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TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL EXECUTIVA Prof. Luis Fernando Alves www.professorluisfernando.jur.adv.br 1

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TEORIA GERAL DA

EXECUÇÃO – DA TUTELA

JURISDICIONAL EXECUTIVA

Prof. Luis Fernando Alves

www.professorluisfernando.jur.adv.br

1

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1. DA TUTELA JURISDICIONAL

EXECUTIVA

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1.1. O QUE É EXECUÇÃO

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Função típica do Poder Judiciário (jurisdicional) ->

solucionar conflito de interesses em regra.

Há vários tipos de conflitos e a solução do Poder

Judiciário vai depender da pretensão do Autor (Pedidos:

Meramente Declaratório, Constitutivo e Condenatório).

Há conflitos que:

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1.1. O QUE É EXECUÇÃO

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Conflitos -> advêm da incerteza quanto à existência ou não dedeterminada relação jurídica -> sentença de naturezadeclaratória (se resolvem pelo simples pronunciamento judicial,sem necessidade, para a satisfação do titular do direito, dealgum tipo de comportamento do obrigado) – Art. 4 CPC.

Ex:Investigação de paternidade. “A” pesa que “B” é seu pai,mas este não reconhece essa qualidade. “A” então propõe emface de “B” ação de investigação de paternidade, para que adúvida seja sanada. O juiz colhe as provas e, ao final, proferesentença que, transitada em julgado, terá o condão de afastar adúvida, sem a necessidade de qualquer conduta oucomportamento do réu. O efeito almejado advém da sentençaem si.

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1.1. O QUE É EXECUÇÃO

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Conflitos -> solução depende da constituição ou

desconstituição de uma relação jurídica -> sentença

de natureza constitutiva ou desconstitutiva.

Ex: Rescisão Contratual. “A” celebra com “B” um

contrato, porque foi coagido, bastará que postule

judicialmente a sua anulação. Se o juiz acolher a

pretensão, em definitivo, o contrato estará anulado,

independente de qualquer conduta do réu. A

satisfação advém do pronunciamento judicial.

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1.1. O QUE É EXECUÇÃO

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Conflitos -> solução depende de um comportamento,de uma ação ou omissão do réu. O titular da obrigaçãosó se satisfará se o réu cumprir uma prestação, defazer, não fazer, entregar coisa ou pagar -> sentença denatureza condenatória -> GERA A EXECUÇÃO.

E SE O DEVEDOR DA OBRIGAÇÃO NÃO A CUMPRE,O QUE FAZER?

O Estado, por meio da lei, mune o Poder Judiciário depoderes para impor o cumprimento, ainda que contra avontade do devedor, no intuito de satisfazer o credor.Não fosse assim o litígio só seria solucionado por meiode autotutela, o que não se admite no Estado Moderno.

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1.1. O QUE É EXECUÇÃO

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O QUE LEGITIMA O ESTADO-JUIZ A DESENCADEARA SANÇÃO EXECUTIVA FAZENDO USO DOSMECANISMOS PREVISTOS EM LEI PARA ASATISFAÇÃO DA OBRIGAÇÃO?

É preciso que a obrigação esteja dotada de um grau deCERTEZA, afinal isso implicará que o Estado tomemedidas que podem ser drásticas contra o devedor.

O QUE CONSUBSTANCIA O GRAU DE CERTEZA?

O grau de certeza é dado pelo título executivo, quepode ser:

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1.1. O QUE É EXECUÇÃO

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Extrajudicial: Produzido sem a intervenção doJudiciário, mas a lei reconhece o grau de certeza.ART. 585 CPC

Judicial: Produzido com a intervenção doJudiciário ou equivalente jurisdicional (Arbitragem).No caso de titulo executivo judicial o titular daobrigação deve ingressar em juízo com umprocesso de conhecimento para que o Judiciárioreconheça-lhe o direito de fazer cumprir aobrigação. ART. 475N.

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1.2. DISTINÇÃO ENTRE O PROCESSO (OU

FASE) DE CONHECIMENTO DO PROCESSO

(OU FASE) DE EXECUÇÃO9

Finalidades:

Processo de Conhecimento: se busca uma

sentença, em que o juiz diga o direito, sendo que o

juiz resolve a dúvida, a incerteza, a respeito da

pretensão do autor (meramente declaratória;

constitutiva; condenatória)

Processo de Execução: se busca uma solução

concreta para satisfação de um direito,

consubstanciado em um titulo executivo.

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1.3. PANORAMA DAS AÇÕES EXECUTIVAS NO

CPC APÓS REFORMAS LEGISLATIVAS (Leis

8.952/94; 10.144/02; 11.232/05 e 11.382/06)10

Ações de execução de títulos extrajudiciais(CPC, art. 585), cujo procedimento encontra-sedisciplinado no Livro II do CPC;

Ações de execução de sentenças e de outrostítulos judiciais, que se processam, nos termos doart. 475-J ss. do CPC, e que têm por fundamentonão só as sentenças proferidas em ações deconhecimento condenatórias, mas também outrostítulos considerados pela norma jurídica comojudiciais (CPC, art. 475-N); e

Ações de execução em que a própria sentença éexecutiva. Ações de obrigação de fazer ou nãofazer (Art. 461 CPC) e Entrega de Coisa (Art. 461-A).

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1.3. PANORAMA DAS AÇÕES EXECUTIVAS NO

CPC APÓS REFORMAS LEGISLATIVAS (Leis

8.952/94; 10.144/02; 11.232/05 e 11.382/06)11

ATENÇÃO:

Livro II aplica-se em regra ao processo de

execução por titulo extrajudicial, além da

execução por titulo judicial contra a fazenda

pública. Trata-se ainda de execução especial de

alimentos.

Livro II se aplica supletivamente ao cumprimento

de sentença se não forem incompatíveis, nem

contrariarem algum dos dispositivos acima.

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1.4. O QUE É O SINCRETISMO

PROCESSUAL?12

Antes da Lei 11.232/05, o processo deconhecimento de cunho condenatório e o deexecução que lhe seguia eram considerados doisprocessos distintos, com funções diferentes. Issoexigia que o devedor fosse citado para o processode conhecimento e depois para o de execução.Após a lei, os dois processos passaram a constituirduas fases distintas de um processo único. Agoratemos fase cognitiva e fase executiva (cumprimentode sentença). BASTA QUE O DEVEDOR SEJACITADO UMA ÚNICA VEZ, NA FASE INICIAL DOPROCESSO.

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1.5. HÁ EXCEÇÕES AO PROCESSO

SINCRÉTICO?

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Sim, pode-se dizer que:

São processos autônomos: Execuçõesfundadas em titulo executivo extrajudiciais, e asexecuções fundadas em titulo judicial, quando desentença arbitral, penal condenatória, estrangeiraou contra a Fazenda Pública.

São Sincréticos: as execuções fundadas emtitulo judicial, com as seguintes exceções:sentença arbitral; penal condenatória,estrangeira ou contra a fazenda pública

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1.6. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

DAS AÇÕES EXECUTIVAS

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VISÃO GERAL NA TGP

Positivos

Existência

Desenvolvimento

Demanda

Jurisdição

Citação

Petição Apta

Citação Válida

Capacidade postulatória

Legitimidade processual

Competência e imparcialidade

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1.6. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

DAS AÇÕES EXECUTIVAS15

VISÃO GERAL NA TGP

Negativos

Perempção

Litispendência

Coisa Julgada

Compromisso arbitral

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1.6. PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS

DAS AÇÕES EXECUTIVAS

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Além disso, a execução forçada exige alguns

pressupostos e condições específicas. São duas

para o processo de execução:

1. O formal: que é a existência do título executivo, pelo

qual se extrai o atestado de certeza e liquidez da

dívida ( art. 586 CPC)

2. O prático: que é a atitude ilícita do devedor

consistente no inadimplemento da obrigação, que

comprova a exigibilidade da dívida ( art. 580, CPC)

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1.7. CONDIÇÕES DA AÇÃO

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As condições da ação, prevalecem as mesmas

condições genéricas de todas as ações:

1. Possibilidade jurídica do pedido

2. Legitimidade de partes ( “ad causam”)

3. Interesse processual

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2. REQUISITOS NECESSÁRIOS

PARA A EXECUÇÃO

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2.1. INADIMPLEMENTO DO DEVEDOR

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Haverá inadimplemento quando o devedornão cumpre a obrigação, no tempo, local eforma convencionados.

Art. 581 do CPC: “O credor não poderá iniciara execução, ou nela prosseguir, se o devedorcumprir a obrigação; mas poderá recusar orecebimento da prestação, estabelecida notítulo executivo, se ela não corresponder aodireito ou à obrigação; caso em que requereráao juiz da execução, ressalvado ao devedor odireito de embarga la”.

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2.2. TÍTULO EXECUTIVO

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Natureza Jurídica para a maior parte da

doutrina: Ato e documento,

simultaneamente.

Ato e documento: Vê o título como

autônomo, já que basta para que desencadeie

a execução; mas não afasta a possibilidade

de que, no seu curso, o devedor consiga

eximir se comprovando que, apesar do título

ou crédito não existe ou está extinto.

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2.2. TÍTULO EXECUTIVO

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Requisitos: Art. 586 do CPC.

1. Certeza: É preciso que o título aponte, emabstrato, a existência do débito e indique ocredor e devedor, e, ainda a obrigação ( estadeve ao menos ser identificável).

2. Liquidez: Diz respeito à quantidade de bensque constitui o objeto da obrigação dodevedor.

3. Exigibilidade: Faltará interesse ao credor seo título ainda não estiver vencido, ou se acondição suspensiva não tiver se verificado.

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2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS –

ART. 475-N DO CPC22

I– Sentença proferida no processo civil que

reconheça a existência de obrigação de

fazer, não fazer,entregar coisa ou pagar

quantia;

E necessário o Trânsito em julgado?

Serão cumpridas nos mesmos processos em

que foram formadas.

Não há mais menção a condenação. Mas o

título executivo judicial por excelência é a

sentença condenatória.

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2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS –

ART. 475-N DO CPC23

II – Sentença penal condenatória transitadaem julgado.

Efeito civil da sentença penal condenatória;

E necessário o Trânsito em julgado? (Principioda Presunção de Inocência );

Liquidação por artigos;

Só e titulo contra o réu (condenado);

Pólo ativo: vitima - herdeiros e sucessores

Processo autônomo com a citação do devedor– artigo 475 – N, parágrafo único, do CPC.

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2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS –

ART. 475-N DO CPC24

Art. 110 CPC permite ao juiz que suspenda o

curso do processo cível enquanto o fato

estiver sendo apurado na esfera criminal.

O que ocorre se, no curso da ação de

indenização civil, sobrevém sentença penal

condenatória?

E se a sentença no processo criminal for

absolutória?

Sentença penal e civil conflitantes

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2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS –

ART. 475-N DO CPC25

III– Sentença homologatória de conciliação outransação, AINDA QUE INCLUA MATERIA NÃOPOSTA EM JUIZO.

Sentenças de mérito – artigo 269, III do CPC –juiz analisa apenas aspectos formais;

IV– Sentença arbitral.

Titulo não criado por juiz. Não há necessidadede homologação pelo Poder Judiciário;

Lei n. 9.307/96 (artigo 23 e seguintes);

Processo autônomo com a citação do devedor –artigo 475 – N, parágrafo único, do CPC.

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2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS –

ART. 475-N DO CPC26

V - Acordo extrajudicial de qualquer natureza,homologado judicialmente.

(Artigo 57 da Lei n. 9.099/95).

VI– Sentença estrangeira, homologada pelo STJ.

Artigo 483/484 do CPC (Resolução n. 9/2005 doSTJ);

Execução perante a Justiça Federal – art. 109,X, da CF;

Processo autônomo com a citação do devedor –art. 475 – N, parágrafo único, do CPC;

Artigo 105, I, “i”, da CF.

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2.2.1 TÍTULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS –

ART. 475-N DO CPC27

VII - Formal/Certidao de partilha (artigo 1.027

do CPC).

Vale exclusivamente: inventariante,

herdeiros e sucessores.

VIII - Outros títulos executivos judiciais.

Ex: decisão que concede tutela antecipada de

cunho condenatório ( pagar, fazer ou não fazer

e entrega der coisa)

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)28

São aqueles que, pela forma com que são

constituídos e pelas garantias de que se

revestem, gozam, segundo o legislador, de um

grau de certeza tal que permite a instauração

da execução, sem prévia fase cognitiva.

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)29

I– Letra de cambio, nota promissória, duplicata,debênture e o cheque.

Títulos de créditos que possuem forçaexecutiva;

Regulados por lei especificas.

Duplicata: Lei n. 5.474/68. Depende de aceite.Se não aceita para ter força executiva: 1. deveser protestada; 2. acompanhada do comprovantede entrega do produto/efetiva prestação deserviço 3. não poderá ter recusa de aceite – art.15;

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)30

I– Letra de cambio, nota promissória, duplicata,debênture e o cheque.

Títulos de créditos que possuem forçaexecutiva;

Regulados por lei especificas.

Duplicata: Lei n. 5.474/68. Depende de aceite.Se não aceita para ter força executiva: 1. deveser protestada; 2. acompanhada do comprovantede entrega do produto/efetiva prestação deserviço 3. não poderá ter recusa de aceite – art.15;

Page 31: TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL … · contrato, porque foi coagido, bastará que postule judicialmente a sua anulação. Se o juiz acolher a pretensão, em definitivo,

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)31

Letra de cambio: Lei Uniforme de Genebra

(Decreto 57.663/66 – art. 43 e seguintes). Não

depende de aceite;

Nota promissória: Lei Uniforme de Genebra

–arts. 75 a 78;

Cheque: Lei n. 7.357/85 – art. 47, inciso I;

Debênture: Arts. 52 a 74 da Lei n. 6.404/76.

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)32

II – Escritura publica ou outro documento

público assinado pelo devedor, o

documento particular assinado pelo

devedor e duas testemunhas, o

instrumento de transação referendado pelo

Ministério Publico, pela Defensoria Publica ou

pelos advogados dos transatores.

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)33

III - Os contratos garantidos por hipoteca,

penhor, anticrese e caução, bem como o

seguro de vida.

Direitos reais de garantia;

Contrato de seguro de vida – apólice e prova

do óbito.

Page 34: TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL … · contrato, porque foi coagido, bastará que postule judicialmente a sua anulação. Se o juiz acolher a pretensão, em definitivo,

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)34

IV– Credito decorrente de foro e laudêmio.

Relacionados a enfiteuse (CC/1916, art.

678 e seguintes) – proprietário faculta o uso

do domínio útil de um bem imóvel mediante o

pagamento de um valor anual;

CC/02, art. 2.038 – proibiu a constituição de

enfiteuses, mas reconheceu as já existentes;

Page 35: TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO DA TUTELA JURISDICIONAL … · contrato, porque foi coagido, bastará que postule judicialmente a sua anulação. Se o juiz acolher a pretensão, em definitivo,

2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)35

FORO – verba anual que o enfiteuta paga

ao proprietário do imóvel como contrapartida

pelo uso do domínio útil do imóvel;

LAUDÊMIO – quantia paga ao senhorio

direto toda vez que o domínio útil for

transferido por venda ou dação em pagamento

(CC/1916, art. 686)

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)36

V – Crédito, documentalmente comprovado,

decorrente de aluguel de imóvel, bem como

de encargos acessórios, tais como taxas e

despesas de condomínio.

No contrato não ha necessidade da assinatura

de duas testemunhas;

Despesas acessórias: inclui água e esgoto,

energia elétrica e IPTU. ( STJ/5ª turma)

“despesas de condomínio” – titulo do

condômino locador X locatário.

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)37

VI - Credito de auxiliares da justiça

(serventuário, perito, interprete, tradutor),

quando as custas, emolumentos ou

honorários forem aprovados por decisão

judicial.

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)38

VII – Certidão de divida ativa da Fazenda

Publica da União, Estados, Distrito Federal e

dos Municípios, correspondentes aos créditos

inscritos na forma da lei.

execução regulada pela Lei n. 6.830/80.

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2.2.2 TÍTULOS EXECUTIVOS

EXTRAJUDICIAIS (ART. 585 CPC)39

VIII– Todos os demais títulos a que a lei

atribua forca executiva.

Lei federal – art. 22, I, da CF;

Cédula de Credito Rural , Cédula de Credito

Industrial, Cédula de Credito Comercial,

Cédula de Credito Bancário, Decisões do

Tribunal de Contas da União, Contrato de

honorários advocatícios, etc.

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3. LEGITIMAÇÃO – AS PARTES NA

EXECUÇÃO

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3. LEGITIMAÇÃO – AS PARTES NA

EXECUÇÃO

41

Das partes na execução – as partes ativas e passivas

são tradicionalmente no processo de execução de

exequente ( credor) e executado ( devedor).

O CPC, no entanto, prefere denominá-las simplesmente

de credor e devedor, o que, todavia, não importa banir

da linguagem doutrinária e forense as expressões

tradicionais de exequente e executado, mesmo porque

mais significativas do que aquelas eleitas pela

nomenclatura legal.

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3.1. SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

42

A) Legitimação ativa originária do credor: No art. 566, I

do CPC, tem-se a legitimação originária, ou seja, aquele

que decorre do conteúdo do próprio título executivo e

compreende o credor a quem a lei confere titulo

executivo.

Assim, no título judicial, credor ou exequente será o

vencedor da causa, como tal apontado na sentença.

E, no título extrajudicial, será a pessoa em favor de

quem contraiu a obrigação.

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3.1. SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

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B) Legitimação extraordinária do Ministério Público

(art. 566, II do CPC) para os casos prescritos em lei.

Atente se que o MP ora funciona como órgão agente

(art. 81 do CPC), ora como órgão interveniente ( art.

82 do CPC). No processo executivo, sua legitimação

ativa ocorrerá em regra nas hipóteses em que figure

como órgão agente ( art. 81 do CPC).

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3.1. SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

44

C) Legitimação derivada( superveniente): o art. 567 doCPC completa o elenco das pessoas legitimadasativamente para a execução forçada, arrolando oscasos em que estranhos à formação do título executivotornaram se, posteriormente, sucessores do credor,assumindo, por isso, a posição que lhe competia novinculo obrigacional primitivo. Assim, a legitimaçãoderivada ou superveniente compreende:

C.1) O espólio, os herdeiros ou os sucessores docredor, sempre que, por morte deste lhes fortransmitido o direito resultante do título executivo;

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3.1. SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

45

É possível as situações massa falida, condomínio e

herança jacente ou vacante promover a execução?

Sim, apesar da omissão, a doutrina entende pela

possibilidade. A massa falida será representada pelo

Administrador Judicial ( CPC, art. 12, III c/c Lei

11.101/2005); o condomínio pelo administrador ou

sindico ( CPC, art. 12, IX); e a herança jacente ou

vacante pelo curador ( CPC, art. 12, IV).

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3.1. SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

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É possível as situações massa falida, condomínio e

herança jacente ou vacante promover a execução?

Sim, apesar da omissão, a doutrina entende pela

possibilidade. A massa falida será representada pelo

Administrador Judicial ( CPC, art. 12, III c/c Lei

11.101/2005); o condomínio pelo administrador ou

sindico ( CPC, art. 12, IX); e a herança jacente ou

vacante pelo curador ( CPC, art. 12, IV).

C.2) O cessionário quando o direito resultante do titulo

executivo lhe foi transferido por ato entre vivos:

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3.1. SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

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Considera se cessionário o beneficiário da transferência

negocial de um crédito por ato inter vivos, oneroso ou

gratuito, na forma do art. 286 do CC.

Feita antes de haver a lide executiva, ela transfere

desde logo ao cessionário a legitimidade ativa. Se a

cessão é feita após a citação no processo de execução

por titulo executivo extrajudicial, o cessionário assumirá

o pólo ativo, não havendo necessidade de obedecer o

disposto no art. 42,§1º do CPC ( posição do STF RE

97.4610)

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3.1. SUJEITOS ATIVOS – Art. 566 e 567

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C.3) O subrogado, nos casos de subrogação legal

ou convencional: Diz se credor subrogado aquele que

paga a divida de outrem, assumindo todos os direitos,

ações, privilégios e garantias do primitivo credor contra

o devedor principal e seus fiadores ( art. 349, CC).

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3.2. SUJEITOS PASSIVOS – ART. 568 DO

CPC49

Sujeitos passivos: Dentro da sistemática do art. 568 do CPC, alegitimação passiva pode ser dividida em: devedoresoriginários; sucessores do devedor originário; e os apenasresponsáveis.

A) Devedor originário: o devedor, reconhecido como tal notítulo executivo. Caso trate de cumprimento de sentença, oexecutado será o vencido no processo de conhecimento e suaidentificação é feita pela simples leitura da sentença.

OBS: Convém lembrar que não apenas o réu pode ser vencido,pois também o autor, quando decai de seu pedido, écondenado aos efeitos da sucumbência ( custas e honoráriosadvocatícios), assumindo a posição de vencido e sujeitando seà execução forçada.

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3.2. SUJEITOS PASSIVOS – ART. 568 DO

CPC50

Necessário diferenciar o devedor ( quem deve) e o

responsável ( quem tem apenas a responsabilidade).

Lembrando que a relação obrigacional é composta pela

dívida ( caráter pessoal), e pela responsabilidade (caráter de

sujeição patrimonial).

Normalmente esses dois elementos estão presentes no pólo

passivo da atividade executiva ( quando o executado é o

próprio devedor), mas poderá ocorrer de apenas o segundo

elemento se fazer presente ( quando o executado for apenas

um garante e não aquele que contraiu a dívida)

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3.2. SUJEITOS PASSIVOS – ART. 568 DO

CPC51

B) Sucessores do devedor originário:

b.1) o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor:Enquanto não ultimar a partilha, , o espólio deverá serdemandado.

Feita a partilha, cada herdeiro responderá na proporção daparte que lhe coube na herança ( CPC, art. 597).

b.2) o novo devedor, que assumiu, com o consentimentodo credor, a obrigação resultante do título executivo.

OBS: Tratase de hipótese de cessão de débito, o que noordenamento brasileiro só é aceito com expressa anuência docredor.

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3.2. SUJEITOS PASSIVOS – ART. 568 DO

CPC

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C) Apenas responsáveis: Nessas hipóteses, figuram no

pólo passivo da execução não os devedores originários,

mas as pessoas que se responsabilizaram pelo

adimplemento da dívida que não contraíram. São as

hipóteses de:

c.1) Fiador Judicial: é aquele que assume, por termo nos

autos, a responsabilidade por determinada obrigação, nos

casos em que a lei exige algum tipo de caução ou garantia

( v.g., art. 273, §3º, art. 804, CPC)

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3.2. SUJEITOS PASSIVOS – ART. 568 DO

CPC53

Solvendo a dívida o fiador terá ação regressiva contra o

devedor,subrogandose nos direitos do credor e

leitimandose ao manejo da execução forçada contra

afiançado ( CC, art. 832) que poderá se dar nos mesmos

autos ( CPC, art. 595, parágrafo único).

Seja convencional ou judicial, é assegurado o benefício

da ordem, isto é, a faculdade de nomear a penhora bens

livres e desembaraçados do devedor ( CPC, art. 595).

Assim, a execução incidirá, primeiro, sobre bens do

afiançado, e só se estes não forem suficientes é que

recairá sobre o patrimônio do fiador.

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3.2. SUJEITOS PASSIVOS – ART. 568 DO

CPC54

c.2) o fiador extrajudicial: caso esse figure no título

executivo extrajudicial ( e a este nada se oponha), será

parte legitima passiva da execução.

c.3) o responsável tributário, assim definido na

legislação própria: conforme legislação própria ( Lei nº

5.172/66 CTN) considerase responsável tributário “a

pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade

pecuniária” ( CTN, art. 121, caput)

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4. COMPETÊNCIA

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4. COMPETÊNCIA

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A) Competência para a execução de título judicial:Assim dispõe o art. 475 P e 575 do CPC. A execução detitulo extrajudicial processar se a perante:

a.1) os tribunais, nas causas de sua competênciaoriginária;

a.2) o juízo que processou a causa no primeiro grau;

a.3) o juízo cível competente, quando se tratar desentença penal condenatória, de sentença arbitral oude sentença estrangeira.

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4. COMPETÊNCIA

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Exceções:

Execução de alimentos: Competência é estipulada no

domicilio ou residência do alimentando ( art. 100, II, do

CPC.

Parágrafo único do art. 475 P: Concede ao credor a

faculdade de promover a execução ( cumprimento de

sentença) no foro onde se encontram os bens do devedor

ou no domicilio atual do devedor executado. A remessa

dos autos será solicitada ao juízo de origem.

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4. COMPETÊNCIA

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B) Competência para a execução de títulos

extrajudiciais: A competência é territorial e relativa já que

a competência aqui é determinada pelas regras comuns

do processo de conhecimento, conforme determina o art.

576 do CPC ( remete aos arts. 88 a 124 CPC).

Há de observar a seguinte ordem de preferência: 1º)

foro de eleição; 2º) lugar do pagamento; 3º) domicílio do

devedor.

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4. COMPETÊNCIA

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C) Competência para a execução fiscal: a competência

para processar e julgar a execução da Divida Ativa da

Fazenda Publica exclui a de qualquer outro

juízo,inclusive o da falência, da Recuperação Judicial,

da liquidação, da insolvência ou do inventario.

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4. COMPETÊNCIA

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O art. 578, do CPC diz que a execução fiscal (Art. 585,VII,do CPC), será proposta:

1)no foro do domicilio do réu e se não o tiver, no de suaresidência ou no lugar onde for encontrado.

2)Quando houver mais de um devedor, a Fazenda Publica podeescolher o foro competente de qualquer um deles.

3)Quando o devedor tiver mais de um domicilio, tambémpoderá escolher quaisquer deles.

4) Poderá, também, a seu critério, a Fazenda Publica propor aexecução no foro do lugar em que se praticou o ato ouocorreu o fato que deu origem a divida, mesmo que nele nãomais resida o devedor ou, ainda, no foro da situação dosbens, quando a divida deles se originar (CPC, Art. 578,Parágrafo Único).

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BIBLIOGRAFIA

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DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições dedireito processual civil. 2.ed. rev. atual. SãoPaulo: Malheiros Editores, 2004. v. 4.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direitoprocessual civil: processo de execução eprocesso cautelar. 38. ed. São Paulo: Forense,2005. v. 2.

MEDINA, José Miguel Garcia. Processo CivilModerno: Execução. 2ª ed. rev. Atual. São Paulo>RT, 2012. v.3