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IGREJA EVANGÉLICA MINISTÉRIO PALAVRAS DE VIDA
Seminário Teológico Básico Instituto Vida
Hadassa Uma rainha Chamada Ester
Rio de Janeiro – Março de 2011
SUMÁRIO
Introdução
O Antigo Testamento é composto por 39 livros que são divididos
em 4 estilos literário: Pentateuco, Históricos, Poéticos e Proféticos. O
objetivo deste trabalho é apresentar os escritos que compõe os livros
históricos em especial o de ESTER.
Os livros históricos da bíblia no Antigo Testamento narra as
histórias do povo de Israel após a conquista da terra prometida até
próximo a chegada de Jesus. Passando pela constituição da monarquia,
pelos anos de vitória e derrotas e o fim de um reino dividido.
O grupo de livros que compõem os históricos são: Josué, Juízes,
Rute, 1° Samuel, 2° Samuel, 1° Reis, 2° Reis, 1° Crônicas, 2° Crônicas,
Esdras, Neemias e Ester.
Tema
Ester relata como a nação judia foi salva do extermínio.Isso explica
um dos feriados mais importantes dos judeus, a Festa do Purim. A
palavra “Purim” significa “sortes “ e refere-se ao sorteio que Hamã faz
para decidir o dia do massacre dos judeus (9:26-31; 3:7). Comemora-se
o Purim no 14º e 15º dias do último mês do calendário judaico
( fevereiro-março). Em geral, os judeus jejuam no 13º dia anterior à
celebração em memória do jejum de Ester (Et 4:16). Na noite do Purim,
lêem o livro de Ester em público, na sinagoga. No dia seguinte, eles
encontram-se de novo na sinagoga para orar e ler a lei. O resto do dia e
o dia seguinte são devotados a uma grande e alegre celebração e troca
e presentes. O Antigo Testamento não traz nenhuma autorização do
Senhor para essa festa, mas os judeus a guardam fielmente há séculos.
Contextualização de Cada Livro
Os livros foram escritos em vários períodos diferentes e contam as
fases diferentes que o povo passou em que com os reis, juízes e outros
lideres da época
Josué
É uma continuação da historia do Pentateuco. Josué quer dizer
“Javé é a Salvação”. Josué filho de Num, da tribo de Efraím,
acompanhou Moisés ao monte Sinai; tomou parte na expedição de
reconhecimento de Canaã. Guardou firme confiança no Senhor; por isso
Josué e Caleb foram os únicos homens que, tendo saído do Egito,
entraram na Terra Prometida.
Juízes
A síntese deste livro é: quando Israel é infiel à Aliança, Deus o
entrega a seus inimigos; quando se arrepende e volta à Deus, pode
gozar de novo livremente da terra. Sem governo central e sem chefe
forte, as tribos de Israel encontravam na religião o vinculo que as unia
entre si e que mantinha a consciência da sua identidade nacional.
Rute
Mais do que história propriamente dita, esse livro se apresenta
como modelo de vivência da fé diante de situações difíceis na vida
pessoal.
Esse livro conta narra a história de uma moabita que acreditava no
Deus de Israel, um comparativo da graça de Deus para com o gentios.
Samuel
Esses livros registram a transição do período dos juízes para a
época de estabelecimento da monarquia. Samuel foi o ultimo juiz e o
primeiro profeta nacional.
Reis
É uma só obra narra a historia de Israel desde Salomão até o
exílio babilônico. Cada Rei é apresentado de uma forma bem definida:
reis maus por terem praticados ou permitido a idolatria, bons por terem
combatido a idolatria, mas deixaram subsistir o culto nos bosques e
ótimos por terem combatido a idolatria e o culto nas colinas.
Crônicas
Os livros atribuem grande importância a: Genealogia, Instituições
de culto, sacerdotes e levitas, principalmente músicos, cantores,
porteiros. Os dois livros das Crônicas constituem um livro só é a mesma
historia de Samuel e Reis mas numa perspectiva mais estritamente
religiosa.
Esdras e Neemias
Vão ser os braços de Deus para restaurar o culto e a unidade
política e cultural de Israel depois do exílio. Muitas vezes são radicais,
pois a situação o exige, é a fé que os move e não o legalismo.
Constituem também uma só obra de dois grandes profetas.
Referem-se aos acontecimentos relativos à volta do povo exilado na
Babilônia para a Terra Santa e à restauração da vida religiosa e civil
desse povo. Período de grandes lutas do povo judeu, o entusiasmo e a
alegria daqueles que voltaram à pátria, viram-se preocupados com os
estrangeiros que lá estavam.
Ester
O principal objetivo desse estudo, o livro Ester narra à tentativa de
assassinato do rei Xerxes I (Assuero é um título dado aos governadores
Persas assim como foraó no Egito) e o extermínio do povo judeu por
parte de Hamã que não obteve êxito, dando origem a um dos feriados
mais importante para os judeus.
Quem foi Ester
O livro de Ester narra a historia de uma jovem judia muito bela e
formosa de nome Hadassa cujo significado é Murta que é igual a
arbusto de folhas pequeninas e flores perfumosas, símbolo de coisas
belas e agradáveis, órfã de pai e mãe, foi criada pelo primo como filha.
Assim como outros judeus Hadassa estava no exilo babilônico entre 486
a.C a 465 a.C e muitos deles espalhados entre as províncias dominadas
pelos Persa, quando o rei Xerxes proclamou ordens para recrutar novas
virgens para seu harém (Et 2), então seu primo Mardocai a levou para
cidadela de Susã onde a incluiu no grupo de jovens escolhidas para
servir ao rei. Nessa oportunidade seu primo trocou-lhe o nome de judia
Hadassa para Ester (Estrela) e a orientou a não revelar rua cidadania,
pois temia que pudesse lhe ocorrer algum mau.
A partir desse período Ester passou a viver no palácio real entre as
virgens do reino, por se destacar entre as belas Assuero a escolheu
para ser sua rainha, substituindo a rainha Vasti que, ao ser convocada,
se recusara a comparecer diante do rei (Et 1.12). Ester era uma rainha
sem poder nem privilégios. Ela não podia sequer aproximar se do rei
sem corre o risco de vida, a não ser que fosse convocada por ele, e
ainda dividia as atenções do rei com centenas de outras mulheres.
O grande feito de Ester foi arriscar-se valente mente para salvar a
vida de seu povo, mesmo que para isso perde-se a sua vida.
Ester é Proclamada Rainha
Após um ano de preparo (Et 2.12), com essências e especiarias
Ester foi levada diante do rei que se agradou em ver tanta beleza que a
favoreceu colocando-lhe uma coroa real tornando-a rainha em lugar de
Vasti. Ester era uma rainha sem poder nem privilégios. Ela não podia
sequer aproximar se do rei sem corre o risco de vida, a não ser que
fosse convocada por ele, e ainda dividia as atenções do rei com
centenas de outras mulheres. Após a coroação de Ester o rei Assuero
deu um grande banque em sua homenagem, apresentando para todos
os nobres a sua nova rainha.
A cospiração
Ester mantinha o costume de se comunicar com seu tio Mardocai,
pois ele permanecia próximo aos portões do palácio para certificar-se
que tudo ia bem com Ester. Em um desses momento Mardocai escuta
dois Oficiais conspirando para assassinar o rei ( Et 2.21), ele então
informa a Ester que em seu nome transmite ao rei que manda investigar
e certifica a veracidade dos fatos e manda enforcar o oficiais ficando
registrado nos documentos reais.
Após esses acontecimentos, Hamã, filho de hemedata, é elevado
à posição de mais honraria entre os nobres e isso lhe sobe a cabeça
exigindo que todos se curvassem diante dele, Mardocai, judeu temente
a Deus não se curvava diante de Hamã, isso o deixava furioso,
decidindo então destruir todos os judes.
Hamã da inicio ao seu plano de extermino escolhendo a data na
sorte para execução dos judes (pur = lançar a sorte), sendo escolhido o
décimo segundo mês, o mês de adar, assim com satanás, Hamã mentiu
sobre os judeus para o rei e pediu autorização para matá-los. O rei sem
saber que sua rainha era judia deu autorização a Hamã para exterminar
todos os judeus do seu império.
O Poder da Oração
Ao saber do decreto real para exterminar os judeus, Ester solicita a
Mardocai que mande o povo jejuar por três dias e três noites em seu
favor, pois iria comparecer diante do rei sem sua permissão. Havia uma
lei em que qualquer homem o mulher que se aproxima do rei no pátio
interno sem ser chamado seria morto. (Et 4.11).
Ester recebe permissão do rei para falar e simplesmente o convida
para um banquete na companhia de Hamã. Em uma noite emque o rei
teve seu sono perturbado pelas orações dos justo, pede para ler suas
crônicas e descobre que não havia honrado o homem que havia lhe
salvado a vida. Hamã que havia chegado no pátio do palácio naquele
momento é interrogado a respeito do que deveria ser feito, e achando
que o rei queria honrá-lo sugeriu algo tremendo, sendo surpreendido
com a ordem do rei de honrar a Mardocai (Et 6.10) podemos ver aqui o
poder da oração do justo que pode muito em seus efeito, pois toda
injustiça tramada contra os filhos de Deus não prevalece.
O Inimigo é Derrotado
Após ter participado dos banquetes que a rainha Ester havia
oferecido o rei Xerxes pergunta a rainha qual era o seu desejo, então
com muita coragem ela declara sua cidadania judia e pede a
misericórdia do rei para ela e seu povo, apontando como mentor do
plano de execução a Hamã (Et 7.6) A perplexidade de Hamã é tanta ao
saber que a rainha é judia e que havia conspirado contra ela e o rei, que
passa ele mesmo implora para não morrer. No entanto o rei manda
enforcar Hamã na forca que ele mesmo havia preparado para Mardocai.
Por mais que o diabo tente se levantar contra o povo de Deus, ele
se levanta para tornar a cair, assim é e será com todo aquele que se
levantar contra o povo de Deus.
Os judeus precisavam ainda de uma nova ordem para anular a
anterior, mais como não poderia ser revogada uma ordem real selada
com o anel do rei Mardocai pediu a rei autorização para que os judeus
se defende-se de seus inimigos e defendessem suas mulheres, filhos e
bens de qualquer povo que pudesse colocar em risco suas vidas, e
assim foi concedido pelo rei.
Aprendemos aqui com a rainha Ester que antes de qualquer
batalha devemos ter uma estratégia definida, levantar um altar de
oração e aguardamos o tempo de Deus para agirmos e assim
obteremos a vitória.
Podemos entender com isso que mesmo que uma sentença de
morte esteja sobre o Israel de Deus, para o Rei dos reis nada é
impossível ou irrevogável, pois e sua misericórdia dura para sempre.
A vitória da Fé
Ester sabia que seu povo não teria nenhuma chance de vencer os
exércitos do rei Xerxes, por isso usou de sabedoria para reverter à
situação a seu favor e poder salvar seu povo. O que chama atenção na
atitude de Ester é o posicionamento adotado diante de uma situação tão
delicada, como rainha ela poderia permanecer calada e ser poupada da
execução, pois já havia perdido sua família uma vez, mais sua postura
firme e decidida mostrou que a fé na palavra de Deus ainda é a melhor
arma contra qualquer exército.
A Comemoração do Purim
Os dois dias catorze e quinze do mês de adar foram dias de
grande alívio e júbilo para os judeus em todas as regiões do império
persa porque tendo destruído seus inimigos na véspera, eles puderam
descansar, aliviados nesses dias.
O versículo 20 começa com as palavras "e Mardocai escreveu
essas coisas", o que é uma boa indicação de que o livro pode ter sido
escrito por ele, ou baseado no seu relatório.
Com a grande autoridade que agora tinha, Mardocai enviou cartas
a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei
Assuero, ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês de adar
e o dia quinze do mesmo, todos os anos, pois, como ele disse, foi
quando os judeus tiveram repouso dos seus inimigos e o mês que se
lhes mudou de tristeza em alegria e de luto em dia de festa.
A celebração deveria ser na forma de banquetes e de alegria,
dando presentes uns aos outros e fazendo dádivas aos pobres. Isso nos
lembra a celebração do Natal, que atualmente é feita tradicionalmente
dois meses antes nos países de influência cristã.
Os judeus prontamente se encarregaram de instituir esses dias de
festa conforme Mardocai lhes havia escrito, e deram a esses dois dias o
nome de Purim, do nome Pur em língua persa, que significa fazer
sorteio, como ironia pelo sorteio mediante o qual Hamã havia decidido o
dia em que ia aniquilar os judeus.
Esses dois dias seriam guardados todos os anos, perpetuamente,
pelos judeus no mundo inteiro, para que a memória desses fatos nunca
caísse no esquecimento.
Depois disso, também a rainha Ester escreveu com Mardocai, com
veemência, para que os judeus por toda a parte do reino de Assuero
confirmassem pela segunda vez esta carta de Purim, assim como
haviam atendido quando lhes foi pedido jejum e houve clamor por todos
eles. Foi ainda escrito um livro incluindo o mandado de Ester com
respeito ao Purim.
Conclusão
Podemos concluir través do livro de Ester que Deus usa como,
onde e quando quer as pessoas. Muitas das vezes nos omitimos em
fazer a vontade do Senhor, negligenciando sua palavra e
desobedecendo aos seus mandamentos e vontade e em alguns
momentos negando sua existência.
O livro mostra que devemos estar preparados para sermos usados
por Deus, no caso de Ester ela pertencia a um povo cativo e foi
colocada no palácio do rei para interceder pelo seu povo. A pergunta é
será que foi acaso? Não, os planos de Deus não podem ser frustrados,
no caso da rainha Ester Deus a colocou ali para ser usada no momento
em que mais o povo precisa-se, e ela não teve medo, assim que foi
chamada a responsabilidade colocou-se diante do perigo para ser
usada. Será que estamos dispostos a sermos usados como Deus usou
Ester, a ponto de darmos nossas vidas a favor da nossa gente.
Nos dias de hoje são poucos os cristão que estão disposto a esse
sacrifício, muitas das vezes não temos coragem nem de orar pelo irmão
que está próximo, o que dirá morrer por ele. Ester não só orou colo
correu o risco de morrer por seu povo.
Em salmos 37 diz que os ímpios tramam contra os justos e rosnam
contra eles; o Senhor porém, ri dos ímpios, pois sabe que o dia deles
está chegando. Hamã havia planejado contra o povo de Deus e todo seu
mau voltou-se para ele. Neste mesmo salmo a palavra diz que Deus
ama a justiça e que não abandona os fies que para sempre são
protegidos. No tempo da rainha Ester, eles não tinham o livro e salmos
para ler essas coisas e Jesus não havia vindo e mesmo assim sabiam
que Deus poderia guardá-los das mão dos inimigos assim como já havia
feito quando os retirou do Egito.
Ester foi uma mulher que mostrou que o melhor lugar para um
cristão estar é na presença de Deus aguardando com sabedoria a hora
em que Deus vai precisar de seus serviço, e quando for chamado agir
com coragem e sabedoria.