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Emissão de metano pela pecuária M a g d a Lima E m b ra p a M e io Ambiente 9 s e te m b ro 2008 C u ia b á , M T

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Emissão de metano pela pecuária

M a g d a L im aE m b r a p a M e io A m b ie n te

9 s e te m b r o 2 0 0 8 C u ia b á , M T

Contribuição relativa de gases para o efeito estufa de origem antrópica

Ozônio8%

CO2 60%Metano

15%

Óxido nitroso

5%

CFCs12%

Contribuição relativa de países para as emissões de gases de efeito estufa

Países não Anexo 1 Setor Agricultura LUCF Total Tg CO2 equivalente Brasil 369.311 818.080 1,477.056 Mexico* 39.463 141.538 524.615 Argentina 115.450 -34.179 229.700 Chile 13.156 -27.133 27.527 China 604.776 -407.479 3.649.827 South Africa 35.456 -18.616 361.221 India 344.485 14.292 1,228.540 * Ano de referência: 1990

Principais fontes e sumidouros de gases de efeito estufa e processos em ecossistemas manejados (IPCC, 2006)

Fontes globais de emissão de metano proveniente de atividades antrópicas

Esterco animal7%

Carvão8%

Outros4%

Aterros10%

Cultivo de arroz inundado

16%Gás Naturale Óleo15%

Esgoto doméstico

7%

Queima de biomassa

11%

Fermentação entérica

22%

Emissões setoriais de metano no Brasil em 1994

Fonte: Brasil-MCT (2004)

Fermentação entérica de gado

69%

Dejetos urbanos6%

Fermentação entérica - outros

animais3%

Dejetos animais3%

Queima de resíduos agrícolas

1%

Mudança de uso da terra

14%

Combustivel fóssil2% Campos de arroz

2%

Fontes globais de emissão de óxido nitroso proveniente de atividades antrópicas

Dejetos da pecuária

7%

Solos cultivados

61%

Queima de biomassa

9%

Fontes industriais

23%

Anthropogenic sources CH4 N2O Gg (1994) Flooded rice crops 283 (2.1%) - Livestock Enteric fermentation 9,377 (71.2%) - Animal wastes 368 (2.8%) 20 (3.7%) Burning of agricultural residues 133 (1.0%) 7 (1.2%) Agricultural soils - Grazing animals - 219 (39.7) Synthetic fertilizers - 21 (3.8) Aplication of animal wastes in soils - 13 (2.4) N biologic fixation - 26 (4.8) Agricultural residues - 43 (7.8) Organic soils - 23 (4.1) Indirect emissions - 132 ( 24.0) Total of agricultural sources 10,161 (77.1%) 503 (91.5%) Total of sources in the country 13,173% (100%) 550 (100%)

Gases de efeito estufa por atividades agrícolas no Brasil

Emissões de metano no Brasil, por fonte antropogênica

Enteric Fermentation

92%

Flooded rice3% Biomass

Burning1%

Animal Wastes

4%

96% da emissão total de metano é atribuída à pecuária, principalmente bovina.

Dos 4% restantes, 3% corresponde ao cultivo de arroz irrigado por inundação e 1% à queima de resíduos agrícolas (1%)

Categorias de Animais

Ruminantes: gado de leite, gado de corte, búfalos, ovelhas, cabras

Não-ruminantes: cavalos, mulas, asnos, lhamas, camelos, alpacas

Monogástricos: suínos

Aves, incluídas apenas no tema de manejo de dejetos animais.

Processo de fermentação entérica A produção de metano é produzida em herbívoros como um sub-produto da fermentação entérica, um processo digestivo pelo qual os carboidratos são decompostos por micro-organismos em moléculas simples (ácido acético, ácido propiônico e butírico, principalmente) a serem absorvidos no animal.

A fermentação do material vegetal ingerido no rúmen é um processo anaeróbico.

Sistema digestivo

• Geralmente, quanto maior for o consumo de alimento, maior a emissão de

metano, embora a extensão da produção de metano possa também ser

afetada pela dieta. O consumo de alimento está relacionado ao tamanho

do animal, taxa de crescimento, e produção (leite, carne, crescimento de

lã, ou prenhez).

• A quantidade de metano emitido por uma população de animais é

calculada pela multiplicação da taxa de emissão por animal pelo número

de animais da população. Os animais são, por sua vez, divididos em sub-

grupos para as estimativas de emissão de metano.

Class Diges t ibilit y (DE %)

Feedlot cat t le > 90% concent rat es 80 -90% Growing cat t le - pas t ure 50 – 70% Beef cows – nat ive pas ture 50 – 70% Mature cat t le – low qualit y forage 45 – 55%

Alimento e Digestibilidade

Bases para a estimativa de emissão de gases

• Consumo de alimento: estimado com base no consumo de energia requerido pelo animal para sua manutenção

• Conversão de energia alimentar para metano: é a taxa à qual a energia é convertida a metano com base na qualidade do alimento consumido – alta qualidade de alimento tem uma taxa de conversão de metano.

Taxas de conversão em metano para gado e búfalo (Ym) (IPCC)

Livest ock t ype

Ym

Fee d lot fed c a t t le

0 .0 3 ± 0 .0 1

Da ir y cow s (ca t t le a n d b u ffa lo) a n d t h eir you n g 0 .0 6 5 ± 0 .0 1

Oth er ca t t le a n d b u ffa loes t h a t a r e p r im a r ily fed low qu a lit y cr op r es id u es a n d b y -p r od u ct s

0 .0 6 5 ± 0 .0 1

Oth er ca t t le a n d b u ff a lo - gr a zin g 0 .0 6 5 ± 0 .0 1

Gado de Leite kg CH4 / year/ head

América do Norte 121Europa Ocidental 113Europa Oriental 89Oceania 75América Latina 63Asia 61África 40India subcontinental 51

Fatores de emissão para gado de leite (IPCC, 2006)

Fatores de Emissão para Gado de Corte (IPCC, 2006)

Gado de corte kg CH4 / year/ head

América do Norte 53 Europa Ocidental 57Europa Oriental 58Oceania 60América Latina 56Asia 47África 31India subcontinental 27

Valores padrão (default) de emissão de metano por fermentação entérica, por categoria animal, para a América Latina (IPCC, 2006)

Categoria animal

Emissão de metano

(kg/cabeça/ano) Gado de leite 63 Outro gado 56 Bubalinos 55 Ovinos 5 Caprinos 5 Eqüinos 18 Camelos 46 Mulas e Asnos 10 Suínos 1

Fatores de emissão para fermentação entérica - outras categorias

Categoria de animal

Sub-população Fator de emissão “default”*

Fator de emissão estimado

kg/cabeça/ano Bubalinos Média 55 - Ovinos Média 5 - Caprinos Média 5 - Equinos Média 18 - Muares Média 10 - Asininos Média 10 - Suínos Média 1,0 -

Pecuária Brasileira

Bovinos65%

Equinos3%

Muares1%

Caprinos5%

Asininios1%

Ovinos9%

Bubalinos1%

Suínos15%

65% da pecuária no Brasil representada por bovinos - 87% gado de corte - 13% a gado de leite

Dados da pecuária de corte utilizados nas estimativas do inventário nacional

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Peso vivo (kg) Oeste - fêmeas 400* 380* 400* 380 400** - machos 450* 450* 450* 450** 450** - jovens 230* 230* 230* 230* 230** Digestibilidade (%) 56** 50** 55** 54** 55** Taxa de prenhez (%) 63** 61** 64** 58** 67** Cons. alimento (kg) - fêmeas 8* 7,6** 8* 7,6** 8** - machos 9** 9** 9** 9** 9** - jovens 5,75* 5,75* 5,75* 5,75* 5,75*

Baixa taxa de digestibilidade da matéria consumida - 50% a

55%.

O manejo confinado correspondia somente a 1.2% do total do

rebanho em 1994, com maior concentração no Estado de São

Paulo (30%) e o manejo de suplementação à pasto

representava 1.4% do rebanho. Atualmente, representa cerca

de 5% (FNP)

Gado de Corte

Consumo de alimento e produção de esterco por gado de leite e de corte Dados default para a América Latina (IPCC, 1996)

Categoriaanimal

Sub-população

Peso (Kg)

Digestib. doalimento (%)

Consumode energia(MJ/dia)

Consumode alimento(kg/ dia)

Produção deEsterco(kg /h/dia emmatéria seca)

Sólidosvoláteis(kg/h/dia)

m3 CH4/Kg SV

Gado de leite Média 400 60% 145,9 7,9 3,16 2,91 0,13

Gado de corte Fêmeasadultas

400 60% 148,0 8,0 3,21 2,95 0,10

Machosadultos

450 60% 144,0 7,8 3,12 2,87 0,10

Jovens 200 60% 107,5 5,8 2,33 2,14 0,10Média 305 60% 124,4 6,7 2,70 2,48 0,10

Fatores de emissão para fermentação entérica

Categoria de animal

Sub-população País/ Região Fator de emissão “default”*

Fator de emissão estimado

kg/cabeça/ano Gado de corte Fêmeas adultas Norte 58 65 Nordeste 58 73 Centro-Oeste 58 67 Sudeste 58 67 Sul 58 65 Machos adultos Norte 57 62 Nordeste 57 73 Centro-Oeste 57 64 Sudeste 57 64 Sul 57 66 Jovens Norte 42 47 Nordeste 42 56 Centro-Oeste 42 48 Sudeste 42 48 Sul 42 50

Fatores de emissão para fermentação entérica

Categoria de animal

Sub-população

País/ Região Fator de emissão “default”

Fator de emissão estimado

kg/cabeça/ano Gado de leite Norte

Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul

57 57 57 57 57

59 61 61 65 62

Em 1994, as emissões totais de metano geradas pela pecuária no

Brasil foram estimadas em 9.77 Tg, sendo 9.38 Tg atribuídas à

fermentação entérica e 0.39 Tg pelos sistemas de manejo de dejetos

animais.

A categoria de gado de corte foi responsável por 80.9% das

emissões de metano (Fermentação + Dejetos). A categoria de gado

de leite contribuiu com 13.5% e as demais categorias com 5.6% das

emissões.

Emissões Estimadas no Brasil – Ano de referência: 1994

Emissão de CH4 por fermentação entérica

82%

14%1%1%

1%

Gado de leite Gado de corte Búfalos

Ovinos Caprinos Equinos

Muares Asininos Suínos

Aves

Emissão de metano por fermentação entérica - 1994

> 1,200 Gg CH4

800 - 1,200 Gg CH4

600 - 800 Gg CH4

< 600 Gg CH4

⇒ A composição do dejeto animal determina sua capacidade de produção

de metano.

⇒ A composição do dejeto é determinada pela dieta animal.

⇒ Quanto maior o conteúdo de energia e a digestibilidade do alimento,

maior a capacidade de produção de metano.

⇒ Um gado alimentado com uma dieta de grãos rica em energia produz

um dejeto altamente biodegradável.

⇒ Um gado alimentado com uma dieta mais fibrosa produzirá um dejeto

menos biodegradável, contendo material orgânico mais complexo, tal

como celulose, hemicelulose e lignina.

Dejetos animais – fonte de metano

Dejetos Animais

Resíduos depositados em sistemas de pastagem

Lagoas anaeróbias ou lodo

Biodigestores

Estocagem sólida

Drylots

Aplicação de dejetos como fertilizante (daily spread)

Emissões de metano de dejetos da pecuária, 2005

1 0 0 ,0%1 1 .5 1 6 ,4 8T o t a l m u n d ia l

1 6 ,5 %1 .9 0 3 ,9 8E s t a d o s U n id o s

0 ,8 %9 7 ,5 3G r ã -B r e t a n h a

2 ,2 %2 5 8 ,6 1U c r â n ia

2 ,4 %2 7 7 ,1 4F e d e r a ç ã o R u s s a

0 ,4 %4 8 ,0 4N ig é r ia

0 ,6 %6 6 ,6 7M é x ic o

0 ,5 %6 0 ,6 9C o r é ia d o S u l

0 ,4 %4 5 ,5 5J a p ã o

1 ,6 %1 8 8 ,6 4I t á l ia

8 ,7 %1 .0 0 0 ,5 0Í n d ia

0 ,3 %3 7 ,3 3C o lô m b ia

1 0 ,4 %1 .1 9 7 ,2 5C h in a

2 ,4 %2 7 7 ,0 1C a n a d á

3 ,3 %3 8 1 ,1 3B r a s i l

0 ,8 %9 0 ,0 4A u s t r á l ia

0 ,9 %1 0 3 ,7 0A r g e n t in a

% d a s E m is s õ e s g lo b a is d e m e ta n o d e e s t e r c o a n im a l

E m is s õ e s d e m e ta n o (G g )

P a í s

50%17%

12%3%

1%14%

Gado de leite Gado de corte Bufalos

Ovinos Caprinos Equinos

Muares Asininos Suínos

Aves

Emissão de CH4 a partir de resíduos animais

Fatores de emissão para dejetos animais (IPCC, 1996)

Categoria de animal

Sub-população Região Fatores de emissão

“default”, em kg/cabeça/ano

Fatores de emissão estimados, em kg/cabeça/ano

Faixa climática T Q T Q Gado de corte Fêmeas adultas Sul 1 - 1 - Demais regiões 1 1 2 2 Machos adultos Sul 1 - 2 - Nordeste 1 1 2 3 Demais regiões 1 1 2 2 Jovens Sul 1 - 1 - Demais regiões 1 1 1 2 Gado de leite Média Sul 1 - 1 - Demais regiões 1 2 3 5

Técnica do SF6 Coleta e Quantifiçação de MetanoWestberg et al., 1989; Johnson & Johnson, 1995

Aparato de Coleta de Metano

Cangas de armazenamento de gases

Válvulas e tubos capilares

Preparo de material introduzido no rúmen do animal

Análise de SF6 e CH4

Embrapa Meio AmbienteJaguariúna, SP

Coleta de metano e SF6 em vaca leiteira

Estação seca

Estação úmida

Instituto de ZootecniaNova Odessa, SP

Coleta de Metano em Gado de corte

Sistema de manejo extensivo com braquiaria

Summer methane emission by dairy cattle. Treatment LW --- DMI --- ---------- CH4 emission ----------- kg kg/d %

LW g/d kg/y g/d.kg

LW %

GEI g/kg DM

Holstein Lactating cows 572 16 2.8 403 147 0.71 8.3 25 Dry cows 605 12 2.0 278 101 0.46 7.6 23 Heifers intensive

502 10 2.0 222 81 0.45 7.5 22

Heifers extensive

459 9 1.9 198 72 0.43 7.2 22

Zebu crossbred Lactating cows 435 11 2.5 331 121 0.79 10.6 30 Dry cows 480 11 2.3 295 107 0.62 9.1 27 Heifers intensive

365 8 2.2 227 83 0.62 9.6 28

Heifers extensive

374 8 2.1 181 66 0.48 7.8 23 LW = live weight; DMI = dry mater intake; GEI = gross energy intake; intensive = on N fertilized grass pasture; extensive = on not N-fertilized grass pasture. IVOMD-CP = respectively, “in vitro” organic matter digestibility and crude protein of fertilized Panicum maximum cv. Tobiata grass = 54.5% and 15.4% (Holstein), fertilized Brachiaria decumbens grass = 47.3% and 7.3% (Zebu crossbred) and when unfertilized = 37.2% and 6.5% (heifers extensive), grain concentrate = 82%. Lactating Holstein and Zebu crossbred cows did receive, respectively 40% and 32% of DM as grain concentrate. Dry cows, 20% and heifers intensive, 20%.

Fall methane emission by dairy cattle. Treatment LW --- DMI --- ---------- CH4 emission ----------- kg kg/d %

LW g/d kg/y g/d.kg

LW %

GEI g/kg DM

Holstein Lactating cows 570 17 2.9 382 139 0.67 7.5 23 Dry cows 642 13 2.0 259 94 0.40 6.5 20 Heifers intensive

521 11 2.2 244 89 0.47 6.9 22

Heifers extensive

432 8 1.9 157 57 0.36 6.2 20

Zebu crossbred Lactating cows 474 11 2.3 296 108 0.63 8.9 27 Dry cows 522 10 1.9 235 86 0.46 7.8 24 Heifers intensive

399 8 1.9 192 70 0.48 8.1 24

Heifers extensive

389 6 1.4 180 66 0.46 10.5 30 LW = live weight; DMI = dry mater intake; GEI = gross energy intake; intensive = on N fertilized grass pasture; extensive = on not N-fertilized grass pasture. . IVOMD-CP = respectively, “in vitro” organic matter digestibility and crude protein of fertilized Panicum maximum cv. Tobiata = 55.8% and 12.5% (Holstein), fertilized Brachiaria decumbens grass = 52.8% and 13% (Zebu crossbred) and when unfertilized = 49.9% and 6.3% (heifers extensive), grain concentrate = 71%. Lactating Holstein and Zebu crossbred cows did recive, respectively 45% and 28% of DM as grain concentrate. Dry cows, 20% and heifers intensive, 20%. *

Fatores de emissão de metano para gado de leite (mestiço Zebu) sob condições tropicais (Primavesi et al.)

Category Weight % of total CH4 kg/ animal

year

dairy herd

B u lls 5 5 0 > 1 .6 79.8 C o ws , la c t a t in g 3 5 0 -4 5 0 2 9 .8 104.0 C o ws , d r y 4 0 0 -5 5 0 1 4 .9 86.9 H eife r s (7 m o n th s to 2 yea r s )

1 8 0 -2 5 0 1 3 .8 23.0

H eife r s (2 -3 yea r s ) 2 5 0 -3 5 1 8 .9 51.0

Cat e gory We ight % of t ot al he rd

CH4 g/ d*

Wint e r Spring Sum m e r Fall

CH4 kg/ anim al ye ar

Bu lls 500 > 1.4 131 192 274 168 69.7 Cows 350 -450 36.6 116 150 198 161 57.0 Heifers (7 m on th s t o 2 y.) 180 -250 11.4 95 99 159 159 46.7 Heifers (2-3 yea r s ) 250 -351 7.5 103 114 194 130 49.3 Ma les (7 m on t h s to 2 y.) 180 -250 9.6 95 99 159 159 46.7 Ma les (2-3 year s ) 250 -351 5.0 103 114 194 130 49.3 Ma les (3-4 year s ) 350 -450 1.6 116 150 198 161 57.0 Ma les (4 year s ) 450> 0.4 131 192 274 161 69.1

Mean - - 111 139 206 154 53,0

Emissões de metano por gado de corte - Nelore

Distribuição regional da população bovina (IBGE,2003)

Densidade da pop. bovinos - 1990 Densidade da pop. bovinos - 2003

Heads/ha

0

50

100

150

200

250

Bovi

ne p

opul

atio

n(1

,000

,000

hea

ds)

1912 1920 1940 1950 1960 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Evolução do rebanho bovino brasileiroFonte: Anuário Brasileiro da Pecuária (2004, 2005), Anuário D BO (2005), CNA (2005), IBGE

(2005), V isão Agrícola (2005)

População bovina em confinamentos, suplementação de pastagens, e pastagens de inverno (4,4% da população de bovinos em 2000 e 2004)

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

heads

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Beef cattle feedlots Pastures Supplementation Winter Pastures

Fonte: FNP, 2005

Evolução de pastagens cultivadas (% )) no Brasil

D esempenho animal e produtividade de pastagem em pastagens cultivadas nativas e bem manejadas (cultivadas) no cerrado brasileiro

22,4% 24,0%

34,7%41,3%

56,1%64,5%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Cul

tivat

ed p

astu

res

(% o

f the

ove

rall

past

ure

area

)

1970 1975 1980 1985 1995 2005

(a)

8124

113

180 182

491

0

100

200

300

400

500

600

Ani

mal

(kg/

head

) and

pa

stur

e (k

g/ha

/yea

r)

prod

uctiv

ity

Native pasture Brachiaria 1980´s Brachiaria 2000´s

Animal productivity (kg/animal) Pasture productivity (kg/ha)

(b)

Swine population (FNP, 2005)

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

heads

1990 1995 2000 2003 2004 2005

0

2000000

4000000

6000000

8000000

10000000

12000000

14000000

16000000

heads

North Northeast Southeast South Middle-West

Projeção de emissões de metano por ruminantes

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 2018 2020 2022year

Met

hane

emis

sion

s (G

g/ye

ar)

BaselineS2S3S4S5S6

Distribuição de atividades de projeto registradas por setor

5. Oportunidades na pecuária para o mercado de C

5.3. Florestamento / Reflorestamento

5.2. Sistemas de manejo de dejetos/ resíduos da pecuária

– Digestão anaeróbica

5.1. Fermentação entérica

5.4. Outras

Fermentação entérica

Projetos de MDL no setor leiteiro da Índia com base na redução de metano a partir da fermentação entérica estão sendo avaliados para regiões onde a produtividade animal é muito baixa, e onde os impactos econômicos e sociais seriam altamente positivos.

- uso de ionóforos (inibidores de metanogênese)

- aumento da alimentação de concentrado

- suplementação de alimento à base de uréia a búfalos

Fermentação entérica

Estratégias de mitigação mais amplamente discutidas:• (a) técnicas para melhoramento da eficiência do processo de fermentação

ruminal, por meio de inibidores diretos,

(b) ionóforos

(c) manipulação da dieta, por meio da substituição de alimentos de baixa digestibilidade por alimentos de alta digestibilidade

(d) mudança na microflora do rúmen, com o uso de probióticos, por exemplo, baseados no Aspergillus oryzae (AO), ou pelo uso de oxidantes de metano

(e) vacinas

Monitoramento de emissões de CH4 a partir de ruminantes usandod a técnica do SF6

Conclusões dos estudos realizados:

Emissão de CH4 por unidade de matéria seca ingerida é maior com alimento de baixa qualiddade

Consumo de matéria seca por animais mais jovens é maior do que para adultos, os quais podem resultar em maior emissão de metano por peso vivo

O melhoramento da qualidade alimentar resultará em maior consumo de matéria seca, diminuido a emissão de metano por unidade de matéria seca, aumentando a eficiência de uso da energia bruta

Animais mais produtivos podem reduzir a emissão de metano por unidade de produto terado (carne, leite)

- Melhoramento genético

- - Melhoramento da produção animal pela oferta de mais e melhor alimento (forragens de boa qualiddade, concentrato de silagem d e milho, etc.)

5.2. Digestão anaeróbica de dejetos e resíduos animais

Benefícios:

• Promove a redução de emissão de gases de efeito estufa

• A utilização de biogás fornece uma oportunidade para reduzir a demanda local por combustíveis convencionais, usados para aquecimento de água e ambientes

• Redução de contaminantes ambientais provocados pelas águas residuais de escoamento, patógenos e doenças relacionadas às condições precárias de sistemas de manejo de dejetos

• Valorização ambiental e econômica da atividade pecuária

• Potencial para produção de eletricidade

• Utilização do resíduo da digestão anaeróbica como fertilizante

• Geração de um recurso adicional de lucro com os créditos de carbono

5.2. Dejetos e resíduos animais

A quantidade precisa de metano emitida a partir do dejeto animal é determinada por fatores que incluem:

• quantidade de dejeto (esterco)

• características do dejeto (% de sólidos voláteis)

• biodegradabilidade

• práticas de manejo (exemplo: grau de condições anaeróbicas, conteúdo de água)

• variáveis climáticas (exemplo: temperatura, umidade)

Aspectos da produçcão de biogás

• CH4 = 40-70% do volume de gás produzido (média de 60%)• CO2 = 30-60% do volume de gás produzido • Poder calorífico do biogás = 6 kW/m3 = 0,5 L de diesel• Produção de biogás por animais:

- bovinos (500 kg) = 0,360 m3/cabeça/dia- suinos (90 kg) = 0,240 m3/cabeça/dia- aves (2,5 kg) = 0,014 m3/cabeça/dia

• 10m3 de biogas = 50 kg de esterco de aves, 120 kg de esterco de suinos, 250 kg de esterco de bovino, 250 kg de palha de arroz

• Destinação: energia elétrica (geradores) para propriedades rurais (aquecimento de granjas, aquecimento de água, secagem de grãos, etc.

• Resíduos líquidos (usados como biofertilizantes)

Capacidade de geração de biogás a partir de dejetos animais

Categoria animal m3 biogas/ kg

esterco m3 biogas/ animal/dia

Bovinos 0.038 0.36 Suinos 0.079 0.24 Aves 0.050 0.014

Source: Embrapa Suínos e Aves (2005).

Retorno do capital investido com a negociação de CERs Fonte: Carvalho & Nolasco, 2006 (Rev. Acad. Curitiba)

44.839,17Retorno total em 6 anos

8.331,17Economia com energia elétrica pelo período de 6 anos

195.297,60Negociação dos CERs pelo período de 6 anos

27.000,00Grupo gerador (despesa)

58.200,00Aprovação do projeto (despesa)

12.500,00Manutenção do projeto, do biodigestor e gerador no período de 5 anos (despesa)

61.089,60Biodigestor (despesa)

Valor em R$ Descrição

Metodologias de linha de base – sistemas de dejetos animais

Metodologia de linha de base consolidada relativa à emissão de metano a partir de sistemas de produção animal (ACM0010)

– AM006 (“GHG emission reductions from manure management systems”), referente ao Documento de Concepção de Projeto “Methane capture and combustion of swine manure treatment for Peralillo”

– AM0016 (“Greenhouse gas mitigation from improved Animal

Waste Management Systems in confined animal feeding operations”, referente ao Projeto “Granja Becker GHG Mitigation Project”, desenvolvido pela Agcert Canadá Co.

Metodologia de linha de base consolidada relativa à emissão de metano a partir de sistemas de produção animal (ACM0010)

É aplicável a projetos de manejo de dejetos com as seguintes condições:• fazendas onde as populações animais, compreendendo gado, búfalo,

suínos, ovelhas, carneiros, e/ou aves, são manejadas sob condições confinadas.

• fazendas onde o dejeto animal não é despejado em recursos hídricos naturais (exemplo, rios ou estuários).

• no caso de sistemas de tratamento com lagoas anaeróbicas, a profundidade das lagoas usadas para manejo de dejetos sob o cenário de linha de base deve ser de pelo menos de 1m2.

• a temperatura média anual no local onde o tratamento anaeróbico de dejetos na baseline é maior do que 5 oC.

• no caso da baseline, o tempo de retenção mínimo de dejetos animais no tratamento é maior do que um mês.

• o processo de tratamento de dejetos no projeto proposto deve assegurar que não haja fuga de dejetos animais na água subterrânea (exemplo: a lagoa deve ter uma camada impermeável no fundo).

Mercado mundial para metano

• Methane to Markets Partnership

Iniciativa internacional que objetiva reduzir as emissões globais de metano, promovendo o aumento do crescimento econômico e das opções de uso de energia.

Dentre as fontes principais de metano de origem agrícola, entende-se que o manejo de dejetos da pecuária oferece as oportunidades mais viáveis e de curto prazo, para a recuperação e utilização do metano. Essas oportunidades advém das tecnologias já disponíveis, e oferta de benefícios adicionais em termos de melhoria da qualidade ambiental.

Futuramente, existem oportunidades para reduzir emissões de metano a partir de outras fontes agrícolas, tais como as relacionadas com a fermentação entérica de ruminantes.

http://www.methanetomarkets.org

Methane to Market Partnership Expo

Outras atividades de projeto em MDL

Evitar, por meio de compostagem, a produção de metano decorrente da decomposição da biomassa

- Esta categoria de projetos envolve medidas para evitar a produção de CH4 ou outra matéria orgânica que teriam, do contrário, sido deixadas para se decompor anaerobicamente em uma área de disposição de resíduos sólidos sem recuperação de metano.

- A atividade do projeto não queima metano e não realiza a combustão controlada do resíduo. As medidas devem reduzir as emissões antrópicas por fontes e emitir diretamente menos de 15 quilotoneladas de equivalente de CO2 por ano.

- Aplica-se às atividades de projetos que gerem reduções anuais de emissões inferiores a 25.000 toneladas de CO2eq.

• P r o d u ç ã o d e b io d ie s e l (Ín d ia )O p r o p ó s i t o d a a t iv id a d e d e p r o je t o é m a n u fa t u r a r b io d ie s e l (3 0 to n

p o r d ia ) a p a r t i r d e ó le o s v e g e t a is , á c id o s g r a x o s , g o r d u r a s a n im a is , e t c ., s u b s t i t u in d o o p e t r o -d ie s e l.

(M e to d o lo g ia e m c o n s id e r a ç ã o p e lo C D M -E B ).

M D L n o B r a s i l

• B r a s i l : a p r o x . 1 3 % d a o fe r t a d e c r é d i t o s (v o lu m e ).

A Ín d ia l id e r a o r a n k in g (3 0% )

• P o te n c ia l d o a g r o n e g ó c io n o M D L b r a s i le i r o (4 0% ): 2 8 .5 6 0 .0 0 0 to n d e C O 2 /a n o (v a lo r : U S $ 1 6 0 .0 0 0 .0 0 0 /a n o )

[email protected]

Embrapa Meio Ambiente Jaguariúna, SP