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 Teoria das Variáveis Regionalizadas

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Material de geoestátistica

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  • Teoria das Variveis Regionalizadas

  • A geoestattistica foi definida por Matheron (1971) como sendo a aplicao da teoria das variveis regionalizadas para a estimao de depsitos minerais.

    Varivel regionalizada (V. Re) uma varivel que se distribui num espao (em cada ponto de um espao, assume um valor) e que apresenta um certo grau de estruturao espacial. A varivel regionalizada representa uma caracterstica de um fenmeno que atuou naquele espao. Este fenmeno dito regionalizado.

    Do ponto de vista matemtico, uma varivel regionalizada Z(x) simplesmente uma funo do ponto x, em geral irregular, como por exemplo, teor em um depsito mineral.

  • Outros exemplos

    preo de um metal no tempo cotas de um terreno densidades, espessuras, teores em um depsito mineral porosidade e permeabilidadeConcentrao de poluentesIndice de pluviosidade

  • O arranjo espacial ou a distribuio espacial de uma srie de variveis regionalizadas num corpo mineral (teores, por exemplo) conseqncia da ao de uma srie de processos fsicos e qumicos que deram origem ao depsito mineral.

    Uma V. Re apresenta um duplo aspecto contraditrio:a) aspecto local e aleatrio que relembra o comportamento de uma varivel aleatria.b)aspecto geral e estruturado segundo o qual os seus valores em dois pontos apresentam uma correlao ou dependncia espacial, ao menos para pequenas distncias entre eles.

  • Aspecto aleatrio e estruturado se uma varivel regionalizada

  • A deteco e a modelagem destes arranjos espaciais ou das estruturas de correlao espacial no somente ajudam a compreender melhor os processos que deram origem a eles , como tambm, melhoram o exerccio de interpolao espacial.

    Segundo Matheron (1971), a teoria das variveis regionalizadas tem dois propsitos:

    No campo terico, que expressar as propriedades estruturais numa forma adequada.

    No campo prtico, que resolver problemas de estimativas da V. Re. a partir de dados de amostragem.

  • Uma realizao y(x) de uma funo aleatria Y(x) pode sempre ser considerada como uma varivel regionalizada . Uma varivel regionalizada y(x) pode ser considerada como uma realizao de uma certa funo aleatria Y(x).

    Esta interpretao torna possvel a aplicao da teoria probabilstica das funes aleatrias para as variveis regionalizadas.

    Para esta hiptese probabilstica ter um real significado, deve ser possvel reconstituir, pelo menos em parte, a lei de distribuio de probabilidade da funo aleatria Y(x).

  • Inferncia - Hipteses de EstacionaridadeEm geral a inferncia no possvel se se possui somente uma realizao dessa funo aleatria.

    Para que essa inferncia seja possvel necessrio introduzir hipteses suplementares ( hipteses de estacionaridade) acerca de Y(x) para diminuir o nmero de parmetros do qual a lei de distribuio de probabilidade de Y(X) depende.

    Uma funo aleatria estacionria se repete, de uma certa maneira, no espao, e, esta repetio torna possvel a inferncia estatstica a partir de uma nica realizao.

  • Propriedades da Covarincia e do Variograma

  • Modelos AutorizadosSeja Z(x) uma funo aleatria de segunda ordem com funo covarincia igual a C(h).C(h) deve ser definida positiva para que a varincia seja no negativa.Para a hiptese intrnseca, basta impordeve ser condicional definida positiva , ou seja, sujeito a

  • Comportamento do Variograma na Origem A continuidade e regularidade no espao de uma funo

    aleatria Y(x) se manifestam por meio do comportamento

    do variograma (h) prximo origem.

  • Comportamento Parablico

  • Comportamento Linear

  • Efeito de Pepita

  • Efeito de Pepita Puro

  • Modelo EsfricoO modelo de covarincia esfricocorrespode ao volume da interse-o de duas esferas de dimetroIguais a a e separadas de h.

  • Modelo Exponencial

  • Modelo Gaussiano

  • Modelos de Potncia

  • Efeito de Pepita

  • Influncia do Efeito de PepitaSem Efeito de PepitaEfeito de Pepitaigual a 33% davarincia total

  • Influncia do Efeito de PepitaEfeito de Pepitaigual a 66% davarincia totalEfeito de PepitaPuro

  • Modelo Global e Estruturas Imbricadas

  • Modelo Global e Estruturas Imbricadas

  • As estruturas imbricadas so gerais, podendo comportar estruturas elementares istropas ou anistropas de qualquer tipo.

    Modelo Global e Estruturas Imbricadas

    a2

    a1

    C0

    C2

    C1

    C0+C1+C2

  • Anisotropia Os modelos de variogramas elementares so todos istropos.

    Direes preferenciais so as direes de maior e menor variabilidade.

    Direes preferenciais de anisotropia so ortogonais.

    No necessariamente coincidem com as direes do sistema tri-ortogonal de coordenadas.

    O efeito de pepita considerado isotrpo.

    A anisotropia considerada levando-se em conta: - um vetor distncia em um sistema de coordenadas rotacionado para coincidir com o sistema de direes preferenciais. - calculando uma distncia corrigida utilizando-se fatores ou razes de anisotropia , que so razes entre amplitudes dos variogramas nas direes preferenciais.

  • Isotropia

    MAVULO

    (Variografia da acumulao em Fe)

    )

    ((h)

    Varincia a priori

    Omnidireccional

    NW-SE

    NE-SW

    N-S

    E-W

    0.6

    0.5

    0.4

    0.3

    0.2

    0.1

    0

    10

    9

    8

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    0

  • Isotropia

    g(h)

    Variografia da Acumulao em Fe (%)

    MAVULO

    Varincia a priori

    Omnidireccional

    Modelo Terico

    0.6

    0.5

    0.4

    0.3

    0.2

    0.1

    0

    10

    8

    6

    4

    2

    0

  • Variogramas com Anisotropia

    (Variografia do teor em P2O5)

    ((h)

    Varincia a priori

    Vertical

    Horizontal

    60

    40

    20

    0

    350

    300

    250

    200

    150

    100

    50

    0

    CATALO

  • Anisotropia Geomtrica

  • Anisotropia Zonal

  • Anisotropia GeomtricaCaracterizada por apresentar em todas as direes ummesmo modelo de variograma com mesmo patamar, mas com amplitudes diferentes para diferentes direes.

  • Anisotropia Geomtrica

  • Anisotropia Geomtrica

  • Anisotropia Geomtrica

  • Anisotropia Geomtrica

  • A anisotropia zonal pode ser considerada como um caso particular da anisotropia geomtrica em que a amplitude segundo duas direes preferenciais muito grande quando comparada com a amplitude da outra direo segundo a qual a estrutura zonal se manifesta.

  • Na definio de cada variograma ou de cada estrutura imbricada da frmula do modelo global, normalmente so necessrios 7 parmetros: forma 3 ngulos 3 parmetros ligados a amplitudesEm geral 3 ngulos definem a orientao do elipside de anisotropia.So ngulos de rotaes para o sistema cartesiano de coordenadas,a serem efetuadas em etapas para torn-lo coincidente com o sistema de semi-eixos do elipside.

    Para a Gslib: ang1, ang2 e ang3.

  • ngulos utilizados na GSLIB para a definio da anisotropia geomtrica de um variograma a 3D.

  • Primeira Rotao Correo do Azimute

  • Segunda Rotao para Correo do Mergulho

  • Tercira Rotao para Correo do Trend

  • Sugestes para o Ajustamento de variogramasClayton V. Deutsch d as seguintes sugestes para se construir um modeloglobal ajustado legtimo para todas as direes:

    Adotar um nico ( o mais baixo) efeito de pepita isotrpico.

    Escolher o mesmo nmero de estruturas de variogramas para todas as direes baseado na direo mais complicada.

    Assegurar que o mesmo patamar seja usado para todas as estruturas de variogramas em todas as direes.

    Considerar o uso de amplitude diferente para diferentes direes.

    Modelar a anisotropia zonal usando uma amplitude muito grande em uma ou mais das direes preferenciais.

  • Exemplo de um caso complicado ** Retirado de curso da Universidade de Alberta (Canad)

  • Exemplo de um caso complicado ** Retirado de curso da Universidade de Alberta (Canad)

  • Exemplo de um caso complicado ** Retirado de curso da Universidade de Alberta (Canad)

  • TrendsE[Z(x)] depende de xPode-se tentar ajustar um modelo de potnciaRetirar a tendncia, modelar os resduos e acrescentar os resduos aps estimativa e ou simulao.Subdividir regies.

  • Trends

  • Periodicidade Pode estar associados a variaes geolgicas repetitivas ou cclicas.

  • PeriodicidadeArenito elico: arenitos mais finos com baixa permeabilidade aparecem na cor mais escura.

  • Modelo de Efeito Buraco

  • Varivel V

  • Nuvens de auto-correlao V(x) vs V(x+h) para diferentes distncias h na direo vertical

  • iVARIOGRAMA EXPERIMENTALO variograma uma medida a disperso da nuvem de pontos Z(x) vs Z(x+h) em torno da primeira bissetriz.

    O variograma o momento de inrcia da nuvem de pontos em torno da primeira bissetriz.

  • AJUSTE DO VARIOGRAMA EXPERIMENTAL

  • Feies principais de um variogramaAmplitude : distncia a partir da qual os valores da varivel Z(x) e Z(x+h) no esto mais correlacionados. Zona de influnciaPatamar : valor do variograma para distncias maiores do que a amplitude.Efeito de Pepita: devido a erros de medies da varivel e aestruturas de variabilidade que no so accessveis na escalade observao dos dados disponveis.

  • ANISOTROPIAa1: amplitude segundo a vertical pode corresponder espessura mdia das lentes mineralizadas.a2: amplitude segundo a horizontal pode corresponder ao comprimento mdio das lentes mineralizadas.

  • Clculo de variogramas com malha regular

  • Clculo de variogramas com malha irregular

  • Clculo de variogramas com malha irregular

  • Clculo de variogramas com malha irregular

  • Mudana de Coordenadas

  • Efeito da malha de amostragem

  • Efeito da malha de amostragem

  • Escolha da varivel a ser variografada Variveis AditivasSuporte da varivelEfeito de Pepita inversamente proporcional ao suporteCompositagemCampos de homogeneidadeVerificao de tendnciasPreferncia pelo variogramaOutras funes estruturaisAjuste automtico vs tentativas e erros informao geolgicaVariogramas OmnidirecionaisNuvens de VariogramasMapas de variogramasValidao CruzadaEfeito Proporcional

  • *