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TECIDOS EI ÁSTICOS NA MALHARIA ALTERNATIVAS E PROCESSOS " ACABAMENTOS TEXTEIS , , . FISICO-QUIMICOS FENÔMENOS FíSICO-QuíMICOS NO "- TINGIMENTO DE CORANTES A CUBA EM PAD-sTEAM - CORROSAO SOBRE FIBRAS , CELULOSICAS ITMAII

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TECIDOS EI ÁSTICOS NA MALHARIA ALTERNATIVAS E PROCESSOS

" ACABAMENTOS TEXTEIS , , . FISICO-QUIMICOS

FENÔMENOS FíSICO-QuíMICOS NO "-

TINGIMENTO DE CORANTES A CUBA EM PAD-sTEAM

-CORROSAO SOBRE FIBRAS , CELULOSICAS

ITMAII

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A responsabilidade de produzir Peróxido de Hidrogênio é nossa.

Mas o controle de qualidade, a regular~dade das entregas e a utilização

correta do produto são também preocupações de nossos clientes.

Conscientes disso, ampliamos nossa capacidade de estocagem do produto acabado

e nossa frota própria, que foi padronizada segundo o mais recente regulamento para transporte de produtos químicos.

Ampliamos também nosso laboratório de aplicações, que pode atendê-Io não somente

para o branqueamento de fibras têxteis, mas também para outras

e novas aplicações do Peróxido de Hidrogênio.

Colocamos à sua inteira disposição nossos folhetos técnicos

para controle da qualidade do Peróxido de Hidrogênio,

bem como pessoal técnico para orientar no que for necessário.

Os novos produtos da Peróxidos do Brasil Ltda.,

sejam eles, auxiliares têxteis, peróxidos orgânicos,

ácido peracético e outros, seguem a mesma filosofia de

eficiência e qualidade.

Peráxidos do Brasil Ltda

Av. Paulista. 2001-14~ andar-01311-SãoPaulo-SP. Telefone: 289-0566 -TLX: (011) 25180

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EDITORIAL 1974 " 9 DE SETEMBRO 1984

Este número da nossa Revista Ou ímica Têxtil, número extraordinário, festivo, tem um significado muito especial: confirma 10 anos de existência da nossa instituição, 10 anos que já formam parte íntegra da história; 10 anos de evolução constante de uma entidade de classe que deve sua existência somente à vontade incansável de seus associa­dos de progredir, fazendo do intercâmbio de conhecimentos técnicos o seu principal obje­tivo. Cabe h.oje a nossa homenagem, àqueles técnicos, em número de 40, que sentiram a necessidade de se associarem através de alguma entidade, na qual Se sentiram unidos a seus colegas de, profissão. Assim, com esteobjetivo, seguindo o exemplo.das entidades tradicio­nais existentes na maioria dos pa íses europeus, asiáticos e americanos, resolveram fundar timidamente uma Associação Brasileira de Ou ímicos e Coloristas Têxteis. Hoje, decorri­dos 10 anos, esta Associação encontra-se forte e disposta a escrever a próxima página de sua história. Contamos hoje com um número de associados crescente cada dia. Após os primeiros passos vacilantes próprios de toda empresa principiante, esse núcleo inicial achou apoio em todos os colegas, independente da situação real imperante ria indústria têxtil. Isto nos enche de orgulho,' pois os primeiros anos após sua fundação, considerados ainda como os anos das vacas gordas para o setor têxtil, seguiram-se os anos das vacas magras, mas com a fé e a dedicação tanto dos associados como dos diretores, continua(am a luta e com isso demonstraram sua força, sua união e sua decisão firme de'continuar jus­tificando as expectativàs de associados e simpatizantes. Nestes 10 anos de confraterniza­ção entre os colegas têxteis, ficou amplamente demonstrado que os objetivos de nossos pioneiros estão sendo çumpridos. Hoje todos já experimentaram que o melhor lugar e mo­mento para uma conversa descontra ída, para uma consulta, esclarecer uma dúvida ou sim­plesmente debater alguma novidade técnica, está nas reuniões que nossa AssociaçãO vem realizando regularmente. As nossas reuniões tornaram-se ponto de encontro de nossos profissionais. Assim foi-se difundindo a nossa existência, a existência da ABOCT, primei­ramente de boca em boca, de empresa em empresa, de cidade em cidade. Posteriormente, graças ao ve ículo de difusão que constitui hoje a nossa Revista Ou ímica Têxtil, a nossa pa­lavra chega aos 4 cantos de nosso pa ís. Hoje temos o orgulho de apresehtar uma entidade de classe consciente, forte e unida, com grandes ambições e tarefas a cumprir. Iniciamos a partir deste momento uma campanha de abertura às empresas para sua união aos qu ími­cos e coloristas têxteis dando oportunidade para sua afiliação 'cômo sócios provedores da nossa entidade, porque sentimos ii necessidade de apoio total da nossa classe. Neste núme­ro festivo estamos publicando as bases para nosso PRIMEIRO CONCURSO DE TRABA­LHOS TÉCN ICOS para o qual institu ímos como prêmio uma passagem aérea de ida e vol­ta, a Buenos Aires - Argentina, que permitirá a participação ao X Congresso da Federa­ção Latino-Americana de Ou ímicos Têxteis, que será celebrado em outubro de 1985. Não somente premiaremos o melhor trabalho apresentado, mas também os 10 primeiros me­lhores trabalhos qualificados serão premiados com sua publicação na nossa revista . Apro­veitamos a oportunidade da festividade dos 10 anos para convida'~ a todos nossos associa­dos e amigos a participar deste concurso. Com motivo de nossas galas festivas comunica­mos aos nossos associados e simpatizantes que resolvemos celebrar nosso aniversário de uma forma muito particular. A nossa Diretoria resolveu fazer uso de suas faculdades para nomear o primeiro sócio honorário de nossa instituição, o ilustríssimo Dr. Luís Américo Medeiros, homenageando este personagem, ' lutador incansável pelos ideais mais nobres da indústria têxtil brasileira e digníssima instituição que preside, o Sindicato de Fiação e Tecelagem em Geral do Estado de São Paulo. O Dr. Luis Américo Medeiros aceitou esta . homenagem que lhe foi comunicada em reunião do Sindicato de 15'06-84 e lhe foi oficial­mente entregue na data de nosso aniversário dia 19 de setembro de 1984, no auditório da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Av . Paulista, 1313, com uma gránde festa de confraternização seguida de um coquetel. '

EnCerramos este editorial festivo com uma homenagem a todos os colaboradores da nossa Associação nestes 10 anos que de forma direta ou indireta contribuiram para o êxito de nosso empreendimento.

WERNER STEIN

Presidente daABQCT

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ABQCT

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE aufMICOS E COLORISTAS TÊXTEIS

Caixa Postal 21.215 - São Paulo - Capital

C.G.C.48.769327/ 0001-59

Fundada em 19~09.74

DIRETORIA - 1984 PRESIDENTE:

Dr. Werner SÜlÍn

V.ice-~resldente:

Em(lio Lotfi

, 19 $tiGretário:

Luiz Antonio Bueno de Godoy

29 Secretário:

M. Terezinha Gobbi

19 Tesoureiro:

Giovanni Manzo

29 Tesoureiro:

Aldo Benetello

Diretor Técnico:

Giuseppe de Marchi

A Revista "QUíMICA TÊXTI L" é o órgão oficial da Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis

e é especializada na publicação de artigos técnicos, de interesse geral para as indústrias e para os técnicos especializados em beneficiamentos

Químicos Têxteis ' É distribuída gratiJitamente' aos

associados da ABQCT

Distribuição geográfica da revista "Química Têxtil" - Estado de: São Paulo

Santa Catarina Rio de Janeiro Minas Gerais Pernambuco Rio Grande do Sul Ceará

Tiragem deste número = 2.000 exemplares

ÓRGÃO OFICIAL DA A.B.a.C.T.

Propriedade da : Associação Brasileira de Químicos

e Coloristas Têxteis

N9 9 JULlAGO/SET

Redação e Colaboração Especial: Antônio Ajudarte Carlos Cassiano Luiz Carlos Carvalho Bruno Napolitano Danilo M. Jú nior Sérgio Assad I bri José Carlos de Macedo José da Si lva Barrados

Evaldo Aparecido Turqueti

Jornalista Responsável : Kardec p, Valada

Contato : Sandra Moreira

Produção, composição, diagramação, arte-final e fotolitos: Takano Artes Gráficas Ltda. R. Tamandaré, 675 - 29 af1dar - São Paulo - SP Fone : 270-6022

Impressão : Trans Invest Editora e Gráfica Ltda.

~SUMÁRIO~ _____ _

Editorial

Tecidos elásticos na malharia alternativas e processos.

Acabamentos têxteis Físico-Químicos .... . .. .. . .

Corrosão sobre fibras celulósicas ........... .. .. .

Itma 83 ..... ' .... . ......... . ... . ... . .. .

Fenômenos frsico-qu (micos no . tingimento de co-

rantes à cuba em PAD-STEAM .. . ............ .

1

4

8

25

27

32

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INPAL SEMPRE NA VANGUARDA

Acabamento com espuma (PATENTE CONCEDIDA)

• Economia de combustível·

• Aumento de produção

• Não-poluente

Amaciantes Resinas melamínicas Resinas reactantes Fixadores Antiestáticos I g ualizantes Antiesgarçantes Agentes de mercerização Produtos de engomagem Carriers para poliéster Retardantes para acrílicos Emulsões de silicones Encorpantes Enzimas Antiespumantes Detergentes Espessantes

• Versátil

Aditivos para óleo combustível Produtos para tratamento de água Pigmentos para estamparia

IrSL_1 INPAL S.A. INDÚSTRIAS OUIMICAS Fábrica: Av. Brasil, 42.401 - Campo Grande Rio de Janeiro - RJ - CEP 23000 Tel.: 394-3434 Telex: 021-228081NIO BR

Filial São Paulo: Av. João Carlos da Silva Borges, 255/249 Sto. Amaro - São Paulo - SP - CEP 04726 Tels.: 523-4555 - 623-4744 - 523-4944 Telex: 11-24841 -INPA BR

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TECIDOS ELÁSTICOS NAMALHARIA ALTERNATIVAS E PROCESSOS

"L VeRA" NO SEGMENTO MALHARIA

Nessa área, três equipamentos básicos e tradicionais no ramo têxtil são utiliza­dos para a produção de tecidos elásticos: máquinas Kettenstuhl, Raschel e Circula­res;

MÃQUINAS KETTENSTUHL

Util izadas para a produção de tecidos elásticos até 240 g/m2 sendo limitada para uso de Htulos finos ("Lycra" 40 de­nier), nas versões de 28 ou 32 agulhas/po­legada. A máquina mais utilizada no Bra­sil é a 130" de largura que propicia teci­dos nas larguras finais entre 1,40 a 1,60 m em média.

J.A. FAVILLA ou PONT DO B RASI L S.A.

Palestra realizada na ABOCT em 02/05/84

INTRODUÇAO

Há múltiplas formas de obtenção de tecidos elásticos, principalmente no seg­mento de Malharia, mediante a utilização de matérias-primas, processos de acaba­mento, construções especiais de tecidos ou da combinação dessas várias alternati­vas.

Entretanto a utilização de fios elasta­nos como o "Lycra" incorporam vanta­gens adicionais aos tecidos, propiciando ao co'nsumidor final produtos com uni­form idade e caracterfsticas diferenciadas em relação a outras alternativas mencio­nadas.

As reconhecidas propriedades do fio "Lycra" têm permitido aos produtores desenvolver uma grande variedade de teci­dós, abrangendo desde os usos finais que requerem alta força de retorno, como também onde a sua incorporação oferece melhor conforto, retenção da forma e re­cuperação dim~nsional.

A utilização do "Lycra" requer toda­via controles e processos adequados para permitir a obtenção de uniformidade e das propriedades elásticas desejadas nos tecidos.

"L VCRA" - CONCEITO E HISTÓRICO

"Lycra" é a marca registrada da Du Pont para o seu fio elastano. Na sua essên- . cia, trata-se de um produto derivado do petróleo, que surgiu em 1950, sendo co­mercializado pela Du Pont a partir de 1958. No Brasil, em fábrica instalada em Paulínia, sua produção foi iniciada em 1975, sendo que em outubro de 1982 ela teve sua capacidade duplicada.

A D,u Pont no Brasil produz o fio "Lycra" em uma variedade de Htulos desde 40 até o 1680 denier, sendo de tipo 126, muito embora existam em outros países tipos como o 121, 126-C, 128,

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135, etc. Esses tipos de "Lycra" foram desenvolvidos para fins específicos como meias de senhoras e outras finalidades que ainda não estão plenamente exploradas no Brasil.

APLlCAÇOES DO FIO "L VCRA"

Como mencionado, o fio "Lycra" é fornecido em vários títulos em concor­dância com o uso final e equipamentos a que vai ser submetido. Não há tecido 100% "Lycra". Ele está sempre combina­do com outro fio para a fabricação do tecido. A tabela a seguir resume suas prin­cipais aplicações.

A construção de tecido mais comum é o jersey (2 barras guias) nas opções liso e estampado. Tecidos com pequenos moti­vos são possíveis de obtenção neste equi­pamento, porém limitam ligeiramente o alongamento no comprimento.

Seus tecidos são utilizados principal­mente para a linha praia, lingerie, cuecas e collants para ginástica.

No Brasil, muito embora existam vá­rios segmentos, a malharia será o tema principal a ser apresentado neste trabalho.

Dentre as principais caracterfsticas dos tecidos .produzidos nas máquinas Ket­tenstuhl destaca-se que o fio " Lycra" faz malha, tem boa elasticidade e recupera­ção nos dois sentidos (comprimento e largura), oferece um "Power" (força) con-

Título Segmento Máquina Tipos de Tecido Principais Usos de

" Lycra"

Jersey (Iiso/estam- Lingerie

Kettenstuhl pado) Praia 40

Atlas Externo (collant Pequenos Motivos etc.)

Tule Lingerie Cetinete (cintas, modela-- -One-Way dores) Malharia Raschel Multibar

140-420

Jacquard Fitas elásticas

Meia malha Lingerie Atoalhado Uso esportivo 40

Circular Punhos

Cintura elástica Cuecas 210-350

Meia calça

Meias Circular Meias sociais e Externo, esporti-40-140

pequeno diâmetro esportivas vo (tops,corpo)

Passamanaria Crochet Fitas elásticas Lingerie

1120-1680 tear de agulhas em geral Cuecas

Indigo Linha externa Color em geral 140

Tecidos Social (calça, etc.) Teares

planos Linha automobi-Estofados lística 210

Escritórios

Oulmica TêXtil

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fortável ao usuário e seus tecidos são ter­mofixados.

A tabela a seguir resume os principais tecidos produzidos com este equipamento.

Dentre as principais reco'mendações de malharia ' para obtenção de um perfeito acabamento no que se refere à estrutura e estabil idade dimensional do tecido com "Lycra" destacam-se: • Enrolador positivo (ilustração 1) para

evitar diferenças de largura no tecido durante o tecimento que causam varia- . ções de peso e largura apósacabamen­to do tecido,

• Controle de alimentação do fio "Ly­era" e o outro(s) fio(s) para evitar dife­renças no percentual "Lycra" e conse-

Tecido Fios Conteúdo "Lycra"* Peso Alongamento r(gidos (%) acabado (%)

Jersey NY 40 17,18 150-230 .120-220 NY 50 13-15 180-240 100-200

Desenhados NY 40 12-14 180-240 75-190

"Lycra"/Cotton Poly/Alg.60 11-13 160-200 100-150

*Tftulo do "Lycra" - 40 den.

qüentemente variações de peso, tonali­dades, elasticidades e outras proprieda­des após acabamento dos tecidos.

• Tensão e construções compaHveis com o tecido desejado, para evitar falta de elasticidade, ourelas onduladas e inade­quada estabil idade dimensional.

• Estocagem em cru em embalagens de polietileno preto, para evitar amarela­mento causado por exposição à luz.

• Limpeza constante das máquinas, para não causar manchas durante o tingi­mento, provocadas por óleos elubrifi-

ENROLAMENTO TANGENCIAL KETTENSTUHL

Oulmica Têxtil 5

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'ficante durante o tecimento, uma vez que a primeira operação praticada no acabamento é a termofixação.

• Perfeito controle de qualidade, como peso constante das peças em cru e ní­vel de defeitos, para propiciar um arti ­

, go compatível com as necessidades da .confecção. A correta e constante prática dessas re­

comendações são princípios fundamentais para a obtenção de um perfeito tingimen­to e acabamento dos tecidos com" Lycra" , produzidos com o equipamento em aná­lise.

PROCESSOS DE ACABAMENTO

As rotas possíveis para acabamento do jersey são :

A B

1. Relaxar 1. Relaxar 2. Termofixar 2. Purgar 3. Purgar 3. Secar 4. Alvejar/Tingir 4. Termofixar 5. Secar 5. Alvejar/Tingir 6. Acabamento 6. Secar

7. Acabamento

" A" é a rotina mais curta e a mais ut i­lizada no Brasil. Apresenta a possibilidade de fixação do óleo e sujeira no tecido. En­t retanto as purgas aplicadas e o contro le de li mpeza na malhar ia superam este in­conveniente.

o t ecido pode ser acabado em turbo ou barcas (ou máqu inas de banho curto). Para processo em corda, reco menda-se especial cu id ado com quebraduras e rela­ções de banhos curtos, principalmente du­rante a pu rga, para ev itar depós ito de su­jeira no tecido e conseqüentes manchas durante o t ingimento.

o processo no turbo é o mais uti lizado no momento no Brasil.

A rota "B" não é comum em nosso mercado, principalmente em razão da não d isponibilidade de equipamentos adequa­dos.

A termofixação (190-1950 C, 30-45") é de extrema importância para esses artigos~

para evitar enrolamento do tecido e esta­bilidade dimensiona l inadequada.

PRINCIPAIS PROBLEMAS

Os problemas mais comuns nos tecidos anteriormente apresentados e principal­mente revelados durante o tingimento e acabamento podem ser resumidos nos grupos a seguir:

6

PROBLEMAS POSSIVEIS CAUSAS

1) Gramatura Diferença de peso ao longo do , comprimentO e largura da peça de tecido.

• Controle inadequado na malharia (alimen­tação, enrolámento)

• Construção inadequada do tecido • Variaçõeg durante a termofixação (alim.

temp.) • Secagem (extração inadequada) • Relaxamento inadequado • I rregularidades durante o enrolamento na

malharia/turbo.

2) Variação na Largura , Diferença entre 6 in(cio e o fi­nai da peça.

• Idênt ico ao item anterior

3) Solidez Desbote principalmente nos te­cidos,linha praia .

• Má seleção de corante • Lavagem posterior, irregular (rápida) • Aplicação excessiva de corante no "Lycra"

4) Moiré Efeito ótico observável ao lon­go do tecido, com maior inci­dência no centro e no final das peças (em cru e acabado).

• Enrolamento inadequado na malharia • Estocagem inadequada em cru (principal­

mente quando prolongada) • Se em acabamento, alto residual pós-fixa­

ção (temp./resfrio inadequado da rama) .

5) Amarelamento 5. 1 Na ausência de luz em pe­

ças confeccionadas. • Tecido alcalino, reagindo com aditivos da

emba lagem, umidade, poluentes atmosféri-coso

5.2 ,Com exposição à luz em peças de tecidos e confec­ção.

• Acond icionamento irregular em embala­gens inadequadas.

6) Ourelas Irregu lares Efeito ondu lado ao longo da largura.

• Termofixação irregu lar • Tecido não compatrve l com o peso desejado

MÁQUINAS RASCHEL

Este equipamento prodúziu o primei­ro tecido de malharia com "Lycra' para ' lingerie.

As máq ui nas Raschel uti lizam agu lhas de lingüeta e apresentam em nosso merca­do pr inci palmente nas versões de 56 a 64 agulhas/2 po legadas nas larguras de 105 e 126".

Normalmente utilizam o fio "Lycra" nas titulagens de 140 até 420 denier pro­duzindo tecidos lisos como o tule elástico e desenhados como o multibar, jacquard e outros, em conformidade com o tipo de máquina. Produzem também rendas e fi­tas elásticas.

Seus tecidos como o tule, cetinete, one-way e desenhados são utilizados prin­cipalmente para confecções de cintas, modeladores e !ingerie em geral onde for­ça ou motivos delicados são necessários.

Tecidos Titulo do "Lycra'

Tule elástico ........... 140-420 Cetinete ... . . . ........ 140-280 Multibar/Jacquard . . ..... 140-210

Dentre as ca racter(sticas dos tecidos produzidos neste equ ipamento destaca-se que o fio "Lycra" não faz malha, tem maior elasticidade no comprimento e nor­malmente apresentam tecidos pesados e com força exceto os multibar e jacquard, onde o principal aÚibuto do tecido é a padronagem.

A tabela abaixo resume os principais tecidos produzidos:

As reco mendações básicas de malharia para propiciar um perfeito acabamento são similares às apresentadas anteriormen­te pa ra as máquinas Kettenstuhl.

PROCESSOS DE ACABAMENTO

A rota sugerida é: 1) Relaxar

2) Purga

3) Alvejar/Tingir

4) Secar

5) Acabar

%do Peso Alongamento

" Lycra" acabado

8-20 140-360 100-250% 8-16 140-320 100-250%

10-26 120-300 100-220%

Quimica Têxtil

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o processo pode ser desenvolvido em jigger sem tensão, em corda ou turbo. Como guia geral, turbo ou processo em . corda pode ser aplicado em tules com tí­tulos de "Lycra" abaixo de 280 den.

Quando processado em turbo, reco­menda-se que o tecido esteja completa­mente relaxado, pois qualquer encolhi­mento no comprimento duré!nte o tingi­mento irá resultar em perda de força e marcas (moiré).

Para 'os tecidos de Raschel, o comple· to relaxamento é de fundamental impor­tância.

Estes artigos geralmente não sofrem termofixação e sim uma estabilização (1500 C).

PRINCIPAIS PROBLEMAS

Similar ao segmento Kettenstuhl dis­cutidos anteriormente.

MAQUINAS CIRCULARES

. Neste equipamentos o principal tecido produzido com "Lycra"é o "Lycra algo­dão", recente desenvolvimento no Bra­sil que foi possível devido à crescente ten­dência para fios naturais, o desenvolvi-· mento tecnológico que propiciou alimen­tadores positivos para fios elásticos e a necessidade de conforto e desempenho associados ao algodão.

Este tecido é normalmente produzido com o "Lycra" 40 denier em mistura com algodão 30 ou 40 penteado e de fibra lon­ga para evitar formação de pelugem após o acabamento. .

Duas opções de fios são possíveis de aplicação nesta área: o fio nu (como for­necido pela Du Pont) para o tecido meia­malha, ou recoberto com outra fibra para tecidos especiais como o atoalhado.

Este tipo de equipamento também ofe­rece os punhos com "Lycra" em mistura com algodão que tem como vantagem a obtenção de mesmas tonalidades entre o punho e a peça confeccionada, além de manter a forma do tecido após lavagens.

Os principais tecidos de meia-malha podem ser agrupados como segue:

• Máquina (finura) 26 28 • % "Lycra" (40 den) 6,5-7,0 10-12 • Títu lo de algodão 30 40 • Gramatura acabado 230-250 170-220

Construções com nylon/algodão/"Iy­cra" são possíveis e oferecem artigos leves e brilhantes, principalmente pata lingerie.

PROCESSOS DE ACABAMENTOS

~ recomendável que os tecidos "Ly­era" /Algodão/Meia-malha sejam termofi-

QufmiclI Têxtil

xados, pois ao contrário, um excessivo peso (g/m2

) será observado após o tingi­mento.

a termofixação p~ra posterior tingimento . . . I em corda. Desvantagens como ourelas ir-regulares, marcas le outros fatores oriun­dos de manuseio podem afetar a unifor­midade do tecidp acabado. tingimento com corantes reativos (à baixa temperatu­ra) tem apresentado melhores resultados quanto à uniformidade das propriedades elásticas ao longo do comprimento.

As rotas possíveis podem ser divididàs em dois grandes grupos, a saber:

A

Termofixação após processo molhado

1. Purgar 2. Alvejar/banho ótico/tingir 3. Extração 4. Cortar 5. Secar 6. Termofixar (182-2050 C)

(acabamento opcional)

B

Temperatura e esticamento durante o tingimento (principal processo em corda) são práticas que devem ser evitadas quan­do do "Lycni" está presente.

PRINCIPAIS PROBLEMAS

Termofixação antes do processo molhado

O quadro abaixo apresenta os princi­pais problemas observados durante o pro­cesso de tingimento e acabamento e pode ser utilizado como um guia para indicar suas principais causas e necessárias corre­ções.

1. Cortar 2. Relaxar 3. Termofixar 4. Purgar 5. Alvejar/banho ótico/tingir

CONSIDERAÇOES FINAIS

6. Extração Na abordagem .do tema "Tecidos Elás-7. Secar ticos na Malharia", foi nosso objetivo for-

(acabamento opcional) necer informações gerais que possam au-O processo" A" tende a apresentar te- xiliar os técnicos e .profissionais que

cidos mais pesados (nas mesmas condi- atuam com a fibra "Lycra", principal­ções que o "B"). bem como as aplicações mente os que militam no setor de bene­de branco podem não apresentar resulta- ficiamento, a identificar problemas que dos satisfatórios. Entretanto apresenta surgem e que nem sempre são oriundos vantagens econômicas significativas. dos processos e práticas durante o tingi-

. Em geral o processo "A" tem sido apli- mento e acabamento. cado com maior freqüência até o momen- Reconhecendo que as informações to, muito embora o artigo "Lycra" /algo- aqui apresentadas possam gerar dúvidas dão seja recente. Tingimentos em turbo ' . ou esclarecimentos técnicos mais detalha­têm sido desenvolvidos com resultados dos, colocamo-nos à disposição para for­satisfatórios, porém não estão em aplica- necê-Ios aos interessados. ção contínua em produção. Para este caso Agradecemos a oportun idade em po­um completo relaxamento e fixação do der contribuir com a ABQCT, ressaltando tecido são de fundamental importância. o elogiável propósito desta entidade em

O processo "B" apresenta o inconve- congregar e divulgar o esforço técnico dos niente de costura em forma tubular após profissionais brasileiros.

PROBLEMAS

1) Inadequada estabilidade Gramatura, largura, enco Ihi­mento e enro lamento.

2) Alto "Pilling" Tecido peluginoso

3) Falta de elasticidade

POSSfVEIS CAUSAS

• Apl icação de temperatura e esticamento ao mesmo tempo durante o tingimento.

• I nsuficiente temperatura durante a termofi­xação.

• Tecido molhado ao ser termofixado. • Fluxo forte de banho durante tingimento.

• Algodão de baixa qualidade. • Malha muito aberta durante a fabricação do

tecido. • F luxo de banho forte durante tingimento.

• Construção inadequada. • Termofixação excessiva em largura e alimen­

tação. • Tingimentos com témperaturas acima de

lOQoC (onde exista a presença de poliester). • Acabamento inadequado, caso o tecido con­

tenha fio recoberto.

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Ésteres

ACABAMENTOS TÊXTEIS FíSICO-QuíMICOS

Óleos e gorduras sulfatadas Emulsões de Polisiloxanos Emulsões de Polietileno Emulsões de Ceras Imidazolinas, etc. Cada um destes tipos promove basica­

mente a maciez do artigo tratado, mas também podem proporcionar, simultanea­mente, outras características que podem ser até desvantajosas. Por exemplo, alguns amaciantes como os catiônicos, os quais promovem um toque cheio e macio, po­dem ocasionar o amarelamento dos bran­cos quando tratados termicamente. Assim sendo, não só os amaciantes mas todos auxiliares, deverão ter previamente anali­sadas todas suas caractedsticas.

DOUGLAS CALCONI PAULO JOSÉ DE ALMEIDA

ROMANO NALDON I

I. INTRODUÇÃO

Acabamentos têxteis são processos pe­los quais se enobrece ou se modifica a qua­lidade final dos diversos artigos têxteis.

Muitas vezes um processo ffsico por si só propicia modificações estruturais sufi­cientemente adequadas para uma determi­nada necessidade, mas na grande maioria das ocasiões torna-se necessário conjugar processos físicos e químicos.

Descreveremos a seguir os mais fre­qüentes processos físicos e físico-quími­Cos.

A - Essencialmente F rsicos

• Fixação de fibras sintéticas por · temperatura

• Sanforização • Chamuscagem • Decatiz • Felpagem • Calandragem

B - Ffsico-Qurmicos

• Amaciamento • Acabamentos por Resinagem • Efeitos de Brilho Permanente • Acabamentos Hidrófugos • Acabamentos Anti-Chama

Iremos descrever as qualidades e alguns problemas inerentes aos diversos acaba­mentos físico-qulmicos, nos quais um ou mais produtos são aplicados sobre a fibra com aux (Ii o de um processo onde as variá­veis físicas comuns são temperatura, tem­po e equipamento.

II. AMACIAMENTO

A necessidade de promover e controlar a Suavidade dos artigos têxteis baseia-se, principalmente, nas seguintes razões:

• I ntrodução de enérgicos detergentes sintéticos na indústria, o que resultou em uma limpeza mais enérgica das fi­bras, devido a total eliminação' dos óleos e ceras naturais que, por si só, já proporcionariam uma certa maciez.

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Os sabões outrora empregados não emulsionavam totalmente estas subs­tâncias e ainda possuiam uma certa substantividade para com as fibras e is­to também auxiliava a suavizá-Ias.

• O moderno acabamento ·com resinas usado para obter-se estabilidade di­mensionai nas fibras celulósicas resul­tou em uma aspereza que não era acei­ta pelo consumidor.

• O crescente desenvolvimento das fibras sintéticas que necessitavam ter um to­que semelhante às naturais.

• Um aumento geral na comodidade ao uso solicitada pelo público.

A influência do mércado e a competên­cia comercial contribuiram para melhorar os produtos e promover sua demanda. As­sim apareceu um surpreendente número de produtos que apresentam uma ação positiva suavizadora. Entre os mais co­muns e importantes estão os seguintes:

Na tabela abaixo ilustramos as caracte­rísticas gerais dos vários tipos de amacian­tes :

Amidas Aminas Alquil quaternário de Amônio

Existe um grupo de amaciantes deno­minados de anfóteros os quais são fraca­mente catiônicos em meio ácido e a partir do pH 7 apresentam propriedades não iô­nicas. As moléculas destes constituem-se de uma o~ mais cadeias alqu(dicas ligadas a um núcleo polar que contém grupos ca­tiônicos e aniônicos. Estes conferem, comparativamente, maior efeito anti-está-

Propriedades Gerais dos Amaciantes segundo caráter qufmico

Caráter Qurmico

Não lônico

Catiônicos

Aniônicos

Propriedades Gerais

- Nenhum efeito sobre os tons dos corantes.

- Resistem ao amarela­mento.

- Compatíveis com to­dos os auxiliares.

- Não ;bsorvem cloro. - Auxiliam a costura.

- Toque muito suave. - Boa resistência à abra-

são. - Esgotam no banho. - Sólidos a lavagem. - Melhora a propriedade

anti-estática sobre sin­téticos.

- Quando fabricado com óleos sulfonados dá toque macio.

- Quando fabricados com sebo sulfonado dá toque cheio e ceroso.

- Quando fabricados com ésteres graxos sul­fonados dá toque ma­cio e ceroso.

- Boa lubrificação.

Possrveis Incovenientes

- Afetam a resistência â abrasão.

- Podem forçar o sangra­mento de tingimentos dispersos.

- Não são substântivos e quando aplicados por esgotamento não se fi­xam e são arrastados na soltura do banho ou nas operações de centrifugação ou ex­tração no caso de fios.

- Incompatíveis com aniônicos.

- Podem provocaroama­relamento.

- Podem reduzir a soli­dez de alguns coran­tes diretos.

- Não esgotam. - I ncompatíveis com ca-

tiônicos. - Serís(veis ao pH ácido. - Também não são subs-

tantivos.

Oulmica Têxtil

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tico, são mais sólidos e melhores amacian­tes que os não iônicos.

Além do toque os amaciantes podem conferir diversos efeitos como:

• Reumectação

• Repelência • Costurabilidade

• Anti-Estático • Elasticidade, etc.

Para obter uma ou mais propriedades em conjunto devemos selecionar um tipo químico adequado. Exemplos:

A - Amaciantes Anti-Abrasivos

As modernas máquinas de costura tra­balham a alta velocidade e esta produz um aquecimento das agulhas que fundem as fibras.

Quando se trata de diminuir esta abra­são poderemos acabar com uma emulsão de polietileno, que por sua característica de lubrificante, reduz o atrito e por con­seguinte o calor formado pela alta veloci­dade da máquina e, conseqüentemente, traz as vantagens de evitar aglomeração de fibras fundidas na agulha, quebra de fios e obter furos mais perfeitos e menos vi­síveis, nos tecidos.

B - Amaciamento com Elasticidade

Principalmente no caso de ácabamento de malha, quando se necessita toque ma­cio aliado à elasticidade, podemos optar pela aplicação de um sistema de silicone reativo o qual é composto çle uma reação de um polímero de polisiloxano com um reticulante (liberador de hidrogênio) e um catalisador. Existem duas possibilidades de acabamento com silicone; um sistema não iônico que se presta para ser aplicado por foulardagem e outro sistema, catiôni­co qUe possibilita a aplicação por esgota­mento.

c - Amaciantes com Toque Liso

O toque liso necessário para diversas apl icações pode ser obtido por exemplo da utilização de amaciantes a base de emulsões de polisiloxanos.

Deve-se ter em conta que este acaba­mento de superfície deslizante pode pro­mover esgarçamento em determinados ar­tigos, o que é totalmente desinteressante.

o - Amaciantes Anti-Estático

Todos sabemos que durante o proces­samento têxtil os artigos, podem ser car­regados eletricamente quando existe:

• I ntensa fricção; • Baixo teor de umidade; • Alta velocidade de trabalho associada

ao baixo escoamento de carga;

• Evaporação de água por aquecimento com ar quente;

Química Têxtil

Quando carregados eletricamente os artigos têxteis apresentam os seguintes in­convenientes:

• Atração de partfcula de poeira; • Dificuldades de felpagem no caso de

veludos e flanelas;

• Efeito de colagem das roupas ao corpo humano.

Tais inconvenientes poderão ser elimi­nados ou minimizados pela aplicação de produtos anti-estáticos que agem como isolantes elétricos.

Todos produtos tenso-ativos, entre eles os amaciantes, são mais ou menos capazes de baixar a carga eletrostática, sendo mais eficazes os que tem moléculas insaturadas com duplas ligações.

Dependendo do grau de fixação dos anti-estáticos teremos eliminação perma­nente ou não da estática.

E - Amaciamento Hidrófilo

Geralmente os amaciantes promovem um bom toque, mas com características hidrófugas. Quando beneficiamos artigos que requerem boa reumectação, como fel­pudos, deveremos selecionar cuidadosa­mente os aditivos e em especial os ama­ciantes.

Como opções para esta finalidade po­demos optar entre os complexos de ami­das graxas aniônicas e as aminoamidas ca­tiônicas.

Formas de Aplicação dos Amaciantes

São usuais as seguintes possibilidades de aplicação:

• Esgotamento • Foulardagem convencional

• Foulardagem com espuma

• Spray

O sistema de esgotamento requer que o amaciante seja substantivo, ou seja pos­sa fixar-se às fibras.

Os produtos de caráter catiônico são os mais recomendáveis para este processo. Os aniônicos não favorecem esta aplica­ção e os não-iônicos s6 se fixam, em pe­quena escala, com altas temperaturas.

Já para o processo de foulardagem convencional pode-se usar todos tipos, mas devemos levar em conta que os catiô­nicos por favorecerem o esgotamento s6 deverão ser aplicados se pudermos dispor de um sistema de reforço para que a con­centração do banho seja constante.

As outras possibilidades são úteis, mas podem apresentar o inconveniente da qualidade flutuante se a aplicação não for muito bem vigiada.

Medida da suavidade

Tem se feito muitas tentativas para correlacionar medidas f(sicas com a sen­sação de suavidade e deste modo quanti-

ficá-Ias. Mas estas medidas nunca foram muito concordantes e via de regra ponde­ram apenas o nível de fricção. Por este motivo a qualidade do amaciante, ainda é testada segundo a sensibilidade do técnico acabador que além desta qualidade tam­bém conhece as exigências a que será sub­metido o artigo tratado.

III. ACABAMENTOS POR RESINAGEM

O acabamento de alta qualidade de fi­bras celulósicas tem experimentado um grande desenvolvimento devido ao adven­to de fibras sintéticas nos últimos anos. O consumidor habituou-se com as qualida­des, das fibras sintéticas de excelente re­cuperação ao amarrotamento, estabilida­de dimensional e manipulação dos artigos, passando a exigir estas mesmas proprie­dades dos artigos de celulose.

Estas exigências do mercado ativaram o desenvolvimento da indústria química criando um grande número de produtos de constituição química distinta, desti­nadas ao acabamento de alta qualidade das fibras celulósicas. Hoje em dia exis­tem diversos processos para aplicar estes produtos e o acabador dispõe de vários métodos para modificar as caracterís­ticas da celulose. Podemos afirmar que estas fibras apresentam depois do acaba­mento de alta qualidade, propriedades se­melhantes às fibras sintéticas.

Propriedades Naturais das Fibras Celu­lósicas.

• Vantajosas: elevada hidrofilidade, ca­pacidade de transporte de umidade e por conseguinte boas propriedades de uso.

• Desvantajosas: encolhimento elevado e má recuperação de ângulos de amar­rotamento, . Modificando a celulose por meios quí­

micos consegue-se despojá-Ia dos inconve­nientes mencionados sem diminuir nota­damente suas vantagens. Para isto existem duas possibilidades que são acabamentos com resinas ou com reactantes.

A primeira possibilidade se sustenta numa policondensação do produto de bai­xo peso molecular que forma uma resina sintética de alto peso molecular sobre a fi­bra. Neste caso estão incluídas as resinas do tipo Melamina-Formol e Uréia-Formol que reagem tanto com a celulose como consigo mesmas formando estrutura tri­dimensional (cross-linked).

Na segunda possibilidade ocorre uma reticulação da celulose com produtos quí­micos não policondensáveis; reticulação esta que se dá entre os grupos hidroxílicos da celulose com os reativos doia reactan­te formando ligações estáveis entre as di: ferentes moléculas de celulose. Neste caso estão incluídos os compostos a base de

9

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glioxal, uréia e formo I chamados normal­mente reactantes.

Há de se cuidar na eSGolha de resinas e reactantes buscando os seguintes requisi­tos:

• Facilidade de reação

• Baixo encolhimento residual

• Elevada recuperação à rugas

• Mínima perda de resistência

• Toque suave

• Resistência à lavagem

• Resistência à lavagem com cloro

• Resistência à decomposição por hidró­lise

• M(nima mudança nos tons dos corantes

• M(nima alteração a solidez à luz dos tintos efetuados com corantes diretos e reativos

• Baixo custo

Mostraremos agora algumas fórmulas estruturais dos principais produtos.

10

Resinas de Uréia Formaldeído

o II

(ROCH 2 )n NCN(CH2 0R)n

aonde:

R é H ou CHi I

e

N é O, 1 ou 2

caracter í st ica s:

- ba ixo custo retem cloro

- sem i-duráveis

Resinas de Melamina Formaldeído

aonde:

NH x (CH 2 0R)n

I

C / \\

N N /I

, I;

N

R é W ou CHi

características:

- durabilidade melhorada retem cloro

- compostos metoxi produzem rigidez

Dimetilol Cíclico Etileno-Uréia

o II

HOCH2 - N - C - N - CH2 O H I I CH~ - CH 2

Tipo Químico Tipo de fibra Uso final

Uréia-Formaldeído Viscose e Mesclas roupa de vestir, cortinas

Melamina-Formaldeído Todos sintéticos e mesClas todos tipos

Triazona ' Algodão roupas de vestir

Propileno-Uréia Algodão e Mesclas roupas de vestir, forros

Glioxal Algodão/Poliéster roupas de vestir Viscose/Po I iéster cam isas, forros

car acter í st ica s:

não formam polímeros tacto suave efeito adverso sobre a solidez à luz

Propileno Uréia' Cíclia Substitu ída

-""0 ROCH2 - N - C - N - CH2 0R

I I H2 C, CHR

C""'" ....... " R R

aonde:

R é W ou CHi ou CH 3 0-

características:

alta resistência ao cloro durável rápida relação de cura

Dimetilol Substituído-s Triazona O

~ HOCH 2 - N - C - N - CH2 OH

I I CH2 . CH 2

"N/ I R

aonde:

R é um alquil menor ou um alquil subs­tituído

caracter ísticas:

tacto suave baixo custo resistência ao cloro

Reactantes de Glioxal . 0 ~

ROCH2 -N-C-N-CHzOR I I

HC CH I I

OR OR

aonde:

R é W ou um alquil

caracter í st icas:

propriedades variáveis segundo a na­tureza e grau de substituição

excelente durabilidade alta energia de ativação e portanto ex­celente para pós-{;ura

A tabela a seguir descreve alguns pro­dutos e seus usos mais comuns.

Parà a aplicação de resinas e reactantes, deve-se levar em conta três fatores básicos que'são: catalisador, temperatura e tempo, os qua is influenciam d iretamente a veloci­dade de reação.

Os catalisadores mais freqüentes são:

• Nitrato de Amônio;

• Cloreto de Amônio;

• Sulfato de Amônio;

• Nitrato de Zinco;

• Fosfato de Amônio Monobásico;

• Fosfato de Amônio Bibásico;

• Cloreto de Zinco;

• Cloreto de Magnésio.

Estes catalisadores foram listados em uma ordem decrescente de atividade e sua seleção deve ser baseada principalmente em:

• Taxa ou velocidade de cura ideal;

• Efeito sobre o matiz dos corantes;

• Compatibilidade com os branqueado-

res óticos;

• Formaldeído livre no tecido;

• Ecologia;

• Resistência ao cloro.

Para alguns casos especiais onde neces­sitamos uma reticulação em úmido ou molhado deveremos usar um catalisador mais enérgico que os habituais. Neste caso correntemente usa-se ácido clorídrico ou sulfúrico.

Já as variações de tempo e temperatura de cura estarão ligadas ao artigo que esta­rá sendo beneficiado e ao equipamento disponível.

~ muito importante alertarmos que os acabamentos efetuados com resinas ou reactantes podem ocasionar inconvenien­tes como os exemplos:

• teor de formaldeído livre no tecido e no ar;

• retenção de cloro na lavagem;

• aspereza;

Qulmica Têxtil

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• diminuição das resistências à absorção e ruptura;

• redução do nível de solidez de alguns corantes . .

No primeiro caso entidades de alguns países já criaram uma legislação que de­termina padrões para limites toleráveis de for'maldeído livre.

Na roupa de uso (ntimo para homens, mulheres e principalmente crianças, estes níveis são mais críticos do que naquelas destinadas a uso externo.

Uma das formas de minimizar o pro­blema é a seleção de produtos mais ade­quados. Para isto, em princípio, a própria . resina ou reactantes já deve possuir o mí­nimo teor de formaldeído livre possível.

As reactantes à base de dimetil-dihi­droxi-etilenouréia eterificada, disponíveis no mercado brasileiro, têm se mostrado como sendo adequados na minimização desses inconvenientes.

Como não é possível obter-se produtos isentos de formaldeído livre, por proble­ma.s técnicos torna-se necessário que se execute uma reticulação perfeita com

. exaustão do equipamento a fim de evitar a concentração de formaldeído no am­biente industrial.

Em casos extremamente diffceis, pode­ríamos lançar mão de aditivos como dicia­nodiamida ou uréia que reagindo com for­maldeído livre, proporcionariam a mini­mização do problema.

Neste caso obteríamos o resultado desejado dentro da etapa de aplicação; mas em algumas oportunidades haveria uma possibilidade de liberação do formal­deído após longa estocagem dos artigos.

No segundo tipo de problema mencio­nado anteriormente, ou seja retenção de cloro na lavagem, o uso de produtos ina­dequados pode provocar graves problemas como o de amare lamento e perda de resis­tência dos tecidos quando após a lavagem, for feita a passagem habitual com ferro. Também neste caso deveremos pré-sele­cionar os componentes do acabamento.

Deve-se comentar que as vezes também é necessário encorpar ou enrijecer alguns artigos e que as resinas e os reactantes usados para dar estabilidade dimensional e acabamento anti-ruga nem sempre, pro­porcionaram estas qualidades. Com esta finalidade podemos usar freqüentemente dispersões à base plástica de acetato de polivinila, ácidos poliacrílicos e outros.

!: importante citar que os derivados condensados de uréia-formaldeído confe­rem uma rigidez com alguma flexibilidade ocupando um lugar muito importante so­bretudo no acabamento de entretelas.

Citamos alguns exemplos para vários acabamentos:

Qurm·ica Têxtil

1 - Acabamento Wash-And-Wear para pol iéster /algodão

15O-200g/1 de dimetiloletilenouréia . 30- 4Og/1 de emulsão de polietileno 30- 4Og/1 de catalisador

Foulardar com pick-up 70%, secar e curar.

2 - Acabamento Permanent - Press p/ poliéster/algodão

200- 300g/1 de dimetiloletilenouréia 20- 30g/1 de emulsão de polietileno 15- 30g/1 de polissiloxano 30- 45g/1 de catalisador

Foulardar com pick-up de 65%, secar, confeccionar, prensar e curar.

3 - Acabamento Encorpado de Viscose 100% para Vestuário Feminino

30g/1 condensado uréia-formaldeído 10g/1 de amaciante

3g/1 de catalisador Foulardar com pick-up de 75%, secar e

curar.

4 - Acabamento para Entretelas de algo­dão 100%

15Og/1 de dimetilolpropilenouréia 30g/1 de emulsão de polietileno

100g/1 de dispersões de acetato de polivinila

20g/1 de álcool polivin((ico 15g/1 de catalisador

Foulardar com pick-up 80%, secar, curar.

5 - Acabamento Rígido para Entretelas de Nylon 100%

300g/1 de metoximetilmelamina . 5Og/1 de poliam ida graxa 15g/1 de catalisador

Foulardar com pick-up 60%, secar, curar.

Propositadamente não citamos tempe­ratura e tempo de cura porque, como ci­tamos anteriormente, elas são funções li­gadas aos produtos usados, tipOS de fibras

. e maquinário disponível.

IV - EFEITOS DE BRILHO PERMANENTE

A - Artigos de Tecelagem

Os efeitos de brilho sobre tecidos (CHINTZ) são obtido por meio de calan-

dragem. Nesta, ° efeito mecânico da pres­são, aliado à temperatura e fricção pro­move um achatamento superficial das fi­bras formando, um espelho. Este espelho não é sóiido a lavagem quando o tecido é pré-tratado com resinas, secado sob con­dições' controladas, calandrado e polime­rizado,o efeito de brilho torna-se então permanente.

As resinas Metoximetilmelaminas são especia Imente recomendadas como agen­tes sensibilizantes que conferem uma ele­vada solidez a lavagem. Todavia deve-se ter em conta o tipo de substrato a utili­zar, controlando as perdas de resistência à ruptura e a abrasão.

Cabe lembrar que a secagem que ante­cede à calandragem deverá ser executada a cerca de 100-1200 C e deve propiciar uma umidade residual ao redor de 10-12% o que ajuda sobremaneira a obtenção de brilho.

Os cilindros elásticos normalmente são revestidos de pápel e os duros são de aço.

Exemplos de receita para acabamento CHINTZ

100g/I-200g/1 de Metoximetilmelami­na

20g/l- 40g/1 decatalisador 40g/l- 60g/1 de emulsão cera

Foulardar com pick-up 70%, secar a 100-120oC para obter um teor de umi­dade residual de ± 10-12% calandrar com 25-30 toneladas a 1800 C, polimerizar 4 minutos a 1 500 C.

Existe a possibilidade de obter-se efei­to de Chintz localizado, para isto aplica-se basicamente a mesma formulação anterior acrescida de um sistema espessante para tornar viável éÍ aplicação pela estampagem tradicional. As outras etapas permanecem inalteradas, apemls será necessário uma lavagem final a fim de desmontar o espe­lho que também será formado nas áreas não estampadas.

B - Artigos de Malharia

Devido ao grande desenvolvimento do setor de malharia tornou-se, necessário valorizar os artigos apresentando acaba­mentos com brilho para despertar maior interesse no mercado consumidor. .

Alguns Tipos de Calandras

Tipos de cilindros Função

Calandra simples Elástico/Duro Alisar, toque macio

Calandra SCHREINER Elástico/Duro gravado Acabamento tipo seda

Calandra de fricção Elástico/Duro Chintz

Calandra p/malhas Duro/Duro Brilho

Calandra de gofragem Gofrado Baixo ou alto relevo

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L

Exemplo de receita para brilho em Malha

Por Foulardagem Por Esgotamento

Emulsão Catiônica de cera - 3-5%

Emulsão não-iônica de cera 30-40g/1 -

pH 6-8 4-5

Processo pick-up 70% 30 a 400 C

secar e calandrar secar e calandrar

Uma das formas economlcas de se obter efeitos de brilho foi a aplicação de emulsões de ceras com posterior calandra­gemo Tais efeitos podem ser melhorados aditivando a formulação como por exem-

Lembrete:

pio com emulsões de polisiloxanos.

Existem ainda inúmeros acabamentos que voltaremos a mencionar futuramente em outros artigos.

Particularmente colocamo-nos :à dispo­. sição para outros esclarecimentos.

Conclusão

Foi nosso intúito transmitir os princi­pais aspectos de alguns acabamentos.

Concluímos, afirmando que o acaba­dor possui imensas possibilidades práticas de variar a qualidade de beneficiamento pelo aspecto econômico e pelo técnico.

Ficam aqui algumas indicações que poderão ser úteis, mas sabemos antecipa­damente, que cada indústria e que cada artigo requerem soluções próprias e por­tanto, provavelmente deverão adaptar nossas sugestões às suas necessidades.

RESINAC

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WUPPERTAL

Conjunto de encolhimento

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14

INFORME PUBLICITÁRIO

ESTAMPARIA COM CORANTES SOLANTRENES -TECIDO DE ALGODAO, ,..

VISCOSE E SEDA NATURAL FUNDO BRANCO -FUNDOTINTO (CORROSÃO COLORIDA)

PROCESSO EM DUAS FASES

PROCESSO CR

1) - Corantes utilizadOs pelo proces­so CR: Amarelo Heliane J Neopó Laranja Bri Ihante Solantrene JR Neopó Rosa Brilhante Solantrene R Neopó 67% Bordo Solantrene 2R Neopó

-Verde Brilhante Solantrene 2F E/C/Neopó Verde Brilhante Solantrene J E/C/Neopó Verde Brilhante Solantrene 3J E/C/Neopó Azul Solantrene JI Neopó - Diminui car­bonato Azul Marinho Solantrene J E/ C/ Neopó Azul Marinho Solantrene R E/C/Neopó

VARIANTES PRINCIPAIS DOS PROCESSOS EM DUAS FASES

Processo Col lorésine

Processo Flash·Againg

Com secagem .Intermedj~ria

Sem Secagem Intermediá.,ia

Com Hidrossulfito

Com H id ro ssu If ito Estabi lizado

Com Placagem Qu ímica

Espessa nte Fulard Vaporização Acaba me nto

Qu(mico

-E} Espessante Carbonato Vapor Lavagem

de Secagem saturado Coaguláve l - Estampagem - I-- I-- Oxidação

Potássio Parcial 7 a 15' Alfarroba Rongalite C 100·1020C

Ensaboamento

Espessa nte ~B Carbonato ~B Vapor Lavagem Coagu lável - Estampagem

de sobreaquec. - Oxidação Potássio 4 a lO' a

Alfarroba Rongaiite C 1050C Ensaboamento

Amido ou ~I ,".m~ .. m ~E} Vapor Derivado Soda sobreaquec.

Lavagem +Espes. e 20 a 40"

"'- Oxidação Coagulável Hidro 115·1300C

Ensaboamento ou não

Amido ou

~B Soda ~B Derivado Vapor Lavagem + Espes. I- Estampagem e sobreaquec. - Oxidação

Hidra Coagulável Estabili'zado Ar 30" a 2' Ensaboamento

ou não

B Placagem Vapor Amido Qu(mica sobreaquec. Lavagem

'-

_ _ + __ ..J- Estampagem 1--1 ,secagem L_So._da_._Hi_d_ro-.-JI--------L_30_a_4_5'_' ---11-- Oxidação Alginato Amido Ensaboamento Esterificado 115· 130

0C

Quimica Têxtil

'1

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INFORME PUBLlCITARIO

Azul Escuro Solantrene BA Neopó Violeta Bri Ihante Solantrene 2 R Neopó Violete Brilhante Solantrene 3B Neopó Castanho à Cuba para Estamparia ; R B Neopó Preto à Cuba para Estamparia B Neopó

Castanho à Cuba p/ Estamparia 2RB Neop6

32,5p. Bordo Solant. 2R Neopó 45,Op. Amarelo Heliane J Neopó 22,5p. Azul M~ Solant: R E/C/ Neopó

100,Op.

40,Op. Bordo Solantrene 2R Neop6 Preto à Cuba p/Estamparia

B Neop6 25,Op. Azul M~ Solantrene R E/C/ Neopó 'I

35,Op. Verde BTE Solantrene 2F E/C/ Neop6 1 OO,Op.

ESCOLHA DOS ESPESSANTES c) Gênero do desenho estampado

2) - As condições específicas de aplica­ções :

d) Efeito procurado (igualização, penetração etc.)

e) Disponibilidade de Mercado

f) O preço

a) Modo de Estampar Os espessantes mais usados pelo pro-b) Natureza e contextura do tecido cesso CR são :

AMIDO TORRADO DE MI LHO

Eter de Galactomannane British-gum - cosido 1:1 ou 1:2 Guaranate GSM/3/SRB Meypro-gum N P 8 Meypro-gum 740 Polyprint PNV

Derivado não Iónico Galactomannane Derivado Aniônico Galactomannane Éter de Ga lactomannane

Indalca S

Estes espessantes são molhados em água fria +, ou - de 5 a 10%. A farinha de alfarroba é sensível aos álcalis, passan­do por uma esterificação suprime a sensi­bilidade aos álcalis e melhora a estabilida­de da pasta de estampar.

De preferência usar os espessantes bi­nários.

Eter de Caroube

Exemplo: British-gum cosido 1:1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500g/kg Guaranate GSM/3/SRB molh. à 6% . . ... .. .. ... . . .. . .. 500g/kg

PASTA DE ESTAMPAR PELO PROCESSO CR

3) - Fundos brancos ou Ro(dos Coloridos :

Espessante Mãe

British-gum (cosido 1: 1) . .. .. . . ... . .. .. ... . . Guaranate GSM/3/SRB (Molh. à 10%) . ... ... . .. . . Glycerina . . . ... . . . . .. . . . .... .. .... ... .. . Rongalit C ou Rongeol C ... .. . . . . . . ..... .. . . Anti-Espuma (A base de Silicone) . ... ..... .. . . . .

Cor Mãe

Corante Neopó ... .... . .. . . .. . . . . ... .... . . Água Morna 40-500 C ....... . ... .. ......... . Espessante Mãe ..... . ... . . . . . .. . . .. . . .. . . .

Oulmica Têxtil

QUADRO 350g/kg 350g/kg

60g/ kg 120g/kg

5g/kg 1000g/kg

50g/kg 150g/kg aOOg/kg

1000g/kg

1000g/ kg

MÁQUINA 300g/kg 310g/kg

80g/kg 150g/kg

10g/kg 1000g/kg

60g/kg 140g/kg aOOg/kg

1000g/kg .

BOLSA

DE

EMPREGOS

Contra-Mestre Tinturaria Indústria Tapetes

Bandeirantes.

• 5 anos de experiência

• Conhecimento em tingimento de fios e fibras de lã e nylon

.Ótimo salário

Tel.: 291-9233 (A. 216) Ruth ou Campos

15/

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INFORME PUBLICITAR 10

Espessante de Corte

British-gum (cosido 1: 1) . . ......... .. ..... . . . 350g/kg · . .. 320g/kg Guaranate GSM/3/SRB (Molh. à 6%) ...... ... ... . 350g/kg · . . . 310g/kg Água Fria ....... . ......... . ........... . . 140g/kg · ... 140g/kg Glycerina .... . ........ . .. . ............. . 40g/kg , - . .. 60g/kg Carbonato de Potássio ou S6dio ..... .... .... .. . 60g/kg · . . . 800g/kg Rongalit C ou Rongeol C . ... ..... . .... . .... . 60g/kg · .. . 30g/kg

1000g/kg 1000g/kg

CORROSAO NEUTRA

Para motivos brancos, corrosão em fundo tinto com corantes Diretos e Rea­tivos.

QUADRO MÁQU INA British-gum cosido 1: 1 ... ... .......... . .... . 350g/kg · . .. 350g/kg Guaranate GSM/3/SRB (Molh. à 6%) .. . . .. . . .... . 350g/kg · ... 350g/kg Água Fria . .... . ............... . .. . . . ... . 140g/kg · . . . 110g/kg Glycerina .............. .. ..... . . . .... .. . . 60g/kg · ... 80g/kg Rongalit C ou Rongeol C .. .. .... .... ..... . . . 100g/kg · . . . 150g/kg Anti-Espuma (a base de Silicone) .... . .... . . . . . . 5g/kg lOg/kg

4) - Estampagem Manual: Nas mesas de Estampar.

5) - Estampagem à Máquina: Cilindro ou Quadro.

6) - SECAGEM:

Rápido e Regular Estampagem manual, a secagem é feita a 30-400 C. Estampagem à máquina a secagem não deve ultràpassar 70-800 C. Dependendo da espessura do teci, do. Deve ser rápido para que não ocor­ra a decomposição do Rongalit C. Regular: Todo estampado deve es­tar seco uniformemente por igual.

7) - Armazenamento do tecido Estam­pado: Pode-se armazenar de 12 a 24 ho-

. ras, mas é aconselhável vaporizar após a estampagem, pois obtere­mos um melhor rendimento no artigo estampado, principalmente na Sêda Pura.

8) - Vaporização (Princípios Gerais):

16

Logo que o tecido estampado é seco e colocado no aparelho de va­porização ocorre o seguinte:

a) - Inchamento da fibra por absorção de água em atmos­fera quente e saturada de água.

b) - Desencadeamento das rea­ções da decomposição do Rongalit C que transformam o corante em derivado redu­zido solúvel na água.

c) - Condensação de vapor de água a superf(cie do tecido

1000g/kg 1000g/ kg

frio, logo disso lução dos produtos contidos na pasta de estampar, assim como do leuco-der ivado e formação de um banho tintório muito concentrado. Para que o conjunto de to­dos estes fenômenos se fa­çam nas melhores condições é indispensável:

- Utilizar o vapor isento de AR.

- Utilizar o vapor SATU­RADO.

- Dispor de uma circulação abundante e constante de vapor para evitar os riscos de sobreaquecimento.

9) - Acabamento (Enxugamento)

Lavar em água fria o material va­porizado. Oxidar com:

3cc/1 de água oxigenada 130 volumes

tempo: 10m inutos temperatura 50-600 C

10) - Ensaboamento

Ensaboar com: 1 cc/I Detergente (Lissapol NXP)

2g/1 Carbonato de Sódio . tempo : 10m inutos temperatura: 900 C

PASTA DE ESTAMPAR (FASE LONGA)

Processo "COLLORÉSINE" com seca­gem intermediária estampagem com QUA­DRO.

Farinha de alfarroba a 3% . . . Glycerina ..... . .. .. .. . . Acryptol A .. .... . . . .. ' ..

Cor Mãe

Cora nte Neopó ..... .. .. . Água morna 30-400 C ..... . Espessante Mãe .. . .... . .. .

Foular Químico Espremagem 60-30%

Rongalit C ou Rongeol C . . . Copt ol BN Conc. (Molhante) . Carbonato de Sódio Anidro . . Carbonato de Potássio Anidro. Sulfato de Sódio Cristalizado . Glycerina ou Solutene CI . . . Água a completar (fria) . . .. .

945g/kg 50g/kg

5g/kg 1000g/kg

30-60g/kg 140g/kg 800g/kg

1000g/kg

150g/kg 3g/kg

70g/ kg 100g/ kg

20g/kg 50g/kg

607g/ kg 1000g/ kg

VAPORIZAÇAO EM V APO R SATU RA DO A .100-102oC

Vaporiza r durante 10-15 minutos em Cuba Champangne, 7 a 15 minutos no Mather-Plat.

PROCESSO DE ESTAMPAR (FASE CURTA )

Processo F lash-Agai n·g:

Pasta de Estampar:

Carboxi metilamido a 12% . .. Alginato de alta viscosidade a 4% . . .... . .. . . .. .... .

Cor Mãe

Corante Neopó ..... .. . . . Água morna . .. .. . .. ... . Espessante Mãe . . . .. . .. . .

400g/ kg

600g/kg 1000g/ kg

30-60g/kg 140g/kg 800g/ kg

1000g/ kg

Composição do Banho de Foulardagem (Espremagem 60-80%)

Soda Cáustica 360 Bé .. ... . H idrossulfito de Sódio . .. . . Adragante a 6% .. . . . .. . . . Metanol .. : ...... . ... . . Sulfato de Alum ínio . .. . . . Água fria completar ... .. . .

Processo Blotch

120g/kg 100g/kg 200g/kg

25g/kg 15g/kg

540g/kg 1000g/kg

Processo de Estampar fase curta (Va­porizar em vapor sobreaquecido).

Espessante Mãe:

Amido de Trigo a 10% ..... Alginato de alta viscosidade a 4% .... . ..... . .... .. .

750g/kg

250g/kg 1000g/kg

Qulmica Têxtil

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INFORME PUBLICITAR 10

ESTAMPARIA COM CORANTESSOLANTRENES

TECIDO DE ALGODAO, VISCOSE E SÊDA NATURAL FUNDO BRANCO - FUNDO TINTO (CORROSAO COLORIDA)

OS PROCESSOS DE APLlCAÇOES - ESQUEMA DO PRINCfPIO

Pasta de Estampagem

Estampagem

Secagem

Armazenagem dos Tec idos Estampados

Fou lardagem

Vaporizagem

Acabamento

Cor Mãe

Corante Neopó ......... . Água Morna ........ .. . . Espessante Mãe . . . ..... . .

Qulmica Têxtil

30-60g/kg 140g/kg

88g/kg 1000g/kg

Processo C.R.

Alcalina Redutora

Processo em 2 fases

Nem Redutora Nem Alcalina

~~ ,----M-~-;-~-i~-~-I :-g-u-u:-~-;~-e----' /

Rápido e Regular

12 a 24 Horas

Cilindro

Sem precauções Especiais

Ilimitada

j Solução Alcalina Redutora

15" a 5' 5' a 15' vapor

saturado ~ vapor

sobreaquecido ~

Lavagem Oxidação _

Processo ColIorésine c/ scc. inter. v.s. 7' a 15' Ensaboamento

Composição da Pasta Qu ímica de Placagem:

Amido Esterificado a 9% ... . Água Fria .......... . .. . Soda Cáustica 360 Bé . .... . Hidrossulfito de Sódio .... .

350g/kg 450g/kg 150g/kg

50g/kg 1000g/kg

Placagem da pasta química com um rolo gravado em toda a sua superfície na mesma profundidade que os rolos de es­tampar.

Vaporização imediata de 15 a 40 segun­·dos cerca de 115°C.

17

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p ........

I CONCURSO ABQCT DE TRABALHOS ,

TECNICOS SEU TRABALHO VALE UMA VIAGEM A BUENOS AIRES

1.0BJETIVO Premiar o esforço de pesquisa e desen­volvimento . tecnológico nas áreas da qUlmica têxtil e colaborar na acelera­ção deste processo de desenvolvimento e divulgar a tecnologia gerada entre os profissionais do setor.

2. CONDiÇÕES DE PARTICIPAÇÃO Poderão concorrer todos os membros associados a Associação Brasi lei ra de QUlmicos e Coloristas Têxteis indivi­dualmente ou em grupos. Poderão ser inscritos inventos como patentes concedidas, pedidos de privi­légio em andamento depositados no Brasil. Os trabalhos deverão ser origi­nais e inéditos e não poderão ser apre­sentados em outros concursos e/ou eventos e/ou publicações até outu­bro 1985. Um mesmo interessado ou grupo de interessados poderão apresentar mais de um trabalho em conjunto ou separa­damente. Os trabalhos deverão ser entregues datilografados.

3. PRÊMIO Institui-se um premio na forma de 1 (uma) passagem aérea .de ida e volta a Buenos Aires - Argentina, para assistir ao X CONGRESSO da FEDERAÇÃO LATINOAMERICANA DE QU(MICOS TÊXTE IS a ser celebrado no mês de outubro de 1985. Os primeiros 5 (cinco) melhores traba­lhos serão apresentados neste Congresso pela ABQCT. Os primeiros 10 (dez) trabalhos qualifi­cados pela Comissão Julgadora, serão publicados na Revista Química Têxtil.

4. PRAZO PARA O ENVIO DOS TRABALHOS

O prazo para entrega dos trabalhos ven­cerá impreterivelmente no dia 31 de maio de 1985. Solicitamos a entrega d ireta aos D iretores da Associação Bra· sileira de Químicos e Coloristas Têxteis ou o envio registrado para a Caixa Pos­tal 10033, São Paulo, Capital.

5. AVALIAÇÃO A análise e julgamento dos trabalhos apresentados será feita por uma Comis­são Julgadora composta por especialis­tas de notória capacidade, vinculados as diversas especialidades. O resultado do concurso será publicado na Revista QUlmica Têxtil.

6. COMISSÃO JULGADORA Presidente: Dr. Werner Stein.

Especialidade Preparação: Engomagem - Purga - Alvejamento: Willy Weege -Gastão L. de Camargo.

Especialidade Tinturaria: Giuseppe de Marchi - Vidal Salem.

Estamparia: Alfredo Liedgens - Anto­nio Ajudarte.

Acabamento: Danilo M. Junior - Oge­nildo B. Falcão.

A decisão da Comissão Julgadora é inapelável. Os trabalhos apresentados ao concurso ficarão em posse da ABQCT.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIR~ DE QUíMICOS E COLORISTAS TEXTEIS

Orgulhosamente comunica a seus

associados que fretará

um AVIÃO ESPECIAL

para

BUENOS AIRES

para facilitar a sua participação

no X CONGRESSO DA FLAQT -

Federación Latino Americana de Químicos Textiles .

7 A 11 DE OUTUBRO DE 1985

Contaremos com o especial atendimento da

VÂ.AIG @ .t. CRUZEIRO

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Proposta de admissão para Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis

Nome .......... . ......... ·.·· ·· ······························· · ···················· .

Data nascimento ................ . . Local .................. Nacionalidade .................. .

Residência ....... . ................. ' ................................. . . CEP ........... .

Bairro-Estado .. . ' .................................................... Fone .. . ... ....... .

Trabalho atual ..................... . ........... . ...................................... .

Endereço ....................... ' ....................... CEP ........... Fone ........... .

Cargo que exerce .. . .... . .... . ........ . ............. .. ................. Tempo .......... .

(Assinale com um X o endereço para correspondência)

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Tít ulo .... . . . ............ . ... Escola ................... . .... Data

Títu lo .. .. ... . ............... Escola .................. .. .... Data

Tempo de atividade na Ouímica Têxtil . ..................... . ................ . .............. .

Reg ist ro Profissional C.R.E.A. n9 . . . . . . . . . . . . . . .. . .............. . C.R.O. n9 ....... . ..... . .. .

I EMPREGOS ANTERIORES I :, Empresa ... . ....... . . . ..................... Ca'rgo ................ Tempo . ........... . .. .

I , Empresa ........................... . .... . . . Cargo .. . ..... . .... ' .... Tempo ... . ........ .. . .

~ I I I I

SOCIOS PROPONENTES

Nome . .. ....... . ... .. ... .. ... . ... . .. . .. . .. Assinatura ............... . .. ..... .... . .. . .. .

Nome . .. .... . . .. . ... . ...... ~ ... .... . . .. .. . Assi nat ura . . ............ . .. . .. . .. " . . . . . . . .. .

Data .... . ......... .. . . . . .. ... ' ... ... . .. ' . .. .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . assinatura

PARA USO EXCLUSIVO DA DIRETORIA NACIONAL

· ........ . ... .. .. . . .. ... .... ... . ...... .... .... . ... . ......... .. .. . .... . ........... . . .

· .. . ..... . .. . .. . .. .. ... .. ..... . . . ....... . ...... . .... . . . . . . .. . . .. .. ... . ...... . ... . . . . . · ....... . ... . .... .. , .. . ... .. ...... .. .... . ..... . ....... . .. . .... ... .. .. ... .. . . ..... . . . · . . . . ... ......... .. . . .... . ...... . ....... . .. . ... . . . . . .. . . . . .. . . .. .. ..... . ... ... ... . . . Admitido em ..... . ....... . .. . ....... . .. .. . . . Como Sócio . .. .. . . ...... .. ......... . .. . .. ' ..

Aprovado .. . ... ' . .... ... . . ... . ........ .. . . . .. . . . . ' . ... . . . ... . ... ..•. ..... . . . . . .... . .. . .

Presidente

Aprovado .. . ...... . . . ... . .......... .. ........ . ...... . .. . .. ... .. . ... ' . . ....... ' ,' . .. . .. .

19 Secretário

Obs.: Preencher completamente à máquina ou com letra de forma.

- A ABOCT não cobra taxa de inscrição para novos associados.

- Anuidade = 1 ORTN por semestre, mediante recebimento do carnet.

ENVIAR PARA

, ABOCT - Caixa Postal 21.215 - São Paulo - Capital .

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'CORROSÃO SOBRE FIBRAS CELULÓSICAS

ALFRED LlEDGENS CONSUL QUrMICA

Em contactos quase diários com estam­padores que trabalham co'm corrosão, no­tam-se as dificuldade que estes enfrentam, como por exemplo: penetração, rendi­mento dos corantes, reprodutibilidade, igualização de um lado para outro, oure­las, etc.

Não queremos abordar aqui, mais uma vez, a técnica de aplicação, pois isto já foi visto em nossa revista "Ou ím ica Têxtil" (1). Mesmo assim, damos abaixo algumas informações sobre os pontos principais:

1) - Influência de secagem

2) - Influência de vaporização

3) - Formação de formaldeido

1. INFLUENCIA DE SECAGEM

o primeiro ponto importante para se conseguir uma eStampa perfeita , com con­tornos nrtidos é uma perfeita secagem (tanto na largura quanto no comprimen­to) do material estampado. Deve-se secar rápido e completamente.

~ um erro pensar que uma secagem lenta à temperatura baixa é mais adequa­da.

Uma secagem muito lenta provoca a formação de cristais de formaldeido sulfo­xilato de sódio relativamente grandes, que durante a vaporização posterior dissolvem lentamente, provocando assim, uma fixa­ção bastante irregular.

A secagem lenta pode conduzir à umi­dade residual e com isso à decomposição precoce do formaldeido sulfoxilato de sódio e também redução precoce de co­rante.

Esta decomposição é um processo exo­térmico, isto é, libera calor.

Este calor provoca um aumento de temperatura e com isso um aumento da velocidade da reação responsável pelo baixo rendimento do corante.

Material totalmente seco, não apresen­ta este fenômeno.

Optando por uma secagem à tempera­tura mais elevada é aconselhável não ele-

aurmica Têxtil

var acima de 1300 C. Na marca de 1500 C inicia-se 'uma decomposição térmica do formaldeido sulfoxilato de sódio.

Logo após a secagem, o material deve ser vaporizado a fim de evitar uma absor­ção desigual da umidade do ar. ,

2. INFLUENCIA DE VAPORIZAÇAO

A fixação do corante não é possível sem a presença de umidade, isto é, água sobre o material. A quantidade de água necessária para a fixação é obtida por condensação de vapor no material estam­pado.

A quantidade de vapor que condensa é determinada pelo calor espedfico do ma­terial estampado e a diferença de tempe­ratura entre o material entrando no vapo­rizador e o ponto de ebulição da água sob a pressão existente.

Sabemos que um material estampado absorve 7% de água quando atinge uma temperatura 200 C num vaporizador; e somente 4,5% quando atinge a marca de 400 C.

Outro fator, é a umidade residual do material estampado,isto é, quanto mais úmido, mais água absorve.

Isso mostra claramente que apenas vapor saturado pode fornecer um máximo de água condensada.

Atenção: O vapor deve ser livre de ar!

Durante a vaporização surgem outras reações exotérmicas:

- Entumecimento da fibra e do espes­sante

- dissolução do álcali - redução do corante (oxidação do

formaldeido sulfoxilato de sódio)

O calor resultante destas reações, deve ser eliminado afim de evitar um aumento da temperatura no vaporizador, ou seja, o vapor será sobre-aquecido, o que provoca secagem do material. Em outras palavras: vapor sobre-aquecido retira a umidade do material a ser vaporizado~

Há duas possibilidades de evitar esse sobre-aquecimento:

- aumentar o fluxo do vapor - adicionar uréia à pasta de estampar.

Como a dissolução de uréia é um pro­cesso endotérmico (absorve calor) conse­gue-se com isso uma condensação maior de água no material.

Uma outra possibilidade é a injeção de água no vapor, apesar de que neste pro­cesso formam-se facilmente gotas d'água, portanto é preciso muito cuidado.

Outra tarefa importante do vapor é eli­minar o formaldeido que se forma duran­te a decomposição do formaldeido-sulfo­xilato de sódio. Testes mostraram que so­mente um teor abaixo de 0,1% de formal­deido no vapor, garante uma perfeita fi­xação, vaporizando 7-8 minutos.

Durante a vaporização a temperatura não deve passar de 1060 C a fim de obter uma perfeita reprodutibilidade da cor.

3~ FORMAÇAO DE FORMALDEIDO

Atualmente, economizar vapor e ener­gia é uma coisa louvável, porém neste caso, é importante não esquecer que na decomposição de formaldeido-sulfoxilato de sódio existe a formação de formaldei­do:

HOCHzSOz Na = NaHSOz + CHz O

O formaldeido será eliminado pelo va~ por e o sulfoxilato transformado em outra ligação de enxofre, durante a qual o co­rante é reduzido.

Um Moi (154g) formaldeido-sulfoxi­lato de sódio libera 30g formaldeido (CHzO).

Já citamos àcima que a concentração do formaldeido no vapor não deverá ultra­passar 0,1%. E por quê?

Medições mostraram que o potencial redox do sistema, é 100mV inferior na presença de formaldeido numa tempera­tura de vapor de 1000 C. Isso implica que determinados corantes não mais podem ser reduzidos, pois conseqüentemente não fixam.

Naturalmente o equilíbrio pode ser in­fluenciado adicionando-se mais formaldei­do-sulfoxilato de sódio.

Deixaremos aqui, em aberto, o que é mais econômico:

10kg formaldeido-sulfoxilato de só­dio

ou 300kg vapor adi~ionais

Veremos num exemplo teórico a quan­tidade de fórmaldeicjo que é possível for\ mar :

25

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CONTEÚDO DO VAPORIZADOR = 400m. VAPOR: .l000kg/h 2) - As estampas devem entrar no vapo­

rizador com temperaturas baixas. Passando por uma câmara de umidi­ficação an,tes de entrar no vaporiza­dor, melhorará consideravelmente o resultado final.

100 m material gastam 10 kg pasta 10kg pasta contém 1 kg Rongalit C

1 kg Bongalit C libera 200 gr formaldeido

50 m/min 3000 m

VELOCIDADE DO VAPORIZADOR: 50m/min

são igual a 3000 mlh contém 30 kg Rongalit C

3) - O fluxo de vapor deve ser suficien­temente grande (350-400 g/m2 do material estampado) . .

30 kg Rongalit C liberam 6 kg formaldeido 4) - É de primordial importância que o vapor elimine o máximo possível de formaldeido e que o vapor seja to­talmente livrEi de ar.

6 kg formaldeido em 1000 kg vapor = 0,6%

4%·de ar nO 'vaporizador condena a fixação ao insucesso.

Isso indica que a concentração de for­maldeido é 6 vezes maior que a aceitável, o que dispensa qualquer comentário.

também deve-se levar em consideração a cobertura do desenho.

Em resumo podemos dizer que:

LITERATURA

Objetivamente devemos acrescentar aqui, que' a decomposição do formaldei­do-sulfoxilato de sódio nunca é total; e

1) - As estampas' devem ser bem secadas até temperaturas de 1300 C.

(1) "Química Têxtil" Nr. 6. Luíz G. Scalon: A Estampagem de Tecidos por. Corrosão.

primatex silltequimica

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ITMAIl

POLlENKA S.A.

Com o presente artigo, a Polyenka S.A. adere à homenagem do 109 aniversário de fundação da ABQCT: Este é um resúmo de uma análise feita sobre a feira pelos técnicos e peritos do Instituto Técnico Têxtil (TTI) da Enka, membro do Grupo AKZO a qual a Polyenka pertence.

Certamente a decisão de visitar uma feira internacional de máquinas têxteis, na atual situação econômica do Brasil, é diHcil de ser tomada. E na verdade, o nú­mero de industriais e técnicos brasileiros que visitaram a ITMA 1983 em Milão, Itá­lia, foi bem menor do que em ocasiões anteriores. No entanto, existe um vivo in­teresse, dos que ficaram, em conhecer a evolução da tecnologia e as inovações téc­nicas na construção moderna das máqui­nas têxteis apresentadas.

Não sem razão, a ITMA 1983 foi cha­mada de "Feira dos Superlativos". Um to­tal de 1 251 expositores de 31 países ocu­param 125000 m2 para apresentar má­quinas, aparelhos e acessórios do último tipo que, em conjunto, representaram um volume de 80 000 m3 e um peso total em torno de 15 000 toneladas.

Estas cifras evidenciam a impossibilida­de de uma descrição detalhada ' de todo este equipamento exposto. Por este moti­vo, o propósito do presente trabalho só pode ser um relato sucinto. Embora que em publicações internacionais haja des­crições mais detalhadas, o resumo aqui abrange tudo o que realmente de mais im­portante foi mostrado na ITMA 1983 em Milano, para o setor de beneficiameto têxtil.

Resta acrescentar a observação externa­da em várias publicações internacionais que, nas máquinas expostas se verificou uma crescente preocupação com aspectos ergonômicos (salubridade e controle de poluição no ambiente de trabalho indus­triaI) e antropométricos (adaptação dos elementos das máquinas, dependentes de atendimento pelo homem, às medidas do corpo humano). A máquina têxtil do fu­turo, portanto, tende não somente a ser muito mais eficiente e produtiva, ~xigin­do cada vez menos a intervenção da mão humana mas será, também, cada vez mais saudável, cômoda e agradável de ser ope­rada.

A ITMA 1983 de Milão se destacou não tanto ~Ia apresentação de tecnolo­gias novas mas sim pelo realmente sur­preendente aumento da eficiência e pro­dutividade de tecnologias estabelecidas.

Oulmica Têxtil

Na fiação, onde predominam as partes rotativas nas máquinas, já é constatado um aumento constante das rotações, con­seguido pÔr uma precisão crescente na construção, uma escolha cada vez mais apurada de materiais - 'sendo pequeno o aumento do consumo de energia e menor o n(vel de ruídos. Da mesma forma, a automatização da fiação não se desenvol­ve com avanços súbitos e sim de maneira gradual, sendo que o custo construtivo e, com este, o preço das máquinas, de ne­nhuma maneira foge do controle graças, principalmente, ao emprego geral da mi­cro-eletrônica.

Em máquinas com peças de movimen­to predominantemente vai-vem, usuais na tecelagem ena malharia circular e por ur­dume (Kettenstuhl e Raschel), o compu­tador tem um crescente papel de impor­tância. O cálculo matemático-cientrfico dos agregados de acionamento das máqui­nas em relação à transição de discos excên­tricos para eixos articulados, já há anos, levou à elevação da eficiência de máqui­nas de malharia por urdume para o dobro ou o múltiplo dos tipos anteriores, sem necessidade de aumento na sofisticação construtiva e do custo. Nesta área, hoje em dia, as possibilidades por exemplo de 2 500 rpm nas máquinas Ketten simples, estão esgotadas extensivamente. Também na malharia circular (com as agulhas co­mo peças de movimento vai-vem), os ele­vad (ssimos aumentos de eficiência se tor­naram possíveis somente através de cálcu­'los das curvas dos blocos de pedras, apoia­dos no processamento eletrônico de da­dos, sendo que já se tornaram realidade em grande parte. Aqui, ainda existe mais potencial de aumento de eficiência atra­vés da transição para a agulha de pino des­lizante (agulha composta = "compound needle").

Na construção das máquinas de tecer - o campo no qual, mais do que em qual­quer outro havia a limitação construtiva devido à necessidade das peças ,vai-vem -a solução através da análise matemática­científica na construção de agregados de acionamento foi iniciada de maneira tar­dia. Por isto, nesta área, se obtém ainda, aumentos mais ou menos súbitos de efi­ciência, o que a ITMA 1983 demonstrou convincentemente pela drástica elevação das rotações das máquinas de tecer a pinça. A superioridade teórica de todos os sistemas de inserção de trama de baixo (n­dice de movimentação de massa, represen­tados principalmente pelos sistemas de in­serção a jato de ar e de água, está se reve-

lando 11a prática, como já não sendo tão vantajosa quanto esperada. Ao lado dos realmente sensacionais progressos na tec­nologia de construção de acionamentos das má'quinas de tecer, os quais se apresen­tam em movimentos cada vez mais har­moniosos e, com isso, contribuem substan­cialmente para a economia de energia,a redução de desgaste de peças e do nível de ruídos, e novamente a cuidadosa esco­lha, dos materiais, que d.iminue , as massas movimentadas como sendo o critério fun­damentaI. Desta forma, são exatamente as máquinas de tecer, nas quais, já atualmen­te, estão sendo empregados em considerá­vel volume, os plásticos reforçados por fi ­bras de carbono.

Finalmente, a micro-eletrônica já está sendo empregada, em quase todas as tec­nologias, com fins de comando, controle e otimização dos processos. Ela é pressu­posta para a automatização que avança em passos gigantescos e cujos custos de investimento, como já indicado, atualmen­te não estão sendo mais considerados proibitivamente altos sendo que, com isto, as fábricas estão sendo colocadas numa posição de tornar real um trabalho em 4 turnos com o quarto turno sendo de um número mínimo de operários.

Todas estas elevações de eficiência não constituem nenhuma exigência fundamen­talmente nova à qualidade dos materiais processados de fios mas, naturalmente, essa exigência é mais elevada. A disposi­ção da indústria têxtil de investir em no­vas máquinas, afinal das contas, é estimu­lada basicamente pela expectativa, coloca­da no maior grau de eficiência das máqui­nas o qual, por sua vez, depende da quali­dade, uniformidade e ausência de defeitos dos materiais alimentados a essas máqui~ nas, sejam esses, fibras,fitas, tops a fios e de sua apresentação. Aqui está a grande chance da indústria de fibras químicas a qual, mais do que qualquer outro ramo têxtil, está em condições de oferecer ao mercado materiais que atendam a essas exigências.

Muitos visitantes classificaram a ITMA 83 como tendo sido uma feira da micro­eletrônica e dos robôs. Somente a propo­sital continuação do desenvolvimento da automatização poderá manter viva a indús­tria têxtil dos pa (ses industrializados. Em última análise, também o Brasil não esca­pará dessa tendência se desejar manter o potencial fabril de seu cO,nsiderável par­que industrial têxtil e sua capacidade de competir no mercado internacional. Por conseguinte, não é nada mais do que lógi­co que a indústria de construção de má­quinas têxteis faça um uso coerente e to­tal dos meios técnicos mais modernos dis­pon(veis.

Na área do beneficiamento houve um aperfeiçoamento e em parte muito bem sucedido, dos desenvolvimentosapresen-

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tados na ITMA de 1979. Alguns desen· volvimentos de interesse para quem em­prega fibras sintéticas foram:

• Aplicação mínima de banhos de pro­dutos de acabamento de alta qualidade para artigos de viscose.

• Secagem de alta freqüência (micro­ondas).

• Processos de beneficiamento de super­fície ("Face-Finishing").

• Desencadeamento da retração de têxteis.

• Desenvolvimento da volumação. Além disso estavam em primeiro plano

o melhoramento do domínio de processos e a continuidade do desenvolvimento da micro-eletrônica, em especial para proces­sos detingimento por esgotamento, estam­paria bem como secagem e os processos de fixação. No campo da colorimetria foram mostrados alguns sistemas novos, assim, por exemplo, um aparelho para medição colorimétrica contCnua de teci­dos em andamento no tingimento cont(­nuo com cabeçote medidor de movimen­to vai-vem.

De maneira geral puderam ser observa­dos os seguintes enfoques de maior inte­resse:

1. TRATAMENTO PRÉVIO

• Nas instalações de lavagem contínua e purga de tecido ao largo a tendência volta à condução vertical do tecido. Em máquinas com condução horizon­tal do tecido somente podem ser trata­dos de maneira otimada tipos de arti­gos com suficiente permeabilidade pelo banho de lavagem. Em tecidos mais densos, a maior parte do banho de tratamento escorre inaproveitada pelos lados antes dos cilindros de inver­são. Para processos contínuos de vapo­rização predominam vaporizadores de transporte de camada de roletes ("Rol­ler-Bed"), alguns em combinação com condução firme do tecido mediante roletes-guia.

• A recuperação e reciclagem de gomas de acrilatos e acetato de polivinila me­diante um método simples: intumesci­mento, calandragem e concentração, foi mostrada por dois fabricantes. Nesse processo, o banho flue em senti­do contrário ao do tecido. A goma é intumescida no 19 banho, removida em boa parte por calandragem e lavada até um restante de cerca de 20% nos próximos banhos. Pelo fluxo em senti­do contrário a goma é concentrada no 19 banho podendo ser reaproveitada (por exemplo Benninger-RFA).

• Um novo sistema de íàvagem e relaxa­mento ao largo para artigos muito sen­síveis de tecelagem e malharia com rolos guia-tecido flutuando na superfí­cie do banho de tratamento (sistema

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"Flipper" da Küsters - RFA) para um desenvolvimento otimado de retração e volumosidade do artigo.

2. SECAGEM E TERMOFIXAÇAO

• A secagem de alta freqüência (ou por micro-ondas) de material têxtil enro­lado inclusive de tops e de material em rama em forma compacta dominou a área das técnicas de secagem. Desde a ITMA anterior se ganhou considerável experiência com relação a um emprego objetivo das possibilidades dessa tecno­logia e do seu consumo de energia em comparação com a secagem conven­cionaI. A firma Krantz (RFA) mostrou uma

instalação para secagem de malha empilha­da em dobras, compacta, de acordo com este sistema.

De maneira geral, a secagem mediante micro-ondas também é interessante para a secagem de material têxtil enrolado de viscose. - Para a área das ramas deve ser destaca­do:

a) Um novo sistema de esteira com col­chão a ar ' da firma Babcock (RFA) para secagem e fixação muito suave de

. tecidos ao largo, muito .sensíveis.

b) Um novo sistema de condução do ar "Econ Air" (Babcock-RFA) de corren­te uniforme longitudinal na mesma di­reção do percurso do tecido (nenhuma corrente transversal) que economiza energia, especialmente em processos de secagem, sendo esta economia, de acor­do com indicações do fabricante, de até 35%. .

c) Um novo sistema de aquecimento a gás (Air Industrie - França) para ramas e secadores com somente um queimador de gás fora da máquina.

d) Sistemas de comando e controle de processadores eletrônicos para a apura­ção contínua de valores e dados dos processos e o comando da velocidade mais apropriada do tecido, por exem­plo: o Monfor-Matic (Monforts - RFN. Ademais há sistemas de micro-proces­sadores para a apuração e vigilância dos custos dos processos de produção com constante display dos resultados

. em vídeo eletrônico.

3. TINGIMENTO DESCONTfNUO

• Tingimento em peça - otimização ge­rai da automatização através de micro­co m puta dores. Manutenção do conhecido princípio de tingimento suave - "Soft Dyeing Machines" - aprimoradas e só parcial- . mente enchidas pelo banho de tingi­mento em relações. de banho, consi-

dera das "razoáveis", de no mínimo 1:6 a 1 :8. I novação absoluta representa uma ins­

talação que ainda deve ser considerada como sendo modelo, dafirma Then (RFA), a qual funcionará pela injeção do banho de tingimento numa corrente circulante de vapor. I ndica-se uma possível relação de banho de 1:1. Entretanto ainda não existe experiência com resultados da prática.

. I nteressante é uma nova construção de Jigger da firma Küsters (RFA), na qual os rolos de enrolamento do pano são parcial­mente submersos no banho de tingimento. Entre os rolos há uma calandra interme­diária. Vantagem: Tempos mais curtos de trata­

mento mediante constante e mais intensa troca de líquido do banho no tecido, resultan­do numa penetração melhor do tingimento. Uma versão para o tingimento a alta tem­peratura (HT) se encontra em estágio de construção.

• Tingimento de materiais têxteis (fios) enrolados - tendência a favor de maiores suportes, desaguamento de co­lunas inteiras de suportes mediante centrífugas especiais. Três fabricantes italianos apresentaram aparelhos com recipientes individuais para cada colu­na de suportes. A relação de banho, que pode assim ser obtida é de 1 :4. Em especial pelos numerosos constru­tores italianos de aparelhos, presentes na feira, foi apresentada uma série de variações muito interessantes, tão am­pla que requer um estudo mais deta­lhado.

• Sistemas de robôs comandados por computadores para a carga e descarga -de suportes de espulase seu tr·ansporte ao secador (Minetti - Itália e Barri­quand - França).

4. TINGIMENTO CONTINUO

• Tingimento Termosol, novos sistemas de Hot-F lue, possibilitando a pré~seca­gem a temperaturas grudadas e novos sistemas de condução do ar visando di­minuição de diferenças por migração dos corantes (por exemplo: Monforts - RFA, Krantz - RFA) .

• Máquinas para tingimento pelo proces­so de repouso ("pad-batch"), especial­mente para malhas em forma de tubo com corantes reativos. A Smith (I nglaterra) mostrou um apa­

relho em escala para laboratório técnico para fixação de corantes reativos sobre material em forma de peça de tecido ao largo. A fixação é efetuada mediante mi- . cro-ondas. • Para o tingimento contínuo de tecidos

de fôrro de poliéster foi apresentada a

Qurmica Têxtil

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já conhecida instalação com pré-seca­gem "Remaflam" e agregado fixador de tambores, .pela firma Brückner, em escala para laboratório técnico.

e Igualmente como instalação pilôto es­tava exposto o modelo "Apollopet" da Ichikin (Japão) para o tingimento e a caustificação contínua sob condições atmosféricas, aquecido por micro­ondas. A instalação em escala de pro- · dução, que está sendo construída, ale­gadamente deverá poder ser operada a 125 ~ 1300 C, sendo, assim, também apropriada para o tingimento de po­liéster.

e Tingimento de cabos de fibras sintéti­cas e tops penteados, Secocab "Com­pact" (da Serracant - Espanha). ~ uma instalação compacta de tingi­mento com túnel de fixação e de seca­gem dispostos um sobre outro e, por­tanto, ocupa pouco espaço. Construí­da para menor produção respectiva­mente menores lotes de material a tin­gir, por exemplo 150 kg/h. Há grande interesse das tinturarias de tops pen­teados que, até agora, não puderam trabalhar com processos contínuos.

5. ESTAMPARIA

A continuação dos desenvolvimentos nesta área . é representada pelos seguintes detalhes: e Sistemas eletronicamente controlados

para a produção de pastas uniformes de estampagem reproduzíveis com exa­tidão, em concatenação com a automa­tização das cozinhas de tintas e a ali­mentação das pastas de estampagem.

e Estamparia com pastas de espuma (eco­nomia de pastas e energia) tanto para tecidos planos lisos (Stork - Holanda, Zimmer - Áustria), quanto para arti­gos de pêlo ou superfícies de laços (Mitter - RFA, Zimmer - Áustria), bem como o tingimento · por espuma de fundos unicolores. Enquanto que a estampagem de teci­

dos planos, lisos, por este método, ainda está nos princípios de desenvolvimento, a aplicação em artigos com superfície de pêlo ou laços já amadureceu para o· em­pregá na prática.

e Na termo-estampagem por transferên­cia não apareceram construções de má­quinas com princípios básicos novos: Um desenvolvimento novo representa o papel de estampagem "Gaufrage" da firma Transfertex (RFA). Trata-se de um papel especial estruturado, sendo que a estrutura também é transferida ao tecido plano a ser estampado, resul­tando num toque macio do tecido.

6. ACABAMENTO

mento contínuo de acordo com este método já foi indicada na menção de aparelho" Apollopet".

e Acabamento de Superfície ("Face-Fi­nishing") Novas lixadeiras e esmerilhadeiras

a) Da Sperotto-Rimar (Itália):. Lixadeira/esmerilhadeira de um só cilindro tipo SM 1 que possibilita tanto um toque linear (tangencial) quanto parcialmente arcado do teci­do no cilindro lixador, para a obten­ção de efeitos diversos.

Além disso apresentou-se uma máqui-e Sistemas de aplicação mínima na especial SN para a obtenção de efeitos

Apesar de muitas alternativas apresen- . de lixamento ou esmerilhamento median­tadas na feira, parece que o "Sistema te guarnição especial do cilindro. O ata­Triatex MA" ocupa o lugar de maior que aos sistemas de fios é efetuado de ma­importância no que se refere ao empre- neira uniforme tanto em sentido longitu­go na prática. O sistema se baseia no dinal quanto em sentido transversal. princípio da aplicação tangencial con- b) Da firma F. Mülller (RFA) a lixadei-trolada do produto ou da formulação ra SF, uma máquina de vários cilin-de produto de beneficiamento. Para o dros para percurso horizontal do te-acabamento de alta qualidade de teci- cido com travessões de encosto de do de fôrro de viscose, um rolo de apli- lixamento em forma especial. Esta cação, de desenvolvimento novo, em construção, por enquanto, tem res-conexão com experiência mais ampla trições quanto ao tratamento de na composição (fórmula) dos produtos artigos de malha. de tratamento, oferece novos pontos de partida para este sistema (melhor e Encolhedeira Universal "Supratex", da relação entre o encolhimento na lava- Hunt & Moscrop (Inglaterra) para a gem e a resistência à abrasão). volumação e o aumento da densidade A tecnologia da aplicação de produtos de tecidos bem como para o encolhi-

em forma de espuma perdeu tanto do seu mento seletivo para obtenção de efei-papel de preponderante em relação à tos de superfície semelhantes ao crepe. ITMA anterior. Mesmo assim foi apresen- A máquina não representa um sistema tado um número de novos sistemas de absolutamente novo, mas permite a aplicação (por exemplo: Zimmer, median- obtenção de novos tipos de efeito . . te dosagem por agregado de engrenagens).

Num novo sistema "Plasma Tex" (ASISA - Espanha) é prevista para aplica­ção de formulações altamente concentra­das de acabamento em forma de gel.

e Caustificação A Ichikin (Japão) apresentou pela pri­meira vez, no sistema "Apollotex", um aparelho chamado Electron-Reactor. Princípio: Aplicação de banho alcalino definido mediante foulardagem, enro­lamento do tecido e tratamento num reator de micro-ondas. O processo é sem i-contínuo. A possibilidade também de um trata-

ASSOCIADO

e Raclagem a Seco e Plastificação com Folhas Pela Stork (Holanda) e pela Lamaire (França), estas possibilidades foram demonstradas em C(!landras modi!ica­das de térmo-estampagem de transfe­rência. Um novo tipo de folhas da Xiro (Suí­ça), isto é, uma folha de poliuretano com finas fendas para efeitos de plasti­ficação com permeabilidade ao ar e va­pores de umidade, bem como uma folha de poliéster para a plastificação, por exemplo, de tec idos de velas para barcos.

Utilize-se deste seu veículo de comuni'cação, enviando-nos

artigos técnicos de interesse geral.

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" FENOMENOS , ,

FISICO-QUIMICOS NO TINGIMENTO DE

" CORANTES A CUBA EM PAD-STEAM

ICI- BRASIL S/A

De todos os processos criados para tin­gimento em contínuo de tecidos celulósi­cos, o processo Pad-Steam é, incontesta­velmente, o que se impôs, mundial e tec­nicamente. Foi aplicado pela primeira vez pelos químicos daDu Pont de Nemours, durante a última grande guerra.

. O processo das diversas operações con-siste em:

1) - Foulardagem pigmentar

2) - Secagem

3) - Foulardagem química

4) - Vaporização

5) - Eventualmente~ passagem em ar

6) - Enxaguamento

7) - Oxidação

8) - Ensaboamento.

Serão examinados, a seguir, os diferen­tes estados, a qualidade à qual devem cor­responder os corantes à cuba e os feriôme­

<nos físico-qu{micos qUe conCorrem para a obtenção de um tingimento que responda às exigências de aspectos e solidez.

1) - FOULARDAGEM PIGMENTAR

O banho mais simples que se pode uti­lizar compõe-se de uma solução aquosa de corantes à cuba em forma extremamente dividida.

Trata-se de um banho com sistema dis­perso.

Dá-se o nome de . dispersão a várias fa­ses, onde uma, Ifquida, é contrnua e ou­tra, sólida, constitu{da de partfculas fin{s­simas.

As condições de estabilidade das dis­persões são numerosas e complexas, mas uma lei muito simples rege a velocidade da queda (sedimentação) ou asceríção (branqueamento) das partCculas.

A fórmula de Stockes, abaixo, aplica­se somente a partfculas esféricas:

32

2 g (d-d')R 2

V = --"'-'-:::---'--. 977 onde:

d : densidade das partículas d': densidade do meio contfnuo g' : aceleração da gravidade R : raio das partrculas 1/ : viscosidade do meio contrnuo

A ordem de grandeza da velocidade de queda foi calculada por Jacques Duclaux a partir da fórmula de Stockes no caso de bolinhas de vidro caindo na água, chegan­dos aos seguintes resultados:

Diâmetro das Bolinhas Velocidade de Queda

0,1 mm 1 cm em 5 segundos 0,001 mm (1 rt;Iicron) 1 cm em 14 horas 0,0001 mm (0,1 mícron) 1 cm em 58 dias.

Estes dados levam a apenas uma ordem de grandeza, pois a fórmula de Stockes só se aplica, OOmo já assinalamos, a partf­culas esféricas e para outros casos, pouco aproximadá. Como as partrculas de coran­te são raramente esféricas, as velocidades de sedimentação são maiores, .numa medi­dá que pode variar muito, de acordo com o estado físico das partfculas (agulhas, lâminas, etc.).

Por outro lado, devido a variações de temperatura, ocorrem, quase sempre, nos líquidos em repouso, imperceptfveis mo­vimentos de convecção "in situ" que, no caso das partfculas muito finas, favore­cem a estabilidade das suspensões.

Por outro lado, utilizamos, para medir a estabilidade dos banhos,. a subida e o modo operatório, um tubo de vídro de 1,5 m de comprimento, aproximadamen­te e 3 cm de diâmetro. Este tubo é equi­pado com uma torneira na parte inferior (T) e um sifão (S) na parte superior (figu-

. ra 1). Neste tubo, as dispersões de corantes

à cuba são estocadas durante 24 horas. Depois da estocagem, aspira-se 100 mi

da parte superior do banho e aproxima­damente 100 mi da parte inferior,.

Faz-se a homogeneização do que foi retirado pipetando-se 50 m!, fazendo pos- .

teriormente o tingimento sobre pequenas meadas com banho a 1 :25.

As meadas tingidas são medidas, em seguida, no 'espectrofotocolodmetro, ten­do-se como referência (100) a meada tin­gida com a parte inferior do banho em repouso

Se não houver nenhuma decantação, a relação: .

Tintura alta Tintura baixa

100 = 1 100

Se houver decantação, a relação será inferior a 1.

A experiência confirma, com este tes­te, uma ótima estabilidade: os dados de variação vão de 0,947 a 0,971.

Presença de um Redutor de Tensão Superficial

Uma partícula sólida apresenta, diante de um líquido, uma tensão superficial. t portanto necessário diminuir a tensão in­terfacial sólido-líquido para melhorar a molhabilidade.

Para tanto, na fabricação do corante, há necessidade de um dispersante, que melhora a suspensão das partfculas sólidas no meio.

~ sable

®

Fig. 1 . Coluna de Decantação

Qulmica TêxtiV

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As moléculas de dispersa nte são absor­vidas na superfície das partículas, cobrin­do-as com uma camada orientada eletri­camente carregada do mesmo sinal, dimi­nuindo assim as possibilidades de aglome~ ração na ocasião do encontro das partí­culas (figura 2):

Fig. 2

Movimento Browniano

Sabe-se que as partfculas suficiente­mente pequenas (1/10 de /J. no máximo) em suspensão em um I(quido, têm movi­mentos incessantes, desordenados, cha­mados "brownianos", devidos aos cho­ques que recebem das partfculas da parte das moléculas ou (ons em movimento constante.

A ordem de grandeza das velocidades de partfculas é de alguns /J. para diâmetros ig,uais a 1 /J. e de algumas centenas de /J. para os diâmetros igua is a 1/100 de /J..

O movimento browniano é um fator importante de dispersão permanente.

Viscosidade

Levando-se em conta a fórmula de Stockes, nota-se que, quanto maior é a viscosidade, mais a velocidade de sedi­mentação diminui.

Será interessante empregar no banho de foulardagem um espessante da fase continua.

Ele deverá apresentar, entretanto, cer­tas qualidades, para não interferir de ma­neira desfavorável quando da apl icação dos diversos tratamentos, devendo ser:

1 - facilmente manipulável e se isso for poss(vel, sem preparo prévio (incha­mento)

2 - insens(vel aos álcalis e aos redutores

3 - compatfvel com os produtos aniôni­cos ou não iônicos normalmente uti­lizados nas operações de tingimento

4 - facilmente eliminável por enxagua-mento

5 - neutro em relação às cargas eletro­magnéticas do dispersante; o que tem por corolário não estabilizara disper­são, màs criar uma decantação por fenômeno de sinérese.

Oufmica Têxtil

cps 10000

7500

5000

2500

2000

1500

1000

500

o 10 25 50 75 100% UNISOL AM

Verde brilhante Solanthrene F-2F.

Fig. 3 Viscosidade de uma solução de unisol am à 200C

O Unisol AM, que é um sal sódico de poliácido orgânico, apresenta todas as caractedsticas acinia e tem, por sinal, notáveis propriedades de inibição de mi-gração. Na O

Permite, assim, a obtenção de uma boa conformidade de nuance centro-bordas e direito-avesso na hora da secagem.

Verifica-se, portanto, que, por todos os motivos evocados, os banhos de fou­lardagem pode'm ser estocados e utiliza­dos sem sedimentação ou floculação.

Do ponto de vista aplicação, dar-se-á . preferência às apresentações de corante do tipo ' "pasta fluida", elaboradas espe­cialmente para o tingimento através de processos pigmentares, com as seguintes vantagens:

• diluição fácil, sem requerer precauções especiais

• particular ordem de fineza, de /J. ou in­ferior ao /J.

• menor sensibilidade à migração na se­cagem

• estocagem sem risco de dessecação • sensibilidade extremamente reduzida

ao gel • . decantação m(nima em caso de arma­

zenagem prolongada • limpeza muito fácil e rápida do mate­

rial depois do tingimento.

Na O

Leuco-derivado alcalino do Verde brilhante Solanthrene F2F

33

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l

2 - SECAGEM

A secagem tem por finalidade funda­mentai separar e afastar um fluido de um substrato: em nosso caso, trata-se de eli­minar a água excedente.

Os aparelhos mais utilizados industrial­mente são os "hot-flues", atuando por convecção. ,

Convém diferenciar inicialmente os di­ferentes tipos de ligação da água com a fibra:

• umidade superficial: fenômeno de ab­sorção

• umidade no inchamento: fenômeno de adsorção

• umidade da matéria: ligação estrutural.

As moléculas de água e a celulose for­mam um gel. Pelo termo "secagem" enten­de-se geralmente, na indústria têxtil, a se­paração da água superficial e da água do incham'ento conservando-se a umidade natural da fibra.

No decorrer da secagem térmica, o vapor se forma tanto na superHcie como no interior do tecido, de acordo com o tipo de secagem. De qualquer ' modo, dadas as diferenças de pressão do vapor, este é forçado a sair dos materiais em secagem atravessando uma camada limite destes materiais.

Um artigo têxtil s6 pode, portanto, ser seco termicamente, se a pressão do vapor em seu interior for superior à existente ao seu redor: o vapor obtido é absorvido depois evacuado por um agente de seca­gem gasoso, como o ar, por exemplo.

Nos secadores que atuam por convic­ção, o calor é introduzido ao mesmo tem­po que o agente de secagem. Na ocasião da eliminação, vários fenômenos desenca­deiam no interior do têxtil.

Cronologicamente, a umidade começa a se volatizar na superffcie do material e depois no seu interior. O Ifquido é cons­tantemente movido por forças capilares.

No decorrer de secagem posterior, os ' capilares interfibrilares inchados pela água esvaziam, diminuindo o volume. A resis­tência que se cria frente ao movimento do Irquido nestes capilares, ajudada pelo aumento de viscosidade devido à presença

'do Unis,ol AM, torna-se tão elevada que as forças capilares ficam insuficientes para umedecer as faces do tecido.

O deslocamento da água do interior para o exterior do tecido causa uma atra­ção do pigmento pelo dispersante, em direção às faces externas.

~ portanto compreensrvel que quando aumenta a viscosidade do banho, o deslo­camento das partículas é freado e depois eliminado (figura 3).

Um outro método consiste em contra­riar a ação do dispersante, por exemplo,

34

pelo uso de um eletr61ito (Acetato de 56-dio), mas em todo caso, é prudente, para limitar os problemas de migração na seca­gem, utilizar corantes em "pasta fluida", quase desprovidas de dispersante.

Aliás, o ideal é utilizar, antes do "hot­flue", Lima pré-secagem infravermelho, que aquece de maneira regular tanto o in­terior como o exterior do tecido, o que diminui a tendência à migração dos pig­mentos para o exterior do tecido.

3) - FOULARDAGEM QUfMICA - VAPORIZAÇAO

O corante à cuba é apresentado sob a forma insolúvel e sua solubilização ocorre por uma reáção alcalina.

O fenômeno é ilustrado pelo exemplo abaixo:

Para isto, utiliza-se como agente redu­tor, o hidrossulfito de sódio, álcali solúvel em soda cáustica. '

As peças são foulardadas comum ba­nho alcalino-redutor cujas concentrações em soda cáustica e hidróssulfitovariam de acordo com o "pick-up" do foulard e in­tensidade da nuance.

~ indispensável que as peças sejam res­friadas depois da secagem, por urna cor: rente de ar ou através de contato com rolamentos resfriados por circulação de água gelada: na entrada do banho quími­co, é necessário evitar uma elevação de temperatura que possa provocar uma re­dução do corante e uma decomposição prematura do hidrossulfito de sódio.

Com efeito, na rápida passagem das peças, uma quantidade, pequena mas não desprezível, de corantes à cuba passa em solução no banho químico. Para eliminar este derramamento, pode-se adicionar, para certos corantes, uma pequena quan­tidade de eletr61ito (sulfato de sódio oU sal marinho) na solução de soda e hidros­sulfito.

Por outro lado, para se obter rapida­mente um estado de equilrbrio entre as concentrações de corante sobre a fibra e no banho, adiciona-se também uma quan­tidade de banho de foulardagem pigmen­tar, variável de acordo com a capacidade do recipiente.

A pressão dos rolamentos do foulard qufmico é regulada de modo que a absor­ção fique entre 80 a 110%. Como vere­mos mais adiante, no capftulo "vaporiza­ção", uma certa quantidade de água é necessária para permitir a solubilização do corante quar,ldo se faz a v~porização.

,Soda Cáustica

A quantidade de soda cáustica necessá­ria ao tingim_ento compreende a soda cáus­tica de base 'e a soda de adição.

Entende-se por ':soda cáustica de base" a quantidade necessária à so.lubilização do corante sobre o tecido.

Compreende, portanto :

a) - a quantidade de soda cáustica utili­zada na transformação do corante em seu leuco-derivado sódico

b) - a quantidade de soda cáustica fixa­da pela celulose mediante a forma­ção'de um álcali-celulose

c) - a quantidade de soda cáustica utili­zada pela decomposição do hidros­sulfito de sódio.

Retomando cada item separadamente, temos :

a) - a soda cáustica necessária à redução pode ser teoricamente calculada

b) - se o poder que a celulose tem de fixar o álcali não se reveste de uma grande importância nos processos de tingimento onde a quantidade de mercadoria não varia (jiggers, apare­lhos com circulação de banho, bar­cas e torniquete), isto é muito rele­vante no tingimento em contínuo onde a mercadoria, renovada cons­tantemente, consome o álcali. ,

Este poder depende:

• da concentração do banho em álcali • do gênero do material celulósico

(algodão, algodão mercerizado, vis­cose)

• da duração do contato com o ba­nho

• da temperatura do banho.

Observou-se as taxas de retenção abai­xo, para algodão fervido (g de solda fixa­dos por 1 kg de algodão).:

9/1 NaOH 80 40 20 10

200e 26,9 14,4 10,4 6,00 400 e 26,0 14,1 9,7 5,90 600e 25,2 14,0 9,0 5,50 sooe 25,0 13,8 8,6 5,10

c) - enquanto a quantidade de álcali consumida pelo corante e a celulose podem ser teoricamente calculadas, a que é utilizada para a decomposi­ção do hidrossulfito de sódio só pode ser determinada pela análise da diminuição da concentração do hidrossulfito na sa (da do vaporiza­dor.

Esta decomposição é produzida de acordo com dois esquemas:

Qulmica Têxtil

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• decomposição térmica 2 Na1S2 0 4 + H10 -+ 2 NaHS03 + Na1Sl 0 3 Na1S104 + Na2S103 + 4 NaOH

-+ 3 Na2 S03 + Na2 S + 2 H10

3 Na2S1 0 4 + 4 NaOH -+ 3 Na2S03 + 2 NaHS03 + Na2S + H10

• decomposição por oxidação Na1S204 + 2 NaOH -+ Na2S03 + Na1SOl + H2 O Na2S01 + 0 -+ Na1S03

No primeiro caso, esta decomposição ocorre no vaporizador; no segundo, a decomposição desenrola-se das cubas de estocagem até a entrada no vaporizador_

Se adicionarmos as diferentes quanti­dades de soda calculadas nos parágrafos a, b e c, obteremos "soda de base": é a quan­tidade estritamente necessária à redução do corante, mas será insuficiente para que o processo tintorial aconteça.

Esta é a razão pela qual é necessário aumentar a soda cáustica de base com a quantidade que chamamos "soda de adi­ção".

Entende-se por "soda de adição" a quantidade de soda cáustica por titro necessária para manter o corante .em solu­ção, sob forma favorável ao tingimento .

~ . a chamada "quantidadE) global de

soda cáustica" (de base e de adição), indi­cada: é função da intensidade de tintura e do "pick-up", só tendo, entretanto, um valor indicativo e deve ser adaptada à apa­relhagem e às condições locais de seu em­prego.

Redutores

O· agente redutor mais utilizado é o hidrossulfito de sódio.

A ação redutora do hidrossulfito ba­seia-se na sua decomposição em sulfato, sulfito e hidrogênio, em solução alcalina conforme a reação:

Na2S204 + 2 NaOH + H20 =

Na2S04 + Na2 S03 + 2 H2.

Como já dissemos, a velocidade de de­composição do hidrossulfito varía em cada caso e não pode ser calculada em valor absoluto, devido a numerosos fato­res que podem interferir: esta velocidade depende da agitação do banho, da relação entre o volume globa I e a superf(cie do banho da temperatura, etc.

Supondo-se haver condições constan­tes para medir-se a decomposição, varian­do-se um só fator, obtém-se as curvas abaixo, no que se refere à decomposição por oxidação (a) (figura 4) e a decomposi­çãotérmica (b) (figura 5) do hidrossulfito.

Vem daí a importância de:

1) - manter o banho de estocagem a temperatura ambiente

2) - purgar o vaporizador de seu ar, o que teria como conseqüência a des­truição rápida do hi~rossulfito

3) - estabelecer uma saída de vapor para que esta se oponha à introdução de ar ao mesmo tempo que o tecido.

Industrialmente, uma proporção de 300 ppm de ar no vaporizador é admissí­vel sem risco de problemas tintoriais gra­ves. Esta proporção deve ser reduzida a 200ppm no caso de utilização de azul de amino indantrona.

Curva de temperatura / tempo de decomposição ao ar livre

%

100

90

80

70

60

50

40

30

20

10

Fig. 4

S2 0 4Na2

10 20 30 40

sous nimo?pher.e d'zzolo

air libre

50 60 min

Decomposição por Oxidação 1000C , 10 g/ I S2 0 4 Na2 - 24 mll l NaOH 36° Bé '

Química Têxtil

100 Iiõ:-__ _

90

80

70

60

50

40

30

20

10

Fig. 5

10 9/1 S204Na2 24 ml /l Na OH

10 20 30 40

Hidrossulfito de Sódio

20

80

50 60 min

35

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'-

A medida da quantidade de ar no va­por pode ser efetuada de uma forma mui­to simples com aparelho do Dr. Goerrig. Este aparelho é composto. essencialmente de um tubo (T) com uma ampola de vidro (A) ligada ao exterior por um tubo (5) fechado por uma torneira (R) (figura 6).

O método consiste em:

a) - abrir a torneira (R)

b) - encher a ampola (A) de água e fe­char a torneira (R)

c) - ligar o tubo (T) a uma agulha na pa-

Cp é a "concentração crítica do ba­nho". Pode-se escrever, portanto, a seguin­te equação:

(1 )

onde:

Cf = Cp - Cd

Cf: concentraçâ'o cr ítica no tecido no momento da vaporização

Cd: perda pela decomposição nas cubas de estocagem e entre o foulard qu í­

. mico e o vaporizador

Em geral, o técnico não se limita à quantidade mínima Cp, aumentando-a por medida de segurança.

Chamando Cx esta quantidade suple­mentar, a equação (1) torna -se:

(2) Cf +'Cx = Cp + (Cx - Cd)

Como para a quantidade de soda, não é possível determinar através de cálculos, a melhor quantidade de redutor: a melhor solução consiste em uma dosagem no re-

rede do vaporizador Fig.6 Aparelho do Dr. Goerrig

d) - abrir a torneira (R): o vapor empur-

e)

ra a água da ampola

após o escapamento do vapor pelo tubo (S), fecha-se a torneira (R)

f) mergulha-se o aparelho num reci­piente de água fria: o vapor se con­densa até o equilíbrio entre a pres­são no vaporizador e na ampola (A).

Se não houver ar no vapor, a ampola (A) fica inteiramente cheia de água; no caso contrário, se uma bolha de ar perma­necer na ampola e esta for graduada, será fácil ler imediatamente.a proporção de ar contido no vaporizador.

Em um de seus estudos, Marshall evi­denciou que a proporção de hidrossulfito de sódio oxidado:

1) - independe da concentração de in(­cio se esta for superior a 6 gll

2) - independe da concentração de soda cáustica quando esta estiver em ex-o cesso

3) - depende da temperatura

4) - é proporcional à superf(cie exposta ao ar.

É assim que foi provado que a destrui­ção do agente redutor é extremamente rá­pida em meio aquoso em camada fina: a metade da quantidade é decomposta a 400C após uma corrente de ar de apenas 10 segundos.

Qual é, então, a melhor concentração de hidrossulfito?

A influência da concentração em hi­drossulfito na intensidade da nuance final é dada pela figura 7.

Temperatura Foulardagem 100C Pick-up . . . . . . . . . . . . . . . 50% Gramatura do tecido . . . . .. 165 g/m2

Tempo de vaporização ... . . 60 seg Temperatura. . . . . . . . . . .. 1020 C

Nota-se que a partir de uma certa con­centração (34 gll em nosso casol. a inten­sidade máxima de colorido é atingida. Se chamarmos Cp este ponto, observaremos que, para todas as concentrações inferio­res, isto é, à esquerda deste ponto, ocorre falta de rendimento.

36

Fig.7

k/s

3

2,5

2

1,5

0,5

T

o

R

s

A

tcp Temperatura Foulardagem 200C Pick-up . 50% Peso espec i fico teci do . 165 gim' Tempo de vapori z·ação 60 seg Temperatura .. . . .... . . : 1020 C

hldrossulfito g/l

10 20 30 40 50

Influência da concentracão de hidrossulfito de sódio no foulard químico na int~nsidade de colorido do Oliva T

Quimica Têxtil

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L

. torno da quantidade de hidrossulfito em excesso na sa ída da tubulação de água.

Se o excesso for grande, poder-se-á re­duzir, sem riscos, o acréscimo inicial no banho de preparação.

Não se deve acreditar que haverá um grande excesso de hidrossulfiw, pois exis­tes a possibilidade de acontecer o inverso, isto é, alterar o corante (ver o capítulo "Anomalias da Redução").

James N. Etters destacou no quadro abaixo, uma diminuição da intensidade de colorido do Oliva Solantrene T em função do tempo de vaporização e do excesso de hidrossulfito:

% de Hidrossulfito Tempo de Vaporização

em Excesso 15" 30" 60"

I ntensidade da Nuance

25 83 95 100 50 84 94 100

100 87 89 89 200 79 89 90

I nfluência do excesso de hidrossulfito e do tempo de vaporização sobre a inten­sidade da nuance do Oliva Solantrene T :

• temperatura de foularda-gem química .... . . . ... 200 C

• "pick-up" . . . . . . . . . .. 50% • gramatura do tecido. . . .. 165 g/m 2

• temperatura de vaporiza-ção ................ 1020 C

Rongeol® HBA

A partir da equação:

Cf + Cx = Cp + (Cx - Cd)

verifica-se que é possível diminuir a quan­tidade de redutor:

• de um lado, empregando-se a quantida­de mínima "hidrossulfito de seguran­ca" Cx

15

10

5

O

mi de iodo a 0,1 N

hidrossulfito de sódio

2 3 4 5

1000 mv

900

800

700

mi ferricianeto de K N/2

o 5 10 15

Fig. 9 Tipo de Curva de Potencial REDOX dos Corantes à Cuba

• de outro, fazer a quantidade Cd tender a zero.

Para tanto, a superfície de contato com o ar da solução redutora será reduzi­da em relação ao volume dá solução, as soluções serão preparadas com água fria e o tempo de estocagem será limita-

RONGEOL HBA

tempo

6 7 8 9 10

do, o percurso do ar entre a foulardagem qu í­mica e à entrada no vaporizador será re­duzido ao minimo pO'ssível pelo alonga­mento das· bordas de entrada.

Uma outra solução consiste em apre­sentar um redutor estável a frio. Com esta finalidade, foi criado o Rongeol HBA.

Este hidrossulfito estabilizado reage com a soda cáustica para formar "in situ" o hidroxietansulfinato de sódio.

Como se pode constatar, nas curvas da figura 8, a perda deatividade redutora foi medida em função do tempo (em horas), levando em conta o Rongeol HBA e o hidrossulfito de sódio.

Percebe-se que, partindo-se de um poder redutor equivalente, o do hidros­sulfito de sódio desaparece totalmente depois de 150 minutos de agitação de ar (50 I/hora a 240 C) enquanto o Rongeol HBA perde somente 15%.

Velocidade de Reducão -Potencial REDOX '

Fig. 8

38

Oxidação por Ar - 240 C

A ação redutora dos diversos agentes, bem como sua dependência em relação à temperatura, constituem um fator interes­sante, que o tintureiro não pode ignorar, não sendo, contudo, necessário atribuir-

Qulmica Têxtil

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lhe grande importância, como veremos a seguir.

Medida do Potencial de Oxidação-Redução

As medidas mais minuciosas são feitas em atmosfera de azoto e eletrodos de pla­tina. Uma vez obtida a redução total, os autores fizeram a reversão por meio de um oxidante, como o ferricianeto de po­tássio.

As curvas obtidas têm a forma indica­da na figura 9:

O Potencia I R EDOX ou potencia I leu­co representa portanto o limite teórico abaixo do qual é indispensável adicionar mais hidrossulfito ou Outro redutor para manter o corante em estado reduzido .

O valor REDOX varia de acordo com a concentração e a. constituição do corante, com a temperatura e as quantidades de. soda cáustica empregadas no banho.

Nos quadros abaixo, indicamos, para cada corante, os limites observados na gama de temperaturas entre 60 e 950 C, para uma concentração média. Nas mes­mas condições, o hidrossulfito de sódio apresenta um potencial REDOX de 960 a 1060 mV e o Rongeol HBA de 900 a 1000 mV aproximadamente:

O potencial REDOX apresenta-se, pois, como fator importante no estudo de um redutor, mas é a velocidade de redu­ção do corante à cul::!a o aspecto primor­dial.

Velocidade de Redução

Como todos os corpos em soh,Jção , os corantes à cuba apresentam:

1) - uma cinética de solubilização

2) - uma solubilidade máxima.

Os fatores que interferem nesta veloci­dade de redução são os seguintes:

• o grau de fineza das partículas • a temperatura • o estado cristalino ou amorfo do co­

rante considerado.

Granulometria

É compreensível que, quanto menor

,

Corantes Número de Potencia l REDOX

Colour Index em mi livolts

Amarelo Heliane J · . .... ....... . .. Vat Yellow 2 900 a 1000 Laranja Solantrene J . ....... . .... . . Vat Orange 9 945 a 950 Rosa Brilhante Sol. R ..... . .... . . .. Vat Red 1 825 a 915 Violeta Brilhante Sol. 2R . . . ......... Vat Violet 1 945 a 980 Azul Solantrene SBA ..... .. ........ Azul Escuro Solantrene BA .......... Verde Brilhante Sol. J ........ . .. . .. Verde Escuro Solantrene J · .......... Oriva Solantrene T · .. .. · . ..... .. .. Oliva Solantrene R · .... · ... .. .... . Castanhq Solantrene BR · .......... Castanho Solantrene R .......... .. .

A figura 11 (a temperatura de 450 C foi escolhida para melhor avaliar a dife­renciação entre as curvas) .

A cristalin idade do corante aumenta da forma amorfa n9 1 até à forma n9 5.

Vat Blue 4 955 a 1035 Vat Blue 20 830 ·a 870 Vat Blue 2 890 a 900 Vat Green 3 890 a 990 Vat Black 25 850 a 950 Vat Black 27 960 a 1000 I

Vat Brown 1 960 a 970 Vat Brown 3 995 a 1000

I nteressa, portanto, ao fabricante, pre­parar os corantes à cuba sob forma amor­fa ou introduzir na composição comercial alguns catalizadores de redução (i3-oxi an­traquinona, ácido antraflávico, etc) .

No limite, certos corantes podem até mesmo apresentar um grau de total resis­tência, isto é, uma fração de corante é inatacável pelo hidrossulfito de sódio.

Fenômeno de Tingimento

corante . reduzido

100%

50%

Fig. 10

corante reduzido

o 2 3

O tingimento consiste em introduzir moléculas de corante nos espaços interfi-

250C

4 5 6 7 tempo min

Velocidade de Redução dos Corantes à Cuba em função da temperatura

:

for uma partícula, maior é a superf(cie 50%

específica e mais redutrvel ela é.

Temperatura

A velocidade de redução de um coran­te à cuba é função da temperatura e au­menta consideravelmente com esta última (figura 10):

A 1000 C, pode-se considerar que a velocidade é extremamente grande, infe­rior a 10 segundos.

Qulmica Têxtil

Fig. 11

2 3 4 5

Velocidade de redução do Azul Solantrene Sb em função de sua cristalinidade

6 temp mi

39

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L

brilares ou nas zonas amorfas das fibras. A penetração do corante requer um certo deslocamento . da estrutura. da fibra e é condicionada pelas propriedades físicas e químicas do produto.

Pode-se dividir o fenômeno do tingi­mento em quatro operações:

1) - Inchamento da fibra por absorção · de água em campos amorfos

2) - Solubilização das partículas na su­perfície da fibra

3) - Difusão das moléculas individuais no interior da fibra

4) - Fixação destas moléculas indivi­duais.

Na verdade, a elevação da temperatura provoca uma desagregação das partículas, e conseqüentemente, uma difusão mais fácil do leuco-sódico na forma mono mo­lecular.

Na medida em que estas moléculas penetram no interior da fibra, a camada extremamente fina das parHculas de co­rante acaba perdendo corante leuco dis­solvido. O equil íbrio se acha destruído, e devido à destruição dos agregados, ele se restabelece em moléculas individuais.

Fixação dos Corantes pela Fibra

Existem poucos estudos sobre a fixa­ção do corante na forma reduzida. Adm i­te-se, apesar disso, que o leuco-derivado . sódico hidrolizado se fixa nos grupos OH da celulose por meio de ligações H, até o momento da oxidação.

É por isso que, de acordo com a cons­tituição do corante, isto é, conforme sua capacidade de formar ligações H, a .afini­dade entre a molécula de corante reduzi­do e a fibra será diferente.

Emoora se t rate apenas de ligações de valências secundárias, que são muito mais fracas (~1 kcal/mol) que as ligações de valências principais (100 kcal/mol), o grande número de grupos OH (~ 9000 grupos OH por moléculas de celulose) constitui, apesar de tudo, urna considerá­vel energia de ligação.

Isto explica o fato de só pequenas fra­ções de corante fixado sobre a fibra seja eliminadas nos enxagues, depois da vapo­rização.

Inchamento da Fibra

Sob a influência da temperatura e da soda, as zonas amorfas da celulose· apre­sentam-se em estado inchado, tendo os interst(cios dimensões da ordem de 20 a 40A.

Solubilização das Partículas e Difusão

Os trabalhos efetuados por diversos pesquisadores nos mostram que os coran-

40

tes em forma de leuco-derivados não se acham em estado monomolecular em suas soluções aquosas, mas em estado mais ou menos agregado fortemente.

Os exames com raios-X evidenciaram que os corantes de diversos grupos têm as seguintes dimensões :

Grupo C: 8 a 10 A aproximadamente Grupo B : 10 a 20 A aproximadamente Grupo A : 20 a 40 A aproximadamente

Como vimos anteriormente, os inters-tícios da fibra em estado inchado têm uma dimensão de 20 a 40 A aproximada­mente: os corantes poderão então pene­trar na fibra sob a forma de agregados:

• de 4 a 8 moléculas de corante

• de 2 a 4 moléculas • de 1 a 2 moléculas

Condições de Fixação

para o Grupo C para o Grupo B para o Grupo A.

Verifica-se que, para o sucesso do tin­gimento, é necessário que:

1) - o corante encontre água suficiente no tecido para s.ua solubilização total

2) - a vaporização seja feita em vapor saturado, caso contrário haverá eva­poração de água no tecido e risco de cristalização do leuco-derivado. O vapor apenas intervém como flui­do calorífico, e a segurança de estar em atmosfera saturada é obtida pela existência de um "brejo" no "so.lo" do vaporizador.

3) - o tempo de contato vapor/matéria seja suficientemente longo para per- . mitir a difusão total das moléculas ou agregados de corante nos inters­tícios da celulose: em geral, o tem­po de vaporização é da ordem de um minuto.

,'Anomalias de Redução

Os leuco-derivados alcalinos dos coran' tes à cuba são, em gera l, sensíveis a tem­peraturas elevadas, sobretudo em presen­ça de grandes quantidades de lix(via de soda.

No caso da vaporização, os corantes são levados a 1000 C por apenas um lapso de tempo (1 minuto) e mesmo assim exis­te o risco de decomposição do leuco-deri­vado.

Pode-se resumir em quatro tipos as ano­malias de redução dos corantes à cuba:

1) - hidrólise dos agrupamentos carbó­xllos

2) - desalogenaçãe;>

3) - isomerização dos agrupamentos ce­tona

4) - redução excessiva.

Em princípio, as duas primeiras de­composições não ocorrem em pad-steam, pois necessitam de um tempo de contato a 100°C muito mais longo que o admiti­do peIQ-aparelho. Entretanto, podem ser produzidas em pad-steam corri "booster" quando a temperatura das decomposições é muito elevada, razão pela qual fazemos apenas uma descrição sucinta.

Detenhamo-nos no exame da isomeri­zação e da super-redução de certos coran­tes e especialmente nos derivados de ami­no-antraquinona.

1) - Hidrólise

Acontece somente com os leLico-deri­vados sódicos de corantes à cuba que con­tenham agrupamentos benzoil-amino ou acilamino em suas moléculas.

Quando a redução a alta temperatura é associada a uma grande concentração de soda cáustica, uma parte das moléculas sob a forma de leuco se hidrolisa em áci­do benzóico e em derivados aminoantra­quinônicos, . como indicado no Laranja Solantrene 3J (CI Vat Orange 15).

Depois da oxidação, obtém-se uma nuance mais vermelha e mais embaçada.

2) - Desalogenação

A introdução de halogênios sob forma de cloro ou bromo nas moléculas de corantes à cuba é uma técn ica de fabrica­ção para modificar certas nuances e carac­terísticas especfficas de moléculas cromó­genas.

Os exemplos · clássicos de modificações desta natureza estão ilustrados abaixo.

Quando estes corantes halogenados são submetidos a temperaturas muito eleva­das, observa-se uma nítida tendência à desalogenação e a uma regressão da nuan­ce para a da molécula "mãe".

Cumpre notar que na maioria dos casos onde a desalogenação é verificada, não existe retrOgradação significativa das características de solidez, exceto no caso dos Azuis de Amino Indantrona.

3) - Isomerização

De acordo com as condições, a isome­rização de certas moléculas de leuco-deri­vados de corantes à cuba pode acontecer na vaporização.

Tendo-se como referência a própria antraquinona, o mecanismo das diferentes reduções é este:

Da redução da antraquinona (em pre­sença de um excesso de lixívia de soda e hidrossulfito de sódio) resulta o sal dissó­dico da antrahidroquino!1 : este composto corresponde aos leuco-derivados dos corantes à cuba.

Oulmica Têxtil

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Exemplos de Desalogenação

o

r{r '""""_e;acão_

~" ° "b''''''''

CI

0,+ lJlJ)

II o

BLEU SO LANTHRENE F - RS

Redução da AO

o ONa

II I ~~~. ~~ II 2NaOH I

O Ol\la

OH O

I II

~-~ ~~ forma I Forma H OH

OH -ENÓLlCA CETONICA .·

o o

CI

· 0

BLEU SO LANTHRENE F - SBA

" \

l) VE;RDE BR .ILHANTE SO LANTHRENE F·2F

VERDE BR I LHANTE Br~ SOLANTHRENE F.J

4) - Super-Redução

Retomando o exemplo da rttolécula da antraquinona, vimos que em condições normais de cubagem, obtém-se a antrahi­droquinona e, com uma quantidade de lixívia de soda anormalmente baixa, a oxantrona .

. Se conjugarmos temperaturas elevadas e um . grande excesso de hidrossulfito de sódio, podemos obter outras formas redu­zidas, particularmente o dihidróxihidro­antraceno, rapidamente co nvertido Por perda de água na forma antranol. O antra-

nol se transforma em Antrona por ceto­nação:

Os corantes de indantrona e derivados conduzem a este tipo de super-redução, criando produtos de pequena solubilida­de, com conseqüente cristalização sob a forma pigmentar sobre os tecidos, confe­rindo-lhes uma nuance acinzentada que, no estado atual de nossos conhecimentos, não pode ser corrigida.

A leitura deste capítulo pode nos apre­sentar uma imagem "desastrosa" do tingi­mento dos corantes à cuba pela técnica de pad-steam : de fato, como já dissemos, as duas primeiras degradações das moléculas de corante à cuba não podem acontecer na técnica do pad·steam, mas não devem ser totalmente ignoradas pelo tintureiro.

A principal dificuldade em tingimento continua sendo, no caso dos corantes à cuba, a obtenção de uma nuance seguida em azul intenso e vivo com azuis deriva­dos de indantrona.

Já destacamos na "isomerização" e "s!Jper-redução" os graves desvios que os corantes à cuba podem sofrer quando colocados em sua forma reduzida, parti­cularmente o risco de super-redução.

Convém, portanto, prevenir estas anomalias da seguinte forma':

1) - limitar o tempo de vaporização a 20/40 segundos

2) - introduzir no banho de foularda­gem química tampões de oxido­redução (nitrito de sódio, dextrina, glucose, etc.)

3) - respeitar as quantidades adequadas de soda cáustica.

4) - ENXAGUAMENTOS

O tecido sai do pad-steam, diretamente ou através de tubulação de água, pois,

OH O

I II Em ausência de grande excesso de soda cáustica, obtém-se a "cuba ácida" do co­rante (forma enólica): este produto é uma substância amarelo vivo imediatamente solúvel na soda cáustica com formação do sal dissódico da antrahidroquinona cuja cor é vermelho sangue.

·-CCD~

Mas, uma redução isomériq'l pode se produzir e conduzir a uma fortna cetôni­ca, que é a Oxantrona, dificilmente solú­vel em meio alcalino.

Os Azuis de Indantrona do tipo Azul Solantrene RS e SBA são muito sensíveis a este tipo de anomalias quando estão conjugados temperaturas de cubagem ele­vadas e deficiência em soda cáustica.

Estes azuis comportam dois agrupa ~

mentos hidroxiláveis, podendo conduzir a dois isômeros.

Na realidade, quando ocorre a isomeri­zação, as três formas coexistem, em maior ou menor intensidade.

Oufmica Têxtil

HO H D ih id rox i h idroantraceno

VAT BLUE 4 em forma ANTRONA

H

H H

Antranol

O

O

41

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L

depois de uma passagem .de ar mais ou menos prolongada, é enxaguado em uma série de barcas e roletes.

Em geral, 2 a 3 compartimentos são utilizados para o enxague, efetuado a frio (15-200 C), podendo a , água da última barca ser eventualmente aquecida a 400 C aproximadamente.

A vazão de água necessária a um enxa; ' gue eficaz é da ordem de 4 a 5 litros por

kg de material. A água escoa em sentido contrário ao do movimento do tecido.

O enxague tem como finalidade funda­mentai a eliminação de excesso de soda cáustica e hidrossulfito, bem como o corante que ainda esteja na supertrcie da fibra.

Convém notar que não é possível eli­minar a totalidade de soda do materia I e a que se liga à celulose não pode ser extraí­da durante o tratamento. É por isso que se pode adicionar na caixa de água 5 a 20 g/I de bicarbonato de sódio, que favorece a eliminação da soda no decorrer do tra­tamento de enxague posterior I pela for­mação de carbonato de sódio.

Aliás, certos corantes do tipo tioindi­góide ou carbazólico (processo Bs) apre: sentam uma solubilidade de leuco muito elevada: disto, vem o risco de evasão nos enxagues: deverá ser usado então um jato de ar, entre o vaporizador e a .primeira barca de enxague para ox idar parcialmen­te no ar o leuco-derivado.

5) - FENOMENOS DE OXIDAÇÃO

A regeneração do pigmento a partir de seu leuco derivado sódico por oxidação é um fenômeno muito importante que não se. desenvolve de maneira tão simples como se chegou a acreditar, isto é:

~CONa --+~COH --+> C = O enxague oxidação

Sem maiores detalhes, pode-se destacar que a oxidação ocorre mais através dos "derivados 'intermediários" instáveis do ' tipo semiquinona, quihidrona, transposi­ções cetônitas entre o leuco-derivado só­dico parcialmente hidrolisado e o corante à cuba oxidado.

Para certos corantes, a oxidação será feita em meio alcalino e para outros, em meio ligeiramente ácido. Neste caso, a acidificação não serve somente para neu­tralizar a soda cáustica, mas também para permitir, para certos corantes, a obtenção da nuance final pela transposição dos gru­pos ONa em grupos OH livres.

O caso mais trpico é a série dos coran­tes derivados da aminoantraquinona (Azul Solantrene RS, SBA e JI).

Estes corantes oxidados em meio alca­lino, dão tingimentos de nuance esverdea­da e embaçada, pouco sólidos ao cloro, enquanto que a oxidação em meio neutro

42 ,

ou ligeiramente ácido conduz a coloridos avermelhados e vivos, mais sólidos ao cloro.

A acidificação do banho de oxidação deve ser conduzida com prudência pois existe o risco de transformar o leuco-deri-

. vado alcalino em leucoderivado ácido, difiCilmente oxidável, vindo daí a conve­niência de colocar na barca de oxidação um medidor de pH automático para regu­lar a adição de ácido.

Outros corantes, ao contrário, dão, depois da oxidação em banho alcalino, nuances mais vivas (caso dos Azuis carba­zólicos) que no banho ácido.

Segundo Schaeffer, o mecanismo de reação durante a oxidação pode ser esque­matizado tomando-se a molécula de an­traquinona COmo modelo.

Observou-se uma formação de quini­drona no decorrer da oxidação da hidro­quinona, podendo-se admitir para os corantes à cuba, que existe a formação de compostos deste gênero entre os leuco­der ivados sód ico s par cia I me nte h idro I i sa­dos e o corante de cuba oxidado.

Estes compostos têm freqüentemente uma outra cor 'e podem ser, com mais ou menos dificuldade, transformados em sua forma oxidada.

Por isso, o Laranja Solantrene 3J (CI Vat Orange 15) é muito ditrcil de oxidar a um pH ácido e passa por um estado marron antes de tornar-se dourado ou

, laranja, No decorrer da oxidação, os fenôme­

nos físicos são mais freqüentes que os fenômenos químicos: pode-se admitir que as moléculas de corante deixam sua liga­ção com as cadeias de celulose e se apre­sentam sob a forma molecular.

Conforme os corantes, pode haver a formação de agregados mais ou menos grandes, chegando até a formação de cris­tais.

Em cada caso, 2 a 3 comprimentos são reservados para a oxidação, sendo sua ali­mentação feita li partir de cubas de esto­cagem de modo que a concentração da solução oxidante seja de aproximada­mente 0,5 volume de oxigênio por litro de banho, com temperatura de 600 C.

Tecido Não Ensaboado

• 2 g/I Primatex LM Pasta + 3 g/I Carbonato de Sódio Anidro .

-

O Ensaboamento

Os fenômenos que ocorrem aqui são de natureza Hsico-química e, embora não sejam tótalmente explicados, com bastan­te nitidez, nãq é menos verdade, tanto do ponto de vista teórico , como no prático, que o ensaboamento efetuado correta­mente constitui uma operação indispensá­vel no tingimento dos cor.antes à cuba.

O ensaboamento com ebulição elimina o corante não fixado sobre a fibra mas o ponto essencial é a transposição do coran­te em sua forma mais estável: o ensaboa­mentoé portanto a última fase do tingi­mento.

Constatou-se que no algodão e para um mesmo corante, que a obtenção final estável da nuance é determinada em pri­meiro lugar pela temperatura do banho e em segundo, pela natureza do detergente.

1) - A temperatura fica em relação in­versamente proporcional com a duração, daí a importância de uma linha de barcas a roletes com barcas fechadas com uma ligeira sobre-pres­são. O tempo de ensaboamento não deve ser inferior ao minuto.

2) - a natureza do detergente tem uma importância relativamente grande, particularmente para certos coran­tes de cuba que exigem um ensa­boamento relativamente longo.

Ilustramos no quadro abaixo a evolu- , ção da nuance de um colorido de Verde Militar à base de Oliva Solantrene R no decorrer de um ensaboamento (corante não apropriado na técnica de pad-steam):

• de um lado, com 2 g/I de Primatex LM pasta + 3 g/I de Carbonato de Sódio Anidro

• por outro, com 2 g/I de Lenetol NS.

As ooordenadas tricromáticas foram determinadas em seguida, com um apare­lho espectrofotocolorímetro Hardy. Como se pode observar, o Lenetol NS garante um desenvolvimento da nuance muito mais rápido e regular:

x y y

0,347 0,354 0,058

10 minutos a 800 C · ... .. ... .. ..... 0,344 0,354 0,060 - 20 minutos a 800 C · ..... . ...... . .. 0,343 0,354 0,062 - 10 minutos a 1000 C · ............... 0,342 6,354 0,062 - 20 minutos a 1000 C · ............... 0,341 0,354 0,064

• 2 g/I Lenetol NS

- 10 minutos .a 800 C · . .... . ... . ..... 0,339 0,354 0,062 - 20 minutos a 800 C · ............... 0,338 0,354 0,064 - 10 minutos a 1000 C \ 0,338 0,3535 0,064 · ......... . ..... - 20 minutos a 1000 C · ...... .. .. . ... . 0,3375 0,3535 0,065

aurmica Têxtil

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Alteração da Nuance

• nenhum

• f raco a médio

• ev idente

• muito evidente

3) - Finalmente, a transformação da nuance não depende unicamente destes dois fatores anteriormente citados, . mas também da constitui­ção dos corantes e da fibra.

É assim que as nuances ficam mais marcadas sobre o algodão mercerizado, viscose. Schaffer estabele.ceu a seguinte class ificação: . Diversos pesquisadores examinaram os

fatores que permitem explicar os fenôme­nos que provocam modificações de nuan­ce no decorrer do ensaboamento sem in­felizmente estendê-los a todos os corantes.

A hipótese de uma oxidação incom­pleta dós corantes à cuba que causa m a mudança de nuance no ensaboamento (Scholl) foi .. abandonada rapidamente por duas teorias~

Uma delas (Summer, Vikerstaff e Waters) · afirma que o ensaboamento pro­voca uma cristalização do corante em forma de agulhas, ficando o eixo da agu­lha paralelo ao eixo da fibra.

Warwicker, através do estudo com raios X, çonfirma que a mudança de nu­ance ocorre quando o ensaboamento pro­voca a formação de cristais de corante no interior da fibra, dependendo o grau da cristalização ' da natureza do cora Ate e da estrutura do suporte. Desta maneira, a matéria têxtil que tem mais espaço para a cristalização permitirá uma alteração de nuance maior que aquela que tiver uma estrutura menos aberta: é .o por esta razão que a alteração de . nuance é maior para um tingimento em viscose do que num tingimento sobre algodão.

Refutando a. teoria da cr.istaI ização, Wegmann atribui a mudança de nuance às diferentes formas moleculares do corante .

. O fenômeno observado é devido, segundo este autor, a uma alteração da oscilação eletrônica na molécula e não pela passa­gem de um estado amorfo para o crista­lino.

Gulrajani, em seus recentes trabalhos, estudou por meio de dicroísmo no infra­vermelho e no visível a mudança de orien­tação, , no ensaboamento, das moléculas de corante à cuba em uma pelfcula celuló­sica.

O exame dos espectros obtidos deter­minando-se o dicroísmo no visível não permite adotar uma ou outra teoria.

Seu estudo no infra-vermelho, ao con­trário, traz informações, particularmente sobre a posição dos grupos C = O.

Se o ~ lado C=O indica uma alteração de dicrbísmo depois do ensaboamento, é

Qulmica Têxtil

Algodão Algodão

Viscose Mercerizado

62% 50% 42% 21% 27% 31% 17% 23% 1 7% - - 10%

certo que o grupo carbóxilo mudou de direção em relação ao eixo da fibra, o que se traduz por uma reorientação ,da molé­cula de corante. No caso contrário, nada 'se pode concluir em relação à nova orien­tação ou não da molécula na-fibra.

Finalmente,' Phan Quang Cu eviden­ciou, claramente que:

1) - a alteração de nUance não se deve a uma mudança intromolecular da molécula cig corante na fibra

2) - o inchamento da fibra é necessário, mas não suficiente, no mecanismo da !11udança de nuance dos tingi­mentos de corantes à cuba

Para verificar a necessidade do incha­mento da fibra no mecanismo da altera­ção da nuance" Phan Quang Cu utiliza a formação de ligações na celulose através do formaldeído . para bloquear o incha­mento. Neste caso, é impossível obter

uma alteração de nuance quando o tingi­mento é submetido a um ensaboamento habitual com ebulição.

3) - as nuances ensaboadas correspon­dem aos corantes em forma hidrata­

.. da, estabilizadas por umá ponte de água

É desta maneira que o autor demons­trou com o Azul Escuro Solantrene BA (el Vat Blue 20) que a forma não ensa­boada deste corante compreendia duas moléculas de água para uma molécula de violantrona enquanto a forma ensaboada comporta 5 moléculas de água para duas moléculas de violantrona.

As duas , formas hidratadas da violan­tromi estão abaixo ilustradas:

Definitivamente, a escolha de corantes à cuba em aplicação em "pad-steam" é determinada, . além da nuance desejada, pelas considerações: .

• necessidade de uma afinidade grande ou média (grupos A e B) para limitar a . tendência dos corantes a passar em solução no banho químico e "cor" no enxague

• solubilidade máxima do leuco-derivado sódico para que a quantidade de água

VIOLANTHRONE em forma ensaboada

o I I I

H H

"0/

VIOLANTHRONE em forma não ensaboada

43

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""

existente no tecido depo is da foLilarda­gem seja suficiente na vaporização

• uma estabilização da nuance por ensa­boamento suficientemente rápida pois este só pode ter uma duração limitada.

De outrO lado, o emprego dos corantes à cuba sob a forma de "posta fluida" faci­lita muito a manipulação, favorecendo a realização de tingimentos seguidos " em metragens grandes, _com preferência em

relação às apresentações em pó dispersá­veis.

Aliás, o tintureiro adaptara as condi­Ções de vaporização (de 30 segundos a 1 minuto) e a oxidação (ácida ou não) â natureza QU ímica dos corantes.

Tentamos, do desenvolvimento deste trabalho, explicar os fenômenos indivi­duais que ocorrem no tingimento dos corantes à cuba elJ1 "pad-steam".

Temos consciência de que certas expli­cações são sumárias ou incompletas, mas

acreditamos que a natureza destes fenô­menos individuais que ocorrem no tin­gimento dos corantes à cuba em "pad­steam".

Temos consciência de que certas expli­cações são sumárias ou incompletas, mas ac"reditamos que a natureza destes fenô­menos, assim apresentada, poderá ajudar o tintureiro a ordenar as reações no sen­tido desejado para obter um tingimento perfeito.

Oxidação em Meio Alcalino I Oxidação em Meio Ácido

:

44

Na Antrahidroquinona

diss6dica um grupo ONa

se dissocia

Um elétron se separa

logo depois da formação de um radicàl

Este se dissocia para

ceder um outro elétron

Reconstitu indo-se

a antraquinona

ONa ONa

ctocto I I

ONa

~ ONa

l o OH

" cm ONã OH

~ O O

" " -le II [cm] cm I I

ONa OH

Os 2 grupos ONa se

hidrolizam para formar a

antrahidroquinona livre

A antrahidroquinona se dissocia

A Antrahidroquinona

dissociada pode, por separação de um elétron

O O _ le transformar-se em radical

[a))] reto] 0- - le

! OH

II O

O 20 grupo hidr6xilo deste

radicill pode se dissociar e reconstituir a antraquinona

Qufmica Têxtil

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