tempo presente 05-05-2014

1
OPINIÃO SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 5/5/2014 A2 opiniao @grupoatarde.com.br Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE. Participe desta página: e-mail: [email protected] Cartas: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900 ESPAÇO DO LEITOR Artigo de João Ubaldo Brilhante, elucidativo, oportuno o artigo de João Ubaldo Ribeiro, no jornal A Tarde (4/5/2014). Como seria importante se todos o lesse, se refletissem sobre o que ele diz a respeito do racismo, da ignorância, da raça. Mas qual raça? Não há raça alguma; há pessoas que se distinguem pela sua cor, cultura, sa- bedoria. Não somos inferiores nem superio- res, somos apenas nós, os humanos, os cheios de defeitos e manias, mas também cheios de amor, de bondade e guerra. Sim, tanto faz que o homem seja deste ou daquele continente, somos um só, temos uma mesma cultura. Não deve haver cor na nossa alma tampouco na consciência. Havemos apenas de pensar que vivemos dentro de uma grande aldeia, dentro de uma mesma comunidade, e que tanto faz que seja na Bahia, em África, na Europa, somos o mesmo povo, e o que o torna tão bonito e diverso são justamente as diferenças, as cores, as belezas. ACHEL TINOCO, ACHELLTINO- [email protected] Transalvador Na edição do último dia 3, esse jornal publicou duas cartas que me chamaram a atenção, fir- madas por Marinaldo Mira e Severino da Silva. O primeiro se queixa de ter acionado a Tran- salvador várias vezes para acabar com o de- sordenado tráfego em algumas ruas de Brotas, sem sucesso. Perca a esperança, caro Mira, porque essa imprestável empresa foi criada para aplicar multas e nunca para atender às necessidades do povo. Se você ler a página 7 da mesma edição verá que começou a ins- talação de mais 300 radares para aumentar a arrecadação, única preocupação de seus di- rigentes que se aproveitam de uma Câmara de Vereadores omissa, que não exige contrapar- tida pelo dinheiro ganho. Já o senhor Severino tem plena razão ao pedir um guarda de trân- sito para ordenar o tráfego na Cruz da Re- denção e há mais de um ano eu já expliquei sua ideia a uma pessoa ligada à direção da- quela empresa, sem sucesso. Há muito tempo acabaram com o pessoal especializado em tráfego alegando-se que a Transalvador cui- daria disso, mas, como digo acima, é perder tempo, pois isto não dá dinheiro àquela em- presa. O prefeito que vem atuando muito bem na área de asfaltamento vai perder votos em razão de não exigir trabalho útil da Tran- salvador. GILBERTO SANTOS, SALVADOR - BA, [email protected] Para mudar o Brasil Um País continental abençoado por Deus e avacalhado por políticos inconsequentes, em- bromadores, mentirosos, corruptos, canalhas e malfeitores. Uma corja em sua maioria per- tencente a partidos que se dizem defensores do povo, porém, nenhum deles foge a regra ou peja que mantêm em suas hostes desonestos. Antes de qualquer coisa, precisamos educar o povo para que saiba votar conscientemente com coerência e conhecimento de causa. Que o voto seja facultativo, que cargos de extrema imparcialidade (JUSTIÇA) não tenha a prer- rogativa de uma indicação pelo o executivo, e sim, eleito por um colegiado pertencentes às duas casas legislativas, através de sabatinas para que seja indicado o mais preparado. Exemplo: Supremo Tribunal Federal e nos Estados, pela câmara dos deputados. Assim serão mortos dois coelhos de uma só cajadada. O político que não levou em consideração o perfil a ética a moral e o saber do candidato, como o partido que indicou um mero apa- drinhado, levarão em consideração os efeitos da avaliação popular para futuros pleitos. JO- SÉ HOLLY MENDES VIEIRA, SALVADOR - BA, JHM- [email protected] Julgamento político Ao afirmar que o julgamento do mensalão foi político e não jurídico, o ex- presidente Lula tem razão. Se o julgamento tivesse sido ju- rídico, ele estaria preso e os mensaleiros não teriam sidos condenados ao regime aberto ou semi aberto. Todos estariam em regime fe- chado e com pena máxima de 30 anos. Alguns ministros do STF, simpatizantes das causas petistas, aliviaram e fizeram uma condenação mais branda. JORGE RORIZ, SALVADOR - BA, [email protected] Relatividade Veríssimo, habilíssimo com as palavras, quan- do trata de política troca inspiração por ideo- logia. Assim, o crime do terrorista, agente iniciador da repressão, bem antes do AI 5, é perdoável em face dos malfeitos - eufemismo muito bom, adotado pela esquerda caviar - dos agentes do estado. Destarte, acolhendo o so- fisma do articulista, se a polícia prende, bate e tortura é crime hediondo. Bandidos matam Tim Lopes, "manifestantes", com rojão, ex- plodem a cabeça de cinegrafista, é o que mes- mo? PAULO ROBERTO SANTOS, PRSAN- [email protected] E a tinta rosa? Proliferam-se os assaltos aos caixas eletrô- nicos; principalmente no interior do Estado. Antes, alardearam que, para coibir tais fatos, seria colocado um produto em que, quando houvesse as explosões, as cédulas ficariam todas manchadas de rosa; e ninguém nas ruas as aceitaria. Pois bem. Nada foi feito. A quem interessa o não cumprimento da promessa? Que tal a Polícia Federal investigar? RONALDO ALVES, SALVADOR - BA, RONALDOALVES54@HOT- MAIL.COM Emiliano José Jornalista e escritor [email protected] A Petrobras sempre enfrentou forças poderosas a tentar barrar-lhe os passos. Nos anos 40 e 50, o capital internacional e as forças políticas de direita tentaram de todas as maneiras evitar o nascimento da empresa. A clarividência de Getúlio Vargas, a ajuda de Rômulo Almeida e a luta do povo brasileiro tornaram-na uma realidade, malgrado toda a orques- tração político-ideológica para desacredi- tá-la antes mesmo que existisse. Chega- va-se a dizer fosse o petróleo uma ima- ginação de delirantes. O ataque recente não foge àquele re- ceituário. É o lacerdismo revisitado, que ninguém se engane. Sempre recorro à sentença de Marx: a história se repete; no primeiro lance é tragédia; no segundo, farsa. As forças opo- sitoras ao regime de partilha proposto pe- lo governo e aprova- do pelo Congresso Nacional, que deu à Petrobras a hegemo- nia no controle das reservas do pré-sal, estão construindo o simulacro de um es- cândalo em torno da aquisição da refina- ria de Pasadena, nos EUA, que aos poucos se revela ter sido um bom negócio. A Petrobras, quando do governo FHC, quase foi a pique. Não era apenas uma metáfora o que dissera o ex-presidente ao expressar sua pretensão de enterrar a Era Vargas. Pretendia também enterrar a Petrobras. Começou a elaborar uma milionária campanha publicitária des- tinada a mudar o nome para Petrobrax, antessala de sua privatização. Havia inicia- tivas para vender as refinarias em pedaços. A indústria naval foi destruída e a maior plataforma do mundo terminou no fundo do mar. A empresa teve um desempenho pífio durante aqueles oito anos. Um objetivo claro: asfixiá-la aceleradamente, e com isso justificar sua entrega ao mundo privado. Com Lula e Dilma, a empresa ganhou outra dimensão. Encontrou as maiores reservas da história, localizadas no pré-sal. Iniciou a construção de refina- rias gigantes. Recuperou a indústria na- val – como lembrou a presidente Dilma recentemente, quando lançou o navio “Dragão do Mar” em Pernambuco, os ad- versários diziam que o Brasil não con- seguiria fazer sequer o casco dos navios, raciocínio próprio dos que cultivam o complexo de vira-latas a que se referia Nelson Rodrigues. E passou de pouco mais de 30 mil trabalhadores para quase 100 mil nos dias de hoje. Valia US$ 15 bilhões sob FHC. Hoje seu valor gira em torno de US$ 100 bilhões. E tal valor, que fala por si, não é o mais importante. A empresa conta com 16 bilhões de barris de reservas, mais o direito de produzir outros 5 bi- lhões no contrato de cessão onerosa, o que, ao final, significará a preços de hoje coisa de US$ 2,1 trilhões, uma fortuna. Tem uma capacidade de geração elétrica, a partir do gás natural, superior a Itaipu. Fornece ao Brasil em torno de 100 mi- lhões de metros cúbicos de gás por dia. É a maior produtora de biodiesel do país. Não se trata apenas do fato de valer neste momento coisa de sete vezes o que valia sob a desastrada administração 1995-2003, mas, sobretudo, trata-se hoje de uma empresa com extraordinário po- tencial produtivo. O negócio de Pasadena, centro da ten- tativa de construção do escândalo midiá- tico, ainda com a pre- cariedade dos dados revelados, vai evi- denciando-se obvia- mente positivo para a empresa. A presi- dente Graça Foster afirmou que o lucro de Pasadena em ja- neiro e fevereiro des- te ano foi de US$ 58 milhões. Se, como diz o ex-presidente da empresa, José Sér- gio Gabrielli, multi- plicarmos US$ 58 mi- lhões em 10 meses, o chamado prejuízo contábil de US$ 530 milhões já estará coberto. E uma refinaria não é um ne- gócio de retorno rápido. Aproveito para dizer da correção, integridade e compe- tência de Gabrielli. Toda a Petrobras sabe disso. Aves de rapina. No passado, usávamos muito esse termo para designar aqueles atores políticos voltados à luta contra os interesses nacionais. Inegavelmente, os ataques atuais à maior empresa do país, construída pela mobilização do nosso po- vo, que resistiu à última ofensiva do go- verno FHC para destruí-la, guardam se- melhança com os anteriores. Seus tra- balhadores e o restante da população brasileira evitarão o sucesso das aves de rapina. Trata-se de enfrentar o debate abertamente. Não passarão. EMILIANO JOSÉ ESCREVE NA SEGUNDA-FEIRA, QUINZENALMENTE Os ataques atuais à maior empresa do País guardam semelhança com os anteriores. Seus trabalhadores e o restante da população brasileira evitarão o sucesso das aves de rapina Abacaxi de raiz forte A presidente Dilma Rousseff tentando fazer uma referência à Rótula do Abacaxi, na última quarta-feira durante visita a Camaçari: – As obras deixam um legado para o povo baiano de imensa qualidade. Obras das mais variadas, desde obras de mobilidade urbana, como a solução ali do largo do Abacaxi (risos da plateia), da via do Abacaxi (risos generalizados), na verdade rótula do Abacaxi, que virou, se- gundo ele (o governador Jaques Wagner), quan- do eu fui lá inaugurar, uma rótula diferente, é a rótula do Quiabo. É a rótula que saia abacaxi antes, mas onde agora o quiabo flui (palmas). Talvez, lá de Brasília, a presidente não saiba que a rótula não tem espaços para pedestres e que, apesar do grande número de viadutos, continua cheia de semáforos e confusa. Ou seja, ainda tem abacaxi por lá. Aos assessores de Dilma, um conselho ami- go: recomendem a ela que pare de falar na rótula, já que esta não é a primeira vez que ela escorrega no quiabo, ou tropeça no abacaxi, como queiram... MENINOS E MENINAS – Falando agora sobre a importância do lar, a presidente Dilma disse que pais e mães têm desejos distintos para filhos e filhas e, sem querer, reproduziu um pre- conceito machista. A casa para os meninos, diz ela: "É onde um pai e uma mãe olham e falam 'esse menino tem que estudar, esse menino vai virar doutor' ou 'esse menino vai ter um ótimo emprego'". Agora, o que pais sonham para as meninas, segundo a presidente: "Essa menina tem que casar direito". Enfim, talvez fosse me- lhor ter trazido o discurso escrito. Bem de grana... A julgar pelos preparativos para o próximo São João, o município de São Gonçalo dos Campos está bem de grana. Só com a contratação de artistas, nos dias 21, 22 e 24 de junho, a prefeitura de lá deve gastar R$ 640 mil, como se pode perceber somando-se as contratações de artistas publicadas no diário oficial do município em 7 de abril. Os cantores Amado Batista, Simone e Si- nara, além da banda Seu Maxixe ficam com mais da metade: R$ 365 mil. As bandas Mastruz com Leite e Limão com Mel vão receber R$ 195 mil, enquanto a Torres daLapavãoreceberR$35mileaDuasMedidas, R$ 45 mil. Os gastos com o São João representam 21% das receitas próprias do município, de aproxima- damente R$ 3 milhões, de acordo com dados do Tribunal de Contas dos Municípios. Cara feia Sentado ao lado do ex-governador de Per- nambuco, o governador Jaques Wagner (PT) ouviu quieto as críticas do ex-aliado à pre- sidente Dilma Rousseff no Fórum Econômico de Comandatuba, na última sexta-feira. Entretanto, foi durante a fala do senador Aécio Neves (PSDB), com críticas às gestões petistas, que Wagner não conseguiu conter a insatisfação. Sem qualquer palavra, a cara de reprovação dizia tudo. A solução apresentada pelo fórum – per- mitir que o governador defendesse os au- sentes Lula e Dilma – foi recusada por ele: – Eles se defenderão no momento certo. AUSENTE– EsperadopelaorganizaçãodoFórum, o senador Walter Pinheiro (PT) não apareceu na ilha de Comandatuba. O burburinho alimentado por um senador presente no local é que o petista baiano estaria evitando sempre que possível di- vidir espaços públicos com Wagner. A teoria: ainda não teria engolido ser preterido pelo de- putado Rui Costa (PT) na escolha do candidato da base aliada ao governo da Bahia. Começa pela Bahia O baiano Vicente Neto, recém nomeado pre- sidente da Embratur, escolheu o Salão Baiano de Turismo, esta semana, como o primeiro evento oficial de que vai participar à frente da empresa pública. Vicente Neto, que é filiado ao PCdoB, já foi secretário nacional de Esporte, Educação, La- zer e Inclusão Social do Ministério do Esporte, após ocupar o cargo de chefe de gabinete do mesmo ministério. Aqui na Bahia já foi secretário das pre- feituras de Lauro de Freitas e São Sebastião do Passé, além de ter coordenado diversas cam- panhas da deputada Alice Portugal (PCdoB), de quem é bastante próximo. COLABORARAM BIAGGIO TALENTO E FERNANDO DUARTE Jornalista [email protected] TEMPO PRESENTE Petrobras e aves de rapina Editor Jary Cardoso A TARDE ERROU A chamada na capa de ontem para o artigo de Lourenço Mueller na pág. A2, "Por que Ca- maçari não se espelha na vizinha Praia do Forte?", atribuiu a sua autoria, erroneamente, a Paulo Ormindo. atarde.com.br/chamegente atarde.com.br/esportes/bahia DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Assista a gol de Maxi Biancucchi contra o Botafogo Beldades exibem curvas de biquíni em dia de sol Raul Spinassé / Ag. A TARDE Maxi festeja o primeiro no brasileirão

Upload: donaldson-gomes

Post on 21-Jul-2015

101 views

Category:

Documents


5 download

TRANSCRIPT

Page 1: tempo presente 05-05-2014

OPINIÃOSALVADOR SEGUNDA-FEIRA 5/5/2014A2

[email protected]

Os artigos assinados publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE.Participe desta página: e-mail: [email protected]: Redação de A TARDE/Opinião - R. Professor Milton Cayres de Brito, 204, Caminho das Árvores, Salvador-BA, CEP 41822-900

ESPAÇO DO LEITORArtigo de João Ubaldo

Brilhante, elucidativo, oportuno o artigo deJoão Ubaldo Ribeiro, no jornal A Tarde(4/5/2014). Como seria importante se todos olesse, se refletissem sobre o que ele diz arespeito do racismo, da ignorância, da raça.Masqualraça?Nãoháraçaalguma;hápessoasque se distinguem pela sua cor, cultura, sa-bedoria. Não somos inferiores nem superio-res, somos apenas nós, os humanos, os cheiosde defeitos e manias, mas também cheios deamor, de bondade e guerra. Sim, tanto faz queo homem seja deste ou daquele continente,somos um só, temos uma mesma cultura. Nãodeve haver cor na nossa alma tampouco naconsciência. Havemos apenas de pensar quevivemos dentro de uma grande aldeia, dentrode uma mesma comunidade, e que tanto fazque seja na Bahia, em África, na Europa, somoso mesmo povo, e o que o torna tão bonito ediverso são justamente as diferenças, as cores,as belezas. ACHEL TINOCO, [email protected]

TransalvadorNa edição do último dia 3, esse jornal publicouduas cartas que me chamaram a atenção, fir-madas por Marinaldo Mira e Severino da Silva.O primeiro se queixa de ter acionado a Tran-salvador várias vezes para acabar com o de-sordenadotráfegoemalgumasruasdeBrotas,sem sucesso. Perca a esperança, caro Mira,porque essa imprestável empresa foi criadapara aplicar multas e nunca para atender àsnecessidades do povo. Se você ler a página 7da mesma edição verá que começou a ins-talação de mais 300 radares para aumentar aarrecadação, única preocupação de seus di-rigentes que se aproveitam de uma Câmara deVereadores omissa, que não exige contrapar-tida pelo dinheiro ganho. Já o senhor Severinotem plena razão ao pedir um guarda de trân-sito para ordenar o tráfego na Cruz da Re-denção e há mais de um ano eu já expliqueisua ideia a uma pessoa ligada à direção da-quela empresa, sem sucesso. Há muito tempoacabaram com o pessoal especializado emtráfego alegando-se que a Transalvador cui-daria disso, mas, como digo acima, é perdertempo, pois isto não dá dinheiro àquela em-presa. O prefeito que vem atuando muito bemna área de asfaltamento vai perder votos emrazão de não exigir trabalho útil da Tran-salvador. GILBERTO SANTOS, SALVADOR - BA,[email protected]

Para mudar o BrasilUm País continental abençoado por Deus eavacalhado por políticos inconsequentes, em-bromadores, mentirosos, corruptos, canalhase malfeitores. Uma corja em sua maioria per-tencente a partidos que se dizem defensoresdo povo, porém, nenhum deles foge a regra oupeja que mantêm em suas hostes desonestos.Antes de qualquer coisa, precisamos educar opovo para que saiba votar conscientementecom coerência e conhecimento de causa. Queo voto seja facultativo, que cargos de extremaimparcialidade (JUSTIÇA) não tenha a prer-rogativa de uma indicação pelo o executivo, esim, eleito por um colegiado pertencentes àsduas casas legislativas, através de sabatinaspara que seja indicado o mais preparado.Exemplo: Supremo Tribunal Federal e nosEstados, pela câmara dos deputados. Assimserãomortosdoiscoelhosdeumasócajadada.O político que não levou em consideração operfil a ética a moral e o saber do candidato,como o partido que indicou um mero apa-drinhado, levarão em consideração os efeitosda avaliação popular para futuros pleitos. JO-SÉ HOLLY MENDES VIEIRA, SALVADOR - BA, [email protected]

Julgamento políticoAo afirmar que o julgamento do mensalão foipolítico e não jurídico, o ex- presidente Lulatem razão. Se o julgamento tivesse sido ju-rídico, ele estaria preso e os mensaleiros nãoteriam sidos condenados ao regime aberto ousemi aberto. Todos estariam em regime fe-chado e com pena máxima de 30 anos. Algunsministros do STF, simpatizantes das causaspetistas, aliviaram e fizeram uma condenaçãomais branda. JORGE RORIZ, SALVADOR - BA,[email protected]

RelatividadeVeríssimo, habilíssimo com as palavras, quan-do trata de política troca inspiração por ideo-logia. Assim, o crime do terrorista, agenteiniciador da repressão, bem antes do AI 5, éperdoável em face dos malfeitos - eufemismomuitobom,adotadopelaesquerdacaviar-dosagentes do estado. Destarte, acolhendo o so-fisma do articulista, se a polícia prende, batee tortura é crime hediondo. Bandidos matamTim Lopes, "manifestantes", com rojão, ex-plodem a cabeça de cinegrafista, é o que mes-mo? PAULO ROBERTO SANTOS, [email protected]

E a tinta rosa?Proliferam-se os assaltos aos caixas eletrô-nicos; principalmente no interior do Estado.Antes, alardearam que, para coibir tais fatos,seria colocado um produto em que, quandohouvesse as explosões, as cédulas ficariamtodas manchadas de rosa; e ninguém nas ruasas aceitaria. Pois bem. Nada foi feito. A queminteressa o não cumprimento da promessa?Que tal a Polícia Federal investigar? RONALDOALVES, SALVADOR - BA, [email protected]

Emiliano JoséJornalista e escritor

[email protected]

A Petrobras sempre enfrentou forçaspoderosas a tentar barrar-lhe ospassos. Nos anos 40 e 50, o capital

internacional e as forças políticas de direitatentaram de todas as maneiras evitar onascimento da empresa. A clarividência deGetúlio Vargas, a ajuda de Rômulo Almeidae a luta do povo brasileiro tornaram-nauma realidade, malgrado toda a orques-tração político-ideológica para desacredi-tá-la antes mesmo que existisse. Chega-va-se a dizer fosse o petróleo uma ima-ginação de delirantes.

O ataque recente não foge àquele re-ceituário. É o lacerdismo revisitado, queninguém se engane. Sempre recorro àsentença de Marx: a história se repete; noprimeiro lance é tragédia; no segundo,farsa. As forças opo-sitoras ao regime departilha proposto pe-lo governo e aprova-do pelo CongressoNacional, que deu àPetrobras a hegemo-nia no controle dasreservas do pré-sal,estão construindo osimulacro de um es-cândalo em torno daaquisição da refina-ria de Pasadena, nosEUA, que aos poucosse revela ter sido umbom negócio.

A Petrobras, quandodo governo FHC, quasefoi a pique. Não eraapenas uma metáfora o que dissera oex-presidente ao expressar sua pretensãode enterrar a Era Vargas. Pretendia tambémenterrar a Petrobras. Começou a elaboraruma milionária campanha publicitária des-tinada a mudar o nome para Petrobrax,antessala de sua privatização. Havia inicia-tivas para vender as refinarias em pedaços.A indústria naval foi destruída e a maiorplataforma do mundo terminou no fundodo mar. A empresa teve um desempenhopífio durante aqueles oito anos. Um objetivoclaro: asfixiá-la aceleradamente, e com issojustificar sua entrega ao mundo privado.

Com Lula e Dilma, a empresa ganhououtra dimensão. Encontrou as maioresreservas da história, localizadas nopré-sal. Iniciou a construção de refina-rias gigantes. Recuperou a indústria na-val – como lembrou a presidente Dilmarecentemente, quando lançou o navio“Dragão do Mar” em Pernambuco, os ad-

versários diziam que o Brasil não con-seguiria fazer sequer o casco dos navios,raciocínio próprio dos que cultivam ocomplexo de vira-latas a que se referiaNelson Rodrigues.

E passou de pouco mais de 30 miltrabalhadores para quase 100 mil nosdias de hoje. Valia US$ 15 bilhões sob FHC.Hoje seu valor gira em torno de US$ 100bilhões. E tal valor, que fala por si, nãoé o mais importante. A empresa contacom 16 bilhões de barris de reservas,mais o direito de produzir outros 5 bi-lhões no contrato de cessão onerosa, oque, ao final, significará a preços de hojecoisa de US$ 2,1 trilhões, uma fortuna.Tem uma capacidade de geração elétrica,a partir do gás natural, superior a Itaipu.Fornece ao Brasil em torno de 100 mi-lhões de metros cúbicos de gás por dia.É a maior produtora de biodiesel do país.Não se trata apenas do fato de valer nestemomento coisa de sete vezes o que valiasob a desastrada administração1995-2003, mas, sobretudo, trata-se hojede uma empresa com extraordinário po-tencial produtivo.

O negócio de Pasadena, centro da ten-tativa de construçãodo escândalo midiá-tico, ainda com a pre-cariedade dos dadosrevelados, vai evi-denciando-se obvia-mente positivo paraa empresa. A presi-dente Graça Fosterafirmou que o lucrode Pasadena em ja-neiro e fevereiro des-te ano foi de US$ 58milhões. Se, comodiz o ex-presidenteda empresa, José Sér-gio Gabrielli, multi-plicarmos US$ 58 mi-lhões em 10 meses, ochamado prejuízo

contábil de US$ 530 milhões já estarácoberto. E uma refinaria não é um ne-gócio de retorno rápido. Aproveito paradizer da correção, integridade e compe-tência de Gabrielli. Toda a Petrobras sabedisso.

Aves de rapina. No passado, usávamosmuito esse termo para designar aquelesatores políticos voltados à luta contra osinteresses nacionais. Inegavelmente, osataques atuais à maior empresa do país,construída pela mobilização do nosso po-vo, que resistiu à última ofensiva do go-verno FHC para destruí-la, guardam se-melhança com os anteriores. Seus tra-balhadores e o restante da populaçãobrasileira evitarão o sucesso das aves derapina. Trata-se de enfrentar o debateabertamente. Não passarão.

EMILIANO JOSÉ ESCREVE NA SEGUNDA-FEIRA,QUINZENALMENTE

Os ataques atuaisà maior empresado País guardamsemelhança comos anteriores.Seus trabalhadorese o restante dapopulação brasileiraevitarão o sucessodas aves de rapina

Abacaxi de raiz forteA presidente Dilma Rousseff tentando fazeruma referência à Rótula do Abacaxi, na últimaquarta-feira durante visita a Camaçari:

– As obras deixam um legado para o povobaiano de imensa qualidade. Obras das maisvariadas, desde obras de mobilidade urbana,como a solução ali do largo do Abacaxi (risos daplateia), da via do Abacaxi (risos generalizados),na verdade rótula do Abacaxi, que virou, se-gundo ele (o governador Jaques Wagner), quan-do eu fui lá inaugurar, uma rótula diferente, éa rótula do Quiabo. É a rótula que saia abacaxiantes, mas onde agora o quiabo flui (palmas).

Talvez, lá de Brasília, a presidente não saibaque a rótula não tem espaços para pedestrese que, apesar do grande número de viadutos,continua cheia de semáforos e confusa.

Ou seja, ainda tem abacaxi por lá.Aos assessores de Dilma, um conselho ami-

go: recomendem a ela que pare de falar narótula, já que esta não é a primeira vez que elaescorrega no quiabo, ou tropeça no abacaxi,como queiram...

MENINOS E MENINAS – Falando agora sobrea importância do lar, a presidente Dilma dissequepaisemãestêmdesejosdistintosparafilhose filhas e, sem querer, reproduziu um pre-conceito machista. A casa para os meninos, dizela: "É onde um pai e uma mãe olham e falam'esse menino tem que estudar, esse menino vaivirar doutor' ou 'esse menino vai ter um ótimoemprego'". Agora, o que pais sonham para asmeninas, segundo a presidente: "Essa meninatem que casar direito". Enfim, talvez fosse me-lhor ter trazido o discurso escrito.

Bem de grana...A julgar pelos preparativos para o próximoSão João, o município de São Gonçalo dosCampos está bem de grana.

Só com a contratação de artistas, nos dias 21,22 e 24 de junho, a prefeitura de lá deve gastarR$ 640 mil, como se pode perceber somando-seas contratações de artistas publicadas no diáriooficial do município em 7 de abril.

Os cantores Amado Batista, Simone e Si-nara, além da banda Seu Maxixe ficam commais da metade: R$ 365 mil.

As bandas Mastruz com Leite e Limão comMel vão receber R$ 195 mil, enquanto a TorresdaLapavãoreceberR$35mileaDuasMedidas,R$ 45 mil.

OsgastoscomoSãoJoãorepresentam21%dasreceitas próprias do município, de aproxima-damente R$ 3 milhões, de acordo com dados doTribunal de Contas dos Municípios.

Cara feiaSentado ao lado do ex-governador de Per-nambuco, o governador Jaques Wagner (PT)ouviu quieto as críticas do ex-aliado à pre-sidente Dilma Rousseff no Fórum Econômicode Comandatuba, na última sexta-feira.

Entretanto, foi durante a fala do senador AécioNeves (PSDB), com críticas às gestões petistas, queWagner não conseguiu conter a insatisfação.

Sem qualquer palavra, a cara de reprovaçãodizia tudo.

A solução apresentada pelo fórum – per-mitir que o governador defendesse os au-sentes Lula e Dilma – foi recusada por ele:

– Eles se defenderão no momento certo.

AUSENTE–EsperadopelaorganizaçãodoFórum,o senador Walter Pinheiro (PT) não apareceu nailha de Comandatuba. O burburinho alimentadopor um senador presente no local é que o petistabaiano estaria evitando sempre que possível di-vidir espaços públicos com Wagner. A teoria:ainda não teria engolido ser preterido pelo de-putado Rui Costa (PT) na escolha do candidato dabase aliada ao governo da Bahia.

Começa pela BahiaO baiano Vicente Neto, recém nomeado pre-sidente da Embratur, escolheu o Salão Baianode Turismo, esta semana, como o primeiroevento oficial de que vai participar à frente daempresa pública.

Vicente Neto, que é filiado ao PCdoB, já foisecretário nacional de Esporte, Educação, La-zer e Inclusão Social do Ministério do Esporte,após ocupar o cargo de chefe de gabinete domesmo ministério.

Aqui na Bahia já foi secretário das pre-feituras de Lauro de Freitas e São Sebastião doPassé, além de ter coordenado diversas cam-panhasdadeputadaAlicePortugal(PCdoB),dequem é bastante próximo.

COLABORARAM BIAGGIO TALENTO E FERNANDO DUARTE

Jornalista

[email protected]

TEMPO PRESENTE Petrobras eaves de rapina

EditorJary Cardoso

A TARDE ERROUA chamada na capa de ontem para o artigo deLourenço Mueller na pág. A2, "Por que Ca-maçari não se espelha na vizinha Praia doForte?", atribuiu a sua autoria, erroneamente,a Paulo Ormindo. atarde.com.br/chamegente

atarde.com.br/esportes/bahia

DESTAQUES DO PORTAL A TARDE

Assista a gol de MaxiBiancucchi contra o Botafogo

Beldades exibem curvasde biquíni em dia de sol

Raul Spinassé / Ag. A TARDE

Maxi festeja o primeiro no brasileirão