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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA CURSO DE FISIOTERAPIA AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL SOBRE A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR LUDMILA CAVALCANTE DE MIRANDA PAULA DE MIRANDA FONSECA BRASÍLIA 2008

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O objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento dos profissionaisde saúde do Distrito Federal sobre a atuação do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar. Foirealizado um estudo diagnóstico / transversal, com profissionais de nível superior. Os dadosforam coletados por meio de um questionário auto-aplicável com perguntas objetivas, acercada profissão, tempo de formação e local de trabalho do entrevistado, além de perguntasrelacionadas à atuação específica do profissional fisioterapeuta.

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA CURSO DE FISIOTERAPIA

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚD E DO DISTRITO FEDERAL SOBRE A ATUAÇÃO DO

FISIOTERAPEUTA NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

LUDMILA CAVALCANTE DE MIRANDA PAULA DE MIRANDA FONSECA

BRASÍLIA 2008

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LUDMILA CAVALCANTE DE MIRANDA PAULA DE MIRANDA FONSECA

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚD E DO DISTRITO FEDERAL SOBRE A ATUAÇÃO DO

FISIOTERAPEUTA NA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Artigo científico apresentado à disciplina Trabalho de Conclusão de Curso – TCC como requisito parcial à conclusão do curso de Fisioterapia da Universidade Católica de Brasília – UCB. Orientadora: Profa. Dra. Juliana de Faria Fracon e Romão

BRASÍLIA 2008

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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚD E DO DISTRITO FEDERAL SOBRE A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

EVALUATION OF THE KNOWLEDGE OF THE PROFESSIONALS OF

HEALTH OF THE DISTRITO FEDERAL ON THE ROLE OF THE PHYSIOTHERAPIST IN THE MULTIDISCIPLINAR TEAM

Juliana de Faria Fracon e Romão Profa. Dra. do Curso de Fisioterapia da Universidade Católica de Brasília

Ludmila Cavalcante de Miranda Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Católica de Brasília

Paula de Miranda Fonseca

Graduanda em Fisioterapia pela Universidade Católica de Brasília

Endereço para correspondência: Profa. Dra. Juliana de Faria Fracon e Romão

Avenida Flamboyant, lote 08, apto 802, Águas Claras.

CEP 71917-000 Taguatinga – DF

Telefone: (61) 9287-8998

E-mail: [email protected]

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Resumo

A inserção do fisioterapeuta no PSF é de grande importância, pois junto à equipe multiprofissional e de forma interdisciplinar ele atua como multiplicador de saúde. Levando em consideração a importância da atuação do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar, podemos informalmente inferir a falta de reconhecimento do profissional fisioterapeuta nas redes básicas de saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde do Distrito Federal sobre a atuação do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar. Foi realizado um estudo diagnóstico / transversal, com profissionais de nível superior. Os dados foram coletados por meio de um questionário auto-aplicável com perguntas objetivas, acerca da profissão, tempo de formação e local de trabalho do entrevistado, além de perguntas relacionadas à atuação específica do profissional fisioterapeuta. Foram analisados 104 questionários, 61,5% trabalhavam em instituições públicas e 95,2% conheciam o setor terciário como principal área de atuação do fisioterapeuta, 90,4% gostariam de ter um fisioterapeuta atuando em sua equipe e 79,8% reconheciam a fisioterapia como um tratamento complementar. O profissional fisioterapeuta é reconhecido como importante colaborador no tratamento do paciente e como multiplicador de saúde. Entretanto, persiste a necessidade de maior esclarecimento a respeito do que caracteriza e define o campo de atuação desse profissional. Palavras-chave: Equipe Multidisciplinar, Profissionais de Saúde e Fisioterapeuta.

Abstract The physical therapist inclusion in the Family Health Program is of great relevance, as together with the multi-professional team and in an interdisciplinary way he acts like a health multiplier. Taking into account the importance of the physical therapist’s performance within the multi-disciplinary team, we can infer, in an informal way, the lack of appreciation of the physical therapist in the basic health networks. The purpose of this work was to evaluate the Distrito Federal’s health professionals’ knowledge about the performance of the physical therapist in the multi-disciplinary team. A diagnostic/transversal study was carried out with graduated professionals. The data was gathered by means of a self-applicable questionnaire with objective questions about the profession, training time and the workplace, in addition to questions related to the physical therapist’s specific performance. 104 questionnaires were analyzed, 61.5% worked in public institutions and 95.2% knew the tertiary sector as the main performance area of physical therapists, 90.4% would like to have a physical therapist in his team and 79.8% recognized physical therapy as a complementary treatment. The physical therapist is recognized as an important contributor for the patient’s treatment and as a health multiplier. However, further clarification concerning what characterizes and defines this professional’s performance field persists. Key-words: Multi-Disciplinary Team, Health Professionals, Physical Therapist.

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Introdução

A Fisioterapia é definida como uma Ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Essa ciência fundamenta suas ações em mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da biologia, das ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, da patologia, da bioquímica, da biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patológica de órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais. É uma atividade de saúde, regulamentada pelas Leis 6.316/75 e 8.856/94, pelo Decreto-Lei 938/69, pelo Decreto 9.640/84 e por Resoluções do COFFITO.

O fisioterapeuta é um profissional da Saúde, com formação acadêmica superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais, à prescrição das condutas fisioterapêuticas, à sua ordenação e indução no paciente bem como ao acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e das condições para alta [1].

Em relação às áreas de atuação do profissional fisioterapeuta, podemos citar: a fisioterapia clínica, na qual o profissional atua em hospitais, clínicas, ambulatórios, consultórios ou centros de reabilitação; a saúde coletiva, com programas institucionais e ações básicas de saúde; fisioterapia do trabalho ou vigilância sanitária, atuando em educação, prevenção e assistência fisioterapêutica coletiva; a docência, em níveis secundário e superior, em extensão, pesquisa, supervisão técnica e administrativa, direção e coordenação de cursos; esportes; industrialização e comercialização de equipamentos e produtos para fisioterapia [2].

Para atender às novas políticas de saúde e à demanda de serviços relacionados a atendimentos de pacientes portadores de doenças crônicas e degenerativas faz-se necessário a implantação de equipes multidisciplinares, nas quais diferentes profissionais trabalhem juntos em prol de um objetivo comum. No entanto, cada um deverá exercer sua função individualmente. O melhor exemplo de equipe multidisciplinar, atualmente, é o Programa de Saúde da Família (PSF).

A estratégia do PSF foi iniciada no Brasil em junho de 1991, com a implantação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Em janeiro de 1994 foram formadas as primeiras equipes de Saúde da Família incorporando e ampliando a atuação dos agentes comunitários da saúde (ACS). O PSF foi criado com o intuito de reorganizar a atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo tradicional levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorar a qualidade de vida da população brasileira. O programa prioriza as ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde das pessoas, de forma integral e contínua. O atendimento é prestado na unidade básica de saúde ou no domicílio, pelos profissionais que integram as equipes de saúde, que geralmente são compostas por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários; outros profissionais podem ser inseridos à equipe de acordo com a necessidade e possibilidades do município [3].

A inserção do fisioterapeuta nos serviços de atenção primária à saúde é um processo em construção, tendo em vista que, quando do surgimento da profissão, desenvolveu-se senso comum rotulando o fisioterapeuta somente como reabilitador, voltado apenas para uma pequena parte de seu objeto de trabalho, que é tratar a doença e suas seqüelas. Essa lógica de conceitualização, durante muito tempo, excluiu da rede básica os serviços de fisioterapia, acarretando uma grande dificuldade de acesso da população a esse serviço e impedindo o profissional de atuar na atenção primária [4].

A fisioterapia apresenta uma missão primordial de cooperação mediante a nova realidade de saúde, trabalhando na prevenção, eliminação e cura de doenças [5]. Mas a

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profissão ainda encontra-se enfraquecida na atenção primária e na participação no PSF no Brasil [6]. Por isso, é necessária a publicação de atividades onde o fisioterapeuta esteja inserido na atenção básica, atuando na prevenção de doenças e promoção de saúde, para a construção de referenciais de importância profissional e social.

A inserção do fisioterapeuta no PSF é de grande importância, pois junto à equipe multiprofissional e de forma interdisciplinar ele atua como multiplicador de saúde. Esse profissional pode executar ações de assistência integral em todas as fases do ciclo da vida, realizar atendimentos domiciliares aos portadores de doenças crônicas, degenerativas e neurológicas, que estejam acamados e/ou impossibilitados de se deslocarem de suas casas, entre outras possibilidades de atuação junto ao programa [5]. Levando em consideração a importância da atuação do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar, bem como na promoção da saúde, podemos informalmente inferir a falta de reconhecimento do profissional fisioterapeuta nas redes básicas de saúde.

Sabendo da grande dificuldade de acesso da população a esse serviço e por sua elitização vemos que estão ocorrendo mudanças no perfil epidemiológico da população, como por exemplo, o aumento da incidência de doenças crônicas e degenerativas, levando a carência desse tipo de serviço de saúde.

Buscamos, através deste estudo, obter informações referentes ao conhecimento dos profissionais que compõem uma equipe multidisciplinar sobre a atuação do profissional fisioterapeuta, visando ampliar seu reconhecimento e importância na área da saúde.

Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento dos profissionais de saúde do Distrito Federal sobre a atuação do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar.

Metodologia

Foi realizado um estudo diagnóstico / transversal, no período de fevereiro a abril de 2008 com profissionais de nível superior: médicos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, terapeutas ocupacionais (T.O.) e fonoaudiólogos, atuantes em instituições públicas e privadas de saúde do Distrito Federal, que faziam parte de uma equipe multidisciplinar.

Os dados foram coletados por meio de um questionário (Anexo 1), auto-aplicável com 14 perguntas objetivas, acerca da profissão, tempo de formação e local de trabalho do entrevistado. Quanto à atuação específica do profissional fisioterapeuta, foram questionadas as áreas de atuação; locais de trabalho; eficácia do tratamento fisioterapêutico; indicação da fisioterapia; conhecimento sobre métodos, técnicas ou recursos fisioterapêuticos e sua participação em uma equipe multidisciplinar. Juntamente com o questionário os profissionais receberam um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo 2) no qual constavam orientações e esclarecimentos sobre os objetivos, benefícios, direitos resguardados e ausência de riscos.

Inicialmente, a entrega dos questionários seria restrita apenas aos Postos de Saúde do Distrito Federal. Contudo, devido ao número insuficiente de profissionais disponíveis para o preenchimento do questionário atuantes nos postos de saúde, decidiu-se aplicar os questionários em outras Unidades de Saúde, tais como: hospitais, clínicas, departamentos de saúde de órgãos públicos e ONG´s.

Os questionários foram entregues aos profissionais em seu próprio ambiente de trabalho, com autorização prévia das chefias administrativas de cada instituição participante da pesquisa, listadas no Anexo 3. O instrumento de coleta foi aplicado uma única vez aos profissionais e entregues preenchidos em seguida às pesquisadoras.

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Para a análise estatística foi utilizada a análise descritiva e o teste qui-quadrado calculado no SPSS 10.0 (Statistical Package for Social Sciences) para Windows. Para tanto foi adotado o nível de significância de p≤0,05.

Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Católica de Brasília e encontra-se registrado sob o número CEP/UCB 018/2008 (Anexo 4).

Resultados

Foram entregues 110 questionários sendo que apenas 104 destes foram analisados.

Participaram da pesquisa os profissionais de nível superior da área de saúde que faziam parte de uma equipe multidisciplinar de instituições públicas, privadas e ONGs. Foram excluídos 2 profissionais que não preencheram corretamente o questionário e 4 que não devolveram às pesquisadoras os questionários devidamente preenchidos até o fim da pesquisa.

Do total de 104 profissionais da saúde entrevistados 61,5% trabalhavam em instituições públicas, 13,5% em instituições privadas, 24,0% trabalhavam em instituições públicas e privadas e apenas 1,0% do total marcou a opção outros (ONG, Fundações, Associações, etc). A distribuição dos entrevistados de acordo com sua profissão e tempo de formação está registrada na Tabela I.

Tabela I - Tempo de formação e profissão dos entrevistados Tempo de formação (anos)

Até 5 Até 10 Até 20 Até 30 Mais de 30

Total

Assist. Social 1 0 0 2 0 3

Enfermeiro 9 13 9 3 0 34

Fonoaudiólogo 2 0 0 0 0 2

Médico 18 11 10 11 0 50

Nutricionista 2 0 0 1 0 3

Psicólogo 2 4 2 2 1 11

T.O. 0 0 0 1 0 1

TOTAL 34 28 21 20 1 104

Em relação à atuação do profissional fisioterapeuta nas áreas primária (prevenção), secundária (tratamento) e terciária (recuperação), verificamos que a maioria dos entrevistados conhecia a área terciária. Mas ainda assim, muitos sabiam que o profissional fisioterapeuta poderá atuar nas três áreas (Figura 1).

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Figura 1 - Freqüência do conhecimento dos profissionais sobre as áreas de atuação do fisioterapeuta

1,0%2,9%

26,0%

1,0%

19,2% 19,2%

30,8%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

sóprevenção

sótratamento

sórecuperação

prevenção etratamento

prevenção erecuperação

tratamento erecuperação

todas as trêsáreas

Quando questionados sobre os locais de atuação do profissional fisioterapeuta, 100% dos entrevistados conhecem pelo menos um local de atuação. Foi questionado também se os entrevistados gostariam de ter um fisioterapeuta atuando em sua equipe: 90,4% disseram que sim, 7,7% disseram que não e 1,9% não responderam a essa pergunta.

Dos profissionais entrevistados, 79,8% afirmaram que o trabalho do fisioterapeuta pode complementar o tratamento do seu paciente, 19,2% responderam que pode complementar em alguns casos e apenas 1,0% que não poderia complementar o seu tratamento.

Quando questionados se já haviam trabalhado com fisioterapeuta em algum serviço de saúde 73,1% responderam que sim; se já acompanharam um paciente antes e depois de um tratamento fisioterapêutico, 83,7% relataram já ter acompanhado; sobre indicação ou sugestão de tratamento fisioterapêutico para seus pacientes, 79,8% responderam que já haviam feito; quando avaliados sobre o conhecimento de algum método, técnica ou recurso fisioterapêutico, 89,4% disseram conhecer pelo menos um desses e, sobre acreditar na eficácia do tratamento fisioterapêutico e acreditar que o fisioterapeuta deve fazer parte de uma equipe multidisciplinar, 100% dos entrevistados responderam positivamente.

A partir dos dados obtidos pudemos verificar que a análise não demonstrou diferença significativa quanto ao tempo de formação em relação à indicação de fisioterapia [p=0,64] (Tabela II), nem em relação à quantidade de métodos, técnicas ou recursos conhecidos [p=0,22] (Tabela III).

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Tabela II – Correlação entre o tempo de formação do entrevistado e indicação de tratamento fisioterapêutico

Tempo de formação (anos) Indica Fisioterapia

Até 5 Até 10 Até 20 Até 30 Total

SIM 27 (26,2%) 22(21,4%) 16 (15,5%) 18(17,5%) 83 (80,6%)

NÃO 7 (6,8%) 6 (5,8%) 5 (4,9%) 2 (1,9%) 20(19,4%)

TOTAL 34 (33%) 28 (27,2%) 21 (20,4%) 20 (19,4%) 103 (100%)

N=103 porque 1 dos profissionais entrevistados não respondeu a essa pergunta. Tabela III – Correlação entre o tempo de formação do entrevistado e quantidade de métodos, técnicas ou recursos conhecidos por eles

Tempo de formação (anos) Quantidade de Métodos, técnicas ou

recursos Até 5 Até 10 Até 20 Até 30 Total

0-2 15 (14,7%) 11 (10,8%) 6 (5,9%) 3 (2,9%) 35(34,3%) 3-5 14 (13,7%) 16 (15,7%) 13 (12,7%) 14 (13,7%) 57 (55,9%)

6 ou mais 4 (3,9%) 1 (1,0%) 2 (2,0%) 3 (2,9%) 10 (9,8%)

TOTAL 33(32,4%) 28 (27,5%) 21(20,6%) 20 (19,6%) 102 (100,0%) N=102 porque 2 dos profissionais entrevistados não responderam à pergunta.

A análise demonstrou diferença significativa quanto ao local de trabalho e a experiência de trabalhar com o fisioterapeuta [p=0,02] (Tabela IV). Observamos que os profissionais que trabalham em locais públicos são os que mais trabalharam com fisioterapeuta (43,3%), seguido dos profissionais que trabalham tanto em local público quanto em local privado (22,1%).

Tabela IV – Correlação entre experiência de trabalho com um fisioterapeuta e o local de trabalho do entrevistado

Já trabalhou com fisioterapeuta Local de trabalho

Sim Não Total

Público e Privado 23 (22,1%) 2 (1,9%) 25 (24,0%)* Publico 45 (43,3%) 19 (18,3%) 64 (61,5%)* Privado 7 (6,7%) 7 (6,7%) 14 (13,5%) Outros 1 (1,0%) - 1 (1,0%) TOTAL 76 (73,1%) 28 (26,9%) 104 (100,0%) *p≤0,05

Verificamos diferença significativa na relação entre acompanhamento e indicação de fisioterapia [p=0,001] (Tabela V). Observamos que os profissionais que fazem o acompanhamento (72,1%) indicam muito mais a fisioterapia do que os profissionais que não o fazem (11,5%).

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Tabela V – Correlação entre indicação de fisioterapia e acompanhamento de um paciente antes e depois do tratamento fisioterapêutico

Indica Fisioterapia Acompanhamento

Sim Não Total

Sim 75 (72,1%) 12 (11,5%) 87 (83,7%)

Não 8 (7,7%) 9 (8,7%) 17 (16,3%)

TOTAL 83 (79,8%) 21 (20,2%) 104(100,0%)

Constatamos diferença significativa quanto ao acompanhamento e a indicação de fisioterapia [p=0,02] (Tabela VI). Observamos que os médicos (38,5%) e os enfermeiros (31,7%) são os profissionais que mais acreditam que a fisioterapia complementa o seu trabalho. Tabela VI – Correlação entre a profissão do entrevistado e complementação do tratamento do seu paciente com fisioterapia

A fisioterapia complementa seu trabalho Profissão

Sim Em alguns casos Não Total

Assistente social 2 (1,9%) 1 (1,0%) - 3 (2,9%) Enfermeiro 33 (31,7%) 1 (1,0%) - 34 (32,7%)* Fonoaudiólogo 2 (1,9%) - - 2 (1,9%) Médico 40 (38,5%) 9 (8,7%) 1 (1,0%) 50 (48,1%)* Nutricionista 1 (1,0%) 2 (1,9%) - 3 (2,9%) Psicólogo 4 (3,8%) 7 (6,7%) - 11 (10,6%) T.O 1 (1,0%) - - 1 (1,0%) TOTAL 83 (79,8%) 20 (19,2%) 1 (1,0%) 104 (100%) *p≤0,05

Discussão Esta pesquisa pode ser considerada pioneira no estudo relativo ao conhecimento dos

profissionais da saúde sobre a atuação do fisioterapeuta na equipe multidisciplinar visto que a literatura não contempla o assunto. Observamos no presente estudo que o conhecimento desses profissionais em relação à atuação do fisioterapeuta é bom, no entanto não se consegue enxergar na prática tal reconhecimento.

Podemos observar, por exemplo, que os profissionais da saúde entrevistados conhecem as áreas primária, secundária e terciária. O setor terciário é o mais conhecido, tendo sido citado pela maior parte dos entrevistados. A própria origem da fisioterapia enfatizou e dirigiu as definições do campo profissional para atividades recuperativas e reabilitadoras a serem utilizadas quando um organismo se encontra em más condições de saúde [7]. Nas áreas de prevenção e promoção da saúde, a atuação do fisioterapeuta ainda é restrita, tanto por existirem poucos profissionais envolvidos nos setores primário e secundário como devido à falta de conhecimento da população sobre os serviços prestados nessas áreas. Esses profissionais carregam o “estigma da reabilitação” advindo do processo histórico da formação acadêmica em fisioterapia, que até recentemente não contemplava ações articuladas com os setores da saúde pública [8].

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Verificamos a necessidade de modificação dessa situação, com ações efetivas no sentido de ampliar o raio de ação do profissional fisioterapeuta [9]. Se as áreas de prevenção e promoção da saúde fossem mais divulgadas e utilizadas, diminuiria o número de pacientes que necessitam do tratamento e da recuperação, reduzindo tempo de internação, uso de serviços terciários, como as UTIs, além de melhorar a qualidade de vida da população e consequentemente, reduzir significativamente os gastos com saúde.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o Sistema Único de Saúde - SUS gastou mais de R$ 220 milhões entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007 com internações hospitalares por doenças crônicas, o que significa que cada dia de internação custa em média R$ 604,29 para os cofres públicos, quantia significativa que poderia ser poupada e parte desta remetida aos programas de prevenção [10].

Embora o universo de profissionais participantes da pesquisa fosse bem heterogêneo no que se refere à formação e local de atuação, observamos uma taxa muito expressiva de profissionais que gostariam de ter um fisioterapeuta atuando em sua equipe. Além disso, verificamos um reconhecimento generalizado da necessidade da fisioterapia na complementação do tratamento do paciente, com evidente exceção às patologias específicas, como as nutricionais e psicológicas. Por essa razão, alguns entrevistados reconhecem a função complementar da fisioterapia apenas em alguns casos, conforme descrito nos resultados.

O número insuficiente de profissionais, as dificuldades estruturais e materiais, o desconhecimento da população e de profissionais gestores quanto às funções desenvolvidas pelo fisioterapeuta, são obstáculos citados pela literatura para a inserção do fisioterapeuta em uma equipe de saúde do PSF [8]. Embora tenhamos obtido resultados positivos quanto à taxa de profissionais que já trabalharam com fisioterapeuta, não sabemos quantos desses profissionais fisioterapeutas eram vinculados a uma equipe de saúde.

A análise mostrou que profissionais que já acompanharam um paciente antes e depois do tratamento fisioterapêutico indicam muito mais a fisioterapia do que os profissionais que não o fizeram. Embora a literatura não traga dados referentes a esse aspecto, sugerimos que esse resultado se deu devido a maior credibilidade e confiança no tratamento fisioterapêutico, por conta da melhora do quadro clínico e da percepção de maior bem-estar e visão mais otimista nos pacientes que tiveram acesso a esse tratamento.

Grande parte dos entrevistados conhece algum recurso, técnica ou método utilizado no tratamento fisioterapêutico, e todos os entrevistados acreditam na eficácia desse tratamento e que o profissional fisioterapeuta deve fazer parte de uma equipe multidisciplinar. Não há estudos a esse respeito, porém, inferimos que esses dados se dão pelo atual crescimento da popularidade da fisioterapia, reconhecida pelos profissionais de saúde e pela população em geral como principal agente reabilitador de lesões e seqüelas, em função de sua inclusão em várias unidades do SUS e da celebração de convênio entre profissionais e clínicas de fisioterapia com planos de saúde.

A respeito da inserção do fisioterapeuta no sistema público de saúde, podemos citar vantagens como maior acesso da população a esse tipo de serviço e fim da elitização dessa profissão. Estudos comprovam que a população mundial está envelhecendo e que a incidência de doenças crônicas degenerativas está cada mais elevada. Mudanças significativas vêm ocorrendo na sociedade, em particular o progressivo aumento dos níveis de industrialização e urbanização, com conseqüente mudança no estilo de vida. Todas essas mudanças levaram às doenças crônico-degenerativas que são caracterizadas pelo envolvimento de múltiplos fatores de risco com participação importante do ambiente, além de acarretarem alterações patológicas irreversíveis com conseqüente incapacidade residual [11]. Isso aumenta a carência da população por um serviço de saúde com garantia de qualidade, equidade e resolutividade.

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Para tanto, exige-se um trabalho multidisciplinar, do qual o fisioterapeuta deve fazer parte, com vistas a realizar prevenção de morbidades, tratamento de agravos a saúde e tratamento de seqüelas decorrentes de patologias agudas ou crônicas [5].

A análise estatística não demonstrou diferença significativa quanto à indicação de fisioterapia em relação ao tempo de formação dos profissionais entrevistados. Acreditamos que esse dado seja relevante, pois tanto profissionais antigos como recém formados indicam o serviço de fisioterapia a seus pacientes, reconhecendo assim a sua importância e a validação dos efeitos do seu tratamento. Apesar do surgimento recente da profissão, o fisioterapeuta é visto como um dos multiplicadores de saúde que integram uma equipe multidisciplinar, independente do tempo de formação do profissional entrevistado.

Esse reconhecimento por parte dos outros profissionais que compõem a equipe multidisciplinar também explica o fato de não haver diferença significativa entre o tempo de formação do entrevistado e a quantidade de métodos, técnicas ou recursos fisioterapêuticos conhecidos por eles. Creditamos esse fato à “popularização” do tratamento fisioterapêutico junto aos profissionais de saúde, tanto recém formados quanto mais experientes.

Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram que os profissionais que trabalham em instituições públicas são os que mais trabalharam com fisioterapeuta, seguidos dos profissionais que trabalham simultaneamente em instituições públicas e privadas. Segundo os dados disponíveis na literatura desde a década passada, a rede de estabelecimentos de saúde no Brasil é predominantemente pública, correspondendo essa modalidade a 67% do seu total, enquanto 33% correspondem a estabelecimentos particulares. De acordo com dados do IBGE, de um total de 35.701 estabelecimentos de saúde, 23.858 são públicos e 11.843 são particulares [12].

Os profissionais que mais acreditam que a fisioterapia complementa o seu trabalho são os médicos e os enfermeiros. Não foi encontrado nenhum estudo referente a esse dado. Mas acreditamos que por se tratar de profissionais mais generalistas, que convivem com casos de afecções mais gerais (complicações diversas, imobilidade prolongada no leito, quadros álgicos, processos inflamatórios e afecções do sistema locomotor em geral, entre outros), são os que mais necessitam da intervenção direta do fisioterapeuta em seu dia-a-dia.

Em relação ao número de profissionais entrevistados, a quantidade de profissionais médicos que responderam o questionário foi maior que o restante devido ao maior número desses existentes nas instituições visitadas, quando comparados a outros profissionais, como enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e outros. Segundo dados do IBGE o atendimento médico representa 29% do total dos atendimentos em um estabelecimento de saúde, perdendo apenas para o atendimento elementar (58%) que é realizado por profissionais de nível não universitário, como, por exemplo, os que realizam curativos, inalações e vacinação [12]. No entanto, o presente estudo analisou somente profissionais de nível superior.

Conclusão

O profissional fisioterapeuta é reconhecido como importante colaborador no

tratamento do paciente e como multiplicador de saúde. Entretanto, persiste a necessidade de maior esclarecimento a respeito do que caracteriza e define o campo de atuação desse profissional. Sugerimos que sejam realizados mais estudos no sentido de divulgar junto à comunidade e aos profissionais da equipe multidisciplinar as diversas áreas de atuação do profissional fisioterapeuta, pois a ausência de clareza sobre as áreas de conhecimento e o campo de atuação é um dos principais determinantes da lacuna existente entre o conhecimento sobre a fisioterapia e a atuação do fisioterapeuta.

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Referências Bibliográficas 1) O Coffito. No voluntarismo, a inclusão do Fisioterapeuta no PSF. Revista O Coffito n.16, setembro/2002. 2) Rebelato, JR, Batoné, SP. Fisioterapia no Brasil - Perspectivas de evolução como campo profissional e como área de conhecimento. Editora Manole, São Paulo, 1987.

3) Fontinele Junior, Klinger. Programa Saúde da Família (PSF): comentado. Goiânia: AB, 2003. 4) Ribeiro, K. S. Q. A atuação da fisioterapia na atenção primária à saúde. Fisioterapia Brasil, v.3, n.5, 2002. 5) Ragasson C.A. et al., Atribuições do Fisioterapeuta no Programa Saúde da Família: Reflexões a partir da Prática Profissional. [online] 2003. Disponível em: <http://www.fisionet.com.br/materias/interna.asp?cod=46> Acesso em: 15/02/2008. 6) Silva, A.C.F. Relato de Vivência e Experiência: Inserção do Acadêmico de Fisioterapia da Unisc no PSF em Santa Cruz do Sul. [online] 2004. Disponível em: <http://www.crefito5.com.br/web/downs/artigo_110806.pdf> Acesso em: 15/02/2008. 7) Rebelato, JR, Batoné, SP. Fisioterapia no Brasil – Fundamentos para uma ação preventiva e perspectivas profissionais. Editora Manole, 2º edição. São Paulo, 2004. 8) Oliveira Brasil, et al. O papel do fisioterapeuta do programa saúde da família do município de Sobral - Ceará. Artigo Original. 12/01/2005. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, 2005. 9) Vitta, A. Atuação Preventiva em Fisioterapia. Editora Edusc. São Paulo. 2000. 10) Banco de dados do Sistema Único de Saúde – DATASUS. Site: www.datasus.gov.br/ Visitado em 28/05/08. 11) Rouquayrol, MZ. Epidemiologia e Saúde. Editora Medsi. Rio de Janeiro, 1990. 12) Cohn, A., Elias. EP. Saúde no Brasil – Políticas e Organização de Saúde. Editora Cortez. 3º edição. São Paulo, 2000.

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ANEXO 1: Avaliação do Conhecimento dos Profissionais da Saúde sobre a Atuação do Profissional Fisioterapeuta na Equipe Multidisciplinar

1) Profissão: □ Médico □ Enfermeiro □ Psicólogo □ Nutricionista □ Assistente Social □ Outra. Qual? ______________ 2) Especialidade: □ Neurologia □ Pediatria □ Ginecologia/Obstetrícia □ Cirurgia □ Pneumologia □ Cardiologia □ Reumatologia □ Ortopedia □ Clínica Geral □ Outra. Qual? ______________ 3)Tempo de formação: □ Até 5 anos □ Até 10 anos □ Até 20 anos □ Até 30 anos □ Mais de 30 anos 4) Local de trabalho: □ Instituição Pública □ Instituição Privada □ Outro 5) Quais áreas (especialidades) de atuação do fisioterapeuta você conhece? □ Recuperação/reabilitação □ Prevenção/ Promoção da saúde □ Tratamento de agravos à saúde 6)Você conhece os locais em que o fisioterapeuta pode atuar? □ SIM □ NÃO Se sim, quais? □ Academia □ Hospital □ Posto de saúde □ Clínica □ Empresa □ Comunidade □ Asilo de Idosos □ Escola □ Outra. Qual? ______________ 7) Gostaria de ter um fisioterapeuta atuando em sua equipe nessa Unidade de Saúde?

□ SIM □ NÃO 8) Acredita que o trabalho do fisioterapeuta pode complementar tratamento do seu paciente? □ SIM □ NÃO □ EM ALGUNS CASOS 9) Já trabalhou com um fisioterapeuta em um algum serviço de saúde? □ SIM □ NÃO 10) Já acompanhou um paciente antes e depois de um tratamento fisioterapêutico? □ SIM □ NÃO 11) Já sugeriu ou indicou fisioterapia para seus pacientes? □ SIM □ NÃO 12) Conhece algum método, técnica ou recurso fisioterapêutico? □ SIM □ NÃO Se sim, quais? □ Ultra-som □ Pilates □ Reeducação Perineal □ Cinesioterapia □ Hidroterapia □ RPG □ TENS □ Outro. Qual? ______________ 13) Acredita que o fisioterapeuta deve fazer parte de uma equipe multidisciplinar? □ SIM □ NÃO 14) Acredita na eficácia do tratamento fisioterapêutico? □ SIM □ NÃO

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ANEXO 2

Título da pesquisa: “Avaliação do Conhecimento dos Profissionais da Saú de

sobre a Atuação do Profissional Fisioterapeuta na E quipe Multidisciplinar ”.

Pesquisador responsável: Prof. Dra. Juliana de F. Fracon e Romão Aluna: Ludmila Cavalcante de Miranda Paula de Miranda Fonseca

Termo de consentimento livre e esclarecido Será aplicado um questionário contendo 14 questões objetivas e este, irá

avaliar o conhecimento dos profissionais de nível superior da área de saúde que

fizerem parte de uma equipe multidisciplinar, de instituições públicas e privadas do

Distrito Federal sobre a atuação do profissional fisioterapeuta na equipe

multidisciplinar. O presente trabalho não oferece risco à população selecionada,

devido à simplicidade da intervenção. Os indivíduos avaliados serão beneficiados

com o acesso ao resultado da pesquisa do qual participaram. Os dados coletados

serão sigilosos e utilizados para publicação em periódicos científicos

Por este documento, dou meu consentimento à exploração dos dados

coletados pelo projeto de pesquisa intitulado: “Avaliação do Conhecimento dos

Profissionais da Saúde sobre a Atuação do Profissio nal Fisioterapeuta na

Equipe Multidisciplinar ”. Foi-me garantido sigilo e privacidade da identidade das

mesmas.

Brasília, _____ de ___________ de 20___ ______________________________________ Assinatura Nome: ___________________________________________________ Identidade: _________________ Telefone: _________________________

Universidade Católica de Brasília Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Fisioterapia

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ANEXO 3

Unidades de Saúde Participantes da Pesquisa

� Centro de Saúde de Brasília n.º 11

� Centro de Saúde de Brasília n.º 12

� Centro de Saúde de Brasília n.º 13

� Centro de Saúde n.º 1 do Guará

� Centro de Saúde n.º 2 do Guará

� Hospital Anchieta

� Hospital da Universidade Católica de Brasília - HUCB

� Hospital das Forças Armadas - HFA

� Hospital de Base de Brasília - HBB

� Hospital Materno Infantil de Brasília - HMIB

� Hospital Santa Lúcia

� Hospital Santa Luzia

� Hospital Universitário de Brasília - HUB

� Hospital Regional de Planaltina

� Instituto Luci Ishii de Oncologia

� Tribunal de Contas da União – Serviço Médico

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ANEXO 4

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ANEXO 5

Normas de Publicação da Revista Fisioterapia Brasil

Revista Indexada na LILACS - Literatura Latinoamericana e do Caribe em Ciências da Saúde, CINAHL, LATINDEX Abreviação para citação: Fisioter Bras

A revista Fisioterapia Brasil é uma publicação com periodicidade bimestral e está aberta para a publicação e divulgação de artigos científicos das várias áreas relacionadas à Fisioterapia. Os artigos publicados em Fisioterapia Brasil poderão também ser publicados na versão eletrônica da revista (Internet) assim como em outros meios eletrônicos (CD-ROM) ou outros que surjam no futuro. Ao autorizar a publicação de seus artigos na revista, os autores concordam com estas condições. A revista Fisioterapia Brasil assume o “estilo Vancouver” (Uniform requirements for manuscripts submitted to biomedical journals) preconizado pelo Comitê Internacional de Diretores de Revistas Médicas, com as especificações que são detalhadas a seguir. Ver o texto completo em inglês desses Requisitos Uniformes no site do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), www.icmje.org, na versão atualizada de outubro de 2007. Submissões devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo ([email protected]). A publicação dos artigos é uma decisão dos editores. Todas as contribuições que suscitarem interesse editorial serão submetidas à revisão por pares anônimos. Segundo o Conselho Nacional de Saúde, resolução 196/96, para estudos em seres humanos, é obrigatório o envio da carta de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, independente do desenho de estudo adotado (observacionais, experimentais ou relatos de caso). Deve-se incluir o número do Parecer da aprovação da mesma pela Comissão de Ética em Pesquisa do Hospital ou Universidade, a qual seja devidamente registrada no Conselho Nacional de Saúde.

1. Editorial O Editorial que abre cada número da Fisioterapia Brasil comenta acontecimentos recentes, inovações tecnológicas, ou destaca artigos importantes publicados na própria revista. É realizada a pedido dos Editores, que podem publicar uma ou várias Opiniões de especialistas sobre temas de atualidade.

2. Artigos originais São trabalhos resultantes de pesquisa científica apresentando dados originais com relação a aspectos experimentais ou observacionais, em estudos com animais ou humanos. Formato: O texto dos Artigos originais é dividido em Resumo (inglês e português), Introdução, Material e métodos, Resultados, Discussão, Conclusão, Agradecimentos (optativo) e Referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo as referências e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres (espaços incluídos), e não deve ser superior a 12 páginas A4, em espaço simples, fonte Times New Roman tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobre-escrito, etc. Tabelas: Recomenda-se usar no máximo seis tabelas, no formato Excel ou Word. Figuras: Máximo de 8 figuras, em formato .tif ou .gif, com resolução de 300 dpi. Literatura citada: Máximo de 50 referências.

3. Revisão São trabalhos que expõem criticamente o estado atual do conhecimento em alguma das áreas relacionadas à Fisioterapia. Revisões consistem necessariamente em análise, síntese, e

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avaliação de artigos originais já publicados em revistas científicas. Será dada preferência a revisões sistemáticas e, quando não realizadas, deve-se justificar o motivo pela escolha da metodologia empregada. Formato: Embora tenham cunho histórico, Revisões não expõem necessariamente toda a história do seu tema, exceto quando a própria história da área for o objeto do artigo. O artigo deve conter resumo, introdução, metodologia, resultados (que podem ser subdivididos em tópicos), discussão, conclusão e referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo a literatura citada e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 30.000 caracteres, incluindo espaços. Figuras e Tabelas: mesmas limitações dos Artigos originais. Literatura citada: Máximo de 50 referências.

4. Relato de caso São artigos que apresentam dados descritivos de um ou mais casos clínicos ou terapêuticos com características semelhantes. Só serão aceitos relatos de casos não usuais, ou seja, doenças raras ou evoluções não esperadas. Formato: O texto deve ser subdividido em Introdução, Apresentação do caso, Discussão, Conclusões e Referências. Texto: A totalidade do texto, incluindo a literatura citada e as legendas das figuras, não deve ultrapassar 10.000 caracteres, incluindo espaços. Figuras e Tabelas: máximo de duas tabelas e duas figuras. Literatura citada: Máximo de 20 referências.

5. Opinião Esta seção publica artigos curtos, que expressam a opinião pessoal dos autores: avanços recentes, política de saúde, novas idéias científicas e hipóteses, críticas à interpretação de estudos originais e propostas de interpretações alternativas, por exemplo. A publicação está condicionada a avaliação dos editores quanto à pertinência do tema abordado. Formato: O texto de artigos de Opinião tem formato livre, e não traz um resumo destacado. Texto: Não deve ultrapassar 5.000 caracteres, incluindo espaços. Figuras e Tabelas: Máximo de uma tabela ou figura. Literatura citada: Máximo de 20 referências. 6. Cartas Esta seção publica correspondência recebida, necessariamente relacionada aos artigos publicados na Fisioterapia Brasil ou à linha editorial da revista. Demais contribuições devem ser endereçadas à seção Opinião. Os autores de artigos eventualmente citados em Cartas serão informados e terão direito de resposta, que será publicada simultaneamente. Cartas devem ser breves e, se forem publicadas, poderão ser editadas para atender a limites de espaço. A publicação está condicionada a avaliação dos editores quanto à pertinência do tema abordado.

Preparação do original • Os artigos enviados deverão estar digitados em processador de texto (Word), em página A4, formatados da seguinte maneira: fonte Times New Roman tamanho 12, com todas as formatações de texto, tais como negrito, itálico, sobrescrito, etc. • Tabelas devem ser numeradas com algarismos romanos, e Figuras com algarismos arábicos. • Legendas para Tabelas e Figuras devem constar à parte, isoladas das ilustrações e do corpo do texto. • As imagens devem estar em preto e branco ou tons de cinza, e com resolução de qualidade gráfica (300 dpi). Fotos e desenhos devem estar digitalizados e nos formatos .tif ou .gif. Imagens coloridas serão aceitas excepcionalmente, quando forem indispensáveis à compreensão dos resultados (histologia, neuroimagem, etc).

Página de apresentação A primeira página do artigo traz as seguintes informações:

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• Título do trabalho em português e inglês; • Nome completo dos autores e titulação principal; • Local de trabalho dos autores; • Autor correspondente, com o respectivo endereço, telefone e E-mail;

Resumo e palavras-chave A segunda página de todas as contribuições, exceto Opiniões, deverá conter resumos do trabalho em português e em inglês e cada versão não pode ultrapassar 200 palavras. Deve conter introdução, objetivo, metodologia, resultados e conclusão. Abaixo do resumo, os autores deverão indicar 3 a 5 palavras-chave em português e em inglês para indexação do artigo. Recomenda-se empregar termos utilizados na lista dos DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) da Biblioteca Virtual da Saúde, que se encontra em http://decs.bvs.br.

Agradecimentos Agradecimentos a colaboradores, agências de fomento e técnicos devem ser inseridos no final do artigo, antes das Referências, em uma seção à parte.

Referências As referências bibliográficas devem seguir o estilo Vancouver. As referências bibliográficas devem ser numeradas com algarismos arábicos, mencionadas no texto pelo número entre colchetes [ ], e relacionadas nas Referências na ordem em que aparecem no texto, seguindo as normas do ICMJE. Os títulos das revistas são abreviados de acordo com a List of Journals Indexed in Index Medicus ou com a lista das revistas nacionais e latinoamericanas, disponível no site da Biblioteca Virtual de Saúde (www.bireme.br). Devem ser citados todos os autores até 6 autores. Quando mais de 6, colocar a abreviação latina et al.

Exemplos: 1. Phillips SJ, Hypertension and Stroke. In: Laragh JH, editor. Hypertension: pathophysiology, diagnosis and management. 2nd ed. New-York: Raven Press; 1995.p.465-78.

Yamamoto M, Sawaya R, Mohanam S. Expression and localization of urokinase-type plasminogen activator receptor in human gliomas. Cancer Res 1994;54:5016-20.

Envio dos trabalhos A avaliação dos trabalhos, incluindo o envio de cartas de aceite, de listas de correções, de exemplares justificativos aos autores e de uma versão pdf do artigo publicado, exige o pagamento de uma taxa de R$ 150,00 a ser depositada na conta da editora: Banco do Brasil, agência 3114-3, conta 5783-5, titular: Atlântica Multimídia e Comunicações Ltda (ATMC). Os assinantes da revista são dispensados do pagamento dessa taxa (Informar por e-mail com o envio do artigo). Todas as contribuições devem ser enviadas por e-mail para o editor executivo, Jean-Louis Peytavin, através do e-mail [email protected]. O corpo do e-mail deve ser uma carta do autor correspondente à Editora, e deve conter: • Resumo de não mais que duas frases do conteúdo da contribuição; • Uma frase garantindo que o conteúdo é original e não foi publicado em outros meios além de anais de congresso; • Uma frase em que o autor correspondente assume a responsabilidade pelo conteúdo do artigo e garante que todos os outros autores estão cientes e de acordo com o envio do trabalho; • Uma frase garantindo, quando aplicável, que todos os procedimentos e experimentos com humanos ou outros animais estão de acordo com as normas vigentes na Instituição e/ou Comitê de Ética responsável; • Telefones de contato do autor correspondente. • A área de conhecimento:

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( ) Cardiovascular / pulmonar ( ) Saúde funcional do idoso ( ) Diagnóstico cinético-funcional ( ) Terapia manual ( ) Eletrotermofototerapia ( ) Orteses, próteses e equipamento ( ) Músculo-esquelético ( ) Neuromuscular ( ) Saúde funcional do trabalhador ( ) Controle da dor ( ) Pesquisa experimental /básica ( ) Saúde funcional da criança ( ) Metodologia da pesquisa ( ) Saúde funcional do homem ( ) Prática política, legislativa e educacional ( ) Saúde funcional da mulher ( ) Saúde pública ( ) Outros

Observação: o artigo que não estiver de acordo com as normas de publicação da Revista Fisioterapia Brasil será devolvido ao autor correspondente para sua adequada formatação.

Atlantica Editora Rua da Lapa, 180/1103 Centro 20021-180 Rio de Janeiro RJ Brasil Tel: +55 (21) 2221 4164 www.atlanticaeditora.com.br [email protected]