TEORIACURSO

MUSICAL

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PREFAacuteCIO

NOTACcedilAtildeO MUSICAL

A notaccedilatildeo musical eacute posterior agrave muacutesica assim como a escrita eacute posterior agrave linguagem e surgiu pela necessidade depreservar e de transmitir as manifestaccedilotildees musicais sem as imprecisotildees e os inconvenientes da transmissatildeo oral

Os gregos jaacute antes de Pitaacutegoras (portanto anteriormente ao seacuteculo V aC) tinham desenvolvido um sistema denotaccedilatildeobaseado nas letras do alfabeto Os romanos herdeiros da cultura e portanto da muacutesica grega reduziram a notaccedilatildeo (quecompreendia 15 letras) a apenas 7 Como a escala grega comeccedilava pela nota que hoje chamamos de La ficou assim essareduccedilatildeo

LA SI DO RE MI FA SOL

A B C D E F G

Essa denominaccedilatildeo se conservou intacta atraveacutes dos seacuteculos ateacute nossos dias e ateacute hoje ainda eacute usadapreferencialmente nos paiacuteses de liacutenguai inglesa e na Alemanha O sistema de cifras para designar acordes deacompanhamento usado em todo o mundo emprega essa notaccedilatildeo

Somente no seacuteculo XI surgem os nomes que hoje conhecemos tatildeo bem DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI introduzidosno ensino musical pelo monge Guido Darezzo A representaccedilatildeo das notas em linhas e espaccedilos interlineares foi tambeacutemproposta por esse brilhante mestre medieval

DO RE MI FA SOL LA SI

No seacuteculo XI o monge beneditino GUIDO DAREZZO (990-1050) impressionado com a dificuldade que seusalunos monges como ele e prelados tinham para guardar a entoaccedilatildeo e a altura relativa dos sons imaginou um processopedagoacutegico que entra nos domiacutenios da mnemocircnica Escolheu um canto muito conhecido e faacutecil de aprender no qual asprimeiras siacutelabas de cada verso correspondem a uma nota da escala hexacorde (escala de seis sons)

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PREFAacuteCIO

NOTACcedilAtildeO MUSICAL

A notaccedilatildeo musical eacute posterior agrave muacutesica assim como a escrita eacute posterior agrave linguagem e surgiu pela necessidade depreservar e de transmitir as manifestaccedilotildees musicais sem as imprecisotildees e os inconvenientes da transmissatildeo oral

Os gregos jaacute antes de Pitaacutegoras (portanto anteriormente ao seacuteculo V aC) tinham desenvolvido um sistema denotaccedilatildeobaseado nas letras do alfabeto Os romanos herdeiros da cultura e portanto da muacutesica grega reduziram a notaccedilatildeo (quecompreendia 15 letras) a apenas 7 Como a escala grega comeccedilava pela nota que hoje chamamos de La ficou assim essareduccedilatildeo

LA SI DO RE MI FA SOL

A B C D E F G

Essa denominaccedilatildeo se conservou intacta atraveacutes dos seacuteculos ateacute nossos dias e ateacute hoje ainda eacute usadapreferencialmente nos paiacuteses de liacutenguai inglesa e na Alemanha O sistema de cifras para designar acordes deacompanhamento usado em todo o mundo emprega essa notaccedilatildeo

Somente no seacuteculo XI surgem os nomes que hoje conhecemos tatildeo bem DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI introduzidosno ensino musical pelo monge Guido Darezzo A representaccedilatildeo das notas em linhas e espaccedilos interlineares foi tambeacutemproposta por esse brilhante mestre medieval

DO RE MI FA SOL LA SI

No seacuteculo XI o monge beneditino GUIDO DAREZZO (990-1050) impressionado com a dificuldade que seusalunos monges como ele e prelados tinham para guardar a entoaccedilatildeo e a altura relativa dos sons imaginou um processopedagoacutegico que entra nos domiacutenios da mnemocircnica Escolheu um canto muito conhecido e faacutecil de aprender no qual asprimeiras siacutelabas de cada verso correspondem a uma nota da escala hexacorde (escala de seis sons)

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HISTOacuteRIA DA MUacuteSICA

A MUacuteSICA E OS INSTRUMENTOS DOS INDIacuteGENAS DO BRASIL

Os indiacutegenas do Brasil tinham disposiccedilatildeo bastante acentuada para a muacutesica e especialmente para o cantoA muacutesica instrumental era tambeacutem largamente praticada e quase sempre associada agrave danccedilaTodas as solenidades religiosas ou festivas eram acompanhadas de muacutesica E os ferozes Tupinambaacutes que ocupavam

grande parte do nosso litoral danccedilavam num ritmo monoacutetono e atordoante durante vinte e quatro horas consecutivas nascerimocircnias em que se sacrificavam os prisioneiros de guerra Entretanto se o prisioneiro sabia entoar belos cantospoupavam-lhe a vida

As melodias indiacutegenas natildeo possuiacuteam grande variedade de sons o que as tornava excessivamente enfadonhasOs instrumentos dos nossos iacutendios eram bem variados Entre eles encontram-se a canguumlera flauta fabricada com

ossos de valentes guerreiros o uatapu (ou atapu ou guatapi) usado na pesca cujo som pensavam os iacutendios tinha o poderde atrair os peixes a inuacutebia e o membitararaacute buzinas de guerra o mimecirc usado pelos iacutendios Guajajaraacutes (no Maranhatildeo) erauma buzina fabricada com duas lascas de madeira da maccedilaranduba ajustadas com a resina da proacutepria aacutervore e muitos outros

Possuiacuteam tambeacutem grande variedade de instrumentos de percussatildeo tais como o naruai e mbapi tambores feitos detroncos leves e ocos o maracaacute (espeacutecie de chocalho feito de cabaccedila e cheio de pedrinhas cujo ruiacutedo imitava o chocalho dacascavel) era usado para evocar os bons espiacuteritos o curugu ou curuju grande instrumentos de som fuacutenebre e outros mais

Na muacutesica dos iacutendios do Brasil predominava o ritmo caracteristicamente baacuterbaro Imitavam o canto dos paacutessaros omurmuacuterio das aacuteguas e o sussurro das folhas dando agrave sua muacutesica um sabor agreste e rude

Encontram-se no Museu Nacionais vaacuterios cantos dos Parecis coligidos pelo erudito Roquette Pinto e por elerecolhidos

Segundo a opiniatildeo de estudiosos do assunto atestada por observaccedilatildeo visual as tribos existentes nas selvas do Brasilconservam ainda intactos os costumes musicais dos seus antepassados

INFLUEcircNCIA DAS MUacuteSICAS AMERIacuteNDIA AFRICANA PORTUGUESA ESPANHOLA EOUTRAS NA MUacuteSICA BRASILEIRA

A muacutesica brasileira recebeu a influecircncia dos vaacuterios povos que concorreram para a sua formaccedilatildeo e desenvolvimentoCom a chegada dos jesuiacutetas a muacutesica tornou-se um dos elementos de ligaccedilatildeo entre os colonizadores e os selvagensO canto estridente e monoacutetono proacuteprio da muacutesica ameriacutendia acompanhado quase sempre de instrumentos ruidosos

foi recebendo o influxo direto dos cacircnticos serenos melodiosos e tatildeo cheios de sentimento religioso dos missionaacuteriosjesuiacutetas

Entre os primeiros missionaacuterios destaca-se o padre Navarro que traduzia para o tupi os cacircnticos e hinos religiososconseguindo seduzir e catequizar grande nuacutemero de selvagens

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Os missionaacuterios atraiam primeiramente as crianccedilas ensinando-as a cantar e a orar- agrave medida que os pequenos iacutendiosiam tomando conhecimento dos cantos e dos ensinamentos da nova religiatildeo realizavam os jesuiacutetas pequenas representaccedilotildeessacras (autos e misteacuterios) nas quais tornavam parte os selvagens catequizados

Por este meio conseguiram tambeacutem os padres jesuiacutetas chamar a si os iacutendios adultos que encantados com o papelsaliente dos filhos nas representaccedilotildees se convertiam ao catolicismo

Prestaram tambeacutem sua valiosa colaboraccedilatildeo neste sentido os Padres Anchieta e NoacutebregaO Padre Fernatildeo Cardim que de 1583 a 1590 aqui permaneceu entre os iacutendios assim descreve as aldeias de iacutendios

catequizados Em todas estas aldeias haacute escolas de contar cantar e tanger tudo tomam bem e haacute jaacute muitos que tangemflautas violas cravo e oficiam missas em canto de oacutergatildeo

Ao mesmo tempo que a muacutesica religiosa espalhava-se entre os indiacutegenas e os colonizadores a muacutesica popularportuguesa Esta poreacutem tomou feiccedilatildeo nova no Brasil As saudades da paacutetria distante uma seacuterie de obstaacuteculos na tarefa decolonizar e mais a tristeza da solidatildeo deram ao canto do portuguecircs no Brasil um tom dolente e melancoacutelico cujas melodiascomoviam e abalavam os indiacutegenas produzindo-lhes emoccedilotildees e sentimentos novos

A vinda do negro africano para o Brasil deu agrave nossa muacutesica outro caraacuteter bem diferente Os negros escravosmisturavam a sua muacutesica com a nossa que jaacute tinha assimilado grande parte da muacutesica portuguesa

Pelo trabalho rude e exaustivo agraves torturas do cativeiro agrave lembranccedila dolorosa da terra natal ou do lar distante eacuteclaro que o canto do pobre negro natildeo podia deixar de traduzir a anguacutestia a revolta o desalento a saudade

Na sua muacutesica predominava o ritmo e soacute usavam instrumentos de percussatildeo As melodias embora uniformes erambastante expressivas

Os negros reuniam-se nas senzalas cantando e danccedilando procurando afogar nos seus cantos e danccedilas as suasmaacutegoas e temores Davam a essas reuniotildees o nome de batuques

Era grande o nuacutemero de danccedilas dos negros africanos Citaremos entre elas o lundu de ritmo bastante cadenciado ococircco maracutu o samba que no Estado do Rio de Janeiro era denominado chiba em Minas Gerais chamava-se cateretecirc e nosEstados do sul era conhecido como fandango o candombleacute danccedila fetichista cujo ritmo tinha o poder de evocar os bons emaus espiacuteritos

E da reuniatildeo dessas trecircs raccedilas distintas - ameriacutendia portuguesa e africana - moldou-se a muacutesica brasileira comcaracteriacutesticas riacutetmicas meloacutedicas e harmocircnicas inteiramente ineacuteditas

Conveacutem salientar ainda a influecircncia de outros povos embora em muito menor proporccedilatildeoOs espanhoacuteis deixaram-nos um pouco da sua muacutesica sugestiva enquanto cantavam e danccedilavam seus boleros

fandangos tiranas e habaneras ao som das guitarras que se transformaram ao nosso violatildeoOs holandeses durante a invasatildeo de Pernambuco segundo a opiniatildeo de vaacuterios autores deixaram conosco vestiacutegios

da sua muacutesica especialmente no NordesteTambeacutem os italianos e franceses exerceram certa influecircncia na muacutesica brasileira durante o seu periacuteodo de formaccedilatildeoVimos portanto que vaacuterios foram os povos de origens raccedilas e sentimentos diversos que concorreram para a

formaccedilatildeo da muacutesica brasileira

A MUacuteSICA NOS TEMPOS PREacute-HISTOacuteRICOS

A origem da muacutesica natildeo pode ser estabelecida nem a eacutepoca do seu aparecimentoPresume-se tenha sido a arte musical revelada ao homem sob duas formas

1ordf) pela arte da danccedila2ordf) pela arte da palavra cantada uma vez que o canto foi empregado sempre desde a eacutepoca mais remota emtodas as cerimocircnias religiosas quase sempre unida agrave danccedila considerada pelos povos da Antiguumlidade comoarte sagrada

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Deduz-se assim que os homens da era preacute-histoacuterica foram os primeiros a expressar emoccedilotildees por meio de gestosexecutando estranhos movimentos ritmados Consequumlentemente natildeo haacute duacutevida de que o ritmo tenha nascido com o primeirohomem por isso que ele trazia consigo mesmo o ritmo das suas pulsaccedilotildees o ritmo do andar e o ritmo da respiraccedilatildeo sentindonascer em si desde logo a necessidade de reproduzi-los

Supotildee-se tambeacutem que os primeiros homens tivessem querido imitar os sons da proacutepria voz com objetos ruacutesticosNatildeo haacute vestiacutegios de que ficasse gravado nenhum canto do homem preacute-histoacuterico e assim nada ficou de concreto

que nos possa revelar algo da muacutesica na era primitivaEacute interessante lembrar que os musicoacutelogos satildeo unacircnimes em considerar que da associaccedilatildeo da arte da danccedila e da

palavra cantada eacute que surgiu a sublime arte da muacutesica

A MUacuteSICA NA ANTIGUIDADE

Eacute em documentos antigos ndash baixos relevos medalhotildees inscriccedilotildees papiros ndash e pelas referecircncias que se encontramnas obras dos grandes filoacutesofos que vamos encontrar quanto se refere agrave arte musical na Antiguumlidade

Os mais velhos documentos conhecidos satildeo um baixo relevo provavelmente caldeu representando um harpistaencontrado nas escavaccedilotildees feitas em certo monte de ruiacutenas entre os rios Tigre e Eufrates e um fragmento de papiro que sesupotildee represente um trecho babilocircnico de notaccedilatildeo musical de cerca do ano 2000 aC

Entre os povos da Antiguumlidade destacam-se pela sua civilizaccedilatildeo os egiacutepcios os aacuterabes os assiacuterios os babilocircnicosos caldeus os hebreus os indianos os chineses e muito especialmente os gregos

Embora pouco de positivo se saiba de sua muacutesica naqueles tempos a julgar pelos documentos encontrados eacute de sepresumir que fosse tratada com especial atenccedilatildeo

A muacutesica dos povos antigos era absolutamente em uniacutessono e tomava parte em todos os atos solenesprincipalmente nas cerimocircnias religiosas

Vamos fazer um pequeno resumo sobre cada um desses povos para que possam compreender como era cultivada amuacutesica naquelas eras longiacutenquas

A ARTE MUSICAL NO EGITO

O egiacutepcio eacute o povo de civilizaccedilatildeo mais antiga de que se tem conhecimento e sabe-se que a muacutesica e os muacutesicosgozavam de grande consideraccedilatildeo entre eles

Tanto na muacutesica religiosa como na guerreira ou ainda na muacutesica recreativa davam preferecircncia agraves expressotildeeselevadas e serenas reservando-lhe lugar de destaque no culto dos deuses nos banquetes solenes e nas cerimocircnias fuacutenebres

Os egiacutepcios faziam escalas de 7 notas agraves quais davam nomes representando-as com os mesmos hieroglifosempregados na representaccedilatildeo dos planetas

Entre os seus instrumentos encontravam-se os instrumentos de corda como a harpa e o alauacutede As primeiras harpasegiacutepcias eram pequenas e possuiacuteam poucas cordas

Os instrumentos de sopro eram as flautas de vaacuterios tipos e em geral de barro de osso ou de marfimTambeacutem depois de descoberto o emprego do bronze os egiacutepcios fabricaram flautas e trombetas deste metalAteacute hoje satildeo conservados em vaacuterios museus do mundo flautas e egiacutepcios de barro de madeira e de bronzeTambeacutem tinham os egiacutepcios instrumentos de percussatildeo figurando entre eles os tambores de guerra Com o bronze

fabricavam ciacutembalos em forma de pandeiros e vaacuterias espeacutecies de castanholas entre as quais se destacava o sistro usado nascerimocircnias celebradas em homenagem agrave deusa Isis divindade que personificava a primeira civilizaccedilatildeo egiacutepcia

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A muacutesica entre os egiacutepcios era praticada em coletividade sendo reservado agrave mulher o desempenho de papelimportante no conjunto musical

A ARTE MUSICAL DOS AacuteRABES

Os aacuterabes figuram entre os povos orientais que mais cultivaram e propagaram a arte musicalA muacutesica era indispensaacutevel em todas as cerimocircnias religiosas No Alcoratildeo livro sagrado muccedilulmano todos os

versiacuteculos eram cantados e ateacute hoje conservam os aacuterabes essa tradiccedilatildeoSabe-se que a praacutetica do canto e a execuccedilatildeo dos instrumentos eram em remotas eacutepocas confiadas agraves mulheres e aos

escravosO primeiro muezin do islamismo foi um cantor negro filho de uma escrava etiacuteope Chama-se muezin aquele a

quem eacute confiado o papel de subir ao minarete e entoando cacircnticos religiosos chamar os fieacuteis para a praacutetica das boas accedilotildeesO ceacutelebre filoacutesofo e muacutesico Al-Farab foi um dos primeiros que na liacutengua aacuterabe codificaram as leis da muacutesicaPossuiacuteam os aacuterabes um sistema musical de 17 notasNos primeiros seacuteculos da era cristatilde o muacutesico filoacutesofo Ahmed-IbenKalil adaptou agrave muacutesica aacuterabe a poesia meacutetrica

Para a meacutetrica poeacutetica foram tomados como primeiros modelos de ritmo o passo do camelo e o galope do cavaloAs primeiras melodias aacuterabes associadas agrave meacutetrica poeacutetica eram cantadas pelos beduiacutenos nos desertos

acompanhando o passo cadenciado do cameloEntre os antigos instrumentos aacuterabes encontram-se instrumentos de corda de sopro e de percussatildeoUm dos mais velhos e rudimentares instrumentos aacuterabes era chamado rabeca do poeta Tinha somente uma corda e

com ela se acompanhava o poeta da tribo nas suas pomposas e brilhantes declamaccedilotildeesUsavam tambeacutem pequenas harpas para acompanhar os cantores e o alauacutede Entre os instrumentos de percussatildeo figurava o adufe que tinha a forma de um jarro cuja boca era recoberta por uma

pele de animal e servia para marcar o ritmo das muacutesicas coletivasO principal instrumento de sopro usado pelos aacuterabes foi a flauta Era fabricada de bambu e tocada pelos pastores e

beduiacutenosAos poucos a muacutesica foi deixando de ser entre os povos aacuterabes simples diversatildeo ou elemento do culto religioso

passando a ocupar posiccedilatildeo distinta e permanente na cocircrte dos califas em quaisquer cerimocircnias

A MUacuteSICA DOS ASSIacuteRIOS BABILOcircNIOS E CALDEUS

Pouco se sabe da arte musical desses povos por falta de documentaccedilatildeo escrita contudo vaacuterios dos monumentosencontrados nos mostram a arte sempre ligada agrave magia

Sabe-se que entre os assiacuterios e babilocircnios a muacutesica desempenhava funccedilatildeo importante para animar as tropas nasbatalhas

Usavam a muacutesica tambeacutem para alegrar os suntuosos banquetes e festas nos tempos de pazVaacuterios eram os instrumentos usados por esses povos e jaacute divididos entre as trecircs categorias corda sopro e percussatildeoA lira era tocada com um plectro 0 plectro era uma varinha de marfim usada para fazer vibrar as cordas da liraEntre os instrumentos de sopro dos assiacuterios babilocircnios e caldeus figuravam as flautas e as trombetas e entre os de

percussatildeo os tiacutempanos e o gongo

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A ARTE MUSICAL DOS HEBREUS

Tudo quanto se refere agrave civilizaccedilatildeo e consequumlentemente agrave arte musical dos hebreus eacute nos transmitido em grandeparte pela Biacuteblia

Nos livros sagrados hebreus encontram-se vaacuterios trechos onde haacute referecircncias a fatos que se prendem agrave muacutesicaOs salmos eram os principais cantos sacros dos hebreus atribuiacutedos a David musicista e um dos chefes do exeacutercito

israelita Era David quem acalmava Saul rei de Israel nos seus acessos de coacutelera ou de melancolia ao som dos acordes dasua harpa

O canto dos salmos passou do culto israelita para o culto cristatildeo e Santo Ambroacutesio que tanta influecircncia teve namuacutesica lituacutergica adaptou-os mais tarde agrave Igreja Catoacutelica

Quando David sucedeu a Saul no trono de Israel procurou elevar a cultura musical do povo hebreuDavid tinha por haacutebito reunir o povo em praccedila puacuteblica Convocando os melhores instrumentistas do reino

proporcionava a todos um meio de ouvir boa muacutesica e nessas ocasiotildees formava coros de mais de mil pessoasEis ai a origem das grandes concentraccedilotildees orfeocircnicas tatildeo em moda nos tempos de hojeQuanto aos instrumentos hebreus eacute provaacutevel que se originassem dos instrumentos egiacutepcios e aacuterabesPossuiacuteam um instrumento de sopro muito caracteriacutestico e reservado ao culto chamava-se cshofar e era fabricado

com um chifre em espiralUsavam trompas flautas e pandeiros de origem egiacutepcia e pratos de metal de origem aacuterabeA muacutesica dos hebreus era rica de instrumental fosse nas procissotildees e nas festas ou na praacutetica do culto sagrado

Tocavam e cantavam provavelmente em uniacutessono como os demais povos da AntiguumlidadePara completar podemos dizer que algumas rariacutessimas melodias tradicionais hebraicas foram encontradas e

conservadas numa sinagoga do Cairo como uma das preciosidades da arte musical da Antiguumlidade

A ARTE MUSICAL DOS INDIANOS

As civilizaccedilotildees dos primeiros povos histoacutericos estatildeo extintas haacute seacuteculos Os indianos (e tambeacutem os chineses)constituem exceccedilatildeo agrave regra e conservam carinhosamente inuacutemeras das suas tradiccedilotildees Por esse motivo muito mais amplossatildeo os conhecimentos que nos legaram do modo como entendiam e praticavam a arte musical

Os indianos cultivaram a muacutesica desde sua infacircncia histoacuterica e por meio de seus instrumentos atingiramconsideraacutevel evoluccedilatildeo musical Conservaram tratados que nos transmitiram diversas noccedilotildees teoacutericas inclusive a sua escalafundamental tambeacutem de 7 notas como a dos egiacutepcios persas e aacuterabes

Na iacutendia tudo eacute simboacutelico Consideravam a muacutesica como parte integrante da formaccedilatildeo do Universo e do sistemareligioso

A invenccedilatildeo da escala musical eacute atribuiacuteda agrave deusa Svaragrama e as 7 notas da escala personificavam as 7 ninfas queacompanhavam a deusa Svaragrama

Dos nomes das 7 ninfas proveio a denominaccedilatildeo das notas musicais que eacute ateacute hoje conservada na terminologiamusical indiana

Usavam a notaccedilatildeo musical designada por caracteres sacircnscritos Era o sacircnscrito a liacutengua sagrada dos indianosSegundo a lenda foi o grande Brama quem imaginou e levou ao seu povo o mais antigo e o principal instrumento

indiano - a vina Trata-se de um instrumento de corda genuinamente indianoTinham tambeacutem um instrumento parecido com o alauacutede denominado magoudi tomado aos aacuterabes por empreacutestimo

que por sua vez jaacute o haviam recebido dos egiacutepcios

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Usavam tambeacutem o ravanastron que dizem ter sido o mais antigo instrumento de arco de onde provavelmente seoriginou muito mais tarde o violino

Na muacutesica indiana predominava o ritmo que apesar das inuacutemeras combinaccedilotildees era geralmente monoacutetonoDaiacute usarem com frequumlecircncia os instrumentos de persuasatildeo como ciacutembalos tambores e outros mais importados dos

demais povos

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CAPIacuteTULO 1

INTRODUCcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA

DEFINICcedilAtildeO - ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Muacutesica eacute a arte dos sons combinados de acordo com as variaccedilotildees da altura proporcionados segundo a sua duraccedilatildeoe ordenados sob as leis da esteacutetica

Satildeo trecircs os elementos fundamentais de que se compotildee a muacutesica melodia ritmo e harmoniaMelodia consiste na sucessatildeo dos sons formando sentido musicalO ritmo eacute o movimento dos sons regulados pela sua maior ou menor duraccedilatildeoA harmonia consiste na execuccedilatildeo de vaacuterios sons ouvidos ao mesmo tempo observadas as leis que regem os

agrupamentos dos sons simultacircneosA melodia e o ritmo combinados jaacute encerram um sentido expressivo musicalPara exprimir profundamente qualquer sentimento ou descrever por meio da muacutesica qualquer quadro da natureza

torna-se imprescindiacutevel a participaccedilatildeo em comum desses trecircs elementos melodia ritmo e harmonia

ALGUNS DADOS SOBRE O SOMTodo som ouvido eacute causado por alguma coisa que vibra As vibraccedilotildees satildeo levadas atraveacutes do ar na forma de ondas

sonoras que se espalham simultaneamente em todas as direccedilotildees Acabam por atingira membrana do tiacutempano fazendo comque tambeacutem se ponha a vibrar Transformadas entatildeo em impulsos nervosos as vibraccedilotildees satildeo transmitidas ao ceacuterebro que asidentifica como tipos diferentes de sons

Quando produzimos sons a partir de por exemplo uma corda talvez de um violatildeo podemos perceber que esta semovimentaraacute de um lado para o outro e teraacute como X o numero de movimentos por segundo Este movimento teraacute o nomede vibraccedilatildeo e seraacute medido em ciclos por segundos A esta unidade de medida se daacute o nome de Hertz - Hz

Quanto maior for o nuacutemero de vibraccedilotildees por segundo mais agudo seraacute o som Por outro lado quanto menor onuacutemero de vibraccedilotildees por segundo mais grave seraacute o som

Os sons fundamentais vatildeo de aproximadamente 32 Hz a 4 mil HzAcima dos 4 mil Hz se encontram os harmocircnicos agudos que enriquecem o som dos instrumentos satildeo os

harmocircnicos que caracterizam os instrumentos quanto ao timbrePara se obter um som (musical ou natildeo) eacute necessaacuterio a utilizaccedilatildeo de uma fonte sonora ou seja corpo que vibra e

produz som No caso dos instrumentos musicais temos trecircs tipos de fontes sonoras

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- CordaViolatildeo guitarra baixo violino piano etc- Coluna de arSax trompete flauta clarinete etc- MembranaCaixa tamborim pandeiro cuiacuteca etc

No primeiro exemplo (ver figura) as vibraccedilotildees formam um desenho de ondas regulares e constantes Tem-se arepresentaccedilatildeo graacutefica de um som musical isto eacute de uma nota que tem altura definida e distinta no caso a altura de uma notabastante aguda

No segundo exemplo as vibraccedilotildees resultantes da queda de uma bandeja cheia de copos produzem uma misturaconfusa de ondas sonoras expressas num desenho tambeacutem confuso e extremamente irregular Estes sons cuja altura natildeo eacutedefinida satildeo classificados como barulho

Vocecirc talvez pense que o barulho nada tenha a ver com a muacutesica Mas o papel dele eacute na verdade dos maisimportantes Muitos instrumentos de percussatildeo (como caixa clara pratos tamborins) produzem vibraccedilotildees irregulares e seussons devem portanto ser classificados mais como barulho do que notas

Em cada nota ouvida numa sequumlecircncia de sons o seu ceacuterebro iraacute descobrir e identificar trecircs caracteriacutesticasfundamentais

1 altura - em que medida se revelam os sons graves ou agudos2 volume ou intensidade - em que medida se revelam os sons fortes ou fracos3 timbre - a qualidade ou coloraccedilatildeo dos sons

ALTURAEacute a propriedade do som que o toma capaz de ser grave meacutedio ou agudoQuanto mais grave dizemos que o som estaacute mais baixo quanto mais agudo dizemos que estaacute mais altoA altura de uma nota depende da frequumlecircncia ou nuacutemero de vibraccedilotildees por segundo Quanto mais alta a frequumlecircncia

mais aguda seraacute a nota

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Se vocecirc pinccedilar uma corda de violino ou de guitarra poderaacute tanto ver como ouvir suas vibraccedilotildees mesmo que avelocidade seja extrema o que torna o movimento das cordas inteiramente indistinto Para o som da nota que chamamos doacutecentral os movimentos de caacute -para- laacute da corda se produzem numa ordem de 261 por segundo

Em qualquer instrumento cujo som eacute obtido pelas vibraccedilotildees das cordas a frequumlecircncia das vibraccedilotildees - porconseguinte da altura da nota - depende do comprimento da espessura e da tensatildeo (do estiramento) da corda

quanto mais curta a cordaquanto mais fina a cordaquanto mais distendida a corda

Natildeo devemos no entanto fazer confusatildeo com a intensidade do som que como veremos adiante trata-se por forte efraco e natildeo alto e baixo

maior velocidade teratildeo asvibraccedilotildees logo mais agudaseraacute a nota

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O comprimento e o tamanho satildeo igualmente importantes nos instrumentos de sopro onde a obtenccedilatildeo dos sons se fazpor meio das vibraccedilotildees de uma coluna de ar dentro de um tubo oco

quanto mais curta a coluna de ar mais aguda a notaquanto mais longa a coluna de ar mais baixa a nota

Os sons mais baixos que nosso ouvido percebe tecircm uma frequumlecircncia de 16 a 20 vibraccedilotildees por segundo Eacute o caso porexemplo de uma nota do oacutergatildeo extremamente baixa Jaacute o limite agudo do ouvido humano eacute aproximadamente de 20 milvibraccedilotildees por segundo som pouco mais alto do que o guincho de um morcego As baleias podem perceber sons de frequumlecircnciamais baixa do que a captada por noacutes enquanto os cachorros satildeo capazes de ouvir sons de frequumlecircncia demasiadamente altapara nossos ouvidos Haacute assovios de altura tatildeo aguda que nenhum de noacutes iraacute conseguir percebecirc-los Os cachorros no entantoos escutam e podem entender-lhes o significado se satildeo treinados para isso

VOLUME OU INTENSIDADE DO SOMA intensidade do som pode ser forte ou fraca e natildeo alta ou baixa como eacute de costume dizer Portanto quando

tocamos a corda de um violatildeo com bastante forccedila temos um som de intensidade (volume) forte jaacute quando tocamos a mesmacorda de violatildeo com pouca forccedila temos um som de intensidade (volume) mais fraco

Pince uma corda num violino ou guitarra Primeiramente de leve em seguida com mais firmeza As duas notasouvidas teratildeo a mesma altura mas a segunda seraacute mais forte A altura depende da frequumlecircncia das vibraccedilotildees enquanto que ovolume ou a intensidade do som depende da forccedila das vibraccedilotildees chamada de amplitude

Quanto mais forccedila ou energia for aplicada no processamento das vibraccedilotildeesmaior seraacute a amplitude por conseguinte mais forte seraacute o som

Vocecirc algumas vezes iraacute ouvir a palavra decibel para referir a intensidade dos sons em relaccedilatildeo uns aos outros Deacordo com a escala de decibeacuteis o som que mede 1 dB (um soacute decibel) eacute extremamente fraco a sua intensidade eacute apenassuficiente paacutera transpor o nosso limiar de audiccedilatildeo

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O som de um violino quando tocado docemente eacute estimado em cerca de 25dB Jaacute o de uma grande orquestratocando com sua forccedila maacutexima eacute de aproximadamente 100dB

Os sons acima de 120dB estatildeo proacuteximos de nosso limiar de dor Satildeo aqueles como o do estrondo de um aviatildeo quepassa voando baixo por cima de nossas cabeccedilas ou o ronco de uma motocicleta desprovida de silencioso

- TIMBRERepresenta a personalidade do somEsta propriedade nos permite reconhecer sua origem Eacute em funccedilatildeo do timbre que por exemplo podemos identificar

diferentes vozes ou diferentes instrumentos musicais e etc

- DURACcedilAtildeOEsta qualidade do som caracteriza o tempo que o som permanece propagadoDe acordo com o tempo que se prolongam os sons satildeo considerados mais longos ou mais curtos

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CAPIacuteTULO 2

NOTACcedilAtildeO MUSICAL

NOTAS - ESCALA ndash PAUTA ndash CLAVESOs sons musicais satildeo representados graficamente por sinais chamados notas e a agrave escrita da muacutesica daacute-se o nome

de notaccedilatildeo musicalAs notas satildeo 7 doacute-reacute-mi-faacute-soi-laacute-siEssas 7 notas ouvidas sucessivamente formam uma seacuterie de sons agrave qual se daacute o nome de escalaQuando essa seacuterie de sons segue sua ordem natural (doacute-reacute-mi-faacutesol-laacute-si) temos uma escala ascendente seguindo

em ordem inversa (si-laacute-sol-faacute-mi-reacute-doacute) temos uma escala descendente A escala estaraacute completa se for terminada a seacuterieascendente ou iniciada a descendente com a nota doacute

Pauta eacute a reuniatildeo de 5 linhas horizontais paralelas e equumlidistantes formando entre si 4 espaccedilos Eacute nas linhas e nosespaccedilos da pauta que se escrevem as notas

A pauta eacute tambeacutem chamada pentagrama

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As linhas bem como os espaccedilos da pauta satildeo contadas de baixo para cima

A pauta entretanto natildeo eacute suficiente para conter todos os sons musicais que o ouvido pode apreciar Por essemotivo usam-se linhas chamadas suplementares superiores ou suplementares inferiores quando satildeo colocadasrespectivamente acima ou abaixo da pauta Usa-se tambeacutem escrever notas nos espaccedilos formados por essas linhas (espaccedilossuplementares superiores ou inferiores)

As linhas e espaccedilos suplementares contam-se de baixo para cima quando superiores e de cima para baixo quandoinferiores O nuacutemero de linhas ou espaccedilos suplementares natildeo eacute limitado contudo natildeo eacute comum empregar-se mais de 5

Observaccedilatildeo ldquoNotaccedilatildeordquo eacute o modo pelo qual os sons satildeo expressos numa folha de papel Os monges medievais forma osprimeiros a escrever e a indicar em linhas horizontais os sons com suas respectivas alturas Inicialmente usaramuma uacutenica linha Mais tarde outras foram acrescentadas formando uma pauta Possivelmente de quatro cinco seisou ateacute mesmo de oito linhas

O comeccedilo do cacircnome medievalintitulado ldquoSumer is icumen inrdquo

escrito por volta de 1250 As notasem forma de losango estatildeodispostas em seis linhas

Finalmente a pauta de cinco linhas acabou sendo aceita como a que tinha mais utilidade e a que proporcionavaleitura mais faacutecil

As diferentes notas satildeo colocadas tanto sobre as linhas como nos espaccedilos entre elasQuanto mais alta a posiccedilatildeo de uma nota na pauta mais alto seraacute o seu som

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OBSERVE O RESUMO

PAUTA Eacute o conjunto de 5 linhas e 4 espaccedilos onde escrevemos as notas Suas linhas e espaccedilos devem ser contadosde baixo para cima

Clave de Sol Eacute um sinal graacutefico colocado no iniacutecio da pauta comeccedilando na 2a linha que eacute a linha da nota SOLSua funccedilatildeo eacute dar nome agraves notas

AS NOTAS NA PAUTA

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LINHAS SUPLEMENTARESPara se escrever notas mais altas ou mais baixas basta que se acrescentem pequeninas linhas suplementares acima

ou abaixo da pauta O doacute central por exemplo tanto poderaacute ser escrito numa linha suplementar colocada acima daquelas daclave de faacute como numa que esteja sob a pauta da clave de sol Aqui as claves de faacute e sol aparecem unidas (como naspartituras para piano) e ligadas pelo doacute central escrito nas duas Repare poreacutem que esta nota eacute uma soacute no teclado do piano

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OBSERVE AS NOTAS (TECLAS) NUM TECLADO PROFISSIONAL

AS CLAVESSatildeo sete notas ao todo cada uma com seu nome doacute reacute mi faacute sol laacute si Apoacutes o si retoma-se novamente o doacute Os

sons vatildeo gradativamente elevando-se Poreacutem nenhuma das notas possui uma indicaccedilatildeo que precise exatamente a sua alturaPor esse motivo torna-se necessaacuterio o sinal escrito no inicio da pauta denominado clave (em latim chave) A clave fixa aaltura de uma das cinco linhas da pauta dando assim a chave ou orientaccedilatildeo para o reconhecimento das outras linhas eespaccedilos As duas claves mais comumente usadas satildeo as de sol e de faacute

Clave de sol e clave de faacuteA clave de sol eacute usada para indicar a altura das notas que se acham acima do doacute central (3ordm DOacute DA ESCALA

GERAL)Originalmente era representada por um G ornamental letra que designa a nota sol nos paiacuteses anglo-saxocircnicos e

que se transformou numa figura centrada na segunda linha da pauta marcando-a como a linha da nota sol

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O violino a flauta o trompete e todos os instrumentos de sonoridade alta usam a clave de sol

A clave de faacute eacute usada para indicar a altura das notas que se acham abaixo do doacute central Originalmente erarepresentada por um F (letra que designa a nota faacute nos paiacuteses anglo-saxocircnicos)

Os dois pontos colocados acima e abaixo da quarta linha satildeo para marcaacute-la como sendo a da nota faacuteO violoncelo o contrabaixo o fagote e todos os instrumentos de sonoridade baixa usam a clave de faacute

A clave de doacute Haacute ainda uma terceira clave que eacute a de doacute - originalmente representada por um C ornamentado que nospaiacuteses anglo-saxocircnicos corresponde agrave nota doacute Hoje em dia esta clave vem na terceira ou na quarta linha da pauta Em todasessas duas posiccedilotildees ela define a linha do doacute central

O seu uso na eacutepoca atual estaacute praticamente restrito agraves partituras para viola

A clave de doacute na 4ordf linha corresponde agrave parte do tenor Eacute usada para escrever as notas mais altas do violoncelo dofagote e do trombone tenor

DO FASOL

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CAPIacuteTULO 3

FIGURAS DE NOTAS RITMO E COMPASSOS SIMPLES

Notaccedilatildeo Musical RITMOA muacutesica eacute dividida ou medida em compassos construiacutedos com barras ou travessotildees O fim de urna peccedila ou de uma

seccedilatildeo dentro da peccedila eacute indicado por uma barra dupla

Quando ouvimos uma muacutesica batendo o seu compasso talvez com o peacute estamos marcando o nuacutemero de tempos(ou de batidas) por compasso ou seja marcando o tempo ou a meacutetrica da muacutesica

compasso binaacuterio (2 tempos por compasso) UM dois UM dois

compasso ternaacuterio (3 tempos por compasso) UM dois trecircs UM dois trecircs

compasso quaternaacuterio (4 tempos por compasso) UM dois trecircs quatro UM dois trecircs quatro

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VALORES DE NOTASEm cada nota escrita numa pauta de cinco linhas haacute dois tipos de informaccedilatildeo uma a altura eacute dada pela posiccedilatildeo da

nota na linha ou no espaccedilo da pauta A outra o valor isto eacute o tempo de duraccedilatildeo de uma nota em relaccedilatildeo agrave outra eacute dada peloformato e configuraccedilatildeo da nota

Para cada espeacutecie de nota haacute um sinal denominado pausa que indica o tempo de silecircncio de duraccedilatildeo equivalente aoda nota que lhe corresponde No quadro a seguir cada nota ou pausa dura a metade do tempo da que estaacute situadaimediatamente acima

Observe como a semibreve se divide em notas de menor valor

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AS PARTES DA NOTA

DIVISAtildeO PROPORCIONAL DOS VALORESA semibreve eacute a figura de maior duraccedilatildeo e tomada como unidade na divisatildeo proporcional dos valores Assim sendo

a semibreve eacute a uacutenica figura que compreende todas as demaisVejamos

Quando se escrevem duas ou mais colcheias semicolcheias fusas ou semifusas consecutivas usa-se tambeacutemsubstituir os colchetes por barras horizontais ficando as notas unidas em grupos

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GENERALIDADES - COMPASSOS SIMPLES

1 ndash GeneralidadesAs figuras que representam o valor das notas tecircm duraccedilatildeo indeterminada isto eacute natildeo tecircm valor fixoPara que as figuras tenham um valor determinado na duraccedilatildeo do som esse valor eacute previamente convencionado e eacute a

esse espaccedilo de duraccedilatildeo que se daacute o nome de tempoAssim se estabelecermos que a semiacutenima tem a duraccedilatildeo de 1 tempo veremos que a miacutenima valeraacute 2 tempos visto

o seu valor ser o dobro do da semiacutenima a semibreve valeraacute 4 tempos uma vez que precisamos de quatro semiacutenimas paraformar uma semibreve a colcheia valeraacute apenas meio tempo pois satildeo precisas duas colcheias para a formaccedilatildeo de urnasemiacutenima e assim por diante

Os tempos satildeo agrupados em porccedilotildees iguais de dois em dois de trecircs em trecircs ou de quatro em quatro constituindounidades meacutetricas agraves quais se daacute o nome de compasso

Os compassos de 2 tempos satildeo chamados binaacuterios 3 ternaacuterios 4 ldquo ldquo ldquo quaternaacuteriosCada grupo de tempos isto eacute cada compasso eacute separado do seguinte por uma linha vertical travessatildeo

Na terminaccedilatildeo de um trecho musical usa-se colocar dois travessotildees denominados travessatildeo duplo (ou travessatildeodobrado) ou pause final (se a terminaccedilatildeo for absoluta isto eacute na finalizaccedilatildeo do trecho)

Em qualquer compasso a figura que preenche um tempo chama-se unidade de tempo e a figura que preenche umcompasso chama-se unidade de compasso

Os compassos se dividem em duas categorias simples e compostos Satildeo representados por uma fraccedilatildeo ordinaacuteriacolocada no princiacutepio da pauta depois da clave

2 - Compassos simplesCompassos simples satildeo aqueles cuja unidade de tempo eacute representada por uma figura divisiacutevel por 2Tais figuras satildeo chamadas simples isto eacute satildeo figuras natildeo pontuadas

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Vejamos por exemplo um compasso qualquer (binaacuterio ternaacuterio ou quaternaacuterio) no qual a unidade de tempo seja asemiacutenima ou a colcheia A semiacutenima vale 2 colcheias e a colcheia vale 2 semicolcheias logo ambas satildeo divisiacuteveis por 2 porconseguinte os compassos que tiverem a semiacutenima ou a colcheia como unidade de tempo seratildeo compassos simples

Analisemos os termos das fraccedilotildees que representam os compassos simplesO numerador determina o nuacutemero de tempos do compasso Os algarismos que servem para numerador dos

compassos simples satildeo 2 (para o binaacuterio) 3 (para o ternaacuterio) e 4 (para o quaternaacuterio)O denominador indica a figura que representa a unidade de tempoOs nuacutemeros que servem como denominador satildeo os seguintes

Vejamos um compasso indicado da seguinte formaDeduz-se o seguinte -- nesta fraccedilatildeo 24 o numerador (2) indica o nuacutemero de tempos logo trata-se de um compasso

de 2 tempos isto eacute binaacuterio O denominador (4) determina para unidade de tempo a figura que representa a 4ordf parte dasemibreve ou seja a semiacutenima

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QUADRO DE TODOS OS COMPASSOS SIMPLES COM SUAS UNIDADES DE TEMPO E COMPASSO

Compassos Binaacuterio

Compassos Ternaacuterios

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Compassos Quaternaacuterios

Os compassos 44 34 e 22 tambeacutem podem ser assim representados44 C ou 434 ou 322 C (cortado na vertical) ou 2Atualmente se encontra em trechos de autores modernos a indicaccedilatildeo dos compassos da seguinte forma2 sobre a miacutenima representando 22

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Os compassos simples mais usados satildeo aqueles cujas fraccedilotildees tecircm para denominador os nuacutemeros 4 e 8 (24 34 4428 38 e 48)

Os compassos que tecircm para denominador os algarismos 1 e 2 (21 31 41 32 e 42) isto eacute aqueles que tecircm comounidade de compasso figura de maior duraccedilatildeo que a semibreve deixaram de ser usados na muacutesica moderna com exceccedilatildeo docompasso 22 (cuja unidade de compasso eacute igual a semibreve) que eacute ainda usado principalmente em trechos de ritmocaracteriacutestico

Tambeacutem os compassos cujas unidades de tempo forem preenchidas por figuras menores que a colcheia satildeo usadosmenos frequumlentemente Esses compassos satildeo os que tecircm para denominador os nuacutemeros 16 32 e 64Marcar um compasso eacuteindicar a divisatildeo dos tempos por meio de movimentos executados geralmente com as matildeos

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CAPIacuteTULO 4

ACENTO MEacuteTRICOAo ouvimos um trecho musical sentimos com regularidade que certos sons satildeo mais acentuados que outros A essa

acentuaccedilatildeo damos o nome de tempo os quais de acordo com a maior ou menor acentuaccedilatildeo que recebem satildeo denominadosfortes e fracos

Eacute por meio do acento meacutetrico que podemos reconhecer pelo ouvido se o compasso eacute binaacuterio ternaacuterio ouquaternaacuterio

Os tempos dos compassos obedecem a diversas acentuaccedilotildees isto eacute umas fortes outras fracasEssas acentuaccedilotildees constituem o acento meacutetrico por meio do acento meacutetrico que podemos reconhecer pelo ouvido

se o compasso eacute binaacuterio ternaacuterio ou quaternaacuterioO acento meacutetrico obedece agrave seguinte ordem

Compasso binaacuterio1deg tempo ndash forte2deg tempo ndash fraco

Compasso ternaacuterio1deg tempo ndash forte2deg tempo ndash fraco3deg tempo ndash fraco

Compasso quaternaacuterio1ordm tempo ndash forte2ordm tempo ndash fraco3deg tempo ndash fraco4deg tempo ndash fraco

Alguns autores usam para o compasso quaternaacuterio o seguinte acento meacutetrico1ordm tempo ndash forte2deg tempo ndash fraco3deg tempo - meio-forte4deg tempo - fraco

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Dando-se entretanto no compasso quaternaacuterio uma acentuaccedilatildeo ao 3deg tempo mais forte que agrave do 2deg e agrave do 4degtempo temo-lo subdivididos em 2 compassos de 2 tempos cada isto eacute dois compassos binaacuterio desaparecendo assim ocompasso quaternaacuterio Consideramos portanto defeituosa a acentuaccedilatildeo meio-forte do 3deg tempo do compasso quaternaacuteriouma vez que tal acentuaccedilatildeo desvirtua o caraacuteter do compasso de 4 tempos Este como os demais compassos tem a sua feiccedilatildeoproacutepria bastando para isto dar acentuaccedilatildeo forte ao 1deg tempo e fraca aos tempos subsequumlentesExemplo

TEMPOS FORTES E FRACOSTempos satildeo partes em que o compasso se divideOs tempos tambeacutem se dividem em partes fortes e fracasComo vimos nos compassos simples os tempos se dividem em duas partes sendo forte a primeira e fraca a segunda

(em qualquer tempo)Nos compassos compostos o acento meacutetrico dos tempos eacute idecircntico ao dos compassos simplesAs acentuaccedilotildees das partes dos tempos satildeo primeira forte segunda parte fraca e terceira parte fracaOs tempos tambeacutem se dividem em partes fortes e fracasComo vimos nos compassos simples os tempos se dividem em 2 partes sendo forte a 1a parte e fraca a 2a parte

(em qualquer tempo)

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A marcaccedilatildeo dos compassos compostos eacute idecircntica a dos compassos simples entretanto em andamentos lentos podeser facilitada marcando-se tambeacutem os terccedilos dos tempos

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CAPIacuteTULO 5

LIGADURA - PONTO DE AUMENTO

1 ndash LigaduraA ligadura eacute uma linha curva que se estiver colocada sobre ou sob dois ou mais sons da mesma entonaccedilatildeo indica que

os sons ligados natildeo devem ser repetidos isto eacute somente o primeiro som eacute emitido os demais seratildeo apenas uma prolongaccedilatildeodo primeiro Esta prolongaccedilatildeo teraacute a duraccedilatildeo das figuras ligadas

Quando a ligadura vem colocada por cima ou por baixo de sons de entoaccedilatildeo diferente seu efeito eacute meramente deexecuccedilatildeo instrumental ou vocal determinando que entre o primeiro e os uacuteltimos sons compreendidos dentro da ligadura natildeodeve haver interrupccedilatildeo e sim que tais sons se executam ligadamente (conforme demonstraccedilatildeo do professor)

2 ndash Ponto de aumentoUm ponto colocado agrave direita de uma figura serve para aumentar a metade do valor de duraccedilatildeo dessa figura por isso

chamado ponto de aumento

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No exemplo abaixo a miacutenima pontuada esta valendo uma miacutenima e mais uma semiacutenima (a semiacutenima equivale agravemetade da miacutenima) uma vez que o ponto serve para aumentar a metade do valor da figura Logo

As pausas tambeacutem podem ser pontuadas

Dois ou mais pontos podem ser colocados agrave direita da nota ou da pausa tendo neste caso o primeiro O valor jaacuteconhecido e os seguintes cada qual a metade do valor do antecedente

Os valores positivos pontuados podem ser substituiacutedos por valores ligados como vimos nos exemplos precedentes

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CAPIacuteTULO 6

SIacuteNCOPE - CONTRATEMPO

1 - SiacutencopeSe uma nota executada em tempo fraco ou parte fraca de tempo for prolongada ao tempo forte ou parte forte do

tempo seguinte teremos o que se chama ndash sincope

A siacutencope produz efeito de deslocamento das acentuaccedilotildees naturaisA siacutencope pode ser regular ou irregularEacute regular quando as notas que a formam tecircm a mesma duraccedilatildeo

Notas em tempo fracoprolongadas ao tempo

forte seguinte

Notas em parte fraca detempo prolongadas agrave parte

forte do tempo seguinte

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Satildeo muito frequumlentes as siacutencopes regulares de quarto de tempo

Eacute irregular quando as notas que a compotildeem natildeo tecircm a mesma duraccedilatildeo

2 - ContratempoDaacute-se o nome de contratempo agraves notas executadas em tempo fraco ou em parte fraca de tempo ficando os tempos

fortes ou partes fortes dos tempos preenchidos por pausasO contratempo tambeacutem provoca efeito de deslocamento da acentuaccedilatildeo natural porquanto o tempo sobre o qual

deveria recair a acentuaccedilatildeo eacute preenchido por silecircncio - pausa

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CAPIacuteTULO 7

LEGATO E STACCATO - FERMATA - LINHA DE 8a

1 ndash FermataA fermata eacute uma linha curva com um ponto dentro que colocado acima ou abaixo de uma nota indica que se deve

prolongar a duraccedilatildeo do som mais tempo do que o seu valor estabelecido

A fermata natildeo tem duraccedilatildeo determinada isto eacute varia de acordo com a interpretaccedilatildeo do executantePode-se ainda acrescentar sobre a fermata as palavras longa ou curta para indicar uma sustentaccedilatildeo maior ou menor

do som

Tambeacutem se pode colocar a fermata sobre uma pausaNeste caso a fermata passa a chamar-se suspensatildeo

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2 ndash Linha de 8ordfA linha de 8a (8a - - - - - - -) quando colocada acima ou abaixo de uma nota ou de um grupo de notas indica que as

mesmas devem ser executadas respectivamente uma 8a acima ou abaixo

A linha de 8ordf tem por fim facilitar a leitura das notas escritas em linhas e espaccedilos suplementares sendo por essemotivo empregada com frequumlecircncia

3 ndash ldquoLegatordquo e ldquoStaccatordquoO legato e o staccato satildeo sinais que determinam a articulaccedilatildeo dos sonsArticulaccedilatildeo eacute o modo de atacar os sonsO legato palavra italiana cuja significaccedilatildeo eacute - ligado determina que se passe de uma nota a outra (tocando ou

cantando) sem interrupccedilatildeo de somEacute indicado por dois modos

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a) pela ligadura - linha curva sobre ou sob as notas que desejamos ligar

b) pela palavra legato - escrita acima ou abaixo do grupo de notas que desejamos ligar

O ldquostaccatordquo (palavra italiano significando - destacado) indica que os sons devem ser articulados de modo secodestacado

Haacute trecircs formas de representar o staccato tendo cada uma execuccedilatildeo diferente Vejamos

a) um posto colocado acima das notas Eacute chamado staccato simples

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b) Combinado o ponto e a ligadura Eacute chamado meio-staccato ou sataccattordquo brando

c) Um ponto alongado colocado acima das notasEste ldquostaccatordquo eacute chamado grande ldquostaccatordquo ou ldquostaccatordquo seco ou martelado

O ponto que indica o staccato eacute chamado ponto de diminuiccedilatildeo pois na execuccedilatildeo faz com que a nota perca partedo seu valor Conveacutem notar que a parte que o staccato tira do valor da nota natildeo eacute valor rigorosamente matemaacutetico Assimsendo a execuccedilatildeo indicada eacute apenas uma execuccedilatildeo aproximada

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CAPIacuteTULO 8

TONS E SEMITONS NATURAIS(ESCALA DIATOcircNICA DE DOacute - SUA FORMACcedilAtildeO E SEUS GRAUS)

Semitom eacute menor intervalo entre dois sons que o ouvido pode perceber e classificarTom eacute o intervalo entre dois sons formado por dois semitonsEscala diatocircnica eacute a sucessatildeo de 8 sons conjuntos guardando de um para outro intervalo de tom ou de semitom

Escala (do latim scala significando escada) eacute uma seacuterie de sons conjuntos que se sucedem em direccedilatildeo ascendente oudescendente Na muacutesica ocidental a distacircncia entre os dois sons conjuntos que guardam entre si o menor intervalo eacuteconhecida como semitom

No teclado do piano qualquer nota guarda o intervalo de um semitom com relaccedilatildeo agravequela que lhe fica maisproacutexima

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Os tons e semitons contidos na escala diatocircnica satildeo chamados naturaisUm intervalo de dois semitons (por exemplo de doacute a reacute ou de reacute a mi) equivale a um tom Jaacute o de mi a faacute eacute apenas

de um semitomA cada uma das notas da escala de acordo com a sua funccedilatildeo na proacutepria escala daacute-se o nome de grauTem a escala diatocircnica por conseguinte 8 graus sendo o VIII grau a repeticcedilatildeo do IOs graus da escala satildeo assim denominados

I grau - tocircnicaII grau ndash super tocircnicaIII grau - medianteIV grau - subdominanteV grau - dominanteVI grau ndash superdominanteVII grau ndash sensiacutevelVIII grau -tocircnica

A escala diatocircnica eacute formada por 5 tons e 2 semitons Os semitons satildeo encontradosDo III grau para o IV Do VII para o VIII

Os tons satildeo encontradosDo I grau para o IIDo II grau para o IIDo IV grau para VDo V grau para o VIDo VI grau para o VII

O I grau (tocircnica) eacute o mais importante da escalaTodos os demais graus tecircm com ele afinidade absolutaEacute o I grau (tocircnica) que daacute seu nome agrave escala e que a termina de um modo completo sem nada deixar a desejarVejamos a seguinte escala

Temos aiacute a nota Doacute em funccedilatildeo de tocircnica Esta escala eacute portanto chamada escala de Doacute ou ainda escala no tom deDoacute

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Depois da tocircnica as notas de maior importacircncia satildeo a dominante (V grau) e a subdominante (IV grau)

Os graus da escala tambeacutem se classificam como conjuntos ou disjuntos

Satildeo conjuntas quando sucessivos de acordo com sua relaccedilatildeo de altura

Satildeo disjuntos quando entre ambos vem intercalado um ou mais graus

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ALTERACcedilOtildeESDaacute-se o nome de alteraccedilatildeo ao sinal que se coloca antes de uma nota e serve para modificar-lhe a entoaccedilatildeoA entoaccedilatildeo das notas conforme o sinal de alteraccedilatildeo poderaacute ser elevada ou abaixada um ou dois semitonsSatildeo estes os sinais de alteraccedilatildeo

sustenido

bemol

dobrado-sustenido

dobrado-bemol e

bequadrado

Nas notas naturais a funccedilatildeo das alteraccedilotildees eacute a seguinte

eleva um semitom

eleva dois semitons

abaixa um semitom

abaixa dois semitons

anula o efeito de qualquer um dos sinais precedentes fazendo a nota voltar agrave entoaccedilatildeo natural O bequadro podeelevar ou abaixar a entoaccedilatildeo das notas

Nas notas sustenizadas o dobrado-sustenido eleva um semitom e nas notas bemolizadas o dobrado-bemol abaixaum semitom

O sustenido ( ) e o dobrado-sustenido ( ) satildeo consideradas alteraccedilotildees ascendentes

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O bemol e o dobrado-bemol satildeo considerados alteraccedilotildees descendentes

O bequadro eacute uma alteraccedilatildeo de duplo efeitoOra eacute ascendente quando modifica a entoaccedilatildeo de uma nota bemolizada ora eacute descendente quando modifica a

entoaccedilatildeo de uma nota sustenizada

Observaccedilatildeo se o sustenido modificar a entoaccedilatildeo de uma nota alterada por um dobrado-sustenido teraacute efeitodescendente

Se o bemol modificar a entoaccedilatildeo de uma nota alterada por um dobrado-bemol teraacute efeito ascendente

A uacutenica alteraccedilatildeo cujo efeito eacute sempre ascendente eacute o dobrado-sustenido Tambeacutem a uacutenica alteraccedilatildeo cujo efeito eacutesempre descendente eacute o dobrado-bemol

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Repare que as notas pretas do teclado tecircm os mesmos nomes que os de suas vizinhas brancas e que cada uma delaspossui dois nomes Se a nota preta entre o doacute e o reacute for vista como um semitom mais alto do que o doacute ela seraacute dita doacutesustenido (doacute ) mas se for considerada um semitom mais baixo do que o reacute iraacute denominar-se reacute bemol (reacute b) Estes sinaissatildeo chamados acidentes e satildeo escritos antes das notas que eles alteram

A Escala maiorA maioria das muacutesicas ouvidas atualmente estaacute baseada em dois tipos de escala maior e menorEstudaremos primeiramente a escala Maior

Toque ou ouccedila as notas brancas que vatildeo do doacute central ao doacute uma oitava acima Esta eacute uma escala maior e porquecomeccedila e termina com a nota doacute eacute chamada escala de doacute maior Todas as outras escalas maiores satildeo igualmente formadas detons e semitons - indicados na figura pelas letras T e S - que estatildeo arrumadas de acordo com um esquema extremamentepreciso

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Repare que nas escalas maiores os semitons sempre aparecem entre as terceira e quarta notas e as seacutetima e oitava A escalamaior pode comeccedilar em qualquer nota mas este esquema de tons e semitons jamais se altera A de doacute maior entretanto eacute auacutenica escala que pode ser tocada exclusivamente nas notas brancas do teclado Na construccedilatildeo das outras eacute necessaacuterio que seuse as notas pretas e que estas sejam devidamente designadas

Por exemplo na escala de faacute maior para que haja o intervalo de um semitom entre as terceira e quarta notas haacute quese empregar o si bemol Na escala de sol maior para que seja formado o intervalo de um tom entre a sexta e a seacutetima notas eacutepreciso que se use o faacute sustenido

Como se designam as notas de uma escala os graus (as notas consideradas individualmente) de uma escala satildeodesignados por nuacutemeros ou por nomes teacutecnicos

Os semitons e os tons naturais satildeo os que pertencem a escala de doacute maior que eacute chamada de escala natural

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CAPIacuteTULO 9

SINAIS SIacuteMBOLOS E ABREVIACcedilOtildeES

Aleacutem de usar palavras e expressotildees italianas os compositores tambeacutem se valem de certos sinais e siacutembolos - umaespeacutecie de taquigrafia musical para indicar o mais sucintamente possiacutevel a maneira de se executar a muacutesica Alguns dessessinais e siacutembolos mais usuais acham-se aqui explicados

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