tema: fragilização emocional da sociedade contemporânea ... · necessário. de acordo com o...
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Temas de redação / Atualidades
Prof. Rodolfo Gracioli
www.rodolfogracioli.com.brTema: Fragilização emocional da sociedade contemporânea
Texto I
“Paira no ar uma insustentável obrigação de sermos felizes, o tempo
todo. Ela nos intoxica como um gás que faz sofrer lentamente, e tem
como o corolário da falta de ar a depressão. O sentimento de depressão,
tão comumente associado a uma doença, faz parte sim do repertório de
emoções de todo e qualquer ser humano”.
(http://www.apsicanalise.com/index.php/blog-psicanalise/48-artigos/464-a-sociedade-depressiva) – Acesso em abril de 2018.
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Texto II
“A depressão é considerada um transtorno mental comum e pode apare-
cer em três graus: leve, moderada ou grave, normalmente são pesso-
as vitimas de ideais assombrosas ataques de pânico, traumas, medos,
ela sempre está ligada a fatores que precisam ser tratado emocionalmen-
te. Uma das causas pode ser pelos os diversos meios tecnológicos tor-
nando a sociedade cada dia, mas individualista e sozinha consigo pró-
pria”.(https://www.dm.com.br/opiniao/2017/06/depressao-a-realidades-de-muitos-na-sociedade.html) – Acesso em abril de 2018.
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Raio-X do tema
De 2000 a 2015, os suicídios aumentaram 65% entre pessoas com idade de 10 a 14 anos e 45%
de 15 a 19 anos —mais do que a alta de 40% na média da população.
Limites, obstáculos, fracasso, atenuante da tecnologia da informação e comunicação, busca pelo
ineditismo, escassez da resiliência.
Dois suicídios em um intervalo de 10 dias no Colégio Bandeirantes, tradicional colégio da capital
paulista, amplificou o debate.
O Brasil registra cerca de 11 mil casos de suicídio por ano (idosos são os mais afetados) – 4ª
maior causa de morte entre os jovens (dados do Ministério da Saúde).
Há uma banalização do tema, além de ser um grande tabu.
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Tema: Fragilização emocional da sociedade contemporânea
Estudiosos mencionam questões sobre sexualidade, dificuldade de
lidar com frustrações, bullying, pressão pela escolha carreira e por um
bom desempenho escolar como conflitos que surgem nesta idade e
podem funcionar como agravantes.
Além disso, as redes sociais, em muitos casos, podem passar a
impressão de que todos estão felizes e, assim, contribuir para
aumentar a angústia dos jovens.
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SINAIS DE ALERTA GERAIS
Falar sobre querer morrer, não ter propósito, ser um peso para os
outros ou estar se sentindo preso ou sob dor insuportável
Procurar formas de se matar
Usar mais álcool ou drogas
Agir de modo ansioso, agitado ou irresponsável
Dormir muito ou pouco
Se sentir isolado
Demonstrar raiva ou falar sobre vingança
Ter alterações de humor extremas
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PARA DEPRESSÃO EM ADOLESCENTES
Mudanças marcantes na personalidade ou nos hábitos
Piora do desempenho na escola ou em outras atividades
Afastamento da família e de amigos
Perda de interesse em atividades de que gostava
Descuido com a aparência
Perda ou ganho inusitado de peso
Comentários autodepreciativos persistentes
Pessimismo em relação ao futuro, desesperança
Comentários sobre morte, sobre pessoas falecidas e interesse por
essa temática
Doação de pertences que valorizava
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Efeito Werther
Leva a novos suicídios quando uma notícia é divulgada de forma
sensacionalista, expondo detalhes do método, retratando o suicídio
como a única saída para aquela pessoa e, como vem ocorrendo nas
redes sociais, atrelando a morte a um fato específico.
(Por exemplo dizer que alguém se matou “por causa do fim do namoro”,
“por causa das notas”, “por causa dos pais” transmite a mensagem, para
outras pessoas atravessando problemas semelhantes, que a morte pode
ser uma solução). Mas esse contágio social não a única (e talvez nem
principal) força motriz por trás de novas tentativas.
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“Todos gostaríamos de ser um pouco mais felizes. O problema é que
muito do que determina a felicidade está fora do nosso controle. Alguns
de nós somos geneticamente predispostos a ver o mundo através de
lentes cor de rosa, enquanto outros têm uma perspectiva geralmente
negativa. Coisas ruins podem acontecer, para nós e no mundo. As
pessoas podem ser cruéis, e trabalhos podem ser tediosos. Mas temos
algum controle sobre como gastamos nosso tempo de lazer. É uma razão
pela qual vale perguntar quais atividades de lazer estão ligadas à
felicidade e quais não estão”.
(https://www.nexojornal.com.br/externo/2018/02/03/O-que-pode-explicar-a-epidemia-de-infelicidade) – Acesso em abril de 2018.
• Na atualidade, banaliza-se a questão da depressão.
• O tema é tratado com um tabu dentro dos diferentes segmentos sociais.
• Falta um olhar da saúde pública para o enfrentamento.
• Modelo de vida contemporâneo auxilia no agravamento de patologiasemocionais.
Contextualizando...
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Dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, conduzida pelo
IBGE em parceria com o Ministério da Saúde, apontam que cerca
de 7,9% da população brasileira sofre de depressão. Entre essas
pessoas, 78,8% não recebem nenhum tipo de tratamento, que
chega de forma desigual aos pacientes.
A doença atinge 10,7% das mulheres, e 4,7% da população
masculina.
Aqueles acima de 70 anos estão na faixa etária dos mais afetados
- 10,3% deles têm depressão. E a região mais atingida pela
doença é a Sul, onde 9,1% dos adultos apresentam depressão.
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Segundo dados de 2012 da agência da ONU, mais de 800 mil
pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo, sendo a
segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15
e 29 anos.
75% dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda.
A ingestão de pesticida, enforcamento e armas de fogo estão entre
os métodos mais comuns de suicídio em nível global.
Enfrentamento de conflitos, desastres, violência, abusos ou
perdas e um senso de isolamento estão fortemente associados
com o comportamento suicida.
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As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis
que sofrem discriminação, como refugiados e migrantes;
indígenas; lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais
(LGBTI); e pessoas privadas de liberdade.
De longe, o fator de risco mais relevante para o suicídio é a
tentativa anterior, disse a organização.
No Brasil, o índice de suicídio perde apenas para homicídios e
acidentes de trânsito entre as mortes por fatores externos (o que
exclui doenças). Em todo o mundo, entre os jovens, a morte por
suicídio já é mais frequente que por HIV. Entre idosos, assim como
entre pessoas de meia-idade, os índices também avançam.
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Estresse e depressão: patologias em alta
• Distúrbios mentais comuns estão aumentando no mundo. Entre 1990 e 2013,o número de pessoas sofrendo de depressão e ansiedade aumentou quase50%, de 416 milhões para 615 milhões. Aproximadamente 10% da populaçãomundial é afetada, e os distúrbios mentais respondem por 30% das doençasnão fatais.
• Emergências humanitárias e conflitos adicionam maior necessidade de seampliar as opções de tratamento. A OMS estima que, durante emergências,ao menos uma em cada cinco pessoas é afetada por depressão e ansiedade.
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Estresse e depressão: investimento em serviços de saúde mental
• O atual investimento em serviços de saúde mental está bem abaixo donecessário. De acordo com o Atlas de Saúde Mental 2014 da OMS,governos gastam em média 3% de seu orçamento em saúde mental,variando de menos de 1% em países de baixa renda para 5% em países dealta renda.
• O tema ainda é um tabu. O tema é pouco debatido e, no caso dadepressão, a doença é confundida com uma simples tristeza.
• Em casos extremos, a depressão pode resultar no suicídio. Segundo aOMS, são 800 mil suicídios por ano (uma morte a cada 40 segundos).Cerca de 75% dos casos ocorrem em países de rendas média e baixa.
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OMS e o ranking do suicídio
• Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial daSaúde (OMS) acontece 1 suicídio a cada 40 segundos no mundo.
• Segundo a organização, poucos países incluíram a prevenção ao suicídioentre suas prioridades de saúde e só 28 relatam possuir uma estratégianacional para isso.
• Segundo dados de 2012 da agência da ONU, mais de 800 mil pessoasmorrem por suicídio todos os anos no mundo, sendo a segunda principalcausa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. Setenta ecinco por cento dos suicídios ocorrem em países de baixa e média renda.
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A ingestão de pesticida (30%), enforcamento e armas de fogo estão entreos métodos mais comuns de suicídio em nível global.
Enfrentamento de conflitos, desastres, violência, abusos ou perdas e umsenso de isolamento estão fortemente associados com o comportamentosuicida.
As taxas de suicídio também são elevadas em grupos vulneráveis quesofrem discriminação, como refugiados e migrantes; indígenas; lésbicas,gays, bissexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI); e pessoas privadas deliberdade.
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Em 2011, foram 10.490 mortes: 5,3 a cada 100 mil habitantes. Já em
2015 o número chegou a 11.736: 5,7 a cada 100 mil, segundo dados
são do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Os homens são os que apresentam as maiores taxas de mortalidade,
79% do total, enquanto o número de mulheres é 3,6 vezes menos,
21%. Viúvos, solteiros e divorciados também foram os que mais
morreram por suicídio (60,4%).
Os dados mostram que os indígenas são os que mais
cometem suicídio (15,2), se comparados com brancos (5,9) e negros
(4,7). Assim como os moradores da região do Sul do Brasil, que
morreram mais por conta de suicídio, enquanto os índices do Nordeste
são os mais baixos.
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Mas qual motivo vitimiza os jovens?
“Vários fatores estão levando nossos jovens a se matarem mais. Laresdesfeitos, aumento do abuso de drogas, aumento do alcoolismo, os jovensperderem o sentido do verbo ser e passaram a valorizar o verbo ter. É oimediatismo, o consumismo, fatores que fazem com que os jovens nãodesenvolvam tolerância para frustrações e diante delas, acabam optandopor tirar a própria vida”, disse a psiquiatra Alexandrina Meleiro.
Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2014 foram registrados10.653 óbitos por suicídio no Sistema de Informação de Mortalidade, taxamédia de 5,2 por 100 mil habitantes, praticamente metade da médiamundial (11,4 por 100 mil). Na Argentina, a taxa é de 10,3 por 100 milhabitantes; Bolívia (12,2), Equador (9,2), Uruguai (12,1) e Chile (12,2).
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Medicalização do século XXI e a busca pela felicidade
Lançado na década de 80 pelo laboratório Eli Lilly, o Prozac revolucionou otratamento contra a depressão. O mérito da chamada “pílula da felicidade”foi reduzir os efeitos colaterais que, até então, eram muito acentuados nosoutros remédios antidepressivos, trazendo uma sensação de bem-estar parao paciente.
Estima-se que mais de 40 milhões de pessoas no mundo já tenham usado omedicamento desde o seu surgimento, em 1986.
Críticos alertam para o uso indiscriminado do medicamento, às vezesutilizado para resolver problemas como timidez, ansiedade e tristeza, quenão deveriam ser tratados com remédios.
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Intervenções:
O modelo de vida atual deve ser questionado. A ideia de autossuficiênciasustentada pelas pessoas deve ser combatida.
O tema depressão (assim como o próprio estresse), precisa ser encaradode maneira real, deixando e ser um tabu.
Os indivíduos precisam reconhecer limites – desde os físicos até osemocionais. A indagação sobre trabalho, família e relacionamento devepermear a existência de cada um.
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Qualquer dúvida, entre em contato!
Bons estudos!
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