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TECNOLOGIA DA PRODUÇÃO DE MELÃO RENDILHADO EM AMBIENTE PROTEGIDO Leila Trevizan Braz 1 ; Pablo Forlan Vargas 1 1 UNESP-FCAV, Departamento de Produção Vegetal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal-SP. e-mail: [email protected] 1. INTRODUÇÃO O cultivo comercial de melão no Brasil data da década de 60. Anteriormente, era importada da Espanha, uma cultivar conhecida como Valenciano Verde (na verdade, tipo Tendral Verde), que tinha casca verde-escura (mesmo com fruto maduro) e ótima conservação em pós-colheita, chegando a dois meses sem refrigeração (Maluf, 1999). O melão rendilhado, hortaliça largamente cultivada no Japão, teve seu primeiro cultivo comercial em 1986, pela CAC (Cooperativa Agrícola de Cotia), com sementes importadas do Japão (Rizzo, 2004). Os Estados do Paraná e São Paulo têm produzido esse melão com sucesso (Roselato, 1997; Alves, 2000). Esses melões apresentam vantagens comerciais em relação aos outros tipos, tais como, preferência pelo consumidor, boa cotação comercial e cultivo em pequenas áreas com boa lucratividade (Rizzo, 2004). A qualidade, em frutos de melão, envolve atributos relacionados à precocidade, concentração de produção, aparência, qualidade da polpa e armazenamento (McCreight et al., 1993). Aparência inclui formato, coloração da casca e da polpa e presença ou não de rendilhamento. A qualidade da polpa é influenciada pelo teor de açúcares, aroma, textura, firmeza e coloração. O cultivo do melão em ambiente protegido eleva não somente a produção, mas também a qualidade dos frutos produzidos, pois o tutoramento na vertical facilita os tratos culturais, o controle fitossanitário, simplifica a colheita e evita danos às plantas, proporcionando maior ventilação, principalmente durante o florescimento, o que favorece a polinização natural e a artificial, além de possibilitar aumento na densidade de plantas, podendo beneficiar a produtividade (Sganzerla, 1995). 1.1 Classificação botânica Existem inúmeras classificações conhecidas para o melão, sendo uma das mais aceitas a elaborada por Naudin, em 1859 (Nuez et al., 1996). Atualmente, há inúmeros híbridos que não se enquadram nessa classificação, sendo mais identificados pelo tipo

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TECNOLOGIA DA PRODUÇÃO DE MELÃO RENDILHADO EM AMBIENTE PROTEGIDO

Leila Trevizan Braz1; Pablo Forlan Vargas11UNESP-FCAV, Departamento de Produção Vegetal, Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n, 14884-900, Jaboticabal-SP. e-mail: [email protected]

1. INTRODUÇÃO

O cultivo comercial de melão no Brasil data da década de 60. Anteriormente, era

importada da Espanha, uma cultivar conhecida como Valenciano Verde (na verdade, tipo

Tendral Verde), que tinha casca verde-escura (mesmo com fruto maduro) e ótima

conservação em pós-colheita, chegando a dois meses sem refrigeração (Maluf, 1999).

O melão rendilhado, hortaliça largamente cultivada no Japão, teve seu primeiro

cultivo comercial em 1986, pela CAC (Cooperativa Agrícola de Cotia), com sementes

importadas do Japão (Rizzo, 2004). Os Estados do Paraná e São Paulo têm produzido esse

melão com sucesso (Roselato, 1997; Alves, 2000).

Esses melões apresentam vantagens comerciais em relação aos outros tipos, tais

como, preferência pelo consumidor, boa cotação comercial e cultivo em pequenas áreas

com boa lucratividade (Rizzo, 2004). A qualidade, em frutos de melão, envolve atributos

relacionados à precocidade, concentração de produção, aparência, qualidade da polpa e

armazenamento (McCreight et al., 1993). Aparência inclui formato, coloração da casca e

da polpa e presença ou não de rendilhamento. A qualidade da polpa é influenciada pelo

teor de açúcares, aroma, textura, firmeza e coloração.

O cultivo do melão em ambiente protegido eleva não somente a produção, mas

também a qualidade dos frutos produzidos, pois o tutoramento na vertical facilita os tratos

culturais, o controle fitossanitário, simplifica a colheita e evita danos às plantas,

proporcionando maior ventilação, principalmente durante o florescimento, o que favorece a

polinização natural e a artificial, além de possibilitar aumento na densidade de plantas,

podendo beneficiar a produtividade (Sganzerla, 1995).

1.1 Classificação botânica

Existem inúmeras classificações conhecidas para o melão, sendo uma das mais

aceitas a elaborada por Naudin, em 1859 (Nuez et al., 1996). Atualmente, há inúmeros

híbridos que não se enquadram nessa classificação, sendo mais identificados pelo tipo

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comercial que representam. Comercialmente, consideram-se os seguintes tipos de melão:

Tipo Amarelo, Tipo Pele-de-Sapo, Tipo Honeydew, Tipo Cantaloupe, Tipo Gália e Tipo

Charentais (Torres, 1997). Eles são assim classificados quanto à variedade botânica:

Cucumis melo var. inodorus para os tipos Amarelo, Pele-de-Sapo e Honeydew; Cucumis

melo var. reticulatus para o tipo Cataloupe e Gália, e Cucumis melo var. cantalupensis para

o tipo Charantais (Costa & Silva, 2003).

Os vários grupos de cultivares existentes foram elaborados principalmente em

função de características de seus frutos, havendo grande variabilidade dentro de um mesmo

grupo (Odet, 1992).

O melão rendilhado diferencia-se dos tradicionais existentes no mercado devido ao

aspecto visual do fruto, aroma e, principalmente, ao maior teor de sólidos solúveis,

responsáveis pelo sabor. Possuem valor agregado superior aos demais tipos e já estão

sendo produzidos no Brasil com boas perspectivas no mercado (Factor et al., 2000).

1.2 Valor nutracêutico

A qualidade nutricional contribui favoravelmente para o consumo de melão

rendilhado, pois é considerado pouco calórico e boa fonte de sódio, potássio, vitaminas A e

C e betacaroteno (Lester, 1997).

O fruto de melão é consumido in natura, como ingrediente de saladas e na forma de

suco. O fruto maduro tem propriedades medicinais, sendo considerado calmante,

refrescante, alcalinizante, mineralizante, oxidante, diurético, laxante e emoliente. É

recomendado, também, no controle da gota, do reumatismo, da artrite, da obesidade, da

colite, da atonia intestinal, da prisão de ventre, das afecções renais, da litíase renal, da

nefrite, da cistite, da leucorréia, da uretrite e da blenorragia (Costa & Grangeiro, 2003).

1.3 Importância econômica

Aproximadamente 98% do melão produzido no Brasil pertence ao tipo Amarelo. Os

outros 2% pertencem aos melões das variedades botânicas Reticulatus e Cantaloupensis,

que, apesar de possuírem alto valor comercial, principalmente no mercado externo, têm

cultivo ainda muito restrito devido à limitada resistência dos frutos ao transporte e à

reduzida conservação pós-colheita (Menezes et al., 1998).

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Na literatura, encontra-se pouca informação relativa à quantidade de área plantada

com melões do tipo cantaloupe no Brasil, uma vez que a maior expressividade de plantio

ocorre para o melão do tipo Amarelo. O plantio de melões rendilhados concentra-se mais

nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, caracterizando-se por cultivos efetuados em casas de

vegetação, sendo que estes vêm aumentando nos últimos anos (Purquerio, 2002).

Na Figura 1, é apresentado o índice de variação estacional de preços e volumes

mensais de melão rendilhado comercializado no atacado no CEASA-CE, no período de

1995 a 2006. Verifica-se que os preços mais elevados do produto ocorrem de abril a julho,

período em que ocorrem os menores volumes de comercialização. Já na Figura 2, observa-

se que, de 1995 a 1997, os preços diminuíram e permaneceram constantes até 1999. A

partir de 2000, o produto começou a elevar o preço e terminou o ano de 2006 com valor de

R$ 1,28 ao quilo. É importante destacar que esses valores não foram deflacionados. O

volume comercializado foi crescente de 1995 a 1999, ano em que se observou o maior

volume comercializado (835,0 t) dentro do intervalo estudado, quando, a partir daí,

começou a decrescer até 2004, tendo novo crescimento e terminando o ano de

2006 com 677,8 t.

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Figura 1. Índice de variação sazonal de preços e volumes mensais comercializados de melão rendilhado, no período de 1995 a 2006, no CEASA-CE.

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Figura 2. Evolução de preços e volumes comercializados de melão rendilhado, no período de 1995 a 2006, no CEASA-CE. Valores não deflacionados.

Na Coréia do Sul, o preço de 1 fruto de melão, em agosto de 2006, estava sendo

comercializado no varejo a R$ 25,00. Portanto, a cultura apresenta grandes potenciais para

a exportação.

2. TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE MUDAS

2.1 Recipientes

O modo mais comum de produção das mudas é em bandejas de poliestireno

expandido, com 128 células. Deve-se ter o cuidado de não passar da época de fazer o

transplante, que não deve exceder o período de emissão da primeira folha definitiva (Anjos

et al., 2003), pois a muda passada atrasa o ciclo da cultura.

A utilização de recipientes, na produção de mudas de hortaliças, tem sido

intensificada, em razão de proteger melhor a muda, facilitar o seu manuseio, causar poucos

danos ao sistema radicular e elevar as taxas de pegamento, bem como contribuir para

antecipar o plantio e a colheita (Souza, 1992). Em relação ao método tradicional

(semeadura direta), apresentam-se, ainda, as seguintes vantagens: menor gasto de

sementes, seleção de mudas, menor dano às raízes por ocasião do transplante, melhor

pegamento das mudas no campo, maior precocidade e uniformidade de colheita, além de

facilitar o controle fitossanitário e permitir o transplante a qualquer hora do dia (Souza,

1992).

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Em trabalhos realizados por Muniz et al. (2003), o tipo de bandeja afetou

significativamente todas as variáveis analisadas para a cultivar Carvalho. Embora a cultivar

Gaúcho não tenha sido afetada pelo tamanho da bandeja, apresentou os menores valores de

desenvolvimento de mudas para a bandeja de 200 células (Tabela 1).

Tabela 1. Dados médios de comprimento de parte aérea (PA), comprimento de raízes (CR), peso da matéria fresca (MF) e número de folhas definitivas (FD) sobre o efeito de dois tipos de bandejas na produção de duas cultivares de melão.

PA (cm) CR (cm) MF (g) FD (n°) Bandejas

Gaúcho Carvalho Gaúcho Carvalho Gaúcho Carvalho Gaúcho Carvalho128 cels 5,0aB 7,5aA 6,3aA 6,0aA 0,4aB 0,8aA 1,3aB 1,6aA 200 cels 5,0aB 6,5bA 5,8aA 5,6bA 0,5aA 0,6bA 1,2aA 1,2bA CV % 2,7 2,2 3,2 1,6

Adaptado de Muniz et al. (2003). Letras iguais, minúscula na coluna e maiúscula na linha, não diferem entre si.

2.2 Substratos

O substrato utilizado para a produção de mudas de hortaliças pode ser composto

por diversos materiais. Contudo, a escolha deste depende da disponibilidade, propriedades

físico-químicas, embora, em muitas situações, substratos com baixos teores de nutrientes

sejam utilizados, necessitando de uma complementação com fertilizantes. Freqüentemente,

as empresas produtoras de substratos lançam novos produtos; assim, faz-se necessária a

realização de testes para determinar sua eficiência na produção de mudas de melão.

Barros Júnior et al. (2004) avaliaram diferentes substratos no crescimento de mudas

de cultivares de meloeiro e verificaram que o substrato Gold Mix 47 mostrou-se adequado,

pois proporcionou menor altura de plantas e maior comprimento de raiz (Tabela 2).

As mudas produzidas em bandejas de 128 células, utilizando substratos adequados,

apresentam-se no ponto para o transplante em aproximadamente sete dias.

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Tabela 2. Altura de plantas (AP), massa seca da parte aérea (MSPA), comprimento da raiz (CR) e massa seca da raiz (MSR) de cultivares de melão, em três substratos diferentes.

Características avaliadas Substratos

AP (cm) MSPA (g planta-1) CR (cm) MSR (g planta-1) Gold Mix 47 8,50 b 0,0572 a 7,59 a 0,0106 a Plantmax 10,23 a 0,0647 a 6,21 b 0,0111 a Composto orgânico 9,20 ab 0,0586 a 6,80 b 0,0094 a CV (%) 12,28 13,28 8,61 26,74

Adaptado de Barros Júnior et al. (2004).

2.3 Enxertia

A intensificação do cultivo de melão em casa de vegetação e a não-realização

periódica de rotações levaram ao aparecimento de doenças causadas por fungos

(Alexandre, 1997). A ocorrência e a intensificação das doenças estão diretamente

relacionadas com o cultivo intensivo e extensivo de uma mesma espécie vegetal, gerando

relações de microrganismos patogênicos. Também envolvendo-se no grau de severidade de

doenças, estão a qualidade de condução das culturas e o clima, favorecendo ou não a

relação ou interação entre planta-patógeno e o processo de doença (Tavares et al., 2002).

Devido ao surgimento de raças fisiológicas, estirpes ou grupos diferentes de

patógenos, o uso de variedades resistentes tem sido limitado, e a obtenção de materiais

resistentes, lenta. Com base nisso, a adoção da enxertia utilizando porta-enxertos

resistentes, constitui uma alternativa de controle em curto prazo. Desde que começou a ser

praticada em hortaliças, a enxertia apresentou-se como boa alternativa na solução de

problemas de ocorrência freqüente na olericultura (Goto et al., 2003).

A enxertia é uma prática muito efetiva para o controle de doenças causadas por

patógenos do solo e nematóides, mas é uma técnica que exige mão-de-obra especializada, e

as mudas demoram mais tempo para atingir o estádio ideal para o transplante. Demandam

a construção e a utilização de estruturas e materiais adequados. São necessárias maiores

despesas na prática desta técnica, bem como na aclimatação das mudas em comparação

com as mudas convencionais. Embora com estes custos adicionais, a enxertia é uma prática

bastante difundida no Japão, principalmente quando se trata de produção em casa de

vegetação. A área de produção de hortaliças de frutos utilizando plantas enxertadas tem

crescido, especialmente com o aumento do cultivo em ambiente protegido (Oda, 1995).

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De acordo com Lee et al. (2006), na Coréia, mudas enxertadas de melancia são

utilizadas no controle de doenças de solo e para melhorar a tolerância às baixas

temperaturas, já que são cultivadas também nestas condições.

Lee et al. (2006) citam que, da área cultivada em 2005 com melão, na Coréia do

Sul (em torno de 7.000 ha), 95% dos produtores utilizaram mudas enxertadas e que estas

mudas são geralmente superiores às não-enxertadas quanto ao desempenho na produção e

na qualidade. Lee et al. (2006) relatam que, na Coréia, têm sido empregados diversos tipos

de enxertia em hortaliças, dentre as quais: Hole Insertion Grafting - HIG (perfuração com

palito), Combination of Root Pruning and Hole Insertion Grafting - RPHIG (combinação

de perfuração com palito e poda da raiz do porta-enxerto), Splice Grafting – SG (corte em

bisel do porta-enxerto e enxerto) e Combination of Root Pruning and Splice Grafting –

RPSG (combinação de poda da raiz do porta-enxerto com corte em bisel do porta-enxerto e

enxerto). Também relatam, que as condições ambientais são essenciais para o

desenvolvimento da planta enxertada.

Salles (2000), em um estudo para verificar a reação ao cancro-da-haste e na

compatibilidade de enxertia, constatou que as abóboras Ikky, Shelper, Agroceres,

Kirameki, Kurodame e Maxixe foram os porta-enxertos que se mostraram altamente

resistentes, já as cultivares Aragon, Hami Uri, Honey Dew, Alice, Mônica, Nero, Caipira,

New Prince, Sunrise, Bônus n° 2, Early Dawn e o porta- enxerto híbrido melão base

comportaram-se como suscetíveis ou altamente suscetíveis, em avaliações realizadas aos

75 dias após a inoculação. No mesmo estudo, sugere-se que os porta-enxertos devem ser

semeados três dias antes do enxerto Bônus n°2 e dois dias, quando o enxerto for o híbrido

Louis. A autora recomenda utilizar o porta-enxerto Kirameki por apresentar maior

porcentagem de pegamento na enxertia tipo encostia.

Rizzo et al. (2000), no Brasil, avaliaram três processos de enxertia: encostia, fenda

cheia e perfuração lateral em quatro porta-enxertos: Shelper, Maxixe (C. anguria), Bucha e

o híbrido para melão base (Takii), sendo o porta-enxerto Shelper e a bucha os tipos que

obtiveram maiores percentagens de pegamento e, para os tipos de enxertia, os que se

destacaram foram encostia e fenda cheia. A utilização do porta-enxerto Shelper

proporcionou os maiores valores de massa e diâmetro médio longitudinal de frutos de

melão rendilhado.

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Ito (2006), trabalhando com nove genótipos como porta-enxertos (Maxixe, Melão

Base, Progênie de Melancia 1a, Progênie de Melancia 5a, Progênie de Melancia 1b,

Progênie de Melancia 5b, Shelper, Ikky e Agroceres) e o enxerto Bônus n° 2, com objetivo

de verificar a resposta ao cancro da haste, verificou que a produção, as dimensões do fruto,

a espessura de polpa e o teor de sólidos solúveis não são influenciadas pela enxertia (tipo

fenda cheia). Shelper, Ikky e Agroceres foram aqueles porta-exertos que apresentaram

menores sintomas de cancro-da-haste, portanto os mais indicados.

3. TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO DE MELÃO RENDILHADO EM AMBIENTE

PROTEGIDO

Este sistema expandiu-se a partir de 1990, na região Centro-Sul, principalmente nos

Estados de São Paulo e Paraná. Com a possibilidade de expansão da exportação e a

perspectiva de novos nichos de mercado com a expansão das grandes redes de

supermercados no País, o meloeiro vem experimentando sensível expansão de cultivo

nesse sistema, com predominância dos melões do tipo cantaloupe. O plantio geralmente é

feito no solo, mas, recentemente, o cultivo sem solo vem ocupando um espaço crescente no

cultivo dessa espécie. A cultura geralmente é conduzida na vertical, o que permite melhor

aproveitamento da área (Pádua, 2001). A planta inicia ramificação e florescimento,

respectivamente, aos 14 e 28 dias do transplante.

3.1 Cultivo no solo

No Brasil, a maior parte do cultivo protegido em abrigos fixos ainda é feita em

condições naturais de solo (Müller & Vizzotto, 1999). Essa prática, quando comparada às

condições de campo, apresenta inúmeras vantagens, como a obtenção de colheitas durante

todo o ano, precocidade das colheitas, economia de água e fertilizantes, maiores

rendimentos e melhor qualidade dos produtos (Farias, 1988).

Em trabalhos conduzidos no período de outono e inverno, nas condições de

Jaboticabal-SP, com o melão Valenciano Amarelo CAC, foram observados maior

rendimento, melhor qualidade e maior resistência ao armazenamento dos frutos colhidos

sob condições protegidas quando comparados àqueles produzidos sob condições de campo

aberto (Araújo & Castellane, 1996).

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Por outro lado, o uso intensivo do solo, em condição protegida, acarreta inúmeros

problemas, como acúmulo de sais minerais e maior ocorrência de patógenos. Os fatores

que mais contribuem para essa concentração de sais, podem ser enumeradas como: a não-

ocorrência de chuvas, a utilização de adubação mineral elevada, o acentuado uso de

irrigação por gotejamento e o uso contínuo da mesma área de solo. Essa concentração

poderá atingir valores que se tornarão fitotóxicos para a maioria das culturas, reduzindo a

produção e favorecendo a ocorrência de pragas e doenças (Muller & Vizzotto, 1999).

Nos países desenvolvidos, os problemas de patógenos e salinização têm sido

resolvidos com a desinfecção do solo e o plantio em substratos, porém com um custo

inicial alto e com fortes influências ambientais, econômicas e do sistema de produção

utilizado, exigindo conhecimentos específicos e pouco disponíveis no Brasil (Pádua,

2001).

Segundo Müller & Vizzoto (1999), todos os cuidados devem ser tomados no

manejo desse ambiente, visando a manter o solo com as melhores características físicas,

químicas e biológicas, considerando que é difícil e oneroso mudar a estrutura do local.

Como medidas preventivas, os autores recomendaram o uso de máquinas apropriadas no

preparo do solo, o uso de matéria orgânica, rotação e consorciação de culturas, adubação

verde a cada dois anos, correção da acidez trocável do solo e a utilização de fontes com

menor índice de salinidade na adubação visando a manter o equilíbrio do solo. Para

corrigir ou amenizar a salinização, foram feitos o uso da lixiviação através da irrigação,

seguida de adubação orgânica, e o uso de culturas intercalares com maior tolerância à

salinidade, além do emprego da solarização, que favorece a eliminação de patógenos,

plantas daninhas e pragas.

3.2 Cultivo hidropônico

O cultivo hidropônico no Brasil foi introduzido em 1987 por produtores paulistas,

que trouxeram a técnica do Japão (Furlani, 1999).

Uma das alternativas para o cultivo do meloeiro em regiões e/ou épocas do ano em

que as variáveis do ambiente aéreo e radicular são pouco favoráveis ao crescimento da

planta, é o emprego do cultivo protegido e fora do solo.

O uso intensivo do solo em ambiente protegido promoveu o surgimento de algumas

limitações, como contaminações do solo com bactérias e fungos fitopatogênicos,

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nematóides e salinização. Estes problemas, em algumas regiões, têm limitado a produção, e

como os produtores nem sempre dominam a técnica para contorná-los, estas dificuldades

têm favorecido o interesse pelo cultivo hidropônico (Moraes & Furlani, 1999).

Segundo Vazquez (1993), este sistema, já utilizado há mais tempo nos países

desenvolvidos, foi concebido a princípio para resolver problemas com doenças provocadas

por microrganismos do solo. Com o tempo verificaram-se outras vantagens com respeito à

produção, qualidade e uniformidade, em comparação com o cultivo no solo.

O cultivo do meloeiro em sistema hidropônico pode ser justificado pelos seguintes

itens: controle parcial dos elementos meteorológicos, menor aplicação de defensivos

agrícolas, manejo de água e nutrientes de acordo com a base de desenvolvimento da

cultura, e possibilidade de adensamento do cultivo, caracterizando-se como fatores

relevantes, possibilitando incremento significativo nos valores de produtividade e

qualidade no produto final (Casaroli et al., 2004). No entanto, a utilização desta técnica

tem esbarrado em problemas, como custo de produção (Carrasco et al., 1999) e falta de

conhecimento técnico. Neste sentido, há necessidade de gerar pesquisas visualizando a

diminuição de custos ao produtor, melhorando a relação custo-benefício e fornecendo

suporte para que estes possam utilizar cada vez mais esta técnica.

Os sistemas hidropônicos também podem ser classificados em sistemas abertos e

fechados; no primeiro caso, a solução nutritiva é aplicada uma única vez às plantas, não

sendo reutilizada, sendo normalmente aplicada em cultivo com substratos; já no sistema

fechado, o excesso de solução nutritiva é recuperado e recirculado, sendo denominado

NFT (técnica de cultivo com fluxo laminar de nutrientes) (Castellane & Araújo, 1994).

Costa et al. (2004) em estudos realizados em Jaboticabal-SP, utilizando o sistema

NFT, verificaram que a melhor dose de potássio para o cultivo do melão rendilhado é de

66 mg L-1. Verificou-se, nesse trabalho, massa média do fruto variando de 606,55 a 669,08

gramas.

Villela Junior et al. (2001) avaliaram o desempenho de melão rendilhado (Bônus n°

2) no sistema hidropônico aberto (substrato de efluentes sólidos de biodigestor) e fechado

(NFT) e verificaram que o sistema fechado foi superior para as características de massa do

fruto e sólidos solúveis, enquanto, para acidez titulável e pH, não se verificaram diferenças

entre os sistemas. Apesar dos resultados satisfatórios do sistema NFT, devido à

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sensibilidade da cultura ao fungo Dydymella bryoniae, por manter a região do coleto da

planta com umidade, esse método não tem sido muito utilizado comercialmente.

Pádua (2001) avaliou a produtividade de três cultivares de melão (Bônus n°2, Don

Carlos e Hy Mark) em três sistemas de cultivo (solo, substrato comercial e areia),

verificando que os frutos com maior massa foram oriundos do cultivo em substrato

comercial e areia. Assim, o autor recomenda a utilização de areia para o cultivo de melão,

uma vez que é de fácil aquisição, baixo custo e menos complexo.

Vargas et al. (2006), avaliando as características produtivas de cinco cultivares de

melão rendilhado em dois sistemas de cultivo, solo e substrato (fibra da casca de coco),

verificaram que, independentemente da cultivar utilizada, o cultivo em substrato apresenta

melhor desempenho (Tabela 3).

Tabela 3. Médias de cinco características em dois sistemas de cultivo de cinco cultivares de melão rendilhado.

Características avaliadas(1)

Sistemas PP (kg pl-1)

DTF (mm)

DTL (mm)

EM (mm)

DIP (mm)

Substrato(2) 2,51a 131,52a 56,49a 37,80a 9,17a Solo 1,52 b 129,08a 62,02 b 34,56 b 7,79 b Teste F 59,45** 0,65ns 11,24* 6,10* 29,30** CV (%) 15,20 6,35 7,60 9,89 8,18 (1) PP = Produção por planta; DTF = Diâmetro transversal do fruto; DTL = Diâmetro transversal do lóculo;

EM = Espessura do mesocarpo; e DIP = Diâmetro de inserção do pedúnculo. (2) fibra da casca de coco. Adaptado de Vargas et al. (2006).

A qualidade do fruto de melão é superior quando se utiliza como substrato fibra da

casca de coco em relação ao solo. Em trabalhos realizados em Jaboticabal-SP, por Castoldi

et al. (2006a), foi verificado que, para todas as características avaliadas, exceto para acidez

titulável, que não se mostrou influenciada pelo sistema, o substrato fibra da casca de coco

proporcionou resultados superiores aos do cultivo em solo (Tabela 4).

Para o cultivo hidropônico, no sistema fechado ou aberto, a solução nutritiva

proposta por Castellane & Araujo (1994) é a mais utilizada.

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Tabela 4. Médias de quatro características qualitativas de frutos em cinco cultivares de melão rendilhado, cultivadas em dois sistemas de cultivo.

Características avaliadas(1)Sistemas

SS AT RATIO Vit C RC Substrato(2) 12,76a 0,11a 1,12 b 22,65a 1,12b Solo 7,48 b 0,10a 2,05a 15,77b 2,05a Teste F 244,88** 2,65ns 54,31** 22,04** 54,58** CV (%) 9,12 19,45 16,60 20,90 21,52

(1) SS = Sólidos Solúveis (ºBrix); AT = Acidez titulável, valores expressos em gramas de ácido cítrico em 100 ml de solução; Ratio = índice de maturação (SS/AT); e Vit C = Vitamina C, valores expressos em gramas de vitamina C em 100 ml de solução. RC = Rendilhamento de Casca (1 = intenso, 2 = médio e 3 fraco).

(2) fibra da casca de coco. Adaptado de Castoldi et al. (2006a).

3.3 Túnel baixo

Gusmão et al. (2001), estudando o efeito do túnel baixo e cobertura de solo na

produção de híbridos de melão rendilhado, verificaram que o uso do túnel baixo não se

mostrou vantajoso nas condições climáticas em que a pesquisa foi conduzida, quando

utilizado simultaneamente com a cobertura do solo. Na ausência de cobertura do solo o uso

do túnel baixo favoreceu ao aumento da produção. Quando o túnel baixo não foi utilizado,

o solo coberto proporcionou maior produção (Tabela 5).

Tabela 5. Produção de híbridos de melão rendilhado com ou sem túnel baixo e cobertura de solo.

Túnel baixo Coberturas do solo

Com Túnel Sem túnel

Com cobertura 5,54 A a 5,94 A a

Sem cobertura 3,59 B a 2,81 B b *Médias seguidas da mesma letra maiúscula na vertical ou minúscula na horizontal, não diferem entre si (Tukey P>0,05). Adaptado de Gusmão et al. (2001).

3.4 Sistemas de condução

A poda vem sendo utilizada em algumas hortaliças, com o objetivo de aumentar a

produção e melhorar a qualidade dos frutos, além de facilitar outras práticas culturais.

Além da finalidade de equilibrar o seu vigor visando a melhorar a distribuição de

seiva (Murayama, 1973), também afeta a precocidade, a fixação de flores, quantidade,

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tamanho e maturação dos frutos, bem como a área foliar da planta, importante na eficiência

dos tratos fitossanitários e na adubação foliar (Gómes-Guilamón et al., 1997).

Odet (1985) cita que a poda em melão depende de vários fatores que atuam

interligados, entre os quais a variedade, vigor da planta, suprimento de água, fertilidade do

solo, sistema de condução e época do ano. Esta interação, segundo o autor, explica os

vários resultados contraditórios encontrados na literatura, sobre a melhor maneira de se

podar.

Zapata et al. (1989) atribuíram importância à poda, na melhoria da frutificação do

meloeiro, devido ao equilíbrio no vigor da planta, pois os frutos demandam grande

quantidade de substâncias produzidas pelas folhas para completar seu desenvolvimento e

posterior maturação.

Monteiro & Mexia (1988) verificaram que as plantas de melão podadas após a

segunda folha apresentaram maior área foliar e altas correlações entre a área foliar por

fruto e o seu teor de sólidos solúveis e entre a área foliar por fruto e a sua massa média.

Concluíram que, quanto maior a área foliar à disposição de cada fruto, tanto maiores serão

sua massa média e o teor de sólidos solúveis dos frutos.

Maruyama (1999), estudando o efeito do sistema de condução (1 ou 2

hastes/planta) em função da posição de fixação do fruto (5o-8o nó, 9o-11o nó e 12o-15o nó) e

produção de frutos/planta verificou que uma haste, por ser de mais fácil manejo e por não

diferirem os valores de produção com os de duas hastes, é a orientação de crescimento

mais indicada. Quanto à posição de fixação dos frutos na planta, do 9o ao 11o e do 12o ao

15o nó, foram as posições que proporcionaram maior produção/planta (Tabela 6).

Tabela 6. Médias observadas para produção total de frutos por planta (kg/planta) em função da interação entre posição de fixação e sistema de condução.

Sistema de Condução Posição de fixação 1 haste 2 hastes

5o – 8o nó 0,231 Bb1/ 0,862 Ba 9o - 11o nó 1,123 Aa 1,178 Aa 12o - 15o nó 1,339 Aa 1,352 Aa 1/ Médias seguidas de mesma letra, maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem

significativamente entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. Adaptado de Maruyama (1999).

Três cultivares de melão rendilhado (Aclaim, Hy Mark e Galileu) foram avaliadas

com relação à produtividade e às características de fruto por Rizzo & Braz (2002) sob dois

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tipos de poda, em ambiente protegido (a recomendada para cultivo tutorado com uma

haste, com retirada dos ramos laterais até o 10° entrenó e capação dos ramos laterais que

fixaram frutos após a primeira folha seguinte ao fruto fixado; e outra com uma haste, com

a retirada dos ramos laterais que fixaram frutos após a primeira folha seguinte ao fruto

fixado; e outra com uma haste, com retirada dos ramos laterais apenas até o 10º entrenó).

Diferenças significativas entre os tratamentos foram detectadas com relação à espessura da

polpa, teor total de sólidos solúveis e produtividade, principalmente na cultivar Galileu.

Um aspecto importante a se considerar quando da realização da poda, é o fato da

utilização de instrumentos de corte. Têm sido observados picos no progresso da podridão-

gomosa (Didymella bryoniae), principal doença do melão rendilhado, após podas das

brotações, o que tem sido associado à disseminação do patógeno pela ferramenta utilizada

(Vida et al., 2004).

Em estudo realizado por Vida et al. (2004), foi verificado que a desinfecção da

ferramenta utilizada, com hipoclorito a 2%, foi eficiente na redução da disseminação de D.

bryoniae em condições de ambiente protegido (Tabela 7).

A operação de raleio é uma prática efetuada com a finalidade de melhorar o

tamanho e a qualidade dos frutos produzidos. Recomenda-se a eliminação dos frutos

malformados o mais cedo possível (Costa & Grangeiro, 2003b).

Entre os componentes de formação da produtividade do meloeiro, tem-se o número

de frutos por planta, sendo este influenciado por fatores genéticos, agentes polinizadores,

hídricos, térmicos e nutricionais.

Monteiro & Mexia (1988) verificaram que o aumento no número de frutos por

planta, das cultivares MacDimon e Harvest King, determinou a redução no seu peso. Outra

forma de reduzir o tamanho é através da utilização de espaçamentos menores, permitindo

intensa competição entre as plantas, as quais produzem maior número de frutos por área e

de menor tamanho (Faria et al., 2000).

Martins et al. (1998), avaliando também o número de frutos por planta, verificaram

baixa fixação de frutos, atribuindo o resultado à grande competição por fotossintatos e

nutrientes estabelecida pelos frutos que se encontravam em ramificações secundárias

sucessivas na planta.

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Tabela 7. Efeito da desinfecção da tesoura de poda nos danos causados por Didymella bryoniae em dois híbridos de melão rendilhado em casa de vegetação.

Incidência

Híb

ridos

Ano

Estu

fa

Des

infe

cçã

o % plantas com necrose no

caule

% de plantas mortas

Brix Produtividade (t ha-1)

1 Com 12,5 b 2,5 b 14,9 27,01ª 1 2 Sem 100a 100a - 0,00b 1 Com 17,5 b 2,5 b 14,8 26,78ª 2 2 Sem 100a 100a - 0,00b 1 Com 15 b 2,5 b 15,1a 27,61ª 1 2 Sem 70a 30a 13,8b 17,10b 1 Com 27,5 b 7,5 b 15,3a 26,90ª

Bôn

us n

° 2

2 2 Sem 62,5a 30a 13,1b 19,88b 1 Com 7,5 b 2,5 b 15,1a 27,13ª 1 2 Sem 100a 80a 11,8b 7,68b 1 Com 12,5 b 5a 14,9a 28,03ª 2 2 Sem 52,5a 10a 12,7b 17,84b 1 Com 10 b 5 b 15,0a 28,34ª 1 2 Sem 42,5a 20a 14,6a 21,34b 1 Com 20 b 10 b 15,2a 26,86ª

Sunr

ise

2 2 Sem 100a 87,5a 12,0b 4,50b Média de quatro repetições. Médias com mesma letra entre tratamentos, dentro de cada estufa, de cada ano e de cada híbrido, não diferem entre si, pelo teste de Duncan, ao nível de 5% de significância. Adaptado de Vida et al. (2004).

De acordo com Monteiro & Mexia (1988) e Martins et al. (1998), normalmente, em

cultivo de meloeiro em casa de vegetação, as plantas conseguem desenvolver dois frutos.

Farias (1988) também constatou que, neste tipo de sistema de condução, somente dois ou

três frutos atingem o estádio de maturação.

O número de frutos conduzidos por planta pode afetar, além do peso do fruto a ser

colhido, a sua qualidade. Monteiro & Mexia (1988) verificaram que o valor do teor de

sólidos solúveis foi superior no tratamento em que houve planta com um só fruto. À

medida que o número de frutos por planta aumentou, os valores do teor de sólidos solúveis

e do peso médio decresceram. Concluíram que o número de dois frutos por planta foi o

tratamento mais equilibrado, por produzir frutos grandes e com elevado teor de sólidos

solúveis.

Purquerio et al. (2003), avaliando o efeito do número de frutos por planta sobre a

produtividade do meloeiro, verificaram que a produção comercial aumentou à medida que

se aumentou o número de frutos por planta, e que o número de frutos por planta

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influenciou significativamente no peso do primeiro, segundo e terceiro frutos colhidos, de

forma que, à medida que cresceu o número de frutos colhidos por planta, houve redução no

peso médio dos frutos (Tabela 8).

Tabela 8. Produção comercial de frutos por planta (PROD), peso do primeiro, segundo, terceiro e quarto frutos fixados pelo meloeiro.

1º fruto 2º fruto 3º fruto 4º fruto Nº de frutos preestabelecidos por

planta

PROD (g planta-1) (g fruto-1)

2 1.670 c 831 a 846 a - - 3 2.045 b 706 b 651 c 691 a 4 2.642 a 686 b 679 bc 632 a 585

Livre 2.327 ab 717 b 730 b 689 a 578 CV (%) 20,1 8,2 11,1 12,8 -

Adaptado de Purquerio et al. (2003).

Costa et al. (2003) também avaliaram o efeito do número de frutos por planta sobre

a produção do melão rendilhado, cultivado em hidroponia, e verificaram que a produção

total aumentou à medida que se aumentou o número de frutos por planta, e que o número

de frutos por planta influenciou significativamente no peso médio do segundo fruto colhido

e no peso médio dos demais frutos, de forma que, à medida que cresceu o número de frutos

colhidos por planta, houve redução na massa do segundo fruto e na massa dos demais

frutos (Tabela 9). Esses resultados apresentaram comportamento semelhante aos obtidos

por Purquerio et al. (2003), quanto à produção total.

Tabela 9. Peso médio do segundo fruto (PMSF), peso médio dos frutos (PMF) e produção total (PT) em função do número de frutos por planta (NFP).

NFP PMSF (g fruto-1) PMF (g fruto-1) PT (g planta-1) 2 705,69 a 669,08 a 1.343,62 c 3 654,30 ab 606,55 ab 1.819,64 b 4 577,28 c 580,70 b 2.322,81 a

Livre 596,14 bc 626,90 a 1.880,70 b Adaptado de Costa et al. (2003).

Em estudos realizados em Jaboticabal-SP, em fibra da casca de coco com

fertirrigação, Castoldi et al. (2006b e c) verificaram que o rendilhamento de casca,

espessura de mesocarpo e massa de fruto foi superior quando se utilizaram dois frutos por

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planta; contudo, ao analisar a produção por planta, verificaram que o cultivo com três

frutos por planta proporciona produção de 31,6% superior ao cultivo com dois frutos

(Tabela 10). Esse maior dispêndio de fotossintatos requerido pelas plantas cultivadas com

três frutos refletiu negativamente nos sólidos solúveis; já, nas demais características

avaliadas, essa diferença não foi verificada (Tabela 11)

Tabela 10. Médias de quatro características de frutos em cinco cultivares de melão rendilhado, em função do número de frutos por planta.

Características Número de frutos RC EM

(mm) MF

(kg fruto-1) PP

(kg planta-1) Dois 1,15 b 38,17a 1,25a 2,50 b Três 1,30a 36,26 b 1,10 b 3,29a

Teste F 5,27* 4,64* 32,52* 131,62** CV % 17,39 7,53 7,17 7,49 1 RC = Rendilhamento de Casca (1 = intenso, 2 = médio e 3 = fraco); EM = Espessura de Mesocarpo; MF = Massa do Fruto; e PP = Produção por Planta.

Adaptado de Castoldi et al. (2006b e c).

Tabela 11. Médias de quatro características qualitativas de frutos em cinco cultivares de melão rendilhado, em função do número de frutos por planta.

Características Número de frutos SS AT RATIO pH VC Dois 12,63a 0,11a 116,30a 6,35a 22,06aTrês 11,68b 0,11a 110,45a 6,30a 20,79aTeste F 17,93** 0,19ns 1,84ns 1,71ns 2,22ns

CV % 0,457 0,009 8,840 0,079 1,7531 SS = Sólidos Solúveis (ºBrix); AT = Acidez titulável, valores expressos em gramas de ácido cítrico, em 100 ml de solução; RATIO = índice de maturação (SS/AT); e VC = Vitamina C, valores expressos em gramas de vitamina C, em 100 ml de solução.

Adaptado de Castoldi et al. (2006b e c).

Maruyama (1999) verificou ainda que o número médio de frutos por planta e a

produção total por planta foram superiores quando a posição de fixação dos frutos situou-

se entre o 9º-11º nó e o 12º-15º nó. E no que se refere ao sistema de condução, o cultivo

com duas hastes apresentou, em média, os maiores valores para o número médio de frutos

por planta e para a produção total por planta (Tabelas 12 e 13).

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Tabela 12. Médias observadas para o número médio de frutos por planta em função da interação entre posições de fixação do fruto e sistemas de condução.

Sistemas de condução Posições de fixação

1 haste 2 hastes 5º - 8º nó 0,28 B b 0,78 B a 9º - 11º nó 1,05 A a 1,13 A a 12º -15º nó 1,23 A a 1,30 A a

* Médias seguidas de mesma letra, maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem significativamente entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. Adaptado de Maruyama (1999).

Tabela 13. Médias observadas para a produção total de frutos por planta (kg/planta) em função da interação entre posição de fixação do fruto e sistema de condução.

Sistemas de condução Posições de fixação

1 haste 2 hastes 5º - 8º nó 0,231 B b 0,862 B a 9º - 11º nó 1,123 A a 1,178 A a 12º - 15º nó 1,339 A a 1,352 A a

* Médias seguidas de mesma letra, maiúscula na coluna e minúscula na linha, não diferem significativamente entre si, ao nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Tukey. Adaptado de Maruyama (1999).

3.5 Colheita

No verão, a colheita inicia-se para a cultivar Bônus no 2, aos 71 dias após o

transplante e, no inverno, aos 86 dias (Pádua, 2001).

O critério para estabelecer o início de colheita é a mudança na coloração do fruto,

aliada aos sinais de ruptura dos tecidos da camada de abscisão do pedúnculo do fruto.

3.6 Rendimento

Cultivos no solo, em casa de vegetação com 384 m2, com 1.100 plantas, garantem a

colheita de 180 caixas, de aproximadamente 7,5 kg, por um ciclo de 70 a 90 dias, conforme

as condições climáticas. Caso seja realizado o cultivo em substratos com fertirrigação, é

possível a utilização da mesma casa de vegetação por quatro vezes ao ano.

Os rendimentos para as condições climáticas de Jaboticabal-SP, no verão, são

inferiores aos do inverno, quando se utilizou o sistema de cultivo no solo e substrato com

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produtividade, para a cultivar Bônus no 2, de 3,93 kg/m2 e 2,84 kg/m2 em cultivo sem solo,

e de 4,88 kg/m2 e 3,20 kg/m2 em cultivo em substrato, respectivamente (Pádua, 2001).

3.7 Classificação

O melão é comercializado em caixas de papelão com furos laterais que favorecem a

ventilação. Nessas caixas, os preços são maiores, quanto menor a quantidade de frutos

acondicionados (3 a 5 melões), ou seja, com frutos maiores. O ideal é que a quantidade não

ultrapasse essa proporção, uma vez que a caixa com 6 ou mais frutos não proporciona

lucratividade tão boa.

4. LITERATURA CITADA

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