tecnologias limpas para o carvão vezes mais metano (ch4) e gás carbônico (co2) do que uma...
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Tecnologias limpas para Geração de Energia Elétrica a carvão Mineral
Uso do carvão mineral gaúcho no desenvolvimento sustentável do Estado
SENGE/RS 08/OUT/2015
CAPÍTULO Primeiro:
A Questão Ambiental no SÉCULO XX
As principais restrições ambientais foram motivadas
pela constatação de que a queima de combustíveis
fósseis estava causando a ocorrência de chuvas
ácidas e poluição transfronteiriça, devido
principalmente a problemas ocorridos na Europa(
chuvas ácidas sobre a Scandinávia produzidas por
emissões oriundas do Leste europeu, Alemanha e
França) e na América do Norte ( chuvas ácidas
sobre a região dos grandes lagos no Canadá, em
função das emissões oriundas do nordeste dos
Estados Unidos).
As primeiras medidas tomadas foram:
1.Desenvolvimento e Implantação de Legislação ambiental com o
estabelecimento de padrões de emissão para Enxofre ( SO2),
NOx eParticulados.
2. Melhorias na qualidade dos combustíveis através de novos
processos de beneficiamento.
3. Desenvolvimento de Tecnologias para Controle e redução
dessas Emissões.
A tônica era: agir sobre os gases de combustão. com isso
houve avanços significativos no projeto de lavadores de gases,
aprimoramento das técnicas de combustão e sistemas de
remoção de poeiras.
Após um primeiro momento em que a ênfase esteve no
controle de emissões, a EPA(Environmental Protection Agency)
US, passou a a adotar uma política mais pragmática, onde o
controle da qualidade ambiental passa a ser efetuada pela
modelagem e controle da qualidade do ar nas áreas de
influência dos empreendimentos termelétricos e outras
atividades industriais potencialmente poluentes.
Com esse conceito, propiciou-se o surgimento de um
“business” ambiental, quando a EPA criou o que se poderia
chamar de mecanismo de crédito de emissões, com a
flexibilização dos padrões de emissão:
Nesse caso, uma empresa proprietária de Usina termelétrica ou
de qualquer outro empreendimento industrial poderia ter
permissão para um determinado nível de emissões, mesmo
acima de limites fixados e lançamento de resíduos no meio
ambiente , desde que realizasse algum investimento para a
redução dos níveis de emissão de um outro empreendimento
em diferente localização.
De qualquer forma, a prioridade permanece sendo a
manutenção da qualidade ambiental nas duas localidades
dentro dos padrões exigidos pela legislação.
Esses créditos poderiam ser usados como “moeda” entre as
empresas envolvidas neste negócio.
“O AQUECIMENTO GLOBAL”
O CO2 passa de mero produto da combustão a vilão
ambiental, na medida em que constatou-se a sua
contribuição ao chamado “Efeito Estufa”.
Desde então Inicia-se a discussão em torno da
necessidade de reduzirem –se as emissões de gás
carbônico e busca de soluções tecnológicas para sua
absorção e armazenamento (sequestro)
A primeira, e mais simples
alternativa que se apresenta é o
aumento do rendimento térmico
das usinas visando a redução do
consumo específico de
combustível
A primeira medida foi o aperfeiçoamento dos projetos de
caldeiras e ciclos térmicos para as Usinas Termelétricas a
carvão, saltando de rendimentos da ordem de 35~36%
até então comumente alcançados, para níveis acima dos
40%
Isso foi alcançado com o desenvolvimento de Caldeiras
chamadas Supercríticas, que trabalham com vapor em
temperaturas e pressões mais elevadas e, por isso ,
obrigam ao emprego de materiais de custo mais alto,
quando comparados aos materiais empregados nas
usinas existentes.
A Combustão Pulverizada
As Plantas Termelétricas a carvão no RS
empregam em sua maioria a queima pulverizada,
Com exceção de unidades mais antigas (ex:
Usina de São Jerônimo ( da CEEE).
O Destaque fica por conta do Complexo Termelétrico
de Candiota (da CGTEE, onde se concentra a maior
potência instalada no Estado
O segundo Polo Termelétrico fica no Baixo Jacuí
onde situam-se a Termelétrica de Charqueadas
(Tractebel) e a Usina Termelétrica Jacuí I projeto
paralisado e ainda aguardando oportunidade de
viabilização.
Esta Usina teve sua implantação iniciada pela ELETROSUL no
final da década de 70, tendo sido transferida para a tractebel
Energia em 1998 no processo de privatização daquela estatal
federal
Este projeto enfrentou dificuldades em seu licenciamento
ambiental devido à sua localização no delta do Jacuí tendo
logrado obter Licença de instalação na década de 90.
Combustão
Pulverizada
tangencial
Como Condições para
o seu licenciamento a
UTE JACUÍ foi
obrigada a empregar
queima tangencial com
combustores de baixo
NOx e Sistema de
dessulfuração
(retenção de SO2)com
lavadores de gases à
base de calcário, para
atendimento à
legislação brasileira
• É reconhecida nos paísesdo 1° mundo como umatecnologia limpa;
• permite a retenção de maisde 90% dos gases deenxofre com a adição decalcário à queima;
• a baixa temperatura dequeima (850 °C) resulta emmenor emissão de NOx;
• tem notável capacidade detolerar variações naqualidade do carvão;
• é a mais adequada para oscarvões com alto teor decinzas e enxofre.
Combustão em Leito Fluidizado
LEVERKUSEN
OBERKIRCH
FLENSBURG
KASSEL
A VIABILIDADE AMBIENTAL DA TECNOLOGIA CFB
Usinas a carvão com Caldeiras CFB operam
dentro de cidades.
Leito Fluidizado Convencional
CaCO3 + calor CaO + CO2
SO2 + CaO + ½ O2 CaSO4 (gesso)
Enxofre Sulfático
(não – combustível )
Captura inerente
Enxofre totalEnxofre Total
= Enxofre Pirítico (FeS)
+ Enxofre Orgânico
+ Enxofre Sulfático (CaSO4, etc)Enxofre Queimado
Enxofre retido pela adição de calcário
Fornalha CFB
SO2 Emitido
RETENÇÃO DO SOx NA QUEIMA CFB
Sistemas componentes de uma caldeira CFB
Ar de
Combustão/Fluidização
Alimentação de Carvão e
Reagente
Remoção de Cinzas
Pesadas
CAPÍTULO segundo:
A questão Ambiental no SÉCULO XXI
Ganham Corpo as teorias em torno do Aquecimento
Global (Efeito Estufa) cujos principais vetores
identificados foram as emissões de CO2 e Metano, com a
consequente busca de alternativas tecnológicas para a
redução dessas emissões .
Esgotadas as possibidades de redução do consumo
específico na combustão, inicia-se o desenvolvimento
de processos termelétricos com base na gaseificação
do carvão
Usina Hidrelétrica de Balbina polui mais que Termelétrica
A hidrelétrica de Balbina, construída há 20 anos nos arredores de Manaus (AM), gera hoje dez vezes mais metano (CH4) e gás carbônico (CO2) do que uma termelétrica movida a carvão mineral com o mesmo potencial energético, 250 megawatts. São 3.380 mil toneladas de CO2 e CH4 liberados, ou 3,08 toneladas de CO2 e CH4 por megawatts/hora.
A constatação, que enfraquece a tese da hidrelétrica como fonte limpa de energia, é de três cientistas que realizaram estudo na jusante (água depois de passar pela barragem) de Balbina, com oito coletas durante dois anos, 2004 e 2005. O resultado foi publicado na revista Geophysical Research Letters.
O metano é um dos gases que causam o efeito estufa. Apesar de ter um tempo de vida menor do que o gás carbônico, ele tem um potencial de aquecimento maior. “O metano emitido por Balbina nesses dois anos de pesquisa equivale a 8% de todo o gás carbônico jogado ao ar na queima de combustíveis fósseis na cidade de São Paulo. Além disso, o CH4 da hidrelétrica equivale a 3% do total desse gás emitido pela Amazônia Central”, afirmou Alexandre Kemenes, um dos autores do estudo, parte do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).
Para a autora de um estudo que demonstra que a floresta amazônica responde por mais de 20% das emissões de CH4 do mundo, Luciana Vanni Gatti, a pesquisa mostra que o erro em Balbina deve ser evitado nas novas hidrelétricas. “A emissão de metano vai existir, mesmo com esses cuidados, mas certamente será menor.”(Estadão Online)
As hidrelétricas, por serem fontes de energia renovável, têm sido vistas no Brasil como uma
alternativa para combater as emissões de gases do efeito estufa (GEE). Mas uma pesquisa
que mediu e estipulou as emissões de quatro usinas hidrelétricas da Amazônia transformou-
as em vilãs do aquecimento global. De acordo com os números, todas as quatro emitem mais
GEE que termelétricas de mesma potência.
“A hidrelétrica de Balbina, no rio Uatumã, está emitindo cerca de 10 vezes mais que uma
termelétrica movida a carvão mineral, considerado hoje o combustível mais poluente”,
informou à Agência FAPESP o biólogo Alexandre Kemenes, do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (INPA).
Segundo ele, para comparar termelétricas e hidrelétricas foi preciso relacionar a quantidade
de gás emitido, medida em toneladas de equivalentes de carbono (tC), sobre a potência
gerada por hora (MWh). O equivalente de carbono é a unidade que considera tanto o dióxido
de carbono (CO2) quanto o metano (CH4). Como o potencial térmico do CH4 é 25 vezes
maior que o do CO2, é preciso multiplicar o valor medido de CH4 por 25 para expressá-lo em
carbono.
Em Balbina, além dos elevados índices de emissão, há um baixo aproveitamento energético.
Em outro cálculo, que considera a potência gerada pela área do lago, Balbina também fica a
dever. Embora tenha alagado 2.600 quilômetros quadrados de floresta, a hidrelétrica tem
uma produção energética pífia, de meros 250 MW. (Agência FAPESP)