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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES URI – CAMPUS SANTIAGO JEAN MARCO VARGAS LOPES JONAS RODRIGUES BORDIN RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ADMINISTRAÇÃO PESQUISA SÓCIO-ECONÔMICA E DE CLIMA ORGANIZACIONAL REALIZADA NA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS 0

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕESURI – CAMPUS SANTIAGO

JEAN MARCO VARGAS LOPESJONAS RODRIGUES BORDIN

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ADMINISTRAÇÃOPESQUISA SÓCIO-ECONÔMICA E DE CLIMA ORGANIZACIONAL

REALIZADA NA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS

SANTIAGO – RS2010

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JEAN MARCO VARGAS LOPESJONAS RODRIGUES BORDIN

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ADMINISTRAÇÃOPESQUISA SÓCIO-ECONÔMICA E DE CLIMA ORGANIZACIONAL

REALIZADA NA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS

Projeto de Pesquisa apresentado como requisito para conclusão do Curso de Administração, Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões.

ORIENTADOR: PROF. Fabiano Minuzzi Marcon

SANTIAGO – RS2010

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JEAN MARCO VARGAS LOPESJONAS RODRIGUES BORDIN

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM ADMINISTRAÇÃOPESQUISA SÓCIO-ECONÔMICA E DE CLIMA ORGANIZACIONAL

REALIZADA NA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS

Relatório de Estágio em Administração apresentado como requisito para obtenção do título de bacharel em Administração, pelo Curso de Graduação em Administração da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Campus Santiago.

Aprovada em _____ de _____________________ de 2010

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________Prof. Esp. Fabiano Minuzzi Marcon – Orientador – URI Santiago

______________________________________________________Prof. Ms. Rodrigo Belmonte da Silva – URI Santiago

_______________________________________________________Prof.ª Ms Ângela Focking Marcolan – URI Santiago

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Dedicamos este trabalho:Primeiramente a Deus, que ilumina e guia nossas ações,

Aos nossos familiares, pelo apoio dado nas horas difíceis.A nossos amigos, pelos bons momentos que

passamos nesta caminhada, e que nos enriquecem como pessoa.A nossos professores, pelo conhecimento adquirido, apoio e compreensão.

Jean Marco Vargas LopesJonas Rodrigues Bordin

AGRADECIMENTOS

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Ao término deste trabalho, parte final de uma grande e longa caminhada,

gostaríamos de agradecer as seguintes pessoas.

Em primeiro lugar, a Deus, que nos dá força nas horas que pensamos em

abandonar tudo, a achar um caminho quando nos julgamos perdidos, nos guiando

no caminho da verdade e do bem.

A nossos pais, pelo empenho e educação, valorizando sempre o ato de

estudar como base para o nosso crescimento como cidadãos;

A nossos irmãos e irmãs, amigos para todas as horas, boas e ruins, que de

grande valia foram na luta por este objetivo;

Aos demais familiares, pelo apoio e compreensão de que às vezes

precisamos deixar de lado algo mais prazeroso em prol de um objetivo maior;

A nossos colegas, companheiros nesta caminhada, e certamente amigos

para todo e sempre;

Aos nossos professores, por nos mostrar o sucesso só antecede o trabalho

nos dicionários escolares;

Ao nosso orientador, professor Fabiano Marcon, pela paciência e apoio dado

para a realização deste trabalho;

A todos os funcionários da Prefeitura Municipal de Santiago que colaboraram

para o sucesso desta pesquisa;

Muito Obrigado!

RESUMO

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Apenas através do autoconhecimento as empresas públicas poderão atende melhor as exigências da comunidade em geral. Os agentes públicos municipais devem sentir-se satisfeitos ao trabalhar para que, assim, possam desempenhar suas atividades da melhor maneira possível, objetivos de todos os envolvidos na administração pública. Pensando desta maneira, realizou-se esta pesquisa sócio-econômica e de clima organizacional, desenvolvida na Prefeitura Municipal de Santiago, visando identificar as influências sócio-econômicas no clima organizacional dos servidores públicos municipais de Santiago/RS. Este levantamento foi realizado através da aplicação de um questionário a ser respondido pelos funcionários da Prefeitura, com questões referentes ao perfil dos funcionários, sua escolaridade, renda e nível de satisfação no trabalho. Através dos resultados e da análise da pesquisa, obteve-se informações relevantes a fim de propor melhorias nas áreas deficientes na gestão de recursos humanos, sendo que a não valorização do servidor mostrou-se maior relevante. Assim, é preciso que a Administração pública crie políticas que valorizem o funcionário público, a fim de alcançar melhor desempenho global nas suas ações.

Palavras-Chave: Clima Organizacional, Gestão de Recursos Humanos, Administração Pública

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RESUMEN

Sólo a través de empresas públicas conocimiento de uno mismo pueden satisfacer mejor las demandas de la comunidad en general. Los funcionarios del gobierno municipal debe sentirse feliz de trabajar, para que puedan realizar sus actividades de la mejor manera posible los objetivos de todos los involucrados en la administración pública. Pensando de esta manera, se llevó a cabo esta investigación sobre el clima socio-económico y de organización, desarrollada en la Municipalidad de Santiago, para identificar las influencias socioeconómicas en el clima organizacional de los servidores públicos municipales de Santiago / RS. Esta encuesta se realizó mediante la aplicación de un cuestionario para ser contestadas por el personal del Ayuntamiento con preguntas sobre el perfil de los trabajadores, su educación, ingresos y nivel de satisfacción laboral. A través de los resultados de la investigación y el análisis, se obtuvo la información pertinente con el fin de proponer mejoras en áreas con deficiencia en la gestión de los recursos humanos, y la disminución del servidor fue mayor relevancia. Por lo tanto, tenemos que crear las políticas de la administración pública que el valor del funcionario público a fin de lograr un mejor desempeño general en sus acciones.

Palabras clave: Clima organizacional, Gestión de Recursos Humanos, Administración Pública

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Sexo.......................................................................................................62Gráfico 2 – Idade......................................................................................................63Gráfico 3 – Cor ou Raça..........................................................................................64Gráfico 4 – Estado Civil...........................................................................................65Gráfico 5 – Possui Filhos........................................................................................66Gráfico 6 – Moradia.................................................................................................68Gráfico 7 – Pessoas na Moradia.............................................................................68Gráfico 8 – Instrução do Pai...................................................................................69Gráfico 9 – Instrução da Mãe..................................................................................71Gráfico 10 – Nível de Instrução..............................................................................72Gráfico 11 – Carro....................................................................................................72Gráfico 12 – Computador........................................................................................73Gráfico 13 – Renda Familiar....................................................................................74Gráfico 14 – Contribuição na Renda......................................................................75Gráfico 15 – Pessoas Sustentadas com a Renda.................................................76Gráfico 16 – Sua Renda Mensal..............................................................................77Gráfico 17 – Ensino Fundamental..........................................................................78Gráfico 18 – Ensino Médio......................................................................................79Gráfico 19 – Curso Superior...................................................................................80Gráfico 20 – Fumo...................................................................................................81Gráfico 21 – Bebida Alcoólica................................................................................82Gráfico 22 – Plano de Saúde...................................................................................83Gráfico 23 – Atividade Física..................................................................................84Gráfico 24 – Ocupação no Tempo Livre................................................................86Gráfico 25 – Nível de Satisfação.............................................................................87Gráfico 26 – Nível de Relacionamento...................................................................88Gráfico 27 – Nível de Relacionamento com a Chefia............................................89Gráfico 28 – Reuniões.............................................................................................90Gráfico 29 – Informações Transmitidas pela Prefeitura.......................................91Gráfico 30 – Valorização dentro da Prefeitura...........................................................92

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LISTA DE ANEXOS

ANEXO 1 – Questionário de Pesquisa Sócio-Econômica e de Clima Organizacional.......................................................................................................103

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................13

2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA...............................................................................13

3. OBJETIVOS..........................................................................................................143.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................153.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................15

4 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................15

5 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................165.1 BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO.................................................................175.2 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS................................................205.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE GESTÃO DE PESSOAS.......................225.3.1 Planejamento Estratégico de Recursos Humanos (RH)...................................225.3.2 Modelos de Planejamento de RH.....................................................................235.3.3 Fatores que intervêm no Planejamento de RH.................................................245.3.4 Apreciação Crítica do Planejamento de RH.....................................................255.4 RECOMPENSANDO PESSOAS.........................................................................255.4.1 Recompensas Organizacionais........................................................................265.4.2 Conceito de Remuneração...............................................................................265.4.3 Desenho do Sistema de Remuneração............................................................275.4.4 Conceito de Administração de Salários............................................................295.4.5 Avaliação e Classificação de Cargos................................................................295.4.6 Pesquisa Salarial..............................................................................................305.4.7 Decorrências dos Salários................................................................................305.4.8 Política Salarial.................................................................................................315.5 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E DE ORGANIZAÇÕES..........................315.5.1 Mudança Organizacional..................................................................................325.6 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS.................................................................355.7 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL........................................................375.8 BANCO DE DADOS E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE RH........................395.8.1 Comunicações Internas....................................................................................395.8.2 A Necessidade de Informações........................................................................395.8.3 Banco de Dados de RH....................................................................................405.8.4 Sistemas de Informações de RH......................................................................405.8.5 Sistemas de Monitoração de RH......................................................................415.8.6 Balanço Social..................................................................................................425.9 CLIMA ORGANIZACIONAL.................................................................................435.9.1 A Administração Pública e o Clima Organizacional..........................................47

6 METODOLOGIA.....................................................................................................516.1 TIPO DE PESQUISA...........................................................................................516.1.1 Pesquisa Exploratória.......................................................................................516.1.2 Pesquisa Descritiva..........................................................................................526.1.3 Pesquisa Experimental.....................................................................................52

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6.1.4 Pesquisa Explicativa.........................................................................................526.2 UNIVERSO E AMOSTRA....................................................................................536.2.1 Amostragem probabilística...............................................................................536.2.2 Amostragem não-probabilística........................................................................546.3 COLETA DE DADOS...........................................................................................546.3.1 Campo..............................................................................................................546.3.2 Laboratório........................................................................................................556.3.3 Bibliográfica......................................................................................................556.3.4 Documental.......................................................................................................556.4 ANÁLISE DOS DADOS.......................................................................................556.4.1 Pesquisa Qualitativa.........................................................................................566.4.2 Pesquisa Quantitativa.......................................................................................566.5 PESQUISA QUANTO OS PROCEDIMENTOS...................................................566.5.1 Experimental.....................................................................................................576.5.2 Documental.......................................................................................................576.5.3 Levantamento...................................................................................................576.5.4 Bibliográfica......................................................................................................576.5.5 Estudo de Caso................................................................................................586.5.6 Participativa......................................................................................................58

7 ANÁLISE E DISCUSSÁO DOS RESULTADOS....................................................597.1 SEXO...................................................................................................................617.2 IDADE..................................................................................................................627.3 COR OU RAÇA...................................................................................................637.4 ESTADO CIVIL....................................................................................................647.5 POSSUI FILHOS.................................................................................................667.6 MORADIA............................................................................................................677.7 PESSOAS NA MORADIA....................................................................................687.8 INSTRUÇÃO DO PAI...........................................................................................697.9 INSTRUÇÃO DA MÃE.........................................................................................707.10 SEU NÍVEL DE INSTRUÇÃO............................................................................717.11 CARRO..............................................................................................................727.12 COMPUTADOR.................................................................................................737.13 RENDA FAMILIAR.............................................................................................747.14 CONTRIBUIÇÃO NA RENDA............................................................................757.15 PESSOAS SUSTENTADAS COM A RENDA....................................................767.16 SUA RENDA MENSAL......................................................................................777.17 ENSINO FUNDAMENTAL.................................................................................787.18 ENSINO MÉDIO................................................................................................797.19 CURSO SUPERIOR..........................................................................................807.20 FUMO................................................................................................................817.21 BEBIDA ALCOÓLICA........................................................................................827.22 PLANO DE SAÚDE...........................................................................................837.23 ATIVIDADE FÍSICA...........................................................................................847.24 OCUPAÇÃO NO TEMPO LIVRE.......................................................................857.25 NÍVEL DE SATISFAÇÃO...................................................................................867.26 NÍVEL DE RELACIONAMENTO........................................................................887.27 NÍVEL DE RELACIONAMENTO COM A CHEFIA.............................................897.28 REUNIÕES........................................................................................................907.29 INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS PELA PREFEITURA...................................91

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7.30 VALORIZAÇÃO DENTRO DA EMPRESA.........................................................92

8 PROPOSTAS SUGERIDAS...................................................................................948.1 PERFIL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS.................948.2 ESCOLARIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS. .958.3 RENDA DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS..................958.4 CLIMA ORGANIZACIONAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS...................................................................................................................................96

9 CONCLUSÃO.........................................................................................................97

REFERÊNCIAS.........................................................................................................99ANEXOS..................................................................................................................102

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Page 13: Tcc Jean e Jonas

1 INTRODUÇÃO

As organizações são ambientes em que os colaboradores passam o maior

tempo de suas vidas, desempenham várias funções, se deparam com constantes

desafios e mudanças para acompanharem a evolução do mundo dos negócios. As

empresas dependem das pessoas para alcançar sucesso e as pessoas, por sua vez,

dependem das empresas para sobreviverem bem como para suprir suas

necessidades básicas de consumo.

Diante desse contexto, precisam ser bem administradas para sobreviverem e

conquistarem vantagem competitiva, descobrindo a oportunidade para se destacar

perante a concorrência que num mundo globalizado torna-se cada vez mais

acirrada.

As empresas públicas, cada vez mais preocupadas em atingir excelências

nos níveis gerenciais, implantando processos de gestão eficientes, com o objetivo de

melhorarem seu funcionamento, bem como o atendimento a população, passaram a

adotar novas ferramentas administrativas para gerenciar seu processo.

Assim, foi necessário, neste processo, conhecer melhor seu público interno,

seus colaboradores, quem verdadeiramente pode ser considerado serviço público,

os agentes que fazem com que a municipalidade desempenhe seu papel perante a

sociedade.

Este trabalho teve como objetivo identificar e analisar o perfil dos

funcionários públicos municipais do município de Santiago/RS, identificando seu

perfil sócio-econômico, suas necessidades e suas ambições profissionais. Também

é importante ressaltar o conhecimento destes fatores e sua influência no clima

organizacional da empresa Prefeitura, através da análise do ambiente de trabalho do

funcionário público.

Através desta pesquisa, identificou-se o perfil do funcionário público de

Santiago/RS, analisando suas carências profissionais, seu ambiente familiar, suas

peculiaridades enquanto ser humano, bem como suas expectativas diante do serviço

público e, principalmente, como se sente trabalhando no ambiente Prefeitura

Municipal.

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2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

Atualmente, as empresas precisam, antes de conhecer o mercado e as

oportunidades que estes apresentam para o crescimento do negócio, conhecer a

situação do seu público interno.

De acordo com Barros e Lehfeld (2004), toda pesquisa tem origem num

problema sentido, numa expectativa frustrada ou numa dificuldade teórica ou prática.

Existe na problematização sempre a influencia de fatores internos e externos, que

demonstrariam, realmente, na montagem do projeto de pesquisa, o que se quer

saber, o que se pretende estudar.

Nas instituições públicas, um dos maiores problemas detectados está no

conhecimento das necessidades sócio-econômicas dos funcionários públicos,

devido a crescente preocupação dos gestores em melhorar o desempenho dos

serviços oferecidos.

É de suma importância que os agentes públicos sejam parte do processo de

gestão pública, e não apenas processadores de informação, burocratizando assim o

atendimento e as demandas da população. Assim, o primeiro passo dado nesse

sentido foi a identificação do grau de satisfação destes funcionários dentro da

instituição Prefeitura, bem como sua situação sócio-econômica influencia seu

comportamento no serviço.

Desse modo, surge a seguinte pergunta “Quais as influências sócio-

econômicas no clima organizacional dos servidores públicos municipais de

Santiago/RS?”.

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Page 15: Tcc Jean e Jonas

3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Analisar a situação sócio-econômica dos servidores públicos municipais do

município de Santiago/RS, e sua influência no clima organizacional.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar, através de uma amostra dos funcionários públicos municipais, a

situação sócio-econômica dos funcionários da Prefeitura Municipal de

Santiago/RS;

Realizar uma pesquisa de clima organizacional dentro da Prefeitura

Municipal;

Analisar e discutir os dados coletados, confrontados os dados sócio-

econômicos com o resultado obtido na pesquisa de clima organizacional.

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4 JUSTIFICATIVA

De acordo com Barros e Lehfeld (2004), na justificativa de um projeto de

pesquisa, devem estar inseridas questões elementares que nortearão a execução do

projeto de pesquisa. Deve, em primeiro lugar, demonstrar a relevância da pesquisa

em relação ao contexto atual do pesquisador, que deverá defender a necessidade

de se efetivar o estudo.

Em seguida, devem ser apresentados os motivos que indicam a viabilidade

de tal pesquisa. Esta viabilidade deve ser apresentada no ponto de vista técnico,

financeiro e político.

É necessário demonstrar o caráter inovador da pesquisa, relacionando-o com

as referências utilizadas, garantindo assim a originalidade da pesquisa.

O serviço público está cada vez mais profissionalizado, em decorrência do

crescimento da informação, o que torna os atos da pessoa pública mais próximos do

seu principal favorecido, a população em geral.

Este aumento da visibilidade, juntamente com a exigência legal por maior

transparência nos gastos públicos, na busca por uma gestão eficiente, faz-se

necessário, dentro do planejamento estratégico, ter conhecimento do ambiente em

que a empresa Prefeitura está inserida.

O ambiente interno da Prefeitura Municipal de Santiago/RS é formado por

aproximadamente 1100 agentes públicos, sendo que cada um destes contém uma

particularidade, uma forma de vida independentemente da função que exerce.

Neste contexto, foi analisado o perfil do funcionário público municipal de

Santiago/RS, para que se possa entender o paralelo entre o serviço prestado a

comunidade em relação às necessidades do ser humano servidor, bem como este

se sente no seu ambiente de trabalho.

Através da análise da realidade sócio-econômica dos agentes públicos pode-

se ambicionar um serviço público de qualidade, até porque este seria um benefício

para toda a sociedade, na medida em que funcionários satisfeitos produzem melhor,

refletindo assim na eficiência da máquina pública.

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5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 BREVE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

As referências sobre o local onde se situa o Município de Santiago datam

desde a época em que ocorreu a ampliação das Missões do Paraguai, quando os

Jesuítas, alcançando a margem oriental do rio Uruguai, fundaram povoações em

territórios do Rio Grande do Sul, no século XVIII.

Com a introdução do gado em 1534 pelos Jesuítas, organizaram-se

pequenos currais nas cercanias dos povoados. Para transportar o gado das grandes

estâncias até as aldeias, distribuídas no Planalto Meridional, utilizavam-se os

desfiladeiros em Santa Maria da Boca do Monte e de Santiago do Boqueirão.

Assim, a Coxilha Seca que se prolonga até as terras baixas de São

Francisco de Assis e que começa na elevação das nascentes dos rios Itu e Curuçu -

o chamado Boqueirão - era uma passagem natural do gado procedente das

estâncias missioneiras.

Já em 1753, as partidas de demarcação, organizadas para dar cumprimento

ao estabelecido pelo Tratado de Madri, foram impedidas de dar prosseguimento ao

seu trabalho por uma barreira formada no posto avançado de São Tiago, da

Estância de Santo Antônio, que pertencia ao povo de São Miguel.

Conta-se, também, que em 1756 foi erguida uma capela pelos padres

jesuítas em homenagem ao Santo Apóstolo Tiago, decorrendo daí o nome do

Município.

Em torno de 1860 iniciou o processo que acelerou modificações na paisagem

humana das Missões. Funda-se a quatro léguas do povo de São Luís, uma colônia

que assentou 350 alemães, 14 belgas, 5 franceses e 4 suíços.

O coronel José Maria Pereira de Campos foi encarregado de organizar a

colônia de Ijuí que traria mais europeus à região.

Os Polacos começaram a chegar no final da década de 80, do século

passado, com o estabelecimento da colônia de Jaguari, estendendo-se até as

localidades de Sanga da Areia e Ernesto Alves.

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Page 18: Tcc Jean e Jonas

Em 1834, Arsène Isabelle, diplomata francês radicado em Montevidéu, em

viagem pelas regiões missioneiras, refere-se à localidade de Boqueirão de Santiago,

onde registra a existência de três ou quatro chácaras e estâncias, constatando a

escassez de habitantes.

Se os alemães e os italianos foram predominantes no fluxo de imigração

européia na região missioneira, elementos de outras nacionalidades também

trouxeram sua valiosa contribuição, como suíços, belgas, poloneses e franceses. Em

síntese, as colônias estabelecidas a partir de 1860 na região missioneira

proporcionaram diversificação de tipos humanos no Município de Santiago, como

nos Municípios vizinhos, de procedência predominantemente européia.

Santiago foi um território habitado pelos índios e se constituía numa parte da

Estância Jesuítica de São Miguel. Era a Estância de São Thiago ou Santiago.

Foi construída no Município a Capela de São Thiago, que pertencia a essa

Estância de São Miguel e que se situava, de acordo com pesquisas de historiadores,

no local que é hoje a Fazenda da Forqueta, de propriedade da sucessão de Dona

Joaquina Lopes, a 15 Km da cidade.

Neste local, até 1930 podia-se constatar a existência de paredes de pedras.

Em 1756, houve a Batalha de Caiboaté, em que faleceu Sepé Tiaraju. Essa batalha

aconteceu no interior do Município de São Gabriel e os índios, após a chacina que

ocorreu lá, regressaram às Missões, que se chamava “El Boquerón de Las Sierras”.

O município, a cidade de Santiago é conhecida como "A Terra dos Poetas"

pela tradição literária e berço de Ramiro Frota Barcelos, José Santiago Naud, Silvio

Gomes Wallace Duncan, Caio Fernando Abreu, Oracy Dornelles.

Boqueirão significava passagem, abertura, largo. Chamava-se, então,

boqueirão à abertura que permitia o trânsito de tropas e de pessoas que

demandavam das missões para a fronteira, e não gostavam de enfrentar as matas e

as serras de Jaguari, na qual se incluía a cidade de Santiago e o atual Boqueirão.

A outra abertura que ligava as Missões à fronteira, era pela serra de São

Martinho. Quando os índios retornaram de São Gabriel, derrotados, a primeira

oportunidade que tiveram de um descanso maior foi na capela da Estância de São

Thiago, que se situava junto ao Arroio São Lucas, onde foi rezada a primeira missa

pela alma de Sepé Tiaraju, segundo as informações contidas no diário do Padre

Thadeu Enis, que era um jesuíta da Redução de São Miguel e acompanhava os

índios. O diário do Padre Thadeu Enis foi publicado muitos anos após, neste século,

17

Page 19: Tcc Jean e Jonas

pela imprensa nacional e acredita-se que ele mesmo tenha rezado esta primeira

missa.

Diante disso, acredita-se que a origem do nome de Santiago esteja mesmo

ligada ao santo, São Thiago. Existem lendas de que o nome de Santiago seria uma

homenagem a um espanhol que teria vindo da Colônia do Sacramento e se

estabelecido no Boqueirão de nome “Santiago”. Somente com acesso ao Diário do

Padre Thadeu Enis é que se estabeleceu que o nome da cidade seja uma

homenagem ao Santo.

Em 1834, um outro viajante, também francês, passou aqui neste local, onde

se localiza a cidade. Foi Arsène Isabelle, vindo de São Borja até aqui. E em 1834,

conforme relata em seu livro, encontrou neste local quatro chácaras, às cabeceiras

de um riacho cristalino, que seria o Itu, cujas nascentes estão na cidade, próximas à

Cooperativa Regional Tritícola Santiaguense Ltda.

De Santiago, Arsène Isabele rumou para São Francisco de Assis, antiga

redução de São Thomé, e passou por “El Boquerón de las Sierras” que existe até

hoje.

Um outro viajante deixou suas impressões em livros: Hemetério Velloso da

Silveira, pernambucano que veio ao Rio Grande do Sul como Juiz de Direito e

depois, abandonando a Magistratura, passou à advocacia e andando por todo o Rio

Grande a cavalo, para atender sua profissão e costumava passar por São Thiago,

quando vinha a São Borja, um povoado bem mais antigo, possuindo inclusive Juiz.

Hemetério Velloso da Silveira esteve aqui em 1856, como relata em seu livro “As

Missões Orientais e Seus Domínios”.

Ele esteve na fazenda de Inácio Gomes dos Santos, numa reunião para

tratar com ele e mais alguns membros da comunidade (já existiam várias casas de

comércio e casas de famílias em Santiago), sobre a construção de uma capela,

onde, hoje se situa a Igreja Matriz. Por uma coincidência extraordinária, a fazenda

era a mesma onde em 1756 (cem anos atrás) havia sido rezada a primeira missa

pela alma de Sepé Tiarajú.

Vejam: tem-se um lugar duplamente histórico e pouco conhecido que merece

uma visita. Ainda restam nessa fazenda valos divisórios e restos de construções

antigas feitas de pedras. Há uma série de livros sobre Santiago, nenhum esgotando

o assunto.

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O município de Santiago - RS, localizado na macrorregião sul do estado, tem

como clima predominante o subtropical úmido. Tem como limite ao norte os

municípios de Bossoroca (45 Km) e Itacurubi (75 Km), ao sul São Franscisco de

Assis (56 Km), Nova Esperança do Sul (36 Km) e Jaguari (47 Km), a leste Jarí (120

Km) e Capão do Cipó (60 Km) e a oeste Unistalda (42 Km).

O principal meio de transporte é o rodoviário. Santiago é cortado pela rodovia

Federal BR-287, a qual faz ligação com São Borja e Santa Maria, sendo que neste

Município a Rodovia Federal dá acesso a Rio Grande. Possui também duas rodovias

estaduais: a RS-168, qua faz ligação com Bossoroca e a RS-377 que liga o

município a São Francisco de Assis.

Santiago também possui a ferrovia STG-365 que faz ligação com Jaguari,

São Borja e Bossoroca, utilizada exclusivamente para transporte de cargas. O

município conta também com um aeroporto com campo de pouso para aviões de

pequeno e médio porte, cuja pista está em vias de ser asfaltada.

Santiago possui uma população, conforme o censo 2000 do IBGE, de 49.932

habitantes sendo que desta população 24.171 habitantes são masculinos e 25.762

femininos. A população urbana de Santiago é de 44.446 habitantes e a rural de

5.486 habitantes.

Segundo fontes do Cartório Eleitoral fornecidas em 2001, o município possui

um total de 34.986 eleitores, sendo que destes 18.232 são mulheres, 16.754 são

homens, 1.320 são analfabetos e 709 são menores. Esta população faz com que

Santiago possua uma densidade demográfica de 20,71 hab/Km.

Dentre as atividades econômicas a predominante é o Comércio Varejista,

com 41,22%, em seguida vem a produção primária com 30,62%, serviços com

17,97%, indústria 8,79% e o comércio atacadista e setor informal com 1,40%.

Santiago possui 1.644 estabelecimentos comerciais, 748 de prestação de serviços e

6.823 profissionais autônomos.

Também possui 1.677 propriedades rurais de até 100 hectares, 331 de 100

hectares a 500 hectares e 104 acima de 500 hectares. Dentre as criações destacam-

se as de bovinos com 290.780 cabeças e a de ovinos com 140.660 cabeças. As

principais culturas agrícolas são as de soja com 950 hectares/12.540 toneladas, as

de milho com 4.500 hectares/8.100 toneladas, as de feijão com 1.000 hectares/552

toneladas e as de sorgo com 300 hectares/1.050 toneladas.

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5.2 ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

A revolução industrial trouxe o conceito que atualmente usamos de trabalho

e o mundo passou da evolução econômica agrária, onde se trabalhava para

subsistência, para uma evolução econômica industrial. No século XX as mudanças

constantes transformaram as organizações e receberam o nome de século das

fábricas e das burocracias.

Tais mudanças aconteceram mudando o conceito de administrar empresas e

principalmente de administrar pessoas. Montana (1999) afirma que no período de

1900 a 1940 houve um grande crescimento e desenvolvimento das organizações e

Frederick W. Taylor, teve importante contribuição para a administração nesta época,

por ser defensor da responsabilidade da administração em planejar e do trabalhador

em executar os serviços.

De acordo com Chiavenato (1999) foi neste século que se visualizou três

eras organizacionais:

- Era da industrialização clássica: refere-se ao período após a revolução

industrial, até meados de 1950 e metade do século XX. A cultura organizacional era

voltada para o passado e para a valorização e conservação das tradições. As

pessoas eram consideradas recursos de produção.

Nesta época, surgem os departamentos de relações industriais e

departamentos de pessoal, destinados a fazerem os empregados cumprirem as

exigências e normas organizacionais. Os empregados eram vistos apenas como

fornecedores de esforços físicos e musculares onde predominava a mão de obra

farta.

- Era neoclássica: é o período entre as décadas de 1950 a 1990, logo após a

segunda guerra mundial. A teoria clássica foi substituída pela teoria neoclássica de

administrar. O modelo burocrático foi redimensionado pela teoria estruturalista e a

teoria das relações humanas foi substituída pela teoria comportamental.

-Era da informação: teve início em 1990 até a atualidade. Foi à era das

mudanças rápidas e inesperadas. Teve um grande desenvolvimento e passou a

influenciar o comportamento das organizações em relação às pessoas. As

organizações modernas deixaram para trás a era clássica e neoclássica de

administrar, de valorizar as tradições antigas mudando a maneira de pensar, de agir

20

Page 22: Tcc Jean e Jonas

e de administrar pessoas. Sendo assim o departamento de pessoal passa a ser

chamado de departamento de recursos humanos.

Foi na década de 60 que começou a se falar em administração de recursos

humanos, em decorrência do crescimento das organizações e foram aparecendo

novas oportunidades de trabalho e as empresas passaram a valorizar o capital

humano.

Segundo Chiavenato (2003, p.93):

A administração de recursos humanos consiste no planejamento, na organização, no desenvolvimento, na coordenação e no controle de técnicas capazes de promover o desempenho eficiente do pessoal, ao mesmo tempo em que a organização representa o meio que permite às pessoas que com ela colaboram alcançar os objetivos individuais relacionados direta ou indiretamente com o trabalho. A ARH significa conquistar e manter pessoas na organização, trabalhando e dando o máximo de si, com uma atitude positiva e favorável.

Atualmente, devido às constantes mudanças econômicas, tecnológicas e

sociais, é de fundamental importância que as organizações estejam voltadas para a

gestão de recursos humanos e torna-se visível que o diferencial competitivo das

organizações está nas pessoas nelas inseridas e em seus recursos disponíveis.

5.3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE GESTÃO DE PESSOAS

As organizações não existem no vácuo. E nem funcionam ao acaso. As

organizações operam através de mecanismos de cooperação e de competição com

outras organizações. A estratégia é condicionada pela missão organizacional, pela

visão de futuro e pelos objetivos principais da organização, conforme Chiavenato

(2004).

21

Page 23: Tcc Jean e Jonas

5.3.1 Planejamento Estratégico de Recursos Humanos (RH)

Um dos aspectos mais importantes da estratégia organizacional é a seu

alinhamento com a função de Gestão de Pessoas. O planejamento estratégico de

RH refere-se à maneira como a função de RH pode contribuir para o alcance dos

objetivos organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos

objetivos individuais dos funcionários, segundo Chiavenato (2004).

Como todo planejamento se subordina a uma filosofia de ação, são

apontados três tipos:

1. Planejamento conservador. É o planejamento voltado para a estabilidade e

manutenção da situação existente. As decisões são tomadas no sentido de obter

bons resultados, porém dificilmente este planejamento procurará fazer mudanças

radicais da organização.

2. Planejamento otimizante. É o voltado para a adaptabilidade e inovação da

organização. As decisões são tomadas no sentido de obter os melhores resultados

possíveis minimizando recursos ou maximizando o desempenho para melhor utilizar

os recursos disponíveis.

3. Planejamento prospectivo. É o planejamento voltado para as contingências

e para o futuro da organização. As decisões são tomadas no sentido de

compatibilizar os diferentes interesses envolvidos, através de uma composição

capaz de levar a resultados para o desenvolvimento natural da empresa e ajusta-las

às contingências que surgem no meio do caminho.

5.3.2 Modelos de Planejamento de RH

Conforme Chiavenato (2004), o planejamento estratégico de RH pode ser

formulado e desenhado após, isolada ou integradamente, o planejamento

estratégico da empresa. Para alcançar todo o seu potencial de realizações, as

organizações precisam ter pessoas adequadas e disponíveis para realizar o

trabalho.

22

Page 24: Tcc Jean e Jonas

Existem vários modelos de planejamento de RH, porém serão citados alguns

ligados ao RH da prefeitura municipal de Santiago.

1. Modelo baseado na procura estimada do produto ou serviço. Baseia-se no

conceito de que a necessidade de pessoal é considerada uma variável dependente

da procura estimada do produto (quando indústria) ou do serviço (quando

organização não-industrial), segundo Chiavenato (2004).

2. Modelo baseado em segmentos de cargos: Segundo Chiavenato (2004), é

o modelo de planejamento de pessoal operacional utilizado por empresas de grande

porte. Algumas organizações preferem calcular suas necessidades totais de pessoal

operacional com base em projeções relacionadas apenas com certos segmentos de

cargos de sua força de trabalho que apresentam variações maiores.

3. Modelo de substituições de postos-chave: É um modelo que recebe os

nomes de mapas de substituição ou organogramas de encarreiramento para o

planejamento de funcionários. Trata-se de uma representação visual de quem

substitui quem na eventualidade de alguma possível vaga futura dentro da

organização, segundo Chiavenato (2004).

4. Modelo baseado no fluxo de pessoal. Conforme Chiavenato (2004), é um

modelo que mapeia o fluxo das pessoas para dentro, através e para fora da

organização.

A análise histórica do movimento de entrada, saída, promoções e

transferências internas permitem uma predição de curto prazo das necessidades de

pessoal da organização.

5. Modelo de planejamento integrado. É um modelo mais amplo e

abrangente. Do ponto de vista de provisão de insumos humanos, o planejamento

integrado leva em conta o volume de produção planejado pela organização, as

mudanças tecnológicas dentro da organização, as condições de oferta e procura no

mercado e o planejamento de carreiras dentro da organização.

5.3.3 Fatores que intervêm no Planejamento de RH

Além dos elementos levados em conta nos vários modelos de planejamento

de RH, existem inúmeros outros fatores intervenientes, como o absenteísmo, a

23

Page 25: Tcc Jean e Jonas

rotatividade e a mudança nos requisitos da força de trabalho, para Chiavenato

(2004).

1. Absenteísmo. Absenteísmo ou ausentismo é a freqüência e/ou duração do

tempo de trabalho perdido quando os empregados não vêm ao trabalho. As

ausências dos empregados ao trabalho provocam certas distorções quando se

refere ao volume de disponibilidade da força de trabalho, segundo Chiavenato

(2004).

2. Rotatividade de pessoal. Conforme Chiavenato (2004), a rotatividade de

pessoal é o resultado da saída de alguns funcionários e a entrada de outros para

substituí-los no trabalho. A rotatividade não é uma causa, mas o efeito de algumas

variáveis externas e internas.

3. Mudanças nos requisitos da força de trabalho. Para Chiavenato (2004), a

força de trabalho de uma organização apresenta variações ao longo do tempo

devido ao desenvolvimento tecnológico, as novas formas de organização e

configuração empresarial, novos produtos e serviços e novos processos de trabalho

fazendo com que muitos segmentos da força de trabalho se tornem deficientes nas

novas habilidades e competências necessárias para desempenhar as atividades

requeridas.

5.3.4 Apreciação Crítica do Planejamento de RH

Modernamente, as organizações estão deixando de lado aspectos apenas

quantitativos para focar e enfatizar aspectos qualitativos e intangíveis do capital

humano necessário para conduzir a organização ao sucesso em sua estratégia

organizacional.

O planejamento de RH precisa ser mais amplo e abrangente no sentido de

envolver aspectos do capital humano como conhecimentos, habilidades e

competências para tornar a organização bem-sucedida.

24

Page 26: Tcc Jean e Jonas

5.4 RECOMPENSANDO PESSOAS

Os processos de recompensar as pessoas constituem os elementos

fundamentais para o incentivo e motivação dos funcionários da organização, tendo

em vista de um lado os objetivos organizacionais a serem alcançados e, de outro

lado, os objetivos individuais a serem satisfeitos, segundo Chiavenato (2004).

5.4.1 Recompensas Organizacionais

As recompensas oferecidas pela organização influenciam a satisfação dos

seus parceiros. Cada parceiro está disposto a investir com os seus recursos

individuais na medida em que obtém retornos e resultados do seu investimento, para

Chiavenato (2004).

5.4.2 Conceito de Remuneração

Como parceiro da organização, cada funcionário está interessado em investir

com trabalho, dedicação e esforço pessoal, com seus conhecimentos e habilidades

desde que receba uma retribuição adequada. As organizações estão interessadas

em investir em recompensas para as pessoas desde que delas possam receber

contribuições ao alcance de seus objetivos, conforme Chiavenato (2004).

1. Os três componentes da remuneração total. O principal componente da

remuneração total é a remuneração básica, que é o salário mensal ou na forma de

salário por hora.

O segundo componente são os incentivos salariais, que são programas

desenhados para recompensar funcionários com bom desempenho.

O terceiro componente são os benefícios como as férias, seguro de vida,

vale transporte, refeições, etc).

25

Page 27: Tcc Jean e Jonas

2. Recompensas financeiras e não-financeiras. A recompensa financeira

direta consiste do pagamento que cada empregado recebe na forma de salários,

bônus, prêmios e comissões. A recompensa financeira indireta é o salário

decorrente de férias, gratificações, gorjetas, adicionais (de periculosidade, de

insalubridade, adicional noturno, etc.), participação nos resultados, horas

extraordinárias, etc., para Chiavenato (2004).

3. Salário nominal e salário real. Conforme Chiavenato (2004), salário

nominal representa o volume de dinheiro fixado em contrato individual pelo cargo

ocupado. O salário real representa a quantidade de bens que o empregado pode

adquirir com o volume de dinheiro que recebe mensal ou semanalmente e

corresponde ao poder aquisitivo.

4. Os tipos de salário. São três tipos: O salário por unidade de tempo é pago

de acordo com o tempo que a pessoa fica à disposição da empresa. O salário por

resultado refere-se à quantidade ou número de peças ou obras produzidas pela

pessoa. E, o salário por tarefa é uma fusão dos dois tipos anteriores, segundo

Chiavenato (2004).

5. Os significados do salário. O salário é uma contraprestação pelo trabalho

de uma pessoa na organização. Em troca do dinheiro – elemento simbólico e

intercambiável -, a pessoa empenha parte de si mesma, de seu esforço e de sua

vida, comprometendo-se a uma atividade cotidiana e a um padrão de desempenho

na organização, conforme Chiavenato (2004).

1. A composição dos salários. Para Chiavenato (2004), os salários dependem

de vários fatores internos (organizacionais) e externos (ambientais) que os

condicionam fortemente. Geralmente, as decisões a respeito dos salários são

tomadas levando em conta todo o conjunto dos fatores internos e externos,

que formam o composto salarial.

5.4.3 Desenho do Sistema de Remuneração

A construção do plano de remuneração requer certos cuidados, pois provoca

forte impacto nas pessoas e no desempenho da organização pelos seus efeitos e

conseqüências, segundo Chiavenato (2004).

26

Page 28: Tcc Jean e Jonas

1. De acordo com Chiavenato (2004) existem os seguintes Critérios para

construção de um plano de remuneração.

a. Equilíbrio interno versus equilíbrio externo. O modelo de justiça distributiva

salienta que as pessoas estarão satisfeitas quando percebem que são pagas

equitativamente em relação aos colegas com trabalho similtar..

b. Remuneração fixa ou remuneração variável. A remuneração pode ser

paga em uma base fixa – através de salários mensais ou por hora – ou pode variar

conforme critérios previamente definidos como metas e lucros da organização.

c. Desempenho ou tempo de casa. A remuneração pode enfatizar o

desempenho e remunerá-lo de acordo com as contribuições individuais ou grupais

ou pode enfatizar o tempo de casa do funcionário na organização.

d. Remuneração do cargo ou remuneração da pessoa. A compensação pode

focalizar como um cargo contribui para os valores da organização ou como os

conhecimentos e habilidades da pessoa contribuem para o cargo ou para a

organização.

e. Igualitarismo ou elitismo. A remuneração pode incluir o maior número

possível de funcionários sob o mesmo sistema de remuneração (igualitarismo) ou

pode estabelecer diferentes planos conforme os níveis hierárquicos ou grupos de

funcionários (elitismo).

f. Remuneração abaixo do mercado ou acima do mercado. Os funcionários

podem ser remunerados em um nível percentual abaixo ou acima do mercado.

Pagar abaixo do mercado é comum em organizações pequenas, jovens e não

sindicalizadas. Pagar acima do mercado é comum em organizações que procuram

reter e motivar seus funcionários e minimizar seus custos de rotatividade.

g. Prêmios monetários ou prêmios não-monetários. O plano de remuneração

pode enfatizar funcionários motivados através de recompensas monetárias, como

salários e prêmios salariais, ou pode enfatizar recompensas não-monetárias como

cargos mais interessantes ou segurança no emprego.

h. Remuneração aberta ou remuneração confidencial. Os funcionários podem

ter acesso aberto à informação sobre a remuneração de outros funcionários e como

as decisões salariais são tomadas (remuneração aberta) ou esse conhecimento é

evitado entre os funcionários (remuneração confidencial).

i. Centralização ou descentralização das decisões salariais. No sistema

centralizado, as decisões são tomadas e controladas em um órgão central,

27

Page 29: Tcc Jean e Jonas

normalmente o DRH. No sistema descentralizado, as decisões são delegadas aos

níveis intermediários da hierarquia.

5.4.4 Conceito de Administração de Salários

É o conjunto de normas e procedimentos utilizados para estabelecer e/ou

manter estruturas de salários semelhantes e justas entre os colaboradores da

empresa, se classificando em equilíbrio interno e equilíbrio externo, de acordo com

Chiavenato (2004):

a. Equilíbrio interno. Paridade internamente entre os salários com relação a

cada cargo ou função da própria organização.

b. Equilíbrio externo. Paridade externamente entre os salários com relação a

cada cargo ou função de outras organizações.

Segundo Chiavenato (2004, ) os objetivos da administração de salários deve

ser desenhado para atingir diversos objetivos: Atrair e reter talentos na empresa;

motivação e comprometimento do pessoal; aumento da produtividade e qualidade

durante o trabalho; controle de custos; tratamento justo e igual às pessoas, e;

cumprimento das normas e leis trabalhistas.

5.4.5 Avaliação e Classificação de Cargos

Com o intuito de garantir o equilíbrio interno dos salários, a administração

salarial utiliza a avaliação e classificação dos cargos. Conforme Chiavenato (2004),

existem cinco métodos para avaliação e classificação de cargos:

1. Métodos tradicionais de avaliação de cargos. Vislumbra a obtenção de

dados que permitirão uma conclusão do valor interno relativo de cada cargo na

empresa, mostrando as disparidades essenciais entre os cargos do ponto de vista

quantitativo e qualitativo.

2. Método de escalonamento simples. Este método de avaliação consiste em

dispor os cargos em um rol em relação a um critério escolhido que funciona como

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Page 30: Tcc Jean e Jonas

padrão de comparação. Trata-se de uma comparação cargo a cargo pelo fato de

que cada cargo é comparado com os demais com base em um critério escolhido,

como complexidade, responsabilidade, etc.

3. Método de categorias predeterminadas. Consiste em uma variação do

método citado anteriormente onde na verdade poderia ser chamado de método de

escalonamento simultâneo, pois requer a divisão e separação dos cargos em

categorias predeterminadas.

4. Método de comparação por fatores. Este método avalia os cargos e

compara através de fatores de avaliação de cargos. Os fatores de avaliação de

cargos podem ser denominados fatores de especificações.

5. Método de avaliação por pontos. É o método mais utilizado no mundo. Sua

técnica é analítica, pois os cargos são comparados através de fatores de avaliação

com valores em pontos. Se enquadra, também, como uma técnica quantitativa.

5.4.6 Pesquisa Salarial

Conforme Chiavenato (2004), os salários devem obedecer um equilíbrio

interno e externo, ou seja, deve haver compatibilidade dentro da empresa (equilíbrio

interno) e dentro do mercado (equilíbrio externo). O equilíbrio interno é conseguido

por meio de avaliação e classificação de cargos, já o externo é obtido através de

pesquisas salariais para checar o que o mercado de trabalho está pagando a seus

colaboradores.

5.4.7 Decorrências dos Salários

Os salários representam 5% do seu valor total onde a empresa realiza

depósitos referente aos encargos sociais como Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço (FGTS), o percentual da empresa devido ao Instituto de Administração da

Previdência e Assistência Social (IAPAS), o seguro de vida e o 13º salário, com isso,

29

Page 31: Tcc Jean e Jonas

as empresas têm uma despesa mensal a mais em relação ao salário de cada

empregado, para Chiavenato (2004).

5.4.8 Política Salarial

Política salarial está ligada ao conjunto de decisões organizacionais tomadas

a respeito de assuntos relacionados a remuneração e benefícios concedidos aos

funcionários. Conforme Chiavenato (2004), uma política salarial deve atender

simultaneamente a sete critérios para ser eficaz:

1. Adequada. Distinguir-se dos padrões mínimos estabelecidos pelo governo

ou pelo acordo sindical.

2. Eqüitativa. O colaborador recebe conforme seu esforço, habilidade e

capacitação profissional.

3. Balanceada. Salários, benefícios dentre outras recompensas, devem

proporcionar um pacote razoável de recompensas.

4. Eficácia quanto a custos. Os salários devem ser condizentes em relação

ao que a empresa está apta a pagar.

5. Segura. Os salários devem ser suficientes para satisfazer as necessidades

básicas dos funcionários, deixando-os seguros.

6. Incentivadora. Os salários devem motivar um trabalho produtivo.

7. Aceitável para os empregados. Os colaboradores devem compreender que

seu salário representa um sistema razoável para eles e para a empresa.

5.5 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS E DE ORGANIZAÇÕES

Segundo Chiavenato (2004), a legitimidade da área está fortemente

vinculada a sua capacidade de desenvolver pessoas – o único jeito de ultrapassar

as barreiras impostas que se colocam diante das empresas no futuro e torná-las

permanentemente viáveis.

30

Page 32: Tcc Jean e Jonas

A busca do desenvolvimento mútuo e continuado entre organizações e

pessoas é, com certeza, um dos quesitos mais importantes da moderna Gestão de

Pessoas.

5.5.1 Mudança Organizacional

Conforme Chiavenato (2000), mudança é a passagem de um estado para

outro. É a transição de uma situação para outra situação diferente. Mudança

representa transformação, perturbação, interrupção, fratura. A mudança está em

toda parte; nas organizações, nas cidades, nos hábitos das pessoas, nos produtos e

nos serviços, no tempo e no clima, no dia-a-dia.

Até mesmo no cotidiano, quando uma rua que conduz ao trabalho está

fechada para obras durante algum tempo, tal fato nos leva a procurar uma nova rota

que significa uma desagradável mudança, principalmente se nesta rua existe um

bom café que está acostumado a tomar diariamente. Toda mudança implica novos

caminhos, novas abordagens, novas soluções, significa uma transformação que

tanto pode ser gradativa e constante como ser rápida e impactante. Toda mudança

implica provisoriedade, tensão e incômodo.

Devido a um ambiente de alta instabilidade e a satisfação do cliente se tornar

cada vez mais difícil de atingir, as organizações vêem a necessidade de sempre

estar acompanhando as oscilações mercadológicas, mudando continuamente a fim

de criar um diferencial competitivo procurando maximizar a qualidade de seu

produto/serviço e minimizar seus custos operacionais.

Mudança Organizacional é qualquer alteração planejada ou não, na relação

entre a organização e o meio ambiente, que possam trazer conseqüências na

eficiência ou eficácia organizacional, ou seja, uma necessidade organizacional para

conseguir se adequar as variações do mercado, a fim de satisfazer o eu cliente

externo e por conseqüência vencer a briga com o seu concorrente. Nas empresas,

as mudanças estão ocorrendo a todo instante.

Do lado de fora, clientes mudam seus hábitos de compra e de preferência,

fornecedores mudam características e preços das matérias primas, prestadores de

31

Page 33: Tcc Jean e Jonas

serviço impõem diferentes condições e esquemas de trabalho, concorrentes mudam

suas estratégias, e isto tudo nunca acaba.

Do lado de dentro, os processos de trabalho precisam ser modificados,

máquinas e equipamentos são substituídos por novos, às matérias-primas são

alterados, os padrões de qualidade sofrem melhorias, as pessoas precisam

aprender novos conhecimentos e habilidades, os produtos/serviços são

desenvolvidos e melhorados, as estratégias são aperfeiçoadas, e isto tudo também

nunca acaba.

Segundo Kotler (2000), até o momento, as forças macroeconômicas obrigam

as empresas a reduzir os custos, melhorar a qualidade de produtos e serviços,

estabelecer novas oportunidades de crescimento e aumentar a produtividade.

Estas mudanças ajudam as organizações a se adaptarem de forma

significativa a estas transformações, aprimorando sua competitividade e preparando

as empresas para as mudanças futuras de mercado.

Para Kotler (2000), sempre que existir algum tipo de mudança o preço a ser

pago é inevitável. As obrigações de se ajustar a condições de reformulação causam

sempre algum desconforto às comunidades humanas.

O maior equívoco que as pessoas cometem ao tentar mudar as empresas é

mergulhar no projeto sem estabelecer um alto senso de urgência nos gerentes e

funcionários.

Assim, toda empresa está sujeita a numerosos fatores externos e internos

que continua e incessantemente sofrem mudanças.

5.5.1.1 Fatores Externos

As empresas se expõem freqüentemente a fatores externos e ambientais. No

Ambiente geral (macroambiente) e mais abrangente, estão condições tecnológicas,

econômicas, políticas, sociais, culturais, legais, etc.

Fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras (como

sindicatos, órgãos governamentais de fiscalização e controle, etc) são os elementos

ambientais mais próximos e imediatos de cada empresa. Fazem parte de seu

32

Page 34: Tcc Jean e Jonas

ambiente de tarefa, ou seja, do nicho ambiental que a empresa escolheu para

desenvolver suas operações.

Os fatores econômicos, tecnológicos, sociais, culturais e legais fazem parte

do macroambiente e influenciam de maneira abrangente todas as empresas.

5.5.1.2. Fatores Internos

As empresas sofrem pressões internas que podem provocar mudanças.

Novos objetivos organizacionais, novas políticas gerenciais, diferentes tecnologias,

aquisição de novos equipamentos e sistemas, novos métodos e processos de

operação, novos produtos ou serviços, etc, fazem com que provoquem mudanças

em muitos departamentos ou em toda organização e, conseqüentemente, alterações

nos comportamentos das pessoas, em suas expectativas e atitudes.

Por força desses fatores externos e internos, as empresas estão

continuamente defrontando com uma multiplicidade de exigências de mudanças,

sendo classificadas como:

- Físicas: novas instalações e arranjo físico; novas máquinas e

equipamentos; novos processos e métodos de trabalho e; novos produtos ou

serviços;

- Lógicas: novos objetivos organizacionais; novas estratégias organizacionais

e; novas missões e soluções;

- Estruturais: novos órgãos ou novos cargos; diferentes estruturas

organizacionais; redução de níveis hierárquicos e; novas redes de comunicação;

- Comportamentais: novos paradigmas e atitudes das pessoas; novos

conhecimentos e habilidades; novas tarefas e atividades e; novas relações

interpessoais e sociais.

Dentre vários fatores que forçam a mudança organizacional podemos citar,

ainda:

- O envelhecimento precoce: o produto da empresa for substituído por outro

mais avançado e morrer perante o mercado;

33

Page 35: Tcc Jean e Jonas

- A evolução tecnológica: o concorrente da empresa pode adquirir uma

tecnologia que venha a facilitar o processo de produção e por conseqüência diminuir

seus custos operacionais e preço de venda;

- As pressões de mercado: stakeholders internos ou funcionários, procurando

criar mudanças a fim de motivar e gerar expectativas sobre eles; stakeholders

externos ou clientes e fornecedores, mesmo sendo totalmente benéfica para a

organização qualquer mudança que venha a acontecer em seu meio causa uma

grande barreira perante seus funcionários por diversos fatores, onde se pode

destacar o medo do desconhecido que faz o funcionário sentir medo de não se

adaptar ao novo processo, a alteração dos padrões de execução que faz com o

funcionário que está acostumado a fazer a mesma tarefa há anos não querer se

adaptar com a realidade e o funcionário não se sente seguro, tendo medo de perder

o seu emprego para uma pessoa mais nova e que esteja mais apta ao novo

processo.

Há, ainda, vários tipos de mudanças organizacionais nas empresas sendo

classificadas como agentes internos e externos que criam as condições de mudança

e promovem dentro da empresa. Esses agentes podem provocar vários tipos de

mudanças organizacionais, onde destacamos:

- Mudanças no ambiente: novos objetivos, estratégias, planos e ações,

produtos e serviços;

- Mudanças na estrutura: redesenho estrutural, descentralização, novo fluxo

de trabalho;

- Mudanças na tecnologia: redesenho de fluxo de trabalho, novos

equipamentos e;

- Mudanças nas pessoas: novos conhecimentos, habilidades, atitudes,

expectativas e percepções.

Segundo Chiavenato (2000, p.39), o mundo mudou, tudo está diferente e

tudo será mais diferente ainda. A enorme mudança que afeta todas as nossas vidas,

o aumento exacerbado da competição e os clientes agora preocupados em

comparar preços, qualidade e valor agregado, constituem os três grandes fatores

que estão levando as empresas rumo ao sucesso ou ao fracasso.

As empresas bem-sucedidas são aquelas que estão abertas à mudança, são

competitivas e totalmente voltadas para o cliente. Para tanto, elas devem contar com

pessoas que se encarregam dessas tarefas, não apenas seus dirigentes e

34

Page 36: Tcc Jean e Jonas

executivos, mas todas as pessoas em todas as áreas e em todos os níveis da

organização.

5.6 DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS

Para Chiavenato (2004), o desenvolvimento de pessoas está mais

relacionado com a educação e com a orientação para o futuro do que o treinamento

propriamente dito. Ele está voltado diretamente no crescimento pessoal do

empregado e visa à carreira futura e não apenas o cargo atual.

Conforme Chiavenato (2004) existem onze métodos de desenvolvimento de

pessoas.

a. Rotação de cargos. Compreende-se como a movimentação dos

colaboradores em várias funções na organização visando expandir suas habilidades.

b. Posições de assessoria. Compreende-se dar oportunidades para que o

colaborador com alto potencial trabalhe provisoriamente sob a supervisão de um

gerente bem sucedido em diversas áreas da organização.

c. Aprendizagem pratica. É um modo de treinamento através da qual o

aprendiz se dedica a um trabalho de tempo integral para analisar e resolver

problemas em alguns projetos ou outros departamentos.

d. Atribuição de comissões. Compreende-se em uma oportunidade para o

colaborador participar de comissões de trabalho compartilhando na tomada das

decisões, aprendendo com os outros e pesquisando problemas específicos da

organização.

e. Participação em cursos e seminários externos. É uma maneira tradicional

de desenvolvimento através de cursos formais de leitura e seminários.

f. Exercícios de simulação. Os exercícios de simulação incluem estudos de

casos, jogos de empresas, simulação de papéis, etc.

g. Treinamento (outdoor) fora da empresa. É uma recente tendência onde o

treinamento é, geralmente, oferecido por organizações especializadas em T&D que

oferecem esquemas integrados cujo foco principal é ensinar a importância do

treinamento em conjunto, como equipe.

35

Page 37: Tcc Jean e Jonas

h. Estudo de casos. É um modo onde o colaborador é colocado com um

problema escrito para ser analisado e resolvido.

i. Jogos de empresas. É uma técnica de desenvolvimento nas quais equipes

de funcionários ou gerentes competem umas com as outras tomando decisões

computadorizadas sobre situações reais ou simuladas.

j. Centros de desenvolvimento internos. É um método baseado em centros

localizados na empresa para expor os gerentes e as pessoas a exercícios realísticos

para desenvolver e aprimorar habilidades pessoais.

k. Coaching. O gerente pode se tornar um líder renovador, preparador,

orientador e impulsionador para se transformar em um coach.

Ainda, conforme Chiavenato (2004) existem dois tipos de métodos de

desenvolvimento de pessoas fora do cargo:

1. Tutoria. É a assistência que os executivos do alto escalão oferecem aos

colaboradores que aspiram subir a níveis mais elevados dentro da empresa.

2. Aconselhamento de funcionários. O gerente oferece aconselhamento no

sentido de assessorar os colaboradores no desempenhos de suas atividades diárias

dentro da empresa.

Para Chiavenato (2004), existem cinco ferramentas para o desenvolvimento

de carreiras. Carreira é uma sucessão ou seqüência de cargos ocupados por um

colaborador durante sua vida profissional.

a. Centros de avaliação. É uma técnica de seleção de talentos humanos,

como entrevistas, exercícios dirigidos e jogos de empresas utilizados em centros de

avaliação que também são utilizadas no desenvolvimento de carreiras.

b. Testes psicológicos. Utiliza-se na seleção de pessoal e serve para ajudar

os colaboradores a compreenderem melhor seus interesses e habilidades.

c. Avaliação do desempenho. É uma fonte preciosa de informação sobre o

desenvolvimento de carreira.

d. Projeções de promovabilidade. São julgamentos realizados pelos gerentes

quanto ao avanço profissional de seus subordinados.

e. Planejamento de sucessão. Tem o objetivo de preparar as pessoas para

ocuparem posições mais complexas.

3. Programa de trainees: Conforme Chiavenato (2004), as empresas estão

investindo pesado em programas de trainees, pois se trata de um mecanismo de

36

Page 38: Tcc Jean e Jonas

enriquecimento planejado do capital humano a longo prazo e um programa da

melhoria contínua da qualidade de pessoal.

Os participantes desenvolvem um estágio programado, recebem treinamento

planejado e contínuo, ministrado por profissionais do alto escalão da empresa,

participam ativamente de certas atividades previamente estabelecidas com intuito da

empresa monitorar e avaliar seu desempenho.

5.7 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Segundo Chiavenato (2004), o desenvolvimento organizacional (DO) é uma

abordagem especial de mudança organizacional na qual os próprios funcionários

formulam a mudança necessária e a implementam, muitas vezes, através da

assistência de um consultor interno ou externo. O DO é baseado na pesquisa e

ação, aplica os conhecimentos das ciências comportamentais, muda atitudes,

valores e crenças dos funcionários e, ainda, muda a organização rumo a uma

determinada direção.

Para Chiavenato (2004), o processo de DO passa por três fases distintas.

a. Diagnóstico. Obtido através de entrevistas com as pessoas ou grupos

envolvidos e tem por objetivo notar as necessidades de mudança na organização ou

em parte dela.

b. Intervenção. É uma ação para alterar a situação atual através de

discussões entre pessoas para determinar as ações e os rumos adequados para a

mudança.

c. Reforço. É obtido através de reuniões e avaliações periódicas que servem

de retro informação a respeito da mudança alcançada.

De acordo com Chiavenato (2004) são cinco as técnicas de DO.

a. Treinamento da sensitividade. Consiste em reunir grupos chamados de

grupos de treinamentos que são orientados por um líder treinado para aumentar a

sua sensibilidade quanto às suas habilidades e dificuldades de relacionamento

interpessoal.

37

Page 39: Tcc Jean e Jonas

b. Análise transacional (AT). É uma técnica intuitiva para indivíduos e não

grupos, pois se concentra nos estilos e conteúdos das comunicações entre as

pessoas, visando reduzir mensagens distorcidas entre a organização.

c. Desenvolvimento de equipes. É uma técnica de alteração comportamental

na qual várias pessoas das diferentes áreas de atuação da empresa se reúnem sob

a coordenação de um consultor para criticarem-se e acharem um esclarecimento

para as causas de certo problema.

d. Consultoria de procedimentos. É uma técnica onde cada equipe é

coordenada por um consultor com o objetivo de tornar a equipe aos seus processos

internos de alcançar metas e objetivos, de participação, de sentimentos, de

liderança, de tomada de decisões, confiança e criatividade.

e. Reunião de confrontação. É uma técnica de alteração comportamental

onde dois grupos antagônicos em conflito (desconfiança, discordância, etc) podem

ser tratados através de uma reunião de confrontação na qual cada grupo se auto-

avalia.

f. Retroação de dados (feedback de dados). Proporciona aprendizagem de

novos dados a respeito de si mesmo, dos outros, dos processos grupais ou da

dinâmica de toda empresa com o intuito de obter o maior número possível de dados

para que o colaborador consiga atuar criativamente dentro da empresa.

As aplicações de DO. Para Chiavenato (2004), todas as aplicações de DO

estão voltadas para proporcionar aos funcionários a coleta de dados a fim de criar e

programar as soluções necessárias e a retroação a fim de criar condições de auto-

avaliação do progresso efetuado, agregando valor ao negócio da empresa, aos

funcionários e aos clientes.

Conforme Chiavenato (2004), o DO apresenta algumas limitações:

a. A eficácia dos programas de DO é difícil de ser avaliada.

b. Demandam muito tempo.

c. São, geralmente, muito vagos.

d. Os custos totais dos programas são difíceis de avaliar.

e. Os programas são, geralmente, muito caros.

38

Page 40: Tcc Jean e Jonas

5.8 BANCO DE DADOS E SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DE RH

5.8.1 Comunicações Internas

Um ajustado sistema de informação interno, conforme Chiavenato (2004),

proporciona a visibilidade adequada para que gerentes de linha e funcionários

possam navegar e trabalhar perante metas e objetivos mutáveis e complexos.

5.8.2 A Necessidade de Informações

Para Chiavenato (2004), quando mais informações forem obtidas, tanto

menor será a incerteza a respeito das decisões a tomar. Os sistemas de

informações estão se abrindo também para os funcionários, a fim de que eles

recebam informação e retroação a respeito de seu próprio desempenho e situação

na organização.

5.8.3 Banco de Dados de RH

De acordo com Chiavenato (2004), banco de dados é um sistema de

armazenamento e acumulação de dados devidamente codificados e disponíveis

para o processamento e obtenção de informações. Na realidade, o banco de dados

é um conjunto integrado de arquivos, relacionados logicamente, organizados de

forma a melhorar e facilitar o acesso aos dados e eliminar a redundância.

Ainda, a Gestão de pessoas requer a utilização de vários bancos de dados

interligados que permitam obter e armazenar dados:

1. Cadastro de pessoal. Com dados pessoais de cada funcionário.

2. Cadastro de cargos. Com dados dos ocupantes de cada cargo.

3. Cadastro de seções. Com dados dos funcionários de cada seção,

departamento ou divisão.

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Page 41: Tcc Jean e Jonas

4. Cadastro de remuneração. Com dados sobre os salários e incentivos

salariais.

5. Cadastro de benefícios. Com dados sobre os benefícios e serviços sociais.

6. Cadastro de treinamento. Com dados sobre programas de treinamento.

7. Cadastro de candidatos. Com dados sobre candidatos a empregos.

8. Cadastro médico. Com dados sobre consultas e exame médicos, exames

periódicos, etc.

9. Outros cadastros. Depende da necessidade da organização, da ARH, dos

gerentes de linha e dos próprios funcionários.

5.8.4 Sistemas de Informações de RH

Conforme Chiavenato (2004), sistema de informação de RH é um sistema

utilizado para coletar, registrar, armazenar, analisar e recuperar dados a respeito

dos recursos humanos da organização. A maioria dos sistemas de informação de

RH é computadorizada.

1. Sistema de informação para a ARH. Constitui a abordagem mais

abrangente a respeito da força de trabalho e serve para análises e ações da área de

Gestão de Pessoas, que Conforme Chiavenato (2004), cobre os seguintes aspectos:

a. Total alinhamento com o planejamento estratégico de RH.

b. Formulação de objetivos e programas de ação em RH.

c. Registros e controles de pessoal.

d. Relatórios sobre remuneração, incentivos salariais, benefícios, dados de

recrutamento e seleção, plano de carreiras, treinamento, etc.

e. Relatórios sobre cargos e seções.

f. Outras informações gerenciais relevantes para a organização e para as

pessoas.

2. Sistema de informação gerencial de RH. O sistema de informação

gerencial (SIG) é um sistema planejado de colher, processar, armazenar e

disseminar informação, de modo a permitir a tomada de decisões eficazes pelos

gerentes de linha envolvidos, segundo Chiavenato (2004).

40

Page 42: Tcc Jean e Jonas

3. Sistema de informação aos funcionários. Os colaboradores também

necessitam acessar e receber informações a seu respeito, sobre seu trabalho,

cargo, divisão e sobre a organização, segundo Chiavenato (2004).

4. Avaliação dos sistemas de informação de RH. O sistema de informação de

RH requer um alto investimento em software, equipamentos, instalações,

treinamento e custos de manutenção. Contudo, um especialista de RH deve avaliar

minuciosamente o valor da informação a ser incluída no sistema, de acordo com

Chiavenato (2004).

5.8.5 Sistemas de Monitoração de RH

Para Chiavenato (2004), antigamente as organizações controlavam

rigidamente o comportamento dos funcionários através de cartões de ponto, hoje em

dia as organizações estão partindo para o empoderamento (empowerment) das

pessoas e colocando em suas mãos e cabeças a responsabilidade pelas decisões

sobre o seu trabalho.

Jornada de trabalho. É o número de horas diárias ou semanais ou mensais

que o funcionário deve cumprir para atender ao seu contrato e segundo Chiavenato

(2004), divide-se em duas alternativas:

a. Calendário anual. Estabelece os dias de trabalho e as chamadas pontes

que são os dias úteis que ficam entre os feriados e os sábados ou domingos em que

não se trabalha.

b. Férias coletivas. Servem como meio de simplificação do calendário e como

redução de custos para a empresa.

Além disso, segundo Chiavenato (2004), existem Programas alternativos e

flexíveis oferecidos pelas empresas..

a. Semana de trabalho reduzida. A jornada semanal de 5 dias de 8 horas, por

exemplo, é programada para ser realizada em menor número de dias.

b. Horário flexível de trabalho. É o flextime, onde o funcionário ajusta suas

horas diárias conforme sua necessidade.

c. Trabalho compartilhado. Dois ou mais colaboradores compartilham ou

executam um mesmo cargo de tempo integral, onde este é divido para os dois.

41

Page 43: Tcc Jean e Jonas

d. Trabalho remoto. Quando o trabalho é realizado em casa e o funcionário

não tem a necessidade de comparecer na organização. Este método de trabalho

tem ganhado muitos adeptos no mundo todo.

e. Trabalho parcial. O trabalho é regular, mas não realizado em tempo

integral, sendo o trabalho realizado semanalmente em menos de 40 horas.

5.8.6 Balanço Social

Muitos investimentos das empresas visam beneficiar seus funcionários e

patrocinar projetos sociais para as comunidades onde atuam.

Conforme Chiavenato (2004), as empresas perceberam a importância de

tornar públicos seus investimentos e projetos sociais para a sociedade conseguindo,

desta maneira, uma excelente imagem diante dos clientes e da sociedade em geral.

Ele inclui informações sobre o emprego, remuneração, encargos sociais, higiene e

segurança, produtividade, relações trabalhistas, etc.

1. Responsabilidade social das organizações.

Para Chiavenato (2004), a responsabilidade social mostra o compromisso

das organizações com a sociedade em geral e com a comunidade com a qual está

mais presente.

2. Contabilidade de RH e o capital intelectual.

O balanço social de uma empresa deve possuir e envolver um ativo social

em um passivo social. Se a empresa despende algo com o chamado fator humano,

ela deve ter uma remuneração compensatória, a cada custo organizacional deve

corresponder um benefício em contrapartida, segundo Chiavenato (2004).

Contudo, o maior patrimônio que as empresas possuem, sem dúvida, é

capital intelectual. É o ativo intangível e de difícil mensuração e avaliação que

constitui o maior retorno para as organizações.

42

Page 44: Tcc Jean e Jonas

5.9 CLIMA ORGANIZACIONAL

Segundo Ribeiro (2009) conceitua-se como clima organizacional a

ferramenta administrativa, integrante do Sistema da Qualidade, utilizada para medir

e apurar o grau de satisfação dos colaboradores diretos da empresa perante

determinadas variáveis. Pode ser utilizada e aplicada isoladamente ou de forma

conjunta com as demais ferramentas do Sistema de Qualidade.

Dessa forma, a direção da empresa determina, com o auxílio de especialistas

na área de comportamento e relacionamento social além de técnicos da área de

recursos humanos, o que acredita ser um resultado padrão ideal da satisfação de

seus colaboradores.

Para a determinação desse padrão ideal são considerados aspectos variados

como: aspirações pessoais, motivação, ambições funcionais, adequação da

remuneração, horário de trabalho, relacionamento hierárquico, relacionamento

profissional, interação social, dentre outros possíveis fatores que podem ser

acrescidos à pesquisa do clima organizacional.

No serviço público, devido a falta de planos de carreira que contemplem a

dedicação e produtividade de seus colaboradores, os diagnósticos acerca do clima

organizacional tornam-se necessários quando se busca uma melhor qualidade de

atendimento das necessidades da população e de uma gestão mais eficiente dos

recursos públicos.

Determinado o ponto padrão de satisfação, tido como ideal pela empresa,

admite-se uma variação percentual para mais ou para menos, que representaria

uma faixa de tolerância aceitável como satisfatória. Caso a pesquisa aponte como

resultado final algum ponto enquadrado na faixa de tolerância conclui-se que o

“Clima Organizacional” está satisfatório.

Como a grande maioria das ferramentas da Qualidade, segundo Ribeiro

(2209), o clima organizacional também é uma ferramenta estatística e, a exemplo

das demais, procura detectar e apontar distorções no processo administrativo, para

análise e ponderações da direção das empresas que, se for o caso adotará medidas

corretivas, antecipando-se a futuros problemas.

43

Page 45: Tcc Jean e Jonas

O padrão ideal, quando se trata de clima organizacional, é determinado pela

direção da empresa, o que nem sempre agrada e atende aos anseios de seus

colaboradores.

Algumas empresas já evoluíram nesse aspecto e determinam o ponto padrão

de comum acordo com os colaboradores, que são representados, no processo, por

equipes formadas por colaboradores indicados pelo quadro funcional. Cabe aos

administradores públicos, dentro da realidade de cada município, determinar o

padrão ideal de satisfação que melhor enquadre os anseios de seus funcionários, o

que facilitaria a obtenção de resultados satisfatórios nas pesquisas internas de clima

organizacional.

Para que o processo de estabelecimento do ponto ideal do clima

organizacional seja utilizado corretamente, para Ribeiro (2009), a direção da

empresa e a equipe representativa dos colaboradores devem estar conscientes,

totalmente engajadas e desprovidas de quaisquer bloqueios.

Há necessidade de ambas as partes se conscientizarem de que precisam

encontrar uma solução que atenda a todos os interesses, ou seja, “o patrão precisa

do empregado tanto quanto o empregado precisa do patrão e de seu emprego”. As

equipes deverão buscar de forma racional, madura e negociada o ponto de equilíbrio

que satisfaça as partes.

Essas variáveis submetidas à avaliação, segundo Ribeiro (2009), buscam

medir a satisfação dos empregados com os diversos aspectos organizacionais tais

como o relacionamento hierárquico, o volume de serviços individual e coletivo, as

expectativas individuais relativamente à carreira e à qualidade de vida, as relações

interpessoais no trabalho, a fluidez no processo organizacional e a satisfação e

motivação individual e coletiva.

Para isso, realizam-se pesquisas internas nas quais submete-se,

periodicamente, aos colaboradores diretos, independentemente do posto, função e

do nível hierárquico na empresa, questionários com opções de respostas pré-

definidas para a apuração do grau de satisfação. Determina-se, então, o que seria

aceitável como padrão de satisfação e analisam-se os resultados.

Portanto, o clima organizacional é mais uma ferramenta disponível para

utilização pelo administrador no processo organizacional e administrativo das

empresas. Essa ferramenta bem utilizada possibilita à direção das empresas

detectar fatores, procedimentos adotados e alguns problemas de relacionamento

44

Page 46: Tcc Jean e Jonas

hierárquico e relacional que não são bem aceitos pelos seus colaboradores diretos,

o que pode representar ponto de atrito e estrangulamento no processo

organizacional, relacional e evolutivo das empresas.

No momento em que se profissionalizar a administração pública, o

conhecimento das inter-relações entre os diversos níveis hierárquicos existentes

dentro do serviço público refletem, para os gestores públicos, a busca por uma

gestão mais eficiente do bem público, de maneira que a administração pública torne-

se cada vez mais eficiente.

Cabe ao administrador analisar e ponderar criteriosamente a tabulação das

respostas para verificar algum ponto que necessite ser corrigido para que o

processo produtivo da empresa se mantenha isento de incompatibilidades

relacionais e insatisfações pessoais.

O clima organizacional é uma ferramenta mais comumente utilizada em

grandes empresas que, por seu tamanho não permitem à direção detectar

distorções setoriais e departamentais que possam estar afetando seu desempenho

organizacional.

Problemas relacionais não são raros. Muitas empresas já vivenciaram

problemas do tipo: determinado setor ou departamento que apresenta problemas de

relacionamento e satisfação individual ou coletiva que afeta o resultado final da

empresa.

Essa ferramenta é extremamente importante quando é utilizada de maneira

correta, imparcial e isenta de paixões ou sentimentos pessoais. Quando utilizada de

forma periódica pode proporcionar à direção da empresa a tomada de medidas

administrativas proativas que evitem o surgimento de problemas ou seu

agravamento.

A ferramenta clima organizacional é tão importante que a maioria dos órgãos

certificadores de excelência empresarial e organizacional já incorporou ao processo

de certificação a exigência de seu uso no processo de qualificação das empresas.

Entretanto, grande parte das empresas que adotaram essa ferramenta para o

fim de certificação de excelência, principalmente empresas estatais e órgãos

públicos, utilizam a ferramenta de forma pouco hábil, verificando-se,

constantemente, desvios na apuração dos resultados.

Quando o resultado da pesquisa não se mostra satisfatório, deixando de

atender aos padrões mínimos aceitáveis que foram definidos previamente, no total

45

Page 47: Tcc Jean e Jonas

ou em parte específica da pesquisa, essas empresas, ou melhor, os dirigentes e

intermediários responsáveis pela apuração dos resultados, promovem alterações

(adaptações? / atualizações?) nos quesitos “problemáticos”, por vezes excluindo das

próximas pesquisas os quesitos que não obtiveram o resultado esperado.

Desta forma, para Ribeiro (2009), o clima organizacional será sempre

mascarado e não servirá efetivamente para a finalidade que foi criado e idealizado,

que é a detecção de desvios no padrão de satisfação, desvios de comportamento,

deteriorização de relacionamentos funcionais que possam afetar o desempenho

organizacional e funcional das empresas.

Um administrador de verdade não pode agir dessa maneira. Assim torna-se

um inútil, bem remunerado, na sua função. A grande maioria dos administradores

precisa aprender a usar corretamente essa ferramenta administrativa.

5.9.1 A Administração Pública e o Clima Organizacional

Dias (1998) afirma que as organizações públicas têm como objetivo prestar

serviços para a sociedade. Elas podem ser consideradas como sistemas dinâmicos,

extremamente complexos, interdependentes e inter-relacionados coerentemente,

envolvendo informações e seus fluxos, estruturas organizacionais, pessoas e

tecnologias. Elas cumprem suas funções, buscando uma maior eficiência da

máquina pública e um melhor atendimento para a sociedade.

Segundo Dussault (1992, p. 13),

As organizações de serviços públicos dependem em maior grau do que as demais do ambiente sociopolítico: seu quadro de funcionamento é regulado externamente à organização. As organizações públicas podem ter autonomia na direção dos seus negócios, mas, inicialmente, seu mandato vem do governo, seus objetivos são fixados por uma autoridade externa.

Percebe-se que as organizações públicas são mais vulneráveis à

interferência do poder político, pois são geridas pelo poder público. Elas, também,

têm a missão de prestar serviços à sociedade.

Evidentemente, esta prestação de serviços está, habitualmente, em

contradição com a limitação dos recursos recebidos por elas. E, quando há recursos

46

Page 48: Tcc Jean e Jonas

disponíveis, eles tendem a depender da decisão política e das flutuações da

capacidade econômica do Estado.

Para Gaster (1999), a baixa qualidade dos serviços públicos gera e perpetua

uma baixa expectativa em relação ao que pode ser oferecido, tanto por usuários

quanto por prestadores de serviços, contribuindo, assim, para gerar um ciclo vicioso

de insatisfação e frustração de gerentes e usuários.

Nota-se que as organizações públicas são sistemas complexos devido ao

alto índice de burocracia existente no seu funcionamento, isto é, o tipo de

regulamento desenvolvido na burocracia estatal tende a ser aplicado a qualquer

organização pública.

Dessa maneira, segundo Pires e Macêdo (2006), as condições e a

organização do trabalho tendem a uniformizar-se no setor público, ou seja, os

trabalhadores das organizações públicas tendem a encontrar-se em idênticas

situações laborais e de organização do trabalho, proporcionadas pela burocracia

estatal, uma vez que os seus dirigentes são responsáveis perante uma autoridade

externa à organização pública, gerando, assim, uma tendência à centralização das

decisões.

As organizações públicas mantêm as mesmas características básicas das

demais organizações, acrescidas, entretanto, de algumas especificidades como:

apego às regras e rotinas, supervalorização da hierarquia, paternalismo nas

relações, apego ao poder, entre outras. Tais diferenças são importantes na definição

dos processos internos, na relação com inovações e mudança, na formação dos

valores e crenças organizacionais e políticas de recursos humanos.

De acordo com Carbone (2000), as características da organização pública

que dificultam a sua mudança são as seguintes:

- burocratismo — excessivo controle de procedimentos, gerando uma

administração engessada, complicada e desfocada das necessidades do país e do

contribuinte;

- autoritarismo/centralização — excessiva verticalização da estrutura

hierárquica e centralização do processo decisório;

- aversão aos empreendedores — ausência de comportamento

empreendedor para modificar e se opor ao modelo de produção vigente;

47

Page 49: Tcc Jean e Jonas

- paternalismo — alto controle da movimentação de pessoal e da distribuição

de empregos, cargos e comissões, dentro da lógica dos interesses políticos

dominantes;

- levar vantagem — constante promoção da punição àqueles indivíduos

injustos, obtendo vantagens dos negócios do Estado;

- reformismo — desconsideração dos avanços conquistados,

descontinuidade administrativa, perda de tecnologia e desconfiança generalizada.

Corporativismo como obstáculo à mudança e mecanismo de proteção à tecnocracia.

Um ponto fundamental ao planejamento e à gestão pública, levantado por

Martelane (1991), é a presença de dois corpos funcionais com características

nitidamente distintas: um permanente e outro não-permanente. O corpo permanente

é formado pelos trabalhadores de carreira, cujos objetivos e cultura foram formados

no seio da organização, e o não-permanente é composto por administradores

políticos que seguem objetivos externos e mais amplos aos da organização.

O conflito entre eles é acentuado pela substituição dos trabalhadores não-

permanentes, que mudam a cada novo mandato.

Schall (1997) afirma que essa descontinuidade administrativa é um dos

pontos que mais diferenciam a organização pública da privada, conferindo às

organizações públicas características específicas, que também podem ser aplicadas

à realidade brasileira, como:

- projetos de curto prazo — cada governo só privilegia projetos que possa

concluir em seu mandato, para ter retorno político;

- duplicação de projetos — cada novo governo inicia novos projetos, muitas

vezes quase idênticos, reivindicando a autoria para si;

- conflitos de objetivos — conflito entre os objetivos do corpo permanente e

do não-permanente, o que pode gerar pouco empenho em relação aos

procedimentos que vão contra interesses corporativos — ciência de que a chefia

logo será substituída;

administração amadora — administração feita por indivíduos com pouco

conhecimento da história e da cultura da organização e, muitas vezes, sem o

preparo técnico necessário — predomínio de critérios políticos em detrimento da

capacidade técnica ou administrativa dos nomeados.

48

Page 50: Tcc Jean e Jonas

Alguns problemas de ajustes em relação ao trabalhador permanente são

atribuídos por Pereira (1996, p. 20) quando afirma que

No Brasil a extensão da estabilidade a todos os servidores públicos, ao invés de limitá-la a apenas às carreiras onde se exerce o poder de Estado, e o entendimento dessa estabilidade de uma forma tal que a ineficiência, a desmotivação, a falta de disposição para o trabalho não pudessem ser punidas com a demissão, implicaram em um forte aumento da ineficiência do servidor público.

Ainda segundo o mesmo autor, outro ponto fundamental gerado pela

estabilidade é o aumento dos custos públicos, que impede a adequação dos

quadros de trabalhadores às reais necessidades do serviço, tanto em termos de

quantidade quanto de especialização técnica, inviabilizando, ao mesmo tempo, a

implantação de um sistema de administração eficiente, baseado em incentivos e

punições.

Johnson (1996) afirma que o fato de a propriedade ser pública torna frágeis,

complexos e lentos vários processos que se podem apresentar muito simples e

dinâmicos na organização privada, cujos objetivos são mais claros e o foco do

controle externo é uma pequena fração daquele exercitado sobre uma organização

financiada pela sociedade.

Acrescenta-se ainda que o controle público tem influência no planejamento e

na gestão. Esse controle, de forte conotação política, é o único caminho para o

equilíbrio das forças sociais. Nas organizações controladas pelo governo há a

predominância dos processos políticos, que muitas vezes oneram de várias formas

os processos operacionais e administrativos ou, mesmo, se opõem a eles.

Shepherd e Valencia (1996) afirmam que as situações que dificultam a

administração de organizações públicas são:

- a administração pública oferece, principalmente, serviços dos quais ela

detém o monopólio, o que propicia que sejam produzidos de maneira ineficiente;

- o controle dos eleitores sobre os políticos é normalmente imperfeito, sendo

que organizações políticas destinadas a representar os eleitores dificilmente

trabalham sem atrito;

- a dificuldade dos políticos em controlar os funcionários, e definir e medir

com exatidão os resultados da administração pública.

Essas características, peculiares às organizações públicas, tornam-se um

grande empecilho para a implantação de inovações tecnológicas, pois elas, em

49

Page 51: Tcc Jean e Jonas

geral, são processos longos e que requerem um tempo de desenvolvimento e

aperfeiçoamento, dificilmente restringindo-se a um único mandato governamental.

Pesquisa realizada por Vaitsman (2001) entre os anos de 1997 e 1998, com

trabalhadores de um hospital público do Rio de Janeiro, teve como objetivo

investigar o gerencialismo, a cultura, as representações, os valores e as

expectativas entre os trabalhadores públicos de saúde.

Pretendia verificar se existia algum tipo de defesa corporativa sobre a

estabilidade dos trabalhadores públicos. A estabilidade pode adquirir vários

significados, dependendo da situação ou do contexto ao qual se refere. A leitura dos

dados demonstrou que, para a maioria dos entrevistados, a estabilidade consistiu na

principal razão para a entrada no serviço público. Como representação social,

porém, a estabilidade já não tem significado positivo entre os trabalhadores. Pode-se

dizer mesmo que inexiste uma defesa da estabilidade como um princípio ideativo,

pelo contrário, nas várias categorias profissionais dos participantes da pesquisa há

uma noção associada a descompromisso, desmotivação e mau desempenho.

Ainda que grande parte dos entrevistados tenha avaliado negativamente a

estabilidade do ponto de vista de suas conseqüências para o desempenho no

trabalho, a pesquisa revela que ninguém quer abdicar dessa condição. Isto se

explica não apenas pelo próprio fato de consistir em direito adquirido, mas também

pela desconfiança que predomina entre os trabalhadores em relação à manutenção

e/ou cumprimento das regras do jogo e ao efetivo exercício da meritocracia no setor

público, o que costuma ser atribuído de forma generalizada à "política".

A autora da pesquisa concluiu que as aspirações de meritocracia e

competência técnica, amplamente difundidas entre os servidores, são parte da

gramática universalista que certamente está presente e rege as relações de trabalho

em uma área envolvendo atividades de alta complexidade e especialização. O setor

público é percebido como um terreno onde predominam o apadrinhamento político,

as relações de favorecimento pessoal e os privilégios que contornam as normas

formalmente instituídas.

O sentimento de iniqüidade e injustiça, bem como a incongruência entre o

discurso e as práticas oficiais, produz frustração em relação aos projetos pessoais e

profissionais, levando à desmotivação e dificultando a formação de expectativas

positivas quanto às possibilidades de mudança.

50

Page 52: Tcc Jean e Jonas

6 METODOLOGIA

6.1 TIPO DE PESQUISA

6.1.1 Pesquisa Exploratória

Gil (1999) destaca que a pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de

proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato. Portanto, esse tipo de

pesquisa é realizado, sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado e

torna-se difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis.

6.1.2 Pesquisa Descritiva

De forma análoga, Andrade (2002) destaca que a pesquisa descritiva

preocupa-se em observar os fatos, registrá-los, analisá-los, classificá-los e

interpreta-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os fenômenos do mundo

físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.

6.1.3 Pesquisa Experimental

Kerlinger (1980) diz que “um experimento é um estudo no qual uma ou mais

variáveis independentes são manipuladas e no qual a influência de todos ou quase

todas as variáveis relevantes possíveis não pertinentes ao problema da investigação

é reduzida ao mínimo.” A principal característica dos experimentos está na

manipulação, em que há uma tentativa deliberada e controlada de produzir efeitos

diferentes por meio de diferentes manipulações.

51

Page 53: Tcc Jean e Jonas

6.1.4 Pesquisa Explicativa

Gil (1999) ressalta que as pesquisas explicativas visam identificar os fatores

que determinam ou contribuem para ocorrência dos fenômenos. Por explicar a razão

e o porquê das coisas, esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o

conhecimento da realidade. Pode-se dizer que o conhecimento científico está

assentado nos resultados oferecidos pelos estudos explicativos.

Em relação ao projeto de pesquisa, segundo Gil (1999), trata-se de uma

pesquisa descritiva, pois busca determinar características variáveis de uma

determinada população. No caso da pesquisa realizada, procurou-se identificar o

perfil sócio-econômico dos funcionários públicos da Prefeitura Municipal de

Santiago, bem como analisar o clima organizacional da Municipalidade.

No que se refere ao procedimento pelo qual se conduziu a realização deste

relatório, trata-se de um levantamento, pois, de acordo com Gil (1999), tem como

principal característica a interrogação direta das pessoas que compõem o grupo, a

fim de mensurar seu comportamento acerca do problema estudado.

6.2 UNIVERSO E AMOSTRA

O universo da pesquisa, de acordo com Gil (1996), pode se apresentar das

seguintes formas. Quando concentrado e pouco numeroso, convém a pesquisa

abrangendo todos os elementos, importante medida para a garantia da

conscientização e mobilização da população em torno da proposta da pesquisa.

Já quando o universo é numeroso e esparso, é recomendada a seleção de

uma amostra. Esta amostra deve considerar, impreterivelmente, a

representatividade dos grupos envolvidos, para que não se neutralize a

conscientização que se pretende atingir com a pesquisa.

Segundo Barros e Lehfeld (2004), na maioria das vezes as pesquisas são

realizadas através de amostras, pois a observação completa de um fenômeno

envolve um volume muito grande de dados, o que dificulta e prolonga a análise.

52

Page 54: Tcc Jean e Jonas

Ainda segundo o autor, existem basicamente dois procedimentos para

seleção e amostra, sendo as seguintes.

6.2.1 Amostragem probabilística

A amostragem probabilística, segundo Barros e Lehfeld (2004), ocorre

quando todos os elementos do universo têm a mesma chance de serem escolhidos.

Todos os elementos têm a mesma probabilidade de serem escolhidos, de maneira

aleatória ou intencional.

Relacionam-se todos os elementos do universo da pesquisa e, em seguida,

selecionam-se aleatoriamente os elementos que constituirão a amostra.

6.2.2 Amostragem não-probabilística

São, de acordo com Barros e Lehfeld (2004), amostras compostas de forma

acidental ou intencionalmente, não permitindo, pela falta de aleatoriedade na

seleção da amostra, generalizar os resultados da pesquisa em termos de população.

Os indivíduos são selecionados de acordo com a vontade do pesquisador,

não garantindo a representatividade dos diversos grupos que compõem o universo

da pesquisa, bem como intencionalizam à pesquisa.

Gil (1999) define amostra como o subconjunto da população por meio do

qual se estabelece ou se estima as características dessa população. Para a

realização da pesquisa proposta neste projeto, utiliza-se uma amostra aleatória

simples, ou seja, cada elemento da população tem a mesma probabilidade de ser

selecionada na amostra.

Deve-se estabelecer inicialmente o tamanho da amostra com a qual

trabalhar. No caso desta pesquisa trabalha-se com uma amostragem probabilística,

pois servidores públicos municipais de Santiago/RS de diversos setores serão

incluídos na mesma amostra, sem co-relacionar os resultados com o seu setor

53

Page 55: Tcc Jean e Jonas

específico de trabalho. Essa amostra é sem reposição, já que as unidades

selecionadas não retornam para a população remanescente.

6.3 COLETA DE DADOS

6.3.1 Campo

Segundo Lakatos e Marconi (2001), pesquisa de campo é aquela utilizada

como o objetivo de conseguir informações e/ ou conhecimentos acerca de um

problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira

comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.

6.3.2 Laboratório

Para Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa de laboratório é um procedimento

de investigação mais difícil, porém mais exato. Ela descreve e analisa o que será ou

ocorrerá em situações controladas. Exige instrumental específico, preciso e

ambientes adequados.

6.3.3 Bibliográfica

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia

já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas,

boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico

etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e

audiovisuais: filmes e televisão, conforme Lakatos e Marconi (2001).

54

Page 56: Tcc Jean e Jonas

6.3.4 Documental

Segundo Lakatos e Marconi (2001) a característica da pesquisa documental

é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não,

constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem ser feitas no

momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.

Este relatório foi elaborado, em um primeiro momento, por meio de um

estudo bibliográfico para buscar embasamento teórico à temática. Na segunda fase,

empreenderam-se esforços numa pesquisa de campo, utilizando para isso uma

pesquisa estruturada.

6.4 ANÁLISE DOS DADOS

6.4.1 Pesquisa Qualitativa

Richardson (1999) menciona que “os estudos que empregam uma

metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema,

analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos

dinâmicos vividos por grupos sociais”. Ressalta também que podem “contribuir no

processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de

profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos

indivíduos”.

6.4.2 Pesquisa Quantitativa

Richardson (1999) afirma que a abordagem quantitativa caracteriza-se pelo

emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto

no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como

55

Page 57: Tcc Jean e Jonas

percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de

correlação, análise regreção etc.

Quanto à análise dos dados coletados, foi o enfoque hermenêutico, onde o

pesquisador procura reduzir a distância entre a teoria e os dados, usando a lógica

da análise fenomenológica, isto é, da compreensão dos fenômenos pela sua

descrição e interpretação subjetiva dos fatos colhidos pelos instrumentos utilizados

para esta atividade, como diz Appolinário (2004).

De acordo com Appolinário (2004), nosso acesso a realidade não é objetivo,

mas antes hermenêutico, ou seja, os estímulos que vêm da realidade são

interpretados pelo pesquisador e não objetivamente percebidos.

6.5 PESQUISA QUANTO OS PROCEDIMENTOS

6.5.1 Experimental

Selltiz, Wrightsman e Cook (1987) afirmam que toda pesquisa requer a

manipulação ou observação de variáveis. Se o pesquisador quiser compreender a

influência de uma única variável para saber se afeta determinado comportamento,

tentará controlar todas as outras variáveis.

6.5.2 Documental

Segundo Silva e Grigolo (2002), a pesquisa documental vale-se de materiais

que ainda não receberam nenhuma análise aprofundada. Esse tipo de pesquisa

visa, assim, selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair dela

algum sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo, desse modo contribuir com a

comunidade científica a fim de que outros possam voltar a desempenhar

futuramente o mesmo papel.

56

Page 58: Tcc Jean e Jonas

6.5.3 Levantamento

Rigsby (1987) explica que “os investigadores que realizam pesquisas de

levantamento tipicamente coletam seus dados através de respostas verbais a

questões predeterminadas feitas à maioria ou a todos os sujeitos de pesquisa”. O

que determina a utilização de um ou outro tipo de levantamento são os resultados

desejados, a viabilidade ou não de se realizar a pesquisa em função dos recursos

financeiros limitados, dificuldade em coletar os dados, entre outros fatores.

6.5.4 Bibliográfica

Gil (1999) explica que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida mediante

material já elaborado, principalmente livros e artigos científicos. Apesar de

praticamente todos os outros tipos de estudo exigirem trabalho dessa natureza, há

pesquisas exclusivamente desenvolvidas por meio de fontes bibliográficas.

6.5.5 Estudo de Caso

Bruyne, Herman e Schoutheete (1977) afirmam que o estudo de caso

justifica sua importância por reunir informações numerosas e detalhadas com vista

em aprender a totalidade de uma situação. A riqueza das informações detalhadas

auxilia num maior conhecimento e numa possível resolução de problemas

relacionados ao assunto estudado.

57

Page 59: Tcc Jean e Jonas

6.5.6 Participativa

Silva e Grigolo (2002) afirmam que a pesquisa participante caracteriza-se

pela interação entre os pesquisadores e os membros das situações investigadas,

porém não é exigida uma ação por parte das pessoas ou grupos especificados na

pesquisa. O tema escolhido deve indicar, de partida, a fundamentação teórica que

orientará uma pesquisa em que os indivíduos a serem observados passam a

constituir, eles próprios, o objeto máximo de estudo.

58

Page 60: Tcc Jean e Jonas

7 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O presente relatório originou-se de uma pesquisa de levantamento de dados,

do tipo descritivo. Em um primeiro momento, a pesquisa teve caráter exploratório,

uma vez que foram feitas pesquisas bibliográficas a fim de obter um maior

conhecimento e aproximação ao tema em estudo, bem como delimitá-lo.

Segundo Robbins (1999), o levantamento de dados economiza na execução

de uma pesquisa. É menos oneroso fazer amostragem de uma população do que

obter dados de cada um dos membros desta população. Além como disso,

proporciona uma maneira eficiente de investigar como as pessoas se sentem acerca

de questões ou como elas dizem que se comportam.

Esses dados então podem ser facilmente quantificados, porém apresentam

algumas desvantagens. Podem levar a conclusões baseadas nas respostas dos

respondentes serem generalizáveis aos não respondentes, além das pessoas

procurarem responder não que sentem, mas o que o pesquisador quer ouvir.

Normalmente, existe pouco conhecimento prévio daquilo que se pretende

conseguir. Os métodos são muito flexíveis, não estruturados e qualitativos, para que

o pesquisador comece seu estudo sem pré-concepções sobre aquilo que será

encontrado. A falta de estrutura rígida permite que se investigue diferentes idéias e

indícios sobre a situação.

A pesquisa possui um caráter descritivo, pois visa levantar características

sócio-econômicas e de clima organizacional, visando levantar as características

econômicas e sociais dos pesquisados, além de seu comportamento organizacional.

Para a coleta dos dados utilizou-se um questionário do tipo survey,

estruturado com questões fechadas e abertas, abordando diversos aspectos

relacionados à comunicação interna organizacional. Este tipo de questionário,

segundo Spector (2002), envolve a coleta de dados diretamente do entrevistado,

aplicando-se especialmente para analisar o ambiente de trabalho dos funcionários e

obter informações adicionais a partir dos seus colegas.

Além disso, abordaram-se os três sentidos para este tipo de pesquisa: a

exploração, tendo em vista que se pretendia descobrir as relações existentes no

processo; a descrição, já que os fenômenos observados foram posteriormente

descritos; e a explicação, pois ao final de tudo objetivou-se encontrar respostas que

59

Page 61: Tcc Jean e Jonas

caracterizaram o processo de comunicação interna da empresa. Afora estes

sentidos, procurou-se também elaborar propostas de soluções para os eventuais

problemas e pontos fracos, bem como sugerir melhorias.

Os questionários foram aplicados entre os dias 26 de abril de 2010 a 31 de

maio de 2010. Antes da aplicação dos questionários, foi solicitada a colaboração de

todos os funcionários, através dos sindicatos da categoria, para que respondessem

os questionários com a maior sinceridade possível. É importante ressaltar que os

questionários não solicitavam identificação dos entrevistados, o que garantia total

liberdade de opinião aos funcionários.

O público da pesquisa consiste numa amostra aleatória simples, sem

reposição, abrangendo todos os setores funcionais da Prefeitura Municipal de

Santiago. Foram distribuídos para pesquisa 500 (quinhentos) questionários entre os

funcionários públicos municipais, o que representa aproximadamente 45% dos

funcionários efetivos da Prefeitura Municipal de Santiago. O erro de amostragem foi

estimado em 4%.

Cabe salientar que não se pode estar presente durante o preenchimento dos

questionários, assim, não sendo possível sanar eventuais dúvidas dos

respondentes.

Todo trabalho de pesquisa deve ser muito bem elaborado e estudado para

que se procure evitar, ao máximo, possíveis erros, os quais poderiam levar a

empresa ou organização usuária dos dados colhidos na pesquisa a possíveis

conclusões errôneas.

Nesta pesquisa, o uso do questionário como forma de coleta de dados pode

acabar omitindo algumas opiniões por trabalhar com muitas perguntas fechadas, o

que acaba impedindo de se conseguir um maior aprofundamento no assunto. Outra

limitação do questionário, possível de se destacar, seria o fato dele coletar opiniões

momentâneas dos entrevistados, ou seja, as pessoas são muito incertas e suas

percepções podem variar muito facilmente.

Destaca-se também outro fator negativo encontrado na coleta dos dados,

referente ao retorno de questionários. Dos 500 (quinhentos) questionários

distribuídos, 320 foram devolvidos. No entanto, apesar deste número não ser bom

para a pesquisa pensando no universo total dos funcionários, a título de pesquisa

científica configura-se como uma boa amostra.

60

Page 62: Tcc Jean e Jonas

O questionário utilizado neste levantamento de dados contém 30 questões,

que visam analisar a situação sócio-econômica e de clima organizacional da

amostra pesquisada (ANEXO 01).

O questionário foi estruturado da seguinte forma: numa primeira parte,

questões que buscam identificar dados característicos dos entrevistados, como

sexo, faixa etária, estado civil, entre outros. Em seguida, vieram perguntas voltadas

as questões sociológicas, como grau de instrução, e questões econômicas, como a

renda mensal. Por fim, utilizou-se 06 (seis) questões para investigar o clima

organizacional dos entrevistados em relação ao seu local de trabalho.

7.1 SEXO

Quanto ao sexo, 43% são homens e 57% são mulheres.

1) SEXO

43%

57%

Masculino

Feminino

Gráfico 1 – SexoFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Este resultado mostra uma tendência de comportamento, que, de acordo

com pesquisas recentes, demonstra que as mulheres predominam em número em

relação aos homens quando analisados dados da área da administração pública.

61

Page 63: Tcc Jean e Jonas

Essa constatação mostra uma crescente perda de espaço dos homens para

as mulheres em profissões que exigem maior especialização, porém ainda com

salários menores.

7.2 IDADE

Perguntados “Qual a sua Idade”, obtiveram-se os seguintes resultados: 5%

tem 18 anos, 17% tem entre 19 e 25 anos, 25% tem entre 26 e 35 anos e 53% são

maiores de 36 anos.

2) QUAL A SUA IDADE

5%17%

25%

53%

18 anos

19 à 25 anos

26 à 35 anos

Maior de 36 anos

Gráfico 2 – IdadeFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Devido ao maior controle dos gastos público gerados com o advento da Lei

Complementar 101, de 04 de junho de 2000, que estabelece a lei de

responsabilidade fiscal, os agentes públicos ficaram limitados no que diz respeito

aos gastos públicos, priorizando o equilíbrio das contas públicas.

Um destes ajustes advindos desta Lei está na limitação de gastos com a

folha de pagamento em 60% do orçamento. Isto representa um avanço quando de

observa, antes da publicação da Lei, prefeituras comprometendo até 90% do

orçamento com despesas de pessoal.

62

Page 64: Tcc Jean e Jonas

Esta limitação nos gastos fez com que a demanda de vagas no serviço

publico decaísse a partir desta Lei, o que reflete no envelhecimento do funcionalismo

público. No caso da Prefeitura Municipal de Santiago/RS, mais de 50% dos

funcionários são maiores de 36 anos, enquanto que nas faixas etárias mais baixas

encontram-se em torno de 22% do funcionalismo, sendo que estes na maioria

trabalham na educação, área com maior rotatividade dentro do funcionalismo público

municipal.

7.3 COR OU RAÇA

A questão relativa, a saber, qual a cor ou raça dos entrevistados obteve as

seguintes respostas: 0% é da cor amarela, 0% é da raça indígena, 4% declaram ser

da raça negra, 12% são pardos e 84% brancos.

3) SUA COR OU RAÇA

84%

4%12%

0%

0%Branca

Preta

Parda

Amarela

Indígena

Gráfico 3 – Cor ou RaçaFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Com os dados obtidos, mostra-se, ressaltando que a pesquisa possui um

caráter auto-declaratório, que a maioria das pessoas, 84%, responderam que são

brancas ou caucasianas, o que não significa que realmente isto se configure,

cientificamente, como uma verdade absoluta.

63

Page 65: Tcc Jean e Jonas

Nota-se, portanto, impulsionado talvez por incentivos dados por políticas de

cotas oferecidas pelo poder público, que um número expressivo de pessoas

declaram-se pardas ou morenas.

Mesmo com a grande miscigenação que configura o povo brasileiro, que,

apesar dos dados do Censo Demográfico 2000, mostrarem que a população negra,

composta de pretos e pardos, tem uma presença marcante no Brasil, representando

cerca de 45,0% da população, este segmento é alvo de grande discriminação.

7.4 ESTADO CIVIL

Quanto ao estado civil, 1% declarou ser viúvo, 6% separado judicialmente,

9% responderam outra opção, que configura-se como sendo união estável, 33% são

solteiros e 51% casados.

4) SEU ESTADO CIVIL

33%

51%

1%

6% 9%Solteiro

Casado

Viúvo

Separado Judicialmente

Outro

Gráfico 4 – Estado CivilFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Como mostram os resultados obtidos, mais da metade dos entrevistados

declaram-se casados, o que demonstra, como acontece em cidade do interior, ainda

haver a preocupação das pessoas em formalizar seu casamento legalmente.

64

Page 66: Tcc Jean e Jonas

Segundo Robbins (1999), não existem dados suficientes que concluam que o

estado civil gera efeitos na produtividade. Porém, pesquisas indicam,

consistentemente, que empregados casados tem menos faltas, passam por menos

rotatividade e não estão mais satisfeitos com seus trabalhos que seus colegas não

casados.

O casamento, segundo o autor, impõe responsabilidades crescentes que

podem tornar o emprego mais valioso e importante. Porém, o que causa isto não

está claro. Pode ser que empregados conscientes e satisfeitos sejam mais

inclinados a serem casados.

É preciso, porém, levar em consideração outros estados civis levantados na

pesquisa, como divorciados e pessoas que convivem em união estável, procurando

saber a que ponto o estado civil influencia na vida dos trabalhadores.

7.5 POSSUI FILHOS

Em relação a filhos, foi obtido o seguinte resultado: 5% possuem mais de três

filhos, 10% possuem três filhos, 20% possuem um filho, 31% possuem dois filhos e

34% não possuem filhos.

5) POSSUI FILHOS

34%

20%

31%

10% 5%

Nenhum

Um

Dois

Três

Mais de três

Gráfico 5 – Possui FilhosFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

65

Page 67: Tcc Jean e Jonas

Como mostram dados, a distribuição de filhos é muito homogênea entre os

funcionários que não possuem filhos e aqueles que possuem dois filhos, somente

que tem três ou mais filhos mostrou-se um pouco menos incidente, representando

apenas 15% dos entrevistados.

Pode-se relacionar o fato de possuir ou não filhos a necessidade do

funcionário em ausentar do serviço para atender demandas correntes dos filhos,

como escola, tratamentos de saúde, entre outras responsabilidades incumbidas aos

pais.

De acordo com Robbins (1999), pais tendem a exigir horários mais flexíveis a

fim de acomodar suas responsabilidades familiares. O papel histórico da mulher de

tomar conta dos filhos e como provedora secundária tem mudado definitivamente

desde a década de 70, e uma ampla proporção de homens, atualmente, está mais

interessado nos problemas associados aos cuidados com os filhos em geral, tanto

quanto as mulheres.

Outra característica importante a ser ressaltada na relação entre pais e filhos

está no fato de que filhos acarretam preocupações financeiras, de como financiar o

bem estar da família, que, em excesso, prejudicam o desempenho do funcionário.

7.6 MORADIA

Em relação à moradia, 24% não têm casa própria e 76% residem em sua

própria casa, conforme mostra o Gráfico 6.

A relação entre pessoas que moram em casa própria ou moram de aluguel,

podemos relacionar a Teoria de Maslow acerca das necessidades humanas. Após a

garantia das necessidades fisiológicas, as pessoas tendem a procurar suas

necessidades de segurança, como arrumar uma ocupação, adquirir uma casa

própria, um plano de saúde, enfim, envolve a estabilidade básica que o ser humano

deseja ter.

Outro dado relevante está relacionado a qualidade de vida de quem possui

casa própria, que segundo pesquisa do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada, mostrando que mais de 70% dos indivíduos que passaram da classe baixa

para média nos últimos anos possuem casa própria.

66

Page 68: Tcc Jean e Jonas

6) EM RELAÇÃO À MORADIA

76%

24%

Reside em casa própria

Não tem casa própria

Gráfico 6 – MoradiaFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

7.7 PESSOAS NA MORADIA

Em relação a pergunta “quantas pessoas residem na sua moradia”,

obtiveram-se os seguintes resultados: 10% moram sozinhas, 12% moram com mais

de quatro pessoas, 20% com duas pessoas, 26% com quatro pessoas e 32% com

três pessoas, como mostra o Gráfico 7.

7) QUANTAS PESSOAS RESIDEM NA SUA MORADIA

10%

20%

32%

26%

12%Uma

Duas

Três

Quatro

Mais de quatro

Gráfico 7 – Pessoas na MoradiaFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

67

Page 69: Tcc Jean e Jonas

As moradias com até três pessoas configuram-se 62% dos entrevistados,

sendo as moradias com três pessoas a fatia mais representativa (32%). Isto pode

ser atribuído a uma tendência de encolhimento das famílias da década de 70 até os

dias de hoje.

De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística, tamanho médio da família continuou em declínio. Em 1992, o número

médio de pessoas por família estava em 3,8; passou para 3,6 em 1996; chegou a

3,4 em 1999 e alcançou 3,3 em 2001.

Entre as grandes regiões, a Sudeste e Sul vêm empatadas com a menor

média de pessoas por família: 3,2. O Nordeste tem média de 3,6 e o Centro-Oeste,

de 3,3. O percentual de mulheres que são a pessoa de referência da família

aumentou de 24,2%, em 1996, para 26,1%, em 1999, e chegou a 27,3%, em 2001

7.8 INSTRUÇÃO DO PAI

Em relação ao nível de instrução do seu pai, foi levantado o seguinte

resultado: nenhum pai dos entrevistados possuem mestrado ou doutorado, 2%

possuem ensino superior incompleto, 5% possuem ensino superior completo, 8%

possuem ensino médio incompleto, 9% possuem ensino médio completo, 9%

possuem ensino fundamental completo, 19% não possuem escolaridade e 48%

possuem ensino fundamental incompleto, conforme Gráfico 8.

8) QUAL O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DO SEU PAI

19%

48%

9%

8%

9% 2% 5% 0%

Sem escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

Ensino Superior Incompleto

Ensino Superior Completo

Mestrado ou Doutorado

Gráfico 8 – Instrução do PaiFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

68

Page 70: Tcc Jean e Jonas

Pais com apenas o Ensino Fundamental Incompleto foi o nicho mais

representativo entre os entrevistados, representado 48% das respostas. Como a

faixa etária dos entrevistados mais representativa foi a dos que possuem mais de 36

anos, que representa mais da metade das respostas, observa que seus genitores,

devido à baixa importância dada aos estudos na geração nascida entre os anos 30 e

60.

De acordo com indicadores de desenvolvimento do IBGE de 2008, o ideal

seria que as pessoas tivessem no mínimo 11 anos de estudo, que corresponde ao

ensino médio completo, melhor ainda que essas pessoas tivessem o ensino médio

profissionalizante, o ideal mesmo seria que tivesse um curso tecnológico superior,

passando para 13 anos e meio de estudos.

Mas a realidade é outra, a taxa de escolaridade em 2005 era de apenas 6,7

anos, e em dez anos ela só teve um crescimento de 1,2 anos. Nesse ritmo levará 35

anos para que o brasileiro alcance a taxa de escolaridade de 11 anos.

Outro indicador relacionado à educação é taxa de escolarização das pessoas

de 20 a 24 anos, essa taxa mede o percentual de pessoas nesta faixa etária que

estão freqüentando a escola é de que somente 25% dos jovens estão na escola,

esse é um desafio gigantesco que toda a nação tem que fazer agora, colocar essas

pessoas numa sala de aula.

A taxa de escolarização diminui significativamente com o aumento da idade

das pessoas, de 7 a 14 anos a taxa é de 97,3%, de 15 a 17 anos de 81,7%, de 18 a

19 anos é de 47,6%. O que pode se observar que á medida que as pessoas vão

chegando á idade que tem que trabalhar e param de estudar.

7.9 INSTRUÇÃO DA MÃE

Em relação ao nível de instrução da sua mãe, foi levantado o seguinte

resultado: 3% possuem ensino superior incompleto, 5% possuem ensino superior

completo, 7% possuem ensino médio incompleto, 11% possuem ensino médio

completo, 13% possuem ensino fundamental completo, 13% não possuem

escolaridade e 48% possuem ensino fundamental incompleto, conforme mostra os

dados exibidos no Gráfico 9.

69

Page 71: Tcc Jean e Jonas

9) QUAL O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA SUA MÃE

13%

48%13%

7%

11%3% 5%

Sem escolaridade

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

Ensino Superior Incompleto

Ensino Superior Completo

Gráfico 9 – Instrução da MãeFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Esta análise enquadra-se ao item anterior, devido à natureza da questão. O

que varia em alguns aspectos o resultado da pesquisa esta no fato de o número de

pais sem escolaridade ser maior que o número de mães, razão de 19% para 13%.

7.10 SEU NÍVEL DE INSTRUÇÃO

Com relação a seu nível de instrução, foi afirmado pelos respondentes que

1% possuem mestrado ou doutorado, 8% possuem ensino fundamental incompleto,

8% possuem ensino fundamental completo, 10% possuem ensino médio incompleto,

16% possuem ensino médio completo, 23% possuem ensino superior incompleto e

34% possuem ensino superior completo, como mostra o Gráfico 10, na página

seguinte.

O fato de o número de funcionários que possuem curso superior, completo

ou não, na casa de 57%, está relacionada à proporcionalidade entre os instrumentos

de coleta de dados (questionários) distribuídos e recolhidos. A maior taxa de retorno

deu-se nos setores da Prefeitura Municipal de Santiago que exigem maior grau de

instrução como requisito. Desta forma, os setores que, por exigência do cargo, não

necessitam de grau de instrução elevado, obteve-se uma taxa de retorno muito

baixa, fato este já relatado no início deste capítulo.

70

Page 72: Tcc Jean e Jonas

Demais considerações estão contidas nas análises dos itens anteriores.

Relevante observar o fato de nenhum entrevistado não possuir escolaridade.

10) QUAL O SEU NÍVEL DE INSTRUÇÃO

8%8%

10%

16%

23%

34%

1%

Ensino Fundamental Incompleto

Ensino Fundamental Completo

Ensino Médio Incompleto

Ensino Médio Completo

Ensino Superior Incompleto

Ensino Superior Completo

Mestrado ou Doutorado

Gráfico 10 – Nível de InstruçãoFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

7.11 CARRO

Quanto indagados se possuem veículos, foi obtido as seguintes respostas:

4% possuem dois carros, 42% não possuem carros e 54% possuem apenas um

carro, segundo os dados mostrados no Gráfico 11.

11) POSSUI CARRO

42%

54%

0%4%

Nenhum

Um

Dois

Mais de dois

Gráfico 11 – CarroFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

71

Page 73: Tcc Jean e Jonas

A maioria dos entrevistados respondeu que possui um carro, o que mostra

um dado observável atualmente na população, que impulsionado pelo crescimento

econômico, a estabilidade financeira e a redução de impostos, fomentou a venda de

veículos novos e usados.

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil

somaram 3,14 milhões de unidades no ano passado, um aumento de 11,35% sobre

2008, de acordo com dados divulgados hoje (05) pela Federação Nacional da

Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Trata-se de um recorde anual.

Considerados somente os automóveis e os comerciais leves, foram

emplacadas 3,01 milhões de unidades, um crescimento de 12,66% em comparação

com o ano anterior. Desses, 88% foram veículos bicombustíveis, que funcionam a

álcool, ou gasolina ou qualquer mistura de ambos.

7.12 COMPUTADOR

Quanto a posse de computadores na sua residência, obtiveram-se os

seguintes resultados: 14% possuem dois computadores, 24% não possuem

computadores e 62% possuem apenas um, como mostra o Gráfico 12.

POSSUI COMPUTADOR EM CASA

24%

62%

14% 0%

Nenhum

Um

dois

Mais de dois

Gráfico 12 – ComputadorFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

72

Page 74: Tcc Jean e Jonas

Segundo estudo do IBGE, de 200 milhões de brasileiros, 42,3 milhões tem

acesso à internet em casa, ou seja, em torno de 21%, enquanto 46,8 milhões

acessam no trabalho, 23% dos brasileiros. Na região Sul, 59% das casas contam

com computador, região com maior concentração do artigo. Quase a mesma

porcentagem dos funcionários da Prefeitura Municipal de Santiago.

7.13 RENDA FAMILIAR

Quanto a renda familiar, os respondentes responderam o seguinte: 9%

contribuem com suas famílias com mais de R$ 3.240,00, 10% contribuem com suas

famílias com até R$ 540,00, 10% contribuem com suas famílias entre R$ 2.160,00 a

R$ 2.700,00, 12% contribuem com suas famílias entre R$ 2.700,00 a R$ 3.240,00,

16% contribuem com suas famílias de R$ 1.080,00 a R$ 1.620,00, 17% contribuem

com suas famílias de R$ 1.620,00 a R$ a R$ 2.160,00 e 26% contribuem de R$

540,00 a R$ 1.080,00, conforme o Gráfico 13.

Gráfico 13 – Renda FamiliarFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Sobre a renda familiar, como se pode ver, houve bastante igualdade entre as

margens de salários de cada setor. Enquanto a renda média das famílias brasileiras

foi de R$ 1.285 no ano passado, segundo pesquisa realizada pela empresa Cetelem

13) RENDA MENSAL FAMILIAR

10%

26%

16%17%

10%

12%9%

Até R$ 540,00

De R$ 540,00 a R$ 1.080,00

De R$ 1.080,00 a R$ 1.620,00

De R$ 1.620,00 a R$ 2.160,00

De R$ 2.160,00 a R$ 2.700,00

De R$ 2.700,00 a R$ 3.240,00

Mais de R$ 3.240,00

73

Page 75: Tcc Jean e Jonas

Brasil, no final de 2009, que ouviu 1.500 pessoas de nove regiões metropolitanas do

país.

Houve um aumento real na renda dos brasileiros. Prova disso é o aumento

do consumo de produtos não básicos na mesa dos brasileiros. Uma pesquisa

divulgada recentemente da Kantar Worldpanel comprova essa afirmação. De acordo

com os dados, agora além de existirem 17% a mais de itens na cesta básica dos

brasileiros, há também produtos mais caros. As classes D e E foram as maiores

protagonistas deste crescimento gastando 21% a mais que em relação a 2008.

Em Santiago, de acordo com dados do Censo Demográfico de 2000, a renda

média mensal da população é de R$ 679.83.

7.14 CONTRIBUIÇÃO NA RENDA

Quanto a pergunta sobre “quantas pessoas contribuem com essa renda”,

foram obtidos os seguintes resultados: 4% responderam que mais de três pessoas,

10% responderam que três pessoas, 28% responderam que uma pessoa apenas e

58% responderam que duas pessoas, de acordo como Gráfico 14.

Gráfico 14 – Contribuição na RendaFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Nesse item questionado aos funcionários da Prefeitura, é interessante

observarmos que 51% dos entrevistados são casados, fato este que talvez 58%

14) QUANTAS PESSOAS CONTRIBUEM COM ESSA RENDA

28%

58%

10% 4%

Uma

Duas

Três Mais de três

74

Page 76: Tcc Jean e Jonas

serem duas pessoas que contribuem com a renda familiar, o que nos mostra

também que a mulher está deixando de ser “dona de casa” para também ajudar na

renda mensal da família.

Esta constatação reforça-se na medida em que se verifica que mais da

metade da população do município ser do sexo feminino, bem como dos

trabalhadores da Prefeitura Municipal apresentar proporção semelhante.

7.15 PESSOAS SUSTENTADAS COM A RENDA

Em relação ao número de pessoas sustentadas com a renda familiar de cada

mês, foram obtidos os seguintes resultados: 6% disseram que apenas uma pessoa,

19% disseram que duas pessoas, 37% disseram que três pessoas e 38% disseram

que mais de três pessoas.

15) QUANTAS PESSOAS SÃO SUSTENTADAS COM ESSA RENDA

6%19%

37%

38% Uma

Duas

Três

Mais de três

Gráfico 15 – Pessoas Sustentadas com a RendaFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

As famílias brasileiras estão se transformando. Em 15 anos, entre 1992 e

2007, o número de casais com filhos, o estereótipo da família tradicional, caiu

11,2%. A queda foi compensada pelo aumento dos novos arranjos familiares: casais

sem filhos, mulheres solteiras, mães com filhos, homens solteiros e pais com filhos.

Os dados fazem parte do Relatório de Desenvolvimento Humano 2010,

divulgado na terça-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

75

Page 77: Tcc Jean e Jonas

(Pnud). A nova organização familiar, contudo, não se relaciona com o fato de 23%

dos brasileiros temerem a violência dentro de casa.

Santiago, por configurar-se uma cidade interiorana, e que ainda preserva um

elevado nível de vida, como mostram dados das Nações Unidas, ainda permite a

verificação de família com um grande número de pessoas, como mostram os dados

da pesquisa, onde 75% dos entrevistados responderam ter famílias com três ou

mais pessoas.

7.16 SUA RENDA MENSAL

Quanto à renda mensal de cada entrevistado, obtiveram-se os seguintes

resultados: 1% recebe mais de R$ 3.240,00, 3% recebe de R$ 2.700,00 a R$

3.240,00, 3% recebe de R$ 2.160,00 a R$ 2.700,00, 16% recebe de R$ 1.080,00 a

R$ 1.620,00, 18% recebe de R$ 1.620,00 a R$ 2.160,00, 24% recebe de R$

1.620,00 a R$ 2.160,00 e 35% recebe de R$ 540,00 a R$ 1.080,00, como mostra os

dados do Gráfico 16.

Gráfico 16 – Sua Renda MensalFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Os dados referentes ao Gráfico 16 embasam-se nas afirmações contidas no

item ”renda familiar”. Contudo, é de suma importância ressaltar que o Plano de

Cargos e Salários da Prefeitura Municipal de Santiago abranger a maioria do

16) COM RELAÇÃO A SUA RENDA MENSAL

24%

35%16%

18%3%

3%

1%

Recebo até R$ 540,00

Recebo de R$ 540,00 a R$ 1.080,00

Recebo de R$ 1.080,00 a R$ 1.620,00

Recebo de R$ 1.620,00 a R$ 2.160,00

Recebo de R$ 2.160,00 a R$ 2.700,00

Recebo de R$ 2.700,00 a R$ 3.240,00

Recebo mais de R$ 3.240,00

76

Page 78: Tcc Jean e Jonas

funcionalismo nas faixas salariais até R$ 1.080,00, como mostram os resultados da

pesquisa, onde 59% dos entrevistados enquadram-se neste valor.

7.17 ENSINO FUNDAMENTAL

Quanto ao seu estudo, foram obtidos os seguintes resultados: 1% respondeu

que concluíram o ensino fundamental através de supletivo, 3% responderam que

concluíram através do EJA e 96% responderam que concluíram através de curso

regular, de acordo com o Gráfico 17.

17) CONCLUIU O ENSINO FUNDAMENTAL EM

96%

3% 1%

Curso regular

EJA

Supletivo

Gráfico 17 – Ensino Fundamental Fonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

A taxa de freqüência escolar entre crianças de 7 a 14 anos é de 97%, devido,

em grande parte, à obrigatoriedade legal da oferta do Ensino Fundamental. Porém,

mais de 40% da população adulta (25 anos ou mais) tem ensino fundamental

incompleto e 9% só estudou até a conclusão do Ensino Fundamental.

Em confronto com os dados referentes ao Ensino Fundamental coletados na

pesquisa, a realidade do funcionalismo público municipal é bastante diferente, já que

96% dos entrevistados concluíram esta etapa de ensino regularmente.

77

Page 79: Tcc Jean e Jonas

Estes altos índices de escolaridade verificados entre os funcionários explica-

se pela exigência de escolaridade para os cargos da prefeitura, restando apenas

alguns casos de funcionários sem modalidade alguma de escolaridade.

7.18 ENSINO MÉDIO

Quanto ao seu estudo, foram obtidos os seguintes resultados: 1% respondeu

que concluíram o ensino médio através de supletivo, 9% responderam que

concluíram através do EJA e 90% responderam que concluíram através de curso

regular, segundo mostra o Gráfico 18.

18) CONCLUIU O ENSINO MÉDIO EM

90%

9% 1%

Curso regular

EJA

Supletivo

Gráfico 18 – Ensino MédioFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Do total de entrevistados, 13 (treze) pessoas não responderam esta questão,

por não terem freqüentado o Ensino Médio. Nos demais, nota-se que a grande

maioria, 90%, responderam que concluíram o Ensino Médio no ensino regular.

Este fato explica-se pela cobertura de escolas no município, além da cultura

local.

7.19 CURSO SUPERIOR

78

Page 80: Tcc Jean e Jonas

Quando indagados sobre curso superior, 13% responderam que já iniciaram

um curso, mas não concluíram, 18% que começaram e estão cursando, 34%

responderam que não iniciaram nenhum curso superior e 35% responderam que já é

formado em algum curso superior, como pode-se constatar no Gráfico 19.

Gráfico 19 – Curso SuperiorFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Dentre os funcionários da Prefeitura, nota-se um grande número de pessoas

que de alguma forma, já iniciaram ou concluíram algum Curso Superior, em torno de

66%.

Santiago, apesar de uma cidade de pequeno porte, possui um numero

relativamente grande de Universidades, presenciais e à distancia, que possibilitam

um acesso facilitado a esta etapa de Ensino para a população.

Em 2007, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o

número de matrículas no Ensino Superior é de 1946 matrículas, o que representa

3,8% da população.

7.20 FUMO

19) VOCÊ JÁ INICIOU ALGUM CURSO SUPERIOR

13%

18%

35%

34% Sim, mas não concluiSim, em andamentoSim, já sou formadoNão

79

Page 81: Tcc Jean e Jonas

Em relação aos fumantes na Prefeitura, 15% disseram que sim e 85%

disseram que não, como mostra os dados do Gráfico 20.

20) VOCÊ FUMA?

15%

85%

Sim

Não

Gráfico 20 – FumoFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Pode-se considerar que na Prefeitura Municipal de Santiago existe uma

pequena quantidade de fumantes, 15%, comprada a média nacional.

No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil mortes por ano são decorrentes do

tabagismo. A proporção de fumantes no país é de 23,9% da população. Segundo

dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), em 2008, o Brasil

tinha 24,6 milhões de fumantes habituais com idade a partir de 15 anos ou 17,2% da

população de pessoas dessa faixa etária, sendo 15,1% fumantes diários.

Cerca de 90% dos fumantes tornam-se dependentes da nicotina entre os 5 e

os 19 anos de idade. Há 2,8 milhões de fumantes nessa faixa etária, mas a maior

concentração de fumantes está na faixa etária de 20 a 49 anos.

A região Sul do país é a que apresenta maior proporção de dependentes -

45% dos fumantes. Em 2008, a região Sul, com 19,3%, tinha o maior porcentual de

fumantes correntes.

O fumo é responsável por 95% dos casos de câncer de boca; 90% das

inflamações de mama; 80% da incidência de câncer no pulmão; por 97% dos casos

de câncer da laringe; 50% dos casos de câncer de pele; 45% das mortes por doença

coronariana (infarto do miocárdio) e também 25% das mortes por doença vascular-

cerebral (derrames cerebrais).

80

Page 82: Tcc Jean e Jonas

Segundo uma pesquisa realizada em 20 países, o brasileiro, com 91%, é o

que mais se arrepende de ter começado a fumar. Entre os fumantes brasileiros do

estudo internacional, 63% apóiam campanhas e leis contra o fumo e 82% relatam

que o fumo já lhes causou algum problema de saúde

7.21 BEBIDA ALCOÓLICA

Em relação ao consumo de bebida alcoólica entre os colaboradores da

Prefeitura, 29% disseram que consomem bebida alcoólica e 71% disseram que não,

como mostra o Gráfico 21.

21) VOCÊ CONSOME BEBIDA ALCOÓLICA?

29%

71%

Sim

Não

Gráfico 21 – Bebida Alcoólica Fonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

A pesquisa realizada nos mostra uma porcentagem de colaboradores que

não consomem bebidas alcoólicas diferente da realidade do país.

A Senad - Secretaria Nacional Antidrogas - publicou recentemente um estudo

pioneiro sobre consumo de bebidas alcoólicas. O levantamento feito por

pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é o primeiro que

descreve o padrão brasileiro de consumo da droga mais utilizada no mundo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2004 eram cerca de 2 bilhões

de usuários de álcool em todo o mundo.

81

Page 83: Tcc Jean e Jonas

Os primeiros dados apontam o consumo entre a população adulta. De acordo

com o estudo, 52% dos brasileiros acima de 18 anos bebem pelo menos uma vez ao

ano. Desse grupo, 60% dos homens e 33% das mulheres consumiram cinco doses

ou mais pelo menos uma vez no último ano (nível de consumo de risco, segundo

padrões internacionais).

Os brasileiros estão exagerando no consumo de bebidas alcoólicas, de

acordo com pesquisa do Ministério da Saúde. O estudo revela que, de 2006 para

2008, o número de pessoas que fazem uso abusivo de álcool cresceu 18%.

7.22 PLANO DE SAÚDE

Com relação a plano de saúde, 16% responderam que possuem plano

individual, 33% responderam que não possuem plano de saúde e 51% disseram que

possuem plano de saúde familiar, de acordo com o Gráfico 22.

Gráfico 22 – Plano de SaúdeFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Metade dos entrevistados revelou possuir plano de saúde para si próprio e

para a família. Este fato reflete o recente contrato da Prefeitura Municipal de

Santiago e o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS),

mostrando que este número deve crescer nos próximos anos.

22) VOCÊ POSSUI PLANO DE SAÚDE

16%

51%

33%Sim, individual

Sim, familiar

Não

82

Page 84: Tcc Jean e Jonas

O número de pessoas que tem plano de saúde no Brasil aumentou 7,25%

nos últimos três anos. No ano passado, 20,1% da população (quase 37 milhões de

pessoas) utilizava os serviços de operadoras de saúde. As informações fazem parte

do Atlas Econômico Financeiro da Saúde Suplementar, de acordo com a Agência

Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

7.23 ATIVIDADE FÍSICA

Sobre prática de atividade física, 12% alegaram que realizam exercício físico

pelo menos duas vezes na semana, 17% alegaram que realizam pelo menos uma

vez por semana, 22% alegaram que realizam mais de duas vezes por semana e

49% não praticam nenhum tipo de exercício físico, segundo dados do Gráfico 23.

23) VOCÊ PRATICA ALGUMA ATIVIDADE FÍSICA

17%

12%

22%

49%

Sim, uma vez por semana

Sim, duas vezes nasemana

Sim, mais de duas vezesna semana

Não pratico atividadefísica

Gráfico 23 – Atividade FísicaFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Nota-se nos dados da pesquisa que quase metade dos entrevistados

afirmaram não praticar atividade física, enquanto que aproximadamente um terço

mostraram praticar alguma atividade física mais de duas vezes por semana.

Os brasileiros estão praticando mais atividades físicas, mas a população

sedentária ainda compõe a maioria. Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da

Saúde demonstra que 16,4% da população fazem pelo menos 30 minutos de

83

Page 85: Tcc Jean e Jonas

atividade leve e moderada ou 20 minutos de atividade física intensa cinco vezes por

semana.

Pode não ser muita coisa, mas é um resultado melhor do que o registrado na

primeira versão do trabalho, realizada em 2006 - naquele ano, 14,9% encaixavam-se

nessa classificação, a chamada “atividade física suficiente no lazer”.

O número de indivíduos totalmente inativos caiu de 29,2% para 26,3% no

período. Para os especialistas, trata-se de um porcentual ainda bastante

preocupante. E não é para menos, pois forma o contingente de pessoas que não

realizaram nenhuma atividade de lazer nos últimos três meses. Não andaram para

chegar ao trabalho, não fizeram exercícios durante o expediente nem são

responsáveis pela limpeza de casa. “É a atividade física zero”, define o Ministério da

Saúde.

7.24 OCUPAÇÃO NO TEMPO LIVRE

Durante o tempo vago, foram indagados sobre “qual atividade mais ocupa

seu tempo”, obtendo-se o seguinte resultado: 1% respondeu que é o teatro, 2%

responderam que é o cinema, 3% responderam que é em bares e boates, 5%

responderam que é com religião, 8% responderam que é com esportes, 13%

responderam que é com música, 16% responderam que é com leitura, 19%

responderam que é com internet e 33% responderam que ocupam a maior parte do

tempo livre assistindo televisão, conforme dados do Gráfico 24.

84

Page 86: Tcc Jean e Jonas

Gráfico 24 – Ocupação no Tempo LivreFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Seguindo a tendência mostrada no gráfico anterior, quase metade dos

entrevistados mostrou que seu maior passatempo é assistir televisão. É importante

ressaltar que nesta questão permitia-se escolher mais de uma alternativa por

entrevistado.

Atividades esportivas contemplam apenas 12% dos entrevistados, ficando

em segundo lugar na preferência, para ocupar o tempo livre a Internet, outra

atividade sedentária.

7.25 NÍVEL DE SATISFAÇÃO

Com relação ao nível de satisfação no trabalho, 1% respondeu que seu nível

de satisfação é muito baixo, 5% responderam que é baixo, 10% responderam que é

muito alto, 41% responderam que é médio e 43% responderam que é alto, como

mostra o gráfico 25.

24) QUAL DAS ATIVIDADES MAIS OCUPA SEU TEMPO LIVRE

48

18

4

23

12

27

7

1

3

0 10 20 30 40 50 60

TV

Religião

Teatro

Cinema

Música

Bares e Boates

Leitura

Esportes

Internet

InternetEsportesLeituraBares e BoatesMúsicaCinemaTeatroReligiãoTV

85

Page 87: Tcc Jean e Jonas

25) QUAL SEU NÍVEL DE SATISFAÇÃO NO TRABALHO

1% 5%

41%43%

10%Muito baixo

Baixo

Médio

Alto

Muito alto

Gráfico 25 – Nível de SatisfaçãoFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Em torno da metade dos funcionários entrevistados mostraram satisfeitos ou

muito satisfeitos com o trabalho que desempenham.

De acordo com Robbins (1998), satisfação no trabalho refere-se à atitude

geral do indivíduo em relação ao seu emprego. Pessoas com um alto nível de

satisfação no trabalho têm atitudes positivas em relação ao emprego, ao passo que

uma pessoa que está insatisfeita com seu trabalho tem atitudes negativas quanto ao

emprego.

Ainda segundo o autor (1998, p. 102):

Para a Administração, uma força de trabalho satisfeita traduz-se em maior produtividade devido à menos interrupções caudadas por faltas ou demissões de bons empregados, menos incidência de comportamento destrutivo, assim como custos mais baixos de seguros médicos e de vida. além disso, existem benefícios para a sociedade em geral. A satisfação no trabalho para as horas do empregado fora do trabalho. Assim, a meta de satisfação elevada no trabalho pode ser defendida em termos de dólares e centavos e responsabilidade social.

Pode-se, assim, considerar a satisfação no trabalho uma importante variável

para alcançar uma maior eficiência dos recursos humanos nas organizações.

86

Page 88: Tcc Jean e Jonas

7.26 NÍVEL DE RELACIONAMENTO

Com relação ao nível de relacionamento com os colegas, 1% disse que é

muito ruim, 1% que é ruim, 3% que é médio, 35% que é bom e 60% disseram que

seu nível de relacionamento com os colegas é muito bom, de acordo com os dados

contidos no Gráfico 26.

26) QUAL SEU NÍVEL DE RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TRABALHO

1%

1%

3%

35%

60%

Muito Ruim

Ruim

Médio

Bom

Muito Bom

Gráfico 26 – Nível de RelacionamentoFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

A grande maioria dos entrevistados, 95%, mostrou ter um relacionamento

com os colegas bom ou muito bom, mostrando assim que a Prefeitura Municipal

pode ser considerada, em termos de comportamento em grupo, num local bom para

trabalhar.

Pessoas satisfeitas com os colegas, segundo Spector (2002), colegas que se

relacionam bem tentem a formar grupos e não equipes de trabalho. A distinção entre

um grupo de e uma equipe é importante: todas as equipes são grupos, mas nem

todos os grupos são equipes.

Segundo o autor, um grupo consiste em pessoas que trabalham juntas, mas

podem realizar suas tarefas sozinhas. Já uma equipe é um grupo de pessoas que

não podem realizar seu trabalho, pelo menos não eficientemente, sem os membros

da equipe.

87

Page 89: Tcc Jean e Jonas

7.27 NÍVEL DE RELACIONAMENTO COM A CHEFIA

Com relação ao nível de relacionamento com a chefia, 1% disse que é muito

ruim, 2% disseram que é ruim, 4% disseram que é médio, 36% disseram que é bom

e 57% disseram que seu nível de relacionamento com a chefia é muito bom,

conforme o Gráfico 27.

27) QUAL SEU NÍVEL DE RELACIONAMENTO COM SUA CHEFIA IMEDIATA

1%

2%

4%

36%57%

Muito Ruim

Ruim

Médio

Bom

Muito Bom

Gráfico 27 – Nível de Relacionamento com a Chefia Fonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Quase que a totalidade dos entrevistados, 93%, classificou seu

relacionamento com a chefia imediata bom ou muito bom. Este aspecto segue a

tendência do questionamento anterior. Existe um bom relacionamento entre os

funcionários da Prefeitura Municipal de Santiago.

Em conversas com as entidades representativas das classes que compõem

o serviço publico municipal, em especial o Sindicato dos Servidores Públicos

Municipais de Santiago, ficou evidente que não existem muitos desentendimentos

entre os empregados e a chefia, pois, na maioria das vezes, estes chefes eram

componentes do mesmo grupo de trabalho do funcionário.

De acordo com Chiavenato (2005), os subordinados requerem atenção e

acompanhamento por parte da chefia, pois enfrentam várias contingências, internas

88

Page 90: Tcc Jean e Jonas

e externas e estão sujeitos a problemas pessoais, familiares, financeiros e de saúde.

Algumas pessoas conseguem administrar tais problemas por conta própria, sendo

que outras não e acabam tornando-se funcionários problemáticos.

Este tipo de situação é facilitada quando existe um bom relacionamento entre

empregados e chefia, pois torna mais acessível o chefe ao empregado, além de

achatar a distância do chefe com seus empregados.

7.28 REUNIÕES

Quando indagados sobre a participação em reuniões dentro do seu setor, 5%

responderam participam mais de uma vez por semana, 5% responderam que

participam uma vez por mês, 6% responderam que participam uma vez por semana,

8% respondera que não participam de reuniões e 76% disseram que participam

apenas quando acontecem, conforme mostra o Gráfico 28.

28) VOCÊ PARTICIPA DE REUNIÕES PERIÓDICAS DENTRO DO SEU SETOR

6% 5% 5%

76%

8%

Sim, uma vez por semana

Sim, mais de uma vez porsemana

Sim, uma vez por mês

Sim, quando acontecem

Não participo de reuniões

Gráfico 28 – ReuniõesFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Dentre os entrevistados, cerca de três quartos responderam que participam

de reuniões quando estas acontecem. Importante ressaltar também que apenas um

grupo muito pequeno respondeu não participar de quaisquer tipos de reunião.

89

Page 91: Tcc Jean e Jonas

De acordo com Robbins (1998), as reuniões de grupo têm a reputação de

ineficientes, pois, na maioria das vezes são mau planejadas e não representam na

verdade o real sentido de reunir-se.

Dentro da Prefeitura, existem setores que se reúnem com mais frequência,

pois determinam diretrizes de trabalho para curtos espaços de tempo, sendo que

outros não possuem necessidade de tais reuniões.

7.29 INFORMAÇÕES TRANSMITIDAS PELA PREFEITURA

Quanto questionados sobre a transmissão de medidas administrativas e

ações a serem desenvolvidas pela prefeitura, 34% responderam que são informados

e 66% responderam que não são informados, como se vê no Gráfico 29.

29) VOCÊ É INFORMADO QUANTO A MEDIDAS ADMINISTRATIVAS E AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS PELA PREFEITURA

34%

66%

Sim

Não

Gráfico 29 – Informações Transmitidas pela Prefeitura Fonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Considerando que, geralmente, quando uma empresa informa suas medidas

administrativas e ações a serem tomadas aos trabalhadores, de uma forma ou outra,

também são beneficiados, é importante que eles conheçam o que representa cada

medida administrativa e ações a serem tomadas, pois, tendo este conhecimento, o

funcionário tende a se dedicar com maior veemência à realização de suas

90

Page 92: Tcc Jean e Jonas

atividades, a fim de que, por sua vez, a empresa alcance as metas e objetivos

traçados.

O que é muito na Prefeitura Municipal, pois apenas 34% dos funcionários

tem conhecimento das medidas e ações o que pode estar diretamente ligado ao

próximo item analisado.

7.30 VALORIZAÇÃO DENTRO DA EMPRESA

Sobre a valorização pessoal, 47% disseram que sentem-se valorizados e

53% não se sentem valorizados, conforme Gráfico 30.

30) VOCÊ SE SENTE VALORIZADO DENTRO DA PREFEITURA

47%

53%

Sim

Não

Gráfico 30 – Valorização dentro da PrefeituraFonte: Dados da Pesquisa realizada pelos autores (2010).

Mais da metade dos entrevistados mostraram-se não sentir-se valorizados

dentro da Prefeitura. Isto deve a falta, por parte do poder público municipal, de

políticas de valorização do funcionalismo, que tornaria o trabalho mais agradável e

mais valorizado.

De acordo com Chiavenato (2005), a remuneração não basta para incentivar

e valorizar o funcionário. É preciso incentivá-las continuamente a fazer o melhor

possível, a ultrapassar o desempenho atual e melhorar para ações futuras.

91

Page 93: Tcc Jean e Jonas

O mundo atual mudou. Mesmo configurando uma empresa de direito público,

a Prefeitura precisa desenvolver mecanismos capazes de motivar, incentivar e

valorizar as pessoas.

De posse dos dados relativos à análise das respostas coletadas pelo

questionário aplicado aos funcionários da Prefeitura Municipal de Santiago, parte

para uma análise mais detalhada dos dados, bem a proposta de ações que podem

ser desenvolvidas para qualificar a gestão de recursos humanos da administração

publica.

8 PROPOSTAS SUGERIDAS

92

Page 94: Tcc Jean e Jonas

8.1 PERFIL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS

Através dos dados coletados na pesquisa realizada com o funcionalismo

público municipal, é possível a construção de estratégias voltadas a melhorar a

qualidade do serviço prestado à população, em como o grau de satisfação do

funcionário.

Para isso, inicialmente, será definido o perfil do servidor público municipal,

através da análise das variáveis que compunham o instrumento de coleta de dados

(ANEXO 1). Estas variáveis dividem-se em qualitativas e quantitativas, e terão como

base o atributo com maior ocorrência na pesquisa.

Em relação ao perfil do funcionário público municipal, de acordo com os

dados contidos nos gráficos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 11, 12, 20, 21, 22, 23 e 24; este pode

ser tipificado como do sexo feminino, tem mais de 36 anos, branca, casada, tem de

um a dois filhos, reside em casa própria em famílias compostas por três ou quatro

pessoas, possui pelo menos um automóvel e um computador, não bebe, não fuma,

possui plano de saúde para família, não pratica atividades físicas, nas horas de lazer

se ocupa assistindo televisão e navegando na internet.

Este perfil mostra que os funcionários públicos municipais, seguindo uma

tendência crescente no país de valorização do serviço público, apresenta um bom

nível de qualidade de vida em relação ao seu convívio familiar comparado a média

brasileira.

Pessoas satisfeitas em suas famílias produzem mais. De acordo com

Robbins (1998), as pessoas ocupam-se de fazer o seu trabalho de formas

diferentes, variando com o grau de satisfação e motivação a que desempenham o

seu trabalho.

Como sugestão, em termos de qualidade de vida, seria de grande

importância por parte de a Prefeitura Municipal desenvolver programas que

incentivem os funcionários a praticarem atividades físicas rotineiras, divulgar a idéia

de que corpo saudável resulta numa mente saudável.

Como a maioria dos funcionários possui carro, propõe-se ações que façam

com que os funcionários dirijam-se ao serviço caminhando, torneios de final de

semana entre funcionários, o que proporciona ainda uma maior integração do

93

Page 95: Tcc Jean e Jonas

funcionalismo, além de diminuir os impactos com o absenteísmo causado por

problemas de saúde.

8.2 ESCOLARIDADE DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS

Os dados referentes à escolaridade do funcionário da Prefeitura Municipal de

Santiago foram colhidos através dos dados dos gráficos 8, 9, 10, 17, 18 e 19.

generalizando, os servidores são estudantes universitários ou já iniciaram um curso

superior, seus pais estudaram pouco e concluíram seus estudos no ensino regular.

Um dos principais objetivos das empresas hoje é qualificar seus

colaboradores. No caso do funcionalismo público, a pesar da exigência legal de

escolaridade para cumprimentos dos cargos públicos, seria relevante o incentivo ao

funcionário público em se qualificar.

Segundo Chiavenato (2005), o desenvolvimento rápido dos conhecimentos e

habilidades é o melhor antídoto contra o desemprego. O conhecimento é cada vez

mais um ponto de apoio para a sobrevivência dos indivíduos, e fundamental para as

empresas na modernização do seu capital humano.

Um plano de carreira para o funcionalismo público municipal seria um grande

fomentador do estudo entre os municipários, além da possibilidade da utilização da

rede municipal de ensino para alfabetizar e qualificar aqueles que queiram concluir

seus estudos básicos, sendo que, atualmente, a instrução não seja fator de

gratificação salarial.

8.3 RENDA DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS

Os dados relativos a renda estão contidos nos gráficos 13, 14,15 e 16. O

servidor público municipal de Santiago/RS tem uma renda familiar média de R$

1.620,00, renda esta formado pelo trabalho de duas pessoas, sustentam famílias

com três ou mais pessoas, e recebe de salário, em média, R$ 1.080,00. Em relação

à renda média do município, o servidor pode ser considerado bem pago. Porém, em

94

Page 96: Tcc Jean e Jonas

conversas formais com o Sindicato da categoria, se comparado com a média salarial

dos servidores municipais das cidades vizinhas, o salário é o mais baixo da região.

Uma revisão no plano de cargos e salários da Prefeitura Municipal seria a

melhor maneira de corrigir a remuneração dos funcionários da Prefeitura Municipal.

É preciso corrigir os valores básicos pagos atualmente, a fim de contextualizar os

vencimentos de Santiago com os municípios vizinhos.

8.4 CLIMA ORGANIZACIONAL DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTIAGO/RS

A análise do clima organizacional da Prefeitura Municipal foi extraída dos

resultados representados nos gráficos 25, 26, 27, 28, 29 e 30 da pesquisa realizada.

O funcionário público municipal está satisfeito com seu trabalho e se relaciona muito

bem com seus colegas. Tem um bom relacionamento com sua chefia imediata, o

que caracteriza a Prefeitura Municipal como um lugar bom para trabalhar.

Porém, existem algumas falhas de comunicação entre os setores e a

administração central do Prefeito, por exemplo. O servidor se diz desinformado das

medidas administrativas, só percebendo-as quando estas já estão em vigor, o que

ocasiona uma resistência a mudanças e desconforto no ambiente de trabalho, além

de não sentirem-se valorizados dentro da Prefeitura.

Um dos motivos é o número reduzido de reuniões que o funcionário participa.

Mesmo que estudos apontem que o excesso de reuniões prejudica a comunicação

da empresa, além de desconfigurar o real sentido da reunião, é preciso reuniões

periódicas afim de direcionar as ações de acordo como plano de gestão da

Prefeitura.

Uma medida a ser tomada seria a criação de um boletim, quinzenal, por

exemplo, que trouxessem em seu conteúdo relações pertinentes ao funcionalismo

público, como memorandos, instruções normativas, circulares, entre outros

comunicados oficiais, a fim de proporcionar uma melhor divulgação das ações da

administração pública.

9 CONCLUSÃO

95

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O ambiente organizacional sofre mutações constantes, a globalização

modificou a realidade dos negócios e das empresas e a competitividade acirrada dos

mercados entre as freqüentes variações econômicas, bem como a busca por um

diferencial competitivo perante a concorrência passa a ser o grande desafio para as

empresas por serem os objetivos a serem alcançados.

Os avanços tecnológicos se mostram cada vez mais rápidos e se tornam

fundamental para os gestores tomarem decisões e interagir com todos os

departamentos e unidades organizacionais.

Este contexto também passou a ser vivenciado, nas últimas décadas, pelas

organizações públicas, em especial as prefeituras, serviço público mais próximo da

sociedade e o mais cobrado dentro da federação.

Além dos serviços básicos pertinentes a figura do poder público, passou-se a

exigir deste responsabilidade gerencial e novos processos administrativos, baseados

em ferramentas de gestão que diminuam os custos e maximizem a eficácia do

serviço público.

Conseqüentemente, o fator decisivo para o sucesso deste processo passa a

ser definido pelo perfil dos profissionais que ocupam os cargos públicos. As

características sócio-econômicas e o clima organizacional são de grande valia no

momento em que se quer fazer com que as empresas públicas atinjam nos serviços

prestados a comunidade, os mesmos níveis da iniciativa privada.

Esta pesquisa proporciona ferramentas para que a Administração Municipal

consiga, analisando os dados coletados, identificar o perfil dos seus funcionários,

bem como estes se sentem no seu ambiente de trabalho.

O funcionalismo público municipal pode ser considerado uma boa carreira

para a população santiaguense, tendo em visto o serviço estável e o bom ambiente

de trabalho.

Apenas algumas melhorias em relação a um plano de cargos e salários

renovados e de acordo com a tendência nacional de valorização do serviço público

são necessárias para que os servidores tenham uma melhor condição de trabalho.

É preciso, além de tratar da composição salarial do funcionalismo,

preocupar-se com a baixa valorização do funcionário por parte da Prefeitura, através

de ações que valorizam o desempenho global do funcionário, o seu papel como ente

público, e não apenas o que produz e os relatórios que produz, seu volume de

trabalho ou seu bom comportamento.

96

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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ANEXO 1 – Questionário de Pesquisa Sócio-Econômica e de Clima Organizacional.

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTIAGO

PESQUISA SÓCIO-ECONÔMICA E DE CLIMA ORGANIZACIONALFICHA Nº.: ____________ SETOR: ________________________________________

1) SEXO:a. Masculinob. Feminino

2) QUAL A SUA IDADE:a. Menor de 18 anosb. 19 à 25 anosc. 26 à 35 anosd. Maior de 36 anos

3) SUA COR OU RAÇA:a. Brancab. Pretac. Pardad. Amarelae. Indígena

4) SEU ESTADO CIVIL:a. Solteiro(a)b. Casado(a)c. Viúvo(a)d. Separado judicialmentee. Outro

_____________________5) POSSUI FILHOS:

a. Nenhumb. Umc. Doisd. Trêse. Mais de três

6) EM RELAÇÃO À MORADIA:a. Reside em casa própriab. Não tem casa própria

7) QUANTAS PESSOAS RESIDEM NA SUA MORADIA

a. Umab. Duasc. Trêsd. Quatroe. Mais de quatro

8) QUAL O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DO SEU PAI:

a. Sem Escolaridade b. Ensino Fundamental

Incompleto c. Ensino Fundamental

Completo d. Ensino Médio Incompleto e. Ensino Médio Completof. Ensino Superior Incompletog. Ensino Superior Completoh. Mestrado ou Doutorado

9) QUAL O NÍVEL DE INSTRUÇÃO DA SUA MÃE:

a. Sem Escolaridade b. Ensino Fundamental

Incompleto c. Ensino Fundamental

Completo d. Ensino Médio Incompleto e. Ensino Médio Completof. Ensino Superior Incompletog. Ensino Superior Completoh. Mestrado ou Doutorado

10) QUAL O SEU NÍVEL DE INSTRUÇÃO:a. Sem Escolaridade b. Ensino Fundamental

Incompleto c. Ensino Fundamental

Completo d. Ensino Médio Incompleto e. Ensino Médio Completof. Ensino Superior Incompletog. Ensino Superior Completoh. Mestrado ou Doutorado

11) POSSUI CARRO:a. Nenhumb. Umc. Doisd. Mais de dois

12) POSSUI COMPUTADOR EM CASA:a. Nenhumb. Umc. Doisd. Mais de dois

13) RENDA MENSAL FAMILIAR:a. Até R$ 540,00b. De r$ 540,00 a r$ 1.080,00c. De R$ 1.080,00 a r$ 1.620,00d. De R$ 1.620,00 a r$ 2.160,00e. De R$ 2.160,00 a 2.700,00f. De R$ 2.700,00 a r$ 3.240,00g. Mais de R$ 3.240,00

14) QUANTAS PESSOAS CONTRIBUEM COM ESSA RENDA:

a. Umab. Duasc. Trêsd. Mais de três

15) QUANTAS PESSOAS SÃO SUSTENTADAS COM ESSA RENDA:

a. Umab. Duasc. Trêsd. Mais de três

16) COM RELAÇÃO A SUA RENDA MENSAL:

a. Recebo até R$ 540,00b. Recebo de R$ 540,00 a r$

1.080,00c. Recebo de R$ 1.080,00 a r$

1.620,00d. Recebo de R$ 1.620,00 a r$

2.160,00e. Recebo de R$ 2.160,00 a

2.700,00f. Recebo de R$ 2.700,00 a r$

3.240,00g. Recebo mais de R$ 3.240,00

17) CONCLUIU O ENSINO FUNDAMENTAL EM:

a. Curso Regularb. EJAc. Supletivo

18) CONCLUIU O ENSINO MÉDIO EM:a. Curso Regularb. EJAc. Supletivo

19) VOCÊ JÁ INICIOU ALGUM CURSO SUPERIOR

a. Sim, mas não concluib. Sim, em andamentoc. Sim, já sou formado

20) VOCÊ FUMA? a. Simb. Não

21) VOCÊ CONSOME BEBIDA ALCOÓLICA?

a. Simb. Não

22) VOCÊ POSSUI PLANO DE SAÚDE:a. Sim, individualb. Sim, familiarc. Não

23) VOCÊ PRATICA ALGUMA ATIVIDADE FÍSICA

a. Sim, uma vez na semanab. Sim, duas vezes na semanac. Sim, mais de duas vezes na

semanad. Não pratico atividade física

24) QUAL DAS ATIVIDADES MAIS OCUPA SEU TEMPO LIVRE:

a. TVb. Religiãoc. Teatrod. Cinemae. Músicaf. Bares e boatesg. Leiturah. Esportesi. Internet

25) QUAL SEU NÍVEL DE SATISFAÇÃO NO TRABALHO:

a. Muito baixob. Baixoe. Médiod. Altoe. Muito alto

26) QUAL SEU NÍVEL DE RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TRABALHO:

a. Muito ruimb. Ruime. Médiod. Bome. Muito bom

27) QUAL SEU NÍVEL DE RELACIONAMENTO COM SUA CHEFIA IMEDIATA:

a. Muito ruimb. Ruime. Médiod. Bome. Muito bom

28) VOCÊ PARTICIPA DE REUNIÕES PERIÓDICAS DENTRO DO SEU SETOR:

a. Sim, uma vez por semanab. Sim, mais de uma vez por

semanac. Sim, uma vez por mêsd. sim, quando aconteceme. Não participo de reuniões

29) VOCÊ É INFORMADO QUANTO À MEDIDAS ADMINISTRATIVAS E AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS PELA PREFEITURA:

a. Simb. Não

30) VOCÊ SENTE-SE VALORIZADO DENTRO DA PREFEITURA:

a. Sim

b. Não

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