tendências de sustentabilidade para os pequenos negócios

TENDÊNCIAS DE SUSTENTABILIDADE PARA OS PEQUENOS NEGÓCIOS

RELATÓRIO DETENDÊNCIAS

TENDÊNCIAS DE SUSTENTABILIDADE PARAOS PEQUENOS NEGÓCIOS

RELATÓRIO DE TENDÊNCIAS2

A sustentabilidade tem se solidifi-cado nos últimos dez anos como a força propulsora de novos mode-

los econômicos que se pautam no equi-líbrio de valores financeiros, sociais e ecológicos. No palco das mudanças para uma economia sustentável, esta-mos assistindo ao protagonismo cres-cente dos pequenos negócios.

Muito do que antes se atribuía às grandes corporações na mudança de práticas produtivas e modelos de negó-cios, passa a ser valor reconhecido dos pequenos negócios em suas respostas mais rápidas às demandas em curso. A inovação passa a constituir ferramen-tal da sustentabilidade, considerando

a preservação ambiental e inclusão social: tecnologias para todos (crowd-sourcing) a serviço do meio ambiente (tecnologias verdes) e da sociedade (tecnologias sociais) não precisam ser privilégio dos grandes produtores: pela maior proximidade com as realidades socioambientais, a inovação susten-tável passa a ser condição estratégica para os pequenos negócios.

As energias renováveis, alimentan-do uma nova economia, tem nesse se-tor, laboratórios de experimentação, em especial, a descentralização ener-gética. Cada fábrica, cada loja, cada centro de compras passará a dispor de seus próprios geradores de ener-

gia, integrados em sistemas locais de redes inteligentes (smart grids).

A indústria da reciclagem tem sua raiz nos empreendimentos locais, reu-nindo pessoas que se mobilizam em busca de renda. Resíduos de casas e edifícios em reforma são reaproveita-dos e comercializados no grande vare-jo, a pavimentação de ruas através do processamento industrial de pneus re-ciclados, a fabricação de sapatos com dejetos de borracha, móveis e utensílios ecológicos, tapetes para automóveis, são todos processos de produção local provenientes de pequenos negócios.

O aumento da lucratividade im-plica na redução do desperdício:

quanto menor a pegada ecológica maior a competitividade, maior efi-ciência energética, melhores resul-tados no balanço financeiro. O rela-cionamento com o mercado impacta favoravelmente nos resultados, uma vez que os pequenos negócios e seus públicos têm uma relação mais pró-xima e interdependente.

Os melhores talentos já começam a tomar novas direções em suas car-reiras, com menos vínculos e mais liberdade para viver e empreender, querendo exercer o seu protagonis-mo profissional, seja atuando como empresários ou como empreendedo-res individuais.



OS IMPERATIVOS DA SUSTENTABILIDADE

Numa economia em transição, que veio do extrativismo e caminha para a preservação, alguns imperativos se instalam

no universo das pequenas empresas.

Consumo consciente: como decorrência do aumento no acesso à informação e ao for-talecimento dos movimentos sociais, o consu-midor brasileiro está mais consciente daquilo que compra e do que descarta. Os resultados da última pesquisa da série “Consumo Cons-ciente” realizada em 2012 pelo Instituto Aka-tu (Rumo à Sociedade do Bem Estar), indicam crescimento na adesão a práticas conscientes de consumo. Os consumidores conscientes re-presentam quase um terço da população.

Cadeia produtiva: as grandes empresas estão exigindo cada vez mais, que seus forne-cedores adotem a sustentabilidade na gestão. Os pequenos negócios que integram as ca-deias produtivas respondem às demandas da sustentabilidade e se alinham às práticas dos seus clientes. Se são práticas insustentáveis podem perdê-los, além de sofrer danos na ima-gem junto ao mercado.

Compras públicas: segundo levanta-mento realizado pelo Sebrae em 2013, as pequenas empresas representam hoje 57% dos R$ 40 milhões gastos pelo governo fe-deral em compras públicas. Como maiores compradoras de produtos e serviços, as ins-tituições governamentais têm o poder de mudar as práticas de seus fornecedores. Essa nova prática tem evoluído, adicionando nos editais de concorrência novas exigências que obrigam o setor privado a estar em dia com as melhores práticas.

Inovação: O reaproveitamento de resíduos, a racionalização de energia e a redução do uso da água promovem a ecoeficiência empresa-rial e traçam novos modelos de inovação que preservam o meio ambiente, geram emprego e incluem cada vez mais pessoas ao acesso de bens e serviços. As pequenas empresas saem ganhando quando decidem inovar, pois ao con-trário do que acontece nas grandes empresas (processos complexos e burocráticos), contam com mais agilidade e estão mais perto das de-mandas do mercado.



Segundo o estudo Challenges and Opportunities for SMPs and SMEs (Desafios e oportunidades para pequenas práticas e pequenos negócios) realizado pela IAC International Accountants Federation (Fe-deração Internacional de Contabilidade) em 2013, os pequenos negócios têm en-frentado pressão crescente na relação com o meio ambiente, pois fazem parte

da cadeia produtiva que gera impactos importantes na biosfera.

No entanto, ainda não colocam a sus-tentabilidade no rol de ações estratégicas prioritárias. Mas a longo prazo, esse quadro poderá se reverter. Esse mesmo estudo indi-ca crescimento de práticas sustentáveis das pequenas empresas, principalmente as que se referem à redução da emissão de CO2.

PANORAMA GLOBALAs pequenas empresas são a parcela da economia que

mais cresce no cenário mundial e que garantem o maior contingente de empregos. Sua operação, a maioria na área

de serviços e uma menor parcela na áreade manufaturados, afeta os sistemas ecológicos e sociais.



O potencial brasileiro nunca foi tão evi-dente aos olhos do mundo. Tem atraído investimentos estrangeiros, tem forte atu-ação na economia global, pois tem a mais rica biodiversidade do planeta, o maior volume de água limpa, tem matriz ener-gética limpa e é pioneiro em tecnologias energéticas sustentáveis.

O país é um ponto de luz verde para os pequenos negócios posicionarem estrategicamente suas marcas em âm-bito local, nacional, regional e global. O momento não poderia ser mais pro-pício, principalmente agora que o país será sede dos mais importantes eventos mundiais: a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Turistas (consumidores e empresários) dos cin-co continentes estarão em contato com

nossa “Brasilidade”, em grande parte ou na maioria provenientes de pequenos negócios. Além disso, o cenário brasi-leiro se apresenta bastante positivo, principalmente no âmbito das licitações com o governo (municipal, estadual e federal): os pequenos negócios foram os principais vendedores de bens para o governo federal, em 2012.Existe também uma consciência crescente sobre a importância das ações sustentáveis: estudo do Sebrae realizado em 2012 (O que pensam as micro e pequenas empresas so-bre sustentabilidade) revela que 79% dos proprietários dos pequenos negócios sa-bem que as ações sustentáveis podem atrair mais clientes e que a sustentabilidade está fortemente associada às questões ambien-tais, sociais e econômicas.

BRASIL,SINAL VERDE

Dos R$ 40 milhões gastos nas licitações sustentáveis,

57%foram pagos para os pequenos

empreendimentos (levantamento Sebrae realizado em 2013). Em apenas dois

anos, a participação dessas empresas que venderam para o governo, de

R$ 6,6 milhõesem 2010 foi para

R$ 22,4 milhõesem 2012, o que representa um

crescimento de

115%



Diante das forças que determinam se um empreendimento segue ou não seu rumo, a observação periódica das tendências passa a ser condição para a competitividade do negócio. Tendências são mudanças em curso que levam a um determinado ponto de chegada, as quais podem gerar impactos positivos ou ne-gativos no negócio em questão. Acionar o “radar” empresarial que capte essas mudanças e as analise e monitore à luz da sustentabilidade, pode garantir não só a sobrevivência do negócio como também torná-lo mais inovador.

O Sebrae tem observado o dinâmico movi-mento da economia na resposta aos novos pa-radigmas da sustentabilidade e dentro desse novo cenário, a partir de uma ampla pesquisa

ACIONANDO ORADAR DAS TENDÊNCIAS

em fontes privilegiadas de informação - na-cionais e internacionais - identificou doze ten-dências que já estão mudando a realidade dos pequenos negócios.

O rastreamento, observação e análise das informações envolveram as seguin-tes dimensões de mudança: demogra-fia, relações sociais, novas tecnologias, meio ambiente, legislação/ações go-vernamentais e novas dinâmicas da economia. Uma vez identificadas as mudanças, estas foram analisadas atra-vés de metodologias de prospecção, em três direções: longitudinal (com maior profundidade), latitudinal (com analises inter-relacionais e sistêmicas) e tempo-rais (visando maior alcance do tempo, ou seja, médio e longo prazos).



TENDÊNCIAS DE SUSTENTABILIDADE

1. Crescimento qualitativo

7. Setor 2.5 – negócios sociais2. Sustentabilidade

em cadeia

8. Licença para operar3. Recompensas

climáticas

9. A feminização da economia

4. Ecoeficiência

10. Vantagem colaborativa

5. Talentos verdes

11. Sustentabilidade interior

6. A era do acesso

12. Brasilidade



ACONTECE NO MUNDOCrescimento do turismo ecológico.

É o setor que mais cresce na indústria do turismo. A demanda pelo turismo ecoló-gico é particularmente aior nos trópicos e em lugares de biodiversidade. O Brasil um dos pontos mais procurados pelos turistas do mundo todo. Estatísticas do WTTC (World Travel & Tourism Council), o turismo ecológico já representa 20% do turismo mundial.

ACONTECE NO BRASILCrescimento do e-commerce. O e-

commerce contribui para o meio ambien-te ao permitir a integração de varejistas online de forma desmaterializada: sem emissão de carbono, sem construção de edifícios, sem a necessidade de espaços para conter grandes estoques. O volume de transações cresceu 46% em 2012 em relação ao ano anterior, superando expec-tativas (fonte: pesquisa da Gateway Scielo realizada no final de 2012). Hoje o Brasil é o sétimo país com potencial de vendas no comércio eletrônico, segundo pesquisa T-Index. A taxa média de crescimento anu-al nos últimos cinco anos foi de 35%.

Uma novo tipo de crescimento passa a nortear a lógica empresarial: produzir con-servando e conservando para produzir. O crescimento qualitativo (da conservação) impõe-se sobre a lógica do crescimento quantitativo (da extração).

Essa reorientação do crescimento tem levado muitas empresas a adotarem prá-ticas sustentáveis que têm valor econômi-co, como por exemplo, a eficiência ener-gética, o reaproveitamento e reciclagem de resíduos, a racionalização do consumo e o reaproveitamento da água. A vanta-gem competitiva vai além do custo opera-cional e alcança o mercado dos “produtos verdes” cada vez mais procurados, e que permitem maior acesso das empresas a novos segmentos de consumidores e ao mercado internacional.

1CRESCIMENTO QUALITATIVO



ACONTECE NO MUNDOImpacto ambiental zero Canadá. A In-

terface, líder mundial em produção e de-sign de carpetes modulares decidiu em 1993 zerar seu impacto ambiental até 2020 envolvendo toda a cadeia produtiva, o que resultou na redução de 67% de água e energia. 66% do carpete produzido pela empresa é reciclado depois do uso.

ACONTECE NO BRASILTreinamento para fornecedores. A

Braskem realiza treinamentos com seus for-necedores visando capacitá-los nas práticas sustentáveis. Na fase de avaliação, verifica os certificados de qualidade e meio ambien-te, além de outras exigências.A cadeia de fornecimento tem sido diretamente responsável pelo resultado de

uma empresa sustentável. Por esta evidência, o CDP Supply Chain Brasil, programa global criado pela ONG inglesa CDP - Carbon Disclosure Project, sinaliza lacunas na cadeia produtiva, permitindo às compradoras visualizarem onde devem trabalhar para implementar estratégias de mitigação às mudanças climáticas. Nesse processo, estimulam suas cadeias de fornecimento a se integrarem nesse esforço. Grandes empresas como Bradesco, Suzano, Braskem, Petrobrás, entre outras, têm adotado programas de capacitação e conscientização junto aos seus fornecedores.

2SUSTENTABILIDADE

EM CADEIA



ACONTECE NO MUNDOSeguro que protege fazendeiros Es-

tados Unidos. A seguradora norte ameri-cana Weather Bill desenvolve formas de proteger fazendeiros contra perdas cau-sadas pelo clima. O Weather Insurance utiliza uma plataforma tecnológica que paga seus clientes com base nas condi-ções climáticas através de um software especial para o monitoramento do clima. Toda vez que existe algum tipo de per-da causada por mudanças climáticas, os clientes são recompensados.

ACONTECE NO BRASILAlimentos sem fertilizantes. A em-

presa de suplementos alimentares Na-tive (presente em todo o território na-cional), baniu as queimadas e o uso de fertilizantes químicos, reduzindo gran-des emissões de gases de efeito estufa. O grupo cresce, em média, 30% ao ano desde o seu lançamento, há dez anos atrás.

Segundo estudo mundial divulgado em 2012 pelo CDP (Carbon Disclosure Pro-ject), 70% das empresas acreditam que as mudanças climáticas têm potencial para afetar significativamente seu faturamen-to. As empresas mais preocupadas com a questão estão na Ásia e Europa, seguidas pelas empresas da África, América Latina e América do Norte. Já quando divididas por setor econômico, os pequenos negó-cios são os menos conscientes da questão.

Apenas 38% traçam metas de redução de emissões, contra 92% das companhias

compradoras. Segundo Paul Simpson, Pre-sidente do CDP (Carbon Disclosure Pro-ject), “os resultados do estudo mostram a fragilidade do modelo da cadeia global de fornecimento.” Diante dessa realida-de, ainda existe aberta uma oportunida-de para os pequenos negócios reduzirem custos mediante verdadeiras recompen-sas climáticas: segundo últimos dados levantados pelo CDP, 29% dos pequenos negócios que diminuíram suas emissões economizaram juntos cerca de R$ 13,7 bi-lhões em 2012.

3RECOMPENSAS

CLIMÁTICAS



ACONTECE NO MUNDOResíduos como recurso Bangladesh. O

lema da Waste Concern é “resíduos é um recurso”. É uma empresa de negócio social (ENS), que compreende tanto empreendi-mentos lucrativos (venda de fertilizantes e créditos de carbono) como empreen-dimentos sem fins lucrativos(melhoria de condições sanitárias). Tem hoje capa-cidade para converter 700 toneladas de lixo coletadas diariamente nas favelas da região em adubo orgânico, aumentando assim a produtividade de culturas e redu-zindo a emissão de CO2.

ACONTECE NO BRASILEcoprodutos feitos com pneus. Trabalho

do designer brasileiro Daniel Beato, que reti-ra pneus do meio ambiente e produz móveis emborrachados. O trabalho aproxima jovens e adolescentes à arte. Além de pneus, Daniel também utiliza sucatas. A Associação Arte em Pneus transforma pneus usados em eco-produtos, como ecomobiliários, chaveiros, ecojoias, réplicas e materiais para escritório.

Moda extraída das seringueiras. A Amazon Life, empresa carioca de acessórios de moda, desenvolveu bolsas, pastas, mochilas e malas à base de látex natural extraído das serin-gueiras nativas da Amazônia. Os produtos são feitos por índios e seringueiros. A produção sustentável ajuda a proteger mais de 900 mil hectares de mata da exploração irregular.

O termo ecoeficiência foi lançado em 1991 pelo WBCSD (World Business Coun-cil for Sustainable Development) e diz res-peito ao uso inteligente dos recursos. Uma empresa ecoeficiente é aquela que reduz os impactos ambientais nos sistemas de produção através de práticas de redução e otimização. Dentre elas destacamos:

a. eficiência energética pela utilização de fontes renováveis (eólica, solar, biomassa, entre outras) e pela descentralização da matriz (smart grids) tecnologia emergente que permite medir a quantidade exata de energia que está sendo consumida em cada domicílio, indústria ou ponto de venda, em tempo real. Em Curitiba, capital do Paraná, a Siemens já instalou o primeiro centro de pesquisas de smart grids (redes inteligentes de energia elétrica da América Latina.

b. reciclagem de resíduos sólidos que parte da redução e substituição de matérias-primas

virgens por material reciclado. Essa prática, além de atender ao marco legal pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabele-ce a responsabilidade pelos resíduos sólidos compartilhada entre fabricantes, importado-res, distribuidores, comerciantes e cidadãos, torna a empresa ecoeficiente e lucrativa.

Ambas as práticas geram benefícios econômicos e sociais sem a necessidade de altos investimentos, pois podem apre-sentar resultados com redução de custos, menos desperdícios e mudanças nos pro-cedimentos. Diante disso, por enfrenta-rem limitações em seus investimentos, os pequenos empreendimentos podem tor-nar-se ecoeficientes por baixos custos e ao mesmo tempo, ganhar imagem pública favorável. Esses fatores permitem que se inicie um movimento pela ecoeficiência em toda a cadeia de produção.

4ECOEFICIÊNCIA



A era da economia verde traça um ca-minho de transição para um novo modelo econômico e com ela, profissionais espe-cializados em meio ambiente e susten-tabilidade passam a ser valorizados no mercado de trabalho. São capacitados e dedicados a reduzir os impactos ambien-tais da atividade econômica. Na Europa, a maioria dos empregos verdes está aloca-da nos pequenos negócios. Segundo o es-tudo Empregos Verdes: Trabalho Decente em um Mundo Sustentável e com Baixas Emissões de Carbono, realizado em 2012 pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas

5TALENTOS VERDES

para o Meio Ambiente) um em cada oito trabalhadores dos pequenos negócios ti-nha um emprego verde. Isso significa que quase 13% de todos os empregos verdes estavam alocados nos pequenos negó-cios. Nas grandes empresas, esse índice era de apenas 3%. Se todos os países, a exemplo dos que compõem a União Euro-péia, adotarem uma economia mais verde como modelo de desenvolvimento, em 20 anos serão criados entre 15 e 60 milhões de novos empregos no mundo. A conclu-são está no relatório Rumo ao Desenvol-vimento Sustentável: Oportunidades de

Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde, produzido pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).

No Brasil 52% das empresas já têm departamento de sustentabilidade, isto é, mais da metade (Ibope Ambiental - 2011). Existem no Brasil 16,4 milhões de empre-gos potencialmente verdes e que com-põem mais de 69% da mão de obra de 20 setores de atividade econômica.

Apesar desse crescimento dos empre-gos verdes, existe uma força antagônica à manutenção desses profissionais como empregados nas grandes empresas. Mui-



ACONTECE NO MUNDOEngenheiros Verdes. Desde lojas até residências ecológi-

cas e prédios empresariais verdes, engenheiros para constru-ção civil verde estão se formando e também sendo procura-dos por vários setores da economia mundial. Muitos passam a ser contratados como consultores para desenhar caminhos de eco-building para empresas que estão se estabelecendo no mercado e que desejam ser sustentáveis.

Procurados pelo Twitter Alguns exemplos de vagas inter-nacionais postadas no Twitter:

• Consultor de Energia Renovável (Black & Veatch)• Especialista de produtos de energia renovável (General Electric)• Gerente de Projetos em Energia Renovável Solar (CLP Resources Inc)• Outras vagas em https://twitter.com/GreenJobs

ACONTECE NO BRASILO primeiro portal de empregos verdes do país. Sinal do

crescimento verde no mercado de trabalho, o portal Gre-en Jobs Brasil oferece talentos para empresas que estejam praticando a sustentabilidade. Funciona como um canal de comunicação entre empregadores e empregados e foi cons-truído inspirado no formato da rede social Twitter. www.greenjobs.com.br

tos deles optando pela independência, querendo abrir suas próprias empresas. Esse fenômeno poderá representar um salto significativo rumo à sustentabilida-de entre os pequenos negócios. Mediante pesquisa em diferentes fontes nacionais e internacionais relacionadas aos estudos do futuro, identificamos algumas profis-sões verdes que irão surgir nos próximos dez anos: Gestor de resíduos -- Gestor de eco-relações – Agroecologistas – En-genheiro de Energia Solar – Biólogo de

Conservação – Designer Ecossistêmico – Economista Popular – Administrador de Cadeias Produtivas.

Conceito de economia verde (PNUMA): aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significati-vamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Ela tem três características pre-ponderantes: é pouco intensiva em carbo-no, eficiente no uso de recursos naturais e socialmente inclusiva.



O capital físico, fator econômico mais im-portante do passado, está sendo superado pelo capital intangível. O conceito de pro-priedade que era tão importante está sendo transformado. Trata-se da transição de uma cultura de posse para uma cultura de acesso, tendência amplamente estudada pelo eco-nomista Jeremy Rifkin em seu livro “A Era do Acesso”. Nessa nova economia, as empresas podem fazer leasing, alugar ou cobrar taxas pela utilização de um bem. Consumidores se convertem em usuários. A relação entre vendedor e comprador é substituída pelo acesso. O acesso a recursos, serviços e ex-periências tornam-se mais importantes do que possuí-los e em vez de vendidos, os bens são alugados aos seus clientes, que

têm o acesso e não a posse. O mercado, que estava acostumado a ter vendedores e compradores, agora está se acostumando a ter fornecedores e usuários e locadores. O serviço incluído na compra do produto pas-sa a ser até mais importante que o produto, o qual vira commodity. A obsolescência pro-gramada dá lugar à utilização just-in-time, gerando menos estoques, menos custos de armazenagem, menos descartes, menos poluição. A economia do acesso terá nos pequenos negócios seus poderosos agen-tes de desenvolvimento, pois estes têm a capacidade de customizar serviços, agili-zar atendimentos, ter contato direto com o cliente, através da escuta personalizada e em pequena escala.

6A ERA DO ACESSO



ACONTECE NO BRASILNo mercado brasileiro tem sido cada

vez mais comum a locação de filtros de água, equipamentos eletrônicos (compu-tadores, tablets, projetores, vídeos), má-quinas copiadoras, automóveis, bicicletas. O franchising., com empresas-mãe conce-dendo a franquia como valor intangível e o acesso, através da licença, a equipamen-tos, treinamento e outros serviços é outro fenômeno brasileiro.

Aluguel de tablets. S. Paulo. A empresa BR Mobile tem em seu estoque mais de 200 iPads, que são alugados para dife-rentes finalidades: festas, eventos e como uma ferramenta de auxílio em atividades comerciais. O valor do aluguel depende

do tempo de uso, podendo chegar a um valor de quase R$20,00 por dia. Já no pri-meiro ano de atividades, a BR Mobile fatu-rou R$ 1 milhão.

Ecodeliveres – entregas por bicicletas S. Paulo. Sistemas de entrega por bici-cleta já fazem parte da realidade paulis-tana. Têm sido bastante procurados para transporte de documentos em geral e em muitos casos têm apresentado maior rapi-dez do que o serviço de motoboys. A Zero Carbono Courier é um exemplo. A empre-sa tem entre seus clientes, Google, BMF Bovespa, PriceWaterhouseCoopers, FNAC, Saraiva e outras empresas que optaram pelo courier através de ciclistas para con-tribuir com o clima da cidade.

ACONTECE NO MUNDOO time-share é o acesso a uma proprie-

dade durante um período determinado a cada ano, frequentemente usado por pes-soas que gostam de tirar férias e não que-rem empregar dinheiro em uma segunda casa. Compartilhamento de carros A Zip-car gerencia o compartilhamento (car sha-ring) de 8 mil carros nos EUA, Canadá, Rei-no Unido e Espanha. A reserva é feita pela Internet e os carros são usados apenas por algumas horas. Toda vez que um carro é utilizado, 15 outros carros saem das ruas. Esse serviço impacta positivamente no

trânsito e ajuda a diminuir poluentes com menos descargas de CO2 na atmosfera. A empresa tornou-se tão lucrativa que foi vendida por 500 milhões de dólares para a gigante Avis.

Aluguel de cães. Coréia do Sul. Com a extensa jornada de trabalho e falta de tempo, está sendo oferecido um serviço de aluguel de cachorros. Funciona por se-manas, dias e horas. Os benefícios do ser-viço: entretenimento para idosos e pesso-as solitárias, estas correspondendo a cinco milhões de pessoas no país.



ACONTECE NO MUNDOBanco orientado para mulheres de baixa renda Bangladesh. Gra-

meen Bank. Esta é uma iniciativa que criou impacto no mundo dos ne-gócios e tem sido ainda fonte de referência para os negócios sociais Fundado por Muhammad Yunus, economista laureado em 2006 pelo Nobel da Paz (por causa dessa iniciativa), o Grameen Bank é uma ins-tituição de crédito para população de baixa renda: já concedeu quase 10 bilhões de dólares em empréstimos quase que em sua totalidade, dedicados às mulheres.

ACONTECE NO BRASILEmpresa de plástico integra catadores com recicladores Paraná. Sedia-

da em Apucarana, a empresa Saneabas produz abas para bonés, feitas de plástico reciclado. O plástico reciclado utiliza mão de obra de uma rede formada por catadores, recicladores, ONGs e empresas recicladoras.

Aceleradora de impacto social. O programa da Aceleradora de Impacto da ONG Artemísia tem o objetivo de ajudar empreendedores de todo o País a viabilizar seu negócio por meio de apoio na formatação do modelo de negócio, capacitação da equipe, acesso à rede de mentores e conexões com investidores, gestores e parceiros.

Centro de Negócios Sociais. O Social Business Center da ESPM - Es-cola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, estabeleceu em maio de 2013 uma parceria com Mohammed Yunus, do Grameen Bank (banco social voltado as camadas pobres da Índia) e visa estimular a produção de conhecimento científico sobre o tema.

Dados de uma pesquisa inédita realizada em 2011 pelo polo Brasil da ANDE – Aspen Network of Development Entrepreneurs, revelam o potencial e o crescimento dos negócios sociais no Brasil conhecidos por negócios 2,5 (dois e meio), ou seja, aqueles que estão entre o segundo e o terceiro se-tor. O estudo levantou uma amostra de 50 negócios sociais brasileiros e identificou que 64% são microempresas e 10% pe-quenas empresas, sendo que 86% contam com recursos próprios para financiar suas operações, 10% recorrem a empréstimos e 4% contam com o auxílio de doações, faturando anualmente até R$16 bilhões. O

estudo também indica que ao todo são 140 tipos de negócios sociais no País, sendo que 39% concentram-se na região Sudeste; em seguida vem a região Sul com 26%, Nordes-te com 24%, Norte com 7% e Centro-Oes-te com 4%. Focalizam seus negócios, com gestão profissionalizada, no bem-estar da população, assim como promovem aumen-to da fonte de renda e o acesso aos serviços essenciais para os setores de baixa renda. Alguns exemplos de negócios sociais: co-munidades de costureiras, de catadores de sucata, centros de incentivo ao esporte, en-tidades de educação, organizações de defe-sa de minorias.

7SETOR 2.5

NEGÓCIOS SOCIAIS



ACONTECE NO MUNDOPrograma de transparência dos negócios

Espanha. As pequenas empresas rurais da Es-panha têm sido um exemplo em reportar suas atividades em relatórios de sustentabilidade. Algumas das participantes do Projeto Adminis-tração Rural Sustentável tem publicado seus relatórios. A proposta é valorizar as empresas da região da Catalunha. O país é o que mais se destaca nos relatórios de sustentabilidade do GRI (Global Reporting Initiative).

ACONTECE NO BRASILEstação Resgate, padrões compartilhados

Estação Resgate. Empresa compartilha co-nhecimento e adota processos, procedimen-tos e atitudes padronizados em cinco unida-des localizadas na capital paulista (2), Sete Lagoas (MG), Aparecida de Goiânia (GO) e Recife (PE). Cada uma delas conta com aterro próprio devidamente licenciado, com capaci-dade para receber até 5 mil ton/mês de RCD.

Obter licenciamento ambiental e apre-sentar relatórios de sustentabilidade pe-riodicamente e divulgá-los passa a ser também condições de mercado para os pequenos negócios obterem credibilida-de e a preferência dos consumidores. Uma tendência que vai se impondo à medida em que os pequenos negócios tornam-se fornecedores não só de grandes empre-sas que estão no mercado de capitais e se destacam por seus relatórios de sustenta-bilidade como também de organizações governamentais que apresentam bastante rigor nas licitações.

Esses compradores estão vendo au-mentar as exigências do mercado nacio-nal e global e passam a ampliar as cláusu-las de compromisso, desenvolver códigos de conduta, compromisso com os públicos estratégicos, e com a sustentabilidade em

geral em suas contratações. A licença am-biental é uma das ferramentas que funda-menta a operação da empresa e permite tomar conhecimento das possíveis fontes de poluição e de riscos existentes em suas atividades.

A prática de apresentar relatórios tam-bém passará a movimentar os pequenos negócios com mais intensidade. Estudo desenvolvido pela GRI Global Reporting Initiative indica crescente interesse das pequenas empresas no desenvolvimen-to de relatórios de sustentabilidade, com destaque para a Espanha, muito embora o Brasil ainda não seja destaque nesse mo-vimento. Essas licenças para operar irão se impor como condição para que se man-tenham bem posicionadas no mercado e poderão acelerar os ganhos assim se não aplicadas, acelerar o fim do negócio.

8LICENÇA PARA OPERAR



ACONTECE NO MUNDOBanking on Women O programa IFC’s

Banking on Women está trabalhando com parceiros e instituições financeiras de todo o mundo de forma rentável e sustentável para atender empresas comandadas/geridas por mulheres. O IFC (International Finance Corpo-ration) apoia mulheres empresárias através de treinamento personalizado no planejamento de negócios e gestão, educação financeira, processos bancários de aplicação de crédito. O IFC também facilita sessões de networking e orientação para a expansão do mercado e o crescimento do negócio.

ACONTECE NO BRASILMoura e Paz Reciclagem Rondônia. Criada

por Patrícia Vaz, empreendedora e odontolo-gista, a Moura e Paz, empresa de reciclagem, tem como proposta solucionar problemas re-lacionados ao descarte de resíduos sólidos. O que motivou a criação do empreendimento foi a experiência própria da empresária, que ha-

via enfrentado problemas com o descarte de material utilizando em seu trabalho. Moura e Paz Soluções Ambientais, criada por Patrícia, há cerca de três anos, presta serviços e oferece soluções em relação aos resíduos hospitalares, industriais, comerciais, entre outros. A empre-sa começou com sete funcionários, hoje conta com vinte.

TPM - Oficina mecânica só para mulheres. Distrito Federal. O Terça Para Mulheres (TPM) é um serviço sediado em Ceilândia, oferecido para o público feminino, especialmente rela-cionado a multitarefas diárias. O fator tempo é a essência do negócio. Todas as terças-feiras as clientes deixam seus carros na oficina da TPM enquanto vão cuidar de sua beleza em salões de cabeleireiro próximos da TPM. Um sistema de descontos envolve academias de ginástica, salões de beleza, esteticistas, etc. O layout da oficina busca atrair as mulheres, por isso foi pintado na cor rosa. Além de revisar os carros, a oficina também oferece dicas por email sobre manutenção, revisão e troca de pneus.

O empreendedorismo está cada vez mais feminino com crescente percentual de mulheres empreendendo e atraindo atenção de investidores e governos. Grandes mudanças no cenário empreendedor brasileiro devem-se ao crescimento no número de mulheres empreendedoras, que hoje são 51% do contingente brasileiro (Global Entrepreneurship Monitor). No âmbito das agências internacionais tem sido propagada a especial importância das mulheres para a sustentabilidade.

Pequenos negócios liderados por mulheres requerem que as instituições de fomento e empresas compradoras apren-dam a lidar com os aspectos dessa diferença na forma de ne-gociar e se relacionar pautado pelo estilo gerencial feminino.

Mais mulheres nos empreendimentos, mais mulheres também no mercado consumidor, que se fortalece com as decisões de compra efetuadas por elas, com cada vez maior poder aquisitivo. Pequenos negócios oferecem serviços que buscam facilitar suas vidas. Paralelamente a esse crescimen-to do empreendedorismo feminino, observa-se uma evasão das mulheres do mercado de trabalho formal, o que favorece o crescimento de pequenas empresas lideradas por gestoras e não por gestores.

9A FEMINIZAÇÃODA ECONOMIA



ACONTECE NO MUNDOCumplo, ponto de encontro Chile. Pon-

to de encontro onde as pessoas ou em-presas que têm fundos para investir (in-vestidores) podem encontrar as pessoas ou empresas que precisam de um crédito ao consumo (candidatos). No Cumplo, as pessoas se organizam, resultando em be-nefícios para ambas as partes, reduzindo a diferença entre as taxas de financiamento e de poupança dos chilenos.

ACONTECE NO BRASILDecoração colaborativa Rio de Janei-

ro. O Biofuton é um fabricante de futons e materiais de yoga. Que aplica matérias-primas orgânicas e sustentáveis em seus produtos e trabalha em parceria com uma rede que integra decoradores, arquitetos, empresas de marcenaria que utilizam ma-terial reciclado, agricultores, artesãos, en-tre outros.

Os desafios impostos pela economia globalizada e pelas novas tecnologias têm desconstruído os princípios mais ortodoxos da competitividade, fazendo emergir uma nova lógica econômica ba-seada em relações ganha-ganha. Cada vez mais negócios têm gerado riqueza por meio dessas relações. Novos empre-endimentos e estruturas de produção já estão abolindo direitos de propriedade exclusiva e adotando processos inclu-sivos em sua cadeia de valor. As novas

tecnologias, os sistemas open-source, o fenômeno das redes sociais e das novas mídias, plataformas de inovação aberta, têm trazido fluidez e flexibilidade na administração das empresas, fazendo com que a colaboração traga mais van-tagens que a competição. Os pequenos negócios, têm em sua própria natureza, maior abertura para o estabelecimento de parcerias e mais facilidade em se be-neficiar do que chamamos de vantagem colaborativa.

10VANTAGEM

COLABORATIVA



ACONTECE NO MUNDOAllotment, experiência especial EUA. O

conceito de hotelaria Allotment é de Nova Iorque e oferece mercado de produtos lo-cais, espaço para que os visitantes tragam seus próprios ingredientes para cozinhar e aulas de culinária orgânica com o chef.

Restaurante para alérgicos França. Res-taurante francês para clientes alérgicos ofe-rece produtos frescos e selecionados, nada que possa provocar algum tipo de alergia está incluído.

ACONTECE NO BRASILAcademia ecológica S. Paulo. A Ecofit-

ness construiu sua sede através de arquite-tura ecológica e adota práticas sustentáveis como por exemplo a separação do lixo e reaproveitamento da água da chuva. A pisci-na é tratada com ozônio e os móveis são de madeira de reflorestamento. Todo o papel consumido é 100% reciclado e são ofereci-dos aos funcionários, encontros e palestras sobre o tema da sustentabilidade. Em 2012, registrou acréscimo de 30% no faturamen-to e para 2013 esperam crescer mais 10%.

Os consumidores, pressionados pela falta de equilíbrio da vida moderna, estão tentando resga-tar o bem-estar interior e a saúde através de pro-dutos e serviços. A sustentabilidade interior passa a se instalar na dimensão pessoal, psicológica e até espiritual, gerando novos negócios como, mas-sagens a domicílio, spas urbanos, cuidado para os mais idosos, as academias de ginástica, os espaços de terapia holística, restaurantes com alimentos orgânicos, são algumas das ofertas que se apresen-tam nesse mundo de crescente carência de bem estar e segurança.

Os setores de turismo, esporte e saúde, no seg-mento de franquias, são os que mais cresceram em 2012. De acordo com dados globais da Euromoni-tor em 2012, os mercados do Brasil e da China fo-ram responsáveis por US$15 bilhões nas vendas de 2011 e crescimento contínuo é esperado (em torno de 8% ao ano) até 2017 e se prevê um volume de vendas na ordem de US$1 trilhão até 2017. Desse montante, US$103 bilhões serão gerados pelos mercados brasileiro e chinês.

11SUSTENTABILIDADE

INTERIOR

Brasil e China são os maiores

mercados do mundo

HCHINAHCHC

SILRABRBBRRASIL

EUA Rússia

México

Venezuela

Argentina

Indonésia

Reino Unido

Índia



A BRASILIDADE ACONTECE NO MUNDONorte-americanos e europeus desembolsam um preço alto para con-

sumir produtos feitos no Brasil. A maioria é vendida no exterior pelo do-bro ou pelo triplo do preço nacional.. Empresas brasileiras que fizeram um bom marketing no exterior, apostaram nesse mercado e agora fazem sucesso. O maior exemplo é da Havaianas, que tornou as sandálias sím-bolo de moda brasileira no exterior.

O Açaí é uma fruta brasileira que ganha cada vez mais adeptos ao redor do mundo. As sandálias Melissa e Azaléia, o artesanato brasileiro, o biquíni, ícone das nossas praias e da beleza da mulher brasileira, as cachaças, o café, todos são produtos consagrados lá fora, campeões de vendas, e chegam a custar quatro vezes mais do que no Brasil.

O crescimento da exposição do país no mercado global tem provocado a busca de uma identidade que defina a sua identida-de, a gênese do seu povo e de sua cultura. No entanto, especialistas são unânimes em afirmar que o potencial brasileiro no comércio internacional tem sido sub-aproveitado. A “marca Brasil sustentável” nunca foi tão necessária para consolidar a posição do país que é hoje um ponto de referência para a sustentabilidade do pla-neta, fazendo valorizar seu potencial eco-nômico em recursos naturais, maior reser-va de água do planeta e o pioneirismo no desenvolvimento de energias limpas.

A chamada Brasilidade imprime-se nas artes, nas relações e na economia. Marcas brasileiras que expressam essa brasilida-de têm se tornado símbolos globais, como

Havaianas, Natura, Azaléia, Sagatyba, en-tre outras. Diante da histórica oportuni-dade que se apresenta com os próximos eventos que o Brasil vai sediar (Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016) o conceito de Brasilidade passará a sig-nificar Sustentabilidade, pela própria ex-pectativa dos outros países em relação ao Brasil e pelo potencial dos pequenos negócios no atendimento aos turistas in-ternacionais. Produtos e serviços susten-táveis com sabor, aroma e tom de Brasil irão alavancar de forma

significativa os pequenos empreendi-mentos e fazer crescer o empreendedo-rismo verde. Esse fenômeno já pode ser evidenciado pelo altos índice de cresci-mento do setor de hotelaria e turismo que cresceu 86% em 2012 em relação a 2011.

12BRASILIDADE



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WHEELWRGHT, Verne - Small Business Foresight, 2011– Disponivel em www.personalfutures.net/sitebuildercontent/sitebuilderfiles/small-businessforesight.pdf

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FONTES



A produção deste relatório é realizada em parceria com o Centro Sebrae de Sustentabilidade.

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