tema 15 producciÓn y consumo...

81
TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLE

Upload: others

Post on 20-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

TEMA 15

PRODUCCIÓN Y

CONSUMO SUSTENTABLE

Page 2: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

AVALIAÇÃO DE REJEITO DE MINERAÇÃO DE FELDSPATO COM VISTAS AO SEU

USO EM CONSTRUÇÃO CIVIL

ASSESMENT OF FELDSPAR TAILINGS FOR USING IN CIVIL CONSTRUCTION

Maria del Pilar Durante Ingunza 1*

Andre Tabosa Fernandes de Santa Cruz Gerab 1

Felipe Murilo Silva da Costa 1

Abstract This paper aim the assessment of tailing mining for using in civil construction. The studied materials were

collected in a mining that extracted feldspar from pegmatite. For mineralogical and chemical

characterization were performed test of FRX and DRX. To assess the use of the materials as raw material

in the manufacture of mortar, specimens with different substitutions, 5% and 10% of cement were

performed (% by mass). Regarding the replacement of the residue in the preparation of cement mortar is

possible to replace up to 10 % of cement by waste without the resistance of the specimens manufactured

vary significantly. To assess the residue as aggregate physical tests of characterization were performed

(Standard Proctor Test and Test Support Index California). The results show that the waste has a high dry

density, thus favoring an increase in the strength of the sample. The waste can be satisfactorily used as

sub - base material as an alternative to the materials usually employed.

Key Words: civil construction, feldspar, mining tailing.

1

1 Departamento de Engenharia Civil- Centro de Tecnologia- Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Brasil

* María del Pilar Durante Ingunza. Departamento de Engenharia civil. Centro de Tecnologia. Campus Universitário, s/n- 59072-

970 Natal/RN. Brasil. Fone: 55-84-32153766 Email: [email protected].

Page 3: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

RESUMO

O objetivo do estudo é a avaliação de rejeito de mineração com vistas ao seu uso em construção civil. O material

estudado provém de uma exploração de pegmatito para obtenção de feldspato. Para caracterização mineralógica e

química foram realizados ensaios de FRX e DRX. Trata-se de um material com elevado teor de SiO2 (60.12 %) e

Al2O3 (27.36%), apresentando como principais minerais quartzo, silicatos de potássio e alumínio óxidos de ferro.

Para avaliar o uso do resíduo como matéria-prima na fabricação de argamassa foram realizados corpos de prova com

diferentes substituições, de 5% e 10% do cimento por resíduo (% em massa). Em relação à substituição do resíduo

por cimento na elaboração de argamassa é possível substituir até um 10 % de cimento por resíduo sem que a

resistência dos corpos de prova fabricados varie de forma significativa. Para avaliar o resíduo como agregado foram

realizados ensaios prévios de caracterização física (ensaio Proctor normal e ensaio Índice suporte Califórnia) Os

resultados obtidos mostram que o resíduo apresenta elevada massa específica aparente seca, favorecendo assim um

aumento na resistência ao cisalhamento da amostra. Conforme os ensaios realizados, o resíduo poderá ser utilizado

satisfatoriamente como material de sub-base, como alternativa aos materiais usualmente empregados.

Palavras chave: construção civil, feldspato, rejeito de mineração.

Introdução

Visando a sustentabilidade ambiental, a mineração tem papel relevante nos programas de gestão de resíduos. De

acordo com o Departamento de Transporte dos EUA as atividades de mineração produzem uma grande quantidade

de resíduos, na maioria dos casos de natureza rochosa que não apresentam valor comercial.

A reciclagem destes materiais é possível desde que obedecidos os padrões ambientais da legislação internacional. A

utilização destes resíduos como matéria-prima para construção civil apresenta várias vantagens, minimizando os

impactos ambientais decorrentes do descarte de resíduos é a exploração de matérias-primas naturais.

Neste sentido, destacam trabalhos pioneiros sobre diretrizes de reciclagem de resíduos de mineração destacando o

uso em construção civil (Collins & Miller, 1979; Collins & Ciesielski, 1994; Collins &Miller, 1976; Colling, 1984;

Pettibone et al., 1972).

No estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro, os pegmatitos graníticos constituem as principais fontes

comerciais de feldspato. Os pegmatitos são rochas ígneas de grãos grosseiros de composição mineralógica

semelhante ao granito. O feldspato é usado principalmente em indústrias cerâmicas e de vidro. Na região de estudo

tem havido acentuado crescimento na demanda por feldspato como consequência do desenvolvimento do processo

de produção de porcelanato, que contém 60% de feldspato na composição de sua massa cerâmica.

Os trabalhos publicados sobre a região referem-se principalmente a estudos geológicos de identificação, do Serviço

geológico do Brasil-CPRM (Companhia de pesquisa de recursos minerais, empresa vinculada ao Ministério de Minas

e Energia do Brasil). No âmbito da reciclagem de resíduos de mineração cabe destacar algumas pesquisas realizadas

na área visando a utilização de rejeito de feldspato como matéria-prima em cerâmica (Tavares, M. et al., 2010;

Peixoto et al., 2011)

A área de estudo se enquadra no município de Parelhas, inserido geologicamente na Província Borborema, com forte

potencial de reservas de feldspatos. De acordo com informações levantadas pelo Serviço geológico do Brasil, o

feldspato da região é do tipo potássico e sódico, comercializado na forma bruta e beneficiada, sendo principalmente

destinado para atender industrias cerâmicas (colorifícios e revestimento) e de vidros, das regiões Sul e Sudeste do

Brasil.

Diante o exposto o trabalho apresenta como objetivo principal a avaliação de rejeito de mineração de feldspato com

vistas ao seu uso em construção civil.

Metodologia

Page 4: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

Foram coletadas amostras de pegmatito procedentes de uma exploração de feldspato, localizada na cidade de

Parelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas (figura 1) são de rochas

consideradas como rejeito por considerar não viável a extração de feldspatos nesses corpos rochosos.

Figura 1. Amostra de rejeito de mineração de feldspato

Para avaliar o uso em construção civil foi aplicada a seguinte metodologia: primeiramente procedeu-se a uma

caracterização físico-química das amostras coletadas. Assim, foi realizada uma caracterização uma previa química

(FRX) e mineralógica (DRX); uma caracterização física e mecânica através de ensaios de compactação Proctor

(NBR 7182/1986) e o California Bearing Ration (CBR), índice de consistência normal –flowtable (ABNT NBR

13276), determinação da resistência à tração e compressão (ABNT NBR 13279), absorção de água, índice de vazios

e massa específica real (ABNT NBR 9778).

Para avaliação do uso do resíduo como agregado (brita) foram preparadas amostras compostas de uma mistura de:

Brita (resíduo) retida na peneira ¾’’ com percentagem de 77% da mistura total; Areia fina local de dunas, retida na

peneira número 200, na percentagem de 20% da mistura e; pó de britagem do rejeito, material passando na peneira

número 200, na percentagem de 3 % da mistura.

Para avaliação do uso do em substituição de cimento para produção de argamassa foram moldados corpos-de-prova

com substituições de 5% e 10% do cimento (% em massa) pelo resíduo. Para tal, o resíduo passou pela peneira #200

para obter granulometria de filler. Utilizou-se a areia natural de duna como agregado miúdo e o cimento tipo

Portland CPIV-32 RS como aglomerante.

O corpo de prova testemunha foi elaborado com argamassa composta de uma parte de cimento e três de areia (1:3) e

com relação água/cimento de 0,56, para atingir uma consistência padrão recomendada 260±5mm (ABNT-NBR

13276).

Resultados

Caracterização do resíduo

Para a análise química, o material foi moído, quarteado e analisado pela técnica de Fluorescência de Raios-X. Para a

avaliação da perda ao fogo, o material após seco em estufa por 24 h em temperatura de 110ºC, foi aquecido até

1000ºC por 60 minutos. Os resultados da análise são apresentados na tabela 1. Para identificação da mineralogia, o

material fornecido pelo cliente foi quarteado e parte do pó foi submetida à análise de difração de raios-X (figura.2).

A caracterização química do rejeito de feldspato aponta o SiO2 como principal óxido presente (60.12 %), seguido de

Al2O3 (27.36%), correspondendo ao 87% do total dos óxidos presentes na amostra estudada. Os óxidos restantes

Page 5: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

(13.52% do total de óxidos)) são distribuídos em numerosos elementos destacando o óxido de Magnésio-MgO

(3.67%), de ferro-Fe2O (3.34%), de potássio- KO2 (2.79 %) e cálcio-CaO (1.69 %). Quimicamente, podemos definir

o material como um material inerte com alto porcentual de sílica e alumínio, em menor medida, destacam também os

teores de ferro, potássio e cálcio.

Tabela 1. Resultado da análise química

Óxidos %

SiO2

Al2O3

Fe2O3

K2O

CaO

TiO2

SO3

P2O5

MnO

ZrO2

SrO

Rb2O

P.F.

60.12

27.36

3.34

2.79

1.69

0.50

0.22

0.10

0.09

0.02

0.01

0.01

0.08

Os minerais encontrados na identificação mineralógica justificam a composição química. Assim, a amostra apresenta

quartzo, silicatos com potássio e alumínio: feldspatos (albita, anorthoclasio); micas (biotita,paligorsquita) e óxidos de

ferro (hematita).

A elevada concentração de quartzo na amostra é um fator positivo para determinar os possíveis usos do rejeito, pois a

presencia de quartzo- mineral altamente resistente, quando preservadas suas características- pode conferir

propriedades satisfatórias ao seu uso como matéria-prima o agregado.

Page 6: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

Figura 2. Composição mineralógica

Avaliação do rejeito como substituição do cimento em argamassa

A Tabela 2 apresenta os valores dos índices de consistência das argamassas com as substituições de cimento por

resíduo estudadas (5% e 10%), assim como seus respectivos fatores água/cimento. O corpo de prova testemunha foi

elaborado com argamassa composta de uma parte de cimento e três de areia (1:3). A relação água/cimento utilizada

foi de 0.56, para atingir uma consistência padrão recomendada 260±5mm (norma ABNT-NBR 13276).

Pode se observar uma leve diminuição do índice de consistência proporcional à substituição do cimento pelo resíduo

utilizado.

Tabela 2. Consistências dos corpos de prova produzidos

Substituição (%) Traço (*) Fator a/c Índice de consistência (mm)

0 1:3 0.56 264

5 0.95C-0.05 R:3 0.56 260

10 0.90C-0.1 R:3 0.56 255 *C: cimento; R-rejeito

As figuras 3 e 4 mostram os valores obtidos para avaliação a resistência à compressão e a resistência à tração.

Page 7: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

Figura 3. Valores de resistência à compressão dos corpos de prova de argamassa.

Figura 4. Valores de resistência à tração dos corpos de prova de argamassa.

0.002.004.006.008.00

10.0012.0014.0016.0018.0020.0022.0024.00

0 5 10

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 7 DIAS (MPa)

RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO 28 DIAS (MPa)

SUBSTITUIÇÃO (%)

0.00

0.50

1.00

1.50

2.00

2.50

3.00

3.50

4.00

4.50

5.00

5.50

6.00

0 5 10

RESISTÊNCIA À TRAÇÃO 7 DIAS (MPa)

RESISTÊNCIA À TRAÇÃO 28 DIAS (MPa)

SUBSTITUIÇÃO

Page 8: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

Observando os valores obtidos para avaliação a resistência à compressão e a resistência à tração (fig. 3 e 4) pode se

afirmar que a substituição do cimento por resíduo em proporções de 5 e 10% não altera significativamente os

valores, se bem se observa uma tendência de diminuição que deverá ser comprovada com o estudo de proporções

superiores.

A Tabela 3 apresenta os valores de absorção de água, índice de vazios e massa específica real das argamassas com

substituições de 0%, 5% e 10%. Os valores obtidos na caracterização física dos corpos de prova analisados (tabela 4)

mostram que as variáveis estudadas, absorção d água, índice de vazios e massa específica real não sofrem influência

significativa com as substituições de resíduo por cimento estudadas.

Tabela 3. Caracterização física das argamassas

Substituição Absorção d agua (%) Índice de vazios Massa específica real (g/cm3)

0 10.26 20.67 2.467

5 10.24 20.21 2.472

10 10.32 20.27 2.463

Uso como agregado

A amostra apresenta um valor de massa especifica seca na ordem de 2.3 g/cm³. O teor de umidade ótimo encontrado

está por volta de 7.4(%). Assim, o resíduo apresenta elevada massa específica aparente seca se comparada aos

demais materiais utilizados na pavimentação (pedregulho bem graduado: 2.0 a 2.1 g/cm³; argilas: 1.5 a 1.4 g/cm³ e

solo arenoso laterítico fino: 2.0 g/cm³), favorecendo assim um aumento na resistência ao cisalhamento da amostra.

Para avaliação do uso da amostra como agregado foi realizado o ensaio de CBR (tabela 4). A tabela 6 apresenta as

características exigidas aos materiais utilizados em pavimentação no Brasil, baseada em normas internacionais

(DNIT/2006).

De acordo com os dados obtidos e com base nos valores estabelecidos pelas normas brasileiras (DNIT 2006)- em

conformidade com os padrões internacionais- o material, poderá ser utilizado satisfatoriamente como material de

sub-base, como alternativa aos materiais usualmente empregados.

Tabela 4. Resultados dos ensaios CBR com resíduo

ENSAIO Expansão (%) C.B.R ( %)

Ensaio 1 0.09 41.05

Ensaio 2 0.09 42.63

Tabela 5. Características exigidas para materiais de pavimentação (DNIT 2006),

Camada Expansão (%) C.B.R (%)

Subleito ≤2 ≥2

Reforço de subleito ≤1 Maior que Subleito

Sub-base ≤1 ≥20

Base ≤0,5 ≥80

Conclusões e recomendações

O material estudado pode ser caracterizado como um material inerte com alto porcentual de sílica e alumínio e em

menor proporção ferro, potássio e cálcio. Mineralogicamente está composto por quartzo, albita, anorthoclasio,

biotita, paligorsquita e hematita.

Os resultados da avaliação do resíduo como substituição do cimento em argamassa mostram que a substituição do

cimento pelo rejeito em proporções de até 10% na elaboração de argamassa não altera significativamente os valores

Page 9: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

8

de resistência à compressão e a resistência à tração, se bem se observa uma tendência de diminuição que deverá ser

comprovada com o estudo de proporções superiores.

Quanto ao uso do rejeito como agregado podemos concluir que o rejeito, dosado de acordo com o descrito no

trabalho, poderá ser utilizado satisfatoriamente como material de sub-base em pavimentação, como alternativa aos

materiais usualmente empregados.

O trabalho visa a avaliação da viabilidade técnica do uso do rejeito em construção civil, porém, um estudo

complementar de viabilidade econômica deverá ser realizado aplicando metodologias de análise custo-benefício para

determinar o uso irrestrito do material estudado.

Referencias

Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 13279: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos –

Determinação da resistência à tração na flexão e à compressão. Rio de Janeiro, 2005.

Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 13276: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos –

Preparo da mistura e determinação do índice de consistência. Rio de Janeiro, 2005.

Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 9778 Errata 2 2009: Argamassa e concreto endurecidos- Determinação de

absorção de água, índice de vazios e massa específica. Rio de Janeiro, 2005.

Collins R. J. and S. K. Ciesielski. Recycling and Use of Waste Materials and By-Products in Highway Construction. National

Cooperative Highway Research Program Synthesis of Highway Practice 199, Transportation Research Board,

Washington, DC, 1994.

Collins, R. J. and R. H. Miller. "Utilization of Mining and Mineral Processing Wastes in the United States," Minerals and the

Environment, Volume 1, No. 1, Surrey, England, April, 1979.

Collins, R. J. and R. H. Miller. Availability of Mining Wastes and their Potential for Use as Highway Material, Federal Highway

Administration, Report No. FHWA-RD-76-106, Washington, DC, May, 1976.

Collings, R. K. "Current and Potential Uses for Mining and Mineral Processing Wastes in Canada: Standards,"

Peixoto F., Florência M., Mendes M. e Tatiane R. (2010) Utilização dos rejeitos do caulim e feldspato na fabricação de piso

cerâmico, em Anais do VI CONNEPI- Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e inovação. Natal/RN, Brasil.

Tavares M., Avelino K., Medeiros P., Carlos E. e Harima E. (2010) Aproveitamento do rejeito de pegmatito para indústria

cerâmica em Anais do V CONNEPI- Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e inovação. Maceió/AL, Brasil.

Page 10: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

SOSTENIBILIDAD EN LA CADENA DE SUMINISTRO DE BIOETANOL, ENFOQUE

CON DINÁMICA DE SISTEMAS

SUSTAINABILITY IN THE SUPPLY CHAIN BIOETANOL, SYSTEM DYNAMICS

APPROACH

Danny W. Ibarra Vega

1*

Abstract

This paper presents a model of a supply chain theoretical bioethanol in Colombia, where environmental aspects and

environmental modeling strategies to be implemented to begin achieving sustainability is included. For this model

with the methodology of System Dynamics was built, as this is the one for the study of complex systems, where no

exchange of materials and information such as the supply chain. The strategies that were considered were: Reuse of

bagasse for energy, composting bagasse and stillage and stillage recirculation in the process. The simulations allow

us to see the need to implement these environmental management strategies if required to mitigate the negative

environmental aspects.

Keywords: Bioethanol, System Dynamics, Sustainability

1Escuela de Ciencias Exactas e Ingeniería, Universidad Sergio Arboleda

*Autor corresponsal: Calle 74 # 14-14, e-mail: [email protected]. Tel: 0057+33167983222 Bogotá D.C.

Page 11: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

Resumen

Este trabajo presenta un modelo de una cadena de suministro teórica de bioetanol en Colombia, donde se incluye

aspectos ambientales y el modelamiento de estrategias ambientales que deben implementarse para comenzar a lograr

la sostenibilidad. Para esto se construyó un modelo con la metodología de Dinámica de Sistemas, ya que esta es la

adecuada para el estudio de sistemas complejos, donde hay intercambio de materiales e información como lo es una

cadena de suministro. Las estrategias que se tuvieron en cuenta fueron: Reúso de Bagazo para energía, Compostaje

de bagazo de caña y vinaza y recirculación de vinazas en el proceso. Las simulaciones permiten ver que es necesario

implementar estas las estrategias de gestión ambiental si se requiere mitigar los aspectos ambientales negativos.

Palabras Clave: Bioetanol, Dinámica de Sistemas, Sostenibilidad

Introducción

Bajo la premisa de que las empresas deben tener definido cuál es su direccionamiento estratégico, bajo el que deben

diseñar e implementar un plan de ejecución, donde apliquen las estrategias más adecuadas para lograr crecimiento y

supervivencia en el mercado, ha surgido la filosofía de organizaciones sostenibles, que buscan mitigar el impacto

ambiental y social sin afectar o mejorar su crecimiento económico.

Esta estrategia de sostenibilidad busca precisamente adecuarse y llegar a nuevos nichos de mercado o clientes que

buscan empresas ambientalmente responsables.

Entiéndase una estrategia como un conjunto de acciones planificadas sistemáticamente en el tiempo, que se llevan a

cabo para lograr un determinado fin. (Porter, 1995) La estrategia radica en la creación de una posición única y de

valor, que involucra la gestión de un conjunto de actividades significativas. Es por esto que vincular la sostenibilidad

en el direccionamiento estratégico empresarial permitirá crear esa posición única de valor que busca el mercado.

Debido a que en la actualidad, preservar y heredar un medio ambiente apto para la continuidad de la civilización se

ha convertido en una de las principales preocupaciones de la humanidad, se ha creado una visión de desarrollo

sostenible en la industria y la empresa, impulsada por un cambio de tecnologías y procesos que buscan mitigar el

impacto ambiental causado por el crecimiento industrial.

Lo anterior permitiría llegar a una producción más limpia, pasando desde el cambio de materias primas hasta la

optimización de las cadenas de suministro, convirtiéndolas en verdes y sostenibles. Sin embargo existe un campo

bastante amplio que aún no ha sido muy claro como es la forma en que se vincula el tema ambiental, con lo social y

lo económico, este campo es específicamente las cadenas de suministro.

Una cadena de suministro es la empresa extendida, que abarca los vendedores, fabricantes /productores,

distribuidores y minoristas. Se caracteriza por una estructura del stock y de los flujos para la adquisición,

almacenamiento y transformación de insumos en productos y reglas de decisión que rigen estos flujos (Forrester,

1999; Sterman, 2000). De esta forma la gestión o gerencia de cadena de suministro es cada vez más trascendental

para las organizaciones, ya que es el actor principal para lograr la sostenibilidad en las empresas.

Uno de los sectores productivos que más ha crecido en Colombia en la ultimada década es el sector de los

biocombustibles de primera generación, específicamente el de Bioetanol. Los biocombustibles representan en la

actualidad una fuente potencial de energía renovable, debido a la búsqueda de alternativas que permitan hacer frente

a la creciente demanda energética y a los problemas ambientales de diversas fuentes (Serna, et al 2011).

Page 12: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

Las políticas del gobierno Colombiano apuntan a que la producción de bioetanol siga en crecimiento, teniendo en

cuenta el alto potencial que tiene el país para esto. De acuerdo con el Decreto 1135 de 2009, a partir del 1° de enero

del año 2012 los vehículos automotores hasta 2000 cm3 de cilindrada que se fabriquen, ensamblen, importen,

distribuyan y comercialicen en el país y que requieran para su funcionamiento gasolina, deben estar acondicionados

para que sus motores funcionen con sistema Flex-fuel (E85), es decir, que puedan funcionar normalmente utilizando

indistintamente gasolinas básicas o mezclas compuestas por gasolina básica de origen fósil con al menos 85% de

alcohol carburante. Sin embargo en la actualidad la gasolina que se comercializa en el país es E10

(FedeBiocombustibles 2014), es decir 90 % gasolina y 10 % Bioetanol. La baja mezcla de bioetanol es causada

principalmente por la alta demanda que tiene el país de estos combustibles y por la capacidad instalada limitada que

tiene el país para la producción de bioetanol. Como ya se mencionó anteriormente la apuesta del gobierno es

incrementar su producción en el corto plazo, pero teniendo en cuenta criterios de sostenibilidad que se establecieron

en el CONPES 3510 el cual busca que el país logre una producción eficiente y sostenible en el campo económico,

social y ambiental. Dado lo anterior es necesario desarrollar herramientas rigurosas que permitan vincular los

aspectos e impactos ambientales, sociales y económicos relacionados con el proceso productivo del bioetanol a lo

largo de la cadena de suministro. Para el desarrollo de esta investigación se parte de la base en que las cadenas de

suministro sostenibles deben cumplir con criterios ambientales y sociales por los partes que componen la cadena

(Seuring 2013). Dado lo anterior se construyó un modelo con la metodología de Dinámica de Sistemas para el

modelamiento y simulación de una cadena de suministro teórica de biocombustibles donde se asocien variables

ambientales y sociales para lograr la sostenibilidad que el gobierno Colombiano busca.

Biocombustibles

En Colombia desde la aprobación de la Ley 693 de 2001 se marcó la entrada de la nueva era mundial de los

combustibles de origen vegetal. Esta ley tuvo como propósito principal la diversificación de la canasta energética

colombiana a través del uso de alternativas compatibles con el desarrollo sostenible en lo ambiental, lo económico y

lo social. Esto se ha reflejado en el aumento de la producción de bioetanol y biodiesel a nivel nacional en los últimos

años.

Bioetanol

El bioetanol es un tipo de biocombustible producido de la fermentación alcohólica de azucares provenientes de

cultivos agrícolas o residuos de cultivos agrícolas. El bioetanol en Colombia se produce a partir de caña de azúcar,

debido a que la producción de este tipo de planta se encuentra consolidada en el país y presenta mayor eficiencia

energética frente a otras materias primas a partir de las cuales se produce el bioetanol (Flórez 2011).

Metodología

Debido a la naturaleza dinámica de las cadenas de suministro, la modelación se percibe como un instrumento natural

e importante para el análisis y diseño de cadenas de suministro y gestión de la cadena de suministro y que, además,

provee soluciones para un gran espectro de variables asociados a logística y abastecimiento en sus aspectos

estratégico, operacional y táctico (Tako & Robinson, 2012; Verbraeck & Van Houten, 2005). Dentro de las

metodologías de modelamiento y simulación se encuentra la Dinámica de Sistemas, esta es una metodología para el

análisis y resolución de problemas, la cual facilita el acercamiento al aprendizaje de sistemas complejos a través de

modelos formales y métodos de simulación (Ramírez, 2010). Así mismo permite la vinculación de variables externas

cuantificables, lo cual es idóneo para la sostenibilidad en cadena de suministro ya que permite la inclusión de

variables ambientales y sociales.

Page 13: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

El modelado con Dinámica de Sistemas

En Dinámica de Sistemas se construyen representaciones sistémicas con flechas y puntos, denominadas diagramas

causales, que capturan todas las hipótesis propuestas por el modelador, desde las que se puede aprender del sistema

para intervenir sobre el en el ejercicio de decisión. Posteriormente el diagrama causal se puede representar en un

diagrama que cuantifica la percepción causal denominado diagrama de niveles y flujos, de donde se obtienen un

sistema de ecuaciones diferenciales ordinarias que representan el comportamiento del sistema por medio de las

simulaciones.

Resultados

El diagrama de niveles y flujos (Ver figura 1) de la cadena de suministro teórica de bioetanol se presenta a

continuación. Este presenta 6 variables de nivel, las cuales 3 son de una cadena de suministro simplificada y 3 son de

los aspectos ambientales asociados.

Figura 1. Diagrama de Niveles y flujos de la cadena de suministro propuesta

Page 14: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

Tabla 1. Ecuaciones de estado del modelo

Nota: representa la función SMOOTH. Esta es una función del software Vensim, para representar retardos de

materiales en los modelos construidos con Dinámica de Sistemas.

Figura 2. Series de tiempo del modelo propuesto

Series de tiempo

40,000 ton200,000 Litros EtOH200,000 Litros EtOH

20 M Litros6,00060 M

0 ton0 Litros EtOH0 Litros EtOH0 Litros00

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

TiempoBagazo de Caña ton

Inventario de EtOH Fabrica Litros EtOH

Inventario EtOH Mayorista Litros EtOH

Vinazas Litros

Emisiones de CO2

Huella Hídrica en el Cultivo : Current

Denominación Ecuación Hectáreas ( ) de

Caña Sembrada

Inventario de

Bioetanol en

Fábrica ( )

[

] [ ]

Inventario de

Bioetanol del

Mayorista ( )

[ ]

[ ]

Bagazo de Caña

( )

Vinazas ( )

Toneladas ( )

Page 15: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

Simulaciones

Para la simulación del modelo propuesto, se utilizó el software libre Vensim Ple. El periodo de simulación del

modelo se registra diariamente durante 90 días, teniendo en cuenta que la producción de bioetanol es diaria. El

método de integración utilizado es el Runge-Kutta 4 con tamaños de paso de 0,0625.

Los parámetros utilizados para la primera simulación estaban dados para que las condiciones iniciales de las

estrategias ambientales, no se estuvieran utilizando ósea valor del parámetro = 0, es decir en este escenario no existe

reúso de bagazo ni gestión de vinazas, lo cual causaría que existiera un crecimiento constante en el tiempo (Figura 2)

de estas dos variables.

Para la siguiente simulación se fue incrementado el valor de las condiciones iniciales de las dos estrategias. Es decir

valor del parámetro = 1 En este escenario se implementa un reúso de bagazo de caña y una gestión adecuada de las

vinazas generadas. En el resultado de la simulación (figura 3) también se incluyó el comportamiento en el tiempo del

inventario de bioetanol y el consumo de agua para el cultivo de caña, esta es denominada como la “Huella Hídrica”

en el Cultivo, con un valor de 18000 litros de agua por cada hectárea de caña.

Figura 3. Simulaciones de los aspectos ambientales asociados

Page 16: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

Discusiones y Conclusiones

La metodología de la dinámica de sistemas es ideal para el estudio de cadenas de suministro, y se adapta a la

inclusión de nuevas variables que afecten o no el comportamiento del sistema estudiado, como las ambientales. Es

necesario implementar esta metodología para la toma de decisiones en las cadenas de suministro e incluirla dentro de

los conceptos de estudio cadenas de suministro verde.

Las cadenas de suministro verde comprende diferentes conceptos como: logística inversa, producción más limpia,

análisis de ciclo de vida y gestión ambiental entre otros, en este trabajo a pesar de que solo se incluyen dos

estrategias de gestión ambiental los resultados tienen coherencia con la realidad, lo cual nos invita a seguir

estudiando la gestión ambiental dentro de las cadenas de suministro, de manera que los resultados de las

simulaciones, se puedan validar y evaluar.

De acuerdo con la política colombiana de expansión de oferta de biocombustibles, es necesario que esta se enfoque

en la importancia ambiental que debe tener la cadena de suministro de bioetanol, ya que a mayor capacidad de

producción, mayor son las alteraciones ambientales que se presentarían sobre el medio ambiente.

Bibliografía

Porter, M. E., Van der Linde, Claas. (1995). Green and Competitive: Ending the Stalemate. Harvard Business Review, 73(5), 120-

134.

Forrester, J. (1999). Industrial Dynamics. Pegasus Communications, Inc. Waltham.

Federación Nacional de Biocombustibles de Colombia, (2014) Cifras Informativas del Sector Biocombustibles ETANOL

ANHIDRO DE CAÑA, Disponible en línea: [http://www.fedebiocombustibles.com/v3/estadistica-mostrar_info-titulo-

Alcohol_Carburante_(Etanol).htm ]

Serna F., Barrera L., Montiel H. (2011) Impacto Social y Económico en el Uso de Biocombustibles. Journal of Technology

Management & Innovation. Volume 6, Issue 1.

Seuring S. (2013). A review of modeling approaches for sustainable supply chain management. Decision support systems,

Volume 54, Issue 4, pag. 1513–1520

Sterman, J.D. (2000). Business Dynamics, Systems thinking and modelling for a complex world. Mc Graw Hill.

Tako, A. & Robinson, S. (2012) The Application of Discrete Event Simulation and System Dynamics in the Logistics and Supply

Chain Context. Decision Support Systems,. 52, No. 4, pp. 802-815.

Ramírez, S., Escalante, D., Pineda, M., Peña, G.E. (2010) Impacto en las decisiones de la cadena de suministros de una empresa

de confección de prendas deportiva acuáticas con la utilización de dinámica de sistemas. Revista Ingeniería Industrial

Año 9 N° 1: 67 – 85, Chile

Verbraeck, A. & Van Houten, S. (2005) From Simulation to Gaming: an Object Oriented Supply Chain Training Library. In

Proceedings of the Winter Simulation Conference pg. 2346-2354

Page 17: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1 Coordenador Técnico no Projeto Dom Helder Camara - Ministério do Desenvolvimento Agrário (SDT/MDA) / Fundo

Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA). Rua Doutor Silva Ferreira, 122, Santo Amaro, CEP: 50040130 –

Recife, PE - Brasil. Telefone: (81) 3301-7388. [email protected]; Engenheira Agrícola e Ambiental.

[email protected] 2 Professora do Departamento de Engenharia Civil/ Centro de Tecnologia, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Rua

Acadêmico Hélio Ramos, s/n, Várzea, CEP: 50740530 - Recife, PE – Brasil. Telefone: (81) 21268221. Fax: (81) 21267216.

[email protected] 3 Professor do Departamento de Tecnologia Rural, Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Av. Dom Manoel de

Medeiros, s/n, Dois Irmãos, CEP: 50710470 – Recife, PE – Brasil. Telefone: (81) 33206273. Fax: (81) 33206061.

[email protected]

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO SOLO EM MANEJO AGROECOLÓGICO NO

SEMIÁRIDO DO NORDESTE DO BRASIL

SOIL QUALITY EVALUATION IN AGROECOLOGICAL MANAGEMENT IN THE

SEMIARID REGION OF NORTHEASTERN BRAZIL

Fábio dos Santos Santiago1*

Suzana Maria Gico Lima Montenegro2

Abelardo Antônio de Assunção Montenegro3

Maria Rafaela de Almeida Pinheiro1

Abstract Management practices that increase crop residues influence the Est C, and the retention of soil C results in raising

the drain-C atmospheric CO2 and global warming mitigation. The Semiarid region is characterized by high

evapotranspiration in relation to rainfall, high temperatures and intense microbial activity that accelerate the

decomposition of COT. Improper use of soil in Semiarid region is considered a problem for its sustainability. The

goal of this study was to evaluate the stock of organic carbon and related soil properties on agroecological

management (R area) in Caraúbas / RN, with production of fruits and vegetables compared to conventional (T area),

Apodi / RN. Single soil samples were collected at 0-20 cm depth, in both areas R and T, using georeferenced points,

totaling 22 samples. Indicators as Est C, COT, Ds and CTC were analyzed from 2008 to 2012, and subjected to

analysis of variance which averages were compared by Tukey test at 5% significance. It was observed that the Est C

average value for R area (38.43 t ha-1) was statistically different from T area (23.45 t ha-1). This same behavior

was observed in relation to the Ds averages between R area (1.34 g.cm3) and T area (1.57 g.cm3). There is a strong

correlation between COT and CTC in R area (R2=0.8461) and high dependency (r = 0.9198). The agroecological

management improves soil quality in relation to the conventional management, maintaining the productive capacity

of the soil in semiarid.

KeyWords: agroecology, cation exchange capacity, organic carbon, soil conservation and sustainability.

Page 18: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumo

As práticas de manejo que aumentem a adição de resíduos vegetais influenciam no Est C e a retenção de C no solo se

constitui em elevar o dreno de C-CO2 atmosférico e mitigação do aquecimento global. O Semiárido é caracterizado

por alta evapotranspiração em relação à precipitação, temperaturas elevadas e intensa atividade microbiana que

aceleram a decomposição do COT. O uso inadequado do solo no Semiárido é considerado um problema para sua

sustentabilidade. O objetivo deste estudo foi avaliar o estoque de carbono orgânico e atributos relacionados do solo

em manejo agroecológico (área R), Caraúbas/RN, na produção de hortaliças e frutas comparativamente ao

convencional (área T), Apodi/RN. Foram coletadas amostras simples de solo na profundidade de 0-20 cm, tanto na

área R quanto na área T, em pontos georreferenciados, totalizando 22 amostras. Foram analisados indicadores como

Est C, COT, Ds e CTC de 2008 a 2012, e submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de

Tukey a 5% de significância. Observou-se que a média do Est C na área R (38.43 t.ha-1

) foi estatisticamente diferente

em relação à área T (23.45 t.ha-1

). Esse mesmo comportamento foi observado em relação às médias da Ds entre a

área R (1.34 g.cm3) e a área T (1.57 g.cm

3). Há forte correlação do COT e a CTC na área R (R

2=0.8461) e alta

dependência (r=0.9198). O manejo agroecológico melhora a qualidade do solo em relação ao manejo convencional

na manutenção da capacidade produtiva do solo no semiárido.

Palavras-chave: agroecologia, capacidade de troca de cátions, carbono orgânico, conservação do solo e sustentabilidade.

Introdução

As alterações climáticas globais constituem em um dos mais graves problemas ambientais deste século, tornando-se

uma preocupação mundial. Acredita-se que o aumento da concentração atmosférica de alguns gases de efeito estufa

(GEE), como dióxido de carbono (CO2), está diretamente relacionado aos aumentos de médias de temperatura em

diversas regiões da Terra (Gitay et al., 2002; IPCC, 2014). Essas mudanças são muitas vezes resultado de ações

antrópicas nos agroecossistemas, causando um desequilíbrio nos ciclos naturais, especialmente o ciclo do carbono.

Uma das modificações de relevância é o uso do solo, sobretudo no que se refere à agricultura. De acordo com IPCC

(2014), as práticas de manejo contribuem no estoque de carbono nos solos, podendo atuar como dreno ou fonte de

gases de efeito estufa (GEE). Os sistemas de manejo que aumentem a adição de resíduos vegetais e a retenção de C

no solo se constituem em alternativas importantes para aumentar a capacidade de dreno de C-CO2 atmosférico e

mitigação do aquecimento global (Amado et al., 2001; Bayer et al., 2006).

A substituição de ecossistemas naturais por agroecossistemas influencia as taxas de adição e de decomposição de

carbono, resultando na redução do conteúdo e alteração na qualidade de C do solo (Duxbury et al., 1989; Feigl et al.,

1995; Houghton, 1995; Giongo et al., 2011). O manejo do solo com a incorporação continuada de matéria orgânica

promove o equilíbrio do carbono no solo, que seria ecologicamente vantajoso, pela diminuição do CO2 da atmosfera,

reduzindo-se o efeito estufa e os impactos da atividade agrícola no ambiente (Siqueira, 1993; Lal et al., 1995).

O Semiárido é caracterizado por alta evapotranspiração em relação à precipitação, temperaturas elevadas e intensa

atividade microbiana que aceleram a decomposição da matéria orgânica, reduzindo o estoque de carbono no solo.

Aliado a este contexto, apresenta a distribuição de chuvas extremamente irregular no tempo e no espaço, resultando

em secas periódicas. O principal desafio dos agroecossistemas irrigados nesta região é a manutenção da

sustentabilidade ambiental, social e econômica. É importante que as práticas de manejo contribuam para a

manutenção e/ou elevação da fertilidade do solo.

As famílias agricultoras desempenham um importante papel na produção de alimentos no Semiárido, e especialmente

em áreas irrigadas. Para tanto, a transição dos agroecossistemas convencionais para agroecológicos torna-se como

estratégia para resiliência e manutenção da capacidade produtiva do solo. Por outro lado, contribui para a produção

de alimentos livres de adubos químicos solúveis dependentes de fontes de energia não renováveis e de agrotóxicos,

eliminando os riscos de intoxicação humana e contaminação dos recursos naturais.

Page 19: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

A agroecologia busca maneiras de aperfeiçoar os agroecossistemas imitando aos processos naturais, criando,

portanto, interações biológicas benéficas e sinergias. Ela apresenta as condições de solo mais favoráveis para o

crescimento das plantas, particularmente pela gestão de matéria orgânica e pelo aumento na atividade biótica do solo.

Dentre os princípios básicos da agroecologia destacam-se: a reciclagem de nutrientes e energia nas propriedades

agrícolas, em vez da introdução de insumos externos; integrar cultivos agrícolas e a pecuária; diversificar as espécies

e os recursos genéticos dos agroecossistemas no tempo e espaço; e concentrar-se em interações e produtividade em

todo o sistema agrícola e não se concentrar em espécies individuais (Altieri, 2005).

Apesar da prática crescente da agroecologia, ainda existem poucos trabalhos científicos atestando os benefícios para

a qualidade do solo em áreas susceptíveis do semiárido. Neste contexto, o Projeto Dom Helder Câmara (PDHC) do

Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em colaboração com o Fundo Internacional para o

Desenvolvimento da Agricultura (FIDA), promove assessoria para o desenvolvimento social, econômico e ambiental

de famílias agricultoras no Semiárido no Nordeste do Brasil. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar o

estoque de carbono orgânico e atributos relacionados do solo em manejo agroecológico na produção de hortaliças e

frutas comparativamente ao convencional.

Metodologia

O experimento foi realizado em área de atuação do PDHC/MDA/FIDA/GEF em dois agroecossistemas irrigados: um

agroecológico, considerado área referência (área R), 0.8 ha, na Comunidade de Agricultores Familiares de Sombras

Grandes e Milagres, 5º 37.27548’ S e 37º 26.71469 W, município de Caraúbas/RN; e outro convencional, área

testemunha (área T), 0.8 ha, na Comunidade de Agricultores de Carpina, 5º 41.41572’ S e 37º 46.0579’ W,

município de Apodi-RN (Figura 1). Ambos os experimentos estão localizados no Território do Sertão do Apodi/RN.

Os solos nestas duas comunidades são originados do embasamento sedimentar, sendo na área R um Cambissolo e na

área T um Neossolo (Embrapa, 2006). Contudo, apresentaram a mesma classe textural (franco arenoso) na

profundidade de 0–20 cm, conforme as proporções de areia total (%), silte (%) e argila (%), (Figura 2). Isso é

importante, uma vez que os usos provocam alterações diferentes em solos de texturas diferentes (Corrêa et al., 2009).

A região possui clima semiárido do tipo BShw’, segundo Köppen – Geiger, megatérmico, com curta estação chuvosa

no verão-outono, média anual de 400 a 600 mm e concentração das precipitações nos meses de maio e junho. A

vegetação predominante é do tipo Caatinga Hiperxerófila (Lira et al., 2012).

Os históricos de manejo nas áreas R e T, considerados como tratamentos, foram anotados de 2008 a 2012. As

principais práticas na área R: preparo inicial do solo com arado de aiveca/tração animal; sistema de irrigação por

microaspersão e gotejamento; composto orgânico; cobertura morta (palha de carnaúba e restos de palhada de capim

elefante); incorporação de resíduos vegetais; biofertilizante; urina de vaca; rotação de culturas; pousio de canteiros

com feijão de corda (Vigna unguiculata) e crotalária (Crotalária júncea); a diversidade de cultivo foi composta por

cenoura (Daucus carota), coentro (Coriandrum sativum), cebolinha (Allium fistolosum), beterraba (Beta vulgaris),

alface (Lactuca sativa), abóbora (Cucúrbita moschata), pimenta (Capsicum spp), banana (Musa paradisíaca),

mamão (Carica papaya), pinha (Annona squamosa), caju (Anacardium occidentale); Na área T: trator com arado ou

grade é utilizado a cada dois anos no preparo dos canteiros; uso intensivo de adubo químico, principalmente ureia; no

controle de pragas e doenças é usado agrotóxico; os cultivos foram de coentro (Coriandrum sativum), cebolinha

(Allium fistolosum), cenoura (Daucus carota) e beterraba (Beta vulgaris); sistema de irrigação é por aspersão;

utilização de esterco de gado.

Foram monitoradas as variáveis de indicadores de qualidade do solo: estoque de carbono (Est C); carbono orgânico

total (COT); densidade do solo (Ds); capacidade de troca catiônica (CTC). Coletaram-se amostras simples de solo na

profundidade de 0-20 cm, tanto na área R quanto na área T, em pontos georreferenciados, totalizando 22 amostras,

sendo duas em 2008 e quatro a cada ano (2009 a 2012). A densidade do solo foi determinada pelo método do anel

Page 20: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

volumétrico com amostras indeformadas (Embrapa, 1997). Para o cálculo da CTC foi considerado a soma das

médias dos íons cátions como cálcio, magnésio, sódio, potássio e alumínio mais hidrogênio. Estes foram analisados

de acordo com a metodologia proposta pela Embrapa (2006).

A metodologia da análise do carbono orgânico total foi por via úmida (Walkley & Black,1934). Os estoques de C

foram calculados pela expressão (Veldkamp, 1994):

10

)( eDsCOTEstC

Equação (1)

Em que:

Est C = Estoque de COT em determinada profundidade (Mg.ha-1

) ou (t.ha-1

);

COT = teor de C orgânico total (g.kg-1

);

Ds = densidade do solo média da profundidade (kg.dm-3

); e

e = espessura da camada considerada (cm).

Os resultados das amostras de variáveis como Est C, COT, Ds, os íons cátions e CTC foram submetidos à análise de

variância (ANOVA). As médias foram comparadas pelo tipo de manejo (área R e área T), utilizando o teste de Tukey

a 5% de significância.

Resultados

Verifica-se na Tabela 1 que a média (38.43 t.ha

-1) do Est C na área R foi estatisticamente diferente em relação à área

T (23.45 t.ha-1

), ao nível de 5% de significância, e representando um diferencial de aproximadamente 64%. Este

valor é bem superior ao verificado (15%) por Santiago et al. (2012) em área com manejo da caatinga. Pode-se

observar que o coeficiente de variação (CV) do Est C, tanto na área R (32.44%) quanto na área T (43.64%) são

considerados muito altos (Pimentel-Gomes, 1985), ou seja, há forte influência das práticas de manejo nos

tratamentos estudados ao longo do tempo. Esse mesmo comportamento estatístico foi observado em relação às

médias da densidade do solo entre a área R (1.34 g.cm3) e a área T (1.57 g.cm

3).

A adição continuada de matéria orgânica na área R através de composto, rotação de culturas, cobertura morta,

pousio, consórcio e adubação verde pode ter influenciado na elevação da fixação de carbono e na melhoria da

estrutura do solo. Isso é fundamental, pois quanto menor for a Ds maior será a porosidade e a capacidade de

infiltração de água e, consequentemente, menor a variação térmica do solo. Otutumi et al. (2004) verificaram que o

sistema de cultivo que apresente maior quantidade de resíduos vegetais podem contribuir para o incremento do teor

de Est C no solo.

Observar-se na Tabela 2, que os valores de CTC para ambas as áreas não foram significativamente diferentes. Podem

ser classificadas como teores médios (Embrapa, 2006) e próximos da faixa de alto. O CV da CTC na área T

(29.86%) foi considerado alto e na área R (42.76%) muito alto (Pimentel-Gomes, 1985). Infere-se que o manejo pode

ter contribuído pela alta dispersão relativa da CTC, principalmente na área R que houve incremento continuado de

matéria orgânica nos anos estudados. A manutenção de teores de CTC acima de 10 cmolc.kg-1

é fundamental para

melhoria da capacidade do solo de reter e trocar cátions, prevenir a lixiviação de nutrientes e fornecer nutrição

adequada às plantas (Gliessman, 2006).

A Figura 3 mostra a forte correlação do COT e a CTC na área R. É possível observar o coeficiente de determinação

(R2=0.8461) da equação de regressão linear que a variância total da CTC pode ser explicada em 84.61% da COT e

com alta dependência (r=0.9198). Foi observado alto valor do coeficiente angular (12.341). Valores altos de Est C na

área R, textura franca arenosa, pode ter influenciado na elevação linear acentuada da CTC, devido à decomposição

do COT pela atividade microbiana do solo e do tipo de argila. Este valor foi superior ao encontrado por Santos et al.

Page 21: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

(2009) em solos no estado de Alagoas/PE (6.1925) e por Ciotta et al. (2013) estudando solos de plantio direto no

estado do Paraná/PR (3.481).

As mudanças na composição da matéria orgânica e as reduções nos estoques de carbono comprometem a

sustentabilidade dos agroecossistemas, uma vez que a maior disponibilidade no solo de compostos orgânicos pode

aumentar a CTC (Bayer, 1999), a atividade microbiana (Scherer et al., 2007), aumentar a capacidade de

armazenamento de água e reduzir a adsorção de grupamentos fosfatos aos colóides do solo (Guertal et al., 1991). A

fixação de COT através de práticas de manejo é fundamental para manter os processos de ciclagem de nutrientes e

aumento da diluição dos sais na superfície do solo.

As frequências acumuladas estatísticas do COT (Figura 4) apontam que aproximadamente 66 % das amostras de solo

na área R apresentaram valores acima de 10 g.Kg-1

e 42 % superiores a 15 g.Kg-1

. Fraga e Salcedo (2004), estudando

áreas de caatinga com raleamento do estrato arbóreo e bem conservada, encontraram teores médios de 13.2 g.kg-1

,

enquanto que em áreas degradadas apresentaram teores em torno de 8 g.kg-1

na profundidade de 0-15 cm. Giongo et

al. (2011) encontraram em manejo agroecológico em áreas de roçado valores médios de COT de 10. 62 g.Kg-1

Os

valores de COT verificados na área R são influenciados pelo manejo agroecológico adotado ao longo do tempo,

principalmente devido à manutenção dos resíduos vegetais sobre a superfície e redução do revolvimento do solo

(Santiago et al., 2012). Por outro lado, na área T apenas 20% das amostras tiveram valores acima de 10 g.Kg-1

e 80

% abaixo deste.

Foram analisadas as frequências acumuladas estatísticas do Est C das áreas R e T (Figura 4). Cerca de 90% das

amostras da área R apresentaram escores superiores a 20 t.ha-1

. Estes valores são maiores aos encontrados por

Tiessen et al. (1998), de 20 t.ha-1

em solos conservados no Semiárido do Nordeste do Brasil, enquanto na área T, 50

% das amostras foram superiores a 20 t.ha-1

e apresentando uma média de 23.45 t.ha-1

(Tabela 1). Desta forma, pode-

se notar que a manejo convencional com uso de esterco contribui para elevação do Est C no solo.

Conclusões

As práticas agroecológicas realizadas no solo na área R proporcionaram elevado Est C em relação à área

convencional (área C), de modo a contribuir para mitigação do CO2 atmosférico e diminuição da Ds. Na área R a

CTC apresentou forte dependência com a elevação do COT, indicando que a maioria das cargas negativas do solo foi

influenciada pelo COT. O manejo agroecológico contribuiu para manutenção da fertilidade do solo, sem a

necessidade de insumos de alta dependência em energia não renovável.

Agradecimentos. - Ao Programa de Pós Graduação de Engenharia Agrícola da Universidade

Federal Rural de Pernambuco pelo incentivo a pesquisa no campo da agroecologia no

Semiárido no Nordeste do Brasil. Ao Projeto Dom Helder Camara/MDA/FIDApelo apoio

financeiro e metodológico de experimentos inovadores de referência.

Page 22: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

Figura 1. Localização das comunidades onde foram realizados os experimentos.

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Freq

uênc

ia a

cum

ulad

a

Área R - Areia (%) Área R - Argila (%) Área R - Silte (%)

Área T - Areia (%) Área T - Argila (%) Área T - Silte (%) Figura 2. Frequências acumuladas estatísticas das proporções de areia total(%), silte(%) e argila(%) nas áreas R e

T.

* Significativo a 5%.

y = 12.341x* - 0.6084

R² = 0.8461

0

5

10

15

20

25

30

4 9 14 19 24

CT

C (

cmol

c/k

g)

COT (g/kg)

Figura 3. Equação de regressão da correlação do COT com a CTC na área R.

Page 23: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

0 10 20 30 40 50 60 70

Fre

quên

cia

Acu

mau

ldaa

Área R - COT (g/kg) Área T - COT (g/kg) Área R - Est C (t/ha) Área T - Est C (t/ha)

Figura 4: Frequências acumuladas estatísticas do carbono orgânico total (g/Kg) e do estoque de carbono (t/ha) nas

áreas R e T.

Tabela 1. Indicadores químicos e físicos no período de 2008 a 2012 em diferentes manejos.

0 a 20 cm

Tratamentos COT

1 Ds

1 Est C

1

Média CV Média CV Média CV

g.Kg-1

(%) g.cm-3

(%) t.ha-1

(%)

Área R 13.2 a 37.86 1.34 b 9.23 38.43 a 32.44

Área T 7.6 b 38.28 1.57 a 4.21 23.45 b 43.64

1letras diferentes nas colunas, as médias diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância; ns= não

significativo. CV = coeficiente de variação.

Tabela 2. Indicadores químicos no período de 2008 a 2012 em diferentes manejos.

0 a 20 cm

Tratamentos

Cálcio (Ca)1 Magnésio (Mg)1 Potássio (K)1 Sódio (Na)1 Alumínio e

hidrogênio (Al+H)1 CTC1

Média CV Média CV Média CV Média CV Média CV Média CV

cmolc.Kg-1 (%) cmolc.Kg-1 (%) cmolc.Kg-1 (%) cmolc.Kg-1 (%) cmolc.Kg-1 (%) cmolc.Kg-1 (%)

Área R 9.47 ns 51.93 3.36 ns 71.95 0.39 ns 78.50 0.30 ns 53.33 1.92 b 4.92 15.63 ns 42.76

Área T 9.35 ns 43.34 4.20 ns 45.19 1.24 ns 124.19 0.46 ns 113.04 2.31 a 13.67 16.81 ns 29.86

1letras diferentes nas colunas, as médias diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de significância; ns = não

significativo.

Page 24: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

8

Referências

Altieri, M. Agroecology: the science of sustainable agriculture. 2a ed. Boulder (Colorado), Westview, 2005.

Amado, T.J.C.; Bayer, C.; Eltz, F.L.F. e Brum, A.C.R.Potencial de culturas de cobertura em acumular carbono e nitrogênio no

solo no plantio direto e a melhoria da qualidade ambiental. R. Bras. Ci. Solo, 25:189-197, 2001.

Bayer, C.; Martin-Neto, L.; Mielniczuk, J.; Pavinato, A. e Dieckow, J. Carbon sequestration in two Brazilian Cerrado soils under

no-till. Soil Till. Res., 86:237-245, 2006.

Bayer, C.; Mielniczuk, J. Dinâmica e função da matéria orgânica. In: Santos, G.A.; Camargo, F.A.O. (Ed.). Matéria orgânica do

solo: fundamentos e caracterização. Porto Alegre: Gênesis, l999. p.9-26.

Ciotta, M.N.; Bayer, C.; Fontura, S.M.; Ernani, P.R.; Albuquerque, J.A. Matéria orgânica e aumento da capacidade de troca de

cátions em solo com argila de atividade baixa sob plantio direto. Ciência Rural, 33, p.1161-1164, 2013.

Corrêa, R. M.; Freire, M. B. G. S.; Ferreira, R. L. C.; Freire, F. J.; Pessoa, L. G. M.; Miranda, M. A.; Melo, D. V. M. Atributos

químicos de solos sob diferentes usos em perímetro irrigado no semiárido de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciência

do Solo. Viçosa, 33, n.2, Mar./Apr. 2009.

Duxbury, J.M.; Smith, M.S. e Doran, J.M. Soil organic matter as a source and asink of plant nutrients. In: Coleman, D.C.; Oades,

J.M. e Uehara, G. eds.Dynamics of soil organic matter in tropical ecossystems. Honolulu, University of Hawaii, 1989.

p.33-67

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Manual de métodos de análise

de solo. Rio de Janeiro, 1997. 212 p.

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de Janeiro: Centro

Nacional de Pesquisa de Solos, 2006. 306p.

Feigl, B.J.; Melillo, J. e Cerri, C.C. Changes in the origin and quality of soil organic matter after pasture introduction in Rondônia

(Brazil). Plant Soil, 175:21-29, 1995.

Fraga, V.S. e Salcedo, I.H. Declines of organic nutrient pools in tropical semi-arid soils under subsistence farming. Soil Sci. Soc.

Am. J., 68:215-224, 2004.

Gitay, H., Suárez, A., Watson, R.T. e Dokken, D.J. 2002. Climate change and biodiversity. Intergovernmental Panel on Climatic

Change technical paper V. United Nations Environment Programme/World Meteorological Organization, Genebra.

Gliessman, S. R. Agroecology: the ecology of sustainable food systems. 2006—2nd edition.p.384

Guertal, E.A. et al. Diferential phosphorus retention in soil profiles under no-till crop production. Soil Science Society of America

Journal, Madison, 55, p.410- 413, 1991.

Houghton, R.A. Changes in the storage of terrestrial carbon since 1850. In: Lal, R.; Kimble, J.; Levine, E. e Stewart, B.A. eds.

Soils and global change. Boca Raton, CRC Lewis Publishers, 1995. p.45-65.

Intergovernamental Panel on Climate Change– IPCC, 2014: Summary for Policymakers, In: Climate Change 2014, Mitigation of

Climate Change. Contribution of Working Group III to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on

Climate Change [Edenhofer, O., R. Pichs-Madruga, Y. Sokona, E. Farahani, S. Kadner, K. Seyboth, A. Adler, I. Baum,

S. Brunner, P. Eickemeier, B. Kriemann, J. Savolainen, S. Schlömer, C. von Stechow, T. Zwickel and J.C. Minx (eds.)].

Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA.

Lal, R.; Kimble, J.; Levine, E. e Whitman, C. Towards improving the global data base on soil carbon. In: Lal, R.; Kimble, J.;

Levine, E. e Stewart, B.A. eds. Soils and Global Change. Boca Raton, CRC Lewis Publishers, 1995. p.433-436.

Lira, R. B.; Dias, N. S.; Alves, S. M. C.; Brito, R. F.; Souza Neto, O. N. Efeitos dos sistemas de cultivo e manejo da caatinga

através da análise dos indicadores químicos de qualidade do solo na produção agrícola em Apodi, RN. Revista

Caatinga, Mossoró, 25, n. 3, p. 18-24, jul-set, 2012.

Otutumi, A.T.; Oliveira, T.S.; Mendonça, E.S.; Lima, P.J.B.F. Qualidade do Solo em Sistemas de Cultivo Agroecológicos no

Município de Tauá – CE. Solo e Água: aspectos de uso e manejo com ênfase no semi-árido nordestino. Fortaleza-CE,

p.1-30, 2004.

Pimentel-Gomes, F. Curso de estatística experimental. São Paulo: Esalq, 1985.467p.

Santiago, F. S.; Blackburn, R. M.; Jalfim, F. T.; Gomes-Silva N. C.; Ribeiro, G. A.; Nanes, M. B.; Montenegro, A. A. A.; Lima,

P. J. B. F. Evolução de atributos do solo: a experiência de consórcio agroecológico no sertão central do Ceará. IX

Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poço de Caldas, 23 a 25 de maio de 2012.

Santos, T. E. M.; Montenegro, A. A. A.; Pedrosa, M. E. R. Características hidráulicas e perdas de solo e água sob cultivo do

feijoeiro no semi-árido. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, 13, p.217–225, 2009.

Scherer, E. E. et al. Propriedades químicas de um latossolo vermelho sob plantio direto e adubação com esterco de suínos. Revista

Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, 31, p.123-131, 2007.

Page 25: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

9

Siqueira, J.O. Biologia do solo. Lavras, ESAL/ FAEPE, 1993. 230p.

Tiessen, H.; Cuevas, E.; Salcedo, I.H. Organic matter stability and nutrient availability under temperate and tropical conditions.

Advances in GeoEcology, 31, p.415- 422, 1998.

Veldkamp, E. Organic Carbon Turnover in Three Tropical Soils under Pasture after Deforestation. Soil Science Society of

America Journal, 58, p.175-180, 1994.

Walkley, A. e Black, I.A.. 1934. An examination of the Degtjareff method for determining organic carbon in soils: Effect of

variations in digestion conditions and of inorganic soil constituents. Soil Scientia. 63:251-263.

Page 26: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

MURO ECOLÓGICO. MuEc. ELABORADO CON GRANULADO DE PET

GREEN WALL MuEc. MADE WITH PET GRANULES

Areli Flores Rivera 1*

Cristobal Ramirez Vega 2

Alfredo Trejo Martinez 2

Maria Luisa Lozano Camargo2

Leonardo David Herrera Zúñiga 1, 2

Abstract During the last decades significantly increased pollution levels in the environment for the enormous waste pet are

generated daily. to minimize the environmental impact they have conducted research and studies for the reuse of

this, generating a viable, environmentally friendly alternative reusing the pet in the development of a green wall

(csme) with cement, composed of a core of polyethylene terephthalate which, when mixed with Portland cement type

one setting of greater resistance, not brittle, and leaching thermo acoustic effect, that compared to conventional

construction methods, is obtained by the above the same represents an alternative technological innovation,

sustainable and does not affect the environment and benefits the construction industry . thus, a comprehensive

management of plastic products with low degradation capacity is obtained.

Key Words: granulate the PET, Resistance and rupture force

1 División de Ingeniería Ambiental, Tecnológico de Estudios Superiores del Oriente del Estado de México. 2 División de Ciencias Básicas e Ingeniería, Universidad Autónoma Metropolitana; Unidad Iztapalapa.

*División de Ingeniería Ambiental, Tecnológico de Estudios Superiores del Oriente del Estado de México. Paraje San Isidro / Av.

De las Torres, s/n – Barrio de Tecamachalco, La Paz, Estado de México. Código Postal 56400. México. Email:

[email protected]

Page 27: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumen

Durante las últimas décadas a incrementada de manera significativa los índices de contaminación en el ambiente por

los enormes desechos de pet que se generan día a día. para minimizar el impacto ambiental se han realizado diversas

investigaciones y estudios para la reutilización de este, generando así una alternativa viable, económica y ecológica

reutilizando el pet en la elaboración de un muro ecológico(muec) a base de cemento, integrado por un núcleo de

tereftalato de polietileno, que al mezclarse con cemento tipo portland se obtiene un fraguado de mayor resistencia, no

quebradizo, capacidad termo acústica y lixiviación, esto en comparación con los métodos convencionales de

construcción, por lo antes mencionado el muec representa una alternativa de innovación tecnológica, sustentable y

que no afecta al medio ambiente y beneficia a la industria de la construcción. de esta manera se obtiene un manejo

integral de productos plásticos con baja capacidad de degradación.

Palabras claves: granulado de pet, resistencia y fuerza de ruptura

Introducción

La contaminación generada por desechos de PET ha contribuido a que en la actualidad se tengan altos índices de

contaminación, por ello, se han buscado alternativas viables generando nuevos prototipos que proporcionen una

neutralización de los contaminantes

Dichos materiales pueden ser empleados en la industria de la construcción siempre y cuando cumplan con las normas

y calidad que ésta exige.

Es importante destacar la diferencia que existe entre el reciclaje y reutilización del tereftalato de polietileno, mejor

conocido como PET, el primero se basa en realizar un proceso secundario que permita dar de nuevo una vida útil al

material; mientras que la reutilización permite dar un uso al material sin alterar la composición del producto original:

por lo que resulta ser una medida favorable en la reducción del impacto ambiental. Por ello, la elaboración de block a

base de PET, permite aprovechar de manera útil los materiales plásticos.

El prototipo fue sometido a una prueba de compresión simple y adsorción de agua máxima con la finalidad de

determinar si cumple con la norma de calidad NMX-C-404-ONNCCE-2005.

La necesidad de solucionar la gestión de residuos sólidos urbanos impulsa el desarrollo de sistemas alternativos del

reciclado. Dichas soluciones están a cargo, de las empresas, aunque actualmente la sociedad ha empezado a crear

conciencia y cultura al preocuparse por el medio ambiente.

Alrededor de un 75% del PET recuperado se usa para hacer fibras de alfombras, ropa y geotextiles. La mayor parte

del 25% remanente es extraído en hojas para termoformado, inyectado/soplado en envases para productos no

alimenticios, o compuesto para aplicaciones de moldeo.

Este modelo implementado en la construcción de un MuEc, ha demostrado su eficiencia mediante estudios físico-

mecánico.

Justificación

Debido a que México ocupa uno de los primeros lugares a nivel mundial en el consumo de productos

manufacturados y envases desechables, se producen al día aproximadamente 4,033 toneladas de residuos plásticos,

de los cuales se recicla únicamente el 10% y el 90% restante es depositados en predios baldíos, barrancas, ríos y en el

mejor de los casos sepultados en rellenos sanitarios contaminando el subsuelo, por consecuencia los mantos

acuíferos hasta por un período de más de 500 años, situación que origina altísimos costos económicos y ecológicos.

Darle una segunda oportunidad a los materiales PET, y genera nuevas fuentes de trabajo en la zona e inculcar a las

nuevas generaciones la cultura de reciclaje, la importancia que tiene separar la basura y colocarla en su lugar.

Aunque no se puede afirmar en porcentajes la contribución benéfica al medio ambiente, por el simple hecho de

reutilizar o reciclar un material de desecho es una manera de ayudar a reducir la contaminación ambiental.

Page 28: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

Al diseñar la formulación de la elaboración de muros implementando plástico triturado en combinación con los

elementos de uso tradicional, el resultado es importante porque el producto surge como innovador, con un precio

muy accesible puesto que contiene materiales de recicle (PET).

Ya existen bloques similares, pero a diferencia de que en estos no se utiliza ningún aditivo químico y varia en su

dosificación; coadyuvando a fomentar la cultura de reciclaje a toda sociedad.

Con esta propuesta se quiere cumplir que la norma mexicana correspondiente a la industria de la construcción

entorno a todos los productores de bloques para su mayor calidad.

Por ello, este proyecto tiene como finalidad dar una solución al manejo inadecuado de residuos plásticos generados

en la zona oriente del Estado de México, creando en la comunidad y sus alrededores una cultura de concientización,

sobre el manejo de estos desechos, previniendo daños en la salud humana, fauna y flora de la región del Oriente,

minimizando la formación de lixiviados tóxico y nocivos.

Siendo este una alternativa de construcción económica y de aprovechamiento para los desechos generados de PET,

ya que tiene como ventaja crear un fraguado ecológico, amigable con el medio ambiente, sustentable, funcional y

económico, para la industria de la construcción.

Objetivo general

Desarrollar una alternativa ecológica y económica para la industria de la construcción, mediante la implementación

de un muro ecológico realizado con cemento hidráulico teniendo como base un núcleo granulado de tereftalato de

polietileno.

Hipótesis o meta de ingeniería

Formular una mezcla para fabricar un muro con material reciclado (PET) que cumpla con las características de

resistencia que estipula la normatividad mexicana. Mediante el desarrollo de un muro de concreto hidráulico

coadyuvado de un andamiaje y núcleo a base tereftalato de polietileno granulado se pretende obtener una mejora

significativa en las prioridades físicas, elásticas y termo-acústicas que deriven en un producto de valor agregado para

la industria de la construcción en comparación con un muro elaborado mediante técnicas y materiales

convencionales.

Antecedentes

El PET es un tipo de plástico constituido químicamente por un polímero que se obtiene mediante una reacción de

poli-condensación entre el ácido tereftálico y el etilenglicol. El PET pertenece al grupo de materiales sintéticos

denominados poliésteres, en su gran mayoría es incoloro pero admite cargas de colorantes e inocuo para el ser

humano, lo cual le permite ser un plástico de usado convencional como envase primario en alimentos y textiles.El

cemento portland consiste en un conglomerante o cemento hidráulico que, cuando se mezcla con áridos, agua y

fibras de acero discontinuas tiene la propiedad de conformar una masa pétrea resistente y duradera denominada

hormigón, químicamente reacciona con el agua para dar lugar a proceso de aglutinado para fraguar y endurecer.

Por otra parte el PET se ha convertido en un contaminante polivalente contaminado desde ríos, lagos y drenajes

hasta alcanzar el amito social mediante un impacto visual negativo.

Actualidad las empresas han intentado incursionar en la utilización del PET para la industria de la construcción, en

las cuales se encuentran la empresa Eco-Tec Soluciones fundada en 2001, pionera en la construcción de casas y

tanques de almacenamiento de agua con botellas PET rellenas de tierra. Años después, como consorcio las empresas

GRIME y Eco-Tec Soluciones, en conjunto con el departamento de Estructuras y Construcción de la Pontificia

Universidad Javeriana documentaron el proceso constructivo, así como las pruebas piloto para evaluar la resistencia

mecánica, compresión y comportamiento mecánico tanto de las botellas rellenas como de los muros realizados con

botellas rellenas.

Page 29: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

La documentación sobre la realización de una estructura a base de PET funcional se tiene por estructurada por la

Agencia Nacional de Promoción Científica y Tecnológica en argentina, la cual construyó una oficina de 12 m2 con

ladrillos elaborados de este material y cemento, de manera individualizada, sin ser propiamente una aleación como

pretende ser MuEc, por lo cual no se presenta información detallada o anterior del uso de una muro a base de

concreto con núcleo de PET (CEVE. 2004).

Marco teórico

La utilización de hormigón con un núcleo granulado a base de PET es una enotecnia nueva no estudiada. Sin

embargo presenta muchas propiedades benéficas tanto ambientales como productivas para la industria de la

construcción ya que al utilizar residuos sólidos plásticos para crear estructuras de alto valor agregado para la

construcción, el cual es el caso de MuEc.

Las propiedades del PET por si solo son excelentes y son muy utilizadas en diferentes propósitos como a

continuación se indican. El PET (tereftalato de polietileno) fue producido por primera vez en 1941 por los científicos

británicos Whinfield y Dickson, quienes lo patentaron como polímero para la fabricación de fibras. En la actualidad

el PET se utiliza principalmente en tres líneas de producción:

PET textil: utilizado para fabricar fibras sintéticas, principalmente poliéster. Se emplea para fabricar fibras de

confección y para relleno de edredones o almohadas, además de usarse en tejidos industriales para fabricar otros

productos como cauchos y lonas.

PET botella: utilizado para fabricar botellas por su gran resistencia a agentes químicos, gran transparencia, ligereza y

menores costos de fabricación.

PET film: utilizado en gran cantidad para la fabricación de películas fotográficas, de rayos X y de audio.

En lo que concierne a la industria de la construcción, se ha reportado la realización de la construcción de casa con

botellas de PET rellenas de tierra, sin embargo la técnica de granulado de PET no se a llevado de manera formal,

comercializado o estudiado (QuimiNet 2005).

Al mezclar cemento, arena con un granulado de PET se produce un producto muy resistente a comparación de los

materiales de construcción convencionales tales como los ladrillos, tabiques y block. La resistencia se basa en que:

las fibras de PET, al aplicárseles esfuerzo cortante evita que la acción de fractura difunda de manera homogénea

retardando la acción de quebrantamiento de este, de manera similar retarda la acción corrosiva del mismo muro, así

como la filtración de agua, mismo que actúa como un aislante térmico y acústico.

Métodos y procedimientos

Las etapas realizadas en esta investigación fueron las siguientes:

Programación y control de experiencias con fabricación de probetas, tomando como variables: dosificación de

materiales, granulometrías, tipo de materiales, procedimientos de elaboración, formas de

compactación, métodos de curado, y diseño morfológico de componentes.

Realización de ensayos normalizados en laboratorios, a fin de establecer propiedades físicas.

Programación de ajustes en las fórmulas y en el diseño de los elementos constructivos, en base a las fallas

observadas. Repetición del ciclo de actividades.

Evaluación económica comparativa de los elementos constructivos desarrollados.

Construcción de prototipos experimentales.

Page 30: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

Evaluación final de los elementos constructivos desarrollados desde los puntos de vista ecológico, técnico,

económico y social.

El procedimiento que se utiliza para la fabricación de lo elementos constructivos es el siguiente:

Se realiza el triturado del plástico con un molino diseñado para tal fin.

Las partículas plásticas se mezclan con cemento Pórtland, luego se agrega agua, cuando esta mezcla adquiere

consistencia uniforme, se la vierte sobre una malla metálica con la finalidad de moldear, según elemento constructivo

deseado y se dejan en reposo.

En el siguiente esquema se muestran los pasos que se realizaron para la elaboración del MuEc.

Resultados

Sea logrado tener una mayor resistencia del bloque generado a base de PET que será empleado en la construcción de

un MuEc en comparación con los métodos de construcción convencionales, en el corto tiempo se planea poner en

práctica esta técnica dentro del TESOEM con la finalidad de obtener la totalidad de las pruebas, así como para la

caracterización de su durabilidad. En la Figura 1. Se muestra la fotografía del primer prototipo o muro ecológico

realizado con las técnicas de MuEc, donde se puede observar un muro plano con el núcleo de PET muy definido.

Page 31: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

Figura 1, Fotografía del primer prototipo realizado

En la Tabla 1, se presentan los resultados de los estudios realizados en cuanto a tamaño de partícula, fuerza,

tensión y ruptura del MuEc, al emplear diferentes gránulos de partícula.

Tabla 1. Resumen de las pruebas realizadas sobre dos tipos de núcleo y comparativo con muestras convencionales

MuEc (partícula A) MuEc (partícula B) Tabique

convencional

Ladrillo rojo

cerámico

Tamaño (mc) 25 x 12 25 x 12 24 x 12 25 x 12

Prueba de fuerza (kgF) 1134.43 571,997 323,441 1086.64

Prueba de

tensión(kgf/mm2)

0.6041 0.03451 0.02130 0.11896

Fuerza de Ruptura

(kgf)

1065.92 526,588 1086.64

Page 32: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

Referencias bibliográficas

Recuperada 15 de Mayo 2014. http://app1.semarnat.gob.mx/dgeia/informe_resumen/08_residuos/cap8.html

Historia del PET, [versión electrónica]. Recuperada 18 de Marzo 2014. http://www.quiminet.com/articulos/historia-del-

pet-2561181.htm

Nuevos materiales para mampuestos con plásticos reciclados, [versión Electrónica]. Recuperada 18 de Enero 2014,

http://www.ceve.org.ar/ttplasticos.html

Organismo Nacional De Normalización Y Certificación De La Construcción Y Edificación, S.C. , Ficha Técnica “NMX-

C-404-onncce-2005. [versión electrónica]. Versión 2009. http://net.imcyc.com/biblio/fichas/pdf/NMX-C-404-

ONNCCE-2005.pdf

Page 33: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

EFEITO DO TIPO DE BEBEDOURO NA PRODUÇÃO DE DEJETOS, E NOS CUSTOS

ASSOCIADOS À SUA ESTOCAGEM, NA SUINOCULTURA

THE EFFECT OF THE DRINKER TYPE AT MANURE PRODUCTION, AND COSTS

ASSOCIATED FOR THEIR STORAGE, IN PIG PRODUCTION

Jorge Manuel Rodrigues Tavares 1*

Paulo Belli Filho 1

Arlei Coldebella 2

Paulo Armando Victória de Oliveira 2

Abstract This study aimed the determination of water disappearance and manure production at 15 commercial

growing/finishing pig farms in Brazil. Developed between April and December 2011, this study monitored a 6928

pigs, were it was measured the water disappearance (water intake + waste) and the manure production using 3 types

of drinkers, and considering 2 housing periods; subsequently, it was established the impact of the drinker in the costs

associated for the manure storage, and it was determined the physic-chemical characteristics of the manure

produced. To fulfill the aims, 55 water meters and 15 fiberglass tanks were installed at pig production farms. The

water consumption and manure production for the housing periods evaluated (10 and 15 weeks) were 7.13 and 7.62

L·pig-1

·d-1

; 4.20 and 4.58 L·pig-1

·d-1

, respectively. Although the water disappearance averages haven’t shown

differences between drinkers, the averages obtained for manure production exhibited significant differences between

the bite-ball nipple and the other drinkers. The farms with conventional nipple installed were those who presented

the lower averages for water disappearance (6.84±0.45 L·pig-1

·d-1

) and hence for manure production (4.15±0.21

L·pig-1

·d-1

) considering the housing period of 15 weeks. The analysis of physic-chemical variables showed high

heterogeneity, with increasing trends for average concentrations according to housing periods. Comparing two pig

farms with 300 animals and 15 weeks housing (bite-ball nipple and conventional nipple drinkers, respectively) it was

observed that the pig farms with conventional nipples decreases the storage costs around R$2430.00 per production

cycle.

Key Words: Drinker type, manure production, pig farms, storage costs, water disappearance.

1 Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina.

2 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Suínos e Aves.

*Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Reitor João David Ferreira

Lima, Caixa Postal 476 – Bairro Trindade - Florianópolis - Santa Catarina - Brasil - CEP 88040-970 – Tel.:+55(48)3721-7743.

[email protected]

Page 34: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumo

Esta pesquisa visou determinar o consumo de água e a produção de dejetos em 15 granjas comerciais de suínos na

fase de crescimento/terminação, no Brasil. Desenvolvida entre abril a dezembro de 2011, a pesquisa monitorou um

total de 6928 suínos, onde se mediu o consumo de água (ingestão animal + desperdício) e a produção de dejetos em

função de três tipos de bebedouros (chupeta bite-ball, chupeta convencional e taça/concha horizontal) e do tempo de

alojamento dos animais (10 e 15 semanas); posteriormente, estabeleceu-se o impacto do equipamento nos custos

associados à sua estocagem e, caracterizando-se paralelamente, a qualidade dos dejetos produzidos. Para o

cumprimento dos objetivos, instalaram-se nas granjas um total 55 hidrômetros (um em cada linha de água que

abastecia o edifício de produção) e 15 caixas de fibra de vidro de 5.0 m3; amostras pontuais de dejetos foram

coletadas semanalmente nas 15 granjas monitoradas. O consumo de água e a produção de dejeto, em função do

tempo de alojamento (10 e 15 semanas) foram 7.13 e 7.62 L·suíno-1

·d-1

e 4.20 e 4.58 L·suíno-1

·d-1

, respectivamente.

Embora as médias do consumo de água não tenham apresentado diferenças entre os bebedouros, as médias obtidas

para a produção de dejetos exibiram diferenças significativas entre o bebedouro chupeta bite-ball e os demais

avaliados. As granjas com bebedouro chupeta convencional, alojamento de 15 semanas, apresentaram os valores

médios mais baixos para o consumo de água (6.84±0.45 L·suíno-1

·d-1

) e, consequentemente, para a produção de

dejetos (4.15±0.21 L·suíno-1

·d-1

). As variáveis físico-químicas analisadas mostraram elevada heterogeneidade,

apresentando tendências crescentes nas concentrações determinadas em função do tempo de alojamento. Ao

comparar duas granjas com 300 suínos, ciclo de alojamento de 15 semanas e, com chupeta bite-ball e chupeta

convencional, respectivamente, observa-se que aquela que apresenta chupeta convencional instalada, pode reduzir os

custos associados à estocagem dos dejetos, em R$2430.00 por ciclo de produção.

Palavras-chave: Consumo de água, custo de estocagem, produção de dejeto, suinocultura, tipo de bebedouro.

Introdução

As reservas e a qualidade da água disponível para a dessedentação dos suínos vêm-se apresentando como tema

central de estudo e análise no decorrer dos últimos anos. A crescente degradação e consequente aumento da poluição

nos recursos naturais têm pressionado o meio acadêmico e científico, a realizar diversas pesquisas sobre as possíveis

causas e efeitos da produção agropecuária no ambiente. O elevado consumo de água e a crescente demanda em

regiões de produção pecuária intensiva vêm reduzindo a qualidade e a disponibilidade das reservas naturais de água

(fontes superficiais e subterrâneas) que suprem as necessidades primárias dos animais (Oliveira, 2002a). A

intensificação dos sistemas de produção de animais confinados (SPAC) associada aos constrangimentos ambientais

implícitos pela redução drástica das reservas de água disponível tem levado a um incremento na pressão da utilização

da água como insumo na produção (Ferreira et al., 2007; Lana, 2009). Atualmente, a água é considerada um recurso

natural finito, essencial para a vida dos organismos vivos e o principal nutriente para os animais. Apesar de ser um

dos principais fatores na produção suína, no planejamento dos sistemas de produção, a água enquanto nutriente tem

acabado muitas vezes por ser negligenciada (Oliveira, 2004). O uso eficiente deste insumo tornou-se obrigatório na

agropecuária, e especificamente, na produção suína. Deste modo, enquanto recurso natural, a sua qualidade é afetada

em caso de má gestão tornando-se um bem cada vez mais escasso e essencial no futuro, podendo mesmo

comprometendo a sustentabilidade da própria atividade (Ferreira et al., 2007).

A produção suinícola no Brasil desenvolveu modelos produtivos em sistemas intensivos, cujo manejo diário

associado à limpeza das granjas resulta na geração de elevados volumes de dejetos, gerando problemas nas etapas

necessárias ao seu manejo: produção; coleta; armazenamento; tratamento; distribuição e utilização (Perdomo, 1999,

Oliveira, 2002a). Consequentemente, quando lançados de modo inadequado no meio receptor natural (água e/ou

solo), os dejetos agravam o problema ambiental devido ao seu elevado impacto poluente (Diesel et al., 2002;

Tavares, 2008). Os dejetos produzidos diariamente são armazenados em canaletas externas ao edifício de alojamento

ou em valas localizadas nas baias coletivas, em posição inferior aos suínos, sendo posteriormente conduzidos por

gravidade para as esterqueiras ou biodigestores tipo lagoa coberta (Belli Filho et al., 2001; Oliveira, 2004; Kunz et

al., 2009). O desperdício de ração e água inerente aos equipamentos de produção instalados nas granjas, em conjunto

com o volume excessivo de água gasto nos programas de limpeza e desinfeção (PLD), faz dos dejetos produzidos

Page 35: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

uma importante fonte de poluição, principalmente quando o manejo e o destino final são realizados incorretamente

(Tavares, 2012). A quantidade e a qualidade dos dejetos produzidos nas granjas estão associadas ao manejo diário do

produtor, em que o volume e as características físicas, químicas e biológicas dependem de inúmeros fatores, tais

como: tipo de edificação, fase fisiológica do ciclo de produção, tipo de bebedouro (consumo e desperdício

associado), PLD (uso ou não de lâmina de água), desvio das águas pluviais, ração (tipo de ração, composição e

comedouro), suínos (número, genética, peso vivo e idade), condições ambientais (temperatura e umidade relativa do

ar) e sistema de armazenamento/tratamento dos dejetos (Oliveira, 1993, 2002a; Dartora et al., 1998; Diesel et al.,

2002; Ferreira et al., 2006, 2007; Gomes et al., 2009; Babot et al., 2011).

Segundo a Instrução Normativa 11 – IN11 da Fundação do Meio Ambiente do estado de Santa Catarina (FATMA),

os dejetos devem ser armazenados por um período mínimo de 120 dias (para decomposição de material carbonáceo,

transformação de compostos nitrogenados, adsorção do fósforo e redução dos microrganismos patogênicos) sendo

posteriormente aplicados no solo como fertilizante orgânico, em volume máximo 50.0 m³·ha-1

·ano-1

. No

licenciamento de estruturas de estocagem este órgão utiliza como referência o valor de 7.0 L suíno-1

·d-1

na fase

fisiológica de crescimento-terminação na cadeia de produção de suínos. No entanto, este valor mostra-se defasado da

realidade, elevando o custo de estocagem por m3 de dejeto entre R$65.00 e R$33.00 para unidades variando de 300 a

2000 suínos, respectivamente.

Esta pesquisa teve como objetivo geral determinar o consumo de água e consequente produção de dejetos em 15

granjas comerciais de suínos, na fase fisiológica de crescimento/terminação em Santa Catarina. Como objetivos

específicos: a) avaliar e comparar os resultados obtidos em função de três tipos de bebedouros para a dessedentação

animal [chupeta bite-ball (BB), chupeta convencional (CH) e taça/concha horizontal (BO)] e do tempo de alojamento

dos suínos (10 e 15 semanas); b) avaliar a característica físico-química dos dejetos produzidos, independentemente

do tipo de bebedouro instalado; e c) estabelecer o impacto do bebedouro na redução do volume de dejetos e custos

associados à construção das estruturas de estocagem.

Metodologia

O experimento foi desenvolvido em 15 granjas comerciais de suínos na fase fisiológica de crescimento/terminação,

considerando-se dois períodos de alojamento (10 e 15 semanas). Foram monitorados, no total, 17 ciclos de produção

(6928 suínos), no período entre abril e dezembro de 2011 (Estado de Santa Catarina, Brasil). As médias semanais do

consumo de água e produção de dejeto foram determinadas e analisadas utilizando o PROC MIXED para medidas

repetidas do Statistical Analysis System© (SAS Inst. Inc., Cary, NC), considerando o efeito de tipo de bebedouro, a

época, o tempo de alojamento dos suínos (como medida repetida), a interação desses fatores e 16 tipos de matrizes

(estrutura de variância e covariância) (XAVIER, 2000). A estrutura das matrizes usadas na análise foi escolhida com

base no menor valor do Critério de Informação de Akaike (AIC). O método de estimação usado foi o de máxima

verossimilhança restrita. O desdobramento da análise para o efeito de tipo de equipamento foi realizado através do

teste t, sempre que o teste F foi significativo a 5%. Toda a análise estatística foi realizada para dois tempos de

alojamento (10 e 15 semanas). Todos os dados obtidos no decorrer da pesquisa foram sujeitos a uma análise

estatística descritiva.

A medição do consumo de água foi realizada do dia de alojamento dos suínos até à sua saída para o frigorífico.

Nesta, foi considerada a água ingerida e desperdiçada (consumo animal) e outros gastos associados à produção

(umedecimento da ração, nebulização e limpeza de equipamentos e instalações). As granjas possuíam um dos três

bebedouros em avaliação (BB, CH e BO – cinco granjas para cada tipo). Para a determinação do consumo de água

foram instalados 55 hidrômetros no total (Unimag Cyble PN 10, ITRÓN Inc., Liberty Lake, Washington), um em

cada linha de água que abastecia os edifícios de produção, para os itens enumerados anteriormente. As leituras dos

hidrômetros em cada granja foram realizadas e registradas pelos produtores, em intervalos de 24 horas, sendo

posteriormente coletadas pela equipe de campo, para análise e correção/eliminação de erros.

A produção total de dejetos foi medida em caixas de fibra de vidro com volume total de 5.0 m3 [Fibratec PRFV 819

(diâmetro menor: 1.70 m; diâmetro maior: 2.13 m; altura: 1.76 m) e Fortlev (diâmetro menor: 1.86 m; diâmetro

Page 36: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

maior: 2.21 m; altura: 1.64 m), Araquari, SC, Brasil], instaladas entre o edifício de alojamento e o sistema de

armazenamento/tratamento de cada granja de suínos (esterqueira e/ou digestor). Os dejetos produzidos e

armazenados nas canaletas localizadas no exterior do edifício foram transferidos diariamente para as caixas de fibra

de vidro por gravidade. A determinação do volume de dejetos foi realizada diariamente pelo produtor (período de 24

horas), através da medição da altura da lâmina de água do dejeto armazenado no interior das caixas.

A Figura 1 exibe o procedimento diário de leitura da altura dos dejetos por parte do produtor.

Figura 1. Procedimento de leitura da altura da lâmina de água nos dejetos produzidos.

Os dejetos produzidos foram amostrados pontualmente, todas as semanas, pela equipe de campo durante as visitas

semanais às granjas de suínos, segundo o cronograma de atividades proposto. Posteriormente, as amostras semanais

coletadas nas 15 granjas selecionadas foram analisadas, do ponto de vista físico-químico, pelos técnicos laboratoriais

da Embrapa Suínos e Aves, em Concórdia. A amostragem em cada granja foi realizada após a seleção dos locais nas

canaletas para a coleta das alíquotas. Inicialmente procedeu-se a uma homogeneização dos dejetos armazenados nas

canaletas sendo retirada uma alíquota de cada canaleta para um recipiente com volume total de 20 litros.

Posteriormente, após nova mistura dos dejetos, transferiu-se uma amostra de um litro para frasco de plástico

específico. Após o seu condicionamento em caixa térmica de isopor com gelo, as amostras foram encaminhadas para

análise laboratorial. O número total de amostras coletadas nas granjas dependeu do tempo de alojamento dos suínos.

A primeira semana de coleta tenha sido desconsidera em todas as granjas por dificuldade no planejamento de

amostragem com o produtor devido ao dia de entrada dos suínos. As variáveis analisadas segundo o Standard

Methods foram: pH; sólidos (totais, fixos e voláteis); demanda química de oxigênio (DQO); nitrogênio total (NTK) e

nitrogênio amoniacal (N-NH4+); fósforo (P); potássio (K); cobre (Cu) e zinco (Zn).

Resultados

A Tabela 1 apresenta os resultados para o consumo de água e produção de dejetos dos suínos, independentemente do

tipo de bebedouro instalado e em função do tempo de alojamento dos animais nas granjas.

Tabela 1. Médias para o consumo de água e produção de dejetos em função do tempo de alojamento dos suínos.

n Média σ Mínimo Máximo

(L·suíno-1

·d-1

)

Consumo de Água

10 semanas 16 7.13 0.99 5.74 9.30

15 semanas 12 7.62 1.15 5.94 9.66

Produção de Dejeto

10 semanas 17 4.20 0.72 3.13 5.60

15 semanas 12 4.58 0.82 3.52 6.24

n – número de ciclos de produção; σ – desvio padrão.

Page 37: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

Independentemente do tipo de bebedouro, o consumo médio de água dos suínos nas granjas mostrou-se, na sua

maioria, superior quando comparado com resultados de pesquisas realizadas em sala com ambiente controlado,

(Brumm et al., 2000; Li et al., 2005; Vermeer et al., 2009); em relação a granjas comerciais, os resultados exibiram-

se inferiores e/ou similares (Nagae et al., 2005; Ferreira et al., 2006, 2007; Gomes et al., 2009). O manejo diário do

produtor, o tipo de bebedouro e sua gestão (localização, ângulo; altura; número e vazão), o aumento do peso vivo dos

suínos e as condições ambientais internas e externas ao edifício de produção são alguns fatores que podem explicar

os resultados determinados em função do tempo de alojamento (Nienaber e Hahn, 1984; Brumm et al., 2000;

Oliveira, 2002a; Li et al., 2005; Babot et al., 2011).

A produção média de dejetos, independentemente do tipo de bebedouro instalado na granja, apresentou-se inferior

em comparação com a maioria das pesquisas publicadas para o Brasil (Oliveira, 1993, 2002b; Nagae et al., 2005;

Gomes et al., 2009); em relação às pesquisas realizadas no exterior, os resultados mostraram-se superiores, mas

coerentes (Brumm et al., 2000; Ferreira et al., 2006, 2007; Babot et al., 2011). Observando a evolução da produção

dos dejetos em função do tempo de alojamento dos suínos é possível verificar que exibe uma tendência semelhante

ao consumo de água dos animais e respetivo peso vivo (Oliveira, 1993, 2002b; Babot et al., 2011). O aumento dos

beirais nos telhados, o desvio das águas pluviais, a melhoria do manejo dos bebedouros associada à redução do seu

desperdício, bem como novas dietas e PLD são alguns fatores que evidenciam a redução do volume de dejetos

produzidos e, paralelamente, a sua variação ao longo do tempo de alojamento (Oliveira, 2002b; Ferreira et al., 2007;

Gomes et al., 2009; Babot et al., 2011).

A Tabela 2 exibe os valores do consumo médio de água e produção de dejetos dos suínos em função do tipo de

bebedouro e do tempo de alojamento. O número de ciclos de produção monitorados (n) variou por bebedouro e

tempo de alojamento considerado.

Tabela 2. Médias do consumo de água e produção de dejetos em função do tipo de bebedouro instalado na granja e

do tempo de alojamento dos suínos.

BB CH BO

Prob>F (L·suíno

-1·d

-1)

Consumo de Água

10 semanas1 7,71±0,61 6,43±0,70 7,14±0,67 0,394

15 semanas2 8,23±0,42 6,84±0,45 8,16±0,45 0,076

Produção de Dejeto

10 semanas3 4,80±0,19 a 3,88±0,22 b 3,68±0,22 b 0,003

15 semanas2 5,35±0,20 a 4,15±0,21 b 4,26±0,22 b 0,001

Médias seguidas de letras distintas na linha diferem significativamente pelo teste t (P≤0,05). 1 BB (n=6); CH (n=5); BO (n=5); 2 BB (n=6); CH (n=5); BO (n=5); 1 BB (n=7); CH (n=5); BO (n=5).

No período do experimento (abril a dezembro de 2011), as médias do consumo de água não apresentaram diferenças

significativas entre as granjas com os diferentes bebedouros instalados para o teste F com P≤0,05. Estes resultados

contrastaram dos observados em outras pesquisas, que indicaram o tipo de bebedouro como o principal motivo para a

variação no consumo de água dos suínos na fase de crescimento/terminação (Brumm et al., 2000; Oliveira, 2002a;

Babot et al., 2011). Dentre os bebedouros avaliados, o tipo CH apresentou os menores consumos de água,

apresentando ao final do tempo de alojamento, uma redução diária de aproximadamente 20% face aos demais (BB e

BO). Embora estes valores sejam coerentes com pesquisas já realizadas no Estado de Santa Catarina, quando

comparados com outros valores apresentados na literatura específica observa-se a sua discordância (Gill e Barber,

1990; Brooks, 1994; Brumm et al., 2000; Li et al., 2005; Ferreira et al., 2007; Babot et al., 2011). Os consumos

médios de água do bebedouro tipo CH apresentaram-se inferiores aos valores indicados por Gomes et al. (2009), no

entanto, superiores aos resultados obtidos em diversas pesquisas em sala com ambiente controlado (Brumm et al.,

2000; Li et al., 2005; Vermeer et al., 2009). Em relação ao bebedouro BO, os resultados exibiram-se superiores aos

Page 38: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

apresentados por Palhares, Gava e Lima (2009). Pesquisas realizadas em ambiente controlado mostraram médias

inferiores para o consumo de água, variando de 25 a 55% (Brumm et al., 2000); em granjas comerciais de suínos na

fase de crescimento/terminação a o consumo foi aproximadamente 25% menor (Ferreira et al., 2006, 2007). Convém

referir que suínos com a mesma genética, quando sujeitos a condições ambientais e dietas alimentares similares

deveriam apresentar consumos médios de água próximos. Na ausência desse resultado, pode-se afirmar que as

diferenças observadas se devem ao desperdício do bebedouro associado ao seu manejo inadequado por parte do

produtor suinícola.

A produção média de dejetos apresentou para os tempos de alojamento considerados diferenças significativas entre

as granjas com bebedouro BB e as demais (CH e BO), para o teste com P≤0,05. Com exceção ao tempo de 10

semanas de alojamento, o resultado das granjas com bebedouro CH exibiu o menor volume de dejetos gerado. Em

oposição, as granjas com bebedouro BB mostraram os resultados mais elevados. Em relação ao bebedouro BO, as

médias apresentaram-se baixas quando comparadas e relacionadas com os resultados do bebedouro BB (razão entre a

produção de dejetos e o consumo de água). Da observação da Tabela 1 e Tabela 2, pode-se verificar que para um

consumo de água similar nas granjas com BB e BO, o volume de dejetos nas últimas foram inferiores (~25%). Os

resultados obtidos para o bebedouro BO contrariam, no entanto, as afirmações de alguns autores que indicam o tipo

de equipamento e respectivo consumo de água como o principal fator de variação do dejeto gerado (Oliveira, 2002a;

Babot et al., 2011). Abordando os resultados de modo mais específico, as granjas com bebedouro CH apresentaram

médias de dejetos produzidos similares e/ou inferiores às registradas em algumas pesquisas, tanto em salas com

ambiente controlado como em granjas comerciais de suínos (Brumm et al., 2000; Ferreira et al., 2006, 2007; Gomes

et al., 2009; Babot et al., 2011). Uma pesquisa desenvolvida em Espanha mostrou que para este tipo de bebedouro

observava-se uma redução de 4 a 12% no volume de dejetos produzidos. Em relação ao bebedouro BO, os resultados

obtidos neste experimento apresentaram valores inferiores comparados com outras pesquisas realizadas (Ferreira et

al., 2006, 2007; Babot et al., 2011).

A Tabela 3 exibe os valores médios obtidos, para as variáveis físico-químicas avaliadas, nas 15 granjas na fase

fisiológica de crescimento/terminação, considerando 15 semanas de alojamento dos suínos. Devido às dificuldades

de amostragem do dejeto na primeira semana de alojamento, estas amostras foram desconsideras.

Tabela 3. Caracterização físico-química dos dejetos, considerando 15 semanas de alojamento dos suínos.

Variável Unidade Média σ Mínimo Máximo

pH 7,80 0,33 7,26 8,21

ST (g·L-1

) 60,52 14,72 37,47 91,82

SV (g·L-1

) 45,73 11,73 27,93 71,54

DQO (g O2·L-1

) 79,60 14,92 59,70 111,27

NTK (g·L-1

) 5,69 0,98 4,37 7,22

N-NH4+ (g·L

-1) 3,48 0,56 2,76 4,50

P (g·L-1

) 1,19 0,29 0,80 1,84

Cu (mg·L-1

) 29,93 10,23 10,89 43,60

Zn (mg·L-1

) 56,77 12,48 44,79 89,94

σ – desvio padrão.

Os valores das variáveis determinadas, independentemente do tipo de bebedouro, mostraram-se, em geral, superiores

aos apresentados em outras pesquisas (Bonett e Monticelli, 1998; Gomes et al., 2009). No entanto, existem

resultados presentes na literatura que se apresentam concordantes, mas também superiores às concentrações

determinadas (Ferreira et al., 2006; Babot et al., 2011). A maioria das variáveis determinadas exibiu elevado desvio

padrão, ressaltando a variação observada e a heterogeneidade dos dejetos produzidos (Babot et al., 2011). A

concentração de sólidos e da DQO são dos principais indicadores da poluição que pode ser provocada pelos dejetos.

Page 39: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

Tais valores apresentam, em geral, correlações diretas com os teores de material orgânico e dos principais nutrientes.

A determinação da concentração média de NTK e P presente nos dejetos é fundamental para o seu correto manejo na

granja, tendo em vista, tanto na valorização agronômica como o risco potencial de poluição e eutrofização dos

mananciais de água (Oliveira, 2004). Em geral, observou-se que 60% do NTK presente nos dejetos se apresentava na

forma de N-NH4+, tal como esperado para efluentes frescos de suínos. A Figura 2 apresenta os custos evitados na

construção das estruturas de armazenamento, considerando a diferença do valor de referência da FATMA e a

produção de dejetos determinada para cada tipo de bebedouro (15 semanas).

Figura 2. Custos evitados na construção das estruturas de armazenamento.

Os resultados obtidos exibem que comparando dois produtores suinícolas em ciclo de 15 semanas, ambos com 300

suínos, mas diferentes bebedouros (por exemplo, BB e CH, respectivamente), aquele que instalou equipamento CH

poderá, obter no final do lote de animais, um custo evitado de aproximadamente R$2000.00. No mesmo cenário, mas

com rebanho de 1500 suínos, o custo evitado ao final do lote poderá atingir os R$5700.00, o que demonstra a

importância do uso eficiente da água em granjas de suínos com vista à redução da produção de dejetos.

Conclusões

O consumo de água dos suínos (água ingerida + desperdício) e consequente produção de dejetos apresentaram uma

tendência crescente em função do tempo de alojamento. Independentemente do bebedouro, as médias do consumo de

água e do volume de dejetos foram 7.13 e 7.62 L·suíno-1

·d-1

e 4.20 e 4.58 L·suíno-1

·d-1

, respectivamente.

As médias do consumo de água não apresentaram diferenças significativas em função dos tempos de alojamento

monitorados para os bebedouros avaliados. Os bebedouros tipo chupeta apresentaram os consumos de água mais

baixos (6.43±0.67 e 6.84±0.45 L·suíno-1

·d-1

), exibindo diferenças de ~17% para 15 semanas de alojamento.

As médias de dejeto produzido apresentaram diferenças significativas nas granjas com bebedouros chupeta bite-ball

e as granjas com chupeta convencional e taça/concha horizontal. Embora em 10 semanas de alojamento as granjas

com bebedouro taça/concha tenham apresentado os valores mais baixos, no alojamento de 15 semanas as granjas

com chupeta exibiram as médias de produção mais baixas (4.15±0.21 L·suíno-1

·d-1

). As variáveis físico-químicas

analisadas mostraram elevada heterogeneidade, apresentando tendências crescentes nas concentrações médias

determinadas em função do tempo de alojamento.

Não obstante a evolução científica, técnica e tecnológica observada na suinocultura, os resultados obtidos para o

consumo de água e produção de dejetos persiste na necessidade de um rigoroso controlo ambiental por parte dos

produtores, técnicos e entidades associadas à produção. O cuidado na escolha do equipamento e o seu manejo

adequado pode diminuir significativamente o volume de dejetos produzidos e consequentemente os custos de

construção inerentes às estruturas de estocagem.

Page 40: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

8

Agradecimentos

O desenvolvimento desta pesquisa contou com o apoio e a participação das seguintes entidades: Brasil Foods

(BRF), Associação das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (AINCADESC/SINDICARNE_SC),

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Suínos e Aves (EMBRAPA) e do Programa de Pós-Graduação em

Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEA/UFSC).

Referências Bibliográficas

Babot D.G., Hermida B., Balcells J., Calvet S. e Álvarez-Rodríguez J. (2011). Farm technological innovations on swine manure in

Southern Europe, Revista Brasileira de Zootecnia [suplemento especial], 40, 334-343.

Belli Filho P., Castilhos Jr. A.B., Costa R.H.R, Soares, S.R. e Perdomo C.C. (2001). Tecnologias para o tratamento de dejetos

suínos, Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, Campina Grande – PB, 5(1), 166-170.

Bonett L.P. e Monticelli C.J. (Ed.) (1998). Suínos: o produtor pergunta, a Embrapa responde. (Coleção 500 Perguntas 500

Respostas) 2. ed. Brasília: Embrapa-SPI; Concórdia: Embrapa Suínos e Aves. 243 pp.

Brooks P.H. (1994). Water: forgotten nutrient and novel delivery system. Lyons P. e Jacques K.A. (Eds), Biotechnology in the

feed industry, Proc. of Alltech’s Tenth Ann. Symp. Nottingham Press, Loughborough, UK, 211–234.

Brumm M., Dahlquist J. e Heemstra J. (2000). Impact of feeders and drinker devices on pig performance, water use and manure

volume, Swine Health and Production, 8(2), 51-57.

Diesel R., Miranda C.R., Perdomo, C.C. (2002). Coletânea de tecnologias sobre dejetos suínos, Boletim informativo de pesquisa

e extensão, 14. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves e Emater/RS. 30 pp.

Ferreira L., Tavares J., Almeida R. e Duarte E. (2006). Determinação das emissões (para o ar e para a água) no sector da

suinicultura nacional. Disponível em: <http://www.apambiente.pt/_zdata/Instrumentos/PRTR/Relatorio%20Unico

/Formulario%20PRTR/IA_Relatrio%20final_2006_final_V1.pdf>. Acesso em: dez. 2006.

Ferreira L., Duarte E., Tavares J. e Almeida R. (2007). A importância da gestão integrada da água: novos desafios para a gestão

ambiental no sector suinícola em Anais do I Congreso Iberico, y IX Congreso Nacional De Agroingeniería, 4 a 6 de

setembro, Albacete, Espanha. 104-106.

Gill B.P. e Barber J. (1990). Water delivery systems for growing pigs. Farm Building Progress. 102, 19-22.

Gomes S.D., Nagae R.Y., Zenatti D.C., Fazolo A. e Gomes B.M. (2009). Efeito do manejo da lâmina d’água na minimização do

volume de efluentes gerados na produção de suínos, Irriga: Brazilian Journal of Irrigation and Drainage, Botucatu,

14(2), 233-242.

Kunz A., Miele M. e Steinmetz R. (2009). Advanced swine manure treatment and utilization in Brazil, Bioresource Technology,

100, 5485-5489.

Lana R. (2009). Uso racional de recursos naturais não-renováveis: aspectos biológicos, econômicos e ambientais, Revista

Brasileira de Zootecnia [suplemento especial], 38, 330-340.

Li Y.Z., Chénard L., Lemay S.P. e Gonyou H.W. (2005). Water intake and wastage at nipple drinkers by growing-finishing pigs,

Journal of Animal Science, 83(6), 1413-1422.

Nagae R.Y., Damasceno S, Richard A. (2005). Caracterização do dejeto de suínos em crescimento e terminação criados no

sistema de lâmina d’água submetido a dois manejos de higienização em Anais do XXIII Congresso Brasileiro de

Engenharia Sanitária e Ambiental, Campo Grande, 1-6.

Nienaber J.A. e Hahn G.L. (1984). Effects of water flow restriction and environmental factors on performance of nursery-age

pigs, Journal of Animal Science, 59, 1423-1429.

Oliveira P.A.V. (Coord.) (1993). Manual de manejo e utilização dos dejetos de suínos. Documento, 27. Concórdia: Embrapa

Suínos e Aves. 188 pp.

Oliveira P.A.V. (2002a). Uso racional da água na suinocultura. Curso de capacitação em práticas ambientais sustentáveis:

treinamento 2002. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 63-71.

Oliveira P.A.V. (2002b). Produção e manejo de dejetos suínos.. Curso de capacitação em práticas ambientais sustentáveis:

treinamento 2002. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 72-90.

Oliveira P.A.V. (2004). Tecnologias para o manejo de resíduos na produção de suínos: manual de boas práticas. PNMA II –

Programa Nacional do Meio Ambiente, Concórdia: Embrapa Suínos e Aves. 109 pp.

Perdomo C.C. (1999). Sugestões para o manejo, tratamento e utilização de dejetos suínos Instrução técnica para o suinocultor.

Concórdia: Embrapa Suínos e Aves. 2 pp.

Tavares J.M.R. (2008). Estudo da eficiência do processo de separação sólido-líquido de chorumes de origem suinícola. Relatório

Final (Graduação) – Curso de Engenharia Zootécnica, ISA, Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa, 50 pp.

Tavares J.M.R. (2012). Consumo de água e produção de dejetos na suinocultura. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Ambiental, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 230 pp.

Vermeer H., Kuijken N. e Spoolder H. (2009). Motivation for additional water use of growing-finishing pigs, Livestock Science,

124, 112-118.

Page 41: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

OTIMIZAÇÃO DE APLICAÇÃO ROBOTIZADA EM UMA INDÚSTRIA

AUTOMOBILÍSTICA NO SUL DO BRASIL

OPTIMIZATION OF ROBOT APPLICATION IN AUTOMOBILE INDUSTRY

IN SOUTH BRAZIL

Leandro Wiemes 1*

Edilson Antonio Catapan 2

Robson Lazzarotto e Silva 2

Abstract The manufacturing processes have become increasingly optimized day by day. To make this possible, several actions

can be performed both from a technical and operational nature. The main applications of the technical realization of

kaizen are the most widespread. In this sense, improvement opportunities arise almost all the time and on

observations from operations by equipment and / or machinery, occur the development of ideas that minimize or

optimize the performance of one or more trajectories performed by robots. The main objective of this paper is to

apply the kaizen methodology in the production line to reduce the consumption of chemicals (sealing compound

applied to the vehicle), reducing losses occurring by excess product applied by robots that are arranged on the floor.

As a consequence of the work, reduce the amount of waste sent to coprocessor, in addition to shorten the robot

operating cycle, which facilitates the transfer of complex manual operations that are difficult to perform by the

operator, for robotic operation.

KeyWords: Optimization, continuous improvement, kaizen, environmental.

1 IEL – Instituto Euvaldo Lodi PR / Faculdades da Indústria e UFPR – Universidade Federal do Paraná. 2 IEL – Instituto Euvaldo Lodi PR / Faculdades da Indústria;

* Autor Responsável: Departamento: Cursos de Administração e Tecnológicos, IEL – Instituto Euvaldo Lodi – Faculdades da

Indústria, Av. Rui Barbosa, 5881 - Afonso Pena, São José dos Pinhais - PR, 83040-550, Brasil, eMail:

[email protected]

Page 42: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumo

Os processos de fabricação tem se tornado cada dia mais otimizados. Para que isso seja possível, várias atuações

podem ser realizadas, tanto de caráter técnico quanto operacional. Dentre as principais aplicações a técnica de

realização de kaizen é a mais difundida. Nesse sentido, oportunidades de melhorias surgem praticamente a todo o

momento e diante de observações de operações realizadas por equipamentos e/ou máquinas, ocorrem o

desenvolvimento de ideias que permitem minimizar ou aperfeiçoar uma ou mais trajetórias realizadas pelos robôs. O

objetivo principal deste trabalho é aplicar a metodologia do kaizen na linha de produção para diminuir o consumo de

produtos químicos (massa de vedação aplicada no veículo), reduzindo as perdas que ocorrem por excesso de produto

aplicado por robôs, e que ficam dispostos no chão. Como consequência do trabalho, reduz-se a quantidade de

resíduos enviado para coprocessamento, além de reduzir o tempo de ciclo da operação robotizada, o que facilita a

transferência de operações manuais complexas e de difícil realização pelo operador, para uma operação robotizada.

Palavras chave: Otimização, Melhoria Contínua, kaizen, Meio Ambiente

Introdução

A busca pela otimização dos processos industriais é uma constante para o gerenciamento e organização da produção.

Essa busca incessante por menores tempos de fabricação, utilização racional de recursos (sejam eles humanos,

fluídos ou mecânicos) e redução das perdas de material e/ou erros operacionais, traduz-se no desenvolvimento de

técnicas cada vez mais apuradas de controle, entre as quais pode ser citada a técnica kaizen. Tal técnica apresenta

excelentes resultados, sendo bem difundida e muito bem aceita no meio industrial. Pode-se dizer que as

oportunidades de melhoria estão latentes, esperando serem descobertas e, através da simples observações

sistemáticas de operações realizadas por pessoas e/ou máquinas, é possível identificar o surgimento e o

desenvolvimento de ideias que permitem proporcionar ganhos significativos em todo o processo produtivo.

Contextualizando sobre o processo de operação, a aplicação de material a base de PVC é realizada por sistema

automático (robô) que realiza as operações conforme estabelecido na sua trajetória. As operações consistem na

deposição de massa de vedação entre a junção de chapas, que irá desempenhar a função de estanqueidade, evitando

assim a entrada de ar, poeira e água no interior do habitáculo do veículo. O processo está submetido a algumas

variáveis, as quais podem ser controladas/monitoradas em função dos dispositivos disponíveis na versão a qual o

robô foi adquirido, como por exemplo, a temperatura do produto, a pressão de aplicação de produto, a distância de

aplicação do produto em relação a junção de chapa, entre outros.

As operações de aplicação de massa vedante devem contemplar as necessidades estabelecidas na concepção do

veículo e devem representar o justo necessário, de forma a garantir as funções as quais foram solicitadas, mas

também respeitar outras condições que são essenciais ao processo de fabricação. Portanto, algumas condições devem

ser observadas no dia a dia do processo de fabricação, e que serão discutidas mais adiante no trabalho.

Este artigo descreve a realização de uma atividade de otimização de uma automação industrial realizada em uma

linha de robôs, os quais foram programados com uma trajetória realizada em uma única carroçaria e em condições de

funcionamento que não representavam o cotidiano da linha de operação. Como a trajetória dos robôs foi construída

com base em uma carroceria, e normalmente a linha de produção ainda não está à plena cadência de funcionamento,

existe a possibilidade de identificação de situações que permitem minimizar o consumo do material. Contudo, essa

constatação não é simples e direta e depende de uma análise detalhada da trajetória que foi feita para a linha de

produção em análise.

A linha de fabricação em que a atividade foi concentrada apresenta ao total dez robôs que realizam diferentes

aplicações de material selante a base de PVC em três modelos de veículos.

Uma ferramenta muito utilizada no dia a dia das indústrias é o kaizen, que consiste no processo de aprimoramento

contínuo, ou na busca de melhorias pela inovação dos processos produtivos, dos métodos, dos produtos, das regras e

dos procedimentos. Assim sendo, o kaizen procura eliminar todos os problemas de uma organização através da

Page 43: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

identificação dos potenciais de melhoria, o que é possibilitado pela participação de todos os colaboradores na

resolução dos problemas (COSTA JUNIOR, 2008).

Barbieri (2007) apresenta que o uso sustentável de recursos e o controle da poluição são preocupações básicas. Os

instrumentos típicos para o uso sustentável dos recursos podem ser sintetizados pelas atividades conhecidas como

4Rs: redução da poluição na fonte, reuso, reciclagem e recuperação energética, seguindo essa ordem de prioridade,

Vasconcellos (2005) comenta que a paralisia de paradigma pode conduzir a não ver as oportunidades positivas que se

encontram à nossa volta. Para reconhecê-las e usufruir delas, é necessário ser flexível e disposto a visões diferentes

daquelas a que se está acostumado.

As técnicas de intervenção e de mudança organizacional suaves e contínuas – como a melhoria contínua (kaizen) e a

qualidade total – estão centradas na atividade em grupo das pessoas e visam basicamente à qualidade dos produtos e

serviços dentro de programas de longo prazo, que privilegiam a melhoria gradativa e passo a passo por meio da

intensiva participação e colaboração das pessoas (CHIAVENATO, 2008).

O processo de aplicação de massas vedantes apresenta certas variáveis que, conforme apresenta Paranhos Filho

(2007) atuam de forma isolada ou interagindo em conjunto, e o resultado oriundo desse sistema será eficiente e

preciso, nos termos de suas especificações, desde que cada uma dessas variáveis esteja sob controle.

Em adição, este processo está considerado sob o conceito de cadeia de valor, que reforça o vínculo entre processos e

seu desempenho, e que podem apresentar impactos tanto nos processos internos de uma empresa como também nos

de seus clientes e/ou fornecedores (WIEMES, et al, 2014).

Metodologia

Conforme comenta Barros e Lehfeld (2007) e Cervo et al. (2007), a identificação da oportunidade de trabalho foi

realizada através de observação sistemática, considerando uma análise estruturada e sob condições controladas. Para

a realização do estudo, foi observada e delimitada uma área específica de atuação, mais especificamente o processo

produtivo de de aplicação de dez robôs na linha de aplicação de massa vedante. A observação realizada apresentou

como responsáveis os autores do respectivo trabalho, pois foram considerados aptos para a observação e obtenção

dos dados com imparcialidade, em consonância com o que apresentam Cervo et al. (2007).

No intuito de estabelecer uma metodologia para o desenvolvimento das atividades, foi utilizada uma abordagem

sistemática da análise do processo a qual pode ser apresentada nas seguintes etapas: (1) identificar a oportunidade,

(2) definir o escopo, (3) documentar o processo, (4) avaliar o desempenho, (5) projetar novamente o processo e (6)

implementar as mudanças. Determinar a melhor capacidade de processo com eficaz administração das restrições,

projetar o layout apropriado das atividades do processo e tornar os processos “enxutos” (lean), eliminando atividades

que não agregam valor, e ao mesmo tempo, melhorar as que agregam valor, são decisões vitais na redefinição de

processo. (KRAJEWSKI et al., 2009).

As principais ferramentas aplicadas no desenvolvimento das atividades consistiram da definição de um grupo de

trabalho para avaliar o processo produtivo. A partir desta análise, propor um estudo de caso identificando as

principais situações de melhoria (aplicação da técnica do brainstorming – tempestade de ideias), seguido da

compilação das mesmas em Diagrama de Ishikawa (também conhecida como espinha de peixe). As ações foram

então priorizadas e estabelecido plano de ação, com definição de prazos e responsáveis pela sua execução. Estas

ferramentas, conforme sugere Campos (1992), foram aplicadas no intuito de servir como elementos de apoio na

estruturação e implantação das ações definidas, permitindo o melhor acompanhamento e mensuração dos resultados

obtidos no transcorrer do estudo.

Como etapa final do processo de implantação da melhoria, a padronização do processo é de suma importância, de

modo a assegurar as operações considerando as condições estabelecidas após as modificações. Conforme o

apresentado por Wiemes e Balbinotti (2009), o que se pretende com a padronização dos processos é que as atividades

Page 44: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

a serem realizadas, sejam feitas da melhor forma possível. Pela aplicação da padronização e controlando-a no dia-a-

dia, é possível registrar menores perdas provenientes de retrabalhos e até mesmo sucateamento de componentes e/ou

produtos, contribuindo de maneira significativa para incremento no resultado financeiro da organização.

Materiais e Métodos

O desenvolvimento do trabalho ocorreu pela formação do grupo de trabalho que contou com integrantes das áreas de

Engenharia de Processo, Manutenção, Supervisor de Fabricação e Áreas Suportes (Automação Industrial). No início

da semana 42 de 2013, o grupo de trabalho se reuniu para realizar um brainstorming sobre os principais problemas

identificados no módulo de trabalho de aplicação de massa de vedação, mais especificamente nos robôs de aplicação

do respectivo produto.

A situação problema estava no excesso de material que se depositava no piso após a aplicação de massas vedante

realizada pelos robôs.

Para auxiliar na compreensão dos itens discutidos no grupo de trabalho, segue abaixo na Tabela 1 os principais

elementos que foram obtidos consenso do grupo de trabalho para serem expostos em função das situações que foram

identificadas. Cada uma das ações foi avaliada quanto a sua pertinência e coerência ao tema tratado, e foi realizada

de modo independente, fazendo com que não houvesse sobreposição de atividades, nem de eventuais dados coletados

durante essa fase do projeto.

Resultados

A avaliação da situação existente se deu por meio de observação nos diferentes postos de trabalho do local de estudo

os quais foram devidamente sinalizados. Em seguida foi realizada a mensuração de consumo de massas vedantes que

eram aplicadas por cada veículo. Essa informação foi obtida diretamente no sistema instalado no software do sistema

de monitoramento dos robôs.

Tabela 1. Plano de ação otimização para o processo de aplicação de massas vedantes

O QUE COMO ONDE QUEM QUANDO

Avaliar e mensurar a

situação existente nas

células de produção

robotizadas

Identificar pontos de

acúmulo/falta de massa de

vedação e medir (via painel

geral) o consumo das operações

realizadas em cada robô

Célula de

produção

robotizada

Saulo S42

Mapear os pontos da

carroçaria identificados no

item anterior de modo que

possam ser modificados

Construir um diagrama

representativo de cada veículo e

fazer as anotações nos pontos

críticos, identificando a ação a

ser tomada pontualmente.

Célula de

produção

robotizada

William S43

Realizar as modificações

de trajetórias dos pontos

identificados/mapeados

Identificar as linhas de

programação de cada robô

identificado no mapeamento.

Em cada robô

que for

identificado

necessidade de

modificação

Edson S44

Page 45: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

Validar a proposta de

adequação de trajetórias

de robôs

Fazer a modificação na linha de

programação correspondente e

realizar a aplicação de produto

no veículo.

Em cada robô

que ocorreu

modificação da

trajetória

Edilson S45

Registrar modificação em

livro de ocorrências da

célula de produção, para

informar ação realizada

aos demais robotistas.

Descrever a ação realizada

informando a linha de

programação modificada e o

robô impactado pela

modificação.

Em cada robô

que ocorreu

modificação da

trajetória

Robson S45

Avaliar eventual redução

de consumo em função da

modificação realizada na

trajetória.

Medir (via painel geral) o

consumo das operações

realizadas em cada robô que foi

realizada modificação de

trajetória

Painel de

comando geral

dos robôs

Leandro S46

Fonte: Os autores

No desenvolver da principal ação – Realizar as modificações de trajetórias – foram utilizadas as informações

coletadas anteriormente e com base na definição foram corrigidas as respectivas operações. Em alguns casos, a

aplicação da quantidade de massa vedante foi diminuída, fazendo com que a velocidade de aplicação aumentasse.

Para os casos de falta de cobertura do material na junção de chapas, houve direcionamento dos bicos de injeção, e

para os casos em que também havia a condição de aplicação de massas vedantes em excesso, foi modificada a

inclinação do bico ou aumentada sua distância em relação a carroceria. Tal modificação foi considerada como uma

das mais importantes, pois aplicando-a com sucesso, foi possível obter um ganho considerável, reduzindo-se a

aplicação de massa vedante em até 1 kg de produtos/unidade produzida.

No intuito de obter a validação do processo em relação à adequação de aplicação de massas vedantes, o fluxo

produtivo da área em análise permaneceu por mais 5 dias úteis e seguidos em regime de produção, porém com

atenção redobrada a eventuais situações não previstas nas modificações realizadas.

As modificações realizadas foram todas registradas em livro de ocorrências da célula de trabalho, no intuito de

alertar os demais colaboradores, que atuam com os robôs, sobre os ajustes dos parâmetros de programação.

Por fim, foi realizada a avaliação final que consistiu em mensurar os ganhos obtidos frente aos existentes no início

do projeto. Dessa forma, o resultado obtido foi a redução da ordem de 1 kg de massa vedante por veículo produzido,

o que é considerado como um valor bastante significativo, principalmente se considerado o volume de produção de

50 veículos por hora.

Além do impacto econômico a minimização da geração de resíduos contribui para redução na quantidade de material

enviado para coprocessamento, atribuindo um caráter ambiental para a organização. Dessa forma, o segundo

resultado obtido na realização da atividade foi a redução na frequência de limpeza das células de trabalho

robotizadas, passando de 1 vez por dia para 1 vez a cada 5 dias de produção. Isso permite deslocar o pessoal que

realiza a atividade de limpeza para desempenhar outra atividade, reduzindo a carga de trabalho com esse tipo de

material (classificado como resíduo perigoso). Além disso, a geração de resíduos nessa área de trabalho reduziu

proporcionalmente, contribuindo para a não necessidade de destinação para incineração de aproximadamente 1

tonelada de resíduo por dia, ao custo de aproximadamente R$ 300/t.

Conclusões

Por meio da execução das atividades propostas na realização desse trabalho, foi identificado que as ações devem

ocorrer em conjunto com as principais áreas envolvidas na atividade. Dessa forma há menor possibilidade de

insucesso da atividade programada.

Page 46: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

A assertividade na execução da ação, o comprometimento do pessoal da área fabril e a facilidade de implantação da

modificação, no prazo previsto, também pode ser considerada como elemento importante na realização da atividade.

Os autores do trabalho também consideram que os resultados obtidos foram surpreendentes em termos de quantidade

de material economizado, contribuindo assim para a manutenção da produção com um consumo sustentável.

Também é de significativa importância o fato que a redução nos desperdícios e a limpeza do ambiente de trabalho

proporcionam impactos ambientais que podem ser ditos significativos ao meio ambiente.

Assim sendo, a otimização realizada na célula de robôs da aplicação de massas vedantes permitiu o aumento da

competência dos colaboradores na área de estudo.

Agradecimentos. – Ao SENAI-PR pelo apoio financeiro para divulgação do trabalho realizado e

ao IEL - Faculdades da Indústria.

Referências Bibliográficas

Barros, A. J. S. e Lehfeld, N. A. S. (2007) Fundamentos de metodologia científica, 3ª Edição, São Paulo, Pearson Prentice Hall.

Barbieri, J. C. (2007) Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e instrumentos, 2ª edição, Editora Saraiva, São Paulo.

Campos, V. F. (1992) TQC: Controle da Qualidade Total (no estilo japonês), 3ª Ed., Belo Horizonte, MG.

Chiavenato, I. (2008) Os novos paradigmas: como as mudanças estão mexendo com as empresas, 5. ed. rev. e atual. – Barueri, SP:

Manole.

Cervo, A. L.; Bervian, P. A.; Silva, R. (2007) Metodologia científica, 6ª Edição, São Paulo, Pearson Prentice Hall.

Costa Junior, E. L. (2008) Gestão em processos produtivos, Curitiba: Ibpex.

Krajewski, L. J.; Ritzman, L.; Malhotra, M. (2009) Administração de produção e operações, 8ª Edição, São Paulo, Pearson

Prentice Hall.

Paranhos Filho, M. (2007) Gestão da produção industrial, Curitiba, IBPEX.

Vasconcellos, M. J. E. de, (2005) O Novo Paradigma da Ciência, Campinas, SP, Editora Papirus, 4ª edição.

Wiemes, L. e Balbinotti, G. (2009) A padronização de processo produtivo em uma indústria automobilística: uma análise teórico

prática, Artigo Técnico apresentado no V EMEPRO – Encontro Mineiro de Engenharia de Produção.

Wiemes, L., Back, C. V. e Silva, R. L., Recuperação e Otimização do Processo de Aplicação de Cera na Indústria

Automobilística, 3º CONEPRO-SUL – Congresso de Engenharia de Produção da Região Sul, Joinville, 2014.

Page 47: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

IMPACTO ADVINDO DA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA MINAS

SUSTENTÁVEL NAS INDÚSTRIAS MINEIRAS: O CASO DO MUNICÍPIO DE

CONTAGEM

IMPACT FROM THE IMPLEMENTATION OF MINAS SUSTENTÁVEL PROGRAM IN

MINAS GERAIS INDUSTRIES: THE CASE OF THE MUNICIPALITY OF CONTAGEM.

Cibele de Araújo Magalhães 1

Joel Dias da Silva 2*

Abstract This paper highlights the main opportunities and benefits, identified by some companies from the action on

sustainability as well as after the inference of the Minas sustainable Program - PMS created and developed by

the Federation of Industries of Minas Gerais FIEMG in 2010. This program has helped industries in the pursuit

of environmental regulation, eco-efficiency and social responsibility, providing thus an analysis of the changing

scenario in the Mina’s industries and its impacts with the implementation of a program of environmental

sustainability, the object of study in this dissertation. Its main purpose is to measure changes in environmental

settings of the Minas industry in the Count of Contagem after accession to this tool that aims to sustainability.

The methodological approach employed involved the collection of data from a questionnaire prepared by the

program and applied the 380 participating industries in the Count of Contagem. This analysis demonstrated that

the practice of sustainability can meet the objectives of economic, social and environmental benefits. The

dissertation proved that sustainability is not only an accessory, but a key to the business strategy of the industry.

The study has shown that sustainability is not only an accessory, but a key to the business strategy of the

industry. It is a culture, and an attitude. To achieve sustainability we must work the education, opening the ways

for a fairer society with innovation, introducing technology with efficiency, competitiveness and value creation.

The studies Concludes with considerations about the future prospects of the industry and sustainability

improvements and records as well as changes in the behavior of employers and employees in seeking

information, knowledge and predisposition to lifestyle changes.

. Keywords: Sustainable Development. Environmental Responsability. Ecoefficience. Legal Compliance.

1 UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina. 2* FURB – Universidade Regional de Blumenau. SENAI Blumenau.

* Autor corresponsal: Departamento de Engenharia de Produção e Design, FURB Universidade Regional de Blumenau. Rua

São Paulo, 3250 Itoupava Seca, Blumenau, Santa Catarina. CEP: 89.030-000. Brasil. Email: [email protected]

Page 48: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumo

Esta trabalho destaca as oportunidades e benefícios principais, identificados por algumas empresas, a partir da ação

relacionada à sustentabilidade como também após a inferência da ferramenta Programa Minas Sustentável – PMS

criado e desenvolvido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG no ano de 2010. Este Programa tem

auxiliado as indústrias na busca da regularização ambiental, ecoeficiência e responsabilidade social,

proporcionando, desta forma, uma analise da mudança de cenário nas indústrias mineiras e seus impactos com a

implantação de um programa de sustentabilidade socioambiental, objeto de estudo nesta dissertação. Seu principal

objetivo é o de mensurar as mudanças de cenários ambientais da indústria mineira no Município de Contagem após

a adesão a esta ferramenta que visa à sustentabilidade. A abordagem metodológica empregada contou com a coleta

de dados de um questionário elaborado pelo programa e aplicado as 380 indústrias participantes do Município de

Contagem. Esta analise demonstrou que a prática da sustentabilidade pode atender aos objetivos de benefícios

econômicos, sociais e ambientais. Percebeu-se que sustentabilidade não é somente um acessório, mas peça

fundamental para a estratégia de negócios da indústria. É uma cultura, uma atitude. E, para alcançar a

sustentabilidade é preciso trabalhar a educação, abrindo caminhos para uma sociedade mais justa; a inovação,

introduzindo tecnologia; negócio com eficiência, competitividade e criação de valor. Finaliza com algumas

considerações das perspectivas futuras da relação indústria e sustentabilidade e registra melhorias como também

mudanças no comportamento dos empresários e colaboradores na busca de informações, conhecimentos e pré-

disposição para mudanças de hábito.

Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Responsabilidade Sócioambiental. Ecoeficiência. Conformidade Legal.

Introdução

A preocupação com o desenvolvimento sustentável entrou definitivamente na agenda dos líderes empresariais. O

empenho das organizações em refletir sua postura ética com a sociedade por meio da incorporação de ações de

responsabilidade socioambiental e do fortalecimento das suas práticas de governança corporativa tende a

transformar a maneira de se fazer negócios. As empresas que compreenderem hoje a importância dos conceitos e

valores da sustentabilidade terão certamente condições mais concretas de se manterem vivas e saudáveis ao longo

deste século.

O Município de Contagem foi escolhido por ter vivido uma expansão urbana desordenada, principalmente por

contaminação de cursos d’água por efluentes sanitários sem tratamento e por resíduos sólidos industriais, como

também inexistência de instrumentos para avaliação de impactos ambientais e um grande passivo nos processos de

licenciamento ambiental. Além desta importância histórica e econômica, muitas empresas estabelecidas na região

mantiveram-se no modelo familiar e houve pouca modernização industrial. A região, portanto, mostrava-se

potencialmente rica em oportunidades para adequações em diversas áreas, desde a regularização do licenciamento

ambiental até melhorias em ecoeficiência.

É nesse cenário que a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), por meio do Centro Industrial e

Empresarial de Minas Gerais (CIEMG) e Serviço Social da Indústria (SESI), lançou o Programa Minas Sustentável

(PMS) visando estabelecer para o setor industrial mineiro, a excelência na sustentabilidade socioambiental, como

fator essencial de competitividade. E promoveu um acordo de parcerias com o objetivo de fortalecer ainda mais a

Secretaria de Meio Ambiente de Contagem (SEMA) e melhorar os índices de licenças ambientais concedidas

promovendo a sustentabilidade do município através da regularização ambiental, por meio de um convênio

estruturado e respaldado por instrumentos jurídicos que se caracterizaram como de extrema importância para o novo

arranjo em que a SEMA estava vivenciando. O primeiro convênio foi firmado em 04 de Fevereiro de 2011 entre a

Secretaria de Meio Ambiente e o Programa Minas Sustentável, de iniciativa da FIEMG, através do CIEMG.

O Programa Minas Sustentável firmou tal parceria objetivando dar celeridade ao número de processos de

licenciamento ambiental parados no município, e como consequência mais indústrias do PMS ficariam em plena

Page 49: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

conformidade legal. Os benefícios constantes dessa parceria proporcionaram diversas vantagens para o andamento

dos serviços ofertados pela secretaria, uma vez que trouxe soluções para as deficiências estruturais e de mão de obra

existentes.

O presente trabalho teve como objetivo principal analisar as mudanças de cenários na indústria mineira de

Contagem após a utilização desta ferramenta, o PMS no que diz respeito ao licenciamento, ecoeficiência e cursos de

capacitação, visando o desenvolvimento sustentável.

Material e métodos

A metodologia de pesquisa empregada foi através da coleta de dados através de um questionário aplicado às 380

indústrias do Município de Contagem que participaram do PMS. Realizou-se uma grande mobilização motivando

os empresários a responderem a um questionário com informações técnicas de cada indústria referente à parte de

Regularização Ambiental, Ecoeficiência (energia, água, resíduos, ruídos, emissões), e responsabilidade social na

Empresa. Preliminarmente, verificou-se, através deste questionário que grande parte destas empresas não possuía

um técnico responsável pela área de meio ambiente e ainda não praticavam quaisquer ações de gestão ambiental.

A partir deste diagnóstico então, foram detectadas as oportunidades de melhorias nas respectivas indústrias e a

necessidade de apoiar e orientar na regularização ambiental. Os empresários foram convidados para participar em

cursos de capacitação em regularização ambiental, gestão de resíduos e água, gestão de emissões e energia,

licenciamento e gestão ambiental e responsabilidade social.

Resultados

Na coleta de dados observou-se que a maioria das empresas de Contagem é de base familiar e trabalha com

tecnologias obsoletas, apresentando a necessidade de motivá-las, orienta-las e acompanha-las numa gestão

inovadora na trilha da sustentabilidade. Enxergando as oportunidades sustentáveis que poderiam agregar valor ao

negócio, o PMS também orientou o empresário a como aplicá-las. A orientação passou pela mobilização tecnológica

dos métodos de gestão e produção, com racionalização de tempo, espaço e materiais, com a preocupação em atender

as comunidades locais e valorizar os recursos naturais e culturais.

Criado pelo Sistema FIEMG, e realizado pelo SESI e pelo CIEMG, a iniciativa já beneficiou mais de 700 indústrias

nos municípios de Contagem, cidade de pesquisa desta dissertação, além de Betim e Ipatinga na região Vale do Aço.

Estruturado em cinco grandes pilares: Ecoconformidade legal e normativa; Ecoeficiência; Econegócio e

Sociocapacidade – o PMS contribui diretamente para o desenvolvimento socioambiental das indústrias mineiras,

auxiliando-as nos processos de adequação de suas práticas à legislação ambiental vigente. Além disso, disponibiliza

soluções capazes de otimizar a utilização de energia, água e resíduos pela indústria, e oferece capacitações em

regularização ambiental, gestão de resíduos e água, gestão de emissões e energia, licenciamento e gestão ambiental e

responsabilidade social.

Ao aderir ao Programa Minas Sustentável, a empresa passa a fazer parte da rede virtual de relacionamento,

conhecimento e a ter acesso às informações sobre linhas de financiamento, fomento e desenvolvimento empresarial

em sustentabilidade. A rede oferece ainda informações sobre o arcabouço legal e normativo em meio ambiente e

responsabilidade social, além de acesso aos fornecedores de serviços qualificados, participação na Bolsa de

Resíduos e Programa de simbiose a nível nacional e internacional. O Programa Minas Sustentável visa capacitar os

empresários para o aperfeiçoamento dos seus processos industriais, buscando uma maior eficiência na utilização da

água, da energia e das matérias-primas, minimizando a produção de resíduos, a emissão e lançamento de efluentes.

Page 50: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

O monitoramento do PMS é feito pelo acompanhamento sistematizado das empresas por 3 (três) anos, pela

Secretaria Executiva do PMS. Espera-se que, após esse período, as empresas estejam preparadas para desenvolver

seus negócios alinhados com os conceitos da sustentabilidade, agindo corretamente nos aspectos ambiental e social,

e inovando para o desenvolvimento de uma indústria mais competitiva.

Em Abril de 2010 o PMS foi lançado na cidade de Contagem, onde atendeu 380 indústrias, desenvolvendo seus

respectivos diagnósticos socioambientais e avançando no licenciamento ambiental das indústrias. Manteve-se

estreita articulação junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Contagem com o intuito de motivar, orientar

e apoiar os empresários na obtenção de suas licenças ambientais. Em Março de 2011 o PMS foi lançado na cidade

de Betim, onde atendeu cerca de 360 empresas. Estendeu-se também para outros municípios da Região

Metropolitana: Ibirité, São Joaquim de Bicas, Igarapé e Sarzedo.

Em 2012 PMS disponibilizou o inventário das indústrias (questionário) em plataforma WEB, que associado a um

simulador, possibilitou fazer automaticamente o diagnóstico. Procedimento que trouxe uma maior agilidade nas

inter-relações entre o Programa e as empresas. Com esta tecnologia as empresas passaram a contar com a facilidade

de poder lançar suas informações no questionário via internet e, à medida que preenchem os módulos, já obtém

como resposta os seus respectivos diagnósticos socioambientais. Ainda em março do mesmo ano, o PMS foi lançado

na Regional Vale do Aço, importante região industrial do Estado, abrangendo 72 municípios, e em 2013 e 2014 o

programa alcançará todo o Estado de Minas Gerais, iniciando sua interiorização no Triângulo Mineiro em abril de

2013.

É importante salientar que o PMS é um programa permanente, pois deverá periodicamente propor melhorias,

conferir legitimidade, responsabilidade e seriedade na sua execução. Como também é necessário entender as

dificuldades de uma indústria na aquisição de habilidades para gerenciar suas atividades, de modo a garantir uma

gestão simultânea de suas finanças e da qualidade, alcançar suas metas reduzindo seus impactos ambientais e

conservando os recursos naturais. O desafio para atingir a ecoeficiência é grande, qualquer que seja a tecnologia de

gestão da produção adotada, a indústria deverá caminhar no sentido de introduzir estratégias, escolher tecnologias

adequadas ao processo produtivo, caracterizar e classificar os indicadores econômicos, ambientais e sociais.

Percebe-se claramente a morosidade do processo. Com a implantação do PMS é esperado que as indústrias mineiras

pudessem atender aos requisitos para melhoria do desempenho ambiental e, consequentemente sua competitividade;

Avaliando o seu modelo de gestão com base em uma visão sistêmica, abrangente, moderna e promotora do real

desenvolvimento sustentável; medindo e identificando onde melhorar as suas práticas de gestão ambiental;

integrando as necessidades de todas as partes interessadas no seu sucesso; identificando seus pontos fortes e os

reforçando; reposicionando no mercado competitivo; buscando eficácia nas ações para a ecoeficiência; promovendo

a cooperação entre pessoas, equipes de trabalho interagindo com os diversos processos organizacionais; e por fim,

utilizando práticas de gestão fomentadoras da sustentabilidade. (Serviço Social da Indústria DR MG – Belo

Horizonte: FIEMG/2011)

Das 1500 empresas, 380 (25,5%) responderam ao questionário e aderiram ao PMS, todas elas foram convidadas a

participarem das capacitações visando melhorias em seus processos produtivos. Aquelas que ainda não possuíam

regularização ambiental foram orientadas e licenciadas com a ajuda do PMS (Tabela 1). E ainda supreendentemente

ocorreram uma grande demanda ao órgão licenciador de Contagem (SEMA) para regularização ambiental, o que foi

considerado pelo PMS como apoio indireto, solucionando um grande passivo existente.

Das 380 empresas diagnosticadas, 298 foram orientadas para o licenciamento e 59 licenciadas com o apoio do PMS

no ano de 2011. Podemos concluir que é um número significativo considerando a morosidade do processo de

licenciamento. O programa é perene, as orientações continuam e os resultados crescendo. Quanto aos

licenciamentos ambientais no município de Contagem, podemos observar no gráfico representado na figura 12 o

crescimento das licenças concedidas no ano de 2011 após a implantação do PMS na região de Contagem. No ano de

2011 houve um aumento de 48% nas emissões de licenças, quando comparado com a média entre os anos de 2006 a

Page 51: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

2010. Percebe-se que os resultados obtidos ao final do ano de 2011 demonstraram um grande avanço com relação às

emissões de licenças ambientais.

Conclusões

Na prática, o desenvolvimento sustentável é uma estratégia eficaz que reúne os anseios e capacidades de governo,

setor privado e sociedade para criar uma visão de futuro, trabalhando estratégica e progressivamente seus objetivos,

pois, somente com esta visão será possível encontrar formas de conscientizar os cidadãos para que os mesmos

entendam que os recursos naturais são finitos e devem ser utilizados de maneira consciente. Cada ser humano deve

fazer a sua parte com consciência e com simples ações corretas dia-a-dia e isso é urgente.

Pelo motivo de ser um processo moroso, de conscientização, conhecimento e principalmente mudança de

comportamento os resultados são em longo prazo. É de extrema importância apoios das instituições, percebe-se que,

com a implementação desta ferramenta - o PMS, as quais as ações iniciaram efetivamente em 2012, já registrou

melhorias como também mudanças no comportamento do empresário e funcionários na busca de informações,

conhecimentos e pré-disposição para mudanças de hábito. É preciso uma mudança profunda, transformando a

sustentabilidade em uma agenda positiva, não se podem deixar as pessoas assustadas com as mudanças, torna-se

necessário uma reestruturação de novas oportunidades, fixando-as em um eixo de ideias e valores que vão

diretamente ao encontro da vontade das pessoas por uma qualidade de vida superior. É necessário focar

sustentabilidade como prioridade na agenda mundial de negócios.

Atualmente, diversas organizações têm desenvolvido projetos sustentáveis na expectativa de minimizar os impactos

causados no ambiente através da extração dos recursos naturais, mas a falta de envolvimento e integração da

sociedade de um modo geral faz com que estas ações não se concretizem. Isso se dá, devido à resistência das

pessoas em aceitar quebras de paradigmas. Isso desestimula as organizações, uma vez que é notável o fato de que a

sociedade ainda não tem dado o devido valor a estas iniciativas.

Referências

ETHOS. Responsabilidade Social das Empresas: a contribuição das Universidades, v. II. São Paulo: Peirópolis -2003.

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Manual do Programa Minas Sustentável. Federação

das Indústrias do Estado de Minas Gerais. Serviço Social da Indústria DR MG. Belo Horizonte: FIEMG / SESI DR

MG. 2011.

Page 52: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

LOS PRODUCTOS VERDES: UNA ALTERNATIVA PARA LA PRODUCCION Y

CONSUMO SUSTENTABLE.

GREEN PRODUCTS: AN ALTERNATIVE FOR A SUSTAINABLE PRODUCTION AND

CONSUMPTION.

María Concepción Martínez Rodríguez. 1

José Alfredo Soriano Ortiz. *

Abstract The big Scientifics and technological changes that we’ve lived as a society had improved in a positive way our life

creating benefactors that satisfice our needs in a way we never believed to achieved, provoking an enjoyable living

stile. However the inherent advantages to this benefactors that it has developed hasn’t bring it self only positive

aspects, the accelerated and demanding living style has provoked the changed of consumer habits, all this addition

to the population growth that we’ve had, gives us as a result the constant increase in demand of products that for

their complexity in the process of elaboration requests a big quantity of resources. Due to the growth of this

problematic the request of resources has been generated negative impacts in the nature, society and also affecting to

the economy. The sustainable consumption and production (SCP) appear to give a solution to this irrational

consume behavior. To achieve the SCP has come out the renewable energies, production process more efficient and

new respectable products with the environment, the green products or eco-products.

KeyWords: Eco-product, Green Economy, Social Exclusion, Sustainability, Sustainable Products.

1 Departamento de Sociedad y Políticas Públicas. Centro Interdisciplinario de Investigaciones y Estudios Sobre Medio Ambiente

y Desarrollo, Instituto Politécnico Nacional. * Autor corresponsal: Departamento de Sociedad y Políticas Públicas. Centro Interdisciplinario de Investigaciones y Estudios

Sobre Medio Ambiente y Desarrollo, Instituto Politécnico Nacional. Calle 30 de Junio de 1520, Barrio la Laguna Ticomán, Del.

Gustavo A. Madero, C.P.07340, México D.F., México. Tel. +52- 5557296000 Ext. 52735 Email:

[email protected]

Page 53: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumen

La gran cantidad que cambios científicos y tecnológicos que hemos vivido como sociedad han impactado de forma

positiva a nuestra vida creándose benefactores que satisfacen nuestras necesidades de una forma que nunca creímos

que se lograrían, provocando así que tengamos un estilo de vida más placentera. Sin embargo las ventajas inherentes

a estos benefactores que se han desarrollado no han traído consigo sólo aspectos positivos, sino que el estilo de vida

más acelerada y demandante ha provocado que los hábitos de consumo cambien, esto aunado a el incremento

poblacional que hemos tenido dan como resultado que se demanden cada vez más productos que por su complejidad

en su momento de elaboración demandan una gran cantidad de recursos. Es debido a esta problemática de aumento

de demanda de recursos que se han generado impactos negativos en la naturaleza, en la sociedad y repercutiendo

también en la economía. La producción y consumo sustentable (PCS) surgió para darle solución a este

comportamiento de consumo irracional. Para que se lleve a cabo la PCS han surgido las energías renovables,

procesos de producción más eficientes y nuevos productos más respetables con el medio ambiente los productos

verdes o eco-productos.

Palabras clave: Eco-producto, Economía verde, Exclusión social, Productos sustentables y Sustentabilidad.

Introducción.

El nuevo sistema depredador que antepone el crecimiento económico sobre la naturaleza ha traído consigo varios

cambios que impactan de una manera desfavorable al ambiente, lo cual no sólo podemos apreciar de forma notoria

hoy en día, sino que la consecuencia de estos cambios son acumulativos e impactarán a las siguientes generaciones.

Es debido a lo anterior y como resultado del consumo vehemente de artículos que hoy en día nosotros adquirimos,

que hemos sido testigos de una ardua búsqueda para darle solución a estas nuevas prácticas de consumo

irresponsable.

En el presente gobierno de Peña Nieto se ha desarrollado un programa especial de producción y consumo

sustentable, el cual fomenta el cuidado al medio ambiente, crecimiento económico e igualdad social para que todo

mexicano tenga derecho a todo mexicano a un ambiente sano y de bienestar (Programa especial de Producción y

consumo sustentable 2014-2018).

Sin embargo surge la pregunta ¿Cuál es la razón por la cual resulta ser tan interesante lo que es conocido como la

producción y consumo sustentable?. Antes que nada resulta necesario definir el término sustentabilidad. Algunos

autores como White (2013) nos mencionan que la sustentabilidad es difícil de definir ya que no la podemos apreciar

visualmente. En el documento de nuestro futuro común se definió el término sustentabilidad como: satisfacer las

necesidades presentes sin comprometer las necesidades futuras (Nuestro Futuro Común, 1987). También podemos

encontrar que el desarrollo sustentable hace énfasis en la evolución de la sociedad humana desde un punto de vista de

la economía responsable, en concordancia con los procesos naturales y ambientales (Glavic y Lukman, 2007).

Para poder entender a la sustentabilidad los negocios, organizaciones no gubernamentales y organizaciones

internacionales lo visualizan como un modelo de 5 capitales, en el cual se puede ver un balance entre los factores

sociales, económicos y naturales, como se muestra a continuación.

A. El capital natural es cualquier acción o flujo de energía y materiales que produce bienes y servicios.

B. El capital humano consiste en la salud, los conocimientos, las habilidades de las personas, y la motivación.

C. El capital social se refiere a las instituciones que nos ayudan a mantener y desarrollar el capital humano en

asociación con otros; por ejemplo, las familias, comunidades, empresas, sindicatos, escuelas y voluntaria

organizaciones.

D. El capital manufacturado comprende bienes materiales o activos fijos que contribuyen al proceso de

producción en lugar de ser la salida de sí mismo; por ejemplo, herramientas, máquinas y edificios.

E. El capital financiero juega un papel importante en nuestra economía, lo que permite los otros tipos de capital

a ser de propiedad y se negocian. Sin embargo, a diferencia de los otros tipos, que no tiene en sí un valor

Page 54: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

real, pero es representativa del capital natural, humano, social, o manufacturados; por ejemplo, acciones,

bonos o billetes (Weybrecht, 2014 p. 16)

El objetivo de este trabajo es estudiar si los productos verdes pueden ser considerados como una alternativa para

fomentar una producción y un consumo sustentable, y de esta forma poder darle solución a esta problemática de

producción y consumo irresponsable que podemos darnos cuenta hoy en día. Para ello analizaremos las

características de los productos verdes y determinaremos si estos tipos de productos pueden ser considerados como

una alternativa para poder fomentar la producción y consumo responsable.

La problemática Ambiental.

En su eterna interacción con la naturaleza, el ser humano no sólo ha buscado los bienes que requiere para sobrevivir,

sino ha intentado ponerla bajo su control y dominarla (Ficker et al, 2008). La sociedad ha vivido grandes cambios y

épocas que resultan ser muy interesantes al estudiar la relación hombre naturaleza, una época de gran importancia

fue la época del romanticismo, un periodo de tiempo en el cual el hombre se acerca con está adquiriéndose una

sensibilidad con el medio ambiente (Schriewer, 2012). Otro periodo relevante se encontró en la revolución industrial

donde se pudo observar una fisura en esta interacción, un periodo donde comienza la especialización de actividades

de trabajo (Rahman y Glaser, 2014), también se pueden observar cambios ambientales importantes donde el hombre

comienza a impactar a su medio de una forma acelerada y, además, hizo más abierta la relación utilitaria con la

naturaleza: la redujo a recursos naturales, a materias primas. Es justamente en esta época de la revolución industrial

en la cual no sólo podemos apreciar una tendencia del ser humano de darle más valor a la economía que al medio

ambiente, o incluso por encima del mismo valor del ser humano, creándose así no solamente un problema de índole

ambiental, sino que era cada vez más notoria la división de clases sociales, lo cual traía consigo inconvenientes de

exclusión social. En 1972 Meadows et al., escriben los límites del crecimiento donde mencionan las consecuencias

que se pueden dar debidas a aumento de la población y el agotamiento de los recursos que se puede dar para

satisfacer las necesidades de la sociedad. Una propuesta para la solucionar esta problemática se dio en la cumbre de

Rio de 1992 donde se propone un desarrollo sostenible, de igual forma en la cumbre de Johanesburgo (ONU, 2002)

donde se propone un futuro sostenible sin perjudicar el medio ambiente. Con la finalidad de darle seguimiento a la

cumbre de Rio+10 (1992), 20 años después se lleva a cabo la reunión de Rio+20 (2012), donde se propone un

crecimiento verde incluyente, un crecimiento económico sin dejar a un lado las variables sociales y ambientales

(Rio+20 Brochure, 2012).

Para Enrique Leff (2004) la problemática ambiental emerge como una crisis de civilización: de la cultura occidental;

de la racionalidad de la modernidad; de la economía del mundo globalizado. Leff menciona que la crisis ambiental

no es una catástrofe ecológica ni un simple desequilibrio de la economía, es el desquiciamiento del mundo al que

conduce la cosificación del ser y la sobreexplotación de la naturaleza; es la pérdida del sentido de la existencia que

genera el pensamiento racional en su negación de la otredad.

El sometimiento de la naturaleza y su puesta al servicio de los fines humanos se convirtió, en la época moderna, en

símbolo del progreso (Lezama y Graizbord, 2010). La explotación de recursos va a acompañado con el crecimiento

de la población, para poder satisfacer sus necesidades, como puede ser satisfacer las necesidades alimentarias o

necesidades energéticas. Como lo podemos ver en la figura no.1 podemos darnos cuenta que la población seguirá

creciendo en una forma vertiginosa, y más para los países en vía de desarrollo, requiriéndose así más recursos.

Uno de los recursos esenciales es el agua ya sea por el simple hecho que sin este no podríamos subsistir, pero este

recurso también tiene gran importancia desde el punto de vista económico. Sin embargo sin importar la gran

importancia que tiene este líquido de 1960 a 2000 se detectó un incremento en la disminución de los mantos

acuíferos de 126 km`3

a 283 km3 al año y la abstracción de agua ha incrementado a más del doble de 312 km

3 a 734

km3 al año (Wada et al, 2010), todo debido a la demanda que tiene este preciado líquido.

Page 55: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

Otro aspecto importante que tenemos que considerar es la energía y cómo podemos apreciar en la fig. no.2 el

consumo de energía primaria global ha aumentado desde los últimos 60 años (Jess et al, 2011), también debido al

incremento de la población y a al cambio de los hábitos de consumo de la sociedad.

Figura No.1.- Población mundial 1750- 2050. Fuente: Banco Mundial, recuperado el 10 de Junio de 2014, de:

http://www.worldbank.org/depweb/spanish/beyond/global/chapter3.html

Figura No.2.- Consumo global de energía primaria. Fuente: Jess et al. 2011. Recuperado de: Considerations concerning the Energy Demand and Energy Mix for Global Welfare and

Stable Ecosystems. Eviromental Policy and Governance Journal. Nota: 1 toe = 41.87 GJ

Como podemos apreciar el aumento de la población nos obliga a satisfacer las necesidades de la misma, lo cual se

ve reflejado en una gran cantidad de recursos consumidos, y también nos obliga a pensar en una forma de consumo

que nos pueda garantizar que el día de mañana sigamos teniendo los mismos recursos para satisfacer la demanda

futura.

Page 56: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

El concepto del consumo y producción sustentable (PCS).

El aumento de la población aunado al cambio de patrones de consumo que han ocurrido, ha provocado que la

demanda de recursos por parte de la sociedad incremente, dando así una nueva problemática de consumo

irresponsable.

En el año 1929 se ocurrió la gran depresión, época en la cual se caracterizó por una fuerte crisis económica trayendo

consigo un aumento en los niveles de desempleo, sin embargo en el año 2008 ocurrió una crisis ecológica, la cual

estaba representada por una inseguridad energética y alimenticia, además de cambio climático (Asici y Bunul, 2012),

la cual se le puede denominar multidimensional (Lipietz, 2011). Es debido a esto que ha tomado tanta importancia la

economía ecológica, la cual admite que los problemas ambientales no pueden ser resueltos por la economía

neoclásica y a la vez menciona que existe una relación estrecha entre las leyes termodinámicas, los procesos eco

sistémicos y socioeconómicos (Pérez et al., 2010).

El consumo irresponsable ha llevado a una problemática de índole ambiental que sin duda alguna repercute en el

plano económico-social y que ha llevó a pensar una nueva forma de concebir una alternativa que involucró el

término sustentabilidad.

El centro Lowell para la producción sustentable define a la producción sustentable como la creación de productos y

servicios usando procesos y sistemas que son:

1. No contaminantes.

2. Uso adecuado de los recursos naturales y energía.

3. Viables económicamente.

4. Cuida la salud de los trabajadores, consumidores y comunidades.

5. Socialmente gratificante para todos los trabajadores (Lowell Center for sustainable production).

La UNEP (United Nation Environment Program) define a la PCS como el uso de servicios y productos, que

respondan a las necesidades básicas, trayendo una mejore calidad de vida mediante el uso de la minimización del uso

de los recursos naturales y materiales tóxicos, de igual forma de la emisión de desperdicios y contaminantes dentro

del ciclo de vida del producto, todo esto sin poner en peligro las necesidades de las futuras generaciones.

Definición y características de los productos verdes.

El término verde para los productos ha dado lugar a la controversia, por ejemplo algunos productos pueden ser

amigables para el medio ambiente en algunos aspectos, pero son al mismo tiempo pueden ser peligrosos en el largo

plazo, podría argumentarse que etiquetarlos como verde es algo incorrecto y que incluso sería socialmente

irresponsable tener estos productos en el mercado (Saha and Darnton, 2005). La comisión de las comunidades

europeas define a un producto verde como aquel que usa menos recursos, tiene menores impactos y riesgos al

ambiente y previene la generación de residuos en cada una de sus etapas.

Para determinar las características de los productos verdes debemos primero analizar cuáles son las normatividades

que utilizan las empresas para denotar que sus productos son verdes. De acuerdo a lo anterior nos encontramos que

las compañías utilizan la norma ISO 14021, que nos habla acerca de “etiquetas ecológicas”, que es un mecanismo

mediante el cual da a conocer que esta empresa protege al medio ambiente. Los aspectos que considera esta norma

son los siguientes:

1. Reciclable.

2. Material reciclado.

3. Energía recuperada.

4. Reutilizable o recargable.

Page 57: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

5. Susceptible de ser descompuesto en «Compost» (abono).

6. Reducción de los residuos sólidos.

7. Conserva o ahorra energía eficiente con la energía.

8. Eficiente con el agua, conserva o ahorra.

9. Reduce la utilización de recursos.

10. Degradable o biodegradable o fotodegradable.

11. Desmontable.

12. Aprobación por un grupo en particular o apoyo de una causa medioambiental.

En la figura no.3 se recapitulan las características con las que los productos verdes deben cumplir, y son variables

con las que concuerdan comisión de las comunidades europeas, la norma ISO 14000, así como otros artículos.

Como podemos apreciar en la figura no.3 existen varios puntos con los que concuerda los productos verdes y el

consumo y la producción sustentable, entre los cuales por ejemplo podemos mencionar el uso adecuado de energías y

materiales para la elaboración de este tipo de productos, otro punto en el que concuerda es por en el cuidado de los

recursos naturales, en el manejo de los desechos finales, también estos productos verdes llamados en ocasiones eco-

productos en su momento de elaboración se producen de tal forma que tienen que ser durables y a la vez

biodegradables.

Figura No. 3.- Características que los productos verdes deben de reunir para que estos productos se consideren

como tales. Fuente: Elaboración propia. José Alfredo Soriano Ortiz.

Los productos verdes como una opción para promover la producción y el consumo sustentable.

Como se mencionó en el apartado de los productos verdes por sus características y fines por los cuales fueron

diseñados realmente pueden ser considerados como una opción para promover la PCS, y esto lo podemos comprobar

en la siguiente tabla no.1.

Page 58: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

Tabla no.1.- Comparación entre los aspectos que considera la Producción y consumo sustentable (PCS) y los

productos verdes.

Variable Producción y consumo

sustentable

Productos verdes

Optimización de los materiales X X

Cuidado de los recursos naturales

como aire, tierra y agua. X X

Manejo responsable de los

desechos finales. X X

Prevención del calentamiento

global. X X

Uso óptimo de las fuentes de

energía. X X

Consideración de la durabilidad

del producto. X X

La variable biodegradabilidad

como un aspecto importante. +/- X

Nota: (+/-) El aspecto biodegradabilidad no es un punto que necesariamente lo considera necesariamente la PCS.

Resultados.

Kazimieras (2012) nos menciona la que la tendencia de los negocios de seguir el mismo comportamiento propiciará

que el cambio climático no se estabilice en un futuro, propiciando que pongamos en cuestionamiento la capacidad de

la tierra para sustentar la vida. Como se puede apreciar ha existido un aumento desmedido debido al consumo

irresponsable de benefactores adquiridos por parte de la sociedad. Una de las posibles soluciones puede venir por

parte de la ciencia y la ingeniería desarrollando productos y procesos más eficientes, para así disminuir la

dependencia de recursos renovables (Sikdar, 2011), y que claramente los productos verdes son claramente una

opción para poder propiciar que la PCS se realice. En la tabla no.1 podemos darnos cuenta que la PCS y los

productos verdes tienen varios puntos en común y por lo cual puede ser considerada como un alternativa para que la

PCS se lleve a cabo.

Conclusiones.

El modelo económico neoliberalista como modelo depredador, esto aunado a los cambios en los hábitos de consumo

y el incremento de la población que se ha venido dando ha provocado que se impacte de una forma negativa a la

naturaleza. Todo lo anterior nos lleva pensar que debemos re direccionar los esfuerzos a las problemáticas que deben

ser tratadas en una forma más holística, es de aquí que surgen alternativas como la economía ecológica, economía

verde, los productos verdes y la producción y consumo sustentable.

La PCS es claramente una opción de la cual podemos hacernos valer para no sólo satisfacer nuestras necesidades,

sino que a través de este podemos obtener un crecimiento verde incluyente, pero también resulta claro que los

productos verdes nos pueden ayudar para que la PCS pueda ser una realidad.

Agradecimientos. – Al IPN, al CONACYT y al Centro Interdisiplinario sobre el Medio Ambiente

y desarrollo.

Page 59: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

8

Referencias Bibliográficas

Asici A.y Bunul Z. (2012). Green new deal: A green way out of the crisis?. Environmental policy and Governance. 22

(295-306). DOI: 10.1002/eet.1594

Banco Mundial (2014). Crecimiento de la Población Mundial. Banco Mundial, Recuperado el 10 de Junio de 2014, de:

http://www.worldbank.org/depweb/spanish/beyond/global/chapter3.html

European Union Eco-Label (2013). Environmental Eco-Label Catalogue. Recuperado el 12 de Marzo de 2014 de

http://ec.europa.eu/ecat/

ISO 14000 Environmental Management. (s.f.). Recuperado el 5 de noviembre de 2013 de

http://www.iso.org/iso/home/standards/management-standards/iso14000.htm

Jess et al. 2011. Considerations concerning the Energy Demand and Energy Mix for Global Welfare and

Stable Ecosystems. Chemie Ingenieur Technik, 83 (11), 1777–179

Kazimieras J. (2012). Sustainable consumption and production. Clean Techn Environ Policy. 14:1013–1014. DOI:

10.1007/s10098-012-0517-y

Sikdar S. (2011). Sustainable consumption and scientific research. Clean Techn Environ Policy. 13 (751-752). DOI

10.1007/s10098-011-0422-9

Kuntz S., Girola L. y Riguzzi P. (2008). Introducción a las Ciencias Sociales. Santillana: México, 16 pp.

Leff Enrique (2004). Racionalidad Ambiental. Prólogo xi. Editores Siglo XXI: México.

Lipietz A. 2011. Fears and hopes: the crisis of the liberal-productivist model and its green alternative.

http://lipietz.net/IMG/pdf/Fears_Hopes_final.pdf [12 March 2012].

Lowell center for sustainable production (s.f.). What is a sustainable production?. Recuperado el 5 de Junio de 2014 de:

http://www.sustainableproduction.org/abou.what.php

Meadows D., Meadows L., Randers J. y Behrens W.(1972). The limits to growth. Universe Books: New York. 17-184 pp.

OECD (2012). Rio+20 Brochure, Crecimiento verde incluyente para el futuro que deseamos, contribución de la OECD a

Rio+20. OECD.

Organización de las Naciones Unidas (2002). Cumbre de Johanesburgo 2002. ONU. Recuperado el 5 de Junio de 2014 de:

http://www.un.org/spanish/conferences/wssd/cumbre_ni.htm

Pérez R., Ávila S. y Aguilar A. (2010). Introducción a las Economías de la naturaleza. UNAM, Instituto de

Investigaciones económicas. 69 pp.

Peter Glavič, Rebeka Lukman, Review of sustainability terms and their definitions. (2010) Journal of Cleaner Production, 15

(18), 1875-1885, http://dx.doi.org/10.1016/j.jclepro.2006.12.006.

Programa Especial de producción y consumo sustentable (PEPyCS﴿ (2014-2018). Secretaría de Economía.

Rahman A. y Glaser D. (2013). Engineering and labor specialization during the industrial revolution. 8,173–200 pp.

DOI: 10.1007/s11698-013-0098-y

Saha and Darton (2005). Green Companies or Green Con-panies: Are Companies Really Green, or Are They Pretending

to Be?. Business and Society Review: USA, 110 (2), 117-157.

Schriewer Klaus(2012). Ecologismo y naturaleza, percepción y concepto de la naturaleza en el movimiento de protección

ambiental en Alemania. Isabor: España.

UNEP (2010). ABC of SCP, Clarifying Concepts on Sustainable Consumption and Production. UNEP, 12 pp

Wada, Y., van Beek, L.P.H., van Kempen, C.M., Reckman, J.W.T.M., Vasak, S. y Bierkens, M.F.P. (2010). Global

depletion of groundwater resources. Geophysical Research Letters 37 (20), 5.

Weybrecht (2014). The sustainable MBA. Wiley: UK, 16,17 pp.

White M. (2013). Sustainability I know when I see it. Ecological Economics. 86, 213-217. DOI:

http://dx.doi.org/10.1016/j.ecolecon.2012.12.020

Page 60: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

ESTUDIO PRELIMINAR PARA LA EVALUACIÓN DE PRE-TRATAMIENTOS EN LA

ETAPA HIDROLÍTICA DE UN PROCESO DE DIGESTIÓN ANAEROBIO PARA LA

PRODUCCIÓN DE BIOGÁS A PARTIR DE MICROALGAS

EVALUATION OF PRE-TREATMENT ON THE HYDROLYTIC STAGE OF ANAEROBIC

DIGESTION PROCESS FOR BIOGAS PRODUCTION FROM MICROALGAE

Olivia Córdova1

Estela Tapia1

Rolando Chamy1

Gonzalo Ruiz-Phillipi1

Abstract Numerous research efforts globally those aim to evaluate different ways of generating renewable energy to supply

the existing demands. An example of this is the studies performed to microalgal biomass, which is used for producing

biogas by anaerobic digestion process. However, the process has limitations that hinder process optimization. One

limitation is the hydrolytic step of anaerobic digestion caused by the characteristics of the cell wall of microalgae,

which depends of different factors, for example, characteristics of the species. In this study, a preliminary analysis of

the physico-chemical properties of a Chlorella sorokiniana monoculture at different stages of growth, and the

capacities hydrolytic of different pre-treatment was performed. Three different phases of the growth curve (E1, E2

and E3) were chosen for subsequent harvesting. Microalgae was characterized to determine differences in biogas

production at different stages of growth, where ST, SV, total COD, soluble COD, carbohydrates and proteins and its

potential theoretical biomethanization were assessed. In screening of different thermal, chemical and enzymatic

pretreatments where its % solubilization was determined to evaluate their hydrolytic capacity was performed.

Differences in theoretical biogas production were determined between the different stages of growth. Thus, in the

theoretical production of CH4 to the amount of substrate used in the E2 is half the amount of substrate in E1 to

produce the same quantity of CH4. The combination of chemical and enzymatic pre-treatments appears to be more

effective in relation to the hydrolytic capacity of the cell wall reaching a higher % solubilization to 50%.

Key words: Anaerobic digestion, biogás, Chlorella sorokiniana, microalgae, pre-treatment.

1 Laboratorio de Biotecnología Ambiental. Escuela de Ingeniería en Bioquímica, Facultad de Ingeniería, Pontificia Universidad

Católica de Valparaíso. Chile.

* Autor corresponsal: Laboratorio de Biotecnología Ambiental. Escuela de Ingeniería en Bioquímica, Facultad de Ingeniería,

Pontificia Universidad Católica de Valparaíso. Chile. Código Postal 2362806. Chile. [email protected]. +56-32-

2273819

Page 61: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumen

A nivel mundial se realizan numerosos esfuerzos para realizar investigaciones que pretenden evaluar diferentes

formas de generar energías renovables para suplir las demandas existentes. Además, de buscar reducir el impacto

ambiental negativo por el uso de energías fósiles. Un ejemplo de esto son los estudios realizados a la biomasa

microalgal, la cual es utilizada para producir biogás mediante un proceso de digestión anaerobia. Sin embargo, el

proceso presenta limitaciones que impiden una optimización en el proceso. Una limitante es la etapa hidrolítica de la

digestión anaerobia causada por las características propias de la pared celular de las microalgas, las que depende de

parámetros de cultivos, de la especie, entre otras. En el presente estudio se realizó un análisis preliminar de las

características físico-químicas de un monocultivo de Chlorella sorokiniana en diferentes fases de crecimiento,

además de la capacidad hidrolítica de diversos pre-tratamientos. Se realizaron cultivos en botellas de 5 litros. Se

escogieron tres diferentes fases de la curva de crecimiento (E1, E2 y E3), para posteriormente cosechar mediante

centrifugación. Se caracterizó la microalga para determinar diferencias en la producción de biogás en diferentes fases

de crecimiento, en donde se evaluó ST, SV, DQO total, DQO soluble, carbohidratos y proteínas y su potencial de

biometanización teórico. Se realizó un screening de diferentes pre-tratamientos térmicos, químicos y enzimáticos en

donde se determino su % de solubilización para determinar su capacidad hidrolítica. Se determinaron diferencias en

la producción teórica de biogás entre las diferentes fases de crecimiento. Así, en la producción teórica de CH4 la

cantidad de sustrato que se utiliza en el E2 es la mitad de la cantidad de sustrato en E1 para producir la misma

cantidad de CH4. La combinación de pre-tratamientos químico-enzimático resulta ser más efectiva en relación a su

capacidad hidrolítica de la pared celular, alcanzando un % de solubilización mayor al 50%.

Palabras claves: biogás, Chlorella sorokiniana, digestión anaerobia, microalgas, pre-tratamientos.

Introducción

Los problemas actuales en relación al uso de combustibles fósiles han llevado a que en los últimos años los mayores

esfuerzos estén concentrados en la generación de fuentes de energía renovables de manera limpia y eficiente, como la

producción de biocombustibles. Las energías a partir de biomasa son una alternativa a esta problemática. La biomasa

puede ser sometida a diferentes métodos como, por ejemplo, la digestión anaerobia. El resultado final de digestión

anaerobia de la biomasa será la producción de un biogás que contiene aproximadamente entre un 55 a un 75 % de

CH4, el cual puede ser utilizado para su combustión (Bohutskyi & Bouwer, 2013). En los últimos años se ha

evaluado la capacidad de degradación de la biomasa de microalgas mediante digestión anaerobia para la producción

de biogás. Las microalgas comparada con otras biomasas presenta mayores ventajas, entre las cual se pueden

mencionar la alta productividad alcanzada en los cultivos, además de no competir por suelos cultivables para su

crecimiento (González-Fernández et al. 2012a, 2012b). Sin embargo, todo el proceso de la digestión de las

microalgas se ve limitado en su etapa hidrolítica debido a las características que presentan los componentes

principales de su pared celular (Takeda, 1996). Debido a que alguno de estos compuestos son recalcitrantes (Adney,

2007), las enzimas excretadas por las bacterias no son capaces de degradar la totalidad de la biomasa, lo que se

traduce en que no toda la biomasa se convierte en biogás.

Las microalgas están compuestas principalmente por nitrógeno, fósforo y carbono, además de oligonutrientes tales

como cobalto y zinc entre otros, los cuales son estimuladores de la metanogénesis, aunque hay que tener en cuenta

que su composición varía según la especie (Rajkumar & Yaakob, 2013). Los potenciales teóricos de metanización de

los principales componentes de las microalgas reportados son: proteínas: 0,851 (L CH4/ gSV), lípidos 1,014 (L CH4/

gSV) y carbohidratos 0,415 (L CH4/ gSV). Los lípidos tienen el mayor potencial pero son los más lentos en

hidrolizarse (Sialve et al. 2009). Por ende el potencial de metanización de las microalgas va a depender fuertemente

de su composición, de la especie y de las condiciones ambientales.

Por otra parte, existen algunas aproximaciones cuyas aplicaciones permitirían un mejoramiento en la producción de

biogás como lo son los pre-tratamientos, el cual es realizado con la finalidad de mejorar la tasa de hidrolisis de las

microalgas durante el proceso de digestión anaerobia.

Se ha descrito que la digestibilidad, o la cantidad de sólidos volátiles reducidos (los que se convierten en biogás)

durante el proceso de digestión anaerobia varia ampliamente dependiendo de las características bioquímicas de las

Page 62: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

especies de microalgas y factores operacionales, oscilando entre un 20 a un 60% (Christenson & Sims, 2011).

Entonces, un proceso regular de digestión anaerobia de microalgas no tiene la capacidad operativa de convertir toda

la materia orgánica en biogás, por lo que una fracción de energía se pierde, lo que conlleva a que este proceso

biotecnológico no sea lo suficientemente eficiente ni eficaz.

Este problema biotecnológico ha sido enfrentado con diferentes estrategias dentro de las cuales destacan en los

últimos años la realización de un pre-tratamiento de la biomasa, el cual tiene como propósito el acondicionar e

incrementar la digestibilidad, lo cual podría permitir un aumento en las tasas hidrolíticas, lo cual podría mejorar la

producción de biogás.

El objetivo principal del presente trabajo es realizar un estudio preliminar de las características físico-químicas de un

monocultivo de Chlorella sorokiniana en diferentes fases de crecimiento y su relación con la capacidad hidrolítica de

diversos pre-tratamientos.

Metodología

Se trabajó con un monocultivo de la microalga Chlorella sorokiniana (Shihira & R.W.Kraussl, 1965). Esta especie

fue previamente aislada desde un efluente de digestores anaerobios de lodos pertenecientes a una planta de

tratamientos de aguas servidas en España y, posteriormente identificada mediante análisis moleculares (Tapia, 2013).

Crecimiento y propagación a medio líquido de Chlorella sorokiniana

El crecimiento de la microalga inició desde un cultivo en agar en placas petri. Las microalgas que crecieron en las

pacas, se propagaron hacían tubos con medio de cultivo Suoka en agar, manteniéndolos en cámara de incubación, sin

burbujeo de aire ni CO2, por un periodo de 2 a 3 semanas bajo condiciones fotoperiodo de 12 h y temperatura entre

20 a 25ºC. Posterior a este periodo, comenzó la propagación a medio de cultivo Suoka líquido. Esta propagación

inició en matraces Erlenmeyer de 100 mL, luego 500 mL durante un periodo de tiempo en el cual los cultivos

demoraron en entrar a fase estacionaria. En esta etapa la inoculación se realizó bajo condiciones de esterilidad en

campana de flujo laminar. Las microalgas cultivadas en los matraces Erlenmeyer de 500 mL fueron utilizadas como

inóculos para finalmente propagarlas en botellas de 1L y 5L, bajo condiciones de crecimiento mixotróficas, no

estériles. El crecimiento de las microalgas en cada etapa, fue cuantificado mediante medición directo en base a masa

celular por peso seco.

Fase de crecimiento y cosecha

Previo a la caracterización de la microalga, los cultivos de Chlorella sorokiniana fueron cosechados mediante

centrifugación (rpm 4000 x 10 minutos) para obtener una biomasa microalgal concentrada. Se escogieron tres

diferentes fases de la curva de crecimiento para su cosecha: E1) Inicio crecimiento exponencial; E2) Finalización

crecimiento exponencial y E3) Crecimiento en estado estacionario. En cada una de estas fases Chlorella sorokiniana

fue caracterizada físico-químicamente y se evaluó su Potencial de Biometanización Teórico.

Caracterización de la microalga

La composición físico-química de una biomasa microalgal presenta variaciones dependiendo de la especies de

microalga, medios de cultivo utilizados entre otros parámetros asociados a su crecimiento. En cada una de estas fases

de crecimiento, la composición bioquímica de Chorella sorokiniana pudiera presentar diferencias, las cuales

pudieran afectar o no la productividad de biogás de la microalga bajo un proceso de digestión anaerobia. Dado lo

anterior se realizó una caracterización de la microalga para determinar diferencias en la producción de biogás en

diferentes fases de crecimiento, en donde se determinaron los siguientes parámetros: pH, Sólidos totales, sólidos

volátiles, DQO total, DQO soluble (determinados según metodología descrita por Standard Methods for the

Examination of Water and Wastewater, 2005), Carbohidratos (determinados mediante Método Dubois, Dubois,

1956) y finalmente Proteínas (determinadas mediante Método Lowry).

Page 63: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

Aplicación de pre-tratamientos

El propósito de realizar un pre-tratamiento es acondicionar la biomasa microalgal y de esta forma aumentar o

facilitar la hidrólisis de la pared celular de la microalga. El éxito del pre-tratamiento está definido entonces, como un

aumento en los % de solubilización de la biomasa. Para ello se realizó screening de diferentes pre-tratamientos

térmicos, químicos y enzimáticos lo que se describen en la Tabla 1. En el caso del mix enzimático, este estaba

compuesto por: s 0.5 U/mg de pectinasa, 0.25 U/mg of hemicellulasa y 0.1 U/mg de cellulasa.

Tabla 1: Pre-tratamientos térmicos, químico-enzimáticos aplicados a un monocultivo de Chlorella sorokiniana

Pre-tratamiento Características

60º C la temperatura fue aplicada directamente al monocultivo

100º C la temperatura fue aplicada directamente al monocultivo

120º C la temperatura fue aplicada directamente al monocultivo

mix enzimático Aplicando un concentración del 1% en relación al monocultivo a pH 7

mix enzimático Aplicando un concentración del 5% en relación al monocultivo a pH 7

mix enzimático Aplicando un concentración del 1% en relación al monocultivo a pH 5.8 con HCL

mix enzimático Aplicando un concentración del 5% en relación al monocultivo a pH 5.8 con HCL

Evaluación de pre-tratamientos en relación a su capacidad hidrolítica

Se determinó la efectividad de los pre-tratamientos aplicados a la biomasa microalgal en base a su capacidad

hidrolítica mediante el % de solubilización obtenido posterior a la aplicación del pre-tratamiento, el cual fue

estimado mediante la ecuación 1

S% = DQOs-DQOs0 X 100 Ecuación (1)

DQOt-DQOs0

Donde

DQOs0: DQO soluble de la biomasa microalgal sin pre-tratamientos

DQOs: DQO soluble de la biomasa microalgal después de aplicar el pre-tratamientos

DQOt: DQO total de la biomasa microalgal.

Resultados

Crecimiento y propagación a medio líquido de Chlorella sorokiniana

En la Figura 1 se observa la curva de crecimiento obtenida del cultivo de Chlorella sorokiniana bajo condiciones

mixotroficas. Es posible distinguir una fase de latencia entre el día 1 (de inoculación) al día 4º. En este periodo las

células microalgales inoculadas se aclimatan a esta nueva condición de cultivo. Desde el día 5º al día 14º es posible

distinguir una fase de crecimiento exponencial. En esta fase de crecimiento las células se reprodujeron a la máxima

velocidad posible según las características operacionales ya señaladas. Finalmente, es posible distinguir una fase

estacionaria, en donde existe una limitación por nutrientes por tanto el crecimiento de la microalga se detiene.

Bajo estas condiciones de crecimiento se distinguieron las tres fases de crecimiento para la cosecha de Chlorella

sorokiniana E1, en el día 7; E2, en el día 12 y E3, en el día 17 (descritas en metodología). Las concentraciones

celulares alcanzadas en cada una de estas fases fueron: E1= 0.8 g/L; E2=1.2 g/L y E3= 1.5 g/L.

Page 64: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

Figura 1: Curva de crecimiento del monocultivo de Chlorella sorokiniana bajo condiciones de cultivo mixtróficas

Caracterización de la microalga

En relación a los parámetros físico-químicos determinados en E1, E2 y E3 esto se observan en la Tabla 2.

Tabla 2: Caracterización físico-química del cultivo de Chlorella sorokiniana en dos puntos de la fase exponencial y

en la fase estacionaria de crecimiento.

E1 E2 E3

Parámetros

pH 6.88 6.90 6.90

ST g/L 8.24 12.24 12.47

SV g/L 5.84 11.35 11.69

DQO soluble 0.18 0.18 0.44

DQO total 9.25 18.50 18.50

Carbohidratos g/L 1.07 3.97 5.22

Proteínas g/L 2.11 4.27 5.00

Como se esperaba, los valores de ST, SV y DQO total fueron distintos entre E1 y E2-E3, siendo muy similares entre

E2 y E3. Por tanto, es posible determinar que si la cosecha del cultivo microalgal se realiza en E2 y E3 se espera una

mayor producción de biogás mediante digestión anaerobia. En el caso de DQO soluble los valores son los mismos en

E1 y E2, mientras que en E3 se observa un leve aumento. En el caso de los carbohidratos determinados, como se

esperaba se observa una relación entre el aumento de la concentración celular con la cantidad de carbohidratos. La

misma situación se observa para las proteínas determinadas. Al igual que en la literatura se distingue una mayor

cantidad de proteínas por sobre los carbohidratos (Sialve et al. 2009).

Los parámetros descritos permiten determinar una producción teórica de CH4 la que se observa en la Tabla 3.

Tabla 3: Valores teóricos del potencial de biometanización de los cultivos de Chlorella sorokiniana

E1 E2 E3

Parámetros

mL muestra microalga (mL) 52 26 25

Producción teórica CH4 (mL) 201.015 201.015 144.962

mL de CH4/g SV 670.048 670.048 483.208

Page 65: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

Es posible observar que las mayores producciones teóricas se observan en E1 y E2. Sin embargo la cantidad de

sustrato necesario para dicha producción es diferente en cada uno de los puntos. Para E1 son necesarios 52 ml de

microalga cosecha para producir 201 mL de CH4. Para producir la misma cantidad en E2 solo es necesaria la mitad

de sustrato. De esta forma cosechar en E2 para producir biogás resultaría en una mayor producción de biogás

Evaluación de pre-tratamientos en relación a su capacidad hidrolítica

En la Tabla 3 se observan los valores de los % de solubilización obtenidos para cada uno de los pre-tratamientos

aplicados a Chlorella sorokiniana.

En relación a los pre-tratamientos térmicos. el más efectivo en la solubilización de la microalga fue a 120ºC.

alcanzando un 43% de solubilización. En relación a las cantidades de mix enzimático utilizado. como se esperaba los

mejores resultados se observaron con 5% del mix enzimático en relación a la biomasa microalgal. Así como también

cuando se utilizaron pH más ácidos. No se observó una relación entre el periodo de exposición con el aumento en el

% de solubilización. Es posible que los pre-tratamientos más ácidos permitan una mejor actividad enzimática. por lo

que la combinación de los pre-tratamientos químicos-ácidos y enzimáticos sea más efectiva en la hidrólisis de la

microalga. Así. el pre-tratamiento más efectivo fue con 5% del mix enzimático a pH 5.8 con 24 horas de exposición.

Tabla 3: % de Solubilización obtenidos de los diferentes pre-tratamientos realizados a Chlorella sorokiniana

Conclusiones

En el presente trabajo fue posible lograr monocultivos microalgales de Chlorella sorokiniana bajo condiciones de

crecimiento mixtróficas fue posible obtener una concentración celular de 1.5 g/L en un periodo de 15 días de cultivo.

Esta misma concentración celular ha sido reportada para diferentes cultivos microalgales.

Se determinaron las concentraciones de carbohidratos y proteínas asociadas a las tres fases de cosecha. En general. se

observa que las concentraciones de proteínas son mayores a la de carbohidratos hasta el final de la fase de

crecimiento exponencial. lo cual es similar a lo reportado para otras microalgas (Sialve et al. 2009)

Se determinaron diferencias en la producción teórica de biogás entre las diferentes fases de crecimiento. Así. en la

producción teórica de CH4 la cantidad de sustrato que se utiliza en el E2 es la mitad de la cantidad de sustrato en E1

para producir la misma cantidad de CH4.

La combinación de pre-tratamientos químico-enzimático resulta ser más efectiva en relación a su capacidad

hidrolítica de la pared celular. alcanzando un %de solubilización mayor al 50%. Esta efectividad puede estar

asociada a las características bioquímicas de la pared celular de la microalga.

% Solubilización Pre-tratamiento

9.79 80°C

34.93 100°C

43.49 120°C

38.36 1% N 12H

38.36 1% A 12H

28.08 5% N 12H

48.63 5% A 12H

12.67 1% N 24H

28.08 1% A 24H

53.77 5% N 24H

58.90 5% A 24H

Page 66: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

Referencias Bibliográficas

Adney WS. (2007) Biomass Recalcitrance: Engineering Plants and Enzymes for Biofuels Production. Science. 315:804-807.

Bohutskyi P. & E. Bouwer (2013) Biogas Production from Algae and Cyanobacteria Through Anaerobic Digestion: A Review.

Analysis. and Research Needs. En: Advanced Biofuels and Bioproducts. Springer Science Business Media New York

2013. 873-975 pp.

Christenson L. & R. Sims (2011) Production and harvesting of microalgae for wastewater treatment. biofuels.and bioproducts.

Biotechnology Advances 29:686–702.

González-Fernández C.. B. Sialve. N. Bernet & JP. Steyer (2012a). Impact of microalgae characteristics on their conversion to

biofuel. Part II: Focus on biomethane production. Biofuels. Bioprod. Bioref. 6:205–218.

González-Fernández C.. B. Sialve. N. Bernet & JP. Steyer (2012b) Review: Impact of microalgae characteristics on their

conversion to biofuel. Biofuels. Bioprod. Bioref. 6:105–113.

Rajkumar R. & Z. Yaakob. (2013) The Biology of Microalgae. Biotechnological Applications of Microalgae: Biodiesel and Value

Added Products. Ed. Faizal Bux. 255 pp.

Sialve B.. N. Bernet. Olivier B. (2009) Anaerobic digestion of microalgae as a necessary step to make microalgal biodiesel

sustainable. Biotechnology Advances. 27: 4 409–416.

Takeda H. (1996) Cell wall sugars of some Scenedesmus species. Phytochemistry 42(3): 673–675.

Tapia C. (2013) Título de Tesis para optar al grado de Magíster en Ingeniería. mención Ingeniería Bioquímica.

Page 67: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

OBTENCION DE UN CO-CULTIVO DE BACTERIAS NITRIFICANTES Y

MICROALGAS; Y EL EFECTO DE LA LUZ SOBRE LA NITRIFICACION.

OBTANING OF A CO-CULTURE OF NITRIFYING BACTERIA AND

MICROALGAE; AND THE EFFECT OF LIGHT ON THE NITRIFICATION

Gustavo Vargas1

Gonzalo Ruiz1

Andrés Donoso-Bravo2

Christian Vergara3

Abstract It was possible to obtain a consortium of nitrifying bacteria - microalgae from aerobic sludge from a

wastewater treatment plant wastewater in a continuous system (CSTR) operation and a simple design. During

operation of this system consortium presented high percentages of ammonium removal (99.3 ± 0.3%)

estimated that this was removed by the action of both nitrifying bacteria and microalgae. Nitrification rates of

58 ± 5%, and nitrogen removal by 42 ± 5% (by removing nitrogen from the effluent) was determined when the

steady state of operation was reached.

With the proposed methodology to measure the specific activities of nitrifying bacteria and microalgae jointly

activities were determined with behavior that were related to other operational parameters followed.

Maximum specific activities were estimated 0.15 and 0.05 g NH4+/g VSS*day for nitrifying and microalgae,

respectively.

KeyWords: Consortium, Nitrification, Microalgae, Respirometry.

1 * Escuela de Ingeniería Bioquímica, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso

2 INRIA Chile

3 Departamento de Ingeniería Química, Universidad de la Frontera.

* Escuela de Ingeniería Bioquímica, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, General Cruz 34, Valparaíso, Chile;

(56) 322273819, [email protected]

Page 68: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumen:

Se logró obtener un consorcio de bacterias nitrificantes – microalgas, a partir de lodo aerobio proveniente de

una planta de tratamiento de aguas residuales, en un sistema continuo (CSTR) con una operación y diseño

simples. Durante la operación del consorcio este sistema presento altos porcentajes de remoción de amonio

(99.3 ± 0.3 %), estimándose que este fue removido tanto por la acción de las bacterias nitrificantes y las

microalgas. Se determinaron porcentajes de nitrificación de un 58 ± 5 %, y de remoción de nitrógeno de un 42

± 5 % (eliminando el nitrógeno del efluente), cuando se alcanzó el estado estacionario de la operación.

Con la metodología propuesta para medir las actividades específicas de las bacterias nitrificantes y microalgas

en forma conjunta, se determinaron actividades con un comportamiento que guardaron relación con los demás

parámetros operacionales seguidos. Se estimaron actividades específicas de máximas de 0.15 y 0.05 g

NH4+/g SSV día para nitrificantes y microalgas, respectivamente.

Palabras clave: Consorcio, Microalgas, Nitrificación, Respirometría.

Introducción

Una simbiosis microbiana interesante es la de bacterias nitrificantes – microalgas, donde las microalgas

generan O2 que utilizan las bacterias nitrificantes en la oxidación de amonio a nitrito (BAO), y posteriormente

este a nitrato (BNO); por otro lado, las nitrificantes producen CO2 que consume la microalga para la

fotosíntesis (Muñoz y Guieyssea, 2006;). Además se ha reportado que las microalgas son capaces de remover

compuestos nitrogenados inorgánicos, hidrocarburos, coliformes y materia orgánica (Abdel-Raouf et al,

2012). En las últimas décadas este consorcio ha sido ampliamente estudiado (Su y Mennerich, 2011), y se han

evaluado el efecto de las variables ambientales típicas, como el pH, la temperatura, concentración de oxígeno

y la intensidad de la luz (Muñoz Guieyssea, 2006). Este último es fundamental para el crecimiento de las

microalgas (Chen et al, 2011), pero se ha reportado que las bacterias nitrificantes son inhibidas por la luz

(Abeliovich y Vonshak, 1993; Vanzella et al, 1989, Kaplan et al, 2000).

Los valores típicos que se han reportado en literatura para el cultivo de microalgas se encuentran en los

rangos de temperatura de 16 - 27 ºC, pH entre 4 - 11 e intensidades de luz de 1000 - 10000 lux (Koller et al,

2012). Para las bacterias nitrificantes el rango óptimo de temperatura es de 30 - 40 ºC, el pH óptimo de trabajo

para BAO y BNO es de 7.2 – 7.6 y 7.9 – 8.2, respectivamente; además ellas requieren oxígeno para la

oxidación (OD > 2 ppm), (Sinha y Annachhatre, 2007). A partir de estos valores se puede establecer similitud

en el pH y la temperatura para el cultivo entre ambos microorganismos.

Las bacterias nitrificantes y las microalgas están presentes en las plantas de tratamiento de aguas residuales,

incluso participan del proceso (Su y Mennerich, 2011; Muñoz y Guieyssea, 2006). Además se ha reportado la

presencia natural del consorcio, en forma de biofilm, en la laguna de una planta de tratamiento (Mc-lean et al,

2010). En general, este tipo de consorcios se obtienen a partir de cultivos puros de cada microorganismo,

especialmente| el de microalgas (González et al, 2008; Travieso et al, 2006), lo que requiere un trabajo

complejo. En este trabajo se presenta un sistema de operación simple para la obtención del consorcio

nitrificante – microalgas, a partir de lodo aerobio de una planta de tratamiento. Además se plantea una

metodología para la determinación de la actividad específica de nitrificantes y microalgas en un consorcio.

Metodología.

Sistema de operación en continuo. En todas las experiencias se utilizó en mismo sistema continuo, cuando en

la operación se utilizó iluminación artificial el reactor era transparente. El sistema estaba constituido por un

reactor cilíndrico de 1.5 L, acoplado a sistemas auxiliares conformados por un sistema de control de pH

(Hanna instruments, modelo BL 931700) conectadas a una bomba de membrana (STROKE, modelo BL1.5)

que inyectaba una solución de HCO3-

(49 g/L, Merck), un sistema automático de alimentación (bomba

peristáltica, Masterflex L/S), aireación (5 L/min) por un compresor de aire (ABAC, modelo B 2800 - 100) y la

agitación por un agitador magnético (Stuart, modelo SB161).

Page 69: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

El reactor iluminado fue fabricado de acrílico (dimensiones de 23 cm alto y 11 cm diámetro). La iluminación

fue artificial, y se utilizaron 4 tubos fluorescentes (OSRAM, 18 W) con los que se obtuvo una intensidad de

5.000 lux (en las paredes de los reactores), la intensidad de luz se midió con un luxómetro (EXTECH, modelo

403125). El medio de cultivo utilizado fue el mismo utilizado en trabajos anteriores (Ruiz et al, 2003).

Selección de nitrificantes. Se utilizó un reactor no iluminado, con un caudal constante de 0.15 L/día (TRH 10

días), el que se inoculo con lodo aerobio (3.4 g/L). En la puesta en marcha del reactor la concentración de

amonio alimentado fue ascendente. Los valores de pH, temperatura y oxígeno disuelto se mantuvieron

estables durante toda la operación (80 días) con valores de 7.62 ± 0.08, 23.2 ± 0.2 ºC y de 7.3 ± 0.2 mg O2/L;

respectivamente.

Efecto de la luz sobre biomasa nitrificante. Se operaron dos reactores, uno iluminado y otro no iluminado,

con un caudal constante de 0.375 L/día (TRH 4 días), el que se inoculo con biomasa nitrificante de la

experiencia anterior. Los valores de pH durante toda la operación (35 días), fueron de 7.49 ± 0.08 y 7.51 ±

0.07 en el reactor iluminado y no iluminado, respectivamente; mientras que la temperatura fue de 25.1 ± 0.1

°C y hubieron valores superiores de oxígeno a los 4 mg O2/L en ambos reactores.

Selección de consorcio. Se utilizó un reactor iluminado operado en continuo, con un caudal constante de 0.15

L/día (TRH 10 días), el que se inoculo con lodo aerobio (3.4 g/L). En la puesta en marcha del reactor la

concentración de amonio alimentado fue ascendente. Los valores de pH, temperatura y oxígeno disuelto se

mantuvieron estables durante toda la operación (80 días) obteniéndose valores de 7.8 ± 0.1, 27.2 ± 0.2 ºC y de

7.0 ± 0.5 mg O2/L; respectivamente.

Determinación de la actividad de bacterias nitrificantes y microalgas. Se realizaron determinaciones de la

actividad específica de microorganismos nitrificantes y de microalgas en un consorcio, por medio de la

variación del OD, al exponer en forma intermitente a la luz y un pulso de amonio de muestras del consorcio.

Se explotan los requerimientos de consumo de oxígeno en la oxidación de amonio a nitrato, por parte de las

nitrificantes, y la capacidad de producir O2 de las microalgas.

El monitoreo de la variación de OD se realizó en un reactor de acrílico de 140 mL, con una sonda de oxígeno

(Design Instruments, DO2-WWT) y un lector de la variación de OD (Design Instruments, modelo FMC series

modular control). La exposición a luz se realizó con una ampolleta de ahorro de energía de 8 watt, en una caja

forrada de papel refractario (5000 Lux en las paredes del reactor). Se inyecto aire con una bomba Pecera (Sea

star, modelo HX-108A) y la agitación fue magnética, la que fue constante durante la determinación, en la

figura 3 se presenta una imagen del sistema. En el reactor se inyectaban 25 ml de muestra de la salida de los

reactores, y se adicionaban 75 ml de agua. Las muestras se aireaban por 12 horas, se detenía la aireación

(respiración endógena nitrificantes), seguido de encendía la iluminación (Fotosíntesis endógena microalgas),

en ambos pasos se monitoreaba la variación de OD por 15-20 minutos. Posteriormente se inyecta 38 µL de

medio de cultivo (Respiración nitrificantes), seguido se encendía la iluminación (fotosíntesis microalgas), en

ambos pasos se monitoreaba la variación de OD por 20-30 minutos. La inyección del medio de cultivo se

realiza en forma manual, al igual que el encendido/apagado de la aireación e iluminación.

Para calcular las actividades específicas de nitrificantes y microalgas se utilizaron las pendientes de las rectas

obtenidas de los gráficos de variación de OD en el tiempo, estas se determinaron por regresiones lineales,

determinándose las pendientes. La actividad de nitrificante se utilizó la siguiente ecuación:

Ecuación (1) y para las microalgas se utilizó:

Ecuación (2) Donde:

ActBN = actividad específica nitrificante (g NH4+ / g SSV * día)

ActMA = actividad específica microalga (g NH4+ / g SSV * día)

Page 70: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

m respiración BN = pendiente consumo de oxigeno por nitrificantes (mg O2 / L*min)

m respiración endógena BN = pendiente consumo de oxigeno endógeno (mg O2 / L*min)

m respiración MA = pendiente producción de oxigeno (mg O2 / L*min)

m respiración endógena MA = pendiente producción de oxigeno endógena (mg O2 / L*min)

YNH4+/O2 = rendimiento teórico de amonio (g NH4+ / g O2).

f d = factor de dilución de la muestra.

X muestra = biomasa de la muestra analizada (g SSV / L)

Los valores de rendimiento teórico utilizados fueron de 0.2813 g NH4+/gO2 para las bacteria nitrificantes, la

que fue calculada a partir de las ecuación 1, y para las microalgas 0.089 g NH4+/gO2. Esta se calculó a partir

de la ecuación 3, la que se determinó con la típica formula molecular utilizada de biomasa de microalga, que

es la CH1.83O0.48N0.11P0.01 (Arbib et al, 2013). Se asumió que la fuente nitrógeno fue amonio y solo se produce

oxigeno como producto externo.

CO2 + 0.11 NH+

4 + 0.01 PO4= + 2.255 H2O + hν CH1.83O0.48N0.11P0.01 + 0.695 O2 Ecuación (3)

Metodología analítica. En todas las experiencias se midieron diariamente las concentraciones de amonio

[NH4+], nitrito [NO2

-] y nitrato [NO3

-] por espectrofotometría (APHA, 1995); el OD y la temperatura por una

sonda de oxigeno (DO2-WWT conectado a un FMC series modular control), y el pH con un electrodo

(OAKTON, WD 35802-00). Además de los flujos de alimentación y de HCO3- por desplazamientos de

volúmenes. Cada 5 o 7 días se determinó la biomasa (SSV) secando y calcinado hasta peso constante, y

también se determinó el contenido de clorofila A por fluorescencia (Fluorimetro de mano Aquaflor, Design

Turner). Además realizaron análisis cualitativos de las muestras de salida con un microscopio de

fluorescencia (Nikon, modelo 50I).

Resultados y discusiones.

Efecto de la luz sobre biomasa nitrificante. Después de la obtención de biomasa nitrificante, con los efluentes

de la operación, se inocularon dos reactores con iguales condiciones de operación, la única diferencia es que

uno fue iluminado. Durante la operación del reactor iluminado se observó la aparición de biomasa verde, el

que apareció a los 14 días aproximadamente, presumiblemente de microalgas. Mientras que en el reactor no

iluminado la biomasa era similar a la inoculada (nitrificantes), y no se apreció la coloración verde. Los

contenidos promedios de biomasa en los reactores fueron de 0.6 ± 0.2 y 1.1 ± 0.4 g SSV/L en el no iluminado

e iluminado, respectivamente. Esta diferencia se atribuyó a que en el reactor no iluminado solo crecieron

nitrificantes, mientras que el iluminado además creció microalgas.

Análisis en un microscopio de fluorescencia de muestras de loa reactores (figura 1), evidenciaron la presencia

y aumento de un microorganismo con capacidad de fluorescencia en el reactor iluminado, atribuida a la

clorofila (por la coloración verde). Esto fue confirmado con la determinación de los contenidos de clorofila A

que se presenta en la figura 2, en ella se puede observar como en el reactor no iluminado la concentración es

prácticamente cero, mientras que en el reactor iluminado hay un aumento en el contenido de clorofila A, con

un pico importante el día 21, exceptuando este día hay una concentración promedio 13.59 mg clorofila A/L.

Similares perfiles de crecimiento de clorofila A fue evidenciado por Chen y colaboradores (2011) en el

cultivo de Chlorella sp en un fotobioreactor tubular en continuo, donde atribuyen el pico de crecimiento a un

periodo de fotoaclimatación para evitar la fotoinhibición, por lo que posiblemente el microorganismo que

crece en el reactor iluminado son microalgas.

Page 71: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

Figura 1.- Imágenes del microscopio de fluorescencia de muestras del reactor no iluminado (A) e iluminado

(B), en el efecto de la luz sobre las bacterias nitrificantes.

Figura 2.- Variación de la concentración de Clorofila A in vivo en el reactor iluminado (rojo) y no iluminado

(azul), en el efecto de la luz sobre las bacterias nitrificantes.

En ambos reactores no se observó acumulación de N-NO2- se observó la presencia de altas concentraciones de

N-NO3-, por la nitrificación completa, evidenciándose la presencia de nitrificantes en los reactores durante

toda la operación. En el reactor no iluminado el promedio de las concentraciones de N-NO3- de salida y de N-

NH4+ alimentado son estadísticamente similares, indicando que ocurre una oxidación completa de todo el N-

NH4+ alimentado, lo que fue confirmado con los consumos de HCO3

-. Las concentraciones de N-NO3

- de

salida y de N-NH4+ alimentado en el reactor iluminado fueron diferentes, incluso la concentración de N-NO3

-

de salida disminuyeron hasta los 20 – 25 días de operación, posteriormente se mantuvo estable. La diferencia

entre N-NO3- de salida/N-NH4

+ alimentado se atribuye a las microalgas, las que pueden consumir N-NH4

+ de

la entrada o el N-NO3- producido (Abdel-Raouf et al, 2012). En base a la relación de N-NO3

- salida/N-NH4

+

alimentado se puede calcular el promedio del porcentaje de nitrificación cuando se mantuvo estable la

concentración de N-NO3-

en la salida (posterior a los 20 días), obteniéndose un 33 ± 5 %. A pesar de las

diferencias en ambos reactores se lograron altos valores de remoción amonio, los valores obtenidos fueron de

95 ± 2 y 95.1 ± 0.7 en los reactores no iluminados e iluminados, respectivamente.

El crecimiento de las microalgas en el reactor iluminado nos indica que la selección de las bacterias

nitrificantes no fue eficiente, y que las microalgas se encontraban presentes en el lodo aerobio y que lograron

persistir en el reactor bajo las condiciones de operacionales optimas de nitrificantes. A partir de los resultados

obtenidos hasta el momento se puede asumir que en el reactor iluminado tenemos un consorcio de bacterias

nitrificantes - microalgas, el que se ha reportado que tiene la capacidad de remover el nitrógeno del reactor

(entre un 20 – 80 % del nitrógeno total), lo que explicaría la remoción de nitrógeno en el reactor iluminado

(posterior a los 20 días) de un 67 %. (Posadas et al, 2013).

Page 72: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

Figura 3.- Variación de la concentración de los compuestos nitrogenados inorgánicos en el reactor luminado

y no iluminado, en el efecto de la luz sobre las bacterias nitrificantes. Se presentan el N-NH4+ (-♦-), N-NO2

-

(-■-) y el N-NO3- (-▲-) de la salida; además del N-NH4

+ de la alimentación (-x-) del reactor.

En la figura 4 se presentan las actividades específicas de las bacterias nitrificantes en el reactor no iluminado

en ausencia y presencia de luz, determinadas por respirometrías, estos presentaron un promedio de 0.023 ±

0.006 y 0.006 ± 0.002 g NH4+/gSSV día, respectivamente; obteniéndose un porcentaje de inhibición

promedio de 72 ± 8 %. El perfil de comportamiento concuerda con la variación de los compuestos

inorgánicos nitrogenados y el consumo de bicarbonato observados en el reactor. En el caso del reactor

iluminado no se pudo determinar las actividades específicas nitrificantes, por la presencia de microalgas.

Figura 4.- Evolución de la actividad específica nitrificante determinadas por respirometría sin luz (azul) y

con luz (rojo) de la biomasa proveniente del reactor no iluminado, en el efecto de la luz sobre las bacterias

nitrificantes.

Selección de consorcio. En el reactor se observó la presencia de N-NO3-

durante toda la operación, lo que

indica la presencia y el aumento de microorganismos nitrificantes. La concentración de N-NO3- presento un

aumento hasta 25 días de operación, estabilizándose en 750 mg N-NO3-/L aproximadamente, evidenciándose

un oxidación incompleta del amonio alimentado. Durante los primeros días de operación se observó la

presencia N-NO2- en el efluente, el que es un producto intermediario de la nitrificación (Sinha y Annachhatre,

2007), hasta que la concentración de N-NH4+ alimentado se mantuvo constante (20 días de operación),

momento en que decayó la acumulación de N-NO2- y se elevó la concentración de N-NO3

- a la salida del

reactor. Esta acumulación N-NO2- se ha reportado en experiencias con nitrificantes, esta se atribuye a una

inhibición momentánea y reversible de las BNO (Campos et al, 2007). El porcentaje de remoción de amonio

durante toda la operación fue de 99.3 ± 0.3 %. Además de la presencia de nitrificantes en el reactor, se

evidencio el crecimiento de microalgas, al observarse la aparición de biomasa verde desde los 14 días de

operación, y al igual que en la experiencia anterior se observó por microscopio de fluorescencia la presencia

(desde los 7 días) y el aumento de los microorganismos con capacidad de fluorescencia (ver figura 4),

Page 73: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

atribuido a la clorofila de las microalgas, esto fue confirmado con la determinación de clorofila A.

Figura 5.- Variación de la concentración de los compuestos nitrogenados inorgánicos en el reactor para la

obtención del consorcio. Se presentan el N-NH4+ (-♦-), N-NO2

- (-■-) y el N-NO3

- (-▲-) de la salida; además

del N-NH4+ de la alimentación (-x-) del reactor y el porcentaje de remoción de amonio (-ж-).

Figura 6.- Variación de las actividades específicas determinadas (abajo), y de las pendientes obtenidas

(arriba) en el análisis de la variación de OD a exposición intermitente de amonio y luz, para nitrificantes

(azul) y microalgas (rojo).

En la figura 6 se presentan los valores de las actividades específicas, estas se fueron diferenciando

progresivamente debido a la gran diferencia del YNH4+/O2, con actividades específicas nitrificante hasta 5 veces

mayor, en los últimos días de operación. Los valores de actividad específica determinados son bajos, respecto

a las velocidades de nitrificación en sistemas de tratamiento de aguas residuales reportados en literatura

(Carrera, 2001).

Conclusiones

Es posible obtener un consorcio de bacterias nitrificantes – microalgas, a partir de lodo aerobio, en un sistema

continuo con una operación y diseño simples, con altos porcentajes de remoción de amonio y de nitrógeno.

Además, es posible medir las actividades conjuntas de las bacterias nitrificantes y microalgas en un consorcio,

pudiéndose establecer relación con la actividad en el interior del reactor, aunque las actividades son bajas.

Agradecimientos

INRIA Chile, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso (Proyecto PUCV-DI 103.277)

Referencias

Page 74: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

8

Abeliovich, A., A. Vonshak. Factors inhibiting nitrification of ammonia in deep wastewater reservoirs. Water Reservoirs.

27 (1993) 1585-1590.

Abdel-Raouf, N., A. Al-Homaidan, I. Ibraheem. Microalgae and wastewater treatment. Saudi Journal of Biological

Sciences. 19 (2012) 257–275.

Arbib, Z., Ruiz, J., Álvarez-Díaz, P., Garrido-Pérez, C., Perales, J.A., Capability of different microalgae species for

phytoremediation processes: wastewater tertiary treatment, CO2 bio-fixation and low cost biofuels production,

Water Research (2013), doi: 10.1016/j.watres.2013.10.036.

Campos J.L., J.M. Garrido, A. Mosquera-Corral, R. Méndez. Stability of a nitrifying activated sludge reactor.

Biochemical Engineering Journal. 35 (2007) 87–92.

Carrera, J. Eliminación biológica de nitrógeno en un efluente de alta carga: Estudios de los parámetros del proceso y de

diseño de una depuradora industrial. Universidad autónoma de Barcelona, Departamento de ingeniería química

(2001).

Chen, X., Q. Yvonne, W. Tan, I. Hossain, W. Ning, R, Lau. Lumostatic strategy for microalgae cultivation utilizing image

analysis and chlorophyll a content as design parameters. Bioresource Technology. 102 (2011) 6005–6012.

Daims, H., M. Taylor, M. Wagner. Wastewater treatment: a model system for microbial ecology. Trends in

Biotechnology. 24 (2006) 483 – 489.

González C., J. Marciniak, S. Villaverde, P. García-Encina, R. Muñoz. Microalgae-based processes for the biodegradation

of pretreated piggery wastewaters. Application Microbiology Biotechnology. 80 (2008) 891–898.

Harun R., M. Singh, G. Forde, M. Danquah. Bioprocess engineering of microalgae to produce a variety of consumer

products. Renewable and Sustainable Energy Reviews. 14 (2010) 1037–1047.

Kaplan, D., R. Wilhelm, A. Abeliovich. Interdependent environmental factors controlling nitrification in waters. Water

Science and Technology 42 (2000) 167–172.

Koller M., A. Salerno, P. Tuffner, M. Koinigg, H. Böchzelt. Characteristics and potential of micro algal cultivation

strategies: a review. Journal of Cleaner Production. 37 (2012) 377-388.

McLean, B., K. Baskaran, M. Connor, The use of algal-bacterial biofilms to enhance nitrification rates in lagoons:

experience under laboratory and pilot-scale conditions. Water Science and Technology. 42 (2000) 187–194.

Muñoz, R., B. Guieyssea. Algal–bacterial processes for the treatment of hazardous contaminants: A review. Water

research. 40 (2006) 2799 – 2815.

Sinha B., A. Annachhatre. Partial nitrification—operational parameters and microorganisms involved. Review

Environment Science Biotechnology. 6 (2007) 285–313.

Su, Y., A. Mennerich, B. Urban. Municipal wastewater treatment and biomass accumulation with a wastewater-born and

settleable algal-bacterial culture. Water research. 45 (2011) 3351 – 3358.

Travieso, L., F. Benítez, E. Sánchez, R. Borja, A. Martín, M. Colmenarejo, Batch mixed culture of Chlorella vulgaris

using settled and diluted piggery waste. Ecological engineering 28 (2006) 158–165.

Vanzella, A., M. Guerrero, R. Jones. Effect of CO and light on ammonium and nitrite oxidation by chemolithotrophic

bacteria. Marine ecology progress series. 57 (1989) 69-76.

Wang, X., X. Wen, C. Criddle, G. Wells, J. Zhang, Y. Zhao. Community analysis of ammonia-oxidizing bacteria in

activated sludge of eight wastewater treatment systems. Journal of Environmental Sciences. 22 (2010) 627–634.

Page 75: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

1

EVALUACIÓN DEL POTENCIAL METANOGÉNICO DE ORUJO DE OLIVA.

INFLUENCIA DE LA RAZON SUSTRATO-INÓCULO Y EFECTO DEL

PRETRATAMIENTO MECÁNICO

EVALUATION OF THE S/I RATIO AND ITS INFLUENCE IN THE METHANOGENIC

POTENTIAL OF STARCH, CRUDE OLIVE POMACE AND PRETREATED MECHANICALLY

Eduardo Ortega Martínez1*

Gonzalo Ruiz Filippi 12

Andres Donoso Bravo12

Abstract A study of the inoculum/substrate ratio (S/I) in the starch biodegradation, crude olive oil pomace and Pretreated

Mechanically was performed in a batch assay (in a laboratory scale) at mesophillic temperature (37ºC) with a initial

pH between 7.3 and 7.5. The assay was conducted in glass bottles with a working volume of 100 mL and a

headspace around 12.5 mL with an inoculum concentration of 5gVS/L. The amount of substrate added to each assay

was varied, so five S/I ratio were evaluated: 0.8 – 1.5 – 4.6 – 10.3 and 13.8 g Substrate COD/g Inoculum VS. The

assay was prolonged until all the gas production in all the bottles stopped, so the total time of the assay was around

the 70 days. At the end of the starch assay, was obtained a higher specific methane production, as the S/I ratio

decreased, going from 33.0±1.3 to 255.7±2.5 [mL CH4/g Starch COD].This variation could have been caused by the

oversaturation of substrate in elevated S/I ratio. By other hand, the crude olive pomace had a specific methane

production according to what happened with the starch, where the specific methane production increased at low S/I

Ratio, going from 59.3±4.0 [mL CH4/g Pomace COD] in the higher S/I Ratio, to 99.4±0.7 [mL CH4/g Pomace

COD] in the lower S/I Ratio, with this can be concluded that the S/I Ratio is a critical parameter in the BMP assay.

Finally in the pretreated pomace (pPomace), as it was expected, the specific methane production behaves like the

previous cases, going from 49.6 [mL CH4/g pPomace COD] at the higher ratio (13.8 [g pPomace COD Starch /g

inoculum VS]), to 101.8±9.8 [mL CH4/g pPomace COD] to the lower ratio of (0.8 [g pPomace DQO /g Inoculum

VS]), so the pretreatment produces a slightly different specific methane production than the crude pomace, but this

variation isn’t enough for using this pretreatment as an enhancing method of the anaerobic digestion of olive

pomace

Key Words: Anaerobic Digestion, Methanogenic Potential, Olive Pomace, S/I Ratio.

1 Escuela de Ingeniería Bioquímica, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso.

2 INRIA-Chile. Communication and Information Research and Innovation Center (CIRIC).

* Eduardo Ortega Martínez: Escuela de Ingeniería Bioquímica, Pontificia Universidad Católica de Valparaíso, General Cruz 34,

Valparaíso. Código Postal . Chile. Email: [email protected]

Page 76: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

2

Resumen

Un estudio de las razones sustrato/inoculo (S/I) en la biodegradación de almidón, orujo de oliva crudo y pre-tratado

mecánicamente fue llevado a cabo en un ensayo batch a escala laboratorio a una temperatura mesofílica (37ºC) con

un pH inicial entre 7.3-7.5. El ensayo fue montado en botellas de vidrio con un volumen útil de 100 mL y un espacio

de cabeza de 12.5 mL aproximadamente. El ensayo contó con una cantidad invariable de inoculo de 5 g/L de sólidos

volátiles (SV). La cantidad de sustrato agregada a cada ensayo fue variando con lo cual se dispuso de 5 razones (0.8

– 1.5 – 4.6 – 10.3 y 13.8 [g DQO Sustrato /g SV inoculo]). El ensayo se prolongó hasta que todas las botellas

hubiesen detenido su producción, por lo que el tiempo del ensayo bordeó los 70 días. Al término del ensayo, para el

caso del almidón, se obtuvo una producción específica máxima de metano a medida que disminuye la razón S/I,

yendo desde 33.0±1.3 a 255.7±2.5 [mL CH4/g DQO Almidón]. Esta variación se pudo deber a la sobresaturación de

sustrato a las razones más altas. Por otra parte, el orujo de oliva crudo tuvo una producción de metano específica

acorde a lo sucedido con el almidón, en donde se produjo un aumento de la producción especifica de metano a

medida que la razón S/I disminuía, con lo cual se produjo 59.3±4.0 [mL CH4/g DQO Orujo] en la razón más alta,

hasta los 99.4±0.7 [mL CH4/g DQO Orujo] en la razón S/I más baja, lo cual comprueba el hecho que la razón S/I es

un parámetro de suma importancia a la hora de pensar en ensayos BMP. Finalmente en el caso del orujo de oliva pre-

tratado mecánicamente (pOrujo) tal como se esperaba, se observo un comportamiento similar a los anteriores, en

donde la producción específica de metano se comportaba inversamente a la razón S/I, produciéndose 49.6 [mL

CH4/g DQO pOrujo]] a la razón de (13.8 [g DQO pOrujo /g SV inoculo]), hasta los 101.8±9.8 [mL CH4/g DQO

pOrujo] a la razón de (0.8 [g DQO pOrujo /g SV inoculo]), con lo cual el pre-tratamiento produjo una cantidad

levemente distinta de metano específico, lo cual indica que el uso de un pre-tratamiento mecánico no mejora

considerablemente la cantidad de metano especifica producida.

Palabras clave: BMP, Digestión anaerobia, Orujo de Oliva, Potencial Metanogénico, Razón S/I.

Introducción (Subtítulo)

La digestión anaerobia es un sistema consolidado a nivel mundial, el cual tiene como objetivo reducir la materia

orgánica presente en el residuo obteniéndose como sub producto biogás el cual tiene un valor energético importante

por el metano presente en el. La captura y el uso del metano también tienen como resultado la reducción de gases de

efecto invernadero y en algunos casos puede generar la venta de bonos de carbono. Estos beneficios han llevado a un

importante interés en el uso de digestores anaerobios como sistema de tratamiento de residuos. Es en base a este

hecho, que se hace necesario una planificación cuidadosa y un diseño acertado al momento de pensar en la

utilización de un digestor anaerobio, y de este modo, generar un óptimo desempeño el cual garantice el máximo

aprovechamiento del biogás. Existen un sin número de fuentes de donde se pueden obtener datos operacionales de

digestores anaerobios (Balsam, 2006; Burke, 2001), los cuales pueden servir como estimación de las condiciones a

utilizar. Sin embargo, la utilización de mencionados datos, como parámetros de diseño, puede generar una sobre

estimación del desempeño del digestor anaerobio. Es en base a este escenario que los ensayos de potencial

biometanogénicos (BMP) adquieren relevancia, pues son una fuente relativamente económica que proporciona datos

sobre la digestibilidad anaerobia de un sustrato dado y el biogás que se podría generar a partir de él, información la

cual es de suma importancia cuando se está comparando la digestibilidad de varios sustratos o cuando se desea la

optimización del diseño y operación de un reactor anaerobio. La literatura relacionada a los ensayos BMP es extensa

y da cuenta que se ha utilizado este ensayo para una gran variedad de sustratos (Gunaseelan et. al. 2004; Hansen et.

al 2004, Angelidaki et. al. 2009a). Es así, como en el último tiempo se ha reportado el uso de este ensayo de parte de

gran cantidad de investigadores. Junto con ello, muchos métodos se han utilizado para la medición del potencial

biometanogénico, sin embargo, no existe un protocolo estándar y unificado para llevar a cabo esta determinación

(Muller et. al. 2004). Es así que los datos de producción específica de metano, son de una limitada comparación y

pueden no ser precisos debido a la variación entre un protocolo y otro. Solo recientemente se ha propuesto un

protocolo para los ensayos de BMP en donde son descritos algunos lineamientos básicos para un procedimiento en

común (Angelidaki et.al. 2009b). Ahora bien, existen, muchos factores que pueden afectar la digestibilidad anaerobia

de materiales orgánicos y algunos de ellos, aun ahora, son vagamente entendidos, y frecuentemente no son descritos

Page 77: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

3

en el procedimiento utilizado. Dentro de estos factores, quizás uno de los más importantes y muy poco descritos en

literatura es la relación que existe entre el sustrato y el inoculo (Razón S/I) factor el cual (Chudoba et. al. 1991)

reconoce como uno de los más importantes en un ensayo batch.Recientemente el gobierno chileno ha publicado un

plan energético para los siguientes 10 años, en donde uno de los ejes centrales es el fomento del uso de energías

renovables no convencionales. Es en base a este escenario, que la utilización de residuos agroindustriales para la

generación de biogás toma una notable relevancia. El sector olivícola o de producción de aceite de oliva ha tenido un

crecimiento importante y sostenido desde su aparición en el contexto chileno. Uno de los principales residuos

generados en este sector es el orujo de oliva, sustrato interesante para su transformación en biogás mediante

digestión anaerobia. Sin embargo su alto contenido en fibras hace que pueda dificultarse la metanización de este

residuo (Borja et. al. 2002). Es en base a este escenario que el uso de pre-tratamientos toma una importancia

relevante. Uno de los distintos pre-tratamientos que pueden realizarse a residuo fibrosos, es el pre-tratamiento

mecánico (Banks et. al. 2013) el cual incrementa el área superficial disponible, además de poder disminuir el grado

de cristalización de la celulosa, así también el grado de polimerización de la misma (Taherzadeh et. al. 2008), por lo

cual parece ser una interesante alternativa para ayudar a la digestión anaerobia de orujo de aceite de oliva.

Este trabajo tiene como objetivo conocer la influencia de la razón S/I en los ensayos batch de potencial

biometanogénico usando orujo de oliva crudo y pre-tratado mecánicamente. Además de determinar si existe un

aumento de la producción específica de metano pre-tratando mecánicamente el orujo de aceite de oliva.

Metodología.

Inóculo.

El inoculo, fue obtenido de un reactor continuo de tanque agitado, del cual se dispuso para obtener un inoculo fresco.

Dicho inoculo fue retirado del reactor 3 días antes de su utilización para la eliminación de la materia orgánica

remanente que pudiese estar presente resultando con las concentraciones observadas en la tabla 1.

Tabla 1. Características del Inoculo

Parámetros Técnica analítica Unidad Unidad

ST Standard Methods, Gravimétrico g/L 33.3

SV Standard Methods, Gravimétrico g/L 19.4

Sustrato.

Los sustratos utilizados fueron almidón soluble (Merck), Orujo de aceite de oliva crudo y pre-tratado

mecánicamente. El almidón fue utilizado como una especia de ensayo control con sustrato particulado de fácil de

gradación que nos da una idea de la producción de metano máxima a las diferentes razones. El orujo de oliva se

obtuvo de una planta productora de aceite de oliva por tres fases, en la región del Maule en la zona sur de Chile. El

pre-tratamiento mecánico fue realizado mediante un molino de mano, teniendo el cuidado de que la granulometría

del orujo, no sobrepasara los 3 mm. Las características del sustrato, quedan evidenciadas en la tabla 2.

Tabla 2. Características del Orujo de Oliva.

Parámetros Técnica analítica Unidad Magnitud

DQOc Método Walkley – Black gO2/kg 835.2

ST

SV

%Humedad

%Grasas (base seca)

%Cenizas (base seca)

%Fibra Cruda (base seca)

%Nitrogeno Total Kjeldahl

(base seca)

Extractos no Nitrogenados

(Base seca)

Standard Methods, Gravimétrico

Standard Methods, Gravimétrico

Método 945,15 de la AOAC

Meétodo 963,15 de la AOAC

Método 940,15 de la AOAC

Método 920,169 de la AOAC

Método 2011,11 de la AOAC

Calculados por diferencia

g/Kg

g/kg

g/100g

g/100g

g/100g

g/100g

g/100g

g/100g

452.5

445.7

50.2

8.5

1.2

57.5

0.6

32.2

Page 78: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

4

Ensayo de Potencial Biometanogénico (BMP).

Los ensayo BMP fueron llevados a cabo de acuerdo a los lineamientos bases propuestos recientemente por (Raposo

et. al. 2011; Angelidaki et.al. 2009b). El ensayo se llevó a cabo en botellas de vidrio con 100 mL de volumen útil y

un espacio de cabeza de 12.5 mL. Las botellas fueron mantenidas en una cámara termoregulada a 37ºC sin agitación

alguna. El ensayo se preparó agregando al inoculo macro y micro nutrientes de acuerdo (Field et.al. 1987), teniendo

en cuenta las inhibiciones que pudiesen haber presentes (Cheng 2008), es por ello que se agregó bicarbonato de

sodio, el cual sirvió como tampón para evitar la acidificación que podría producirse por el aumento en la

concentración de ácidos grasos volátiles (AGVs). La proporción de bicarbonato agregada fue de 1 g de bicarbonato

de sodio por cada g de SV agregado al ensayo. Posterior a ello, se agregó a cada botella una cantidad tal de inóculo,

para que quedase una concentración de 5 g/L. Luego, se agregó a cada botella una cantidad de cada sustrato de modo

que se obtuvo 5 razones S/I : 0,8 – 1,5 – 4,6 – 10,3 y 13.8 [g DQO Sustrato /g SV inoculo]. Se utilizaron

controles/blancos para determinar la producción de biogás debido a la materia orgánica remanente que se encuentra

en el inóculo. El ensayo fue realizado por triplicado.

Resultados y Discusión

Biodegradación de Almidón

La producción específica de metano en la biodegradación de almidón es observada en la figura 1, en donde se

muestra que la producción específica de metano fue mayor en la razón 0.8 [g DQO almidón /g SV inoculo] (curva

celeste) llegando a un máximo de 255.7±2.5 [mL CH4/g DQO Almidón] seguido de la razón de 1.5 [g DQO almidón

/g SV inoculo] de línea purpura que produjo un total de 151.6±24.3 [mL CH4/g DQO Almidón]. En las otras razones

(4.6 – 10.3 y 13.8 [g DQO almidón /g SV inoculo]) no se observó una diferencia significativa puesto que las tres

bordean los 30 [mL CH4/g DQO Almidón].

-50,0

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

0 20 40 60 80

Me

tan

o E

spe

cífi

co (

mL

CH

4/

g D

QO

)

Tiempo (días)

13,8 S/I

10,3 S/I

4,6 S/I

1,5 S/I

0,8 S/I

Figura 1. Evolución en la biodegradación de almidón a distintas razones S/I.

En base a los datos anteriormente descritos se confeccionó una gráfica con los valores máximos de producción

específica de metano versus las razones S/I disponibles. Dicha gráfica, representada en la figura 2 describe

claramente que existe una relación inversa entre la razón S/I y la cantidad de metano especifico máximo, puesto que

a medida que disminuye la razón S/I, hubo un incremento en la cantidad de metano específico, encontrando un

máximo a la razón de razón 0.8 [g DQO almidón /g SV inoculo]. Esto es comparable con (Fernandez et. al. 2009)

quien obtuvo mayor rapidez en obtener un mismo valor de metano específico, a razones S/I más bajas. Por otro lado

esto comportamiento está descrito por (Chudoba et. al. 1991 y Chudoba et. al 1992) quien menciona que a razones

más bajas de S/I, existe un menor gasto energético para la multiplicación celular, lo cual visto de otro modo indicaría

un mayor gasto del carbono utilizado como sustrato en vías que pudiesen producir metano.

Page 79: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

5

0,0

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Pro

du

cció

n e

spe

cífi

ca M

áxim

a d

e

me

tan

o (m

L C

H4

/gD

QO

)

Razones S/I (g DQO/ g SV)

Figura 2. Influencia de la relación S/I versus la producción especifica máxima de metano

Biodegradación de Orujo de Oliva Crudo

La metanización de orujo de oliva es observada en la figura 3a, en donde se observa que existe un máximo de

producción de metano específico a la razón de 0.8 [g DQO orujo/g SV inoculo] tal como se observó en el caso del

almidón, sin embargo esta vez la producción de metano especifica tuvo un valor de 99.4±0.7 [mL CH4/g DQO

Orujo] curva celeste a la razón de 0.8 [g DQO Orujo /g SV inoculo], seguida de la razón 1.5 [g DQO Orujo/g SV

inoculo] curva morada con un valor de 76.3±5.7 [mL CH4/g DQO Orujo] y tal como el caso del almidón, en las tres

razones restantes (4.6 – 10.3 y 13.8 [g DQO Orujo /g SV inoculo]) no se observaron diferencias significativas puesto

que las tres bordearon los 55 [mL CH4/g DQO Orujo]. La producción específica máxima obtenida, es un poco mayor

a la presentada por (Tekin et. al. 2000) quien obtuvo un valor de 80[mLCH4/g Orujo alimentado], sin embargo, el

autor no indica explícitamente la razón S/I utilizada, lo cual hace difícil su comparación con los valores obtenidos, y

hace difuso el conocer si esta variación se debe a una baja o alta relación S/I o es por las diferencias típicas que

podrían poseer dos residuos de plantas olivícolas distintas.

-30,0

0,0

30,0

60,0

90,0

120,0

0 20 40 60 80Me

tan

o E

spe

cífi

co (

mL

CH

4/

g D

QO

)

Tiempo (días)

13,8 S/I

10,3 S/I

4,6 S/I

1,5 S/I

0,8 S/I

0

20

40

60

80

100

120

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Pro

du

ccio

n e

spe

cifi

ca m

áxim

a d

e

me

tan

o (m

L C

H4

/gD

QO

)

Razones S/I (gDQO/gSV)

Figura 3. Figura 3a (Izquierda). Evolución en la metanización de Orujo de oliva a distintas razones S/I. Figura 3b

(derecha). Influencia de la Relación S/I versus la producción especifica máxima de metano a partir de orujo de oliva

crudo.

Se confeccionó una gráfica de la producción máxima de metano versus las distintas razones S/I (Figura 3b), la cual

deja en evidencia que al igual que en el caso del almidón, existe una relación inversa entre la producción especifica

máxima de metano y la razón S/I. Sin embargo, se observa un efecto menos pronunciado que en la curva con

almidón, lo cual se debió a que el orujo de oliva es un sustrato complejo, y no tan simple de digerir anaeróbicamente

que el almidón.

Page 80: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

6

Biodegradación de Orujo de Oliva Pre-tratado Mecánicamente

La metanización de orujo de oliva pre-tratado mecánicamente (pOrujo) es observada en la figura 4a, en donde se

observa que existe un máximo de producción de metano específico a la razón de 0.8 [g DQO pOrujo/g SV inoculo]

tal como se observó en los casos anteriores, produciéndose una cantidad de metano especifica de 101.8±9.8 [mL

CH4/g DQO pOrujo] seguido de la razón 1.5 [g DQO pOrujo/g SV inoculo] curva morada con un valor de 61.7±1.1

[mL CH4/g DQO pOrujo] y tal como en los casos anteriores las tres razones restantes (4.6 – 10.3 y 13.8 [g DQO

pOrujo /g SV inoculo]) no se observaron diferencias significativas puesto que las tres bordearon los 47 [mL CH4/g

DQO pOrujo].

-30,0

-15,0

0,0

15,0

30,0

45,0

60,0

75,0

90,0

105,0

120,0

0 20 40 60 80Me

tan

o E

spe

cífi

co (

mL

CH

4/

g D

QO

)

Tiempo (días)

13,8 S/I

10,3 S/I

4,6 S/I

1,5 S/I

0,8 S/I

0

20

40

60

80

100

120

0 2 4 6 8 10 12 14 16Pro

du

cció

n e

spe

cífi

ca n

áxim

a d

e m

eta

no

(m

L C

H$

/gD

QO

)Razones S/I (gDQO/gSV)

Figura 4. Figura 4a (Izquierda). Evolución en la metanización de Orujo de oliva pre-tratado mecánicamente a

distintas razones S/I. Figura 4b (Derecha) Influencia de la Relación S/I versus la producción especifica máxima de

metano a partir de orujo de oliva pre-tratado mecánicamente.

Finalmente, se elaboró una gráfica de la producción máxima de metano versus las distintas razones S/I (Figura 4b),

la cual demuestra al igual que los casos anteriores la razón S/I y la producción especifica máxima de metano poseen

una relación inversa. Por otra parte, se observa también que los valores obtenidos no difieren de manera significativa

de los obtenidos en la metanizacion de orujo de oliva crudo. Sin embargo se observa más repetibilidad en los

resultados debido probablemente a la homogeneización del orujo de oliva al momento de pre-tratarlo

mecánicamente. Estos resultados se condicen con lo dicho por (Banks et. al 2013) quien no obtuvo un aumento

significativo en la producción específica de metano al disminuir el tamaño de partícula. En ambos casos la

producción de metano fue bastante menor que los valores obtenidos con almidón como sustrato mostrando que el

orujo de oliva es una residuo particulado con menor biodegradabilidad donde probablemente la etapa de

desintegración (previa a la hidrólisis) debe jugar un rol fundamental. Otro tipo de pretratamientos deben ser

evaluados como alternativa para la mejora del potencial metanogénico del orujo de oliva.

Conclusiones.

Los resultados presentados en este estudio confirman que la digestión anaerobia es una alternativa para la

recuperación energética en forma de metano desde los residuos sólidos de la producción de aceite de oliva en Chile.

Por otro lado, se puede concluir que la razón S/I es un parámetro de suma importancia que puede influir en la

cantidad específica de metano producido, obteniéndose en este estudio un máximo de producción en la razón de 0.8

[g DQO almidón /g SV inoculo]. Por otra parte cabe mencionar que el pre-tratamiento mecánico realizado al orujo de

aceite de oliva, no produjo un aumento relevante en la cantidad de metano específico, por lo que pese a las ventajas

que pudiese tener la homogeneización del residuo, el costo de este pre-tratamiento mecánico puede hacer que esta

opción sea inviable.

Agradecimientos. – Este trabajo ha sido financiado por el proyecto Fondecyt de Iniciación n°

11130462. Se agradece también a Oscar Candia del Centro de Estudios en Alimentos

Procesados (CEAP), CONICYT – Regional, Gore Maule R09I2001, Chile, por su apoyo en el

muestreo del orujo.

Page 81: TEMA 15 PRODUCCIÓN Y CONSUMO SUSTENTABLEaidisnet.org/wp-content/uploads/2019/08/15-produccion.pdfParelhas no estado do Rio Grande do Norte, nordeste brasileiro. As amostras coletadas

7

Referencias Bibliográficas

Angelidaki I., Hejnfelt A. (2009a). Anaerobic digestion of slaughterhouse by-products. Biomass and Bioenergy 33 1046-1054.

Angelidaki I., Alves M., Bolzonella D., Borzacconi L., Campos J., Guwy A., Kalyuzhnyi S., Jenicek P., Lier J. (2009b) Defining

the biomethane potential (BMP) of solid organic wastes and energy crops: a proposed protocol for batch assay. Wat. Sci.

Tech. 59:927–934

Balsam, J. (2006). Anaerobic Digestion of Animal Wastes: Factors to Consider. ATTRA – National Sustainable Agriculture

Information Service. Acquired on internet May 13, 2014. https://attra.ncat.org/attra-pub/download.php?id=307

Banks C.J., Zhang Y, (2013). Impact of different particle size distributions on anaerobic digestion of the organic fraction of the

organic fraction od municipal solid waste. Waste management 33 297-307.

Borja R., Rincon B., Raposo F., Alba J., Martin A. (2002) A study of anaerobic digestibility of two-phases olive mill solid waste

(OMSW) at mesophilic temperature. Process biochemistry 38 733-742

Burke, D. (2001). Dairy Waste Anaerobic Digestion Handbook. Acquired on internet May 13, 2014.

http://www.manuremanagement.cornell.edu/Pages/Topics/General_Docs/Reports/Dairy_Waste_AD_Handbook_Burke_

2001.pdf

Cheng, J., Chen Y., Creamer K. (2008). Inhibition of anaerobic digestion process: A review. Biosource and Technology 99 4044-

4064.

Chudoba P., Chevalier J., Chang J., Capdeville B. (1991) Effect of anaerobic stabilization of activated sludge and its production

under batch conditions at various So/Xo ratios. Wat. Sci. Tech., 23, 917-926.

Chudoba P., Capdeville B., Chudoba J. Explanation of biological meaning of the So/Xo ratio in batch cultivation. Wat. Sci. Tech.

26 743-751.

Fernandez C. G., García-Encina P. (2009) Impact of substrate to inoculums ratio in anaerobic digestion of swine slurry. Biomass

and Bioenergy 33 1065-1069.

Field J., Alvares R. S., Lettinga G. (1987) Departament of Water Pollution Control, Wageningen Agricultural University,

Netherlands. 56-59.

Gunaseelan VN. (2004) Biochemical methane potential of fruits and vegetable solid waste feedstocks. Biomass and Bioenergy,

26, 389–399

Hansen T., Schmidt J., Angelidaki I., Marca E., Jansen J., Mosbæk H., Christensen T. (2004) Method for the determination of

methane potentials of organic solid waste. Waste Management 24(4), 393-400.

Müller W., Frommert I., Jörg R. (2004) Standarized Methods for anaerobic biodegradability testing. Reviews in Environmental

Science and Bio/Technology 3, 141-158

Raposo, F., De la Rubia, M.A., Fernández-Cegrì, V., Borja, R., (2011). Anaerobic digestion of solid organic substrates in batch

mode: an overview relating to methane yields and experimental procedures. Renew. Sust. Energy Rev. 16, 861–877.

Taherzadeh M., Karimi K. (2008) . Pretreatment of lignocellulosic wastes to improve ethanol and biogas production: a review.

Int. J. Mol. Sci. 9 1621-1651.

Tekin A., Dalgic A.(2000) Biogas production from olive pomace.. Resourses, Conservation and Recycling.. 30 301-313