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Cristologia Teologia para Leigos 2019 Pe. William

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  • CristologiaTeologia para Leigos 2019 Pe. William

  • IntroduçãoDefinição de termos.

    Christós (“ungido”)

    +

    Logía (“discruso, reflexão”)

    =

    Cristologia

    Traduz a Palavra hebraica maschiach

  • E vós, quem dizeis que eu sou?

    A resposta de Pedro a esta pergunta é uma primeira afirmação Cristológica.

    O Cristo, O Senhor, o Filho de Deus - núcleo da fé cristológica primitiva.

    Na verdade é uma antecipação da fé Cristológica que desabrocharia na páscoa.

  • CristocentrismoA teologia cristã há de ser essencialmente cristocêntrica.

    O CV II afirma que a Igreja é sacramento Universal de Salvação. Assim temos que Jesus é o sacramento primordial do encontro do homem com Deus.

    E a Igreja em decorrência, o sacramento do encontro com o Senhor ressuscitado.

    A Cristologia oferece a necessária chave interpretativa para a Teologia.

  • Cristologia e Teologia

    Paradoxo da Cr is to log ia : de um lado , encontramos Deus no homem Jesus, do outro, o Pai permanece além do próprio Jesus.

    Jo 1,18 - O filho encarnado é o exegeta, o intérprete do Pai

    Contudo o Pai permanece além ele é maior (Jo 14,28) e só ele é bom (Mc 10,18).

  • Jesus descortinou o mistério de Deus como ele o vivenciou em sua consciência humana. Porém o Deus revelado de forma única em Jesus Cristo permanece um Deus escondido.

    O cristocentrismo pede o teocentrismo: mediante o Filho somos reconduzidos ao Deus que é Pai.

  • Cristocentrismo e Antropocentrismo

    Cristocentrismo e antropocentrismo se exigem mutuamente:

    “Na realidade, o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente. Adão, o primeiro homem, era efectivamente figura do futuro (20), isto é, de Cristo Senhor. Cristo, novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime. Não é por isso de admirar que as verdades acima ditas tenham n'Ele a sua fonte e n'Ele atinjam a plenitude”. (GS 22).

    A Divinização do homem no Deus-homem leva ao ápice da humanização.

    Em Jesus o homem transcende a si mesmo até Deus, graças à descida de Deus até a condição humana.

    Nenhuma antropologia pode se declarar cristã, se não buscar em Jesus o sentido último do homem. Sem cristologia não existe antropologia cristã.

  • Métodos

    Método “dogmático”: tem como ponto de partida as definições do magistér io da Igre ja , especialmente o concílio de Calcedônia.

    Limites: pouco aderência à Palavra de Deus. Uma cristologia abstrata que perda a relação com a existência concreta de Jesus.

    No método dogmático o NT não aparece como alma do projeto cristológico. E pouco importância se dava à pluralidade de cristalologias presentes já no NT

  • Métodos

    Método “histórico-evolutivo”: ponto de partida é a Sagrada Escritura.

    Limite: às vezes não respeita as diversas cristalologias do NT, força uma síntese.

    Mérito: o primado à teologia “positiva”, isto é, o estudo das fontes, dist into da teologia especulativa.

    Com ênfase na expectativa messianica presente no AT

  • Várias “cristologias”

    As várias cristalologias podem se distinguir tanto pelo método, quanto pelo conteúdo.

    A cristologia bíblica: podemos pensar numa cristologia bíblica global que surge no conjunto dos texto sagrados e a cristologia de cada autor

    A Cristologia de Paulo que se desenvolve à luz do mistério da paixão e da cruz e a cristologia de João, que apresenta o mistério da encarnação e da pré-existência do Verbo no Pai.

  • Várias “cristologias”A cristologia patrística: trata-se da reflexão que aparece nos diversos padres da Igreja.

    Há um valor particular as cristalologias desenvolvidas no séc IV e V na escola alexandrina e na escola antioquena.

    Também as disputas cristológicas que confluem depois nos concílios de Nicéia, Constantinopla e Calcedônia.

    Há um valor particular as cristalologias desenvolvidas no séc IV e V na escola alexandrina e na escola antioquena.

  • Várias “cristologias”

    A cristologia ontológica: Insiste no dogma de calcedônia, e tenta definir à luz da reflexão especulativa a realidade da pessoa de Cristo.

  • Várias “cristologias”

    A cristologia funcional: ao contrário da anterior, esta cristologia estuda a obra realiza por Cristo e mais diretamente sua “função” salvífica.

  • Várias “cristologias”

    A cristologia de cima e cristologia de baixo: temos uma cristologia “desde acima” quando a reflexão destaca como ponto de partida a Palavra de Deus e o mistério. E “desde abaixo” quando este ponto de partida é o fazer histórico e terreno de Jesus.

    Existe uma forte ambiguidade neste termos:

  • Várias “cristologias”

    A cristologia de dentro: com esta cristologia se pretende realizar uma síntese entre as duas tendências anteriores.

    Apresentando a chave interpretativa a partir do mesmo Cristo.

  • Várias “cristologias”A cristologia Histórica: de Walter Kasper. A história é a chave hermenêutica essencial para decifrar o acontecimento Cristo. A cristologia de Kasper é histórica porque:

    A. O objeto da revelação é percebido como história.

    B. A história constitui a metodologia adequada para o anuncio de Cristo ao mundo contemporâneo

    C. A cristologia histórica real iza o círculo hermenêutico de teoria e práxis, sujeito e objeto.