço:

A Deus em primeiro lugar.Meus sinceros agradecimentos a todos aqueles que de uma forma ou de outra me auxiliaram nessa obra em

especial aos amigos Dr. José Eduardo Lourenço dos Santos e Dr. Eduardo Fontes.

Nota do au to r

A primeira vez que me defrontei com a criminologia foi na Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL em 1996, onde me graduei bacharel em direito no ano de 2001. Devo confessar que achei o tema muito intrigante, pois, ainda jovem e começando os estudos me deparei com a questão que aflige a sociedade até os dias atuais. O que leva uma pessoa a praticar um crime? comecei a estudar na universidade as disciplinas de direito penal e direito processual penal, contudo, essas matérias não respondiam o meu questionamento.

Foi por meio da criminologia que comecei a entender que o problema era mais complexo do que se imaginava no seio da sociedade, ou no chamado senso comum. Primeiramente percebi que há anos o tema era pensado, repensado e discutido. Depois verifiquei que não era apenas um problema nacional, mas mundial e que vários cientistas e pesquisadores escreviam e publicavam suas teorias tentando responder a esse e outros questionamentos acerca das práticas delitivas sociais. Atualmente, é possível afirmar que poucas pessoas sabem que existe essa ciência denominada criminologia, pois, quando se fala em crime e punição, automati-camente se remete ao direito penal cujo objeto de estudo não se confunde com a criminologia.

O que se observa é que as pessoas em geral dentro do senso comum querem uma solução para a violência urbana porque não querem ser vítimas de crimes, tampouco perderem seus bens

jurídicos e isso fica muito claro em postagens em redes sociais materializadas na famosa frase: “bandido bom é bandido morto”.

Devo salientar que a minha pesquisa de mestrado foi em decorrência das prisões provisórias e acarretou na publicação do meu primeiro livro pela editora D’Plácido denominado: a prisão cautelar e seu aspecto jurídico como pena processual antecipada. Naquela obra fiz um convite às pessoas para refletirem sobre as prisões cautelares, seus efeitos na sociedade.

Por outro lado, sentia a necessidade de mostrar que a alta incidência de crimes, punições ineficazes, reincidência delitivas e aumento da violência urbana e do crime organizado tem mais a ver com a criminologia do que com o próprio direito penal. E foi por isso que resolvi escrever essa obra. Acredito que o conhe-cimento liberta e a educação é uma arma poderosa, pois, a partir do momento que se possui instrução, cultura e sabedoria é mais difícil ser manipulado.

A prática criminosa é um problema social muito grave e deve ser tratada com a seriedade necessária. Não existe fórmula mágica, muito menos salvador da pátria, tampouco respostas simples para questões complexas, por isso mesmo deve-se entender a questão para poder pensar na melhor solução.

Por fim, não existe a mínima pretensão de trabalhar com verdade absoluta ou de esgotar o assunto, mas, como forma de contribuição a reflexão, trago nessa obra com a mais ampla pesquisa bibliográfica a ideia de iniciar o leitor no estudo da criminologia, uma ciência fascinante e importante e dessa vez eu o convido a fazer a leitura e no final tirar as suas próprias conclusões, mas, agora com base científica.

Sumár i o

Prefácio 15

1. Introdução à Criminologia 19

2. Referencial Histórico da Criminologia 232.1. História das punições 23

2.2. Surgimento da Criminologia 29

2.3. O início da criminologia no Brasil 32

3. Escolas Criminológicas 373.1. Escola Clássica 37

3.1.1. Cesare Bonesana (Beccaria) e a Escola Clássica 39

3.1.2. Francesco Carrara e a Escola Clássica 41

3.1.3. Características da Escola Clássica dentro das correntes utilitarista e contratualista 43

3.2. Escola Positiva 48

3.2.1. Cesare Lombroso e a Escola Positiva 51

3.2.2. Enrico Ferri e a Escola Positiva 54

3.2.3. Raffaele Garofalo e a Escola Positiva 56

3.2.4. Pseudociências 57

3.2.5. Biologia Criminal e Sociologia Criminal 61

3.3. Escola de Chicago 62

3.3.1. Teoria da desorganização social ou ecologia criminal 65

3.4. Escola de Política Criminal 66

4. Conceito de Criminologia 694.1. Importância e função da criminologia 70

4.2. Método da Criminologia 72

4.3. Criminologia Moderna 73

5. Criminologia, Direito Penal e seus objetos 755.1. O Crime como objeto da criminologia 80

5.2. O delinquente como objeto da criminologia 83

5.3. A vítima como objeto da criminologia - Vitimologia 86

5.3.1. Objeto da vitimologia 91

5.3.2. A produção probatória através do depoimento da vítima 94

5.3.2.1. Síndrome de Estocolmo 96

5.3.2.2. Síndrome de Londres 97

5.3.2.3. A palavra da vítima e a questão das “falsas memórias” 98

5.3.3. Classificação das vítimas 100

5.4. O controle social como objeto da criminologia 105

5.4.1. O biopoder e o controle social 110

5.4.2. O poder punitivo como forma de controle social 114

5.4.3. A prisão como forma de disciplina e controle social 116

6. Classificação da Criminologia 121

7. Política Criminal 125

8. As cifras na criminologia: negra, cinza, dourada e verde 127

9. Teorias quanto a finalidade da pena: absolutas (retributivas); relativas (preventivas). 131

9.1. Teoria Absoluta ou Retributiva 132

9.2. Teoria Relativa ou Preventiva 134

9.3. Prevenção primária, secundária e terciária 136

10. Teorias Criminológicas 14110.1. Teoria do delito como eleição 142

10.2. Teoria das Influências 143

10.2.1. Teoria Ecológica 143

10.2.2. Teoria do controle social informal 143

10.2.3. Teoria dos vínculos sociais 144

10.2.4. Teoria da tensão 144

10.2.5. Teoria das subculturas 145

10.3. Teoria das predisposições agressivas 147

10.4. Teoria do aprendizado da delinquência (associação diferencial) 148

10.5. Teoria do etiquetamento (labeling approach) 150

10.6. Teoria das Janelas Quebradas – “Broken Windows theory” 151

10.6.1. Tolerância Zero – Lei e ordem 15210.7. Teoria da Anomia 15310.8. Teoria Behaviorista 15510.9. Teoria Crítica 15610.10. Teoria do Espaço 158

Referências 161

15

Pre fác i o

Tem por fim estas breves linhas, por mim escritas, apresen-tar o livro “Criminologia” do Dr. Ronaldo Bezerra dos Santos à comunidade acadêmica e ao mundo jurídico, no entanto, não se pode deixar de falar de seu autor, antes de enfrentar-se o texto, talvez rompendo-se com o devido protocolo. Assim se inicia, pois o Dr. Ronaldo é pessoa muito querida, a quem tive o prazer de conhecer e orientar no seu curso de Mestrado junto ao Centro Universitário Eurípides de Marília – UNIVEM. Desde o primeiro encontro, e primeira orientação, o autor se mostrou pesquisador dedicado e preocupado com aqueles que são acusados pela prá-tica de um crime e em razão disso acabam por ter sua liberdade precocemente tirada, sob a ótica de uma prisão cautelar, o que decorreu de sua visão prática e crítica da realidade, resultando em sua aprovação como Mestre, vindo sua pesquisa a servir de base para seu livro “A Prisão Cautelar”, sendo que ele foi muito além do que lhe foi por mim cobrado.

O Direito Penal deve prever os tipos de condutas humanas que devem ser consideradas criminosas, bem como determinar a sanção respectiva, para o caso de ocorrerem, sendo que isso é feito com base na política criminal que, por sua vez, deve basear-se na segurança das pessoas, constituindo-se, assim, em uma das formas de controle social. O fundamento de tal tipo de atuação deve ser os direitos fundamentais do ser humano, sendo essencial que se dê real valor a esses direitos quando da edição das normas penais, tendo

16

em vista a Constituição Federal. O problema de atuação desse ramo jurídico é que, por apresentar respostas que atacam diretamente bens considerados fundamentais ao homem, deve atuar apenas em casos determinados, quando não exista outra solução jurídica, ou seja, devem ser consideradas condutas criminosas aquelas que realmente reclamem uma ação mais enérgica por parte do Estado, sob pena de o sistema jurídico penal não mais produzir o resultado que se espera, bem como deve apresentar respostas dentro de um fim humanista, onde o homem deve sempre ter sua dignidade preservada, de forma que a sanção penal, para a qual ainda não se pensou em substituto, deve ser limitada, uma vez que se constitui no instrumento mais invasivo já criado pelo Direito.

Para agir de forma comprometida com a dignidade huma-na, o Direito Penal precisa do auxílio de outras ciências, que já foram consideradas meros apêndices desse ramo do Direito, tais como a Política Criminal e a Criminologia, hoje vistas como ciências e disciplinas autônomas, porém sistematicamente in-terligadas entre si.

É justamente a Criminologia o objeto de estudo desse livro, a qual constitui uma ciência empírica que visa estudar como evitar ou minorar (uma vez que Durkhein considera o crime um fenômeno comum em uma sociedade) a prática de ilícitos penais, estudando o criminoso, a vítima e o fato praticado, sob a ótica teó-rica, deixando de entender e rotular determinadas camadas sociais como sendo os autores de tais práticas socialmente reprováveis, ou seja, a personificação do mal, sob o modelo do Direito Penal do autor e não do fato. O Professor Ronaldo, com sua preocupação humanística e acadêmica, assim trabalhou, no que vem a se unir a grandes nomes da Criminologia, se postando ao lado deles e for-necendo um rigor científico que permite um fácil entendimento da ciência que propôs enfrentar.

Inicia por um resgate histórico da Criminologia e da punição estatal. Em seguida discorre sobre as diversas escolas criminológicas, da clássica até as mais modernas, passando pela criminologia crítica, não deixando de lado o estudo da vítima, qual sua participação ou papel na realização de um crime, pois muito se pensa que a criminologia se ocupa apenas do criminoso.

17

Honra-me intensamente escrever este prefácio, sabedor das ideias e capacidade de seu autor, que com coragem de poucos busca contribuir com a vida daqueles que escolheram esse admirável universo das Ciências Criminais. Existem duas formas para viver a sua vida: uma é acreditar que não existe milagre; outra é acreditar que todas as coisas são um milagre. Se deve sempre acreditar no milagre da vida.

José Eduardo Lourenço dos Santos

Doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná, Pós-Doutor em Direito pela Universidade de

Coimbra, Professor de Direito Penal e Delegado de Polícia em Marília-SP.

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É justamente a Criminologia o objeto de estudo desse livro, a qual constitui uma ciência empírica que visa estudar como evitar ou minorar (uma vez que Durkhein considera o crime um fenômeno comum em uma sociedade) a prática de ilícitos penais, estudando o criminoso, a vítima e o fato praticado, sob a ótica teórica, deixando de enten-der e rotular determinadas camadas sociais como sendo os autores de tais práticas socialmente re-prováveis, ou seja, a personificação do mal, sob o modelo do Direito Penal do autor e não do fato. O Professor Ronaldo, com sua preocupação hu-manística e acadêmica, assim trabalhou, no que vem a se unir a grandes nomes da Criminologia, se postando ao lado deles e fornecendo um rigor científico que permite um fácil entendimento da ciência que propôs enfrentar.”

josé eduardo lourenço dos santos

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ISBN 978-85-8425-988-5

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Temos no Brasil a incidência de muitos crimes e a violência urbana tem aumentado significativamente juntamente com a população car-cerária. Como tratar desse grave problema? A criminologia é a ciên-cia que se ocupa do fenômeno cri-minológico social. Por essa razão, o livro convida o leitor a conhecer e se aproximar da ciência crimino-lógica, abordando seu referencial histórico, conceito, objetos e as suas principais teorias. Ao final es-pera-se que o leitor compreenda a importância dessa ciência e como ela pode contribuir à sociedade.

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Graduado em Direito pela Univer-sidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL, Tubarão – SC, Mestre em Teoria do Direito e do Estado pelo Centro Universitário Eurípides So-ares da Rocha – UNIVEM, Marília – SP, especialista em Ciências Cri-minais e Metodologia do Ensino Superior, professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade de Cuiabá – UNIC, Rondonópolis – MT, professor de comunicação e oratória jurídica, palestrante, autor da obra: A pri-são cautelar e seu aspecto jurídico como pena processual antecipada pela editora D’Plácido e advoga-do criminalista desde 2002.

C R I M I N O L O G I A