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Page 1: TCC Ser Professor No Ensino Superior

FACULDADE DA AMAZÔNIA OCIDENTAL

PROGRAMA DE PÓS – GRADUAÇÃO

LATU-SENSU EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR

PROGRAMA DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

LUIZ CARLOS LOPES DE VASCONCELOS

VICTOR HUGO RODRIGUES BARBOSA

ANTÔNIO CARLOS GOMES

SER PROFESSOR NO ENSINO SUPERIOR

LINHA PROGRAMÁTICA ׃ Fundamentos da Docência

PALAVRA CHAVE ׃ Professor

PROFESSORA׃ Vanirleide Freitas

Trabalho apresentado no Curso de Especialização latu sensu em Docência do Ensino Superior da Faculdade da Amazônia Ocidental - FAAO.

RIO BRANCO – ACRE

2011

Page 2: TCC Ser Professor No Ensino Superior

SUMÁRIO

1 EXIGÊNCIAS PARA A DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

1.1 FORMAÇÃO

1.2 TEMPO DISPONÍVEL

1.3 CAPACIDADE DE ITERAÇÃO COM OS ALUNOS

1.4 DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

1.5 INCORPORAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS ÀS ATIVIDADES DE

ENSINO

2 DIFICULDADES ENFRENTADAS

2.1 BAIXA REMUNERAÇÃO

2.2 FALTA DE TEMPO DISPONÍVEL

2.3 FALTA DE RECONHECIMENTO PROFISSIONAL

2.4 IMPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS

2.5 MÁ FORMAÇÃO DOS ALUNOS

3 CONCLUSÃO

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1 EXIGÊNCIAS PARA A DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

1.1 FORMAÇÃO

É fundamental que o professor no Ensino Superior tenha uma formação sólida na disciplina em que se propôs a ministrar. Deve possuir também outros predicados para exercer essa função, tais como: interesse na pesquisa e capacitação permanente. Dessa forma, a especialização é essencial na medida em que o profissional transmite uma maior segurança ao aluno em relação ao conteúdo transmitido.

Além da formação específica em sua área de atuação, é essencial que o professor de Ensino Superior domine conceitos pedagógicos que facilitem sobremaneira a transmissão de conhecimento aos alunos, permitindo um maior aproveitamento em sala de aula

Educar é essencialmente formar a necessária promoção da ingenuidade à criticidade não pode ou não deve ser feita à distância de uma rigorosa formação ética ao lado da estética.

Ética nas Relações Interpessoais aluno x professor

 Concepções de ética: É a ciência do comportamento

moral dos homens em sociedade. Pode ser um conjunto de regras,

princípios ou maneiras de pensar que guiam a sociedade.

É o resgate dos valores morais básicos que orientam o comportamento humano na reconstrução de uma vida melhor.

É o conjunto dos valores mais elaborados de civilização humanizada: respeito à vida, respeito próprio e ao outro, especialmente no que ele traz de diferente.

Pontos fundamentais para uma caminhada ética do professor:

Direito / Dever – delimitar nosso campo de atuação através do respeito

mútuo. Respeitar (Do lat. respectare) olhar muitas vezes para trás. A depender da caminhada ética nos tornamos ou não mais humanizados, ao adquirirmos uma ética autêntica, com base na nossa verdade interior. Não pode ser feito de imitação ou de educação e nem pautada no sistema de crenças e valores externos. 

Confiança em nós mesmos e na nossa força interior, que nos permite melhorar sempre para que tenhamos confiança também no outro (pais, mestres, coordenadores, etc.).

Liberdade / Racionalidade – nos diferencia dos outros animais e nos permite planejar nossas ações, realizar escolhas e julgá-las determinando seu valor. Vivenciamos situações em que podemos dizer sim ou não. Mesmo em circunstâncias mais difíceis, é possível termos mais de um caminho.

Livre arbítrio – a responsabilidade de responder pelos próprios atos, de responder aos direitos/deveres de escolher o modo de caminhar; aceitando ou brigando com os obstáculos do caminho. A honrosa saída ética é aprender com eles. Cada um de nossos atos, vai nos construindo, definindo o que queremos fazer e vai nos transformando.

Aspectos do livre arbítrio

O limite: forças que nos dá a noção da justa medida.

A responsabilidade: sensibilidade em buscar alternativas para uma resposta adequada. 

Diplomacia – O grau mais evoluído do entendimento ou negociação permite resgatar o respeito humano, tratar as pessoas como pessoas e saber se colocar no lugar do outro. A troca de reconhecimento requer: respeito humanizado, delicadeza o veículo mais simples da ética – que é o respeito à essência do outro.

Interesses – (Do lat. inter esse) estar entre vários, seja individual ou coletivo. O que coloca vários em relação; o curto, médio e longo prazo. Na prática nossos direitos e interesses não podem ser absolutizados em

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detrimento dos interesses e direitos dos outros que necessito conviver. 

1.1.1 Requisitos para uma boa convivência entre professores e alunos 

Respeite os sentimentos dos outros, de modo não causar constrangimentos a ninguém e muito menos diante de outras pessoas.

Aja com justiça e cordialidade. Assim evitar ressentimentos e hostilidades.

Não se deixe levar por impulsos como: nervosismo, impaciência e egoísmo. Conduzem irremediavelmente para a satisfação e descrédito.

Jamais corte as asas da ilusão e da esperança para os seus colaboradores, pois alegram o coração do homem e o impulsionam até outras realidades.

Seja ético ao falar. Procure não falsear a verdade ou disfarçá-la. Jamais prejudique alguém com palavras ou por escrito.

Saiba acolher com sorriso, pois, para alguém num determinado momento, pode trazer satisfações interiores e recompensas inesperadas.

Ajude a que anda ao seu lado e demonstra precisar de seus saber. Esta é uma das grandes conquistas humanas. 

Lembre: se queres triunfar diante dos outros, saiba escutar “tenha paciência” fale ponderadamente e exercite a empatia, colocando-se no lugar do outro.

 1.1.2 Requisitos básicos para o saber viver ético 

Preservar a dignidade pessoal pelo respeito a si e aos outros.

Preservar a liberdade responsável com maturidade emocional.

Capacitar-se para administrar os ganhos e perdas de nossa vida; que optemos por novos aprendizados para viver da forma digna e com momentos felizes.

1.2 TEMPO DISPONÍVEL

Dentro das possibilidades, o professor deve dedicar-se inteiramente às atividades de docência do Ensino Superior, ou adequar o seu tempo disponível quando exerce outras atividades paralelas à docência. Essa disponibilidade de tempo é fundamental para o desenvolvimento eficaz das várias atividades tanto em sala de aula como fora dela.

Hoje, percebe-se uma grande quantidade de profissionais atuando como Docentes no Ensino Superior com o tempo bastante reduzido para essa atividade. Ocorre que, principalmente nas instituições privadas, a Docência é tratada como uma atividade paralela, sendo o professor reconhecido muito mais pela sua atividade fora da sala de aula.

De fato, a experiência profissional do professor em muito acrescenta ao aluno dentro de sala de aula, uma vez que permite a troca de experiências que poderá ser útil aos discentes durante e após a graduação. Entretanto, o Docente deve sempre dispor de tempo disponível para planejar suas atividades, além de tempo para a pesquisa, dando mais conteúdo ao assunto lecionado.

Para tanto é fundamental que haja interação entre professor e aluno.

O Docente deve ter a capacidade de interação com os alunos, quando não, desenvolvê-la. Isso evita situações prejudiciais ao bom andamento do curso, onde o professor, por não ter a habilidade em responder de imediato ao aluno, permite que esse passe a determinar o ritmo da disciplina ou até mesmo iniba o profissional no desempenho de sua atividade.

1.3 CAPACIDADE DE INTERAÇÃO COM OS ALUNOS

Professor Controlador – reproduz as estratégias “maçônicas” na pedagogia. Os alunos se submetem a certo entendimento secreto, como sendo um acordo implícito.

Professor Sábio – Provocador – tem uma proposta bem definida, tem uma cultura fabulosa, e uma rejeição a hipocrisias institucionais, tem amor ao ensino, possui coerência.

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Professor Perverso – a relação de maldade lhe dá prazer, tem seus dias de “vingança”, exercita o abuso de poder.

Professor “Ficha da leitura e esquema” – só ensina o que está escrito na ficha e seu uso prolongado já a amarelou e os erros denunciam desatualização.

Professor Método – Tudo está planejado detalhadamente, mensurado; as palavras estão programadas e os minutos são cumpridos.

Professor Afetivo – sua relação é firme, mas “maternal”, o aluno se “solta”, sente-se em casa.

Professor Rigoroso – Acredita que a qualidade da aula é proporcional ao rigor adotado.

Professor Líder – Conduz naturalmente o desenvolvimento da aula, mobiliza e motiva a participação do aluno.

1.3.1 Fatores determinantes da qualidade da aula e da aprendizagem

As características do professor;A busca do conhecimento;As pautas de interação professor x aluno;O significado o conteúdo ensinado.

Obs.: O medo de não saber a “ignorância do aluno mediante a “sapiência” do professor é efeito paralisante (bloqueio) os rituais das chamadas avaliações (provas, exames, etc).

1.3.2 Estratégias para melhorar a relação professor x aluno

Estado de espírito Tolerância Seriedade Empenho Dedicação

Releitura no viés existencial pedagógico educativo (reflexão) pressupõe o caminho da autonomia, da aceitação das diferenças.

1.3.3 Cultura do conhecimento requer:

Trabalho individual ou coletivo persistente;

Prazer na conquista do “estado de sabedoria”.

(Aprendendo a assinar direito o Direito. Colaço (org). Thais Luiza. Florianópolis. OAB/SC Editora

2006.)

1.4 DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR

A forma como o professor transmite seus conhecimentos deve ser compatível com o público-alvo – os alunos universitários. Assim, deve-se entender a maneira como os alunos assimilam mais o conteúdo, evidenciando-se, dessa forma, a necessidade da utilização dos recursos que forem necessários ao se ministrar as aulas.

Fica claro, então, que não basta o professor ser bem fluente e se portar em sala de aula quase como se estivesse atuando em uma peça teatral. É necessário que, além de prender a atenção dos alunos, o docente consiga repassar e consolidar conhecimento ao aluno. Ou seja, há a necessidade constante de forçar os alunos a situações práticas, exercitando o conteúdo repassado; dar forma a situações que antes pareciam apenas abstratas ou colocadas em um plano inatingível; instigar o aluno a se interessar cada vez mais pelo conhecimento, emulando sua curiosidade e interesse pela pesquisa, buscando desenvolver nos alunos a alta auto-estima, etc.

1.4.1 A auto-estima

Cada vez mais a auto-estima se projeta como uma das maiores necessidades do ser humano.

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Tanto em casa, no trabalho ou em qualquer circulo social onde a diversidade de formações, pensamentos e culturas, nos impõem a necessidade de fortalecermos, cada vez mais nossa auto-estima, para que possamos enfrentar os desafios diários. Isto se dá, principalmente no âmbito do trabalho, onde o universo de pessoas e suas diversidades são maiores que o familiar, que diferentemente, por existir uma maior identidade de formação educação, afetividade, conhecimento, entre outros, nos sentimos menos ameaçados, e encontramos mais gestos e atitudes que nos fortalecem, possibilitam e nos fornecem qualidades da alta auto-estima.

A auto-estima reflete diretamente em nosso comportamento, porque sempre foi e sempre será uma necessidade psicológica, atingindo por conseqüência, também, nossa necessidade econômica, uma vez que afeta o nosso comportamento, reduzindo nossa capacidade de correr riscos, desinteresse em aprender novas habilidades, baixa a criatividade, nos levando a sermos menos produtivos e assertivos.

O progresso científico e social, cada vez mais diminui a necessidade e utilização de trabalhos braçais, repetitivos e mecânicos. Estamos vivendo a época da tecnologia e de novas mudanças científicas e psicológicas onde somos exigidos cada vez mais a desenvolvermos nossa capacidade para um trabalho mental. Esta exigência está levando com freqüência, trabalhadores a procurarem psicoterapeutas, com estresse profissional, uma vez que, neste tempo de constantes mudanças, onde os desafios e escolhas exigem maior inovação, autogerenciamento e autodirecionamento todas essas qualidades são da alta auto-estima.

Passarei a relatar de forma sucinta e por tópicos a minha compreensão sobre eles.

1.4.2 Confiar em si mesmo

“Se não confia em você, quem irá confiar”?

Este é o principio natural do comportamento humano. Para que você seja admirado pelos seus feitos, primeiramente terá que acreditar que tens capacidade, vontade, coragem, conhecimento, segurança e determinação em tudo que se propõe a fazer, caso contrário, existirão sempre, um inimigo dentro de sua mente que irá colocar em questão todas as suas atitudes de forma insegura, levando a baixa auto-estima.

O vencedor começa a vencer, antes mesmo de começar um desafio, porque ele é capaz de se desenvolver e de se fortalecer com pensamentos otimistas, positivos, fornecendo-lhe sempre resistência e capacidade de regeneração, mantendo-o sempre em alta auto-estima.

1.4.3 Capacidade de tomar decisões

A causa principal do fracasso é a incapacidade de tomar decisões.

Na Escola Superior de Guerra, na praia Vermelha, no Rio de Janeiro, conhecida por ser uma escola militar das Forças Armadas, de formação para situações de guerra, em sua aula inicial e durante o curso os acadêmicos é condicionada a seguinte atitude:

“Decida mal, mas decida sempre, pois a indecisão nos levará a derrota”.

Neste mesmo princípio, encontramos no ambiente de trabalho a mesma situação, onde a baixa auto-estima nos desencoraja diante dos desafios e decisões

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criativas, nos leva a insegurança, ao fracasso, que para evitá-lo, normalmente se busca o consenso como solução e que nem sempre será melhor e inovadora.

1.4.4 Diretrizes para a tomada de decisões

Para tomada de decisão é necessário avaliar sobre a decisão a ser tomada:

Quais os fatores que conheço? Quais suas conseqüências? Quem será afetado por ela e como?Ou seja, para que possamos tomar uma decisão, temos que fazer uma avaliação de todos os fatores que a envolvem, suas conseqüências. O que esta decisão poderá causar. Para tanto, se faz necessário que antes de decidir, tenhamos a responsabilidade e noção das possíveis conseqüências. Devemos evitar que haja o espírito de impor uma decisão de forma inflexível, mesmo que se tenha uma alta auto-estima. Por vezes se faz necessário ouvir, consultar ou obter opiniões externas, não para se fazer um consenso, mas para se certificar que todos os fatores foram analisados e criteriosamente conduziram a uma decisão acertada e criativa.

1.4.5 Como abordar os outros com espírito benevolente

Aquele que esta em alta auto-estima se sente tão seguro, tranqüilo, equilibrado emocionalmente e psicologicamente, que se sente livre para se aproximar dos outros sem se sentir ameaçado e, portanto ser benevolente.

Todos com alta auto-estima são naturalmente alegres, comunicativos, entusiasmados, fáceis de lidera e de obter consenso de opiniões de um grupo tanto no trabalho como na família.

1.4.6 A convicção de que somos merecedores de sucesso

A convicção de que temos valor e de que merecemos o sucesso, felicidade, respeito e amor, só com alta auto-estima, pois é com ela que vem toda a segurança certeza e garantia. Se a vida nos cobra valores tenho que dar a mim mesmo a certeza que serão meus, do contrario perderei.

As pessoas que duvidam de sua eficiência e de seu valor tendem a sentir medo das outras pessoas. Elas percebem o outro como ameaça.

1.4.7 Altos níveis de cooperação social

Existe uma correlação segura não só com o fator cooperação social, mas também com as qualidades de benevolência, generosidade e compaixão.

As pessoas de alta auto-estima não sentem motivação para se tornarem superiores às outras. Seu contentamento está em ser quem são não em serem melhores do que os outros.

1.4.8 Sentir que você faz a diferença

Muitas vezes encontramos em nosso trabalho, equipes pouco produtivas e desestimuladas, normalmente lideradas por chefes que não valorizam suas opiniões, muitas vezes não quer nem ouvi-las. Os colegas de trabalho se omitem de dar sugestões e com isto acham que não fazem a diferença.

Basta a mudança de atitude do chefe de forma positiva, para que se opere a transformação, pois uma vez fortalecido a alta auto-estima da equipe, passam a acreditar que suas colocações fazem a diferença e mais fácil a cooperação entre a equipe e obtendo resultados.

É importante para todos os humanos, o elogio, o reconhecimento, ser apreciado, sentir apoio no ambiente de trabalho que favorece nossa auto-estima.

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1.4.9 Competência: segurança interna

Competência é a segurança interna que decorre de confiar-nos próprios processos mentais, e não de basear o sentimento de valor pessoal no resultado que nem sempre depende só da pessoa. Quantas vezes não encontramos pessoas de muita experiência e competência com alta auto-estima, ocupando cargos secundários. É um erro basear a auto-estima apenas no desempenho ou na capacidade de receber altos salários. Não faz nenhum sentido que a auto-estima deva estar à mercê de fatores a respeito dos qual você não tem absolutamente nenhuma margem de controle.

1.4.10 A auto-estima ancorada em nossa capacidade de aprender

Num mundo em que vivemos onde impera a competição e a disputa por cargos, funções, salários, ascensão social no emprego e na sociedade, confirmam os estudiosos que o saber faz a diferença. O conhecimento que se obtém através da dedicação pessoal e pelo resto de nossas vidas nos leva de total desconhecimento de um assunto ao domínio. Esta transformação revigora e estimula a qualidades de alta auto-estima e a cada desafio vencido se regenera e reforça nossa capacidade de aprender.

1.4.11 Expectativas elevadas de sucesso

A capacidade de aprender deve ser desenvolvida e estimulada em sala de aula, pelo pesquisador ou professor. Embora seja muito difícil a formula de despertar o interesse com disciplina e permitindo que cresçam e aprendam, sustentando e apoiando elevadas expectativas em si mesmo e nos subordinados.

Ao delegar tarefas, pergunte à pessoa se ela pode cumpri-las, se está

disposta a ser responsável por sua realização.

1.4.12 Responsável pela estipulação de metas

É importante que o grupo estipule suas próprias expectativas e metas dentro do referencial de metas da organização. Isto fortalece a experiência de autonomia pessoal.

É conseqüência natural que o grupo priorizará mais as metas escolhidas por eles. O administrador com alta auto-estima tem mais facilidade de delegar aos seus subordinados a escolha das metas e de tarefas.

Assim que as pessoas compreendem como a auto-estima funciona na psique humana elas passam a localizar oportunidades de aplicação que estranhos não conseguirão enxergar.

1.4.13 Desafie, estimule e aumente

Está comprovado por pesquisas, que obteremos o melhor das pessoas, quando exigimos delas um pouco além de suas capacidades naturais. Mas sempre com cuidado para que este pouco a mais, seja alcançado. Senão o efeito será contrário, paralisante. Este pouco a mais dentro do campo mental interpretará como sendo uma avaliação à maior do que nos achamos capazes, e então como se fosse um incentivo, estimulo elogio.

1.4.14 Sem atalhos até a auto-estima

Como o titulo afirma, não existem atalhos para se chegar à auto-estima. A auto-estima esta dentro de cada um de nós e só nós, através de nossas verdadeiras e íntimas sensações, certezas, conhecimento e garantias poderemos desenvolvê-la, fortificá-la, renová-la. É uma questão intima. Não temos como enganar a realidade, portanto é fundamental que tenhamos uma vida responsável, com alto nível de integridade, pois a auto-estima é sempre uma vivencia intima, é o que sentimos a nosso próprio respeito e não o que outra pessoa sente e pensa de nós. A

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auto-estima é a reputação que temos diante de nossos próprios olhos.

1.5 INCORPORAÇÃO DE EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS ÀS ATIVIDADES DE ENSINO

As experiências profissionais em muito acrescentam no exercício da profissão de Docente no Ensino Superior. É interessante ressaltar que os alunos sempre procuram soluções rápidas e simples pra problemas inclusive complexos. Nesse sentido, torna-se mais atrativo expor situações profissionais já vivenciadas em situações que antes eram apenas teóricas.

É natural que aumente o nível de atenção quando situações dessa natureza são expostas em sala de aula, pois geralmente se apresentam sob linguagem menos técnica e já retiram certos anseios ou dúvidas do futuro profissional de quem está acostumado a presenciar, na maioria das vezes, situações teóricas que ainda não se sabe exatamente como serão aplicado quando estiverem no mercado de trabalho.

2.0 DIFICULDADES ENFRENTADAS

2.1 BAIXA REMUNERAÇÃO

O Professor do ensino superior enfrenta um mal crônico no país, que é a baixa remuneração. A consequência desse mal é a grande evasão dos docentes mais qualificados, que preferem mudar de área de trabalho, optando, via de regra, para empregos públicos ou iniciativa privada com melhor remuneração.

Com baixos salários, o Professor encontra sérias dificuldades: no provimento da família e suas necessidades, no seu imprescindível aprimoramento profissional, que na área de docência deve ser constante, na sua apresentação pessoal, na manutenção da saúde geral e bucal (odontológica e vocálica), sendo esta, uma das principais “ferramentas” de trabalho do Professor e, outras necessidades mais.

Existem muitas promessas governamentais de melhoria salarial,

oriundas de infindáveis manifestações dos docentes através de seminários, protestos e greves, mas, até o momento, pífios. Não sobra dinheiro para os Professores, a “politicagem”, a corrupção e a falta de compromisso sério com a educação consomem, vorazmente, todo dinheiro que seria destinado àqueles que formam a base produtiva de uma Nação, o Professor.

2.2 FALTA DE TEMPO DISPONÍVEL

Uma das conseqüências da baixa remuneração do Professor do ensino superior é a necessidade de complementar o orçamento familiar exercendo outras atividades remuneratórias paralelas à docência, o que ocasiona na falta de tempo para a dedicação aos inúmeros afazeres tais como: preparo de aula, preparo de prova, correção de provas, preenchimento de formulários de controle, reuniões, cursos de aperfeiçoamento, seminários, confraternizações docentes e discentes, em fim, uma agenda “apertada” que exige uma dedicação exclusiva. Quase como uma conseqüência natural de uma baixa remuneração o professor do ensino superior, como já foi explicitado no item anterior, busca novas fontes de renda para seu sustento, inclusive acumulando diversas atividades em várias instituições de ensino.

2.3 FALTA DE RECONHECIMENTO PROFISSIONAL

Além da conhecida falta de remuneração adequada, o Professor do ensino superior não tem o devido reconhecimento profissional, por uma inversão de valores que foi praticamente estabelecido no país, ou seja, ter nível superior não é tão necessário, pois para ser Presidente da República basta ter o primeiro grau, ser popular e político. O cantor, os jogadores de futebol, o artista de televisão e de cinema, são quase todos milionários, e não precisam ter curso superior, então para que estudar? Infelizmente essa é mentalidade atual. Enquanto que, para ser professor de nível

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superior faz-se necessário a constante atualização, pesquisa, o conhecimento e busca permanente da interação pessoal, psicológico e emocional com os alunos.

2.4. IMPOSIÇÕES INSTITUCIONAIS

Para ser um Professor do ensino superior, além da graduação há a necessidade de cursos de pós-graduação em vários níveis, experiência na docência, experiência pessoal, enfim, um acurado preparo profissional. No entanto, algumas instituições de ensino mais ortodoxas, persistem em “engessar” o Professor com as imposições institucionais antiquadas que não permitem ao profissional inovar e aperfeiçoar a complexa atividade docente, em detrimento dos alunos.

Em algumas instituições particulares, a imposição é de “aprovar” o aluno, sobretudo, o bom pagador, por uma questão de sobrevivência da instituição, sem dar muita importância para a qualidade do ensino dos discentes.

2.5 MÁ FORMAÇÃO DOS ALUNOS

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos Professores de nível superior, atualmente, é o despreparo dos alunos, tanto escolar como de educação familiar. Esse despreparo transforma a docência numa atividade complexa e desgastante, uma vez que exige do Professor, além do conhecimento da disciplina a ser ministrado, muito equilíbrio emocional e capacidade de lidar com aluno-problema, que infelizmente se agrava a cada dia, com perspectiva de melhora duvidosa.

Sem uma boa seleção intelectual e até comportamental, o estabelecimento e cobrança de regras rígidas de procedimentos dentro das instituições, o ensino superior estará fadado ao fracasso que se vê na atualidade.

Relações Humanas: é a arte do relacionamento entre duas ou mais pessoas, podendo se dá de forma:

• Espontânea, harmoniosa, partilhada, respeitosa ou

• Intencional, conflituosa

Importância do estudo das relações humanas – tem por finalidade minimizar os entraves nas relações pessoais e permitir que haja maior satisfação das pessoas envolvidas no processo de convivência.

Relação interpessoal – é a comunicação que se estabelece entre pessoas, faculdade, nos eventos, no lar, na escola, na empresa, na igreja, etc..

Relação intrapessoal – é a comunicação que mantemos conosco mesmo. É o diálogo interior, ocorrido que momentos de oração, meditação, etc.

2.5.1 Relacionamento com ações:

POSITIVAS

• Aceitar: compreende que as pessoas são falhas e precisam de ajuda;

• Ouvir: permite entender os sentimentos dos outros;

• Elogiar: auxilia os laços de simpatia mútua;

• Sorrir: exercício relaxante e simpático;

• Tolerar: permite suportar uns aos outros.

NEGATIVAS

• Criticar: forma muralha no relacionamento;

• Mentir: acaba com a confiança entre duas pessoas;

• Julgar: destrói qualquer relacionamento

• Irritar: transfere a carga de algo para outra pessoa

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• Magoar: ferir, melindrar, ofender.

2.5.2 Processos de relações interpessoais entre grupos e indivíduos

Perspectiva da atração interpessoala) comportamental (concreta)

depende da personalidade (diamante polido) e do caráter de cada pessoa (diamante bruto);- revela-se pelas ações físicas.

b) emocional (abstrata) depende das pautas vivenciadas.- revela-se pelos sentimentos.

bem estar

Positivos confortoRespei-to

mal estar

Negativos aborrecimentoDesres-peito

Semelhanças interpessoais – reside em afinidades de: Opiniões, crenças e valores Sentimentos e

comportamentos Interesses e atitudes

Complementaridade – ocorre no desenvolvimento

1ª fase – fator de aproximação (interindividuais)

2ª fase – fator de atração (características que não possuem) na medida em que se completam.

Respeito – valorizamos a capacidade

Aceitação – pela compreensão e disponibilidade

Estima – simpatia Gratidão – pelo bem que

propiciou

Reações negativas reveladas por:física

Agressão emocionalPsicológica

Tipos de agressão:- agressão hostil – emotiva e impulsiva Independe da vantagem que se possa obter.

- agressão instrumental – planejada

- Visa atingir um objetivo.

As formas de expressão agressivas: Aberta – física psicológica

ex: espancamentos e humilhações

Dissimulada – recorre a meios dissimuladosex: sarcasmos e cinismos

Inibida – manifesta agressão contra si próprioex: gera rancor por inibir sua resposta física ou verbal, a fim de evitar conflitos.

Concepções de agressividade:

tem origem biológica é inatapulsão de vida (manutenção do indivíduo e as pulsões sexuais)

1. Freudpulsão de morte (são autodestrutivas)disposição instintiva primitiva e autônoma do ser humano.

resulta de uma aprendizagem social

2. Bandeiraaprendido por observação e imitação de modelos (pais,

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professores e sociedade)

é inata, programada geneticamente

3. Lorenz desencadeada por estímulos que revelam como questão de sobrevivência

3.0 CONCLUSÕES

Pelo exposto no presente trabalho, conclui-se que para ser Professor no ensino superior é necessária uma série de requisitos técnicos e pessoais, que somados às experiências adquiridas ao longo da vida, habilita o Professor a ser um educador, no sentido amplo da palavra.

As dificuldades enfrentadas pelo Professor no ensino superior começam com a baixa remuneração e suas consequências, se agravam com a necessidade de aceitação da problemática do despreparo intelectual e comportamental dos alunos e culminam com a falta de reconhecimento da importância de sua atividade, por uma equivocada inversão de valores, praticamente institucionalizado no País, à luz dos fatos atuais, que apontam para a valorização do “diploma” superior e não do preparo para a vida profissional.

O grande desafio da educação superior no Brasil deve-se a grande polêmica que se trava a respeito da função da escola, de

modo geral, esta centrada na seguinte questão: a escola é um aparelho de sustentação ou um meio de transformação da sociedade? O aparecimento da escola ocorre no momento em que surge a propriedade privada dos meios de produção e a sociedade de classes. A classe que domina materialmente é também a que domina com suas idéias, com sua moral e educação. (citado no Livro da Universidade Estadual Vale do Acarau).

Desde o tempo da vinda da Companhia de Jesus, com os jesuítas, da Europa, a dualidade sempre existiu. A educação superior no Brasil não é um desafio novo, continuará sendo um enorme desafio com um diferencial importante, hoje a classe acadêmica tem consciência mais do que antes, que se faz necessário um enfrentamento deste desafio.

Temos conhecimento que a classe dominante do povo brasileiro, em torno de 80%, possui alguma escolaridade do ensino fundamental ou mesmo chegaram a cursar alguns anos do ensino médio e acreditamos que não será através desta categoria que obteremos ganhos significativos na área de ensino, principalmente no nível superior, pesquisa, pós-graduação, etc... .

A pirâmide educacional, nas décadas de 40, 50 e 60, a qual tantas vezes referiu-se em seus escritos o mestre Anísio Teixeira, continua presente, onde nossa pirâmide educacional seu ápice, contrastando com uma base larga. Em 1997 somaram 274 mil, isto é, menos que 1,5% da faixa etária da população em idade de ingresso na escola, nos posicionando entre os piores no desempenho educacional no terceiro grau entre os países do continente. A justificativa desta pirâmide cujo ápice representa 20% de todos os brasileiros usufrui de uma renda mensal 32 vezes superior aos 20% dos mais pobres. Como citei anteriormente, para as elites dominantes, o saber a educação foi sempre entendida como mercadoria de interesse privado, ao invés de bens públicos universais de interesse coletivo da cidadania.

Page 13: TCC Ser Professor No Ensino Superior

De 1980 a 1998, o numero de IES publicas federais permaneceu praticamente inalterado. Existem muitos estudos, levantamentos estatísticos e avaliações deste período, mas todos precários e desafiador. Após este período a educação superior continua elitista e cada vez mais privatizada. A oferta de vagas é extremamente insuficiente diante da demanda reprimida e do numero cada vez maior dos concluintes do ensino médio que tende a ser quatro a cinco vezes maiores do que o do numero de vagas oferecido anualmente para a educação superior. Esta é uma séria questão a ser enfrentada quando se pensa em triplicar o numero de estudantes de educação superior no país nos próximos 10 anos. Com a atual distribuição de renda familiar, dificilmente se poderá esperar a ampliação importante do numero dos que poderão pagar de R$300,00 a R$2.000,00 por mês para estudar em IES privada.

Em IES pública, os principais impasses situam-se hoje em torno da escassez de recursos para custeio e capital, para financiamento de pesquisa, do congelamento salarial de docentes e funcionários que perdura há 5 anos, baixa relação docente/aluno de 1/9, da evasão discente que atinge mais de 50% e da evasão de quase 1/3 do corpo docente nos últimos anos, em geral os mais qualificados, que, aposentados, transferem-se via de regra para IES privadas.

Nos últimos anos assiste-se um verdadeiro processo de reformas (pontuais) da educação superior sob o comando mais geral do Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado (Mare) e, mais especifico, do Ministério de Educação e dos Desportos (MEC). A principal proposta de reforma refere-se à de transformar universidades, hospitais, escolas técnicas, centros de pesquisa e os museus, em entidade não estadual, em um tipo de organização social. Isto possibilitaria formalizar contrato de gestão com o Poder Executivo e contém com a autorização do parlamento em participar do orçamento, ou seja, seriam organizações publicas não estatais, mais especificamente fundações de direito privado, possibilitando

entrar nos orçamento publico federal, estadual ou municipal. (Bresser Pereira, 1995, p.13).

Mas o passo mais importante da reforma em andamento dá-se, quando, via ação coordenada por representantes do MEC junto com outros membros do Congresso Nacional, mais geral do Ministério da Administração Federal é aprovado o capitulo da Educação Superior da LDB, nos termos propostos pelo ministério. Onde entre outras, no Art. 54 da LDB afirma “Caberá a União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de educação superior por ela mantidas”.

Após a aprovação da LDB, foram aprovados diversos Decretos que pontualmente foram aperfeiçoando e corrigindo as brechas e indefinições contidas na forma inicial, como por exemplo, o Decreto 2.306/97 e uma série de portarias editadas e reeditadas que normatizam o credenciamento das IES, autorização de implantação de cursos fora da sede por universidades, o credenciamento de centros universitários, credenciamento de faculdades integradas, faculdades, institutos superiores ou escolas superiores e autorização de novos cursos em faculdades integradas, faculdades, institutos superiores ou escolas superiores já em funcionamento.

Neste mesmo período verifica-se a implantação da Gratificação de estimulo a docência (GED) junto as IFES, Lei 9.678/98, após um processo de desgaste de um movimento grevista de mais de cem dias que reivindicava reajuste dos salários congelados há quatro anos. A GED põe uma cunha na isonomia salarial entre ativos e inativos, vincula aumento salarial com produto medido por avaliação dita qualitativa e, principalmente, introduz um fator de diferenciação interna da categoria docente. O que ganha corpo é a avaliação meritocrática e a recomendação da maior diferenciação institucional.

Após varias tentativas, sem sucesso, de dar autonomia de gestão as IES e auxilio financeiro pelo governo federal,

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conforme Art. 212, § 2○, onde se Le: ”A União transferira, anualmente, por dez anos, setenta e cinco por cento do total dos recursos vinculados ao ensino que arrecadar, para formação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Superior”.

Na ótica oficial, embora se fale em autonomia de gestão financeira, o que de fato se defende é um conceito de autonomia financeira, presente tanto na LDB, quanto na PEC 370-A/96, que não prevê pleno financiamento das IES e que supõe a busca por essas instituições de recursos suplementares junto a fontes privadas para suprir suas necessidades. Na comunidade acadêmica das IFES, representada pela Andifes, Fasubra e UNE, reivindica-se a autonomia consagrada pela CF, isto e, de gestão financeira dos recursos garantidos pelo Estado (ART 54 da LDB) com gratuidade plena (CF, ART 205, IV) do ensino e associação ensino-pesquisa- extensão. Reivindica-se ainda a autonomia na indicação dos dirigentes, atual prerrogativa do governo, vista como ilegítima e antiautonômica.

Todas as tentativas foram rejeitadas por não propor um modelo jurídico adequado, não assegurar os recursos financeiros necessários à manutenção e expansão do sistema. Em outras palavras, quando se lança mão de artifícios semânticos como entidade publica não estatal, propriedade publica não estatal e espaços públicos do semipublico e do semiprivado, o que se quer significar de fato é que se entende a educação superior como um espaço efetivamente privado.

CRONOLOGIA DOS DESAFIOS DA EDUCACAO SUPERIOR

Em 1931, o presidente Getúlio Vargas criou o Ministério da Educação e Saúde, marcando um novo inicio de reformas. Neste período teve o “Manifesto dos Pioneiros” da Educação Nova (1932). Neste manifesto foram aprovados e deram sequencia as seguintes modificações:

Decreto Lei 1.190/39 que organiza a Faculdade Nacional de Filosofia, Ciências e Letras;

Aprovação do modelo 3 + 1, considerado padrão federal;

Em 1948, foram iniciados os debates em torno do 1◦ Projeto da L.D.B;

Aprovação da Lei 4.024, em 20 de Dez de 1961, onde fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

Após o golpe militar de 1964 foram obtidas duas reformas:

Lei 5540 de 28 de novembro de 1968. Essa Reforma, enraizada nas transformações do ensino superior nas primeiras décadas da República, nos séculos XIX e XX, tem como objetivos maiores facilitar o acesso ao ensino superior por meio de multiplicações de faculdades, aumentarem o número de cursos noturnos e, principalmente, adaptar os currículos às condições do mercado local.

Lei 5692 de 11 de agosto de 1971 Fixa diretriz e bases para o ensino de 1º e 2º graus.

Desse modo, a Lei 5692/71 rompeu com uma tradição secular que não vinculava o Ensino Médio estritamente ao mundo do trabalho profissional e tornava obrigatória a aquisição de uma profissão pelo estudante, mesmo aquele que buscava o 2o grau apenas como um caminho para o ensino superior.

A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica e o ensino superior.

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Educação básica:

Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) – É gratuita mas não obrigatória. É de competência dos municípios.

Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática os municípios estão atendendo aos anos iniciais e os Estados os anos finais.

Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou não.

Ensino Superior:

É de competência da União, podendo ser oferecido por Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar as instituições privadas de ensino superior.

A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas:

Educação Especial – Atende aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.

Educação à distância – Atende aos estudantes em tempos e espaços diversos, com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação.

Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os estudantes a exercerem

atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar conhecimentos tecnológicos e científicos.

Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não tiveram acesso a educação na idade apropriada.

Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de forma a respeitar a cultura e língua materna de cada tribo.

Mesmo com toda esta busca

pela evolução e equilíbrio da

educação no Brasil, podemos

afirmar que ainda estamos sobre o

julgo parcial, mas presente, dos

padres jesuítas, pois ainda

percebemos a existência da

dualidade no ensino para os mais e

os menos favorecidos, mas

acreditamos que cada vez mais,

com o envolvimento direto dos

acadêmicos cada vez mais

representados no Congresso

Nacional, conseguiremos dar maior

equilíbrio na distribuição de renda e

verdadeiramente dar oportunidade e

condições de ampliar o ápice de

nossa pirâmide social reduzindo sua

base composta dos menos

favorecidos.

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BIBLIOGRAFIA

SAVIANI, Dermeval (org.). O Legado Educacional do Século XX no Brasil – Campinas – SP- Autores Associados, 2004.

Lei 9394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) Lei 5.540/68: da separação de universidades e centros Lei 4024/61: Diretrizes e Bases da Educação Nacional Apostilas e anotações obtidas durante o curso de docência com ênfase na Historia da

Educação Brasileira e o Ensino Superior – FAAO Educação Superior – Velhos e Novos Desafios – Valdemar Sguissardi. Brasil, Mare. Plano Diretor da Reforma do Estado. Brasília. Bresser Pereira, Luiz Carlos. A Reforma do Aparelho do Estado e a Constituição

Brasileira. 1995. (Conferencia no Seminário sobre Reforma Constitucional.)

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