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Escola Secundária Mouzinho da Silveira Telmo Pais Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett Trabalho elaborado por: Joana Simão nº 10, 11º C Página 1

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Page 1: Telmo Pais

Escola Secundária Mouzinho da Silveira

Telmo Pais

Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett

Trabalho elaborado por:Joana Simão nº 10, 11º C

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Escola Secundária Mouzinho da Silveira

Índice

Desenvolvimento…………………………………………………………… …....3

Anexos……………………………………………………………………………. 6

Síntese final…………………………………………………………………… ….7

Webgrafia/Bibliografia…………………………………………………………...8

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Escola Secundária Mouzinho da Silveira

Desenvolvimento

Telmo é um escudeiro e criado na casa de D.Madalena, tendo sido

anteriormente criado na casa de D. João de Portugal. Ele tem um carinho

muito especial por Maria, filha de D. Madalena, e também um carinho especial

por D.João de Portugal, visto que foi ele que criou ambos. Ele é também muito

estimado por D. Madalena e com o tempo ele acaba por aceitar o casamento

de D. Madalena com D. Manuel.

Ele vai desejar a morte de D.João de Portugal porque o amor que sente

por Maria é tao grande que acabou por apagar o amor que ele sentia por

D.João de Portugal. Com o desejo pela morte de D. João de Portugal ele mostra

que morre moralmente porque vai contra a sua moral, visto que ele sempre

quis que D. João de Portugal voltasse e ao longo do tempo ele deseja que D.

João de Portugal não tivesse voltado.

Ele sempre acreditou no Sebastianismo, uma lenda que dizia que

D.Sebastião não teria morrido na batalha Alcácer Quibir e que voltaria para

mostrar a sua glória. Ele representa também o papel de coro por estar sempre

a agoirar sobre o futuro, estes agoiros estão presentes nas suas falas e

didascálias.

Telmo é a primeira personagem a saber a verdadeira identidade do

Romeiro visto que D. João de Portugal se revela e prova que ele é o Romeiro,

Telmo acredita ao reparar nos seus traços físicos e na sua voz.

O Telmo é caracterizado fisicamente e psicologicamente, fisicamente

como velho de barbas e cabelo branco e psicologicamente como leal, fiel,

sabedor, conselheiro, de confiança, agoureiro, amigo, obediente, crente,

protetor e carinhoso, esperançoso, confidente e amável.

Fisicamente Telmo caracteriza-se como velho como comprava a

fala “ Jorge- Não, homem; é o seu aio velho, é Telmo Pais.” , no III ato na cena I, e

de barbas e cabelo branco como comprova a fala “Telmo- Meu filho!... Oh! É

meu filho todo: a voz, o rosto… Só estas barbas, este cabelo não… Mais

branco já que o meu, senhor!”, no III ato na cena V

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Psicologicamente Telmo caracteriza-se como leal como comprova a fala “

Romeiro- (…) tu és meu amigo? Telmo- Não sou? Romeiro- És, bem sei. E

contudo, vinte anos de ausência, e de conversação de novos amigos, fazem

esquecer tanto os velhos!... – Mas tu és meu amigo. Se tu não o foras, quem o

seria?”, no III ato na cena V, esta fala demostra-nos que apesar de D. João ter

estado desaparecido tanto tempo, Telmo nunca deixou de ser amigo dele.

Caracteriza-se como fiel como comprova as falas “Maria-(…)Telmo

Pais, meu fiel escudeiro”, no I ato na cena II e “Telmo- (…) Mas esse não tenho

eu na consolação de ler, que não sei latim como o meu senhor… quero dizer,

como senhor Manuel de Sousa Coutinho.(…)”, no I ato a II cena, esta fala

mostra-nos que o Telmo era fiel para com D. João de Portugal, apesar de ser

também fiel a D. Madalena, D. Manuel e D. Maria.

Caracteriza-se como sabedor como comprova a fala “ Maria- (…) de

quem é este retrato aqui, Telmo? Telmo-Esse é… há de ser… é um da família

destes senhores da casa de Vimioso que aqui estão tantos.”, no II ato na I

cena esta fala mostra-mos que o Telmo possui sabedoria e que é com ele que

D. Maria aprende coisas sobre o Sebastianismo.

Caracteriza-se conselheiro como comprova a fala- “Madalena (…) –

Ah! sois vós Telmo…Não já não leio: há pouca luz de dia já; confundia-me a

vista. E é um bonito livro este! O teu valido, aquele nosso livro”, no II ato na II

cena, esta fala mostram-nos que Telmo aconselhava D. Madalena.

Caracteriza-se como pessoa de confiança como comprova a fala

“Madalena - Filha da minha alma! (…). Mas olha, meu Telmo, torno a dizer-to:

eu não sei como hei de fazer para te dar conselhos. Conheci-te tão criança, de

quando casei a... a... a... Primeira vez, costumei-me a olhar para ti com tal

respeito -já então eras o que hoje és, o escudeiro valido, o familiar quase

parente, o amigo velho e provado de teus amos…”, no I ato na II cena, esta

fala mostra-nos que D. Madalena já o conhecia á muito tempo e por isso tinha

nele muita confiança.

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Caracteriza-se como agoureiro como comprova a fala “Madalena

(assustada) -Está bom; não entremos com os teus agouros e profecias do

costume: são sempre de aterrar... Deixemo-nos de futuros (…)”, no I ato na II

cena, esta fala mostra-nos que Telmo está sempre a agoirar sobre as coisas

futuras e que ele faz isto para atormentar D. Madalena por causa do

casamento com D. Manuel.

Caracteriza-se como amigo como comprova a fala “Madalena (…) És

muito amigo dela, Telmo? Telmo - Se sou! Um anjo como aquele... uma

viveza, um espírito! ...e então que coração!”, no I ato na II cena, estas falas

mostram-nos que Telmo possui uma grande amizade por D. Maria.

Caracteriza-se como crente como comprova a fala “Madalena- Pois

dizei-me em consciência, dizei-mo de uma vez, claro e desenganado: a que se

apega esta vossa credulidade de sete… e hoje mais catorze… vinte e um

anos? Telmo- (…) Não me esqueceu aquelas e uma letra daquelas palavras; e

eu sei que homem era meu amo para as escrever em vão: -

“ Vivo ou morto, Madalena, hei de ver-vos pelo menos ainda uma vez neste

mundo”- Não era assim que dizia?” e “Madalena- (…) mas as tuas palavras

misteriosas, as tuas alusões frequentes a esse desgraçado rei D. Sebastião,

que o seu mais desgraçado povo ainda não quis acreditar que morresse, por

quem ainda espera em sua leal incredulidade!” , no I ato na cena II estas falas

mostra-nos que Telmo acreditava no possível retorno de D. João de Portugal e

compara isso a D. Sebastião que também iria retornar da batalha.

Caracteriza-se como obediente como comprova a fala “Madalena- Ora

pois, ide, ide ver o que ela faz (…) :que não esteja a ler ainda, a estudar

sempre. (Telmo vai a sair.)”, no I ato na II cena, esta fala mostra-nos a

obediência que Telmo possuía e que faz o que lhe mandam fazer.

Caracteriza-se como protetor e carinhoso como comprova a fala “

Madalena- (…) Telmo, em vós só, achei o carinho e proteção, o amparo que

precisava.”, no I ato na II cena, esta fala mostra-nos que Telmo é carinhos e

protetor e é nele que D. Madalena acha isso.

Caracteriza-se como esperançoso como comprova a fala “ Telmo-

Meu honrado amo, o filho de meu nobre senhor está vivo.” No III ato na IV

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cena e “Romeiro- Tu, bem sei que duvidaste sempre da minha morte, que não

quiseste ceder a nenhuma evidência: não me admirou de ti, meu Telmo.”, no

III ato V cena, esta fala mostra-nos que Telmo nunca deixou de ter esperanças

do retorno de D. João de Portugal

Caracteriza-se como confidente como comprova a fala “ Romeiro- É

ela que me chama. Santo Deus! Madalena que chama por mim…Telmo- Por

vós? Romeiro- Pois por quem?... Não lhe ouves gritar: «Esposo, esposo»?”, no

III ato na VI cena, esta fala mostra-nos que o Telmo oculta que D. Madalena é

casada com D. Manuel.

E por fim caracteriza-se como amável como comprova a fala “ Telmo-

E do meu. Pois não se lembra, minha senhora, que ao princípio era uma

criança que eu não podia…-é a verdade, não a podia ver: já sabeis porquê;

mas vê-la, era ver… Deus me perdoe!... Nem eu sei… E daí começou-me a

crescer, a olhar para mim com aqueles olhos… a fazer-me tais meiguices, e a

fazer-se-me um anjo tal de formosura e de bondade que – vedes-me aqui

agora, que lhe quero mais do que seu pai.”, no I ato na II cena e “Telmo- (…)

É que o amor desta outra filha, desta última filha, é maior, e venceu… venceu,

apagou o outro.”, no III ato na IV cena estas falas mostram-nos o amor que

Telmo sentia por D. Maria e D. João de Portugal.

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Anexos

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Síntese final

Com este trabalho aprendi que o personagem Telmo era uma pessoa que colocava o amor, lealdade e fidelidade acima de tudo. Telmo era escudeiro e aio na casa de D. Madalena, tendo sido anteriormente aio na casa de D. João de Portugal, foi na casa de D. João de Portugal que D. Madalena o conheceu.

Ele nunca deixou de acreditar que o seu amo estivesse vivo e que voltaria para a sua família ao contrário da sociedade da sua própria família que lhe realizaram o “funeral” e que consentiram o casamento de D. Madalena com D. Manuel de Sousa Coutinho do qual nasceu D. Maria, a filha que seria ilegítima caso D. João de Portugal voltasse.

Ele acreditava que a lenda de D. Sebastião tinha o seu fundo de verdade e sempre usou o Sebastianismo para fundamentar o retorno de D. João de Portugal. Ele representa na peça o papel de coro, visto que está sempre a agoirar sobre o futuro e principalmente para atormentar D. Madalena.

Telmo é a primeira personagem a saber a verdadeira identidade do Romeiro, pois D. João de Portugal revela-lhe que o Romeiro é ele e Telmo afirma isso ao descreve-lo fisicamente devido aos seus traços físicos e à sua voz.

Telmo morre moralmente por desejar a morte de D. João de Portugal porque o amor que sentia por D. Maria fez com que o amor que ele sentia por D. João de Portugal morresse e que ele sempre quis que D. João de Portugal voltasse e no decorrer da ação Telmo deseja que D. João de Portugal não tivesse voltado.

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Webgrafia/Bibliografia

http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Frei-Luis-De-Sousa-Telmo/202971.html

https://prezi.com/xdcisnhekz1-/caracterizacao-da-personagem-telmo-pais-da-obra-frei-luis-de/

COSTA , Pinto Elisa; FONSECA, Paula; BUESCU, Helena, Plural 11, 1ª edição, Lisboa editora, 2011.

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