tecnologias reprodutivas e família tradicional

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Tecnologias Reprodutivas Tecnologias Reprodutivas e Família Tradicional e Família Tradicional

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Page 1: Tecnologias reprodutivas e família tradicional

Tecnologias Reprodutivas Tecnologias Reprodutivas e Família Tradicionale Família Tradicional

Page 2: Tecnologias reprodutivas e família tradicional

IntroduçãoIntrodução

Este trabalho irá ser realizado no âmbito da disciplina de Filosofia, do 11º ano de escolaridade da turma E, pelas alunas Dicsita Babu e Jéssica da Silva, números 5 e 8, respectivamente. Sendo o tema do trabalho: Tecnologias Reprodutivas e Família Tradicional.

Este trabalho tem como objectivos: o resuma das ideias principais dos textos apresentados; problematizar filosoficamente os temas; apresentar com clareza as teses e os argumentos propostos; colocar objecções possíveis às teses propostas.

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1. Família e os Desenhos 1. Família e os Desenhos FamiliaresFamiliares

Numa família tradicional, os pais e os filhos estão ligados por laços de sangue. Mas em casos de adopção, os pais e os filhos não estão ligados por laços de sangue. Apesar disso, as crianças que são adoptadas e os pais que as criam têm, uns em relação aos outros, as mesmas obrigações, os mesmos deveres, as mesmas interacções, as mesmas expectativas, as mesmas emoções e os mesmos direitos idênticos a outras famílias.

Os pais e os filhos vivem na mesma casa, mas nem sempre é assim, pois com o divórcio e os segundos casamentos há uma tendência para a formação de novas famílias, com filhos derivados de casamentos anteriores; famílias monoparentais e também famílias cujos pais se encontram divorciados, mas partilham a guarda dos filhos. Estes são considerados desenhos diferentes de uma família tradicional.

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2. As Tecnologias Reprodutivas2. As Tecnologias Reprodutivas Tecnologias reprodutivas é um conjunto de técnicas contraceptivas e conceptivas

utilizadas para impedir ou realizar a reprodução humana. As tecnologias reprodutivas foram concebidas para ajudar os casais inférteis a terem

filhos, também podem estar na origem de novos desenhos familiares. Todas as crianças nascidas de procedimentos como a aquisição de células sexuais, ou embriões, têm uma mãe ou um pai genéticos.

Há vários casais que necessitam de recorrer a uma «barriga de aluguer», além dos seus pais, as crianças têm uma «mãe gestacional».

Estas tecnologias reprodutivas podem ajudar casais homossexuais – inférteis, ainda que nenhum dos membros o seja – a terem filhos, e também podem ajudar mulheres ou homens solteiros a constituírem famílias monoparentais. Neste caso, terão sempre de recorrer a células sexuais doadas, ou a embriões doados, se os candidatos a pais forem dois homens ou um homem solteiro, dependem ainda de uma «barriga de aluguer».

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3. O Valor da Família3. O Valor da Família A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por

outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adopção. Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco. Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes directos. A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações

As famílias estão sempre prontas a ajudar aquilo que lhes pertence, neste caso, os membros de cada família.

• Cada individuo tem uma identidade, e essa identidade é reconhecida através da nossa família, da existência da nossa família. Sem ela a nossa identidade estaria incompleta.

Muitas vezes os filhos adoptivos vão à procura da sua família biológica, para saberem quem são, quais são as suas origens e muitas outras coisas que fazem com que a identidade de uma determinada pessoa seja, bem ou mal, reconhecida. O Estado também tem um papel importante, pois quando os filhos adoecem, esta dá o direito de os pais utilizarem dias de trabalho para cuidarem dos seus filhos

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4. O Abuso das Tecnologias 4. O Abuso das Tecnologias ReprodutivasReprodutivas

“ A reprodução começa como um projecto dos candidatos a pais, mas o resultado do projecto reprodutivo diz respeito também aos filhos dele resultante. Os interesses futuros dos filhos não podem ser menosprezados, nem a natureza dos laços familiares entre pais e filhos pode ser modificada sem o seu consentimento.  

As pessoas quando querem ser pais e são casais inférteis recorrem muitas vezes à doação de células sexuais ou de embriões, acabam por interferir num aspecto fundamental da relação entre pais e filhos: o laco biológico.

O recurso às tecnologias reprodutivas para ajudar casais homossexuais a terem filhos provenientes de uma união homossexual, ou para ajudar pessoas solteiras a constituírem famílias monoparentais, não é eticamente aceitável.

O recurso à «barriga de aluguer» ameaça o laço familiar fundamental que se estabelece entre a mãe e a criança.

A reprodução com recurso a uma «barriga de aluguer» ao destacar a expressão «mãe gestacional» depois do nascimento da criança, interfere de uma forma eticamente inaceitável na relação entre a mãe e a criança. A «mãe gestacional» terá de suprimir todos os seus sentimentos em relação à criança. Em simultâneo, retira-se à criança o direito fundamental ao afecto da sua «mãe gestacional».

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Na selecção de embriões e, em geral, qualquer tecnologia que permita que a vontade ou os desejos dos pais se reflictam na determinação das características dos seus filhos é indesejável. Num certo sentido, qualquer criança desejada foi fruto da vontade dos pais, mas a vontade dos pais apenas pôde reflectir-se na existência ou não de uma criança. Eles apenas escolheram ter uma criança, mas não escolheram a criança que iam ter.

Para os pais seria ideal escolherem como queriam que fossem os seus filhos, mas se fosse sempre assim, então nunca haveria igualdade entre pais e filhos, e de uma certa forma os pais seriam sempre superiores aos seus filhos.

Por isso, podemos concluir que o recurso às tecnologias reprodutivas é legitimo apenas se for justificado por razoes medicas, e se as técnicas utilizadas imitarem a natureza e respeitarem os seus limites. Isso implica excluir, a doação de células sexuais, as «barrigas de aluguer», a inseminação de mulheres sozinhas, a selecção de embriões e, eventualmente, o congelamento de embriões.

 

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5. As tecnologias reprodutivas e a 5. As tecnologias reprodutivas e a liberdade reprodutivaliberdade reprodutiva A liberdade reprodutiva estende-se aos casais para que possam utilizar

qualquer tipo de procedimento para alcançarem os seus fins reprodutivos. Como já tínhamos visto antes, no domínio das tecnologias reprodutivas

foram excluídas as práticas como a doação de células sexuais, as «barrigas de aluguer» e a selecção de embriões.

A reprodução com recurso à doação de células sexuais ou de embriões poderá ou não interferir no laço biológico que se estabelece entre os pais e os filhos.

Poderá ou não interferir no laço biológico? Um embrião, e certamente, as células sexuais não são uma pessoa, mas

sim materiais biológicos que tornam possível que uma pessoa se forme. Logo, se são doados apenas materiais biológicos, não existe nenhum laço familiar entre a futura criança e os doadores

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Exemplo para complementar a afirmação anterior:

“Imaginemos que uma mulher grávida tem um acidente e recebe uma transferência de sangue. O sangue do doador acabará por entrar na corrente sanguínea do bebé em gestação. Mas a presença de materiais biológicos do dador de sangue no seu corpo nenhum laço familiar estabelece entre ambos”.

Naturalmente, os casais homossexuais não podem ter filhos provenientes da sua união homossexual, nem as pessoas sozinhas podem constituir uma família. Mas na natureza também não há contracepção. Se os casais heterossexuais podem exercer a sua liberdade reprodutiva, «contrariando a natureza» através da contracepção, também os casais homossexuais e as pessoas sozinhas deverão poder «contrariar a natureza» e exercer a sua liberdade reprodutiva.

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6. Conclusão: Proibição ou 6. Conclusão: Proibição ou PermissãoPermissão

Podemos concluir que valorizamos a família por que ela oferece cuidados, afectos e pertença aos seus membros, e fá-lo de uma forma única e insubstituível.

Poderão as tecnologias reprodutivas mudar a natureza da nossa família, ou pôr em risco aquilo que valorizamos na família?

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Como já tínhamos visto, algumas pessoas acreditam que as tecnologias reprodutivas podem por em risco aquilo que valorizamos na família e para isso devemos limitar as tecnologias reprodutivas. O recurso às tecnologias reprodutivas como a doação de células sexuais, interferem nos laços biológicos que ligam os pais aos seus filhos. Outras, como o recurso a «barrigas de aluguer», desvalorizam o afecto entre a mãe gestacional e a criança. E por fim temos a selecção de embriões, que transforma os filhos em produtos da vontade dos pais.

Em contra partida, há pessoas que defendem que as tecnologias reprodutivas não mudam a natureza da família, nem põem em risco aquilo que valorizamos na família. As famílias constituídas com a ajuda das tecnologias reprodutivas oferecem cuidados, afectos e pertença aos seus membros. E a perseverança dos candidatos a pais que recorrem à s tecnologias reprodutivas, estão longe de mostrar pouca importância pela família e pelo que ela significa, antes mostra o interesse que atribuem às relações familiares.

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Problematizar filosoficamente os Problematizar filosoficamente os temastemas• Família e os desenhos familiares• Família e os desenhos familiares O que é uma família? Quem é familiar

de quem? Que direitos e que deveres decorrem de cada laço familiar? Que direitos e que deveres decorrem do facto de pertencermos a uma família?

Só porque pertencemos a um padrão de família diferente dos restantes, não significa que não tenhamos a mesma noção do que é ser uma família. Apesar de termos um padrão de família diferente em relação às famílias com o padrão tradicional, não quer dizer que não temos obrigações, deveres uns em relação aos outros; não partilhamos amor, ternura, afecto. Temos graus de parentesco iguais às restantes famílias (padrão tradicional

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2. A Família e as Tecnologias 2. A Família e as Tecnologias ReprodutivasReprodutivas

• Quem pode constituir uma família? E com quem? Pode uma família, ou em conjunto de laços familiares, constituir-se na ausência de quaisquer laços familiares afectados pelas tecnologias reprodutivas? Poderão as tecnologias reprodutivas mudar a natureza da família, ou pôr em risco aquilo que valorizamos na família?

Muitas pessoas acreditam que as tecnologias reprodutivas são um bem essencial na vida de muitos casais inférteis, ou que não podem ter filhos por causa da sua orientação sexual. As tecnologias reprodutivas concretizam muitos desejos para a constituição de várias famílias, trazendo muita felicidade. “Se a constituição de famílias e a vida que resulta do estabelecimento de laços familiares são um bem, então as tecnologias reprodutivas são um bem”.

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3. O Valor da Família3. O Valor da Família

• Do Ponto de vista pessoal, que valor têm para cada um de nós os laços familiares e a família?

Com certeza que damos valor ao facto de nos sentirmos apoiados, por pertencermos a uma família. Mas o valor que atribuímos à família não se prende apenas com a sensação de segurança dela proveniente, não se prende apenas com o facto de sabermos que podemos contar com os nossos irmãos e os nossos pais, que proviemos deles, que nos amam, que estamos intimamente ligados àquelas pessoas. Além dos cuidados, a família oferece afectos e pertença, e por isso os laços familiares são uma fonte de bem-estar.

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4. O Abuso das Tecnologias 4. O Abuso das Tecnologias ReprodutivasReprodutivas

• Constitui o conhecimento da identidade genética um direito individual? Podem os dadores, as equipas medicas e os candidatos a pais ( o casal infértil) concertar-se de modo a, através das suas acções, negarem às crianças a possibilidade de reconstituírem a sua identidade genética?

“Como o conhecimento da identidade genética parece ser um direito individual fundamental, não são eticamente aceitáveis as praticas reprodutivas que o suprimem

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5. As tecnologias Reprodutivas e a 5. As tecnologias Reprodutivas e a Liberdade ReprodutivaLiberdade Reprodutiva Mas haverá algo de profundamente inaceitável na

contratação de uma «barriga de aluguer»? A comercialização de órgãos ou de funções

corporais, em geral, não é bem encarada. No caso específico das «barrigas de aluguer», os seus críticos sublinham que a pratica não toma em consideração as emoções das mulheres, que se ligam afectivamente à criança durante a gestação. Por força do contrato, elas têm de reprimir os seus afectos e afastar-se da criança após o seu nascimento. Ora, esta é também a natureza dos contratos que vinculam as amas às famílias que as contratam. Estes contratos não tomam em consideração as emoções das mulheres, que se ligam às crianças que se encontram a seu cargo. Por força do contrato, apesar dos afectos existentes, quando as famílias tomam essa decisão, as amas têm de deixar as crianças. Se o contrato feito com as amas não é inaceitável, o contrato feito com as «barrigas de aluguer» também não pode ser.

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6. Conclusão: Proibição ou 6. Conclusão: Proibição ou Permissão?Permissão?

Poderão as tecnologias reprodutivas mudar a natureza da família, ou pôr em risco aquilo que valorizamos na família?

Como vimos, algumas pessoas acreditam que isso sucederá e que, para preservarmos a família, devemos limitar as tecnologias reprodutivas. Pensam que algumas tecnologias reprodutivas, como a doação de células sexuais, interferem nos laços biológicos que ligam os pais aos filhos.

Outras, como o recurso a «barrigas de aluguer», desvalorizam o afecto entre a mãe gestacional e a criança. A selecção de embriões, afirmam, transforma os filhos em produtos da vontade dos pais.

Outras defendem que defendem as tecnologias reprodutivas não mudam a natureza da família, nem põem em risco aquilo que valorizamos na família. As famílias constituídas com a ajuda das tecnologias reprodutivas oferecem cuidados, afectos e pertença aos seus membros. E a perseverança dos candidatos a pais que recorrem às tecnologias reprodutivas, longe de mostrar pouca consideração pela família e pelo que ela significa, antes mostram a importância que atribuem às relações familiares.

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BibliografiaBibliografia

Todas os anexos foram retirados do motor de busca Google.

Todas as informações que estão resumidas neste trabalho, foram analisadas e interpretadas para a realização do mesmo. As ideias bases foram retiradas do livro do 11º ano de escolaridade

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ConclusãoConclusão Deparámo-nos com varias dificuldades ao longo do trabalho, pois nem

sempre a linguagem era acessível. Devido a vários testes na altura da realização do trabalho não nos conseguíamos reunir para fazer o trabalho. Mas correu bem e até foi possível reter algumas informações acerca da constituição de uma família; os vários entraveis que podem haver para recorrer a processos de doação de células sexuais, ou embriões.

Concluímos o nosso trabalho com um breve resumo das informações que achamos importantes com a ajuda de algumas citações dos textos.

“ Valorizamos a família porque ela oferece cuidados, afectos e pertença aos seus membros, e fá-lo de uma forma única e insubstituível”.

“As pessoas que defendem que as tecnologias reprodutivas não mudam a natureza da família defendem também que, numa matéria que afecta a liberdade reprodutiva dos indivíduos e o seu direito a constituírem famílias, temos de ser cautelosos. As liberdades e os direitos individuais são mais importantes do que a conservação das coisas como as conhecemos. Se as tecnologias reprodutivas ajudam as pessoas a concretizarem os seus projectos reprodutivos e se, assim, contribuem significativamente para a sua felicidade individual, temos de ter mais do que receios para as limitarmos”.