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    1 - REGIME GERALO regime normal de tributao do imposto sobre a renda das pessoas jurdicas,ou equiparadas, o lucro real.Com o passar do tempo, o legislador tributrio, atento s complexidades da apurao dolucro real e dimenso das empresas, criou outros regimes de tributao, como o lucro

    presumido e o Simples.Essas formas de tributao so opes do contribuinte e esto subordinadas a certascondies.Todas as empresas, independentemente de seu porte, atividade ou faturamento podemser tributadas pelo lucro real.

    2 - REGIME OBRIGATRIOAlgumas empresas so, necessariamente, tributadas pelo lucro real, seja em razo dareceita bruta, da atividade desenvolvida, da origem dos lucros, de benefcios fiscais

    relativos iseno ou reduo do imposto ou por terem recolhido o imposto pelo regimede estimativa mensal, durante o exerccio.Segundo artigo 14 da Lei N 9.718, de 27 de novembro de 1998, esto obrigadas aapurao do lucro real as pessoas jurdicas:

    i. Cuja receita bruta total, no ano-calendrio anterior, seja superior ao limite de R$48.000.000,00, ou proporcional ao nmero de meses do perodo, quando inferior a dozemeses;

    ii. Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancosde desenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento einvestimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valoresmobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios. Empresas dearrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e decapitalizao e entidades de previdncia privada aberta;

    iii. Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

    iv. Que autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefcios fiscaisrelativos iseno ou reduo do imposto;

    v. Que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado pagamento mensal peloregime de estimativa;

    vi. Que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de servios deassessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, administraode contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultantes de vendasmercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring).

    3 - CONCEITO LUCRO REAL

    a base de clculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contbeis e

    fiscais efetuados sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais.Data de Apurao

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    Para efeito da incidncia do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurdicasdeve ser apurado na data de encerramento do perodo de apurao que encerra-se:

    a) Nos dias 31 de maro, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro, no caso deapurao trimestral do imposto de renda;

    b) No dia 31 de dezembro de cada ano-calendrio, no caso de apurao anual do

    imposto de renda;c) Na data da extino da pessoa jurdica, assim entendida a destinao total de seuacervo lquido;

    d) Na data do evento, nos casos de incorporao, fuso ou ciso da pessoa jurdica.

    3.1 - PRINCIPAIS CARACTERSTICASSo caractersticas especiais da tributao com base no lucro:Balano PatrimonialO regime de tributao com base no lucro real exige o levantamento de BalanosPatrimoniais, fundamentados nas normas das legislaes comerciais e fiscais e deacordo com os Princpios Fundamentais de Contabilidade.

    Os Balanos so levantados ao final de cada trimestre ou de cada ano, de acordo com operodo de apurao escolhido pela pessoa jurdica.Apurao do Lucro RealO Lucro Real apurado a partir do lucro efetivo da pessoa jurdica, ou seja, do resultadodas receitas, ganhos e rendimentos auferidos, deduzidos dos custos, das despesas e das

    perdas, demonstrados atravs da escrita contbil.O lucro real corresponde ao resultado contbil ajustado pelas adies e excluses oucompensaes estabelecidas em lei, que so feitas extracontabilmente atravs do Livrode Apurao do Lucro Real - LALUR.Pagamento do Imposto de RendaO Imposto de Renda pago:

    a) Trimestralmente, em quota nica ou em at 3 parcelas mensais, iguais econsecutivas, se a empresa optar pela apurao trimestral do imposto;

    b) Mensalmente, pelo regime de estimativa, se a empresa optar pela apurao anual doimposto.

    Nesse caso, se apurada diferena positiva entre o imposto estimado pago e o devidoanualmente, esta dever ser recolhido at o ltimo dia til de maro do ano-calendrioseguinte.3.2 - PRINCIPAIS VANTAGENSA forma de tributao com base no lucro real implica as principais vantagens:Clculo do Imposto com Base no Lucro Efetivo

    Como o imposto incide sobre o lucro efetivo da pessoa jurdica, no existe possibilidadede pagamento a maior ou a menor do que o devido.Compensao de PrejuzosO imposto somente devido se o resultado for positivo. Ocorrendo prejuzos fiscais, a

    pessoa jurdica fica dispensada do pagamento do imposto. Alm disso, permitida acompensao total dos prejuzos contbeis nos perodos de apurao subsequentes deforma a no prejudicar a situao patrimonial da pessoa jurdica.Entretanto, os prejuzos fiscais possuem limite de compensao equivalente a 30% dolucro real apurao no perodo.Diferimentos de Lucros e Ganhos e Apropriao de Despesas IncorridasO lucro real consagra o Regime de Competncia para tributao das receitas,

    rendimentos, lucros e ganhos e para deduo de despesas, custos e perdas.

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    Em funo disso, as receitas apenas devem ser includas na apurao do resultado doperodo em que forem auferidas e as despesas no perodo em que incorrerem, sendoirrelevante o recebimento ou pagamento das mesmas.Opo por Incentivos FiscaisO lucro real o nico regime de tributao que permite o gozo dos diversos incentivos

    fiscais estabelecidos pela legislao do Imposto de Renda, tais como:a) Iseno ou Reduo do Imposto;b) Depreciao ou Amortizao Acelerada Incentivada;c) Aplicao no FINOR, FINAM, FUNRES e em Depsitos para Reinvestimentos;d) Benefcios decorrentes das doaes ao Fundo de Apoio Criana e ao Adolescente,

    Cultura e ao Cinema, ao Programa de Alimentao do Trabalhador, etc.Distribuio aos Scios do Lucro EfetivoComo obrigatria a determinao do lucro atravs da escriturao contbil, a pessoa

    jurdica no corre o risco de distribuir lucros alm do valor efetivo e os scios,acionistas e titular da pessoa jurdica podem conferir a apurao desses lucros.3.3 - PRINCIPAL DESVANTAGEM

    A principal desvantagem do lucro real decorre da obrigatoriedade de escrituraescomercial e fiscal.A apurao do lucro real demanda uma estrutura administrativa mais complexa, poismuitos so os documentos e livros exigidos pela fiscalizao, obrigando a empresa a tercontrole de todo movimento financeiro, administrativo, de estoques, de produo, decomercializao, etc.4 - PESSOAS JURDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL - ANO-CALENDRIODE 2001Esto obrigadas ao regime de tributao com base no lucro real, em cada ano-calendrio, as pessoas jurdicas:

    a) Cuja receita total, ou seja, o somatrio da receita bruto mensal, das demais receitase ganho de capital, dos ganhos lquidos obtidos em operaes realizadas nos mercadosde renda varivel e dos rendimentos nominais produzidos por aplicaes financeiras derenda fixa, da parcela das receitas auferidas nas exportaes s pessoas vinculadas ouaos pases com tributao favorecida que exceder ao valor j apropriado na escrituraoda empresa, na forma da IN SRF n. 38, de 1997, no ano-calendrio anterior, sejasuperior ao limite de R$24.000.000,00 (vinte e quatro milhes de reais), ou deR$2.000.000,00 (dois milhes de reais) multiplicado pelo nmero de meses do perodo,quando inferior a doze meses;

    b) Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos dedesenvolvimento, caixas econmicas, sociedades de crdito, financiamento e

    investimento, sociedades de crdito imobilirio, sociedades corretoras de ttulos, valoresmobilirios e cmbio, distribuidoras de ttulos e valores mobilirios, empresas dearrendamento mercantil, cooperativas de crdito, empresas de seguros privados e decapitalizao e entidades de previdncia privada aberta;

    c) Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;d) Que, autorizadas pela legislao tributria, usufruam de benefcios fiscais relativos

    iseno ou reduo do imposto;e) Que, no decorrer do ano-calendrio, tenham efetuado pagamento mensal do

    imposto de renda, determinado sobre a base de clculo estimada, na forma do art. 2 daLei n. 9.430, de 1996;

    f) Que explorem as atividades de prestao cumulativa e contnua de servios de

    assessoria creditcia, mercadolgica, gesto de crdito, seleo e riscos, administrao

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    de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditrios resultantes de vendasmercantis a prazo ou de prestao de servios (factoring).

    As pessoas jurdicas, que se encontram nas situaes descritas nas alneas "a" e "c" e "e"acima, podero optar, durante o perodo em que submetidas ao Programa de

    Recuperao Fiscal (Refis), pelo regime de tributao com base no lucro presumido.

    5 - APURAO DO IMPOSTO DE RENDA COM BASE NO LUCRO REALAs pessoas jurdicas devero apurar trimestralmente o imposto de renda com base nolucro real. Opcionalmente, as pessoas jurdicas tributadas com base no lucro real,

    podem efetuar, mensalmente, o pagamento do imposto de renda devido no curso doano-calendrio calculado sobre base de clculo estimada, realizando a apuraodefinitiva apenas ao final do ano-calendrio ou na data do evento, caso ocorra fuso,ciso, incorporao ou extino da pessoa jurdica.Esta opo alcana, inclusive, as pessoas jurdicas que em qualquer trimestre do ano-calendrio tenham arbitrado o lucro ou tenham se utilizado da faculdade de suspender

    ou reduzir o valor dos pagamentos mensais, mediante a elaborao de balanos oubalancetes mensais.Incide multa de ofcio de 75% (setenta e cinco por cento) sobre os valores do impostodevidos e no pagos, calculados sobre a base de clculo estimada, ainda que apurado

    prejuzo fiscal no encerramento do perodo de apurao (ajuste anual), salvo secomprovado que a insuficincia de pagamento decorreu do levantamento do balano ou

    balancete de suspenso ou reduo.6 - DETERMINAO DA BASE DE CLCULO ESTIMADAPERCENTUAIS DE ESTIMATIVAATIVIDADE | % |Revenda para consumo de combustveis derivados de petrleo, lcool etlico carburante

    e gs natural | 1,6 |* Venda de mercadorias * Servios hospitalares * Venda de produtos de fabricao

    prpria ou industrializao por encomenda * Atividade imobiliria * Transporte decargas * Atividade rural * Representao Comercial conta prpria * Outrasatividades no caracterizadas como de prestao de servios | 8 |

    * Servios de transporte, exceto de cargas * Instituies financeiras e equiparadas| 16 |

    Servios de: * Sociedades civis, relativos a profisso legalmente regulamentada *Intermediao de negcios * Administrao, locao ou cesso de bens imveis,mveis e direitos de qualquer natureza * Construo por administrao ou empreitada

    unicamente de mo-de-obra * Representao comercial por conta de terceiros *Factoring * Prestao de qualquer outra espcie de servios | 32 |6.1 - Aplicao dos PercentuaisOs percentuais de estimativa so aplicados sobre a receita bruta da(s) atividade(s)integrante(s) dos objetivos sociais da empresa, conforme expresso no Contrato Social.Exemplo:Receita Bruta no ms de Janeiro/2001 do Transporte de Passageiros: R$ 120.000,00Percentual Estimado de Lucro: 16%Lucro Estimado sobre Receita Bruta: 16% de R$ 120.000,00 = R$ 19.200,00Atividades DiversificadasQuando constar dos objetivos sociais da empresa mais de uma atividade, ser necessrio

    separar as receitas das atividades e aplicar o percentual relativo a cada uma delas. .

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    6.2 - Empresas Prestadoras de ServiosA empresa pode aplicar sobre a receita bruta, para clculo do Lucro Estimado, o

    percentual reduzido de 32% para 16%, no caso dos seguintes servios:a) intermediao de negcios (inclui a corretagem de seguros, de imveis, etc., e a

    representao comercial por conta de terceiros);

    b) administrao, locao ou cesso de bens imveis, mveis e direitos de qualquernatureza;c) construo por administrao ou empreitada unicamente de mo-de-obra;d) prestao de qualquer outra espcie de servios, exceto servios de sociedades de

    profisso legalmente regulamentada;e) Factoring.

    Condies para Reduo do PercentualPara reduzir o percentual de estimativa do lucro de 32% para 16%, necessrioobservar que:

    1) A atividade exercida deve ser exclusivamente a prestao de servios; e2) A receita bruta anual no pode superar R$ 120.000,00.

    Se a receita acumulada at determinado ms exceder o valor de R$ 120.000,00, aempresa deve pagar a diferena do imposto, pelo percentual de 32%, em relao a cadams transcorrido.O recolhimento da diferena ser efetuado at o ltimo dia til do ms subsequentequele em que ocorreu o excesso, sem quaisquer acrscimos legais. Se o prazo no forcumprido, sero devidos os acrscimos legais devidos pela mora.

    6.3 - Receita de AluguisO Lucro Estimado sobre a receita bruta da administrao e locao de imveis prpriosou de terceiros calculado com base nos percentuais de 32% ou 16% (com reduo de50%).Se essas atividades no constarem dos objetivos sociais, a receita de aluguis sertratada como outros resultados positivos.

    6.4 - Adio dos Ganhos e demais Resultados PositivosA base de clculo do Imposto de Renda a soma do resultado dos percentuais deestimativa sobre a receita bruta da atividade com os demais ganhos, receitas erendimentos auferidos durante o ms, tais como:

    a) O ganho de capital na alienao de bens ou direitos do Ativo Permanente;b) O ganho auferido na alienao de ouro no ativo financeiro;c) O ganho de capital obtido na alienao de participao societria permanente em

    sociedade coligada ou controlada ou que permanecer no ativo da pessoa jurdica at otrmino do ano-calendrio seguinte ao de sua aquisio;d) O ganho na devoluo em bens ou direitos sobre o capital social de outra pessoa

    jurdica;e) Os rendimentos em operaes de mtuo, inclusive as realizadas entre pessoas

    jurdicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas, exceto se a muturia forinstituio autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil;

    f) Os ganhos obtidos em operaes de cobertura (hedge) em bolsas de valores, demercadorias e de futuros ou no mercado de balco;

    g) 1/120 do saldo do lucro inflacionrio acumulado em 31-12-95, corrigidomonetariamente at aquela data;

    h) As demais receitas no abrangidas pelas letras anteriores, tais como:

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    * Receitas de locao de imveis, quando este no for o objeto da empresa, deduzidasdos encargos necessrios sua percepo;

    * Os juros ativos, inclusive os equivalentes taxa SELIC para ttulos federaisincidentes sobre impostos e contribuies a serem restitudos ou compensados;

    * As variaes monetrias ativas;

    * As multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurdica, aindaque a ttulo de indenizao, em virtude de resciso de contrato, salvo se tiverem porfinalidade a reparao de danos patrimoniais;

    * Bonificaes por volumes veiculados pelas agncias de publicidade e propaganda;* Descontos financeiros obtidos.

    6.5 - Ganhos na Alienao de BensNas alienaes de bens do Ativo Permanente necessrio apurar o ganho de capital paraadicion-lo base de clculo do imposto devido com base no Regime de Estimativa.O ganho de capital a diferena entre o preo da alienao e o valor contbil do bem oudireito.

    6.6 - Definio de Receita BrutaA receita bruta das vendas e servios compreende o produto da venda de bens nasoperaes de conta prpria, o preo dos servios prestados e o resultado auferido nasoperaes de conta alheia, observando-se que:

    a) As pessoas jurdicas que explorem atividades imobilirias relativas a loteamentosde terrenos, incorporao imobiliria, construo de prdios destinados venda, bemcomo a venda de imveis construdos ou adquiridos para revenda, devero considerarcomo receita bruta o montante efetivamente recebido, relativo s unidades imobiliriasvendidas;

    b) Nos casos de contratos com prazo de execuo superior a um ano, de construopor empreitada ou de fornecimento a preo predeterminado de bens ou servios a seremproduzidos, ser computada na receita bruta parte do preo total da empreitada, ou dosbens ou servios a serem fornecidos, determinada mediante a aplicao, sobre essepreo total, da percentagem do contrato ou da produo executada em cada ms,observado o disposto na alnea "d";

    c) No caso de construes ou fornecimentos contratados com base em preo unitriode quantidades de bens ou servios produzidos em prazo inferior a um ano, a receitadever ser includa no ms em que for completada cada unidade;

    d) A receita decorrente de fornecimento de bens e servios para pessoa jurdica dedireito pblico ou empresa sob seu controle, empresas pblicas, sociedades de economia

    mista ou sua subsidiria, nos casos de empreitada ou fornecimento contratado nascondies do art. 10 e 2 do Decreto-lei n. 1.598, de 1977, ser reconhecida no msdo recebimento;

    e) As receitas obtidas pelas empresas de "factoring", representada pela diferena entrea quantia expressa no ttulo de crdito adquirido e o valor pago, dever ser reconhecidana data da operao.

    6.6.1 - Excluses da Receita BrutaNa receita bruta no se incluem as vendas canceladas, os descontos incondicionaisconcedidos e os impostos no cumulativos cobrados destacadamente do comprador oucontratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos servios seja mero

    depositrio - IPI.

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    As receitas provenientes de atividade incentivada no comporo a base de clculo doimposto na proporo do benefcio a que a pessoa jurdica, submetida ao regime detributao com base no lucro real, fizer jus.

    6.7 - Acrscimos Base de Clculo

    Sero acrescidos base de clculo, no ms em que forem auferidos, os ganhos decapital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas nocompreendidas na atividade, inclusive:

    a) Os rendimentos auferidos nas operaes de mtuo realizadas entre pessoas jurdicascontroladoras, controladas, coligadas ou interligadas;

    b) Os ganhos auferidos na alienao de participaes societrias permanentes emsociedades coligadas e controladas, e de participaes societrias que permaneceram noativo da pessoa jurdica at o trmino do ano-calendrio seguinte ao de suas aquisies;c) A realizao de 1/120 do saldo do lucro inflacionrio existente em 31/12/1995;Os ganhos auferidos em operaes de cobertura (hedge) realizadas em bolsas devalores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balco;

    c) A receita de locao de imvel, quando este no for o objeto social da pessoajurdica, deduzida dos encargos necessrios sua percepo;

    d) Os juros equivalentes taxa do Sistema Especial de Liquidao e Custdia (Selic),para ttulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuies aserem restitudos ou compensados;

    e) As variaes monetrias ativas;f) A diferena entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de

    instituio isenta, a ttulo de devoluo de patrimnio, e o valor em dinheiro ou o valordos bens e direitos que tenha sido entregue para a formao do referido patrimnio;

    g) Os ganhos de capital auferidos na devoluo de capital em bens e direitos

    Ateno:1) Quanto ao clculo dos ganhos de capital, consultar o disposto no art. 4, 1 a 5,

    da IN SRF n. 93, de 1997.2) Nas atividades de compra e venda loteamento, incorporao e construo de

    imveis, as variaes monetrias ativas a que se refere o art. 9 da Lei n 9.718, de1998, sero reconhecidas segundo as normas constantes da IN SRF n 84, de 1979, daIN SRF n 23, de 1983, e da IN SRF n 067, de 1988.

    3) Quanto alnea "g", a partir de 1 de janeiro de 2000, as variaes monetrias dosdireitos de crdito e das obrigaes do contribuinte, em funo da taxa de cmbio, seroconsideradas, para efeito de determinao da base de clculo quando da liquidao da

    correspondente operao. opo da pessoa jurdica, as variaes monetrias poderoser consideradas na determinao da base de clculo pelo regime de competncia, sendoque a opo aplica-se a todo ano-calendrio;

    4) Quanto alnea "h", devero ser aplicadas as normas do inciso I do art. 17 da Lein 9.249, de 1995 aos valores entregues at o final de 1995.

    6.8 - Valores No Integrantes da Base de ClculoNo integram a base de clculo do imposto de renda mensal:

    a) Os rendimentos e ganhos lquidos produzidos por aplicao financeira de renda fixae varivel. Os rendimentos e ganhos lquidos produzidos por aplicaes financeiras derenda fixa e varivel sero considerados na determinao da base de clculo do imposto

    de renda mensal quando no houverem sido submetidos incidncia na fonte ou aorecolhimento mensal previstos nas regras especficas de tributao a que esto sujeitos;

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    b) As recuperaes de crditos que no representem ingressos de novas receitas;c) A reverso de saldo de provises anteriormente constitudas;d) Os lucros e dividendos decorrentes de participaes societrias avaliadas pelo custo

    de aquisio e a contrapartida do ajuste por aumento do valor de investimentosavaliados pelo mtodo da equivalncia patrimonial;

    e) Os juros sobre o capital prprio auferidos.

    6.9 - Determinao do Imposto de Renda Devido - AlquotasAs alquotas do imposto de renda em vigor no ano-calendrio de 2001 so as seguintes:

    a) 15% (quinze por cento) sobre o lucro real apurado pelas pessoas jurdicas em geral,seja comercial ou civil o seu objeto;

    b) 6% (seis por cento) sobre o lucro inflacionrio acumulado at 31 de dezembro de1987, das empresas concessionrias de servios pblicos de energia eltrica etelecomunicaes, das empresas de saneamento bsico e das empresas que exploram aatividade de transporte coletivo de passageiros, concedida ou autorizada pelo poder

    pblico e com tarifa por ele fixada, realizado no perodo de apurao (trimestral ou

    anual) do imposto.

    6.9.1 - AdicionalA parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicao de R$20.000,00 (vintemil reais) pelo nmero dos meses do respectivo perodo de apurao sujeita-se incidncia do adicional, alquota de 10% (dez por cento). Tambm se encontra sujeitaao adicional a parcela da base de clculo estimada mensal, no caso das pessoas jurdicasque optaram pela apurao anual do imposto de renda, que exceder a R$ 20.000,00(vinte mil reais).A alquota do adicional nica para todas as pessoas jurdicas, inclusive instituiesfinanceiras, sociedades seguradoras e assemelhadas.O adicional incide, inclusive, sobre os resultados tributveis de pessoa jurdica queexplore atividade rural. No caso de atividades mistas, a base de clculo do adicional sera soma do lucro real apurado nas atividades em geral com o lucro real apurado naatividade rural.EXEMPLORECEITA | JANEIRO |Revenda de Mercadorias | 175.000,00 |Representao Comercial | 80.000,00 |Rendimentos de Aplicao Financeiras | 12.344,00 |Ganho de Capital Alienao Bens | 11.235,00 |

    1/120 do lucro inflacionrio | 32.523,00 |IR/Fonte s/Representao | 1.200,00 |IR s/Aplicao Financeiras | 1.345,00 |Doao ao Fundo da Criana e do Adolescente | 1.000,00 |Aplicao no Finor | 18% |

    IMPOSTO DE RENDA | R$ |Lucro s/Venda de Mercadorias (8% de R$ 175.000,00) | 14.000,00 |Lucro s/Prestao de servios (32% de R$ 8.000,00) | 25.600,00 |LUCRO ESTIMADO S/RECEITA BRUTA | 32.523,00 |1/120 do Lucro Inflacionrio | 11.235,00 |

    Ganho na alienao de bens | 11.235,00 |BASE DE CLCULO DO IRPJ | 83.358,00 |

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    IMPOSTO DEVIDO (15% de 83.358,00) | 12.503,70 |ADICIONAL DO IMPOSTO (10% de 83.358,00 - 20.000,00) | 6.335,80 |TOTAL DEVIDO | 18.839,50 |Dedues do Imposto | |IR/Fonte s/Servios | 1.200,00 |

    Doao ao Fundo da Criana (1.000,00, limitado a 1% IR devido) | 125,03|IMPOSTO LQUIDO | 17.514,47 |

    | |APLICAO NO FINOR | |Imposto devido | 12.503,70 |Fundo da Criana e do Adolescente | 125,03 |Base de clculo do Incentivo | 12.378,67 |18% de 12.378,67 | 2.228,16 |

    | |IMPOSTO A RECOLHER | |

    Imposto Lquido | 17.514,47 |Aplicao no FINOR DARF cdigo 6677| 2.228,16 |Imposto a Recolher DARF cdigo 2362 | 15.286,31 |

    CONTRIBUIO SOCIAL | |Lucro s/venda de mercadorias (12% de R$ 175.000,00) | 21.000,00 |Lucro s/Prestao de servios (12% de R$ 80.000,00) | 9.600,00 |Aplicaes Financeiras | 12.344,00 |Ganho na alienao de bens | 11.235,00 |Base de Calculo | 54.179,00 |Contribuio Social (9% de 54.179,00) | 4.876,11 |

    Saldo de Incentivo Fiscal para o ms seguinte:Valor da Doao ao Fundo da Criana e do Adolescente ............... 1.000,00Deduo no Ms .............................................................................. 125,03Saldo a Deduzir ............................................................................... 874 97

    7 - SUSPENSO OU REDUO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDAMENSALA pessoa jurdica poder suspender o pagamento do imposto, desde que demonstre queo valor do imposto devido, calculado com base no lucro real do perodo em curso,

    igual ou inferior soma do imposto de renda devido por estimativa, correspondente aosmeses do mesmo ano-calendrio, anteriores quele a que se refere o balano oubalancete levantado.A diferena verificada, correspondente ao imposto de renda apurado a maior, no perodoabrangido pelo balano de suspenso, no poder ser utilizada para reduzir o montantedo imposto devido em meses subsequentes do mesmo ano-calendrio, calculado com

    base na receita bruta e acrscimos.Caso a pessoa jurdica pretenda suspender ou reduzir o valor do imposto devido, emqualquer outro ms do ano-calendrio, dever levantar novo balano ou balancete do

    perodo em curso.7.1 - Suspenso ou Reduo em Janeiro

    O pagamento do imposto de renda relativo ao ms de janeiro de 2000 poder serefetuado com base em balano ou balancete de suspenso ou reduo, se ficar

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    demonstrado que o imposto devido no perodo inferior ao calculado sobre a base declculo estimada.

    7.2 - DirioOs balanos ou balancetes de suspenso ou reduo devero ser levantados com

    observncia das leis comerciais e fiscais e transcritos no livro Dirio at a data fixadapara pagamento do imposto do respectivo ms. Esses balanos ou balancetes somenteproduziro efeitos para fins de determinao do imposto de renda e da contribuiosocial sobre o lucro lquido do perodo em curso.Para os efeitos deste, considera-se perodo em curso aquele compreendido a partir de 1de janeiro ou o do incio de atividade at o ltimo dia do ms a que se referir o balanoou balancete. O imposto devido no perodo em curso o resultado da aplicao daalquota do imposto sobre o lucro real, acrescido do adicional, e deduzido, quando for ocaso, dos incentivos fiscais de deduo e de iseno ou reduo.

    7.3 - Estoques

    Para fins de determinao do resultado contbil, a pessoa jurdica dever promover, aofinal de cada perodo de apurao, levantamento e avaliao de seus estoques, segundoa legislao especfica, dispensada a escriturao do livro Registro de Inventrio. A

    pessoa jurdica que possuir registro permanente de estoques, integrado e coordenadocom a contabilidade, somente estar obrigada a ajustar os saldos contbeis, peloconfronto com a contagem fsica, ao final do ano-calendrio ou do encerramento do

    perodo de apurao, nos casos de incorporao, fuso, ciso ou extino da pessoajurdica.

    7.4 - LALURO resultado do perodo em curso dever ser ajustado por todas as adies determinadas,excluses e compensaes de prejuzos fiscais admitidas pela legislao do imposto derenda. A demonstrao do lucro real relativa ao perodo abrangido pelos balanos ou

    balancetes de suspenso ou reduo dever ser transcrita no Livro de Apurao doLucro Real (Lalur). A cada balano ou balancete levantado para fins de suspenso oureduo do imposto, o contribuinte dever determinar um novo lucro real para o perodoem curso, desconsiderando aqueles apurados em meses anteriores do mesmo ano-calendrio. As adies, excluses e compensaes de prejuzos fiscais computadas naapurao do lucro real, correspondentes aos balanos ou balancetes, devero constar,discriminadamente, na parte A do Lalur, para fins de elaborao da demonstrao dolucro real do perodo em curso, no cabendo nenhum registro na parte B do referido

    livro, onde nesta parte B se incluem os valores que afetaro o Lucro Real de perodos-base futuros, como, por exemplo: Prejuzos a Compensar, Depreciao AceleradaIncentivada,.Ocorrendo apurao de prejuzo fiscal, a pessoa jurdica estar dispensada do

    pagamento do imposto correspondente ao ms em que foi levantado o balano oubalancete de suspenso ou reduo.8 - DEDUO DO IMPOSTO DEVIDOA pessoa jurdica sujeita ao Lucro Real poder deduzir do imposto devido os seguintesincentivos fiscais: Carter Cultural e Artstico, Programa de Alimentao aoTrabalhador, Desenvolvimento Tecnolgico Industrial/Agropecurio, AtividadeAudiovisual, Fundos do Direito da Criana e do Adolescente, Regionais de Reduo

    e/ou Iseno do Imposto, e de Reduo por Reinvestimento;

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    Os incentivos fiscais citados acima, exceo dos relativos a DesenvolvimentoTecnolgico Industrial/Agropecurio, dos Regionais de Reduo e/ou Iseno doImposto, e dos de Reduo por Reinvestimento, podem ser deduzidos do impostodevido calculado sobre base de clculo estimada mensalmente. Podem ser deduzidosainda:

    * o imposto de renda pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a basede clculo do imposto devido;* o pago no exterior sobre lucros disponibilizados, rendimentos e ganhos de capital.

    9 - COMPENSAES DO IMPOSTO DE RENDA DEVIDOA pessoa jurdica poder efetuar as seguintes compensaes:

    * Pagamentos indevidos ou a maior de imposto de renda;* Saldo negativo de imposto de renda de perodos anteriores;* Outras compensaes efetuadas em conformidade com a IN SRF n 21, de 1997, e

    IN SRF n 73, de 1997.As compensaes efetuadas devero ser demonstradas na DCTF.

    DADOS DO EXEMPLOPagamentos por estimativa no curso do perodo

    MS | IRPJ DEVIDO | IR/FONTE COMPENSADO | DEDUO POR INCENTIVO | IRPJ LQUIDO RECOLHIDO |JANEIRO | 18.839,50 | 1.200,00 | 125,03 | 17.514,47 |FEVEREIRO | 29.259,25 | 800,00 | 173,90 | 28.285,35 |MARCO | 42.388,87 | 2.700,00 | 214,14 | 39.474,73 |TOTAL DEVIDO | 90.487,62 | 4.700,00 | 513,07 | 85.274,55 |

    IMPOSTO PAGOMS | IRPJ RECOLHIDO NO DARF | IR/FONTE | TOTAL PAGO |JANEIRO | 17.514,47 | 1.200,00 | 18.714,47 |FEVEREIRO | 28.285,35 | 800,00 | 29.085,35 |MARCO | 39.474,73 | 2.700,00 | 42.174,73 |TOTAL DEVIDO | 85.274,55 | 4.700,00 | 89.974,55 |

    CSLL PAGAMS | CSLL PAGA|JANEIRO | 4.876,11 |

    FEVEREIRO | 7.314,16 |MARCO | 10.971,36 |TOTAL DEVIDO | 23.161,63 |

    RESULTADO DO BALANO DE SUSPENSOPERODO EM CURSO: 1 DE JANEIRO A 30 DE ABRILCLCULO DO IRPJ | R$ |Lucro Contbil de 1 de Janeiro a 30 de Abril, aps a CSLL | 284.857,40 |Adies | 187.450,00 |Excluses | 199.450,00 |LUCRO REAL | 272.857,40 |

    IMPOSTO DEVIDO| |15% de R$ 272.857 ,40 | 40.928,61 |

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    10% de (272.857,40 - 80.000,00) | 19.285,74 |Incentivos ao Fundo da Criana e Adolescncia* | 409,28 |IMPOSTO DEVIDO| 59.805,07 |VALOR PAGO | 89.974,55 |VALOR RECOLHIDO A MAIOR | ( 30.169,48) |

    (*) A deduo do incentivo fiscal menor do que na estimativa (513,07), porque foicalculado sobre o imposto efetivamente devido, enquanto que no pagamento mensal calculado sobre o imposto estimado.At o ms anterior ao balano de suspenso, a empresa pagou (89.974,55) mais Impostode Renda do que devia (59.805,07) no perodo de 1 de janeiro a 30 de abril. Nessecaso, pode suspender o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuio Social sobreo Lucro no ms de abril, com base no balano efetuado em 30 de abril. O balanosuspendeu o pagamento por estimativa no ms de abril. No ms de maio, a empresadeve continuar recolhendo por estimativa ou, se desejar, levantar outro balano ou

    balancete para reduzir ou suspender o pagamento do Imposto de Renda e daContribuio.

    CLCULO DA CSLL | R$ |Lucro Contbil de 1 de Janeiro a 30 de Abril, aps a CSLL | 303.457,00 |Adies | 107.983,00 |Excluses | 178.945,00 |BASE DE CLCULO DA CSLL | 232.495,00 |CSLL DEVIDA (9%) | 20.965,05 |VALOR PAGO | 23.161,63 |VALOR RECOLHIDO A MAIOR | (2.196,58) |

    10 - CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCRO LQUIDO (CSLL)10.1 - AlquotasA partir do ano-calendrio 2001A alquota da CSLL de:9% (nove por cento) para os fatos geradores ocorridos a partir de 1 de fevereiro de2000 at 31 de dezembro de 2002.

    10.2 - Apurao Trimestral da CSLLAs pessoas jurdicas tributadas pelo lucro real trimestral devero apurar trimestralmentea CSLL.A base de clculo da CSLL corresponde ao lucro lquido contbil ajustado pelas adiesdeterminadas, pelas excluses admitidas e pelas compensaes de base de clculo

    negativa at o limite definido em legislao especfica vigente poca da ocorrnciados fatos geradores. O valor da CSLL no poder ser deduzido para efeito dedeterminao do lucro real e prpria base de clculo.

    10.3 - Apurao Anual da CSLL, com recolhimentos mensais sobre a base de clculoestimadaAs pessoas jurdicas tributadas na forma do lucro real anual devero pagar a CSLL,mensalmente, determinada sobre a base de clculo estimada.Os valores de CSLL efetivamente pagos calculados sobre a base de clculo estimadamensalmente, no transcorrer do ano-calendrio, podero ser deduzidos do valor deCSLL apurado anualmente (ajuste).

    O valor da CSLL no poder ser deduzido para efeito de determinao do lucro real e daprpria base de clculo (Lei n 9.316, de 1996, art. 1).

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    10.4 - Base de ClculoNas atividades desenvolvidas por pessoas jurdicas de natureza comercial, industrial oude prestao de servios, a base de CSLL apurada por estimativa ser a soma dosseguintes valores:

    I. O valor correspondente a 12% (doze por cento) da receita bruta mensal,

    excludas as vendas canceladas, as devolues de vendas, os descontos incondicionaisconcedidos e os impostos no cumulativos cobrados destacadamente do comprador dosquais o vendedor dos bens ou prestador de servios seja mero depositrio;

    II. Os ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes dereceitas no compreendidas na atividade, inclusive:

    a) Os rendimentos auferidos nas operaes de mtuo realizadas entre pessoasjurdicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;

    b) Os ganhos de capital auferidos na alienao de participaes societriaspermanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participaes societrias quepermaneceram no ativo da pessoa jurdica at o trmino do ano-calendrio seguinte aode suas aquisies;

    c) Os ganhos auferidos em operaes de cobertura ("hedge") realizadas em bolsasde valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balco;

    d) A receita de locao de imvel, quando no for este o objeto social da pessoajurdica, deduzida dos encargos necessrios percepo da mesma;

    e) Os juros equivalentes taxa referencial do Sistema Especial de Liquidao eCustdia (Selic), para ttulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos econtribuies a serem restitudos ou compensados;

    f) As variaes monetrias ativas;g) Os ganhos de capital auferidos na devoluo de capital em bens e direitos;h) A diferena entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de

    instituio isenta, a ttulo de devoluo de patrimnio, e o valor em dinheiro ou o valordos bens e direitos que tenha sido entregue para a formao do referido patrimnio.

    III. Os rendimentos e ganhos lquidos auferidos em aplicaes financeiras de rendafixa e renda varivel.10.5 - Efeito dos Balanos de Suspenso ou Reduo no Pagamento da CSLLA mesma forma de tributao adotada, pela pessoa jurdica, para fins de apurao doimposto de renda, dever ser adotada para fins de apurao da CSLL.Assim, a pessoa jurdica que levantou balano ou balancete para suspender ou reduzir o

    pagamento do imposto de renda, em determinado ms do ano-calendrio, dever apurara base de clculo da CSLL sobre o lucro lquido apurado nesse mesmo balano,ajustado pelas adies determinadas, pelas excluses permitidas e pelas compensaes

    de base de clculo negativa da CSLL, observados os limites definidos na legislaopertinente, ainda que a base de clculo apurada seja superior ao valor da base de clculoestimada.A pessoa jurdica que levantar balano ou balancete de suspenso ou reduo do

    pagamento do IRPJ e da CSLL em 31 de dezembro dever computar os lucros, oriundosdo exterior, disponibilizados nos termos do art. 1 da Lei n 9.532, de 1997. A pessoa

    jurdica dever computar tambm os rendimentos e ganhos de capital, auferidos noexterior, nesse balano ou balancete, para fins de incidncia da CSLL

    10.6 - Compensao de Base de Clculo NegativaA pessoa jurdica poder compensar a base de clculo negativa, desde que mantenha os

    livros e documentos, exigidos pela legislao fiscal, comprobatrios do montante dessabase utilizado para a compensao.

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    A base de clculo negativa das atividades em geral poder ser compensada com basepositiva da atividade rural apurada no prprio perodo de apurao, ou vice-versa.A base de clculo negativa, das atividades em geral e rural, apurada a partir doencerramento do ano-calendrio de 1995, poder ser compensada, cumulativamentecom a base de clculo negativa apurada at 31 de dezembro de 1994, com o resultado

    do perodo de apurao ajustado pelas adies e excluses previstas na legislao,determinado em anos-calendrio subseqentes, observado o limite mximo de reduode trinta por cento, no caso da base de clculo negativa das atividades em geral.A pessoa jurdica no poder compensar sua prpria base de clculo negativa se entre adata da apurao e a da compensao houver ocorrido, cumulativamente, modificaode seu controle societrio e do ramo de atividade. A pessoa jurdica sucessora porincorporao, fuso ou ciso no poder compensar base de clculo negativa dasucedida.

    No caso de ciso parcial, a pessoa jurdica cindida poder compensar sua prpria basede clculo negativa, proporcionalmente parcela remanescente do patrimnio lquido.10.7 - Apurada Mensalmente por Estimativa

    I - Pagamentos MensaisA CSLL determinada mensalmente com base na receita bruta e acrscimos ou em

    balano ou balancete de suspenso ou reduo, ser paga at o ltimo dia til do mssubsequente quele a que se referir a apurao.II - Saldo da CSLL Apurado em 31 de Dezembro (ajuste anual):O saldo da CSLL apurado em 31 de dezembro do ano-calendrio ser:

    a) Pago em quota nica at o ltimo dia til do ms de maro do ano subseqente. Osaldo da CSLL ser acrescido de juros equivalentes taxa referencial do SistemaEspecial de Liquidao e Custdia (Selic), para ttulos federais, acumuladamensalmente, a partir de 1 de fevereiro ano subseqente at o ltimo dia do msanterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no ms do pagamento;

    b) Compensado com a CSLL devida a partir do ms de janeiro do ano-calendriosubsequente ao do encerramento do perodo de apurao, se negativo, assegurada aalternativa de requerer a restituio.

    11 - COMPENSAO DE PREJUZOSA pessoa jurdica poder compensar o prejuzo fiscal apurado na demonstrao do lucroreal e registrado no Livro de Apurao do Lucro Real (Lalur), desde que mantenha oslivros e documentos, exigidos pela legislao fiscal, comprobatrios do montante do

    prejuzo fiscal utilizado para a compensao.O prejuzo fiscal apurado a partir do encerramento do ano-calendrio de 1995 poder

    ser compensado, cumulativamente com os prejuzos fiscais apurados at 31 dedezembro de 1994, com o lucro lquido ajustado pelas adies e excluses previstas nalegislao do imposto de renda, observado o limite mximo, para compensao, de 30%(trinta por cento) do referido lucro lquido ajustado.A pessoa jurdica poder, ainda, compensar os prejuzos fiscais apurados at 31 dedezembro de 1994, independentemente do prazo previsto na legislao vigente poca,se naquela data os mesmos fossem passveis de compensao, na forma da legislaoento aplicvel.

    11.1 - Pessoa Jurdica Excluda da LimitaoO limite de 30% (trinta por cento) no se aplica aos prejuzos fiscais, apurados pela

    pessoa jurdica, decorrentes da explorao de atividade rural e compensados com o

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    lucro real da mesma atividade, bem como aos apurados pela empresa industrial titularde Programas Especiais de Exportao aprovados at 03 de junho de 1993 pela Befiex.

    LALUR Controle e CompensaoOs prejuzos no operacionais e os decorrentes das atividades operacionais da pessoa

    jurdica devem ser controlados em folhas especficas, individualizadas por espcie, naparte B do Lalur, para compensao com lucros da mesma natureza apurados nosperodos subseqentes.O valor do prejuzo fiscal no operacional a ser compensado em cada perodo deapurao subseqente no poder exceder o total dos resultados no operacionais

    positivos apurados no perodo da compensao.A soma dos prejuzos fiscais no operacionais com os prejuzos decorrentes de outrasatividades da pessoa jurdica, a ser compensada, no poder exceder o limite de 30%(trinta por cento) do lucro lquido do perodo de apurao da compensao, ajustado

    pelas adies e excluses previstas autorizadas pela legislao do imposto de renda.No perodo de apurao em que for apurado resultado no operacional positivo, todo o

    seu valor ser utilizado para compensar os prejuzos fiscais no operacionais deperodos anteriores, ainda que a parcela do lucro real admitida para compensao noseja suficiente ou que tenha sido apurado prejuzo fiscal. Nessa hiptese, a parcela dos

    prejuzos fiscais no operacionais compensados com os lucros no operacionais que nopuder ser compensada com o lucro real, seja em virtude do limite de 30% (trinta porcento) ou de ter ocorrido prejuzo fiscal no perodo de apurao, ser considerada

    prejuzo das demais atividades, devendo ser promovido os devidos ajustes na parte B doLalur.

    12 - PAGAMENTO DO IMPOSTO12.1 - Imposto de Renda Determinado com Base no Lucro Real TrimestralO imposto de renda devido, apurado trimestralmente, ser pago em quota nica, at oltimo dia til do ms subseqente ao do encerramento do perodo de apurao. opo da pessoa jurdica, o imposto devido poder ser pago em at trs quotasmensais, iguais e sucessivas, vencveis no ltimo dia til dos trs meses subseqentes aode encerramento do perodo de apurao a que corresponder.

    Nenhuma quota poder ter valor inferior a R$1.000,00 (um mil reais) e o imposto devalor inferior a R$2.000,00 (dois mil reais) ser pago em quota nica.As quotas do imposto sero acrescidas de juros equivalentes taxa referencial doSistema Especial de Liquidao e Custdia (Selic), para ttulos federais, acumuladamensalmente, a partir do primeiro dia do segundo ms subseqente ao do encerramento

    do perodo de apurao at o ltimo dia do ms anterior ao do pagamento e de 1% (umpor cento) no ms do pagamento.

    12.2 - Imposto de Renda Determinado sobre Base de Clculo Estimada Mensalmente oucom Base em Balano ou Balancete de Suspenso ou ReduoI Pagamentos MensaisO imposto de renda devido, determinado mensalmente sobre a base de clculo estimada,ou apurado em balano ou balancete de suspenso ou reduo, ser pago at o ltimodia til do ms subseqente quele a que se referir.II Saldo do Imposto Apurado em 31 de Dezembro de 2000 (ajuste anual)O saldo do imposto de renda apurado em 31 de dezembro de 2000:

    * ser pago em quota nica at o ltimo dia til do ms de maro do ano subseqente.O saldo do imposto ser acrescido de juros equivalentes taxa referencial do Sistema

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    Especial de Liquidao e Custdia (Selic), para ttulos federais, acumuladamensalmente, a partir de 1 de fevereiro de 2001 at o ltimo dia do ms anterior ao do

    pagamento e de 1% (um por cento) no ms do pagamento;* Poder ser compensado com o imposto de renda devido a partir do ms de janeiro

    do ano-calendrio subseqente ao do encerramento do perodo de apurao, assegurada

    a alternativa de requerer a restituio.

    Os valores pagos, nos vencimentos estipulados na legislao especfica, com base nareceita bruta e acrscimos ou em balano ou balancete de suspenso ou reduo nosmeses de janeiro a novembro, que excederem ao valor devido anualmente, seroatualizados pelos juros equivalentes taxa referencial do Sistema Especial deLiquidao e Custdia (Selic) para Ttulos Federais, acumulada mensalmente, a partirde 1 janeiro do ano-calendrio subseqente quele que se referir o ajuste anual at oms anterior ao da compensao e de 1% relativamente ao ms da compensao queestiver sendo efetuada; e o relativo ao ms de dezembro, que exceder ao valor devidoanualmente, ser acrescido dos juros equivalentes taxa referencial do Sistema Especial

    de Liquidao e Custdia (Selic) para Ttulos Federais, acumulada mensalmente, apartir 1 de fevereiro at o ms anterior ao da compensao e de 1% relativamente aoms em que a compensao estiver sendo efetuada;

    -------------------------------------------------AJUSTES AO LUCRO LQUIDO PARA APURAO DO IRPJ E DA CSLL

    As empresas tributadas pelo lucro real devem realizar ajustes ao lucro lquido, a fim dedeterminar as bases de clculo do IRPJ e da CSLL.Apesar da frmula semelhante, os ajustes ao lucro lquido para clculo do IRPJ nemsempre so iguais aos efetuados no clculo da CSLL.

    Nos itens a seguir, relacionamos os principais ajustes ao lucro lquido, mencionandoquando devem ser feitos ora para clculo do IRPJ, ora para clculo da CSLL, ou paraclculo de ambos.

    1. AJUSTES DA EQUIVALNCIA PATRIMONIALO resultado da Equivalncia Patrimonial em investimentos deve ser ajustado ao lucrolquido, para determinao do Lucro Real e da Base de Clculo da Contribuio Socialsobre o Lucro.

    A Equivalncia Patrimonial calculada pela empresa investidora e corresponde ao valordo investimento determinado mediante a aplicao do percentual de participao nocapital social sobre o Patrimnio Lquido de cada coligada ou controlada.O valor obtido comparado com o valor do investimento registrado no AtivoPermanente da investidora, que deve fazer os ajustes necessrios para que o valorregistrado represente a sua efetiva participao no capital da coligada ou controlada.Exemplo:

    * Participao no capital de outra empresa.................................... 50%* Patrimnio Lquido da investida................................................... R$ 6.930.950,00* Valor do Investimento Registrado no AP da Investidora ............ R$ 2.938.314,00* Equivalncia Patrimonial (50% de R$ 6.930.950,00).................. R$ 3.465.475,00

    * Valor do Investimento ................................................................ (-) R$ 2.938.314,00* Ajuste Positivo da Equivalncia Patrimonial (R$ 3.465.475,00

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    * R$ 2.938.314,00) ........................................................................ R$ 517.161,00A avaliao pela Equivalncia Patrimonial obrigatria para os investimentosrelevantes da pessoa jurdica em:

    a) Sociedades controladas;b) Sociedades coligadas sobre cuja administrao tenha influncia; e

    c) Sociedade coligada de que participe com 20% ou mais do capital social.O investimento relevante quando:* Em cada sociedade coligada ou controlada, o valor contbil do investimento for

    igual ou superior a 10%do Patrimnio Lquido da investidora;* No conjunto das sociedades coligadas e controladas, o valor contbil do

    investimento for igual ou superior a 15% do Patrimnio Lquido da investidora.ADIO DA PERDAO resultado negativo do ajuste do valor do investimento no dedutvel e deve seradicionado ao Lucro Lquido para clculo da Contribuio Social sobre o Lucro e doImposto de Renda.EXCLUSO DO GANHO

    O resultado positivo do ajuste pela Equivalncia Patrimonial no tributado pelo IRPJou pela CSLL, devendo ser excludo do lucro lquido para efeito de determinao dolucro real e da base de clculo da contribuio.2.1. PREJUZO NA ALIENAO DE AES, TTULOS OU QUOTAS DE

    CAPITALNo so dedutveis os prejuzos obtidos na alienao de aes, ttulos ou quotas decapital, com desgio superior a 10% dos respectivos valores de aquisio, exceto se avenda houver sido realizada em bolsa de valores ou, se esta no existir, tiver sidoefetuada atravs de leilo pblico, com divulgao do respectivo edital, na forma da lei,durante 3 dias, no perodo de um ms.Os respectivos prejuzos devem ser adicionados ao lucro lquido para efeito de clculodo Imposto de Renda, mas no interfere no clculo da CSLL.

    3. ALIMENTAOAs despesas com alimentao so, regra geral, dedutveis na apurao do lucro real. Noentanto, vedada a deduo das despesas com alimentao:

    a) De scios, acionistas e administradores;b) Quando no fornecida indistintamente a todos os empregados, independentemente

    da existncia ou no do Programa de Alimentao do Trabalhador;c) Correspondentes a cestas bsicas que no forem fornecidas indistintamente a todos

    os empregados.

    Essas despesas devem ser adicionadas ao lucro lquido para clculo do IRPJ e da CSLL.3.1. BENEFCIO INDIRETOIntegram a remunerao dos administradores, diretores, gerentes ou seus assessores asdespesas com a aquisio de alimentos para utilizao pelo beneficirio fora doestabelecimento da empresa.

    Nesse caso, a remunerao considerada benefcio indireto e integra a base de clculodo IR/Fonte, motivo pelo qual admitida a sua deduo como despesa, tanto paraclculo do IRPJ como da CSLL.4. APLICAES FINANCEIRASAs perdas nas operaes de renda varivel so dedutveis na determinao do lucro real

    at o limite dos ganhos em operaes de bolsa de valores, de mercadorias, de futuros eassemelhadas, auferidos no mesmo perodo trimestral ou anual de apurao.

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    O valor da perda que exceder aos ganhos auferidos no mesmo perodo de apurao nopode ser deduzido, devendo ser adicionado ao lucro lquido para determinao do lucroreal.

    Nos perodos de apurao subseqentes, a pessoa jurdica poder excluir a respectivaperda na determinao do lucro real, at o limite correspondente diferena positiva

    apurada em cada ano, entre os ganhos e perdas decorrentes das operaes realizadas emqualquer modalidade operacional.Exemplo:Ganhos em Bolsa de Valores no 1 Trimestre .................................. 92.395,00Perdas em Bolsa de Valores no 1 Trimestre ................................... 115.348,00Perdas no dedutveis no 1 Trimestre (Adio ao Lucro Lquido).... (22.953,00)

    Ganhos em Bolsa de Valores no 2 Trimestre .................................. 108.934,00Perdas em Bolsa de Valores no 2 Trimestre ................................... 106.358,00Ganho no 2 Trimestre ..................................................................... 2.576,00Deduo de Perdas no 1 Trimestre at o limite do ganho no

    2 Trimestre (Excluso do Lucro Lquido) ........................................ (2.576,00)Perdas do 1 Trimestre para deduo nos trimestres seguintes(R$ 22.953,00- R$ 2.576,00) ........................................................... 20.377,00As perdas incorridas nas operaes iniciadas e encerradas no mesmo dia (day frade),realizadas no mercado de renda fixa ou de renda varivel, somente podem sercompensadas com os ganhos auferidos nas operaes da mesma espcie. Dessa forma,se as perdas forem registradas diretamente como despesas, deve ser adicionado ao lucrolquido, para determinao do lucro real, o valor no compensado com o ganho.As perdas com aplicaes financeiras de renda varivel so dedutveis na determinaoda base de clculo da Contribuio Social, no havendo ajustes a fazer ao lucro lquido,uma vez que so registradas contabilmente.

    7. BRINDESAs despesas com aquisio de brindes so indedutveis e devem ser adicionadas basede clculo do Imposto de Renda e da Contribuio Social.As empresas patrocinadoras de projetos culturais aprovados pelo Ministrio da Cultura,sob a regras da Lei 8.313/91, podem receber at 25% dos bens e direitos produzidos

    pelo projeto patrocinado, para distribuio gratuita a seus clientes e fornecedores. Nessecaso, os brindes no so despesas para a empresa, porque se originaram do patrocnio ao

    projeto cultural.

    9. CONTRIBUIO SOCIAL SOBRE O LUCROO valor da Contribuio Social sobre o Lucro no pode ser deduzido para efeito dedeterminao do lucro real, nem de sua prpria base de clculo. Assim, os valoresregistrados como despesas devem ser adicionados ao lucro lquido do respectivo

    perodo de apurao para efeito de determinao do lucro real e da base da prpriacontribuio.

    10. CONTRATOS A LONGO PRAZONo caso de empreitada ou fornecimento contratado a longo prazo com pessoa jurdicade direito pblico, ou empresa sob seu controle, empresa pblica, sociedade deeconomia mista ou sua subsidiria, a pessoa jurdica tributada pelo lucro real pode

    diferir a tributao do lucro at a sua realizao.

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    Assim, na apurao do lucro real e da base de clculo da Contribuio Social sobre oLucro devem ser feitos os seguintes ajustes:Excluso do Lucro LquidoPode ser excluda do lucro lquido do perodo a parcela do lucro da empreitada oufornecimento computado no resultado, proporcional receita considerada no resultado e

    no recebida at a data de encerramento do perodo de apurao.Adio ao Lucro LquidoA parcela excluda em perodo de apurao anterior deve ser adicionada base declculo do IRPJ e da CSLL no perodo em que a receita for recebida.

    11. CRDITOS NO RECEBIDOSPodem ser registrados como perda dedutvel na determinao do lucro real e da base declculo da CSLLOs crditos:

    a) Em relao aos quais tenha havido a declarao de insolvncia do devedor, emsentena emanada do Poder Judicirio;

    b) Sem garantia de valor:* At R$ 5.000,00, por operao, vencidos h mais de seis meses, independentemente

    de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;* Acima de R$ 5.000.00 at R$ 30.000,00, por operao, vencidos h mais de um ano,

    independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento,porm mantida a cobrana administrativa;

    * Superior a R$ 30.000,00, vencidos h mais de um ano, desde que iniciados emantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento.

    c) Com garantia, vencidos h mais de 2 anos, desde que iniciados e mantidos osprocedimentos judiciais para o seu recebimento ou arresto das garantias;

    d) Contra devedor declarado falido ou pessoa jurdica declarada concordatria,relativamente parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar,observado que a deduo da perda somente admitida a partir da decretao da falnciaou da concesso da concordata e desde que a credora tenha adotado os procedimentos

    judiciais necessrios para o recebimento do crdito.

    11.1. PARCELAS INDEDUTVEISOs registros das perdas no recebimento de crditos so feitos na contabilidade einterferem na apurao da base de clculo do IRPJ e da CSLL. No entanto, algumas

    parcelas devem ser ajustadas extra contabilmente, conforme veremos a seguir:Adio ao Lucro Lquido para Clculo do IRPJ e da CSLL

    a) Das perdas registradas no resultado, verificadas no recebimento de crditos comcontrolada, coligada, controladora ou interligada, ou com acionista controlador, scio,titular ou administrador da pessoa jurdica credora ou parente at o 3 grau;

    b) Dos valores de crditos de difcil recuperao por instituio financeira incorporadaat 31/12/96, registrados como perda, e o valor da amortizao do gio registrado aps aincorporao;

    c) Dos demais ajustes correspondentes a crditos no recebidos, do seguinte modo:1. Na Devedora:* Dos encargos financeiros incidentes sobre o dbito vencido e no pago que tenham

    sido deduzidos como despesa ou custo, incorridos a partir da citao inicial.2. Na Credora:

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    * Da perda no recebimento de crdito contabilizada em perodo anterior, se adesistncia da cobrana judicial se der antes de decorridos 5 anos do vencimento docrdito;

    * Dos encargos financeiros excludos em perodo anterior, quando os crditos setornarem disponveis ou em que a respectiva perda for reconhecida;

    * Das perdas relativas a crditos deduzidas em perodo anterior que tenham sidorecuperadas, em qualquer poca ou a qualquer ttulo, inclusive nos casos de novao dadvida ou do arresto dos bens recebidos em garantia real.Excluso do Lucro Lquido para Clculo do IRPJ e da CSLL

    1. Na Devedora:* Dos encargos financeiros adicionados em perodo anterior, quando houver a

    quitao do dbito vencido por qualquer forma.2. Na Credora:

    * Dos encargos financeiros incidentes sobre crdito vencido h mais de dois meses,contabilizados como receita, auferidos a partir de 2 meses do vencimento.

    12. DEPRECIAO ACELERADA INCENTIVADACom o fim de incentivar a implantao, renovao ou modernizao de instalaes eequipamentos, o Governo Federal concede o benefcio da depreciao acelerada de bensadquiridos para a indstria, o comrcio ou a agropecuria.Assim, alm de registrar a depreciao normal na contabilidade, facultado s empresasabrangidas pelo benefcio excluir do lucro lquido, para determinao do lucro real,valor correspondente depreciao acelerada.A depreciao contbil feita de acordo com o prazo de vida til do bem e adepreciao acelerada segue as normas da lei que concedeu o benefcio.Portanto, com a acelerao, o bem pode ser depreciado antes do prazo de vida til.A partir do perodo em que o total da depreciao (a contbil e a acelerada) atingir ocusto de aquisio do bem, a empresa pode continuar registrando a depreciao contbilat o trmino de vida til do bem.

    No entanto, a partir desse momento, obrigada a adicionar ao lucro lquido, nadeterminao do lucro real, o valor correspondente depreciao normal que vier a serregistrada na escriturao. A esse processo denominamos Reverso da Depreciao.A depreciao acelerada no interfere no clculo da Contribuio Social sobre o Lucro,no havendo, portanto, ajustes a fazer ao lucro lquido para esse efeito.13. DOAESA legislao tributria admite a deduo de algumas doaes, mas, de um modo geral,esses gastos no so dedutveis na determinao do lucro real ou da base de clculo da

    Contribuio Social. Apenas so dedutveis as doaes destinadas a:14. LUCROS, GANHOS E RENDIMENTOS NO EXTERIOROs lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no exterior por intermdio defiliais, sucursais, controladas ou coligadas, disponibilizados durante o ano, devem sercomputados na determinao do lucro real das pessoas jurdicas.14.I. LUCROSOs lucros auferidos no exterior, disponibilizados durante o ano-calendrio, devem seradicionados ao lucro lquido no balano:

    a) Anual levantado em 31 de dezembro, se a empresa optar pelo regime de estimativa,inclusive, se durante o ano, suspender ou reduzir o pagamento do imposto;

    b) Trimestral levantado no 4 trimestre de cada ano, se a apurao do imposto for

    trimestral;

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    c) De encerramento das atividades ou de fuso, ciso ou incorporao da empresabrasileira;

    d) Anual levantado em 31 de dezembro do ano-calendrio do evento, no caso defuso, ciso ou incorporao da empresa estrangeira.Desde 1 de outubro/99, os lucros auferidos no exterior passaram a ser tributados pela

    CSLL, devendo ser adicionados ao lucro lquido no clculo dessa contribuio.15. MULTASComo regra, as multas pagas por infrao norma legal ou contratual no sodedutveis como custo ou despesa operacional, sendo obrigatria a sua adio ao lucrolquido.

    No entanto, a legislao do Imposto de Renda admite a deduo para alguns tipos demulta, como examinamos a seguir.MULTAS INDEDUTIVEISSo indedutveis:

    a) Multas Punitivas: impostas por ocasio do lanamento de ofcio ou auto deinfrao, visando punir o contribuinte por infrao que tenha resultado falta ou

    insuficincia de pagamento de tributos, como por exemplo:* Multa de ofcio pela falta da Declarao;* Multa lanada em virtude de evidente intuito de fraude;* Multa de ofcio pela falta de recolhimento de impostos.

    b) Multas relativas infrao a normas de natureza no tributria, tais como:* Multa de trnsito;* Multas do Cdigo de Defesa do Consumidor;* Multas relativas ao FGTS e ao INSS;* Multas contratuais.

    MULTAS DEDUTVEISSo dedutveis:

    a) As multas impostas por infraes que no resultem em falta ou insuficincia depagamento de tributos, como a multa pela apresentao espontnea fora do prazo dasdeclaraes;

    b) Multas fiscais de natureza compensatria, como a multa pelo recolhimentoespontneo fora do prazo de tributos.

    16. PROVISES INDEDUTvEISSomente so dedutveis as seguintes provises expressamente autorizadas por lei:

    a) Provises para Pagamento de Frias;

    b) Provises para Pagamento do 13 Salrio de empregados, constitudas nos 1, 2 e3 trimestres do ano-calendarlo;c) Provises Tcnicas das companhias de seguro e de capitalizao;d) Provises Tcnicas das Entidades de Previdncia Privada.

    As demais provises constitudas pelas pessoas jurdicas, exceto a Proviso para oPagamento do IRPJ, que no interferem no lucro lquido, devem ser adicionadas basede clculo do IRPJ e da Contribuio Social sobre o Lucro.

    17. PARTICIPAES NOS LUCROSNo so dedutveis as participaes nos lucros da pessoa jurdica, atribudas a:

    * Administradores e Partes Beneficirias de emisso da pessoa jurdica;

    * Tcnicos Estrangeiros, domiciliados ou residentes no exterior, para execuo deservios especializados, de carter provisrio.

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    Essas participaes devem ser adicionadas ao lucro lquido para clculo do IRPJ, masno interferem no clculo da CSLL.

    17.1. AJUSTES AO LUCRO LQUIDOPara clculo do IRPJ e da CSLL, devem ser feitos os seguintes ajustes ao lucro lquido:

    Custos de Bens, Servios ou Direitos no ExteriorDeve ser adicionado ao lucro lquido o valor dos custos, despesas e encargos relativos abens, servios e direitos importados, registrados na contabilidade, que exceder aocalculado de acordo com o Mtodo dos Preos Independentes Comparados (PIC),Mtodo do Preo de Revenda Menos Lucro (PRL) ou Mtodo do Custo de ProduoMais Lucro (CPL). Receitas da ExportaoAs receitas auferidas nas operaes sujeitas ao preo de transferncia so arbitradasquando o preo mdio de venda dos bens, servios ou direitos, nas exportaesefetuadas durante o perodo de apurao, for inferior a 90% do preo mdio praticadona venda dos mesmos bens, servios ou direitos no mercado brasileiro no mesmo

    perodo e em condies de pagamento semelhantes.

    A parcela da receita arbitrada de exportao que exceder o valor apropriado nacontabilidade deve ser adicionada ao lucro lquido para clculo do IRPJ e da CSLL.Juros de Contratos No Registrados no BACENOs juros pagos ou creditados relativos a contratos de emprstimos no registrados noBACEN somente so dedutveis como despesas pela muturia no Brasil at o montanteque no exceder ao valor calculado com base na taxa Libor, para depsitos em Dlaresdo Estados Unidos da Amrica, pelo prazo de 6 meses, acrescida de 3% ao ano a ttulode spread, proporcionalizados em funo do perodo a que se referirem os juros.

    No caso da mutuante no Brasil, a receita de juros recebidos de contratos com pessoavinculada no exterior deve ser no mnimo, o valor apurado segundo a referida taxa.Em virtude dessas condies, deve ser adicionada ao lucro lquido, para clculo do IRPJe da CSLL:

    a) A parcela dos juros pagos, registrados na contabilidade, que exceder o valoradmitido como dedutvel;

    b) A diferena a menor entre a receita financeira mnima e a receita registrada nacontabilidade.poca dos AjustesOs ajustes decorrentes da aplicao da sistemtica dos Preos de Transferncia devemser efetuados:

    a) No encerramento do 4 trimestre do ano-calendrio, para as empresas que optarempela apurao trimestral do imposto e da CSLL;

    b) No encerramento do ano-calendrio, em 31 de dezembro, para as empresas queoptarem pelo regime de estimativa, inclusive se reduzirem ou suspenderem o pagamentodo imposto e da contribuio;

    c) No balano de encerramento das atividades;d) Na ocasio em que for constatada a suspeita de fraudes.

    18. COMPENSAO DE PREJUIZOS E BASE NEGATIVA DA CSLLAs empresas tributadas pelo lucro real podem compensar os prejuzos fiscais e a base declculo negativa da CSLL, apurados em determinado perodo, com o lucro de perodosfuturos, desde que observadas as condies estabelecidas pela legislao tributria.

    19. ASSISTNCIA TCNICA

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    Constituem adio ao lucro lquido, no clculo do IRPJ e da CSLL, as despesas deassistncia tcnica, cientfica ou administrativa, pagas ou creditadas:

    a) Pela filial de empresa com sede no exterior, em benefcio da sua matriz;b) Pela sociedade com sede no Brasil a pessoa domiciliada no exterior que mantenha,

    direta ou indiretamente, o controle de seu capital com direito a voto.

    EXEMPLOA seguir, demonstramos os ajustes no lucro lquido:

    DEMONSTRACO DA BASE DE CLCULO DA CSLL | R$ |Natureza dos Ajustes | |Lucro Lquido | 21.345.678,00 |Mais: Adies | |1. Despesas com Brindes | 15.000,00 |2. Perda na Equivalncia Patrimonial | 1.456.987 ,00 |3. Alimentao de Scios | 45.340,00 |

    4. Depreciao de Bens No Utilizados na Produo | 23.124,00 |Menos: Excluses | 678.900,00 |1. Lucros de Contratos a Longo Prazo | |2. Juros s/Crditos Vencidos H Mais de 2 Meses | 8.234,00 |Base de Clculo da Contribuio | 22.198.995,00 |

    | |

    Registro de apurao do lucro real parte A registro dos ajustes do lucro lquido dotrimestreDATA | HISTRICO| ADIES | EXCLUSES |31-3-2000 | DEMONSTRAO DO LUCRO REAL | | |

    | Natureza dos Ajustes | | |1. | Lucro Lquido aps a CSLL | | 19.569.758,40 |2. | Mais: Adies | | |

    | 2.1. Despesas com Brindes | 15.000,00 | || 2.2.Contribuio Social do Trimestre | 1.775.919,60 | || 2.3. Lucro Inflacionrio Realizado | 123.450,00 | || 2.4. Perda na Equivalncia Patrimonial | 1.456.987,00 | || 2.5. Alimentao de Scios | 45.340,00 | || 2.6. Depreciao de Bens No Utilizados na Produo | 23.124,00 ||

    | 2.7. Gratificaes a Dirigentes | 300.000,00 | || 2.8. Multas Fiscais | 24.780,00 | 3.764.600,60 |3. | Menos: Excluses | | |

    | 3.1. Lucros Recebidos de Outras Empresas | 4.450.000,00 | || 3.2. Perdas em Bolsa Adicionadas no Ano Anterior Deduzidas at o Limite dos

    Ganhos n/ Trimestre | 5.680,00. | || 3.3. Lucros de Contratos a Longo Prazo | 678.900,00 | || 3.4. Juros s/Crditos Vencidos H Mais de 2 Meses | 8.234,00 ||| 3.5. Depreciao Acelerada Incentivada | 28.120,00 | 5.170.934,00 || Lucro Real | | 18.163.425,00 |

    PESSOA JURDICA IMUNE

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    So imunes do imposto sobre a renda:a) os templos de qualquer culto;

    b) os partidos polticos, inclusive suas fundaes, e as entidades sindicais detrabalhadores, sem fins lucrativos;c) as instituies de educao e as de assistncia social, sem fins lucrativos.

    Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alnea "c", da Constituio Federal,considera-se imune a instituio de educao ou de assistncia social que preste osservios para os quais houver sido instituda e os coloque disposio da populao emgeral, em carter complementar s atividades do Estado, sem fins lucrativos.As entidades enquadradas no inciso I do art. 12 do Decreto n 3.048, de 06 de maio de1999, que no se enquadrem na imunidade da Lei n 9.532, de 1997, e da Lei n 9.732,de 1998; e que apuram lucro nos termos da legislao comercial, esto sujeitas contribuio social sobre o lucro lquido.Considera-se entidade sem fins lucrativos, a instituio de educao e de assistnciasocial que no apresente supervit em suas contas ou, caso o apresente em determinadoexerccio, destine referido resultado integralmente manuteno e ao desenvolvimento

    dos seus objetivos sociais (Lei n 9.718; de 1998, art. 10).Para o gozo da imunidade, as instituies citadas no pargrafo anterior esto obrigadas aatender aos seguintes requisitos:

    a) No remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos servios prestados;b) Aplicar integralmente seus recursos na manuteno e desenvolvimento dos seus

    objetivos sociais;c) Manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das

    formalidades que assegurem a respectiva exatido;d) Conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emisso, os

    documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivao de suas despesas,bem assim a realizao de quaisquer outros atos ou operaes que venham a modificarsua situao patrimonial;

    e) Apresentar, anualmente, a DIPJ, em conformidade com o disposto em ato daSecretaria da Receita Federal;

    f) Recolher os tributos retidos sobre os rendimentos por elas pagos ou creditados e acontribuio para a seguridade social relativa aos empregados, bem assim cumprir asobrigaes acessrias da decorrentes;

    g) Assegurar a destinao de seu patrimnio a outra instituio que atenda scondies para gozo da imunidade, no caso de incorporao, fuso, ciso ou de extinoda pessoa jurdica, ou a rgo pblico.

    h) Outros requisitos, estabelecidos em lei especfica, relacionados com o

    funcionamento das entidades citadas.-------------------------------------------------

    PESSOA JURDICA ISENTA

    Consideram-se isentas do imposto sobre a renda as instituies de carter filantrpico,recreativo, cultural e cientfico e as associaes civis que prestem os servios para osquais houverem sido institudas e os coloquem disposio do grupo de pessoas a quese destinam, sem fins lucrativos.A iseno aplica-se, exclusivamente, em relao ao imposto sobre a renda da pessoa

    jurdica e contribuio social sobre o lucro lquido, observado o disposto no pargrafo

    subseqente.Ateno:

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    1) As entidades enquadradas no inciso I do art. 12 do Decreto n 3.048, de 06 de maiode 1999, que no se enquadrem na iseno da Lei n 9.532, de 1997, e da Lei n 9.732,de 1998, e que apuram lucro nos termos da legislao comercial, esto sujeitas contribuio social sobre o lucro lquido.2) As associaes de poupana e emprstimo, as entidades de previdncia privada

    fechada e as bolsas de mercadorias e de valores esto isentas do imposto sobre a renda,mas so contribuintes da contribuio social sobre o lucro lquido.No esto abrangidos pela iseno do imposto sobre a renda os rendimentos e ganhos decapital auferidos em aplicaes financeiras de renda fixa ou de renda varivel, bemcomo os juros de capital distribudos.Para o gozo da iseno, as instituies citadas esto obrigadas a atender aos seguintesrequisitos:

    a) No remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos servios prestados;b) Aplicar integralmente seus recursos na manuteno e desenvolvimento dos seus

    objetivos sociais;c) Manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das

    formalidades que assegurem a respectiva exatido;d) Conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emisso, os

    documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivao de suas despesas,bem assim a realizao de quaisquer outros atos ou operaes que venham a modificarsua situao patrimonial;

    e) Apresentar, anualmente, DIPJ, em conformidade com o disposto em ato daSecretaria da Receita Federal;

    f) As instituies de carter filantrpico, recreativo, cultural e cientfico deveroassegurar a destinao de seu patrimnio a outra instituio que atenda s condies

    para gozo da iseno, no caso de incorporao, fuso, ciso ou de encerramento de suasatividades, ou a rgo pblico.

    20- Desenquadramento da Imunidade ou da IsenoSem prejuzo das demais penalidades previstas na lei, a Secretaria da Receita Federalsuspender o gozo da imunidade ou da iseno relativamente aos anos-calendrio emque a pessoa jurdica houver praticado ou, por qualquer forma, houver contribudo paraa prtica de ato que constitua infrao a dispositivo da legislao tributria,especialmente no caso de informar ou declarar falsamente, omitir ou simular orecebimento de doaes em bens ou em dinheiro, ou de qualquer forma cooperar paraque terceiro sonegue tributos ou pratique ilcitos fiscais.Considera-se, tambm, infrao a dispositivo da legislao tributria o pagamento, pela

    instituio imune, em favor de seus associados ou dirigentes, ou, ainda, em favor descios, acionistas ou dirigentes de pessoa jurdica a ela associada por qualquer forma, dedespesas consideradas indedutveis na determinao da base de clculo do impostosobre a renda ou da contribuio social sobre o lucro lquido.

    ConclusoAps o contedo exposto neste trabalho, pode-se concluir que o lucro real a base declculo do imposto sobre a renda apurada segundo registros contbeis e fiscais. Almdisto, esta forma de tributao tem mais vantagens que desvantagens para a pessoa

    jurdica. Ainda ficaram esclarecidos tpicos como: clculo, apurao, lalur, pagamentodo imposto entre outras diversas informaes de grande utilidade no s para a

    contabilidade.

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    Bibliografia

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    IRPJLucroReal2011.pdfhttp://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20070621081941AApujAfhttp://www.sebrae.com.br/uf/goias/para-minha-empresa/orientacoes-empresariais/lucro-realhttp://www.cenofisco.com.br/produtos/lucro_real.asphttp://www.ecin.com.br/realpresumido.htmlhttp://br.monografias.com/trabalhos905/lucro-real/lucro-real.shtmlhttp://www.maph.com.br/lucro-real-apuracao.phphttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lucrohttp://www.nfedobrasil.com.br/BlogNfe/index.php/tag/lucro-real/http://guiatributario.wordpress.com/2011/05/22/o-que-e-lucro-real/

    http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=contabil04lalurhttp://www.contabeis.com.br/forum/topicos/7484/lucro-real/http://www.spedblog.com.br/index.php/tag/lucro-real/http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2000/orientacoes/lucroreal.htmhttp://www.portaldeauditoria.com.br/Tributario/calculo-tributario_lucro-real-trimestral.htmhttp://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribpj.htmhttp://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20081021071605AAx7o2j

    Assinaturas__________________________________________________________________________________________