teologia biblica do velho testamento langston

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  • !]r. ~. JIf. ~mn,

    Innat amiga, ',ximbt prigabnr

    ! fiel.:" dfristia

    ,

  • lo'

    PREFACIO

    Ao completar este livro, que o terceiro da srie.de livros theologieos, pe.lomesmo autor, cumpre-medar"mil graas a Deus pela Sua infinita bondade durante olongo perodo de tempo em que o livro estava sendo pre- ,.parado; porque alm de preencher uma lacuna hemsensivel em nossa literatura evangelca, o livro , ao mes-mo tempo, o cumprimento de uma promessa feita hamais de um quarto de seoulo, Durante este tempo todo,trabalhei, na medida das minhas posses, afim de dar ao.00880 seminario e ao mundo evangelico do Brasil, a s-rie de livrds que o ensino da materia de theologia exi-ge. Ao findar a tarefa, naturalmente o meu corao, seenche e at transborda de alegria e contentamento. Sejalouvado o nome do nosso bom Deus.

    Tambem desejo confessar a mui grande divida aoDr. A. B. Davidson de saudosa memria, cujo livro foi "o meu guia e fonte de material neeessaro para uma obradessas. O eschema geral do livro de Dr. Davidsonfoiusado desde o principio da minha carreira como profes.:.sor de Theologa do Velho Testamento. Embora modi-ficada a .maneira de apresentar a materia sempre eon..servei mais ou menos o esboojdo Dr. Davidson. Proce-di assim lporque no achei co&a melhor. Mas alm dolivro de Dr. Davdson, os livros.que versam sobre ornes- ,mo assumpto escriptos pelos Drs. Oehler e Sehultz foramde grande 'auxilio, especialmente o livro de Dr. Oehlerna parte his'tOriO4 Confesso a minha grande divida aee..tes homens .erudits. Oque elles me deram, dou agora aoutros, para que estes por sua vez possam passar o querecebem para os seus successores.' . . Ao offerecer .o livro ao publico fa9O'"0 com a espe-

    rana de que este esforo de quem tanto ama' o Brasilseja usado por Deus para a xtenso do Seu reno ~todo o mundo. "Venha o teu reno .e seja feita a tuavontade qui na terra como l nos cus". , .

    A. B. Lang.ton...

    Laurens, S. C.; 8 de janeiro de 1986.

  • .' .f~~

    -" ~ONTII:UDO1-._~~~o .__. ". ~ a_e "., ._ , ,.,. . n

    I. .9 ponto de~~ .. .. .. . .. .,. . ... ~ 111. A importancia do ponto de vista. '2. Differentes pontos de vista '3. As vantagens do ponto de vista adaptado

    , 4. As fonJes da materia da theologia do VelhoTestamento.

    5. A maneira de julgar o progresso da vn-.da do Reino de Deus entre os homens.

    fi. Os factores 'fundamentaes da Theologia do. Velho Testsmeuto .. .. .. .. .. .. .. .. 291. Deus.'2. "0 homem.3. o peceado.4. o .eoncerto,

    m. A materia a interpretar e o guia de interpretaf o ... .... ... tt ... ... ... ,,-.. ... 40

    1. Revelao e 'a historia sagrada.2,,, ,As differentes correntes de vida e opiDie8

    dos Israelitas. ,3. As instituies que Deus deu ao seu povo.4. O progresso moral do povo.5. A vontade divina e a vontade humana.6. O alvo attngdo,

    IV. Definio.formll1 d~ Theologla Biblica do V&lho Testamento e sua relao com outros es-tudos congeneres . .. .. .. ... .. .. .. .. . 45'1. 'Definio. .2. Relao para com outros estudos conge-

    -neres,

    V. A Ida bblica da Revelao . . 481. Revelao geral.2. Revelao especial.3. O progreuo da Revelao.

    VI, ~ Divises da Theologia BibUca 40 Velho. '. Testamento; . ~. .. .. ". 52"1. A diviso da materia.2. A diviso da historia.

  • ..

    ,69

    ;

    ':87

    ; 5758

    ~31!

    113

    . :ll68

    CONTEUDO

    A historia sagrada luz do Grande e EternoPropo~ito de DeU! ,"

    I. Operiodo primitivo .. .. .. .. .. .. .. ..1. A narrativa da criao.2. A origem do mal.S. A primeira offerta.

    4. Os descendentes de Caim e Abel,5 . O diluvio.

    n. O segundo perodo do mundo .. .. ... ..1. O concerto com o mundo.2. A diviso da humanidade.S. A fundao do povo de Deus.

    m. O perodo dos trs grandes patriarchas ..1. Abraho. .2. Isaac e Jacob.S. Os doze patrlarchas.

    IV. O perodo de Moyss e Josu ..1. Libertao do povo israelita.2. O concerto e a marcha atravs do deserto.S. O estabelecimento de Israel na terra santa.

    V. O perodo dos Juizes .. .. .. .. .. .. .. .. ..1. A desintegrao da theocracia at o tempo

    de Samuel.2. A. restaurao da unidade theocratica por

    Samuel.3. O desenvolvimento do officio prophetico.4. A fundao do Reino Israelita.

    VI. O Periodo do Reino Unido .1. Saulo2. David.3. Salomo.

    vn. O reino das dez tribus.1. O perodo desde Jeroboo at a quda da

    dynastia de Omri.2. Do reinado de Jehu at a quda do Reino

    das dez tribus.''VIII. "O Reino de Judah .. .. .. .. .. . .. .

    1. de Rohoo a Josaphat.2. de Joro a Joto.3. de Achaz a Josas,

  • . .'.l17

    212

    231

    308

    SEGUNDA PARTE

    $'-.

    4.. de Josas at acjuda da DaO.5. da quda da nao at a cessao da pro-

    plttda. ~

    doutriDa de Deu.I. O nome de Deus. " y'

    1. A attitude do Velho Testamento em'rela-o! existenc:ia de Deus.

    2. A ida do nome divino.3. Os nomes particulares.4. Jehovab o Deus de Israel.5. A occasio em que o nome Jehevah foi

    applicado a Deus.n. A natureza- divina .. .. .. . '. .. . '.. . .

    1. Conhecmnto de Deus,2. A essenca divina.S. A unidade de Deus.'4. A doutrina de que s6 Jehovah Deus ensi..

    nada pelos ultimos prophetas.5. A perionalidade e a espritualdade de

    Deus.m.. O Espirito .... ' .. .. .. .. .. .. .. ..

    1. D Esprito de Deus.2; O Espirito de Deus em o propro Deus,3. As aetividades do Esprito.4. O que" o esprito,

    -IV. O~ .attribdlos de Deus . .. .. ..L . Os attrbutos moraes2. Os attributos naturaes,3. Os attributos redemptvos.4. A relao de Deus para com a natureza e

    os homens.A doutriDa do Homem .. .. .. .. .. .. . ..t.A nattll'ezahumana e a sua constituio.2. Os termos "corpo" e "carne". .3. ,O termo "esprito". .4. O termo "alma".A doutrina do peeeado . ..1. Peccado.sua natureza e extenso.2. A consciencia do peccado.

  • 10 CONTEUDO

    A Doutrina da Redempio .. .. .. .. .. .. 3411. O concerto.2. Por que Deus fez o concerto com Israel?3. Os-termos descriptivos da relao do con-

    certo.4. O concerto do ponto de vista do povo.5. A justia do povo.6. Justia, graa e f.

    .7. Soffrimento e imputao.A Doutrina da Redempo (continuao)A Reconciliao.. .. .. .. .. .. .. .... 3881. O Sacerdote.2. '0 Saerificio.3. A base da reconciliao.4. Reconciliao dentro do concerto.A Doutrina das Ultimas Coisas . . 4081. A ida messianica.2. A eonsummao do reino.3. O dia do Senhor.4. O dia do Senhor na segunda parte do livro

    de Isaas. . .5. Consideraes geraes sobre a eschatologia

    .do Velho Testamento.A doutrina das ultimas coisas (continuao) 4601. Iminortalidade.2. Communho com Deus - a ida funda- :

    mental da immortalidade do individuo. , 3. Questes em relao natureza do homem,4. A concepo do SheoI. \5. A concepo da morte.6. A vida e seus problemas.7. Problemas de justia e as suas solues.8. A ida da vida futura no Psalmo 49.9. A idado futuro no livro de Job.

    10. A esperana de uma vida futura em relao s. idas da vida' e da morte. .

    11. A significao moral da morte. i12. Recapitulao.

    .i

  • .'

    ,,

    INTRODCOL O PONTO-' DE VISTA

    Na investigao .de qualquer assumpto, um. dUprimeiras coisas a consderar, o ponto de' vista .doqual . se 'Vu. ta- o estudo. O pontO de ~da

    eertamente.t~ grande influencia sobre a investiga- ..io toda. Ser hem dficil.accentuar demais a sua in-fluencia 8obreo trabalho, desde a materia escolhidaat 0& resultados alcanados. Devido ento mpor-taneia do ponto de 'Vista, em relao matria escolh-da e a~ resultados alcanados, vamos dedicar algumas'linhas sua considerao.

    1. A imporiancia do Ponto de Vista.O Ponto de Vista tem uma triplice importancia.(1) ,E' importante dvdo sua influencia sobre a

    materia usada. Realmente o ponto de vista que de-termina, em grande parte, a materia que se empregano estudo. O ponto de vista dieta qual a materia quevae ser usada. Tomemos por exemplo o estudo do ho-mem. Como todos bem sabem, pode-se estudar o ho-mem do ponto de vista physicou pode-se estud-Ic doponto de vsta espiritual. '0 ponto de vista ado-ptado decide a questo se a materi vem do reino phy-

    .s~~C) ou d~, reino espiritual. Si adaptarmos. o ponto. deVIsta physICO a' materia tem que Vir do remo phYSlCO;porque todos os factos .esto no reino physico.Por 'ou-tro Iado' si .adoptarmos o ponto de vista de. homem es-piritual OScresultados voapparecer no. mundo eSpiri-tual. E' claro elltio que o ponto de vista adoptado na

    . investig:o influe na matria escolhida e aproveitada.(2) inda mais, o ponto de vista exerce grande in-

    fluencia sobre o methodo 'empregado" E" verdade 'queesta influeuei um tanto indireeta porque vem da rel..oque .exitteentre a materia e o methodo .:E' a mate-ria usada que dicta o methodo e o ponto de. vista quedetermaae materia;portanto ha uma relao impor-tante entre o ponto .de vista da investigao e o metho-do empregado na .investigao i Como jnotm08~ a

  • matria tem que se. conformar com o ponto de vista; eo .methodo adoptdo obedece materia usada. $i ado-ptarmos o ponto de vista physieo no estud.o do hP.. mem,a materia vim o reino physico. Se adoptarmes, po-rm, o ponto de vista do homem espiritual, a matriavir do reino espiritual. TE desde que a materia empre-gada determina o methodo seguido na nvestigao, omethodo varia de acordo com a mateea usada, e]a ma-teria por sua vez determinada pelo ponto d~ vistaescolhido. Assim com qualquer estudo qUe.se queirafazer. O ponto de vista determina largamente a imate-ria e o methodo. Provm, em parte, deste facto, ~ gran-de importancia do ponto. de vista sobre o methodo se-guido na investigao. .

    (3) O ponto de vista tambem importante. ,evido. influencia que exerce sobre os resultados oltdos .Isto natural, porque si influe sobre a mater esclh-da tem que pesar tambm nos resultados alcan~ados.Na investigao de qualquer assumpto, materia e iresul-tado ligam-se intimamente. O que influe numa temque influir noutra tambm. Tomemos rnovamente aillustrao do estudo do homem. Si em nosso tudodo homem adoptarmos o ponto de vista do home phy-sico os resultados tm que se conformar com a mate-ria. E naturalmente a matria e o methodo dete inamos resultados. O ponto. de vista entoexeree gran e in-fluencia sobre a matria, o methodo e o resu tado. .Cumpre-nos ento cuidar desde o comeo do nosso pon-to de vista. . !

    2. Os dijferentes Pontos d: Vista explicados lI

    Em geral ha dos pontos de vista sob os quaes seapresenta a Theologia Bblica do Velho Testamento.Estes dois pontos de vista baseiam-se nos dois fa~tore$principaes na Tbeologia: Deus e o homem. Portanto legitimo considerar & Theologia Biblcaou do perito devista de Deus ou do ponto de vista do homem. Irto,pode-se considerar a Theologia Biblica do Velho Tes-

    .

    tamento do ponto de vista da grande o.p..eraa.-.o. d.e~'.Deusem introduzir o seu reino entre os homens; ou ode-se consider-la do ponto de vista da vida religio a do.homem, a qual realmente o reino de Deus em aco.ou revelada na vida. E assim acontece. :

    I(1) Portanto ha um grupo de theologos que apre-senta a Theologia.Biblica do Velho Testamento dolpon-

    12I

    THEOLOGIA BI\BLICAI

  • oo'.wt.Ho.~oto de viste. .& vida J"eliRba elo lS1'ta. -Pore...pIo, Seb. llIInl4Jz: "~stntendemos porT~.BibHeatiO' Velhe ~ameJlto .a apresent~o bisto1Wflda 'religiio .re:v.Mda durante o seu periodo de.deaea-volvimento." Davidson define a Tbeologia do' VdhGTestatDeBto detfta.aaeira: "A Theologia do: Velho Tes-tatljentu ea.,..esentaqlo hiltoric e 'enetiea .. 1'&li-giib do Velho.,T_amelrto." De aooro' com ,e.te pon-to de \tidA"a Theklgill Bblica do Velllo TestldllBto simplesmat ,.,.eselllao histories e geD.etica4a.relgi dO;..o -eaeoHlido. A materia naturalmente:te.aa.que vir de _.~u.do 'ilemapurado da conleienea~ligiesa ..povo tht Deus. . ' ,

    EWte estudo dependais em gramie ~te de um.esegese' cri_riosa da literatura almmgi4la .pelo VelhoTestameDt6) 'especi8lmeatea parte que serefiere" "j...da- re.ligi0S&_homem. E' 'claro que seriaJte8teeaao.um esltttloaltamnte psychologico. SerianeeenarioiD-terpret.. COll1.andefidelitlade todos 0& ph~nomeDOSreligioses' do Velhe Testamento, pol"lfUe segundo ;este:;gmpo o reino de Deus identice a verdadeira religi&.etlCODtltda ao Vetbo Testamento . Por isto o gmrpoaproama 'ata'1'l1fade construir uma Tbeologia ,Bili"do Velho Testamento do ponto de vista do!hom~ isto.; do poDto de viMada vida religiosa do povo Israelita:.

    Nohaduvida fPle este ponto de vi&ta pratmo.porffue o poDto de vista mAis eommum.eetre ~ t))eo..loges do VeJho 1'etstameato. aaporm mnas ohjec.&sbem, :rauoaveis este ponlo de vista devido .. diftir:ul..dades que o mesmo ma. N4Dtemos algumas de... o...jeqea~ " . .

    (a).A. primeira objeeo qne este pouto de 'vista-d'iffiCnlta fi eoMtl."UCti de uma 1'h~lgi VeBl&'Tes~ por mgir "o 'eSt~beleclmen4e 4e uma"'or--dem.exact&' dachn:muwgia dos evntOfJ,nat'l1ldot Jli.Velho, TeStD:e~. .Mim. interpr~tat fiteln1ertte u Wda religiosa do 'povo Israelita precisamos'~ratll~'teestabeieeer'8'Mllemexadadoa evntcs cle~a ..-ida.Bmfm o IlUCCeSSO, 'da tenbtUva toda depende, em .gNIl-'depute Co:eat.leciJMnta desta otttiemclll:ronologioa..A faba de ',tU'" prejllCC8ria'gtandemente .. ~,tados .ittaes.,,'porIJue para bem 'avb1iaroprogresso'D*.v_religiosa I\fdaiea tlMia neces&at'ioaael' qual..Qe...~que__ p~e M&imsuceesTt-.AfiM deinarpMt8F betn _feclas d... reagih pnci-

  • "1 THEOL~GIA B~ICA .i

    samos descobrir os seus primeiros passos e acomp*nhal-os desde o principio at o fim. Invertendo a ordem doseventos naturalmente produziria confuso na co~preenso dos factos quando estudados smente do pontode vista do homem. i

    Agora no ha questo mais insegura, em qonne-xo com qualquer estudo do Velho Testamento. dp quea da sua ehronologa. Ha abundanoia, t 8uper~un'"danca de Iteratura sobre O assumptoj e a gran~ va-riedade de opinies attestam bem alto das diffi. ulda-

    .-des que acompanhamo estudo. De um lado te, 8.asOPinies. mais extravagantes e at as. mais desa:Cti-vas; como, por exemplo, a opinio daquellea .que alle-gam que os primeiros captulos de Genesi. for es-erptoe depois do exlio. De outro lado ha op!Piesbem !baseadas que negam tudo quanto os outrDs ~m.Appareuteinente a questo da ehronologia exactla doVelho Testamento est ainda em processo de aOlu~. Poremquanto impossivel fixar a ordem exaeta dos even-

    \ tos do Velho Te8tamento. . Por sto, fazer o bOm. ~xitodo n08SO estudo depender, em parte, de uma otdemc.hronologica qu.e no se pode descobrir, Criar, l~o noprincipio, difficuldad~que crescem proporo ~e oestudo progride.. . I

    Reconheo que o ponto de vista em questo, i .o ,o ponto de vista da vida relgsa-do povo escolhid , fa-cilita grandemente o estudo de certas partes do e1haTestamento, taes como os Psalmos e o livro de Job. es-tes dois livros temos que fazer um estudo da con en-eia religiosa do homem porque esta literatura o fru-to direoto desta mesma vida. Comtudo para o Velho i es-tamento todo, parece que necessario descobrir lnnabase maior do que aquella que temos na vida ;reliSiosado homem para podermosin.c1uir todo o pheno~enoque se encontra no Velho Testamento; e por isto, I de- .viam fazer parte de uma theologia completa do! Ve-lho Testamento. '

    (b) A segunda objeco que apresentamos eml re-lao a este ponto de vista, que aeeentua, Ine-cesaariamente, o elemento humano na 11heologial doVelho Testamento. E' verdade que o elemento hume-no entra na questo da Theologia Bhlea do Velho Tes-tamento mas 'no o elemento preponderante.' O pdntode vista em discusso cria o. perigo de. accentuar de~ai8o elemento humano, que, como todos ho de reeoqIte-

  • DO VELHO un."'cer ~fatalem uma theologia;v~',~ela" VdIo' Tstamen-lo. . .' '. .

    ~ vida toda do. ~vo Israelita .. n~o apen_a.ex~ .pressao da sua reUllio mas o effelto de uma' cauqbem maior, a qual abrange muito mais do que a' Ploot-pra vida religiosa do povo escolhido . Portanto ai li.mitarmos a. nossa theologia s experien~as re1i~do' povo, f,ieari, o 'estudo .um tanto defICiente.. Pte-cisamas achar uma base no smente que iDC1ua aexperieneia toda mas tambem a causa principal deStaexperieneia - DU8 e o seu grande propomo. O pontode vista do homem, portanto, no offereee basesQffi-ciente para lodos os factos que devem ser incluido'numa Theologia Bblica do Velho Testamento. A pr0-va disto : que OS que adoptam este ponto de vista, em

    : geral, fazem poUCO' uso da hstora d08Iaraelitaa ..constrco daaua theologia, quando o facto qUeDeus se revelou tanto na historia como na lei OU Dapropheeia. Ainda maia, este ponto de vista exagaeranatural e demasiadamente a importancia doelementqhumano. A objeco bem sria.

    (c) Aterceiraobjeco que queremos notar queo ponto de 'Vista em apreo no nosofferee as maio-res' vantagens em demonstrar a relao intima que em..te entre o V&lho e o Novo Testamento. Si aproximannOlo Novo Testamento do ponto de vista da vida reliaio..dobomem. do/Velho Testamento,. ser bemdifficlIvefclaramente como o Novo veio do Velho. A vida ftliglosa do Novo tio differenteem principio e praticada vida reJiliosa do Velho; que existe entree1lal,mabcontrastes do que semelhanas. Tomemos por 6X.eJPPloas .declaraes de Paulo em Rom. 7:24 e de 'JobelDJob 31 :6. Em Rom. 7:24 Paulo diz: "Miaeravel h..mem queeueoul quem me livrara do corpo desta m0r-te?" Job, em lob 31:6, declara: "Pese-me em balao.aafieis, e saber Deus a minha sneerdee", Paulo "e,Qloutro lugar chama-se o chefe dos peccadores, ao pagoque lob queria enfrentar aproprio Deus afitn de pro-var a sua Innoenea. .Estes dois exemplos illuat1'ambem a natureza da vida re1igsa nOI dois testame.ntpl.Si julgarmos a questio, s6mente do ponto de "'ta'"declaraes. o Velho Testamento levar ~ande vanta-gem sabre Q Novo. Sabemoaque no 88J8l.

    - Agora todes reconhecem que o Novo num cedo sen-tido saiu ao Velho. O Velho o inicio do Novo. eate ()

    . . .

    ,

  • I. nmOL()G~ Ju~!

    fim daqueIl . Como alguem tem dito o Novo ~.pll..cito no Ve or e o Velho explicito DO Novo., omoj obseev os, porm, se procurarmos ex.pllcara re-lao intim que existe entre os dois, do ponto. d~Vist~da vida eel iosa do povo eseolhdo.ste..riamos ba tante.difficul4ad em tornara explicao 1ara e effe.tiva.Deste ponto de vista os dois testamentos ficam u~ tan-tosepara . . Isto milita contra o ponto de. vistaeIP dis-cusao - ou CQQSciencia relgosado povo Judco,

    (d) A arta objeco que apresentames que oestudoda nscenca religiosa do povo Israelit_ oestudo de um effeito e no de uma causa, qu.e l maisfundatnental. O que temos no Velho Test8Jllentol e navida. religiosa do povo de Deus, no o resulta'o deforas natueaes ou seeaes. Tudo o que. temos

  • 00 -VELHO -'FsESTAMENTO

    bem esmo toda a .vda religiosa do homem. Por isto do ponto de vista deste Btemo Proposii de Deu; 4ecriar o homem sua imagem- e- semelhana, que pre-tendemos escrever .. a. nosaaTheologia. Como j foi dito,Theologia Biblica do Velho Testamento um estudo daintroduco propessiva do Reino de Deus entre o.homens e nos seus -coraes. O grande proposito de Deusde criar uma raa ;, SUa imagem. sua semelhana.sempre detoa no smente as suas palavras mas tam-bem determinou todos os seus actos, especialmente emrelao nao escolhida.

    - Armados ento com' a luz brilhante deste supremoProposito de Deus, queremos entrar no Velho Testa-mento, logo no principio, e examinar todos os factos,em. relao ao progresso desta grande ()perao de Deusde introduzir o seu reino entre os homens e dentro delles.

    -Cada evento nahstoria do povo e cada experenca navida particular pode ser estudado e valorizado luzdeste propsito divino. Este proposito ser o nosso pa-dro, a nossa pedra de toque, o nosso guia, atravs dasmultides de factos differentes encontrados no VelhoTestamento. Esperamos poder organizar e explear RTheologiaBiblica do Velho Testamento de acordo comeste grande e supremo proposito de Deus- de crearuma raa sua imaqem, _

    Etntorno deste ponto de vista queremos fazer cin-co observaes.

    ApriJn~ira que este ponto de vista no de-pende tanto da questo controvertida da ohronologaexacta dos eventos do Velho Testamento, porqueaccen-tua mais -o produeto do que a 'ordem dos fsctores. Aquesto,priDcioal no "quandose fez" mas "o que sefez". 4'0 quetfe no "quando" a coisa mais impor-tante para a D08$8. theologia. E' mesmo o caso.do nos-soproveItiios: A ordem dos factores no altera o pro-dueto, "

    Comquanto o nosso ponto de vista no dependa deumcel'lta ordem chronologca, elle no dispe.aaa, en-tretanto 11m eschema geral dos faetos contidos noVe.lho Testameoto. No dea-prezamos -a questo da ehro-nologia.;prque sem uma ordem dos eveatos.ne pode-remos' aetnnpanhar bem -a marcha do pl'Ogre..ofeitopor -Deasn8,:jntrodaqo do seu_reino aqui na- terra..T.......-.esn_ certa ordem nao ~~oaexp1icar08 eveutl n..su.a"rela6ea muta... -, . e O' que telllOll

  • 18 THEOLOGIA UIBLICAti .l

    no Velho Testamento no smente hstoreo, ou deda-tas successvas, mas ' .tambem genetco ou de sucqes-so logica e 'vital. POr exemplo, o que temos em MPy-ss no succede ao que temos em Abraho smente ~mquesto de tempo mas tambm o segue. logicame~te;porque o que temos em Moyss num certo sentida oproducto daquillo que temos em Abraho. Ha uma Ire-'lao gentica -ehstorca. Por isto no se pode despre-zar a chronologia. Porm, como j notamos, no se-ria prudente deix-la influir demasiadamente na ques-to. . i

    Os acontecimentos na ntroduco do Reino ideDeus entre os homens seguem um aps o outro ~:osmente em tempo, mas tambem um se do outro comoa planta se da semente.;

    Por isto pode-se ver que a relao dos eventos, qu.n-to ao tempo em que aconteceram, no uma relaf-oto profunda, to importante, como a relao Iog cao.u vital que existe entre os eventos ou os aco.ntecim D.-tos no Reino. Para DS a relao Iogca e vital a qu s-toprncpal , E sem duvida alguma j temos esta te-Iao ou ordem logic,e vital na ordem aetuaI do no~soVelho Testamento. No Velho Testamento, tal qual! otemos, po?emos ae~mpanhar a. grande operao ide.Deus na ntroduco do seu remo entre os homens edentro destes desde o seu inicio at a vinda do nosso $e-nhor Jesus Christo. E' por isto que no fazemos tantaquesto de' uma chronologa exacta. Temos coisa me-lhor na ordem logica.

    (b) A segunda observao que queremos fazer] que este ponto de vista accentua principalmente o eJe..mento divino na Theologia Bblica do Velho Testamen-to. De certo este o elemento preponderante. Si acom-panharmos .bem de perto, os esforos de Deus na int~duco do seu reino, sem duvida alguma poderemos qo-lher os dados principaes que devem constitura -Theolo-gia Bblica do Velho Testamento. O elemento divin~ o fio de ouro que corre atravs de todos 08 eventos n4r-rados no Velho Testamento; a chave de ouro que al)retodas as portas; a soluo de todos os problemas;1 o segredo de todos os mysterios. Em aooentuar ..eponto de vista cremos estar, no slnentemais de ac

  • 19.

    Theol~a qIJe~ez justia.grli\Dde obra ele Deus~. iQ...".trodusr -seu .l"mno enke os homens. ,','.

    (c) A terceira obserno que offereoemos flue>o.ponto de vi'!ta em' digCU8So. offerece uma 'explic:ai8,melhor da intima' relao que existe entre os doia Ta-tamntos. Como todos sabem, o proposito de Deus ums. Quem estud O desenvolvimento eo desdobramea...to desteproposto no Velho Testamento no pode estra.nhar o mesmo proposto, ainda mais bem desenvol.....do .e melhor executado, no Novo Testamento.E' real .mente este eterno proposito de Deus que faz da BibaUD:l livro s . Sem comprehender o 'principie) nh 'sepode entender o fim . sem estudar o Velho TesbtmeDtonose pode explicar o Novo Testamento. Um. o eom- .plemento do outro. No Velho Testamento temos o prin..cipio do Reino de Deus; no Novo Testamento temosoReino na sua perfeio. Tudo isto se v claramentequandeaTheeloga do Velho Testamento estudada doponto de vista da grande operao de Deus em introdu..zir seu reino enire os homens.

    (d) A quarta observao que o nosso ponto de 'vista mais theologco do que psychologico.

    Como j foi dito,a nossa tarefa, devido ao ponto devista, .nterpretar o melhor possvel o pensamento deDeus em relao sua creao , Queremos saber tudoquanto Deus pensou, planejou e fez a. respeito do seu.grande proposito de fazer o homem sua imagem,'sua semelhana. O nosso intento apanhar o prme-ro indicio da vinda do Reino de Deus entre os "homense acompanh-lo no seu desenrolar 'at o fim doVelboTestamento. A:ssim veremos chegando o Reino de Deusdesde o principio at v~lo. em toda a sua plenitUde,com achegada do nosso Senhor Jesus Christo . Pormem fazer Isto no vamos consultar tanto a vida religio--sa do homem como acompanhar os passos dvnosemalcanaras resultados visados. .

    .o, periedto Reino de Deus ea Jesus Chri&to f()~J1'.cltlalmeDte iatl'oduaido e preparado para. ell.abelecEW'um":reinoverdadeiro, mas em estado iJnpedeitoe ele.. Baho -de fonnaa,t.-porarias, e administtado deBI~ra.4Ite.....riMe p~&~va;mente "s bom.eD.8,0 deId.'.veNadeiINJ do1\eiM. . eada.-.o W .. iDtrod,,-.de ....,".0 .mais IJerf~o e _. otapreeBllie ...elara tlIeItel\eino at elteprmOfl. p'erfeiio do "l8lait

  • 20 ' THEOLOGIA B1BLlCA

    em Christo Jesus. O Velho Testamento.e:drlbe este ,es-envolvilnento do Reino de Deus, no s6mente quanto sua chegada gradativa IDa~ tambem quanto sua com-prenso progressiva por ~quelles'aos quaes o R~inochegou. No Velho Testamento podemos ver a corri'nteda aco divina desde seu inicio, qual rio pequeno, , ,ar-gando-se cada vez rnafa at desembocar no Novo es-tamento. Ns at podemos rnede a profundeza desterio; notar as suas rmrdarias, devido entrada 'de outrosaffluentese acornpurrh-Io em todo o seu transcueso ,Fazer isto ser theologo do . Velho Testamento. ,~ justamente isto que pretendemos fa~r. Porque esta-:mos persuadidos que um estudo feito deste ponto de yis-ta dar os maiores resultados no smente para a nqssavida espiritual como lambem para a nossa com.preien-

    .so do mysterio de Deus em. Christo Jesus. .(e) A quinta observao que o nosso ponto: de

    vista o ponto de vista do proprio Velho Testamerrto.Todo o Velho Testamento, tanto a revelao como a hrs-toria, o dsenvolvimento do proposito e do plano) deDeus, de fazer o ihoruern sua Irrragern . E nntur-alrnen-te quem. escolhe o proprio ponto de vista do Ve-lho Testamento tem uma vantagem bem grande !so-bre aquelle que procura .interpretar os factos do Ve-lho Testamento sob outro ponto de vista. Os factos i doVelho Testamento so apresentados do ponto de v,~Sstade Deus e do seu grande proposito de fazer o homem sua imagem e semelhana. .!

    Convem notar aqui. entretanto, que estes dois pon-tos de vista, apresentados no se excluem zmrtuarnerrte ;no so oppostos um ao outro. Em.quanto o primejiroapresenta a religio do povo escolhido, ou o reino] deDeus como se acha no Velho Testamento; o segurtdoapresenta a operao de Deus em crear esta vida r~ligiosa ou em introduzir este mesm.o reino~ como se aqhano Velho. Testamento. Por isto muitos dos' factos queconstituem a Theologia do Velho Testamento p oderdarnser bem apresentados, de qualquer destes pontos de ",is-ta. Poem desde que o segundo maior e abrange tqdoquanto o outro encerra, e ainda mais, serve mel~orpara0 nosso fim, parece mais simples. contar o queDeus fez do que interpretar 08 resultados destes aCftosdiversos na vida rligiosa ,do- .holnem~. ,E' .claro entoque ~ valor ou vantagem principal do ponto de vista 1e8-colhIdo' para este trabalho est no seu aproveitame1;tto

  • DO' VELHO 1'ESTAMENTO

    da histora do povo de Deus. Isto muito; porque Deusrevelou e conseguiu tanto naquillo que fez como na-.quillo que disse.

    . 3. Queremos, aproposito, mencionar apenas trsdos optimos resultados de Um est,!-do da Theologla. doVelho Testamento, do ponto de vista do proposto deDeus, em vez de faz-lo do ponto de vista da: conscienciareligiosa do homem.

    (1) O primeiro resultado ser uma base maior emais -ampla. Como j. foi notado, em geral, pouco usse faz, da historia Israelita na confeco da Theologiado Velho Testamento por aquelles que escreveram aTheologia do ponto de vista da vida religiosa d ho-mem. Mas o facto , que Deus se revelou tanto na bis-toria do seu povo como por qualquer outra maneira.Por isto, para haver uma Theologia completa precisa-mos de uma base que inclua a'bistoria como elemen-to b1t~al da operao de Deus em introduzir seu Rei-no entre os homens. A bistoria do povo Israelita no uma bistoria profana e commum; uma historia sa-grada e destinada' a ensinar grandes lies acerca deDeus. e dos seus planos. O que Deus no podia ensinarpela. lei e .propbecia Elle ensinou atravs desses fJr,andeamovimentos nacionaes e ntemaconaes. E' mais quejusto ento que esta sagrada historia faa parte integralda Theologia Bblica do VelhoTestamento.

    (2) O segundo resultado ser uma separa maiscompleta do elemento divino e do elemento humanoencontrados no Velho Testamento. Decerto quem temlido, mesmo poralto, o Velho Testamento tem notado, agrande diffieuldade em dizer que aqui Deus age e aliquem age o homem. Agora esta difficuldade cresceassustadoramente quando se procede. ao estudo daTheologia Bblica do Velho Testamento do ponto devista do homem ou da sua consciencia religiosa, A ...a-zo disso que 'o judeu geralmente ignorava ascausassecundarias e explicava tudo do ponto de ,vist.- ,daprimaria, Deus. Sendo assim Deus seria' culpado de tudoat daquillo que o rproprio homem faz em opposi~.aDeus. Veja o caso de Phara ; "Mas aggravou,Pharaainda esta vez seu corao. e no deixou iro povo." (Ex.8 :32)., "O 'Senhor, porm, endureceu o corao.de Pha-ea, e no os quis deixar ir." (Ex~ 10:27). "Assim oeorao , dePhara .se endureceu, e. no deixou ir

  • THEOLOGIA BIBLlCA

    os filhos de ISrael, como o Senhor tinha dito por ~oyss". "(Ex. 9:35). Agora si examinarmos todas .~t8Squestes, no do ponto de vista da conscenea reli osado homem, mas do ponto de vista do grande prop stode Deus, cremos que no ser muito" difficil distinguirentre aquillo que o homem faz e aquillo que Deus ~az.Estamos certos de que tudo quanto Deue fez, Elle ofez com o fim de adiantar o seu Reino aqui na terra;isto , trazer o homem em mais intima communho comEHe mesmo ~ A's vezes Deus hem energico diante deobstaculos postos no seu caminho pelo homem rebelde.Em todas as suas severidades, porm, ha o designid deadiantar o seu Reino entre os homens. Ha um signallemtudo quanto D.eus faz; o signal do seu "Etern.o prqp.0-sito" - de erear o homem sua imagem. Este si~naJnos vaeiajudar a; separar o elemento divino do ~lemenio humano no Velho Testamento especalmente lemrelao vinda do Reino de Deus aqui na terra. \

    (3) O terceiro. resultado ser uma Theologia maispura. Segundo a origem, a palavra "Theologa" signi.fica "uma palavra acerca de Deus". A palavra "Theo-logia" vem de duas palavras gregas, "theos" que erdizer "Deus" e "logos" que quer. dizer "palavr ".Theologia ento uma scenca que trata de Deus.. es-de que o nosso ponto de vista Deus mesmo e de deque o seu Bterno Proposito o fio de ouro que un evaloriza tudo quanto as antigas Escripturas apresentam,segue-se naturalmente que a nossa Theologia deve sermais pura do que uma theologa tirada do contedo idaconsciencia religiosa do homem. Se assim , o fim rmvista, a apresentao dos actos de Deus' na introduc odo seu Reino entre os homens, certamente justific omeio empregado. i

    Entretanto precisamos reconhecer que a Revela-o progressiva de Deus tem que ser apanhada e acdm-panhada pelo homem. Revelao divina sempre espe-ra a compreenso humana. Revelao Implica compre-enso. Agora nesta compreenso por parte do homemha sempre uma ou outra lacuna. Deus repete, ma, ohomem nem sempre compreende o alcance da Rev~laco divina. Eis mais uma razo porque cremos que a"theologia constituida dos factos encontrados num estu-do do ponto de vista de Deus tem que ser mais pura. \

    4. Chegamos agora a uma questo 'muito Importn-te. Sem responder a elIa no poderemos letar

  • avante o nosso plano de confeccionar uma' TheQlogiaBblica do Velho Testamento, A questo a seguinte.

    Onde que se encontram o pensamento e os aetosde Deus-em relao li introduco do seu Reino entre OIhomens? J fuemos do proposito eterno de Deus a pe-dra fundamental da nossa Theologia, ou melhor aindaa argamassa do nosso edfic theologico. Os pensa-mentos -e os 'feitos de Deus em relao ao seuReino soos fftijolos" com que .vamos construir o nosso edifieiotheologioo. Naturalmente suscita-se a questo onde que vamos encontrar esses' "tijolos", esse material? Res-pondendo a nossa pergunta diremos que as fontes .dasquaes vamcs tirar o pensamento de Deus so trs. a sa-ber:

    (1) Das duas palavras. .Deus em palavras bem claras tem explicado aoho-

    mem os seus.planos eos seus pensamentos. Elle nQ temdexadoo .homemna Ignoranca a respeito dos .seus de-sgnios. Desde o principio Deus tem falado at face aface com o .homem, faiendo-o entender o seu modo. depensar e de agir. E' mesmo como se dz em Heh, 1 :1."Havendo Deus antigamente falado muitas vezes.. e emmuitas maneiras, aos paes, pelos prophetas, a ns fa-lou-nos nestes ultimes dias pelo Filho." Quem l comattenoo Velho Testamento tem que ficar admiradocom .apacien-cia de Deus em repetir os seus ensinos;em to~nat a explicar ao homem o que Elle quer queo hom'msaib~ e faa , Si o homem no tem compreen-dido os desgnios de Deus a culpa no de Deus; por-tlue EUe' tem .. explicado tudo . Vela' Gen. '2:15-17. "Etomou o Senhor Deus o homem, e o ps no jardim doEden para o lavrar e o guardar. E ordenou o SenhorDeus ao homem, dizendo: "De toda a arvore do jardimcomers livremente IDaS da arvore da sciencia do beme do mal, della no comeras; porque no dia em quedella comeres, certamente morrers." Agora essas' emuitas e mltiplas palavras de Deus. dirigidas aos ho-mens demutasmaneras, so uma das fontes.nas quaesvamos. encontrar o pensamento divino, e uma fonteriquissinia.

    , (2) Das instituies dadas por Deus aos homens .. No bainBtituiio alguma no. Velho Testamento

    que no tenh&.por fim' exprimir um pensamento ou umplano de Deus. Todas ellas, sem excepo alguma, fo-.

  • ram 'dadas para ensinar uma lio divina e. assim d-antaro Eterno Proposito de Deus em relao salva-o do homem perdido nos seus delictos e peccados , '.O que Deus no pde transmittirao homem por meiode palavras Elle tem-no incorporado em nsttues eassim transmittiu sua ida, e sua vontade ao homem.E mesmo no difficil descobrir o pensamento de nbU6nestas instituies. Tomemos por exemplo a institui-o do sacrifcio. Qual o pensamento de Deus encor-porado nesta instituio? Certamenteno ser difficilsaber se lembrarmos o grande sacrificio de Chrsto , E'claro que Deus est dizendo por meio desta institui9oque sem derramamento de san~ue no. pode haver 're-misso de peccado. Neste sentido o Velho Testam~nto uma especie de Jardim da Infancia no qual n~usest dando as suas lies por meio' de objectos concre-tos. Por isto em nosso estudo da operao de Deus emintroduzir o seu reino entre os homens, vamos lanar~ mo das instituies, dadas por Deus aOS homens por..

    que nel1as temos consuhstanciados muitos dos peUsa-mentes mais nobres e os planos mais profundos de D~us.

    . Todos elles falam altamente dos maravilhosos desi~o8de nosso bom Deus. '

    (3) Da Hstora Israelita.A terceira fonte donde vamos tirar o pensamento

    de Deus em relao ao seu Eterno Propsito a hi.to-ria Isr_ael~ta. Esta histeria no _ histria commum.EUa nao e o resultado das evolues das foras na1tU-raes e sociaes. Ahistoria Israelita historia feita ideproposito e de propheca , E' historia escrptapela ~Odivina. E' historia "fabricada", e "fabricada" por D usmesmo. Gen. 12:1-4. "Ora o Senhor disse a Abrah o:Sae-te da tua terra, e da tua parentela. e da casa ideteu pae, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-euma grande nao, e abenoar-te-e, e engrandecerei oteu nome; e tu sers uma beno , E abenoarei os quete abenoarem..e amaldioarei os que te amaldioarem;e. em ti. ~ero b!m.ditas todas as familia~ d.a te.,rra . !s:SIm partiu Abrao, como o Senhor lhe tinha dito, e fOILot COIU. e1le: e era Abro de edade de setenta e cncoannos, quando saiu da Haran ." Assim se v a vontadedivina transformando-se em hstora. Por isto, esta hs-toria outra fonte riqussima onde podemos achar, emabundanca, os pensamentos e os desgnios. de Deus,.0 que Deus no podia dizer em palavras e em. iD$ti-

    24 THEOLOGIA BIBLtCA

  • DO VELH01ESTAMENTO

    tues Elle tem dito em grandes movimentos hiatori~cos dentro e fra da nao Israelita. Os acontecimen-tos historicos na vida de Israel so por eXlCel1eDCia.grandes lies de Deus .dadas publicamente diante detodas as naes. O seu auditoria foi bem grande e 88suas lies foram bem preciosas. J se v que no hafalta de meios ;para saber Q que Deus tem pensado arespeito do homem, a cora da sua creao , '

    5. Ha mais uma questo em relao ao nosso pon-to de vista que temos de considerar brevemente. Se-gundo o nosso ponto de vista teremos que apresentar08 esforos de Deus em introduzir seu Reino entre oshomens. Naturalmente surgiu a questo onde queiamos encontrar material. para a nossa theologiafeita deste ponto de vista. Acabmos de responder 8esta pergunta. Respondida esta, levanta-se outra.

    Como vamos julgar o progresso feito 'por Deus naintroduoo do seu Reino?

    &ta uma das questes mais praticas que temoe deenfrentar em todo o DOSSO trabalho de preparar umaTheologia Biblicado Velho Testamento. Precisamosdscobrir desde j um meio de medir e de avaliar oprogresso da vinda do Reino de Deus. Aonde vamosencontraras evidencias que provam que o Reino estrealmente chegando e progredindo? Como vamos deci-dir si ha progresso ou no? Quaes so. as provas de queDeus est effeetuando aquillo que se pr0p6s a effeetuer?Como foi explicado, Deus no Velho Testamento no'est procurando apenas fazer certas revelaes, pormest procurando crear um certo typo de vida '- vida se-melhante sua propria vida - est procurando crearo homem sua semelhana, As evidencias ou .as provaJ,ldo successodivino em intrdouzir o seu Reino entre OIhomens encontram-se em tres fontes.

    (1) Encontram-se principalmente na- vida do povo.Isto bem natural porque o Reino de Deus mesmovida; portanto, manifesta-se na maneira de viver da-quelles que esto dentro do Reino e queteem dentrode si o Reino.

    Em vez de fazer a vida do povo a base principalda nossa Theologia, como a maioria de theologos faaem,vamos empregar .esta vida religiosa do homem comomeo de julgar o progresso divino na introduco doReino de Deus. Este Reino como jnotmos no con-siste apenas em. revelaes cada vez mais completas de

  • 'fHEOLOGIA BmtlcA

    uma moral cda vez mais perfeita; mas consiste dei umavida moral de nivel sempre crescente. cada vez maispura, O Reino de Deus o resultado moral e esphitualalcanado por Deus na vida do homem, Numa pa a-vra, o Reino de Deus communho entre Deus! ohomem. :

    E' aqui que se v a intima relao entre os id ispontos de vista j discutidos. Um aborda, aquesto aTheologa do ponto de vista dos resultados alcanad s:o outro aborda do ponto de vista do proposito e aactuao em alcanar taes resultados. Um estuda o~suItados alcanados, o outro estuda o processo ;p Io "qual os resultados' foram obtidos. Por isso, o uso Iq ens fazemos dos resultados "alcanados na vida dopo .0 medir e julgar mediante esses resultados o progJte odo emprehendimentodivino de implantar seu R~ ono corao humano.

    Neste desenvolvimento da moral do povo tem sprovas irrefutaveis de que o Reino de Deus j cheg ue que continua a chegar em propores cada vez Ih issatisfatorlas. i '

    Por isto vae ser necessario fazer um estudo beapurado da conscencia religiosa do povo Isra~t .Precisaremos descobrir, em cada poca da vida do IP -vo, o padro moral da epoca, comparar esta mora). ~a m.oral que a precede e com que asuceedeafim de ~\ -gar o processo feito de epoca em epoea. Uma das eo -sas mais interessantes acerca do Velho Testamento a: constante elevao da sua moral e do seu padro lural , " I

    Devemos lembrar-nos aqui de que Deus comeo .onde o povo estava, moralmente falando, e progress -vamente elevou a moral do povo at chegar mor Iapurada da epoca do Novo Testamento. A vida do P9vrefleote esta crescente moral." Por isto appellamos p -ra a vida do povo afim de saber qual o progresso f~itna introduco do Reino de Deus entre os homens. i

    (2) Podemos encontrar tambem as evidencias i~vinda do Reino de Deus em certas escripturas do Vlho Testamento.

    Ha no Velho Testamento, geralmente falando, duaqualidades de Escrpturas. Temos asesoripturas ~uveem directamente de Deus, As escripturassobre a ile aprophecia so exemplos disso. Talvez o exempimais frizante so os dez mandamentos." Tambem ite

    ,"

  • DO vELHO mSTAMENTO

    ..

    mos outras escrpturas que veem de Deus, mas por meioda vida do povo. Os Psalmos so exemplos bem vivosdesta qualidade de eseripturas. E' nesta ultima .classede escrpturas que vamos encontrar seguras. evidenciasde que Deus realmente est alcanando na-vida do seupovo o que se props fazer - a ntroduco do seu .Reino. ' Mas notemos bem que no estamos deendo nose poder achar nas outras eserpturas evidencias doReino deDeusjporque se pode encontr-las. Estamosapenas limitando-nos s evidencias, da vinda do Beinede Deus, .que se encontram nas escrpturas que saem davida do povo. Essas evidencias so mais drectas e maisabundantes.

    A operao de Deus em introduzir o seu Reino en-tre os homens abrange .um espao de tempo considera..vel. Mu felizmente temos nas, eseripturas, eserptoscontemporaneos com esta grande operao ;escriptosque reflectem e exhibem o progresso e successo destaoperao atravs de todo o seu trajecto. Podemos olharpara esses escriptoscomo para um espelho e ver o Rei-no de Deus crescer, de imperfeito que era, at appare-cer em toda a sua perfeio em Christo Jesus. .

    (3) Alm da vida do povo e seus eserptos vamos en-contrar evidencias do progresso do Reino de Deus nosdifferentes padres moraes encontrados no Velho Tes-tamento. O padro moral foi sempre adaptado con-dio moral do povo. Veja-se que Jesus disse em rela-o ao divorcio permittido por Moyss. Disse-lhe elle:Moyss por causa da dureza dos vossos coraes vos per-mittiu repudiar vossa mulher, mas ao principio no foiassim. Eu vos digo, porm, que qualquer que repudiarsua mulher, no sendo por causa de fornicao, e casarcom outra commette adulterio... (Math.19:8-9). E proporo que Deus elevava a moral do povo Elletambem elevava seu padro moral. Assim Elle foi depadro menos exigente at chegar. a exigir que todosfossem perfeitos como Elle perfeito. "Sde vs poisperfeitos, como perfeito' o vosso Pae que est DOScus" .. (Math. 5:48). Portanto pelos padres moraesdas pocas diffe.rentes podemos julgar e medir o pro-gresso de Deus na introduco do seu Reino. Numacerta poca o bom Israelita foi aquelle que offerecia

    scrici~s segundo a leis. M~i~ ~ard~ ouvimos os pro-phetas dzendo que. seus sacrfcos saooma abomina-o. Isa. 1 :13. '''No me tragaes mais offertas debal-

  • \THEOLOGIA Bm~I28de: o incenso para mim abominao, e as luas npe os sabbados. e a convocao das congregaes ;i oposso supportar nqudade, nem mesmo o ajuntam n-to solenne ,". '

    Assim temos explicado o nosso ponto de :v1is a.Considerando que o ponto de vista exerce to gran einfluencia sobre o estudo; e tambem attendendo ai eo nosso ponto de vista um tanto differente do po tode vista geral na Theologia Bblica do Velho Test$

    , to, pensamosque o tempo necessario para a sua ~p sentao no seria tempo perdido. Queramos collodeante de ns mesmos e deante de quem l esta ~bexactamente o que pretendamos fazer. A nossa t~ a acompanhar, 'desde o seu inicio, a grande opera ode Deus ria ntroduco do seu reino entre 08 hom~n .Afim de julgar o progresso desta operao divina' v -mos appellar para a vida do povo Israelita em tod$ 8suas phases e manestaes. Vamos appellar t..ntopara a historia geral como para a vida particular.

  • DO VElJI TESTAMENTO

    11

    OS FACfOREs FUNDAMENTAES DA THEOLO-GlABlBUCA DO VELHO TESTAMENTOHavendo, explicado 'ligeiramente o n0880 ponto de

    . vista, queremos agora, em poucas palavras, dar a nossaida a respeito dos factores fundamentaes, com que te-mos de lidar, na preparao da nossa Theologa. Reco-nheo que isto antecipar um pouco o que vae seguirmais tarde, porm cremos que uma comprehenso elarae nitida dos prinepaes faotores envolvidos. nos auxi-liar grandemente, no smente na interpretao dosnumerosos factos que nos esperam, mas tambm nos au-xiliar bastante em alcanar os melhores resultados. Sebem que a: ordem dos factores no altera o producto, oproducto o resultado dos faetores. Por isto vale a pena,'desde j, fixar bem, em nossa mente os principaes facto-res com que temos de trabalhar. Ha tanto detalhe, tantavariedade no Velho Testamento que, se no tivermos umsehema qualquer em que possamos encaixar todos es-tes factos, somos capazes de ficar perdidos em meio deuma grande confuso. Os factores por serem fundamen-taes vo attrair para si muitos factos isolados e vo or-ganiz-los e colloc-los nos seus respectivos lugares.

    Agora quero que fique bem claro que. o que. esta-mos fazendo aqui no discutir estes factores; mas sim-plesmente dizer quaes so. E ainda mais, a ida dessesfactores, isto a nossa ida delles nesta introduco no necessariamente a ida do povo Israelita em todas aspocas da sua historia. ,

    A questo no o que os Israelitas entenderamem relao a estes faetores porm o que ns hojeem dia pensamos a seu respeito. O ponto de vista agorano tanto Bblico como Systeniatico; o que nsachamos tanto no Novo Testamento como no Velho Tes-

    .tamento. Ns que estamos fazendo o estudo, queremossaber de antemo quaes so os faetores que vo entr.rno estudo que queremos fazer. .

    Ha quatro faetores' prncipaes, Notemol-os bre.e..mente'.

  • II

    THEOLOGIA BIBUC' ~'1. Deus o primeiro [actor . '

    . Surge immediatamente a questo da qualda-de de Deus que temos no Velho Testamento? Nol es~tou perguntanto qual foi a Ida do povo Israelita a \res-peito de Deus; mas, na realidade, que qualidade de Deusencontramos no. Velho, Testamento? E' UJ\\.J)eus .entremuitos? E' um Deus local, nacional ou universal? A res-posta que damos a estas perguntas detel'IlliDar graq.de-mente a nossa maneira de interpretar milhares de! fa-otos que .vamos encontrar no Velho Testamento. Sie anossa resposta, s perguntas acima feitas" fr boa; te-remos, de antemo, dado a soluo parclalde mutosedficeis problemas que vo surgir em nosso estudo. Em-fim, o valor da nossa Theologia dependera da. respostaque dermos pergunta U Que qualidade de Deus temosno Velho Testamento? - ' "

    ,Tomamos por provado que o Deus do Velho Testa-menta o unico verdadeiro, eterno e santo Deus, cnea-dor dos cus e da terra, que tem como proposito f~''ode crear uma raa sua imagem, e que vae executar teproposito atra.vs da nao Isra.elta, O Deus do. V.e hoTestamento um s. E' espirito pessoal. E' um Deuss n-to. E' um Deus de proposto eterno. E' um Deus de ar.E' um Deus omnipresente, omnipotente e cmnscenke ,E' um Deus que se props abenoar a raa toda ~'rmeio de uma nao escolhida. E' um Deus j usto , A' uzdestas Idas de Deus pretendemos examinar todos os a-etos do Velho Testamento que de qualquer ma.neiralserelacionam com Elle. Porque se sabemos que qualidadede Deus temos no Velho Testamento poderemos ex,rcar em..parte pelo menos a razo porque Elle fez ,. toou aquillo. O Deus do Velho' Testamento o mes aoDens que encontramos revelado no Novo Te.stamen:~o.,,,Porque Deus amou o mundo de tal m~eira que . Jl ~o seu Filho unigenito, para que todo aquelle que' Decr no 'perea. mas tenha a vida eterna. " (Joq. 3:1 ).

    2. O segundo lactor'que entra na formai.Odo$ la-elos que constituem a Theologia. do Velhq Tf8-menta Q homem. ~

    Queremos indagar a.gora que especie de home*ml e.mos no Velho Testamento. E' um homem extraor .rio ou o homem eommum o daquelle dia?Huito e-

    pend~ d..a nossa da do homem. do VelboTestam...' eDtP..Ha m..ilhares -def~tos no Velho Testameoto.41ue S(e.reJla-cionam com '0 hom~m, e sem saber que qualidade de 'IJP-

  • DO VELHO 1rESTAMEN'rO

    mem temos, como vamos explicar..... fados? A natu..reza. do. homem, como a nabaeza de Deus, tem uma re-.lao inlima'para com.-seus actos.

    Aibda'm-..precisamos indagar da natureza do.Q.mem paft'lfftt possamos entender melhor porque que.l>elII' trata o homem desta ou daquellamanera ..O mO'!'do pelo qual Deus trata o .homem depende em parte danaturesado.hemm. Tomemos por exemplo o dilvio.Como se e1tplica o diluvio, do ponto de vista da naturezade Deus ou do ponto de vista da natureza do homem?Se dissermos do.ponto de vista de Deus, como ento seexplica o factodeNo e sua famlia escaparem? Porque que Deustratou No de modo differente. A base daex-plicao do dluvo acha-seno propostoeterno de Deus.e na natureza do. homem. Por isto temos que indagarsobre a natureza do homem para podermos entender me-1l1Qr o IDQdo pelo qual Deus.trata o. homem. J se v queuma resposta boa a esta pergunta vae nos ajudar mui-to em nossa interpretao dos factos mais intimamenterelacionados com o homem; porm tem tambem suas re-laes 'para com Deus.

    O homem que se encontra no Velho Testamento;isto ,o homem que constitua o povo escolhido, foi ohomemcommum daquelle dia. E' verdade que o povoIsraelita tinha certa queda para a religio. mas fra .disso era o povo commum daquelle tempo.. Deus noescolheu o Israelita por ser elle superior ou dfferentedos demais homens .. Como j observmos este povo ti-nha um certo geno para religio mas tinha tambm,CODlO os demais povos, muitas tendencias fortes e Irre-sistiveis para ornaI. E' o mesmo velho homem com to-das as suas qualidades boas e com todas as suas tenden-eas mh eoeaque temos de lidar. ,'Cumpre notar que no estou falando agora.dosho-mef1s eacepeonees taes como Ahraho, Samuel, David,e outros,tqais, porm, estamos falando do homememge-ral,da _assa dopovn Israelita. Quando Deus. principiouo seu trabalho de salTar a raa perdtda ElIe.come

  • os seus segredos mediante esta chave. O homem~'ntocom que Deus lida no Velho Testamento, especa enteno comeo, o homem commum, com 08 -seus dei Itos,com suas qualidades boas e com todas as suu te.n.de~claspara ornai; e, quas sem restrco alguma por .arteda sociedade no meio da qual viveu. Mas apesar de ~udoisto o proposto _de Deus abenoar este homem ~mmum. este pedacinho da !aa humana, epox: ni~io .delleabenoara raa toda, ate mesmo a creaao nteira l

    3. O terceiro faclor o peccado.O Velho Testmento reconhece plenamente a exs-

    .tenca de uma fora, de um poder, muito grande e mutopoderoso que sempre age em opposio vontade b ao.proposito de Deus. Logo no principio encontramos lessafora, representada na serpente, desviando o homem do

    -camnho indicado por Deus para um caminho erradoe escolhido pelo proprio homem. Veja o que o Apo$toloPaulo diz em Eph. 6:12. "Porque no temos que ~tarcontra a carne e o sangue, mas sim contra os prin ipa--dos, contra as potestades, eoo.tra os prin.cipes das t vasdeste seculo, contra as malicias espirituaes em os ar s."Sem tomar em onosiderao a existencia desta grlndefora contraria vontade de Deus como um dos pr nci-paes factores no Velho Testamento no hapossihil adede compreender o' que narra este livro. Segundo olVe-lho Testamento, apropria historia, os acontecimeintosnarrados neste livro, so os res.ultados dos conflicto~ en-tre Deus e esta fora ou poder denominado "peccado".

    Com isto no queremos dizer que o peccado sem-pre pessoal, ou que ha uma pessoa ou anjo mau, i*de-pendente de Deus. que est constantemente procuran-do estorvar os planos de Deus. O Velho Testamentolno ..reconhece a existencia de tal pessoa. O tal satan~ at apresentadooomo umsr sujeito vontade de $USemb.ora que. seja o accusador dos homen.s diant.e de D. uso"E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram a re- .sentar-se perante o Senhor, veiu tambem Satans e tre

    ,. elles. Ento o Senhor disse a Satans: Donde ven8\? ESatans respondeu ao Senhor, e disse: De rodeiar a iter-ra, epasseiar por ella, E disse o Senhor a Satans: q,on-sideraste tuameu servo Job? porque ninguem ha na ~erra similhante a elle, homem sincero e recto, temente aDeus, e desviando-se do mal. Ento respondeu sat~uao Senhor, e disse: Porventura teme Job a Deus de al-de? Porventura no o circumvallaste tu a eUe, e a :Iua

    32 THEOLOGIA BIBtICA

  • ~: .

    .' -~

    /'OO~:'~(!U~TO"i~,aitbd!1~ quanto t~m?Aobnl; de8Ua.:;mos~aben~

    t).te,~ &~tl_dO est augltlentdonatena.'IMu;est.en..de a,t\hl"Wiit4~tGba;.;lhe emtudoquentotem, e veilla\8e

    ~l:d'dD~diloaba.; tua fCl E disse o Senho a~Sata..'ni&~IP1lqve.ttdo;quallto tem est;' na tua' niio;smeute

    CoR... ,fttt~. 'II.~.i~.. este.n.d.~a'tu.:am.ioo'EtSatanull1dut.a .p:ts:ti .91~dbor.':';'('()bt~:6~12)'. . Oi o . '", ~Ai8_:~s '!V. que()' Velho Testamen. tI'eeo.~l a

    .exsteca de uma fora m, fra mesmodalddahbma.t'que'est:' eniplena opposio voa\atk ~o propo-sito de iDeb8. ,Esta: fl'a no sm~nte se'manife-ta.aavi humana porm mauifesta-se tantbe11l.na terra, aavidar,d8s plant_e.atnpsa,nnn.es.. "E"()~abor:Deutdiue \l~J!p_de:'~J?oJ.'quanto o fize.te.isbl,~ ,~dita

    ...~nt..qIterfoda a\hesta~ -emas que'~dQiloa.e.JJUJnlesdoanlpO,:; SQbre().teu;v.ent~andaris,e ~JP6 ,~.~.

    o .todoS'GliaIuJdaluavida"E porei inimiza

  • 34 THOOWGlAB~LICArotar a Deus em tudo quanto elle tem o proposito de fa-zer em beneficio do homem e da creaio toda. Afimde fazer o que pretendia fazer desde o priaipio Deusento tem que vencer essa fora que Lbe .CPD la ecom a qual o.homemem geral um .alliado. vol tario,hom, fiel e persistente. Porquanto seo peecadop desseexecutar o seu plano ou fazer a sua vontade.; Deu teriade abandonar a sua obra de creara raa sua m gemoIsto EUe nunca far.

    J nos referimos ao diluvo, porm vem ao casmen-conal-o nesta relao. Na occasio dodilnvio areeeque o peccado se tinha apoderado quuida.raa a, demaneira que no era mais possivel a Deus. con guirqualquer causa com aquella 8erao. (Gen. 6: .rr "Eviu o Senhor que a maldade do homem. multip ~asobre a terra, e que toda a intaginaodoa ,eus ntosdo seu corao era s m contnuamente.. Ento me-pendeu-se o Senhor de haver feito ohomemsore. aterra e pesou-lhe em seu corao. E disse.o $anhor Des-truirei o homem que cree de sobre B, fae8' :da,terr des-:de o homem at ao animal, at ao reptil, e at. a doscus; porque me. arrependo de os haver feito. No tmachou graa aos olhos do Senhor." Quefe.Deus' tio?Em lugar de abandonar o seu plano, Deus, em l neli-cio desse plano"acabou com a gerao toda men oitopessoas e continuou a executar com este grupo p enoo seu plano de erear uma raa sua ~.m. eusachou melhor sacrificar uma geraopervetsa, in til e[perdda do'que abandonar o seu plano _crear umaraa sua imagem e assim a:benoar. milhafese ha-res de geraes. Deus nunca arbitrariamenteJanta miode medidas severs a no ser que seja ereenrso co ,antes de abandonara seu plano; istoE1Je nJ.lD~ ar.A. severidades de Deus explicam-se luz ti. bl t:

    .dade,s do. homens. Devemos dar graa. que, os .reede Deus so muito maiores do que os reeureoe do Mc~do. Deus vae levar avante o seu plano ap~ de t aopposiA: embora seja bem grave e belUgraJJde,. E IDoj not os, neeessaro tomar em consi

  • . \

    DO' VELHO D:8TAMENTOO\'"VO aonde ent;rares,e farei que todos 08 teus injmi-gos .. telvireJaue9Stas-.T&n\bemenviardves~ ai-_te, .ii. que ~lanceDl fraos bebreUlt osO~aJ3le~;e'08etbau8-Aiiaatede ti. .Niofarl eOl1~factor na formao dos factos constituintes dai'lholo-lia .BiWiea do Velho Te$tamento.. '. Nov..~,~.cluun~osa attenQ par~ ... ,,",v~esp,~er~:.~o C!O P.e,ccad.0. O pe~ca~9.agi;U,no m~~do pbYSlcq, na.p.*,,~o l~raebta, no ludivldlloe n. 1"ll~atoda COIJ1G. adver.ario .. de Deus. O Velho. TestaDtento~{a t~~~'~~ um @~n4e esforo_de Deu,s >emvlloei:: ogrande advei'8t,ldo hoItlem. Naose pde: nte?1der'os

    conteehitiltCW;no VeThoTestamento seID tlWat, eltaf~~ este dVriari., em' "considerao: ."Oi~; ogrande grito.-do ,apoeWo Paulo no NdVo ~"eJIlO:lfiIeravei ,hom=que .souI quem ine livram dO".eorpodesta morte I (Rom. 7':24). .

    .1 4'~ (}'flltll"to' far.tor a relao' elfalul.cida entre.LID.,., e1a.naiol,raelila. ' "

    ,-No~~, aqui na relao natural que; exittiaeatre. DeU.,e i tNa' a sua creao, por ser EHeiC) creador

    , d_htQdo; ,ma. ;aetuel1a~laoquefoi estabelecieJa.-por,Deua>dePQls da;~ do homem e no comeo MiPe-ralfodelbttodudt .seu Reino aqui na terra. .Como.. que Deus .. relacionou eom o homem "pois"'da 4)Ue-da eoocoaeo ,da obra salvadora? Deus re1aeioD~secomo homem priul,eiro por meio de um. ooneerio:'ou

    .'..deulll ceatraeto. Ficou estabelecida assim' UIlIa~lteIaO' ,lepl,e:mO,al entn Deus e ohemem, iDe.dbouas eon4iies. 'do. concerto eo homem 8S "aeooitoui'"

    lia di~ obsel'Vaes que queremos~r,'aeerca data lfdao por eontracto entre Deus e o ltoInem.

  • . 1.. \ Ovconeerto estabeleceu, na epoeaemque" 'pou,a Inelhor'ea mais intima relao que pocIia ser 'stabe-

    , .. lCih; 'entre um "Deus Santoe umhmn~JIl; oai e:pec- ,'eami~. Embora' que Dus quiBel8e i ter : o: emenr 'inais intimaLcommunho com ElIe;'Il'-'era: ouilyel

    dvido ....s, eondift'moraes em que $e;,achaoho-. I"ml. A.luz inb' s',relaciona, intillltlmetlt'com. Ire-,vS.' impossiveL 'Portanto era necesIHkJ:pr ma-

    mente ta:rn.al' o hotnem mais' semelhEUlUt :8'D '.. 'atesde -peder traz-lo unio maisintim&'eoIll:Elle. O no-tn~mch~.or'de peeeado nopde;stJPportva, \ n-adeDeua, ;Seria~con8u.ido. Psa, ,9(}:7;i"Poia .8OlI108consumidos pela moa ira, e' pelo teu tul'Ol"IO ' an-'guatiados. '1'Prtanto nesta relao cOlltrlctual; , \ tan-

    -to froax8;umtanto folgada, temos evitleDeias' - a' mi-sereoedee Graa de Deus. A relalo poreCJ o:era

    , ameis que. se podia fazer debaixo:daseolldi - ento< 'jeinantes. ' .q ,

    Emse tratando da relao entre Deu. e 0 homm de-:,;vemo8 semp~ nos' lembrar queeslamciFIftlsll com

    pessoas e cOlh,relaespessoaes. .Comb-tridos; emduas peS8o$s:pQde~ estar' bem p~ttinbo, "uma a ou-tra, physicamnte e estar at de r~ae',eo~tad pe,s-soalmente , Para ter relaes pessqas A~~S8' o quehaja,h~m~.,entre, os dois. E'preciso.:quesej, .e-.

    " II.lelhantes. ~~.ta etaa,.difl,iculdadenoqme()oWa'salvadora. O .homem era moralmente ,to.di(fer te' .detDeu.s:que no foi possivel uma relaomaito timaentre os dois ..- " (2) A ses4nda '-observao que 0- COllQerto f i feito

    com a nao e no com o individuo. ,O ipdivid anofoi'~DsuHadose queria ou no f~rpart~ido. ncer..

    'to. ,O grupo. f

  • . Pe,.lWlY.IqQJQa uJJica' ,~i~ade.:reoonh~ida::por ,.~ ,foi a unidatt-:d(i,.grMpo. ,1 ' , "

    "., Agol"a'!de'p88IapmideveQlOB .notarque'foLo tb)ieoe lferdadeiroi Deu que feZ} alte colJcerto coml8l'~l~ iieto":fez .'Isratl ...,oao:privilegiada.diffeNDt&deJqeabr.q.r outra ..O idaquelle,;ffia quaRto.',sua ',nIaia'

    , P''''~':eomfl)eU8l ;lRael DiO'er& mais aque1la:uaQ(aGm"thmem. daquelle daopoi prm;tra iumanaiO:cle;......, rdeatino'.::;1"eda,.a : Wsk>ria\tolmo~se.,Uma hilton.,.... !'ri~f 'sagIUld.'e.rm ais alta .itnpOl18ncia;Tal o;1_ttJltef, ~papa a'lla9ioipOI'itrpar, toda a raa hUblaDa.,''J''''Lvia 81' 'exeeUe!leiu deSta nao no provi__ ftLDa40'';o 'O~ .do .,,~ meemeporm vieram do'8eU,1 Deus',quee. ao,.~otempo o Deus de todo, o UBlBi!J.j .:,:4BVr: is. da&"diff~entrebrael e.as outra. ~llaOl"aeba iDO!~propriO'pbvolsraerita,porem ach.se Da;'jU..".fereb,lbfatre,,.oDusrde. Israel e os deuses. dos de8;l" ':povese:D*feS inq eram nada'. ,Isa... 45C:21.,."n"I,n8Dciae,e':ohega&vos. t tomae coneel.:.: todos :iUDU, :queQlfeaolR'ir istodeade a antiguidade?'qem;de" ...r ;t~oaPIl"ciOu:?pol'Venklr.Do soue~ o Senhor.t~Jtioi'ha tutro:"Jj)eua ,aeDo ,eu; Deu! .justo .e SillvadW:iDo (.L.ha fra de. ,p;aim ~ i', : .......(3) Ai, t~reeJrtrobservao ~e'f~em08 ',em 'lottio i t

    . deSta'rel~' edJ1ftaetu'J~ntre Deus e .. ana~o~,que;'emg~lll~ .' ~' qJl'Cijttn,upia"~ '. grupO, e o iqtliv~~l ']Wf!~

    ~ei~ ~o'~o.a.Deu~t ambos,istb, ; a na~~''~.iIlt1i~':'=1~O'T~=

  • i bserva,o que fazemos equ~,() grati-'de Pt9P,Q$itP 'deOemJ alm de unificar arevelal.dll lhstoR1~':ct t~th9.. 'eliave de' oro que abre t~OI

    se~~tlQ$~ J-Hlb ,da .re"elaio CC]Ilo.da ~tor.'"itIm)Sc~~1\r~l1~ arevela~ioea.hstora por'contemPlal.ls:~~Itd~d:.~~~~~~l,~r~~d:p;r~t:T~::.;;vaeaer' a :pe~,4e,. toque i1E;ste .~8tndo ~ .' ~Q"pa.i~~~'que,:g.~iv~.~l~U,4s audenas mulUplaJ'a mJe terem~~'.;t1~,,!~tb.,-r~~ o llosso ponto de parti~eYom'"m

  • 1,\ 1,[I

    i\I:

    THEOLOOL\ Bm42

    tas. Como vamos saber qual a corrente pura e ver-dadeira. Como vamos -saber qual' a corrente. que e;'vemos seguir? A resposta j est mo. Vamos 8 -metten todas essas correntes e opinies noasa pe ade foque. Vamos examinar todas elIas luz 40 gr depropsito de Deus em crear uma raa' sua, irnage A corrente' de opinio verdadeira .ser aqqe1la quetiver de, ,p,erfeito acgrdo .com o grandepl'Oposito deDeus. E tudo que nao estver de acordo com este, ppositorejeitaremos. Se no nos afas~armos do pro O'" 'sit) de, Deus de fazer o ,homem , sua semelhana opoderemos perder o nosso caminho nesta' longa e if..fieil io.rnada. " ,

    3. Mas alm das diversas correntes de Vi4a e i..nies ha tambem muitas instituies, civis, legaea, ...tuaese moraes. ,Essas jnstituiessoprovisorias upermanentes? Que valor tm eUas? Por' qu....to te

    vigor~ 1, Qual o fim de cada uma .den~$'1 'Poder a~mos fonn~ainda outras perguntas; p~e8tl.$b, 'tam JlaJ"a revelar o trabalho que temos em fAlerPre .as. inst~tuies. Como vamos julgar e interpretar agrande :variedade de~tituies1 POr meio ,l" Prosito$terno, de Deus. Vamos. julgar e interpr~~ as tituies .!Iuz da suautilidade e facUidfld' em in'dusro Reino de Deus entreos homen. Va'~8j~ -as luz do fim para o qual foram, dadas. 'Creio 'q ecom esta pedra de toque',podemos no smeote co' ...ct"amen,te avaliar cada,. in,sttuo porJn. ~erem stambem collocar cada 1ID1,a no seu resptl1'O' ,Jogar ogrande Propositoe plano de 'Deus. '

    " 4. Mas, alm. de julgar as correntes de viia,as''ni)es e as institllioos teremos de julgar.t~ a Dlralprogressva do povo. Como vamos yaliat a, mordq;P?vo. Certamente noser, just~ ~ulga1..a

  • .Aetos 17:80,'-l)e,80rte que Deus, 'dissimulandoos,teJD.j .pos da;1gUtraneia, anaunca agora a todos os hOrDeDl. Je:emtW eilopr"que se arrependam." Por mo no'.'"justo iuIs- amOral de Israel no tempo do E%OOo;pe1a'moral' el.ta~. no tempo de Isaia8;~' E' neee__io

    Do_:.-.es;idJ,ff~rentes, gros de moralidade para"hAu:aapfeciar;.G~\1OCessode Deus em introd.W' o Seu a.;....no. ,Baet" le~.r""se ;qy;e nc Velho Testamento, 1qgQ.:~ i,~o".,co~iBagemeracommum at ent1'e .lho~! ~D&.; k()je" eondemnada por tQd08 ~rapraticada po1"; muitos. Naquelle tempo era pratica. por,mqilos. econ.

  • .'

    privemos demais desta gloriosa opporbmidade.' P i8 rsemreeonhecere nter-aco entre a-voatadeivinaa .vontadehumana no ser possvel expUear OI lumuitos delles bem duros, no Velho Testamento.

    6. No pretendemos importar verdade. do NTestamento para o Velho Testamento,porml'OO "CtnOS desde j queo Velho, Testamento te. que cmmat no Novo. O Novo o ponto fixo tara o'.ual-tamS eamlnhando J est portanto dettUdDao, ogar onde vamos sair que s portas do Novo'ltstmto. Pois com os olhos fitos em Christo Jeaus,!a CODIUmao do Velho Testamento, temos de 'tammbar. ' ..mes passar atravs do Velho Testamento interpreta ..do todos os seus factos do mesmo ponto de~.qtt JSUl os interpretou quando Elle caminhou 'tom 0114

    , discpulos que .am para Emmaus: oponto. 'rista' oEterno Proposto de Deus. Ah I se tivesseDlQl;" pal -vrasde Jesua ditas naquela occaso como Dc,a' riam n~sta tarefa ardua qual temospest ;D08miqafEoibora que no tenhamos essu fala.vrIIS eJeau.: temos muitas outras palavras e mel.fies CJnos .condusro ao fim desejado -' aexplieaiodos, f etosdo Velho Testamento luz da sua coftSUJlUDapoCl1risto Jesus. .. '

    i).

  • IV, ,

    ""lJERNI9Of'ORMAL DA THEOLOGL\;BfBUtA, 'DO~fESTAMENTO!rSUARl'lJtlO'

    . ',' 'PUACOM'OV'fROS.ES'I'UI,lOS ~ I," CONGENERES'"

    :t.:Dtm,lo. . '., .. ' ',Q.:WeDjpTe.stanlento um livro coxnpqsto, 4e;m~ijls

    par~el, ~~~comp~i~o se estende,..u. sobr~:9P'ip,en~()!:ae::u'~:2'~iii:' a:::!e~~:oJ~a~;:Sa~~fl:J;tempo. .Ha, .. contudo, na Biblia escrpto oontempora-

    i, netW ODllUlta boa ,parte desta .,' operao, .refledlndc>-ae revelando, suas crises e seus pontos. .... ,saIt--.A. 'fb~p.B~ ...,.Bib!ica do. Velho T~stamentopoI1anto a. !'fIif~~(fm(l.~p, 'l!i,torica e genetlCQI da .(IN!!1de.0R.~~atiQ,4eJ1eu" em.mtroduzir seu reino enfreo'h9meJU.

    " Por,a4BA destesfatoS a Theologia BibUp.le)a'~bi8~.u~t~08.h.e.tll pronunciadosr histOtica'e,l.~'"tca..". , . ' . . " .... : .

    .' '(1i~W 'UJn,~t1Jdo historico. Estaopet~o."~ ~llstomo~,jqgar,i~tro da hstora. Deus pri.Jl4AiqujleU

    .tllabaUtqJMU,118.data e .em outra data C'>~U1IJIDO~tW"U/.1......Jm... 0 'q~.~an.tt.':JQ ao. Velho.0 .Testamento .. 0.... fai.e....t..O&... ,fawn

    o

    '

    . parl&'ila'.~a universal, Dahi aneeepi4a4.e'.AAl~-,tllll~.-aQpel'Aio como. historia; a.tll~gloJ,io~~is

    toma:~aia e$luda~' pelos' homens. Precis~OI".aeom-p~r.e;

  • THEOLOGIABI46

    (3) A nossa definio indica tambem que a T eo-Ioga do Velho Testamento um desenvolvimento. o uma cousa completa em si. A Theologia Biblic doVelho Testamento apenas a primeira parte de eo-loga Bblica que se completa na Theologia do, ovo

    Testamento.Com isto no queremos. dber:,CV1' ha 141-ta de verdade DP Velho Testamento. Aida;~'quea er-dade que temos no Velho Testamento 4 ,:a,Dlesma quetemos, no Novo, porm,' no Velho, estapenas em m-:bryo, em desenvolvimento. O Velho Testamento emas mesmas verdades que encerra o Novo, por,m nastem to bem desenvolvidas como o Novo. Toda . as~~ndesdoutrinas do Novo Testamento tm: suas :r esno Velho Testamento. Mas importa ~cotrhecer ueso ran.es no Velho e s6 chegam li serarvoree ere' ,asefrutiteras no Novo Testamento. . '

    2. A relao da Theologa Bblica paioa COIIl ouestudoa congeneres.

    (1) A Theologa Biblica inmamente ~1ftj()11 dacom a Theologa Systemaca. E' na Tbeologia B caque descobrimos, em parte, os dados usados na The lo-

    ,&ia Systematica. 'A Theologia Systematica &.Dro.veit os: estudos e os factos apurados na Theologia Bibli

  • "DO YBLHO\TESTAMENTO,

    (2) A Theologia Bblica est tambem intimamen-te relacionada com a exegese do texto 'do Velho Tes-tamento. A Theologia Bblica depende da exegese doVelho Testamento' para o seu material. Interpretar oVelho Testamento mesmo o primeiro trabalho da .

    ;::~I~fft4:'l.gMl'~~~~:~~de~~~~aq~~:loga, o estudo exegetio d~ Velh

  • vA IDtA BlBUCA DA RE~C' . L' '.r 1

    E' claro que, segund~ a BmUa, a ..-eve1ao des- . I.envolvimento da relao estabelecda entre De . e ohomem pela creao. O facto que Deus. creou o ho emtornou necessariaarevelao, porqueae "fM! ... pode p@-sar num creador que abandonaria a.uateMio u admaria naignoranoia quanto aos seus pla1108 e ea-gnos. A. oousa mais natural paraoere.dor inte re-t~r creatura a suaraz? de ser e o.~u::v~f devida. O acto de crearexige mesmo ,qu9'Creado,"fa-a conhecida cretura os Seus peqsamentoS ~"P tiosconcernentes mesmacreatura." ..

    Ainda mais, o methodo nacre~o, ," prod 'code .espe.cies dfferentes, e que progri4et:llep~ en-te at chegar ao homem - .,: a cora da cre&o - ve-la alguma cousa do plano de Deus. E' nessa'p . " oda creao que temos a base da revelao nanat za;porque apropria creao a primeira revela doplano 00 Deus.

    A revelao de Deus pode-se dividir em duas as-ses: a revelao geral e a' revelao especial. Not mosligeiramente, em primeiro logar, a revelao geral.

    1. A Revelao geral o testemunho, 01:1 ".a co u-ncao de Deus ao homem, dada na natureza p a arealizao dos fins visados na creao: isto ,o este-lecimento de uma communho intima entre Deus e ohomem, depois que o peccado separou o home deDeus. Deus testificou de si mesmo de muitas mane as,especialmente .

    (1) Na natureza. I . (2) Na consciencia "do homem.

    (3) Na historia geral.Mas nesta revelao geral encontrada na. natu

    na consciencia do homem, e na hstoria, Deus' pde es-tfear s do seu poder e da sua justia; Por muito t m-pu Deus usou a revelao geral para attrar o" ho empara si. Porm este testemunho geral de Deus no p e,

    .,. .

  • DO VELH0mSTAMEN'f.O

    sem outros, alcanar todos os fins .que Deusfmha. em'vista na revelao; isto _. a oommunho ntma.en..tre Deus e o homem . Isto aconteceu porque.a conscea-cia do homem.em vez' de trazel-ou uma eommunhomais in~ com Deus, accentuava o facto da sua aep.. 'rao de Deus. Quanto mais a consciencia falava tanto,mais o homem reconhecia a distancia entre Deus e elle.

    Tamhem a revelao na historia e na natureza no,preenchem os fins da revelao porqueellas testificam:do poder e' da santidade de .Deus s de um modo ge-.ral, O' conheemento s do poder e da santidade de DeU5no conduz o homem quella intima communho queDeus queria estabelecer pela revelao. Portanto a re..velao "geral no hasta, E' neoessario que haja tam..bem uma revelao especial.

    2. A, revelao especial a revelao feita por Deusquando. ElIe pessoalmente entra .na esphera da vidapessoal do homem e ahi se revela pessoalmente, ' E~uma revelao estabelecida por meios especiaes. Estarevelao especial principiou noeoncerto feito entreDeus eo. povo escolhido e terminou com a vinda. deJesus na carne.

    Masha uma relao muito intima entre as dUI\!phases da revelao. A revelao gerala base da r-velao especale a revelao especial o cumprimen-t.oeo ap.e.rf.e~.oamento .da revelao geral. Atn1>as f~Iam "de.peta, uma de maneira geral, a outra demane..ra pt\rtlcular' e pessoal. '"

    , Tambem devemos notar que a revelao geral universal, dada creao toda; a especial foi dada s-mente . nao Israelita. Que grande responsablddepesava sobre. o povo escolhido de receber e promulgaressas verdades to preciosas que lhe foram confiadaspor DeUsI O facto' 'que Israel possniaas' 'Verdadeiras-re'\l'ela~es de Deus o tornou grande ..devedor doa p4)Vosntenos .favorecidos. O faeto de possuir verdade emqllaIe:tner dO:~lUas multiplas formas criou ~gaie$blnsrio. '. " .

    . S ....Agora'g:uereDls chamar a atteno para o ,pro-gresso'gtaqU'll1' destarevelao especiaL. J notnq$que p~)lR~lao especial Deus tinha qUtp.oltl~. .menfe;'lt1tat'Ja espheta da vida hnmane: Sendo .as-sim "a questi;no tanto que Deus pode reWlar.maso que o homem pode 'receber} porque" do -''11 ~.laoat qut;. aIguem~preenda ou- ,receba a lda .

  • 1\

    50 THEOLOGIABI~ICAem questo. Por isto a' revelao no pde ,penetre} namente do homem j em estado perfeito oueomp!:o_Ella tem que'adaptar-se mente em que'entra.Enosmente isto, a revelao no uma questo de en . arcertas idas porm uma questo de duas pessoas,~divina e peretaj.revelar-sea outra humana e.inipe~eita. A. revelao portanto tem que ser gradual e pro ea-sva, E' justamente isto que ns aCham~ no Velho es-tamento. Deus comea com uma revelao limitada ~. in-completa, c, proporo que o homem podia recebermais, Deus ia revelando cada vez mais de Si e dos ~U8planos. Deus fez a revelao crescer na vida do homem .como o fruto cresce na arvore. Isto naturalmente .lesoutempo; primeiro o boto, depois a flor, e mais t~ o-fruto maduro. '.:

    Um outro facto que tornou o progresso de revela-o moroso que a. revelao no era uma c.oisa dir~da smente intelligencia do homem, porm abra etambem o homem moral. Deus, lIla revelao, no ti-nha em vista smente ensinar algumasidas cada fezmais elevadas e perfeitas de moralidade; porm o imprincipal da revelao era produzir uma vidacada ezmais alta e pura. A revelao especial de Deus p r-tanto visava o homem todo. Deus tinha que despeno smente a mente mas tambem o esprito do bom mafim de revelar-Se ao homem. Tudo isso levava tem o,muito tempo. A revelao ento por natureza a-dual, progressiva. Deus comeou onde p~e e fin ouonde queria, na plena revelao em Chrsto Jesus. Overbo se fez carne e habitou entre ns". "Quem me ,va mim v o Pae tambm" disse Jesus. ! .. E' quasi deeneeessaro, luz do que foi dito !.

    mar aatteao para o caracter sobren.a.tural da re. e-.,lao.S uma revelao vinda de Deus meIJDQ ])Ode a "fazer o homem compreender e viver o que o bom IRC()IDpree.odeu e viveu. A fonte da revelao De~.Se RUe no falasse o homem nada entenderia de....causas. "Porventura. alcanars os caminhoa.

  • no VBLH01E$1'AMENTO Gldo na vida do individuo para provar que a revelao ti-

    nha que tomar o caracter sobrenatural. .O peccado Ce-ga cada vez mais o homem at pode fazel-o perdercompletamente a noo da ,differena entre o bem e omal. Porm devido revelao ser, sobrenatural e vir deDeus.o~le~ geral foi salvo de ~all1liseravel condi-o. S~aI~s) 1lomeDS chegll1'aJl1' a .esta condi~tJisteque teria sido a sorte4etodoe. n(o,foeearevelaao espe.-cial de Deus. "Ai dos que ao mal chamam bem e aobem mal'; .-e.fuem .daseseurdades luz.e 4a.~ es-euridades:e fazem .. amargoso doce, e .. .dQce'aIaN"'"gOlo. " laa. 5:.. .

  • \II

    THEOLOGIA BIB~~ICA

    VI

    AS DIVISOES DATHEOLOGIA SmuCA DOVELHO TESTAMENTO.

    Desde que a nossa tarefa acompanhar, dentro dotempo abrangido pelo Velho Testamento, a grande ope-rao de Deus em introduzir o seu Reino entre os! ho-mens, ser necessario a bem da clareza, fazer pelo Ime-nos duas grandes' divises geraes da materia a ser usa-da: uma da. longa historia contida no Velho Testamen-to; e uma da materia que trata especialmente da re- ,ligio ou da consoenca religiosa do povo. Sem i um

    ,sehema qualquer certamente ficaremos confusos anteto grande numero de factos que vamos encontrar! emnosso estudo desteassumpto . Mas com a histria ea materia da religio jUd,aicaconvenien,temen,te dvdi-das poderemos proseguin em nosso estudo sem medo deperder-nos em meio a tr:'ntospormenores. . :

    . Ha na histeria dos sl'aelita~ certos po~tos em !queo trabalho de Deus em ntroduzir o seu Reino aqu' naterra, posto em crise. ~' justamente nestas crises quevemos mais claramente as foras envolvidas na grajDdeoperao de Deus em abenoar a humanidade toda, em- 'fim, a creao toda . Por isto as nossas divises hsto-ricas vo respeitar estas grandes crises na ntroducodo Reino de Deus entre os homens. :

    1. A Diviso da maieria a ser consultada.Antes 'do mais perguntemos: Como iremos org~ni

    zar a materia que se refere particularmente vidal re-ligiosa do povo? Ser melhor organzal-a ao redor ~asidas de Deus, do homem, e da salvao, ou ser me-lhor buscar outra maneira de apresental-a? Nesta q es-to da organizao da $,ateria no devemos esqu cerque o estudo de 'I'heologia Biblica um estudo hst ri-co e genetico. Por isto t~mos de organizar um schaque no prejudique o nosso estudo sob estes dois po tosde vista. A organizao acima mencionada; isto ,lemtorno das idas de Deus do homem .etc, um tantoabstracta para o nosso Jim . ,E' mais propria par. aTheologia Systematica. que ns temos no Velho '}1es-

  • DO VELHO TESTAMENTOtamento so: Deus e o homem nas suas multiplaa rela-es, atravs de uma historia longa. Nesta .hi8tor~Deus est procurando realizar, por meio do homem,certo objetivo, certos planos. A inter-aco destas duaspersoneldades cria os factos com que "amos lidartanto na vida nacional como na vida individual.

    E'natural que o .desenvolvimento dasrelae8 en-tre Deus e o homem obedeam certas' e determinadasdreees, e isto que aconteceu. Em geral eSsas li-nhas de desenvolvimento so duas; a primeira objeeti-va; a segunda subjectiva.

    A linha objectiva trata da natureza de Deus e acondneta do homem em relao a Deus. Deus apre~sentado como um Deus Santo que exige santidade DQhomem. Sendo assim, proporo que- a ida de Deuse aperfei6a, crescem as exgencas divinas quanto oondueta d9 homem. .Os prophetasdesenvolviam aida quanto conducta do homem em relao s .ex-,gencasdvnae. , .

    Ao lado destas duas ddas quanto santidade deDeus e quanto s suas exgeacas .em ~Iao ao hme~,ha UBl8 outra .linha ". objeetivaque se relaciona eom aquesto do culto a Deus. Como poderia o homem me-lhor servir e adorar a Deus? Esta linha de desenvolri-mente foi cuidada pelos.sacerdotes, porque foram ellesque desenvolveram maisoe ritos e o culto no Ve1hoT.tatnento.

    Conespondendo a estas duas linhas objee.,asd.edesenvolvimento, temos as prophecias e a legislacJ,duas .formas Importantes ,da literatura do VelhoT.tamento.

    Alm das duas correntes objectivaa mencionadasaoiDta, temos duas linhas subjectivasque se manif..tam em devoo e sabedoria. A devoo criou 08. Ptel-mos e a sabedoria ou reflexos produziu 08 Proyerbios ~outra literatura desta natureza.

    A nessa materiaentio naturalmente divide-seelD'quatro partes, a saber a legislao, a prophcieja de-voo e Ji' sabedoria. '. ..

    ,Agora o plano dividir a hstoria em pocas eon..venientes, e colocar as diversas literaturas nas suasrespectivas pocas esamnando-as uma ap8 outras.mde notar o progresso de Deus em introduzir o 'seu:Rei",DO. Este methodo conserve muito bem o caracter~torco do estudo .eao mesmo tempo offerece-nosbo8s

    , ,

  • THEOLOGIA' BmLJCAi

    opportunidades em interpretar a materia~ianken-te religiosa,' .' . I. 2.:As divises hisioricas, !

    (!) O primeiro periodo historico o perodo] dacre.aao. . . ':

    Desde que o nossoplano acompanhar a ..oper~ode Deus desde o seu inicio, precsames 'comear 40m08 primeiros dias da raa ~ A literatura sobre este jpe-~odo Gen. Capo 1-3. \

    (2) O segundo perodo o Perodo .d.o Diluvio .1,Este perodo bem importante porque nOB e.si-

    111lllluitas coisas a respeito de Deus e d.'OI seus p~o.8para,estabelecuoteu reino aqui na terra. A Iit~rat1\U"alIGIw este perodo Gen.4-11. ..','

    . (9). O terero periodo o Perodo de ri&., Eftte perodo abrange alguns dos&Coute.oitnentos

    mais .importanteS para'0 adia.Dtamento ..de plano IdeDeus. A literatura acha-se em Gen. Cap, 1345. j-- (4) O quarto perodo o perodo da ettadia 100Egypto ..G,en., 46 - ~odo I? .' i

    .(?) O quinto perodo do Exodo at a prophe,iaeserpta. i,O comeo da prophecia escripta uma data iioatll,iciosa queme:rece, ser uma daadiYiaee hiaturi . '.do nosso estudo, Este peri.odo comeou com. Am.s. "....a eeusa importante que caracteriza tOOOl os prop e-tas, de Ams em diante; todos e1les j e8tocontral aD.pO COlldemnando-a afim de trazel-a novamentebom caminho indicado por Deus. Todos esses propt_.em exeepo algtima predizem a destruio da n ic) se ella no 'mudar de rumo. Dentro detle qu' operiodo temos principalmente ai prophecin de DrUJ, de Samnel, deEliuede Elizeu e 08 livros de J ...zes e SamueI. Quanto le~io temos Esodo c ...23 e a.,historia em Geness, Exodo, Numeroe.e JOBU

    .. (6) O sexto periodo de prophecia eserpta ato exlo , Naturalmente este periodo o periodo malarico em literatura. j- . (a) Atenue ccrrente de prOPhecia. notada em. ~.'.'.

    tra poca j um rio bem respeitavel , Os nomel ma 8aloriOlO8 entre 08 prophetas apparecem Deste period ;mQs, Hesea, Miquea8* Isaias e Jeremias. Foi neste JKt-

  • DO VELHO TESTAMENTO 56

    riodo que o livro fo achado no templo e exerceu togrande influencia sobre a vida do povo.

    (b) Em legislao o livro de Deuteronomio perten-ce a este perfodo . Este livro UUla expresso da Ie-gislaoj encontrada em Exodo caps. 20-23.

    (7) O setimo periodo do exilio at o fim do canondo Velho Testamento. Este grande periodom.erece Cer-ta distinoo porque o exilio mudou profundamente avida do povo israelita.

    (a) A prophecia neste perodo de Ezequiel, Za..:charias, Aggeo e Malaquias.

    (b) A legislao exodo 25-40 e o livro de Levitieoe uma parte do livro de Numeros ,

    (e) E' neste perodo que foram colleceionadoa egrandemente usados os Psalmos. .

    (d)O livro de Joh pertence a este periodo. Por istotemos todas as frmas da literatura do Velho Testamento neste, periodo.

    (8) O oitavo Periodo de 400 A. C. at a ra chris-l. Neste grandeperiodo tem.os

    (1) Prophecia, Daniel.(2) Sabedoria, Ecclesiastes.(3) Hiatoria, Chronicas.

    I

  • PRIMEIRA PARTEA RlSTORlA SAGRADA LUZ 00 GRANDE PItO-

    rosrro. ETERNO DE DEUS DE CRIARUMA RAA SUA IMAGEM

    . Na: jntroduco geralsalientmos que p08li~elharmonizar todos os acontecimentos narrados no Veelho Testamento sob o ponto-de vista do grande Prop-sito de Deus. Tomando em considerao' o que Deusdeterminou a fazer e os faetores com que Elle tinha que

    . contar, posaivelcbeg~-s.e a um" compreenso, aomenos' parcial, de tudo quanto temos no Velho Testa-mento. Por isso propomo-nos a escrever a historia da

    . revelao do ponto de vista deste Proposito Eterno de.Deus.

    A hiatoda sagrade fonte donde procede t grandeparte de.theologia que vamos encontrar maia, adiaJiteoeste livro. E sem uma boa compreenso da "tonano se pode bem colllPl"eender a theologia.A llietoria .8 -parte externa, pode-se dizer, do desenvolvllaento do plano de Deus. A Theologia a interpretao daexperieneianacional e individual que se acham na hs-toria; portanto a historia indispensavel eompreen..so da Theologia. '.. ;

    Maa eJUDPre friaar bem que a historia que vamoeapresentar no .. historia commwn, porm uma hi~toda FEITA pelo proprio Deus. A Histeria a Sua bis- .toria. "Hiatory ia Bis story", Porque s hi8toria,a~aentadaainl pode auxiliar-nos grandemente na CQmpreenso .Qatheologia. Deus o autor de. toda a hilt~ria sagrada, que' , de maneira toda especial, a.Sua~toria. Os h,istodadores sagrados apenas' descreveram. oque DeU8 f~z, sem a cooperao do homem, em muitoscasos . Haja vista, a criao, o diluvioe a confus9 delnguas humanas, etc., etc.AS DIVISO&S nM POR FIM FACILITAR O ESTUDO

    . DA HISTORIA SAGRADAO Pentateuco divide-se naturalmente emqua'O: .

    grandes divises.

  • 58

    I1

    THEOLOGIA BIBtICAi

    1. O periodo primitivo que vae da creao .t odiluvio, abrangendo dez geraes.

    2. A segunda diviso abrange o tempo do copoer~to feito com No, e a diviso da raa em povos dfferen-tes, abrangendo tambem dez geraes. !

    . S~ A terceira .diviso abrange o tesnpo dos j tr.'sgrandes patriarchas: Abraho, Isaae e .' .J.eob. Qpe-riodo vae desde a chamada de Abro .at o fim d, de-mora no Egypto, " .

    4, . O qua.rto periodo abrange o t~mpo. ~.$ l....ib~r~a.. odo povo do Egypto at o estabelecmntodelle na 'errade Canaan. . . .1

    -I

    O PERlODO PRIMOlVO 1!1. A narrativa da creao . . II

    O Velho Testamento comea a histeria da. ~velao 'com a narrativa da creao do mu.do e ,quaIj oresultado da palavra e do Espirito de Deus': .sendosta .narra.tiva, Deus' ac.im.a e antes de tU.dOt e pe}.... a' suapalan-a creou e pelo seuespirito organizou toda . ascousas. No ha ento logar para a ida da etem adeda materia. S Deus eterno. . I

    A terra o centro da creao e 08 demais plan~tasso .mencionados s em connexo com a -rida e ast'ne- .cessdades aqui na terra. "E disse Deus:Ha.ja Ium na-rea na expanso dos cus, para haver sePIl1'8io e treo dia e a noite; e sejam elles para signaes e para tpos determinadoS -e para dias e annos. E sejam araluminares na expanso dos cus, para alumir a t rTae assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares oluminar maior para governar o dia, e o lumiDar m . 01'para governar a noite; e -as estrellas.E Deus osp naexpanso dos cus para alumiar a terra, e par. go er-nar o dia e a noite, e para fazer separao entre li I eas, trevas: e viu Deus que era bom. E foi a tarde, amanh, do dia quarto" (Gen. 1 :14-19} . Segundo o e-lho Testamento as exigencias da vida aqui na terra .osufficientes para justificar a existeneia do univmo Ito-do. Portanto no ha necessidade nenhuma de pov~aroutros planetas afim de justificar a sua exisiencia~ Aexistencia da terra, como a moradia de um espitito

  • 00 ;vm...OO TESTAMENTOel'eado HIDelhana de Deus, basta para elkar arazo de ser do resto do universo. ..'

    Na ~aio da terra a produeo de seres vae avan-ando ptogi"essiTmente domais simpleS.para o maiseompleso. Mas. de notar que ceda passo tem em &iuma' eriafil'ialidade e serve bem o fim para o qaal foiereado. Constantemente. encontramos a expresso"e.Deus; Viu que era bom": uEchamou Deus poro

    s'~cca T~rra;e a ajuntamento das aguascbamouMar:e viu De1ts que era bom. ""E a terra-prodasu ervaeriadado' semente conforme a sua espeeie, e a arVo-re frritif~ra, enj semente est neIla conforme a sua es...peeie: e viu Deus que era bom. E para governara diae. a noite; e para fazer separao entre a-luz e as fite-"as: e 'ril.l Deus que era bom. E Deusereou as grandesbaleas, e :{odo o reptil de'alma vivente que as quuabundantemente' 'prod\JZiram conforme as sUS es-pedes ;' 'toda a ave de asas ecnformea sua espece: e'riu Deus queerabom. E viu Deus tudo quanto tinhafeito e eis que era muit'b1l1;e foi a taTde,e '8 manhi,o dia sexto" (Gen. 1:10, 12, 18, 21 el1).Mas nemoom \tude iMoficou atiafeito o Creador.

    'Foi o'propositofixo'e eterno-de Deus de tt'eal' um dr8nl dma semelhana. Por isso Deus no dellC8n..;sou at coroar a ereaocom a produeo de lUIl "rpIS081 .. 0 homem foi creado imagem e sedleHmna

    ~ 'Deu .~"E~uDeus o homem sua imageDt:' inla-,...de'~U6e creeurmaho e femea 0& -erou" (Gen~j :27).

    Osabbdo divide o perodo da creao; do periodbdo deseBvol-rimento das relaes entre Deus e &:suaereao, .especialmente o homem. uAssim '01 cus, e aterra e todo o seu exercito foram acabados. E haTendoDeus &e-"dOM diasetimo a sua obra, que tinha fei-to, delCMJ80U Dtl setimo dia de toda a sua obra, que ti..Bhafeito.E abenoouDeus o dia setimo e o saatifioou;porqueDeIle .descansou de toda a sua obra, qU Deuscrera efiRra" (Gen. 2:14).

    No capitulo dois de Genesis, do verso quatro e.diante, temos a introduco histeria do homem. umsvpplemeuto do primeiro capitulo e a deseripodamaDeira pela qual Deus preparou a terra para ahabilaf.io do homem . Portanto no temos neste capitulo,'00IJl() alguns aI1egam, uma segunda narrativa dacrea...io .E' .Simplesmente uma explicao da maneira pela

  • iTHEOL()GI. BIB~CA

    !!

    qual Deus preparou a terra para o homem que fOi\erea-do e colIocado nella ,: - - \

    Desta narrativa da ereao destaca-se uma ~,andee importantissima verdade: que o mundo phys co etudo quanto nElle ha, existem para fins moraes. udofoi feito para servir ao homem e ajud...lo a. tor -secada vez mais semelhante ao seu Creador. O Uni~'enophysico existe principalmente para o hem estar mo-ral do homem.' E oomo consequenca disso nin emtem o direito. de desviar qualquer partcula deste uni-verso physico para outro fim qualquer. As causas ima-leriaes existem por causa das cousas moraes. Est~' oponto de vista do Velho Testamento. Foi tanto~sUpque o povo Israelita at confundiu a prosperidade Icom,a bondade e a adversidade com o pecc.ado," O li!!1. deJob tem por base esta da. Segundo o Velho T~ta-menta o univ.erso f.. Oi feito pe.lo mesm.o m.. OU.vo.,que~1nshoje em dia edificamos casas de culto. O unve o um vasto santuario onde cada sara mesmo que noseja ardente, traz uma mensagem de Deus. I

    2. A origem do mal. iO quadro apresentado pela narrativa da, ere,o

    o queha de mais bello e. de mais perfeito que se ~deimaginar. Tudo era bom. "E viu Deus tudo qUlUlt tioha feito e eis que e.ra muito bom: e foi a tarde e a . a...nh do dia sexto" (Gen. 1 :31). Cada desenvolvim umda vida foi abenoado por Deus. uE Deus ()fJ abe~.Ol1'dizendo: Frutificae e multiplieae-vos, e enehe asa .asnos mares; e as aves se multipliquem na terra." "EDeus os abenoou, e Deus lhes disse: "Fruteae e nlluI-tplioae-vos, e enchei a terra, e suletae-a: e domnaesobre os peixes do mar, e sobre as aves dos custe\i"~bre todo o animal que se move sobre a terrat, (Gen , 1:22, 28). Havia harmonia perfeita por toda a parte. Nohavia necessidade de uma creatura ser sacrificada p~raque, outra vivesse. o gato, por exemplo, no. ViVl~ acusta da vida do rato. O leo no comia a ovelha.' ohavia animal sanguinario. Deus no creou animal ar-nivoro.Nem o homem comia carne, segundo a narra-tiva da creao. A narrativa muito clara sobre a co- .mida tanto do home.m como dos animaes , Ohomemf:"~...mia ervas e frutos. Os animaes comiam erva ver e.'E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a e . 8.que-d .semente, que est sobre a face 'de toda, a 'terta.~e toda a arvore, em que ha fruto de arvore que d ~-

  • : ~

    , t1

    mente, ser:'vOtWipara mantimento. E a todo o animalda terra, e a toda: a ave dos cus; e a todo o :reptil da ter-ra, em que ha alnulnvente;toda a erva verdeeetpara mantimento: e'888Un foi" (Gen. 1:29-30). Como Ise pode ver, tudo estava em harmonia. Portanto nionalogar na ereaiio para um principio contrario , vonta-de e ao plano de Deus. "E viu Deus tudo quanto tinhafeito, e viu que era muito bom".

    No capttdo trs de Genesis apparece inesperada-mente , serpente, que a primeira Indicao da ~xis..tenciade algo,contrario ', vontade eao plano de Deus.O Velho Testnl~nto no explica esta rferenca ser..pente, nem procura explicar a origem dessa creatuta]'porm ensina claramente que o homem foi creado ten- -do livre arhitrio.

    . Mim de adquirir um caracter fixo, que de yerda4e. seria'seupropl'io, o homem tinha a necessidade deusa