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Sistemas de Informação LEANDRO MACHADO / 00028

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Sistemas de Informação

LEANDRO MACHADO / 00028

Guarulhos2011

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INTEGRAÇÃO DE APLICAÇÕES EMPRESARIAIS - EAI

LEANDRO MACHADO / 00028

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Sistemas de Informação do Centro Universitário Metropolitano de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do título de bacharel em Sistemas de Informação, sob a

coordenação do Prof. Ms. Mauro Fiorani.

Guarulhos2011

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AVALIAÇÃO: ....................................................................................................ASSINATURA DO COORDENADOR: ........................................................

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha esposa Denise que me apoiou nos quatros

anos de estudo e teve compreensão nos momentos difíceis e a minha

filha Gabrielle que tem me inspirado e motivado a alcançar os objetivos.

Também dedico aos meus pais Antonio e Bernadete que sempre deram o

de melhor pra mim dentro de suas possibilidades e me ensinaram a ser

um cidadão de bem.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que tem me dado tudo que necessito, e

até aqui tem me ajudado dando força, sabedoria e amor mesmo sem eu

merecer.

Agradeço a minha esposa Denise por sempre está do meu lado e te me

ajudado durante todo esse período, e demonstrou muita satisfação em

tudo que eu faço, e olha que não faço quase nada, mas isso e fruto de

nosso amor.

Agradeço aos professores, Kátia J. Miranda Uhlmann que durante todo o

curso nos apoiou e sempre teve boa vontade e aulas de muita qualidade e

também nos orientou na elaboração desta pesquisa, ao Robson

Vaamonde que também se empenhou para que o curso sempre

melhorasse e também nos orientou na elaboração desta pesquisa, ao Luiz

Novais que também nos apoiou no pouco tempo que esteve conosco e

sempre demonstrou muito boa vontade e clareza e também nos orientou

na elaboração desta.

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EPÍGRAFE

A verdadeira medida de um homem não se vê na forma como se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas em como se mantém em tempos de controvérsia e desafio.

Martin Luther King Jr.

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RESUMO

Integração de Aplicações Empresariais (EAI) é um termo de computação

relacionado aos planos, métodos e ferramentas que agregam eficiência

aos sistemas de informações através da unificação sistêmica da visão das

informações.

Impulsionada por novos requisitos de negócios, os departamentos de

tecnologia da informação deve rapidamente adaptar os sistemas às

necessidades de novos produtos e serviços, e para isso é necessário

mudanças (internas) no processo administrativo. Uma das mudanças é o

uso da EAI que pode trazer rapidamente novos produtos para o mercado.

Uso do EAI possibilita as empresa a satisfazerem a necessidade do seu

negócio de maneira simples e sem grandes modificações nos seu

sistema. No decorrer da pesquisa é demonstrado como empresa

FANTASIA fez uso da EAI para mudar a forma de pesquisa de satisfação

dos clientes, que eram feitas pelos vendedores através de papeis

impressos e posteriormente digitados no SAP CRM.

As principais fontes de estudo para elaboração desta pesquisa foram os

livros B2B Integrations Using SAP Netweaver PI de Sam Raju e Claus

Wallacher, Pratical Guide to SAP Netweaver PI Development de Valentin

Nicolescu e ABAP Objects: ABAP Programming in SAP Netweaver de

Horst Keller and Sascha Krüger, todos da editora SAP Press.

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ABSTRACT

Enterprise Application Integration (EAI) is a computing term related to the

plans, methodsand tools that deliver efficiency to information systems

through the systemic unification of the information view.

Fueled by new business requirements, IT departments must quickly adapt

the systems for the requirements of new products and services, and this

will require changes (internal) in the administrative process. One of the

changes is the use of EAI, that can quickly bring new products to market.

The use of EAI enables the company to meet the requirements of your

business in a simple way avoiding big changes in your systems. During the

research is shown how the company FANTASY made use of EAI to

change the customer satisfaction survey, that earlier were made by

vendors in paper forms and later transcribed in SAP CRM.

The main sources for this research were the books B2B Integrations Using

SAP NetWeaver PI by Sam Raju and Claus Wallach, Practical Guide to

SAP NetWeaver PI Development by Valentin Nicolescu and ABAP

Objects: ABAP Programming in SAP NetWeaver by Horst Keller and

Sascha Krüger all from SAP Press publisher.

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LISTAS DE FIGURAS

Figura 1.1 Atividades dos Sistemas de Informação.................................................5

Figura 1.2 - Modelo convencional de Sistemas de Informação................................7

Figura 1.3 - Interação das funções empresariais...................................................11

Figura 2.1 - Histórico do desenvolvimento da integração......................................13

Figura 2.2 - Integração horizontal e vertical nas empresas....................................15

Figura 2.3 - Demonstração SCM............................................................................17

Figura 2.4 - Informações integradas (Sistema ERP)..............................................18

Figura 2.5 CRM – Integração com aplicações e relacionamento com parceiros. . .19

Figura 2.6 - Soluções de Middleware.....................................................................20

Figura 3.1 - Sincronização das pesquisas.............................................................26

Figura 3.2 - plataforma tecnológica SAP Netweaver..............................................29

Figura 3.3 – Interface do SoapUI...........................................................................32

Figura 3.4 breakpoint no código para analise através do debug............................34

Figura 3.5 – analise do código fonte na tela de Debug..........................................35

Figura 3.4a - Criar uma atividade...........................................................................36

Figura 3.5a - Detalhes de preenchimento da atividade..........................................37

Figura 3.6 - Preenchendo o questionário da atividade de pesquisa......................38

Figura 3.7 - verificando status da atividade............................................................39

Figura 3.8 - Consultar atividade no SAP CRM.......................................................40

Figura 3.9 Modelo de desenvolvimentos dos serviços...........................................41

Figura 3.10 - Consulta a pesquisa pendente no SAP CRM...................................42

Figura 3.11 Criação e execução de RFC – transação se37...................................43

Figura 3.12 parâmetros de importação da RFC.....................................................43

Figura 3.13 parâmetros de exportação da RFC.....................................................44

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Figura 3.14 parâmetros tipo tabela da RFC...........................................................44

Figura 3.15 lógica da RFC.....................................................................................45

Figura 3.16 parâmetros de importação da RFC.....................................................46

Figura 3.17 parâmetros tablas da RFC..................................................................46

Figura 3.18 ferramentas para o desenho do cenário no SAP PI............................47

Figura 3.19 criação da interface de mensagens....................................................48

Figura 3.20 Mapeamento dos campos de entrada.................................................48

Figura 3.21 Mapeamento dos campos de resposta ou saída................................49

Figura 3.22 Interface Mapping...............................................................................50

Figura 3.23 Cenário para listar pesquisas..............................................................51

Figura 3.24 canal de comunicação com Adapter Type do tipo SOAP...................52

Figura 3.25 canal de comunicação com Adapter Type do tipo RFC......................53

Figura 3.26 Receiver Determination.......................................................................54

Figura 3.27 Interface Determination.......................................................................55

Figura 3.28 Sender Agrrement...............................................................................56

Figura 3.29 Receiver Agreement...........................................................................57

Figura 3.30 menu para criação do WS...................................................................58

Figura 3.31 Definição da URL do WS....................................................................58

Figura 3.32 Informar o Namespace, a interface e o Software component Version.59

Figura 3.33 Informar o Namespace, a interface.....................................................59

Figura 3.34 geração do arquivo WSDL..................................................................59

Figura 3.35 armazenamento do arquivo WSDL.....................................................60

Figura 4.1 demonstração da interface do soapUI..................................................61

Figura 4.2 campos para consulta...........................................................................62

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Figura 4.3 campos enviado pelo serviço para consulta no SAP CRM...................62

Figura 4.4 campos enviado pelo CRM referente à consulta feita pelo serviço.......63

Figura 4.5 resposta enviada pelo SAP CRM ao serviço........................................64

Figura 4.6 consulta da pesquisa no SAP CRM......................................................65

Figura 4.7 consulta de pesquisa no SAP CRM......................................................65

Figura 4.8 serviço para modificar tarefa.................................................................66

Figura 4.9 XML usado para fazer o interfacemento...............................................67

Figura 4.10 XML com a resposta do SAP CRM.....................................................67

Figura 4.11 XML (modificação de pesquisa) com a resposta do SAP CRM..........68

Figura 4.12 XML consulta dados modificados no SAP CRM.................................69

Figura 4.13 XML resultado da consulta..................................................................70

Figura 4.14 consulta no SAP PI do XML com dados de criação de pesquisa........71

Figura 4.15 consulta no SAP PI do XML com dados de resposta do SAP CRM. . .71

Figura 4.16 consulta no SAP PI do XML com dados de resposta do SAP CRM. . .72

Figura 4.17 – pesquisa criada................................................................................72

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TABELAS

Tabela 1 - Detalhes de preenchimento da atividade..............................................38

Tabela 2 Detalhe dos campos do Interface Mapping.............................................50

Tabela 3 Detalhe dos campos do Adapter Type SOAP.........................................52

Tabela 4 Detalhe dos campos do Adapter Type RFC............................................54

Tabela 6 Detalhe dos campos do Receiver Determination....................................55

Tabela 7 Detalhe dos campos do Interface Determination....................................55

Tabela 8 Detalhe dos campos do Interface Determination....................................56

Tabela 9 Detalhe dos campos do Interface Determination....................................57

Tabela 10 campos do serviço ZCRM_SET_VAULES_TASKS..............................66

Tabela 11 campos do serviço ZCRM_SET_VAULES_TASKS..............................71

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

EAI Enterprise Application Integration ou Integração de

Aplicações Empresariais – é um termo de

computação relacionado aos planos, métodos e

ferramentas que agregam eficiência aos sistemas

de informações através da unificação sistêmica da

visão das informações.

XML Extensible Markup Language – é uma linguagem

auto-descritiva similar a HTML. Tanto XML quanto

HTML contêm uma metalinguagem para descrever

o conteúdo de páginas e arquivos. Enquanto

HTML descreve as páginas XML descreve o

conteúdo em termos de dados. Um arquivo XML

pode ser processado por um programa como

dados.

EDI Electronic Data Interchange ou Troca Eletrônica de

Dados – é um tipo operação estabelecido pela

comunicação direta entre computadores, que

trocam informações em um formato padrão.

Através dessa operação é possível às empresas

realizar transações comerciais trocando

documentos sem intervenção humana no

processo.

ERP Enterprise Resource Planning ou Planejamento de

Recursos empresariais – é um conjunto de

aplicações de software que abrangem a parte

interna de uma empresa. Automatizam, por

exemplo, desde o departamento de recursos

humanos, a área financeira, industrial e comercial

de forma que os processos internos fiquem

integrados.

CRM Customer Relationship Management – O

gerenciamento do relacionamento com clientes é

um sistema de informações utilizado para planejar,

organizar e controlar as atividades desde o pré-

vendas até o pós-vendas. Envolve

acompanhamento, em todos os canais, do

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comportamento de todas as interações que são

realizadas com o cliente, objetivando o

aprendizado das suas preferências de compra e

atendimento e sua retenção.

ABAP Advanced Business Application Programming – É

uma linguagem de programação de alto nível

desenvolvida pela empresa de software SAP, tem

uma sintaxe semelhante ao COBOL.

SOAP Simple Object Access Protocol – é um protocolo

baseado em XML. SOAP foi originalmente

desenvolvido para trabalhar com aplicações

distribuídas se comunicando sobre HTTP através

do sistema de segurança das empresas (firewalls).

Esse protocolo define o uso de XML e HTTP para

acessar serviços.

WSDL Web Services Description Language – é uma

linguagem baseada em XML. WSDL permite a

documentos XML definir as interfaces para os Web

Services. linguagem baseada em XML. WSDL

permite a documentos XML definir as interfaces

para os Web Services.

Middleware Software que tem por finalidade facilitar a

comunicação entre aplicações. O middleware

fornece API´s pelas quais as aplicações requisitam

serviços e controlam a transmissão de dados.

B2B Business-to-Business – De negócio para negócio,

esse termo se refere às transações realizadas

entre duas ou mais organizações.

B2C Business to Consumer – Similar ao B2B o termo

no caso se aplica as transações realizadas entre

uma empresa e um consumidor individualmente,

analogamente o varejo via Internet.

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SUMÁRIO

1. Introdução...........................................................................................................1

2. Introdução a Sistema da Informação................................................................3

2.1 Histórico........................................................................................................32.2 Definição.......................................................................................................32.3 Classificação dos sistemas de informação....................................................52.4 Sistema de informação Organizacional.........................................................72.5 Sistemas inter-relacionais.............................................................................82.6 Definição de organização..............................................................................92.7 Relação de sistema e organização.............................................................10

3 Integração de Sistema Empresarial - EAI.......................................................12

3.1 Surgimento da integração de sistema empresarial.....................................123.2 Razões e objetivos de integração dos sistemas..........................................143.3 Caractersticas da integração.......................................................................143.4 Aplicações no ambiente corporativo............................................................153.5 Tecnologia da integração............................................................................193.6 Middleware..................................................................................................203.7 Métodos de integração................................................................................223.8 Conector......................................................................................................233.9 XML.............................................................................................................233.10 Web Services..............................................................................................24

4 Caso de uso – Integração de dois sistemas..................................................25

4.1 Descrição do Projeto...................................................................................254.2 Tecnologia usada no Desenvolvimento da solução....................................264.2.1 SAP NetWeaver.......................................................................................274.2.2 SAP NetWeaver Process integration.......................................................294.2.3 SAP CRM.................................................................................................304.2.4 soapUI 3.0.1.............................................................................................314.2.5 Engenharia reversa..................................................................................334.3 Desenvolvimento da Solução......................................................................354.4 Disponibilização dos serviços......................................................................414.5 Criação dos Serviços...................................................................................424.6 Criação da RFC...........................................................................................424.7 Criação do cenário no SAP PI.....................................................................474.7.1 Integration Repository - Design...............................................................474.7.2 Integration Directory - Configuration........................................................51

5 Testes dos serviços.........................................................................................61

5.1 Serviço para consultar pesquisa.................................................................615.2 Serviço para modificar pesquisa.................................................................655.3 Serviço para criação de pesquisa...............................................................70

Conclusão................................................................................................................73

Referências..............................................................................................................75

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Page 17: tcc_v4

1

1. INTRODUÇÃO

Devido às diversidades de cenários de negócios das organizações a

tecnologia tem se tornado uma ferramenta fundamental para auxiliar as

organizações no tratamento dos dados e informações destes cenários,

proporcionando as organizações vantagens competitivas aos seus

concorrentes.

Nas organizações a diversas fontes de dados e informações, algumas

oriundas de processos internos, outras de processos externos (no caso

dos parceiros que fazem parte dos negócios da organização), sistemas

legados se levarmos em conta as grandes organizações. Apesar desse

grande volume de dados e informações a Integração de Aplicações

Empresariais (EAI) com seus métodos e ferramentas tem auxiliado as

organizações através da unificação sistêmica da visão das informações.

Esta pesquisa demonstrada como empresa FANTASIA fez uso da EAI

para mudar processo de pesquisa de satisfação dos clientes em uma de

suas filiais na Argentina que eram feitas pelos vendedores através de

papeis impressos e posteriormente digitados no SAP CRM, e agora é feito

através de uma aplicação que está disponível nos notebook de cada

vendedor ou em seu celular.

A principal ferramenta usada para solucionar a necessidade da

organização foi o SAP Netweaver Process Integration conhecido também

pela sigla (PI) que é uma ferramenta que faz parte da tecnologia SAP

Netweaver.

O SAP Netweaver é uma tecnologia abrangente de softwares de

integração, e trabalha com a infraestrutura e tecnologia de TI já existente

na empresa e é flexível a novas tecnologias. A arquitetura orientada a

serviços (SOA) lhe permite separar a interface e a definição de processos

do próprio aplicativo. Isso traz implementações mais rápidas e

atualizações mais baratas, implementadas à medida que forem

necessárias.

O SAP PI auxiliar a implementação do cross-system business (sistemas

de negócios), apoia-se no SOA para atender essas implementações.

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2

O objetivo principal do SAP PI é encaminha mensagens de entrada para o

receptor apropriado considerando alguns pontos importantes como tipo de

dato, formato, tamanho de dados, comunicação e permissões.

A EAI na empresa FANTASIA proporcionou um grande beneficio já que

atendeu a necessidade, envolveu poucas pessoas, foi executado num

curto prazo e fez uso da tecnologia já existente na empresa.

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3

2. INTRODUÇÃO A SISTEMA DA INFORMAÇÃO

2.1HISTÓRICO

Na década de 50 as grandes empresas usavam computares com a

finalidade de processar cálculos, processamento eletrônico de dados

(EDP) e em seguida, abreviado para processamento de dados (PD).

Vários sistemas foram criados para atender as diferentes necessidades

dos negócios das organizações, gerando vários relatórios e muitas vezes

com informações confusas e conflitantes dificultando o processo de

decisões estratégicas e prioritárias por partes dos executivos.

Neste cenário, surgiram os Sistemas de Informações (SI), que passaram

por várias etapas de evolução:

a operacionalização de tarefas rotineiras;

a integração entre os vários SI na organização como suporte

ao gerenciamento;

a informação como recurso estratégico e seu uso para

alcançar vantagem competitiva.

Cada vez mais as organizações necessitam do SI para lidar com os

problemas e oportunidades do ambiente de negócio, e os sistemas de

informação estão transformando a maneira como o trabalho é conduzido e

como os produtos e serviços são produzidos.

2.2DEFINIÇÃO

Antes de definir sistema de informação é necessário definir os termos que

o são relacionados: dados, informação, conhecimento e sistema.

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4

Dados

A menor unidade possível, podendo ser uma letra, número ou dígitos, que

isoladamente não tem nenhum significado claro, que não consegue

informar nada e sua análise não leva a nenhuma conclusão.

Informação

É o dado trabalhado, tratado, inserido num contexto. Também podemos

definir como um conjunto de dados que têm algum significado e são

utilizados para orientar tomada de decisões.

Conhecimento

É a informação mais valiosa e, consequentemente, mais difícil de

gerenciar. É valiosa precisamente porque alguém deu à informação um

contexto, um significado, uma interpretação; alguém refletiu sobre o

conhecimento, acrescentou a ele sua própria sabedoria, considerou suas

implicações. Quando a informação é trabalhada por pessoas e pelos

recursos computacionais, pode gerar cenários, simulações e

oportunidades.

Sistemas

São diversos os conceitos de sistemas, porem os que mais se destacam

segundo escreveu (REZENDE, 2005 p.20) são os seguintes:

Conjunto de partes que interagem entre si, integrando-se para atingir um

objetivo comum ou resultado; partes interagentes e interdependentes que

conjuntamente formam um todo unitário com determinados objetivos e

efetuam determinas funções; em informática é um conjunto de software,

hardware e recursos humanos; componentes da tecnologia da informação

e seus recursos integrados; empresas ou organização e seus vários

subsistemas ou funções organizacionais.

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5

Sistema de informação pode ser definido como um conjunto de

componentes relacionados que trabalham juntos para processar, coletar,

armazenar, recuperar, e distribuir informações com a finalidade de facilitar

o planejamento, controle, coordenação, análise e processo decisório em

empresas e outras organizações (Figura 1.1).

Figura 1.1 Atividades dos Sistemas de Informação.Adaptado de K. Laudon e J. Laudon (1999, p.4).

2.3CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.

Não existe uma classificação rígida, permitindo aos autores e

organizações classificarem seus sistemas de diversas maneiras,

podendo-se enquadrar em diversos modelos e classificações pertinentes.

Sistemas de informação operacionais – SIO

Também chamados de sistemas de apoio às operações empresariais,

sistemas de controle ou sistemas de processamento de transações (SPT).

Contemplam o processamento de operações e transações rotineiras

quotidianas, em seu detalhe, incluindo seus respectivos procedimentos.

Controlam os dados detalhados das operações das funções empresariais

imprescindíveis ao funcionamento harmônico da empresa, auxiliando a

tomada de decisão do corpo técnico das unidades departamentais.

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6

Sistemas de informação gerenciais – SIG

Também chamados de sistemas de apoio à gestão empresarial ou

sistemas gerenciais. Contemplam o processamento de grupos de dados e

transações operacionais, transformando-os em informações agrupadas

para a gestão.

Trabalham com os dados agrupados (ou sintetizados) das operações das

funções empresariais da empresa, auxiliando a tomada de decisão do

corpo gestor ou gerencial das unidades departamentais, em sinergia com

as demais unidades.

Sistemas de informação estratégicos – SIE

Também chamados de sistemas de informação executivos ou sistemas de

suporte à decisão estratégica, ou ainda, são conhecidos por uma sigla em

inglês EIS ou Executive Information Systems. Contemplam o

processamento de dados das operações operacionais e transações

gerenciais, transformando-os em informações estratégicas.

Trabalham com os dados no nível macro, filtrados das operações das

funções empresariais da empresa, considerando ainda, o meio ambiente

interno e/ou externo, visando auxiliar o processo de tomada de decisão da

alta administração. Habitualmente, trabalham com muitas informações

gráficas, amigáveis e normalmente on-line, observando as

particularidades de cada empresa e, ainda, com opção de descer no nível

de detalhe da informação.

Nos sistemas de informação estratégicos, as informações são

apresentadas de forma macro, sempre relacionado com o meio ambiente

interno (funções empresariais) e/ou externo da empresa. Em geral,

sistemas de informação estratégicos fornecem vantagens de mercado

significantes, embora temporárias, principalmente pelo aumento de custo

de entrada de novos competidores. (Rezende, ENGENHARIA DE

SOFTWARE E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, 2005 p. 35,36)

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7

Figura 1.2 - Modelo convencional de Sistemas de Informação

2.4SISTEMA DE INFORMAÇÃO ORGANIZACIONAL

São classificadas em duas categorias (conforme explanado abaixo) as

aplicações de um sistema organizacional:

Sistema de aplicações localizadas

A categoria de sistemas de informação localizada inclui sistemas pessoais

e de grupos, as principais características são: envolvem poucos

utilizadores, os utilizadores conhecem cada um dos membros do grupo de

trabalho pessoalmente, estes geram poucos dados, às vezes simples e

poucos heterogêneos, envolvem apenas sub funções da empresa.

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8

Sistemas interdepartamentais

“A proposta de sistemas interdepartamentais é integrar as atividades de

diferentes departamentos em um único sistema de negócios que produz

respostas apropriadas e coordenadas para o meio ambiente da empresa.

Tanto os sistemas localizados quanto os interdepartamentais envolvem

muito pouco redesenho dos processos de negócios aos quais dão

suporte. Eles dão suporte às atividades da empresa do modo com elas já

existiam anteriormente.

Os Sistemas de Informação organizacionais na categoria de sistemas

interdepartamentais permitem a integração de atividades de

departamentos separados de modo que os departamentos respondam de

maneira consistente e coordenada. Frequentemente, tais sistemas

envolvem bases de dados centralizadas e compartilhadas pelos

departamentos envolvidos, que permitem que cada departamento registre

os resultados de seu trabalho.

Com sistemas interdepartamentais, os usuários terão visões diferentes

dos mesmos dados. Tais sistemas devem ser padronizados, e as

mudanças nos mesmos devem ser cuidadosamente controladas.

Consequentemente, existe uma necessidade para o gerenciamento de

sistemas organizacionais. “Eles envolvem muitas aplicações e muitos

dados heterogêneos.” (Rezende, PROJETO PETI - PLANEJAMENTO

ESTRATÉGICO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, 2007 p. 5)

2.5SISTEMAS INTER-RELACIONAIS

Tanto os sistemas localizados quanto os interdepartamentais,

envolvem poucas alterações no processo de negócio, já que objetivo

principal de ambos é dá suporte às atividades da empresa.

Há muitos anos o sistemas de informação são usados dentro das

organizações e para dá suporte ao fluxo de informações na transição de

dados de uma organização a outra é utilizado o sistema de informação

inter-organizacional.

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9

Os sistemas inter-organizacional envolvem duas ou mais organizações e

permite as organizações interagirem mais produtivamente, reduzirem

gastos, aumento da eficiência e agilidade nos processos empresariais,

diminui o uso de papéis e diminui as margens de erros. Existem quatro

características que fazem parte do sistema inter-organizacional:

Troca eletrônica de dados

Na troca eletrônica de dados - Eletronic Data Interchange (EDI) as

empresas concordam em padrões de dados comuns.

Sistemas de acesso inter-organizacionais

As empresas usam os sistemas das outras.

Sistema integrados inter-organizacionais

As empresas desenvolvem Sistemas de Informação compartilhados.

Redes de conhecimento

As empresas usam Tecnologia da Informação para compartilhar

conhecimentos. Os sistemas quem envolvendo duas ou mais

organizações podem ser complexos já que necessita estabelecer padrões

entre as organizações como tamanho e tipo de dados, tanto é que

antigamente eram restritos as empresas de viagens, bancos e grandes

corporações, porém as vantagens são significativas já que obtém grande

êxito na transmissão e emissão de pedido, faturas e pagamento.

2.6DEFINIÇÃO DE ORGANIZAÇÃO

Uma organização pode ser definida como um conjunto de pessoas,

equipamentos, dados, políticas e procedimentos que existem para suprir

seus produtos e serviços, com objetivo de obter lucros. (Resende &

Abreu, 2003)

Segundo escreveu (Rezende, ENGENHARIA DE SOFTWARE E

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, 2005 p. 21)

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10

A organização em seu contexto interno e exteno por si só já é um sistema,

em consequencia um sistema de informação. Como conseito generico de

sistema, pode-se relatar um conjunto de partes que interagem entre si para

alcaçar objetivos pré definos ou resusltados. No caso da organização, as

partes que a compõem formam o sistema.

2.7RELAÇÃO DE SISTEMA E ORGANIZAÇÃO

Para estabelcer uma relação entre sistema e organização é necessário

primeirmente definir o que é um sistema de informação:

Segundo escreveu (Rezende, ENGENHARIA DE SOFTWARE E

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, 2005 pg. 21)

Sistema da informação são todos os sistemas que produzem ou geram

informações, que são dados trabalhados (ou com valor atribuido ou

agregado a eles) para execução de ações e para auxlilar processos de

tomada de decisões.

Uma organização pode ser conciderada um sistema, tendo em vista os

compoentes internos (suas atividades, processos, envolviemento de

pessoas, tratamento de dados, manipulação de informações) e

envolvimento com entidades extenas.

Os componentes do meio ambiente internos das organizações (recursos

humanos e seus valores, maquinas e equipamentos, recursos logisticos,

conhecimentos, cursos de aperfeiçoamente profissional, normas, etc)

devem ser adiministrados e geridos de forma que existam

harmonicamente.

Para funcionar plenamente todas as organizações, devem estar envolvida

com o meio ambiente externo ( globalização, concorrentes, fornecedores,

intermediários, clientes ou consumidores, mercado nacional ou

internacional, comunidade, governo, legislação, sindicato, fiscalização,

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11

tecnologia, etc). Esses fatores externos influenciam a organização e

condicionam o seu desenvolvimento.

Os pontos mencionados acima definem a relação do sistema com a

organização, já que o sistema controla o funcionamento global da

organização, cordena atividades de interação entre os departamentos

(Figura 1.3 ) e contribui para eficiência das funções vitais da organização.

Figura 1.3 - Interação das funções empresariais

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12

3 INTEGRAÇÃO DE SISTEMA EMPRESARIAL - EAI

Após explanar o que é Sistema de Informação e sua importância nas

organizações, neste capítulo estarei explanado o que é EAI e a sua

importância no ambiente organizacional.

Impulsionada por novos requisitos de negócios, os departamentos de

tecnologia da informação deve rapidamente adaptar os sistemas às

necessidades de novos produtos e serviços, e para isso é necessário

mudanças (internas) no processo administrativo. Uma das mudanças é o

uso da integração de sistemas que pode trazer rapidamente novos

produtos para o mercado, e essa mudança hoje é uma das tarefas

principais dos departamentos de TI.

3.1 SURGIMENTO DA INTEGRAÇÃO DE SISTEMA EMPRESARIAL

Na década de 1950 e 1960, o panorama das empresas era dominado por

mainframe1 e sistema monolítico2 e isso dificultava o processo de

integração já que não havia suporte para esse tipo de sistemas devido à

limitação da tecnologia e dos hardwares. No inicio da década de 1970

houve uma necessidade de integrar aplicações empresariais que eram

utilizadas para gestão de materiais, recursos humanos e contabilidade

financeira, então surgiram os modelos de integração para auxiliar as

empresas neste processo, os mais usados na época eram o modelo de

integração de Grochla, e os modelos de referência de Sheer e Mertens

que levou os primeiros conceitos de processamento de informação

integrado, também nessa década surgiram às empresas de suporte em TI

para auxiliar as mudanças (internas) no processo administrativo.

Nos meados dos anos de 1980 surgem os Enterprise Resource Planning

(ERP), são sistemas que integram todos os dados e informações de uma

organização (finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação,

marketing, vendas, compras, etc.) possibilitando a integração dos diversos

departamentos de uma empresa e facilitando a tomada de decisão e

automação dos processos.

1 Mainframe é um computador de grande porte2 Monolítico é um sistema composto por conjuntos de rotinas que possuem permissão para interagir umas com as outras

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13

Este sistema funciona muito bem desde que se use software do mesmo

fornecedor, ou seja, algo impossível já que muitas empresas têm sistemas

legados3 e devido à sua complexidade e importância para o negócio e o

auto custo para o desenvolvimento de um novo software, a substituição e

padronização para interagir com o outros sistemas acaba sendo inviável,

sendo assim o ERP não resolver todos os problemas da empresa no que

se refere à integração.

Embora o foco inicial fosse sobre a integração de aplicações internas da

empresa (EAI), no final da de década de 1970 foram criados formatos de

dados para padronizar a interação das informações entre os sistemas,

conforme figura 2.1, os mais conhecidos eram SWIFT (bancário), Odette

(automotivo), e RosettaNet (alta tecnologia), no inicio da década de 1990

foi adicionada a esse grupo a Electronic Data Interchange (EDI) e embora

esses formatos nos dias atuais sejam usados, a partir da década de 2000

dados baseado no formato XML (Extensible Markup Language) têm

aumentado em importância.

(Adaptado: Sap NetWeaver PI – Development, 2010 cap. 1 pg. 27)Figura 2.1 - Histórico do desenvolvimento da integração

3 Legado é termo utilizado em referência aos sistemas antigos de uma organização

Page 30: tcc_v4

14

Para fazer a integração das informações e aplicações usando como base

os dados mencionados anteriormente na década de 1990 surgiu a “EAI”

que contempla planos, métodos e ferramentas que visam a modernizar,

consolidar e coordenar o aplicativos, possibilitando à organização obter

vantagem competitiva com a integração de todas as aplicações em um

sistema empresarial unificado capaz de compartilhar as informações e

suportar os processos de fluxos de negócios.

3.2 RAZÕES E OBJETIVOS DE INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS

As razões para integração dos sistemas devem ser divididas conforme as

categorias descritas abaixo:

Plataformas diferentes

Essa categoria envolve o uso de diferentes linguagens de programação

para o desenvolvimento de soluções para o negócio da organização,

banco de dados diferentes, aplicações comerciais e gratuitas, enfim, as

organizações usam diferentes componentes paralelamente.

Arquiteturas diferentes

Essa categoria envolve diferentes tipos de sistemas e software, por

exemplo, arquitetura cliente/servidor4 versus arquitetura four-tier5

(arquitetura web), serviço orientado versus função orientada e diferentes

modos de mensagens (synchronous versus asynchronous).

O uso de third-party e serviços distribuídos

Essa categoria envolve as empresas que usam serviços distribuídos em

vários locais ou se uma empresa quer usar serviços de outras empresas.

3.3 CARACTERSTICAS DA INTEGRAÇÃO

Dados, programas, funções, processos e serviços são objetos de toda a

integração. Dados e programas são elementos técnicos para serem 4 Modelo computacional que separa cliente e servidor interligados através de uma rede de computadores5 Arquitetura que inclui replicação de dados sem poluir a base local de dados.

Page 31: tcc_v4

15

integrados, enquanto funções, processos e serviços são elementos que

representam o negócio da empresa. Essas características no processo de

integração são dividas em duas direções, horizontal e vertical, conforme

demonstrado na figura 2.2, onde as funções e informações são de origens

de vários departamentos, como por exemplo, vendas, produção, logística,

etc. Dependendo da necessidade das pessoas e máquinas a interação da

integração do sistema de informação é feita de duas formas distintas:

totalmente automatizadas e parcialmente automatizadas.

Figura 2.2 - Integração horizontal e vertical nas empresas

A parcialmente automatizada requer que as funções iniciais de

comunicação e coordenação estejam sincronizadas entre máquinas e

pessoas, tudo isso é desenvolvido pelo departamento de TI da empresa

que faz o desenho de acordo com o negócio ou a necessidade da

empresa e a totalmente automatizada segue um fluxo com processos

dependentes um do outro para obter um resultado.

3.4 APLICAÇÕES NO AMBIENTE CORPORATIVO.

Segundo Boris Lublinsky (2001), a demanda por EAI se deve

principalmente à necessidade de integração originada da migração das

aplicações monolíticas para um novo conjunto de aplicações formado por

aplicações legadas, produtos de prateleira e aplicações com tecnologias

emergentes para segmentos específicos.

Page 32: tcc_v4

16

O ambiente organizacional é composto por vários hardwares, softwares,

multiplicidade de aplicações que executam inúmeras funções dentro do

cenário de negócio que ultrapassam os limites físicos das organizações,

necessidade de estabelecer relações “colaborativas” e “instantâneas”, e

isso é feito através de “caminhos digitais” que interligam as empresas ao

mercado.

Abaixo estão listadas algumas das aplicações que fazer parte do cenário

de negócio das empresas:

Aplicações B2C (business to consumer)

São aplicações de comércio eletrônico onde é fornecido ao consumidor

uma interface da empresa. Neste tipo de aplicação a empresa se

comunica diretamente com o seu consumidor final, disponibilizando

acesso à compra de seus produtos, informações comerciais (preços,

prazos de entrega, processamento de pedidos) e técnicas;

Aplicações B2B (business to business)

São aplicações que auxiliam as transações de comércio eletrônico entre

as empresas, onde as empresas se comunicam com outras empresas

clientes e fornecedoras (parceira de negócio) na sua cadeia de

suprimentos, trocando informações sobre pedidos de compras, entregas,

informações financeiras e de crédito;

Aplicações B2G (business to government)

São aplicações que auxiliam as transações entre empresas e governo. As

empresas trocam informações sobre tributos, movimento fiscal e contábil,

processamento de exportações e outras informações com órgãos

governamentais.

Para auxiliar as organizações na troca de informações surgiu à

necessidade de criar uma arquitetura de aplicações distribuídas, abaixo

alguns componentes que auxiliam as organizações.

SCM (Supply Chain Management)

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17

O SCM conhecido no português como gestão da cadeia logística (GCL), é

um conjunto de aplicações que gerência a cadeia de suplementos

responsáveis pela interligação de fornecedores, fabricantes, distribuidores

e revendedores (figura 2.3) visando melhorar e automatizar o

abastecimento, reduzindo os stocks e os prazos de entrega.

Figura 2.3 - Demonstração SCM

ERP (Enterprise Resource Planning)

Conhecido em português como Sistemas Integrados de Gestão

Empresarial (SIGE), corresponde ao conjunto de aplicações integradas

que tem por objetivo auxiliar a organização nas importantes fases do seu

negócio. Facilita o fluxo de informações entre todas as atividades de uma

organização, como fabricação, logística, finanças e recursos humanos

(Figura 2.4). Normalmente, é composto por um banco de dados único,

operando em uma plataforma comum que interage com um conjunto de

aplicações.

Page 34: tcc_v4

18

Figura 2.4 - Informações integradas (Sistema ERP)

CRM (Customer Relationship Management)

Conhecido no português como Gestão de Relacionamento com o Cliente

é uma estratégia de gestão de negócios através do relacionamento com o

cliente para obter maior lucratividade e ganhos de vantagem competitiva.

Faz uso da tecnologia e integração com outras aplicações como ERP

(figura 2.5) para automatizar os diversos processos de negócio, como

vendas, marketing, serviços ao consumidor e suporte a campo. O CRM

integra pessoas, processos e tecnologia para aperfeiçoar o gerenciamento

de todos os relacionamentos, incluindo consumidores, parceiros de

negócios e canais de distribuição.

Page 35: tcc_v4

19

Figura 2.5 CRM – Integração com aplicações e relacionamento com parceiros

3.5 TECNOLOGIA DA INTEGRAÇÃO

No inicio as soluções de integração eram baseados na tecnologia

cliente/servidor onde os processos eram divididos e localizados em

camadas lógicas diferentes (interface, aplicação e dados), atualmente as

maioria das soluções de integração são baseados na tecnologia

cliente/servidor Web onde o browser veio substituir os aplicativos na

estação cliente, e os servidores Web se associaram aos servidores de

Aplicação. Com a computação Web, novos componentes passaram a

fazer parte do cenário (linguagem Java, por exemplo, com os seus

applets, beans e javabeans). Isso é feito da seguinte forma, uma estação

cliente faz uma requisição a um servidor, e este forneça o dado solicitado,

independente de marcas de estações, protocolos de rede, logotipos de

software intermediário, padrões de acesso e de tipos de Bancos de

Dados. Sendo assim, o Middleware foi produzido para definir essa

camada de software, realizando essa proeza de diálogo universal.

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20

3.6 MIDDLEWARE

Middleware é um termo geral para qualquer tipo de programação que

serve para "união" ou mediação (Figura 2.6) entre dois programas

separados e normalmente já existentes.

Os programas Middleware fornecem mensagens e serviços para que

diferentes aplicações possam se comunicar. 

Figura 2.6 - Soluções de Middleware

Middleware Orientado a Mensagem

O chamado MOM (Middleware Orientado a Mensagem) provê a habilidade

de integrar aplicações por meio do uso de mensagens e garante a entrega

da informação mesmo quando o destino não está disponível no momento.

A mensagem é o conceito usado como método de integração. O MOM

provê a habilidade para criar, manipular, armazenar e comunicar essas

mensagens. Um dos exemplos de MOM mais próximos dos usuários são

as aplicações de correio eletrônico e de replicadores de Bancos de

Dados.

Page 37: tcc_v4

21

Tecnologia de Objetos Distribuídos

A chamada DOT (Distributed Object Technology), tecnologia de objetos

distribuídos, é um tipo de Middleware que estende o conceito da

tecnologia orientada a objeto para processamento distribuído. Interfaces

são desenvolvidas para aplicações que fazem software parecer como

objetos.

Monitores de Processamento de Transação

Os chamados TPMs (Transaction Processing Monitors) são um tipo de

Middleware que preservam a integridade da transação. Eles suportam

características como rollback, refazer, armazenar histórico de erro e

replicação para eliminar pontos de falha. TPMs asseguram que uma

transação mantenha as propriedades ACID (Atomicidade, Consistência,

Isolamento e Durabilidade).

Chamadas de Procedimentos Remotos

RPC (Remote Procedure Calls) é um tipo de Middleware que é baseado

na noção de desenvolvimento de aplicações distribuídas que se integram

no nível de procedimento. Esse tipo cria a habilidade para fazer chamadas

a procedimentos pela rede.

Middleware de Acesso a Banco de Dados

Middleware de acesso a banco de dados é um tipo de Middleware que é

baseado na noção de acessar dados distribuídos em arquivos ou bancos

de dados através dos mecanismos de drivers de dados, como ODBC

(Open DataBase Connectivity), OLE/DB, JDBC (Java DataBase

Connectivity) e JSQL (SQL embutido em código Java). Integra no nível de

dados e permite consultas aos dados ou mudanças nos dados por meio

da rede. Exemplos são: ODBC e JDBC.

Page 38: tcc_v4

22

3.7 MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO

Um método de integração é a forma de construir um pedido de um

remetente a um receptor, existem dois métodos de integração:

Mensagem

No método de integração de mensagem o remetente constrói uma

mensagem contendo a informação das ações desejadas, por exemplo,

atualizar uma base de dados, fazer consultar, emitir relatórios e isso é

feito juntamente com os dados para desempenhar a ação. A mensagem

contém o controle da informação, dos dados.

Definições de interface.

No método de integração através de interface a comunicação do

remetente, as ações que podem ser chamadas pela aplicação e dado a

ser processado são enviados por meio da interface.

Os projetos de integração entre aplicações devem predefinir as

mensagens. Qualquer aplicação que enviar uma mensagem deve ter as

seguintes funções:

Criar a mensagem no formato apropriado

A mensagem deve conter informação sobre o remetente, receptor, tempo,

número da conta, ação da conta e valor. A aplicação que envia cria a

mensagem baseada na definição do formato da mensagem;

Colocar a mensagem dentro do sistema de comunicações

Uso do serviço de comunicações assíncrono transmitiria essa mensagem

à aplicação receptora enquanto o remetente continua processando, uma

vez que a mensagem está no sistema de comunicações o receptor deve

ser capaz de:

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23

Receber a mensagem do sistema de comunicação: o sistema

de comunicação alerta o receptor, faz as verificações dos

dados e do formato da mensagem e passa para a aplicação;

Analisar a mensagem dentro de suas informações de

controle e dados: o número de conta, ação de conta, e

valores são identificados na mensagem e colocados nas

variáveis apropriadas;

Determinar o que fazer com a mensagem: a aplicação

receptora deve ser capaz de ler a mensagem e tomar a ação

apropriada.

3.8 CONECTOR

Um conector é programado dentro de uma aplicação cujo objetivo é

prover acesso à apresentação, dados, ou funcionalidade da aplicação de

maneira estruturada. O conector esconde a complexidade de

transformação e comunicação na mensagem ou chamada em uma

interface para uso da aplicação.

3.9 XML

XML, do inglês eXtensible Markup Language, é uma linguagem de

marcação para a criação de documentos com dados organizados

hierarquicamente, como textos, banco de dados ou desenhos vetoriais. A

linguagem XML é classificada como extensível porque permite definir os

elementos de marcação, ou seja, um agregado de códigos que podem ser

aplicados a dados ou textos para serem lidos por computadores ou

pessoas. Isso é feito de forma padronizada e com uma sequencia de

dados com o objetivo de organizar, separar o conteúdo e integrá-lo com

outras linguagens.

Segundo FUGERI (2001), as principais possibilidades de utilização da

XML são:

Troca de informações: Devido à grande diversidade de

computadores, rodando diferentes sistemas, em diferentes

plataformas, sistemas e banco de dados contêm dados em

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24

formatos incompatíveis. Pelo fato do conteúdo básico do

documento XML ser apenas texto, ela apresenta-se como a

principal possibilidade de computadores diferentes trocarem

dados pela Internet.

Melhorar a busca de informações: a busca na Internet, com

um grande número de páginas, sem padronização, é um

sério problema. Utilizando o XML, tem-se um serviço de

busca mais inteligente, evitando a procura dentro dos

documentos HTML, onde está misturado apresentação e

conteúdo.

Uso em conjunto com documentos HTML: pode-se interligar

a apresentação, contida nos documentos HTML, com os

dados contidos nos documentos XML. Com isso, a mudança

nos dados, no arquivo XML, refletirá diretamente no HTML,

eliminando a necessidade de sua atualização.

3.10WEB SERVICES

Web Services é o nome dado à tecnologia que permite a comunicação

entre aplicações de uma maneira independente de sistema operacional e

de linguagem de programação, fazendo uso do XML para a descrição de

um serviço e comunicação entre serviços.

São baseados em uma série de padrões abertos e amplamente

difundidos, tais como XML, HTTP, SOAP, WSDL e UDDI. Isso assegura

que implementações compatíveis com as especificações sejam

interoperáveis.

As mensagens trocadas entre web services tipicamente usam HTTP como

protocolo de transporte, e são identificados por uma URI (que tipicamente

é uma URL), um formato muito utilizado devido à popularização da web e

de fácil assimilação pelos humanos.

Page 41: tcc_v4

25

4 CASO DE USO – INTEGRAÇÃO DE DOIS SISTEMAS

Após explanar a necessidade das organizações em fazer a integração de

sistemas, neste capítulo será mostrado um caso de uso onde foi

necessário integrar informações de dois sistemas distintos.

4.1 DESCRIÇÃO DO PROJETO

Na empresa Fantasia surgiu a necessidade de automatizar o sistema de

pesquisas que eram realizadas junto aos clientes para medir a satisfação

com os produtos e serviços prestados por uma de suas filiais que se

encontram na Argentina. Isso é feito de forma simples, são criadas varias

tipos de pesquisas no SAP CRM, os relatórios são impressos e os

vendedores vão aos seus clientes e preenchem o questionário das

pesquisas.

O instrumento de trabalho dos vendedores para o preenchimento do

questionário das pesquisas até então era um papel impresso, que após o

preenchimento eram recolhidos e repassados ao sistema (SAP CRM) da

empresa. Como cada vendedor tem um notebook ou celular com

tecnologia 3G foi proposto uma melhoria no recolhimento das pesquisas,

disponibilizarem aos vendedores preenchimento das pesquisas no próprio

sistema, ou seja, o vendedor ia até o cliente conectava a rede através de

uma VPN e preenchia os campos da pesquisa no sistema, mas se

depararam com um problema, em alguns lugares onde a pesquisa e feita

não tem acesso a internet impossibilitando o acesso a rede da empresa

para o preenchimento do questionário.

Para solução do problema e extinguir de vez as pesquisas feitas em

papeis foi disponibilizado um Web Services onde uma aplicação faria a

sincronização das pesquisas feitas remotamente. Isso funcionaria da

seguinte forma, onde não houvesse acesso a internet o vendedor

executaria uma aplicação Mobile ou Desktop para fazer as pesquisas e

quando tivesse internet disponível acessaria a VPN da empresa e

executaria a aplicação novamente e faria a sincronização das pesquisas

(figura 3.1).

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26

Figura 3.1 - Sincronização das pesquisas

4.2 TECNOLOGIA USADA NO DESENVOLVIMENTO DA SOLUÇÃO

Para desenvolver a solução existem várias tecnologias disponíveis,

algumas comerciais e outras free, um exemplo disso é a plataforma SAP

Netweaver Process Integration conhecido também pela sigla (PI) que é

uma ferramenta que faz parte da tecnologia SAP Netweaver.

O SAP Netweaver PI é uma tecnologia comercial que foi usada no

desenvolvimento da solução.

Também foi usado o SAP CRM, e soapUI 3.0.1 para testes dos serviços.

Page 43: tcc_v4

27

4.2.1 SAP NETWEAVER

SAP Netweaver é uma tecnologia abrangente de softwares e integração, a

SAP trabalha com a infraestrutura e tecnologia de TI já existente na

empresa e é flexível a novas tecnologias. A base tecnológica do SAP

Netweaver é o SOA que possibilita soluções corporativas baseadas em

serviços e adaptável a empresas que oferecem os maiores níveis de

adaptabilidade, flexibilidade e abertura necessárias para reduzir o custo

total de propriedade6 (TCO). Reúne a experiência da SAP em aplicativos

empresariais com a flexibilidade de serviços Web e outros padrões livres.

Usando o modelo da SOA, você pode criar novos aplicativos em cima de

soluções empresariais existentes, aumentando o valor de seus sistemas

atuais e automatizando novos processos. DETALHES TÉCNICOS DO

SAP NETWEAVER

(http://www.sap.com/brazil/platform/netweaver/technicaldetails/esa.epx,

29/06/2011).

As principais características do SAP Netweaver são:

Rapidamente adaptar processos empresariais

“A arquitetura orientada a serviços lhe permite separar a interface e a

definição de processos do próprio aplicativo. Isso traz implementações

mais rápidas e atualizações mais baratas, implementadas à medida que

forem necessárias e sem as interrupções do tipo big-bang.”

Atrair novos consumidores

“Com a SOA, você pode se valer de serviços Web para oferecer

competências principais a novos segmentos de consumidores —

enquanto reduz custos de TI e aumenta a eficiência.”

6 Total cost of ownership, custo total de propriedade. Um cálculo que visa levar em conta todos os custos envolvidos no uso de um determinado equipamento ou solução.

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28

Terceirize

“A arquitetura orientada a serviços permite que você se conecte a

parceiros externos, possibilitando que você tenha acesso a serviços

profissionais, reduza custos e riscos de bens materiais e focar em suas

competências principais — enquanto mantém a visibilidade de processos

críticos.”

Estender e automatizar sua rede de valor

“A SOA lhe possibilita modelar e automatizar os termos de um

relacionamento comercial, para que você possa estender modelos

empresariais e cadeias de valores com ótima velocidade e transparência.”

Inovar

“Mais significantemente, a arquitetura orientada a serviços permite que

parceiros e clientes SAP implementem soluções que fazem uso de

sistemas existentes. Com a SOA, você pode elaborar novos processos

em cima de processos já existentes.”

Conforme descrito em DETALHES TÉCNICOS DO SAP NETWEAVER (29/06/2011, http://www.sap.com/brazil/platform/netweaver/technicaldetails/esa.epx).

O SAP Netweaver usa padrões da Internet, como HTTP, XML e serviços

Web, permitindo abertura e interoperabilidade com Microsoft. NET e

ambientes Java Platform Enterprise Edition (J2EE), como o IBM

WebSphere (figura 3.2).

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29

Figura 3.2 - plataforma tecnológica SAP NetweaverReferência: http://www.uniorg.com/page/sap_beratung_netweaver_soa

4.2.2 SAP NETWEAVER PROCESS INTEGRATION

O SAP PI foi criado para auxiliar a implementação do cross-system

business (sistemas de negócios), com faz parte da tecnologia SAP

Netweaver apoia-se no SOA para atender essas implementações.

Cada empresa tem suas aplicações e funções desenvolvidas para atender

as necessidades do ambiente corporativo e os negócios do dia a dia. O

SAP PI oferece um conjunto de aplicativos para fazer o uso desses

serviços já existentes ou desenvolvimento de novos.

O objetivo principal do SAP PI é encaminha mensagens de entrada para o

receptor apropriado e isso a principio é uma tarefa simples, mas deve-se

considerar alguns pontos importantes como tipo de dato, formato,

tamanho de dados, comunicação e permissões.

Outros objetivos são:

Integração de sistemas SAP com sistemas SAP e não SAP;

SAP NetWeaver™

Co

mp

osi

te A

pp

licat

ion

Fra

mew

ork

PEOPLE INTEGRATIONMulti channel access

Portal Collaboration

INFORMATION INTEGRATIONBus. Intelligence

Master Data Mgmt

Knowledge Mgmt

PROCESS INTEGRATIONIntegration Broker

BusinessProcess Mgmt

APPLICATION PLATFORM

J2EE

DB and OS Abstraction

ABAP

Life

Cyc

le Mg

mt

Page 46: tcc_v4

30

Integração aplicações A2A e B2B e

Troca síncrona e assíncrona de mensagens.

O SAP PI proporciona:

Coordenação de Dados

      

Lida principalmente com dados transacionais entre aplicações. 

 Negócio e gestão de processo

      

Concentra-se principalmente na modelagem e orquestração do fluxo de

trabalho entre as funções e aplicações individuais. 

Monitoramento do negócio e das atividades

Objetivo é fornecer uma gestão com a consciência imediata de mudar

eventos de negócios em toda a empresa.

Desenvolvimento de Aplicações Compostas

      Combina os dados e funcionalidade já existentes de uma empresa

com uma nova lógica de processos de negócios.

4.2.3 SAP CRM

 “O SAP CRM (CRM - Customer Relationship Management) oferece, em

sua classe de aplicativos, a melhor funcionalidade para marketing, vendas

e serviços. Como ele suporta processos de negócios para lidar e

fortalecer o relacionamento com os clientes em múltiplos canais de

interação. O sistema CRM da SAP permite às organizações manterem o

foco em estratégias de crescimento centrado no cliente e se diferenciarem

no mercado por oferecer uma experiência superior ao cliente com o CRM.

O sistema CRM da SAP é capaz de:

Suportar processos de relacionamento com clientes, de

ponta a ponta – O software CRM da SAP assegura a

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31

organização de todas as tarefas relacionadas aos clientes, de

um departamento para outro, incorporando, de forma

transparente, atividades tais como o fulfillment

(cumprimento), a distribuição, o faturamento e contas a

receber.

Suprir toda a organização com informações de clientes — A

solução de CRM da SAP reúne todas as fontes relevantes de

informações dos clientes, distribuídas por toda a empresas,

contribuindo para um melhor processo de tomada de

decisões.

Oferecer benefícios imediatos – Só o software CRM da SAP

permite que as empresas resolvam, em primeiro lugar, as

prioridades estratégicas e cumpram com os objetivos mais

rapidamente. A solução pode ser expandida de forma gradual

e cada etapa de uma maneira tangível, o correspondente

retorno sobre os investimentos.” (27/09/2011, SOFTWARE

CRM DA SAP http://www.sap.com/brazil/solutions/business-

suite/crm/crm-relacionamento-com-clientes.epx).

4.2.4 SOAPUI 3.0.1

SoapUI é uma ferramenta open source para arquitetura orientada a

serviços (SOA), sua principal função é consumir e testar Web Services,

facilitando assim todo o processo de criação e depuração dos testes por

meio de uma interface gráfica visual e intuitiva (figura 3.3).

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32

Figura 3.3 – Interface do SoapUI.

As principais características são:

Importação e geração automática das requisições descritas

no WSDL;

Capacidade de gerenciar um número ilimitado de requisições

para cada operação;

Gerenciamento de múltiplo endpoints para cada Web

Service;

Validação das requisições e respostas contra as suas

definições no WSDL;

Testes funcionais, carga e stress;

Execução de diversos testes em paralelo;

Editores com syntax highlight e formatação automática;

Suporta expressões XPATH;

Page 49: tcc_v4

33

Suporta criação de testes complexos utilizando scripts

Groovy;

4.2.5 ENGENHARIA REVERSA

Devido a não elaboração de uma documentação funcional para

elaboração do desenvolvimento foi necessário uma analise do código

standard do SAP CRM para podermos entender quais são as tabelas

usadas para armazenamento dos dados. Em tecnologias SAP não é

recomendado insert ou update direto nas tabelas apesar de isso ser

possível pode ocorrer inconsistência, então se faz uso de transações para

isso.

Como sabíamos quais transações usaríamos para o desenvolvimento do

projeto fizemos uso da engenharia reversa para analise do código e de

uma ferramenta disponível nos sistemas SAP conhecida como debug

onde podemos analisar o comportamento de cada linha do código, abaixo

é explicado melhor o que é engenharia reversa e como funciona a

ferramenta debug do SAP.

Engenharia Reversa é uma técnica que analisa um produto existente, por

exemplo: software, uma peça mecânica, uma placa de computador, etc.

para entender como este produto funciona, e se comporta em todas as

circunstâncias.

A engenharia reversa é usada quando queremos trocar, modificar uma

peça (ou um software) por outro, com as mesmas características ou

entender como esta funciona e não temos acesso a sua documentação ou

as mesmas não existem isso é muito comum em sistemas legados ou

muito antigo.

Existem varias técnicas para ser fazer uso da engenharia reversa e não é

o objetivo dessa pesquisa se aprofundar no assunto então mencionarei

apenas a que foi usada que é analise do código fonte e apenas duas

características dessa técnica:

Trace de execução (análise dinâmica)

Page 50: tcc_v4

34

É usada para extrair informações de um programa, por exemplo, uma

instrução é IF é acionada dependendo do fluxo, dos valores das variáveis.

Base de dados.

Base de dados é usada como fonte de informação, por exemplo, uma

analise dos dados antes é após da execução de um trecho do programa.

Para uso dessa técnica fiz uso do Debug do SAP que funciona da

seguinte forma, abrimos o código do programa na transação SE38 e

colocamos um break-point (ponto de parada) no código onde queremos

fazer a analise, isso é demonstrado na figura 3.4.

Figura 3.4 breakpoint no código para analise através do debug

Após definir um break-point basta prosseguirmos como analise do código (figura 3.5)

Page 51: tcc_v4

35

Figura 3.5 – analise do código fonte na tela de Debug

4.3 DESENVOLVIMENTO DA SOLUÇÃO

O objetivo do projeto é disponibilizar serviços para criar e modificar as

pesquisas criadas no SAP CRM, hoje isto é feito da seguinte forma: O

usuário no SAP CRM entra na transação CRMD_ORDER (Figura 3.4a),

onde através do menu OperaciónCrear ele seleciona o tipo de atividade.

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36

Figura 3.4a - Criar uma atividade

Apesar das varias opções de atividades o projeto de se resumem em 3

tipos de atividades:

AR – Encuesta A – Z1PA;

AR – Encuesta B – Z1PB;

AR – Encuesta A – A1PC.

Cada uma das atividades é um tipo de pesquisa que o vendedor faz junto

ao cliente, e após selecionar o tipo de atividade o usuário deve preencher

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1 2

3

4

5

6

37

alguns campos conforme é demonstrado na figura 3.5a e detalhado na

tabela 1.

Figura 3.5a - Detalhes de preenchimento da atividade

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38

Campo Descrição1 Descrição da Atividade2 Prazo 3 Nome da empresa4 Pessoa de contato5 Vendedor Responsável6 Perguntas / Pesquisa (Detalhes figura 3.4)

Tabela 1 Detalhes de preenchimento da atividade

Na aba Cuestionario (questionário) o usuário informar os campos de

acordo com as informações colhidas (figura 3.6) e após o preenchimento

basta clicar no botão salvar e as informações ficam armazenadas.

Figura 3.6 - Preenchendo o questionário da atividade de pesquisa

Page 55: tcc_v4

39

No rodapé é informado o número da pesquisa para caso queira

posteriormente fazer alguma consulta ou modificação.

Modificações em atividades só são permitidas em atividades que estão

com o status E0002 En tratamiento (figura 3.7), isso pode ser verificado

na aba Detalles.

Figura 3.7 - verificando status da atividade

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40

Caso queira consultar ou modificar posteriormente a atividade basta entrar

na transação CRMD_ORDER e pressionar o botão abrir e informar o

número da atividade conforme é ilustrado na figura 3.8.

Figura 3.8 - Consultar atividade no SAP CRM

Como foi explicado anteriormente o objetivo da solução é permitir que o

vendedor fizesse isso remotamente já que dependendo de onde ele

estiver não terá acesso a internet impossibilitando acesso a rede da

empresa através da VPN e conseqüentemente ao SAP CRM, então foi

proposto a disponibilização de três serviços que possibilitem ao vendedor

colher essas informações e quando tiver acesso a internet sincronizar as

informações com o SAP CRM através de uma aplicação desktop ou

mobile.

Botão Abrir

Informar o número da atividade.

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41

4.4 DISPONIBILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Os serviços que serão disponíveis irão consultar e enviar dados ao SAP

CRM e o Middleware que será responsável em fazer a comunicação entre

os sistemas será o SAP PI, isso será feito através de interfaces que

usarão arquivos XML para envio e recebimentos dos dados, e a

comunicação será feita através de adaptadores, um adaptador do tipo

RFC para se comunicar com o SAP CRM e um adaptador do tipo HTTP

para disponibilizar um serviço para qualquer outra aplicação usar isso é

demonstrado na figura 3.9.

Figura 3.9 Modelo de desenvolvimentos dos serviços

Do lado do SAP CRM foram desenvolvidos três RFC que serão acionadas

pela interface:

ZCRM_GET_TASKS_PENDENTS Lista as pesquisas

pendentes relacionadas ao vendedor.

ZCRM_SET_VAULES_TASKS Possibilita a modificação

de pesquisas pendentes.

ZCRM_CREATE_TASKS Possibilita a criação de novas

pesquisas.

Irei demonstrar o funcionamento dos três serviços proposto, criação,

modificação e consulta as pesquisas, mas referente ao desenvolvimento

Page 58: tcc_v4

42

dos serviços irei demonstrar apenas o de consultar as pesquisas já que a

forma de desenvolvimento é a mesma e o que muda é objetivo.

4.5 CRIAÇÃO DOS SERVIÇOS

O primeiro passo é possibilitar o vendedor consultar todas as pesquisas

relacionadas a ele que não foram concluídas, na transação

CRMD_ORDER isso pode ser verificado nos campos Status e

Responsable conforme ilustrado na figura 3.10.

Figura 3.10 - Consulta a pesquisa pendente no SAP CRM

Essa possibilidade que é acessível ao vendedor através da transação

CRMD_ORDEM deve ser desenvolvida na RFC, e isso e explicado nos

tópicos abaixo.

4.6 CRIAÇÃO DA RFC

Remote Function Call (RFC) é uma solução SAP para comunicação entre

sistemas SAP e não SAP.

Page 59: tcc_v4

43

A criação de RFC é feita na transação SE37 do SAP CRM, identificando o

nome desejado no campo Módulo funciones e um clique no botão Crear

conforme demonstrado na figura 3.11.

Figura 3.11 Criação e execução de RFC – transação se37

Na aba Import eu informo os campos de importação, conforme

demonstrado na figura 3.12.

Figura 3.12 parâmetros de importação da RFC

Na aba Export eu informo o campo de exportação conforme demonstrado

na figura 3.13.

Botão Executar

Botão Crear

Page 60: tcc_v4

44

Figura 3.13 parâmetros de exportação da RFC

Na aba Tablas é informado campos do tipo tabelas que funcionam como

se fosse um array[n,n], eles podem ser usados como parâmetros de

importação e exportação, conforme demonstrado na figura 3.14.

Figura 3.14 parâmetros tipo tabela da RFC

Page 61: tcc_v4

45

Lógica da RFC

Na aba Cód.fte. (figura 3.15) está toda lógica do desenvolvimento onde é

acessado tabelas e funções, isso é feito usando a linguagem de

programação ABAP que é uma linguagem de uso exclusivo em produtos

da SAP.

Figura 3.15 lógica da RFC

Teste da RFC

Após a conclusão do desenvolvimento da RFC basta clicar no botão

executar (figura 3.11) e informar os campos de importação conforme

demonstrado na figura 3.16. O resultado da pesquisa é informado nos

campos tablas (figura 3.17).

Page 62: tcc_v4

46

Figura 3.16 parâmetros de importação da RFC

Figura 3.17 parâmetros tablas da RFC

Page 63: tcc_v4

47

4.7 CRIAÇÃO DO CENÁRIO NO SAP PI O Middleware no caso escolhido é o SAP PI, é onde foi feito o cenário

chamado CRM_CLIENT para comunicação do SAP CRM com o cliente.

4.7.1 INTEGRATION REPOSITORY - DESIGN

Para transportar os dados do cliente através de um serviço, é preciso criar

o mapeamento dos dados, isso é feito através do XML Schema Definition

(XSD). Esta definição determina como validar a mensagem transportada e

o desenho do cenário é feito no Integration Repository - Design (Desenho

do repositório de integração). Na figura 3.18 temos as ferramentas para o

desenho do cenário.

Figura 3.18 ferramentas para o desenho do cenário no SAP PI

Message Interfaces

Page 64: tcc_v4

48

O primeiro passo é criar os Message Interfaces (figura 3.19) (Interface de

Mensagens), aqui definimos a Categoria (Inbound, OutBound ou Abstract)

e o Modo (Síncrono ou Assíncrono). É no Message Interface que

informamos os campos de entrada e saída criados na RFC.

Figura 3.19 criação da interface de mensagens

Message Mapping

O próximo passo é fazer o mapeamento dos campos da RFC com o

serviço que será disponibilizado, isso é feito na opção Message Mapping

(Mapa de Mensagem), na figura 3.20 temos o mapeamento dos campos

de entrada que serão enviados para do Web Service para a RFC e na

figura 3.21 temos o mapeamento dos campos de saída e de resposta que

serão enviados para da RFC para o Web Services.

Figura 3.20 Mapeamento dos campos de entrada

Nome do Message Interface

Page 65: tcc_v4

49

Os campos do lado esquerdo correspondem aos dados que virão do

cliente através do serviço que será disponibilizado, e do lado direito aos

dados que serão enviados para o SAP CRM através da RFC.

Figura 3.21 Mapeamento dos campos de resposta ou saída.

Os campos do lado esquerdo correspondem aos dados que virão do SAP

CRM através da RFC, e do lado direito aos dados que serão enviados

para o cliente para o serviço que será disponibilizado.

Interface Mapping

Com o mapeamento criado, agora precisamos estabelecer a regra de

quem envia, de quem recebe e qual o Mapeamento a ser usado, nesta

etapa é feito o Interface Mapping (Mapa de Interface), aqui fazemos

relação com o Message Interface e Message Mapping criandos

anteriormente, na figura 3.22 e na tabela 2 temos uma demonstração de

como isso é feito.

Page 66: tcc_v4

50

Figura 3.22 Interface Mapping

Campo Descrição1 Nome do Mapa de Interface2 Onde é informado a Interface de Mensagens3 Onde é informado a RFC4 Onde é informado o Mapa de Mensagem5 Onde é informado os campos do serviço

(entrada)6 Onde é informado os campos da RFC (saída)

Tabela 2 Detalhe dos campos do Interface Mapping

Com o a criação do Interface Mapping encerramos o desenvolvimento no

Integration Repository – Design.

Observação: Apenas foi demonstrada a criação da interface de listar as

pesquisas pendentes referente a RFC ZCRM_GET_TASKS_PENDENTS,

as interfaces referente a RFC ZCRM_SET_VAULES_TASKS e RFC

ZCRM_CREATE_TASKS não serão demonstrados, mas seguem os

mesmo padrão de desenvolvimento.

1

2 3

4 5 6

Page 67: tcc_v4

51

4.7.2 INTEGRATION DIRECTORY - CONFIGURATION

Com o Mapeamento dos campos pronto entre os sistemas, o próximo

passo é criar as relações “físicas” entre o Web Service e o SAP CRM e

definir o roteamento. O Integration Directory – Configuration (Configuração

do diretório de integração) permite vincular informações técnicas para as

interfaces, através de protocolos de comunicação ou adaptadores de

comunicação.

O primeiro passo é criar o cenário para agrupar todos os objetos

referentes à integração, para a interface de listar pedidos criamos o

cenário CRM_GET_TASKS_PENDENTS conforme demonstrado na figura

3.23.

Figura 3.23 Cenário para listar pesquisas

O passo seguinte é criar os canais de comunicação, para isto devemos

saber quais os Adapters (Adaptadores) serão usados em cada lado da

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52

integração, do lado Web Services utilizaremos o Adapter Type chamado

de SOAP conforme demonstrado na figura 3.24.

Figura 3.24 canal de comunicação com Adapter Type do tipo SOAP

No canal de canal de comunicação que fará a ligação do lado do cliente

informamos alguns campos conforme descrito na tabela 3.

Campo Descrição1 Nome do canal2 O tipo do adaptador de comunicação3 O protocolo de transporte da mensagem4 O protocolo de mensagem

5Aqui é informado o nome da interface de mensagem criada no Integration Repository – Design

6O tipo de ação Sender Receiver (Enviar Receber), no nosso caso Sender

Tabela 3 Detalhe dos campos do Adapter Type SOAP

1

2

3

4

5

6

Page 69: tcc_v4

53

E do lado do SAP CRM utilizaremos o Adapter Type chamado de RFC

conforme demonstrado na figura 3.25.

Figura 3.25 canal de comunicação com Adapter Type do tipo RFC

No canal de comunicação que fará a ligação do lado do SAP CRM

informamos alguns campos conforme descrito na tabela 4

Campo Descrição1 Nome do canal2 O tipo do adaptador de comunicação3 O tipo de ação Sender Receiver (Enviar Receber), no

nosso caso Receiver4 O protocolo de transporte da mensagem5 O protocolo de mensagem6 O servidor de aplicação, no caso SAP CRM

Dados de acesso ao SAP CRM7 O número do Sistema SAP CRM

8O tipo de autenticação, logon do usuário de comunicação

9 Senha do usuário de comunicação10 Idioma que é feito o logon11 Cliente do sistema SAP CRM12 Número de conexões permitidas com o mesmo usuário,

12

109

8

7

6

54

3

2

1

11

13

Page 70: tcc_v4

54

13 Usuário que será feito o logon no SAP CRM

Tabela 4 Detalhe dos campos do Adapter Type RFC

Alem dos canais de comunicação é necessário a criação de mais quatro

objetos, são eles:

Receiver Determination

Receiver Determination (Determinar um receptor) Utilizado para

especificar quais os Receivers de uma mensagem, ou seja, qual Message

Interface vai receber a Mensagem e apontar para qual Message Interface

está enviando a mensagem, na figura 3.26 a uma demonstração de como

funciona.

Figura 3.26 Receiver Determination

1

2 3 4

Page 71: tcc_v4

55

Campo Descrição

1Nome da interface de mensagem.É quem enviar os dados, no caso o cliente através do serviço

2Nome da RFC criada no SAP CRM, responsável em receber as informações

3 Nome do mapeamento de mensagens (figura 3.19)4 Nome do canal de comunicação (figura 3.21)

Tabela 6 Detalhe dos campos do Receiver Determination

Interface Determination

Interface Determination (Determinar uma interface) Responsável pelo

inbound interface (interface de entrada) de um receptor, é necessário

informar o mapeamento de mensagens usado, isso é demonstrado na

figura 3.27 e tabela 7.

Figura 3.27 Interface Determination

Campo Descrição1 Nome da interface de entrada, neste caso a RFC.2 Nome da interface de mapeamento (figura 3.20)3 Nome do interface determination

Tabela 7 Detalhe dos campos do Interface Determination

3

1 2

Page 72: tcc_v4

56

Sender Agreement

Onde é definido como as mensagens de um remetente serão enviadas,

usando o canal de comunicação, isso é demonstrado na figura 3.28 e

tabela 8.

Figura 3.28 Sender Agrrement

Campo Descrição1 Nome do Party (onde está o serviço do cliente)2 Nome do serviço (onde fica o canal de comunicação)3 Nome da interface de Mensagem4 O Namespace do projeto5 Nome do Party (onde está a RFC)

6Nome do serviço (onde fica o canal de comunicação da RFC)

7 Nome do canal de comunicação referente ao serviço

Tabela 8 Detalhe dos campos do Interface Determination

Receiver Agreement

Define como a mensagem a um destinatário será recebida, ou seja, por

qual canal de comunicação (figura 3.29).

1

2

3

45

6

7

Page 73: tcc_v4

57

Figura 3.29 Receiver Agreement

Campo Descrição1 Nome do Party (onde está o serviço do cliente)

2Nome do serviço (onde fica o canal de comunicação do cliente)

3Nome do serviço (onde fica o canal de comunicação do da RFC)

4 Nome da interface de Mensagem

5Namespace onde fica o XML que envia os dados para RFC

6 Nome do canal de comunicação referente ao serviço

Tabela 9 Detalhe dos campos do Interface Determination

Disponibilização dos serviços

Após a criação dos cenários é necessário a disponibilização dos serviços

e isso é feito gerando um arquivo WSDL para cada serviço, abaixo e

demonstrado como isso é feito.

Nome menu ToolsDefine Web Service (figura 3.30).

12

3

4

5

6

Page 74: tcc_v4

58

Figura 3.30 menu para criação do WS

O primeiro passo é definiar a URL para acessar o Web Service (figura

3.31).

Figura 3.31 Definição da URL do WS

O próximo passo é informar o Namespace do projeto, a interface de

mensagem e o Software component Version que o canal de comunicação

do serviço está atribuído conforme é demonstrado na figura 3.32 e figura

3.33.

Page 75: tcc_v4

59

Figura 3.32 Informar o Namespace, a interface e o Software component Version.

Figura 3.33 Informar o Namespace, a interface.

Após preencher esses campos basta clicar no botão Finish para

conclusão do passo (figura 3.34).

Figura 3.34 geração do arquivo WSDL

Page 76: tcc_v4

60

E a próxima tela (figura 3.35) é demonstrado o arquivo WSDL que foi

gerado, basta clicar no botão salvar para armazenar o arquivo em algum

diretório.

Figura 3.35 armazenamento do arquivo WSDL

O Integration Directory – Configuration não requer nenhum

desenvolvimento adicional, somente configurar as interfaces fazendo as

relações dos objetos criados no Integration Directory – Design com os

Adapters que irão fazer a ligação de um sistema para outro, se for a uma

versão do SAP PI superior ou igual a 7.2 isso é feito automático

informando apenas alguns campos no desenho da interface. É importante

que o fluxo das mensagens, entre os sistemas, esteja bem definido e claro

isso ajuda na hora de criar os relacionamentos.

Page 77: tcc_v4

61

5 TESTES DOS SERVIÇOS

Para testar os serviços foi usada a versão free do software soapUI 3.0.1

(figura 4.1), isso foi feito da seguinte forma:

Foi criado um projeto chamado CRM_Client

Importado os arquivos WSDL gerado no interfaceamento

através do SAP PI

E clicando no botão Execute.

Figura 4.1 demonstração da interface do soapUI

No SAP PI existe uma transação chamada SXI_MONITOR, responsável

pelo monitoramento das mensagens, faremos uso dela para mostrar a

troca de mensagens entre o serviço e o SAP CRM.

5.1SERVIÇO PARA CONSULTAR PESQUISA

O serviço que obtém as pesquisas pendentes referente a determinado

vendedor é o MI_CRM_GET_TASKS_OB_SYNC, no soapUI foi importado

o arquivo WSDL referente a este serviço é preenchido os campos

I_PROCESS_TYPE referente aos tipos de pesquisa que deseja consultar

e I_USER_SAP que é o usuário do vendedor no SAP CRM (figura 4.2), a

consulta trará todas as pesquisas pendentes que estão relacionadas a

ele.

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62

Figura 4.2 campos para consulta

O serviço MI_CRM_GET_TASKS_OB_SYNC de selecionar todas as

pesquisas pendentes é disparado é o interfaceamento é feito através de

arquivos XML pelo SAP PI que é o Middleware usado.

No SAP PI é possível consultar o XML usado para fazer o interfacemento

através da transação SXI_MONITOR, na figura 4.3 é demonstrado o XML

enviado pelo serviço para fazer a consulta no SAP CRM e na figura 4.4 o

XML os dados com consultados (resposta do SAP CRM) que serão

enviados para o serviço.

Figura 4.3 campos enviado pelo serviço para consulta no SAP CRM

Page 79: tcc_v4

63

Figura 4.4 campos enviado pelo CRM referente à consulta feita pelo serviço

No programa soapUI (figura 4.5) é demonstrado o XML enviado pelo SAP

PI com a resposta da consulta feita no SAP CRM também no formato

XML, observe que é o mesmo conteúdo do arquivo demonstrado na figura

4.4 referente ao interfacemento da resposta feita pelo Middleware – SAP

PI.

Page 80: tcc_v4

64

Figura 4.5 resposta enviada pelo SAP CRM ao serviço

Para conclusão do teste, basta verificar se realmente existe no SAP CRM

a pesquisa, isso pode ser feito na seguinte forma, pegar o valor do campo

OBJECT_ID (1000235477) do XML de resposta (figura 4.5) e na

transação CRMD_ORDER (figura 4.6) e consultar.

Page 81: tcc_v4

65

Figura 4.6 consulta da pesquisa no SAP CRM

Observe que os valores são os mesmos, o serviço de consultar pesquisas

pendentes está funcionando corretamente.

5.2 SERVIÇO PARA MODIFICAR PESQUISA

Na figura 4.7 é demonstrada a pesquisa 1000235477 na transação

CRMD_ORDER do SAP CRM, será feita uma modificação nesta pesquisa

através do serviço ZCRM_SET_VAULES_TASKS.

Figura 4.7 consulta de pesquisa no SAP CRM

Page 82: tcc_v4

66

Conforme é demonstrado na figura 4.8 foi importado no programa soapUI

o arquivo WSDL referente ao serviço ZCRM_SET_VAULES_TASKS

responsável pela modificação das pesquisas. A modificação será feita na

pesquisa 1000235477, isso foi informado no campo I_OBJECT_ID,

juntamente com os demais campos correspondem as modificações.

Figura 4.8 serviço para modificar tarefa

Na tabela 10 temos os campos do serviço ZCRM_SET_VAULES_TASKS

informado para modificação.

Campo DescriçãoI_MOTIVO Motivo da modificaçãoI_OBJECT_ID Id da pesquisaI_USER_SAP Usuário do vendedor no SAP CRM

T_VALUESId das perguntas, resposta e valores da pesquisa.

Tabela 10 campos do serviço ZCRM_SET_VAULES_TASKS

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67

No SAP PI é possível consultar o XML usado para fazer o interfacemento

através da transação SXI_MONITOR, na figura 4.9 é demonstrado o XML

enviado pelo serviço através do programa soapUI para fazer a consulta no

SAP CRM.

Figura 4.9 XML usado para fazer o interfacemento

Na figura 4.10 temos uma resposta com o resultado da ação no campo

E_RETURN feita no SAP CRM, essa resposta será enviada ao serviço.

Figura 4.10 XML com a resposta do SAP CRM

No programa soapUI responsável em executar o serviço de modificação

da pesquisa é demonstrado o XML (figura 4.11) enviado pelo SAP CRM

no qual SAP PI fez o interfaceamento com a resposta da ação também no

formato XML, observe que é o mesmo conteúdo do arquivo demonstrado

na figura 4.10 referente a resposta do SAP CRM no qual o

interfaceamento foi feita pelo Midiware – SAP PI.

Page 84: tcc_v4

68

Figura 4.11 XML (modificação de pesquisa) com a resposta do SAP CRM

Para conclusão do teste, basta verificar se realmente a pesquisa foi

modificada no SAP CRM, isso pode ser feito na seguinte forma, pegar o

valor do campo OBJECT_ID (1000235477) do XML de resposta e na

transação CRMD_ORDER do SAP CRM na aba Cuestionario e comparar

os dados antes da execução do serviço (figura 4.7) e com os dados após

a execução do serviço figura 4.12.

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69

Figura 4.12 XML consulta dados modificados no SAP CRM

Os dados foram modificados, isso indica que o serviço para modificar

pesquisas está funcionando corretamente.

Page 86: tcc_v4

70

5.3SERVIÇO PARA CRIAÇÃO DE PESQUISA.

Conforme é demonstrado na figura 4.13 foi importando no programa

soapUI para teste do serviço o arquivo WSDL referente ao serviço

ZCRM_CREATE_TASKS responsável pela criação de pesquisas.

Figura 4.13 XML resultado da consulta

Na tabela 11 temos os campos obrigatórios do serviço

ZCRM_CREATE_TASKS.·.

Campo DescriçãoI_MOTIVO_SUB_TASK Motivo da sub pesquisaI_OBJECT_ID Id da pesquisaI_PROCESS_TYPE Tipo de pesquisa a ser criadaID_SUB_TASK Id da sub pesquisa

Page 87: tcc_v4

71

I_TASKInformações de cabeçalho da pesquisa.

Tabela 11 campos do serviço ZCRM_SET_VAULES_TASKS

Na figuras 4.14 é demonstrado o arquivo XML com os dados enviado pelo

serviço para criação de uma nova pesquisa, monitorado na transação

SXI_MONITOR do SAP - PI.

Figura 4.14 consulta no SAP PI do XML com dados de criação de pesquisa

Na figura 4.15 temos o arquivo XML com a resposta do SAP CRM,

observe que os campos E_OBJECT_ID e I_RETURN tem a resposta da

ação feita no SAP CRM.

Figura 4.15 consulta no SAP PI do XML com dados de resposta do SAP CRM

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72

Na figura 4.16 é demonstrado no programa soapUI a resposta do SAP

CRM informado que a pesquisa 1000235525 foi criada (campo

E_OBJRCT_ID) e os campos informados na criação foram atualizados no

sistema.

Figura 4.16 consulta no SAP PI do XML com dados de resposta do SAP CRM

Para conclusão do teste basta checarmos na transação CRMD_ORDER

do SAP CRM se a pesquisa 1000235525 foi realmente criada (figura

4.17).

Figura 4.17 – pesquisa criada.

Page 89: tcc_v4

73

CONCLUSÃO

A integração de sistemas empresarias tem ajudado as organizações na

resolução de muitos problemas criando interfaces de comunicação onde

dois ou mais sistemas podem transportar e tratar dados de maneira

rápida, como por exemplo, um site de comercio eletrônico (e-Commerce)

onde tem mais de dois sistemas envolvido: o sistema do varejista ou

lojista, o sistema do banco, o sistema da financeira do cartão de crédito do

consumidor, etc.

Na empresa Fantasia fizemos o uso da EAI e alçamos o objetivo mudando

a forma de pesquisa de satisfação dos clientes, passando de papel

impresso para informatizada através de um aplicativo instalado no

notebook ou celular dos venderes, disponibilizando informações no SAP

CRM facilitando assim aos gestores trabalharem com informações

atualizadas dos seus clientes e produtos.

Para alcançar esse objetivo fizemos uso do Middleware SAP PI onde foi

criado a interface de comunicação entre o SAP CRM e as aplicações

mobile e desktop.

No início do projeto tínhamos como objetivo de fazer a pesquisa por e-

mail onde seria enviado e-mail para os clientes e quando eles

respondessem os e-mails seriam enviados automaticamente para uma

conta de e-mail que antes passaria pelo SAP PI e posteriormente passaria

os dados ao SAP CRM. Isso foi mudado devido à responsabilidade maior

seria do cliente e muitas vezes ele poderia não ter a disposição em

responder esses e-mails.

A comunicação entre o SAP PI e o SAP CRM foi feita através de RFC,

apesar de conseguirmos alcançar o objetivo e aplicação está funcionando

corretamente, essa não é melhor forma de comunicação. O uso de RFC é

recomentado quando não ha necessidade de desenvolvimento no lado do

receptor dos dados no caso o SAP CRM, ou seja, normamente sistemas

SAP tem um conjunto de RFC prontas que disponibilizam as ações e

resultados que são obtidos através das transações, como foi necessário

desenvolvimento a melhor forma de comunicação era através de proxy, a

única mudança no cenário da interface seria no Integration Directory –

Page 90: tcc_v4

74

Configuration onde ao invés de criar um canal de comunicação do tipo de

RFC seria um canal do tipo proxy, e toda lógica que foi desenvolvida na

RFC seria feita no proxy.

Foram criados três serviços, um para criação de pesquisa, outro para

modificação de pesquisa e outro para pesquisar as pesquisas pendentes

relacionada ao vendedor, mas era possível fazer isso com apenas um

serviço, mas como foram criadas três RFC’s foi necessário três serviços.

O desenvolvimento da aplicação seguiu as orientações do responsável

pelo projeto, foi sugerido o uso do proxy, mas ele achou melhor não

mudar o que foi traçado.

Durante a elaboração da solução houve dificuldade de entender o objetivo

da solução já que não houve tempo pelos responsáveis do projeto em

elaborar uma documentação funcional, e para superar essas dificuldades

foram criados todos os cenários possíveis no SAP CRM e através desses

cenários foi feito a engenharia reversa onde foi analisado o código fonte e

dessa forma descobrimos quais classes e funções atualizavam ou

despolitizavam dados das tabelas standard do SAP CRM.

Após pesquisar e trabalhar na solução de um problema percebi que a um

leque de opções quando se faz uso de EAI por isso é importante ter todo

o cenário desenhado e uma documentação funcional bem elaborada para

auxiliar o time de desenvolvedores escolherem a melhor opção.

Page 91: tcc_v4

75

REFERÊNCIAS.

BRASIL, SAP. http://www.sap.com/brazil. DETALHES TÉCNICOS DO SAP NetWeaver. [Online] [Citado em: 27 de 09 de 2011.] http://www.sap.com/brazil/platform/netweaver/technicaldetails/esa.epx.—. SOFTWARE CRM (CUSTOMER RELATIONSHIP MANAGEMENT) DA SAP. SAP - BRASIL. [Online] [Citado em: 27 de 09 de 2011.] http://www.sap.com/brazil/solutions/business-suite/crm/crm-relacionamento-com-clientes.epx.

Krüger, Horst Keller and Sascha. 2010. ABAP Objects: ABAP Programming in SAP NetWeaver. s.l. : SAP Press, 2010.

Nicolescu, Valentin. 2011. Pratical Guide to SAP NetWeaver PI Development. s.l. : SAP Press, 2011.

Rezende, Denis Alcides. 2005. ENGENHARIA DE SOFTWARE E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. 3ª. Rio de Janeiro : Brasport, 2005. p. 324.—. 2007. PROJETO PETI - PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Nove D Consultoria em Informática Ltda. 13 de 10 de 2007, p. 13.SCHNEIDER, ALESSANDRO VINICIOS. 2005. Universidade Federal do Paraná - Setor de Ciências Agrárias - Curso de Engenharia Florestal. http://www.floresta.ufpr.br/. [Online] 2005. [Citado em: 03 de 09 de 2011.] http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/pdf_ms/2005/d438_0584-M/.

Wallacher, Sam Raju e Claus. 2010. B2B Integrations Using SAP NetWeaver PI. s.l. : SAP Press, 2010.