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12 TRABALHOS DO CNANS Relatório final dos trabalhos arqueológicos de prospecção no âmbito da construção dos molhes do Porto de Recreio de Oeiras Pedro Caleja, Luís Filipe Castro, António de Sá, Miguel Aleluia Lisboa 2003 Foto: CNANS/Miguel Aleluia

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Relatório finaldos trabalhos arqueológicos de prospecção

no âmbito da construção dos molhesdo Porto de Recreio de Oeiras

Pedro Caleja, Luís Filipe Castro, António de Sá, Miguel Aleluia

Lisboa 2003

Foto: CNANS/Miguel Aleluia

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Relatório final dos trabalhos arqueológicos de prospecção no âmbito da construção dos molhes do Porto de Recreio de Oeiras.

Pedro Caleja, Luís Filipe Castro, António de Sá, Miguel Aleluia

Adaptação gráfica: Francisco Alves, a partir do modelo “Trabalhos do CIIPA”.

Execução gráfica e tratamento fotográfico de: Pedro Caleja.

Trabalhos do CNANS nº 12

Foto da capa: António de Sá a proceder ao levantamento de uma das bocas de fogo.

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Trabalhos do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, 12 Julho 2003

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Relatório final dos trabalhos arqueológicos de prospecção no âmbito da construção dos molhes do Porto de Recreio de Oeiras.

Pedro Caleja

Caracterização do sítio

O molhe de abrigo do Porto de Recreio de Oeiras tem um comprimento total de 502 metros, ficando este apto a receber cerca de 200 embarcações, estimando-se inicialmente em 2 anos o prazo de construção.

Este Molhe de Abrigo, para além da sua função de protecção a embarcações, protegerá de forma conveniente as restantes infra estruturas turísticas existentes no local.

Este Porto de Recreio faz parte integrante do Empreendimento Turístico da Praia da Torre, infra estrutura constituída pela Piscina Oceânica e pelo Passeio Marítimo, em fase de extensão até à Praia de Santo Amaro.

A consulta da Carta Arqueológica de Portugal Inventário Nacional do Património Náutico e Subaquático, do CNANS, regista a ocorrência de vários naufrágios na Barra de Lisboa, mas apenas uma referência respeitante à zona perto da Praia de Oeiras, a nau Santo Inácio de Loiola (CA nº 0173), varada nessa praia, após uma difícil viagem onde recolheu os sobreviventes da nau S. Gonçalo.

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Fig. 1 – Mapa da Península Ibérica com a localização de Oeiras.

Fig. 2 – Área de implementação do projecto (escala 1:25.000).

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Relatório dos trabalhos arqueológicos de prospecção no âmbito da recuperação das peças de artilharia em ferro.

Luís Filipe Castro, Pedro Caleja, Miguel Aleluia

A prospecção prévia ao início das obras foi adjudicada pela Câmara Municipal de Oeiras (CMO) ao Instituto Português de Arqueologia (IPA), tendo em atenção a necessidade de garantir a salvaguarda de qualquer vestígio do património cultural subaquático eventualmente existente na área da obra.

O contacto que permitiu a realização deste protocolo partiu da iniciativa do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, alertado para o facto de as obras de construção dos molhes se terem iniciado sem prévio conhecimento e por isso sem a devida prospecção, tanto mais que desde 1999 que este Centro tinha conhecimento da existência no local de duas bocas de fogo em ferro achadas fortuitamente e oficialmente declaradas.

A prospecção da área teve lugar entre os dias 3 e 12 de Julho de 2000, sendo depois contemplada a prospecção de todo o interior dos molhes em dois períodos, em Outubro de 2002 e em Abril/Maio de 2003.

O signatário foi destacado pelo CNANS como arqueólogo responsável. A fase de prospecção foi realizada por uma equipa técnica de arqueologia subaquática onde participaram alternadamente os técnicos Miguel Aleluia, Ricardo Rodrigo, João Pedro Vaz, Guilherme Garcia, Armando Sousa, assim como teve uma fase dirigida pelo arqueólogo Luís Filipe Castro que assegurou a coordenação operacional da missão durante a ausência do signatário por motivos profissionais.

A área a prospectar compreendeu a zona de implantação do molhe Leste, bem como de uma zona em torno dos dois primeiros canhões encontrados.

A metodologia aplicada foi a da prospecção visual com o auxílio de um detector de metais com base em itinerários em torno do núcleo de peças. Foram também abertas valas de sondagem, uma a partir da peça 03, na direcção NW, outra a 20 m leste do Ponto Zero, e uma outra a 11.80 m a sul do Ponto Zero, uma terceira a 15 m oeste do mesmo, tendo-se revelado por norma existir uma estratigrafia composta por uma camada de areia, seguida de pedras e calhaus rolados e por fim rocha-mãe. Na segunda vala de sondagem atingiu-se uma profundidade de cerca de 1 m sem que tenha sido atingida a rocha-mãe.

Após a conclusão da prospecção decidiu-se a remoção das peças de artilharia por forma a permitir a conclusão da construção do molhe Leste. A remoção foi de início bastante problemática porque as peças se encontravam fortemente concrecionadas junto com o afloramento rochoso. Procurou-se então partir as concreções utilizando um processo manual com auxílio de um martelo e escopro, mas a tarefa veio a revelar-se bastante morosa optando-se por isso por recorrer aos serviços de uma empresa profissional de mergulho que utilizou com sucesso um martelo pneumático, não sem antes ter tentado, e falhado, remover as concreções utilizando jacto de areia.

As peças foram removidas para um local situado no interior do porto de recreio até à fase de prospecção arqueológica dessa área.

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O levantamento das peças de artilharia permitiu encontrar um fragmento de boca de uma anforeta debaixo do canhão 02, assim como foram encontrados debaixo dos canhões 01, 02 e 04 placas finas de xisto, aparentemente fora do seu contexto geológico tendo em conta a formação rochosa da área.

Enquanto a equipa trabalhava no local, um pescador e bombeiro voluntário de Oeiras, o Sr. Carlos Pimentel, foi apresentado ao Dr. Filipe Castro, tendo então informado que teria por hábito mergulhar no local e que um pouco mais ao lado, no degrau formado pela interrupção de uma grande laje, teria encontrado vários objectos (na sua maioria material de pregadura) em liga de cobre (Anexo 2). Foram recolhidos outros testemunhos que davam conta da existência de estruturas em pedra imediatamente ao lado da zona de lajes, que teriam pertencido a um antigo Cais, e que se prolongavam até uma profundidade de 5 ou 6 m sensivelmente no sentido N/S. Foi ainda informado por um colaborador do CNANS e seu amigo, Carlos Martins, da existência de uma boca de fogo em ferro que no final da década de 80 ainda se encontrava junto à pousada da juventude do Forte de Catalazete, mas cujo paradeiro é actualmente desconhecido, sendo possível que fosse proveniente do mesmo núcleo agora encontrado.

Fichas de Missão da Escavação e Remoção de Emergência do Núcleo de Canhões junto às Piscinas Oceânicas de Oeiras.

Cronologia e descrição dos trabalhos efectuados

Data: 28 de Junho de 2000.

Local: Baía a oeste das Piscinas Oceânicas de Oeiras.

Equipa: Pedro Caleja, Miguel Aleluia, Guilherme Garcia e Mason Miller.

Objectivos :

1. Relocalização do local e prospecção com detector de metais em radial, a partir do núcleo de 2 canhões já conhecido desde Abril de 1999.

2. Realizar os desenhos e tirar as principais medidas dos canhões, fazer a triangulação entre eles e tirar o azimute, bem como fazer as medições com inclinómetro.

3. Fotografar as peças, tanto individualmente como em conjunto, assim como a panorâmica de terra e do estaleiro de construção do molhe de abrigo do porto de recreio de Oeiras.

4. Localização com GPS.

Intervenção: Quando os intervenientes chegaram ao local (a pequena baía a oeste, contígua das Piscinas Oceânicas de Oeiras), depararam com acções de terraplanagem e enchimento da mesma, que camiões carregados de pedra iam gradualmente efectuando.

Aproveitando a hora de almoço dos condutores dos camiões e uma subsequente melhoria da visibilidade da água, o signatário e Guilherme Garcia efectuaram a primeira fase de mergulho com vista à relocalização do sítio e ao cumprimento dos pontos 2 e 3 dos objectivos propostos.

No início do mergulho a equipa sentiu alguma dificuldade para encontrar os enfiamentos e por consequência o local, devido à interposição da embarcação de apoio no campo de

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visão. Depois de ultrapassado este inconveniente o signatário encontrou os enfiamentos e mergulhou acabando por “aterrar” em cima de uma concreção, parcialmente descoberta sob a areia, tendo constatado que se tratava de uma nova boca de fogo, que foi designada por canhão 03, e que se localizava a cerca de 2.5 metros do canhão 01.

O canhão 01 e 02 encontravam-se semi-descobertos, tendo a equipa limpo a areia em volta utilizando uma scooter.

Após a limpeza do local o signatário iniciou a fase de registo dos três canhões até aí conhecidos e Guilherme Garcia efectuou a fotografia individual e em conjunto das peças, de diversos ângulos. Após o que subiu à superfície, tendo a 2ª equipa, constituída por Miguel Aleluia e Mason Miller, passado a efectuar a prospecção em torno do núcleo de peças já conhecidas, servindo-se de um detector de metais subaquático. Foi amarrada uma bússola ao ponto zero da fita, que por sua vez era direccionada no sentido igual ao dos cascavéis dos canhões. Foram feitas radiais com um máximo de 8 metros de extensão, que levaram à detecção de uma anomalia que, após a remoção das areias com ajuda de uma scooter, viria a revelar ser uma nova boca de fogo, designada de 04.

À superfície Guilherme Garcia acabou as tarefas propostas no Ponto 4 e 5, tirando a localização por GPS: N 38º 40’ 627’’ W 009º 19’ 061 (WGS84).

Conclusões: A concentração do núcleo indicava uma possível situação de naufrágio, sendo por isso urgente a realização de sondagens e prospecções arqueológicas mais aturadas em radiais de 100 metros em torno do núcleo, devendo os custos de tal campanha, tal como previsto por lei, ser da responsabilidade da entidade promotora da obra.

Por último sugeriu-se a interrupção momentânea da operação de aterro, por a mesma ser prejudicial ao património arqueológico em questão.

Logística: Jeep UMM e embarcação Circe do CNANS, três garrafas de mergulho (200 bars) de 15 litros, quatro equipamentos pessoais de mergulho, um detector de metais subaquático, um aparelho de GPS, tudo do CNANS.

Data: 03 de Julho de 2000, 9. 30 h – 19.00 h

Local: Futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Miguel Aleluia; Guilherme Garcia; Armando Sousa.

Objectivos :

1. Levantamento do Canhão 02.

2. Sondagens com sugadora e prospecção com detector de metais em torno do núcleo de canhões.

Intervenção: Início da remoção das concreções em torno do canhão 02 utilizando escopro e martelo.

Armando Sousa abriu uma vala de sondagem com 2 metros de comprimento e 50 cm de fundo a partir da boca do 03 na direcção NW. Da estratigrafia do local faz parte uma primeira camada de areia, seguida de pedras e calhau rolado e por fim rocha mãe.

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Efectuaram-se ainda prospecções em redor dos restantes canhões com detector de metais e sugadora.

Conclusões: Não foram encontrados vestígios nas sondagens e na prospecção. Não foi possível a remoção de qualquer das peças em virtude de estarem profundamente concrecionadas com o fundo de rocha mãe.

Data: 04 de Julho de 2000, 9.30 h – 18.30 h

Local: da futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Miguel Aleluia; Guilherme Garcia; Mónica Belo.

Objectivos :

1. Remoção do canhão 02.

Intervenção: Continuação da operação de remoção do canhão 02, tendo-se encontrado um fragmento de boca de anforeta espanhola por debaixo da concreção e agarrada a ela.

Data: 05 de Julho de 2000, 9.00 h – 20.00 h

Local: da futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Jean Yves Blot; Miguel Aleluia; Guilherme Garcia; João Pedro Cardoso.

Objectivos :

1. Remoção do Canhão 02

Intervenção: Remoção do canhão 02 e depósito num local pré escolhido no interior dos molhes do Porto de Abrigo e sinalizado com uma bóia que posteriormente foi localizada por azimutes.

Início da operação de remoção do canhão 01.

Notas: João Pedro Cardoso não chegou a efectuar o mergulho previsto devido a uma avaria do motor do seu barco pneumático tardiamente resolvida.

Data: 06 de Julho de 2000, 9.00 h – 20.00 h

Local: da futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Jean Yves Blot; Miguel Aleluia; João Vaz; Luis Falcão

Objectivos :

1. Remoção do canhão 01.

Intervenção: Continuação da operação de remoção do canhão 01.

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Data: 07 de Julho de 2000

Local: da futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Miguel Aleluia; João Pedro Cardoso; João Vaz; Marta (apoio de superfície)

Objectivos :

1. Remoção do canhão 01.

2. Sondagens com sugadora e prospecção com detector de metais.

Intervenção: Remoção do canhão 01 e depósito num local pré escolhido no interior dos molhes do Porto de Abrigo, onde já se encontrava o canhão 02.

Miguel Aleluia efectuou sondagens com sugadora dez metros a Norte do Ponto Zero a uma profundidade de cerca de 75 cm. Apresentava uma estratigrafia de três camadas – areia, pedra rolada, rocha mãe.

Realizou-se também uma prospecção radial com detector de metais.

Data: 10 de Julho de 2000

Local: da futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Miguel Aleluia; Ricardo Rodrigo; João Alves; João Vaz;

Objectivos :

1. Sondagens com sugadora e prospecção com detector de metais.

Intervenção: Miguel Aleluia e Ricardo Rodrigo fizeram prospecção com detector de metais e sondagens com sugadora 20 metros a leste do Ponto Zero, tendo sido aberto uma cratera com cerca de 1 metro de fundo em areia, sem que se tenha atingido o leito de rocha mãe. Miguel Aleluia encontrou o canhão 05 ao dirigir-se para Oeste para iniciar a prospecção.

Data: 11 de Julho de 2000

Local: da futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Miguel Aleluia; Armando Sousa; João Alves; João Vaz

Objectivos :

1. Sondagens com sugadora.

2. Posicionamento topográfico do sítio arqueológico.

3. Intervenção de uma empresa profissional de mergulho para efectuar a remoção dos

Canhões 03, 04 e 05.

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Intervenção: Continuação das sondagens e apoio à equipa de mergulhadores profissionais. Armando Sousa fez sondagens a 11.80 metros a Sul (180º) do Ponto Zero, com uma estratigrafia de areia, calhau rolado entre afloramentos rochosos.

Miguel Aleluia realizou também sondagens 15 metros a W do Ponto Zero, tendo aberto uma cratera de 50 cm com a mesma estratigrafia já registada em anteriores sondagens.

O posicionamento topográfico do sítio foi tirado pelo Dr. Paulo Oliveira e Fernando, técnicos do IPA, com João Alves a segurar um ponto de teodolito na vertical do canhão 03 a cerca de 25 cm antes da boca (local da amarração).

Notas: O sistema utilizado pela equipa profissional de mergulho para libertar os canhões da rocha através de jacto de água veio revelar-se ser insuficiente.

Data: 12 de Julho de 2000

Local: da futura implementação do contra-molhe do Porto de Recreio de Oeiras

Equipa: Miguel Aleluia; Armando Sousa; João Vaz

Objectivos :

1. Remoção integral dos canhões 03, 04 e 05

2. Reportagem fotográfica do levantamento e transporte dos canhões para o local de depósito.

Intervenção: A equipa de mergulho profissional com a ajuda de um martelo pneumático soltou os canhões 03, 04 e 05, tendo sido removidos com ajuda de balões para o local de depósito previamente estabelecido e onde já estava o 01 e 02.

Miguel Aleluia fez a reportagem fotográfica da operação de remoção e transporte dos canhões.

As más condições de visibilidade condicionaram essa mesma reportagem.

Nota: Foram encontrados debaixo dos canhões 01, 02 e 04 placas de xisto fino, aparentemente fora de contexto dada a formação rochosa da área, do qual foram retiradas amostras depois transportadas para o CNANS.

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Fig. 3 – Planta em croqui e enfiamentos obtidos na missão de verificação do achado fortuito em 1999.

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Fig. 4 – Aspecto geral das obras de construção do molhe Leste já muito próximo do núcleo de bocas de fogo em ferro.

Fig. 5 – Aspecto geral das obras de construção do molhe Sul.

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Fig. 6 – Pormenor dos trabalhos de enrocamento junto ao molhe Leste.

Fig. 7 – Momento da descoberta da 3ª peça de artilharia no início do mergulho.

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Fig. 8 – Registo arqueográfico e fotográfico do canhão 01e 02.

Fig. 9 – Canhão 01.

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Fig. 10 – Canhão 02 visto a partir do cascavel.

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Fig. 11 – Canhão 03.

Fig. 12 – Canhão 04.

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Fig. 13 – Planta com representação da área de jazida das bocas de fogo e do local onde foram encontrados vários objectos em liga de cobre (colecção Paulo Pimentel).

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Relatório dos trabalhos arqueológicos de prospecção da área interior dos Molhes do Porto de Recreio de Oeiras.

Pedro Caleja, António de Sá, Miguel Aleluia

Esta últ ima fase teve lugar durante a primeira semana de Novembro de 2002 e em semanas alternadas em Abril e Maio de 2003, altura em que as condições de visibilidade no interior do porto melhoraram significativamente.

O trabalho nesta fase consistiu na remoção das cinco bocas de fogo em ferro para um segundo depósito provisório no exterior do molhe Leste a cerca de 5 mt de profundidade.

Para esta operação foram utilizados balões adequados ao levantamento de peças deste género, com uma capacidade de levantamento de 1500 kg. De seguida, as peças foram rebocadas pela embarcação deste Centro até ao novo local de depósito (38º 40’ 600’’ 009º 19’059) e aí alinhadas.

Concluída esta operação a equipa concentrou-se na realização da prospecção arqueológica subaquática.

O método de prospecção envolveu três elementos, um deles prestava apoio de superfície enquanto os restantes dois efectuavam a prospecção visual dos fundos, utilizando ao mesmo tempo um aparelho detector de metais subaquático. Através de duas poitas foi esticado num azimute previamente determinado um fio de Ariane com cerca de 120 metros. Ao atingir o fim do fio a equipa deslocava as poitas 10 metros, em ambas as extremidades, segundo o mesmo alinhamento. Foi ainda prospectada toda a área interior em volta das estruturas, já completas, dos dois molhes.

Na sua globalidade, a intervenção arqueológica não permitiu constatar na área intervencionada a presença de qualquer contexto arqueológico subaquático ou mesmo de objectos isolados.

Como medida preventiva, preconiza-se que os trabalhos de dragagens que aqui se vierem a realizar deverão ser alvo de acompanhamento arqueológico por parte de uma equipa devidamente habilitada pelo IPA.

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Fig. 14 – Preparação do equipamento pessoal.

Fig. 15 – A embarcação de apoio ficava fundeada no interior do Porto. Junto ao molhe procedia-se à carga e descarga do material diariamente necessário à missão.

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Fig. 16 – Foram usados balões insufláveis para levantar as peças. O enchimento era feito a partir da embarcação com o auxílio de garrafas de mergulho.

Fig. 17 – Lentamente e com segurança todas as peças de artilharia foram levantadas.

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Fig. 18 – Reboque das bocas de fogo para fora do Porto de Recreio de Oeiras.

Fig. 19 – Local escolhido, por fora do molhe Leste, para o depósito das peças.

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Fig. 20 – Acondicionamento das bocas de fogo lado a lado e travamento das mesmas

com blocos de pedra.

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Caracterização das peças de artilharia Pedro Caleja Registo

Os vestígios correspondiam a um núcleo in situ de 5 bocas de fogo em ferro.

O registo consistiu na recolha das principais medidas das peças e a sua posterior passagem à escala 1:10 em papel milimétrico. No terreno foi materializado um eixo nas peças recorrendo a uma fita métrica e tiradas as medidas com o auxílio de uma craveira.

Foi elaborado o registo fotográfico das peças, assim como foram tiradas as medidas directas entre os pontos. Estas medidas foram posteriormente tratadas no programa DSM (anexo 3) pelo Dr. Luís Filipe Castro.

Canhão n.º 01 – Declarado em 14 de Abril de 1999 pelos senhores Rodrigo Manuel Bacalhau Rocha de Araújo e Pedro Miguel da Silva Abrantes Duarte, a missão de verificação foi realizada no dia seguinte pelo signatário e Miguel Aleluia em conjunto com os dois achadores. A peça apresenta um comprimento de cerca de 223 cm (estas medidas não incluem o cascavel, que neste caso era de cerca de 18 cm), e encontra-se mediamente concrecionada, não sendo possível visualizar os bocéis do canhão. O calibre da peça é de cerca de 6,5 cm.

Canhão n.º 02 – Encontrado na missão de verificação, estava nessa altura praticamente coberto de sedimento. Por altura da segunda missão (em Junho de 2000) encontrava-se totalmente a descoberto, sendo a peça que se encontrava melhor preservada delineando-se ainda os anéis de reforço e a forma dos munhões o que nos levou a acreditar que estaria virada com a base para cima. Encontra-se a menos de 1 metro do canhão 01.

Canhão n.º 03 – Achado fortuitamente na segunda missão quando se procurava o núcleo original de 1999. Tinha cerca de 230 cm e encontrava-se bastante concrecionado, deixando no entanto antever um dos munhões e o cascavél. Encontrava-se a menos de 3 metros do canhão 01.

Canhão n.º 04 – Anomalia registada pelo detector de metais durante a segunda missão, revelou-se uma nova boca de fogo com cerca de 210 cm. A sua culatra estava a cerca de 3 metros da culatra do canhão 01 e a 2 metros da boca do canhão 02. O munhão estava virado na direcção da superfície. Canhão n.º 05 – Encontrada com o auxílio do detector de metais durante a prospecção do dia 10 de Julho de 2000. Tem cerca de 220 cm e era a peça mais afastada do núcleo estando a cerca de 11 metros do P0. Estratigrafia A estratigrafia presente, de um modo simplista, caracterizava-se por apresentar três camadas distintas; Camada 1: composta por sedimentos de cor amarela, de grão fino, com algum cascalho avulso;

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Camada 2: composta essencialmente por pedra rolada e cascalho numa camada de cerca de 20 cm. Camada 3: Rocha mãe Salvo numa das valas de sondagem abertas, que com cerca de 1 metro escavado ainda se encontrava na camada 1, todas as restantes atingiram rocha mãe aos 50 cm de escavação. Exceptuam-se desta última análise os canhões 01 e 03 assentes numa fina camada de areia de cerca de 20 cm.

Conclusões

Apesar destas peças de artilharia se mostrarem bastante concrecionadas, a análise das suas principais características, principalmente da forma do cascavel, leva-nos a acreditar que a data da sua fundição deverá situar-se na primeira metade do séc. XVIII. O fragmento de anforeta espanhola encontrado debaixo do canhão 02 não contribui para atestar este período cronológico, uma vez que a sua produção situa-se entre meados do séc. XVI e XIX. Este fragmento poderá inclusive não pertencer ao mesmo contexto de perda das peças de artilharia.

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Fig. 21 – Desenho das primeiras quatro peças encontradas.

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Fig. 22 – Planta geral da disposição das peças.

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Fig. 23 – Tratamento das medidas directas no programa DSM (antigo WEB).

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Anexo I (Relatório DSM)

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Anexo II (Colecção Paulo Pimentel)

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Fig. 24 – Pregos de secção quadrada com 12 mm de lado e cabeças de secção quadrada com 18 mm de lado com pontas em forma piramidal e de cunha. Liga de cobre.

Fig. 25 – Cabeça de prego de secção quadrada com 16 mm de lado. Cabeça de secção quadrada com 22 mm de lado e forma tronco-piramidal, com 6 mm de altura. Liga de cobre. 35 mm.

Fig. 26 – Fragmentos de pregos de secção quadrada com 10 a 12 mm de lado na secção anterior. Pontas em forma piramidal. Liga de cobre. 8 e 10 cm.

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Fig. 27 – Fragmentos de pregos de secção quadrada com 10 a 12 mm de lado na secção anterior. Pontas em forma de cunha. Liga de cobre. 3 a 10 cm.

Fig. 28 – Fragmentos de pregos de secção quadrada com 10 a 12mm de lado na secção anterior. Liga de cobre. 2 a 6 cm.

Fig. 29 – Fragmentos de pregos de secção circular com 10 a 12mm de lado na secção anterior. Pontas em forma de cone. Liga de cobre. 5 a 13 cm.

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Fig. 30 – Fragmento de cavilha de secção circular com 16 mm de diâmetro. Liga de cobre. 5 cm.

Fig. 31 – Pregos de secção quadrada com 10 mm de lado na secção anterior. Cabeças de 3.5 mm de espessura, circulares, com 25 mm de diâmetro. Pontas em forma piramidal. Liga de cobre. 55 e 56 mm.

Fig. 32 – Fragmentos de anilhas. Liga de cobre.

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Fig. 33 – Fragmento de forma cilíndrica com uma superfície aplanada. Função desconhecida. 38 mm.

Fig. 34 – Fragmentos não identificados. Liga de cobre.

Fig. 35 – Taxas de secção circular com 5 mm de diâmetro e cabeças de secção também circular, de forma tronco-cónica (2 mm de altura) e 9 mm de diâmetro. Pontas de secção quadrada (piramidal). Possivelmente taxas de calafate. Liga de cobre. 26 a 29 mm.

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Bibliografia BLACKMORE, H. L. – The Armouries of the Tower of London, 1976. CNANS; Carta Arqueológica de Portugal – Inventário Nacional do Património Náutico e Subaquático. Institute of Nautical Archaelogy – Guns at Sea, Vol. I & II.

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Créditos fotográficos

Foto Capa – Miguel Aleluia

Fotos 4 a 12 – Gui Garcia

Fotos 14 a 16, 18,19, 24-35 – Pedro Caleja

Fotos 17 e 20 – Miguel Aleluia

Digitalizações e tratamento de imagem – Pedro Caleja

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Documentação fotográfica de arquivo

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