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FACULDADE DO INSTITUTO BRASIL- FIBRA
CURSO DE ENFERMAGEM
KLENNIA RODRIGUES RESENDE YACOUB
PARTO HUMANIZADO: A PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM
ANÁPOLIS- GO
2012
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KLENNIA RODRIGUES RESENDE YACOUB
PARTO HUMANIZADO: A PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Enfermagem ministrado pela Faculdade do Instituto Brasil- FIBRA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.
Orientadora: Prof. Esp. Anna Laura Bezerra da Silva.
Anápolis
2012.
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KLENNIA RODRIGUES RESENDE YACOUB
PARTO HUMANIZADO: A PERCEPÇÃO DA ENFERMAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título de Enfermeiro
____________________________________
Anna Laura Bezerra da Silva
Orientadora geral
____________________________________
Professor Avaliador
____________________________________
Professor Avaliador
Data da aprovação: ___/___/_____
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Dedico este trabalho a Deus, por ter me
fortalecido nessa longa e árdua caminhada, à
minha mãe, ao meu querido esposo Toufik
Yacoub, aos meus filhos, pelo carinho e
paciência nos momentos em que estive
ausente, aos meus amigos, aos meus
familiares e a todos que de alguma forma
colaboraram com essa grande vitória.
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AGRADECIMENTOS
A Deus, fonte maior de toda minha inspiração, à minha mãe, meu
alicerce, à minha amada família que esteve comigo em todos os momentos, ao meu
esposo e filhos, fonte maior de todo amor que me foi dado, ao meu irmão, cunhados,
aos meus patrões que me ajudaram durante esta caminhada, à minha orientadora
Professora Anna Laura, mestra e amiga, com quem dividi minhas dúvidas e que me
auxiliou neste período, aos funcionários da FIBRA, e a todos os amigos que fiz
durante o curso, que foram excelentes pessoas que levarei no coração ao longo de
toda minha existência. A todos meus sinceros agradecimentos.
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“A Enfermagem é uma Arte, a Arte do Cuidar”.
Florence N.
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RESUMO
O parto humanizado significa o respeito dado para que todas as dimensões do ser humano sejam atendidas, dimensões espirituais, psicológicas, biológicas e sociais. O presente estudo tem por objetivos: a percepção da enfermagem em relação aos modelos assistenciais de parto humanizado; Evidenciar o papel da enfermagem nos modelos assistenciais de parto humanizado; Levantar a percepção da parturiente em relação ao parto humanizado; Demonstrar as dificuldades de se implantar um modelo assistencial de parto humanizado e os benefícios do parto humanizado. O enfermeiro é responsável por grande parte da assistência prestada à parturiente, bem como a concretização de ações educativas prévias, liberando o médico desta atribuição, para que se possa chegar a uma melhor qualidade no atendimento. O parto humanizado beneficia as parturientes por ser um parto indolor, que permite acompanhamento familiar, e que é realizado de forma natural e humana e permite ao bebê seguir o seu “curso natural”, é um parto que não causa traumas, nem para a mãe e muito menos para o bebê, outro benefício desse tipo de parto é que ele diminui a incidência de morte e sofrimento materno e fetal. Foi possível concluir que para se implantar um bom modelo assistencial de parto humanizado é necessário que as mulheres e seus acompanhantes conheçam os direitos reprodutivos na atenção ao parto e nascimento, que sejam bem orientados pela equipe multiprofissional, e que haja boas condições estruturais nas Unidades de Saúde e os profissionais estejam preparados para acolher tanto a parturiente quanto seu acompanhante, levando em consideração que o parto humanizado é algo familiar e é um direito reprodutivo.
Palavras-Chave: Parto. Humanização. Enfermagem
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ABSTRACT
The humanized delivery means that the respect given to all human dimensions are met, spiritual dimensions, psychological, biological and social. The present study has two objectives: the perception of nursing in relation to humanized delivery care models; Highlighting the role of nursing care delivery models humanized; Raise awareness of the mother in relation to humanized delivery, demonstrate the difficulties of deploying a humanized model of care delivery and benefits of humanized childbirth. The nurse is responsible for much of the assistance given to the mother as well as the achievement of educational advance, freeing the doctor this assignment, so you can come to a better quality of care. The humanized delivery benefits the mothers to be a painless childbirth, allowing family accompaniment, which takes place in a natural and human, and allows the infant to follow its “natural course”, is a delivery that does not cause trauma, nor to the mother and much less for the baby, another benefit of this type of delivery is that it decreases the incidence of death and maternal and fetal distress. It was concluded that in order to establish a good model of humanized childbirth care is necessary for women and their caregivers are aware of the attention to reproductive rights and birth, which should be targeted by the multidisciplinary team, and there are good conditions in the structural units health professionals are prepared to accommodate both the mother and her companion, taking into account that the humanized birth is something familiar and is a reproductive right.
Keywords: Birth. Humanization. Nursing.
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LISTA DE SIGLAS
SUS - Sistema Único de Saúde
OMS - Organização Mundial de Saúde
PHPN - Política de Humanização do Parto e Nascimento
MS- Ministério da Saúde
PAISM - Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
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SUMÁRIO
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO...................................................................................11
CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO...............................................................13
2.2. História da Humanização....................................................................................14
2.3. Política de Humanização do SUS.......................................................................16
2.3.1. A Humanização como Política Transversal na Rede SUS..............................16
2.3.2. Princípios do PHPN.........................................................................................17
2.4. O papel do Profissional de Saúde na Humanização...........................................18
2.5. Atuação da enfermagem no cuidar humanizado................................................18
2.6 PARTO HUMANIZADO.......................................................................................20
2.6.1 Conceito...........................................................................................................20
2.6.2. Tipos de parto..................................................................................................23
2.6.3. Parto Humanizado e o SUS Caminhando Juntos............................................24
CAPÍTULO III: METODOLOGIA...............................................................................29
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS..........................................31
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................35
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CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
A humanização é representada por um conjunto de iniciativas na qual
traz, além da utilização de tecnologias disponíveis, o respeito e o acolhimento ao
paciente, desde sua cultura até sua patologia, desta forma podemos dizer que
humanizar o parto corresponde à prestação de uma assistência holística, que visa
atender o trinômio mãe-pai-filho, de uma maneira que respeite o ser humano em
todas as suas dimensões, ou seja, biológicas, psicológicas e espirituais. (CASTRO;
CLAPS, 2005).
A humanização parte de vários preceitos, dentre eles o acolhimento à
parturiente e sua família, acarretando assim, uma mudança no paradigma existente
no contexto hospitalar, se faz necessário que neste ambiente também haja.
mudanças tanto físicas quando sociais, pois, para prestar uma assistência realmente
humanizada, esta mulher tem que ser informada dos procedimentos que irão
ocorrer, deixar que ela escolha um acompanhante e que o obstetra só realize
intervenções quando se fizer necessário, respeitando assim a fisiologia da mulher,
facilitando os laços afetivos entre mãe, filho e família. (DIAS; DOMINGUES, 2005).
O parto humanizado tão discutido nos dias atuais traz à tona a questão da
liberdade de escolha da mulher, ou seja, muitas vezes ela opta por ter um parto
natural, porém ela se torna vulnerável ao medo da dor e da destruição do períneo, o
que acarretará em uma dificuldade durante o coito, essas incertezas seriam
diminuídas através do pré-natal apropriado, no qual o obstetra tira todas suas
dúvidas e a incentiva a ter um parto vaginal embasado na humanização. (SILVA,
2005).
Humanizar o parto inclui vários aspectos, dentre os quais uma grande
parte corresponde a uma mudança na cultura hospitalar, visando uma assistência
voltada não só para a mulher, incluindo também uma atenção à família da
parturiente. (DINIZ; CHACHAM, 2002).
Devemos nos ater também a modificação do ambiente físico do hospital
com a finalidade de tornar esse espaço mais favorável e acolhedor, para serem
realizadas as práticas humanizadoras da assistência a ser prestada à puérpera e
seus familiares. (CASTRO; CLAPIS, 2005).
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É de fundamental importância também, nos lembrarmos da necessidade
de sabermos a fisiologia da mulher, para que, não haja intervenção por parte da
equipe sem ter a devida necessidade, lembrando que a mulher tem o direito de
escolher e permanecer com um acompanhante durante todo o trabalho de parto e o
recebimento da criança para que possa desta maneira aumentar o vínculo materno.
(SILVA; DADAM, 2008).
O presente estudo tem por objetivos: a percepção da enfermagem em
relação aos modelos assistenciais de parto humanizado; Evidenciar o papel da
enfermagem nos modelos assistenciais de parto humanizado; Levantar a percepção
da parturiente em relação ao parto humanizado; Demonstrar as dificuldades de se
implantar um modelo assistencial de parto humanizado e os Benefícios do parto
humanizado.
Ao se pensar em humanizar o parto, não devemos lembrar somente em
cuidar da saúde, precisamos refletir também na melhoria da qualidade da
assistência de enfermagem, o que nos leva a indagar as condições de serviço
oferecidas pelas unidades e o compromisso desta equipe em fortalecer e realizar
este processo de maneira eficaz e permanente. (CASTRO; CLAPIS, 2005).
Para Brasil (2009), a humanização do parto corresponde a um conjunto
de condutas e procedimentos capazes de promoverem o parto e o nascimento
saudáveis, por respeitar o processo natural e evitar condutas desnecessárias ou de
risco para a mãe e o bebê.
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CAPÍTULO 2 - REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Humanização - Conceito
Segundo Ferreira (2003), humanizar consiste tornar humano, dar
condição humana, tornar mais acolhedor o atendimento, ou seja, afável, tratável,
fazer adquirir hábitos sociais polidos, civilizar.
É poder ser frágil, poder chorar, sentir o outro e sua necessidade, e
diante disso lutar, resistir, poder traçar caminhos, com ternura e vigor. (BOFF, 2002).
Bruggemamm, Parpinelli e Osis (2005) desvelam que prestar assistência
humanizada consiste em obter visão do ser humano como um todo, tanto dos seus
aspectos físicos, biológicos, emocionais, sociais e até mesmo culturais,
proporcionando assim cuidado mais efetivo, onde englobará não somente o
paciente, mas também a família, a equipe multiprofissional e o ambiente, onde todos
estão envolvidos no contexto do processo saúde-doença.
Segundo Castro; Claps (2005), a humanização é representada por um
conjunto de iniciativas na qual traz, além da utilização de tecnologias disponíveis, o
respeito e o acolhimento ao paciente, desde sua cultura até sua patologia, desta
forma podemos dizer que humanizar o parto corresponde à prestação de uma
assistência holística, que visa atender o trinômio mãe, pai e filho de uma maneira
que respeite o ser humano em todas as suas dimensões, ou seja, biológicas,
psicológicas e espirituais.
No campo das políticas de saúde humanização diz respeito à
transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de
saúde, indicando a necessária construção de novas relações entre usuários e
trabalhadores e destes entre si. (SILVA; DADAM, 2008).
De acordo com Bruggemamm; Parpinelli; Osis (2005), uma das
características essenciais à assistência humanística é a sensibilidade, fundamental
para perceber as diversas respostas, seja visual, tátil ou auditiva, o que confere ao
ser humano uma qualidade única. Faz-se premente uma assistência de qualidade
usando a humanização e a individualidade do cuidado, para tanto no processo de
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humanização estão incluídas as múltiplas práticas profissionais que vêm sendo
introduzidas no tratamento hospitalar.
A humanização na saúde é voltada para práticas concretas, onde busca
melhor atender o usuário e até mesmo desenvolver melhores condições de trabalho
e de participação dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de
saúde (princípio da indissociabilidade entre atenção e gestão). Considerando o ser
humano de forma criadora e singular inseparável, entretanto, dos movimentos
coletivos que o constituem. (SCHECK; RIESGO, 2006).
O atendimento humanizado tem sido amplamente caracterizado para
gestantes e no momento do parto, onde buscam –se os profissionais de saúde
prestar assistência de qualidade à parturiente, com o intuito de cuidar, englobando o
seu contexto familiar e social. (SERRUYA; CECATTI; LAGO, 2006).
Para se realizar um trabalho de qualidade nesta área, é necessário
garantir um avanço no exercício profissional da saúde, no qual envolve médicos,
enfermeiros, auxiliares e outros profissionais, numa atividade multidisciplinar,
estimulando-os a repensar sua relação com a paciente. Uma atividade de qualidade
em humanização deve inspirar o profissional de saúde a investir na relação com a
paciente, para que desta forma se possa prestar um cuidado verdadeiramente
humanizado. (TORNQUIST, 2002).
2.2. História da Humanização
Scheck e Riesgo (2006) destacam a humanização do cuidado
preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mesmo sendo caracterizada como
uma política pública de saúde e, apesar dos avanços acumulados, hoje, ainda
enfrenta fragmentação do processo de trabalho e das relações entre os diferentes
profissionais, isso ainda observada na prática assistencial.
Para Tornquist (2002) o ser humano diverge dos outros animais, pelo
fator de ser dotado de linguagem assim como sua identidade cultural. Este é capaz
de transformar várias coisas de forma concreta, podendo ate mesmo intervir e
modificar a natureza. Por exemplo, transformando doença em saúde.
Scheck e Riesgo (2006) explicam ainda com relação a humanização, de
que esse é fundamentado junto com a ética, onde é necessário que o profissional
enquanto cuidador busquem sempre reconhecer-se no outro, em suas dores, na
atenção que lhe é almejada.
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Diante disso é de total relevância o diálogo, a comunicação entre
profissional e paciente, para que assim possam se promover ações, campanhas,
programas e políticas assistenciais com ética, respeitando e principalmente tendo
reconhecimento mútuo e da solidariedade. (MOURA; VINHAL, 2008).
Claro que tal processo ainda não é atendido em toda rede de saúde, isso
é um processo amplo, demorado e complexo que requer participação e aceitação de
todos os setores, inclusive das políticas públicas que já foi o primeiro passo. Agora o
que resta é quebrar insegurança e resistência. (DOMINGUES; SANTOS; LEAL,
2005).
A assistência de enfermagem pode ser resumida como cuidar do outro, e
esse cuidar representa significados com um sentido para a vida das pessoas que
estão sendo cuidadas e com outro significado a vida de quem está cuidando. Assim
o profissional de enfermagem na busca de visibilidade do seu trabalho pode
proporcionar mudanças necessárias no âmbito da assistência hospitalar,
fortalecendo sua capacidade quanto a um profissional de saúde. (PESSINI;
BERTACHINI, 2004).
O humaniza SUS é uma estratégia criada pelo Ministério da Saúde em
2003 com o objetivo de melhorar a qualidade do atendimento no SUS. Para isso,
foram criadas diretrizes como: acolhimento, gestão participativa de todos os sujeitos
do sistema, implantação de grupos de trabalhos de humanização, estimular práticas
resolutivas, ampliação de clínicas por diferentes práticas terapêuticas e a ambiência.
(DINIZ, 2005).
O cuidado humanizado segundo Pessini e Bertachini (2004), implica na
possibilidade de estar atento às condições e necessidades do outro, aqui destacado
a relação humana. Esse processo então representa um novo modo de ver a forma
de assistir, do qual inclui as relações interpessoais com a mulher, com o recém-
nascido, acompanhante, e também sendo necessário isso com os colegas de equipe
e com a instituição.
As propostas da humanização tem como mérito criar novas possibilidades
de imaginação e de exercícios de direitos, de viver a maternidade, a sexualidade, a
paternidade e também a vida corporal. A humanização então aparece como a
redefinição das relações humanas na assistência, revendo o ato de cuidar e também
compreendendo a condição humana e direitos fundamentais que devem ser
resguardados. (SCHECK; RIESGO, 2006).
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2.3. Política de Humanização do SUS
De acordo com Brasil (2010), o SUS instituiu em suas políticas públicas
de saúde a promoção de integralidade, à universalidade, ao aumento da equidade e
à incorporação de novas tecnologias e especialização dos saberes. A perspectiva de
humanização no parto tem como base os preceitos e regulamentações da
Organização Mundial de Saúde em relação as condutas necessárias e fundamentais
para o atendimento ao parto. A proposta que a humanização prevê é a humanidade
no atendimento. Conforme estabelece o Ministério da Saúde, que medidas não-
farmacológicas e não invasivas visando minimizar o estresse e alivio da dor, e
também medidas que promovam ambiente tranqüilo.
2.3.1. A Humanização como Política Transversal na Rede SUS
Segundo Pessini e Bertachini (2004), a humanização não é vista como
programa, mas sim tem sido vista como política que busca ser caracterizada no
cotidiano de toda atendimento do SUS.
O processo de valoração dos sujeitos no processo de saúde é
caracterizada por Brasil (2010) como:
a valorização pode ser entendida como: Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: usuários, trabalhadores e gestores; Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos; Aumento do grau de co-responsabilidade na produção de saúde e de sujeitos; Estabelecimento de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão; Identificação das necessidades sociais de saúde; Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos e a produção de saúde; Compromisso com a ambiência, melhoria das condições de trabalho e de atendimento. Para isso, a humanização do SUS se operacionaliza com: a troca e a construção de saberes; O trabalho em rede com equipes multiprofissionais; A identificação das necessidades, desejos e interesses dos diferentes sujeitos do campo da saúde; O pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal, estadual e municipal), entre as diferentes instâncias de efetivação das políticas públicas de saúde (instâncias da gestão e da atenção), assim como entre gestores, trabalhadores e usuários desta rede; O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde; Construção de rede solidárias e interativas, participativas e protagonistas do SUS.
Uma das prioridades do processo de humanização pelo SUS refere-se à
Política de Humanização do Parto e Nascimento (PHPN), que é fundamental para
que não aconteça inibição e nem mal estar a mulher, e que através desse processo
é possível reduzir os riscos tanto quanto a mulher como ao bebê, e ainda possibilitar
conforto e segurança para o acompanhante. A participação do acompanhante diz
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respeito à presença de familiar junto a gestante, desde o momento que ela entrar em
trabalho de parto até o momento do nascimento da criança. (SILVA, 2005).
Observa-se então que PHPN foi promovido pelo Ministério da Saúde,
desde junho de 2000. E de 2000 a 2002 portanto, o PNHAH, iniciou ações em
hospitais com intuito de criar comitês de humanização voltados para a melhoria na
qualidade da atenção ao usuário. Tal proposta tem como princípio elevar a mulher
como sujeito de sua história, oferecendo direito de escolhas, valorização da
participação da família. E ainda conceitua que a desumanização é entendida,
portanto, como a institucionalização do parto e a formação de profissionais de saúde
que visam o biológico e o patológico somente. (DINIZ; CHACHAM, 2002).
O procedimento humanizar tem como a possibilidade de estar atento às
condições e necessidades do outro, aqui destacado a relação humana. Esse
processo então representa um novo modo de ver a forma de assistir, do qual inclui
as relações interpessoais com a mulher, com o recém-nascido, acompanhante, e
também sendo necessário isso com os colegas de equipe e com a instituição.
(DUARTE; ANDRADE, 2008).
2.3.2. Princípios do PHPN
O PHPN (Programa de Humanização do Pré Natal e Nascimento) foi
criado para aprimorar o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
(PAISM), enfatiza os direitos da mulher, propondo a humanização como estratégia
para melhoria da qualidade da atenção. Sendo suas ações voltadas com vista a
reduzir o número de mortalidade materna, e também de garantir a gestante
atendimento digno e de qualidade. A assistência humanizada tem como princípio
assegurar a qualidade prestada no pré-natal, através do envolvimento da mulher,
sua família e demais acompanhantes, no processo de gerar e parir, considerando
limitações e potencialidades biológicas, socioculturais e afetivas é também em
relação a promoção de ações que aumentem a compreensão dessa população
sobre esse processo.
A humanização no parto faz com que as pessoas busquem nos serviços
de saúde a resolução de suas necessidades, sendo que cada pessoa deve ser visto
em sua individualidade, levando em consideração suas características pessoais e
sentimentos próprios, sob um olhar holístico (BRASIL, 2010).
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2.4. O papel do Profissional de Saúde na Humanização
O atendimento prestado por profissionais de saúde muitas vezes afasta-
se do sistema humanizado, principalmente diante do uso de tecnologias e também
quando ocorrem no caráter de subespecialidades. (MELLO, 2006).
Para que a humanização no atendimento em saúde aconteça é
necessário que o profissional se interesse e tenha competência, eu busque diálogo e
comunicação junto ao paciente e seus familiares. Buscar estratégias que melhore e
facilite a vida do paciente e seus familiares durante seu tratamento. (GARCIA, 2003).
Segundo o Brasil (2010), a proposta da humanização pretende
demonstrar aos profissionais de saúde, técnicas arcaicas e tecnicistas, que ainda
permeia a maioria das maternidades públicas, e assim chamar atenção desses
profissionais, que esse processo tem posto em risco não só a integridade física da
mulher, como também danos irreversíveis a sua condição emocional.
As propostas da humanização tem como mérito criar novas possibilidades
de imaginação e de exercícios de direitos, de viver a maternidade, a sexualidade, a
paternidade e também a vida corporal. A humanização então aparece como a
redefinição das relações humanas na assistência, revendo o ato de cuidar e também
compreendendo a condição humana e direitos fundamentais que devem ser
resguardados (MELLO, 2006).
Diniz (2002) então coloca que a humanização está então relacionada ao
voluntarismo, assistencialismo, paternalismo, ou mesmo ao tecnicismo de um
gerenciamento sustentado na racionalidade administrativa e na qualidade total.
2.5. Atuação da enfermagem no cuidar humanizado
Muito se têm falado, sobre o século XXI, suas inovações e
transformações tecnológicas, até mesmo uma visão mais aguçada e atenta à
vivência no mundo e o afastamento do profissional de um caminho seguro para sua
realização.
Diante disso, o processo de transformação é constante e as visões a
respeito de vários conceitos, pois perceber a crença, os valores, o cérebro e as
emoções como coisas separadas está intimamente ligada às considerações
favoráveis ao desenvolvimento pessoal e intimo (WERNECK, 2005).
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Oliveira (2007) conceitua então, que a enfermagem é uma ciência
humanística e humanitária, dirigida ao ser humano em sua totalidade.
Oliveira e Madeira (2002) coloca que é necessário que o profissional de
saúde, interaja com respeito e dignidade, entendendo fatores adversos, visões de
mundos diferentes, e que exige desse profissional uma postura mais humana.
O autor Oliveira (2007) explica que a assistência de enfermagem é
fundamental quando o paciente está incapacitado ou sem preparação para atender
as próprias necessidades biológicas, psicológicas e também seu desenvolvimento.
Sendo que o profissional então interage junto a esse paciente e o ajuda a alcançar o
máximo bem-estar. Esse autocuidado vivenciado na assistência de enfermagem
ajuda a manter a integridade estrutural e o funcionamento humano, contribuindo
para o seu desenvolvimento.
Fialho (2008), porém ressalta que essa integração e envolvimento não
deve ser somente dos profissionais enfermeiros, mas que requer a participação de
diferentes profissionais da equipe de saúde, como por exemplo, psicólogos,
assistentes sociais, para que haja portanto, uma abordagem integral que garanta e
atenda as necessidades das mulheres, seus parceiros e familiares durante a
gravidez. Essa integração entre os grupos profissionais devem abordar aspectos
cognitivos, transmissão das informações necessárias, ou seja, conteúdos educativos
e informativos com relação a gravidez, ao recém-nascido, aspectos emocionais e
afetivos relacionados ao estado gravídico, e também com relação a preparação
física para o parto, como respiração, relaxamento e exercícios físicos que
contribuirão para a qualidade durante a gravidez e também no trabalho de parto.
O enfermeiro como profissional de saúde além de ser capacitado, tem a
responsabilidade de atuar como agente provedor de saúde, apresentando níveis de
prevenção a população. Em relação a prevenção de saúde primária através da
promoção de saúde, que são medidas adotadas para servir à melhoria da qualidade
em saúde e também do bem-estar geral. O trabalho relacionado aos níveis primários
de prevenção, realizando palestras de cunho educativo para grupos especiais,
diálogos informativos, participação em campanhas e incentivo a bons hábitos de
saúde, como sono, alimentação,lazer, higiene. A educação em saúde é função de
toda equipe de profissionais atuantes na área da saúde, e não apenas de um
profissional formado especialmente para essa tarefa. A prática gerencial da
enfermagem caracteriza pela busca de possibilidades no desenvolvimento de linhas
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sensíveis e racionais para lidar com as pessoas em situação de trabalho (PEREIRA,
FAVERO, 2001).
Griboski e Guilhem (2006) ressalta quanto a assistência de enfermagem
pode ser resumida como cuidar do outro, e esse cuidar representa significados com
um sentido para a vida das pessoas que estão sendo cuidadas e com outro
significado a vida de quem está cuidando. Assim o profissional de enfermagem na
busca de visibilidade do seu trabalho pode proporcionar mudanças necessárias no
âmbito da assistência hospitalar, fortalecendo sua capacidade quanto a um
profissional de saúde.
Através da assistência que promova promoção de acolhimento e cuidado
integral e sensível, em relação as necessidade psíquicas, culturais e sociais é
possível apresentar relação dialógica nas ações de cuidado (PEREIRA, et al., 2007).
Os profissionais de saúde é colocado por Reis e Patrício (2005) como
importantes mediadores no trabalho de tornar a proposta da humanização uma
realidade. Porém conforme estabelece o Ministério da Saúde, a implementação
dessas ações está diretamente relacionada à conscientização dos profissionais em
reconhecer que a mulher é o foco no processo de parto, devendo então ter sua
dignidade e individualidade e valores respeitados.
É de extrema importância portanto profissionais capacitados para garantir
o atendimento e atenção especializada a gestante e também familiares que tenham
direito a informações e a possibilidade de expressar seus medos e sentimentos
(FIALHO, 2008).
Oliveira e Madeira (2002) ressaltam que o bem estar da mulher e o
nascimento de seu recém-nascido dependem principalmente da confiança que as
gestantes e familiares tem nos profissionais que a assistem.
Knobel et al., (2008) explica que a ciência do cuidado e prática de
enfermagem, contribui para a preservação da humanidade, na busca constante da
arte de cuidar.
2.6 PARTO HUMANIZADO
2.6.1 Conceito
O parto representa a fase resolutiva do ciclo gravídico caracterizado pela
expulsão ou extração do feto e seus anexos do organismo materno, isto é, é o
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processo pelo qual o bebê nasce. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)
(2002), o parto normal é um processo natural e, consequentemente, não deve sofrer
interferência no seu curso. (SILVA, 2005).
O parto humanizado significa o respeito dado para que todas as
dimensões do ser humano sejam atendidas, dimensões espirituais, psicológicas,
biológicas e sócias. (DINIZ, 2002).
Para Brasil (2010), a humanização do parto corresponde a um conjunto
de condutas e procedimentos capazes de promoverem o parto e o nascimento
saudáveis, por respeitar o processo natural e evitar condutas desnecessárias ou de
risco para a mãe e o bebê.
Parir e nascer são elementos centrais na reprodução da vida e
preservação das espécies. Em todas as culturas o nascimento é um rito de
passagem, através do qual os indivíduos são movidos de um status social para
outro. (DIAS, 2006).
É de suma importância dizer que o parto é muito mais do que um simples
processo fisiológico que possibilita ao feto chegar ao mundo. É o auge do período
gestacional, se tornando dessa forma um evento existencial significativo, que
representa um momento único na vida dos pais, do recém-nascido e dos demais
familiares que juntamente da mãe fizeram planos e esperaram durante o período de
gestação. (DOMINGUES; SANTOS; LEAL, 2005).
É também uma ação que se desenvolve de maneira progressiva,
influenciando o emocional da gestante e requerendo adaptações rigorosas, onde a
assistência a ser prestada deve atender às necessidades biopsicossociais e
culturais da parturiente. (MOURA; VINHAL, 2008).
Com o avanço tecnológico através dos anos, o parto natural, que é
considerado um ato fisiológico, pois ele acontece de forma que respeita a
necessidade do organismo feminino, passou a ser visualizado como algo que
poderia ser feito de maneira cirúrgica, no qual até então só era realizado nos casos
em que havia o óbito materno na tentativa de se salvar a vida fetal. (SILVA, 2005).
Esses avanços da ciência transformam o processo de parturição em um
momento totalmente medicalizado, porque se antes a cesariana era utilizada
somente em casos extremos, passou a ser realizada de forma desregrada, ela veio
preservar a vida materna e fetal, porém tornou-se o meio mais utilizado para
realização dos partos caracterizando-se em algo mecânico e impessoal, deixando de
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lado o parto fisiológico no qual era um meio mais tranquilo, pois, como era realizado
em casa, se tornava mais ameno. (CASTRO; CLAPIS, 2005).
Com o passar dos anos, a atenção humanizada veio a ser objeto de
estudo para que pudesse ser implantada, principalmente no que diz respeito ao
parto, pois, existem várias vertentes da humanização. (GRIBOSKI; GUILHEM,
2006).
Segundo Diniz (2005), a humanização da assistência, nas suas muitas
versões, expressa uma mudança na compreensão do parto como experiência
humana e, para quem o assiste, uma mudança no “que fazer” diante do sofrimento
do outro humano. No caso, trata-se do sofrimento da outra, de uma mulher. O
modelo anterior da assistência médica, tutelada pela Igreja Católica, descrevia o
sofrimento no parto como desígnio divino, pena pelo pecado original, sendo
dificultado e mesmo ilegalizado qualquer apoio que aliviasse os riscos e dores do
parto.
A gestação e o parto são fases marcantes na vida da mulher e sua
família, pois, representa a transição de mulher para mãe, portanto não é somente
um fenômeno fisiológico, mas também, biopsicossocial. (DOMINGUES; SANTOS;
LEAL, 2005).
A mudança do local de realização do parto, que antes era em casa
passando a ser realizado no hospital, gerou uma medicalização deste momento,
levando o processo de parturição familiar e privativo para a esfera pública, dentro de
instituições às quais passam a ter várias pessoas conduzindo este período,
transformando, assim, a mulher em submissa, deixando de ser a protagonista deste
momento, que seria tão dela, se não houvesse que se submeter à hospitalização.
(MOURA, CRISZOSTOMO, et.al, 2007).
Segundo Domingues, et.al, (2005), a mulher perdeu sua autonomia e
privacidade devido à separação da família e submissão às normas institucionais,
com suas práticas intervencionistas, sem o devido esclarecimento e consentimento
da gestante, sendo oferecido uma aparente segurança e conforto para a mulher e o
seu filho. Neste modelo de assistência, o parto passou a ser vivido como um
momento difícil e de medo extremo, tanto físico quanto mental. A dor, o medo e a
tensão deste momento muitas vezes impedem o ato fisiológico, sendo utilizado às
práticas intervencionistas que muitas vezes poderiam ser evitadas.
23
A humanização no parto, busca mecanismos para a redução da dor, com
adoção de métodos não farmacológicos a fim de reduzir a ansiedade. E essa
humanização é independente para o parto normal ou parto cesáreo. (FIALHO,
2008).
2.6.2. Tipos de parto
Parto Normal: É um processo natural, caracterizado pela expulsão do
feto e seus anexos do organismo materno e, por ser um processo natural não deve
sofrer interferências no seu curso. Esse tipo de parto se comparado com a
cesariana, evita possíveis complicações como hematomas, dores pélvicas e
infecções e ainda diminui o tempo de recuperação. É o mais indicado porque
prepara o recém-nascido para respirar ao passar pelo canal do útero que o
comprime, liberando suas vias aéreas, é uma espécie de drenagem natural. (DINIZ,
2005).
Parto Cesariano ou Cesárea: Em geral, é recomendado se o trabalho de
parto não evoluir bem, se o bebê apresentar sinais de sofrimento. É caracterizado
como parto cirúrgico que resulta na extração do feto por meio de uma incisão nas
paredes abdominal e uterina. A cesariana geralmente ocorre após a 37ª semana de
gestação, dura cerca de uma hora, após esse tempo a paciente permanece em
observação por uma hora antes de ir para o quarto, a alimentação é iniciada após 6
horas. É um tipo de parto que proporciona à mulher, escolher o dia do nascimento e
não sentir as dores características do parto. (SILVA, 2005).
Fórcipe: É uma pinça obstétrica, instrumento aplicado sobre a cabeça do
feto para tracioná-lo ou conduzi-lo através do trajeto. O parto a fórcipe acontece via
vaginal, e atualmente é um recurso utilizado somente em casos de emergência. É
indicado quando: há falta de rotação no pólo cefálico; sofrimento fetal;
prematuridade; período expulsivo prolongado; cardiopatias, eclampsia; cicatriz
uterina anterior. O profissional de enfermagem deve estar atento ao tipo de fórcipe
solicitado (Simpson, Piper ou Kielland), e as consequências da sua utilização, como:
marcas e traumas. (DOMINGUES, et.al., 2005).
24
Parto de Cócoras: É semelhante ao parto normal, no entanto, a
diferença está na posição em que a gestante fica: de cócoras, ou seja, agachada. A
posição de cócoras oferece várias vantagens, como o fato do parto ser mais rápido,
devido ao auxilio da gravidade e a oxigenação do bebê ser melhor. Neste tipo de
parto, a mulher geralmente se apoia nos ombros e braços de seu companheiro,
fazendo com que o mesmo tenha um papel decisivo tanto no lado físico quanto
psicológico. É colocado também, um espelho para que a mulher possa acompanhar
o nascimento e ser visualmente estimulada para o processo de expulsão. (BOFF,
2002).
Parto Leboyer: O obstetra francês Frederic Leboyer, apresentou esse
tipo de parto na década de 70. O parto Leboyer é uma filosofia de assistência ao
parto, criado para acolher a mãe e o bebê, em um momento que exige muita energia
dos dois e muitas vezes não se tem conhecimento prévio sobre o trabalho de parto.
O parto Leboyer é realizado com as seguintes condições: pouca luz, para não
incomodar o bebê; silêncio, principalmente após o nascimento; banho próximo à
mãe após o nascimento, que pode ser dado pelo pai; ambiente quente, como por
exemplo, o abdômen da mãe, a fim de atenuar o impacto da diferença entre o
mundo intra-uterino e o extra-uterino. (DINIZ, 2005).
Parto na água: Tal método consiste na preparação de uma banheira com
água morna (36ºC) na qual a gestante permanece. Nesse tipo de parto, o ambiente
fica a meia luz, sendo que o pai ou acompanhante tem a opção de ficar dentro da
banheira com a mulher. Casos de acidentes envolvendo o método são raríssimos, e
se comparados aos outros tipos de partos, onde também ocorrem acidentes, o parto
na água é seguro. (DOMINGUES; SANTOS; LEAL, 2005).
2.6.3. Parto Humanizado e o SUS Caminhando Juntos
A melhora no atendimento, melhora dos índices da saúde materna, e
diminuição do número de mortes é um dos principais objetivos preconizados pelo
humanização no parto na rede SUS. Para alcançar tal propósito é necessário a
busca por segurança, a busca também pela obtenção de bons resultados, visando
25
bem estar da mulher e do recém – nascido respeitando-se direitos constituídos.
(SERRUYA, et.al, 2006).
Vale enfatizar aqui, um dado preocupante que precisa ser dado maior
atenção, que vem a ser em relação a assistência inadequada à mulher, durante a
gestação, que pode vir a ocasionar sérias conseqüências, como por exemplo a
mortalidade materna, onde o pré-natal devidamente realizado pode reduzir riscos e
agravos à vida da mãe e da criança e à mortalidade infantil, que é também um dado
agravante no Brasil.
Este início surgiu por volta dos anos 80, que detinha um movimento social
pela humanização do parto e nascimento, onde os profissionais de saúde envolvidos
na assistência de perinatal, deviam ter a preocupação e propor medidas que
melhorassem o atendimento no nascimento. Sendo então caracterizado pelo mesmo
autor como um conjunto de condutas e procedimentos que devem ter como
finalidade a promoção do parto e nascimento saudáveis contra morbimortalidade
materna e perinatal. Sendo que este deve ser realizado com o mínimo de
intervenções possível, por profissionais capacitados para prever possíveis
complicações obstétricas, e que demonstrem confiança e respeito a individualidade
da mulher. (BOFF, 2002).
A assistência humanizada tem como princípio assegurar a qualidade
prestada no pré-natal, através do envolvimento da mulher, sua família e demais
acompanhantes, no processo de gerar e parir, considerando limitações e
potencialidades biológicas, socioculturais e afetivas é também em relação a
promoção de ações que aumentem a compreensão dessa população sobre esse
processo. Esse novo paradigma foi concebido pelo movimento de mulheres em
associação com profissionais de saúde e traduzido nas bases programáticas do
Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), instituído pelo
Ministério da Saúde em 1983. A partir da 8ª Conferência Nacional de Saúde, em
1986 e da promulgação da Constituição, em 1988, o direito à saúde estaria
garantido por lei e um sistema único de saúde deveria ser implantado de forma
descentralizada e com instâncias de controle social. (DINIZ, 2005).
Entendendo que a não percepção da mulher como sujeito e o
desconhecimento e desrespeito aos direitos reprodutivos constituem o pano de
fundo da má assistência, o Ministério da Saúde instituiu, em junho de 2000, o
Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), no qual o respeito a
26
esses direitos e a perspectiva da humanização aparecem como elementos
estruturadores. (SERRUYA et.al, 2004).
Segundo este mesmo autor, a fundamentação da medida ministerial, na
instituição das portarias do PHPN, pretende ser um marcador de águas anunciando
o paradigma da humanização como novo modelo de atenção à mulher durante a
gestação e o parto.
A assistência no pré natal adequada deve reunir conjunto de
procedimentos clínicos e educativos com o objetivo de promover a saúde da
gestante e do concepto. Um destaque também deve-se em relação ao apoio
laboratorial mínimo para realização de exames de rotina, como uma das condições
para uma assistência pré-natal efetiva e que toda unidade de saúde deve garantir a
efetivação. Deve acontecer também um acompanhamento médico e de enfermagem
à gestante, devendo ter início a partir do momento de concepção até o trabalho de
parto, que tenha como finalidade de prevenir, controlar ou tratar intercorrencias que
possam vir a ocorrer na gestação, por meio da avaliação e do monitoramento
clínico-obstétrico. Onde vale ressaltar a importância de acompanhamentos em
gestantes, em seus pré-natais, hipertensão e outros itens que podem ocasionar
problemas tanto a mãe como ao bebê, e também no parto futuramente (MOURA;
RODRIGUES, 2003).
É importante que o profissional de enfermagem estabeleça uma ¨ parceria
de confiança ¨ coma mãe, isto é, ajude a aumentar sua estima própria e a confiança
no ato de amamentar, levando-a finalmente a se tornar independente no cuidado do
bebê (CARVALHO, TAMES, 2002) A função do profissional de saúde é fundamental
para a introdução da educação sobre o aleitamento materno já nos primeiros meses
do período pré-natal.
O papel do enfermeiro consiste em orientar a mulher e seu companheiro
sobre os benefícios da amamentação, para a criança, para a família e especialmente
para a própria mulher que amamenta. Indicar leituras e materiais educativos aos
pais, que devem estar a disposição nos serviços de pré-natal. Durante os
encontros,a enfermeira deve incentivar a mulher a fazer perguntas, a comentar
sobre possíveis duvidas, tabus comuns na comunidade, e oferecer informações
adicionais (LOWNDERMILK, 2002).
27
A equipe de enfermagem tem um papel relevante na promoção do
aleitamento materno, um deles e apoiar as mães, através de ajuda e principalmente
orientação. (MCNATT, FRESTON, 1992).
Para assegurar que todas as expectativas maternas e necessidades do
recém-nascido quanto ao aleitamento sejam atendidas e necessárias que a equipe
de enfermagem atue junto com as mulheres e aos familiares informando as
estratégias e vantagens de se iniciar e dar continuidade ao processo de aleitamento.
(TARKKA, PAUNONEN, 1996, apud CORREA, JULIANE, 2002).
Em relação aos cuidados à recém- nascidos, tem se procurado nos
últimos anos, a valorização da amamentação e à preocupação em humanizar o
atendimento prestado aos recém-nascidos e também a sua família (SAKAE; COSTA
E VAZ, 2000).
Reichert; Lins e Collet (2007) em relação a criança, coloca esta como um
ser único, pleno de potencialidades, vivenciado em sua vida intra-uterina e no
momento do nascimento, uma série de transformações que são decisivas no seu
crescimento e desenvolvimento saudáveis. E para se dar conta da complexidade
que é assistir o Recém-Nascido, é preciso ressaltar a importância do envolvimento
da equipe de enfermagem na assistência à mãe e filho, através de uma assistência
humanizada, facilitando a interação entre equipe/profissional – Recém nascido –
Mãe.
A enfermagem materno-infantil abrange questões que inclui cuidados com
saúde da mulher, assistência à maternidade e os cuidados com recém-nascidos.
Inclui também assistência da gestante do início ao fim do trabalho de parto, e
também aos cuidados com a puérpera e com o recém-nascido.
Pereira et al., (2007) coloca quanto a mudanças estruturais para uma
assistência adequada à mulher gestante, é que o centro cirúrgico deixe de ser o
local privilegiado do parto, resgatando a importância da sala do parto e até mesmo
de novos cenários de atendimento.
Outro passo colocado por Hotimsky e Schraiber (2005) para humanizar a
assistência é oferecer analgesia para o paciente, conforme também sugere Diniz
(2001) que a humanização tem como referencia a legitimidade do acesso a
analgesia, sendo considerada por alguns imprescindíveis na atenção ao parto, para
então a prática de desta de forma indolor, seguro e eficiente.
28
Porém vale ressalva no sentido de que o programa de humanização
defende a assistência ao trabalho de parto normal, com o objetivo de resgatar o
caráter fisiológico no processo do nascimento de forma positiva e sem traumas, e o
desconforto ocasionado por dor, podem ser minimizados pelo uso de técnicas de
massagem e relaxamento, posturas variadas, música, métodos de respiração e
práticas alternativas que favoreçam para o bom desenvolvimento do parto,
fornecendo na mulher e no seu bebê, conforto e segurança (ARAGÃO, 2009).
Reis e Patrício (2005), coloca que o Ministério da Saúde preconiza e
observa que a assistência ao pré-natal é o início de todo poderoso de nascer
saudável.
Diniz (2005) explica que a humanização da assistência, favorece para
compreensão do parto como experiência humana, e para quem o assiste, uma
mudança no que fazer diante do sofrimento do outro humano. Devendo então,
oferecer solidariedade humanitária e científica diante do sofrimento.
29
CAPÍTULO III: METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão de literatura científica, na modalidade
denominada revisão bibliográfica. A sua realização consiste na possibilidade de
oferecimento de subsídios para a implementação de modificações que promovam a
qualidade das condutas assistenciais de enfermagem por meio de modelos de
pesquisa.
Para a realização desse estudo primeiramente foram identificado e
localizado artigos compatíveis com os objetivos propostos nesse tema. As bases de
dados que foram utilizadas para a pesquisa em biblioteca virtual com sistema de
busca online foram as seguintes: Scientific Electronic Library Online (Scielo) e
Literatura Latino-Americana Os Descritores em Ciências da Saúde (DECS) utilizados
para buscar os artigos foram: ‘humanização’, parto humanizado, atenção de
enfermagem humanizado. A coleta de dados foi realizada entre Agosto de 2011 a
Abril de 2012.
Os critérios de inclusão definidos para seleção de artigos foram: Artigos
publicados em português, disponíveis na íntegra e que fossem compatíveis com os
objetivos e temática do estudo, publicados e indexados nos referidos bancos de
dados de revistas voltadas a área de enfermagem.
Após os levantamentos bibliográficos, realizou-se leitura exploratória de
obras que abordavam o tema utilizando um processo seletivo para determinar o
material que relacionava com o objetivo da pesquisa. Os artigos selecionados foram
analisados na íntegra, através da confecção de dois instrumentos para coleta das
informações: os fichamentos definindo e sumariando as informações, e a elaboração
de uma tabela contendo os seguintes itens: autor, ano, tipo de estudo, relação com
enfermagem e principais queixas. Assim, determinando os que relacionavam com o
objetivo e respondessem a problemática do estudo.
E, por fim a interpretação dos dados realizada organizadamente por meio
do fichamento e da tabela, agrupando os artigos em três categorias de análise: 1)
Humanização; 2) Humanização no parto e, 3) Assistência de enfermagem
humanizada. Oferecendo suporte para confecção do relatório e análise crítica,
conforme demonstrado nos resultados e discussão desse estudo.
30
A leitura realizada foi modo exploratório, objetivando verificar as obras
que abordavam o tema, realizando também pesquisa seletiva para determinar o
material que interessa a realização da pesquisa. O procedimento seguinte foi leitura
analítica dos textos selecionados, definindo e sumariando as informações de acordo
com o assunto em estudo, de forma que estas possibilitaram obtenção de respostas
ao problema da pesquisa. E por fim a leitura interpretativa onde foram relacionados
os dados obtidos nas fontes. Assim, o próximo passo foi à confecção de fichas, que
teve por objetivo identificar as obras consultadas, e assim analisar e selecionar
material pertinente à pesquisa. Oferecendo suporte para confecção do relatório
seguindo as normas a serem publicadas, como também a análise crítica do material
encontrado, conforme demonstrado nos resultados desse estudo.
31
CAPÍTULO IV: ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Através do estudo realizado, observa-se que a humanização refere-se a
atenção oferecida ao paciente através dos serviços de saúde. O cuidado
humanizado implica na possibilidade de estar atento às condições e necessidades
do outro, aqui destacado a relação humana. A humanização então aparece como a
redefinição das relações humanas na assistência, revendo o ato de cuidar e também
compreendendo a condição humana. Onde o profissional deve estar atento as
necessidades, sendo que além do tratamento oferecido é necessário respeito,
acolhimento e ética para com o paciente e também sua família. Consiste também
em desenvolver melhores condições de trabalho e de participação dos diferentes
sujeitos implicados no processo de produção de saúde. (FERREIRA, 2003;
CASTRO, CLAPS, 2005; SCHECK; RIESGO, 2006; PESSINI, BERTACHINI, 2004).
Um dos pontos que merece-se também atenção especial é com relação
ao avanço no exercício profissional da saúde, que deve envolver todos os
profissionais envolvidos na saúde, numa atividade multidisciplinar, estimulando-os a
repensar sua relação com a paciente (TORNQUIST, 2002).
É de total relevância comunicação eficaz entre profissional e paciente,
onde este sinta segurança com o profissional envolvido durante seu atendimento
(MOURA; VINHA, 2008)
Um dos pontos de grande ênfase com relação a humanização refere-se
ao parto, onde preconiza-se que profissionais de saúde preste assistencia de
qualidade à parturiente. Assim o profissional de enfermagem na busca de
visibilidade do seu trabalho pode proporcionar mudanças necessárias no âmbito da
assistência hospitalar, fortalecendo sua capacidade quanto a um profissional de
saúde. É necessário então que o profissional enfermeiro e demais da área da saúde
execute suas funções com respeito, dignidade, entendendo fatores adversos
(PESSINI; BERTACHINI, 2004; WERNECK, 2005; OLIVEIRA, 2007; OLIVEIRA e
MADEIRA, 2002).
Nesse aspecto destaca-se o PHPN (Programa de Humanização do Pré
Natal e Nascimento) foi criado para aprimorar o Programa de Assistência Integral à
Saúde da Mulher, enfatiza os direitos da mulher, propondo a humanização como
32
estratégia para melhoria da qualidade da atenção. Tal proposta inclui as relações
com a mulher, cuidados com o recém nascido e familiares. Isso requer a
participação de diferentes profissionais da equipe de saúde, como por exemplo,
psicólogos, assistentes sociais, para que haja portanto, uma abordagem integral que
garanta e atenda as necessidades das mulheres, seus parceiros e familiares durante
a gravidez. (BRASIL, 2010; DUARTE, ANDRADE, 2008; PEREIRA; FAVERO, 2001;
GRIBOSKI e GUILHEM, 2006;
Assim profissionais que lidam diretamente com o ser humano, devem
tratar o outro com igualdade, respeito, ética e aproximação. E preciso que
desenvolva ações necessárias para que a humanização realmente aconteça em
ambiente hospitalar, e principalmente para que tal processo aconteça é necessário
envolvimento e comprometimento de todos os profissionais como médicos, corpo de
diretores, enfermeiros e pacientes.
Tal atenção ao parto, refere-se que esse processo é de total relevância
para a mulher e até mesmo no sentido da vida. representa um momento único na
vida dos pais, do recém-nascido e dos demais familiares que juntamente da mãe
fizeram planos e esperaram durante o período de gestação. E nada mais justo que
num momento tão importante se tenha respeito a mulher, a criança que está vindo
ao mundo e aos seus familiares. Sendo assim é necessário é fundamental que se
estabeleça conjuntos de condutas e procedimentos capazes de promoverem o parto
e o nascimento saudáveis, por respeitar o processo natural e evitar condutas
desnecessárias ou de risco para a mãe e o bebê. Assim como buscar atender as
necessidades biopsicossociais e culturais da parturiente. (SILVA, 2005; DINIZ, 2002;
BRASIL, 2010; DIAS, 2006; DOMINGUES; SANTOS; LEAL, 2005; MOURA;
VINHAL, 2008).
Conclui-se portanto que para o bom desenvolvimento do trabalho de
parto, é necessário o bem estar físico e emocional da mulher, o que favorece a
redução de riscos e complicações. Para tanto, o respeito ao direito da mulher a
privacidade, a segurança e conforto, com uma assistência humana e de qualidade,
aliado ao apoio familiar durante a parturição, transformam o nascimento num
momento único e especial.
33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a elaboração do presente trabalho, foi possível perceber e constatar
que a participação do enfermeiro no processo de trabalho de parto, expulsão e
nascimento, proporciona fundamentalmente satisfação à parturiente e ao
profissional.
Verificou-se que a partir do momento em que há uma assistência
humanizada neste processo tão importante, que é o parto, a parturiente se sente
mais acolhida, pois com a humanização, são tiradas todas as suas dúvidas e
incertezas, deixando-a mais a vontade e preparada para este momento, partindo daí
a premissa da humanização da assistência ao parto para garantir um melhor
resultado para a gestante.
O Brasil assume uma direção em prol de políticas comprometidas com a
melhoria das condições de vida da população e as políticas de saúde devem
contribuir, realizando sua tarefa primária de produção de saúde e de sujeitos, de
modo sintonizado com os princípios éticos no trato com a vida humana.
Por isso, o enfermeiro deve conhecer a situação da parturiente, para que
possa interpretar e compreender seu sofrimento, escolhendo as melhores
estratégias para sanar tal problema.
O trabalho conjunto entre todos os profissionais envolvidos permitiria uma
atenção menos intervencionista, respeitando os limites de atuação de cada
categoria.
É necessário que os profissionais de saúde trabalhem para que as
parturientes reconheçam seus direitos a uma assistência humanizada, pois uma das
finalidades desse tipo de parto é a participação efetiva e ativa da parturiente, fato
que só será alcançado se a mesma confiar na equipe multiprofissional e sentir-se
tranquila e informada em relação aos procedimentos do parto.
Foi possível concluir que para se implantar um bom modelo assistencial
de parto humanizado é necessário que as mulheres e seus acompanhantes
conheçam nos direitos reprodutivos na atenção ao parto e nascimento, que sejam
bem orientados pela equipe multiprofissional, e que haja boas condições estruturais
nas Unidades de Saúde e os profissionais estejam preparados para acolher tanto a
34
parturiente quanto seu acompanhante, levando em consideração que o parto
humanizado é algo familiar e é um direito reprodutivo.
O parto humanizado beneficia a mãe e o bebê por ser um parto indolor,
que permite acompanhamento familiar, e que é realizado de forma natural e
humana, é um parto que não causa traumas, e, diminui a incidência de morte e
sofrimento materno e fetal.
Percebe-se que o enfermeiro sabendo da sua responsabilidade precisa
garantir o cuidado, o conforto, a clareza das rotinas a serem cumpridas não só pela
equipe de enfermagem, mais também pelos demais profissionais da equipe de
saúde envolvidos, proporcionando assim segurança, e satisfação á mulher no
desenrolar do parto.
35
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