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Tema: Desafios da urbanização no contexto contemporâneo Temas de Redação / Atualidades www.rodolfogracioli.com.br

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Tema: Desafios da urbanização no contexto

contemporâneo

Temas de Redação / Atualidadeswww.rodolfogracioli.com.br

“Com o novo acordo, os líderes mundiais se comprometeram a aumentar o uso de energia

renovável, proporcionar um sistema de transporte mais ecológico e gerir de forma sustentável os

recursos naturais. Entre as principais disposições do documento, estão a igualdade de

oportunidades para todos; o fim da discriminação; a importância das cidades mais limpas; a

redução das emissões de carbono; o respeito pleno aos direitos de refugiados e migrantes; a

implementação de melhores iniciativas verdes e de conectividade, entre outras. “A Nova Agenda

Urbana é uma agenda ambiciosa que visa preparar o caminho para tornar as cidades e

assentamentos urbanos mais inclusivos”, disse Clos, acrescentando que ela garantirá que todos

possam se beneficiar da urbanização, especialmente aqueles que estão em situação mais

vulnerável”.

(https://nacoesunidas.org/habitat-iii-paises-adotam-nova-agenda-para-urbanizacao-sustentavel//) – Acesso em julho de 2017.

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Desafios da urbanização no contexto contemporâneo

1) Contexto histórico de surgimento do processo de urbanização.

2) Reflexos da macrocefalia urbana para a sociedade.

3) Medidas de projeção sustentável para as cidades e a importância da gestão

pública na garantia por ambientes urbanos de qualidade.

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Histórico da urbanização

O processo de urbanização ganhou forma com a Revolução Industrial, a partir do século XVIII.

De acordo com a ONU, em 1950, apenas 1/3 da população vivia em áreas urbanas. Atualmente,

metade da população reside em área urbanas.

Nos países desenvolvidos, a urbanização aconteceu de modo lento, oferecendo suporte de

infraestrutura.

Nos países em desenvolvimento, o colapso assumiu o processo. Segundo a ONU, 1 em cada 3

moradores mora em bairros pobres ou miseráveis.

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Entre as principais disposições do documento, está:

igualdade de oportunidades para todos;

o fim da discriminação;

a importância das cidades mais limpas;

a redução das emissões de carbono;

o respeito pleno aos direitos dos refugiados e migrantes;

a implementação de melhores iniciativas verdes e de conectividade, entre outras.

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Urbanização avança em um ritmo e escala sem precedentes.

Do total de 7,5 bilhões de habitantes no planeta, quase 4 bilhões já ocupam áreas urbanas.

Até 2050, 6,5 bilhões de habitantes estarão vivendo na área urbana.

Teoricamente, as pessoas que vivem na cidade têm acesso a mais serviços. Em todo caso, a

demanda não tem sido absorvida por conta do crescimento desordenado.

Nesse sentido, a ONU estabeleceu a Nova Agenda Urbana (diretrizes que guiarão as políticas

públicas para as cidades nos próximos 20 anos).

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Os complexos urbanos assinalam diferentes problemáticas para o debate;

Gentrificação

Favelização

Macrocefalia urbana

Camarotização

Higienização

Hierarquização social

Segregação sócio espacial

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Os líderes mundiais se comprometeram a aumentar o uso de energia renovável,

proporcionar um sistema de transporte mais ecológico e gerir de forma sustentável os

recursos naturais.

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Muitos pontos abordados pela Nova Agenda Urbana aparecem relacionados aos

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) – 17 medidas propostas pela ONU,

em 2015, com o intuito de reduzir a pobreza e desigualdade.

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Déficit habitacional

O processo de favelização é uma das marcas dos grandes centros urbanos.

Cerca de 1 bilhão de pessoas vive em favelas ou moradias impróprias em aproximadamente

100 mil cidades (segundo a ONU, esse número triplicará até 2030).

No Brasil, o déficit habitacional é de 6 milhões. Na região metropolitana de Recife, por exemplo,

o déficit é um dos maiores do país – 10,2%.

Nesse sentido, adentra-se ao debate sobre direito à cidade.

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Transporte – Moradia – Meio Ambiente

As discussões aparecem conectadas. A segregação sócio espacial faz com que o indivíduo que

reside distante na região central, tenha que se deslocar para a mesma.

Dessa forma, não só o trânsito acaba por ser inserido no debate, mas também a própria questão

ambiental (poluição por conta dos veículos).

Muitas vezes, o deslocamento acontece ENTRE CIDADES – movimento pendular (segundo o

IBGE, 7,4 milhões de brasileiros estão inseridos nesse segmento).

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Tipos de cidades

Mais da metade da população mundial vive em cidades com menos de 500 mil habitantes.

Apenas 12% da população vive em megacidades (cidades com 10 milhões de habitantes ou mais

que formam aglomerações).

Tóquio é a aglomeração urbana mais populosa do mundo (38 milhões de habitantes).

Tóquio é a única METACIDADE do mundo (cidades com mais de 30 milhões de habitantes).

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Dinamismo das cidades

Conurbação: áreas ou municípios distintos se encontram, formando uma única mancha

urbana.

Região metropolitana: decretação administrativa de cidades conturbadas que passam a

compartilhar problemas – transporte ou poluição, por exemplo. Em 2016, o Brasil contava

com 70 regiões metropolitanas.

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Desafios das cidades

Além de toda a questão de suporte para infraestrutura, um dos grandes desafios das cidades

brasileiras (grande, médio ou pequeno porte) é a questão da violência.

O Brasil registrou, em 2015, 59.080 homicídios. Isso significa 28,9 mortes a cada 100 mil

habitantes. Os números representam uma mudança de patamar nesse indicador em relação a

2005, quando ocorreram 48.136 homicídios. As informações estão no Atlas da Violência 2017,

produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum

Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

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Tema: Violência generalizada: medo como marca das

cidades na contemporaneidade

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“A cidade é o lugar do encontro, da mistura, do novo, da efervescência, é o lugaronde tudo e todos se encontram mesmo sem querer se encontrar, é o lugar ondeestar com quem não se conhece é um pressuposto, é um termo aceitotacitamente e, por isso, ela é um espaço mixofílico (que promove a mistura, quefaz da mistura um gosto aceitável e aprovável). No entanto, a sujeira precisa serlimpa. É na cidade onde pode-se encontrar os resultados da exclusão: osmendigos, as favelas e seus moradores, todos estes estranhos são seres queprovocam o desprezo e a repulsa dos cidadão ditos normais. A mixofobia (arepulsa pelo estranho) é vista materialmente de forma peculiar”.

(http://colunastortas.com.br/2013/12/08/medo-liquido-zygmunt-bauman-uma-resenha///) – Acesso em julho de 2017.

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A partir da leitura do texto de apoio acima e com base em seu conhecimento

de mundo, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte

tema “Violência generalizada: medo como marca das cidades na

contemporaneidade”.

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Atlas da violência

Os estados que apresentaram crescimento superior a 100% nas taxas de homicídio no

período analisado estão localizados nas regiões Norte e Nordeste. O destaque é o Rio

Grande do Norte, com um crescimento de 232%.

Pernambuco e Espírito Santo, por sua vez, reduziram a taxa de homicídios em 20% e

21,5%, respectivamente.

Mais de 318 mil jovens foram assassinados no Brasil entre 2005 e 2015. Apenas em 2015,

foram 31.264 homicídios de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, uma redução de 3,3%

na taxa em relação a 2014.

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Perfil da violência

Os homens jovens continuam sendo as principais vítimas: mais de 92% dos homicídios

acometem essa parcela da população.

A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. De acordo com informações

do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados em relação

a brasileiros de outras raças.

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Ranking

Prover acesso à habitação, água, saneamento básico e eletricidade à maioria da população é o

que garante à Curitiba a liderança em um ranking de sustentabilidade das regiões metropolitanas

brasileiras.

De acordo com um estudo publicado na revista Pnas, o fornecimento dessas estruturas urbanas

permite avaliar o quão próximo as cidades estão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

da ONU (Organização das nações Unidas) - que aliam justiça social a preservação ambiental.

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Em algumas regiões do país, como a Norte, a situação é ainda mais grave: 49% da população é

atendida por abastecimento de água, e apenas 7,4%, por esgoto. O pior estado – da região e do

país – é o Amapá, com 34% e 3,8%, respectivamente.

Já o melhor estado é São Paulo, com 95,6% de cobertura em água e 88,4% em esgoto. O Distrito

Federal também tem taxas altas: 99% e 84,5%. Um mesmo estado, porém, pode ter cidades com

índices muito elevados e muito baixos, algumas com serviços privatizados e outras, com

públicos - por isso, é considerada a média de todos os municípios.

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“O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não

tivesse tentado o impossível”.

(Max Weber)

Bons estudos!

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