tecnologia bluetooth

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Escola Técnica Estadual Aderico Alves de Vasconcelos Curso Técnico em Redes de Computadores Ellyn Heber Galdino da Rocha Fagner Silva de Lima Magdala Cristina Buarque Dumonte Tecnologia Bluetooth Goiana Maio/2012

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Este trabalho tem por objetivo expor de uma forma clara e objetiva atecnologia Bluetooth. Desde sua história, curiosidades, características efuncionalidades, das mais técnicas as mais perceptíveis aos usuários comuns.

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Page 1: Tecnologia Bluetooth

Escola Técnica Estadual Aderico Alves de Vasconcelos

Curso Técnico em Redes de Computadores

Ellyn Heber Galdino da Rocha

Fagner Silva de Lima

Magdala Cristina Buarque Dumonte

Tecnologia Bluetooth

Goiana

Maio/2012

Page 2: Tecnologia Bluetooth

Ellyn Heber Galdino da Rocha

Fagner Silva de Lima

Magdala Cristina Buarque Dumonte

Tecnologia Bluetooth

Trabalho apresentado ao Curso Técnico

em Redes de Computadores, da Escola

Técnica Estadual Aderico Alves de

Vasconcelos, como requisito final para

obtenção da nota da disciplina Projeto

Integrador. Orientador: Prof. Rosberg

Rodrigues.

Goiana

Maio/2012

Page 3: Tecnologia Bluetooth

Resumo Este trabalho tem por objetivo expor de uma forma clara e objetiva a

tecnologia Bluetooth. Desde sua história, curiosidades, características e

funcionalidades, das mais técnicas as mais perceptíveis aos usuários comuns.

O assunto Bluetooth é extremamente extenso, e através deste documento

será exposto praticamente um “resumo” do que está por trás desta tecnologia. Algo

que está presente para praticamente todas as pessoas que possuem um simples

telefone celular hoje em dia, carrega uma infinidade de particularidades que o fazem

uma das grandes criações do mundo da tecnologia para uso pessoal.

O Bluetooth mesmo sendo tão “complicado” através de suas características

mais técnicas, é utilizado com muita praticidade no cotidiano de vários usuários ao

longo do dia, com transferências de arquivos como músicas, fotos, vídeos, entre

dispositivos móveis.

O trabalho procura abordar o tema de uma forma clara e sucessiva, tornando

as ligações de cada tópico pontuais. Portanto, boa leitura e compreensão do

assunto.

Page 4: Tecnologia Bluetooth

Abstract This paper aims to explain in a clear and objective Bluetooth technology. From

its history, trivia, features and functionality, the more technical the most perceptible to

ordinary users.

The Bluetooth issue is extremely extensive, and through this document will be

displayed practically a "resume" of what is behind this technology. Something that is

present for almost all people who have a simple cell phone today, carries a plethora

of special features that make it one of the great creations of the world of technology

for personal use.

Bluetooth is the same as "complicated" by its more technical features, is used

in a very convenient in the daily number of users throughout the day, with transfers of

files like music, photos, videos, and mobile devices.

The work seeks to address the issue in a clear and successive connections

making off of each topic. So, good reading and understanding of the subject.

Page 5: Tecnologia Bluetooth

Sumário Introdução ................................................................................................................... 6

Bluetooth ..................................................................................................................... 7

O que é Bluetooth? ........................................................................................... 7

Surgimento do Bluetooth .................................................................................. 7

O símbolo Bluetooth ......................................................................................... 8

Bluetooth Special Interest Group ...................................................................... 8

Utilização .......................................................................................................... 9

Versões do Bluetooth...................................................................................... 10

Perfis Bluetooth .............................................................................................. 11

Aplicações Bluetooth ...................................................................................... 12

Bluetooth x Infravermelho ............................................................................... 13

Características principais ................................................................................ 14

Requerimentos do Sistema ............................................................................. 14

Sistemas Operacionais ................................................................................... 15

Vantagens e Desvantagens ............................................................................ 15

Topologias de Redes ...................................................................................... 16

Restrições de uma Scatternet ......................................................................... 16

Conexões síncronas e assíncronas ................................................................ 17

Arquitetura ...................................................................................................... 17

A Pilha de Protocolos Bluetooth ..................................................................... 19

Hardware Bluetooth ........................................................................................ 22

Estabelecendo uma conexão de rede............................................................. 24

Configurando conexões .................................................................................. 26

Pareando ........................................................................................................ 27

Pacote de Dados ............................................................................................ 27

Bluetooth Security ........................................................................................... 28

Correção de Erros........................................................................................... 28

Bluetooth vs. Wi-Fi .......................................................................................... 30

Considerações Finais ................................................................................................ 31

Referências Bibliográficas ......................................................................................... 32

Page 6: Tecnologia Bluetooth

Lista de Ilustrações

1: Símbolo Bluetooth ...................................................................................................8

2: Topologia de Redes Bluetooth ..............................................................................16

3: Multiplexação no tempo .........................................................................................17

4: Pilha de Protocolos Bluetooth ...............................................................................19

5: Visão de alto nível da Arquitetura de Pilha de Protocolos Bluetooth ....................20

6: Relação entre o Modelo OSI da ISSO, o IEEE 802 e o Bluetooth ........................22

7: Diagramas de blocos de hardware e software de especificação Bluetooth ..........23

8: Abordagem multi-chip de dispositivos Bluetooth ...................................................23

9: Abordagem de único chip ......................................................................................24

10: FEC 1/3 ...............................................................................................................29

11: LFSR gerador de FEC 2/3 ...................................................................................30

Page 7: Tecnologia Bluetooth

6

Introdução Os dispositivos comunicam-se uns com os outros através uma variedade de

fios, cabos, sinais de rádio e feixes de luz infravermelha, além de uma variedade

ainda maior de conectores, plugues e protocolos.

A prática de conectar coisas está se tornando cada vez mais complexa.

Transferências de fotos, vídeos, arquivos de textos e outras informações trafegam

incessantemente todos os dias utilizando diversos tipos de redes e protocolos de

conexão.

Dentre diversos meios de transferência e comunicação, está o Bluetooth.

Quem nunca utilizou o recurso de enviar aquela foto curiosa, aquela música do

momento ou aquele vídeo engraçado para o amigo através desta tecnologia?

O Bluetooth é uma tecnologia que a cada dia que passa se torna cada vez

mais rotineira na vida de muitas pessoas. Até mesmo aquelas que não são

antenadas com a tecnologia chegam a utilizar o Bluetooth para transferência de

algum arquivo por celulares, por exemplo.

Algo tão “simples” no mundo hoje em dia traz consigo uma infinidade de

histórias, características e particularidades. Este é o Bluetooth.

Page 8: Tecnologia Bluetooth

7

Bluetooth

O que é Bluetooth? O Bluetooth é uma tecnologia que permite uma comunicação simples, rápida,

segura e barata entre computadores, smartphones, telefones celulares, mouses,

teclados, fones de ouvido, impressoras e outros dispositivos, utilizando ondas de

rádio no lugar de cabos. Assim, é possível fazer com que dois ou mais dispositivos

comecem a trocar informações com uma simples aproximação entre eles.

Bluetooth é uma especificação industrial para áreas de redes pessoais sem

fio (Wireless Personal Area Networks – PANs). Suas especificações foram

desenvolvidas e licenciadas pelo "Bluetooth Special Interest Group".

Surgimento do Bluetooth Em 1994, a Ericsson (empresa de tecnologia, fabricante de equipamentos de

telefonia fixa e móvel, hoje Sony-Ericsson Corporation) começou a analisar uma

interface de rádio, que tivesse baixo consumo e baixo custo. O objetivo era

desenvolver uma tecnologia para interligar telefones móveis e os seus acessórios

sem a utilização de fios.

Em 1998, depois de a Ericsson ter chegado à conclusão de que o potencial

para dispositivos que usem ligações de rádio de curto alcance era praticamente

ilimitado, grandes empresas como IBM, Nokia, Toshiba e Intel uniram-se e formaram

o chamado “Bluetooth Special Interest Group” (Bluetooth SIG) com o objetivo de

conduzir e desenvolver a tecnologia sem fios.

O consórcio Bluetooth cresceu incrivelmente em poucos anos e já conta com

a participação de mais de 2000 empresas, dentre elas HP, 3Com, Philips, Motorola,

Samsung, Siemens, Dell, Sony, entre outras. Isso permitiu uma ampla divulgação da

tecnologia em todo o mundo.

O nome Bluetooth foi escolhido em homenagem ao rei da Dinamarca, Harald

Blatand, que era conhecido como Harald Bluetooth. Esse apelido lhe foi dado por ele

possuir uma coloração azulada em seus dentes. O apelido foi usado para esta

tecnologia pelo fato de Harald Bluetooth ter ficado conhecido como unificador da

Dinamarca. Logo o significado de Bluetooth é unificação.

Page 9: Tecnologia Bluetooth

8

O símbolo Bluetooth O símbolo Bluetooth é uma junção das duas ruínas que representavam as

iniciais do rei Harald. Acontece que o primeiro receptor Bluetooth tinha o formato

parecido com o de um dente e, sim, era azul. Mas as brincadeiras simbológicas não

param por aí.

O Bluetooth Special Interest Group lembra que Harald "foi instrumental para a

união de diferentes facções guerreiras em partes do que hoje são a Noruega, Suécia

e Dinamarca – do mesmo modo que a tecnologia Bluetooth é projetada para permitir

colaboração entre diferentes indústrias, como a de computação, telefonia celular e

automotiva".

O famoso logotipo do Bluetooth é uma junção das runas nórdicas (Hagall) e

(Berkanan), que correspondem às letras HB – alusão direta ao nome Harald

Blatand.

Figura 1: Símbolo Bluetooth

Bluetooth Special Interest Group Em 1998, Ericsson, IBM, Toshiba, Nokia e Intel formaram um consórcio e

adotaram o codinome Bluetooth para o seu propósito de especificação aberta. Em

dezembro de 1999, 3Com, Lucent Technologies, Microsoft e Motorola se juntaram

aos fundadores iniciais como os divulgadores do Bluetooth Special Interest

Group (SIG). Desde então, Lucent Technologies transferiu seus direitos no consórcio

para a Agere Systems, e a 3Com saiu do consórcio. Agere Systems mais tarde se

juntou com a LSI Corporation e deixou o grupo de divulgadores do Bluetooth em

agosto de 2007.

O Bluetooth Special Interest Group é uma associação de negócio privada com

quartel-general em Belluevue, Washington. Até setembro de 2007 o SIG era

composto de mais de 9000 companhias membros que são líderes em

telecomunicações, computação, música, automação industrial e indústrias de rede,

com um pequeno grupo de empregados dedicados em Hong Kong,

Page 10: Tecnologia Bluetooth

9

Suécia e Estados Unidos. Os membros do SIG desenvolvem a tecnologia Bluetooth

sem fios, implementam e vendem a tecnologia em seus produtos, variando de

telefones celulares a impressoras. O próprio SIG não cria, produz ou vende produtos

ativados com a tecnologia Bluetooth.

Utilização Bluetooth é um protocolo padrão de comunicação, inicialmente projetado para

baixo consumo de energia e baixo alcance (dependendo da potência: 1 metro, 10

metros, 100 metros), baseado em microchips transmissores de baixo custo em cada

dispositivo.

Ele possibilita a comunicação desses dispositivos uns com os outros quando

estão dentro do raio de alcance. Os dispositivos usam um sistema de comunicação

via rádio, por isso não necessitam estar na linha de visão um do outro, e podem

estar até em outros ambientes, contanto que a transmissão recebida seja

suficientemente potente.

Para que seja possível atender aos mais variados tipos de dispositivos, o

alcance máximo do Bluetooth foi dividido em três classes:

Classe 1: potência máxima de 100 mW, e alcance de até 100 metros;

Classe 2: potência máxima de 2,5 mW, e alcance de até 10 metros;

Classe 3: potência máxima de 1 mW, e alcance de até 1 metro.

Isso significa que um aparelho com Bluetooth classe 3 só conseguirá se

comunicar com outro se a distância entre ambos for inferior a 1 metro, por exemplo.

Neste caso, a distância pode parecer inútil, mas é suficiente para conectar um fone

de ouvido a um telefone celular pendurado na cintura de uma pessoa. É importante

frisar, no entanto, que dispositivos de classes diferentes podem se comunicar sem

qualquer problema, bastando respeitar o limite daquele que possui um alcance

menor.

A velocidade de transmissão de dados no Bluetooth é baixa: até a versão 1.2,

a taxa pode alcançar, no máximo, 1 Mb/s. Na versão 2.0, esse valor passou para até

3 Mb/s. Embora essas taxas sejam curtas, são suficientes para uma conexão

satisfatória entre a maioria dos dispositivos. Todavia, a busca por velocidades

Page 11: Tecnologia Bluetooth

10

maiores é constante. Como exemplo podemos citar sua versão 3.0, que pode atingir

velocidades de até 24 Mb/s.

Versões do Bluetooth O Bluetooth é uma tecnologia em constante evolução, o que faz com que

suas especificações mudem e novas versões surjam com o tempo. Até o momento

as versões disponíveis são:

Bluetooth 1.0: a versão 1.0 (e a versão 1.0B) representa as primeiras

especificações do Bluetooth. Por ser a primeira, os fabricantes encontravam

problemas que dificultavam a implementação e a interoperabilidade entre

dispositivos com Bluetooth;

Bluetooth 1.1: lançada em fevereiro de 2001, a versão 1.1 representa o

estabelecimento do Bluetooth como um padrão IEEE 802.15. Nela, muitos

problemas encontrados na versão 1.0B foram solucionados e o suporte ao

sistema RSSI foi implementado;

Bluetooth 1.2: lançada em novembro de 2003, a versão 1.2 tem como

principais novidades conexões mais rápidas, melhor proteção contra

interferências, suporte aperfeiçoado a scatternets e processamento de voz

mais avançado;

Bluetooth 2.0: lançada em novembro de 2004, a versão 2.0 trouxe

importantes aperfeiçoamentos ao Bluetooth: diminuição do consumo de

energia, aumento na velocidade de transmissão de dados para 3 Mb/s (2.1

Mb/s efetivos), correção às falhas existentes na versão 1.2 e melhor

comunicação entre os dispositivos;

Bluetooth 2.1: lançada em agosto de 2007, a versão 2.1 tem como principais

destaques o acréscimo de mais informações nos sinais Inquiry (permitindo

uma seleção melhorada dos dispositivos antes de estabelecer uma conexão),

melhorias nos procedimentos de segurança (inclusive nos recursos de

criptografia) e melhor gerenciamento do consumo de energia;

Bluetooth 3.0: versão lançada em abril de 2009, tem como principal atrativo

taxas altas de velocidade de transferência de dados. Dispositivos compatíveis

podem atingir a marca de 24 Mb/s de transferência. O "truque" para atingir

taxas tão elevadas está na incorporação de transmissões 802.11. Outra

Page 12: Tecnologia Bluetooth

11

vantagem é o controle mais inteligente do gasto de energia exigido para as

conexões;

Bluetooth 4.0: as especificações desta versão foram anunciadas em meados

de dezembro de 2009 e o seu principal diferencial não é velocidade, mas sim

economia de energia. Esse novo padrão é capaz de exigir muito menos

eletricidade quando o dispositivo está ocioso, recurso especialmente

interessante, por exemplo, para telefones celulares que consomem muita

energia quando o Bluetooth permanece ativado, mas não em uso. A

velocidade padrão de transferência de dados do Bluetooth 4.0 é de 1 Mb/s.

O fato de haver várias versões não significa que um dispositivo com uma

versão atual não funcione com outro com uma versão inferior, embora possa haver

exceções. Entretanto, se um dispositivo 2.0 for conectado a outro de versão 1.2, por

exemplo, a velocidade da transmissão de dados será limitada à taxa suportada por

este último.

Perfis Bluetooth Para utilização da tecnologia Bluetooth, o dispositivo deve ser compatível com

certos perfis Bluetooth. Esses perfis determinam as possíveis aplicações e usos da

tecnologia.

Um Perfil Bluetooth é uma especificação de interface para comunicações

entre dispositivos baseadas em Bluetooth. Para que seja utilizada a tecnologia

Bluetooth, um dispositivo deve ser compatível com a subnet de perfis Bluetooth

necessários para acessar os serviços desejados.

A maneira pela qual um dispositivo usa o Bluetooth vai depender das

capacidades de seus perfis. Os perfis provêm padrões que os fabricantes devem

seguir para permitir dispositivos a usarem o Bluetooth de uma maneira compatível.

Para realizar essa tarefa, cada perfil usa opções particulares e parâmetros em cada

nível do protocolo.

Abaixo, a listagem dos perfis definidos e adotados pela Bluetooth SIG:

Perfis de Controle de Mídia GAVDP (General Audio/Video Distribution Profile - Perfil geral de distribuição de áudio/vídeo);

A2DP (Advanced Audio Distribution Profile - Perfil avançado de distribuição de áudio);

Page 13: Tecnologia Bluetooth

12

AVRCP (Audio/Video Remote Control Profile - Perfil de controle remoto de áudio/vídeo);

VDP (Video Distribution Profile - Perfil de distribuição de vídeo);

BIP (Basic Imaging Profile - Perfil de imagem básico);

BPP (Basic Printing Profile - Perfil de impressão básico).

Perfis de Controle de Sistemas de Comunicações

CIP (Common ISDN Access Profile - Perfil de acesso ISDN comum);

DID (Device ID Profile - Perfil de identificação do dispositivo);

CTP (Cordless Telephony Profile - Perfil de telefonia sem fio);

DUN (Dial-up Networking Profile - Perfil de rede discada);

FAX (Fax Profile - Perfil de fax);

HFP (Hands-Free Profile - Perfil de viva-voz);

HSP (Headset Profile - Perfil de fone de ouvido);

ICP (Intercom Profile - Perfil de intercomunicação);

LAP (LAN Access Profile – Perfil de acesso LAN);

PAN (Personal Area Networking Profile - Perfil de rede de área pessoal).

Outros Perfis

GAP (Generic Access Profile - Perfil de acesso genérico);

GOEP (Generic Object Exchange Profile - Perfil genérico de troca de objetos);

FTP (File Transfer Profile - Perfil de transferência de arquivos);

HCRP (Hard Copy Cable Replacement Profile - Perfil de substituição física de cabos);

OPP (Object Push Profile - Perfil de envio de objeto);

HID (Human Interface Device Profile - Perfil de dispositivo de interface humana);

PBAP (Phone Book Access Profile - Perfil de acesso a catálogos telefônicos);

SPP (Serial Port Profile - Perfil de porta serial);

SDAP (Service Discovery Profile - Perfil de detecção de serviço);

SAP, SIM (SIM Access Profile - Perfil de acesso SIM);

SYNCH (Synchronization Profile - Perfil de sincronização);

WAPB (Wireless Application Protocol Bearer - Suporte de protocolo de aplicativos sem fio).

Aplicações Bluetooth As aplicações mais comuns do Bluetooth incluem:

Controle sem fio e comunicação entre celulares e fones de ouvido sem fio ou

sistemas viva voz para carros. Essa foi uma das mais antigas aplicações da

tecnologia a se tornar popular.

Page 14: Tecnologia Bluetooth

13

Comunicação sem fio entre PCs em um espaço pequeno, onde a banda

necessária é pequena.

Comunicação sem fio entre PCs e dispositivos de entrada e saída,

como mouse, teclados e impressoras.

Comunicação sem fio entre telefones celulares e estações de telefonia fixa,

para funcionar como um telefone sem fio dentro da área de cobertura e

economizar em tarifas de serviço telefônico.

Transferência de arquivos entre dispositivos usando OBEX.

Transferência de contatos, anotações e eventos de calendário e lembretes

entre dispositivos com OBEX.

Substituição de dispositivos seriais tradicionais com fio em equipamentos de

teste, receptores GPS, equipamentos médicos, leitores de código de barras e

dispositivos de controle de tráfego.

Para controles onde o infravermelho era tradicionalmente utilizado.

Enviar pequenas propagandas para dispositivos ativados por Bluetooth.

Consoles de videogames da nova geração (Wii e PlayStation 3) usam

Bluetooth para seus respectivos controles sem fio.

Acesso dial-up à internet em um computador pessoal ou PDA usando um

celular compatível com dados como modem.

Receber conteúdo comercial (Spam) via um quiosque, como em um cinema

ou lobby.

Bluetooth x Infravermelho A grande sacada do Bluetooth é o fato de ser sem fio, de baixo custo e

automático. Há outras maneiras de contornar o uso de fios, incluindo a comunicação

infravermelha. Infravermelho (IrDA) se refere a ondas de luz de uma frequência mais

baixa do que os olhos humanos podem receber e interpretar. O infravermelho é

usado na maioria dos sistemas de controle remoto de televisão.

As comunicações infravermelhas são bastante confiáveis e não encarecem

muito os dispositivos, mas apresentam alguns inconvenientes. Primeiro, o

infravermelho é uma tecnologia de "linha de visada". Por exemplo, você precisa

apontar o controle remoto para a televisão ou DVD player para que as coisas

aconteçam. O segundo inconveniente é que o infravermelho é quase sempre uma

Page 15: Tecnologia Bluetooth

14

tecnologia "um para um". Você pode enviar dados entre seu computador de mesa e

seu computador laptop, mas não entre seu laptop e seu celular ao mesmo tempo.

Essas duas qualidades do infravermelho são realmente vantajosas em alguns

aspectos. Como os transmissores e os receptores de infravermelho precisam ficar

alinhados um com o outro, é raro ocorrer interferência entre os dispositivos. A

natureza "um para um" das comunicações com infravermelho é útil para assegurar

que a mensagem chegue somente ao destinatário pretendido, mesmo em uma sala

repleta de receptores de infravermelho.

Características principais De forma resumida, aqui apresentadas as principais características da

tecnologia Bluetooth:

Frequências de 2400 a 2483,5 GHz - ISM (Industrial, Scientific and Medical);

79 Canais;

Antena Omnidirecional;

Taxas de dados de 1 Mbit/s e taxas de transferência de até 723 Kbps, e até

2,1 Mbps para o Bluetooth EDR (Enhanced Data Rate);

Alcance de até 100 metros;

Técnica de modulação: GFSK (Graussian Frequency Shift Keying) e PSK

(Phase Shift Keying) com 8 níveis;

TDMA – TDD – Frequency hopping (Salto de Frequência);

Espalhamento Espectral;

Frequency-Hopping - Salto de frequência a cada 625 microssegundos;

Canal de voz e dados;

Criptografia de 128 bit;

Baixos consumo e custo;

Potência de transmissão de 1 a 100 mW, para Classe 1; 0,25 a 2,5 mW para

a Classe 2 (típica) e menor ou igual a 1 mW para a Classe 3.

Requerimentos do Sistema Um computador pessoal deve ter um adaptador Bluetooth instalado para

poder se comunicar com outros dispositivos Bluetooth. Enquanto alguns

computadores desktop já contêm um adaptador instalado internamente, a maioria

Page 16: Tecnologia Bluetooth

15

requer um “dongle” Bluetooth (conhecido como "Chaveiro Bluetooth"). Vários

computadores portáteis vêm de fábrica com um chip interno instalado.

Ao contrário do seu antecessor, infravermelho (IrDA), que requer um

adaptador separado para cada dispositivo, Bluetooth permite a comunicação com

vários dispositivos ao mesmo tempo com um computador apenas com um único

adaptador.

Sistemas Operacionais Os SOs da Apple suportam a tecnologia Bluetooth em sua plataforma desde

o Mac OS X versão 10.2 (Jaguar), lançada em 2002.

O Linux tem suporte nativo a Bluetooth desde a versão 2.4.6. O NetBSD tem

suporte desde a versão 4.0, tendo sido seu código de suporte ao protocolo portado

para o FreeBSD e o OpenBSD.

Nas plataformas Microsoft, o Windows XP Service Pack 2 e versões

posteriores possuem suporte para Bluetooth. Versões anteriores necessitam que o

usuário instale seus próprios drivers Bluetooth, que não são diretamente suportados

pela Microsoft. O Windows Vista também inclui um suporte para Bluetooth que é

uma expansão do módulo encontrado no Windows XP. Esse módulo suporta mais

perfis Bluetooth, assim como drivers de terceiros que permitem que terceiros

adicionem suporte para novos serviços e perfis.

A Microsoft não lançou nenhum módulo Bluetooth para versões antigas do

Windows, como o Windows 2000 ou Windows Me.

Vantagens e Desvantagens Como vantagens do uso desta tecnologia, podemos citar:

Com Bluetooth não é necessário usar conexões por cabo;

Baixo custo para redes de curto alcance;

Grande quantidade de dispositivos com chips Bluetooth;

O Bluetooth suporta comunicação tanto por voz quanto por dados, sendo útil

nas mais diversas aplicações;

A tecnologia pode ser facilmente integrada aos protocolos de comunicação,

como o TCP/IP, por exemplo.

Page 17: Tecnologia Bluetooth

16

Como todas as tecnologias existentes, o Bluetooth também traz inúmeras

desvantagens, dentre elas, podemos citar:

O número máximo de dispositivos que podem se conectar ao mesmo tempo é

limitado, principalmente se compararmos com a rede cabeada;

O alcance é bastante curto, por isso uma rede pode ser apenas local;

A taxa de transferência de dados inviabiliza muitas das aplicações multimídia

atuais.

Topologias de Redes O sistema Bluetooth provê conexões ponto-a-ponto (apenas dois dispositivos

Bluetooth envolvidos), ou conexões ponto-multiponto. Nas conexões ponto-

multiponto, o canal é compartilhado entre alguns dispositivos Bluetooth, formando

uma “piconet”. Em uma piconet, um dos dispositivos Bluetooth funciona como

master (mestre), enquanto os demais funcionam como slaves (escravos). Um

dispositivo mestre Bluetooth pode se comunicar com até mais sete dispositivos,

fazendo com que a piconet tenha até oito dispositivos.

O master controla o acesso dos dispositivos slaves, determina o clock

responsável pela sincronização, dentre outras funções. Múltiplas piconets com áreas

sobrepostas formam uma “scatternets”.

Figura 2: Topologia de Redes Bluetooth

Na primeira topologia temos uma piconet com apenas um escravo. Já na

segunda, uma piconet com múltiplos escravos. E por fim, uma possível configuração

de scatternets.

Restrições de uma Scatternet É condição necessária em um sistema Bluetooth, que cada piconet tenha

apenas um master, porém, escravos podem participar de diferentes piconets

Page 18: Tecnologia Bluetooth

17

(inclusive o master de uma piconet, pode ser slave de outra piconet). O

compartilhamento do canal é possível graças à multiplexação no tempo.

Figura 3: Multiplexação no Tempo

O canal é dividido em slots de tempo. Cada slot tem a duração de 625µs. No

slot f(k) o máster transmite seus pacotes. Em f(k+1), o slave transmite seus pacotes

e assim sucessivamente. Para um piconet com vários slaves, o mesmo raciocínio é

aplicado.

Conexões síncronas e assíncronas Em um sistema Bluetooth, deve ser possível estabelecer links físicos

síncronos e assíncronos.

O link físico síncrono é um link simétrico, ponto-a-ponto entre o dispositivo

master e um slave específico. É ideal para dados contínuos, como por exemplo, a

voz, pois slots são pré-reservados para cada dispositivo Bluetooth envolvido. O link

síncrono é considerado conexão de chaveamento por circuito.

Já link assíncrono, provê uma conexão assimétrica, ponto-multiponto e tira

proveito dos slots não usados pelas conexões síncronas para transmissão dos

dados. É considerada uma conexão de chaveamento por pacotes.

Arquitetura A arquitetura Bluetooth consiste basicamente de dois componentes: um

transceiver (hardware) e uma pilha de protocolos (software). Esta arquitetura oferece

serviços e funcionalidades básicas que tornam possível a conexão de dispositivos e

a troca de uma variedade de tipos de dados entre estes dispositivos.

Page 19: Tecnologia Bluetooth

18

A frequência utilizada por dispositivos Bluetooth opera em uma faixa de rádio

não licenciada ISM (industrial, scientific, medical) entre 2.4 GHz e 2.485 GHz. O

sistema emprega um mecanismo denominado frequency hopping, que “salta”

constantemente de frequência para combater interferência e enfraquecimento do

sinal. A cada segundo são realizados 1600 saltos de frequência. A taxa de

transmissão pode alcançar 1 Megabit por segundo (Mbps) ou, com o mecanismo

Enhanced Data Rate (Taxa de Dados Aprimorada), recentemente introduzido na

última especificação Bluetooth, a 2 ou 3 Mbps.

Durante uma operação típica, um canal físico de rádio é compartilhado por um

grupo de dispositivos que estão sincronizados a um “clock” comum e a um padrão

de saltos de frequência. Um dispositivo que provê a sincronização de referência é

chamado de mestre. Todos os outros dispositivos são conhecidos como escravos.

Um grupo de dispositivos sincronizados desta maneira forma uma piconet. Esta é a

maneira fundamental de comunicação através de Bluetooth.

Dispositivos em uma mesma piconet utilizam um padrão de saltos de

frequência que é algoritmicamente determinado por atributos na especificação

Bluetooth e pelo clock do dispositivo mestre. Este salto de frequência se baseia em

um algoritmo pseudorrandômico ordenando 79 frequências, em intervalos de 1 MHz,

dentro da faixa ISM. O padrão de salto de frequência pode ser adaptado para excluir

a porção de frequências que está sendo utilizada e interferindo os dispositivos. Este

mecanismo de frequency hopping auxilia na coexistência de dispositivos Bluetooth

com outros (non-hopping) sistemas ISM que se encontram na mesma localização.

O canal físico é sub-dividido em unidades de tempos denominados slots.

Dados são transmitidos entre dispositivos Bluetooth em pacotes que são

posicionados nestes slots. Quando as circunstâncias permitem, é possível alocar um

número consecutivo de slots em um único pacote. O mecanismo de frequency

hopping entra em cena tanto na emissão quanto na recepção de pacotes. A

especificação Bluetooth provê o efeito de transmissões full-duplex através do uso de

esquemas de divisão de tempo (time division duplex). Dentro de um canal físico, um

link físico é formado entre quaisquer dois dispositivos, e transmitem pacotes em

ambas as direções. Em um canal físico de uma piconet há restrições sobre qual

dispositivo pode formar um link físico. Existe um link físico entre cada escravo e o

mestre. Em uma piconet, não há formação de links físicos diretamente entre

escravos.

Page 20: Tecnologia Bluetooth

19

A Pilha de Protocolos Bluetooth Para abordar o sistema Bluetooth em mais detalhes, nada melhor do que

entender como o sistema foi especificado. O sistema Bluetooth foi especificado por

meio de uma pilha de protocolos:

Figura 4: Pilha de Protocolos Bluetooth

Esta pilha de protocolos carrega consigo toda a funcionalidade esperada de

um sistema Bluetooth: transmissão via ondas de rádio, estabelecimento de links

síncronos e assíncronos, suporte a criptografia, etc.

A especificação Bluetooth divide a pilha de protocolos em três grupos lógicos:

grupos de protocolos de transporte, grupo de protocolos de middleware e o grupo de

aplicação.

O grupo de protocolos de transporte permite dispositivos Bluetooth localizar

outros dispositivos e gerenciar links físicos e lógicos para as camadas

superiores. Neste contexto, protocolos de transporte não se equivalem aos

protocolos da camada de transporte do modelo OSI (utilizado na

especificação de protocolos de rede). Ao invés disso, estes protocolos

correspondem às camadas físicas e de enlace do modelo OSI. As camadas

de rádio frequência (RF), Baseband, Link Manager, Logical Link Control and

Adaptation (L2CAP) estão incluídas no grupo de protocolos de transporte.

Estes protocolos suportam tanto comunicação síncrona quanto assíncrona e

todos estes são indispensáveis para a comunicação entre dispositivos

Bluetooth.

Page 21: Tecnologia Bluetooth

20

O grupo de protocolos de middleware inclui protocolos de terceiros e padrões

industriais. Estes protocolos permitem que aplicações já existentes e novas

aplicações operem sobre links Bluetooth. Protocolos de padrões industriais

incluem Point-to-Point Protocol (PPP), Internet Protocol (IP), Trasmission

Control Protocol (TCP), Wireless Application Protocol (WAP), etc. Outros

protocolos desenvolvidos pelo próprio SIG também foram incluídos como o

RFComm, que permite aplicações legadas operarem sobre os protocolos de

transporte Bluetooth, o protocolo de sinalização e controle de telefonia

baseada em pacotes (TCS), para o gerenciamento de operações de telefonia

e o Service Discover Protocol (SDP) que permite dispositivos obterem

informações sobre serviços disponíveis de outros dispositivos.

O grupo de aplicação consiste das próprias aplicações que utilizam links

Bluetooth. Estas podem incluir aplicações legadas ou aplicações orientadas a

Bluetooth.

Figura 5: Visão de alto nível da arquitetura da Pilha de Protocolos Bluetooth

As responsabilidades das camadas nesta pilha são as seguintes:

A camada radio é a parte física da conexão sem fio. Para evitar

transferências com outros dispositivos que se comunicam na banda ISM, a

modulação baseia-se em frequency hopping. Bluetooth divide a frequência de

2,4GHz em 79 canais 1MHz distantes (de 2,402 para 2,480 GHz) e usa

esse spread spectrum (espectro espelhado) para pular de um canal para

outro em até 1600 vezes por segundo. O tamanho de onda padrão é

Page 22: Tecnologia Bluetooth

21

de 10cm a 10m e pode ser estendido a 100m aumentando seu poder de

transmissão.

A camada de baseband é responsável por controlar e enviar os pacotes de

dados sobre o link de rádio. Fornece canais de transmissão de dados e voz

simultaneamente. Esta camada suporta dois tipos de link: Synchronous

Connection - Oriented (SCO) e Asynchronous Connectionless (ACL). Links

SCO são caracterizados pela periódica atribuição de um slot de tempo a um

dispositivo e é utilizado basicamente na transmissão de voz, que requer

transmissões de dados rápidas e consistentes. Um dispositivo que

estabeleceu um link SCO possui, em essência, determinados slots de tempo

reservados para seu uso. Seus pacotes são tratados como prioritários e serão

processados antes de pacotes ACL. Já um dispositivo que opera sobre um

link ACL pode enviar pacotes de tamanho variável de 1, 3 ou 5 slots de

tempo. Entretanto, este tipo de link não possui reserva de slots de tempo para

seus pacotes.

O Link Manager Protocol (LMP) utiliza os laços criados pela baseband para

estabelecer conexões e gerenciar piconets. Responsabilidades do LMP

também são incluir a autenticação e serviços de segurança e controle de

qualidade do serviço.

O Host Controller Interface (HCI) é a linha divisória entre software e

hardware. O L2CAP e as camadas acima dele são atualmente implementadas

em software, e os LMP e camadas inferiores estão em hardware. O HCI é

controlador de interface para o meio físico que liga estes dois componentes.

O HCI não pode ser exigido. O L2CAP pode ser acessado diretamente

através da aplicação, ou através de certos protocolos providos para aliviar a

carga de trabalho dos programadores aplicação.

O Logical Link Control e Adaptation Protocol (L2CAP) recebe os dados da

aplicação e adapta para o formato Bluetooth. Qualidade de Serviço (QoS) e

parâmetros são trocados, nesta camada.

Page 23: Tecnologia Bluetooth

22

Figura 6: Relação entre o Modelo OSI da ISO, o IEEE 802 e o Bluetooth

Hardware Bluetooth Todos os dispositivos que implementam a especificação Bluetooth devem

possuir minimamente seis componentes de hardware. São eles:

Host Controller: responsável pelo processamento de código de alto nível,

tanto de aplicações quanto de algumas camadas inferiores da pilha de

protocolos Bluetooth – controle de link lógico, L2CAP, RFComm e outras

funcionalidades;

Link Control Processor: um microprocessador responsável pelo

processamento das camadas mais baixas da pilha de protocolos como Link

Manager e Link Controller. Em algumas aplicações embarcadas, pode estar

combinado com o Host Controller em um único chip;

Baseband Controller: bloco lógico responsável pelo controle do transceiver

de rádio freqüência (RF);

Transceiver RF: contém o sintetizador de rádio freqüência, filtros

Gaussianos, recuperação de clock e detector de dados;

Page 24: Tecnologia Bluetooth

23

RF Front-End: contém o filtro de banda passante da antena, amplificador de

ruídos e amplificador de energia. É responsável pela troca de estados –

emissor x receptor.

Antena: pode ser interna ou externa e pode estar integrada em componentes

de terceiros.

Figura 7: Diagramas de Blocos de Hardware

e Software de especificação Bluetooth

A maioria dos desenvolvedores de dispositivos Bluetooth tem adotado uma

abordagem de projeto de multi-chip, utilizando componentes CMOS para o núcleo

de gerenciamento de banda e microprocessadores para processamento de rádio

frequência (processamento de sinais). Enquanto esta abordagem ajuda a simplificar

o design do chip, algumas desvantagens como o alto número de componentes,

espaço de placa inadequado e outras questões de integração podem aumentar os

custos de implementação de forma significativa. A implementação típica de um

sistema de rádio Bluetooth envolve um número de componentes consideravelmente

caros, como dispositivos de rádio frequência e filtros de interferência.

Figura 8: Abordagem multi-chip de dispositivos Bluetooth

Page 25: Tecnologia Bluetooth

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Alguns desenvolvedores de dispositivos Bluetooth, entretanto, têm adotado uma

abordagem diferente da anterior: implementar toda a especificação em um único

chip. Nesta abordagem, todos os componentes – microprocessador, baseband e

rádio, são implementados inteiramente em um único componente CMOS. A principal

vantagem desta abordagem é a redução de custos na fabricação dos chips.

Figura 9: Abordagem de um único chip

Estabelecendo uma conexão de rede Quando um dispositivo não esta conectado em uma piconet, ele esta em

modo de espera (stand by mode). Neste modo o dispositivo escuta mensagens a

cada 1,28 segundos sob 32 hop frequencies. Quando um dispositivo deseja

estabelecer uma conexão com outro ele envia 16 páginas de mensagens idênticas

sob 16 hop frequencies. Se o slave não responder, o master retransmite as páginas

de mensagem sob outros 16 hop frenquencies. Se o master não sabe o endereço do

escravo ele deverá preceder a página de mensagem com uma inquiry message, o

que exige uma resposta extra da unidade escravo. Quando o escravo responde a

página de mensagem o master pode começar a transmitir voz e dados.

Para compreender como dispositivos que possuam Bluetooth habilitado

estabelecem conexões de rede, vamos supor que alguém deseja acessar seus

emails a partir de seu dispositivo Bluetooth, ou seja, entrando no correio eletrônico

da mesma forma que ela entraria em um hotel ou em um shopping. Ao clicar no

ícone de email da aplicação, os seguintes procedimentos são realizados

automaticamente:

Scan: É usado para economia de energia. Quando dispositivos estiverem

ociosos, eles entram em modo stand by, e passam a verificar a cada 10ms se

existe algum dispositivo tentando estabelecer uma conexão.

Page 26: Tecnologia Bluetooth

25

Inquire: Em um novo ambiente, o dispositivo automaticamente inicia uma

procura para encontrar um ponto de acesso. Todos os pontos de acesso por

perto respondem com seus respectivos endereços, assim o dispositivo poderá

escolher um.

Page: Paginação é o processo onde o dispositivo se sincroniza com o ponto

de acesso.

Establish a link: O Link Manager Protocol estabelece uma conexão com o

ponto de acesso.

Discover services: O LMP utiliza o Service Discovery Protocol (SDP) para

saber quais serviços estão disponíveis a partir do ponto de acesso. Aqui, nós

assumimos que o serviço que está disponível é o email.

Create an L2CAP Channel: O LMP usa informações obtidas pelo Serviço

Discovery Protocol (SDP) para criar um canal L2CAP para o ponto de acesso.

O pedido pode utilizar este canal diretamente ou usar um protocolo como

RFCOMM (Radio Frequency Communications Protocol) que podem ser

publicados durante L2CAP. RFCOMM emula uma linha periódica.

Create an RFCOMM channel: Dependendo das necessidades da aplicação,

um canal RFCOMM (ou outro canal) é criado durante o canal L2CAP. Criando

um canal RFCOMM com uma aplicação existente permite que as portas

seriais trabalhem com Bluetooth, assim, sem qualquer modificação.

Authenticate: Esta é a única etapa que requer interação com o usuário. Se o

ponto de acesso requer uma autenticação irá enviar um pedido e o usuário

será solicitado a digitar uma senha para acessar o serviço. Por motivos de

segurança, o PIN em si não é enviado através da conexão sem fio, mas sim

uma chave gerada a partir dele.

Log in: Se os dispositivos estiverem conectados ponto-a-ponto (PPP) sobre

RFCOMM, uma porta serial é emulada, e Sally poderá efetuar seu login na

sua conta de email.

Send and receive data: O cliente email e o ponto de acesso agora podem

usar a rede padrão como protocolos TCP / IP para enviar e receber dados.

Page 27: Tecnologia Bluetooth

26

Configurando conexões Qualquer dispositivo Bluetooth irá transmitir os seguintes pacotes de

informações por demanda:

Nome do dispositivo

Classe do dispositivo

Lista de serviços disponíveis

Informações técnicas, como por exemplo, características, fabricante,

especificação Bluetooth e configuração de clock.

Qualquer dispositivo pode realizar uma varredura para encontrar outros

dispositivos disponíveis para conexão, e qualquer dispositivo pode ser configurado

para responder ou não a essas requisições. Porém, se o dispositivo que estiver

tentando conectar souber o endereço do outro dispositivo, o mesmo vai sempre

responder a requisições de conexões diretas e transmitir as informações da lista se

requisitado. O uso dos dispositivos, porém, requer pareamento (conhecido também

como "emparelhamento") ou aceitação do proprietário, porém a conexão por si ficará

ativa e aguardando autorização até que seja finalizada ou até que saia do alcance.

Alguns dispositivos podem se conectar apenas com um dispositivo por vez, e a

conexão a esses dispositivos impede que eles possam receber requisições de

outros ou que fiquem visíveis para outros aparelhos que estiverem realizando

varredura.

Cada dispositivo é dotado de um número único de 48 bits que serve de

identificação, no formato 00:00:00:00:00:00. Esse número é denominado "Endereço

de Bluetooth" (Bluetooth Address) e são únicos e exclusivos para cada dispositivo

fabricado, assim como o Endereço MAC das placas de rede. Os endereços

geralmente não são mostrados, e no seu lugar aparecerá o nome corriqueiro

(legível) do dispositivo, que pode ser configurado pelo proprietário. Esse nome

aparecerá na lista de dispositivos disponíveis de qualquer aparelho que efetuar uma

varredura.

Vários telefones têm o nome Bluetooth configurado de fábrica para o modelo

do aparelho. Como o nome é mostrado na lista de resultados quando é efetuada a

varredura, pode ser confuso, por exemplo, se houver vários celulares no alcance

nomeados V3.

Page 28: Tecnologia Bluetooth

27

Pareando Parear dispositivos é o ato de estabelecer uma comunicação segura

"aprendendo" (por entrada do usuário) uma senha secreta. (passkey). O dispositivo

que deseja se comunicar com outro dispositivo deve informar uma senha que

também deve ser digitada no outro dispositivo. Assim, depois de emparelhar, os

dispositivos lembram os nomes amigáveis dos outros e conectam-se de forma

transparente todas as vezes, assim como reconhecemos nossos amigos. Como o

endereço Bluetooth é permanente, o pareamento é preservado, mesmo se o nome

de algum dos dispositivos for trocado. Pareamentos podem ser apagados (e assim

ter as autorizações de conexão removidas) a qualquer momento. Muitos dispositivos

exigem pareamento antes de permitir o uso dos seus serviços, com exceção de

telefones Sony Ericsson, que geralmente permitem cartões de visita OBEX ou notas

sem nenhum aviso, e muitas impressoras que permitem que qualquer aparelho use

seus serviços.

Pacote de Dados A seguir, a estrutura geral de um pacote de dados do Bluetooth:

Código de

Acesso ao

Canal

Cabeçalho do

Pacote

Cabeçalho do

Payload Payload CRC

Código de Acesso ao Canal: é o código de acesso do canal físico;

Cabeçalho do Pacote: inclui o identificador do transporte lógico e do

protocolo de controle do enlace;

Cabeçalho do Payload: identificador do enlace lógico;

Payload: Dados de usuário, L2CAP mensagens ou frames, mensagens de

gerenciamento;

CRC: Código de erro.

Page 29: Tecnologia Bluetooth

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O cabeçalho do pacote ainda é subdividido em:

Endereço Tipo de

Pacote

Controle de

Fluxo

Confirmação de

Bit

Controle de

Sequência

Checagem

de Erro

3 bits 4 bits 1 bit 1 bit 1 bit 8 bits

Bluetooth Security A segurança é fornecida em três maneiras: pseudo-random frequency

hopping, authentication e encryption. Frequency hops torna difícil para qualquer um

eavesdrop. A autenticação permite a um usuário limitar a conectividade com

dispositivos especificados. Encryption utiliza chaves secretas para tornar inteligíveis

os dados apenas aos dispositivos autorizados.

Todos os dispositivos Bluetooth devem implementar o Generic Access Profile,

que contém todos os protocolos e possíveis dispositivos Bluetooth. Este perfil define

um modelo de segurança que inclui três modos de segurança:

Mode 1 é um modo de funcionamento sem segurança. Nenhum procedimento

de segurança é iniciado.

Mode 2 é conhecido como serviço de nível de segurança aplicada. Quando

dispositivos operam nesta modalidade, nenhum procedimento de segurança é

iniciado antes do canal ser estabelecido. Este modo permite aplicações para

ter diferentes tipos de políticas de acesso e executá-las em paralelo.

Mode 3 é conhecido como nível de conexão fortemente protegida. Neste

modo, procedimentos de segurança são iniciados antes que a configuração

do link esteja concluída.

Correção de Erros Existem três esquemas de correção de erros definidas para o Bluetooth:

1/3 rate FEC

2/3 rate FEC

ARQ

A técnica denominada FEC (Forward Error Correction), permite, através da

inserção de redundância de bits, corrigir erros de transmissão. O propósito do FEC

no payload é reduzir o número de retransmissões. Naturalmente em um ambiente

Page 30: Tecnologia Bluetooth

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com poucas interferências, o FEC introduz um overhead desnecessário, e diminui

significativamente o throughput. Para tanto foram criados diferentes tipos de

pacotes, contendo ou não FEC no payload, resultando assim em pacotes DM (Data

Medium rate), com FEC 2/3 e DH (Data High rate), sem nenhum FEC, para

os links ACL. Para os links SCO foi criado os pacotes HV (High-quality Voice) que

trabalha com FEC de 1/3, ao contrário dos demais, que usam FEC 2/3.

O cabeçalho do pacote, por conter dados vitais a comunicação, sempre é

protegido com um FEC de 1/3 e pode sustentar muitos erros de bit.

O ARQ (Automatic Repeat Request) visa retransmitir pacotes de dados que

sabidamente chegaram com erros ao receptor.

FEC CODE: RATE 1/3

Uma simples repetição tripla é usada no código FEC do cabeçalho. A

repetição de três bits é usada no cabeçalho inteiro e também nos pacotes HV.

Figura 10: FEC 1/3

FEC CODE: RATE 2/3

O outro esquema FEC utilizado é código Hamming simplificado (15,10),

composto pelo polinômio gerador g(D) = (D + 1)(D4 + D + 1).

Inicialmente todos os elementos são setados para 0 (zero). Os 10 primeiros

bits de informação são sequencialmente inseridos, com as chaves S1 e S2 na

posição 1. Então, depois de terminada a palavra, as chaves S1 e S2 são colocadas

na posição 2, e os cinco bits de paridade são deslocados para fora. Os bits de

paridade são agregados aos bits de informação, formando palavras de 15 bits.

Este código corrige todos os erros de 1 bit, e detecta todos os erros de 2 bits

em cada palavra de código.

Page 31: Tecnologia Bluetooth

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Figura 11: LFSR Gerador de FEC 2/3

ARQ

Com o método ARQ (Automatic Repeat request), os pacotes DM, DH e

campo de dados dos pacotes DV (Data - Voice packet; nesse pacote o payload é

dividido em um campo de voz de 80 bits e um campo de dados de 150bits) são

retransmitidos até que um ACK (acknowledgement) seja retransmitido pelo destino,

ou que ocorra um timeout. O ACK é incluído no cabeçalho do pacote de retorno,

também chamado de piggy-backing.

Para determinar se o payload está correto ou não, usa-se um método de CRC

(Cyclic Redundancy Check).

O ARQ somente é aplicado ao payload do pacote de pacotes de dados, não

sendo aplicado ao cabeçalho dos pacotes, ou a pacotes de voz.

Bluetooth vs. Wi-Fi Bluetooth e Wi-Fi têm aplicações ligeiramente diferentes nos escritórios e

casas de hoje, e durante movimento: configurando redes, imprimindo, ou até

transferindo apresentações e arquivos de PDAs para computadores. Ambas são

versões da tecnologia não licenciada Spread Spectrum (Tradução livre como

"Espectro espalhado").

Bluetooth difere do Wi-Fi porque a última oferece alta potência de transmissão

e cobre grandes distâncias, porém requer hardware mais caro e robusto com alto

consumo de energia. Elas usam a mesma frequência de transmissão, porém

empregam esquemas de multiplexagem diferentes.

Enquanto o Bluetooth é um substituto para o cabo em uma variedade de

aplicações, o Wi-Fi é um substituto do cabo apenas para acesso à rede local.

Page 32: Tecnologia Bluetooth

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Considerações Finais A tecnologia sem fio Bluetooth aborda vários pontos chaves que facilitam sua

vasta adoção: é uma especificação aberta e que está publicamente disponível; sua

tecnologia sem fio de curto alcance permite dispositivos periféricos se comuniquem

através de uma interface simples, os ares, ao contrário das tecnologias de cabos,

que utilizam conectores de uma grande variedade de formas, tamanhos e números

de pinos; a especificação Bluetooth suporta transferências tanto de voz quanto de

dados, tornando-se uma tecnologia ideal na comunicação de dispositivos

heterogêneos; e o Bluetooth utiliza uma faixa de frequências não regulamentada e

vastamente disponível em qualquer lugar do mundo.

Com a popularização das redes Wi-Fi, o mercado ficou com dúvidas em

relação ao futuro do Bluetooth, mas o aumento expressivo de aparelhos compatíveis

com a tecnologia fez com que todos os temores se dissolvessem. E faz sentido: o

objetivo do Bluetooth é permitir a intercomunicação de dispositivos próximos

utilizando o menor consumo de energia possível (mesmo porque muitos desses

dispositivos são alimentados por baterias) e um custo de implementação baixo. O

Wi-Fi, por sua vez, se mostra mais como um concorrente das tradicionais redes de

computadores com fio (padrão Ethernet, em sua maioria).

No início de 2008, o Bluetooth SIG comemorou os 10 anos da chegada do

Bluetooth ao mercado. E não será surpresa se o aniversário de 20 anos for

comemorado: em 1998, o grupo contava apenas com cinco empresas integrantes.

Hoje, esse número passa de dez mil, o que significa que um futuro ainda mais

promissor pode estar reservado à tecnologia.

Page 33: Tecnologia Bluetooth

32

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