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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL AGRÍCOLA DA LAPA LAPA - PARANÁ Rodovia do Xisto Km 194, BR. 476, cx.p. 194 - CEP 83750 - 000 Telefone: 3622-5914 e-mail: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Versão preliminar ENSINO MEDIO PROFISSIONAL INTEGRADO LAPA 2010 1

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL AGRÍCOLA DA LAPA LAPA - PARANÁ

Rodovia do Xisto Km 194, BR. 476, cx.p. 194 - CEP 83750 - 000 Telefone: 3622-5914 e-mail: [email protected]

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

– Versão preliminar

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

INTEGRADO

LAPA

2010

1

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL AGRÍCOLA DA LAPA LAPA - PARANÁ

Rodovia do Xisto Km 194, BR. 476, cx.p. 194 - CEP 83750 - 000 Telefone: 3622-5914 e-mail: [email protected]

SUMÁRIO:

Apresentação 4Identificação 6Objetivos Gerais 16Marco Situacional 17Marco Cenceitual 22Marco Operacional 33Referência Bibliográfica 47Planejamento Artes 49Planejamento Biologia 57Planejamento Educ. Física 67Planejamento Filosofia 74Planejamento Física 81Planejamento Geografia 89Planejamento História 108Planejamento Língua Portug. 117Planejamento Matemática 141Planejamento Química 151Planejamento Sociologia 157Planejamento Língua Inglesa 163Planejamento Adm e Ex.Rural 170Planejamento Agroindústria 175Planejamento Fund.Agroecol. 185Planejamento Horticultura 189Planejamento Infraest. Rural 193Planejamento Prod. Animal 201Planejamento Prod. Vegetal 211Planejamento Solos 218Planejamento Espanhol - CELEM 222Planejamento Estágio 238

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APRESENTAÇÃO

A elaboração do Projeto Político Pedagógico permite ao Centro

Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa, construir um plano de

trabalho priorizando e garantindo, ensino com qualidade, com a valorização da

realidade da localidade inserida, considerando a diversidade populacional no

contexto educacional, social e cultural. Utilizando-se, de várias reuniões

realizadas com pais de educandos, educadores, educandos, comunidade em

geral, equipe pedagógica e administrativa, possibilitou visualizar um conjunto de

ações educacionais em prol do atendimento ao educando, da prática educativa e

intervenções que visem à promoção do ser humano.

O Projeto Político Pedagógico é um processo democrático no qual

professores, funcionários, alunos assumem a importância e o comprometimento

das ações desenvolvidas no contexto escolar demonstrando diferentes momentos

como: compreensão da relação social, educacional, a integração e participação

Uma proposta educativa que estabelece uma visão de sociedade onde se insere

os paradigmas educacionais,a organização escolar como um todo,a missão da

escola como construtora de cidadania.Deve apontar as necessidades sociais de

acordo com o momento histórico que vive a sociedade e a importância desse

contexto social em movimento de aprendizagem no âmbito da relação do homem

com o mundo e na objetivação do homem com o mundo do trabalho.efetiva da

sociedade escolar, tendo como suporte a relação teoria e prática.O presente

Projeto Político Pedagógico promove a interação das disciplinas em uma

percepção do conhecimento democrático e qualitativo,tendo como foco o

aluno,um ser autônomo,totalizante,incluso e que possui relação dialética com o

mundo.

A participação de todos no diagnóstico real, oportunizou a troca de

saberes, compondo um processo gerador de conseqüência, tendo como princípio

que a educação faz parte do processo em construção e apropriação do

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conhecimento, aplicados na transformação da realidade, em ambiente saudável,

formando os cidadãos integrados com os fatos e atos da sociedade.

A Proposta Pedagógica cumpre, também, o delineamento da direção a ser

dada ao processo educativo, pois, é através dele, que buscamos a articulação do

saber, do conhecimento, da vivência, da comunidade, do meio ambiente.

Buscamos na sua realização, criar no ambiente escolar reservado a educação

dos adolescentes, um espaço onde lhes assegure a possibilidade de

desenvolvimento de sua personalidade, oportunizando a formação do cidadão,

visando o resgate da dignidade humana e não permite excluir ninguém dos

exercícios de seus direitos e da cidadania exigindo com isso um trabalho voltado

para a equipe da comunidade escolar.

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa elaborou

ações conjuntas com toda a sociedade escolar, esta proposta pedagógica,

embasada em princípios legais e referenciando os propósitos da Lei 9.394/96 da

Educação Nacional e pela superação da dualidade estrutural presente na

sociedade com a implementação de um Projeto Político Pedagógico integrado

que permita ao tratar de modo indissociável a ciência, a cultura, a tecnologia e o

trabalho, uma formação integral, posto que agregue elementos fundantes da vida

em sociedade, enaltecendo a qualidade de ensino e a realidade da comunidade

envolvida, orientando as ações educacionais.

Independente de todos os empecilhos há avanços significativos em relação

aos estudos e reflexões na construção do Projeto Político Pedagógico. Toda

equipe de nosso Estabelecimento de Ensino participou ativamente e com

entusiasmo nas discussões referente ao mesmo. Acreditando que o Projeto

Político Pedagógico construído coletivamente de forma colaborativa, estabelecerá

novos paradigmas, práticas pedagógicas inovadoras, troca de experiências, que

irão contribuir para uma educação de qualidade. Além de discutir sobre a

realidade dos nossos educandos, promoveu a integração de todos os

profissionais. Considerando uma instituição onde prevaleça à paixão e o amor

profissional, a abordagem fundamental na superação do paradigma da

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fragmentação, do individualismo, buscando caminhos alternativos que alicercem

uma ação relevante, significativa e competente, é o que idealizamos.

IDENTIFICAÇÃO

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa está

localizado na Rodovia do Xisto km 194, Br 476, em uma área de 16 alqueires e 11

litros e 285,08 metros quadrados e tem como mantenedor o Governo do Estado,

iniciou suas atividades em 15 de março de 2004, com duas turmas de 1º Ano do

Curso Técnico em Agropecuária - Integrado , totalizando 81 (oitenta e um) alunos.

Sendo o primeiro Diretor Geral o Professor Roberto Albach, Direção Auxiliar a

Professora Rosecleia Camargo Pinto, Diretor da Unidade Didático Produtiva

(UDP) o Engenheiro Agrônomo Julio Arilton Pierin, e como Secretário Eloy Budek

Murbach.

Atualmente oferece curso Técnico em Agropecuária - Integrado, totalizando

aproximadamente 170 alunos oriundos da zona urbana e rural do Município da

Lapa e outras localidades vizinhas, os quais freqüentam aulas em período

integral, em regime de internato e semi-internato e desenvolvem atividades

didático-produtivas, através de programas relacionados à horticultura, fruticultura,

milho, feijão e soja; na pecuária: suinocultura, cunicultura, caprinocultura,

ovinocultura, bovinocultura, avicultura (corte/postura) e outros programas como

revitalização da mata ciliar, além de cursos técnicos.

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa –

Ensino Médio Profissionalizante Integrado (Código: 01255), situada na

localidade rural denominada “Colônia Virmond”, no Município da Lapa

(Código: 1330), Estado do Paraná, é mantida pelo Governo Estadual,

pertencente ao Núcleo Regional de Educação da Área Metropolitana Sul

(Código 03), funciona sob a: Resolução nº. 1024/06 (12/04/2006), reconhecida

pela Resolução 3252/07 (13/09/2007) e com Renovação de Credenciamento

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sob Parecer CEE/CEB nº 272/10 e também sob Ato Administrativo de

Aprovação do Regimento Escolar número 170/04 de 03/05/2004 e pelo

parecer número 079/04 de 03/05/2004.

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa segue o

calendário escolar e os dias letivos correspondem ao ano civil, obedecendo à

carga horária de 800 horas de atividades escolares (mínimo de 200 dias letivos),

atualmente nosso colégio consta com 04 turmas em período integral com o

seguinte horário das aulas:

1ª aula – 07:45 às 08:35

2ª aula – 08:35 às 09:25

3ª aula – 09:25 às 10:15

Intervalo – 10:15 às 10:25

4ª aula – 10:25 às 11:15

5ª aula – 11:15 às 12:05

Intervalo de almoço – 12:00 às 13:15

1ª aula – 13:15 às 14:05

2ª aula – 14:05 às 14:55

3ª aula – 14:55 às 15:45

Intervalo – 15:45 às 16:00

4ª aula – 16:00 às 16:50

5ª aula – 16:50 às 17:40

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa, oferta o

Curso de Técnico em Agropecuária - Integrado, em período integral, funciona em

04 salas de aula. Consta em cada sala de aula: aproximadamente 45 carteiras,

mesa e cadeira para o professor e televisão 29”, dois vídeos/DVD sendo volante,

ou seja, conforme a necessidade das turmas é colocado na sala de aula.

Referente aos ambientes pedagógicos possui: Sala de Apoio Pedagógico,

Biblioteca, Auditório, Refeitório.

Em relação aos dados do imóvel, do Centro Estadual de Educação

Profissional Agrícola da Lapa, compõem o seguinte:

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Certidão de Propriedade: Registro de imóveis Nº 32.608 livro 100 fls. Nº 3-AH de

19 de outubro de 1971. Área pertencente ao ISEP e incorporado ao ESTADO DO

PARANÁ em 07 de abril de 2009.

Prova de direito de uso do prédio – Termo de Transferência de Imóvel nº

010/2009, Protocolo nº 07.621.957-5 – Pasta nº 0076.

Planta de Localização: Planta situação.

Planta baixa - Croqui do prédio

Laudo do corpo de bombeiros - extintores em pontos estratégicos do prédio

conforme utilização de cada área.

Alvará de licença - Declaração do Departamento de Viação, obras e urbanismo

atestando a perfeita condição de uso do prédio, sem nenhum problema estrutural,

elétrica ou hidráulica.

Laudo da Vigilância Sanitária – Licença nº 429 de 16 de setembro de 2009.

Banheiro para os alunos

BWC masculino 5,6 m² (1 vaso e 1 lavatório)

BWC feminino 5,6 m² (1 vaso e 1 lavatório)

Banheiro para os alunos no corredor central

BWC masculino 12 m² (3 mictórios, 2 vasos, 1 vaso p/ portador de deficiência, 4

lavatórios)

BWC feminino 12m2 (2 vasos, 1 vaso p/ portador de deficiência, 3 lavatórios)

Banheiros para alunos Internos próximo aos alojamentos contendo:

BWC masculino A= 12,5 m² (4 vasos sanitários, 5 lavatórios, 3 mictórios)

BWC feminino A- 12,5 m² (4 vasos sanitários, 5 lavatórios)

BWC feminino 50 m² (3 vasos sanitários, 5 chuveiros comuns, 10 lavatórios)

Número de bebedouros: 01 bebedouro

Linha de acesso à rede internacional de informações:

1 linha fixa com ADSL - Proinfo

1 rede Fibra Ótica - PRDigital

Infra-estrutura de acessibilidade a pessoas portadoras de necessidade

especiais:

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Serão adaptados os 2 vasos sanitários e 2 chuveiros, distribuídos no banheiro

central e próximo às salas de aula.

Serão construídas, em futuro próximo, rampas de acesso ao prédio.

Equipamentos de informática:

Total de 36 terminais de computadores, 7 impressoras e 2 scaner.

Alunos

30 terminais de computador

1 impressora.

Sala dos professores hora atividade

2 terminais de computador

1 impressora

Sala da orientação e supervisão

1 computador

1 impressora

Sala da coordenação

Não possui

Laboratórios

30 terminais de computadores

1 impressora

Secretaria

2 terminais de computador

2 computador

3 impressora

2 scaner

Cozinha e lavanderia

Cozinha com 30 m²

Refeitório 120 m²

Despensa 16 m²

Lavanderia 17,5 m²

Rouparia 17 m²

Sala economata 13,5 m²; e

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Depósito de material de limpeza 12,5 m² em separado no prédio.

Outras dependências existentes no prédio

Varanda 83,20 m²

Circulação 408,00 m²

Auditório 80 m²

Foyer 20 m²

Área de Lavagem dos utensílios de cozinha: 28 m²

Área total construída: 1924,43 m²

Número de ambientes pedagógicos: 18 ambientes

Ambientes pedagógicos

Sala dos professores 30 m²

Sala Hora Atividade 16 m²

Orientação 16 m²

Direção = 16 m²

Sala aula 1 = 90 m²

Sala aula 2 = 90 m²

Sala aula 3 = 90 m²

Sala aula 4 = 90 m²

Sala 5 = 45 m² alojamento

Sala 6 = 45 m² alojamento

Sala 7 = 45 m² alojamento

Sala 8 = 45 m² alojamento

Laboratório de informática = 120 m²

Laboratório de ciências = 25 m²

Em relação ao corpo docente e técnico administrativo, no colégio compõem

o seguinte quadro:

DIRETOR GERAL

EROS BERG FERREIRA DO AMARAL

VICE-DIRETOR

ROBERTO ALBACH

DIRETOR DA UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA

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LUIS HENRIQUE RIBAS

SECRETÁRIO

ELOY BUDEK MURBACH

COORDENADORES DE CURSO

MARIA CRISTINA LAUS PEREIRA e JOSÉ LUIZ DE CASTRO

EQUIPE PEDAGÓGICA

DRAUDI MARIA ALBACH HOFFMANN, MARIA CRISTINA BAGGIO, MARIA DE

LOURDES MAGALHÃES VITALI e SOELI DE FÁTIMA DE OLIVEIRA MURBACH.

COORDENADORES DE ESTÁGIO

GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CIT e HEITOR VIDAL LEONARDI

VETERINÁRIOS DA UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA

LUIS HENRIQUE AGULHAM CIT e PATRÍCIA MARCATTI LIMA

AGRONÔMO DA UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA

NELSON MARIO LEONARDI

PROFESSORES

1º SÉRIE “A” e “B”

DISCIPLINA 1º “A”

AULAS

1º “B”

AULAS

PROFESSOR (a)

ADM. EXT. RURAL 2 2 FERNANDA BAUMEL SZCZYPIORBIOLOGIA 2 2 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRAED. FÍSICA 2 2 LUIS HENRIQUE STAHLKEFILOSOFIA 2 MICHELE DUDAFILOSOFIA 2 MARCELO HACKBART

FÍSICA 2 2 ELIZABETH MARIA TETER LIPSKIFUND. DA AGROECO. 2 2 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRA

GEOGRAFIA 2 2 JULIANE PACHECO CORDEIROHISTÓRIA 2 2 MÁRCIA REGINA HOPATA MENDES

HORTICULTURA 3 3 LEONI TEREZINHA SUZUKIINGLES 2 2 EDILENE ZIETEK VIEIRA

PORTUGUÊS 3 3 MIRIAN KLEINSCHMIDT BILLMATEMÁTICA 3 3 SIMONE S. ALMEIDA BATISTA

PROD. VEGETAL 3 3 LEONI TEREZINHA SUZUKIPROD. ANIMAL 4 4 PATRÍCIA MARCATTI LIMA

QUÍMICA 2 2 GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CITSOCIOLOGIA 2 2 MICHELE DUDA

SOLOS 2 2 LEONI TEREZINHA SUZUKI

AULAS PRÁTICAS BIPARTIDAS

DISCIPLINA 1º “A” 1º “B” PROFESSOR (a)HORTICULTURA 2 2 JOSÉ LUIZ DE CASTRO

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LUIS HENRIQUE AGULHAM CITPRODUÇÃO ANIMAL 2 2 JOSÉ LUIZ DE CASTRO

LUIS HENRIQUE AGULHAM CITPRODUÇÃO VEGETAL 2 2 JOSÉ LUIZ DE CASTRO

LUIS HENRIQUE AGULHAM CITORIENTADOR DE

ESTÁGIO

5 5 JOSÉ LUIZ DE CASTRO

LUIS HENRIQUE AGULHAM CIT

2º SÉRIE “A”

DISCIPLINA 2º “A”

AULAS

PROFESSOR (a)

AGROINDUSTRIA 2 PATRÍCIA MARCATTI LIMABIOLOGIA 2 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRAED. FÍSICA 2 LEILA APª GONÇALVES GUIMARÃES

FÍSICA 2 SIMONE S. ALMEIDA BATISTAGEOGRAFIA 2 JULIANE PACHECO CORDEIRO

HISTÓRIA 2 MÁRCIA REGINA HOPATA MENDESHORTICULTURA 2 NELSON MARIO LEONARDI

INGLES 2 EDILENE ZIETEK VIEIRAPORTUGUÊS 4 MIRIAN KLEINSCHMIDT BILLMATEMÁTICA 4 SIMONE S. ALMEIDA BATISTA

QUÍMICA 2 GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CITSOCIOLOGIA 2 MICHELE DUDA

SOLOS 2 LEONI TEREZINHA SUZUKIADM EXT. RURAL 2 FERNANDA BAUMEL SZCZYPIOR

ZOOTECNIA 2 PATRÍCIA MARCATTI LIMACRIAÇÕES 3 FERNANDA BAUMEL SZCZYPIOR

MECANIZAÇÃO 2 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRACULTURAS 2 NELSON MARIO LEONARDI

TOPOGRAFIA 2 NELSON MARIO LEONARDIINFORMÁTICA 2 FERNANDA BAUMEL SZCZYPIOR

AULAS PRÁTICAS BIPARTIDAS

DISCIPLINA 2º “A” PROFESSOR (a)HORTICULTURA 2 LUIS HENRIQUE AGULHAM CIT

CRIAÇÕES 1 LUIS HENRIQUE AGULHAM CITMECANIZAÇÃO 1 LUIS HENRIQUE AGULHAM CITTOPOGRAFIA 1 LUIS HENRIQUE AGULHAM CIT

AGROINDUSTRIA 1 ANDREA FIGUEIREDO ARANTESORIENTADOR DE

ESTÁGIO

2 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRA

PRÁTICA

AGROPECUÁRIA

5 GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CIT

3º SÉRIE “A”

DISCIPLINA 3º “A” PROFESSOR (a)

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AULASAGROINDUSTRIA 2 PATRÍCIA MARCATTI LIMA

BIOLOGIA 3 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRAED. FÍSICA 2 LEILA APª GONÇALVES GUIMARÃES

FÍSICA 2 ELIZABETH MARIA TETER LIPSKIAGROECOLOGIA 2 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRA

GEOGRAFIA 2 JULIANE PACHECO CORDEIROHISTÓRIA 2 MÁRCIA REGINA HOPATA MENDES

HORTICULTURA 2 NELSON MARIO LEONARDIINGLES 2 EDILENE ZIETEK VIEIRA

PORTUGUÊS 4 MIRIAN KLEINSCHMIDT BILLMATEMÁTICA 4 SIMONE S. ALMEIDA BATISTA

QUÍMICA 2 GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CITZOOTECNIA 2 PATRÍCIA MARCATTI LIMACRIAÇÕES 3 FERNANDA BAUMEL SZCZYPIORCULTURAS 3 NELSON MARIO LEONARDI

IRRIGAÇÃO DRE. 2 LEONI TEREZINHA SUZUKICONSTRU. INST. R. 2 LUIS HENRIQUE AGULHAM CIT

EXTEN. RURAL 2 FERNANDA BAUMEL SZCZYPIORFRUTICULTURA 2 LEONI TEREZINHA SUZUKI

AULAS PRÁTICAS BIPARTIDAS

DISCIPLINA 3º “A” PROFESSOR (a)HORTICULTURA 1 JOSÉ LUIZ DE CASTRO

CRIAÇÕES 1 JOSÉ LUIZ DE CASTROCONSTRUÇÕES 1 JOSÉ LUIZ DE CASTRO

PRATIC.AGROPECUARIA 2 JOSÉ LUIZ DE CASTROAGROINDUSTRIA 1 GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CIT

ORIENTADOR ESTÁGIO 2 MARIA CRISTINA LAUS PEREIRAPRÁTIC.AGROPECUÁRIA 3 GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CIT

FUNCIONÁRIOS:

Nome dos Funcionários Efetivos FunçãoAdemir Jose Amaral de Ramos Aux. de Administ. de InternatoAnita Liebl M. Ribeiro Inspetor de AlunosAntonio Benedito F. dos Santos VigiaAntonio Moreira Ribeiro Trabalhador de CampoCarine Martins Alves Trabalhador de CampoDione do Rocio da Silva LavadeiraDioney Hornung Teter AlmoxarifeEdilaine Ap. Murawski Aux. de Administ. de InternatoEridon Moreira Ribeiro Trabalhador de CampoFábio Assumpção da Silva Aux. de Administ. de InternatoJanete Aparecida de Paula CozinheiraJose Carlos Goll de Campos MotoristaJose Luiz de Liz Mendes Motorista

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Marcelo Tschoeke Téc. em AgropecuáriaMarco Antonio Tissian Paloma Aux. de Administ. de InternatoMaria Emidia da Cruz Ramos Cat. Func. Aux. Serviços GeraisMarli Rodrigues Koga CozinheiraSandra Knaut Duda Aux. de Administ. de InternatoTelma Tom Fantin Aux. de Administ. de InternatoWilmara Nentwig Tec. em Contabilidade

Nome do Funcionário Temporário FunçãoAntonio Wilson R. Hoffmann Trabalhador de CampoBenedito de Jesus Alves Trabalhador de CampoClaudete Ap. de Melo – PRED CozinheiraDalberto Hoffmann Trabalhador de CampoDionete do Rocio dos S. Ramos LavadeiraIvonete do Perpétuo Duarte dos Santos Trabalhador de CampoMarcelo dos Santos Trabalhador de CampoPaulo César Kedzierski TratoristaSebastião Colaço - CLAD VigiaTereza de Luz Abreu Koga Cat. Func. Aux. Serviços GeraisWaldecir Antonio Cardoso Maciel Trabalhador de CampoWaldomiro Barbosa Pinto Almoxarife

OBJETIVOS GERAIS

• Desenvolver Proposta de Formação humana Integrada, voltada para o

desenvolvimento da pessoa humana enquanto integralidade de forma a

deslocar o foco de uma formação voltada para o mercado de trabalho para

o mundo do trabalho, tendo como dimensões indissociáveis o Trabalho, a

ciência, a cultura e a tecnologia;

• Articular conhecimento básico, específico e científico a partir dos

processos de trabalho e da prática social, concebidos enquanto “lócus” de

definição dos conteúdos que devem compor o programa, articulando os

conhecimentos oriundos da prática social (tácitos e populares),

contemplando as diversas áreas cujos conhecimentos contribuem para a

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formação profissional, das formas de gestão e organização do trabalho,

contemplando os conteúdos científicos, tecnológicos, sócio-históricos e das

linguagens;

Formar alunos dentro dos princípios norteadores e de suas funções e

ações pedagógicas conforme as Diretrizes Curriculares da Educação,

como:

a) Os Princípios Éticos da Autonomia, da responsabilidade e do respeito ao

Bem Comum;

b) Os Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do

exercício da Criatividade e do respeito à ordem Democrática;

• Valorizar e articular os diferentes atores do processo educativo, tanto a

equipe discente como a docente, na construção das propostas

pedagógicas, enaltecendo-os suas competências técnicas, possibilitando-

os serem capaz de identificar e valorizar suas próprias competências de

observar, de regular, de terem postura reflexiva, inovadora e de aprender

com os outros e com as suas próprias experiências, ou seja, sua formação

histórica - critica.

MARCO SITUACIONAL

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa desenvolve

ações educativas de integração com práticas agropecuárias, com vistas a

subsidiar a comunidade local na produção e comercialização de produtos

agropecuários. Sendo a Lapa um Município essencialmente agrícola com

prósperas atividades agropecuárias, o “Colégio Agrícola da Lapa” é de vital

importância para a comunidade e para a cidade, pois proporciona aos nossos

jovens um vasto conhecimento sobre o manejo do solo, agropecuária e Ensino

Médio Profissionalizante voltado para essas áreas, preparando o aluno para

trabalhar em sua propriedade, comunidade, e cidade de origem sem precisar sair

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do seu município e ir para grandes cidades. Com isso o Centro vem de encontro

ao anseio da população, através dele espera-se melhorar a economia do

Município com qualidade de vida, fazendo com que a comunidade local e cidades

vizinhas sejam beneficiadas, visto que ambas vivem da agricultura.

O Município da Lapa possui uma área de 2.125 km², é um dos dez

maiores em extensão no nosso Estado, sua origem encontra-se na

passagem dos tropeiros que vinham do Rio Grande do Sul para vender o

gado em Sorocaba, pois nos seus arredores foi instalado um Registro,

nada mais que um posto fiscal para cobrar imposto das mercadorias que

aqui passavam. Nestas imediações, os primeiros moradores se

aventuravam em fixar residência dedicando-se, especialmente à agricultura

e à pecuária. Estas atividades constituem, ainda, a base da economia do

município, que praticamente não possui indústrias. O Centro Estadual de

Educação Profissional Agrícola da Lapa, busca a transformação do

educando, através do processo participativo através de estratégias que

visam à construção, orientação e motivação em prol da qualidade de

ensino.

Sendo uma instituição educacional e social, com gestão escolar

democrática organizada no espaço coletivo com reflexão e análise contínuas das

práticas pedagógicas, sociais, escolares, para que todos os educadores,

gestores, comunidade, educandos, participem de maneira democrática e

construtiva.

A razão da existência do “Colégio Agrícola da Lapa” é o educando. E é

para ele que devemos fornecer uma educação com qualidade, responsabilizando-

se pelo processo de aplicação da conscientização e criticidade dos cidadãos.

Baseado na Constituição Federal (1988) e na Lei de Diretrizes e bases da

Educação Nacional (Lei 9394/96) estabelecem que a educação seja direito de

todos.

Através de capacitação contínua o corpo docente da escola,

busca a transformar e aprimorar a qualidade técnica, para

desempenhar seu papel com dignidade e estabelecendo elos de

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compromisso com o educando perante seu processo de

aprendizagem.

Em relação ao processo educacional, ao analisar os dados estatísticos de

rendimento escolar obtemos as seguintes informações: no ano letivo de 2007, a

taxa de aprovação foi de 91,50%, sendo a taxa de reprovação de 8,5% e a taxa

de abandono de 0%. No ano letivo de 2008, a taxa de aprovação foi de 98%,

sendo a taxa de reprovação de 2% e a taxa de abandono de 0%. No ano letivo de

2009, a taxa de aprovação foi de 94,5%, sendo a taxa de reprovação de 4,5% e a

taxa de abandono de 1%. Considerando estes dados, visualizamos a qualidade

de ensino com a diferença de 5% de melhora na taxa de aprovação, mas também

obtemos outra informação foi aumento aproximado de 1% na taxa de abandono,

que devidamente registrado em documento pelo responsável do aluno,

transcorrido por motivos familiares e de saúde, levantados através destes dados.

Transformando o processo educacional em um processo dinâmico e

coerente, baseado na concepção de uma proposta com ações educativas

voltadas a integração às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e a

tecnologia, conduzindo ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida

produtiva (Artigo 39 – Capitulo III – Da Educação Profissional – Lei de Diretrizes e

Bases).

A educação profissional busca diversificar programas e cursos

profissionais, atendendo novas áreas e elevando seus níveis de formação. As

empresas passam a exigir trabalhadores cada vez mais qualificados. As

destrezas manuais se agregam novas tecnologias relacionadas com a inovação, a

criatividade no trabalho e a autonomia na tomada de decisão.

A educação profissional tem como proposta uma formação de qualidade,

enfatizando ações educativas integradas com práticas agropecuárias em vistas a

subsidiar a comunidade local na produção, comercialização de produtos

agropecuários, bem como, propiciar aos educandos o acesso às inovações

tecnológicas requeridas na atualidade, para a formação plena do técnico.

O objetivo principal da independência do ensino tecnológico é a maior

flexibilidade na escolha da profissionalização permitindo ao cidadão buscar uma

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oportunidade de se qualificar por meio de um curso técnico, buscando o

conhecimento para a vida produtiva.

Neste contexto, atendendo a demanda existente na região Sul do Paraná e

demais regiões do País, insere-se este estabelecimento de ensino, como difusora

de tecnologia e instrumento de profissionalização voltada ao meio agropecuário.

Os interpéres que passa o setor da agropecuária são generalizadas, e a

agricultura familiar que está inserida neste contexto não é diferente, pelo

contrário, é um dos segmentos mais atingidos pela liberação das importações e

pelo ingresso do Brasil no Mercosul.

Face ao exposto há uma necessidade premente de tornar a atividade mais

produtiva e eficaz, oferecendo às famílias do meio rural uma melhoria no aspecto

sócio-econômico e poder de competitividade do seu produto frente aos paises

vizinhos, mantendo este produtor no meio rural, pois é menos dispendioso manter

um produtor rural ajustado ao seu meio ambiente de trabalho, do que mantê-lo

desajustado no meio urbano.

Este Centro, pela sua estrutura em área e instalações, oferece condições

para implantação do curso proposto, oferecendo assim a possibilidade de

diversificação da propriedade rural, proporcionando condições para que os

educandos permaneçam na propriedade ou através do processo de construção

do Conhecimento: adquiram condições concretas de profissionais para

desenvolver os trabalhos de um Técnico em Agropecuária.

A clientela deste curso é oriunda da zona urbana e rural da Lapa e outras

localidades vizinhas como Antonio Olinto, Araucária, Contenda, Balsa Nova,

Quitandinha e outras que se fizeram presente ao longo dos anos de

funcionamento deste, que apresentam a base econômica na agricultura e

pecuária. A maioria dos alunos são filhos de pequenos produtores rurais, que

residem em propriedades próprias e procuram a educação profissional com o

objetivo de conduzir-se ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida

produtiva. Tornando-se empreendedores do campo, capacitados para organizar

ou gerenciar na área do agronegócio.

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A maioria das famílias possuem renda familiar entre um a três salários

mínimos, ou quando comercializam seus produtos, não possuindo uma renda fixa.

Referente à profissão dos pais, se classificam como agricultores, autônomos,

aposentados, servidores públicos e outros, cujo grau de instrução varia entre o

Ensino Fundamental e Médio. Assim sendo, o nosso alunado é de adolescentes e

adultos de médio poder sócio-econômico-político.

A maioria pretende cursar uma faculdade na área de ciências agrárias e

outros.

Baseando-se no levantamento de dados, buscando a realidade de nossa

Comunidade Escolar, diagnosticamos que a faixa etária de nossos educandos

varia entre 13 a 18 anos, estes distribuídos em três séries distintas: 1ª a 3ª série

sendo para 2010 (duas turma de 1ª série, uma turma de 2ª, uma turma de 3ª) do

Curso Técnico em Agropecuária – Ensino Médio Integrado. A maioria da clientela

não interrompeu seus estudos e moram com seus pais e são dependentes dos

mesmos.

Os pais estão sempre presentes no “Colégio Agrícola”, participando de

reuniões, eventos e confraternizações melhorando com isso a auto-estima e o

rendimento escolar dos filhos.

Dentro das dificuldades que os nossos educandos encontram para estudar,

relaciona-se a algum déficit de aprendizagem, horário das aulas.

O trabalho aqui desenvolvido vem sendo aprimorado cotidianamente e

construído com esforço e comprometimento por parte de todos os educadores,

numa concepção de SOCIEDADE DE TODOS E COM TODOS. A construção de

uma proposta onde é primordial o envolvimento da comunidade vem sendo

trabalhada há bastante tempo. Desde o início de seu funcionamento (2004), vem

proporcionado condições básicas informativas para as famílias dos alunos, e com

isto fazendo ao mesmo tempo um trabalho de envolvimento participativo. Todas

as atividades realizadas são atreladas à vida escolar dos alunos, principalmente

com referência a freqüência dos mesmos às aulas, bem como acompanhamento

do processo ensino aprendizagem.

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O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa vem

buscando da melhor maneira possível acompanhar a proposta da SEED através

da e orientações do Núcleo Regional da Área Metropolitana Sul, vem trabalhando

e construindo-se a cada dia, com atos e atitudes que influenciam na

personalidade dos educandos, positivamente, pois os futuros cidadãos e

profissionais que estamos preparando irão atuar numa sociedade realista e não

imaginária.

Temos uma preocupação com as mudanças vividas pela sociedade

trabalhando harmonicamente num principal e único ponto: O educando e seu

futuro como cidadão brasileiro consciente e preparado para viver a plena

cidadania.

A igualdade de direitos significa que a cidadania deve ser exercida por

todos os membros da sociedade, convivendo com a diversidade e a diferença,

combatendo a exclusão social, destacando o compromisso com a qualidade dos

serviços prestados à população e democratizar o acesso a esses programas.

MARCO CONCEITUAL

O Ensino Médio Integrado representa uma construção

social e histórica de professores, pesquisadores,

gestores e políticos que têm como horizonte a

formação humana integral, fundamentada na

integração entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura

e que se constitui como direito igualitário dos

adolescentes, jovens e adultos de todas as classes

sociais, rompendo com a dualidade estrutural entre

Educação Geral e Formação Profissional. “(MOURA,

2010)”.

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O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa busca

a transformação do educando, através do processo participativo, os

preceitos filosóficos que envolvem a ação escolar e direcionam o educando

a interpretar e transformar a sociedade.

Concebendo a educação como um instrumento para a autonomia crítica e

para a libertação humana, devem-se possibilitar aos alunos oportunidades que os

transformem em cidadãos possuidores de uma mentalidade crítica, com

responsabilidade, criatividade, coerência e afetividade, despertando-se para o

conhecimento e a valorização do espaço social ao qual pertencemos.

“As escolas deverão reconhecer que as aprendizagens são constituídas na

interação entre os processos de conhecimento, linguagem e afetivos, como

consciência das relações entre as distintas identidades dos vários participantes do

contexto escolarização, através de ações inter e intra-subjetivas; as diversas

experiências de vida dos alunos, professores e demais participantes do ambiente

escolar, expressas através de múltiplas formas de diálogo, devem contribuir para

a constituição de identidades afirmativas, persistentes e capazes de protagonizar

ações solidárias e autônomas de constituição de conhecimentos e valores

indispensáveis à vida cidadã.”

(Parecer n º 04/98 – Ministério da Educação e do Desporto – Conselho

Nacional de Educação)

Com esse intuito, o Centro precisa adquirir uma postura de conhecimento,

estruturar-se dinamicamente, proporcionar reflexões e mudanças de

comportamento, além de estimular transformações na sociedade.

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa

mantém dentro de sua gestão, compromisso com um trabalho de qualidade

e de interação com a comunidade. Prioriza o aluno e sua família, incentiva

uma maior participação e engajamento democrático de todos os segmentos

da comunidade. Trata-se de um fazer coletivo em que se busca a

coerência entre o pensar e fazer, e que tem como missão assegurar um

ensino de qualidade, o respeito e o incentivo ao indivíduo e a participação

da comunidade na escola formando cidadãos na transformação social.

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A nova legislação (Decreto 5.154/04) que revogou o Decreto 2.208/97

concebeu propostas curriculares considerando a necessária articulação entre as

diferentes dimensões do trabalho de formação profissional técnica de nível médio,

enfatizando o trabalho, a cultura, a ciência e a tecnologia, como princípios

fundantes da organização curricular integrada ao ensino médio. A concepção de

Educação Profissional assume um compromisso com a formação humana dos

alunos, a qual requer a apreensão dos conhecimentos científicos, tecnológicos e

históricos sociais. Esta concepção incorpora a categoria trabalho e reconhece sua

dimensão educativa, princípio este que considera o homem em sua totalidade

histórica, e a articulação entre o trabalho manual e intelectual a partir do processo

produtivo contemporâneo, com todas as contradições daí decorrentes para os

processos de formação humana no e para o trabalho. como aponta KUENZER.

.

... a finalidade da escola que unifica cultura e trabalho é a

formação de homens desenvolvidos multilateralmente que

articulem sua capacidade produtiva às capacidades de

pensar,estudar,de dirigir ou de controlar quem dirige.

(KUENZER,1998.p.126)

As novas propostas para o currículo integrado aprovados pelo Parecer

1095/03, mais o Plano de Expansão dos Cursos de Educação Profissional –

Parecer 1028/03 aprovado pelo Conselho Estadual de Educação, iniciaram-se no

Paraná em 2004 com a implantação de cursos de educação profissional técnica

de nível médio, com organização curricular integrada ao ensino médio.

No entanto, assumimos uma política da Educação Profissional tendo o

trabalho como principio educativo, principio este que considera o homem em sua

totalidade histórica e a articulação entre trabalho manual e intelectual,implica

desenvolver um percurso educativo em que estejam presentes e articuladas teoria

e prática contemplando a concepção de organização curricular integrada no

processo produtivo contemporâneo.

Os consideráveis avanços na forma de propiciar a função da

instituição escolar têm contribuído, consideravelmente, para a maneira

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como ela se organiza frente às necessidades educacionais de qualquer

aluno. Trata-se de um desafio que pode ser contornado se o referido

currículo tiver as características de generalidade e flexibilidade que

permitam, a cada escola, elaborar seu próprio projeto curricular, com

ênfase no desenvolvimento de seus educandos. Além de aprenderem os

conteúdos básicos estabelecidos e de progredirem ao longo de sua

escolaridade – construindo e se apropriando do conhecimento – é

importante, também, que eles desenvolvam as capacidades críticas e

reflexivas.

Quando da integração em uma sociedade, necessita-se compreender

a relação do homem com os outros homens e com a natureza. Através da

comunicação, não como mero instrumento de trabalho, mas como

instrumento de trabalho que conduz à socialização. É um processo

contínuo e lento, medidas necessárias visando à melhoria da sociedade

escolar, bem como participação de todos os cidadãos.

O método utilizado para a efetivação da aprendizagem dos

conhecimentos deve, necessariamente, favorecer a inserção do aluno no

dia – a – dia das questões sociais e profissionais, propiciando o

desenvolvimento de capacidades, de modos a favorecer a compreensão e

a intervenção nos fenômenos educacionais na apropriação do

conhecimento. Possibilitando aos alunos usufruírem das manifestações

culturais universais no processo de aquisição. Assim, trabalhando

diversificadas metodologias, utilização de diversos materiais, respeito ao

ritmo de cada aluno e seus procedimentos.

O conceito de inclusão, hoje muito difundido no meio educacional,

como um termo que expressa a necessidade de mudanças efetivas na

estrutura do sistema de ensino brasileiro, rumo a uma escola mais

acolhedora e mais aberta ao universo das diferenças.

O conhecimento desenvolve o processo ensino aprendizagem de forma com que os conceitos sejam apreendidos como sistema de relações de uma

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totalidade concreta que se pretende, o currículo integrado organiza o explicar/compreender. A integração exige que a relação entre conhecimentos gerais e específicos seja construída continuamente ao longo da formação, sob os eixos do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia (RAMOS, 2005).

O conceito de inclusão, hoje muito difundido no meio educacional,

como um termo que expressa a necessidade de mudanças efetivas na

estrutura do sistema de ensino brasileiro, rumo a uma escola mais

acolhedora e mais aberta ao universo das diferenças.

Refere-se à formação dos sujeitos humanos em sua dimensão

múltipla e totalizadora. Neste sentido é uma escola inclusiva, aberta ao

universo das possibilidades humanas.

O nosso atual texto constitucional (1988) igualmente consagra, no Art. 205

a educação como direito de todos e dever do Estado e da Família. Já no Art. 206

– podemos destacar princípios eminentemente e democrático, cujo sentido é

nortear a educação, tal como a igualdade de condições não só para o acesso,

mas, também, para a permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar e

divulgar o pensamento; o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas; a

coexistência de instituições públicas e privadas; a existência de ensino público.

Colégio, uma instituição educacional e social, com gestão escolar

democrática organizada no espaço coletivo com reflexão e análise contínuas das

práticas pedagógicas, sociais, escolares, para que todos os educadores,

gestores, comunidade, educandos, participem de maneira democrática e

construtiva.

Segundo Paulo Freire que associava cidadania e autonomia. No seu

discurso, ele afirma que “o respeito à autonomia e à dignidade de cada um é um

imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros”.

É importante relacionar neste processo de retomada do “pedagógico”

por parte de todos e as contribuições para a superação dos impasses no

processo de aprendizagem. Oportunizando o surgimento de propostas

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educacionais que atendam as diferenças dentro do espaço escolar e na

sociedade.

Criando um ambiente acolhedor, onde todos tenham o direito de

opinar e participar, sendo a maioria dos alunos interno uma vez seu lar,

com convívio familiar, assim devemos aprimorar a integração e inter-

relação pessoal. É pegar a realidade na qual o aluno está inserido e fazê-lo

entender essa realidade, e dentro de seu conhecimento decidir se está

certo ou não, transformando sua prática social e não se adaptar ao mundo.

O Colégio tem a função social de preparar os alunos, depois de

formados exerçam um trabalho agro negócio, mas com bases teóricas para

continuar estudando na área de seu interesse. Inserindo o indivíduo no

meio capacitando-o para o desenvolvimento de relações mútuas e

cooperativas, que visem o bem estar do todo em conjunto com o seu

habitat, preparando-o para o mercado de trabalho por meio de transmissão

de conhecimentos elaborados. Preparar o indivíduo levando em conta os

saberes do aluno trazido por sua vivência incluindo os saberes

sistematizados, conduzindo-o para o mundo globalizado e capitalista como

um cidadão critico e conhecedor de seus direitos e deveres.

A organização formal da democracia com os devidos procedimentos que

garantem a efetivação do princípio, nos procedimentos eficazes e contínuos,

sustentando as relações humanas. Assim, a gestão democrática é o processo

político através do qual a comunidade escolar discute, delibera e planeja,

controlam e avaliam, é um conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento da

própria escola, através do diálogo e participação efetiva de todos os segmentos

da comunidade escolar, respeito a normas coletivamente construídas para

processo de tomadas de decisão e a garantia de amplo acesso às informações

aos sujeitos da escola.

A Gestão participativa (participação da família, da sociedade, dos alunos,

funcionários e professores na melhor condição dos trabalhos escolares.). Cada

um tem seu papel fundamental dentro da formação do aluno, e cada um de nos

somos gestores de nossas ações dentro da escola onde seguimos uma

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hierarquia. Na Democracia a coordenação dos trabalhos desenvolvidos na

comunidade escolar, a qualidade do ensino e vida dos indivíduos que compõem

essa comunidade dependem diretamente da eficácia desta gestão. Tema

bastante complexo é preciso que o gestor possa gerir, escutando as sugestões,

mas após acatem as decisões;

Na avaliação interpreta-se os dados da aprendizagem e de seus

próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo

de aprendizagem dos alunos, bem como registrar em documentos próprios,

a fim de serem asseguradas à regularidade e a autenticidade da vida

escolar do aluno.

Tratar sobre instrumentos de avaliação implica, antes de definir seu

conceito, refletir sobre os três processos que compõem o processo educativo

(ensino, aprendizagem e avaliação). Para isso é preciso também se recorrer aos

fundamentos basilares, ou seja, às concepções de homem, sociedade, trabalho,

educação, escola, entre outras, para que possamos entender porque ainda não

avançamos o suficiente nesta questão e propormos meios que atendam às

condições reais de cada sistema de ensino, garantindo-se, porém a qualidade do

processo educativo e mais propriamente da avaliação.

Além desses fundamentos é preciso também recorrer às concepções de

disciplina, método e metodologia para melhor entender que, quando

selecionamos um conteúdo a ser ensinado e posteriormente avaliado estamos

demonstrando um posicionamento diante do mundo, uma opção histórica, política

pedagógica.

Definir instrumentos de avaliação como os meios e recursos utilizados

para se alcançar um determinado fim, de acordo com os encaminhamentos

metodológicos e em função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal. O

importante é destacar que este fim não é a aquisição pura e simples de

conhecimento, mas o seu processo de construção e as ações a que conduz os

alunos ou aprendizes em relação a uma prática social, tendo em vista a própria

condição humana.

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Não existem poucos instrumentos de avaliação, o que existe talvez,

seja a sua inadequação quanto ao uso. Muitas vezes os professores

utilizam estratégias e técnicas de ensino sem perceber que, ao mesmo

tempo em que se dão os encaminhamentos para efetivá-las, a avaliação já

pode estar acontecendo sem que seja preciso primeiro aplicar a técnica

para ao seu final avaliá-la. Recai-se então sempre no mesmo problema: a

falta de critérios para avaliar e, por que não dizer, para planejar também.

Uma vez que a avaliação é processual e levando em conta a Deliberação

nº 007/99, a recuperação de estudos também deve estar implícita e evidente ao

longo do processo avaliativo enquanto parte articulada do plano de ação. A

avaliação global tem por objetivo diagnosticar a situação da realidade escolar,

visando a sua melhoria; é diagnóstica, processual e dinâmica.

A avaliação deve ter caráter participativo e formativo, dando a possibilidade

de examinar o que se sabe e o que não se sabe, para continuar e reorientar o

ensino e a aprendizagem e quais as ações a serem empreendidas. O que se

espera é que o aluno e professor possam interagir para conquista do

conhecimento.

Como a SEED estabelece, como regra para a aprovação o aluno deve

obter 24 pontos em quatro bimestre, sendo média final 6,0 o aluno que não atingir

esta média em uma ou mais matérias não deve ser aprovado, seguindo para o

Conselho de Classe. A avaliação deve ser feita durante o bimestre uma avaliação

escrita ou oral, trabalhos escritos ou para serem apresentados em sala de aula e

uma nota pelo desempenho do aluno durante as aulas teóricas e práticas. A

recuperação de conteúdo deve ser paralela após cada avaliação. Mecanismo

pertinente e necessário que serve de parâmetro para acompanhamento do

desenvolvimento do aluno e desempenho da sala de aula. Sistema de avaliação o

aluno deve ser avaliado em todos os aspectos, desde sala de aula, como no

ambiente físico e outros.

O Conselho de Classe é a mais importante das instâncias colegiadas da

escola pelos objetivos de seu trabalho, pois é capaz de dinamizar o coletivo

escolar pela via da gestão do processo de ensino, foco central do processo de

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escolarização. É um espaço prioritário da discussão pedagógica. O fundamental é

compreender que o Conselho de Classe é muito mais complexo que a simples

retrospectiva do comportamento e notas do aluno no decorrer do período, e que,

neste espaço, tornam-se possíveis às mudanças ainda que pequenas e

gradativas, mas se sigam uma mesma direção. Se expressa aqui, a

intencionalidade do ato educativo, que requer competência profissional, reflexão

crítica sobre a prática, comprometimento com a aprendizagem do aluno, sem que

isso signifique, como afirma Paulo Freire, excluir a “afetividade e a alegria” do

processo educativo.

Momento, em que os professores podem estudar o perfil do aluno dentro

do contexto escolar tendo uma função diagnóstica e envolvendo a presença do

aluno e dos pais para acompanhar as ações conjuntas com intuito de melhorar o

seu aprendizado. No conselho de classe deverá ter a participação dos alunos

interessados bem como de seus pais. Os professores devem ter autonomia em

suas decisões. Participação dos pais nos conselhos de classes é gratificante, com

os alunos que tenham dificuldades educacionais convocar os pais para

participarem do conselho, juntos tomar decisões em prol do aluno e a participação

dos funcionários no conselho de classe.

O Conselho de Classe é o momento em que a equipe pedagógica, direção

e professores se reúnem para discutirem possíveis soluções aos problemas

cotidianos enfrentados e melhores práticas educativas a serem desenvolvidas em

sala de aula;

Buscando melhor desempenho escolar, as Pedagogas do Internato

desenvolvem um trabalho de grupo de estudos e acompanhamento pedagógico

com os alunos internos, verificando o desempenho escolar dos mesmos e

acompanhando-os semanalmente. Nesses encontros os alunos têm oportunidade

de desenvolver o gosto pela leitura, à criticidade, a criatividade, a socialização, o

gosto pelo esporte e a auto-estima, aprendendo a valorizar-se como ser humano.

Esse trabalho é realizado através de aulas de Reforço Escolar, em contra-

turno, no horário noturno, durante quatro horas semanais, divididos em dois dias,

auxiliando os alunos com dificuldades nessa área.

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O Centro faz encaminhamentos dos alunos com dificuldades de

relacionamento, emocionais e outros a profissionais especializados como:

psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social, neurologista, etc.

Os professores aproveitam também a hora atividade para sanar

dificuldades de alunos e fazer contato com os pais dos mesmos, procurando

ajudá-los orientando-os quanto às dificuldades dos filhos.

A presença crescente na rede regular de ensino de alunos com

necessidades especiais de aprendizagem exigem antes de tudo uma mudança de

atitude não só dos professores, mas de toda a comunidade escolar, promovendo

a inclusão educacional.

As políticas públicas educacionais compreendem a forma de gestão, a

formação dos educadores, o sistema de avaliação, a organização curricular

(conteúdos estruturantes e específicos, interdisciplinaridade) são fortemente

associada à idéia de mudança, educar sob inspiração da ética não é transmitir

valores morais, mas criar as condições para que as identidades se constituam

pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à

igualdade a fim de que orientem suas condutas por valores que respondem às

exigências de seu tempo.

A organização curricular, de acordo com as Diretrizes Curriculares

do Estado do Paraná para o ensino fundamental e ensino médio, abrangerá

duas grandes categorias de conteúdos: estruturantes e específicos.

Paulo Freire, professor, filósofo procurou durante sua vida não só perceber

os problemas educativos da sociedade brasileira e mundial, mas propôs uma

prática educativa para resolvê-los. Em seu livro Pedagogia da Autonomia,

pequeno em tamanho, mas gigante em esperança e otimismo que condena as

mentalidades fatalistas que se conformam com a ideologia estática. Segundo o

autor, educar é construir, é liberar o ser humano das cadeias do determinismo

neoliberal, reconhecendo que é um tempo de possibilidades. É um ensinar a

pensar certo com quem fala com a força do testemunho. É um ato comunicante,

co-participado, de modo algum produto de uma mente burocratizada. No

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entanto toda a curiosidade de saber exige uma reflexão crítica e prática, de modo

que o próprio discurso teórico terá de ser aliado à sua aplicação prática.

Na síntese, há uma única afirmação, a mudança é possível. Paulo Freire

coloca que aprender é uma descoberta criadora, com abertura ao risco e aventura

do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina. Vamos redescobrir

com esperança de transformar e a alegria de transmitir com consciência o saber

evolutivo do aprender.

Diante desse contexto pedagógico, propõe-se fundamentalmente a

analisar a possibilidade da escola de romper com conceitos e condutas

estereotipadas pela atuação educacional perante as dificuldades de

aprendizagem. Processos educativos que conduza o educando a

aprendizagem, com ações desenvolvidas na realidade, conjuntura esta do

coletivo escolar, isto é, o conteúdo e o método adequado ao educando e

ao educador, nada adianta demagogia pedagógica se não houver

conhecimento profundo da ação a ser desenvolvida.

No qual, educação sempre foi definida como: Processo de

desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do

ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social.

(Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e J. E. M. M. Editores Ltda.

1986).

A Educação Profissional deve articular os conhecimentos oriundos da

prática social (tácitos e populares) e conhecimentos científicos, de modo a

relacionar ciência, tecnologia, cultura e sociedade nos processos de construção e

difusão do conhecimento. Articulando conhecimento básico e do conhecimento

especifico a partir dos processos de trabalho e da prática social. Conteúdos que

devem compor o programa, contemplando as diversas áreas, cujos

conhecimentos contribuem para a formação profissional e cidadã derivada do

perfil profissional, esta articulação dos conhecimentos que permitam a

participação no trabalho e nas relações sociais, privilegiando conteúdos

demandados pelo exercício da ética e da cidadania.

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O cumprimento destes princípios demanda a compreensão das seguintes

dimensões teórico-metodológicas: Tomar o trabalho como principio educativo,

articulando ciência, cultura, tecnologia e sociedade. A organização curricular deve

promover a universalização dos bens científicos, culturais e artísticos tomando o

trabalho como eixo articulador dos conteúdos. O tratamento metodológico

privilegiará a relação teoria / prática e parte / totalidade. Os conteúdos que

compõem cada percurso formativo deverão ser organizados de modo a integrar

as dimensões disciplinar e interdisciplinar.

Considerando as relações entre ciência, cultura e sociedade, e

compreendendo a cultura como um dos solos e as relações sociais como

eixo definidor dos conteúdos, além do conhecimento que compõe as áreas

do conhecimento.

MARCO OPERACIONAL

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa

desenvolve harmoniosamente nos jovens os aspectos biopsicosocial e

intelectual, procurando fazer amadurecer neles o sentido de liberdade, o

espírito de iniciativa, a personalidade em contexto comunitário, a

necessidade de proteção de nosso solo pátrio, de conservação de nossa

flora e fauna, da exploração racional da Agropecuária, visando maior

produtividade, padronização, qualidade e quantidade para alimentação do

nosso povo e produção geral de riquezas.

Ao despertar o interesse pelo setor primário da economia, através da

vivência dos problemas reais da Agropecuária, proporcionando um constante

aprimoramento da formação profissional. Buscando a auto-suficiência do

Estabelecimento através da produção agropecuária, obtida na Fazenda-Escola.

Desenvolvendo a educação profissional, integrada às diferentes formas de

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educação, trabalho, ciência e tecnologia, conduzindo ao permanente

desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva.

Compreensão dos fundamentos científicos tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

Aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a formação ética e o

desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

Contribuindo para o desenvolvimento social, profissional e pessoal de seus

educando, através de ações educativas, culturais e de apoio, voltadas para

formação/especialização de pessoal qualificado para uma melhor inserção na

realidade do meio rural. Propicia a melhoria da qualidade da produção e de

qualidade de vida do homem do campo, através de ações voltadas para a

agropecuária sustentada nas pequenas e médias propriedades.

Ao estabelecer parcerias com as instituições públicas e privadas, segundo

os critérios da SEED, com a finalidade de buscar recursos financeiros e humanos,

bem como inovações e recursos tecnológicos necessários para a efetivação da

proposta pedagógica.

Paulo Freire coloca que aprender é uma descoberta criadora, com abertura

ao risco e aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina.

Vamos redescobrir com esperança de transformar e a alegria de transmitir com

consciência o saber evolutivo do aprender. Como nossa instituição é de formação

de ensino técnico profissionalizante ela está intimamente ligada à questão do

trabalho, pois dos bancos escolares a maioria vai para o mercado de trabalho, ou

seja, estamos formando profissionais. Assim fazemos uma maior integração da

parte técnica com a base comum, para que o aluno possa ser mais bem

preparado para o trabalho.

A educação é um fator essencial para admissão em um trabalho de

qualidade e a melhoria do mesmo está diretamente relacionada com a aquisição

da Educação. Tem uma correlação porque o aluno possui uma quantia de aulas

práticas e aprendem em sala de aula, para poder exercer no futuro. Estão

relacionados, pois um depende do outro, como forma de formação do educando.

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Em relação à Fazenda-Escola, com área total de 37 hectares, esta oferece

suporte para ensino/aprendizagem nas aulas práticas do curso Técnico em

Agropecuária Integrado, bem como alimentos de boa qualidade aos alunos,

fornecimento de matéria-prima para aulas das disciplinas curriculares, redução de

gastos através da obtenção de renda própria com a venda dos excedentes

(produtos da horta/agroindústria/animais/culturas). Na Unidade Didática Produtiva

da Fazenda Escola se produz culturas de milho, de inverno e de verão, estufa e

produção de mudas e na Pecuária destacam-se a avicultura, cunicultura,

ovinocultura, caprinocultura, suinocultura, bovinocultura, piscicultura, apicultura

entre outros.

O novo educador é um profissional em constante mudança, pronto para

transformar os anseios de seus educandos. O professor desempenha um papel

fundamental como mediador, orientador, deve demonstrar-se o intermediário

entre o conhecimento acumulado e o interesse e a necessidade do educando. Ao

mesmo tempo, que o professor desperta e sacia a curiosidade de seu educando,

aprende com este. Daí a necessidade do dinamismo, criatividade e estar aberto

às mudanças principalmente no mundo globalizado em que vivem nossos

adolescentes de hoje, estas rodeadas pela tecnologia, e cheias de expectativas

em relação ao conhecimento, daí a necessidade do educador formar pessoas

preparadas para essa nova realidade.

Procurar adequar o conteúdo da teoria com a prática e aproveitar os

momentos do “Colégio Agrícola”, para outras disciplinas. O educador deve

correlacionar o conhecimento teórico, com a vida cotidiana do aluno, explicando-

lhe onde poderá aplicar na prática. Na medida do possível pode realizar aulas

práticas, mas para isso deve haver investimento e melhora na estrutura e

equipamento para a realização destas. A teoria e a prática devem estar

interligadas para que as ações não corram os riscos de ficar só no papel.

O conhecimento tácito deve ser prioridade nas disciplinas técnicas,

oportunidade para o aluno a união da teoria com a prática. E a base comum deve

colaborar contextualizando o assunto. É essencial, melhorar a qualidade do

profissional para o mercado de trabalho.

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Os consideráveis avanços na forma de conceber a função da escola têm

contribuído, consideravelmente, para a maneira como ela se organiza frente às

necessidades educacionais de qualquer aluno.

A Diversidade Cultural deve ser entendida como forma de

enriquecimento do conhecimento, buscar estímulos para que os alunos

exponham as experiências e o seu conhecimento empírico diante dos

colegas sem se sentirem ridicularizados. Integração da base comum com a

técnica, levar a comunidade e a família dos educando para participar da

vida escolar. Tornar a educação mais atrativa. Transformar todas as

discussões dos cursos em prática.

Domínio de turma em manter atenção e conter a evasão escolar, a

indisciplina, a inclusão, a violência e a fofoca.

Acompanhar a velocidade das pesquisas e informações, ainda mais

no ramo da agropecuária, onde o agro negócio está muito veloz. Os

professores deverão se atualizar o currículo sempre priorizando as culturas

regionais e as criações regionais.

Para nós educadores escolares o maior desafio educacional é o

enfrentamento das situações, por muitas vezes tentamos resolver, mas

falta apoio, um respaldo.

Diante desta perspectiva, propõe um trabalho articulado dos elementos que

compõem a comunidade escolar, para a formação de cidadãos autônomos,

críticos, conscientes e devidamente instrumentalizados para atuar na sociedade e

enfrentar os desafios da vida.

Para que isso seja possível, nosso instrumento para realização do nosso

compromisso com a educação como processo de inserção no mundo da vida, de

formação de convicções, afetos, motivações, significações, valores e desejos

onde os processos de ensino-aprendizagem são concebidos, segundo Marques

(1990:134), como “processos encadeados de aquisição de competência

lingüística, cognoscitiva e de ação integrativa”.

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A interdisciplinaridade deve estar presente aproveitando as visitar técnicas

para que os alunos possam desenvolver temas em outras disciplinas, além das

profissionalizantes.

Criação de atividades esportivas (formação de equipes para corridas de

rua e participação em campeonatos para todos os tipos de esportes) recreativas,

culturais (semana agropecuária, com atividades relacionadas ao ramo

agropecuário e não apenas gincanas), visitas técnicas, palestras, dias de campo

envolvendo a família, entre outros. As atividades devem se estender o todo o

processo escolar, como uma extensão de suas casas, que os alunos

compreendessem e cuidassem do patrimônio como fosse sua casa. É necessário

desde que não fuja ao objetivo principal da mediação da aprendizagem e a

elaboração do conhecimento técnico, necessário para seu futuro.

Realizamos bimestralmente reuniões com os pais de alunos, e quando

houver necessidade, conscientizando-os das reais necessidades dos filhos sobre

aprendizagem, rendimento escolar, disciplina, Regulamento do Internato,

problemas de saúde, alimentação adequada, apresentando juntamente com os

pais, soluções para a melhoria do Centro e das dificuldades apresentadas pelos

alunos.

Mantém parcerias com outros segmentos da sociedade como: Palestras

Educativas para pais e alunos, Campanhas de Higiene, Exposição de Trabalhos

Técnicos e outros. participação em Feiras fora da Escola, envolvendo a

Comunidade em geral, isto é, Promoção de Eventos Comemorativos que

propõem maior integração entre o Centro e a Comunidade, no qual, contamos

com Grupo de Dança Gaúcha, apresentações de alunos, gincana recreativa /

cultural, onde toda a comunidade é convidada a assistir.

O aniversário do “Colégio Agrícola” é comemorado com um grande Evento

onde toda a comunidade participa juntamente com autoridades locais e da SEED.

São realizados também ações entre amigos com a APMF e a comunidade escolar

e outros.

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa possui o

Jornal Informativo “Plantando Idéias”, que é mensal, patrocinado pela comunidade

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local, com distribuição gratuita, onde mostra as atividades desenvolvidas pelo

Centro, notícias, eventos importantes, elevando e enaltecendo a Instituição.

O processo educativo que conduz o educando a aprendizagem, com ações

desenvolvidas na realidade, conjuntura esta do coletivo escolar, isto é, o conteúdo

e o método adequado ao educando e ao educador, nada adianta demagogia

pedagógica se não houver conhecimento profundo da ação a ser desenvolvida. O

trabalho pedagógico deve estar voltado para os alunos, com compreensão do

mundo que os rodeia e o pleno desenvolvimento do educando e sua qualificação

para o trabalho, seu preparo para o exercício da cidadania.

O planejamento das atividades, de um modo a chegar a um

consenso ao que vem a ser o mais interessante, no intuito de resgatar o

aluno, a eficiência do trabalho, qualidade do trabalho desenvolvido,

qualidade educacional. A melhoria no corpo docente interno da escola e do

pessoal das aulas práticas, precisa todos rezarem o mesmo catecismo,

porque às vezes professores, pedagogos, direção e funcionários seguem a

mesma cartilha, ou até pior hoje uma amanhã outra. Todos nós fazemos

parte do trabalho pedagógico, estamos envolvidos indiretamente com todo

o processo educacional.

Os professores estatutários terão seu trabalho acompanhado pela

avaliação de desempenho realizada semestralmente pela SEED. Além disso, a

escola propõe um instrumento de avaliação a todos os professores (estatutários,

contratados) a ser organizado pela coordenação pedagógica, sinalizando:

assiduidade, participação, em compromissos propostos pelo Colégio,

pontualidade na entrega de documentos, índices de aprovação.

O processo de formação continuada dos educadores do “Colégio

Agrícola” seguirá a programação dada pela Secretaria Estadual de

Educação, composta de:

• Grupos de Estudos;

• Eventos no CETEPAR – Centro de Excelência em Tecnologia

Educacional do Paraná;

• Cursos específicos por área ou modalidade de ensino;

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• Hora Atividade, disposta pela LDB 9394/96 e calculada na base de

20% da carga horária do professor;

• Participação dos professores no Projeto Folhas;

• Participação dos professores e pedagogos do Programa de

Desenvolvimento Educacional – PDE;

• Participação do NRE Itinerante;

• O.A.C. (Objeto de Aprendizagem Colaborativo) sob orientação da

equipe do CRTE/NRE – A.M. Sul;

• Uso dos livros da Biblioteca do professor, Temas Paranaense,

reuniões pedagógicas;

A Associação de Pais, Mestres e Funcionário - APMF do Centro Estadual

de Educação Profissional Agrícola da Lapa é o órgão que gerencia aos recursos

financeiros na forma de convênios como:

- PDDE – Programa Dinheiro Direta na Escola

- Eventos realizados pela própria A.P.M.F.

- Outros Recursos

São repassados diretamente para a A.P.M.F. Com objetivos já definidos e

depositados em conta específica. A A.P.M.F. é regida por Estatuto próprio e entre

suas finalidades, cumpre a de angariar recursos para a manutenção e aquisição

de benfeitorias para a escola. Todos os recursos financeiros recebidos e

arrecadados são registrados em livro próprio e também através da prestação de

contas no caso da verba – PDDE e outros recursos. Com respaldo e aprovação

do Conselho Escolar e outras instâncias colegiadas.

Tratar sobre instrumentos de avaliação implica, antes de definir seu

conceito, refletir sobre os três processos que compõem o processo educativo

(ensino, aprendizagem e avaliação). Para isso é preciso também recorrer-se aos

fundamentos basilares, ou seja, às concepções de homem, sociedade, trabalho,

educação, escola, entre outras, para que possamos entender porque ainda não

avançamos o suficiente nesta questão e propormos meios que atendam às

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condições reais de cada sistema de ensino, garantindo-se, porém a qualidade do

processo educativo e mais propriamente da avaliação.

Além desses fundamentos é preciso também recorrer às concepções de

disciplina, método e metodologia para melhor entender que, quando

selecionamos um conteúdo a ser ensinado e posteriormente avaliado estamos

demonstrando um posicionamento diante do mundo, uma opção histórica, política

pedagógica.

Definir instrumentos de avaliação como os meios e recursos utilizados

para se alcançar determinado fim, de acordo com os encaminhamentos

metodológicos e em função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal. O

importante é destacar que este fim não é a aquisição pura e simples de

conhecimento, mas o seu processo de construção e as ações a que conduz os

alunos ou aprendizes em relação a uma prática social, tendo em vista a própria

condição humana.

Não existem poucos instrumentos de avaliação, o que existe talvez, seja a

sua inadequação quanto ao uso. Muitas vezes os professores utilizam estratégias

e técnicas de ensino sem perceber que, ao mesmo tempo em que se dão os

encaminhamentos para efetivá-las, a avaliação já pode estar acontecendo sem

que seja preciso primeiro aplicar a técnica para ao seu final avaliá-la. Recai-se

então sempre no mesmo problema: a falta de critérios para avaliar e, por que não

dizer, para planejar também.

Aqui deve ficar clara a intencionalidade do trabalho educativo, tendo em

vista os conceitos fundamentais do campo de conhecimento de cada disciplina e

os elementos culturais próprios da comunidade em que professor e alunos estão

inseridos, considerando sua dimensão histórica e a possibilidade para os sujeitos

envolvidos de transformação de si mesmo e da realidade, a partir do

conhecimento dominado. Lembrar também que os objetivos a serem alcançados

relacionam-se com os conteúdos e não com as atividades realizadas, pois estas

são meios para se avaliar o rendimento escolar. (SEED/CGE, 2008)

Quanto ao plano de trabalho docente é orientar os professores e

pedagogos a manter a unidade da avaliação, pois, uma vez

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explicitados/formulados os critérios de avaliação, é possível estabelecer os

instrumentos de avaliação que serão utilizados de acordo com os

encaminhamentos metodológicos e em função dos conteúdos e objetivos

propostos. Percebe-se aqui que a “trama” do planejamento fica bem articulada.

Uma vez que a avaliação é processual e levando em conta a Deliberação

nº. 007/99, a recuperação de estudos também deve estar implícita e evidente ao

longo do processo avaliativo enquanto parte articulada do plano de ação.

A avaliação global tem por objetivo diagnosticar a situação da realidade

escolar, visando a sua melhoria; é diagnóstica, processual e dinâmica.

As práticas participativas da gestão surgem da necessidade do

comprometimento de todos os envolvidos no processo visando o desempenho

global da escola para o seu sucesso. Cada um deverá cumprir a sua parte no

todo.

Na avaliação educacional deve-se considerar a história do processo

pessoal de cada aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola,

através da observação dos trabalhos e seus registros (sonoros, visuais e

audiovisuais) deve-se também promover situações de auto-avaliação que só irá

contribuir para um melhor desenvolvimento do aluno, além de valorizá-lo, pode

também ser feito através de imagens, dramatizações, composições musicais e

pequenos textos ou falas.

A instituição escolar tem um sério compromisso com o acesso ao

saber historicamente acumulado, instrumento indispensável à formação e

ao exercício da cidadania. Assim o Centro Estadual de Educação

Profissional Agrícola da Lapa oportunizou a efetivação na proposta

curricular as diretrizes do:

• Estudos sobre o estado do Paraná, conforme a Lei nº

13.381/01;

• Agenda 21 Escolar, Inclusão e Cultura Afro-brasileira,

conforme Lei nº 10.639 de 09/01/03.

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O apoio de professores e da equipe pedagógica proporciona um

atendimento para os educandos que apresentam dificuldade na aprendizagem,

com:

• atendimento individual sanando a defasagem na aprendizagem

conforme a dificuldade, despertando o interesse para a

aprendizagem, sendo utilizados materiais concretos;

• desenvolvimento satisfatório no processo ensino aprendizagem;

• melhor rendimento e aproveitamento do professor em suas

aulas;

• diminuição das dificuldades na aprendizagem na escola.

Assim, às necessidades dos educandos, o direito à educação, irá

promover a conquista da cidadania, e conseqüentemente, a construção de

um sistema educacional mais justo e democrático, investindo na plena

realização humana.

Na avaliação, interpreta-se os dados da aprendizagem e de seus próprios

trabalhos, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como registrar em documentos próprios, a fim de

serem asseguradas à regularidade e a autenticidade da vida escolar do aluno.

Promover a elaboração de projetos auxilia na formação integral do cidadão,

proporcionando oportunidade para todos e enaltecendo as atividades

educacionais ofertadas no Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da

Lapa.

Programas integrados como:

• FERA COM CIÊNCIA – é o Festival de Arte da Rede Estudantil

– FERA, considerado que as diversas atividades desenvolvidas

estabelecem diálogos com conteúdos estruturantes e

específicos de várias disciplinas propiciando o aprendizado pela

Arte e o Programa de Educação Com Ciências, se constitui

numa atividade pedagógica complementar e interativa, na qual

os sujeitos do processo ensino e de aprendizagem – alunos e

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professore – podem expor publicamente suas produções

planejadas e executadas no cotidiano escolar;

• Portal educacional Dia-a-Dia Educação pode colaborar com o

professor desde o seu planejamento até a realização das suas

ações pedagógicas, por meio dos “Ambientes Pedagógicos

Colaborativos/ Objetos de Aprendizagem Colaborativa”

(APCs/OACs);

• Jogos Colegiados;

• CELEM;

• Palestras Educativas;

• Programa Segundo Tempo - Com a finalidade de proporcionar

contra-turno escolar, de caráter complementar, com intuito de

colaborar para o bem estar bio-psico-social dos adolescentes,

principalmente em situação de internato. Valorizando a pessoa

humana, fortalecendo a cooperação, disciplina, conhecimento,

oficinas lúdicas entre outras atividades educativas, esportivas,

culturais, sociais e de lazer, resgatando a cidadania. O

delineamento da direção a ser dada ao processo de inclusão de

adolescentes, através da articulação do saber, do

conhecimento, da vivência, da escola, da comunidade, do meio

ambiente. Permitindo a realização de um espaço onde se lhes

assegure a possibilidade de desenvolvimento global da

personalidade, oportunizando a formação do cidadão.

• Semana Cultural – promover atividades culturais, que

desenvolvam o conhecimento, habilidades artísticas permitindo

simultaneamente a integração de todos os membros da

comunidade escolar.

• Semana Agropecuária do Centro Estadual de Educação

Profissional Agrícola da Lapa, tem o intuito de proporcionar a

integração entre os alunos, desenvolvendo um vínculo de

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proximidade e laços afetivos entre educadores/alunos e

comunidade em geral, oportunizando informações e

conhecimentos, através de atividades educativas, culturais e

esportivas. Promove momentos com palestras informativas nas

áreas de agropecuária e outros temas, estabelecendo parcerias

com empresas e profissionais da área. Dentro da programação,

está também incluindo uma gincana cultural e campeonatos

esportivos.

• Educação do Campo – projeto de desenvolvimento do campo,

valorizando sua diversidade sociocultural do campo com

discussões e conteúdos envolvendo a realidade no qual a

escola esta inserida. Propicia um repensar das aulas, da prática

social dos professores, dos alunos e da comunidade. É uma

alternativa metodológica do processo de apropriação e

construção de conhecimentos que só gerais pedagógicos e de

cada área. Baseado e orientado pelas Diretrizes Curriculares da

Educação do Campo do Estado do Paraná.

• Programa Paraná Digital – implantação de laboratório de

informática conectada por meio de fibra ótica.

• TV Paulo Freire – com intuito de produzir programas educativos

transmitidos via satélite, Web e multimídia a partir de conteúdos

pedagógicos. Enfatiza a importância de a escola assimilar na

sua cultura, de forma crítica, a linguagem da televisão como

aliada do processo ensino-aprendizagem.

O processo de avaliação do Centro Estadual de Educação Profissional

Agrícola da Lapa visa à melhoria da qualidade de ensino e da aprendizagem, pela

diminuição dos índices de reprovação e evasão escolar.

Hamilton Werneck (1998 p.13) - crê que ensinamos demais e os

alunos aprendem de menos e cada vez menos! Aprendem menos porque

os assuntos são a cada dia mais desinteressantes, mais desligados da

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realidade dos fatos e objetivos mais distantes da realidade da vida dos

adolescentes.

Diante desta perspectiva, esta Proposta Pedagógica propõe um trabalho

articulado dos elementos que compõem a comunidade escolar, para a formação

de cidadãos autônomos, críticos, conscientes e devidamente instrumentalizados

para atuar na sociedade e enfrentar os desafios da vida.

Para que isso seja possível, elaboramos o que hoje se configura no

presente Proposta Pedagógica, que vem a ser nosso instrumento para realização

do nosso compromisso com a educação como processo de inserção no mundo da

vida, de formação de convicções, afetos, motivações, significações, valores e

desejos onde os processos de ensino-aprendizagem são concebidos, segundo

Marques (1990:134), como “processos encadeados de aquisição de competência

lingüística, cognoscitiva e de ação integrativa”.

O Centro Estadual de Educação Profissional Agrícola da Lapa elabora e

cumpre o calendário escolar de acordo com as normas estabelecidas pela

Secretaria Estadual de Educação e normatizadas pela LDB 9394/96 que prevê a

exigência de 800 horas distribuídas em 200 dias de efetivo trabalho escolar. Na

elaboração de seu calendário o colégio também preverá o disposto na mesma

LDB, em seu artigo 67, Capitulo V, de que educadores devem ter “períodos

reservado os estudos, planejamento e avaliação, incluindo na carga de trabalho”.

Diante de todo envolvimento na construção da Proposta Política

Pedagógica, a meta principal da escola é desenvolver através de estudos

currículos abertos e flexíveis, desenhados a partir dos princípios reais das

comunidades envolvidas, com ênfase no ajustamento da prática com a teoria,

priorizando a educação como um todo, com estes assegurar a continuidade e a

permanência do educando na escola.

A avaliação global e tem por objetivo diagnosticar a situação da

aprendizagem do educando, visando a sua melhoria; é contínua e contextual, é

diagnóstica investigativa, processual e dinâmica coletiva e compartilhada. As

práticas participativas da gestão surgem da necessidade do comprometimento de

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todos os envolvidos no processo visando o desempenho global da escola para o

seu sucesso. Cada um deverá cumprir a sua parte no todo.

De acordo com a L.D.B. (Lei de Diretrizes e Bases), o Projeto Político

Pedagógico passa a ser visto como instrumento de ajuste ao processo avaliativo

de hoje: um documento político, exigido formalmente, que faz parte do conjunto

da política educacional. O Projeto Político-Pedagógico é um documento essencial

para o bom andamento de toda escola. Ele é o norteador de todo o trabalho

desenvolvido pelos profissionais que atuam no estabelecimento. O processo de

reflexão para a elaboração do Projeto Político-Pedagógico passou por

permanente articulação, momentos (vários) de muita discussão e reflexão coletiva

entre todos os segmentos do nosso Centro de Educação.

Refletimos para compreendermos os princípios e conceitos do novo

paradigma curricular expressos na LDB e nas Diretrizes Curriculares Estaduais.

Avaliamos a nossa prática pedagógica sob um novo olhar o que se faz e com

quais objetivos se faz. Assim tivemos um parâmetro de como estamos, para saber

o que precisamos mudar. Ninguém muda se não tem consciência do que precisa

mudar.

Após esse momento, partimos para planejar as nossas ações e nossas

intenções e concluímos que o educando deve sair do Centro apto para se inserir

na vida cidadã, como indivíduos independentes e críticos, que saibam analisar,

interpretar dados, compreender e atuar em seu entorno social, continuar seus

estudos e posteriormente com condições de iniciar a vida profissional.

O acompanhamento na execução e a avaliação do Projeto Político

Pedagógico serão feito com a participação coletiva de todos os sujeitos do

processo educativo: Pedagogos, Diretores, Professores, Funcionários, Pais,

Alunos e pelo Conselho Escolar, para construir uma visão global da realidade e

dos compromissos coletivos, numa sociedade democrática, justa e igualitária.

O Projeto Político-Pedagógico será avaliado anualmente, pois ele alicerça

o trabalho pedagógico escolar enquanto o processo de avaliação contínua nunca

é pronto e acabado, necessita de reformulações e ajustes sempre que for

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necessário, pois é ele que define as ações educativas que norteia a prática

pedagógica como um todo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Educação para Todos, Curitiba-Pr. Texto de Workshop: 1998.

- FRANCO, CIAVATTA. A formação integrada: a escola e o trabalho como

lugares memória e identidade. In: FRIGOTO, Gaudêncio; CIAVATTA, maria;

RAMOS, Marise. Ensino Médio Integrado: concepções e contradições,

São Paulo: Cortez, 2005.

- FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática

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- FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA e outros – Ensino Médio Integrado:

Concepção e contradições, São Paulo: Cortez 2005.

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- GRAMSCI, A. – Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização

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PLANEJAMENTO

ARTE

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Na introdução dos fundamentos teórico-metodológicos serão abordadas

as formas de como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de

ensino e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituar a arte. Os

conceitos que serão tratados neste documento relacionam-se com os estudos dos

conhecimentos da arte e da estética, ou seja, será buscada na filosofia a

compreensão dos assuntos do cotidiano.

Compreender o papel da teoria estética não é concebê-la como uma

definição, mas sim como uma referência para o pensar à arte e o seu ensino, que

gera conhecimento articulando saberes cognitivos, sensíveis e sócio-históricos.

A articulação dos conhecimentos estético, artístico e contextualizado,

aliados à práxis no ensino de arte, possibilita a apreensão dos conteúdos da

disciplina e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos. Os

conteúdos são relacionados a partir de uma análise histórica, com base num

projeto de sociedade que visa à superação das desigualdades e injustiças, vindo

a constituir-se em uma abordagem fundamental para a compreensão desta

disciplina.

A linguagem, na construção do conhecimento em arte, passa a ser

compreendida como o elo de ligação entre o conteúdo do sujeito e a cultura em

suas diversas produções e manifestações artísticas. Entende-se que ao se

apropriar dos elementos básicos ou formais das mesmas, o sujeito torna-se capaz

de refletir, de interpretar e de se posicionar diante do objeto de estudo.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Educação Artística propõe-se a criar nos indivíduos não tanto um amor

problemático isolado por belas artes e belas obras, mas, sobretudo uma

consciência exigente e ativa em relação ao meio ambiente, quer dizer em relação

ao panorama e à qualidade da vida cotidiana desses indivíduos.

A Educação Artística propõe-se a criar nos indivíduos não tanto aptidões

artísticas específicas, mas sobre tudo um desenvolvimento global da

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personalidade, através de formas as mais diversificadas e complementares

possíveis de atividades expressivas criativas e sensibilizadoras.

OBJETIVOS

Desenvolver o educando frente a uma sociedade constituída

historicamente e em constante transformação através do ensino de arte.

As diferentes formas de pensar no ensino da arte como conseqüência do

momento histórico no qual se desenvolveram, com suas relações socioculturais,

econômicas e políticas.

Conhecer as mais diversas formas de expressão nas diferentes culturas;

Expressar e representar idéias, emoções, sensações;

Preparar o educando para sua integração na comunidade, despertando-o

profissionalmente;

Adquirir hábitos de disciplina e concentração nos trabalhos escolares e na

vida.

METODOLOGIA

As Linguagens Artísticas devem possibilitar a educação estética que dará

ao aluno as condições de traduzir a leitura da realidade, o conhecimento e a

compreensão do mundo humano que se quer expressar e refletir.

É necessário no processo de ensino e de aprendizagem o

desenvolvimento de no ensino de arte, entendida nestas diretrizes como a

articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa

disciplina. Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas

singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.

O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico

em seus aspectos sensíveis e cognitivos.

O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo

criativo.

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O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político,

econômico e sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão

de seus conteúdos explícitos e implícitos, possibilitando um aprofundamento na

investigação desse objeto.

Em arte, a pratica pedagógica contemplará as Artes Visuais, a Dança, a

Música e o Teatro; tendo uma organização semelhante entre os níveis e

modalidades de educação básica adotando como referência as relações

estabelecidas entre a arte e a sociedade.

Para o ensino fundamental as formas de relação da arte com a sociedade

serão tratadas numa dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a

cultura e da arte com a linguagem e para o ensino médio, a partir de um

aprofundamento dos conteúdos, a ênfase será maior na associação da arte e

conhecimento da arte e trabalho criador e da arte e ideologia.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica e somativa onde os objetivos específicos de

cada conteúdo serão avaliados, de forma integrada e contínua. Visará,

basicamente diagnosticar o interesse, a participação e a habilidade do educando

no tratamento dos temas e atividades sugeridas.

Serão utilizados como instrumentos de avaliação, prova escrita, trabalhos

práticos em sala de aula, pesquisas e apresentações, individualmente ou em

grupo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

− Linguagens da Arte:

− Música,

− Teatro,

− Dança

− Artes visuais.

− Música:

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− Estrutura morfológica (som, silêncio, recursos expressivos, qualidades

sonoras, movimento, imaginação);

− Estrutura sintática (modalidades de organização musical);

− Organização sucessivas de sons e ruídos, linhas rítmicas, melódicas e

tímbricas;

− Organizações simultâneas de sons e ruídos, sobreposições rítmicas,

melódicas, harmonias, clusters, contraponto, granular, etc.);

− Estruturas musicais (células, repetições, variações, frases, formas, blocos,

etc.);

− Textura sonora (melodias acompanhadas, polifonias, poliritmia,

pontilhismo, etc);

− Estéticas, estilos e gêneros de organização sonora, criação, execução e

fruição de músicas;

− Fontes de criação musical (corpo, voz, sons da natureza, sons do

quotidiano, paisagens sonoras, instrumentos musicais -acústico,

eletroacústico, eletrônicos e novas mídias);

− História da música;

− Impacto da ciência e da tecnologia na criação, produção e difusão da

música;

− A interação da música com as outras linguagens da arte;

− A música brasileira: estética, gênero, estilos e influências.

− Teatro:

− Introdução à história do teatro;

− Personagem;

− Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;

− Ação;

− Espaço cênico;

− Representação;

− Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, caracterização, maquiagem e

adereços;

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− Jogos teatrais;

− Roteiro;

− Enredo;

− Gêneros;

− Técnicas;

− Dança:

− Movimento corporal;

− Tempo;

− Espaço;

− Ponto de apoio;

− Salto e queda;

− Rotação;

− Formação;

− Deslocamento;

− Sonoplastia;

− Coreografia;

− Gêneros;

− Técnicas;

− Artes visuais:

− Ponto;

− Linha;

− Superfície;

− Textura;

− Volume;

− Luz;

− Cor;

− Composição figurativa, abstrata, figura-fundo, bidimensional,

tridimensional, semelhanças, contrastes, ritmo visual, gêneros, técnicas;

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− O impacto do desenvolvimento científico e tecnológico na produção,

divulgação e conservação das obras de arte;

− Rádio, cinema, televisão, internet (popularização, massificação e novos

padrões de valorização);

− Novos conhecimentos e produtos químicos e físicos e preservação;

− Tecnologia digital e novos parâmetros estéticos.

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PLANEJAMENTO

BIOLOGIA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de Biologia, posto que permita o conhecimento do mundo por

meio de observações, problematizações, experimentações e descobertas que

possam auxiliar posteriormente na resolução de situações-problema, desperta

o interesse para tudo o que nos cerca.

O progresso da Biologia ampliando a compreensão do mundo vivo permite

que o aluno perceba as formas de interação entre o homem e o meio e entre este

e os demais seres vivos, as conquistas tecnológicas e os novos ramos em que a

ciência se divide, dessa forma, contribui sensivelmente na aproximação do aluno

à natureza e às questões do cotidiano.

O fenômeno vida em toda sua diversidade é o objeto de estudo da

Biologia, caracterizando assim processos integrados desde o nível molecular

microscópico até a grande teia da biosfera. As diferentes formas de vida não

podem ser definidas ou delimitadas por um simples conceito e estão sujeitas a

transformações que ocorrem ao longo do tempo e espaço. Cabe à Biologia

investigar e levantar dados possíveis sobre o fenômeno vida, de modo a sintetizá-

los, interpretá-los e torná-los compreensíveis ao homem, à medida que a ciência

não tem respostas definitivas para tudo, assim sendo pode ser questionada e

transformada.

OBJETIVOS GERAIS

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais.

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo

ativamente para a melhoria do ambiente.

Questionar a realidade, utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a

intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e

verificando sua adequação.

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Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,

distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao equilíbrio

da natureza e ao homem.

Saber utilizar conceitos científicos.

Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ações críticas e

cooperativas para a construção coletiva do conhecimento.

METODOLOGIA

A sociedade atual tem se defrontado com um volume de informações muito

maior do que em épocas anteriores. Essas informações tornam-se indispensáveis

para a vida diária. A realização de tarefas corriqueiras, incorporações ao mundo

de trabalho, a interpretação e avaliação de informações cientificas veiculadas pela

mídia e o posicionamento individual em relação a questões de natureza ética e

ambiental retratam o momento em que vivemos e precisamos estar bem

informados e atualizados.

Com os avanços da ciência ligada à tecnologia, há a interferência no nosso

cotidiano, lembrando os recentes sucessos alcançados pela Engenharia Genética

e suas profundas aplicações em varias áreas da atividade humana.

É dentro desse contexto que devemos atuar hoje, incentivando os alunos a

observar em seu cotidiano os fenômenos biológicos que ocorrem em sua volta,

sendo naturais ou provocados pelo homem.

A exploração dos conhecimentos prévios, os debates, as conversas

permitem resgatar os conhecimentos dos alunos, bem como fazê-los perceber

que a aprendizagem é um processo contínuo e, estimulá-los a buscar explicações

para fenômenos que observam. Dessa maneira, os alunos assumem um papel

mais ativo em sua aprendizagem, vivenciando seus próprios descobrimentos,

elaborando hipóteses e debatendo-as entre si.

Os conhecimentos poderão ser ampliados por meio de

consultas e pesquisas a serem feitas pelos alunos em fontes variadas,

como: livros, jornais, Internet, etc; entrevistas com familiares ou

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autoridades competentes, apresentação de trabalhos, debates,

experimentos, aulas de laboratório, aulas expositivas, seminários e

palestras, excursões, caminhadas ecológicas (passeios) audiovisuais,

jogos (gincanas, corridas, etc), trilhas, palavras cruzadas, histórias em

quadrinhos, exercícios em quadro negro, confecção de livretos e cartazes.

Referenciando a construção do conhecimento biológico, e

na construção de modelos interpretativos do fenômeno VIDA. São

apresentados quatro modelos interpretativos do fenômeno VIDA, como

base estrutural para o currículo de biologia no ensino médio, sendo parte

da Ciência como construção humana, assim definidos: Organização dos

Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodiversidade: relações ecológicas,

modificações evolutivas e variabilidade genética; e Implicações dos

avanços biológicos no fenômeno VIDA. Desta forma é capaz de relacionar

os conteúdos específicos e estruturantes entre si e com outras áreas de

conhecimento.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação na disciplina de Biologia possui como premissa

inicial à investigação do potencial do educando, de seu interesse e de sua

prontidão, se possível, diariamente.

Essa investigação inicial permite identificar seu legado cultural, sua posição

filosófica, sue domínio das ciências, enfim, os modos de viver.

A partir desta realidade diagnosticada, fica mais eficiente construir com os

educandos os conhecimentos, as habilidades e os hábitos, domínios sobre os

conteúdos e aprimorar seu desenvolvimento como ser humano evidenciando a

solidariedade, a auto-estima e a interação.

Nosso processo de avaliação contínua terá como estratégia, não apenas a

prova escrita, mas também a participação, a colaboração, o trabalho em grupo,

exercícios em sala, trabalhos de pesquisa, entre outras.

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A avaliação não pode ser um ato isolado, ela está intrinsecamente ligada

às metodologias utilizadas pelo professor, com os conteúdos contextualizados a

partir da realidade do educando.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Origem da vida;

- Evolução;

- Formas de organização dos seres vivos;

- Metabolismo, reprodução e adaptação;

- Tipos celulares procariontes e eucariontes;

− Citologia:

- Bioquímica celular;

- Célula e estruturas celulares;

- Osmose;

- Difusão;

- Núcleo e estruturas nucleares – DNA e RNA;

- Síntese de proteínas;

- Mitose e Meiose;

− Gametogênese;

− Tipos de Reprodução;

− Embriologia:

- Classificação dos animais pelo desenvolvimento embrionário;

- Anexos embrionários;

- Embriologia animal comparada;

- Aspectos da sexualidade humana;

- Substâncias teratogênicas;

- Fertilização in vitro;

- Aborto;

− Histologia:

- Animal e vegetal;

- Principais tipos de tecidos e suas funções;

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− Fisiologia e Anatomia:

- Principais aspectos do funcionamento dos sistemas e órgãos do corpo

humano;

− Vírus:

- estrutura morfológica;

- ciclo de vida;

- aspectos de interesse sanitário e econômico;

− Reino Monera:

- Estrutura dos moneras;

- Reprodução;

- Nutrição;

- Metabolismo celular energético;

- Fotossíntese.

- Quimiossíntese;

- Respiração;

- Fermentação;

- Controle do metabolismo pelos gens;

- Aspectos históricos e ambientais relacionados às bactérias;

- Doenças causadas por bactérias;

- Emprego na indústria;

- Armas biológicas;

− Reino Protista:

- Reprodução e nutrição;

- Algas e protozoários,

- aspectos evolutivos;

- Aspectos históricos e ambientais relacionados à descoberta dos

protozoários;

- Saneamento básico e meio ambiente: tratamento e abastecimento de

água, coleta, destinação e tratamento de esgoto;

- Doenças causadas por protozoários;

- Impactos da ação do homem sobre os “habitats” naturais;

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− Reino Fungi:

- Estrutura e organização dos fungos;

- Reprodução e nutrição;

- Tipos de fungos, líquens, emprego nas indústrias e aspectos econômicos

e ambientais;

- Doenças causadas por fungos;

- Emprego na indústria de alimentos, medicamentos e cosméticos.

− Reino Plantae:

- Aspectos evolutivos da classificação das plantas;

- Relações dos seres humanos com os vegetais;

- Desmatamento;

- Agricultura;

- Plantas medicinais;

- Indústria;

- Biopirataria de princípios ativos;

− Reino Animália:

- Aspectos evolutivos da classificação dos invertebrados e vertebrados;

− Ecologia:

- Conceitos básicos;

- O processo desordenado de ocupação do solo e a degradação ambiental;

- Impacto das práticas de monocultura no equilíbrio entre as espécies;

− Componentes abióticos e bióticos;

− Cadeias e teia alimentar:

- Fluxo de energia e matéria;

- Estudo das cadeiras alimentares;

- Preservação e conservação da biodiversidade;

− Biosfera;

− Estudo dos Biomas:

- Principais características e implicações ambientais;

− Ecossistema:

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- Dinâmica das populações;

- Ecossistemas aquáticos e terrestre;

- A conservação e preservação dos ecossistemas;

− Relações ecológicas:

- As relações ecológicas e os ecossistemas;

- Relações entre o homem e o ambiente;

- Implicações do desequilíbrio ambiental;

- Os resíduos do processo produtivo da área da agropecuária e o destino

adequado.

- Introdução de espécies exóticas - possíveis e invasoras;

- Noções de ervas daninhas: características morfológicas e fisiológicas,

formas de controle;

- Monocultura e o impacto ecológico.

− Genética:

- Leis e tipos de herança genética;

- Conceitos básicos da hereditariedade;

− Projeto GENOMA;

− Clonagem;

− Transgenia;

− Bioética;

− Biotecnologia;

- Impacto das novas tecnologias no desenvolvimento do conhecimento em

Biologia: materiais, equipamentos e modelos para compreensão da

dinâmica da vida;

- Noções de doenças e pragas agrícolas, importância e danos na

agricultura;

- Noções de ervas daninhas: características morfológicas e fisiológicas,

formas de controle.

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NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2.ed. Porto Alegre: Artmed,

2000.

RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores/Narrativa

Um,2002.

RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: A ciência nos séculos XIX e XX.

V.4.Rio de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.

____________. História ilustrada da ciência: da renascença à revolução

científica. V.3. Rio de Janeiro: Jorga Zahar, 1987.

____________. História ilustrada da ciência: Oriente, Roma e Idade

Média.v.2. Rio de Janeiro: Jorga Zahar Editor, 1987.

SELLES, S. E. Entrelaçamentos históricos na terminologia biológica em livros

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conhecimento universal: a aula e os campos do conhecimento. Curitiba:

Champagnat, 2004.

SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21.ed. Rio de Janeiro:

Guanabara Koogan, 2000.

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PLANEJAMENTO

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

No contexto da prática do ensino da educação física, recai

uma ênfase nas dimensões tradicionais com enfoques biológicos,

mecânicos ou na dimensão psicológica.

Na concepção histórico-crítica de educação pretendia-se o resgate do

compromisso social da ação pedagógica da educação física. Vislumbrava-se a

perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade fundamentada em

valores individuais para uma sociedade mais igualitária.

A importância da dimensão social da Educação Física possibilita a

consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como

expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do

homem se relacionar com o mundo.

Portanto, pensar a Educação Física a partir de uma mudança significa uma

reflexão sobre a insuficiência do atual modelo de ensino, o qual muitas vezes não

contempla a enorme riqueza das manifestações corporais produzidas.

As diretrizes apontam a Cultura Corporal como objeto de estudo, buscam

superar as concepções fundadas nas lógicas instrumentais, anatomia funcional e

esportivizada provenientes de outras matrizes teórico-metodológicas fundadas,

principalmente, no modelo de inspiração positivista, originário das ciências da

Natureza.

Educação Física permite as abordagens biológicas, antropológicas,

sociológicas, psicológicas, filosóficas e políticas das práticas corporais,

justamente por sua constituição interdisciplinar. Também engloba desafios

educacionais contemporâneos: culturas afro-brasileiras, indígenas e africanas (Lei

nº 11645/08); política nacional de educação ambiental (Lei nº 9.759/99); educação

sexual e prevenção à AIDS e DST (Lei nº 11.733/97 e 11.734/97); sistema

nacional de política sobre drogas (Lei nº 11.343/06) previstos na Lei nº 10.639/03

e deliberação do CEE/PR, práticas estas que possibilitam a relação com o

contexto histórico, político, econômico e social na qual o educando está inserido.

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Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre

as necessidades atuais de ensino perante os alunos,na superação de

contradições e na valorização da educação.Por isso,é de fundamental importância

considerar os contextos e experiências de diferentes

regiões,escolas,professores,alunos e da comunidade.

Pode e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que

permitam entender a Cultura Corporal em sua complexidade ,ou seja,na relação

com as múltiplas dimensões da vida humana,tratadas tanto pelas ciências

humanas sociais,da saúde e da natureza.

Desenvolver-se-ão os elementos articuladores dos conteúdos estruturantes

da educação básica e os desafios educacionais contemporâneos,

integrados/interligados às práticas corporais, oportunizando a contextualização,

alargando a compreensão dos mesmos e ampliando as possibilidades de

intervenção pedagógica. Tais elementos articuladores estão presentes na

exposição dos conteúdos de forma permeada aos conteúdos estruturantes,

separados por ano.

No qual o ensino da Educação Física aborda os seguintes temas:

• Condicionamento físico;

• Esporte e educação física para todos;

• Exercícios físicos;

• Treinamento precoce e suas implicações;

• Exercício físico e saúde;

• Riscos e intolerâncias a exercícios;

• Exercícios físicos e esportes;

• Atividades rítmicas, jogos, danças e brincadeiras;

• Sistemas de jogos e práticas em: atletismo, futebol, handebol, tênis de mesa,

basquetebol, voleibol e xadrez.

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OBJETIVOS GERAIS

• Consolidar os hábitos e costumes da prática de exercícios físicos de forma

regular:

• Aprimorar as capacidades intelectuais que concorrem para a formação da

personalidade do aluno através da prática esportiva em geral.

• Favorecer a consolidação das etapas do desenvolvimento físico e mental por

meio do beneficio biopsiquicos, fisiológicos e sociais que advem da pratica da

educação física, desportiva e especializada.

• Cultivar hábitos de formação moral, cívica e comunitária reconhecendo os

valores do passado e do presente; gosto artístico, respeito pelo folclore e

tradições, bem como, o espírito de união e integração nacional.

• Incorporar aos estudos e pratica da educação física a relação entre as

atividades físicas e desportivas adquiridas nas aulas.

• Adotar a pratica da atividade física como um aspecto básico na promoção da

saúde e melhoria da qualidade de vida.

• Consolidar um novo entendimento em relação ao movimento humano como

expressão da identidade corporal, como pratica social e como uma forma do

homem se relacionar com o mundo.

• Propiciar aos alunos uma leitura do fenômeno esportivo com vistas à

compreensão de sua complexidade social, histórica e política.

• Conhecer e partilhar experiências que viabilizem a reflexão, inserção critica do

mundo, reconhecendo suas inúmeras possibilidades de significação e

representação.

• Considerar possibilidades de recriação.

• Intensificar a curiosidade, o interesse na realização de atividades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Condicionamento físico;

• Esporte e educação física para todos;

• Coletivos;

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• Individuais;

• Radicais;

• Fundamentos Técnicos;

• Regras;

• Táticas;

• Análise crítica das regras;

• Origem e História;

• Para quem e a quem serve;

• Modelos de sociedade que os reproduziram;

• Incorporação na sociedade brasileira;

• O esporte como fenômeno natural;

• O esporte na sociedade capitalista:

• Competições de grande porte: Pan, olimpíada, copa do mundo;

• Massificação do esporte;

• Exercícios físicos;

• Aptidão física: definição e conceitos;

• Atletismo;

• Vôlei

• Basquete

• Futsal;

• Futebol de campo;

• Handebol;

• Ginástica:

• Ginástica artísticas/olímpica;

• Ginástica de academia;

• Ginástica Geral;

• Lutas:

• Lutas com aproximação;

• Lutas que mantém à distância;

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• Lutas com instrumento mediador;

• Capoeira;

• Atividades rítmicas;

• Atividades recreativas:

• Brincadeiras;

• Gincanas;

• Cultura dos povos tradicionais;

• Jogos e brincadeiras;

• Jogos de tabuleiro;

• Jogos dramáticos;

• Jogos Cooperativos;

• Dança:

• Danças;

• Folclóricas;

• Danças de Salão;

• Danças de rua:

• Qualidade de vida:

• Higiene e saúde;

• Corpo Humano e Sexualidade;

• Primeiros Socorros:

• Acidentes e doenças do trabalho;

• Caminhadas;

• Alimentação;

• Avaliação Calórica dos alimentos;

• Índice de massa corporal;

• Obesidade;

• Bulimia;

• Anorexia;

• Drogas lícitas e ilícitas e suas conseqüências;

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• Padrões de beleza e saúde;

• Treinamento precoce e suas implicações;

• Exercício físico e saúde ;

• Riscos e intolerâncias a exercícios;

• Exercícios físicos e esportes;

• Organização desportiva;

METODOLOGIA

Organização e sistematização de praticas corporais que possibilitam a

comunicação e o dialogo com diferentes culturas.

Delimitar questões sobre as quais se deva pensar com mais rigor; registro

escrito das atividades cotidianas.

Superar concepções fundadas nas lógicas instrumentais, anatômico funcional

e esportivizada provenientes de outras matrizes teórico-metodológicas, fundadas

principalmente, no modelo de inspiração positivista originário das ciências da

natureza.

• Interativa, atingindo as necessidades de toda turma, superando as

ideologias tidas como verdadeiras e as normas e regras sociais

estabelecidas.

• Individualizado e socializado.

AVALIAÇÃO

A avaliação dos conteúdos deve estar vinculada ao Projeto Político

Pedagógico com os objetivos e metodologia adotada pelo corpo docente.Os

critérios de avaliação devem ser estabelecidos,considerando o comprometimento

e envolvimento dos alunos no processo educativo se dará através da

compreensão do aluno sobre o que foi proposto e conceito produzido através das

discussões, avaliação diagnóstica, identificando lacunas no processo ensino-

aprendizagem será um processo contínuo, permanente e cumulativo.

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BIBLIOGRAFIA:

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra,

1995.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para a educação

básica nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria da Inclusão

Educacional. 2002

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se

conta. 2.ed. Campinas: Papirus, 1991.

DARIDO, S. C. e RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola: implicações

para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

GOVERNO DO PARANÁ – SEED. Diretrizes Curriculares de Educação

Física para o Ensino Fundamental e Médio. Julho/2006.

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PLANEJAMENTO

FILOSOFIA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

“A vida sem reflexão não merece ser vivida.”

Sócrates

Esta disciplina tem como proposta trabalhar com os alunos as idéias e os

textos dos filósofos, cuja abordagem sobre o mundo é diferente daquela

empreendida pelas demais formas de saber (mito, religião, senso comum,

ciência), “outro olhar” sobre o mundo e sobre si mesmo.

A filosofia exerce um trabalho de pensamento por meio do qual se faz a

crítica do estabelecido, introduzindo por excelência o questionamento e a dúvida

em todos os setores do saber e agir humano.

A filosofia já fazia parte do chamado curso de arte, oferecido pelos jesuítas

aos estudantes que concluíam o primeiro nível de letras humana. Apenas alguns

colégios dispunham desse curso, voltado exclusivamente para a elite do Brasil

Colônia.

Mesmo após a expulsão dos jesuítas, por Pombal, no século XVIII,

perdurou no império e na república o ensino da filosofia aristotélica-tomista, e a

educação permaneceu elitista, livresca, desfocada da realidade brasileira. Com a

criação dos cursos jurídicos no Brasil, na década de 20 do século XIX, a filosofia

passou a ser disciplina obrigatória do ensino médio, como pré-requisito para o

ingresso ao curso superior, reforçando o caráter propedêutico que sempre marcou

o secundário.

No século XX a reforma de 1915 tornou a filosofia disciplina facultativa. Em

1932, Francisco Campos tentou reverter este quadro, conhecido pela sua atuação

no movimento escola novista, aliava seus esforços aos de figuras importantes da

pedagogia brasileira, tais como o sociólogo Fernando de Azevedo e o filósofo

Anísio Teixeira. A escola nova coloca-se como tendência renovadora diante da

situação econômica do Brasil: com a crise do modelo agro exportador e início da

industrialização, surgiram à necessidade de melhorar a escolarização, sobretudo

para os segmentos urbanos.

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Daí o cuidado de Francisco Campos em introduzir lógica, sociologia e

história da filosofia no currículo escolar. Com a reforma Capanema, em 1942, o

ensino secundário dividiu-se em ginásio (com quatro anos) e o colegial (com três

anos). Nesse contexto a filosofia ressurgiu como disciplina obrigatória.

Em 1961 foi promulgada nossa primeira lei de diretrizes e bases, a lei de nº

4.024, segundo a qual o ensino de filosofia perdia a obrigatoriedade, tornando-se

disciplina complementar.

Com o golpe militar de 1964 restringiu-se mais o campo de ensino de

filosofia, que se tornou disciplina optativa em 1968, para finalmente ser extinta

pela lei 5.692/71.

A imposição vertical da nova lei, que incluía a disciplina de moral e cívica

com claro teor de doutrinação política, levaram muitos a justificar a extinção do

curso de filosofia com intenção explícita de se evitar o desenvolvimento do

pensamento crítico.

A extinção da filosofia no 2º grau se fez num contexto mais amplo,

desprestigiada na universidade e com perseguição aos professores.

A lei 5.692/71 não atingiu o objetivo que anunciará como principal: a

profissionalização, mas, sem dúvida, conseguiu deteriorar ainda mais a qualidade

da escola pública.

Em 1982, a lei 7.044, permitiu a reinserção da filosofia no currículo, a

critério do estabelecimento de ensino,

Com a promulgação da lei 9.394/96, um inciso faz referência explícita à

filosofia e outros lhe dizem respeito de alguma forma.

Hoje o ensino de filosofia é obrigatório em todo o ensino médio.

Especificamente no Estado do Paraná a Assembléia Legislativa aprovou

em 07 de novembro de 2008 a Deliberação nº 03/08, a qual disciplina Normas

Complementares às Diretrizes Curriculares Nacionais para a inclusão obrigatória

das disciplinas de Filosofia e Sociologia na Matriz Curricular do Ensino Médio nas

instituições do Sistema de Ensino do Paraná.

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OBJETIVO GERAL

Desenvolver a capacidade humana de pensar, de pensar bem, de pensar

melhor, de forma coerente e crítica.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Educar o aluno para a inteligibilidade e, portanto, para autonomia

intelectual.

Compreender a passagem do senso comum para o bom senso, e para a

consciência filosófica.

Superar o saber ingênuo e não-crítico ao desacomodar os indivíduos do

já feito e já sabido, ampliando os horizontes para além da mentalidade científica,

tecnocrática, pragmática, imediatista, a fim de recuperar a dimensão humana,

quando alienada.

METODOLOGIA

Condução do trabalho de forma dialógica e participativa.

Valer-se do debate filosófico como um momento privilegiado onde o rigor

filosófico surge aliado ao prazer de pensar (da doxa a episteme).

Portanto, o debate não deve se constituir como uma competição de idéias

nem um espaço para quem fala mais alto, apareça. Mas como um espaço para o

exercício da autonomia, moral e intelectual, coletivo e individual.

Essa prática requer que os alunos sejam intrigados, suscitando a dúvida, a

produção de interferências e a articulação de teoria e experiência

(vivência/prática).

O conhecimento não pode ser tratado como algo pronto, acabado e

absolutizado, mas como processo construído e aberto que deve ser

problematizado. Portanto, é fundamental, que o material contemple as diferentes

concepções filosóficas, para que o aluno perceba como cada concepção aborda

os temas estudados, e, de posse deste saber, possa construir as suas questões

e conceitos. Assim:

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“ Não se ensina Filosofia mas filosofar”, já dizia Kant, pois a Filosofia não é um

conjunto de idéias que assimilamos automaticamente. Porém, deve-se considerar:

- a reflexão filosófica é uma das principais finalidades da Filosofia;

- como qualquer outra disciplina, determinados conteúdos devem ser

memorizados e compreendidos, como, por exemplo, uma terminologia específica;

- pensamento crítico não se constrói sem domínio de conteúdo, pois se corre o

risco de mero espontaneísmo, o que pode acontecer com a indevida apropriação

do estágio kantiano.

Para alcançar a reflexão crítica, o aluno deve se apropriar de referencial

teórico do tema estudado com muito rigor, indo até a raiz da questão em pauta e

verificando todas as vertentes possíveis num todo articulado.

As aulas de Filosofia devem levar ao desenvolvimento do pensamento

crítico, procurando aliar as vivências aos problemas filosóficos, através dos

instrumentos que lhes dão sustentação: os textos filosóficos, pois a crítica não

vem de discussões vazias, de oposições gratuitas, mas da capacidade em

reformular questões e objeções com o pensamento ordenado e sistematizado.

O ensino de Filosofia visa contribuir para a formação de um cidadão

consciente e crítico no seu contexto histórico-social, através da apropriação de

um conhecimento mais global, produzido nas atividades práticas dos homens.

Nesse sentido, através de uma análise radical, rigorosa e de conjunto, pretende-

se construir ou aguçar a capacidade de percepção da lógica que norteia as

relações dos homens com os outros homens e com a natureza, levando o cidadão

à reflexão permanente do seu próprio existir.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

− Mito e filosofia:

− Saber místico;

− Saber filosófico;

− Relação mito e filosofia;

− Atualidade do mito;

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− O que é Filosofia?

− Teoria do conhecimento:

− Possibilidade do conhecimento;

− As formas de conhecimento;

− O problema da verdade;

− A questão do método;

− Conhecimento e lógica;

− Ética

− Ética e moral;

− Pluralidade;

− Ética;

− Ética e violência;

− Razão, desejo e vontade;

− Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;

− Filosofia Política:

− Relações entre comunidade e poder;

− Liberdade e igualdade política;

− Política e Ideologia;

− Esfera pública e privada;

− Cidadania formal e/ou participativa;

− Filosofia da Ciência:

− Concepções de ciência;

− A questão do método científico;

− Contribuições e limites da ciência;

− Ciência e ideologia;

− Ciência e ética;

− Estética:

− Natureza da arte;

− Filosofia e arte;

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− Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto,

etc.;

− Estética e sociedade;

− Questões filosóficas do mundo contemporâneo;

− Relação homem x natureza, cultura e sociedade.

BIBLIOGRAFIA

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideología? 30ª ed. São Paulo, Brasiliense , 1989,

125p. (Col. Primeiros Passos, 13).

ENGELS, F. Sobre o Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em

Homem. in:ANTUNES, R. A dialética do Trabalho: escritos de Marx e Engels.

São Paulo: Expressão Popular, 2004.

GENRO FILHO, Adelmo. A ideologia da Marilena Chauí. In: Teoria e Política.

São Paulo, Brasil Debates, 1985.

GENRO FILHO, Adelmo. Imperialismo, fase superior do capitalismo/Uma nova

visão do mundo. In Lênin: Coração e Mente. c /Tarso F. Genro, Porto Alegre, Ed.

TCHÊ, 1985, série Nova Política.

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PLANEJAMENTO

FÍSICA

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LAPA

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Física é um conhecimento que permite elaborar modelos de evoluções

cósmicas, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas que

compõem a matéria, ao mesmo tempo em que permite desenvolver novas fontes

de energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.

Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse

conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea.

Espera-se que o ensino de Física, na escola média, contribua para a formação de

uma cultura científica efetiva, que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos,

fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser

humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Para

tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo

histórico, objeto de contínua transformação e associado às outras formas de

expressão e produção humanas. É necessário também que essa cultura em

Física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos,

técnicos ou tecnológicos, do cotidiano doméstico, social e profissional.

Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da Física promove a

articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do

universo, mais ampla do que nosso entorno material imediato, capaz, portanto de

transcender nossos limites temporais e espaciais. Assim, ao lado de um caráter

mais prático, a Física revela também uma dimensão filosófica, com uma beleza e

importância que não devem ser subestimadas no processo educativo. Para que

esses objetivos se transformem em linhas orientadas para a organização do

ensino da Física no Ensino Médio, é indispensável traduzi-los em termos de

competências e habilidades, superando a prática tradicional.

OBJETIVOS GERAIS

REPRESENTAÇÃO E COMUNICAÇÃO

* Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos.

Compreender manuais de instalação de aparelhos.

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* Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas e

discursiva entre si.

* Expressar-se corretamente usando a linguagem física adequada e elementos de

sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o

conhecimento aprendido, através de tal linguagem.

* Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes,

sabendo interpretar notícias científicas.

INVESTIGAÇÃO E COMPREENSÃO

* Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar,

sistematizar. Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza,

compreender o conceito de medir, fazer hipóteses, testar.

* Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar,

identificar parâmetros relevantes. Compreender e utilizar leis e teorias físicas.

* Compreender a física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e

procedimentos tecnológicos. Descobrir o “como funciona” de aparelhos.

* Construir e investigar situações-problema, identificar a situação física, utilizar

modelos físicos, generalizar de uma a outra situação, prever, avaliar, analisar

previsões. Articular conhecimento físico como conhecimentos de outras áreas do

saber científico.

CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO-CULTURAL

* Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua história e

relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

* Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução

dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento

científico.

* Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela tecnologia./

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* Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de expressão

da cultura humana.

* Ser capaz de emitir juízos de valor em relação a situações sociais que envolvam

aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

EMENTA: A produção do conhecimento físico: macro e micro física. Movimento,

Termodinâmica e eletromagnetismo e seus elementos: distância, velocidade,

tempo, aceleração, espaço, força, temperatura, calor, ondas, ótica e eletricidade

para a compreensão do universo físico.

CONTEÚDOS:

− Movimento:

- História e campo de estudo da Física;

- Momentum e Inércia;

- Conservação de quantidade de movimento;

- Variação da quantidade de movimento (impulso);

- 2ª Lei de Newton;

- 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio;

- Gravidade;

- Energia e o princípio da conservação da energia;

- Variação da energia de parte de um sistema-trabalho e potência;

− Fluídos:

- Massa específica;

- Pressão em um fluido;

- Princípio de Arquimedes;

- Viscosidade;

- Peso aparente;

- Empuxo;

− Oscilações:

- Ondas mecânicas;

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- Fenômenos ondulatórios;

- Refração;

- Reflexão;

- Difração;

- Interferência;

- Efeito Dopller;

- Ressonância;

- Superposição de ondas;

− Termodinâmica:

- Lei zero da termodinâmica;

- Temperatura;

- Termômetros e escalas termométricas;

- Equilíbrio térmico;

- Lei dos gases ideais;

- Teorias cinética dos gases;

- Propriedades térmicas e dilatação dos materiais:

- Dilatação térmica;

- Coeficiente de dilatação térmica;

- Transferência de energia térmica:

- Condução;

- Convecção e radiação;

- Diagrama de fases;

- 2ª Lei da Termodinâmica:

- Máquinas térmicas;

- Eficiência das máquinas térmicas – rendimento; Máquina de Carnot – ciclo

de Carnot;

- Processos reversíveis e irreversíveis;

- Entropia;

- 3ª Lei da Termodinâmica:

- Entropia;

- Entropia e probabilidade;

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− Eletromagnetismo:

- Carga elétrica;

- Entropia;

- Entropia e probabilidade;

- Força magnética:

- Propriedades magnéticas dos materiais – imãs naturais;

- Efeito magnético da corrente elétrica e os demais efeitos;

- Equações de Maxwell:

- Lei de Coulomb;

- Lei de Faraday;

- Lei de Lenz;

- Força de Lorenz;

- Indução eletromagnética;

- Transformação de energia;

- Campo eletromagnético;

- Ondas eletromagnéticas.

- Elementos de um circuito elétrico: Corrente elétrica;

- Capacitores;

- Resistores e combinação de resistores;

- Leis de Ohm;

- Leis de Kirchhoff;

- Diferença de potencial;

- Geradores;

- Luz:

- Dualidade onda – Partícula;

- Fenômenos Luminosos:

- Refração; difração; reflexão; interferência; absorção e espalhamento;

- Formação de imagens e instrumentos óticos.

.

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METODOLOGIA

A ciência não deve ser apresentada como um conjunto de verdades

acumulada, mas sim como resultado de uma concepção mais dinâmica, segundo

a qual as teorias aceitem as dúvidas, onde análises qualitativas são tão

necessárias quanto as quantitativas. Sem desprezar as conquistas que a ciência

nos proporcionou, é possível ensinar a física tornando-a mais próxima da vida do

estudante.

A Física, na medida do possível, deve ser apresentada sem pretensão de

tornar todos os estudantes especialistas na área, porém possibilitando ao aluno

desenvolvimento de sua capacidade de compreender e manipular de forma

adequada o mundo que nos rodeia.

Os conteúdos devem ser trabalhados levando em conta o conhecimento

prévio dos estudantes e sua relação com os fatos do cotidiano como também as

experiências por eles vividas.

Procedimentos utilizados:

• Aulas expositivas;

• Brainstroming;

• Aulas experimentais;

• Apresentação de trabalhos e debates;

• Seminários e palestras;

• Visitas técnicas;

• Recursos audiovisuais.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ter caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de

vista instrumental.Do ponto de vista quantitativo o professor deve orientar-se

pelo estabelecido no regimento escolar.Quanto aos critérios ,deve-se verificar:

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• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino

e aprendizagem planejada;

• A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;

• A compreensão de conceitos físicos presentes em texto não científicos;

• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as

leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento

que envolva os conhecimentos de física.

• Relatório de filmes e aulas experimentais;

• Listas de exercícios;

• Apresentação de trabalhos;

• Testes objetivos e subjetivos;

• Participação em sala de aula;

• Produção de textos

BIBLIOGRAFIA

1. Anjos, I. G. Física. Editora Horizonte

2. Chaves, A Física. Rio de Janeiro: Reichmann e Afonso Editores, 2.000.

3. Toledo, R. N. Fundamentos da Física. Editora Moderna.

4. Bonjorno, R. A. ; Bonjorno, J. R.; Bonjorno, V.; Ramos, C. M. Editora FTD.

5. Governo do Estado do Paraná – SEED. Diretrizes Curriculares de Física

para o Ensino Fundamental e Médio. Julho/2006.

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PLANEJAMENTO

GEOGRAFIA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Geografia enquanto ciência preocupa-se com a compreensão das

relações entre a sociedade e a natureza, onde o espaço é o resultado das

relações sociais, o que justifica a construção de lugares diferentes, pois esta

construção se dá de maneira histórica e mediada pelo trabalho e pela cultura.

O objetivo da ciência geográfica é, portanto, o da compreensão da

organização do espaço, sendo que o ensino deve possibilitar ao aluno, a

observação dos diferentes espaços e sua representação. A observação do

espaço pelo aluno, pode começar pelo próprio espaço de seu entorno que pode

ser a sua casa, seu bairro ou sua escola. Segundo Antunes:

Já ao observar a organização espacial da escola, a criança pode

perceber que a divisão do espaço corresponde uma divisão do trabalho.

Existe um espaço determinado para a direção, os professores, os

serviços de cozinha, limpeza, e assim por diante. (...) Ao mesmo tempo,

fazendo uma análise destes locais os alunos começam, a perceber que

existe uma relação entre a construção física, sua disposição espacial e

sua finalidade. As crianças podem, também observar e desenhar os

espaços de outras escolas.

Assim, na escola quanto mais ricas forem as atividades em que o aluno

seja levado a observar o seu entorno, e, relacioná-lo com espaços distantes, tanto

melhor será o trabalho desenvolvido com o objetivo da compreensão de como se

constroem esses espaços. Este trabalho deve trazer a formação de conceitos

relacionados à construção da relação espaço/temporal e sua representação, que

são fundamentais no raciocínio geográfico.

Ao observar o lugar em que vive e ao fazer relação com espaços maiores,

o aluno estará se colocando como sujeito participante das transformações

ocorridas nesse espaço, e, até em outros. No entanto, o professor é quem deve

levá-lo a essas descobertas, através de atividades de reflexão.

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Através da reflexão, o aluno também deve ser levado a compreender a

espacialidade das coisas e dos fenômenos como fazendo parte de um processo

histórico. Por isso, é de grande importância trabalhar os conceitos da Geografia.

A formação de conceitos na Geografia se faz necessária para a leitura e

compreensão do espaço geográfico, e, que são as categorias de análise da

Geografia: natureza, sociedade, paisagem, território, lugar, além da

representação espacial através de mapas e imagens.

Pensando em Geografia, então, o que ensinar? Parece um tanto óbvia a

pergunta sobre o que ensinar em Geografia, seja qual for à concepção teórica

que se tenha. Claro que a Geografia é a ciência do “espaço”. Mas, que espaço é

esse? Com certeza, responderíamos sem precisar pensar: o “espaço geográfico”.

Porém, nem todos têm em mente de forma clara, sobre o papel dessa disciplina.

Principalmente se indagarmos as pessoas que não estão mais na escola. Muitas

delas vão resumir que estudar Geografia é aprender a utilizar mapas, conhecer

lugares ou aprender sobre o Brasil. Não que a disciplina não trate desses

assuntos, mas o que se quer provocar aqui, é: nós professores estamos convictos

do que devemos ensinar em Geografia? Temos clareza a respeito de que saberes

ensinamos? Outras perguntas podem se somar a estas, como: como posso

querer “ensinar uma disciplina se não compreendo seu papel no currículo? Como

compreender seus objetivos políticos-pedagógicos? Como saber qual sua

importância na formação de alunos/sujeitos. Com certeza essa é a inquietação de

muitos educadores".

Para nortear o pensamento pedagógico em busca de compreensão da

especificidade da Geografia, Cavalcanti propõe,

Uma das propostas de se conceber a especificidade da Geografia que me

parece bastante rica e que encaminha uma outra abordagem de conteúdo nas

aulas dessa disciplina é a de que sua perspectiva é a de responder perguntas:

onde e por que nesse lugar? (Foucher 1989). Essa idéia é esclarecedora dos

objetivos da Geografia porque orienta trabalhos para acentuar uma perspectiva

particular dessa disciplina, que é a localização. Além disso, é uma abordagem

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interessante porque destaca a necessidade de se justificar essa localização, ou

seja, ir além da descrição de aspectos (da estrutura padrão) dos legares e buscar

sua significação – para isso são necessárias referências teóricas conceituais.

Para entender a significação dos lugares, outro aspecto a acrescentar é a

preocupação com a seguinte questão: como é este lugar? Com a referência

destas três perguntas, pode-se estruturar um determinado conteúdo geográfico, o

que certamente obriga a considerar em conjunto os convencionais aspectos

físicos, humanos, econômicos, que poderiam ser recolocados sob formas mais

complexas e globalizantes, como aspectos culturais, ambientais, geopolíticos.

Ao respondermos essas questões levantamos aspectos que a Geografia

trabalha como a localização e descrição, os aspectos culturais, sociais, naturais e

históricos, assim como as relações econômicas e políticas do lugar com o mundo,

o que exige pesquisa e investigação. Estamos estudando o espaço geográfico,

que nas palavras de Milton Santos (1996), “este espaço é composto de

materialidade (natural e construída) e de relações sociais, políticas, econômicas e

culturais”. Nesta obra o autor define espaço geográfico como sistemas de objetos

mais sistemas de ações. Para ele, os objetos são a materialidade, “tudo o que

existe na superfície da Terra, toda herança da história natural e da ação humana

que se objetivou. [...] isso que se cria fora do homem e se torna instrumento

material de sua vida, em ambos os casos uma exterioridade” p.59. Ainda em suas

palavras, “As ações resultam de necessidades, naturais ou criadas. Essas

necessidades: materiais, imateriais, econômicas, sociais, culturais, morais,

afetivas é que conduzem os homens a agir e levam a função [que] vão

desembocar nos objetos. Realizadas através de formas sociais, elas próprias

conduzem à criação e ao uso de objetos, formas geográficas”. p. 64.

Esta definição de espaço geográfico está relacionada a uma concepção de

Geografia enquanto ciência e disciplina escolar, na qual os saberes por ela

veiculados permitam que o aluno desenvolva uma leitura crítica do mundo atual,

que compreenda as relações sócio-espaciais deste período histórico do

capitalismo que quer a globalização econômica e, com ela, a fragmentação do

espaço.

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O que dá a identidade da Geografia é, portanto, essa característica em

relação à investigação que essa disciplina faz para compreender o espaço em

que se vive e se relaciona. Portanto, o objetivo geral da Geografia é o de

alfabetizar o aluno para a leitura do espaço geográfico. Este é o papel na

educação e é o que garante sua identidade. Como Pereira (1994) diz,

(...), os conteúdos com os quais trabalha uma disciplina são os veículos

de sua identidade. Porém, o que deve determinar tanto os conteúdos,

quanto sua seqüência não é apenas sua lógica interna, mas uma

definição clara acerca do papel da disciplina no ensino e a sua

materialização pedagógica adequada às diferentes faixas etárias,

precedida, por pressuposto, do enquadramento da contribuição da

geografia para o conhecimento científico como um todo.

Para ler o espaço geográfico é necessário que se estabeleça uma

organização a partir do objetivo geral que se propõe para essa disciplina. Os

conteúdos a serem propostos deverão contemplar os objetivos específicos. È a

partir dos objetivos específicos que se elenca os conteúdos, e não o contrário.

OBJETIVOS GERAIS

Compreender que o espaço geográfico é produto de uma organização

socioeconômica que se transforma a partir de uma história constituída por

contradições e conflitos que se resolvem e se repõe continuamente;

Analisar os diversos aspectos da sociedade e do espaço geográfico, o

urbano, o rural, as paisagens naturais, as personagens sociais, os contrastes

regionais, etc., de forma que fiquem evidente a interdependência e a globalização

desses aspectos ou partes de uma mesma realidade;

Avaliar criticamente a realidade social e ambiental nos níveis local, regional e

nacional, como forma de posicionamento ativo em relação ao seu meio.

METODOLOGIA

Em relação à metodologia de ensino, esta é determinada sempre tomando

como referência o objetivo geral da disciplina, que é a leitura do espaço

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geográfico. Quando não perdemos de vista onde queremos chegar com nosso

aluno, fica fácil elaborar metas relacionadas com os objetivos específicos de cada

conteúdo. Se queremos que nosso aluno seja capaz de ler o mundo, devemos

buscar maneiras diversas através dos conteúdos tratados para que possa atingir

o objetivo proposto. Sempre teremos em mente aquelas questões levantadas por

Cavalcanti: onde e por que esse lugar? Como é esse lugar?

Para a metodologia, é necessário que o professor conheça as posturas

teóricas-práticas das escolas pedagógicas, como, a escola tradicional, a escola-

nova, a tecnicista, a histórico-crítica, etc. Isso implica a reconhecer os contextos

históricos nos quais cada escola se formou. Assim, o professor será capaz de

reconhecer em sua prática na qual ele se insere, para, sustentar sua prática ou

reformulá-la.

Compreender as escolas pedagógicas em seus contextos históricos, assim

como a trajetória do saber geográfico e sua transformação em ciência, colabora

com a visão de que currículo estamos aplicando, ou melhor, que currículo,

querem que seja aplicado por nós. Vimos, na história da Geografia que essa

disciplina era vista como instrumento de conhecimento do território inimigo para a

eficácia do ataque, os romanos se valeram desses conhecimentos. O espaço vital

de Ratzel, fez os alemães se lançarem em busca da partilha da África

tardiamente, o que provocou a Primeira Guerra Mundial. O que será que nos

reserva hoje a Geografia, em termos políticos? Que tipo de cidadão será formado

nas escolas?

Em se tratando de currículo, o que temos visto, nos últimos anos, são

tentativas, muitas vezes equivocadas ao se elaborar um currículo que em nada

tem a ver com a realidade da educação como um todo, o que não dizer, em suas

particularidades. Muitas vezes não se pensa no aluno que chega em nossas

escolas, outras vezes não se pensa nas condições de trabalho dos professores,

outras ainda, não se pensa nas diversidades regionais de um país de proporções

continentais. Para Kramer,

Uma proposta pedagógica é um caminho, não é um lugar. Toda proposta

pedagógica é construída no caminho, no caminhar. Toda proposta

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pedagógica tem uma história que precisa ser contada. Toda proposta

pedagógica tem uma aposta. E mais: [...] Uma aposta porque, sendo

parte de uma dada postura política pública, contém um projeto político de

sociedade e um conceito de cidadania, de educação e de cultura.

Não se constroem propostas de projetos políticos pedagógicos a partir de

poucas cabeças. Muito menos se essas poucas cabeças pensantes estão longe

da prática escolar, apenas teorizando. A discussão tem que ser de ordem

nacional e regional. É necessário pensar nas particularidades dos lugares, e das

pessoas que vivem nesses lugares. Todos têm de ser convidados à reflexão, para

a elaboração de um currículo que contemple as ansiedades de uma educação de

qualidade. Kramer,

Como podem os professores se tornar construtores de conhecimento

quando são reduzidos a executores de propostas e projetos de cuja

elaboração não participam e que são chamados apenas a implantar? (...)

além de condições materiais concretas que assegurem processos de

mudança, é preciso que os professores tenham acesso ao conhecimento

produzido na área de educação e a cultura em geral, para repensarem

sua prática se reconstruírem como cidadão e atuarem como sujeitos da

produção de conhecimento.

A clareza sobre as relações entre os objetivos, os conteúdos e a

metodologia, é fundamental para um trabalho consistente e produtivo. O aluno

não consegue compreender as relações sócio-espaciais que se estabelecem

entre os diferentes espaços nas diversas escalas, se para o professor também

não estiver claro, o que ele quer com o ensino da Geografia. Vale lembrar, que o

que não tem significação, é pouco ou não é absorvido.

Ao levar a Geografia para a sala de aula, devemos pensar na melhor forma

de atingir nosso aluno. Como iremos fazer nosso aluno interessar-se pelos

conteúdos e como chegará às compreensões que queremos, enfim como fará

essa leitura do espaço geográfico é nosso grande desafio.

O primeiro passo para se pensar num planejamento, é ter clareza dos

fundamentos que balizam a disciplina de Geografia. Precisamos ter claros os

objetivos que nos propomos alcançar. Certo do que queremos de nosso aluno, o

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próximo passo é pensar nas estratégias de ensino que vão nos orientar, assim

como os recursos que utilizaremos para desenvolvimento do tema abordado.

Em nossa metodologia podemos utilizar diferentes linguagens para

alcançarmos os objetivos. Através de diferentes linguagens, será possível tornar a

aula interessante e instigante para nosso aluno. Devemos levá-los a querer mais,

querer descobrir os “porquês” daquilo que está estudando. Quanto mais

diversificadas as formas de fazermos nossos alunos olharem o mundo a sua

volta, mais teremos certeza de que estamos no caminho certo. Nunca devemos

esquecer que a tecnologia muitas vezes tira a atenção da sala de aula, porque

parece que é mais interessante. Nosso aluno convive com um mundo coberto de

informações e imagens que ao seu ver pode até substituir o saber escolar. Nós,

professores sabemos que não, que nunca poderemos ser substituídos, pois é na

interação de professor e aluno que a aprendizagem ocorre.

Podemos utilizar diversas linguagens como:

− Texto: didático, jornalístico, poético, literário, etc.

− Imagens: fotografias, charges, figuras, desenhos, etc.

− Filmes: documentários, ficção, reportagens, etc.

− Mapas, gráficos e tabelas;

− Aula de campo.

TEXTOS

Ao escolhermos um texto didático para trabalharmos em sala de aula,

devemos ser criteriosos. Aparentemente podemos utilizar um texto que tenha uma

leitura de fácil compreensão, mas não podemos deixar de nos atentar para alguns

aspectos. Um desses aspectos se refere à identidade do autor do texto. Pois

sabemos que toda escrita tem uma intenção, e, não podemos negligenciar isso.

Se o texto for de cunho geográfico, é importantíssimo saber qual a concepção

teórica do autor, para não cairmos no erro de ensinar conceitos ultrapassados que

já não dão mais conta de explicar o espaço geográfico.

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A abordagem que o texto traz, também é importante. Devemos saber se é

um recorte ou uma problematização, para podermos melhor explorar, bem como

as relações estabelecidas entre o texto e o conteúdo.

A Geografia estuda o espaço, portanto, ao se apresentar um texto sobre

um conteúdo geográfico, faz-se necessário à espacialização do tema abordado no

texto. Outro aspecto seria o da escala que está o tema estudado. È importante

fazer esse recorte para ajudar na compreensão por parte do aluno.

Como mostrado acima, a forma como se apresentam os conceitos também

merecem atenção, pois o erro conceitual leva a uma apreensão distorcida da

realidade. O mesmo podemos dizer das informações contidas no texto, que

devem ser corretas e atualizadas.

Um texto rico em formas de problematização pode ser um importante

aliado do professor. A problematização contribui para o levantamento de

hipóteses que poderão ser investigadas pelo aluno e comprovadas. Este é um

bom exercício de reflexão.

Um texto descontextualizado, não interessa nem a nós, o que dirá, ao

aluno. Procurar um texto cujo tema esteja próximo à realidade do aluno é garantir

a certeza de que haverá interesse por parte dos mesmos em conhecê-lo. Com um

texto contextualizado, partir para a reflexão não será tarefa das mais difíceis.

IMAGENS

A linguagem documental da fotografia representa uma dada realidade em

um determinado momento. Ao construí-la, o fotógrafo conhece o tema que está

sendo registrado e tem um olhar direcionado para o objeto que deseja

representar. Portanto, a imagem presente na fotografia expressa a intenção do

autor do que se deseja transmitir e promover. Ao utilizarmos uma fotografia

pertinente a um conteúdo em sala de aula, estaremos desenvolvendo no aluno o

exercício da observação, da percepção da realidade presente na fotografia e a

sensibilidade. Podemos explorar culturalmente a fotografia e levá-lo a fazer uma

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leitura e interpretação tanto do espaço representado na fotografia, como das

relações históricas materializadas nesse espaço.

Em relação às charges, vale lembrar que esta já é, geralmente uma crítica

a algum acontecimento, pessoa ou situação. O que podemos explorar numa

charge é a interpretação que o aluno pode fazer dela e, também, se houver

possibilidade poderá espacializar o fenômeno representado.

O desenho é a representação espontânea do aluno. A partir dele podemos

perceber como nosso aluno percebe os diferentes espaços, com os quais se

relaciona. A utilização dessa linguagem é muito rica de possibilidades a serem

exploradas. Para a sala de aula tanto podemos levar desenhos de outras

crianças para a interpretação, como pedir para que o façam. Uma forma muito

interessante de trabalho é pedir para que façam o trajeto casa/escola e que

depois, façam o relato do caminho. Pode-se também, pedir para que troquem o

desenho com o colega, e que tentem uns analisarem os dos outros.

FILMES

A utilização de filmes nas escolas como um dos recursos audiovisuais não

é algo tão novo. Cada vez mais vemos as escolas se equiparem com um recurso

até certo ponto caro, que muitas vezes acaba sendo mal utilizado. Porém nas

palavras de Barbosa (1999, p. 109),

Há quem veja nesses meios uma solução prática para a dinamização

das atividades escolares. Para outros, é apenas uma solução mais

imediata para a carência e eventual ou mais duradoura de professores

nas escolas, sobretudo na rede pública. Coloca-se um vídeo-cassete

para funcionar e ... pronto! Todos os problemas estão resolvidos (?).

Incluindo-se os que competem aos governos – estaduais e municipais –

pouco empenhados na contratação de docentes para atender às

demandas da “comunidade escolar”

O uso desse recurso didático pode até causar um certo desconforto por

parte dos professores. Como, infelizmente esse recurso acaba se prestando como

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entretenimento sem nenhuma preocupação didática por alguns docentes, há uma

certa mitificação de que “ tem professor que passa um filme para não ter que dar

aula”. É uma constatação triste, mas que acontece em nosso meio escolar.

Assim, para aqueles que realmente estão com uma proposta didática para esse

recurso bem fundamentada, fica um certo descrédito. Ou acontece que muitos

alunos não querem assistir o que o professor propõe, preferindo os filmes do

momento, aqueles mais divulgados pela mídia. Mas difícil ainda é conseguir fazer

com que um aluno se interesse pelo documentário.

Não vamos aqui ficar arrolando sobre as limitações que envolvem esse

recurso audiovisual. O que procuraremos é incutir a idéia de que precisamos

trazer esse recurso para nosso auxílio, e, uma de nossas tarefas é torná-lo não só

um prazer mas, um hábito assistir a filmes significantes.

O filme não pode ser utilizado como ilustração da aula nem como reforço.

Seu papel é o de provocar uma situação de aprendizagem para alunos e

professores. Como Barbosa (1999), diz: “A imagem cinematográfica precisa estar

a serviço da investigação e da crítica a respeito da sociedade em que vivemos.”

Uma característica muito própria dos filmes e que pode ser uma vantagem

na utilização de imagens é que o filme é uma imagem em movimento. Estando

em movimento, parece que está mais próximo da realidade.

Temos que ser criteriosos na escolha de um filme, para não correr o risco

de mostrar falsas realidades, porque ao se produzir um filme, muitas vezes não

há muito rigor nas escolhas dos cenários, pois não devemos esquecer que o

cinema é uma empresa, e, como tal para reduzir custos, pode cometer algum

absurdo de locação.

Outro critério para a escolha de um filme, além autenticidade das

paisagens apresentadas, são os erros históricos que muitas vezes passam

desapercebidos. O filme pode ser o ponto de vista de um autor, pode ser,

portanto, uma subjetividade do autor, mas nunca haver falhas históricas

grotescas, como muitas vezes observamos. Principalmente se o filme se passa

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fora do país de criação e produção. Quem nunca viu um filme estrangeiro em que

se referem à capital brasileira como São Paulo ou Rio de Janeiro? Ou mostrando

o carnaval carioca com mulatas dançando rumba? Erros de localização

geográfica ofende a nós professores.

Devemos também fugir de filmes que trazem figuras estereotipadas, que

muitas vezes não acrescentam nada de bom para nosso aluno, ou mensagens de

violência, com filmes em que os bandidos sempre se dão bem.

Porém um dos pontos mais importantes na escolha de um filme, que

dependendo do assunto pode se tornar enriquecedor, é o compromisso político do

filme. Basta lembrar dos filmes em que os americanos invadem o Vietnã e ainda

posam de bons moços. Até o Iraque já tem sido alvo da indústria cinematográfica

americana. Nesses casos podemos utilizar o filme para fazer uma crítica à

pretensa hegemonia e dominação dos americanos em vários lugares do mundo.

Quando analisamos um filme com todos os critérios, percebendo seus

limites e suas possibilidades, seu uso torna-se muito rico na construção do

conhecimento, trazendo a crítica e a reflexão para o interior da sala de aula.

GRÁFICOS E TABELAS

A leitura e a interpretação de gráficos e tabelas deve levar em

consideração a etapa cognitiva do aluno. Este tipo de procedimento também

envolve a utilização de símbolos e a interpretação de legendas. Além disso,

propicia um trabalho interdisciplinar com a Matemática, pois, a partir da

compreensão dos números, o aluno poderá observar, registrar, comparar,

quantificar e analisar os dados apresentados. Para elaborar um gráfico ou uma

tabela é necessário estabelecer critérios de agrupamentos e quantificação, como,

por exemplo, definir que cada quadrado corresponde a um aluno, ou dois alunos,

etc.

AULA DE CAMPO

Um recurso muito importante, mas pouco explorado pelos professores, é a

aula de campo. As limitações parecem ser inúmeras: a dificuldade de acesso para

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o local onde a aula se desenvolverá, assim como a saída com um grande número

de alunos da escola, muitas vezes sem apoio de ninguém. Mas, o que torna a

maior dificuldade enfrentada seria a insegurança de desenvolver um trabalho

desse tipo. Realmente fazer uma aula de campo não é nada fácil. Principalmente

se não houver um planejamento.

A prática de trabalho de uma aula de campo, pode adquirir um importante

significado pedagógico, independente do estágio de aprendizagem na qual se

encontra o aluno. A observação, o registro das informações e a busca de fontes

que expliquem a configuração espacial do espaço estudado, é um excelente

exercício para a compreensão das relações da sociedade com e entre o meio no

qual vive.

Para fazer um planejamento de uma aula de campo, o primeiro passo é

definir com clareza os objetivos que se pretende alcançar, que podem ser: a

observação de determinados elementos, exercícios de descrição, como se dá

representação espacial, etc. Assim como também podem ser objetivos

comportamentais ou afetivos (cooperação, amizade, entrosamento do grupo), ou

todos juntos numa mesma aula. Ao escolher o trajeto, como por exemplo, um

trecho de malha urbana, é fundamental percorrê-lo previamente, para determinar

o tempo gasto para concluir o percurso com a turma, a fim de organizar a saída

da escola em seu horário de funcionamento e evitar maiores aborrecimentos. É

importante também levantar as fontes e informações que serão relevantes para o

grupo no reconhecimento do espaço visitado. Como a centralidade da área, o

caráter histórico, as características físicas do trecho, a concentração de funções,

entre outros. Para orientar o grupo, o professor previamente deve listar os

elementos que considera necessário para o grupo observar, deixando alguns para

o próprio aluno perceber. O professor deve chamar a atenção ou provocar

questionamentos em relação à apropriação realizada pela sociedade do espaço

natural que havia ali (sítio urbano), e os motivos dessa apropriação. Deve também

chamar a atenção para a funcionalidade dos espaços levando em consideração o

momento histórico em que foram construídos, assim como, levá-los a refletir

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sobre as funções desses espaços na atualidade. Enfim, as possibilidades de um

trabalho com percurso é inesgotável e depende, em grande parte do professor

para sensibilizar e estimular o aluno para ser um investigador primeiramente, para

depois se tornar um leitor do espaço geográfico e, por fim, fazer a síntese de tudo

que compreendeu.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESAo pensarmos nos conteúdos a serem abordados, temos que levar em

conta algumas considerações:

- não há conteúdo inocente;

- será sempre uma escolha política;

- é necessário conhecer a história da ciência e da disciplina;

- será sempre uma escolha histórica.

Quando pegamos um livro didático de Geografia de trinta anos atrás,

percebemos que a seleção de conteúdos era bem diferente que as seleções

atuais. Apesar de já haver alguns livros com uma tênue proposta crítica, a grande

maioria trazia a Geografia sistematizada de forma tradicional, ou seja, uma

Geografia descritiva. A Geografia da época era um reflexo dos tempos de

Ditadura militar, e os conteúdos eram acríticos, não mostrando a realidade. Os

conteúdos serviam, então, para mostrar um Brasil que não existia fora dos livros,

sem problemas de ordem econômica ou social. A questão ambiental, nem era

cogitada. O que se mostrava era um levantamento descritivo das paisagens

brasileiras “intocadas”. Da população, só se mostrava sua constituição primeira

em brancos, negros e índios. Não se falava de racismo e preconceito, nem do

problema da terra e dos índios. Violência urbana “não existia”. Era um verdadeiro

inventário das riquezas naturais daquele Brasil que “crescia” e se “desenvolvia”.

Ninguém ousava modificar esse quadro. Não na imprensa escrita, as editoras

eram vigiadas constantemente. Só era permitido escrever o que “eles” queriam.

Mas, o que esse relatório tem com nossa discussão? Tudo, pois como dito

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anteriormente, não há escolhas que não sejam dotadas de ideologia política. A

escolha realizada terá sempre relação com o momento histórico que se vive e

toda a produção literária desse momento. Naquele período político havia muitas

inquietações e tentativas riquíssimas de reverter o quadro político nacional. Tanto

nos movimentos clandestinos, como dos teóricos que por vezes, por se

posicionarem, eram exilados, na melhor das hipóteses, ou desaparecidos. As

notícias que chegaram à mídia, na maior parte das vezes, e, claro que depois de

algum tempo, era sempre sobre os artistas de um modo geral, principalmente os

músicos.

Percebemos como cada período histórico produz a literatura e o

pensamento que condizem com as forças políticas desse momento.

Para que a prática pedagógica seja eficiente e as propostas sejam

alcançadas, é preciso conhecimento e planejamento. O conhecimento das

concepções da disciplina, o conhecimento do conteúdo, e o conhecimento de

como planejar o trabalho escolar.

Para planejar, o professor necessita contemplar a realidade do seu aluno,

conhecendo-o do ponto de vista social, cultural e econômico, ou seja, conhecê-lo

como sujeito. Apenas partir da realidade do aluno, não é o bastante para tornar o

conteúdo significativo e interessante. É preciso colocar esta realidade em

relações mais amplas, com o próximo e o distante, no tempo e no espaço, ou

seja, abordar o conteúdo de um ponto de vista histórico e cultural.

Os encaminhamentos metodológicos devem ser diversificados, com

atividades que exijam pesquisa, leitura, interpretação, análise, investigação, além

de uma abordagem contemporânea dos conteúdos, relacionando-os com

problemáticas do presente, o que os tornará ainda mais significativos para os

alunos. Para auxiliar nessa tarefa e repensarmos nossa prática pedagógica,

podemos levantar alguns questionamentos importantes:

• Como devemos ensinar Geografia?

• Como nós professores, aprendemos Geografia (na Educação Básica e

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Ensino Superior)?

• Como nosso aluno apreende os conceitos geográficos?

• Qual a relação entre a aprendizagem da Geografia e a concepção de

ensino do professor?

• O que devemos ensinar em Geografia?

Todas as perguntas são de extrema importância para o trabalho docente. A

partir da seleção dos conteúdos, vamos abordar as demais questões no decorrer

de nosso caminho. Os conteúdos possuem uma dimensão geográfica da

realidade que identificam o campo de estudos da Geografia e que, a partir de

seus desdobramentos em conteúdos pontuais garantam a abordagem do objeto

de estudo desta disciplina, em toda sua complexidade.

Os conteúdos não devem ser entendidos como isolados entre si e sem

comunicação. Na verdade, são dimensões geográficas da realidade e, como tal,

cada um transita pela área do conhecimento dos outros e dialoga com eles. Esses

conteúdos são grandes temas que podem e devem ser desdobrados em

conteúdos mais pontuais e relacionais.

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

− A formação e transformação das paisagens;

− A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico;

A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

A revolução técnicocientífica – informacional e os novos arranjos no espaço da

produção;

Espaço rural e a modernização da agricultura;

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração

territorial;

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A circulação de mão – de - obra, do capital, das mercadorias e das

informações;

Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente;

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

O comércio e as implicações socioespaciais;

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

As implicações socioespaciais do processo de mundialização;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

Urbanização e a hierarquia das cidades: habitação, infra-estrutura, territórios

marginais e seus problemas (narcotráfico, prostituição, sem-teto,etc);

Mobilidade urbana e transporte;

Infra-estrutura de transporte para homens e produtos do mundo rural;

Apropriação do espaço rural e urbano e distribuição desigual de serviços e

infra estrutura rural e urbana;

Novas Tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;

Obras infra-estruturais e seus impactos sobre o território e a vida das

populações;

Industrialização dos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e

ambientais;

A apropriação de tecnologias de produção entre ricos e pobres: as diferenças

no processo de apropriação;

A Nova Ordem Mundial no início do século XXI: oposição Norte-Sul;

Fim do estado de bem-estar social e o neoliberalismo;

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Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;

Regionalização do espaço mundial;

Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos,

culturais, políticos, econômicos, entre outros;

Movimentos sociais e reordenação do espaço rural e urbano;

Conflitos rurais e a estrutura fundiária;

Questão do clima, da segurança alimentar e da produção de energia.

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PLANEJAMENTO

HISTÓRIA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A História é uma ciência e um conhecimento que está em constante

construção, ou seja, não resulta do desenvolvimento de um método que esgote o

que há de saber sobre objetivos no passado, mas das sucessivas indagações que

as gerações posteriores fazem, através de novos métodos de pesquisa e

concepções teóricas que tornam o saber possível de novas e diferentes

interpretações. Dessa forma história tem uma história, e a disposição dessa lógica

é fundamental para que o aluno compreenda e perceba que o conhecimento está

em constante evolução.

A cada nova descoberta, os enfoques podem mudar, até mesmo naqueles

assuntos então entendidos estudados até exaustão, pois a experiência humana

no tempo contém uma fonte inesgotável de informações. O estudo da história,

tanto no âmbito de ciência quanto da educação, torna-se um recorte do enorme

universo de dados e idéias disponíveis, impossibilitando estudar toda a história,

traduzindo desse modo às concepções e finalidades das ações praticadas pelo

sujeito. Ainda que na seqüência tradicional da História Geral, tais recortes possam

expressar as origens e desenvolvimento da civilizações européias, atendendo

dessa maneira finalidades educativas, ideológicas refletindo os objetivos e

projetos de representação do passado, construção de identidades, estabelecidos

por diferentes sujeitos coletivos ao longo do tempo. Assim deixar o aluno à mercê

da compreensão da história através de tais recortes não é certo, pois tratam com

sentido fechado, ao contrário deverá ser estimulado a compreender esses

fenômenos de amplo efeito sobre diferentes recortes, para que através de tal

prática seja detentor de um conhecimento mais aprofundado, podendo inclusive

interpretar o sentido geral no tempo. Pois se persistido na ação anterior a história

parecerá um mosaico de lógicas isoladas, com profundidade questionável,

tornando o conhecimento em fragmentado e obsoleto, distanciando do verdadeiro

objetivo, qual seja, através de suas concepções, agir no sentido de transformar, o

meio e a si próprio, através da intervenção pró-ativa, com uma atitude crítica,

reflexiva e criativa. Tal objetivo somente será alcançado se a história for

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trabalhada em uma visão dialética, preparando o aluno para esse ambiente de

constante evolução.

A História é expressão de um conhecimento vital, inerente a todos que

permite as pessoas orientarem-se pautando-se em uma reflexão sobre si

mesmas, grupos e sociedades, ressaltando que sua função não é simplificar o

conhecimento histórico científico, mas sim subsidiar a elaboração do

conhecimento de finalidade educativo e dialogar tais conhecimentos com outros

também importantes e necessários. A busca é identificar e colaborar para a

construção desse aluno como ser histórico, que terá consciência de seu papel

enquanto agente da história percebendo dessa forma o momento de interferir

nela, tanto como governante ou governado, representante ou representado.

Enfim, busca-se superar o paradigma da história eurocêntrica, para

concepção da história humanista mundial, sem supremacias quanto ao estudo

com visão de dominantes sobre dominados, e sim sobre o olho técnico quanto à

forma definida no momento de como o fato histórico será estudado, não em

relação a fundamentações de bases definidas, mas quanto ao referencial

histórico.

Diversidade Cultural

A dimensão cultural amplia possibilidades de explicação do passado e a

construção de novas interpretações históricas na escola. Amplia a abordagem da

História na escola, contribui com novas leituras e interpretações do passado e

valoriza diferentes fontes e métodos de pesquisa.

Por isso, não podemos deixar de citar a diversidade e pluralidade cultural

sem trabalhar a disciplina de história. Precisamos lembrar também que o Brasil é

rico em diferenças (étnicas, religiosa, cultural, política e psico-social) e

precisamos abordar os conteúdos valorizando o indivíduo e conscientizando-o de

sua importância na sociedade em que está inserido.

Educação do campo

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O que se percebe em relação à educação do campo é que ela é trabalhada a

partir de um currículo essencialmente urbano e, geralmente, deslocada das

necessidades e da realidade do campo. É urgente discutir a educação do campo,

uma vez que ela deve abordar conteúdos de extrema importância entre os

debates sobre diversificação de produtos, a utilização de recursos naturais, a

agroecologia, as sementes crioulas, a questão agrária, trabalhadores assalariados

rurais, a pesca ecologicamente sustentável, entre outros.

Portanto, valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos

com a comunidade, gerando um sentimento de pertencer ao lugar ao grupo

social. Precisamos criar uma identidade sócio-cultural que leva o aluno a

compreender o mundo e transformá-lo.

Cultura Afro-descendente

Povos europeus disputam terras pelo mundo em busca de novas

conquistas e riquezas.

Diante da nova conquista, surge a necessidade de mão de obra escrava,

tornando-se a base da economia na época, principalmente no Brasil.

Por isso torna-se necessário aumentar o conhecimento sobre as tradições

e os costumes oriundo da África, despertar a consciência crítica, frente ao grave

problema social advindo do preconceito racial e mudar os hábitos discriminatórios

ainda enraizados em nossa sociedade.

Faz-se necessário, portanto, resgatas as tradições culturais para que todos

conheçam sua origem, suas contribuições na sociedade local e brasileira e para

que possam sentir-se enfim valorizados.

História do Paraná

A história regional está vinculada à realidade do aluno e por esse motivo

faz-se necessário o estudo da História do Paraná.

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O Estado do Paraná por sua vez, apresenta um contexto histórico

riquíssimo em detalhes que devem ser conhecidos, explorados e estudados por

todos.

Cabe a nós, profissionais da educação, aproximar essa realidade ao aluno

para que o mesmo sinta-se como um contribuinte ativo da sociedade.

O ensino de História visa contribuir para a formação do indivíduo na

tomada de decisões diversas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o tempo,

avaliação de eventos passados e projeção de intenções para momentos

posteriores. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos ao tempo e à sua ação dentro

dele. Ao propiciar e mediar informações, idéias e conceitos históricos aos alunos,

o ensino de História permite que esses atribuam sentido ao tempo e à História de

forma mais coerente e significativa no mundo contemporâneo. Esses saberes

também possibilitam ao educando incorporar a cientificidade e a intersubjetividade

que afetam a construção do conhecimento histórico, bem como auxiliam a refletir

e discutir os saberes oriundos das diferentes instâncias sociais. A exposição

dessa lógica é fundamental para o aluno compreender esse princípio e perceber

que o conhecimento está em constante construção.

O ensino de história deve acontecer, portanto, para que cada ser, ao

conhecer os fatos históricos, suas concepções, possa agir no sentido de

transformar, a natureza e a si próprio, intervindo, melhorando, agindo de forma a

tornar-se um cidadão crítico, reflexivo, analítico, criativo. A história deve ser

trabalhada dentro de uma perspectiva dialética, preparando o aluno para

relacionar-se consigo mesmo, e com a sociedade e com o novo mundo do

trabalho, tecnologicamente mais avançado, em rápida e constante transformação.

À medida que esse sujeito é personagem da sociedade democrática, é

imprescindível que ele tenha uma formação teórica, técnica e humana para

assumir a condição de representante e de governante que contribui também para

uma condição consciente e atuante de representante e governado, na busca, da

melhor forma, de uma sociedade transformadora. Na concepção de sujeito

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histórico, o cidadão pode avaliar sobre sua ação na história, de modo a

determinar a melhor de interferir nela.

O ensino de história não se opõe ao conhecimento que o aluno traz, mas

deve adicionar crescentes graus de racionalidade e diálogo a esse conhecimento,

tendo por referencia o conhecimento científico. Mesmo numa concepção e prática

tradicional, a escola seja uma instituição que reproduz e simplifica o

conhecimento especifico – o escolar – apesar o ensino de história não se opõe ao

conhecimento que o aluno traz, mas de suas limitações à história visa contribuir

para a construção do conhecimento e respeito ao outro, à diversidade

estimulando o diálogo e ações colaborativas, na busca de construir um cidadão

que efetivamente se torne critico e analítico, na busca pela melhoria da sociedade

em que vive.

OBJETIVO GERAL

O estudo da história tem por objetivo desenvolver no aluno as capacidades

de analisar, relacionar, comparar, conceituar, representar, abstrair e generalizar,

como também hábitos de estudo, atenção, responsabilidade e cooperação.

Oportunizar aos estudantes formularem idéias históricas próprias e

expressá-las por meio de narrativas históricas, através do confronto metodológico

das interpretações historiográficas e de documentos históricos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS- Incentivar o aluno a analisar o período histórico, possibilitando fazer

relações com presente, passado e futuro;

- Visualizar no cenário mundial o nascimento e a ruptura de sistemas econômicos, sociais, políticos, religiosos e ideológicos;

- Oportunizar a compreensão dos processos de formação e

transformação das sociedades;

- Redimensionar o presente em processos contínuos e nas relações que

mantém com o passado.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES- A Construção do sujeito histórico;

- A produção do conhecimento histórico;

- Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.

- O mundo do trabalho em diferentes sociedades;

- O Estado nos mundos antigo e medieval;

- Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na Antigüidade:

mulheres, plebeus e escravos;

- Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,

mulheres, hereges e outros;

- Crise da sociedade contemporânea: a crise entre o mundo árabe e o

ocidental;

- Formação da sociedade colonial Brasileira;

- A construção do trabalho assalariado;

- Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no

contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e

estadunidense;

- O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais;

- Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo

(séc. XVIII e XIX);

- Os sujeitos, a revoltas e as guerras;

- O socialismo, a crise do socialismo real e a prevalência do domínio

Americano;

- Urbanização e industrialização;

- Desenvolvimento tecnológico e industrialização;

- Novas potências econômicas e suas consequências (papel da China, Índia e

Brasil);

- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;

- Cultura e religiosidade;

- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;

- O Estado Imperialista e sua crise;

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- O neocolonialismo;

- Urbanização e industrialização no Brasil;

- O trabalho na sociedade contemporânea;

- Relações de poder e violência no Estado;

- Urbanização e industrialização no Paraná;

- Urbanização e industrialização no século XIX;

- Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é

proibido proibir?;

- Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea e os impactos no meio

rural;

- O processo brasileiro de urbanização..

- Globalização e neoliberalismo.

- A crise do neoliberalismo

- Perspectiva da polaridade do Estado Americano.

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PLANEJAMENTO

DE

LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO MÉDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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DIMENSÃO HISTÓRICA DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as

leis, porém sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso

entre o que a lei propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, aí, os

processos de educação.

É na escola que o aluno, e mais especificamente o da escola pública,

deveria encontrar o espaço para as práticas de linguagem que lhe possibilitem

interagir na sociedade, nas mais diferentes circunstâncias de uso da língua, em

instâncias públicas e privadas. Nesse ambiente escolar, o estudante aprende a ter

voz e fazer uso da palavra, numa sociedade democrática, mas plena de conflitos

e tensões.

A democratização do ensino levou para a instituição escolar os integrantes

das classes menos favorecidas. A conseqüência foi à instalação do conflito entre

a linguagem ensinada na escola, que é a norma das classes privilegiadas, e a

linguagem das camadas populares.

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil

iniciou-se com a educação jesuítica. Nesse período, não havia uma educação

institucionalizada, partia-se de práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que

visavam manter os discursos hegemônicos da metrópole e da Igreja.

Evidenciava-se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o

acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que

os colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial. As primeiras práticas

pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinham acesso

a uma escolarização mais prolongada.

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às

escolas de ler e escrever, mantida pelos jesuítas. Nos cursos chamados

secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica, além do estudo de

grandes autores clássicos.

No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O

português era a língua das transações comerciais, dos documentos legais. A

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interação entre colonizados e colonizadores resultou na constituição da Língua

Geral (tupi-guarani). A partir do século XVIII essa situação de bilingüismo passou

a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que precisava manter a

colônia e, para isso, a unificação e padronização lingüística constituíram-se

fatores de relevância.

A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal

tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua

Geral. No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios e produzido

literatura em língua indígena, foram expulsos do Brasil.

A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por

mudanças estruturais. Toda a organização foi substituída por aulas régias

ministradas por profissionais de várias áreas (nomeados por indicação política ou

religiosa). Essas aulas atendiam a uma parcela reduzida da elite colonial que se

preparava para estudos posteriores na Europa.

Dentro dessas medidas, em 1772, foi criado o subsídio literário, um

imposto que insidia sobre a carne, o vinho e a cachaça, e que era direcionado

para a manutenção dos ensinos primário e secundário. A intenção era modernizar

a educação, tornando o ensino laico e colocando-o a serviço dos interesses da

Coroa Portuguesa. No entanto, a falta de infra-estrutura e de professores

especializados acabou por gerar uma lacuna, que as aulas régias tentaram

preencher. Além disso, a escolarização sofria interferência da educação clássica

e europeizaste. Tal situação permaneceu até 1808, com a vinda da família real ao

Brasil.

Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições

de ensino superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da

burocracia estatal que emergia. Essas instituições de ensino, portanto,

privilegiaram as camadas superiores da sociedade, as classes populares, que

precisavam do ensino primário para aprender a ler e escrever a língua portuguesa

continuaram negligenciadas.

Ainda no final do século XIX e com o advento da República, a preocupação

com a nascente industrialização influenciou a estrutura curricular. Houve, então, a

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necessidade de rever o acesso ao ensino para atender às necessidades da

industrialização.

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871,

data em que foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de

Português.

Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da

língua nacional.

A literatura veiculada na variedade brasileira da língua portuguesa foi

retomada, depois, pelos modernistas, os quais, em 1922, defendiam a

necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar o

falar brasileiro.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX.

No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa

não poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas

necessidades trazidas por esses alunos para o espaço escolar, dentre elas a

presença de registros lingüísticos e padrões culturais diferentes dos até então

admitidos na escola.

Nesse contexto, que foi também a consolidação da ditadura militar, a

pedagogia da formação de hábitos, memorização e reforço era adequada ao

contexto autoritário que cercava a reflexão e a crítica no ambiente escolar,

impondo uma formação acrítica e passiva.

A Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o

ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho.

Nessa visão de ensino, continua a valer a tese que privilegia o aluno

oriundo das classes letradas. O viés utilitário e pragmático do trabalho pedagógico

afastava o aluno vindo das classes menos favorecidas, da norma culta da língua

portuguesa.

A disciplina de Português passou a denominar-se, a partir da Lei n.

5692/71, no primeiro grau, Comunicação e Expressão e Comunicação em Língua

Portuguesa nas quatro últimas séries. Na década de 70, além disso, outras

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teorias a respeito da linguagem passaram a ser debatidas, entre elas: a

Sociolingüística, a Análise do Discurso, a Semântica e a Lingüística Textual.

Dessas teorias resultou o questionamento sobre a autoridade e a eficácia

das aulas de gramática no ensino.

As únicas inovações era o trabalho sistemático com a produção de texto e

a leitura entendida como um ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa

fundamentava-se, então em exercícios estruturais, técnicas de redação e

treinamento de habilidades de leitura.

Com relação à literatura, até meados do século XX a leitura do texto

literário, no ensino primário e ginasial, visava transmitir a norma culta da língua,

com base em exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos,

morais e cívicos.

Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau,

com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário, que

direcionava e limitava as leituras dos alunos. Ainda na década de 70, houve uma

tentativa de rompimento com essas práticas.

Com o movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um aumento

de cursos de pós-graduação para a formação de uma elite de professores e

pesquisadores. Ganham força às discussões sobre o currículo escolar e sobre o

papel da educação na transformação social, política e econômica da sociedade

brasileira.

Deve-se aos teóricos do Círculo de Bakhtin, o avanço dos estudos em

torno da natureza sociológica da linguagem.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, também

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção

interacionista levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e

escrita.

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na

Educação Básica brasileira as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua

Portuguesa requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino;

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seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos

professores na construção de alternativas.

Essas considerações resultaram, nas DCE, numa proposta que dá ênfase

à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva

e produtiva.

Para alcançar tal objetivo, é importante pensar sobre a metodologia. É

tarefa de a escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas

sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los

nas diversas esferas de interação.

Dessa forma, será possível a inserção de todos os que freqüentam a

escola pública em uma sociedade cheia de conflitos sociais, raciais, religiosos e

políticos de forma ativa, marcando assim, suas vozes no contexto em que

estiverem inseridos.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também

nas contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade. Convivemos com o índice crescente de analfabetismo

funcional, e os resultados das avaliações educacionais revelam baixo

desempenho do aluno em relação à compreensão dos textos que lê.

Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por

meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do

aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura,

oralidade e escrita.

O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é

instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é

direito para todos os cidadãos. Para que isto se concretize, o estudante precisa

conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a

norma culta.

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Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina

de língua, busca:

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos;

• Aprofundar a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade

estética;

• Aprimorar os conhecimentos lingüísticos.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na

alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no

período escolar, mas se estende por toda a vida.

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA.

No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto

maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais

possibilidades se tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões

de mundo.

Oralidade

Se a escola, constitucionalmente, é democrática e garante a socialização

do conhecimento, devem, então, acolher alguns independentemente de origem

quanto à variação lingüística de que dispõem para sua expressão e compreensão

do mundo.

O professor precisa ter clareza de que tanto à norma padrão quanto as

outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente

lógicas e bem estruturadas.

Escrita

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Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção

acontece determinam o texto. Além disso, cada gênero discursivo tem suas

peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam conforme se produza

um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou científico. Essas e

outras composições precisam circular na sala de aula em ações de uso, e não a

partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos. A possibilidade

da criação, no exercício desta prática, permite ao educando ampliar o próprio

conceito de gênero discursivo.

É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a

autoria do que escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer.

Leitura

Ao ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos

prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o

constituem.

No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de

singularização do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos

significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de vida.

Praticar a leitura em diferentes contextos requer que se compreendam as

esferas discursivas em que os textos são produzidos e circulam, bem como se

reconheçam as intenções e os interlocutores do discurso. É nessa dimensão

dialógica, discursiva que a leitura deve ser experienciada, desde a alfabetização.

Literatura

A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida

social.

A função psicológica permite ao homem a fuga da realidade, mergulhando

num mundo de fantasias, o que lhe possibilita momentos de reflexão, identificação

e catarse.

A função social, por sua vez, é a forma como a literatura retrata os diversos

segmentos da sociedade, é a representação social e humana.

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O ensino da literatura deve partir dos pressupostos teóricos da Estética da

Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam formar um leitor

capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de reconhecer, nas

aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se expressam pela

tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está presente na prática

de leitura. A escola, portanto, deve trabalhar a literatura em sua dimensão

estética.

O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na

recepção que ele significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação.

O texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos conforme o conhecimento de

mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças, os valores, etc., que o

leitor carrega consigo.

ANÁLISE LINGUÍSTICA E AS PRÁTICAS DISCURSIVAS

Os alunos trazem para a escola um conhecimento prático dos princípios da

linguagem, que assimilam pelas interações cotidianas e usam na observação das

regularidades, similaridades e diferenças dos elementos lingüísticos empregados

em seus discursos.

O trabalho de reflexão lingüística a ser realizado com esses alunos deve

voltar-se para a observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia,

sintaxe, semântica e estilística; variedades lingüísticas; as relações e diferenças

entre língua oral e língua escrita, querem no nível fonológico-ortográfico, quer no

nível textual e discursivo, visando à construção de conhecimentos sobre o

sistema lingüístico.

A prática de análise lingüística constitui um trabalho no qual o aluno

percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo

autor, tendo em vista o seu interlocutor.

Assim, o trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios

tradicionais e passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto,

como é organizado.

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Ressalta-se que os conhecimentos prévios e o grau de desenvolvimento

cognitivo e lingüístico dos alunos precisam ser considerados pelo professor na

seleção/escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados em sala de aula.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Entende-se por Conteúdo Estruturante o conjunto de saberes e

conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma

disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia-

a-dia da sala de aula.

Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem

como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o

Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso

como prática social.

A língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em uso,

serão considerados os gêneros discursivos que circulam socialmente, com

especial atenção àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.

Na abordagem de cada gênero, é preciso considerar o tema, a forma

composicional e o estilo.

As marcas lingüísticas também devem ser abordadas no trabalho com os

gêneros, para que o aluno compreenda os usos da língua e os sentidos

estabelecidos pela escolha de um ou de outro elemento lingüístico.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O aprimoramento lingüístico possibilitará ao aluno a leitura dos textos que

circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,

instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no

contexto de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e

singularidade discursiva.

Prática da Oralidade

As atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com

fluência em situações formais; adequar à linguagem conforme as circunstâncias;

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aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e

aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir.

O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,

gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade lingüística

padrão e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades

de trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos.

No que concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos

literários como Arte, os quais produzem oportunidade de considerar seus

estatutos, sua dimensão estética e suas forças políticas particulares.

O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Sugere-se que o

professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende com o gênero oral

escolhido, por exemplo: na proposição de um seminário, na participação em um

debate, na dramatização de um texto, ao narrar um fato (real ou fictício).

Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso em outras esferas

sociais, como: em programas televisivos, em programas radiofônicos, no discurso

do poder em suas diferentes instâncias: público, privado, enfim, nas mais diversas

realizações do discurso oral.

Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala

quanto da fala do outro, sobre:

• o conteúdo temático do texto oral;

• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos

gêneros usados em diferentes esferas sociais;

• a unidade de sentido do texto oral;

• os argumentos utilizados;

• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

• observância da relação entre os participantes para adequar o

discurso ao interlocutor;

• as marcas lingüístico-enunciativas do gênero oral selecionado para

estudo.

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A Prática da Escrita

O exercício da escrita leva em conta a relação entre o uso e o aprendizado

da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os

gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como

uma forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer,

vender, negar, instruir, etc.

É desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo

interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua

produção.

Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para

aprimorar a prática da escrita, como por exemplo: convite, bilhete, carta, cartaz,

notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultado de

pesquisa, resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema,

relatos de experiência, receitas. Destaca-se a importância de realizar atividades

com os gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de

discussão, dentre outros, experienciando usos efetivos da linguagem escrita na

esfera digital.

Na prática de planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos, o aluno

perceberá que reformulação da escrita não é motivo para constrangimento. O ato

de revisar e reformular é antes de tudo um processo que permite ao locutor refletir

sobre seus pontos de vista, sua criatividade, seu imaginário.

Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial

e aprimora sua competência de escrita, apreende as exigências dessa

manifestação lingüística e o seu sistema de organização próprio. Ao analisar seu

texto conforme as intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a

necessária autonomia para avaliá-lo.

Prática da Leitura

A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse

contexto, tem um papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-

produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita

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conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento lingüístico, nas suas

experiências e na sua vivência sócio-cultural.

No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-

verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens

digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo

cotidiano.

Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os

implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz.

Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de

leitura são mais restritas. Desse modo, para o encaminhamento da prática da

leitura, é preciso considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as

atividades.

Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de aula,

as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as

sugestões sobre textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada

vez mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos.

Literatura

A proposta de trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor

delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas:

• determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor;

• atendimento ao horizonte de expectativas;

• ruptura do horizonte de expectativas;

• questionamento do horizonte de expectativas;

• ampliação do horizonte de expectativas.

Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças

entre o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto

pela leitura, há a preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das

Escolas Literárias. Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o

aluno é o leitor, e como leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem

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traz vida ao que lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, lingüísticos, de

mundo. Assim, o docente deve partir da recepção dos alunos para, depois de

ouvi-los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos.

As aulas de Literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às

necessidades e contribuições dos alunos, de modo a incorporar suas idéias e as

relações discursivas por eles estabelecidas num contínuo texto-puxa-texto.

Análise Lingüística

A análise lingüística é uma prática didática complementar às práticas de

leitura, oralidade e escrita, fazem parte do letramento escolar. Essa prática abre

espaço para as atividades de reflexão dos recursos lingüísticos e seus efeitos de

sentido nos textos.

Partindo desse pressuposto, faz-se necessário deter-se um pouco nas

diferentes formas de entender as estruturas de uma língua e, conseqüentemente,

as gramáticas que procuram sistematizá-la.

Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o

texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos

funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a

importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também as

outras, como a descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no processo

de ensino de Língua Portuguesa.

Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise lingüística acontece por

meio das práticas de oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns

encaminhamentos:

Oralidade:

• as variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto

de uso;

• os procedimentos e as marcas lingüísticas típicas da conversação;

• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a

fala formal e a informal;

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• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e a

coerência do texto.

Leitura:

• as particularidades do texto em registro formal e informal;

• a repetição de palavras e o efeito produzido;

• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento;

• léxico;

• progressão referencial no texto;

• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das

vozes que falam no texto.

Escrita:

Através dos textos dos alunos o professor pode selecionar atividades que

reflitam e analisam os aspectos:

• discursivos;

• textuais;

• estruturais;

• normativos.

Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno

também pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar

hipóteses, questionar-se, ampliando sua capacidade lingüístico-discursiva em

atividades de uso da língua.

AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura sejam

um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao

desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Realizada geralmente ao final de um programa ou de um determinado

período, a avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer um

conceito. Em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a

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observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada

conteúdo e/ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e

processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta

dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Sob essa perspectiva, as Diretrizes recomendam:

• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto

aos diferentes interlocutores e situações. O aluno também deve se

posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive,

como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de

suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado

esperado.

• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam

para a compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações

dialógicas entre textos, relações de causa e conseqüência entre as

partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos

no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos

variados, a localização das informações tanto explícitas quanto

implícitas, o argumento principal, entre outros. O professor pode

propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades

que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo

de produção, nunca como produto final. No momento da refacção

textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto

foi alcançada, se há relação entre as partes do texto, se há

necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário

substituir parágrafos, idéias ou conectivos.

• Análise Lingüística: os elementos lingüísticos usados nos diferentes

gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e

contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos

no interior do texto.

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Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são

avaliados continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a

linguagem e reflete sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que

lhes permite o aperfeiçoamento lingüístico constante, o letramento.

Para que as propostas das Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa e

Literatura se efetivem na sala de aula, é imprescindível a participação pró-ativa do

professor, respeitando as diferenças e promovendo uma ação pedagógica de

qualidade a todos os alunos.

ANEXOS: CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para

cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio Regular

ou Integrado.

Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser

suprimidos nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros

conteúdos básicos na proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de

sua disciplina naquilo que a constitui como conhecimento especializado e

sistematizado.

Na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, o Conteúdo Estruturante é o

Discurso como prática social, a partir dele, advém os conteúdos básicos: os

gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas.

A tabela sugerida na DCEB de gêneros contempla uma diversidade de

esferas sociais, buscando atender a diferentes realidades. Os gêneros precisam

ser retomados em diferentes séries com um nível maior de complexidade. Para

selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar o objetivo

pretendido e o gênero. Destaca-se, ainda, que ao escolher um gênero nem

sempre todas as práticas serão abordadas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

− Oralidade:

− Coerência global;

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− Unidade temática de cada gênero oral;

− Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições

pronominais, sinônimos, etc.);

− Intencionalidade dos textos;

− As variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de

uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita;

− Adequação ao evento de fala: casual, espontâneo, profissional,

institucional, etc; (reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da

língua dados os ambientes discursivos);

− Elementos com posicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros

discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

− Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e a informal;

− Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;

− Participação e cooperação;

− Turnos de fala;

− Variedades de tipos e gêneros de discursos orais;

− Observância da relação entre os participantes (conhecidos,

desconhecidos, nível social, formação, etc.);

− Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos;

− Ampla variedade X modalidade única;

− Elementos extralingüísticos (gestos, entonação, pausas, representação

cênica) X sinais gráficos;

− Prosódia e entonação X sinais gráficos;

− Frases mais curtas X frases mais longas;

− Redundância X concisão;

− Materialidade fônica dos textos poéticos (entonação, ritmo, sintaxe do

verso); Apreciação das realizações estéticas próprias da literatura

improvisada, dos cantadores e repentistas;

− Leitura:

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− Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma

colaborativa: inferências, coerência de sentido, previsão, conhecimento

prévio, leitura de mundo, contextualização, expressão da subjetividade por

meio do diálogo e da interação;

− Intertextualidade;

− A análise do texto para a compreensão de maneira global e não

fragmentada (também é relevante propiciar ao aluno o contato com a

integralidade da obra literária);

− Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes

objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação,

produzir outros textos, revisar, etc;

− Construção de sentido do texto: Identificação do tema ou idéia central;

− Finalidade;

− Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes

no texto;

− Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

− Contato com gêneros das diversas esferas sociais, observando o conteúdo

veiculado, possíveis interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais

representados, intencionalidade e valor estético;

− Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da

enunciação e sua relevância na progressão textual;

− A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus

efeitos de sentido;

− Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

− Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto;

− Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos,

adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido;

− O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

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− Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

− A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

− Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e

sequênciação do texto;

− Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos

do texto, estilo com posicional e natureza do gênero discursivo;

− Análise dos efeitos de sentido dos recursos lingüístico-discursivos;

− Ampliação do repertório de leitura do aluno (textos que atendam e

ampliem seu horizonte de expectativas);

− Diálogo da Literatura com outras artes e outras áreas do conhecimento

(cinema, música, obras de Arte, Psicologia, Filosofia, Sociologia, etc);

− O contexto de produção da obra literária bem como o contexto de sua

leitura;

− Escrita:

− Unidade temática;

− Escrita como ação / interferência no mundo;

− Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado;

− Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão;

− Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação

pública, privada, cotidiana, solene, etc);

− Relevância do interlocutor na produção de texto;

− Utilização dos recursos coesivos (fatores de coesão: referencial,

recorrêncial e seqüencial);

− Importância dos aspectos coesivos, coerentes, situacionais, intencionais,

contextuais, intertextuais;

− Adequação do gênero proposto às estruturas mais ou menos estáveis;

− Elementos com posicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros

discursivos de uso em diferentes esferas sociais;

− Fonologia;

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− Morfologia;

− Sintaxe;

− Semântica;

− Estilística;

− Pontuação;

− Elementos de coesão e coerência;

− Marcadores de progressão textual;

− Operadores argumentativos;

− Função das conjunções, sequênciação, etc;

- Análise lingüística:

- Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutor (es);

- A função das conjunções na conexão de sentido do texto;

- Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido

provocados no texto;

- O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz (ou o uso das expressões modalizadoras, por exemplo,

felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente,

obrigatoriamente, etc.);

- Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto; Importância dos elementos de coesão e coerência na

construção do texto;

- Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

- A função do adjetivo, advérbio e de outras categorias como elementos

adjacentes aos núcleos nominais e predicativos;

- A função do advérbio: modificador e circunstanciador;

- O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da

intencionalidade do conteúdo textual;

- Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no

texto;

- A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

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- Recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhando, parênteses, etc;

- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequênciação do texto;

- Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo com posicional e natureza do gênero discursivo;

- A elipse na seqüência do texto;

- A representação do sujeito no texto (expresso/elíptico; determinado/

indeterminado; ativo/passivo) e a relação com as intenções do texto;

- O procedimento de concordância entre o verbo e a expressão sujeito da

frase;

- Os procedimentos de concordância entre o substantivo e seus termos

adjuntos;

- Figuras de linguagem e os efeitos e sentido (efeitos de humor, ironia,

ambigüidade, exagero, expressividade, etc);

- As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes

gêneros;

- As particularidades lingüísticas do texto literário;

- As variações lingüísticas e fala no mundo rural, as diferentes formas de expressão;

− Literatura:

- A literatura como expressão da sociedade;

- A literatura e o processo histórico;

- Processo de desenvolvimento literário no Brasil;

- Literatura Colonial;

- Literatura Nacional.

-

BIBLIOGRAFIA

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PLANEJAMENTO DE ENSINO

MATEMÁTICA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A matemática como ciência exata, faz parte da ciência humana. Permeia

todas as áreas do conhecimento, disponibilizando ao indivíduo o exercício de sua

capacidade cognitiva. Desenvolve, portanto, a capacidade de compreender o

mundo físico, social e cultural.

Em busca do equilíbrio para suprir suas necessidades cotidianas, é dever

habilitar o aluno para aprofundar conhecimentos anteriores, acrescentando

conceitos novos e desenvolver mecanismos para ele analisar, explicar, prever e

interferir, buscando competências para continuar aprendendo valores que

permitam o exercício pleno da cidadania.

A História da matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que

vieram a compor a matemática que se conhece hoje. Com objetos rudimentares

com pedras, gravetos e desenhos compunham uma linguagem matemática

demonstrada nas operações que realizavam.

Hoje vemos que o estudo da Educação Matemática, ainda encontra-se em

processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática

pedagógica da Matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o

ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático. Assim a finalidade da

Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da

própria Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, valores, atitudes de natureza diversa, visando a formação integral

do ser humano.

A Educação Matemática dá condições ao professor de Matemática para

desenvolver-se intelectual e profissionalmente, refletir sobre sua prática, além de

tornar-se uns educadores matemáticos e pesquisadores, que vivencia sua própria

formação continuada.

Um dos objetivos da disciplina Matemática é transpor, para a prática

docente, o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao

estudante ser um conhecedor desse objeto.

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Ao final do Ensino Médio o educando deverá ter adquirido o “domínio dosAo final do Ensino Médio o educando deverá ter adquirido o “domínio dos

princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna”, conformeprincípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna”, conforme

previsão na LDB.previsão na LDB.

A condução de um aprendizado com essas pretensões formativas mais doA condução de um aprendizado com essas pretensões formativas mais do

que o conhecimento científico e pedagógico acumulado nas didáticas específicasque o conhecimento científico e pedagógico acumulado nas didáticas específicas

da área, depende do conjunto de práticas bem como de novas diretrizesda área, depende do conjunto de práticas bem como de novas diretrizes

estabelecidas no âmbito escolar, ou seja, de uma compreensão amplamenteestabelecidas no âmbito escolar, ou seja, de uma compreensão amplamente

partilhada no sentido do processo educativo.partilhada no sentido do processo educativo.

Para que esse processo se efetive deve-se tratar como conteúdo doPara que esse processo se efetive deve-se tratar como conteúdo do

aprendizado matemático, científico e tecnológico, elementos de domínio vivencialaprendizado matemático, científico e tecnológico, elementos de domínio vivencial

dos educandos, da escola e da comunidade imediata, sem delimitar o alcance dodos educandos, da escola e da comunidade imediata, sem delimitar o alcance do

conteúdo tratado, mas dar significado ao aprendizado, desde seu início,conteúdo tratado, mas dar significado ao aprendizado, desde seu início,

garantindo um diálogo efetivo.garantindo um diálogo efetivo.

Neste sentido a escola deve ser capaz de propiciar condições para que oNeste sentido a escola deve ser capaz de propiciar condições para que o

aluno, nela inserido, possa compreender os mecanismos e interesses quealuno, nela inserido, possa compreender os mecanismos e interesses que

permeiam estas ciências.permeiam estas ciências.

A visão fragmentada de ciência não atende um mundo globalmenteA visão fragmentada de ciência não atende um mundo globalmente

interligado, no qual fenômenos biológicos, psicológicos, químicos, físicos, sãointerligado, no qual fenômenos biológicos, psicológicos, químicos, físicos, são

todos interdependentes e que as pesquisas realizadas nestes campos e utilizadastodos interdependentes e que as pesquisas realizadas nestes campos e utilizadas

nas criações tecnológicas, devem vir de encontro à preservação do meio, àsnas criações tecnológicas, devem vir de encontro à preservação do meio, às

condições sociais satisfatórias e à realização do próprio indivíduo, num processocondições sociais satisfatórias e à realização do próprio indivíduo, num processo

de respeito do homem com a natureza.de respeito do homem com a natureza.

Cabe, portanto ao Ensino Médio e aos professores estabelecerCabe, portanto ao Ensino Médio e aos professores estabelecer

mecanismos para que tal processo se efetive para que a prática da cidadaniamecanismos para que tal processo se efetive para que a prática da cidadania

tendo como estruturas básicas à ética, a estética e a sensibilidade, contribuamtendo como estruturas básicas à ética, a estética e a sensibilidade, contribuam

para a formação e humanização do educando e não só o tecnicismo.para a formação e humanização do educando e não só o tecnicismo.

A Matemática do Ensino Médio deve ser democratizada para dar suaA Matemática do Ensino Médio deve ser democratizada para dar sua

contribuição na formação do cidadão e para isso no ensino-aprendizagem serãocontribuição na formação do cidadão e para isso no ensino-aprendizagem serão

desenvolvidas metodologias que enfatizam a resolução de problemas, adesenvolvidas metodologias que enfatizam a resolução de problemas, a

comprovação de resultados, a justificativa, a argumentação, a criatividade, acomprovação de resultados, a justificativa, a argumentação, a criatividade, a

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iniciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança nainiciativa pessoal, o trabalho coletivo e a autonomia advinda da confiança na

própria capacidade para enfrentar desafios. própria capacidade para enfrentar desafios.

As ações pedagógicas desta área serão relacionadas de maneira queAs ações pedagógicas desta área serão relacionadas de maneira que

propiciem ao educando a inserção social, valorizando a ética, a formação depropiciem ao educando a inserção social, valorizando a ética, a formação de

atitudes, a solidariedade, o sentido de liberdade com responsabilidade e vontadeatitudes, a solidariedade, o sentido de liberdade com responsabilidade e vontade

de divulgar o próprio pensamento com eficiência e igualdade nas condições dede divulgar o próprio pensamento com eficiência e igualdade nas condições de

argumentação.argumentação.

O planejamento das atividades pedagógicas deve partir da análise eO planejamento das atividades pedagógicas deve partir da análise e

reflexão do corpo docente, sem perder de vista as necessidades e a realidade doreflexão do corpo docente, sem perder de vista as necessidades e a realidade do

educando. As características deste é que devem nortear as metodologias e oseducando. As características deste é que devem nortear as metodologias e os

conteúdos a serem desenvolvidos.conteúdos a serem desenvolvidos.

As ações pedagógicas devem proporcionar a integração de todas as áreasAs ações pedagógicas devem proporcionar a integração de todas as áreas

do conhecimento sem que os conteúdos sejam trabalhados isoladamente comodo conhecimento sem que os conteúdos sejam trabalhados isoladamente como

se as informações ou caminhos, onde nenhum ponto é privilegiado em relação aose as informações ou caminhos, onde nenhum ponto é privilegiado em relação ao

outro, nem subordinado, de forma única a qualquer um, nem devem ser vistosoutro, nem subordinado, de forma única a qualquer um, nem devem ser vistos

como únicos, levando-se em conta sua relevância e contribuição para ocomo únicos, levando-se em conta sua relevância e contribuição para o

desenvolvimento integral.desenvolvimento integral.

Sendo um compromisso o acesso ao saber historicamente acumulado, é

de instrumento indispensável à formação e oportunizar a aprendizagem,

propiciando o desenvolvimento e realização de temas que podem ser

desenvolvidos referentes ao nosso Estado do Paraná (lei nº 13.381/01), História e

Cultura Afro (Lei nº 10.639/03), Meio Ambiente (Lei nº 9.795/95) entre outros

fenômenos sociais e culturais, que possibilitem aos educandos usufruírem dessas

manifestações universais no processo de aquisição de conhecimento. Assim,

trabalhando de forma diversificada utilizando metodologias e diversos recursos

materiais, respeitando o ritmo de cada educando e seus procedimentos,

construiremos um sistema educacional justo e democrático, investindo na plena

realização humana.

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OBJETIVO GERAL

O estudo da matemática no ensino médio tem por objetivo desenvolver no

aluno as capacidades de analisar, relacionar, comparar, conceituar, representar,

abstrair e generalizar, como também hábitos de estudo, atenção,

responsabilidade e cooperação.

Ao estudar a matemática, o aluno deverá ter a possibilidade de:

Adquirir conhecimentos básicos para que possa fazer uma

perfeita integração com o meio em que vive;

Desenvolver os conhecimentos matemáticos que já possui,

aproveitando a bagagem cultural já adquirida;

Dominar os conceitos matemáticos necessários ao estudo das demais disciplinas do ensino médio, como Física, Química e Biologia;

Aplicar os conhecimentos aqui adquiridos em estudos posteriores, bem como em sua vida pessoal e profissional.

OBJETIVOS ESPECÍFICOSI – Demonstrar domínio da linguagem matemática:I – Demonstrar domínio da linguagem matemática:

-- Desenvolver a capacidade de comunicação, pela leitura,Desenvolver a capacidade de comunicação, pela leitura,

interpretação e utilização de textos, tabelas, gráficos e expressõesinterpretação e utilização de textos, tabelas, gráficos e expressões

matemáticas.matemáticas.

II – Investigação e compreensão:II – Investigação e compreensão:

-- Identificar o problema (compreender enunciados, formularIdentificar o problema (compreender enunciados, formular

questões).questões).

-- Procurar, selecionar e interpretar informações relativas aoProcurar, selecionar e interpretar informações relativas ao

problema;problema;

-- Formular hipóteses e prever resultados;Formular hipóteses e prever resultados;

-- Interpretar e criticar resultados dentro do contexto daInterpretar e criticar resultados dentro do contexto da

situação;situação;

-- Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos;Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos;

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-- Fazer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo aFazer e validar conjecturas, experimentando, recorrendo a

modelos, esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades;modelos, esboços, fatos conhecidos, relações e propriedades;

-- Discutir idéias e produzir argumentos convincentes.Discutir idéias e produzir argumentos convincentes.

III – Percepção sócio-cultural e histórica:III – Percepção sócio-cultural e histórica:

-- Desenvolver a capacidade de utilizar a matemática naDesenvolver a capacidade de utilizar a matemática na

interpretação e intervenção no real;interpretação e intervenção no real;

-- Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situaçõesAplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações

reais e outras áreas do conhecimento;reais e outras áreas do conhecimento;

-- Relacionar etapas da matemática com a evolução daRelacionar etapas da matemática com a evolução da

humanidade;humanidade;

-- Utilizar adequadamente as calculadoras e os computadores,Utilizar adequadamente as calculadoras e os computadores,

conhecendo as suas potencialidades e limitações;conhecendo as suas potencialidades e limitações;

- Utilizar corretamente instrumentos de medição e de desenho.

METODOLOGIANa busca de um aprendizado ativo e interativo utilizam-se váriasNa busca de um aprendizado ativo e interativo utilizam-se várias

estratégias, onde o diálogo deve ser constante e efetivo: o aluno é instigado aestratégias, onde o diálogo deve ser constante e efetivo: o aluno é instigado a

participar e questionar, valorizando-se as atividades coletivas que propiciem aparticipar e questionar, valorizando-se as atividades coletivas que propiciem a

discussão e a elaboração conjunta de idéias.discussão e a elaboração conjunta de idéias.

Tendo como ponto de partida o universo vivencial comum entre professor eTendo como ponto de partida o universo vivencial comum entre professor e

alunos, que sejam eles vindouros da vivencia ou da mídia escrita ou falada, oalunos, que sejam eles vindouros da vivencia ou da mídia escrita ou falada, o

aprendizado torna-se significativo, fazendo uso de conhecimentos práticos, deaprendizado torna-se significativo, fazendo uso de conhecimentos práticos, de

caráter interdisciplinar.caráter interdisciplinar.

As aulas expositivas são utilizadas como um momento de diálogo, deAs aulas expositivas são utilizadas como um momento de diálogo, de

exercício da criatividade e de trabalho coletivo para a elaboração doexercício da criatividade e de trabalho coletivo para a elaboração do

conhecimento. Com o uso de vários recursos didáticos como livros didáticos,conhecimento. Com o uso de vários recursos didáticos como livros didáticos,

programas de computador, televisor multimeios, Paraná Digital entre outros, comoprogramas de computador, televisor multimeios, Paraná Digital entre outros, como

material de apoio.material de apoio.

Com todos os recursos disponíveis, procuramos fazer com que os alunosCom todos os recursos disponíveis, procuramos fazer com que os alunos

ampliem sua autonomia e capacidade de comunicação e argumentação, aampliem sua autonomia e capacidade de comunicação e argumentação, a

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resolução de problemas é uma estratégia onde o aluno aprende a consultar,resolução de problemas é uma estratégia onde o aluno aprende a consultar,

experimentar, organizar dados e sistematizar resultados.experimentar, organizar dados e sistematizar resultados.

Aspectos da história da matemática são abordados procurando nãoAspectos da história da matemática são abordados procurando não

somente ilustrar o desenvolvimento e a evolução dos conceitos estudados, massomente ilustrar o desenvolvimento e a evolução dos conceitos estudados, mas

também atingindo questões de origem social como a cultura Afro, Indígena, dotambém atingindo questões de origem social como a cultura Afro, Indígena, do

campo e do meio ambiente.campo e do meio ambiente.

Estamos convictos de que o papel do professor de matemática deve ser oEstamos convictos de que o papel do professor de matemática deve ser o

de líder-mediador entre o aluno (que traz conhecimentos não sistematizados,de líder-mediador entre o aluno (que traz conhecimentos não sistematizados,

vinculados à realidade) e o conhecimento da matemática como ciência (conteúdovinculados à realidade) e o conhecimento da matemática como ciência (conteúdo

e processos sistematizados).e processos sistematizados).

A seleção de conteúdos a serem trabalhados pode-se dar perspectiva mais

ampla e articulando conhecimento das diversas culturas (afro, indígena, campo) e

procurar identificá-los como formas culturais diferentes, cuja assimilação é

essencial para que produza novos conhecimentos, assim devendo retorná-los

sempre que necessário. Dessa forma, pode-se considerar que os conteúdos

envolvem explicações, formas de raciocínio, linguagens, valores, sentimentos,

interesse e condutas.

A postura metodológica permite a apropriação de um conhecimento em

Matemática mediante as configurações curriculares, que promove a organização

de um trabalho escolar, que se inspire e se expresse em articulações entre os

conteúdos específicos pertencentes a conteúdos estruturantes diferentes, de

forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas,

partindo do enriquecimento e das construções de novas relações culturais,

sociais, econômicas, morais, etc.

RECURSOS DIDÁTICOS

A organização dos recursos didáticos e os devidos procedimentos que

garantam a efetivação da aprendizagem dos conteúdos poderão ser ampliados

por meio de apresentação de trabalhos, debates, experimentos, aulas no

laboratório de informática, aulas expositivas utilizando a TV Pendrive, seminários

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e palestras da TV escola e TV Paulo Freire, exercícios no quadro negro,

confecção de livretos e cartazes.

- CONTEÚDO ESTRUTURANTES;

Números e Álgebra, Geometrias, Funções e Tratamento de Informação, e as

relações existentes entre os campos de estudo da disciplina de Matemática.

Noções de desenho técnico:

- Conjunto de números reais e noções de números complexos;

- Matrizes;

- Determinantes;

- Sistemas Lineares;

- Polinômios;

- Função afim;

- Função quadrática;

- Função exponencial;

- Função logarítmica;

- Função trigonométrica;

- Função modular;

- Progressão Aritmética;

- Progressão Geométrica;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Noções Básicas de geometria não-euclidiana;

- Análise Combinatória;

- Binômio de Newton;

- Probabilidades;

- Estatística;

− Matemática Financeira:

− Grandezas e Proporcionais;

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− Juros e descontos simples;

− Juros e descontos compostos;

− Câmbio;

− Razão e proporção;

− Regra de três simples e composta;

− Porcentagem;

− Noções de estatística:

− População e amostra;

− Medidas de posição e dispersão;

− Noções de delineamento experimental;

− Noções de desenho técnico;

− Normas Brasileiras aplicadas ao desenho técnico;

− Projeções Ortogonais;

− Cortes e representações ortogonais;

− Instrumental;

− Escalas, linhas e cotas;

− Perspectiva (vista);

− Dimensões e notações;

− Gabaritos;

− Estudo de Lay – out;

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar em conta o caminho percorrido pelo aluno para

chegar aos resultados, mesmo que estes não estejam corretos.

O processo avaliativo deve oportunizar ao aluno o desenvolvimento de seu

raciocínio lógico e uma ampliação de suas idéias e conceitos.

A avaliação deve observar o processo de construção do conhecimento

utilizado pelo aluno, os erros devem ser observados para analisar o caminho

trilhado pelo aluno.

A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem. Deve ser

feita de diversas formas, utilizando métodos variados (provas, trabalhos,

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exercícios, etc.). Entretanto, deve-se garantir que realmente haja uma apropriação

de conteúdos, por parte do aluno, privilegiando as relações entre os vários eixos:

números, operações, medidas e geometria.

A avaliação assume um caráter formativo, favorecedor do progresso

pessoal e da autonomia do aluno, integrada ao processo de ensino-

aprendizagem, para permitir ao aluno consciência de seu próprio caminhar em

relação ao conhecimento e ao professor controlar e melhorar suas práticas.

O progresso do aluno será avaliado, abrangendo os domínios dos

conceitos, das capacidades e das atitudes.

O processo avaliativo terá características que permitam ao professor obter

informações sobre:

• Conhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos;

• A capacidade para aplicar os conhecimentos na resolução de

problemas do cotidiano, de matemática e de outras disciplinas;

• A capacidade para utilizar a linguagem matemática para comunicar

idéias;

• As habilidades de pensamento como analisar, generalizar, inferir e

fracionar;

• A atitude em relação à matemática, em particular a sua confiança

em fazer matemática, a perseverança e o cuidado na realização das

tarefas e a cooperação nos trabalhos em grupo.

Avaliação, segundo a concepção de Educação Matemática adotada, tem o

papel de mediação no processo de ensino, aprendizagem, ou seja, ensino,

aprendizagem e avaliação devem ser vistos integrados na prática docente.

BIBLIOGRAFIA

ANDRINI, Álvaro. Praticando a matemática. 1. ed. São Paulo: Editora do Brasil,

2002.

BIANCHINI, Edwaldo. Matemática. 1. ed. São Paulo: Editora Moderna, 2002.

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GIOVANNI, José Ruy. A conquista da matemática: a + nova. São Paulo: FDT,

2002.

LONGEN, Adilson. Matemática. Curitiba: Positivo, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de

Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba:

SEED/DEPG, 1992.

GOVERNO DO PARANÁ-SEED. Diretrizes Curriculares de Matemática para o

Ensino Fundamental e Médio. Versão Preliminar. Julho/2006.

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PLANEJAMENTO

QUÍMICA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Das características do ser humano, duas se sobressaem: a curiosidade

e a necessidade em descobrir como funciona a natureza. Diante disso utiliza-

se o recurso da observação, no entanto, não é suficiente apenas esse método

para se chegar a uma conclusão correta sobre determinado objeto de estudo e

então o ser humano recorre à investigação e à representação dos fenômenos

naturais. A interpretação lógica dos resultados de pesquisas e experimentos

tem sido um dos pilares do conhecimento científico.

A química , desde os mais remotos tempos, já foi praticada como

técnica antes de ser reconhecida como ciência. Os alquimistas da Idade

Média foram os herdeiros dos conhecimentos antigos, mas foi preciso esperar

o século XVII e, sobretudo o século XVIII para se ver o advento da química

moderna.

O químico se interessa por aquelas interações entre objetos que dependem da

própria matéria que os constitui.

O químico moderno pode trabalhar com máquinas e instrumentos

extremamente avançados, que permitem o manuseio de átomos, como

acontece nas pesquisas em nanotecnologia.

A Química é um dos vários instrumentos que interligam as pessoas com

tudo aquilo que está ocorrendo no mundo neste exato momento.

O químico trabalha em equipe, com cientistas de várias outras áreas,

tais como biólogos, médicos, engenheiros, ecologistas, geógrafos e

historiadores, pois hoje praticamente não há limites para as interligações entre

as várias ciências.

OBJETIVOS GERAIS

Dar ao aluno perceber que Química não tem relação com magia,

tornando clara a interdependência entre teoria e prática: mostrar ao aluno que,

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em muitas ocasiões, os conteúdos da disciplina estão ligados à sua vivência

cotidiana.

Dar oportunidade ao aluno de tornar-se “cientista”, como estilo de vida,

independente da profissão que venha a exercer futuramente, isto é, ajudá-lo a

desenvolver as seguintes características:

- Ter conhecimento geral da matéria, um conhecimento que lhe dê

suporte para ir além, diante de qualquer necessidade que apareça.

- Ter visão crítica do mundo e da sociedade para a qual vai trabalhar,

sobretudo com formação ética.

- Tomar o gosto pela pesquisa. E para isso levar ao aluno temas

desafiadores, curiosos.

- Possibilitar ao aluno que vivencie alguns aspectos pertinentes a

educação ambiental, não só no que tange ao viés ecológico, mas também no

que diz respeito à melhora de sua qualidade de vida, à convivência em

sociedade, à reafirmação de valores (atualmente deixados em segundo

plano), enfim dar-lhe alguma noção de ética e responsabilidade para com sua

própria vida e a de seus semelhantes.

METODOLOGIA

Aulas expositivas dialogadas;

trabalhos em grupo, realizados em sala de aula;

utilização de material áudio visual, quando se tratar de filme com tema

pertinente ao atendimento de objetivos da disciplina;

realização de exercícios, em sala de aula, sob orientação do (a) professor (a);

trabalhos de pesquisa, utilizando literatura específica, livros didáticos,

Internet, entrevistas e/ ou palestras com profissionais locais e das redondezas;

eventual exposição dos trabalhos realizados.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Matéria e energia

*Mistura, substâncias simples e compostas

*Modelos atômicos

*Elementos químicos, número atômico e massa atômica

(isotopia, isobaria, isotonia)

*Configuração eletrônica

*Classificação periódica moderna

*Propriedades periódicas e aperiódicas

Ligações químicas

*Iônica

*Covalente

*Metálica

*Polaridade das ligações

*Polaridade das moléculas

*Número de oxidação

Funções inorgânicas (noções gerais)

*Ácidos

*Bases

*Sais

*Óxidos

*Cálculo do nox

*Nomenclatura de ácidos, bases, sais e óxidos inorgânicos

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Reações químicas

*Tipos de reações

*Equação química

*Balanceamento de equações químicas

Mol

Misturas

*Misturas heterogêneas

*Misturas homogêneas/soluções

*Concentrações das soluções

(comum, molar, molal, normal, etc.)

Estudo dos gases

*As transformações gasosas e suas leis

Química Orgânica

*O átomo de carbono (estudo)

*Funções orgânicas

*Grupos funcionais

Estudo das funções orgânicas

*Hidrocarbonetos

*Álcoois

*Fenóis

*Éteres

*Aldeídos

*Cetonas

*Ácidos carboxílicos

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*Ésteres

*Aminas

*Amidas

*Haletos orgânicos

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob as

condicionantes do diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre por meio

de interações recíprocas no dia a dia , no transcorrer da própria aula e não

apenas de modo pontual, portanto sujeita a alterações no seu desenvolvimento.

Provas discursivas;

provas objetivas;

trabalhos em grupo;

trabalhos de pesquisa.

A recuperação de conteúdos será feita paralelamente ao desenvolvimento

dos mesmos.

OBS.: A postura do professor frente às turmas tanto quanto o

desenvolvimento dos alunos serão avaliados constantemente, no decorrer de

cada bimestre, através do aumento do conhecimento dos alunos, a ser

demonstrado nos resultados das avaliações supracitadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LEMBO, A. Química: realidade e contexto. São Paulo: ÁTICA, 1999, volumes 1,

2 e 3.

Química / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.

USBERCO, J. e SALVADOR, E. Química.2.ed. São Paulo: SARAIVA, 1996,

volumes 1, 2 e 3.

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GOVERNO DO PARANÁ – SEED. Diretrizes Curriculares de Química para o

Ensino Fundamental e Médio. Julho/2006

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PLANEJAMENTO

SOCIOLOGIA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A sociologia, desde a sua constituição como conhecimento sistematizado,

tem contribuído para ampliação do conhecimento dos homens sobre sua própria

condição de vida e fundamentalmente para a análise das sociedades, ao compor,

consolidar e alargar um saber especializado pautado em teorias e pesquisas que

esclarecem muitos dos problemas da vida social.

Seu objetivo é o conhecimento e a explicação da sociedade através da

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em

grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes

grupos, bem como a compreensão das conseqüências dessas relações para

indivíduos e coletividades. Como saber “científico” afirmou-se no contexto do

desenvolvimento e consolidação do capitalismo, sendo assim, traz a

especificidade de simultaneamente “fazer parte” e “procurar explicar” a sociedade

capitalista como forma de organização social. Contudo, não existe uma única

forma de explicação sociológica da realidade e as explicações dependem de

posicionamentos (políticos) diferenciados, o que confirma o princípio de que não

existe neutralidade científica, ao menos nas análises do social.

Sendo assim, a sociologia, no presente, tem o papel histórico que vai muito

além da leitura e explicações teóricas da sociedade. É tarefa primordial do

conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e

contextualizadas, desconstruindo pré-noções e pré-conceitos que quase sempre

dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas

direcionadas à transformação social, bem como é tarefa inadiável da escola e da

sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas

sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas relações

sociais.

Diante disso pode-se dizer que a sociologia deve oportunizar a ampliação

da compreensão da vida cotidiana, da visão de mundo e do horizonte de

expectativas nas relações com os diversos grupos sociais, valorizando o aprender

a aprender, o aprender a ser e o aprender a conviver. Desta forma o aluno deverá

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se perceber como cidadão, dotado de capacidade de interpretar e interferir nos

rumos da sociedade atual.

OBJETIVO GERAL

Estimular o interesse e a curiosidade pela análise objetivada sociedade,

despertando, assim, a consciência crítica sobre os fenômenos sociais que

permeiam as relações humanas nos diversos níveis.

METODOLOGIA

Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e

conseqüentemente a agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo

numa atitude ativa e participativa. O ensino de sociologia pressupõe metodologias

que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado e onde ele seja

constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever

conhecimentos e a reconstruir novos saberes.

No ensino de sociologia é fundamental a utilização de múltiplos

instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos propostos,

buscando sempre a problematização, para construir o conhecimento a partir da

prática do aluno, do cotidiano de comunidade na qual está inserido.

Em sociologia mais que informar, pretende-se um ensino comprometido

com o desenvolvimento das capacidades de observar, comparar, analisar, refletir,

argumentar, explicar, pesquisar, interpretar, experimentar e descrever. Para tanto

nas aulas de sociologia serão utilizados a exposição, a leitura e esclarecimento do

significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), a

análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliográfica, seminários, debates,

trabalhos em grupos, e o uso de recursos áudios-visuais, especialmente em

vídeos e filmes, visando sempre ajudar os alunos a compreender mais bem

determinada teoria ou conceito, além de ajudá-los a desenvolver o raciocínio

sociológico.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

− Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

− Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber;

− O desenvolvimento da sociologia no Brasil;

− Processo de Socialização;

− Instituições sociais: familiares; escolares; religiosas;

− Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc);

− Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

− Diversidade cultural;

− Identidade;

− Indústria cultural;

− Meios de comunicação de massa;

− Sociedade de consumo;

− Indústria cultural no Brasil;

− Questões de gênero;

− Cultura afrobrasileira e africana;

− Culturas indígenas;

− O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

− Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;

− Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

− Globalização e neoliberalismo;

− Relações de trabalho;

− Trabalho no Brasil;

− Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

− Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

− Estado no Brasil;

− Conceitos de poder;

− Conceitos de ideologia;

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− Conceitos de dominação e legitimidade;

− As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

− Direitos: civis, políticos e sociais;

− Direitos humanos;

− Conceito de cidadania;

− Movimentos sociais;

− Movimentos Sociais no Brasil;

− A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

− A questão das ONGs.;

− Mudanças nos padrões de sociabilidade provocados pela globalização

(desemprego, subemprego, cooperativismo, agronegócios, produtividade,

capital humano, reforma trabalhista);

− Organização Internacional do Trabalho;

− Neoliberalismo;

− Relações de Mercado, avanço científico e tecnológico e os novos modelos de

sociabilidade;

− Elementos de sociologia rural e urbana: relações sociais no campo e nas

cidades, novas organizações familiares, territórios marginais: estigma,

preconceito, exclusão, organizações sociais do campo, conflitos, movimentos,

padrões de dominação e violência.

BIBLIOGRAFIA

ANTUNES, R.(Org.). A dialética do trabalho: Escritos de Marx e Engels. São

Paulo: Expressão Popular, 2004.

AZEVEDO, F. Princípios de sociologia: pequena introdução ao estudo da

sociologia geral. 11. ed. São Paulo: Duas Cidades,1973.

BOBBIO,N. A teoria das formas de governo. 4.ed. Brasília: Unb,1985.

CARDOSO, F.H., O modelo político brasileiro. Rio Janeiro: Dofel, 1977

DURKHEIM,E. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

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ENGELS,F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira,1978.

FERNANDES, F. , Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio Janeiro.

Zahar, 1968

GORZ, A., Crítica da divisão do trabalho. Tradução de Estela dos Santos

Abreu. São Paulo: Martins Fontes, 1980.

LOWY, M., Ideologia e ciência social. São Paulo: Cortez, 1985.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,200.

SANTOS, B de S., Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez. 1999.

______________., A crítica da razão indolente. São Paulo: Cortez, 2002.

POCHMANN, M. O emprego na globalização. São Paulo: Boitempo,2002

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PLANEJAMENTO

DE

LÍNGUA INGLESA

ENSINO MÉDIO PROFISSIONAL

LAPA2010

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O conhecimento em Língua Estrangeira Moderna conforme a LDB,

recupera a importância que durante muito tempo lhe foi negada, ela adquire a

configuração de disciplina como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da

formação do indivíduo.

Há um conjunto de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante

aproximar-se de várias culturas, e, consequentemente, propiciam sua integração

com o mundo globalizado.

A inserção em uma grande área-linguagem e códigos, a Língua Estrangeira

Moderna assume a sua função intrínseca que, durante muito tempo, esteve

camuflada, a de ser veículo fundamental na comunicação entre os homens. Pelo

seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, ela funciona como

meio para se ter acesso ao conhecimento e, portanto, as diferentes formas de

pensar, de criar, de sentir, de agir e de conhecer a realidade (Murrie, 1998 pp4-5)

o que propicia ao indivíduo uma formação mais abrangente e ao mesmo tempo,

mais sólida.

É fundamental conferir ao ensino escolar de Língua Estrangeira um caráter

que, além de capacitar o aluno, leve-o a compreender e produzir enunciados

corretos no novo idioma, com a possibilidade de atingir um nível de competência

lingüística capaz de permitir-lhe o acesso a informações de vários tipos, ao

mesmo tempo em que contribua para sua formação geral enquanto cidadão.

É imprescindível restituir ao Ensino Fundamental e Médio, o seu papel de

formador. Para tanto é preciso reconsiderar, de maneira geral, a concepção de

Ensino e, em particular, a de Ensino da Língua Estrangeira Moderna.

O conteúdo de Língua Inglesa aqui apresentada tem como intuito oferecer

ao aluno uma opção de gramática inglesa, de todo o modo, bastante prático e

fácil, está dividido em unidades didáticas sempre em formas de textos atuais,

exercícios de fixação, conversação e trechos curtos, elaboração de frases curtas,

proporcionando ao aluno conhecer também nomes sem tradução de produtos

agropecuários, levando o aluno a dar resposta rápida do que aprendeu como

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também oferecer- lhe questões de vestibular para que possam inteirar- se do

próximo passo depois do Ensino Médio Técnico.

Os alunos carregam pouca bagagem quando terminam seus estudos, é por

isso que propõe-se um trabalho mais demorado com textos em Inglês, para que

ao menos saiba ler com sucesso, sabendo reconhecer, por exemplo, informações

essenciais de um artigo curto de jornal, de uma publicidade, de uma página de

instrução de um produto importado, etc. Para isso é fundamental que o aluno

tenha diante de si, diferentes textos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Aprendizagem de uma Língua Estrangeira, junto com o Português, é um

direito de todo cidadão, conforme expresso na Lei de Diretrizes e Bases e na

Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos, publicado pelo Centro

Internacional Escarre para Minorias Éticas e Nações (Ciemen) e pelo PEN- Clube

Internacional a Língua Estrangeira é uma possibilidade de aumentar a percepção

do aluno como ser humano e como cidadão.

Nessa proposta, tenta-se colocar os pontos que parecem essenciais no

ensino de Língua Estrangeira, para que possa se tornar base real de

conhecimento para o aluno e não uma prática inútil de algumas frases num outro

idioma.

O Inglês é um idioma de fundamental importância no mundo globalizado de

hoje, um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos, no

comércio mundial, no turismo, na tecnologia. Por isso é de suma importância

conhecer a Língua Inglesa para não se sentir isolado no mundo globalizado de

hoje.

OBJETIVOS GERAIS:

Ampliar o universo de conhecimento do aluno, a fim de facilitar sua

interação com o seu meio e com o mundo, e desta forma conhecer as identidades

dos outros e preservar a sua.

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Criar possibilidades de tornar o aluno interculturalmente competente, isto é,

capaz de refletir sobre a sua própria cultura e a do outro.

Reconhecer que o aprendizado de uma ou mais Línguas lhe possibilita o

acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo.

Utilizar outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em

situações diversas, ou seja, passiveis de transformações sociais.

Perceber o papel da linguagem na sociedade como possibilidade de

acesso à informação, de conhecer e expressar modos de entender o mundo,

como forma de construir significados.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para aumentar o conhecimento do aluno em Língua Inglesa, trabalhar-se-á

mais demoradamente com textos, diálogos, para que eles saibam enfrentar uma

situação de leitura com algum sucesso, sabendo reconhecer as informações

contidas no mesmo em diferentes tipos de situação.

A pratica da Leitura e escrita deve ser de acordo com a realidade e

habilidade de cada um. Trabalhando também em grupos para o melhor

entrosamento entre eles e assim um ajudará o outro a melhorar seus

conhecimentos no Inglês.

RECURSOS DIDÁTICOS

Livros didáticos, quadro-negro, giz, jornais, revistas, colagem de imagens e

palavras, atividades lúdicas, etc.

AVALIAÇÃO:

Será feita a avaliação diagnóstica, respeitando as diferenças individuais, a

participação em sala de aula, compreensão e interpretação de textos, leitura e

escrita e no coletivo. O quanto ele aprendeu e melhorou seu conhecimento

durante as aulas dadas.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTE:

O discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Vocabulário, leitura, escrita, compreensão do idioma e sua importância no

mundo de hoje.

- Leitura:

− Tema do texto;

− Interlocutor;Finalidade do texto;

− Aceitabilidade do texto;

− Informatividade;

− Situacionalidade;

− Intertextualidade;

− Temporalidade;

− Referência textual;

− Partículas conectivas do texto;

− Discurso direto e indireto;

− Elementos composicionais do gênero;

− Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

− Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

− Polissemia;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem;

− Léxico;

− Escrita:

− Tema do texto;

− Interlocutor;

− Finalidade do texto;

− Aceitabilidade do texto;

− Informatividade;

− Situacionalidade;

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− Intertextualidade;

− Temporalidade;

− Referência textual;

− Partículas conectivas do texto;

− Discurso direto e indireto;

− Elementos composicionais do gênero;

− Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

− Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

− Polissemia;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, função as classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),

figuras de linguagem;

− Acentuação gráfica;

− Ortografia;

− Concordância verbal/nominal;

− Oralidade:

− Conteúdo temático;

− Finalidade;

− Aceitabilidade do texto;

− Informatividade;

− Papel do locutor e interlocutor;

− Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e

gestual, pausas;

− Adequação do discurso ao gênero;

− Turnos de fala;

− Variações linguísticas;

− Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, petição, semântica;

− Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

− Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C. M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais

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educacionais e

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes, 1992.

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BAYNHAM, M. Literacy practices: investigating literacy in social contexts.

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Longman, 1995.

BOHN, H.I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade de des

(re)construção de conceitos. In: LEFFA, V. O professor de línguas estrangeiras:

construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001

BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP, 1996.

BRAHIM, A.C.S.M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto

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Campinas: Unicamp, 2001. Dissertação (Mestrado).

Campinas: Pontes,2002.

CERDEIRA,Cleide Bocardo. SANTOS, Patrícia Senne. English ith fun. Moderna.

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LIBERATO, Wilson. Compact English – Graded exercises and text. Ática.

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MARQUES,Amadeu. Basic English. Graded exercises and text. Ática.

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PLANEJAMENTO

ADMINISTRAÇÃO eEXTENSÃO RURAL

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA2010

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EMENTA

O conteúdo de Administração deverá proporcionar ao aluno conhecimentos

que facilitará a administração da propriedade em que irá trabalhar ou em casos de

supervisões ou chefias, a disciplina lhe dará noções de recursos humanos, e

administração geral, promovendo assim um profissional eficaz e capaz de se

relacionar com pessoas de todos os níveis culturais.

O conteúdo de Extensão Rural se faz necessária porque ela proporcionará

ao aluno base, para compreender diferentes tipos de comunicação, formas de

liderança, como se comportar em público, e ser lideres de opiniões dentro do

meio rural.

A disciplina de Extensão Rural deve apresentar ao aluno temas para

entendimento de como funcionam os métodos de comunicação, levantamentos de

problemáticas sociais, relações inter pessoais.

OBJETIVOS

A disciplina Administração e Extensão Rural têm objetivo de dar

competências aos alunos para que eles possam compreender os aspectos

econômicos básicos que envolvem a relação entre produtores e consumidores de

produtos agropecuários e agroindustriais.

CONTEÚDOS:

− Definição e conceitos de administração;

− Conceito de organização;

− Tipos de organização;

− Fatores de produção;

− Fundamentos e técnicas de planejamento;

− Noções sobre produção e produtividade;

− Planejamento, organização, direção, controle, tomada de decisão;

− Conceito de custos , receitas e lucro na administração rural;

− Custo fixo e variável na administração rural;

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− Análise de resultados na administração rural;

− Relação custo-benefício na administração rural;

− Capital de giro na administração rural;

− Ponto de equilíbrio na administração rural;

− Fluxo de caixa na administração rural;

− Definição de contabilidade na administração rural;

− Registros contábeis na administração rural;

− Livro caixa na administração rural;

− Controle de estoques na administração rural;

− Estrutura de mercado;

− Política governamental de crédito agrícola;

− Preço, produtos, praça, promoção, propaganda;

− Mecanismos de comercialização;

− Conceito de extensão rural;

− Organizações sociais;

− Cooperativismo;

− Sustentabilidade da propriedade agropecuária;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Correspondência Comercial

• Introdução a Gestão Rural

• Tipos de comercialização

• Conceitos na área financeira

• Planilhas de gerenciamento de produção

• Recursos Humanos

• Legislação Trabalhista

• Cálculo de Direitos Trabalhista

• Política Agrícola

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• Linhas de Créditos

• Financiamentos

• Planejamento Rural

• Organização Rural

• Direção Rural

• Controle Rural

• Custos Fixos

• Depreciação

• Juros sobre o capital fixo

• Seguro

• Mão-de-obra

• Impostos

• Custos Variáveis

• Receitas

• Introdução a Economia Rural

• Tipos de Economias

• Interpretação de índices agropecuários

• Elaboração de projetos administrativos

• Elaboração de planilhas eletrônicas para administração rural

• Conceito

• Objetivos

• Princípios

• Aspectos metodológicos da Comunicação

• Modelo – SONCAS

• Teoria de Aprendizagem

• Princípios Gerais da Percepção

• Criação de Mensagens de Extensão

• Processo de Comunicação

• Modelo FMCRE

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• Comunicação Inter pessoal

• Métodos de Extensão

• Métodos Individuais

• Métodos Grupais

• Métodos Massais

• Líderes de Opiniões

• Métodos de Motivações

• SONCAS

• PSAI

• Metodologia para ações de Comunicação Coletiva

• Princípios Gerais

• Regras

• Diferentes tipos de Suportes

• Reuniões Participativas

• Fase de Expressão

• Fase de Exposição

• Fase de Argumentação e Debate

• Gestão de Objeções.

METODOLOGIA

O Professor de Administração e Economia Rural deve ser o lider-mediador

entre o aluno e o conhecimento da Administração e Economia rural.

• Aulas expositivas dialogadas;

• Trabalhos em grupos realizados em sala de aula;

• Utilização de Tv e vídeo para apresentar problemas de administração.

• Pesquisas realizadas pelos alunos de tópicos históricos.

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AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e

abrange não somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do

professor e a estrutura e funcionamento da escola e do sistema de ensino.

A avaliação do aluno é imprescindível que seja contínua, pode se dar em

todos os momentos da atividade pedagógica ao longo de cada bimestre:

• Provas escritas;

• Trabalhos em grupos;

• Exercícios a serem resolvidos em sala de aula e em casa;

• Trabalhos de pesquisa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

SENAR/PR. Trabalhador na Administração Rural Nível Médio. Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional do Estado do

Paraná – SENAR – PR. Curitiba 1998. 86 p.

SIMM, Edgar Trio; CASSOL, Elemar Antonino, et.al. Grande Manual Globo:

Agricultura, pecuária, receituário industrial. Editora Globo, Porto Alegre,

RS 1979. 313 p.

MAIA, Dicezar. Apostila de Extensão Rural. Curso de Zootecnia. PUC-PR. 2002. Curitiba – Pr.

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PLANEJAMENTO

AGROINDUSTRIA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA2010

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EMENTA

Trata da indústria rural – importância sócio-econômica; microbiologia de

alimentos, fundamentos de higiene, limpeza e sanitização nas agroindústrias,

fabricação de produtos de higiene e limpeza, conservação e armazenamento de

produtos agroindustriais, embalagens para alimentos, tecnologia de produtos de

origem vegetal, tecnologia de produtos de origem animal, instalações,

equipamentos e utensílios, tratamento de efluentes, controle de qualidade,

legislações vigentes.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

- Priorizar, na formação do educando como cidadão, o desenvolvimento

global de sua personalidade e potencialidades;

- Proporcionar condições adequadas e necessárias ao desenvolvimento do

educando no meio em que vive, fazendo-o participar das atividades da

família e da comunidade;

- Formar profissionais aptos a exercerem atividades específicas no trabalho,

com habilitação e qualificação correspondentes aos níveis técnico e básico;

- Proporcionar ao educando conhecimentos teóricos e práticos que o

capacitará a estabelecer um plano de trabalho capaz de aproveitar, pela

conservação ou industrialização, os produtos e sub-produtos da terra, da

agricultura e da pecuária;

- Estimular o educando ao empreendedorismo rural, o qual poderá criar

pequenas indústrias rurais e lucrativas, transformando-as em economia

para si e para sua família.

- Entender o que é uma Agroindústria e sua importância sócio-econômica;

- Perceber a importância da Microbiologia em nossa vida diária e na

fabricação de alimentos;

- Planejar, orientar e monitorar o programa de higiene e sanitização na

agroindústria, indicando e aplicando os produtos e processos mais

apropriados para higiene;

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- Planejar, orientar, avaliar e acompanhar o processo de conservação e

armazenamento da matéria-prima e produtos agroindustriais;

- Entender o que são aditivos e conhecer os principais aditivos utilizados na

fabricação de alimentos;

- Conhecer a importância e os tipos de embalagens utilizadas na

conservação de alimentos;

- Verificar os aspectos fisiológicos que envolvem o desenvolvimento de

frutas e hortaliças;

- Conhecer a tecnologia de processamento e conservação de frutas,

hortaliças e, também, temperos;

- Conhecer as normas para instalações agroindustriais;

- Conhecer os principais equipamentos e utensílios utilizados em

agroindústrias de vegetais, laticínios e carnes;

- Conhecer métodos para efetuar o controle de qualidade na produção

agroindustrial;

- Interpretar legislações vigentes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1 - Agroindústria

- Definição;

- O sistema Agroindustrial;

- Tipos de Agroindústrias;

- Importância sócio-econômica das Agroindústrias.

2 - Microbiologia de Alimentos

- Microorganismos nos alimentos: aspectos históricos;

- Definição de microorganismos;

- Tipos e formas de microorganismos;

- Multiplicação de microorganismos-condições favoráveis: nutrientes, água,

temperatura, oxigênio e acidez;

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- Localização dos microorganismos: terra, ar, chão (piso), água, homem,

superfícies de plantas e animais, matérias-primas cruas, roedores, insetos

e pássaros, superfícies de utensílios e de equipamentos;

- Contaminação cruzada;

- Microorganismos úteis e prejudiciais,

- Principais microorganismos patogênicos em alimentos.

3 - Fundamentos de Higiene, Limpeza e Sanitização nas Agroindústrias.

- Pré-limpeza e limpeza: métodos físico, químico e combinado;

- Substâncias detergentes: detergentes alcalinos, ácidos, clorados e

enzimáticos;

- Sanitização: térmica e química;

- Sanitizantes químicos: clorados, quaternários de amônio, iodo ou iodoforo,

irradiação UV, água quente;

- Programas de limpeza e sanitização.

4 - Boas Práticas de Fabricação em Agroindústrias

- Definição de boas práticas de fabricação;

- Higiene pessoal;

- Instalações e higiene das instalações e utensílios;

- Controle integrado de pragas;

- Transporte;

- Visitantes.

5 - Fabricação de Produtos de Higiene e Limpeza

- Sabões;

- Detergentes.

6 - Principais Métodos de Conservação de Alimentos

- Conservação com utilização do frio: Refrigeração, congelamento;

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- Conservação com emprego do calor: pasteurização, esterilização,

defumação;

- Conservação pela exclusão de umidade: secagem, desidratação;

- Conservação pelo uso do açúcar e do sal: açucaragem e salga;

- Acidificação.

7 - Aditivos

- Definição;

- Principais aditivos utilizados em alimentos: corantes, flavorizantes,

conservantes, antioxidantes, estabilizantes, espessantes, edulcorantes,

acidulantes, umectantes, antiumectantes.

- Legislação.

8 - Embalagens para Alimentos

- Histórico;

- Funções;

- Embalagem primária, secundária e terciária;

- Materiais e tipos de embalagens;

- Embalagens metálicas, plásticas, vidro,

- Embalagens celulósicas: cartão e papelão ondulado;

- Embalagens convertidas;

- Tecnologia de envase;

- Shelf-Life: vida de prateleira;

- Rotulagem: legislação;

- Reciclagem de embalagens.

9 - Tecnologia de Frutas e Hortaliças

- Aspectos fisiológicos do desenvolvimento de frutos: formação e

crescimento, maturação, amadurecimento, senescência;

- Fatores pré-colheita, colheita e pós-colheita;

- Frutos climatéricos e não-climatéricos.

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10 - Processamento de Frutas e Hortaliças

- Geléias, geleiadas, doces, frutas cristalizadas e em calda;

- Desidratação de frutas, hortaliças e temperos;

- Hortaliças minimamente processadas;

- Conservas;

- Sucos de frutas;

- Principais equipamentos e utensílios utilizados.

11 - Tecnologia de Laticínios

11.1. - O Leite

- Considerações sobre o leite: aspectos sócio-econômicos, valor nutritivo,

composição, fatores que influenciam na qualidade e quantidade do leite de

um animal;

- Ordenha higiênica do leite: ordenhas manual e mecânica, instalações,

equipamentos e utensílios utilizados;

- Flora microbiana do leite: cuidados higiênicos;

- Provas higiênicas do leite;

- Tratamento do leite: resfriamento, filtração, pasteurização, esterilização;

- Transporte e distribuição do leite;

- Tipos de leite: A, B e C, leite em pó.

- Aproveitamento do leite ácido.

- Equipamentos e utensílios: usos e higienização.

11.2. - Industrialização do Leite

- Fabricação de queijos: história, fluxograma geral da fabricação de queijos;

- Tipos de queijos: minas frescal, mussarela, nozinho, queijo de pescoço,

requeijão fundido, requeijão cremoso, queijo quark, queijo petit suisse,

ricota;

- Principais defeitos em queijos: estufamento, putrefação, problemas na

casca, de sabor, de corpo e textura, de cor;

- Fabricação de manteiga;

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- Fabricação de iogurte;

- Fabricação de doce de leite pastoso e em pedaços;

- Fabricação de leite condensado;

- Defeitos em doces: cor, textura, sabor;

- Aproveitamento de soro de leite.

12 - Tecnologia de carnes e derivados

- Introdução: importância sócio-econômica da tecnologia de carnes,

composição química da carne, valor nutritivo;

- Transformação do músculo em carne;

- Carnes tipo PSE e DFD;

- Carne bovina: abate, cortes do animal e processamento;

- Carne suína: abate, cortes do animal e processamento;

- Abate de aves e processamento de produtos avícolas;

- Processamento de pescados;

- Produção de carne seca: charque;

- Resíduos e subprodutos da indústria cárnea;

- Equipamentos e utensílios: usos e higienização.

13 - Tecnologia de Embutidos

- Defumação;

- Tecnologia dos embutidos frescos, fermentados crus, cozidos e/ou

defumados: lingüiça e salame;

- Tecnologia de embutidos emulsionados: salsicha, mortadela e presunto;

- Produção de bacon, hambúrgueres e lombo defumado;

- Equipamentos e utensílios: usos e higienização.

14 - Controle de Qualidade em Agroindústrias

- Definição de controle de qualidade;

- BPF: Boas Práticas de Fabricação;

- APPCC: Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle;

- 5 S’s.

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15 - Legislações

- Estudo de legislações referentes a agroindústrias de laticínios;

- Estudo de legislações referentes a agroindústrias de carnes e embutidos.

METODOLOGIA

- Aulas expositivo – dialogadas;

- Trabalhos de pesquisa, utilizando literatura específica, livros didáticos, sites

da Internet;

- Seminários em grupos e/ou individuais realizados em sala de aula;

- Utilização de material áudio visual, como filmes relacionados com os

objetivos da disciplina, quadro negro, retroprojetor, projetor de slides e

projetor multimídia;

- Análise de rótulos de alimentos;

- Dinâmicas de grupo;

- Aulas práticas;

- Visitas técnicas em empresas e propriedades rurais.

AVALIAÇÃO

- Provas discursivas;

- Provas objetivas;

- Trabalhos de pesquisa em grupos e individuais;

- Seminários;

- Relatórios de aulas práticas;

- Participação do aluno.

BIBLIOGRAFIA

Fort, C.A.; et al. Grande Manual Globo de Agricultura, Pecuária e Receituário

Industrial, vol 6 Porto Alegre, Ed Globo, 1979

MURARO, Adão O.; et al. Grande Manual Globo de Agricultura, Pecuária e

Receituário Industrial, vol 4 Porto Alegre, Ed Globo, 1979

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SIMM, Edgar I..; et al. Grande Manual Globo de Agricultura, Pecuária e

Receituário Industrial, vol 1 Porto Alegre, Ed Globo, 1979

DUMMAR, Maria L. R.; et al. Produtor de Leite e Derivados, Instituto Centro de

Ensino Tecnológico – CENTEC, Fortaleza, Edições Demócrito Rocha, Ministério

da Ciência e Tecnologia, 2004.

DUMMAR, Maria L. R.; et al. Produtor de Condimentos, Instituto Centro de Ensino

Tecnológico – CENTEC, Fortaleza, Edições Demócrito Rocha, Ministério da

Ciência e Tecnologia, 2004.

DUMMAR, Maria L. R.; et al. Processamento de Pescado, Instituto Centro de

Ensino Tecnológico – CENTEC, Fortaleza, Edições Demócrito Rocha, Ministério

da Ciência e Tecnologia, 2004.

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AGUIRRE, José M. de ; et al., Desidratação de Frutas e Hortalizas, Campinas,

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SZTAJN, Mônica, Trabalhador no Preparo Caseiro de Embutidos e Defumados.

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SZTAJN, Mônica, Trabalhador na Produção de Conservas Vegetais, Compotas,

Frutas Cristalizadas e Desidratadas. Curitiba, SENAR PR, 2004.

SZTAJN, Mônica, Trabalhador na Produção de Derivados de Leite. Curitiba,

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BRAGA, Beatrice P. Processamento Artesanal da Carne Suína, Curitiba,

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HORST, José A.; et al. Trabalhador na Bovinocultura de Leite, Curitiba, SENAR-

PR, 2004

PAULS, Hans W., et al., Resfriamento do Leite, Curitiba, EMATER PR, 1999.

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PFAU, Oscar R., et al.; Trabalhador na Manipulação de Carnes e Derivados

Curitiba SENAR PR, 2003.

GUEDES, Luiz C., Como Iniciar uma Indústria de Compotas de Frutas, Rio de

Janeiro, Schulze, 1982.

HENKE, Ewerson E. ; et al. Microbiologia I, Apostila Teórica, Medianeira, CEFET-

PR 1995.

PAUPÉRIO, Lizabeti de F.F., Fabricação Artesanal de Produtos de Limpeza,

Curitiba, EMATER – PR 1998.

SOLER, MÁRCIA p. et al.; Frutas: Compotas, Doce em Massa, Geléias e Frutas

Cristalizadas para Micro e Pequena Empresa. Campinas, ITAL 1995.

BEHMER, Manuel L.A., Como Aproveitar Bem o Leite no Sítio ou Chácara. São

Paulo, Nobel 2003.

Treinamento de Boas Práticas de Fabricação de Alimentos, Ponta Grossa,

Vigilância Sanitária, 2004.

Sites:

www.anvisa.com.br

www.agricultura.com.br

187

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PLANEJAMENTO

FUNDAMENTOS de AGROECOLOGIA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA2010

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EMENTA

Trata da Agroecologia – conceitos e importância, biodiversidade,

agricultura sustentável, agricultura orgânica, controle biológico de pragas e

doenças, bioindicadores de acidez de solo, biocorretores de acidez do solo,

recursos naturais renováveis e não renováveis, processos de conversão de

sistemas produtivos convencionais em sistemas agroecológicos, principais

correntes das agriculturas alternativas como: Biodinâmica, Orgânica e Biológicas.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

O objetivo da disciplina de Agroecologia é proporcionar subsídios aos

alunos, para que com senso crítico possam recomendar e acompanhar a

produção de alimentos que utilizem cada vez menos produtos químicos, portanto,

seja “mais saudável”.

• Repassar informações, exercitando técnicas de produção de alimentos que

possam minimizar os efeitos maléficos sobre o planeta.

• Promover o conhecimento da Biodiversidade, dando condições da visão da

flexibilidade produtiva, buscando maior nível de satisfação e retorno de

investimentos;

• Desenvolver projetos de cada sistema produtivo, priorizando aqueles de

interesse econômico crescente, com a finalidade de proporcionar

experiência mercadológica, conceituando a agricultura orgânica e sua

importância no bem estar da humanidade.

• Promover o senso de análise crítica, de reconhecimento do processo e do

momento produtivo, para tornar o educando um agente vislumbrador de

possibilidades explorativas econômicas, com a real perspicácia de riscos e

modismos criatórios, tendo a visão geral do aproveitamento dos recursos

renováveis e não-renováveis.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Agroecologia: definição

• Principais conceitos e terminologia

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• Produção de vegetais livres de agrotóxicos, produção de leite “verde”

• Biodiversidade: ecossistemas regionais, principais problemas ambientais,

recursos naturais e agricultura sustentável

• Agricultura Orgânica:

Conceito

Certificação

Métodos de Produção

• Adubação Orgânica: adubação direta, compostagem e vermicompostagem

• Manejo de dejetos e proteção de mananciais

• Controle biológicos de pragas e doenças

• Bioindicadores de acidez de solo

• Biocorretores de acidez de solo

• Recursos naturais: renováveis e não renováveis

• Utilização racional dos recursos naturais

• Processos de conversão de sistemas produtivos convencionais em

sistemas agroecológicos.

METODOLOGIA

• Aula expositiva

• Dinâmica em grupos: desenvolvimento de projetos

• Condução de pesquisa mercadológica

• Vídeos técnicos

• Visitas a produtores que utilizam agricultura orgânica

• Aulas práticas culminando com o desenvolvimento de plantio orgânico

AVALIAÇÃO

• Avaliação teórica prática de conteúdos específicos;

• Avaliação interpessoal no desenvolvimento de projetos;

• Avaliação continuada, com base na contextualização.

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• A nota de cada atividade estará relacionada com o grau de dificuldade de

execução desta, sendo que a nota final será o somatório de no mínimo

quatro notas parciais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

LITTLE, Paul, Probio : dez anos de atuação, Ministério do Meio Ambiente,

Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Brasília, MMA, 2006

COSTA, Larissa. Cadernos de Educação Ambiental – água para a Vida, Água

para todos, Brasília, WWF – Brasil, 2006

CAMPOS, João B., et al., Unidades de Conservação : ações para a valorização

da biodiversidade, Curitiba, Instituto Ambiental do Paraná , 2006

MALAVOLTA, E., at al., Nutrição Mineral e Adubação de Plantas Cultivadas, São

Paulo, Pioneira, 1973

MARIA, José, 4º Encontro da Jornada de Agroecologia – Caderno da Jornada de

Agroecologia, Cascavel, 2005

MILHOMENS, Allan, Consumo Sustentavel – Manual da Educacao, Brasilia,

IDEC, 2005

Sites:

www.sna.gov.br

www.agricultura.com.br

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PLANEJAMENTO

HORTICULTURA

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLIA

Proporcionar ao aluno subsídios para capacitá-lo ao exercício da profissão

de Técnico em Agropecuária, tornando-o um cidadão crítico e empreendedor

capaz de ser um agente modificador do meio em que vive.

Repassar informações exercitando técnicas de formação agrícola

proporcionado o conhecimento necessário para embasar as ações que ocorrem

no eixo produtivo. Promover o conhecimento do mercado através da análise do

nicho econômico que vise à flexibilidade produtiva buscando maior nível de

satisfação e retorno de investimento sem agredir o meio ambiente.

Desenvolver projetos de cada sistema produtivo, priorizando aqueles de

interesse econômico crescente com a finalidade de proporcionar experiência

mercadológica.

Promover o senso de análise crítica de reconhecimento do processo e do

momento produtivo, para tornar o educando capaz de perceber as possibilidades

de exploração econômica e ter criticidade suficiente para analisar os riscos e

modismos agrícolas.

EMENTA

A disciplina de agricultura deve proporcionar ao estudante a visão geral das

culturas de nossa região, e as técnicas para obter alta produtividade de acordo

com as necessidades anatômicas e fisiológicas das plantas cultivadas, bem como

a segurança no manuseio dos defensivos agrícolas e a boa utilização dos

maquinários, tendo bom rendimento no trabalho rural.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Horticultura

- Implantação da horta

- Irrigação

- Solo

- Adubação

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- Compostagem

- Olericultura orgânica

- Cultivares

- Pragas e doenças

-Tratos culturais

Principais Olerículas

- Alface, berinjela, cebola, cenoura, couve-flor, morango, pimentão, pepino,

repolho, alho, abóbora.

- Importância socioeconômica

- Classificação botânica

- Morfologia da planta

- Variedades recomendadas.

- Época de plantio

- Técnicas de preparo do solo

- Adubação e calagem

- Plantio

- Densidade

- Lotação por área

- Tratos culturais

- Pragas, doenças e ervas daninhas

- Colheita

- Beneficiamento e armazenagem

- Comercialização e transporte

- Visitas técnicas.

- Plasticultura

- Aspectos Econômicos e Comercias

- Gestão Agrícola, Planejamento, Organização, Direção, Controle.

Olerículas de Grande Porte

- Batatinha

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- Cebola

- Tomate

- Importância socioeconômica

- Classificação botânica

- Morfologia da planta

- Variedades recomendadas

- Época de plantio

- Técnicas de preparo do solo

- Adubação e calagem

- Plantio

- Densidade

- Lotação por área

- Tratos culturais

- Pragas, doenças e ervas daninhas.

AVALIAÇÃO

• Avaliação teórica pratica de conteúdos específicos;

• Avaliação inter pessoal no desenvolvimento de projetos;

• Avaliação continuada, com base na contextualização.

A nota de cada atividade estará relacionada com o grau de dificuldade de

execução desta, sendo que a nota final será a somatória das notas parciais.

METODOLOGIA

A disciplina será trabalhada em aulas expositivas, com auxílio do retro

projetor e vídeos. Na apresentação dos vídeos será feita uma analise e discussão

do conteúdo com a participação dos alunos. Será utilizada dinâmica de grupo

objetivando um maior entrosamento e participação dos alunos para a fixação dos

conteúdos.

Para um melhor aprofundamento da teoria da disciplina serão feitas visitas

técnicas nas diversas lavouras onde se buscara demonstrar na prática os

conteúdos aplicados em sala de aula.

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BIBLIOGRAFIA

PUZZI, Domingos, Manual de Armazenamento de grãos: Armazéns e Silos, São

Paulo, Ed. Agronômica Ceres, 1977.

HERTWIG, Kurtvon, Manual de Herbicidas Desfolhantes, Dessecantes e

Fitorregulares, São Paulo, Ed. Agronômica Ceres, 1977.

EPSTEIN, Emanuel, Nutrição Mineral das Plantas – princípios e perspectivas, São

Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1975.

TOLEDO, Francisco Ferraz, Manual das Sementes, São Paulo, Ed. Agronômica

Ceres, 1977.

Sistemas de produção de Milho e Feijão, Embrapa Paraná.

Vários, Grande Manual o Globo, vol. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, Porto Alegre, Editora

Globo, 1979.

GALLI, Ferdinando, Manual de Fitopatologia, São Paulo, Ed. Agronômica Ceres,

1978.

MARICONI, Francisco, Inseticidas – e seu emprego no combate as pragas, vol. 1,

2, São Paulo, Ed. Nobel, 1977.

Vários, Manual de Inseticidas, São Paulo, Ed. Agronômica Ceres, 1977.

GALLO, Domingos, Manual de Entomologia Agrícola, São Paulo, Ed. Agronômica

Ceres, 1978.

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PLANEJAMENTO

INFRAESTRUTURARURAL

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O constante aumento da população mundial requer, cada vez mais, o

aumento da produção de alimentos, de forma mais rápida e mais econômica. A

disciplina de Infraestrutura Rural no Centro Estadual de educação Profissional

Agrícola da Lapa, proporcionará aos estudantes a visão geral de como aproveitar

os recursos hídricos, topográficos, mecânicos e estruturais disponíveis na

propriedade, bem como subsídios de como corrigir a falta destes recursos,

disponibilizando ao sistema de produção, as condições necessárias à

produtividade.

O emprego de métodos alternativos na captação da água, bem como o

reaproveitamento das águas utilizadas ser estimulado pelos técnicos, com

embasamento científico, sem esquecer do principal objetivo da irrigação e

drenagem, que é proporcionar as condições necessárias á produção, sem elevar

custos em demasia, ou provocar impactos ambientais de larga escala, permitindo

a exploração de áreas, até então consideradas inférteis ou inaproveitadas.

Caberão a estes alunos, como futuros profissionais da área, orientar,

conduzir e disseminar os processos e técnicas de irrigação e drenagem que mais

se adaptem às condições climatológicas, socioeconômicas e culturais da região

onde irão desempenhar sua função técnica. Desta forma, a abrangência da

disciplina de irrigação e drenagem deve ser ampla, incentivando o senso crítico e

a visualização do processo produtivo como um todo, inserido nas bases legais da

produção e da utilização dos recursos empregados nestas práticas.

O conteúdo de topografia se faz necessária porque ela proporcionará ao

aluno base, para compreender futuras disciplinas e também alguns manejos

preservação ambiental. A disciplina de topografia deve apresentar ao aluno temas

para entendimento de como funcionam os levantamentos topográficos, para com

isso, ele ter atos e atitudes conscientes em manejo do solo, e também

construções rurais.

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O conteúdo de mecanização agrícola tem por objetivo dar competências

aos alunos para que eles possam compreender os aspectos básicos de direção,

manutenção e regulagem em máquinas utilizadas na mecanização agrícola.

Esta disciplina apresentará conceitos técnicos de construções e instalações

agropecuarias com uma vasta abrangência de conhecimentos.

OBJETIVOS

• Repassar informações, exercitando técnicas de irrigação e drenagem que

podem ser utilizadas nas propriedades rurais, proporcionando o

conhecimento necessário para alavancar as ações que ocorrem em todo o

eixo produtivo;

• Promover o conhecimento do aproveitamento racional de recursos

destinados a produção, através da análise do ambiente no qual será

implantado o processo, utilizando-se da flexibilidade produtiva, para melhor

indicar o método a ser seguido, sempre buscando maior nível de satisfação

e retorno de investimentos;

• Desenvolver projetos de obras de irrigação e drenagem, priorizando

aqueles de interesse econômico crescente, com a finalidade de

proporcionar experiência mercadológica;

• Promover o senso de análise crítica, de reconhecimento do processo e do

momento produtivo, para tornar o educando um agente vislumbrador de

possibilidades explorativas econômicas, buscando alternativas mais

ecológicas na utilização dos recursos hídricos /ou captação destes

recursos, no processo produtivo;

• Dar conhecimento aos alunos para que eles possam compreender os

aspectos básicos da topografia, compreendendo assim uma carta

topográfica, entendimentos de alguns mapas etc.;

• Dar competências aos alunos para que eles possam compreender os

aspectos básicos de direção, manutenção e regulagem em máquinas

utilizadas na mecanização agrícola;

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• Propiciar princípios técnicos de infra-estrutura rural.

CONTEÚDO ESTRUTURANTES

• Irrigação e drenagem:

• Técnicas de captação e condução da água para irrigação.

• Equipamentos e métodos de irrigação.

• Importância, tipos de drenos, ambientes drenados, salinização e

dessalinização.

• Hidroponia e fertiirrigação;

• Técnicas de prevenção dos problemas ambientais causados pela

drenagem e pela irrigação.

Topografia:

• Generalidades

• Introdução e Definição;

• Instrumentos

• Serviços

• Planimetria

1. Cálculo de área utilizando o sistema do perímetro.

2. Aulas de campo para determinação de medidas e cálculos.

3. Medidas

4. Alinhamento.

• Levantamento Planimétricos

• Triangulação

• Técnicas de Conservação de solo, utilizando recursos topográficos

• Medição de Linhas irregulares (sinuosas).

• Levantamento com teodolito.

• Orientação (pela bússola e pelo sol)

• Altimetria

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• Métodos de nivelamento.

Mecanização agrícola:

Produção Vegetal:

• Normas de segurança.

• No trator.

• Na manutenção

• Na operação

• Na Condução

• Instrumentos e comandos de operação.

• Lubrificantes e tipos de lubrificantes.

• Fatores de escolha do trator

• Fator técnico

• Fator econômico.

• Fator Agrícola

• Planejamento do uso de máquinas agrícolas.

• Bitolas

• Implementos

• Tipos

• Funções

• Utilização

• Cuidados com equipamentos na entressafra.

• Máquinas para Ensilagem

• Cálculos para determinação de silagem.

• Tamanhos de Silos trincheiras

• Semeadoras - Plantadoras

• Componentes gerais da semeadora

• Componentes gerais da plantadora

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• Profundidade das sementes

• Distribuição e dosagens.

• Manutenção no final da safra.

• Colhedora;

• Componentes gerais.

• Regulagens e operações.

• Perdas nas colheitas.

• Componentes e regulagens para diversas culturas

• Cálculos de horas trabalhadas

• Eficiência

• Infra-estrutura rural

• Fundamentos e operacionalização de obras fitotécnicas e zootécnicas;

• Confecção de plantas de obras fitotécnicas e zootécnicas;

• Projetos agropecuários, paisagísticos e agro-industriais;

• Tratamento de madeira;

• Legislação pertinente;

• Uso de softwares de construções e instalações rurais.

METODOLOGIA

• Aula expositiva

• Dinâmica em grupos: desenvolvimento de projetos

• Condução de pesquisa mercadológica

• Vídeos técnicos

• Visitas técnicas.

AVALIAÇÃO

• Avaliação teórica prática de conteúdos específicos;

• Avaliação inter pessoal no desenvolvimento de projetos;

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• Avaliação continuada, com base na contextualização.

A nota de cada atividade estará relacionada com o grau de dificuldade de

execução desta, sendo que a nota final será o somatório de no mínimo quatro

notas parciais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Irrigação e Drenagem:

Manual de Irrigação – Embrapa , 2002

Irrigação no Cerrado – Embrapa , 2001

PROVARZEAS , Emater , 1998

Sites ;

www.robertoaraujo.com.br – equipamento para irrigação

www.wmbrapacerrado.gov.br

www.sna.gov.br

Topografia:

PARANÁ, Secretaria da agricultura e do Abastecimento. Manual técnico de

subprograma de manejo e conservação do solo. 2 ed. Curitiba, 1994. 372p.

SIMM, Edgar Trio; CASSOL, Elemar Antonino, et.al. Grande Manual Globo:

Agricultura, pecuária, receituário industrial. Editora globo, Porto Alegre, RS

1979. 313 p.

SILVA, José Carlos Caldasso. Calagem: como fazer para melhorar a fertilidade

da terra e aumentar seus lucros. Emater – Pr.

SILVA, José Carlos Caldasso. Amostra de terra como tirar corretamente para

análise. Emater – Pr.

LEPSCH, Igo F. Formação e conservação dos solos. Editora oficina de textos.

São Paulo-SP , 2002. 174 p.

Mecanização Agrícola:

PAULI, Ivanir; ZOLA, Alain Carneiro; HAEITMANN Filho, Mario. Mecanização

Agrícola: módulo I. Curitiba 2000. 36 p.

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ALVES, Osmar; BASSO, Domingos Carlos; et.al. Trabalhador na operação e na

manutenção de tratores agrícola. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Administração Regional do Estado do Paraná – SENAR – PR. Curitiba 2004. 116

p.

SENAR / PR. Trabalhador na operação de implementos agrícola: semeadeira

e plantadeira. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional

do Estado do Paraná – SENAR – PR. Curitiba 2002. 54 p.

SENAR / PR. Trabalhador na operação de implementos agrícola: arado de

aiveca. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Administração Regional do

Estado do Paraná – SENAR – PR. Curitiba 2002. 24 p.

SENAR / PR. Trabalhador na operação de implementos agrícola:

escarificador, subsolador e cultivador. Serviço Nacional de Aprendizagem

Rural. Administração Regional do Estado do Paraná – SENAR – PR. Curitiba

2002. 36 p.

SENAR / PR. Trabalhador na operação de implementos agrícola: arados de

discos fixos e reversíveis. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Administração Regional do Estado do Paraná – SENAR – PR. Curitiba 2002. 36 p.

SENAR / PR. Trabalhador na operação de implementos agrícola: grade

aradora e grade niveladora. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Administração Regional do Estado do Paraná – SENAR – PR. Curitiba 2002. 24 p.

SENAR / PR. Trabalhador na operação de implementos agrícola: bitolas,

lastração e acoplamentos. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

Administração Regional do Estado do Paraná – SENAR – PR. Curitiba 2002. 54 p.

CARNEIRO, Orlando. Construções Rurais. 12ª ed. São Paulo: Nobel, 1985. 719

p.3 exemplares.

GUIA DO TÉCNICO AGROPECUARIA. Construções e Instalações Rurais.

Campinas: ICEA, 1982. 158P.

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PLANEJAMENTO

PRODUÇÃOANIMAL

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

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EMENTA

A agropecuária encontra-se hoje como uma das principais atividades do

país e do estado do Paraná, e vem ao longo dos anos, produzindo uma grande

diversidade de técnicas para a melhor condução da cultura, visando atingir

melhores resultados na produção. Assim, como a grande variação observada

durante o ano, no que tange ao preço dos produtos agrícolas e zootécnicos,

criando um comércio paralelo de grande alcance, em que os pequenos produtores

desembocam sua produção.

Todos os fatores, tornam-se de grande importância quando propomos

preparar profissionais que atuem em todos estes espaços, com visão suficiente

para interferir nos processos, atingindo os melhores resultados possíveis para a

situação do momento.

O crescimento regional da agropecuária é algo a se considerar, o

crescimento tecnológico não pode deixar de acompanhar o crescimento produtivo

e crescimento demográfico regional, ficando a cargo do Centro Estadual de

Educação Profissional Agrícola da Lapa, a responsabilidade de fornecer subsídios

educacionais necessários para que a mão-de-obra seja a melhor possível e que

tenha condições de acompanhar o crescimento proposto da agropecuária

estadual e nacional.

METODOLOGIA

Como forma de instigar a curiosidade dos alunos, as

metodologias citadas a seguir, serão usadas nas aulas possibilitando ao educando a

assimilação dos conteúdos.

- Aulas expositivas-dialogadas;

- Trabalhos individuais e em grupo, realizados em sala de aula;

- Utilização de material audiovisual, através da utilização de quadro-

negro, retroprojetor, projetor multimídia e filmes que tenham correlação

com os conteúdos apresentados;

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- Trabalhos de pesquisa, utilizando literatura específica, livros

didáticos, sites da internet;

- Eventuais viagens a propriedades com atividades agropecuárias,

exposições, eventos e outros;

- Dinâmica em grupos: desenvolvimento de projetos;

- Condução de pesquisa mercadológica;

- Vídeos técnicos;

- Visitas a sistemas criatórios;

- Aulas práticas culminando com o desenvolvimento dos projetos de

criatórios.

OBJETIVO GERAL

• Formar e capacitar profissionais para atuarem na produção,

desenvolvimento e extensão, assim, como em políticas públicas e

privadas ligadas com a questão agropecuária. Atendendo às

perspectivas de mercado regional do Paraná e mais especificamente da

Lapa, e outros de abrangência pecuária em todo o país.

OBETIVOS ESPECÍFICOS

Aprofundar questões teóricas e práticas ligadas com as atividades

agropecuárias;

Propiciar a formação de profissionais para o desenvolvimento de

atividades científicas e técnicas ligadas à agropecuária, junto aos

poderes públicos e privados;

Formar técnicos para atuarem em vários setores do empreendimento

agropecuário como: produção, acompanhamento, pesquisa,

planejamento, comercialização e marketing, armazenamento,

degustação, projetos, industrialização e beneficiamento;

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Analisar, diagnosticar e propor alternativas para questões ligadas à

agropecuária, tendo sempre como ponto referencial o estudo da

problemática regional;

Qualificar e requalificar profissionais para atuarem em áreas

agropecuárias do Paraná e outros estados que possuem desenvolvimento

agropecuário;

Repassar informações, exercitando técnicas de formação,

proporcionando o conhecimento necessário para alavancar as ações que

ocorrem em todo o eixo produtivo;

Promover o conhecimento do Mercado, através da análise do nicho

econômico, que vise a flexibilidade produtiva, buscando maior nível de

satisfação e retorno de investimentos;

Desenvolver projetos de cada sistema produtivo, priorizando aqueles

de interesse econômico crescente, com a finalidade de proporcionar

experiência mercadológica;

Promover o senso de análise crítica, de reconhecimento do processo e

do momento produtivo, para tornar o educando um agente vislumbrador

de possibilidades explorativas econômicas, com a real perspicácia de

riscos e modismos criatórios.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

- Definição de Zootecnia;

- Animais domésticos: domesticação, definição e espécies;

- Estudo dos animais domésticos;

- Importância sócio-econômica dos animais domésticos;

- Contenção, sujeição ou imobilização dos animais domésticos:

definição, métodos e técnicas.

- Taxonomia zootécnica;

- Atributos étnicos;

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- Influência do meio ambiente sobre os animais de interesse zootécnico

(bioclimatologia);

- Ezoognose.

- Sistemas de criação;

- Noções de melhoramento animal;

- Noções de Anatomia e Fisiologia dos animais de interesse

zootécnico: sistema esquelético (osteologia) e sistema muscular

(miologia);

- Noções de Anatomia e Fisiologia dos animais de interesse

zootécnico: sistema cardiovascular;

- Noções de Anatomia e Fisiologia dos animais de interesse

zootécnico: sistema respiratório;

- Noções de Anatomia e Fisiologia dos animais de interesse

zootécnico: sistema urinário;

- Anatomia e Fisiologia do sistema reprodutor masculino dos animais

de interesse zootécnico;

- Anatomia e Fisiologia do sistema reprodutor dos animais de interesse

zootécnico;

- Tipos de Monta: natural, artificial. Vantagens e desvantagens de cada

tipo;

- Colheita e análise de sêmen: técnicas mais usadas, vantagens e

desvantagens;

- Inseminação Artificial: definição e objetivos, técnicas mais usadas

nas diferentes espécies, métodos, conservação do sêmen (durabilidade

do sêmen nas diferentes espécies de animais de interesse zootécnico);

- Transferência de embriões: definição, técnicas, usos e objetivos;

- Anatomia e Fisiologia do sistema digestório dos animais

monogástricos;

- Anatomia e Fisiologia do sistema digestório dos animais

poligástricos;

- Problemas causados nos mono e poligástricos pela má alimentação;

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- Alimentação dos animais domésticos: importância, diferença entre as

espécies;

- Classificação e composição dos alimentos usados na alimentação

animal: análise química e medidas de valor dos alimentos;

- Estudo dos nutrientes: definição e classificação;

- Carboidratos: definição, função e classificação;

- Proteínas: definição, função e classificação;

- Lipídios: definição, função e classificação;

- Vitaminas e minerais: definição, função e classificação;

- Água;

- Aditivos: definição e função;

- Balanceamento de rações;

- Epidemiologia: definição e atribuições;

- Farmacologia: definição e atribuições, classificação dos tipos de

fármacos, aplicação e emprego dos fármacos nos animais;

- Desinfecção: definição e usos;

- Desinfetantes: definição, tipos (composição química) e usos;

- Defesa Sanitária Animal: definição e atribuições, função e órgão

competente, principais doenças animais de notificação obrigatória;

Pequenas Criações: - definição

- Nicho econômico

- Sistemas Produtivos: classificação;

Cunicultura: criação de coelhos: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas

Criação de chinchilas: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

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Minhocultura e vermicompostagem: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Ranicultura: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Piscicultura: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração: tanques e açudes

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Helicicultura: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Apicultura: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração: formação de colméias

Criação de abelha rainha

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Avicultura: criação de aves ornamentais: - principais espécies exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas

Criação de codornas: - principais linhagens exploradas.

- sistemas de exploração: Produção de matrizes e Produção de ovos

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Noções de mercado e planejamento de produção, sistema mercadológico,

composição de preços, renda agregada;

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Avicultura: Avicultura de Corte: - principais linhagens exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Avicultura de Postura: - principais linhagens exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas

- produção de Matrizes;

Ovinocultura: - principais raças exploradas

- sistemas de exploração - manejo

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Caprinocultura: - principais raças exploradas

- sistemas de exploração - manejo

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Suinocultura: - principais raças exploradas

- sistemas de exploração - manejo

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Bovinocultura de Corte: - principais raças exploradas

- sistemas de exploração - manejo

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Bubalinocultura: - principais raças exploradas

- sistemas de exploração

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Bovinocultura de Leite: - principais raças exploradas

- sistemas de exploração - manejo

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- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Eqüinocultura: - principais raças exploradas

- sistemas de exploração - manejo

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Criações exóticas: jacaré, capivara e avestruz: - principais espécies e linhagens

exploradas;

- sistemas de exploração - manejo

- produtos comercializáveis

- mercado e vantagens econômicas;

Controle sanitário das criações, sistema Famacha, Padrão racial e melhoramento

genético.

AVALIAÇÃO

Avaliação teórica prática de conteúdos específicos;

Avaliação interpessoal no desenvolvimento de projetos;

Avaliação continuada, com base na contextualização.

A nota de cada atividade estará relacionada com o grau de dificuldade de

execução desta, sendo que a nota final será o somatório de no mínimo quatro

notas parciais.

Apresentação de trabalhos na forma de seminários;

Participação nas aulas teóricas;

Provas escritas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASHAFEZ , E.S.E. , Reprodução Animal, Editora Manole, SP 1988

ANDRIGUETTO , Nutrição Animal

PINHEIRO MACHADO , L.C., Pastoreio Racional Voisin, Ed 5 Continentes

BUFARAD , Gilberto , ALCANTARA, Paulo B., Plantas Forrageiras – Gramíneas

e Leguminosas

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DEGASPERI , Sylvio A.R. , Bovinocultura Leiteira – Manejo , UFPR , 1979 ;

PIEKARSKI , Paulo R.B. , Bovinocultura Leiteira – Alimentação , UFPR , 1983;

DECONTO , José R., Bovinocultura de Corte , UFPR , 1987;

NASCIMENTO et col, Importância do Búfalo para a Pecuária Brasileira , 1986 ;

SANTOS, Paulo J., Manual Prático da Bubalinocultura, 1994;

SANTOS, José Q. , Eqüinocultura, Cooperativa de Livros Didáticos – UFPR 2002

FERREIRA , Elvino A. Criação de Eqüinos , Editora SAI – 1999

COTTA , Tadeu, Produção de Carne de Frango – Editora UFLA, 1999

RABELLO , Celio , Desempenho das Carcaças Híbridas de Frango de Corte –

SCI Poulth , 2004

VIEIRA , Marcio I., Criação de Coelhos, Ed. Campinas SP , 1984

VIEIRA , Marcio I., Criação de Minhocas, Ed. Campinas SP , 1984

CIFFONI, Elza M.G., SOTOMAIOR, Cristina S. Caprinocultura de Corte ,

Capripar, ed VI , 2004

VIDEOS :

Inseminação Artificial em Suínos

Criação de Suínos Sistema Plain Air

Criação de Caprinos em Confinamento

Como Criar Codornas para Produção de Matrizes

Como criar Codornas para Produção de Ovos

Alternativas de Negócios Agropecuários

Como criar chinchilas

Como criar minhocas

Cria e recria de rãs

Ovinos deslanados

Aves ornamentais - pavões e faisões

O frango pesadão

Como iniciar seu apiário

Manejo de colméia

Inseminação artificial e transferência de embriões na bovinocultura

Manejo de Gado de Leite

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Jersey , a pequena grande raça

SITES :

www.sna.gov.br

www.saudeanimal.com.br

www.capritec.com.br

www.embrapa.gov.br/gadodecorte

www.embrapa.gov.br/suínos

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PLANEJAMENTO

PRODUÇÃOVEGETAL

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA2010

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA.

Proporcionar ao aluno subsídios para capacitá-lo ao exercício da profissão

de Técnico em Agropecuária, tornando-o um cidadão crítico e empreendedor

capaz de ser um agente modificador do meio em que vive. Repassar informações

exercitando técnicas de formação agrícola proporcionado o conhecimento

necessário para embasar as ações que ocorrem no eixo produtivo. Promover o

conhecimento do mercado através da análise do nicho econômico que vise à

flexibilidade produtiva buscando maior nível de satisfação e retorno de

investimento sem agredir o meio ambiente. Desenvolver projetos de cada sistema

produtivo, priorizando aqueles de interesse econômico crescente com a finalidade

de proporcionar experiência mercadológica. Promover o senso de análise crítica

de reconhecimento do processo e do momento produtivo, para tornar o educando

capaz de perceber as possibilidades de exploração econômica e ter criticidade

suficiente para analisar os riscos e modismos agrícolas.

EMENTA

A disciplina de agricultura deve proporcionar ao estudante a visão geral das

culturas de nossa região, e as técnicas para obter alta produtividade de acordo

com as necessidades anatômicas e fisiológicas das plantas cultivadas, bem como

a segurança no manuseio dos defensivos agrícolas e a boa utilização dos

maquinários, tendo bom rendimento no trabalho rural.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

Principais culturas de interesse econômico e social. Importância socioeconômico;

Técnicas de plantio, tratos culturais, colheita e armazenamento das principais

culturas; cultura de interesse bioenergético: cana-de-açúcar, girassol e

oleaginosas em geral.

- Agronegócios

- Cooperativismo

- Pragas e doenças ( insetário e herbário )

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- Agrotóxicos

- Segurança no Trabalho Rural

- Visitas técnicas.

- CULTURA - milho

- Importância sócio-economica

- Classificação botânica

- Morfologia da planta

- Variedades recomendada.

- Época de plantio

- Técnicas de preparo do solo

- Adubação e calagem

- Plantio

- Densidade

- Lotação por área

- Tratos culturais

- Pragas, doenças e ervas daninhas

- Colheita

- Beneficiamento e armazenagem

- Comercialização e transporte

- Visitas técnicas.

PRAGAS E DOENÇAS DE PLANTAS CULTIVADAS

-morfologia dos insetos

-Importância na agricultura

-Hábitos alimentares

-Prejuízos e benefícios

-Agentes Patógenos descrição

-Nematoides

-Parasitismo

-Fungos

-Bactérias

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-Vírus

-Medidas de controle

- CULTURA - arroz

- Importância sócio-economica-

- Classificação botânica

- Morfologia da planta

- Variedades recomendada.

- Época de plantio

- Técnicas de preparo do solo

- Adubação e calagem

- Plantio

- Densidade

- Lotação por área

- Tratos culturais

- Pragas, doenças e ervas daninhas

- Colheita

- Beneficiamento e armazenagem

- Comercialização e transporte

- Visitas técnicas.

- CULTURA - TRIGO - TRITICALE - CEVADA

- Importância sócio-economica

- Classificação botânica

- Morfologia da planta

- Variedades recomendada.

- Época de plantio

- Técnicas de preparo do solo

- Adubação e calagem

- Plantio

- Densidade

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- Lotação por área

- Tratos culturais

- Pragas, doenças e ervas daninhas

- Colheita

- Beneficiamento e armazenagem

- Comercialização e transporte

- Visitas técnica.

- CULTURA - SOJA

- Importância sócio-economica

- Classificação botânica

- Morfologia da planta

- Variedades recomendada.

- Época de plantio

- Técnicas de preparo do solo

- Adubação e calagem

- Plantio

- Densidade

- Lotação por área

- Tratos culturais

- Pragas, doenças e ervas daninhas

- Colheita

- Beneficiamento e armazenagem

- Comercialização e transporte

- Visitas técnicas.

- CULTURA - FEIJÃO

- Importância sócio-economica

- Classificação botânica

- Morfologia da planta

- Variedades recomendada.

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- Época de plantio

- Técnicas de preparo do solo

- Adubação e calagem

- Plantio

- Densidade

- Lotação por área

- Tratos culturais

- Pragas, doenças e ervas daninhas

- Colheita

- Beneficiamento e armazenagem

- Comercialização e transporte

- Visitas técnicas.

ADMINISTRAÇÃO RURAL

Gestão Geral

Planejamento Agropecuário

Organização básica da propriedade

Direção, Organização

AVALIAÇÃO

- Avaliação teórica pratica de conteúdos específicos;

- Avaliação interpessoal no desenvolvimento de projetos;

- Avaliação continuada, com base na contextualização.

A nota de cada atividade estará relacionada com o grau de dificuldade de

execução desta, sendo que a nota final será a somatória das notas parciais.

METODOLOGIA

A disciplina será trabalhada em aulas expositivas, com auxílio do retro

projetor e vídeos. Na apresentação dos vídeos será feita uma analise e discussão

do conteúdo com a participação dos alunos. Será utilizada dinâmica de grupo

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objetivando um maior entrosamento e participação dos alunos para a fixação dos

conteúdos.

Para um melhor aprofundamento da teoria da disciplina serão feitas visitas

técnicas nas diversas lavouras onde se buscara demonstrar na prática os

conteúdos aplicados em sala de aula.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PUZZI, Domingos, Manual de Armazenamento de grãos: Armazéns e Silos, São

Paulo, Ed. Agronômica Ceres, 1977.

HERTWIG, Kurtvon, Manual de Herbicidas Desfolhantes, Dessecantes e

Fitorregulares, São Paulo, Ed. Agronômica Ceres, 1977.

EPSTEIN, Emanuel, Nutrição Mineral das Plantas – princípios e perspectivas, São

Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1975.

TOLEDO, Francisco Ferraz, Manual das Sementes, São Paulo, Ed. Agronômica

Ceres, 1977.

Sistemas de produção de Milho e Feijão, Embrapa Paraná.

Vários, Grande Manual o Globo, vol. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, Porto Alegre, Editora

Globo, 1979.

GALLI, Ferdinando, Manual de Fitopatologia, São Paulo, Ed. Agronômica Ceres,

1978.

MARICONI, Francisco, Inseticidas – e seu emprego no combate as pragas, vol. 1,

2, São Paulo, Ed. Nobel, 1977.

Vários, Manual de Inseticidas, São Paulo, Ed. Agronômica Ceres, 1977.

GALLO, Domingos, Manual de Entomologia Agrícola, São Paulo, Ed. Agronômica

Ceres, 1978.

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PLANEJAMENTO

SOLOS

ENSINO MEDIO PROFISSIONAL

LAPA

2010

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EMENTA

A disciplina de solos se faz necessária porque ela proporcionará ao aluno

consciência para preservação ambiental a partir do solo entendendo como

funciona o seu sistema, promovendo assim atos de cidadania, formando cidadãos

consciente.

A disciplina de solos deve apresentar ao aluno temas para entendimento

de como funciona os sistemas dos solos, para com isso, ele ter atos e atitudes

racionais para manejo do solo.

OBJETIVO

A disciplina de solos tem objetivo de dar conhecimento aos alunos para

que eles possam compreender os aspectos básicos da geologia e tipos de solos

para com isso, saber manejar o solo de forma competente.

METODOLOGIA

O professor será o lider-mediador entre o aluno e o conhecimento da

Solos, proporcionando através de:

• Aulas expositivas e dialogadas;

• Trabalhos em grupos realizados em sala de aula;

• Utilização de Tv e vídeo para apresentar problemas de Solos.

• Pesquisas realizadas pelos alunos de tópicos históricos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Gênese, morfologia e propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.

Relação solo-água-clima-planta; Adubação e correção; Práticas

conservacionistas; Noções de irrigação e drenagem; Noções de topografia,

leituras de mapas, equipamentos e instrumentos topográficos; Legislação de uso

e manejo do solo.

Formação do Solo.

1. Diferenças de solo e terra.

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2. Fatores que influenciam na formação do solo.

Composição do solo.

• Propriedades do solo

1. Composição química

2. Composição física

3. Matéria orgânica

4. Cor

5. Textura

6. Consistencia.

• Tipos de solos

1. Latossolo

2. Argisolo

3. Neossólico

4. Cambissolo

5. Nitossolo

6. Gleissolo

7. Espodossolo

8. Organossolo.

• Importância do solo

1. Filtragem.

2. Alimentação

3. Sustentação

4. Abrigo.

5. Regulação térmica

6. Produção.

• PH

• Amostras de solos

• Análises de solos

• Interpretação de análise de solo

• Calagem

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• Degradação do solo

1. Formas de degradação

2. Causas da degradação do solo.

• Conservação do solo

• Técnicas de recuperação do solo.

• Técnicas preventivas de degradação do solo

• Fertilidade do solo.

1. Tipos de adubos.

2. Fontes de adubos.

3. Quantidades a serem usadas.

4. Aplicação de fertilizantes.

• Nutrição Vegetal.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante do processo ensino aprendizagem e abrange

não somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do professor e a

estrutura e funcionamento da escola e do sistema de ensino.

A avaliação do aluno é imprescindível que seja contínua, pode se dar em

todos os momentos da atividade pedagógica ao longo de cada bimestre:

• Provas Escritas;

• Trabalhos em grupos;

• Exercícios a serem resolvidos em sala de aula e em casa;

• Trabalhos de pesquisa;

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PARANÁ, Secretaria da agricultura e do Abastecimento. Manual técnico de

subprograma de manejo e conservação do solo. 2 ed. Curitiba, 1994.

372p.

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SIMM, Edgar Trio; CASSOL, Elemar Antonino, et.al. Grande Manual Globo:

Agricultura, pecuária, receituário industrial. Editora globo, Porto Alegre,

RS 1979. 313 p.

SILVA, José Carlos Caldasso. Calagem: como fazer para melhorar a fertilidade

da terra e aumentar seus lucros. Emater – Pr.

SILVA, José Carlos Caldasso. Amostra de terra como tirar corretamente para

análise. Emater – Pr.

LEPSCH, Igo F. Formação e conservação dos solos. Editora oficina de textos.

São Paulo-SP , 2002. 174 p.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARLÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

ESPANHÓL

Lapa – Pr2009

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1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas

Estrangeiras Modernas (doravante LEM), as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica (doravante DCE) para Língua Estrangeira Moderna, afirmam que “as

propostas curriculares e os métados de ensino são instigados a atender às expectativas e

demandas sociais e contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos

historicamente produzidos às novas gerações” (DCE, 2008, p. 38).

Face a isto, observa-se que “na atualidade, vem ocorrendo modificações

significativas no campo da ciência, principalmente no âmbito dos estudos lingüísticos no

que diz respeito à aquisição de língua estrangeira (LE)” (WOGINSKI, 2005, S/P).

A Resolução nº 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,

a importância que a aprendizagem de Línguas estrangeiras

Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano

quanto à compreensão de valores sociais e a aquisição de

conhecimento sobre outras culturas (SUED/SEED, 2008).

O ensino de LEM, se justifica com prioridade, pelo objetivo de desenvolver

a competência comunicativa (lingüística, textual, discursiva e sociocultural), ou

seja, este desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade

de realizar a adequação do ato verbal às situações de comunicação.

Contudo,

um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira

Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico

façam o uso da língua que estão aprendendo em situações

significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao

exercício de uma mera pratica de formas lingüísticas

descontextualizadas. Trata-se da inclusão social do aluno

numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa

através do comprometimento mútuo (DCE, 2008, p. 57).

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Reitera-se a importância que a habilidade de compreensão e expressão

oral tem no ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a

possibilidade de compreender e expressar-se observando os princípios da

gramática e dos elementos culturais.

Também explorar-se-á a habilidade de compreensão leitora visando à

interpretação, a compreensão, a leitura e a produção (oral, escrita e visual) de

diferentes gêneros textuais.

2 CONTEÚDOS

Para o ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, as

discussões pertinentes aos conteúdos encontram-se imbricadas em seu conteúdo

estruturante, bem como nos conteúdos básicos, propostos pelas Diretrizes

Curriculares da Educação Básica para LEM.

A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante o Discurso

como prática social e ao mesmo tempo caracteriza os gêneros (textuais do

texto, discursivos, do discurso) como conteúdos básicos abordados dentro das

práticas discursivas.

Os gêneros do discurso segundo Bakhtin (1952, p. 279), são definidos

como “tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera

de utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o conteúdo

temático, o estilo e a construção composicional.

Para Marcuschi (2006, p. 35), os gêneros textuais “são um tipo de gramática

social [grifo do autor] isto é, uma gramática da enunciação”. Sendo assim,

são definidos como textos orais ou escritos materializados

em situações comunicativas recorrentes [portanto]

organizam nossa fala e escrita assim como a gramática

organiza as formas lingüísticas (MARCUSCHI, 2006, P. 35).

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Não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a ler e escrever em e/ou

na LEM: é preciso instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas sociais.

Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e

escrita a partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o

indivíduo primeiro define o seu propósito, para então decidir o gênero textual que

utilizará.

Com relação às práticas da oralidade, percebe-se a necessidade de

trabalhar a língua falada oportunizando o aluno a perceber sua função social na

qual o próprio aluno utilizará os diferentes gêneros de acordo com seus próprios

interesses.

Diante disto, Marcuschi (2001) argumenta que,

o trabalho com a oralidade pode, ainda, ressaltar a

contribuição da fala na formação cultural e na preservação

de tradições não escritas que persistem mesmo em culturas

em que a escrita já entrou de forma decisiva (...) Dedicar-se

ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para

esclarecer aspectos relativos ao preconceito e à

discriminação lingüística, bem como suas formas de

disseminação (MARCUSCHI, 2001, p. 83).

O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM, “tem como objetivo expor os

alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos (...) é aprender a expressar

idéias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. (...) também é importante que

o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo” (DCE,

2008, p. 66).

Pretende-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de

LEM, bem como explorar aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como a

publicidade da televisão e da rádio, por exemplo.

No que diz respeito à prática da leitura, observa-se que o papel primordial

da utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do

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conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o

aluno interage.

De acordo com as DCE (2008), a respeito da leitura discursiva,

na medida em que os alunos reconheçam que os textos são

representações da realidade, são construções sociais, eles

terão uma posição mais crítica em relação a tais textos.

Poderão rejeitá-los ou reconstruí-los a partir de seu universo

de sentido, o qual lhes atribui coerência pela construção de

significados (DCE, 2008, p. 65).

Koch e Elias (2007, p. 37), apontam para o fato da leitura ser “uma atividade

de construção de sentido que pressupõe a interação autor-texto-leitor, é preciso

considerar que, nessa atividade, alem das pistas e sinalizações que o texto oferece,

entram em jogo os conhecimentos do leitor”.

Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que

estes são construídos de um determindo modo e com uma certa função dentro de

um domínio discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando

que,

a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente

estáveis de estruturação e é por essa razão que,

cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são

incontáveis às vezes em que não somente lemos textos

diversos, como também produzidos ou ouvimos enunciados

(KOCH; ELIAS, 2007, p. 101).

Para Foucambert (2008, p. 25), “não se pode mais esquecer que, ao aprender

o mecanismo da leitura, conquista-se também um instrumento de comunicação”.

No que tange as práticas da escrita, “não se pode esquecer que ela deve ser

vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa” (DCE, 2008, p. 66).

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As condições dessa produção escrita e o uso de variados gêneros textuais

desenvolverão no aluno,

A possibilidade ou necessidade de usar a língua como

forma de comunicação, de interlocução em situações na

qual expressão escrita se apresente como uma resposta a

um desejo ou uma necessidade de comunicação, de

interação, e que o aluno tenha, pois, objetivos para escrever

e destinatários (leitores) para quem escrever (SOARES,

1999 apud WOGINSKI, 2008, p. 63).

No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo

menos parcialmente) das questões de adequação formal no processo da escrita

para forçar-se também à adequação comunicativo-discursivo do texto.

Conforme Koch e Elias (2009), a produção escrita recorre a conhecimentos

armazenados na memória. Esses conhecimentos resultam das inúmeras

atividades em que o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como são

concebidos pela ativação de modelos cognitivos sobre as práticas interacionais,

histórica culturalmente constituídas, portanto,

para a atividade de escrita, o produtor precisa ativar

“modelos” que possui sobre práticas comunicativas

configuradas em textos, levando em conta elementos que

entram em sua composição (modo de organização), além

de aspectos do conteúdo, estilo, função e suporte de

veiculação (KOCH; ELIAS, 2009, p. 43).

A elaboração de atividades que envolvam a diversidade dos gêneros

textuais, como a (re)produção de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete

certamente atenderão a demanda das práticas lingüísticas da escrita, bem como

oportunizarão a reflexão sobre os mecanismos lingüísticos que envolvem o

processo da escrita.

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Portanto, é necessário considerar “o que os alunos precisam aprender sobre a

ação da linguagem configurada no gênero?” (WOGINSKI, 2008, p. 65).

3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna, está

pautada na seguinte afirmação de que,

o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte

do entendimento do papel das línguas nas sociedades

como mais do que meros instrumentos de acesso à

informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o

mundo e de construir significados (DCE, 2008, p. 63).

Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão

atender as necessidades do aluno enfatizado em demasia os aspectos e as

experiências cotidianas.

Logo, “o ponto de partida da aula de Língua estrangeira Moderna será o texto,

verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p. 63), bem

como afirma Marcuschi (2003, p. 22), de que “é impossível se comunicar verbalmente

a não ser por gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por

algum texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a

funcionalidade da língua de estudo na qual o aluno é conduzido a vivenciar

situações concretas (reais) de fala e escrita e a desempenhar funções lingüísticas

a partir do uso de textos.

Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela apropriação

dos,

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,

analisandas a função do gênero estudado, sua composição,

a distribuição de informações, o grau de informação

presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a

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coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em

si (DCE, 2008, p. 61).

Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre utilizam textos para

o desenvolvimento de atividades de compreensão leitora e produção escrita. No

entanto, o que se abordava a partir do uso desses textos eram os aspectos

concebendo-a como código e desconsiderando-a enquanto discurso.

Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com fins educacionais,

obtém-se textos didatizados, ou seja, textos muitas vezes elaborados para

atender determinadas necessidades da sala de aula como a exploração de algum

aspecto gramatical, por exemplo.

Com relação à “escolarização dos gêneros”, Kleiman (1998) refere-se ao fato

de que ao “escolarizar” esses gêneros, certamente servirão de pretexto para o

ensino do código da língua sem atrelar-se aos aspectos discursivos como a

definição do gênero, bem como as práticas discursivas pertinentes a este:

oralidade, leitura e escrita.

No que se refere a didatização de gêneros textuais, Woginski (2008, p. 63),

reitera que,

devemos lembrar, de que o uso e o manejo de gênero

textual, qualquer que seja ele, deve provocar no aluno a

curiosidade e a busca pela expressão, atribuição e

(re)construção de sentidos com os textos. [grifo do

autos]

O ensino de LEM deverá abordar também as questões relacionadas às

Literaturas de Língua Estrangeiras, pois os textos literários são materiais muito

ricos não se limitando a aspectos estruturais da língua, bem como estes textos

literários divulgam, aproximam e valorizam a cultura de um povo.

Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio

literário, observa-se que

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a literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência

e a apreciação do uso da linguagem em suas diferentes

manifestações, já que aquela apresentada à linguagem em

um contexto autêntico, em registros e dialetos variados,

dentro de um marco social (MACKAY, 1982 apud

WOGINSKI, 2004, s/p).

As DCE (2008, p. 67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos

alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os textos e os

perceba como pratica social de uma sociedade em um determinado contexto

sociocultural”.

De acordo com Woginski (2008, p. 64), fundamentalmente nos estudos de Lopes-

Rossi (2006), “o trabalho com os gêneros desenvolvidos através de projetos

pedagógicos é ideal para melhorar a apropriação das características típicas dos

gêneros”.

Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicos sejam

organizados em “módulos didáticos” objetivando a aquisição da língua-alvo

partindo do gênero textual como conteúdo básico da disciplina de LEM, conforme

abaixo:

a) módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a caracterizar

o gênero de estudo e a reconhecê-lo na sociedade tendo como base

uma necessidade (ou motivo) de produção (de interação) escrita ou

oral, bem como discutir e conhecer as propriedades discursivas,

temáticas (o que geralmente é dito nesses mesmos gêneros),

estilísticas (o que geralmente é registrado como marca enunciativa do

produtor desses gêneros, o que é utilizado como recurso lingüístico e a

analise lingüística: recursos gramaticais, lexicais e recursos não-

verbais) e composicionais (como geralmente é organizado esse gênero,

qual a sua característica e a sua seqüência tipológica) do gênero

selecionado;

b) módulo didático de produção escrita, no qual aluno e professor

poderão planejar a produção e coletar informações para a primeira

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versão da escrita do texto. Na seqüência revisar e re-escrever o texto

produzido em colaboração (aluno e professor) e por fim a produção final

procurando aproximá-lo daqueles gêneros que circulam na sociedade;

c) módulo didático de divulgação ao publico, no qual aluno e professor

poderão indicar o suporte (meio) para a circulação do gênero produzido,

bem como realizar ações para efetivar esta circulação fora da sala de

aula e se possível da escola.

As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” deverão se

caracterizar como uma seqüência didática a qual é definida como “um conjunto de

atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno de um gênero textual

oral ou escrito” (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004, p. 97).

Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM, deverão

ser desenvolvidas em três etapas:

a) etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os conhecimentos

prévios do aluno, bem como discutir questões referentes à temática,

construir hipóteses e antecipar elementos do texto que poderão ser

tratados a partir do texto, antes mesmo da leitura;

b) etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou desconsiderar as

hipóteses anteriormente apresentadas;

c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a compreensão de

leitura e expressão escrita, bem como atividades que explorem a

compreensão e expressão oral e a elaboração de atividades variadas,

não necessariamente ligadas aos elementos gramaticais.

Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna o

aspecto cultural deverá caracterizar-se como pratica e habito no processo de

aquisição de uma LEM, pois segundo Giovannini (1996) citado por Woginski

(2004, s/p), “uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento

estéril e carente de significados.” Portanto, ensinar os elementos culturais que regem

uma língua e esses articulados aos próprios elementos lingüísticos dessa língua

favorecem alem da aquisição da língua, também a aquisição do modo de viver

daqueles que a falam.

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4 AVALIAÇÃO

A avaliação do rendimento escolar será ampla e continua no sentido de

revelar o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem

como, de proceder à apuração para fins de aprovação:

a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das

experiências educacionais vivenciadas;

b) possibilitar através de registro de dados, controle e a identificação das

dificuldades do aluno no processo de aprendizagem.

Na apuração do rendimento escolar levar-se-á em conta as diversas

formas de avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnostico

das dificuldades e de assessoramento na superação das mesmas e deverá

abranger:

a) Avaliação de Aprendizagem Escrita – com referencia aos conteúdos

básicos da disciplina de LEM;

b) Avaliação de Aprendizagem Oral – conhecimento da forma estândard da

língua de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das

variedades lingüísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da língua)

a partir dos conteúdos básicos da disciplina de LEM;

c) Atividades Avaliativa – trabalhos escritos e/ou orais desenvolvidos

individualmente e/ou em grupos como recurso para a fixação dos

conteúdos básicos da disciplina de LEM;

d) Atividades Extraclasse – trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter

pratico, materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos

conteúdos básicos da disciplina de LEM, objetivando a complementação

dos estudos da língua-alvo e de acordo como o Plano de trabalho Docente.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das

atividades avaliativas e das atividades extraclasse de cada (bimestre, de acordo

com o Projeto Político Pedagógico) será atribuída uma media (bimestral) e

posteriormente, uma media anual a cada aluno.

Conforme a Instrução Normativa nº 019/2008 de 31 de outubro de 2008,

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6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de

notas expressos em uma escala de 0,0 (zero virgula zera) a

10,0 (dez virgula zero). (...) 6.16 Os alunos do CELEM que

apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas

letivas e a media anual igual ou superior a 6,0 (seis virgula

zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo

(SUED/SEED, 2008, p. 5).

Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação,

a seleção de conteúdos, os encaminhamentos

metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação

elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a

diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação

possibilita aos estudantes variadas oportunidades e

maneiras de expressar seu conhecimento (DCE, 2008, p.

33).

Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação

devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas

que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.

5 REFERÊCIAS

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Paulo: Martins Fontes, 1952. p. 279-326.

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Pós-Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV).

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____. Conto literário: ferramenta de aproximação didática no ensino da língua

espanhola. In: Anais. IV Encontro de Iniciação Cientifica e IV Mostra de Pós-

Graduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). União

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PLANO DE ESTÁGIO:

CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

Lapa – Paraná2010

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1. Identificação da Instituição de Ensino:

Nome do Estabelecimento: CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL AGRÍCOLA DA LAPA

Entidade mantenedora: SECRETARIA DE ESTADO DA

EDUCAÇÃO

Endereço: RODOVIA DO XISTO, KM 194, BR 476, CxP 194,

COLÔNIA VIRMOND

Município: LAPA - PARANÁ

NRE: ÁREA METROPOLITANA SUL

1.1 Identificação do curso:

Habilitação: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

Eixo Tecnológico: RECURSOS NATURAIS

Carga horária total: 4960 horas, sendo:

Do curso: 4800 horas

Do estágio: 160 horas

1.2 Coordenação de Estágio:

Nome dos professores: GRACIANE TUCHINSKI DIOGO CIT e

NELSON MARIO LEONARDI

Ano letivo: 2010

2. Justificativa

O Estágio Profissional Supervisionado é uma atividade curricular, um ato

educativo assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a

integração dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um

recurso pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os desafios

profissionais e a formação teórica-prática adquiridas nos estabelecimentos de

ensino, oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica da

realidade e capacidade de análise das relações técnicas de trabalho.

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O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a

serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências

pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do

educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo.

O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está

presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade do trabalho, para o

entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida

profissional, conhecer formas de gestão e organização, bem como articular

conteúdo e método de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral.

Sendo também, uma importante estratégia para que os alunos tenham acesso às

conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.

O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na

legislação vigente, atende as exigências do curso, decorrentes da própria

natureza do eixo tecnológico Recursos Naturais, do qual faz parte o Curso

Técnico em Agropecuária. Deve ser planejado, executado e avaliado de acordo

com o perfil profissional exigido para conclusão do curso considerando os

dispositivos da legislação específica, quais sejam:

• A Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação

Nacional;

• A Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

• A Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do

Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que

estabelece os princípios de proteção ao educando;

• O Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do

Trabalho- CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os

cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças

e acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos

relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do

trabalho e a;

• Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.

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O Estágio Profissional Supervisionado do curso Técnico em Agropecuária,

Forma Integrada e Subseqüente, deverá ser realizado através da execução de

atividades inerentes aos conteúdos teórico-práticos desenvolvidos nas

séries/semestres cursadas ou em curso pelo aluno.

O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios

dos Alunos do Curso Técnico em Agropecuária.

3. Objetivos do Estágio

3.1. Objetivo Geral do Estágio

Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do

trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional e social do

educando.

3.2. Objetivos Específicos do Estágio

• Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas à área da

agropecuária no mundo do trabalho;

• Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência

do curso;

• Relacionar conhecimentos teóricos com a prática profissional a partir das

experiências realizadas;

• Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos

setores do campo de estágio.

4. Locais de Realização do Estágio

O estágio poderá ser realizado nos locais abaixo relacionados, desde que

qualificados para este fim, conforme legislação vigente:

• Empresas agropecuárias públicas e privadas;

• Propriedades rurais, inclusive da família, desde que assistida por

profissional liberal vinculado aos órgãos de classe;

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• Cooperativas e associações ligadas à produção agropecuária;

• Órgãos de pesquisa e extensão rural;

• Colégios agrícolas;

• Instituições de ensino;

• Secretarias municipais;

• Comunidade em que a escola está inserida e/ou demais comunidades da

cidade.

5. Distribuição da Carga Horária

A carga horária do Estágio Supervisionado será de 160 horas/aula ou 133

horas, sendo cumpridas preferencialmente em igual proporção entre as áreas da

agricultura e pecuária, subdividida da seguinte forma:

• Sendo 80 horas\aula – 67 horas na segunda série e;

• 80 horas\aula – 67 horas na terceira série.

6. Atividades do Estágio

O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de

inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os

conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as

relações existentes entre a teoria e a prática.

Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de

seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos, porque

possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como educando, mas

como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização concreta do mundo

trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.

O estágio curricular representa as atividades de aprendizagem social,

profissional e cultural proporcionadas aos estudantes pela participação em

situações reais de vida e trabalho em meio às atividades ligadas à agropecuária,

listadas abaixo:

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• Agricultura: manejo e comercialização de culturas agrícolas (do início ao

final da cultura) em sistemas agroecológicos e convencionais;

• Horticultura: manejo e comercialização de culturas olerícolas, frutíferas,

silvícolas e paisagismo em sistemas agroecológicos e convencionais;

• Solos: coleta, acompanhamento de análise de solos e práticas

conservacionistas;

• Infra-estrutura rural: regulagem e manutenção de máquinas e

equipamentos rurais, manutenção de instalações agropecuárias e

agroindustriais, acompanhamento da elaboração de projetos zootécnicos e

agrícolas;

• Agroindústria: processamento, comercialização de produtos de origem

animal e vegetal e gerenciamento de resíduos;

• Produção animal: manejos (alimentar, reprodutivo, sanitário e ambiental) e

comercialização em sistemas agroecológicos e convencionais.

7. Atribuições da Mantenedora/Estabelecimento de Ensino

O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como procedimento

didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de

competência da instituição de ensino, sendo planejado, executado e avaliado em

conformidade com os objetivos propostos para a formação profissional dos

estudantes, previsto no Projeto Político-Pedagógico, Plano de Curso e descrito no

Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável pelo desenvolvimento do

estágio nas condições estabelecidas no Plano de Estágio, observado:

• Realizar Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado e

concedente de estágio, de acordo com o Decreto nº 897/07 de 31/05/07,

para a formalização do Termo de Convênio será necessário à prévia e

expressa autorização do Governador do Estado do Paraná;

• Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com

seu representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando

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as condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso, à

etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e

calendário escolar;

• Submeter o Plano de Estágio à análise e aprovação do NRE, juntamente

com o Projeto Político-Pedagógico;

• Respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;

• Celebrar Termo de Compromisso com o educando se for ele maior de 18

anos; com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade

contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal,

se idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou

público;

• Elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente

com o Projeto Político Pedagógico;

• Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades;

• Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;

• Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do

estágio previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de

Cooperação Técnica e Convênios que deverão ser aferidas mediante

relatório elaborado pelo professor orientador de estágio;

• Elaborar os instrumentos de avaliação e o cronograma de atividades de

estágio;

• Reencaminhar o aluno para outro ente concedente de estágio quando

houver descumprimento das normas pela Unidade concedente;

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de

proteção ao estudante, vedadas atividades:

a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas

de um dia às cinco horas do outro dia;

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c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e

moral;

d) perigosas, insalubres ou penosas.

8. Atribuições do Coordenador de Estágio

• Buscar e contatar parceria junto ás Instituições Públicas e Privadas

visando à abertura de campo de para o estágio;

• Firmar os Termo de Cooperação Técnica e Termo de Compromisso

junto à Direção do Estabelecimento e o ente concedente;

• Coordenar e acompanhar as atividades do professor orientador;

• Elaborar e definir junto ao Professor Orientador de Estágio o

cronograma de distribuições de alunos nos campos de estágios;

• Manter permanente contato com os orientadores responsáveis pelo

estágio procurando dinamizar e aperfeiçoar as condições de

funcionamento do estágio;

• Promover reuniões com as instituições de campo de estágio;

• Coordenar e acompanhar junto ao Professor Orientador de Estágio o

cumprimento, pelo estagiário, da assiduidade, responsabilidade,

compromisso e desempenho pedagógico;

• Coordenar e participar junto ao Professor Orientador de Estágio,

reuniões de avaliação do Estágio e/ou prática profissional, emitindo

conceitos de acordo com o sistema de avaliação;

• Coordenar a confecção de impressos de acompanhamento (Fichas);

• Providenciar credencial de apresentação do estagiário para o ingresso

nas empresas;

• Informar e orientar a instituição concedente quanto à Legislação e

Normas do estágio;

• Acompanhar os estágios na instituição concedente para orientação,

supervisão e avaliação de sua execução;

• Comparecer às reuniões convocadas pelo Colégio;

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• Disponibilizar aos estagiários a carta de apresentação onde serão

realizados os estágios, os modelos de relatórios, fichas, etc;

• Entregar os resultados finais junto à secretaria conforme calendário.

9. Professor Orientador de Estágio

O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor

orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual será

responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.

10. Compete ao Professor Orientador

• Solicitar juntamente com a Coordenação de Estágio da parte concedente

relatório, que integrará o Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos

riscos, levando em conta: local de estágio; agentes físicos, biológicos e

químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de

trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a

instrução para o desenvolvimento das atividades de estágio;

• Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades,

em prazo não superior a 6 (seis) meses;

• Elaborar com a Coordenação de Estágio normas complementares e

instrumentos de avaliação dos estágios de seus estudantes;

• Esclarecer juntamente com Coordenação de Estágio à parte concedente

do estágio o Plano de Estágio e o Calendário Escolar;

• Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o

cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;

• Proceder a avaliações que indiquem se as condições para a realização do

estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo

de Compromisso, mediante relatório;

• Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

• Elaborar junto ao Coordenador de Curso e de Estágio o Plano de Estágio;

• Conhecer o campo de atuação do estágio;

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• Orientar os estagiários quanto às normas inerentes aos estágios;

• Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de cooperação

técnica e Termo de Compromisso;

• Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos

aprendidos à prática pedagógica;

• Orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio,

relatórios e demais atividades pertinentes;

• Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao

local, procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre

outros;

• Atender necessariamente os estagiários no dia da semana e horário

determinado pelos Coordenadores de Curso e Coordenadores de Estágio;

• Propor alternativas operacionais para realização do estágio;

• Orientar a formatação adequada quanto à metodologia de pesquisa

científica e produção das atividades (Planos, Relatórios) conforme normas

ABNT, coordenar o desenvolvimento das mesmas;motivar o interesse do

aluno para a realização do estágio e mostrar a importância do mesmo para

o exercício profissional;

• Avaliar o rendimento das atividades do estágio, na execução, elaboração e

apresentação de relatórios do mesmo;

• Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas

no estágio;

• Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades

dos estagiários, encaminhando ao final de período à coordenação de

estágio, as fichas de acompanhamento das atividades, avaliação e

freqüências;

• Comunicar à Coordenação do Estágio sobre o andamento das orientações

do estágio;

• Levar ao conhecimento da coordenação do estágio quaisquer dificuldades

que venham ocorrer no desenvolvimento dos trabalhos;

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• Comparecer às reuniões convocadas pela Instituição de ensino e

Coordenação de estágio;

• Manter o registro de classe com freqüência e avaliações em dia.

11. Atribuições do Órgão/Instituição que Concede o Estágio

A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar

com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante

condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de

personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que

estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização

profissional.

Uma vez formalizado o Termo de Cooperação Técnica e o Termo de

Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos citados anteriormente, e estará

criada a condição legal e necessária para a realização do estágio curricular

supervisionado na organização concedente de estágio.

A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir

condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e

participar das atividades, durante a execução do estágio curricular

supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar ao

aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de

proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo

vedadas algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e

também 405 e 406 da CLT).

Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios

relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não

caracterizando vínculo empregatício.

A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar

acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com

necessidades educativas especiais.

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A documentação referente ao estágio deverá ser mantida a disposição

para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será

efetivada mediante:

• Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o

estudante;

• A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao

estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;

• Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou

experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso

do estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das

atividades de estágio;

• Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário,

cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no

Termo de Compromisso de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a

responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais,

poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de

ensino;

• Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por

ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das

atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;

• Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo

funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;

• Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso;

• Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento

de ensino;

• Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de

estágio;

• Preencher os documentos de estágio e devolver a Coordenação de

Estágio;

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• Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na

empresa;

• Manter contatos com o Coordenador de estágio da escola;

• Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que

permitam uma visão real da profissão;

• Avaliar o rendimento do estagiário nas atividades previstas no plano de

estágio;

• Propiciar ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio.

12. Atribuições do Estagiário

A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e

constar no Termo de Compromisso, considerando:

• A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou

assistente legal, se menor;

• A concordância da instituição de ensino;

• A concordância da parte concedente;

• O estágio não pode comprometer a freqüência às aulas e o cumprimento

dos demais compromissos escolares;

• No estágio obrigatório, o estagiário poderá receber, ou não, bolsa ou outra

forma de contraprestação acordada;

• A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,

alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;

• Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de

contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1

(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado

preferencialmente durante suas férias escolares;

• Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no

trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte

concedente do estágio;

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• O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar

paralelamente o estágio não-obrigatório, sem prejuízo do aprendizado.

12.1 Antes da realização do estágio, o estagiário deve:

• Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;

• Elaborar Plano Individual de Estágio juntamente com o Professor

Orientador do Estágio;

• Participar de atividades de orientação sobre o estágio;

• Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;

• Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de

Estágio.

12.2 Durante a realização:

• Conhecer a organização da Unidade Concedente;

• Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga

horária no período estabelecido pela Coordenação de Estágio;

• Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;

• Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;

• Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;

• Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso firmado

com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente;

• Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para

discussão do andamento do estágio;

• Ter postura e ética profissional;

• Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e

responder pelos danos pessoais e materiais causados.

12.3 Depois da realização:

• Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;

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• Entregar à Coordenação de Estágio os Documentos Comprobatórios da

realização do Estágio assinados e em tempo hábil;

• Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;

• Entregar o relatório de estágio para avaliação, no prazo estabelecido pela

Coordenação de Estágio;

• Apresentar o relatório de Estágio para Banca de Avaliação de Relatório de

Estágio .

13. Forma de Acompanhamento do Estágio

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições

Públicas e/ou Privadas e nas Unidades Didático – Produtivas e propriedades

agropecuárias, por um responsável que deverá ter conhecimento técnico ou

experiência na área.

Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de

encaminhamento:

1 - Coordenador de Estágio, que será o elo de ligação entre a Escola e o local de

realização do Estágio.

2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao Plano

Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o

estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de realização

do Estágio.

3 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do

Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano

estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da

situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos

telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar

formas de integração e parceria entre as partes envolvidas. Oportunizando o

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aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem aplicadas no âmbito

do trabalho e no desenvolvimento sustentável.

14. Avaliação do Estágio

A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como um

processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar

presente em todas as fases do planejamento e da construção do currículo, como

elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da escola em relação

à proposta.

Serão considerados documentos de avaliação do Estágio Curricular:

• Avaliação da disciplina de Estágio Profissional Supervisionado realizada pelo

Professor Orientador;

• Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;

• Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio

Profissional Supervisionado;

• Ficha de Avaliação da Banca de Avaliação de Relatório de Estágio.

O Relatório de Estágio deverá ser apresentado conforme normas técnicas

a serem definidas pela Coordenação de Estágio.

O resultado da avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é

expresso através de notas graduadas de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez

vírgula zero).

O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0 (seis vírgula

zero) através de uma média aritmética das avaliações definidas pela

Coordenação de Estágio.

Será considerado reprovado o aluno que:

• Não cumprir a carga horária total estipulada para cada série no período

letivo;

• Aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) como média final;

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15. Anexos

* OBS.: O Plano de Estágio dos estabelecimentos de ensino que ofertam

Cursos Técnicos devem ser analisados pelo Núcleo Regional de Educação

que emitirá parecer próprio (Ofício Circular n° 047/2004 – DEP/SEED).

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