tecnologias e ações socioeducativas saneamento...
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Tecnologias e
Ações Socioeducativas
Saneamento Rural
abril/ 2013
OBJETIVO DO SANEAMENTO RURAL
Desenvolver e coordenar atividades relacionadas com
obras e serviços de engenharia voltados para o
Saneamento Rural, implantação de sistemas de
abastecimento de água, de esgotamento sanitário e
unidades de tratamento de resíduos sólidos, no
âmbito do Estado, além de desenvolver ações de
conscientização, mobilização comunitária e de
educação sanitária nos Programas Sociais.
PPNSR
ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
PROGRAMA DE PARCERIAS COM PREFEITURAS
PAI
INCRA PAPP
PMC PCS
PROGRAMA VALE DO RIO DOCE
PRÓHIDRO
PROÁGUA
PEAA
PASS / HAB BRASIL
SEDRU
PROJETO
JEQUITINHONHA “VIDA
NO VALE”
ATUAÇÃO DA COPASA
EM PROGRAMAS SOCIAIS PROGRAMA ÁGUA NAS ESCOLAS
PROGRAMA ÁGUA DOCE
ÁGUA PARA TODOS META 2014
Público Alvo
Sedes municipais e comunidades rurais
dispersas ou adensadas que necessitam de
implantação, ampliação ou melhorias nos
sistemas de abastecimento de água,
esgotamento sanitário e resíduos sólidos e que
estejam fora da área de concessão da COPASA.
Os locais são selecionados conforme
características específicas de cada Programa.
A COPASA MG – Companhia de Saneamento de
Minas Gerais desenvolve ao longo de três
décadas programas sociais em saneamento
voltados para comunidades rurais, em sua
maioria, situadas em municípios de pequeno porte
e com baixo IDH.
As fontes de recursos/dotação orçamentária
desses programas advêm, prioritariamente, de
fontes governamentais situadas nos três níveis de
governo e são efetivadas por convênios e
contratos.
Os projetos elaborados e executados tem como
característica comum o emprego de tecnologias
de baixo custo, a capacitação operacional e o
envolvimento do poder público municipal e a
participação da comunidade local.
TIPOLOGIA DE PROJETOS EXECUTADOS
Sistema simplificado de abastecimento de água Sistemas de tratamento de água e de esgoto
Módulo sanitário Tratamento de resíduos sólidos urbanos
Tecnologias adotadas no Saneamento Rural
SISTEMAS DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Projetos Técnicos dos Sistemas de Abastecimento de Água – SAA
Tipos de Captação:
SUBTERRÂNEA:
Aproveitamento do poço profundo existente;
Perfuração / instalação poço profundo;
Perfuração / instalação cisterna (PSA: poço semi artesiano);
Superficial: nascente
SUPERFICIAL:
Barragem em nascente ou córrego
(manancias de baixa vazão)
Balsa - rio, grandes barragens ou lagoas de acumulação.
Projetos Técnicos dos Sistemas de Abastecimento de Água – SAA
Tipos de Tratamento:
Clorador de Pastilhas;
Bomba Dosadora de cloro;
Removedor de ferro e manganês;
Abrandador de dureza;
Dessalinizador;
Estação de tratamento de água convencional;
Filtro lento
Clorador de Pastilhas
Bomba Dosadora de cloro Estação de tratamento
de água convencional
Filtro lento Removedor de ferro e
manganês
SISTEMA DE
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SOLUÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO ADOTADAS:
I – Sistema Dinâmico:
Consiste na implantação de sistemas simplificados de
tratamento, operação e custos reduzidos em pequenas
comunidades dotadas de redes coletoras.
layout típico de uma ETE:
a) Tanque séptico seguido de filtro anaeróbio (década de 1980/90):
PPNSR – foram implantadas diversas estações de tratamento com o layout de
tanque séptico, seguido de filtro anaeróbio e leito de secagem.
ETE São José de Almeida
Implantada em 1988 População Projeto: 1.000 hab Fonte de Recurso: Banco Mundial, Governo Federal, Governo Estadual e Município.
b) Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo – UASB –
Up-flow Anaerobic Sludge Blanket (década de 90):
adotada obedecendo legislação vigente.
eficiência média de 60% a 70% na remoção de matéria orgânica
pode ser executada em diversos materiais: concreto, fibra de vidro e
ferrocimento, entre outros.
ETE Joaíma. Implantada em 2003. População Atendida: 9200 hab. Fonte de Recurso:PASS/ OGU e
HABITAR BRASIL 1998.
ETE Conquista Implantada em 2010 População Projeto: 7.415 hab Fonte de Recurso: SEDRU VI
ETE Perdizes Implantada em 2010 População Projeto: 12.591 hab Fonte de Recurso: SEDRU VI
b)
c) Reator UASB com pós-tratamento em filtro anaeróbio (década
90/2000): O filtro anaeróbio + reator UASB : aumenta para 85% de remoção de matéria
orgânica em uma unidade compacta. Pode ser executado em ferrocimento, fibra de vidro e concreto, entre outras
tecnologias.
ETE Santa Margarida – complementação de
obras – implantação de pós-tratamento em
filtro anaeróbio
Implantada em 2006 População Atendida: 8.740 hab. Fonte de Recurso: SEDRU II
ETE Machado Mineiro
Implantada em 2004 População Atendida: 5.030 hab. Fonte de Recurso: PROÁGUA
ETE Argirita Implantada em 2009 População Projeto: 2.818 hab. Fonte de Recurso: SEDRU VI
ETE Cruzeiro da Fortaleza Implantada em 2009 População Projeto: 3.500 hab.
Fonte de Recurso: SEDRU VIII – Complementar
c)
d) Reator UASB com pós-tratamento em filtro anaeróbio
e disposição no solo (década de 2000):
A disposição no solo é uma alternativa de pós-tratamento
que apresenta elevada eficiência combinada na remoção de
matéria orgânica (acima de 85%), porém, com uma
demanda de área significativa para a ETE. Outra vantagem,
diminui na época do seca, o lançamento no corpo receptor.
ETE Águas Vermelhas Implantada em 2002 População Projeto: 7.716 hab. Fonte de Recurso: PROÁGUA / Semiárido.
ETE Varzelândia Implantada em 2003 População Projeto: 6.733 hab. Fonte de Recurso: PASS-OGU HABITAR BRASIL 1998.
d)
SOLUÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO ADOTADAS:
II – Sistema Estático
A adoção das fossas variam conforme a geologia do local,
levando em consideração aspectos relacionados à
permeabilidade do solo, nível de lençol freático, área
disponível para implantação e número de habitantes na
moradia.
Os projetos padrões relativos ao esgotamento sanitário
estático atendem a uma família com média de 05 moradores
e foram elaborados em conformidade com as normas
técnicas da ABNT, NBR 7229/93 e NBR 13.696/97.
PROGRAMA SIPAM – 2009 -2010
Sistemas Individuais de Tratamento de Esgoto – SITEs
PROJETO 1: Fossa absorvente: construída em alvenaria de tijolos
maciços requeimados assentados de forma intercalada, nas dimensões
de 0,8m ou 1,00m de diâmetro interno e profundidade de 3,0. A tampa
é em concreto armado.
O SITE é composto por caixa de passagem, caixa de gordura e as interligações até a
fossa que pode ser absorvente ou séptica, tendo a seguinte especificação:
PROJETO 2: Fossa séptica em
alvenaria: Construída em
alvenaria de tijolos maciços
requeimados com chapiscado
comum de cimento e areia no
traço 1:3 com revestimento
para poços de visita ou
similares. As dimensões são de
1,0m de diâmetro e 3,0m de
profundidade. A tampa e a laje
de fundo são de concreto
armado.
PROJETO 3: Fossa
séptica com pré-filtro:
fossa séptica em PRFV
(poliéster revestido com
fibra de vidro) nas
dimensões de 1,50m
diâmetro interno e 1,60m
de profundidade.
PROJETO 4: Vala de infiltração:
com o objetivo de receber o
efluente líquido da fossa séptica,
a vala de infiltração é construída
nas dimensões de 60 cm de
largura, 80 cm de profundidade e
12 metros de cumprimento com
declividade de 1/300.
A vala é preenchida com 50 cm
de brita 3 ou seixo rolado, tubo
DN 100 perfurado, lona preta e
por fim, com 30 cm de terra.
MÓDULOS SANITÁRIOS
- Banheiros
Módulos Sanitários = banheirinho
Executados, em sua ampla maioria, em
residências de famílias de baixa renda situadas
em áreas periurbanas e rurais que foram
selecionadas pela Prefeitura Municipal, e
aprovadas, após verificação, in loco, pelo pessoal
da DVSR, conforme critérios adotados para seleção para implantação de módulo sanitário.
Ainda se configuram como uma forma de disposição adequada dos esgotos domésticos, pois
ao mesmo tempo que o banheirinho é edificado em habitações de famílias de baixa renda,
em que não existam ou sejam inadequadas as instalações sanitárias, também é implantada a
fossa absorvente (esgotamento estático).
Toda a manutenção do módulo sanitário é de responsabilidades dos beneficiários do
Programa.
DISPOSIÇÃO FINAL E TRATAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Unidade de Triagem e Compostagem
UTC – Características da implantação da obra:
Locação de unidades.
Adequação de projetos padrão.
UTCs são viáveis e apropriadas para municípios
de pequenos porte: baixo custo implantação e operacional.
Pode promover ganhos sociais e ambientais: melhoria da qualidade do ambiente e de saúde
pública.
Sustentabilidade operacional da UTC: geração de renda.
Aterro Sanitário: Características da implantação da obra
AÇÃO SOCIAL
CHUÁ RURAL
Objetivo da Ação Social:
Promover um conjunto de atividades socioeducativas como forma de
estimular e fortalecer o sentimento de co-responsabilidade, gestão autônoma
e eficaz dos projetos aplicados às comunidades, bem como deflagrar
processos de comunicação que valorizam os aspectos sociais, ambientais e
sanitários junto aos moradores e beneficiários diretos dos programas sociais
em saneamento.
MOBILIZAÇÃO SOCIAL PRÓ-ATIVA DOS AGENTES ENVOLVIDOS
Incentivando e promovendo a capacitação operacional e encontros itinerantes.
Discutindo a gestão de sistemas.
Visitando beneficiários.
Dialogando sobre saneamento/saúde com a comunidade escolar e agentes de saúde.
Técnicas e instrumentos utilizados para a consecução dos objetivos
1. Levantamento sócio-econômico da comunidade;
2. Mapeamento de lideranças formais e informais;
3. Pesquisa para identificação dos níveis de organização
da comunidade;
4. Reuniões com os órgãos públicos, lideranças,
entidades representativas das áreas de intervenção;
5. Visitas domiciliares;
6. Elaboração do projeto local de saneamento e/ou
plano de atividades;
7. Formação de agentes multiplicadores e/ou comissão
de acompanhamento de obras;
8. Elaboração e fornecimento de material
informativo (folhetos, cartilhas, cartazes, etc.);
9. Campanhas educativas;
10. Palestras.
Capacitação para operação do Sistemas
Cursos de capacitação para operadores de:
- SAA: - Sistemas de Abastecimento de Água: Tratamento de Água
- ETE - Estação de Tratamento de Esgoto
- UTC - Unidade de Triagem e Compostagem de Lixo.
Capacitação para oTratamento da Água
Objetivo:
Promover a capacitação dos operado-
res de Sistema de Abastecimento de Água,
orientando - os quanto aos procedimentos
técnicos e de segurança na utilização dos
produtos químicos.
Público alvo:
• Direto: funcionários de escolas públicas e responsáveis pelo SAA de Prefeitura Municipais ou
Associações Comunitárias.
• Indireto: estudantes de escolas estaduais e municipais comunidade em geral.
Capacitação de operadores de ETE
Estação de Tratamento de Esgoto
Objetivos:
• Promover ações sociais que visam garantir a funcionalidade do empreendimento realizado.
• Mobilizar a comunidade beneficiada com o sistema de esgoto, por meio de ações sociais que
estimulem o conhecimento sobre as técnicas adequadas de utilizar a rede de esgoto, a partir
do ponto de lançamento individual.
• Proporcionar treinamento operacional aos trabalhadores que irão atuar no tratamento de
esgoto.
Público alvo:
• Direto: Gestores e servidores da administração pública municipal, estudantes do 6º ano de
escolas estaduais e municipais e operadores da estação de tratamento de esgoto.
• Indireto: população das localidades beneficiadas com a ETE.
Capacitação de operadores
Disposição final de resíduos sólidos
•Unidade de triagem e compostagem - UTC
•Aterro sanitário
Objetivos:
Promover a capacitação técnica de funcionários e coordenadores das UTC para a
execução e gerenciamento correto das atividades nessas unidades e nos aterros
sanitários, orientando - os quanto aos procedimentos a serem observados.
Transmitir os conceitos técnicos e práticas operacionais das UTC e aterro sanitário para
administradores municipais e engenheiros de campo.
Orientar para o processo de licenciamento ambiental.
Público alvo:
• Direto: Gestores e servidores da administração pública municipal, estudantes de escolas
estaduais e municipais e operadores das unidades.
• Indireto: população das localidades beneficiadas com a UTC e aterro sanitário.
Materiais informativos e educativos elaborados e utilizados:
CONCLUINDO:
Especificidade de empreendimento do saneamento rural
está relacionado às necessidades da localidade;
Tecnologias adotadas para os sistemas são de baixo custo
e fácil operação;
Sem ou baixo custo de energia elétrica;
Gestão dos sistemas é por parte da família, associação
comunitária/comunidade, Prefeitura Municipal;
Ação social é adequada aos empreendimentos realizados;
Ação social possibilita a autonomia das comunidades
atendidas através da capacitação operacional.