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8 - TERRAPLENAGEM
8.1 - INTRODUÇÃO
o projeto de uma estrada deve ser escolhido de forma a harmonizar os elementos
geométricos da planta e do perfil, fornecendo uma estrada segura~nfortável e adequada-
à região por ela percorrida e, de preferência, com baixo custo de construção. O custo do
movimento de terra
é
significativo em relação ao custo total da estrada, por isso, sempre
que possível deve ser feito o equilíbrio (desde que não crie prejuízos às características
geométricas do projeto) entre volumes de cortes e aterros, evitando-se empréstimos e/ou
bota-foras. A drenagem superficial da estrada
é
um fator preponderante. Outro fator
importante é quanto as distâncias e condições de transportes dos materiais que serão
escavadosnos cortes e levados para os aterros.
8.2 - SEÇÕES TRANSVERSAIS
Podem ser de diferentes tipos: seções em cortes, em aterros e mistas.
I
~~
~
8
{ 5 .
g
I
I
i
II
8.3 - CÁLCULO DE VOLUMES
Admite-se que o terreno varia de forma íínear entre duas seções consecutivas, o que de
certa forma para distância entre seçõesde 20 m não gera erros significativos. O processo
consiste no levantamento das seçõestransversais em cada estaca inteira do traçado (estaca
de 20 m).
Ovolume de terra entre as seçõesconsecutivas será calculado
corno:
V< = (Ae;
+
Ae;+1)xL/2
V
a =
(Aaj + Aaj+l) xL/2
para l = 20 m
Vc = (ACi + ACi+l) xl0
V
a
= (Aai + Aai+l)xl0
V < . = volume de corte (rrr')
V
a
=
volume de aterro (rrr')
A c =
área de corte da seção i (rrr')
A c =
área de corte da seção i (m
2
)
L = distância entre seções(m)
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8.4 - PONTOS DE PASSAGEM (PP)
Pontos onde terminam os cortes e começam os aterros e pontos onde terminam os aterros
e começam os cortes.
8.5 - VOLUMES DOS CORTES E ATERROS
Os volumes geométr~cos tota~sdos cortes e/ou aterros podem ser
obttdos
peta somatórta
dos valores calculados entre as suas diversas seções.
a) Quando o volume de corte é maior que o do aterro: Vc > V.
• V••
=
volume compensado lateralmente: essevolume será escavadono corte e depositado
no aterro da própria seção, portanto não estando sujeito a transporte no sentido
longitudinal da estrada, V = V.
• V
=
V
c
- V.
= volume de corte do trecho entre seções que será escavado no corte e
transportado para um aterro conveniente, estando, portanto, sujeito a transporte
longitudinal.
b) Quan(lõ õ võJUmê (lê aterro
é
maior que o do corte V.
>
v . .
• Vc
=
volume compensado lateralmente, V
=
V
c
• V
=
V••- V
c
= volume de aterro do trecho com transporte longitudinal.
Para os dois casos (1 e 2) o volume V compensado lateralmente será sempre o menor dos
volumes Va ou Vc e o volume sujeito à transporte longitudinal será sempre a diferença
entre o maior e o menor volume.
8.6 -
COMPENSAÇÃO DE VOLUMES
O vofume V (volume compensado lateral) será transportado dos cortes para os aterros no
próprio trecho e não será considerado na compensação longitudinal da estrada. Os demais
volumes serão escavados nos cortes, transportados e aplicados nos aterros, quando os
materiais de corte servirem para a execução dos aterros. Quando isso não ocorre os
materiais de corte serão escavados e transportados para local conveniente, fora da
estrada, em uma operação definida como
bota fora.
A operação de transporte dos materiais dos cortes para os aterros será denominada
compensação -longitudinal de volumes ou simplesmente compensação
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Custo de compensacão dos volumes
=
custo de escavação + custo de transporte
Custo de não compensacão
=
custo de escavação + custo de transporte para bota-fora +
custo de escavação do material de empréstimo + custo de
transporte de empréstimo
8.7 - CÁLCULO DOS VOLUMES ACUMULADOS
Convenção para medida de volumes:
• positiva para medida dos volumes de corte (+V
C)
• negativa para os volumes de aterros (-Va)
Volumes de corte: medida geométrica do volume natural de solo a ser escavado. Esse
material transportado e apHcado nos aterros sofre um processo de compactação (garantir
estabilidade dos aterros), que resulta em uma diminuição de volume denominada redução:
• geralmente os volumes de aterros devem ser corrigidos por um fator de redução, sendo
denominado volume corrigido dos aterros o produto entre o volume geométrico e o fator
de redução, f
r
=
1,05 a 1,30
• valor acumulado de uma estrada: soma algébrica de seus cortes e aterros.
Tabela de volumes acumulados
Estaca
Área Volume
Corte
Aterro
Corte Aterro Aterro Compensação
Transp. Longitudinal
corrigido Lateral
Corte
Aterro
AcumuladO
+
-
x
(f•.
+
-
: E
(1)
2
3
4 5
6
7
8
9 (10)
(1) estacas nos pontos onde foram levantados as seções transversais (estacas inteiras)
estacas rraoonénas quando o terreno émuito irregular, estacas -do-P-P
(2) áreas de corte, medidas nas seções (m
2
)
(3) áreas de aterro, medidas nas seções (rrr')
{4) - = {Aõ(corte)+ Ai+1(corte»)xlÚ
(5)
=
(Ai(aterro)+ Ai
+1
aterro»xl0
(6) produto da coluna (5) pelo fator de redução
=
(5) x (f
r
)
{7) volumes compensados Iateratmente. que não est-ão sujeitos a transporte tongitooinaf
=
menor volume entre Va(corriQidO)v;
(8) e (9) volumes sujeitos ao transporte longitudinal, compensação entre cortes e aterros
=
=
{Vc-Va{corriQido»
00
{Va(corrigido) Vc)
(10) volume acumulado, resultado da soma algébrica acumulada dos volumes obtidos nas
colunas (8) e (9) = (V
i
+V
i
+
1
8.8 - DIAGRAMA DE MASSAS - MÉTODO DE BRUCKNER
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Representação gráfica dos volumes acumulados
• estudo da compensação cortes-aterros
• programação de bota-foras e empréstimos
• programação dos equipamentos
Volumes
Acumulados
I
Cotas
t
ponto de máximo
/}' ~ia.grama de Massas
,- Vc = a--
r \
I \
Ai
\6 /
~~~ ~L- ~ - - - - - - - - - - - , / ~
\~v (~;::n~~
[ :.pomo de
rninimo
I '
[ I
~~
i
:\ r
I-- ----..:::;:J~-+-
7
PROPRIEDADES DO DIAGRAMA:
• trecho ascendente: corte
• tr'écho descendente: aterro
\
· gíande Inclinação: gíandes Yü;~mes
· pontas de máximo e de mínlmo: PP
· diferença de ordenadas: volume de
terra entre dois pontos
· qualquer horizontal (AB, por
exemplo): determina trechos de
volumes compensados
(Vc)
· diagrama acima da linha de
compensação: movimento no
tierrtldo do estaqoeamerrto
(e ViCé-Ver&a).
Obs: o diagrama é obtido partindo-se do princípio de que os cortes e aterros serão executados na
direção longitudinal da estrada, enquanto que na realidade os cortes são executados de cima
para baixo e os aterros de baixo para cima; as distâncias de transporte são consideradas
lineares enquanto na realidade as estradas de serviço por onde o material
é
transportado
são-
muitas vezes bastante sinuosas. Apesar disso, o diagrama de massas ainda
é
um processo
bastante preciso e confiável.
Volumes
.'. '.Compensados
~ ,
Corte'
8.9 - MOMENTO DE TRANSPORTE
MT=ár.eaentre onda 00 diagrama de massas e Unha de compensaç-ão ~ minimizar ár.ea
É o produto dos volumes transportados multiplicados pela distância de transportes.
Geralmente é medido nas unidades rrr'.dem ou m
3
.km. A distância média de transporte d
m
deverá ser tgua~ a dístâncía entre os centros de massa dos trechos de corte e aterro
compensados.
p
- \AterfO
--~ //éorn l d Ot.O tQ O
M
=
V x d
m
onde:
M =
momento de transporte do trecho
(rrr'.dam
ou
rrr'.km)
V = volume natural de solo (rrr')
d
m
= distância média de transporte (dam ou km)
,
Estacas
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Obs: sempre que uma linha de compensação corta várias ondas consecutivas, a posição
mais econômica é que acarreta sometór ta dos seeunnentos da -linhaC
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Exemplo 1:
- .
y
,\
Estaca
Á r e a
(rrr')
i
~
Volume (rrr')
Corte
Aterro
Corte
Aterro
aterro
Compensação Transp. Longitudinal
Acumulado
(+)
(-)
corrigido (-)
Lateral
Corte (+)
Aterro (-)
1 2 3 4
5
6
7
8
9
10
°
10,15,
17,15
--
--
-
-
-
-
1
27;50
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