telmo keim

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© 1997-2009 www.guiarioclaro.com.br - 15.000 exemplares - distribuição gratuita O seu www.guiarioclaro.com.br de bolso! ano 2 número 24 - outubro 2009

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FASHION ART PORTRAITS

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O seu www.guiarioclaro.com.br de bolso!

ano 2 número 24 - outubro 2009

2Da esquerda para a direita: João Inácio de La Cruz – nascido em 29/10/2007 | Gabriela Saullo Cazelli – nascida em 08/10/2007 | Ana Luiza Ferreira Purcini – nascida em 25/10/2007 | Beatriz Soares Altieri – nascida em 28/10/2007 | Diogo Pagotto Vieira de Andrade – nascido em 17/10/2007

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3Da esquerda para a direita: João Inácio de La Cruz – nascido em 29/10/2007 | Gabriela Saullo Cazelli – nascida em 08/10/2007 | Ana Luiza Ferreira Purcini – nascida em 25/10/2007 | Beatriz Soares Altieri – nascida em 28/10/2007 | Diogo Pagotto Vieira de Andrade – nascido em 17/10/2007

Drops é a versão de bolso do Guia Rio Claro Internet

Editor-executivo: Carlos Marques

MTB 56.683 - [email protected]

Editora-assistente: Lilian Cruz

[email protected]

Redação: Daniel Marcolino, Gilson Santulo,

Marcos Abreu e Rafael Moraes [email protected]

Criação: Leonardo Hutter e Silvia Helena

[email protected]

Atendimento: Angela Amaral, Otília Zanini

[email protected]

Tecnologia da Informação: Elton Hilsdorf Neves

[email protected]

Financeiro: Neliane Favaretto

[email protected]

Cadastro: Jair Senne

[email protected]

Edição e Produção: enfase - assessoria & comunicação

Avenida Sete, 540 - Primeiro Andar 13500-370 - Rio Claro/SP

Fone: 19 2111.5057

Impressão: Gráfica Mundo www.graficamundo.com.br

Tiragem: 15.000 exemplares

Distribuição gratuita e dirigida a moradores de condomínios de Rio Claro, Araras e Piracicaba,

lojas de conveniência, clientes, parceiros comerciais do Guia Rio Claro Internet, bancas

de revistas, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviço.

E-mails

Prezados redatores,Tenho acompanhado as edições da Drops. Uma revista pequena no formato e grande na diagramação, fotografia, pauta e, evidentemen-te, textos. Chamou-me a atenção a matéria “A epopeia dos senhores do barro”. Vi a descrição da aventura e a ênfase dada à emoção, mas não vi nenhuma referência à situação descrita e mostrada na foto quanto à agressão que esta atividade imprime a estas áreas de preserva-ção ambiental. Esta atividade é incompatível com as características de solo, com a fauna e com o regime de chuvas. O resultado poder ser emocionante, mas os impactos são deixados na forma de erosões, assoreamento e expulsão de animais. Quem pratica estas modalidades deveria se informar sobre os efeitos que causam. O meio ambiente é de todos e a todos compete protegê-lo e conservá-lo, como diz a Constituição Federal. Penso que é o caso de tratar do assunto de maneira mais crítica e menos engajada.Antonio Carlos Sarti

Posicionamento da redaçãoCaro leitor, suas observações são importantes, sobretudo quando alertam sobre a responsabili-dade para com o meio ambiente, que é de todos, e por questionar a linha adotada pela redação. Realmente, ao realizar a matéria, encontramos muitas áreas degradadas, menos pelo impacto das rodas e muito mais pela monocultura da cana, de eucalipto e por extensas áreas de pasta-gens degradadas. Por uma velha estrada aberta para o tráfego de carroças, cruzamos um único riacho com uma lâmina de água de cerca de dez centímetros, resultado em grande parte devido as pastagens que avançam até a sua borda. No restante, percorremos estradas rurais por onde passam tratores, caminhões e máquinas agríco-las. Estamos elaborando uma abordagem sobre ações de preservação, as poucas que percebe-mos. Embora complexo, o tema urge em tempo e importância, sob pena de ficarmos sem água num futuro não muito distante.

FALE CONOSCO - [email protected]

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SumárioBazar .....................................8 a 10

Entrevista ........................12 a 18Música .........................................20

Cinema ........................................24Responsabilidade Social ..28Estética .......................................30Moda .................................34 a 38

Esportes ......................................42Comportamento ....................46Casa & Cia ....................50 a 54

Turismo .................................... 56Gastronomia ...............60 a 65Contraponto .......................... 66

Editorial

Larissa Maule, em fotos para ensaio de moda.

Fotos: Telmo Keim

Capa

Superar é precisoPor entender que a responsabilidade é de quem faz

e que precisamos nos superar a cada edição, ao com-pletarmos dois anos – nos sentindo ainda crianças –, propusemos uma Drops que aborde a superação como necessidade.

Neste contexto, se alguns desafios ligados à educa-ção nos pareçam impossíveis para o momento, temos a obrigação de encarar as necessidades e criar ferramen-tas que permitam caminhar por entre as dificuldades para superá-las. Esta possibilidade nos levou a uma conversa com Viviane Senna. Em pauta, o Instituto Ayr-ton Senna, cujo nome inspira conquistas de um cam-peão que acreditou ser sempre possível ir além.

Ao mesmo tempo, buscamos informações sobre a possibilidade de habitarmos este mundo de maneira mais harmônica e amigável. Para isso, tivemos contato com conceitos de construção conhecidos como Green Building, que buscam agredir menos o meio ambiente durante a obra e geram economia na sua manutenção.

Da prática de quem acredita na responsabilidade so-cial como meio para superar as necessidades coletivas, entendemos que a maior miséria pode estar com quem tem mais do que precisa e não compartilha.

Por entre janelas e ladeiras, a edição traz um roteiro de viagem pelos caminhos do ouro no Brasil. Enquan-to isto, descobrimos práticas que fazem uso de novas tecnologias como meio para superar os limites de uma produção cinematográfica tradicional.

Por falar em tecnologia, fomos conhecer o que a medicina estética tem de novo no combate a uma velha angústia feminina, a celulite, e conversamos com um especialista que coloca o trabalho em equipe como condição primeira para superar as expectativas de seus clientes.

E já que a Olimpíada será no Rio, abordamos a prepa-ração de um rio-clarense que certamente representará o Brasil em 2016. Eis a edição de dois anos, esperamos que você goste. Boa leitura!

Bazar

Teclado de Gênio

De bem com o mundo A agenda no século 21 exige materiais socialmente responsáveis, que não agridam o meio ambiente, que tenham durabilidade e sejam recicláveis. Toda essa preocupação reunida em produtos sustentáveis, mas sem perder o estilo.

Ratinho moderno

Mouse Óptico Wireless Plug and Play for Windows98/ME/2000/Vista. Dispensa pilha ao mesmo tempo que permite controle total a partir do mouse pad.

Modelos disponíveis:NB70 – A partir de R$ 90,00NB35 – A partir de R$ 65,00Unitá 19 3024.2251

O teclado Slim Star 820 da Genius é sem fio e usa a energia solar para funcionar. Com frequência de 2.4 GHz, o teclado tem uma bateria que armazena rapidamente a energia necessária para o uso, além de 17 teclas rápidas para acesso à Internet. O kit inclui mouse laser, com alcance de 10 metros.

Ainda não disponível no Brasil. www.geniusnet.com

Funcional e ecologicamente correto, o compactador de lixos recicláveis facilita o dia-a-dia fazendo com que o lixo reduza seu volume em até 80%. O ineditismo fica por conta da remoção de odores que utiliza filtro de carvão e renovador de ar. O sistema de isolamento de som Quiet Plus reduz o ruído da operação.

A partir de R$ 4.900,00 KitchenAid Brasil – 0800.722.1759

Compactador de lixo sem rastros

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A energia natural totalmente integrada no jardim dia e noite com a luminária de grama e balizador solar.

Balizador Sollaric a partir de R$ 52,70Luminária Sol a partir de R$ 147,00Eletro Perez – 19 3534.3662

Jardim noturno sob a luz do sol

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Bazar

Bolsas para carregar o mundo

Responsabilidade social na moda

Em 1995, a Hering foi a primeira parceira da campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda” e para este ano, a coleção desenhada por Fábia Bercsek está nas vitrines de 240 lojas espalhadas pelo país. Autenticidade e ação social – parte da renda das vendas das camisetas é direcionada para o IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer) para a pesquisa e tratamento da doença.

A partir de R$ 39,90Hering – 19 3532.7073

O tapete Stilo é feito de fibras de celulose, resistente e charmoso, permite um ambiente aconchegante sem agredir o meio ambiente.

A partir de R$ 87,90Loja Ciriana – 19 3523.6769

Moderno, bonito e ecológico

Versáteis, as ecobags nasceram nos EUA com a campanha “I’m not a plastig bag”. O objetivo é cordial com o planeta: acabar com o consumo de sacos plásticos. De pano, durável e em diversos tamanhos vão a todos os lugares sem agredir o meio ambiente. Esta é própria para as visitas diárias à padaria.

Preço de custo R$ 3,50Pão Kent – 19 3524.2476

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Entrevista

Ação para os impossíveis de agoraEntrevista: Lilian Cruz | Fotos: Juan Guerra/Instituto Ayrton Senna

A morte pode ter várias facetas. Uma de-las é a dor da ausência. A lacuna no convívio é capaz de causar dois tipos de comporta-mentos em quem fica. Algumas pessoas engavetam sonhos arquitetados por quem se foi, outras se agarram a eles de manei-ra voraz e os transformam em realidade. Viviane Senna assume o segundo perfil.

Dois meses antes do acidente fatal no circuito de Imola, o piloto Ayrton Senna confessou que gostaria de fazer um traba-lho em benefício das pessoas menos favo-recidas, entretanto, não sabia bem por onde começar. Em novembro do mesmo ano, Viviane oficializava o primeiro passo da construção do sonho do irmão.

Fundado em 1994, o Instituto Ayrton Senna (IAS) é uma organização sem fins lu-crativos e visa um inestimável triunfo: criar oportunidades para desenvolver o potencial de crianças e jovens em todo o Brasil. Para isso, o Instituto criou, testou, implementou e avaliou – com base em conceito de de-senvolvimento humano – soluções educa-cionais para aplicação em larga escala.

O árduo trabalho de Viviane – que chega a ter jornada de 10 a 12 horas no Instituto – já foi instrumento transformador da vida de mais de 11 milhões de crianças e jovens em todo o Brasil por meio das mãos de mais de 550 mil educadores, capacitados sob as diretrizes do projeto, em 947 municípios.

Entre numerosas vitórias assinadas pe-los Senna, a sala da família ganha novos troféus com o Instituto. Em pesquisa co-

ordenada pelo economista Ricardo Paes de Barros, os municípios que adotaram como política pública os programas educacionais do IAS superam em até oito vezes os indica-dores de educação do país, além do inédito título concedido pela Unesco, que classifi-cou o Instituto como referência mundial em Educação e Desenvolvimento Humano.

Dividida entre a ação, o trabalho e a emo-ção, Viviane Senna, falou com a Drops sobre os desafios enfrentados pelo Instituto que carrega o nome do irmão e um sonho pos-sível: a melhoria da qualidade da educação.

Prestes a completar 15 anos, hoje o principal foco do IAS é a busca constante pela melhoria da qualidade da educação no Brasil por meio de metodologias pedagógicas aplicáveis nas escolas. Desde a ideia inicial, o objetivo sempre foi focar a educação como ferramenta de justiça social? Sim, acreditamos que a educação é a única via capaz de transformar o potencial nato de cada um em competências e habilidades para a vida. Se garantirmos educação de qualidade à maioria da população – o que hoje não acontece – podemos melhorar o desenvolvimento econômico e humano do país. Uma nação que tem por base uma sociedade desigual, não forma cidadãos conscientes, críticos, solidários e participativos. Daí a fundamental importância da educação nesse processo.

A visão empresarial se aplica nos programas do IAS, com estratégias e ações para alcançar metas com prazos determinados? Esse modelo já existia ou foi o resultado de vários laboratórios?Nossos programas educacionais são pensados

Do sonho do piloto Ayrton Senna à realidade do Instituto batizado com o seu nome, a aposta na educação é o combustível para grandes conquistas

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Entrevista

para ajudar a solucionar os problemas que afetam o aprendizado do aluno. Para realizá-los, pensamos em estratégias, definimos metas, fazemos avaliações periódicas, acompanhadas de monitoramento constante e capacitamos os profissionais, sempre tendo como foco a busca de resultados, ou seja, o sucesso do aluno.

Hoje, o IAS está presente em mais de 1.300 municípios. Quais são os critérios utilizados na seleção dos locais para a aplicação dos projetos? É necessário um debate político para a implantação do projeto? Os gestores (prefeitos, governadores e secretários) nos procuram porque conhecem nosso trabalho, sabem do problema que enfrentam em cidade ou estado e querem mudar esse cenário. Juntos, analisamos as possibilidades, fazemos o diagnóstico, indicamos as soluções e partimos para a implementação. Quer dizer, o primeiro critério para essa parceria é a vontade política.

Qual é a estrutura atual do IAS? Vocês têm um escritório em São Paulo e quantas pessoas dedicadas exclusivamente ao projeto? Como ele se sustenta?Sim, nossa sede é em São Paulo e hoje contamos com cerca de 100 profissionais. Uma parte dos recursos do Instituto vem dos 100% dos royalties sobre o licenciamento da imagem

do Ayrton e do Senninha cedidos pela minha família ao Instituto. Hoje temos 350 produtos licenciados com a imagem do Ayrton e do personagem Senninha. Outra parte é gerada pelas alianças com empresas socialmente responsáveis como Bradesco Capitalização, Credicard, Microsoft, Votorantim, Citigroup, HP, Martins, Neoenergia, Lide/EDH, Lilly, Tribanco, IBM e Grendene. Por outro lado, qualquer pessoa pode colaborar fazendo doações que permitem ao Instituto prosseguir com sua missão. Basta visitar nosso site www.senna.org.br, cadastrar-se e passar a ser um Fã de Carteirinha da Educação.

Quais programas o Instituto realiza hoje?São nove soluções educacionais. Na área de Educação Formal, os programas Acelera Brasil, Se Liga, Gestão Nota 10 e Circuito Campeão trabalham, por meio da gestão, a aceleração de aprendizagem, o combate ao analfabetismo de crianças repetentes e a evasão escolar. Para qualificar o tempo em que o aluno está fora da sala de aula, os programas Educação pelo Esporte, Educação pela Arte e SuperAção Jovem utilizam o esporte, a arte, a participação social e o empreendedorismo como subsídios para melhorar a performance de crianças e jovens na escola e na sociedade. Na área de Educação e Tecnologia, temos os Programas

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Entrevista

Escola Conectada e Comunidade Conectada, que qualificam a educação, promovem a inserção digital e preparam jovens e adultos para um melhor desempenho no mercado de trabalho. Todos esses programas cumprem o mesmo objetivo: desenvolver potenciais, transformando-os em competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas.

Você tem acompanhado as mudanças nas avaliações de educação no país, como o Exame Nacional do Ensino Médio? O que acha? É um estímulo eficaz para inverter a posição do Brasil nos rankings de educação?Foi graças a essa crescente cultura da avaliação que passamos a ter instrumentos para diagnosticar o desempenho de uma escola, de uma rede ou mesmo do País. Esses testes permitem que as desigualdades sejam percebidas e dimensionadas. A partir das avaliações nacionais, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) ou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), conseguimos saber se os alunos das redes de ensino têm assegurado o seu direito ao aprendizado. Tanto as avaliações nacionais como as internacionais aplicadas no Brasil, como o Programme for International Student Assessment (Pisa), mostram que, apesar dos esforços dos governantes e dos profissionais da educação, não estamos conseguindo dar aos alunos essa educação de qualidade, porque a gestão ainda está aquém das necessidades do País. Por isso, devemos usar esses resultados como balizadores para as melhorias que precisam ser implementadas, principalmente combatendo as altas taxas de reprovação, a evasão escolar e o analfabetismo se quisermos reverter a posição do Brasil nos rankings de educação. Nos programas do Instituto também aplicamos avaliações constantes justamente para termos como interferir e ajustar possíveis distorções no decorrer do processo.

Mesmo apresentando resultados positivos, quais são os principais empecilhos para que os municípios e estados adotem os programas do IAS?

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Felizmente, a educação passou a fazer parte da agenda dos governantes que entenderam sua importância como ponto de partida para gerar desenvolvimento e sustentabilidade local. A grande maioria já entendeu que para romper de vez com a ineficiência de um sistema educacional excludente, que expõe milhões de crianças e jovens ao fracasso escolar, é preciso superar resistências cristalizadas e adotar soluções que atendam às demandas, soluções eficientes e viáveis na relação custo-benefício. Não há argumento contra uma equação que mostra resultado e está comprovadamente dando certo e, ainda mais, com baixos custos.

Reivindicações de reajustes salariais, participação dos pais e melhoria na infraestrutura das escolas são clamores recorrentes de professores da rede pública. Esses são realmente os passos primordiais para garantir educação de qualidade?

Tanto a escola quanto a família têm papéis distintos e complementares para que o aluno alcance sucesso. Mas, salários, participação dos pais e boa infraestrutura, embora importantes, por si só não definem a boa qualidade da educação. Educação e gestão eficiente devem caminhar juntas para que todo o resto, que é consequência, acabe acontecendo de forma justa. É preciso garantir ao educador e ao gestor capacitações e acompanhamento de seu trabalho, material pedagógico adequado para que possam – como qualquer outro profissional – crescer em sua área. Se não houver equilíbrio entre gestão de recursos e de capital humano, dificilmente avançaremos na educação pública.

A tecnologia é uma aliada do IAS? Vocês têm um sistema exclusivo de informações?As ferramentas tecnológicas viabilizam uma gestão eficaz de todos os processos e mantêm todos os envolvidos nos programas em sintonia e aptos para avaliar o que está ocorrendo e o que é preciso ajustar para garantirmos quantidade com qualidade. Hoje, estamos em 26 estados mais o Distrito Federal, num total de 1.372 municípios. Só em 2009 vamos atender a mais de dois milhões de crianças e jovens.

“Mas é agindo e acreditando em mudanças que vamos tornando esse

mundo sonhado por Paulo Freire e pelo meu irmão Ayrton um sonho possível .”

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Entrevista

Isso significa que precisamos estar o tempo todo acompanhando, lá na ponta, por meio de indicadores mensuráveis, o que acontece em cada cidade. Isso só é possível por meio do SIASI (Sistema Ayrton Senna de Informações), uma ferramenta on-line que se tornou essencial no gerenciamento dos nossos programas, pois mantém conectados os coordenadores e as secretarias de educação diretamente à equipe interna do Instituto, que gerencia, de São Paulo, todos os processos. Dentre as várias informações, estão o número de livros que cada aluno leu, se ele ou o professor faltou, o desempenho nas disciplinas etc. Por meio da análise dessas informações, atualizadas periodicamente, é possível realizar intervenções durante a execução dos trabalhos para que as vulnerabilidades sejam sanadas a tempo.

Assim como Paulo Freire, você crê que a Educação modela as almas, recria corações e é a alavanca das mudanças sociais? Sem dúvida. Toda a obra de Freire tem como pano de fundo a educação libertadora, capaz de modificar os destinos das pessoas, não só para saber ler e escrever, mas para pensar, intervir, mudar, transformar, participar ativamente da sociedade. Ou seja, todo ser humano tem o direito de fazer parte da História como seu sujeito, não apenas como seu objeto. Essa também é a base do conceito da educação para o desenvolvimento humano. Paulo Freire dizia que “uma das grandes tarefas políticas a ser cumprida se acha na perseguição constante de tornar possível amanhã o impossível de hoje somente quando, às vezes, se faz possível viabilizar alguns impossíveis de agora”. Desde 1994, o Instituto Ayrton Senna vem viabilizando “alguns impossíveis de agora”. São mais de 11 milhões de crianças e jovens que participaram de nossos programas e que puderam seguir com sucesso na escola e na vida. Sabemos que nada será resolvido em curto prazo e de forma rápida. Mas é agindo e acreditando em mudanças que vamos tornando esse mundo, sonhado por Paulo Freire e pelo meu irmão Ayrton, um sonho possível.

Em 15 anos de IAS, o que já lhe fez chorar no projeto? E vibrar? A realidade da educação é muito difícil. Ainda temos ciclos perversos: pais analfabetos, subempregados, em situação de pobreza, que geram filhos, que se tornam analfabetos, também em subempregos... Esse cenário emociona, porque aniquila milhares de futuros. Mas a emoção mesmo é aquela que mobiliza e nos faz querer mudar. Essa emoção vivo sempre que uma criança dá a sua virada na vida. Quando vemos alunos, que não sabiam sequer ler o nome, que estavam desacreditados pela escola, pela família e por eles mesmos, fazendo planos para o futuro. E mais: ensinando seus pais, amigos, vizinhos a lerem também. Quando me deparo com isso, me convenço mais e mais que temos saída e que podemos mudar essa realidade. Todo mundo pode vencer na vida. Basta ter oportunidade.

“Todos esses programas cumprem o mesmo objetivo: desenvolver potenciais,

transformando-os em competências pessoais, sociais, cognitivas e produtivas.”

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Música

Filha da doméstica Alice e do carpintei-ro Mario Antônio, o passado de Dalva de Oliveira tem raízes no interior paulista. Sua certidão de nascimento, registrada em Rio Claro em maio de 1917, exibe o nome de Vicentina. Se no latim Vicentina quer dizer aquela que sempre vence, a confirmação desse prenúncio viria mais tarde, com um microfone nas mãos. Certamente o nome artístico não traria sina diferente.

Até seus oito anos, Vicentina viveu em Rio Claro, no bairro da Vila Aparecida, pró-ximo ao centro. Mas, com a morte do pai, a escolha da família foi mudar para a cidade de São Paulo. Na capital, enquanto a mãe

trabalhava como governanta, Vicentina e suas três irmãs ingressaram no Internato Tamandaré, onde começou a se destacar nas aulas de piano, órgão e canto.

Como Vicentina, Dalva foi babá e ajudan-te de cozinha em restaurantes. Entre fraldas e panelas, chegou a um emprego de faxinei-ra em uma escola de dança. Nessa escola, em meio às vassouras, a voz era exercitada sob supervisão de amantes da música.

Em 1934, cinco anos antes do início da Segunda Guerra Mundial, Vicentina se muda para o Rio de Janeiro. Como capital federal, o Rio era centro efervescente de novidades no país.

A TV e a era de ouro do RádioTexto: Gilson Santulo e Lilian Cruz | Fotos: arquivo pessoal de Jouber Turolla

O timbre de voz macio, marca de Dalva de Oliveira, deverá voltar a ecoar. Se na década de 40 a cantora foi um dos ícones da era do rádio nacional, a previsão é

que em 2010 sua história seduza admiradores através das telas da TV Globo

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Música

A sorte de Dalva começa a bater em sua porta. No Rio de Janeiro, trabalhou como costureira em uma fábrica de chinelos onde um dos proprietários era Milton Guita, o Mi-longuita, diretor da Rádio Ipanema. À fun-cionária foi dada uma chance para um teste na emissora. Com a voz aprovada, rosto bo-nito e corpo esguio, começa a ascensão de Dalva; definitivamente o nome artístico não deixaria a esmo a sina de Vicentina.

Entre os anos 40 e 50, Dalva alçou a con-dição de “voz do Rádio”, o veículo de comu-nicação mais popular do Brasil da época. Na Rádio Cruzeiro do Sul, dividiu o estúdio com Noel Rosa. Entre os corredores da emissora, conheceu o compositor Herivelto Martins e, em 1937, casaram-se. Dessa união, nasceram dois filhos, Pery Ribeiro e Ubiratã Ribeiro – que viria a ser um dos diretores da Rede Globo.

Vida de cantora, desavenças conjugais. Um novo homem fez parte da vida de Dal-va, o portenho Tito Clemente, que levou a artista para viver em Buenos Aires.

Em 1963, uma nova separação coloca

Manuel Carpinteiro em seu caminho. No mesmo ano, sofre um acidente de carro que tumultua sua saúde e sua carreira. Nos dois anos seguintes, seu afastamento da música põe fim, momentaneamente, à trajetória de Dalva nos palcos.

Anos mais tarde, Dalva ressurge como estrela em um novo anoitecer. Nesse reco-meço, conhece a glória e a fama novamente com a gravação de “Bandeira Branca”, su-cesso do carnaval de 1970.

Contudo, em 31 de agosto de 1972, aos 55 anos, a luz se apaga. Vicentina falece e deixa parentes em Rio Claro. Com ela, ador-mece também Dalva e esta entristece fãs no país inteiro ao lembrarem seu maior suces-so “Ave Maria do Morro”.

Sorte de estrela

Dalva de Oliveira dublou a primeira versão em português de Branca de Neve, da Disney

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• Brasil (1939) • Noites de junho (1939) • Pedro (1939) • Valsa da despedida (Auld lang syne) (1941) • Segredo (1947) • Sertão de Jequié (1950) • Tudo acabado (1950) • Que será? (1950)• Ave Maria do Morro (1951)• Palhaço (1951)• Zum-zum (1951)• Errei, sim (1950)• Estrela-do-mar (1952) • Fim de comédia (1952) • Há um Deus (com Tom Jobim ao piano) (1952) • Lencinho querido (El pañuelito) (1956)

• Neste mesmo lugar (1956)• Confesion (1956)• Minha mãe (1959) • Rancho da Praça XI (1965)• Máscara Negra (1967)• Bandeira Branca (1970)

Alguns sucessos interpretados por Dalva de Oliveira

Uma minisérie de longa históriaSaudades e lembranças estão prestes a virem à tona. A Rede Globo confirma as gravações do seriado sobre a vida de Dalva de Oliveira para os próximos meses. Como intérprete da cantora estará a atriz Adriana Esteves. O papel de Herivelto Martins deverá ser de Fabio Assunção.

A expectativa é que cenas sejam gravadas em Rio Claro, palco da infância de Vicentina. A minissérie da Globo deverá trazer à luz uma das cantoras que ainda brilha na memória e é fonte de inspiração na música brasileira.

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Cinema

A um clique e você não assistiu?Texto: Daniel Marcolino | Fotos: Telmo Keim

Danielle Sodelli, nas lentes da telinha do celular24

Contar a vida. A arte cinematográfica sempre esteve intimamente ligada aos fatos do cotidiano e às múltiplas formas de “ser-no-mundo”. O desafio de traduzir em ficção o que é real ou tornar real a ficção são duas das suas características. Tocar o espectador em seu humor, emoções ou razão, é uma meta recorrente em todos os gêneros.

Longa, média, curta, micro-metragens, não importa. O objetivo é ser assistido. Onde? Na telona, na TV, no computador e, porque não, no celular? Este último, depois de incorporado ao cotidiano urbano, tornou-se importante ferramenta para o “cinema” independente. Com orçamentos ínfimos, as produções independentes ganham força ao imprimir imagens e sons à livre-expressão de quem porta no bolso uma câmera aco-plada a um meio de divulgação.

Não demorou e o celular tornou-se fer-ramenta democrática para a produção de audiovisuais, pois encerra câmera, tela e a incrível capacidade de se conectar a outra câmeras e em qualquer parte do mundo. Se já era possível tirar fotos, acessar à internet, ouvir música, enviar mensagens, fazer cál-culos, organizar a agenda, brincar com jo-gos, agora, também é possível fazer cinema.

Com vários eventos em curso, alguns já tornaram-se festivais anuais como o Cel.U.Cine (www.celucine.com.br), criado em 2008 ao utilizar como plataforma a telefonia celular para a sua realização e é exatamente neste formato que está sua origem ao contemplar conteúdos pensa-dos para a mídia celular com base no uso de tecnologias digitais.

Rio Claro tem se destacado neste circuito

Seja nas capitais ou nas cidades do interior, o uso de celulares em produções audiovisuais se mostra uma nova tendência para o cinema alternativo

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Dicas para fazer filme para celular:• Evite plano geral, a câmera não os captura bem;• Aproveite possíveis contrastes de luz e cores num mesmo plano;• Prefira planos próximos, principalmente para diálogos, onde a captura de som é melhor;• Evite movimentos bruscos com a

câmera;• Posicione a câmera em pontos não convencionais, já que ela é pequena e permite mobilidade.

Cinema

após a criação do grupo Kino-Olho. Coor-denado pelo cineasta João Paulo Miranda Maria. Em um ano, doze “filmes-ensaios” foram produzidos para celular. Recente-mente, um deles venceu o Mobile Phone Movie Competition promovido e co-exibido pelo canal americano CNN.

Inspirado nas ideias do cineasta fran-cês Jean-Luc Godard e com o título de A girl and a gun (A garota e a arma), a história começa pelo clímax. ”Uma jovem combina encontro com um homem e, de posse de uma arma, aparentemente ela planeja matá-lo. Em pouco mais de um minuto, o filme deixa no ar uma incógni-ta, já que não revela se houve, de fato, o assassinato”, conta Miranda.

De acordo com o cineasta, o uso de tecno-logias alternativas como o celular para a pro-dução e divulgação audiovisual é uma grande tendência. “Temos como filosofia de trabalho usar o mínimo de recursos. O cinema via ce-lular está se tornando um meio de comunica-ção tão acessível como o papel e a divulgação destes trabalhos em portais como Youtube (www.youtube.com) e Vimeo tornam-se vitri-nes importantes, superando festivais e mos-tras do gênero”, acrescenta Miranda.

Para Miranda, os trabalhos desenvolvi-dos pelo Kino-Olho são importantes por incentivar essa prática e por explorar a cul-tura regional como fonte de inspiração. “A formação de um núcleo cinematográfico no interior paulista é uma ideia pioneira e inovadora. Nosso objetivo, além do uso des-tas novas tecnologias, é criar uma forma de produção em que os moradores locais fa-çam parte da equipe criativa. Buscamos uma identidade, uma estética particular que ape-lidamos de ‘Cinema Caipira’”, destaca.

Kino-Olho (www.kinoolho.blogspot.com)

Fundado em 2006, o grupo Kino-)lho surgiu a partir das sessões de cinema que ocorriam no Centro Cultural Roberto Palmari. Após a exibição dos filmes, os integrantes realizavam

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Para acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelo Kino-Olho acesse: www.kinoolho.blogspot.com

discussões críticas sobre a obra. Com a criação do grupo, os debates foram ampliados com a prática, pesquisa e leitura cinematográfica.

O termo “Kino-Olho” é uma expressão do cineasta russo Dziga Vertov. “A palavra alude ao cinema como uma ação mais elevada que o entretenimento. Para Vertov, cinema é uma ferramenta de mudança social e participação popular, o que delega grande responsabilidade aos seus realizadores. Cinema não pode ser encarado como mera diversão”, define Miranda.

A Cia Quanta de Teatro é parceira do projeto e seus alunos atuam nos “filmes-ensaios”. Com cerca de 20 integrantes, as reuniões ocorrem às quintas-feiras, 19h, no Centro Cultural Roberto Palmari. Segundo Miranda, “o grupo oferece a possibilidade de se fazer cinema. Estamos abertos à comunidade. Cinema independente também tem que ser democrático”.

Alunos da Cia Quanta de Teatro atuam nas filmagens do Grupo Kino-Olho

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Responsabilidade Social

Para o empresário Edmundo Altobello, proprietário da franquia das Óticas Carol em Rio Claro, ações sociais são contribui-ções imprescindíveis para a construção de um mundo melhor. E de uma forma atra-ente, ele cumpre seu papel altruísta pelo quinto ano consecutivo à frente do “Dia da Visão Infantil”.

O evento, agendado para o próximo dia 25 de outubro, deve ocorrer na região cen-tral de Rio Claro, na esquina da Rua 3 com a Avenida 7, entre as 9h e as 11h da manhã. Cama elástica, pula-pula e apresentação de palhaços prometem dar mais colorido e alegria a um dos endereços mais movimen-tados da cidade.

Na lista de convidados estão crianças de zero a 12 anos que necessitam de ócu-los. Sem burocracia, as crianças participantes do evento re-cebem senhas para atendi-mento médico especializado e confirmada a necessidade do uso de óculos, eles são forne-cidos gratuitamente.

“A distribuição de 200 pares de óculos será gratuita e estamos especialmente fe-lizes porque ofereceremos um material da logomarca Disney, com design moderno e garantia de qualidade”, descreve Altobello.

Para Altobello, a festa é a celebração da realização de um sonho idealizado por ele e por sua esposa, Elenice. “Acreditamos que carente não é aquele que pede, é aquele que tem condições mas não consegue doar”, re-vela o empresário.

Visão multiplicadoraTexto: Lilian Cruz | Fotos: Telmo Keim

Evento solidário promovido em Rio Claro propicia em uma única manhã, 200 novas formas de ver o mundo

Testas franzidasA presença de secreção nos olhos, pupila

esbranquiçada ou vermelhidão e lacrimejar constante, podem ser sinais, até mesmo nos bebês recém-nascidos, que alguma altera-ção pode estar acontecendo com o desen-

volvimento da visão. Entretanto, é na idade escolar que os

problemas ganham maior destaque. As queixas constantes de dores de cabeça, a testa franzida e a posição dos livros mui-to próximos dos olhos costumam cha-

mar a atenção de pais e professores. Edmundo Altobello,

proprietário da franquia Óticas Carol

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“O comportamento apático ou hiperati-vo dentro da sala de aula também podem estar ligados ao fato que o estudante sim-plesmente não consegue enxergar e, assim, não interage adequadamente no ambiente”, pontua Altobello.

Dados do Conselho Brasileiro de Oftal-mologia indicam que de cada 20 crianças do ensino fundamental, três apresentam algum problema nos olhos. A associação recomenda um teste caseiro, aplicável em crianças por volta dos sete meses de idade. O primeiro passo consiste em colocar ob-jetos que a criança gosta no chão. Depois, fechar um dos olhinhos da criança com um tampão (comprado pronto nas farmácias ou feito com gaze, algodão e esparadrapo). Aos pais, cabe a observação se a criança pega o objeto, o analisa, o põe na boca. Caso ela não faça isso, o pediatra deverá ser alertado.

Caso a criança seja maior e já souber an-dar, peça-a para pegar algum objeto e trazê-lo para você com um olho fechado. Caso a criança seja ainda mais velha, o exercício proposto é que ela indique o que vê através da janela do carro ou do ônibus, sempre fe-chando um olho de cada vez.

Após os quatro anos de idade, a visão pode ser medida com uma tabela especial, encontrada em postos de saúde, escolas e consultórios de pediatras e oftalmologistas.

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Estética

A definição técnica a apresenta como depósito irregular de gordura nas regiões dos glúteos, coxas, abdome e bra-ços. Na prática, para a grande maioria das mulheres, o ‘tal depósito’ é sinônimo de furinhos inconvenientes que des-pertam ira e chamam atenção quando a canga sai de cena. Eis a notável inimiga da estética feminina: a celulite.

As vítimas são mulheres jovens e de meia idade, magras, gordinhas, altas ou baixinhas. No principal agente causador encontra-se o hormônio estrógeno, gênese do universo fe-minino. “Diante da combinação de fatores hormonais, here-ditariedade, sedentarismo, fumo e má alimentação, é raro encontrar uma só mulher que não tenha celulite”, afirma Maria Cristina Silva de Mello, fisioterapeuta há 26 anos.

Contudo, o conformismo parece não fazer parte do diagnóstico da celulite. Em busca de tratamentos que amenizem as saliências nas regiões afetadas, equipamen-tos sofisticados e toques manuais se transformam em protagonistas do anseio feminino de pele lisa, à prova de olhares de diversos ângulos e sob incidência de qualquer intensidade de luz.

Entre as vedetes que devem fazer sucesso no próximo verão está o reorganizador das células de colágeno. O apa-relho Accent adota ondas de radiofrequência para aquecer as fibras de colágeno com calor intenso. Com duas pon-teiras, a primeira tem a função de aquecer a pele e a outra provoca a contração do local. Sua aplicação é delicada e requer supervisão médica.

Difundido em clínicas de estética, o aparelho Manthus reúne ondas de ultrassom e correntes elétricas contínuas capazes de regenerar a fisiologia das células. A aplicação pode combinar gel condutor com remédios que inten-sificam os efeitos de eliminação das toxinas e o excesso de gordura nos alvos do tratamento. Como importante ressalva fica a prescrição dos remédios, que deve ser feita

Novas armas contra uma antiga vilãTexto: Lilian Cruz

Entre potes, cremes, ginástica localizada e dieta balanceada, será que a tecnologia é uma aliada da

mulher na batalha contra a celulite?

Venus Callipyge, por François Barois, 1683-86 (Museu do Louvre)30

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Estética

Como evitar os furosCinco atitudes prometem neutralizar o surgimento dos indesejados furinhos:

• Alimente-se bem: evite os alimentos gordurosos e com excesso de sal. Substitua as frituras por alimentos grelhados, assados ou cozidos. Consuma diariamente frutas e legumes;

• Beba muita água: pelo menos dois litros por dia, pois ela ajuda a eliminar as toxinas e melhora a circulação;

• Exercícios: invista nas atividades físicas, principalmente aeróbicas, como caminhada e bicicleta. As atividades combatem a celulite, ajudam a circulação, além de queimar gorduras. O ideal é a prática três vezes por semana;

• Cremes: formulações específicas ajudam a acelerar a queima de gordura localizada;

• Massagens: aumentam a eficácia dos cremes. Quando for massagear as pernas, faça movimentos de baixo para cima. Já na barriga e bumbum faça movimentos circulares.

somente sob supervisão médica. De origem francesa, o Cellutec é um

aparelho que combina movimentos vibra-tórios com a função de quebrar as células de gordura e provocar aumento da circu-lação sanguínea. “Os resultados são exce-lentes se aliado às técnicas de massagem modeladora e à drenagem linfática, que estimulam o corpo a expelir as toxinas”, afirma a fisioterapeuta e esteticista Chris-tiane Oba Nagashima.

Invasivo, o método Carboxiterapia é mais uma das técnicas que requer ser manipula-do por médico especializado. O procedimen-to usa agulhas de fino calibre para injetar gás carbônico nas regiões que apresentam celulite para provocar estímulo na circula-ção sanguínea e maior oxigenação dos te-cidos. “Os resultados são surpreendentes e

sua aplicação não deixa hematomas como em métodos mais antigos”, explica Maria Cristina.

O aumento da circulação sanguínea é meta também do Velashape. Seu meca-nismo combina radiofrequência e raios in-fravermelhos associados aos princípios de sucção a vácuo, que provocam calor super-ficial e estímulo circulatório. Os resultados ganham proporções ainda maiores se con-siderarmos a cantora Madonna sua maior garota propaganda.

“Embora a celulite não tenha cura e a in-tensidade depende do grau em que ela se apresenta – que vai de 1 a 4, considerando-se seu aspecto – é possível amenizar sua aparência e contribuir com uma melhor apresentação estética no intuito de elevar a autoestima feminina”, descreve Christiane.

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Olho a rosa na janela,Sonho um sonho pequenino...Se eu pudesse ser meninoEu roubava essa rosaE ofertava, todo prosa,À primeira namorada.E nesse pouco ou quase nadaEu dizia o meu amor,O meu amor...

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Olho o sol findando lento,Sonho um sonho de adulto...Minha voz na voz do ventoIndo em busca do teu vulto.

E o meu verso em pedaçosSó querendo o teu perdão;Eu me perco nos teus passose me encontro na canção...

Moda

Moda

Ai, amor, eu vou morrerBuscando o teu amor...Ai, amor, eu vou morrerBuscando o teu amor...

Modelo: Larissa Maule BrigidoFotos: Telmo KeimSandálias: Carmen SteffensAcessórios: SpecchioProdução: Equipe LaliqueMúsica: Sérgio BittencourtCenário: ETEC Prof. Armando Bayeux

Estética

As salas de uma clínica de estética e ci-rurgia plástica são capazes de despertar sentimentos inusitados. Diante da possibili-dade de transmutar imperfeições físicas em um agradável reencontro com a autoestima, sensações de ansiedade, expectativa e inse-gurança podem tomar conta dos visitantes.

A empresária campineira, Tania Aparecida Vellone Bombassei, 51 anos, relembra que a primeira visita, ocorrida há quatro anos, à Clínica de Cirurgia Plástica ‘Nelson Letízio’ em Rio Claro foi marcante. “Por indicação de amigas, cheguei a Rio Claro para uma con-sulta. Estava eufórica e queria fazer todas as correções ao mesmo tempo”, descreve.

Entretanto, o equilíbrio e a responsabi-lidade são essenciais nestes espaços. “Foi a

conversa com o doutor Letízio que me deu segurança e plena consciência que as me-lhorias eram possíveis, mas de uma forma gradativa e eficaz”, comenta a empresária. O planejamento traçado entre paciente e mé-dico foi seguido à risca por Tania e hoje ela comemora os resultados. “Estou muito feliz e satisfeita com meu corpo”, revela.

Médico há 25 anos, especialista em Cirur-gia Plástica, fundador e Secretário Geral da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia e detentor de um currículo carim-bado por diversos congressos nacionais e internacionais, Nelson Letízio comanda uma equipe de colaboradores especializados em converter desejos em resultados.

Para a equipe – composta por fisiotera-peuta, nutrólogo, psicólogo, personal train-ner, cosmetóloga, biomédico, consultor de imagem – além da formação acadêmica, outras conquistas são essenciais. “Em nossa clínica temos equipamentos e técnicas tão atuais quanto as empregadas nos grandes centros mundiais e estrutura física de alto padrão. Porém, a coesão da nossa equipe é a grande responsável pelo nível de excelência que temos alcançado e isso graças ao treina-mento contínuo”, considera Letízio.

Especializados em resultadosTexto: Lilian Cruz | Fotos: Telmo Keim

Estética

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Em um mundo globalizado, o intercâmbio de informações e técnicas representa outro ponto fundamental. “Estados Unidos, Israel, Itália, Espanha e outros países apresentam inovações com frequência, estamos sempre atentos e empenhados em estudá-las”, com-pleta o cirurgião.

Contudo, aparelhos e técnicas específicas, como centro de laser, espaço de estética, li-fiting, preenchimento com gordura, implan-tes de próteses, correções faciais, drenagens, aparelhos estimuladores, pré ou pós-cirúrgi-co, são coadjuvantes. Afinal, ter uma equipe especializada para realizar procedimentos em tempo e doses certas é requisito essencial para o alcance da harmonia entre os desejos e suas reais possibilidades diante do espelho.

Nelson Letízio, médico e especialista em Cirurgia Plástica

Para mais informações acesse www.drnelsonletizio.com.br

À esquerda, aplicação de Laser de baixa potência e, abaixo, aplicação de Led em seção de fotomodulação, utilizados em pós-operatórios e Terapia Foto Dinâmica (PDT)

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Esportes

Bala na agulhaTexto: Rafael Moraes e Gilson Santulo | Fotos: Telmo Keim

Para um esporte que disputa seu lugar no país do futebol, o Tiro Esportivo exige

destreza, sensatez e muito preparo de seus praticantes. Mira é apenas mais

uma das variantes dessa equação

No longínquo ano de 1920, a história do Tiro Esportivo Brasileiro começava a ser es-crita. Foi pela mira e pelos dedos do tenente do Exército Brasileiro Guilherme Paraense que o Brasil conquistou a sua primeira me-dalha de ouro em Jogos Olímpicos. A faça-nha ocorreu em Antuérpia, Bélgica. Adversi-dades não faltaram àquela equipe brasileira. Após viajar de navio durante semanas para chegar a Bélgica e ter suas armas roubadas, foi graças ao espírito esportivo dos ameri-canos, ao emprestarem suas armas, que a conquista da medalha foi possível.

A partir daí, o tiro começou a ganhar seu espaço no país, inicialmente como catego-ria exclusiva dos militares. Hoje, contempla civis em suas fileiras. Esse é o caso do rio-clarense Filipe Antônio Carneiro Fuzaro, jo-

vem atirador de 26 anos e número um do ranking brasileiro de tiro esportivo na cate-goria de Fossa Olímpica Doublé.

Esta é uma das 30 modalidades de tiro reconhecidas pela Confederação Brasileira de tiro Esportivo (www.cbte.org.br) em pro-vas olímpicas e pan-americanas, provas do International Shooting Sport Federation e provas especiais.

A categoria disputada por Fuzaro é uma das mais difíceis. Para se ter uma ideia do grau de dificuldade, cada atirador faz três séries de 50 disparos e tem como alvo pra-tos lançados em direções aleatórias, distan-tes do atirador 15 metros no lançamento. Dois pratos com cerca de 11cm de diâmetro são lançados ao mesmo tempo a uma velo-cidade que pode alcançar 120km/h. O ati-rador dispõe de apenas dois disparos com uma espingarda calibre 12, carregada com munição de exatos 24 gramas.

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Esportes

Preparo, reflexo e dedicação

A prática do tiro esportivo é uma vocação. Diversas habilidades são colocadas à prova. A precisão se torna apenas um detalhe dentre as diversas qualidades. O preparo emocional, psicológico e o preparo físico são essenciais para um atirador.

Perceber pequenos detalhes e se concentrar no momento certo, assim como ter reflexos afiados, também são fatores que determinam o ato de errar ou acertar. Toda essa dedicação se reflete dentro e fora do stand, “atirar ajuda muito na minha vida, pois o ‘foco’ e a ‘concentração’ são lições que colaboram no meu dia-a-dia”, frisa Fuzaro.

Os praticantes de tiro seguem normas rígidas. Suas armas são devidamente registradas, licenciadas e usadas apenas em competições. Como somatória, a satisfação de buscar o tiro perfeito, manter a concentração e ter bala na agulha acrescente a responsabilidade de formar atletas responsáveis e futuros campeões.

A prática de tiro não sai barato, “o cartu-cho, a arma e os pratos são caros”, salienta Fuzaro, e completa “atualmente tenho pa-trocínio do Comitê Olímpico Brasileiro e da Confederação Brasileira, mas apenas para as viagens e competições. O treino e a arma são custos que tenho que arcar”.

É preciso salientar que além dos equipa-mentos de tiro propriamente ditos, existem itens de segurança obrigatórios que fazem parte da vestimenta do atirador, como os óculos de proteção e o abafador ou protetor auricular – estes itens são requisitos básicos em todas as competições. Apesar de ser um esporte dispendioso, a alegria é fator mar-cante. Para Fuzaro “o tiro tem um grande peso em minha vida, é uma relação de pra-zer, de paixão, onde passo uma das melhores horas do meu dia”.

Para chegar ao número um do ranking brasileiro, Fuzaro teve que suar a camisa. Fo-ram diversos títulos desde que começou em competições profissionais, quatro Brasileiros, três Copas Continental, entre outras premia-ções importantes.

Com o anúncio das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, Fuzaro salienta que “esta treinando forte desde já para garantir classi-ficação nas Olimpíadas de 2012 e, com certe-za, com esse preparo estarei apto a participar das Olimpíadas no Brasil”.

Para quem participou do pré-olímpico de Pequim, Fuzaro tem certeza de que a oportu-nidade de sediar os Jogos Olímpicos irá trazer muitos avanços não só para o Rio, mas para todo o Brasil. “Os ganhos sociais, econômi-cos e para o próprio esporte seráo enormes”, afirma o atirador.

Alto custo, grandes emoções

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Comportamento

Em grande parte dos casos, são pessoas que moram sozinhas, casais que optaram por não ter filhos ou, até mesmo, os que ti-veram filhos mas que já saíram de casa. Por isso, dão muita atenção aos pets e acabam por confundir desejos.

Prova desta afirmação é um mercado que não para de crescer. Estima-se que o Brasil ocupa o segundo maior mercado no mundo, com 32 milhões de cães, 16 milhões de ga-tos, 19,5 milhões de pássaros e 7,5 milhões de peixes. Só no ano passado, este mercado movimentou cerca de R$ 8 bilhões no país*.

Longe de ser apenas uma preferência en-tre tantos animais de estimação, a relação de fidelidade entre homem e cão sempre foi enaltecida como uma das mais admiráveis e salutares. Afinal, o cão está inserido há sé-

culos na sociedade e tem espaço garantido em muitos lares de culturas e hábitos hete-rogêneos. Em geral, o cachorro é um animal que alegra, descontrai e aproxima pessoas. É mascote das crianças, amigo dos adultos e forte companheiro dos idosos.

É comum o cão tornar-se parte integrante da família. Presencia e sabe das coisas, mas não conta. É de opinião tácita e só se mani-festa quando sente seu território ameaçado. E o território, na verdade, é a casa de seu dono. É o espaço destinado a sua existência que, por mais harmoniosa e saudável que possa ser, jamais ultrapassará as barreiras e limitações de um animal passível de muitos

De cão para homemTexto: Daniel Marcolino Foto: Telmo Keim

Cada vez mais, os animais ocupam o dia-a-dia das pessoas e passam a fazer parte da “família”. Em muitos casos, é comum a confusão que se faz entre as necessidades afetivas do dono e as necessidades naturais do animal

Lola, fêmea com cinco anos, obediente e atenta aos comandos do dono, porém ciumenta, características do pastor alemão

* Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais

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Comportamento

adjetivos e elogios, porém irracional.Para a psicóloga junguiana Silmara Adria-

ni Sassaki, o relacionamento entre homem e seu cão pode ser comprometido se as ne-cessidades de cada um não forem respeita-das. “É comum vermos casos de pessoas que tratam os animais domésticos como gente. No entanto, eles não devem ser tratados como tal, pois possuem necessidades dife-rentes e, por mais que se queira o contrário, suas atitudes são instintivas e condiciona-das. Não podem e não devem substituir o humano em uma relação”, explica.

De acordo com a psicóloga, é funda-mental que se busque o equilíbrio em todo

tipo de relacionamento, inclusive com os animais. “Irrefutavelmente, os cães são de extrema valia. Já está comprovado que eles são capazes de auxiliar no tratamento de diversos distúrbios emocionais e em doen-ças psicossomáticas. Contudo, é necessário estabelecer limites. Muitas vezes, o dono deixa de ter vida social por devoção ao cão e este, por sua vez, não consegue lidar com a ausên-cia do dono”, revela.

O ideal, quando se trata de adestramento de cães, é ensiná-lo desde o dia que é levado para casa, independente da idade.

Defina os espaços onde ele poderá frequentar. Cães que viverão fora de casa devem aprender isso desde o começo.

Um cão que viverá dentro de casa também precisa ter os limites definidos. Por exemplo, se será permitido entrar nos quartos ou subir em camas e sofás.

Não devemos impedir o filhote de morder, mas sim direcionar as mordidas para objetos que podem ser mordidos ou comidos, como brinquedos caninos e petiscos.

Alguns filhotes gostam de morder a roupa, o calçado ou o corpo dos seus donos, principalmente mãos, braços e pernas. Não permita esse comportamento mesmo que pareça brincadeira, pois em alguns casos pode significar disputa por liderança e um cão jamais deve desafiar o líder.

Tenha um local para mantê-lo sozinho de vez em quando, é importante aprender a ficar isolado para diminuir a dependência das pessoas.

Evite dar atenção, brincar ou passear nos mesmos horários. Depois de algumas repetições, o cão ficará condicionado. Mudanças na rotina geram ansiedade e podem provocar comportamentos indesejados, como destruição de objetos e latidos.

Dicas para uma relação saudável

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Seu bicho dá uma história? Envie e-mail com foto, curiosidades e estripulias dele para [email protected]

Da família sim, porém adestradoPara o sucesso no convívio com os animais domésticos é importante entender essa diferença e respeitá-la. Ainda que nenhum treinamento seja capaz de alterar as características genéticas de um animal. “Isso significa que agressividade, docilidade ou hiperatividade são características intrínsecas a algumas raças. Mesmo em casos extremos, os resultados de um bom adestramento podem ser muito satisfatórios e podem melhorar a qualidade de vida do animal e da família”, ressalta o adestrador Edílson Darvin Martim.

Darvin trabalha há mais de dez anos no condicionamento de cães. Para ele, antes de pensar em adestrar, antes mesmo de cogitar ter um animal, é de suma importância estar consciente das obrigações que esta decisão implica. “Ser responsável pela vida de um cão é uma decisão muito séria, requer tempo e condição financeira. Não é algo simples como ter um peixe no aquário”, destaca o adestrador,

para quem todos os acidentes envolvendo cães, sem exceção, podem e devem ser evitados.

Como dica para quem tem ou pretende ter um cão na família, o ideal é iniciar os ensinamentos desde o dia em que o animal é levado para a nova casa, independente de idade ou tamanho. “A maioria das pessoas acredita que o cão só aprende a partir dos seis meses de idade. É um grande erro. Nessa idade, alguns comportamentos tornam-se irreversíveis, seja devido à limitação física para lidar com um animal muitas vezes grande e de muita força física ou emocional, dado ao afeto que se desenvolve entre animal e seu dono, e isso independe de tamanho”, finaliza.

Para mais informações sobre adestramento e comportamento canino, acesse: www.guiarioclaro.com.br

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Casa & Cia

Uma forma de entender melhor a impor-tância de uma construção sustentável é ava-liar a sua capacidade em funcionar de forma a agregar soluções aos desafios ambientais contemporâneos, ao mesmo tempo em que apresenta soluções de preservação e econo-mia no médio e longo prazo.

Nas palavras de Fabio Pozzer Rosa, consul-tor do Centro de Tecnologia de Edificações de São Paulo, “a construção sustentável deve partir de projeto arquitetônico que especifique ambientes, materiais, equipamentos e instala-ções hidráulicas e elétricas que visem reduzir o consumo dos recursos naturais do planeta”.

Conhecidos com Green Building em paí-ses como Alemanha, França e Estados Uni-dos, esses projetos condicionam as diretri-zes para compra dos materiais e acessórios como lâmpadas, torneiras, fontes de ener-gia, captação de esgoto, cisternas e painéis solares, e acabam por determinar o quanto um projeto pode vir a se tornar realmente autossustentável.

Um conceito, muitas compreensõesPara se compreender a ideia de cons-

trução sustentável é preciso visualizar um contexto mais amplo, o de desenvolvimento sustentável. O termo foi usado pela primei-ra vez em 1987 no Relatório Brundtland, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Or-ganização das Nações Unidas, no centro das ideias e discussões está a possibilidade dos projetos arquitetônicos fazerem uso, capturar, economizar e reciclar os recursos naturais do seu entorno ou que atingem a área construída, seja ele luz, água, calor etc.

Essa nova definição ganha espaço em um cenário de sucessivas crises em meio a globalização e a expansão desenfreada na exploração dos recursos energéticos de matriz apoiada em recursos naturais não re-nováveis, na produção de resíduos tóxicos e na eminente escassez de água em algumas regiões do planeta.

O ritmo acelerado no qual o homem se

Tema cada vez mais essencial e obrigatório em qualquer projeto, as construções sustentáveis ganham espaço a partir do momento que se percebe a fragilidade do meio ambiente e a velocidade com que os

recursos naturais se extinguem

Construir para sustentarTexto: Rafael Moraes | Fotos: Divulgação

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Casa & CiaCobertura: projete soluções que ajudem a manter umidade relativa do ar e obter sensação térmica mais agradável.

Utensílios: projete espaços para eletrodomésticos com selo de eficiência energética - Procel.

Solo: respeite o índice de permeabilidade estabelecido para o local da obra e garanta que a água da chuva chegue até o lençol freático.

Água: ao projetar áreas que necessitam de água para rega ou lavagem, pense em coletar a água da chuva e utilizá-la para estas tarefas cotidianas.

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vale para consumir os recursos do planeta, acompanhado pela poluição que esse tipo de matriz energética provoca, deve ser estuda-do, diminuído e revertido.

Neste contexto, o desenvolvimento am-biental e sócioeconômico deve suprir as ne-cessidades atuais sem comprometer a capa-cidade de atender as necessidades futuras.

Faça a sua partePozzer afirma enfaticamente que “durante

a obra, deve-se planejar todas as atividades de maneira a reduzir desperdícios e controlar fontes de poluição do solo, do ar e da água. Os resíduos gerados devem ser reutilizados ou destinados à reciclagem, o que diminui a sobrecarga de aterros públicos”. A preocu-pação com os funcionários no processo de construção de um edifício sustentável inclui respeitar os direitos trabalhistas.

No entanto, deve estar clara a diferença entre construção ecológica e construção sustentável. A primeira encontra-se total-mente integrada ao meio natural e utiliza em sua construção materiais diretamente retirados da natureza, enquanto a constru-ção sustentável, apesar de também poluir o ambiente em seu processo de construção, é menos prejudicial pois ao longo do tempo a

Mãos a obraNa hora de realizar o sonho de construir ou comprar uma casa, considere algumas soluções simples e de grande valia para se economizar no bolso os recursos naturais que você consome.

Pense no longo prazo, pois mesmo que você se mude, muito provavelmente ela continuará ali por muitos anos.

Materiais: prefira produtos produzidos próximos a obra. Quanto menos transporte for necessário, mais economia se faz, seja no custo do material ou no impacto que o transporte causa em todo o sistema.

Iluminação: Prefira luz natural a artificial. Explore ao máximo as janelas no sentido de aproveitar melhor a luz e o aquecimento solar.

Energia: projete painéis solares eficientes que, além de aquecer água, possam gerar energia elétrica para diversos usos.

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Casa & Cia

Como funcionaExistem nove princípios da Construção Sustentável segundo os sistemas de certificação que são referência na área da construção sustentável – BREEAM (Inglaterra), Green Star (Austrália), LEED (Estados Unidos) e HQE (França):

Planejamento Sustentável da Obra; Aproveitamento passivo dos recursos naturais; Eficiência energética; Gestão e economia da água; Gestão dos resíduos na edificação; Qualidade do ar e do ambiente interior; Conforto termo-acústico; Uso racional de materiais; Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis.

economia que ela pode gerar impacta menos em todo o sistema.

Pozzer salienta a existência de certificação e selos de qualidade ambiental em diversos países, como a “certificação pelo critério LEED (Leadership in Energy and Environmen-tal Design) do Green Building Council, criada nos Estado Unidos; a certificação pelo crité-rio AQUA (Alta Qualidade Ambiental), adap-tação do sistema francês HQE (Haute Qualité

Environnementale); e, recentemente, o Selo Casa Azul da Caixa”.

Segundo os conceito da construção sus-tentável, qualquer tipo de edifício pode e deve adotar essas práticas de construção, operação e manutenção. Se somos capa-zes de projetar no longo prazo, entender e praticar regras mais saudáveis de consumo, também somos capazes de projetar sistemas mais econômicos no longo prazo.

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Turismo

Histórias que valem ouroTexto: Daniel Marcolino e Lilian Cruz | Fotos: Diego Ocanhas

Casas pintadas a cal e janelões com pa-rapeitos debruçados em calçadas e ladeiras íngremes. Arte barroca a céu aberto e be-lezas naturais típicas do interior do Brasil. Estes são elementos de Ouro Preto, um dos destinos mais visitados em Minas Gerais.

A cidade setecentista condensa figuras históricas e anônimas em um palco de rela-tos do bem e do mal. Paredes entumecidas pela queima de óleo de baleia vindos do li-toral e utilizado nas antigas minas de ouro se contrapõem ao azul do céu. Hoje, a rotina pacata dos seus moradores não esqueceu a histórica escravidão de negros na época da exploração das suas minas de ouro.

O geógrafo Vinicius Genaro, em visita à cidade, indica para o turista que vai a Ouro Preto reservar no mínimo três dias para co-nhecer todas as atrações contidas nas ruas formadas por paralelepípedos centenários. “A peculiaridade do lugar é seu contexto his-tórico muito rico, arraigado em cada canto da cidade”, declara.

Era noite de São João em 1698 quando acampou na margem direita de um córrego cantante entre pedras, uma expedição de paulistas à procura de

ouro. De lá para cá, Ouro Preto tornou-se patrimônio cultural, arte, aventura, culinária típica e destino

de várias histórias

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Ouro Preto desperta olhares para seus altares dourados, herança da época áurea da extração do minério no Brasil colônia. Dentro do roteiro religioso obrigatório está o legado das obras de Aleijadinho e suas es-tátuas expostas na Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.

A cidade tem lugar reservado na histó-ria geopolítica brasileira e o antigo Palá-cio dos Governantes, construído em 1748, abriga diversos museus, entre eles o de Mineralogia, Ciência e Técnica, Metalurgia, História Natural e Astronomia, mantido por sua Universidade Federal. Na história acadêmica, Ouro Preto abriga a primeira Escola de Pharmácia da América Latina, fundada em 1839.

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Turismo

Nas redondezasOs distritos de Ouro Preto são uma atra-

ção à parte. Os casarios São Bartolomeu e Casa Branca proporcionam a lívida sensa-ção de regresso no tempo. Ambos estão localizados às margens do rio das Velhas, um dos mais importantes de Minas. Pos-suem um aglomerado de casas coloniais, um ar rústico que descompassa o tempo. Se visto do alto da Igreja Nossa Senhora. das Mercês, estes distritos lembram um presépio natalino.

Para os aventureiros, existem opções de passeios ecológicos em toda a região. O Pico do Itacolomi, com 1.752 metros de altitude, é um dos roteiros naturais mais excitantes. O Parque da Cachoeira das An-dorinhas, o Horto dos Contos e a Estação Ecológica Trupuí somam-se aos principais destinos dos visitantes ávidos por aventura e contato com os muitos vales e suas for-mações rochosas de tirar o fôlego.

CulináriaA típica cozinha mineira também tem suas raízes em Ouro Preto e seduz pelo aroma marcante dos seus pratos. O lombinho crepitando no forno, acompanhado do feijão imerso em temperos e torresmo a pururuca e o frango com quiabo podem ser encontrados nos bares da Rua Direita, como o tradicional restaurante Casa do Ouvidor.

No período do carnaval, a cidade in-tegra um dos circuitos mais visitados por turistas brasileiros e estrangeiros. A presença de grupos tradicionais como o Bloco do Zé Pereira embalam foliões de todas as idades no sobe e desce das suas ladeiras.

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Gastronomia

Na sequência, as delíciasTexto: Rafael Moraes | Fotos: Telmo Keim

Uma infinidade de sabores acrescentam personalidade ao

tradicional rodízio sem desprezar a estrela da casa: a carne

Comer bem é uma máxima para qualquer pessoa que se aventura em restaurantes. E os fatores determinantes para se atingir essa máxima é a combinação perfeita entre qualidade no atendimento, cardápio bem elaborado e atenção à satisfação do cliente.

Premissas que parecem óbvias a quem é consumidor, algumas vezes nem chegam a figurar no imaginário dos prestadores de serviço. Nada mais justo que aclamar como louváveis os estabelecimentos onde, além da boa gastronomia, o serviço também é motivo de orgulho.

A busca pela qualidade para somar à boa mesa. É dentro desses princípios que a churrascaria Sal e Brasa se perfaz e funcio-na desde fevereiro em Piracicaba. Mas con-seguir preencher esses requisitos com folga não é tarefa fácil.

Muito trabalho, treinamento e dedicação ao cliente são premissas fundamentais para Amarildo Oliveira, gerente da churrascaria e homem de salão, que faz questão de garan-tir a satisfação gastronômica de seus clien-tes, aliada a todo o conjunto de serviços de forma harmoniosa e bem estruturada.

Corte integrante do rodízio, o bife ancho merece destaque pelo sabor e maciez

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Na sequência, as delíciasInfinitas possibilidades

O ato de degustar um bom churrasco pede um ambiente agradável e aconchegante, seja no happy hour realizado no deck ou no bar da churras-caria, para se aproveitar as infinitas combi-nações do buffet que acompanham o rodí-zio de espeto corrido.

Queijos, embutidos e conservas são ape-nas indicativos quando o assunto é delei-tar-se. Os frutos do mar, com uma reserva especial para o carpaccio de lula defumada, e os pratos quentes, como a bacalhoada ou o camarão à paulista – ambos oferecidos como parte do rodízio –, se unem às sala-das e despertam os paladares e servem de entrada ao prato principal.

Mas não se deixe levar pela abundância do buffet. A verdadeira estrela da casa é a carne. Desde os clássicos bovinos, suínos e frango ao peculiar javali, os cortes nobres ou tradicionais são entremeados de sabo-res exóticos e intensos. Oferecem conforto para os amantes de carne e muita suculên-cia a cada mordida.

Sem negligenciar a tradicional picanha, a fraldinha e o cupim, um dos “donos” do ro-dízio é o bife ancho. O corte argentino, co-nhecido no Brasil como contrafilé de costela,

Buffet do happy hour

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Gastronomia

é um bife alto, em média cinco centímetros, retirado das cinco primeiras vértebras do boi e por ser suculento e macio, ganha cada vez mais espaço no paladar brasileiro.

Para completar os campeões da casa é imprescindível registrar o carré e a paleta de cordeiro como essenciais. Cordeiros são os animais abatidos antes de atingirem a ida-de adulta e, portanto, são mais macios, com pouca gordura e sabor marcante. O carré é o corte francês para a costeleta, enquanto a paleta é a pata dianteira do animal, que sem dúvida ficam mais saboro-sos se acompanhados da deli-ciosa geleia de hortelã.

Como uma extensão do buffet tradicional, de pratos quentes e frios, outro trunfo do Sal e Brasa é oferecer pratos japo-neses, como os sushis

e sashimis, feitos na hora. Sempre frescos e apetitosos, oferecem mais variedade e um toque do oriente ao rodízio tão brasileiro.

Pratos como o risoto também fa-zem parte da refeição. Em uma ar-rojada iniciativa, que incrementa a experiência degustativa ao somar texturas cremosas à maciez das carnes. Com sabores distintos, indo do funghi com filé mignon ao de alcachofras, passando pelos mais conhecidos como o carreteiro e piamontese.

Dentre tantas variedades e sabo-res, cores e aromas, fica uma certeza: serão necessárias mais do que uma visita ao Sal e Brasa para conhecer e desfrutar todos os seus sabores.

Para aqueles que querem apenas desfrutar o fim de tarde e beber um chopp gelado, a churrascaria também oferece um serviço de Happy Hour exclusivo. Além de servir o delicioso chope Brahma, há a opção de servir-se de um mini-buffet de petiscos, típicos de bar, como torresmos, queijos, salame, azeitonas e mais, tudo à disposição do cliente.

Sal e Brasa - Rua Campos Salles, 230 – CentroFone 19 3432.2689 - www.salebrasa.com.br

Carré de cordeiro

Buffet de sushis e sashimis

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Enogastronomia

por Hugo Baungartner e Marcelo Picka

Novas experiências no velho mundo

Que a França é o grande berço da gastro-nomia mundial todos nós sabemos. Mesmo assim, não são poucos os relatos dos que, ao retornarem de Paris, por exemplo, elo-giam tudo mas dizem que não conseguiram comer bem. A verdade é que opções não faltam e conforme um proprietário de res-taurante na capital francesa, independente do serviço, todos os estabelecimentos estão cheios o ano inteiro e alguns se aproveitam dessa situação para deixar o bom atendi-mento e a boa gastronomia de lado. Essa é uma maneira arriscada de gerir o negó-cio, porém, em Paris, onde a maioria dos restaurantes dependem dos turistas que passam pela cidade, é uma prática bastante utilizada. Talvez isso explique as frequentes frustações que muitos de nós temos quan-do estamos por lá.

Mas sabemos, também, que as exceções são muitas e em solo onde a gastronomia é o ponto forte procuramos alguns lugares onde a experiência gastronômica pode ser completa, da reserva ao cafezinho, passan-do por um serviço impecável e, o principal, sem gastar muito.

A primeira sugestão é especialmente vol-tada para os amantes das trufas. Localizado na Place de la Madeleine, ao lado da igreja com o mesmo nome, o Maison de la Truffe tem praticamente todo o cardápio baseado em receitas que levam trufas em seu pre-paro ou finalização. Da entrada, que pode ser um delicioso Ovo Molet com azeite de trufas brancas (por incrível que pareça, uma das melhores combinações da face da ter-ra), à sobremesa, um sorvete de chocolate

branco com raspas de trufa, tudo parece ser cuidadosamente criado para surpreender o paladar. O prato principal, risoto de trufas, também merece todo destaque e deve ser acompanhado por um Pinot Noir da Bor-gonha ou, no caso de um prato com sabor mais forte, um italiano Barbera.

Ainda na mesma Place de la Madeleine, do outro lado da igreja, os gourmets podem encontrar a Fauchon, uma loja especializada em produtos alimentícios e presentes ligados à gastronomia. Tudo é muito bem feito e apresentado e a casa ainda oferece um servi-ço ao lado, onde os clientes podem degustar tudo o que é vendido na loja e ainda experi-mentar vários tipo de salmão defumado, ca-viar e queijos especiais. Na seção de doces, o visual chama a atenção e as guloseimas são confundidas com verdadeiras obras-primas. Vale a visita!

Outro endereço onde a experiência gas-tronômica é bastante diferente está locali-zado na Île Saint-Louis, atrás da belíssima Notre Dame. O Nos Ancêtres Les Gaulois é um ambiente rústico com capacidade para quase 200 pessoas. À disposição dos clientes

Maison de la Truffe

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existe um pequeno buffet com antepastos tradicionais e 10 tipos de embutidos. A sa-lada, apresentada em uma cesta, é a grande atração da casa e parece ter vindo direto da horta. O vinho da casa deve ser retirado pelos próprios clientes em um grande barril e é um ótimo companheiro para a noite in-teira. Após a salada, pode-se escolher uma carne grelhada, acompanhada de batata assada e ratatouile e, logo após, optar pe-los deliciosos queijos que vem à mesa. Tudo isso acompanhado de música ao vivo. Um serviço simples, mas muito atencioso, onde clientes muito felizes cantam e dançam du-rante toda a noite, como se fossem crianças. Sem dúvida, uma experiência bastante inu-sitada e que jamais pensaríamos encontrar na França. Vale a pena conhecer!

Bom apetite e saúde!

Nos Ancêtres Les Gaulois

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Contraponto

Nós, os apedeutas* de plantãopor Carlos Marques

Em recente artigo publicado por Clovis Rossi em sua coluna na Folha de São Paulo poucas vezes vi o assunto ser tratado com tanta clareza. Não que o fato seja uma aberração, pois diariamente podemos vê-lo nos afazeres da política deste país De que assunto se trata? Da capacidade da clas-se política brasileira priorizar os amigos à competência e nossa capacidade em aceitar esta situação com a maior naturalidade.

Na base desta prática, o clientelismo e os tapinhas nas costas transformam-se em chave e fechadura para se amealhar interes-ses pessoais. Tente ser crítico com um políti-co e verá como portas se fecham. Na políti-ca, ainda vivemos o que costumo chamar de ‘paraíso com data e hora para acabar’. Quan-do se chega lá, é comum ouvirmos “esque-çam tudo que falei, critiquei ou escrevi”. Os mais espertos preferem não comentar suas práticas passadas, mas nem por isso agem diferente. Quando saem, geralmente a burra está ‘merecidamente’ cheia.

Ainda agora, assistimos o velho e bom ufanismo nacional ganhar as ruas, bem ao estilo do “Prá frente Brasil” – um clássico dos tempos da ‘ditadura’ em plena ‘demo-cracia’. Em poucas horas, dezenas de cam-panhas publicitárias ganharam as ruas e as mídias enaltecendo o país por ter sido escolhido como sede dos Jogos Olímpicos. Não que esta seja uma notícia ruim, não é. Porém, o que se seguirá a ela é que deve nos preocupar.

Afinal, quem irá coordenar os trabalhos para tornar a cidade maravilhosa em pa-raíso durante o mês de competições? Será

que serão as mesmas incompetências – responsáveis pelos Jogos Panamericanos – a tomarem conta da festa? De que vale um investimento de R$ 30 bilhões se os es-forços de todos não começarem, desde já, a dar frutos para o Rio e para o país? Será que ao menos outra metade desse valor será in-vestido em educação para o esporte e na formação de atletas olímpicos?

Se você ainda tem dúvidas que serão os ‘cartolas de plantão’ com os ‘amigos do rei’ que tomarão para si o direito de decidir quem será ‘parceiro’ nas obras que se se-guirão, você é um fervoroso crente ou ainda coversa com Papai Noel.

Ninguém melhor que o brasileiro para se contentar com pouco, principalmente se para a imensa maioria o que está em jogo é a versão e não o fato.

Até lá, veremos companhias nacionais – públicas e privadas, além do próprio go-verno, claro – investirem na nossa brasili-dade e associar esta conquista à sua marca. Nada contra, exceto pelo fato que estarão nos chamando de ignorantes* ao se apro-veitarem da ‘docilidade’ que todo brasileiro manifesta quando vê sua seleção entrar em campo. Mas, não se preocupe. Depois de 2016 o Rio continuará lindo, como hoje.

Carlos Marques é bacharel em Filosofia, empresário da comunicação e editor desta pequena revista que você tem em mãos.

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Gráfica Mundo