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2017 Temário

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2017

Temário

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Constituição, Política e Escassez

Contributo(s) para uma teoria geral

João Carlos Loureiro

Sumário (versão abreviada)

I – ROTEIRO CONCEITUAL

1. Constituição e constitucionalismo(s)

2. Política(s): política (politics) e políticas (policies)

3. Escassez(es): memória, tipologia e esferas

4. Socialidade(s): em torno de uma noção

II – POLÍTICA, SOCIALIDADE E ESCASSEZ

1. Circunstância(s)

2. Articulações

2.1. Política(s) e socialidade

2.2. Política(s) e escassez

2.3. Socialidade e escassez

2.4. Política, socialidade e escassez

3. Espaços

4. Tempos

III – CONTRIBUTO PARA UMA DOGMÁTICA DA ESPECIAL ESCASSEZ

1. Mitologia(s) da modernidade

1.1. Metanarrativa emancipatória

1.2. Progresso

2. Traduções

2.1. Constituição dirigente e princípio da proibição do retrocesso ou da evolução social

reacionária

2.2. Crítica: linhas de força de um novo paradigma

3. Campos de experimentação

3.1. Previdência: o sistema público de pensões

3.2. Saúde: a questão do racionamento

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Bibliografia

A bibliografia (mínima e complementar) constará dos sumários desenvolvidos.

Alguns subsídios para a discussão (com outras indicações) podem ver-se em João

Carlos LOUREIRO, “A “porta da memória”: (pós?)constitucionalismo, Estado

(pós?)social, (pós?)democracia e (pós?)capitalismo. Contributos para uma “dogmática

da escassez”, in: António Rafael AMARO/ João Paulo Avelãs NUNES (Org.), “Estado-

Providência”, capitalismo e democracia, Estudos do Século XX 13 (2013), p. 109-126 (uma

primeira versão está disponível online em

http://apps.uc.pt/mypage/faculty/fd_loureiro/pt/escritos).

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Escassez e redistribuição do rendimento

João Nogueira de Almeida

Para a mainstream economics, a escassez constitui o objecto central de estudo. A ciência

económica dominante assume-se como a ciência que estuda o comportamento humano

condicionado pela escassez. Num mundo de bens livres não haveria lugar para a discussão de

questões económicas.

A escassez de bens pode ser absoluta ou relativa. Absoluta, porque os bens não existem nas

quantidades necessárias para todos. Relativa, porque os bens não existem nas quantidades

desejadas por todos.

A simples existência de situações de escassez induz as sociedades a produzir mais

eficientemente com os recursos disponíveis e a aumentar de forma predatória a quantidade de

recursos empregues na produção. Porém, é possível seguir outro caminho. A relativa

abundância de bens, que existe hoje nas sociedades mais desenvolvidas, pode levar a que

algumas de entre estas prefiram não aumentar a sua produção, preferindo, ao invés, mais tempo

livre em vez de mais trabalho.

A existência da escassez dos bens, traz necessariamente consigo o problema da sua distribuição.

De notar, que a magnitude deste problema não depende da escassez ser meramente relativa.

Na mainstream economics, o critério da distribuição dos bens escassos é o seu preço. Os bens

(escassos) são repartidos por aqueles querem (e podem) dar mais dinheiro por eles. Os bens são

atribuídos (distribuídos) em função da riqueza de cada um.

Este critério de distribuição dos bens não é o único, pois existem outros dois, o critério do mais

rápido (o que acede primeiro aos bens) e o critério do mais forte (os bens são distribuídos de

acordo com os desejos dos mais poderosos).

Nas economias mistas modernas, o Estado apropria-se, principalmente por meio de impostos,

de metade da riqueza nacional e distribui (redistribui) os rendimentos assim auferidos, de

acordo com critérios que pouco ou nada têm que ver com a riqueza de cada indivíduo. Assim,

os tratamentos médicos feitos ao abrigo do sistema público de saúde, não dependem da riqueza

do paciente que deles beneficia. Do mesmo modo, o acesso às universidades públicas de

prestígio, não depende do dinheiro que os alunos estariam, hipoteticamente, dispostos a pagar

pela sua frequência.

Por outro lado, nem tudo aquilo que é capaz de satisfazer necessidades está no mercado. Por

exemplo, o amor de uma mãe ou de um pai não se compra nem se vende e não se dá nem se

tira por ordem de uma autoridade. Esse amor existe ou não existe em função de outros

parâmetros que não os do mercado.

A dimensão da apropriação pública da riqueza nacional torna imperioso acertar justificações

aceitáveis acerca dos valores que devem nortear a redistribuição do rendimento,

particularmente entre aqueles que o produzem (rendimento) e aqueles que dela (redistribuição)

beneficiam.

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Conexa com esta questão e, em parte, dela dependente, está a decisão sobre qual a

percentagem de rendimento produzido anualmente que deve ser distribuído pelo critério do

preço e qual a percentagem de rendimento que deve ser repartido de acordo com o critério da

autoridade.

Mesmo a questão da distribuição do rendimento operada no mercado em salários, rendas, juros

e lucros, merece ser discutida. Em particular, ao menos quanto aos critérios que decidem da sua

repartição relativa entre a parte que cabe aos rendimentos do trabalho (salários) e a parte que

cabe aos rendimentos do capital (juros, rendas e lucros).

Bibliografia:

- Avelãs Nunes, A. A., Noção e Objecto de Economia Política, Almedina, 3.ª Edição, Coimbra,

2013.

- Sandel, Michael J., What Money Can't Buy: The Moral Limits of Markets, New York, Ferrar,

Straus and Giroux, 2012;

- Stiglitz, J. E. (2000). Economics of the public sector. New York, W. W. Norton.

- Thomas Piketty, Capital in the Twenty-First Century, Harvard, 2014.

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Programa de Doutoramento em Direito Público

ESTADO SOCIAL, CONSTITUIÇÃO E POBREZA

Seminário: Constituição, Política e Escassez

Licínio Lopes Martins

Tema: A Administração da escassez

I – O Direito Administrativo da escassez

1. Introdução: da Administração do bem-estar à Administração da escassez

2. Escassez e racionamento administrativo de bens e serviços públicos. O racionamento

como política pública

3. Escassez e eficiência: a decisão administrativa num contexto de escassez e os custos

de oportunidade (o princípio da ponderação custos/benefícios)

4. A escassez e a Administração do risco (os princípios da precaução, da eficiência e da

sustentabilidade)

5. Escassez, autorizações e concessões públicas e actos (administrativos) constitutivos de

direitos

6. A escassez e a programação da actividade administrativa: a discricionariedade de

planeamento/programação e de implementação de políticas públicas

7. O contrato como instrumento de regulação da escassez (em especial, do acesso a bens

e serviços públicos)

8. A escassez e o princípio da concorrência

9. Escassez, racionamento e racionalização: os desafios à regulação pública?

10. A escassez e o instituto da responsabilidade civil da Administração

11. A Administração da escassez e o controlo jurisdicional das decisões administrativas

II – A Administração da escassez na jurisprudência

1. A jurisprudência do Tribunal Constitucional

2. A jurisprudência do Tribunal de Contas

3. Jurisprudência estrangeira

Bibliografia recomendada:

AAVV, (a cura di Francesca ZAMPANO), I Livelli Essenziali delle Prestazioni. Questioni preliminari e

ipotesi di definizione, Quaderni Formez, 46 (Presidenza del Consiglio dei Ministri, Dipartimento della

Funzione Pubblicca), 2006

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Anthony J. CULYER/ Adriana CASTELLI, “United Kingdom” in J. Matthias Graf SCHULENBURG/

Michael BLANKE – Rationing of Medical Services in Europe: An Empirical Study, IOS Press, 2004, pp.

255-305

Carla Amado GOMES, Risco e Modificação do Acto Autorizativo Concretizador de Deveres de Protecção

do Ambiente, Coimbra Editora, 2007

Gordon ANTHONY, Jean-Bernard AUBY, John MORISON e Tom ZWART, Values in Global

Administrative Law, Hart Publishing, Oxford, 2011

Fernando Alves CORREIA, A expropriação de sacrifício: finalmente, a sua consagração jurisprudencial,

in Revista de Legislação e Jurisprudência, Ano 142.º, n.º 3977, 2012

Franzoni ALESSIO, Il Concetto di razionamento in sanità”, in Diritto & Diritti, IL Portale Giuridico Itália

(http://www.diritto.it/art.php?file=/archivio/20763.html)

J. C. Vieira de ANDRADE, A responsabilidade indemnizatória dos poderes públicos em 3D: Estado de

direito, Estado fiscal, Estado social, in Revista de Legislação e Jurisprudência (RLJ), Ano 140.º, n.º 3969,

2011

J. C. Vieira de ANDRADE, Os poderes de cognição e de decisão do juiz no quadro do actual processo

administrativo de plena jurisdição, in Cadernos de Justiça Administrativa (CJA), n.º 101, 2013

J. C. Vieira de ANDRADE, Lições de Direito Administrativo, 3.ª ed., Imprensa da Universidade de

Coimbra, 2013

J. C. Vieira de ANDRADE, Direitos Fundamentais na Constituição Portuguesa de 1976, 5.ª ed., Almedina,

2012

J. Casalta NABAIS e Suzana Tavares da SILVA (Coord.), Sustentabilidade Fiscal em Tempos de Crise,

Almedina, 2011

José Eduardo Figueiredo DIAS, A Reinvenção da Autorização Administrativa no Direito do Ambiente,

Coimbra Editora, Coimbra, 2014

J. J. Gomes CANOTILHO, O Princípio da sustentabilidade como Princípio estruturante do Direito

Constitucional, in Revista de Estudos Politécnicos/Polytechnical Studies Review, 2010, vol. VIII, n.º 13,

pp. 7-18

J. J. Gomes CANOTILHO, A utilização do domínio público pelos cidadãos, Em Homenagem ao Professor

Doutor Diogo Freitas do Amaral, Coimbra, Almedina, 2010, pp. 1073 e segs.

Juarez FREITAS, Sustentabilidade: direito ao futuro, Editora Fórum, Belo Horizonte, 2011

Louise LOCOCK, The Changing Nature of Rationing in the National Health Service, in Public

Administration, 90, 78, 2000

Luís A. M. Meneses do VALE, Racionamento e racionalização no acesso à saúde. Contributo para uma

perspectiva jurídico-constitucional, Polic., Coimbra, 2007 (3 vols.)

Mario MARTINI, Der Markt als Instrument hoheitlicher Verwaltungslenkung, Tübingen, Mohr Siebeck,

2008

Martin NETTESHEIM, Rationing Health Care in Germany: Constitutional Opportunities and Limits, in

Stefan N. WILLICH/ Susanna ELM, Medical Challenges for the New Millenium – An Interdisciplinary

Task, Kluwer Academic Publishers, 2001

Ole Frihjof NORHEIM, The Norwegian Welfare State in Transition: Rationing and Plurality of Values as

Ethical Challenges for the Health Care System – On the Road Toward Two-Tier Health Care Systems:

European Developments and Experiences, in The Journal of Medicine and Philosophy, Vol. 20, n.º 6,

December 1995, Kluwer Academic Publishers, pp. 639-655

Pedro Costa GONÇALVES, Reflexões Sobre o Estado Regulador e o Estado Contratante, Coimbra Editora,

2013

Pedro Costa GONÇALVES, Estado de Garantia e Mercado, Revista da Faculdade de Direito da

Universidade do Porto, vol. VII (especial: Comunicações do I Triénio dos Encontros de Professores de

Direito Público), 2010, pp. 97 e ss.

Peter HÄBERLE, Nachhaltigkeit und Gemeineuropäisches Verfassungsrecht, in WOLFGANG KAHL,

(Org.), _achhaltigkeit als Verbundbegriff, Tübingen, 2008

Keith SYRETT, Impotence or importance? Judicial Review in an era of explicit NHS rationing, in The

Modern Law Review, 66, 2, 2004, pp. 289-321

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Rolf STOBER, Direito Administrativo Económico Geral, Tradução de alemão para português de António

Francisco de Sousa, Universidade Lusíada Editora, 2008

Ronald DWORKIN, Sovereign Virtue, Harvard University Press, Massachusets, 2000 (tradução: A Virtude

Soberana: a teoria e a prática da igualdade, Martins Fontes, São Paulo, 2005)

RUDOLF KLEIN, Priorities and rationing: pragmatism or principles?, in British Medical Journal (BMJ),

311, Sept., 1995

Suzana Tavares da SILVA, Um novo Direito Administrativo?, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010

Suzana Tavares da SILVA, La estatalidad posmoderna o el riesgo de la «desconstrución» del Estado, in

Revista de Derecho Político, 74, 2009, pp. 391-403

Suzana Tavares da SILVA, Revisitando a garantia da tutela jurisdicional efectiva (algumas notas), in

Revista de Direito Público e Regulação, 5, 2010, pp. 127-139

Suzana Tavares da SILVA, Sustentabilidade e solidariedade no financiamento do bem-estar: o fim das

boleias?, Estudos de Homenagem ao Prof. Doutor Jorge Miranda, vol. V, FDUL, Coimbra Editora, 2012,

pp. 819-842

Suzana Tavares da SILVA, Regulação económica e Estado fiscal: o estranho caso de uma relação difícil

entre felicidade e garantia do bem-estar, in Scientia Iuridica - Revista de Direito Comparado Português e

Brasileiro, n.º 328, 2012, pp. 113-140

Wilfried BERG, Die Verwaltung des Mangels - Verfassungsrechtliche Determinanten für

Zuteilungskriterien bei knappen Ressourcen, Der Staat, 15, 1976, pp. 1-30

Nota: outra bibliografia e jurisprudência será fornecida ao longo da prelecção dos Seminários

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Transestatalidade e Sustentabildiade

O Relacionamento entre os diferentes sistemas jurídicos

Rui Moura Ramos

Sumário:

1. O enfoque tradicional: a perspectiva centrada no ordenamento estadual e

a definição, por este, do sistema de relacionação com os demais sistemas

jurídicos. Os diversos modos de recepção dos sistemas jurídicos

estranhos à ordenação estadual considerada. Situações de tipificação

mais frequente: os ordenamentos estaduais estrangeiros, o direito

internacional e o direito canónico.

2. A alteração de perspectiva provocada pelo aparecimento da ordem

jurídica comunitária. O facto de este sistema jurídico ter chamado a si a

definição do seu relacionamento com os ordenamentos dos Estados-

Membros. Natureza jurisprudencial desta solução e termos da sua

aceitação pelas ordens jurídicas dos Estados-Membros.

3. A importância dos órgãos jurisdicionais neste contexto. A fragmentação

da ordem internacional e a proliferação de jurisdições internacionais. A

definição da sede do relacionamento entre as diversas ordens jurídicas

pelas distintas jurisdições. Problemas daí decorrentes.

4. A integração numa ordem jurídica global e o seu entendimento pelas

diversas instâncias jurisdicionais: exemplificação com a tensão entre as

liberdades económicas e os direitos sociais. Hipóteses de construção

sistémica. O caso da ordem jurídica da União Europeia: dissociação da

ordem social e da ordem económica versus possibilidade de uma

construção conflitual.

5. Ensaio de síntese.

Bibliografia:

Moura Ramos -- Da Comunidade Internacional e do seu Direito. Estudos de

Direito Internacional Público e Relações Internacionais, Coimbra, 1996, Coimbra

Editora.

Moura Ramos – Das Comunidades à União Europeia. Estudos de Direito

Comunitário, 2ª Edição, Coimbra, 1999, Coimbra Editora.

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Moura Ramos – Estudos de Direito da União Europeia, Coimbra, 2013,

Coimbra Editora.

Walter van Gerven – «Plaidoirie pour une nouvelle branche du droit. Le

“droit de conflits d’ordres juridiques” dans le prolongement du “droit des

conflits de règles”, Recueil des Cours, 350 (2010), p. 9-70.

Christian Joerges -- «Integration through conflicts law. On the defence of

the european Project by means of alternative conceptualisation of legal

constitutionalisation», in Conflict of Laws and Laws of Conflict in Europe and

Beyond [Rainer Nickel (ed)], Antwerp, 2010, Intersentia, p. 377-400.

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Transestatalidade e Sustentabilidade O objectivo do desenvolvimento sustentável na política económica internacional da União Europeia Vital Martins Moreira Sumário:

1. Introdução ao tema: globalização económica e desenvolvimento sustentável

2. Liberalização do comércio internacional e desenvolvimento no quadro da OMC

3. O precedente dos Estados Unidos: a cláusula laboral no “sistema de preferências generalizadas” e os dois acordos complementares do NAFTA (North American Free Trade Agreement) sobre questões laborais e ambientais

4. A competência da UE no domínio do apoio ao desenvolvimento e das relações económicas externas

5. A adopção da noção de “desenvolvimento sustentável” por parte da UE

6. A “revolução” do Tratado de Lisboa 7. O regime das “preferências comerciais generalizadas” da UE e o

desenvolvimento sustentável 8. Os acordos bilaterais de liberalização comercial da UE e o

desenvolvimento sustentável 9. Balanço e perspectivas

Bibliografia

Bibliografia básica:

MOREIRA, Vital Trabalho digno para todos: A “cláusula laboral no comércio externo da União Europeia”, Coimbra, Coimbra Editora, 2014 (com muita bibliografia). [vou oferecer este livro à FDUC]

CARBONE, Maurizio / ORBIE, Jan (edts), The trade-development nexus in the European Union: Differentiation, coherence and norms, Oxford, Routledge, 2014

Bibliografia complementar:

KIRTON, John J. / MACLAREN, Virginia W. (edts.), Linking trade, environment and social cohesion, Aldershot, Ashgate, 2002 (em especial capits. 1, 2, 3, 15, e 20). [tenho esta obra e posso oferecê-la à FDUC]

SAMPSON, Gary P., The WTO and sustainable development, Nova York, United Nations University, 2005.

ACHARYYA, Rajat / KAR, Saibal, International trade and economic development, Oxford, OUP, 2014.

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Programa de Doutoramento em Direito Público |

Estado Social, Constituição e Pobreza

Coordenador: Prof. Doutor José Carlos Vieira de Andrade

Constituição e Crise

O problema da relação juridicidade /constitucionalidade perante os desafios

das teorias da Justiça (e os «modelos normativos de democracia»)

[um módulo de 6 h, distribuído em duas sessões]

4/1/2017 [10h – 13h CC (AL, AG)] – 6/1/2017 [10h – 13h CC (AL, AG)]

José Manuel Aroso Linhares (AL)

Ana Margarida Simões Gaudêncio (AG)

Sumário:

A discussão da identidade colectiva assumida pelo debate filosófico-político das teorias

da justiça e o risco de transformar o direito numa instância de institucionalização

intencionalmente neutra, capaz de corresponder, como que instrumentalmente (enquanto

contexto-correlato de uma prática de decisões contingentes), a outros tantos modelos de

societas ou de communitas

1. O debate liberalismo(s) /comunitarismo(s): será que o podemos reconduzir a um

confronto entre o universalismo de uma moralidade crítica (ou de uma filosofia moral)

procedimentalmente concebida — justificada por uma representação da relação

necessidades/ direitos (e pela integração desta num modelo aculturalmente protegido de societas)

— com o particularismo das moralidades positivas ou convencionais e a defesa de uma

racionalidade prática substantiva — esta inseparável da experiência da narrativa e do

horizonte estabilizador das tradições e das formas ou modos de vida (se não representações do

bem comum)? Uma tentativa de esclarecimento desta pergunta e de todos os elementos que a

compõem, capaz de nos revelar um panorama mais complexo: uma alusão exemplar às

correcções substantivas («materializantes») introduzidas nos procedimentalismos, mas

também às especificidades que distinguem os comunitarismos liberais.

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2. O modelo normativo da «democracia deliberativa» como tentativa de superar os

limites deste debate: um diálogo com HABERMAS e com FORST.

2.1. O paradigma do direito comunicativo-procedimental, a superar o formalismo de Estado

demo-liberal e a neomaterialização de Estado social (e as dependências sistémicas que estes

geram) e a corresponder a um possível terceiro «modelo normativo de democracia»

(HABERMAS)

2.2. Um modelo/paradigma crítico de democracia deliberativa assente num direito à

justificação, como terceira via face às fundamentações liberal e comunitarista, de conteúdo

contextualizadamente fixado, em termos de generalidade e reciprocidade, propondo uma teoria

crítica da justiça transnacional – fundada num princípio da justificação –, com uma articulação-

distinção entre vários contextos de justiça, enquanto contextos de reconhecimento – ético, jurídico,

político e moral (FORST)

3. O risco de transformar o direito numa mera instância de institucionalização, a

assimilar-receber passivamente os valores, standards ou regras produzidos ou estabilizados

pelas identidades colectivas de possíveis comunidades de ideias ou de memória (as primeiras a

invocarem a universalidade das aquisições moderno-iluministas, as segundas a celebrarem o

particularismo insuperável dos mores e das tradições). Uma tentativa de resposta, construída

a partir das possibilidades do jurisprudencialismo: a oportunidade reflexiva de interpelarmos

criticamente o direito (um certo direito, vinculado à Ideia da Europa!) reconhecendo no seu

mundo prático uma criação cultural situada e um projecto-projectar de sentidos comunitários

(se não mesmo a construção-realização historicamente constitutiva de uma forma de vida,

inseparável de uma experiência autónoma do problema-controvérsia).

4. Uma projecção dos desenvolvimentos precedentes no problema da relação

juridicidade /constitucionalidade. Em que sentido se torna hoje possível contrapor a

contingência política da voluntas constitucional e a continuidade prática do projecto cultural

do direito? Ainda um diálogo com HABERMAS, mas também com as propostas de

«protestantismo constitucional» abertas pela assimilação metódico-hermenêutica da

filosofia da Desconstrução (de LEVINSON a BALKIN, passando por Robin WEST).

LEITURAS RECOMENDADAS: NEVES, António Castanheira _(2003) A crise actual da Filosofia do Direito no contexto da crise

global da Filosofia. Tópicos para a possibilidade de uma reflexiva reabilitação, STVDIA IVRIDICA, 72, Coimbra, Coimbra Editora, p. 96-134

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HABERMAS, Jürgen _ (1998) The Inclusion of the Other, Cambridge, Massachusetts, MIT Press – «9. Three Normative Models of Democracy», p. 239 ss., «10. On the International Relation between the Rule of Law and Democracy», p. 253 ss. (Die Einbeziehung des Anderen. Studien zur politischen Theorie, Suhrkamp, Frankfurt am Main, 1996, p. 277 ss.)

_______________ (2012) Um ensaio sobre a Constituição da Europa, Edições 70, Lisboa (Zur Verfassung Europas, Frankfurt am Main, Suhrkamp, 2011)

FORST, Rainer _ (2001) “The Rule of Reasons. The Theory of Deliberative Democracy as an Alternative to Liberalism and Communitarianism”, in Ratio Juris, vol. 14, n. 4, p. 345-378 (depois, in Rainer Forst, Das Recht auf Rechtfertigung. Elemente einer konstruktivistischen Theorie der Gerechtigkeit, Suhrkamp, Frankfurt am Main, 2007, cap. 7)

LINHARES, José Manuel _ (2010) “‘O homo humanus do direito e o projecto inacabado da Modernidade’”, in Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, vol. LXXXVI, p. 515-561

_______________ (2015) «The Political Contingence of Constitutional Voluntas and the Practical Continuity of Law’s Cultural “Project”: a conversation piece concerning a “narrative” of discontinuity» (a publicar em breve)

GAUDÊNCIO, Ana Margarida _ (2012) O intervalo da tolerância nas fronteiras da juridicidade: fundamentos e condições de possibilidade da projecção jurídica de uma (re)construção normativamente substancial da exigência de tolerância), Coimbra, mimeo, p. 161-163, 176-193, 303-308, 323-334

WALDRON, Jeremy (1989) _ “Particular Values and Critical Morality”, in California Law Review, vol. 77, issue 3, May 1989, p. 561-589, disponível em http://scholarship.law.berkeley.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1867&context=californialawreview

OUTRAS LEITURAS: LINHARES, José Manuel _ (2010) “Humanitas, singularidade étnico-genealógica e

universalidade cívico-territorial. O “pormenor” do Direito na “ideia” da Europa das nações: um

diálogo com o narrativismo comunitarista”, Dereito. Revista xurídica da Universidade de Santiago de

Compostela, volume 15, número 1, 2006, p. 17-67, disponível em http://dspace.usc.es/bitstream/10347/7846/1/pg_019-070_dereito15-1.pdf

HABERMAS, Jürgen _(2001) The Postnational Constellation: Political Essays, Cambridge, Polity –

4. «The Postnational Constellation and the Future of Democracy», p. 58 ss. (Die postnationale

Konstellation. Politische Essays, Suhrkamp, Frankfurt am Main, 1998)

FORST, Rainer _ (2002) Contexts of Justice: Political Philosophy beyond Liberalism and Communitarianism, cap. 3., 4., 5. (Kontexte der Gerechtigkeit. Politische Philosophie jenseits von Liberalismus und Kommunitarismus, Suhrkamp, Frankfurt am Main, 1994)

__________ (2001) “Towards a Critical Theory of Transnational Justice”, in Thomas Pogge (Ed.) Global Justice, Oxford, Blackewll, p. 169-187 (depois, in Rainer Forst, Das Recht auf Rechtfertigung. Elemente einer konstruktivistischen Theorie der Gerechtigkeit, Suhrkamp, Frankfurt am Main, 2007, cap. 12)

BALKIN, Jack _ (2011), Constitutional Redemption, Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 8. «How I Became an Originalist», p. 226-250

NEVES, António Castanheira _ (1993) “A redução política do pensamento metodológico-jurídico (Breves notas críticas sobre o seu sentido)”, in Digesta – escritos acerca do Direito, do pensamento jurídico, da sua metodologia e outros, vol. II, Coimbra, Coimbra Editora, 1995, p. 379-421

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Direitos Fundamentais e Estado Social

Os Direitos Sociais

José Carlos Vieira de Andrade

Sumário:

I - OS DIREITOS SOCIAIS NA ORDEM JURÍDICA PORTUGUESA

1. O regime constitucional dos direitos económicos, sociais e culturais

1.1. Duas matrizes conceptuais de direitos sociais: o socialismo

colectivista (Declaração de Direitos da Revolução russa de 1918) e a

democracia social (Constituição de Weimar 1919).

Dois subsistemas de protecção social: serviços públicos de acesso

universal pagos por impostos (Beveridge); seguros sociais organizados pelo

Estado, financiados por trabalhadores e empresas (Bismarck).

1.2. O compromisso constitucional de 1976 e a evolução do modelo no

cotexto europeu

1.3. Um catálogo, dois regimes: direitos, liberdades e garantias e

direitos sociais a prestações

1.4. O regime dos direitos sociais a prestações

2. A crise económica e financeira e os problemas do controlo judicial da

constitucionalidade das medidas políticas de austeridade – os velhos

princípios (igualdade, proporcionalidade, protecção da confiança) e os novos

princípios (igual proporcionalidade, sustentabilidade, justiça intergeracional)

como argumentos de ponderação e padrões de controlo.

3. O futuro próximo do Estado Social: a adaptação do conceito de direitos

sociais a prestações e as grandes linhas normativas de definição da

“socialidade”

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3.1. A garantia do mínimo para uma existência condigna e o combate

activo contra a exclusão e a pobreza e para diminuição das desigualdades;

3.2. A universalidade na necessidade;

3.3. A parceria intersectorial: pública, social e privada

3.4. A sustentabilidade do sistema: a reserva do possível e os limites da

reversibilidade

3.5. A socialidade no contexto europeu e internacional

II. A PRÁTICA JUDICIAL DOS DIREITOS SOCIAIS NA ORDEM JURÍDICA

GLOBAL

1. A jurisprudência europeia

2. A jurisprudência alemã, italiana e espanhola

3. A jurisprudência brasileira

4. A jurisprudência húngara

5. A jurisprudência dos países do common law

Bibliografia:

GOMES CANOTILHO, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, 2014;

Estudos sobre Direitos Fundamentais, 2008; Constituição Dirigente e Vinculação

do Legislador - Contributo para a Compreensão das Normas Constitucionais

Programáticas, 2001.

VIEIRA DE ANDRADE, Os Direitos Fundamentais na Constituição portuguesa de

1976, 5.ª ed. 2012.

REIS NOVAIS, Direitos Sociais - Teoria jurídica dos direitos sociais enquanto

direitos fundamentais, 2010.

JOÃO LOUREIRO, Adeus ao Estado Social?, 2010

SUZANA TAVARES DA SILVA, Os direitos fundamentais na arena global, 2.ª ed.,

2014.

AAVV, O Tribunal Constitucional e a crise, 2014

REIS NOVAIS, Em defesa do Tribunal Constitucional, 2014

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AAVV, E-pública, Revista on line,a ICJP /FDUL, n.ºs 1 e 3, 2014

CATARINA BOTELHO, Os direitos sociais em tempos de crise, 2015

JORGE SILVA SAMPAIO, O controlo jurisdicional das políticas públicas de direitos sociais, 2014

RITTER, Gerhard, Storia dello Stato sociale, 2007

BARAK-EREZ, Daphne / GROSS, Aeyal M. (eds), Exploring Social Rights:

Between Theory and Practice. Oxford and Portland: Hart Publishing Ltd, 2007.

KING, Jeff, Judging Social Rights (Cambridge Studies in Constitutional

Law), Cambridge University Press, 2012

BREMS, Eva / GERARDS, Janneke (eds.), Shaping Rights in the ECHR,

Cambridge University Press, 2013

GAURI, Varun / BRINKS, Daniel M. (eds.), Courting Social Justice: Judicial

Enforcement of Social and Economic Rights in the Developing World, Cambridge

University Press, 2008

YOUNG, Katharine G., Constituting Economic and Social Rights (Oxford

Constitutional Theory), Oxford University Press, 2012

ELAINE DEWHURST, The Development of EU Case-Law on Age

Discrimination in Employment: ‘Will You Still Need Me? Will You Still Feed

Me? When I’m Sixty-Four’, in European Law Journal, Vol. 19, No. 4, July 2013,

pp. 517–544.

ANASHRI PILLAY, Toward effective social and economic rights adjudication: The

role of meaningful engagement, 2012.

XENOPHON CONTIADES AND ALKMENE FOTIADOU, Social rights in the age of

proportionality: Global economic crisis and constitutional litigation, 2012

STEFANO GIUBBONI, Diritti e solidarietà in Europa, 2012.

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1

Direitos Fundamentais e Estado social

Deveres Fundamentais

José Casalta Nabais

Sumário:

1. O contrato social base dos direitos e deveres fundamentais

1.1. A ideia de contrato social no séc. XVIII/XIX

1.2. A sua redescoberta no séc. XX: John Rawls

1.3. O seu questionamento pela ideia de justiça de Amartya Sen

1.4. O contrato social geral e o contrato social fiscal

2. Uma teoria geral dos deveres fundamentais

2.1. O esquecimento dos deveres no séc. XX

2.2. Os deveres como categoria autónoma

2.3. Fundamento e noção dos deveres fundamentais

2.4. O regime dos deveres fundamentais

2.5. As relações dos deveres fundamentas com os direitos fundamentais

3. Os deveres fundamentais como custos dos direitos

3.1. Todos os direitos têm custos públicos

3.2. O estado fiscal

3.2.1. A ideia de estado fiscal

3.2.2. A exclusão de um estado patrimonial

3.2.3. A falsa alternativa de um estado «taxador»

4. A ideia de cidadania fiscal na era da globalização

4.1. A ideia de cidadania fiscal

4.2. Os deveres fundamentais na actual globalização

5. O contrato social de dois degraus: o degrau da liberdade (direitos)

tendencialmente global; o patamar da responsabilidade (deveres) nacional

ou local

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2

Bibliografia

CHRISTIANS, Allison, «Soveignty, Taxation and Social Contract», Minesota

Journal of International Law, vol. 18-1 (2009).

Declaracion de Responsabilidades y Deberes Humanos, de 1998, de Valencia

ESTÉVEZ ARAUJO, José A.(ed.), El Livro de los Deberes, Editorial Trotta, 2013

HOLMES, Stephen / SUNSTEIN Cass R., El Costo de los Derechos, Siglo XXI, 2011,

NABAIS, José Casalta, O Dever fundamental de pagar impostos, Almedina, 1998, I

Parte

PAUNER CHULVI, Cristina, El deber de contribuir al sostenimiento de los gastos

públicos, Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, Madrid, 2001

Relatórios da Foundation for Law, Justice and Society e do Centre for Socio-

Legal Studies, University of Oxford, elaborados no Programa The Social

Contract Revisited, disponíveis em WWW.fljs.org:

o Relatório Geral de Amir PAZ-FUCHS, The Social Contract Revisited: The

Modern Welfae State, 2011,

o os Relatórios de

DUFF, David G., Tax Fairness and The Tax Mix, 2008,

MCCAFFERY, Edward J., The Case for a Progressive Spending Tax,

BECKERT, Jens, Why is the Inheritance Tax so Controversial?

PAZ-FUCHS, Amir, Plucking the Goose: The Role of Taxation in the

Modern Social Contract.

TAVARES DA SILVA, Suzana, Os direitos fundamentais na arena global, Imprensa

da Universidade de Coimbra, 2ª ed., 2014.

NABAIS, José Casalta, «Crise e sustentabilidade do Estado Social», «Ainda fará

sentido o art. 104º da Constituição?», «Reflexões sobre a constituição

económica, financeira e fiscal portuguesa» e «Justiça fiscal, estabilidade

financeira e as recentes alterações do sistema fiscal português», em Por um

Estado Fiscal Suportável – Estudos de Direito Fiscal, Volume IV, Almedina, 2015,

p. 103 – 133, 105 – 156, 157 – 185 e 215 – 255.

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1

Direitos Fundamentais e Estado Social

Ana Raquel Gonçalves Moniz

I – Os Direitos Fundamentais num Contexto de Incerteza

1. A incerteza política: a crise do Estado

2. A incerteza da economia: a crise económica

3. A incerteza do tempo e do espaço: a crise das gerações

4. A incerteza normativa: a crise do direito

II – Os Direitos Fundamentais e a Vinculação Axiológica da Res Publica

1. Dignidade humana, juridicidade e direitos fundamentais

2. Os direitos fundamentais como elementos da identidade axiológica do Estado de direito

3. Valores públicos e Res Publica

III – Os Direitos Fundamentais entre o Estado, a Sociedade e a Comunidade Global

1. O Estado: a renovação do compromisso jusfundamental dos poderes públicos

2. A sociedade: os direitos fundamentais são tarefa de todos

3. A comunidade global: os direitos fundamentais entre a vocação universal e as

especificidades regionais ou nacionais

Bibliografia básica:

MONIZ, Ana Raquel Gonçalves, Os Direitos Fundamentais e a sua Circunstância: Crise e

Vinculação Axiológica entre o Estado, a Sociedade e a Comunidade Global, Projeto SPES – Instituto

Jurídico, Coimbra, a publicar em finais de 2016.

Bibliografia complementar:

ANDRADE, J. C. Vieira de, Os Direitos Fundamentais na Constituição Portuguesa de 1976, 5.ª ed., Coimbra,

2012.

ANTHONY/AUBY/MORISON/ZWART, Values in Global Administrative Law, Oxford, 2011.

CANOTILHO, J. J. Gomes, Direito Constitucional e Teoria da Constituição, Coimbra, 20037.

DWORKIN, Ronald, Is Democracy Possible Here?, Princeton, 2006.

GEORGE, Robert P., Choque de Ortodoxias: Direito, Religião e Moral em Crise, trad. Isaías HIPÓLITO,

Coimbra, 2008.

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2

LOUREIRO, João, «Responsabilidade(s), Pobreza e Mundo(s): Para uma Tópica

(Inter)constitucional da Pobreza», in: Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor José Joaquim Gomes Canotilho,

Coimbra, 2012, pp. 395-424.

____, «Pessoa, Democracia e Cristianismo: Entre o Ideal e o Real? Subsídios de (para a) Leitura(s) de

Barbosa de Melo», in: Estudos em Homenagem a António Barbosa de Melo, Coimbra, 2013, pp. 361-404.

MONIZ, Ana Raquel Gonçalves, «Direito, Ética e Estado», in: Estudos em Homenagem a António Barbosa

de Melo, Coimbra, 2013, pp. 35-71.

MONIZ, Ana Raquel Gonçalves, «Socialidade, Solidariedade e Sustentabilidade: Esboços de um

Retrato Jurisprudencial», in: A Economia Social e Civil: Estudos, Projeto SPES – Socialidade, Pobreza(s) e

Exclusão Social, Coimbra, 2015, pp. 61-104.

MONIZ, Ana Raquel Gonçalves, «O Problema da Realização da Constituição pela Justiça

Constitucional: Ratio e Voluntas, Synépeia e Epieikeia? (Reflexões a partir do Pensamento de

Castanheira Neves)», in: VI Jornadas de Teoria do Direito, Filosofia do Direito e Filosofia Social, Coimbra,

2016, pp. 251-307.

MONIZ, Ana Raquel Gonçalves, «In Memoriam Ulrich Beck: Globalização, Risco e Constituição»,

in: Carla Amado GOMES/Luís TERRINHA (coord.), In Memoriam Ulrich Beck, Lisboa, 2016, pp. 77-

95 (URL: http://www.icjp.pt/sites/default/files/publicacoes/files/ebook_ulrichbeck_0.pdf).

NOVAIS, J. Reis, Direitos Fundamentais e Justiça Constitucional em Estado de Direito Democrático, Coimbra,

2013.

SEN, Amartya, A Ideia de Justiça, trad. Nuno Castello-Branco BASTOS, Coimbra, 2010.

SANDEL, What Money Can’t Buy – The Moral Limits of Markets, New York, 2012.

SANTOS, Boaventura de Sousa, Se Deus Fosse um Activista dos Direitos Humanos, Coimbra, 2013.

SILVA, Suzana Tavares da, Os Direitos Fundamentais na Arena Global, 2.ª ed., Coimbra, 2014.

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Socialidade em domínios especializados

Socialidade e Contratação Pública

Pedro Costa Gonçalves

1 – Sentido clássico da regulação da contratação pública.

2 – O Estado (em sentido lato) como comprador com “buyer power”.

3 – Potencial regulatório da contratação pública.

4 – Utilização estratégica da contração pública (sustentabilidade e inovação).

4.1 – Estratégia de proteção do ambiente.

4.2 – Estratégia de proteção social.

4.2.1 – Proteção social o “objeto do contrato”.

4.2.2 – “Contratos reservados” com fins sociais.

4.2.3 – “Contratos reservados” para organizações do terceiro setor

Bibliografia:

Beate Sjåfjell/Anja Wiesbrock (eds.), Sustainable Public Procurement under EU

Law (New Perspectives on the State as Stakeholder), Cambridge University

Press, 2015

D. C Dragos/ B Neamtu, “Sustainable public procurement: life-cycle costing in

the new EU directive proposal”, European Procurement & Public Private

Partnership Law Review, 2013, n.º 1, p. 19 e segs

G.L. Albano/G. Calzolari/F. Dini/E. Iossa/G. Spagnolo, “Procurement

contracting strategies”, in N. Dimitri/G. Piga/G. Spagnolo, Handbuch of

procurement, Cambridge, Cambridge University Press, 2009, p. 82 e segs

E. Fisher, “The power of purchase: addressing sustainability through public

procurement”, European Procurement & Public Private Partnership Law

Review, 2013, n.º 1, p. 2 e segs.;

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Jörgen Hettne – Strategic use of public procurement: limits and opportunities

[http://www.sieps.se/sites/default/files/2013_7epa.pdf]

Heinz Handler – Strategic use of public procurement: an overview

[http://www.wifo.ac.at/jart/prj3/wifo/resources/person_dokument/p

erson_dokument.jart?publikationsid=58552&mime_type=application/pd

f]

Pedro Costa Gonçalves, “A Reforma Europeia da contratação pública”, Revista de

Contratos Públicos, n.º 11, (2016), 7-23.

S. Smith – “Articles 74 to 76 of the 2014 Public Procurement Directive: the new

“light regime” for social, health and other services and a new category of

reserved contracts for certain social, health and cultural services

contracts”, Public Procurement Law Review, 2014, n.º 4, p. 159 e segs.

Page 24: Temário - Universidade de Coimbra · 2016-10-24 · 2 Anthony J. CULYER/ Adriana CASTELLI, “United Kingdom” in J. Matthias Graf SCHULENBURG/ Michael BLANKE – Rationing of Medical

Socialidade em domínios especializados

Educação: direitos, políticas educativas e regulação

Suzana Tavares da Silva

1 – Da liberdade de aprender e ensinar ao direito ao ensino

1.1. A liberdade individual

1.2. O serviço público

1.3. A descentralização para a escola, para o município ou para o

professor

2 – O sistema nacional de ensino segundo a C.R.P.

3 – A Administração escolar e o direito administrativo escolar

3.1. A organização administrativa escolar

3.2. Os contratos de autonomia educativa

3.3. Os contratos de delegação de competências nos municípios na área

da educação

3.4. Os contratos de associação

3.5. O cheque-ensino

4 – (Falta de) regulação do serviço de educação

4.1. Ministério da Educação e Direcção-Geral da Educação

4.2. Conselho Superior de Educação

4.2. Conselhos Municipais de Educação

4.3. A OCDE e o Programme for International Student Assessment

(PISA)

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Bibliografia básica

ALEXANDRA LEITÃO, «Direito Fundamental à Educação, Mercado Educacional e

Contratação Pública», Revista e-publica, 2014

— Contratos Interadministrativos, Almedina, Coimbra, 2015

BARBAS HOMEM (eds.), Temas de Direito da educação, Almedina, Coimbra, 2006;

DAVID JUSTINO, Difícil é educá-los, FFMS, 2010

JOÃO CARLOS LOUREIRO, «Liberdade de ensino, pluralismo e democracia: nótula

sobre alguns aspectos jurídico-constitucionais das alterações ao quadro

legislativo relativo aos contratos de associação», Estudos em Homenagem ao

Prof. Doutor Jorge Miranda, Vol. II, 2012.

LUÍS PEREIRA COUTINHO, “Educação”, in Enciclopédia da Constituição Portuguesa,

Quid Iuris, Lisboa, 2013.

LUÍSA NETO, Educação e(m) democracia, Editora da Universidade do Porto, 2015.

MARIA JOÃO ESTORNINHO e ALEXANDRA LEITÃO, “Contratos de associação entre o

Ministério da Educação e os estabelecimentos particulares e cooperativos

de ensino”, in Revista de Contratos Públicos, n.º 5, 2012.

MARIA LÚCIA AMARAL, “Direito à educação: uma perspectiva europeia”,

in Estudos em memória do Prof. J. L. Saldanha Sanches, volume 1, Coimbra,

2011

MÁRIO PINTO, Sobre os direitos fundamentais de educação: crítica ao monopólio estatal

na rede escolar, Universidade Católica, 2008

PAULO GUINOTE, Educação e Liberdade de Escolha, FFMS, 2014

Outras referências:

F. ADAMSON et alii (ED.), Global Education Reform, Routledge, 2016

HURSH, The End of Public Schools, Routledge, 2015

NODDINGS, Education and Democracy in the 21st Century, Teachers College Press

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1

Socialidade em domínios especializados Políticas públicas no domínio do direito à habitação em Portugal Fernanda Paula Oliveira

SUMÁRIO

1. Colocação do problema: a escassez de recursos e a concretização do direito

social à habitação

2. Configuração do direito à habitação nos instrumentos internacionais e na

Constituição;

3. O direito à habitação como um dever do Estado: a concretização do direito à

habitação

3.1. Concretização direta pelo Estado

3.2. Concretização indireta pelo Estado

a) As políticas de incentivo ao financiamento para a aquisição de

habitação própria

b) As políticas de incentivo ao mercado livre de arrendamento.

4. As políticas do direito à habitação em Portugal

4.1. Antes da crise económica

4.2. Depois da crise económica:

a) As tendências: direcionamento para o arrendamento e para a

reabilitação urbanas

b) Memorando de Entendimento

c) Do Plano Estratégico para a Habitação à Estratégia Nacional para

Habitação

d) Outras medidas de política habitacional em linha com as novas

tendências:

i. Mercado social de Arrendamento;

i. Programa Porta-65 jovem;

iii. Reabilitar para arrendar;

iv. Reabilitar para arrendar – habitação acessível.

5. A relação entre o direito à habitação e o direito do urbanismo: o princípio da

sustentabilidade na sua vertente social

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2

BIBLIOGRAFÍA

a. Básica:

Autores Vários, Construyendo El Derecho a La Vivienda, Marcial Pons,

Madrid/ Barcelona/ Buenos Aires, 2010

b. Complementar

Kathleen Scanlon, Christine Whitejead, Melissa Fernandez Arrigoitia,

Social Housing in Europe, Wiley-Blackwell, 2014

Fátima Loureiro de Matos. A qualidade e acesso à habitação nos centros

urbanos portugueses. Departamento de Geografia- GEDES da Faculdade

de Letras da Universidade do Porto, 2005. Disponívrl em

https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/64350/2/60468.pdf

Fátima Loureiro de Matos. 2001. A Habitação no Grande Porto. Uma

Perspectiva Geográfica da Evolução do Mercado e da Qualidade

Habitacional desde Finais do Séc. XIX até ao Final do Milénio,. Porto:

Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Disponível em:

http://ler.letras.up.pt/site/default.aspx?qry=id06id133&sum=sim

Marques, T. S., Matos, F. L., Guerra, P. et al. 2014. Housing Problems in

Portugal: a Challenge to Define a Territorialised Policy inTimes of Crisis.

[em linha]. Lisboa: ISEG. Disponível em:

https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/75272/2/101055.pdf

Matos, F. L., Natálio, A., Rocha, B. 2011. As Cooperativas de Habitação e

a Crise – Que Respostas? Estudo de Caso: Sete Bicas, CETA, SACHE,

Atas do VIII Congresso da Geografia Portuguesa. [em linha]. Lisboa:

Associação Portuguesa de Geógrafos. Disponível em:

https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/73283/2/69072.pdf

Juli Ponce Solé (coord..) Derecho Urbanistico, Vivienda y Cohesión Social y

Territorial, Marcial Pons, Madrid/ Barcelona, 2006

Fernanda Paula Oliveira, As Novas Tendências do Direito do Urbanismo.

De um Urbanismo de Expansão e de Segregação a um Urbanismo de

Contenção, de Reabilitação Urbana e de Coesão Social, Coimbra, Almedina,

2.ª edição, 2012

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3

Juli Ponce Solé, “Sociedades pluriculturales y administraciones locales:

inmigración, diversidad y convivência a las ciudades. Reflexiones

jurídicas” (policopiado)

Mark Tushnet, Social and Economic Rights: historical origins and

contemporary issues, in e-pública, revista eletrónica de direito público,

número 3, 2014 in http://e-publica.pt/pdf/artigos/social-and-

economic-rights.pdf

Miguel Nogueira de Brito e Ana Robin de Andrade, “A tutela

constitucional da posição do inquilino: entre o direito constitucional de

propriedade privada e o direito à habitação, Comentário ao Acórdão do

Tribunal Central Administrativo Sul de 10.02.20111, P. 6347/10”, in

Cadernos de Justiça Administrativa, n.º 108, novembro/dezembro de 2014

José de Faria Costa (Provedor de Justiça), O direito a uma habitação

condigna: desafios do presente, horizontes do futuro, Conferência proferida

no III Congreso Internacional del PRADPI - FIO - PROFIO: Ombuds-

man y colectivos en situación de vulnerabilidad, no dia 2 de outubro de

2015, na Faculdade de Direito de Alcalá, em Madrid.

DOCUMENTOS OFICIÁIS:

o Relatório Nacional - Portugal Habitat III, Agosto 2016, Disponível em

http://habitatiii.dgterritorio.pt/?q=content/relat%C3%B3rio-nacional

The State of Housing in the EU 2015, The official launch of the Housing

Europe, Review Brussels , 5 May 2015,

http://www.housingeurope.eu/event-447/the-state-of-housing-in-the-

eu-2015

Instituto Nacional de Estatística, I.P. Estatísticas da Construção e

Habitação, 2014, publicado em 2015. Disponível em:

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes

&PUBLICACOESpub_boui=224786561&PUBLICACOEStema=55534&P

UBLICACOESmodo=2

Estratégia Nacional para Habitação. Resolução de Conselho de Ministros

n.º 48/2015a, de 15 de julho. Disponível em:

http://www.portaldahabitacao.pt/opencms/export/sites/portal/pt/po

rtal/habitacao/EstNacHabitacao/ENpH_PT_FINAL.pdf

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4

Ficha de produto: programa reabilitar para arrendar – habitação

acessível. Julho, 2015b. Disponível em:

http://www.portaldahabitacao.pt/opencms/export/sites/portal/pt/po

rtal/reabilitacao/reabilitarparaarrendar_ha/RpA-HA_Ficha-de-

Produto-v01.pdf

Apresentação do Programa Reabilitar para Arrenda – habitação acessível

– Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, 2015c. Disponível em:

http://www.portaldahabitacao.pt/opencms/export/sites/portal/pt/po

rtal/reabilitacao/reabilitarparaarrendar_ha/RpA_apresentacaoPPT.pdf

Memorando de entendimento sobre as condicionalidades de política

económica. Trad. Responsabilidade do Governo português, 2011.

Disponível em:

http://www.portugal.gov.pt/media/371372/mou_pt_20110517.pdf

Programa Reabilitar para Arrendar: regulamento, legislações e

explicações, acesso em junho de 2016. Disponíveis em:

http://www.portaldahabitacao.pt/pt/portal/index.jsp

The Vancouver Declaration on Human Settlements. Vancouver, UN-

Habitat, 1976. Disponível em: http://unhabitat.org/wp-

content/uploads/2014/07/The_Vancouver_Declaration_19761.pdf

Conferência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos:

Habitat II, Istambul, 1996. UN-Habitat, 1996, Disponível em

http://unhabitat.org/wp-content/uploads/2014/07/The-Habitat-

Agenda-Istanbul-Declaration-on-Human-Settlements-2006.pdf

Committe on Economical, Social and Cultural Rights. General Comment

Nº 04: The Right To Adequate Housing (Art. 11, Para. 1). Geneva, 1991.

Disponível em:

https://defendingpeasantrights.files.wordpress.com/2016/01/general-

comment-on-the-right-to-adequate-housing.pdf

Page 30: Temário - Universidade de Coimbra · 2016-10-24 · 2 Anthony J. CULYER/ Adriana CASTELLI, “United Kingdom” in J. Matthias Graf SCHULENBURG/ Michael BLANKE – Rationing of Medical

Socialidade em domínios especializados

Direitos Fundamentais dos Trabalhadores

João Carlos Simões dos Reis

1. Introdução

1.1. Considerações gerais

1.2. O que se vai tratar

I

Os direitos laborais fundamentais e os seus desafios atuais

2. A evolução do conceito de direitos fundamentais

3. Os direitos laborais fundamentais na CRP

3.1.1. A liberdade sindical;

3.1.2. A representação unitária dos trabalhadores (comissão de trabalhadores)

3.1.3. A negociação coletiva

3.1.4. A greve

3.1.5. Os “direitos económicos, sociais e culturais”

4. Os direitos laborais fundamentais nos instrumentos de direito internacional

5. Mundialização e direitos fundamentais

5.1.1. Universalização dos direitos laborais fundamentais?

5.1.2. A problemática proteção internacional dos direitos laborais

6. A sustentabilidade dos direitos “sociais” fundamentais

II

Direitos fundamentais da pessoa no trabalho

7. Contrato de trabalho e direitos fundamentais

8. O regime do CT sobre os direitos de personalidade

9. A igualdade e a não discriminação

10. A proteção da parentalidade

11. Considerações finais

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