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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Terapia Ocupacional Tatiane Pangone Villarino Thalita Raquel Bastos PROJETO DE IMPLANTAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIOS ADAPTADOS EM PVC NO CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DOM BOSCO DE LINS NO SETOR DE TERAPIA OCUPACIONAL LINS SP 2007

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Terapia Ocupacional

Tatiane Pangone Villarino Thalita Raquel Bastos

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIOS ADAPTADOS EM PVC NO CENTRO DE

REABILITAÇÃO FÍSICA DOM BOSCO DE LINS NO SETOR DE TERAPIA OCUPACIONAL

LINS SP 2007

TATIANE PANGONE VILLARINO THALITA RAQUEL BASTOS

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIOS ADAPTADOS EM PVC NO CENTRO DE

REABILITAÇÃO FÍSICA DOM BOSCO DE LINS NO SETOR DE TERAPIA OCUPACIONAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Terapia Ocupacional sob a orientação dos Professores M.Sc. Rosana Maria Silvestre Garcia de Oliveira e Esp. Jovira Maria Sarraceni

LINS-SP 2007

Tatiane Pangone Villarino

Thalita Raquel Bastos

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE

MOBILIÁRIOS ADAPTADOS EM PVC NO CENTRO DE

REABILITAÇÃO FÍSICA DOM BOSCO DE LINS NO SETOR DE

TERAPIA OCUPACIONAL

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Terapeuta Ocupacional.

Aprovada em: ___/___/___

Banca Examinadora:

Profª. Orientadora: Renata Ferraz Prado Telles Medeiros

Titulação: Mestre em Distúrbio da Comunicação Humana pela Universidade de

Marilia.

Assinatura:____________________

1° Prof. (a): _____________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________

2° Prof. (a): _____________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________

DEDICATÓRIA

* Aos meus Pais * Estou emocionada, nem sei como começar...

Devo a vocês, minha vida, minha educação, meus ideais, meus estudos, minha felicidade, enfim a pessoa que sou hoje. Agradeço por terem me ensinado o verdadeiro valor da vida, por ter iluminado meus caminhos com afeto e dedicação, pela renuncia de seus sonhos para que os meus pudessem ser realizados, por terem me ensinado a viver com respeito e dignidade.

Sintam-se vitoriosos, realizados e imensamente felizes, como estou agora, pois essa vitória é nossa!!!

Não há para mim um amor maior do que o que sinto por vocês, minha base, meu alicerce!! Amo Vocês... * De sua filha * Tatiane (Tái)

* Á Minha Irmã...Mariana * Você é personagem fundamental nesta história!!!Obrigada por estar sempre ao meu lado. Saiba que apesar de nossas discussões eu a amo, e você é muito importante em minha vida, sem você ela não teria graça. Estarei ao seu lado sempre!!!Quando sonhar em algo pense que o seu sonho será o meu e que sempre estarei torcendo por você!!! Te Amo...

* De sua irmã * Tatiane

* Ao meu namorado...André * Á você que sempre esteve ao meu lado disposto a me ouvir, me aconselhar,

agüentar meu estresse (rsrsrs). E ainda o mais importante me ajudou a superar a distância, que não nós abalou, só nós completou para dar gostinho de saudade!! Obrigada por tudo...e como você mesmo diz e eu sei... nada foi obrigado!!Eu te amo muito.... * De sua namorada * Tatiane * À amiga e parceira Thalita *

Que estranho ou sei lá, quem diria não!!Parceiras de monografia, companheiras de república e digo mais; melhores amigas!!Agradeço a Deus por ter colocado você em minha vida, pois com você aprendi muito, agradeço ainda por poder contar com você em todas as horas. Chegou a hora de partirmos, nossas vidas irão tomar destinos diferentes, mas as lembranças ficaram guardadas na memória. Não se esqueça AMIGAS-IRMÂS para sempre!!! Te amo Iga... * De sua parceira * Tati

* À amiga Letícia *

Sò tenho á agradecer estes 4 anos que passamos juntas, você foi muito essencial...conselhos, conversas, comidas, brigas, estudos, segredos, são tantas coisas né!!! Sem contar nossas viagens que ficaram pra história.

Lê amo-te muito, e não se esqueça AMIGAS-IRMÃS para sempre!!!Obrigada por tudo, conte sempre comigo.... * De sua amiga-irmã * Tati

* Às Igas...Jéssica, Carol Braga, Ná Carelli, Fá, Keli, Amandinha, Lari ,Cléo, Thá e Lê *

Amigas ou será segunda família?! Não sei nem explicar!! Só sei que tenho que agradecer vocês por cada sorriso, olhar, choro,conselho,conversa, desabafo, festas. Pois poderia falar das características de cada uma aqui, mas vocês sabem não iria caber e nem pode né!!(rsrsrs)

Ah Lari, não podia deixar de falar que estes meses que passamos mais perto foram muito especiais, aprendi à amá-lá mais e a brigar mais também né!!(rsrsrs) Igas só peço e desejo uma só coisa; que a distãncia não nós separe!!!Vocês são muito especiais e essenciais em minha vida!!! Agora rumo à nova etapa de nossas vidas.... Amo muito vocês!!! * De sua eterna amiga * Tati * Brenda, Bel e Pati *

No 1º ano pensionato e no 4º ano nós encontramos de novo na 13 de maio, nada é por acaso, né!!!Obrigada por tudo meninas, e vocês sabem em entre nós T.O e Fisio sempre será uma mistura mais que homogênea!!Valeu Meninas!!! * De sua amiga * Tati * As companheira de sala *

Agradeço a todas por participarem de maneira única nesta fase de minha vida, por todas conversas, provas, colas, trabalhos, risadas, desentendimentos.Mas enf im , chegamos ao nosso objetivo, todas juntas realizandos o sonho de ser Terapeutas Ocupacionais.Não esquecendo de nossa marca deixada,,à sala do Abaico Assinado..rsrsrss..Adoro voceis!! *Beijocas...Tati*

* Dedico este trabalho a todos aqueles que de uma forma ou outra ajudaram a construí-ló, aos meus familiares e amigos de Assis, e outros amigos que conheci durante estes 4 anos em Lins!!! Lins, porque esta palavra não poderia faltar aqui !!Sentirei Saudades!! * * Obrigada valeu por tudo...* Tatiane

DEDICATÓRIA

À Meus Pais... Agradeço por todo empenho, paciência, amor, dedicação, confiança, carinho, pelo cuidado, pela liberdade de escolhas, pelos conselhos e por acreditarem em minhas decisões, entenderem minhas necessidades, caminharem junto comigo, oferecerem-me um futuro, me assistirem sempre que preciso sem intervir em minhas vontades.. Sou muito grata à Deus, por tê-los em minha vida, sempre presentes, mesmo que distantes...Amo vocês Thati

Ao Meu irmão... Obrigada pelo apoio, mesmo sendo pouco ausente, sinto seu carinho e cuidado em minha vida! Amo você Thi... Thá

Às igas... Companheiras de casa e coração! Tati Durante este tempo em que estivemos juntas, aprendemos a lidar com as diferenças aceitar os defeitos e exaltar as qualidades, este trabalho é fruto de nosso companheirismo, cumplicidade e amizade...me alegro por todos nossas expectativas serem realizadas e pelo apoio que soubemos dar uma à outra durante todo tempo...o fim parecia estar tão longe, mas chegou! Monografia pronta, vestidos comprados e formatura quase paga..rss! Há alguns dias estaremos tomando nossos rumos, mas não deixaremos que a distância anule a amizade e a fidelidade construída nesses anos!

Lê Hellmans, desde quando começamos a dividir as coisas, aprendemos a somar uma à vida da outra...as noites em claro, rindo ou chorando, os desabafos antes do sono, tudo o que conquistamos enquanto estivemos próximas será sempre lembrado sem deixar que a distância e o tempo nos faça esquecer!

Carinho, atenção, respeito, paciência, sensibilidade, momentos maravilhosos e inesquecíveis, que tempo algum poderá apagar! Igas- irmãs...experiência única e

eterna...aprendizado para toda vida...longe dos olhos mas dentro do coração..sempre!!! Amo muito!

Thalita Mandinha Agradeço pelo ombro amigo, pelos sensatos conselhos, pela amizade fiel, pela companhia nas comilanças..haha e pelo carinho..Cada fase que vivi nesses anos tem a marca da sua amizade, que o final da facu marque o início de um belo momento em nossas vidas e espero futuramente partilhar de mais alegrias vividas, como sempre aconteceu...Amo! Thá

Keli Pelo companheirismo de sempre, por todo respeito e consideração...sinto saudades de nossas histórias, risadas e da eterna companheira zumzum! Lembro com carinho de cada momento que passamos juntas, dos estudos, dos almoços, das festas e dos passeios em volta do quarteirão pra fugir dos livros...agora você sabe...vou pra Barra...é só pegar estrada..Amo! Thá Fazinha Pela amizade, por minha tuturuga linda, pelas voltas de carro que fizeram o primeiro ano inesquecível...rs e pela consideração...te admiro! que nossa amizade seja sempre pra sempre! Thá

Lari,Ná, Jéssica, Carol e Cléo Companheira é companheira...pelas festanças, risadas, atenção, carinho, respeito, parcerias de sala e estágio, que nosso vínculo nunca se acabe, ficará lembranças de cada uma sempre em meu coração! Thalita

Às meninas da sala e sempre companheiras! Obrigada por toda colaboração e amizade...momentos sem igual que levarei pra sempre comigo!!! Thalita

À Mara Pelos sábios conselhos de prima, pelo cuidado de mãe e por toda assistência! Thati

À Rosana Giulia João e Francisco Agradeço todo acolhimento e carinho...Vocês moram em meu coração! Thati Ao Euler Por fazer parte desta fase importante em minha vida, pelo apoio e carinho! Thalita

À minha família...Avós, tias, tios e primas Agradeço por todo amor e carinho durante este período que estive distante...vocês foram fundamentais. Tia Bele De um jeito único e especial você esteve presente nesta fase de minha vida, terei você como exemplo sempre! AMO VOCÊS! Thati

À cada um que ajudou a construir minha história enquanto estive em Lins e ponto final..com saudades! THALITA

AGRADECIMENTOS

À Deus

Na justiça do Senhor não há empenho que não seja retornado em benef ício

Sabemos, que não teríamos capacidade de realizar todo o trabalho sozinhas, por isso agradecemos à Deus pela força e persistência para o término e pelo apoio durante toda realização.

Hoje, mais do que nunca, compreendemos a existência de uma força maior... Sabemos que essa força nos ajudou a seguir por este caminho que chegou ao fim. Sabemos também que será essa mesma força que nos fará seguir sempre em frente por qualquer caminho! À Deus, que trouxe ao mundo a lei do amor. Oferecemos nossas vidas e pedimos sua benção para a nova jornada que se inicia. Se vencermos, alguém esteve conosco. Se nada conseguirmos, Ele continuará junto a nós. Se persistirmos juntos, veremos realmente que, quem nos fez continuar, sorrirá para nós, mesmo que Dele, na felicidade, nós tenhamos esquecido.

Tatiane e Thalita

* Á nossa Orientadora Rosana *

Que não mediu esforços para nos ajudar, compartilhando conhecimentos que jamais serão esquecidos. Não poderíamos deixar de agradecer toda dedicação nos orientando como mãe, amiga e professora , levaremos por toda nossa vida. Sentiremos saudades!!!

Tati e Thá

* Grace *

Agradecemos o sua atenção para realizarmos este trabalho, pois mesmo distante não esteve ausente e sempre se dedicou para que os materiais chegassem á nossas mãos em tempo. Não esquecendo que sem a sua ajuda não teríamos concluído este estudo.Obrigada por tudo!!!

Tatiane e Thalita

* À Jovira *

Obrigada por toda paciência e compreensão, por todos seus conhecimentos que nos ajudaram a concluir este trabalho.

Tatiane e Thalita

* Professores e Supervisoras *

À vocês que se dedicaram a nos ensinar, devemos á vocês todos nossos conhecimentos. Obrigada pela paciência, atenção, conselhos e companheirismo.

Tati e Thá

* Aos Pacientes *

Por ensinarem a vermos a vida com outros olhos, a dar valor à pequenas coisas da vida. Sem vocês não teríamos nossa graduação completa, portanto saibam que a presença de vocês será lembrada por toda nossa vida profissional.

Tatiane e Thalita

* Aos Bibliotecários *

Pela disponibilidade, por todo auxílio durante os quatros anos e especialmente para a realização deste trabalho.

Tatiane e Thalita

*Ao Carneiro*

Acabou!!!Obrigada por toda paciência e dedicação desde sempre!!Valeu!! Tatiane e Thalita

* Aos funcionários Adriano, Laís, Lucas e Antônio *

Obrigada pela atenção e pelos serviços prestados sempre ajudando a quebrar os galhos.

Tatiane e Thalita

* À Marli * (Maliii)

Obrigada por toda sua ajuda, ficarão lembranças de todas nossas risadas, conversas, reclamações e comilanças. Valeu por tudo!!!

Tati e Thá

* Tia Mírian, Bigode e Everton *

Pelas Comilanças, conversas, atenção e carinho durante todos esses anos. Obrigada!

Tati e Thá

* Aos Funcionários de Manutenção da faculdade *

Por auxiliarem no término dos mobiliários, obrigada pela disponibilidade.

Tatiane e Thalita

* Lins - SP* ...It´s Over...estamos indo de volta pra casa!!!!Ficará Saudades!!!

RESUMO

O trabalho tem como propósito evidenciar as disfunções neuromotora, sendo mais comum a paralisia cerebral, definida como distúrbio de movimento e da manutenção postural causada por lesão cerebral podendo ocorrer no período intra, peri ou pós natal; o que limita e impede a ação de indivíduos variando seu grau de intensidade conforme a lesão; sendo assim a necessidade de manipulação desses indivíduos é constante, para que possam ser realizadas as atividades cotidianas e através da Terapia Ocupacional pode ser adaptado e facilitado oferecendo melhor qualidade de vida. Á partir dos estudos e da vivência prática das estagiárias foi desenvolvido estudo de caso do projeto de mobiliários adaptados em Policloreto de Vinila-PVC, realizado na Universidade Católica Dom Bosco, idealizado pela terapeuta ocupacional Grace Cláudia Gasparini, que apostou no PVC como material inovador proporcionando aos usuários dos mobiliários praticidade em suas atividades de vida diária. A Terapia Ocupacional através da tecnologia assistiva atua para facilitar e adaptar oferecendo independência intervindo na vida diária dos indivíduos com disfunção neuromotora, após o estudo de caso é proposto ao Centro de Reabilitação Física Dom Bosco o projeto de implantação para a confecção de mobiliários que deve ser acompanhado por especialização dos atuantes e materiais específicos para tal realização, considerando a simplicidade e funcionalidade do mobiliário de PVC, aliadas ao seu baixo custo, facilitando a vida dos familiares e/ou cuidadores da criança, por serem leves e de fácil higienização trazendo benefícios como manutenção de posturas, inibição de padrões anormais de movimento, promovendo uma adaptação automática da postura colaborando para a inserção social, atingindo o objetivo final da Terapia Ocupacional em atuação.

Palavras-chave: Disfunção Neuromotora. Terapia Ocupacional. Atividades de Vida Diária. Mobiliário adaptado em PVC.

ABSTRACT

The purpose of this study was show up the neuromotor dysfunction, being more ordinary the brain paralysis, which was defined as motion disorder and posture maintenance that was caused by brain lesion occurred in the uterus, outside of it or after labor; this limited and prohibit the people action varying your level s intensity as the lesion; so the necessity of people s manipulation is constant, in order to can be realize daily s activities and through the Occupational Therapy can be adapted and facility offering the best quality life. After the studies and practices trainee was developed a study of furnishing project PVC s adapted, studied in the DOM BOSCO CATHOLIC UNIVERSITY, that was planned by the Occupational Therapy Gasparin, G.C, who believed that PVC is newest material that provided to the people practice in your daily activities. The Occupational Therapy through the assisted technology which facility and adapted offering freedom intervene in the people quality life who have neuromotor dysfunction, after this study was proposed to the DOM BOSCO PHYSICAL REABILITY CENTER the introduction s project to make the furnishings that need to be accompanied by people s specialization and specific materials to this realization, considering the simple and functionality s furnishings of PVC, together of this has the lowest cost, facility of parents

life and/or care of the child, for be light and easiest to clean, gives to the child good posture maintenance, inhibit he abnormal standard motion, giving posture s automatic adaptation which collaborate to social inclusion, which is the aim of the Occupational Therapy.

Key-words: Neuromotor Incapacity, Occupation Therapy, Daily Activities, Furnishing adapted to PVC

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Quadro de Classificação do tônus quanto a qualidade......................22

Figura 2 : Monoplegia........................................................................................22

Figura 3: Hemiplegia..........................................................................................23

Figura 4: Diplegia...............................................................................................23

Figura 5: Triplegia..............................................................................................23

Figura 6: Quadripelgia.......................................................................................24

Figura 7: Predomínio da postura flexora com cabeça lateralizada....................25

Figura 8: Início do controle cervical...................................................................26

Figura 9: Controle cervical adequado................................................................26

Figura10: Alcance dos objetos...........................................................................26

Figura11: Sentado com as mãos para frente.....................................................27

Figura12: Engatinhar para frente e para trás.....................................................27

Figura13: Passos para o lado............................................................................27

Figura14: Abaixar e levantar..............................................................................27

Figura15: Habilidades motoras da criança de 15 e 18 meses...........................28

Figura16: Sistema piramidal..............................................................................29

Figura 16.1: Sistema extrapiramidal..................................................................30

Figura 17: Coluna vertebral...............................................................................33

Figura 18: Escoliose..........................................................................................34

Figura 19: Hipercifose........................................................................................34

Figura 20: Estabilizador.....................................................................................46

Figura 21: Cadeira para vaso sanitário..............................................................47

Figura 22: Andador............................................................................................47

Figura 23: Cadeira para banho..........................................................................48

Figura 24: Mesa regulável.................................................................................48

Figura 25: Banco rolo com bandeja acoplada...................................................49

Figura 26: Cadeira de 90º com bandeja acoplada.............................................49

Figura 27: Motoca para banho...........................................................................50

LISTA DE SIGLAS

AVD´s Atividades de Vida Diária

AVC´s Atividades da Vida Cotidiana

CRFDB Centro de Reabilitação Física Dom Bosco

PVC Policloreto de Vinila

RTCA Reflexo Tônico Cervical Assimétrico

RTCS Reflexo Tônico Cervical Simétrico

RTL Reflexo Tônico Labiríntico

SNC Sistema Nervoso Central

T.O. Terapia Ocupacional

UCDB Universidade Católica Dom Bosco

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................16

CAPÍTULO I

DISFUNÇÃO NEUROMOTORA: CONSIDERAÇÕES

PRELIMINARES

1 Conceituação ........................................................................................18

1.1 Tônus Muscular.......................................................................................20

1.1.1 Classificação do tônus............................................................................21

1.1.2 Características do desenvolvimento motor normal.................................25

1.2 Principais disfunções...............................................................................28

1.3 Deformidades decorrentes da má postura..............................................32

1.4 A importância da orientação quanto ao manuseio e manutenção de

posturas corretas ..............................................................................................35

1.5 Atividades ...............................................................................................36

1.5.1 Atividades Cotidianas .............................................................................39

1.5.2 A influência da disfunção neuromotora nas atividades cotidianas..........41

CAPÍTULO II A PESQUISA

2 Introdução .............................................................................................43

2.1 O trabalho realizado na UCDB de Campo Grande na Clínica Escola de

Terapia Ocupacional..........................................................................................44

2.1.1 Caracterização da Clínica.......................................................................44

2.1.2 Descrição dos procedimentos no trabalho realizado.............................45

2.3 Métodos e técnicas.................................................................................46

2.4 Depoimentos sobre o tratamento realizado na UCDB de Campo Grande

na Clínica Escola de Terapia Ocupacional........................................................50

2.4.1 Palavra dos pais e/ou responsáveis........................................................50

2.5 A opnião dos profissionais...........................................................................53

2.5.1 Fisioterapeuta...........................................................................................53

2.5.2 Terapeutas Ocupacionais.........................................................................54

2.6 Conclusões sobre a pesquisa......................................................................56

CAPÍTULO III

O PROJETO DE IMPLANTAÇÃO PARA PRODUÇÃO DE

MOBILIÁRIOS ADAPTADOS EM PVC NO CENTRO DE REABILITAÇÃO

FÍSICA DOM BOSCO DE LINS NO SETOR DE TERAPIA OCUPACIONAL

3 Introdução.............................................................................................58

3.1 Caracterização do Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de Lins..58

3.2 Projeto.....................................................................................................59

3.2.1 Objetivos.................................................................................................59

3.2.2 Fases de implantação.............................................................................60

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.....................................................................62

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................63

REFERÊNCIAS.................................................................................................64

APÊNDICES......................................................................................................66

INTRODUÇÃO

As disfunções neuromotora atingem pessoas de todas as idades,

inclusive crianças, as conseqüências das lesões cerebrais são permanentes e

se definem com o decorrer da vida das pessoas afetadas, implicando num

desenvolvimento neuropsicomotor prejudicado pela falta de experiências

motoras e sensoriais experimentadas pelas pessoas normais, necessitando

assim de suporte para suas ações no meio em que vivem, em todos os

aspectos da vida cotidiana, dentro desses aspectos estão as atividades de vida

diária evidenciadas pela Terapia Ocupacional, que utiliza de recursos

tecnológicos modernos para colaborar na ação dos portadores de disfunção

neuromotora que geralmente dependem de equipamentos específicos que hoje

no mercado tem um alto custo, normalmente são feitos a partir de material

importado, o que traz um custo muitas vezes inacessível para a população

prejudicada pelos distúrbios motores, ao mesmo tempo são imprescindíveis

para o cotidiano das pessoas por favorecerem a manutenção postural, permitir

a realização de movimentos e facilitar as atividades cotidianas. A dificuldade

em encontrar equipamentos adaptados de baixo custo para essa finalidade

motivou o estudo e a pesquisa acerca de um material que pudesse atender á

demandas de uma clientela carente desses recursos. Assim a professora de

Terapia Ocupacional da Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande

Grace Cláudia Gasparini, decidiu apostar na criatividade para tornar esse tipo

de tratamento acessível para pessoas portadoras de disfunções neuromotora.

Levando em conta fatores essenciais como o design, a leveza, a higiene, a

flexibilidade e a durabilidade, criando assim os mobiliários adaptadas de PVC,

trazendo uma solução barata e funcional para essas pessoas.

Assim, após um período de observação e verificação de possibilidades,

levantou-se a hipótese de realizar o Projeto de Implantação para produção de

Mobiliários Adaptados em PVC, no setor de Terapia Ocupacional no Centro de

Reabilitação Física Dom Bosco de Lins, como objetivo de beneficiar a

realização das atividades cotidianas (AVD`s) das crianças com disfunção

neuromotora que freqüentam o Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de

Lins.

O trabalho está dividido em três capítulos, sendo:

Capítulo I Disfunção Neuromotora: Considerações Preliminares

Capítulo II A Pesquisa

Capítulo III

O Projeto de implantação para a produção de mobiliários

adaptados em PVC no Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de Lins no

setor de Terapia Ocupacional.

Finalizando com a proposta de intervenção e considerações finais.

CAPÍTULO I

DISFUNÇÃO NEUROMOTORA: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

1 CONCEITUAÇÃO

A disfunção neuromotora vai ocorrer quando uma maturação inadequada do sistema nervoso central se dá devido uma lesão permanente e não progressiva do cérebro imaturo, acarretando uma desordem do movimento e da postura permanente, mas não imutável. A lesão faz com que ocorra alteração no tônus postural, progredindo para instalações e persistência de reflexos patológicos. Assim, os padrões motores da criança com disfunção neuromotora serão conseqüência da interação de todos os reflexos tônicos anormais. Conseqüentemente, o desenvolvimento motor estará relacionado com a localização e extensão da lesão, resultando em vários tipos de disfunção neuromotora, assim como sua evolução, prognóstico e tratamento. Esta, freqüentemente associada à alteração na fala, visão e audição, com distúrbios perceptivos, algum grau de retardo mental e ainda epilepsia. (BOBATH, 1992, p.15).

Disfunção Neuromotora é um distúrbio neurosensoriopsicomotor

conseqüente a uma lesão no Sistema Nervoso Central-SNC, onde a

capacidade de manutenção do tônus é alterada que embora permanente, não é

progressiva, afeta o cérebro imaturo e interfere na maturação do SNC com

conseqüências específicas em termos de disfunção neuromotora

desenvolvendo distúrbios associados como déficits de fala, visão, audição e

percepção.

De acordo com a localização das lesões e as áreas do cérebro afetadas,

as manifestações podem ser diferentes comprometendo a capacidade de

manter posturas e realizar movimentos normais, dificultando ou limitando as

ações do indivíduo, embora a lesão não ser progressiva, os sinais clínicos são

modificados com o tempo, e os padrões anormais aparecem conforme a

maturação do SNC. A limitação causada pela lesão irá interferir no controle

motor: capacidade de regular ou orientar os mecanismos essenciais para o

movimento; no funcionamento ocupacional e se não houver uma intervenção

resultará em contraturas e deformidades advindas do posicionamento incorreto,

o que consequentemente prejudicará na realização das atividades da vida

diária (AVD s). O controle motor envolve o SNC na organização das

articulações e músculos em movimentos funcionais coordenados, capacidade

da manutenção de tônus que surge da interação entre processos múltiplos,

incluindo os associados à percepção, à cognição e à ação.

A percepção é a integração de impressões sensoriais e informações

significativas, os sistemas sensorialmente perceptivos fornecem informações

sobre o estado do corpo e as características ambientais, que são críticas para

a regulação do movimento.

Percepção, para os seres humanos, é a capacidade de associar as informações a sensoriais à memória e a cognição de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e orientar o nosso comportamento. (LENT apud YAZAMA; HERNANDES, 2003,p.36)

A cognição é o processo mental que engloba desde pensamento à

compreensão e a ação que é o realizar, fazer executar o movimento.

Segundo Bobath (1992), o sistema nervoso central da criança com

disfunção neuromotora tem menos aptidão para lidar com o fluxo aferente.

Desta forma, através de manuseios para inibição dos padrões anormais de

movimento e postura, consegue-se intervir nesta aferência deficiente enviando

informações corretas ao cérebro, sendo este capaz de uma eferência mais

próxima do normal.

As várias formas de disfunções neuromotoras manifestadas segundo

Miller; Clark (2002), são classificadas de acordo com o tipo e localização da

anomalia motora, podem ser divididas em:

a) espásticas;

Onde os sinais incluem a hipertonia, hiper-reflexia, hiper sensibilidade,

clônus: tipo de espasticidade, caracterizado por contrações repetitivas nos

músculos antagonistas em resposta a um rápido estiramento; presença do

reflexo de Moro, Reflexo Tonico Cervical Assimétrico - RTCA, Reflexo Tonico

Cervical Simétrico - RTCS e Reflexo Tonico Labiríntico - RTL, amplitude de

movimento diminuída globalmente, espasticidade dos agonistas e antagonistas,

simultaneamente;

a) discinéticas;

Se caracterizam pelos movimentos involuntários da atetose, coréica e

distônica; a atetose é muito rara, os movimentos são lentos, suaves e

contorcidos, o tônus varia de hipo para normal e há uma interferência de

reflexos tônicos; na coréica o tônus tem uma variação de hipo à normal e de

hipo à hiper, os movimentos involuntários são mais proximais, há uma grande

amplitude no movimento sem graduação, a movimentação dos membros é

ampla e brusca sem uma fixação e a distônica o tônus tem uma variação de

hipo à hiper, apresenta excessiva flexão ou extensão, forte assimetria postural,

reflexos RTCA, RTCS e RTL com forte presença, flutuação extrema de tônus;

b) atáxicas;

Indica uma incoordenação de origem cerebelar ou sensorial, o tônus

geralmente é hipo com flutuações para o normal, apresenta uma dismetria e

ausência de fixação e controle postural;

c) mistas;

Caracterizada pela combinação de dois dos tipos, mais freqüentemente

o espástico e o coreoatetóide.

1.1 Tônus muscular

"Tônus é o estado de tensão constante do músculo que para ser normal,

precisa ser alto suficiente para manter uma postura contra a gravidade, mas ao

mesmo tempo baixo o suficiente para permitir o movimento (BOBATH, 1992,

p.42)

Um tipo de tônus está presente em uma pessoa normal consciente e

relaxada. Ele permite o funcionamento do músculo quando suas propriedades

estão integradas ao SNC, permitindo capacidade de utilização dos músculos de

forma seletiva, de movimento contra resistência e contra gravidade, equilíbrio

entre músculos agonistas e antagonistas, estabilidade para mobilidade e

controle motor no posicionamento.

Segundo Preston (apud OLIVEIRA, 2005) tônus é um estado contínuo

de contração leve, ou um estado de prontidão do músculo. É dependente da

integridade dos mecanismos do SNC e periférico e das propriedades do

músculo.

O Tônus normal consiste na função do córtex motor, gânglios de base,

cerebelo; que segundo Guyton (1998) essas estruturas são responsáveis pelas

atividades motoras mais complexas; e também na função de mesencéfalo,

sistema vestibular, funções da medula espinhal, sistema neuromuscular e

funcionamento normal do reflexo de estiramento.

Para indivíduos com tônus alterado, é necessário fornecer ao cérebro

informações para que o mesmo perceba e integre as sensações e experiências

mais adequadas para a normalização do tônus que permitirá ao indivíduo

realizar as Atividades de Vida Diária, que possibilitará aumento da amplitude de

movimento, diminuição das fixações, desenvolvimento das reações de

equilíbrio, que por sua vez manterão o equilíbrio muscular, as informações dos

sistemas visual e vestibular influenciam no tônus, as informações vestibulares

ativadas por uma alteração na orientação cefálica modificam a distribuição do

tônus postural no pescoço e nos membros denominado reflexo vestíbulo-colico

e vestíbulo-espinal.

Um corpo integrado com o SNC apresenta tipos de tônus, para cada

situação, sendo eles:

a) tônus de base: apresentado quando se está em repouso;

b) tônus postural: ação dos músculos na manutenção das posturas;

c) tônus de movimento: apresentado durante a movimentação.

1.1.1 Classificação do tônus

Na classificação, o tônus se divide quanto a qualidade e quanto a

distribuição.

Segundo Bobath (1992) a qualidade se divide em:

a) espástico: aumento da tensão muscular, podendo ser leve,

moderado ou grave;

leve: suave desequilíbrio entre agonista e antagonista, pode exibir

discreta diminuição da mobilidade e capacidade de realizar

movimentos finos e seletivos;

HIPER

A

N

HIPO

B C D E F

moderado: acentuado desequilíbrio do tônus entre agonista e

antagonista, pode exibir movimentos grosseiros lentos que exigem

esforço aumentado e mostram coordenação diminuída;

grave: grave desequilíbrio de tônus entre agonista e antagonista,

movimento ativo muito diminuído ou ausente, pode exibir contraturas

articulares.

b) atetose: tônus flutuante de hipo para normal, principalmente nas

extremidades;

c) distônico: tônus de hipo para hiper;

d) coréico: flutuante de hipo para normal e de hipo para hiper.

e) atáxico: frequentemente hipo, porém com flutuação de hipo para

normal.

f) flácido: tônus muito baixo, freqüentemente não chega ao normal.

Fonte: Apostila de Terapia Ocupacional aplicada à neurologia 2006

Figura1: Classificação do tônus quanto a qualidade

Quanto a distribuição:

a) monoplegia: um membro alterado

Fonte:elaborado pelas autoras

Figura 2: Monoplegia

b) hemiplegia: alteração de um hemi corpo

Fonte:elaborado pelas autoras

Figura 3: Hemiplegia

c) diplegia: alterações de dois membros simétricos

Fonte: elaborado pelas autoras

Figura 4: Diplegia

d) triplegia: alterações em três membros

Fonte: elaborado pelas autoras

Figura 5: Triplegia

e) quadriplegia: alterações de quatro membros

Fonte: elaborado pelas autoras

Figura 6: Quadriplegia

Para Miller; Clark (2002) quando o tônus muscular se encontra anormal

ele é definido por flacidez, hipotonia, espasticidade e rigidez.

As características apresentadas pelo tônus são:

a) flacidez: há uma ausência de tônus e os reflexos tendíneos como

bicipital, patelar e aquileo estão ausentes, os músculos não oferecem

resistência ao movimento incapazes de resistir a gravidade;

b) hipotonia: o tônus é diminuído e os reflexos tendíneos estão

reduzidos ou ausentes;

c) hipertonia: há um aumento do tônus tendo uma dificuldade para

iniciar o movimento com rapidez;

d) espasticidade: os movimentos involuntários exagerados são

resultados da hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento;

e) rigidez: é caracterizada por um aumento simultâneo do tônus dos

músculos agonistas: músculo primário responsável por determinado

movimento e antagonistas: músculo que resiste a ação do motor

primário que se contraem estavelmente resistindo a movimentação

passiva.

O SNC deve organizar as informações dos receptores sensoriais de todo

o corpo, antes que possa determinar a posição do corpo no espaço

normalmente, as informações periféricas do sistema visual e somatossensitivo:

proprioceptivo cutâneo e receptores articulares e vestibular estão disponíveis

para detectar o movimento e a posição do corpo no espaço em referência as

superfícies de apoio e em relação a gravidade e ao ambiente, as informações

específicas sobre a posição e movimento do corpo oferece ao SNC uma

referência do controle postural, que se refere ao uso correto de ajustes para a

manutenção do equilíbrio durante movimentos funcionais.

O cérebro recebendo sensações normais e adequadas permite ao

indivíduo acompanhar a escala do desenvolvimento motor, possibilitando

habilitação e/ou reabilitação das funções, organizadas, o cérebro poderá

integrar-se com mais facilidade ás sensações motoras possibilitando maior

controle e manutenção de posturas e movimentos.

O desenvolvimento motor é um processo contínuo e progressivo de

mudanças na capacidade funcional, relacionado à idade, pelo qual o

comportamento motor se modifica, permitindo aquisições motoras essenciais

para a realização de funções especificas.

1.1.2 Características do desenvolvimento motor normal

De 0 a 3 meses, o recém-nascido tem predomínio do padrão flexor de

membros superiores e inferiores, apresenta assimetria através do RTCA, inicia

o controle cervical, com graduada extensão contra a gravidade.

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.37

Figura 7: Predomínio da postura flexora com a cabeça

lateralizada

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.39

Figura 8: Início do controle cervical

De 3 a 6 meses, o recém-nascido já apresenta maior controle cervical

em todas posições, há um aumento da extensão de tronco, transferência e

tomada de peso entre os membros superiores e inferiores, estabiliza um

segmento e mobiliza o outro e já apresenta uma simetria;

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.40

Figura 9: Controle cervical adequado

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.41

Figura 10:Alcance dos objetos

De 6 a 9 meses, apresenta habilidade em manter-se e mover-se em

várias posturas, facilitando o desenvolvimento dos movimentos de transição;

tem habilidade de manter-se sentado, com liberdade para mudança de posição,

capacidade de alcançar, agarrar e manipular objetos;

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.42.

Figura 11:Sentado com as mãos para frente

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.43.

Figura 12:Engatinhar para frente e para trás

De 9 a 18 meses, já apresenta habilidade em ficar em pé, andar ao

redor de móveis, descer e iniciar marcha independente.

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.43.

Figura 13:Passos para o lado

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.44

Figura 14:Abaixar e levantar

Fonte: Rodrigues; Miranda, 2001, p.45

Figura 15:Habilidades motoras da criança de 15 e 18 meses

Para o reconhecimento precoce e para interpretação correta de sintomas discretos presentes numa criança ligeiramente retardada, é necessário uma experiência muito especial que só pode ganhar com o próprio lactente e não com a literatura, ainda mesmo que particularizada. (FLEHMING, 2000)

1.2 Principais disfunções

As principais disfunções neuromotora se apresentam nas vias

piramidais, onde consistem em um único trato, originado no encéfalo, que se

divide em dois tratos separados na medula espinhal: o trato corticoespinhal

lateral e o trato corticoespinhal anterior, é uma grande coleção de axônios que

viajam entre o córtex cerebral do cérebro e a medula espinhal; o trato

corticoespinhal é composto principalmente de axônios motores, constituindo o

componente voluntário da motricidade; e no sistema extrapiramidal que é uma

rede neural localizada no cérebro humano que faz parte do sistema motor

envolvido na coordenação dos movimentos, responsáveis pela manutenção da

postura e do tônus muscular. O sistema é chamado de extrapiramidal para

diferenciá-lo dos tratos do córtex motor que atingem seus destinos passando

através das pirâmides da medula.

Fonte: MACHADO, 2006, p.313

Figura 16: Sistema Piramidal

Fonte: MACHADO,2006, p. 315

Figura 16.1: Sistema Extrapiramidal

As incapacidades motora resultante das lesões cerebrais no sistema

piramidal ou extra-piramidal pode ocorrer no período pré-peri ou pós-natal, sua

classificação espástica, discinética, atáxica dependerá da área atingida dos

sinais clínicos caracterizados por ações motoras, mecanismos posturais

anormais e tipo de tônus.

Entre as disfunções advindas de lesão cerebral a mais comum é a

Paralisia Cerebral, definida por Bax (1964), como uma desordem do movimento

e da postura devida a um defeito ou lesão do cérebro imaturo. Esta lesão

cerebral não é progressiva e provoca debilitação variável na coordenação da

ação muscular, com resultante incapacidade da criança em manter posturas e

realizar movimentos normais. É uma deficiência motora central e está

freqüentemente associada a problemas da fala, visão e audição, com vários

tipos de distúrbios da percepção, e certo grau de retardo mental e/ou epilepsia.

As paralisias cerebrais, embora caracterizadas por sua disfunção motora, são quase sempre acompanhadas por outros distúrbios da função cerebral...destacam-se anomalias cognitivas, visuais auditivas, lingüísticas, sensitivas corticais, de atenção, vigilância e comportamento. (MILLER; CLARK, 2002, p.7)

São divididas conforme os sinais clínicos apresentados, as

anormalidades são evidentes no tônus, na postura com persistência, ausência

e/ou exacerbação dos reflexos primitivos e reações.

As reações:

a) reação de Endireitamento: estímulo que segue pelos labirintos e

receptores táteis no tronco, pescoço e ouvidos para manter a parte

superior do corpo ereta, e também manter a cabeça e o tronco em

sua relação adequada;

b) reações de Equilíbrio: reação ocorrida quando o corpo se adapta e a

postura é mantida; também quando há mudança na superfície de

apoio; qualquer dos vários reflexos que permite que o corpo recupere

o equilíbrio;

c) reflexo é uma reação corporal automática ao estímulo, como o

Reflexo de Moro, Reflexo Tônico Cervical Assimétrico, Reflexo

Tônico Cervical Simétrico e o Reflexo Tônico Labiríntico,

comportamentos reflexos ou respondentes são interações estímulo

resposta - ambiente-sujeito - incondicionadas;

d) reflexo de Moro: consiste em um movimento de caráter global que

numa primeira fase os quatro membros entram em extensão e

abdução e na segunda fase, seguem em flexão e adução;

e) reflexo Tonico Cervical Assimétrico

RTCA: quando a cabeça é

girada para um lado, as extremidades do lado da face se estendem e

as do lado occipital se fletem, verificada em prono e supino, evidente

no recém-nascido entre 2 e 4 meses;

f) reflexo Tonico Cervical Simétrico

RTCS: quando a cabeça é fletida,

há um aumento do tônus flexor dos membros superiores que se

fletem, e um aumento do tônus extensor dos membros inferiores que

se estendem;

g) reflexo Tônico Labiríntico

RTL: em supino, há uma extensão tônica

completa de todo corpo, cabeça e ombros ficam em retração, tronco

rigidamente estendido e membros inferiores aduzidos e rodados

internamente.

Em prono há uma forte hipertonia flexora, cabeça, ombro e coluna flexionados,

membros superiores aduzidos debaixo do corpo, quadril e membros inferiores

fletidos, ás vezes abduzidos, podendo permanecer em extensão e adução.

1.3 Deformidades decorrentes da má postura

Dentro do sistema neuromuscular, está a capacidade da coordenação

de vários músculos em sinergias posturais, sendo essencial para a

conservação de estabilidade, quando há lesão no SNC, padrões posturais

normais estão prejudicados e a ação muscular inadequada, tornando-se

padrões fixos esteriotipados de movimento, exibindo uma perda de flexibilidade

e de adaptabilidade o que promove um desequilíbrio, surgindo movimentos e

posturas atípicas que levam a fixações e impedem a entrada de reações

automáticas, isso leva a deformidades que são adaptações às exigências do

meio e com a permanência desses padrões motores patológicos, perde-se a

variabilidade da atividade motora, gerando uma base pobre de movimento.

Indivíduos com disfunções neuromotora mostram uma amplitude de movimento

restrita em muitas articulações, incluindo tornozelos, joelhos e quadril,

resultando em posturas atípicas. A perda de flexibilidade e da amplitude de

movimento pode limitar as maneiras pelas quais se obtém o controle postural.

Deformidade é a posição anormal de uma articulação... deformidade

pode ser móvel [...] pode ter se tornado fixa ou uma contratura, quando ocorre

encurtamento adaptativo dos tecidos moles ou alterações ósseas. (LEVITT,

2001, p.23)

As deformidades podem se desenvolver se os músculos são mantidos

em posição de encurtamento, muitas vezes desencadeadas por reflexos de

estiramento exacerbados e contrações musculares inadequadas.

A ação muscular e a ação da gravidade aplicam forças aos ossos que

podem levar a desalinhamentos e torções indesejáveis se condições

patológicas estiverem presentes.

A coluna vertebral é formada por várias vértebras ligadas por

articulações que são os discos intervertebrais.

Fonte: Wikipédia

Figura 17: Coluna Vertebral

Esses discos são constituídos de material fibroso e gelatinoso que

desempenham a função de amortecedores e dão mobilidade para nos

locomover, servindo ainda de apoio para outras partes do esqueleto, podendo

ela ser atingida por graves deformidades, que vão interferiir diretamente na

postura e habilidades motoras, as principais alterações são:

a) escoliose: desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, no

plano frontal acompanhado de uma rotação, que prejudica o sentar, o

uso das mãos, provoca dor e facilita a luxação do quadril;

Fonte: Wikipédia

Figura 18: Escoliose

b) hipercifose, que é aumento da curvatura da região dorsal, ou seja, é

o aumento da convexidade posterior no plano sagital, podendo ser

flexívelou irredutível;

Fonte:Wikipédia

Figura 19:Hipercifose

O aumento da curvatura cifótica promove alterações anatômicas

ocasionando o dorso curvo, encurtamento vertebral e pode ocorrer déficit

respiratório, por reduzir a capacidade de sustentação da coluna vertebral e

também a diminuição da expansibilidade torácica, limita o uso dos membros

superiores e o horizonte do indivíduo, prejudicando a marcha. A protração dos

ombros associada a fraqueza do tronco e ao encurtamento dos flexores do

joelho são principais fatores determinantes do aumento da cifose torácica:

definida como um aumento anormal da concavidade anterior da coluna

vertebral, no indivíduo com disfunção neuromotora, que resulta em uma

postura inadequada e limitante dos movimentos funcionais e posturais.

1.4 A importância da orientação quanto ao manuseio e manutenção de

posturas corretas

Segundo Miller; Clark (2002) o desenvolvimento de postura e movimento

normais de em uma criança requer a integração e inibição de reflexos

primitivos do tronco cerebral.

O estado de equilíbrio dos músculos e do esqueleto humano resulta em

uma postura que protege as estruturas de suporte do corpo contra lesão ou

deformidade progressiva, independentemente da atitude-ereta, deitada,

agachada e encurvada - estando essas estruturas trabalhando ou repousando.

Sob tais condições os músculos funcionam mais eficientemente e posições

ideais são proporcionadas para os órgãos torácicos e abdominais. O controle

postural exige a produção e a coordenação de forças que geram movimentos

eficazes para controlar a posição do corpo no espaço, para a estabilidade, o

controle postural requer percepção e a ação exigindo uma interação complexa

entre os sistemas músculo-esquelético e neural, a conservação da estabilidade

é um processo dinâmico que envolve o estabelecimento de equilíbrio entre as

forças de estabilização e desestabilização.

Para a manutenção de uma postura é necessária a ação integrada de

vários grupos musculares que operam para atuar contra a força da gravidade,

em movimento ou durante a inatividade muscular, os indivíduos com

disfunções neuromotora necessitam de auxílio tanto para manipulação quanto

para posicionamento, por não apresentarem suas funções motoras

organizadas e voluntárias, diante disso é preciso que pais e/ou responsáveis

recebam orientações da equipe profissional para que saibam das posturas e

movimentos adequados, podendo colaborar na normalização dos distúrbios

motores tendo objetivo de prevenir o aparecimento de contraturas e

deformidades decorrentes das posturas inadequadas.

Com a manipulação correta, pretende-se influenciar no tônus muscular

que pode ser reduzido, aumentado ou estabilizado, dependendo do

posicionamento adotado. É importante colocar o indivíduo em posições que

promovam uma adaptação automática da postura inibindo padrões anormais

de movimento para a realização de um movimento espontâneo e adequado.

1.5 Atividades

Terapia Ocupacional é a ciência que estuda a atividade humana e a utiliza como recurso terapêutico para prevenir e tratar dificuldades físicas e/ou psicossociais que interfiram no desenvolvimento e na independência do cliente em relação às atividades de vida diária, trabalho e lazer. É a arte e a ciência de orientar a participação do indivíduo em atividades selecionadas para restaurar, fortalecer e desenvolver a capacidade, facilitar a aprendizagem daquelas habilidades e funções essenciais para a adaptação e produtividade, diminuir ou corrigir patologias e promover e manter a saúde. (Definição Organização Mundial de Saúde

OMS apud MOTTA, 2006, p.5)

A Terapia Ocupacional é uma profissão da área de saúde, que tem

como objeto de estudo a ação humana, entendida como todo o fazer do

homem em sua vida cotidiana. A partir desta compreensão e da análise das

condições físicas, psicológicas, sociais, que podem afetar esse fazer, o

terapeuta ocupacional intervém, no sentido de ajudar aquele que se lhe

apresenta como paciente, a encontrar ou reencontrar seu lugar social, como

ser ativo e dono de sua vida, tendo como metas a qualidade de vida e a

inclusão social. O fazer humano é o seu objeto de estudo, é também este fazer

o seu instrumento de trabalho. É através da ação, da atividade, que terapeuta e

o paciente constroem os caminhos do processo terapêutico.

O objetivo da Terapia Ocupacional com o individuo é a satisfação com a

vida por meio da adaptação da atividade. As atividades devem capacitar as

pessoas a se relacionar com, o ambiente e se ajustar as suas necessidades

pela performance equilibradas nas áreas de produtividade, auto-manutenção e

lazer. As atividades apresentam padrões, papeis e significados associados do

individuo.

As atividades descrevem uma classe de ações humanas, que têm um

propósito. A natureza e a magnitude de funcionamento ao nível da pessoa.

Elas podem ser limitadas em duração e qualidade. São ações produtivas

necessárias ao desenvolvimento, maturação e emprego de funções sensoriais,

motoras, sociais, psicológicas e cognitivas.

O uso da atividade em Terapia Ocupacional trata o cotidiano como

objeto e objetivo de seus procedimentos, isto é, a construção da vida cotidiana

através da realização de atividades, é estar ativo ou em ação, é onde o homem

encontra o espaço e tempo para o prazer do fazer. Os significados e

significante de atividades estão diretamente relacionados socioculturalmente

aos indivíduos e em toda repercussão pessoal e social que elas podem

alcançar. Independente do nível da lesão, doença ou deficiência, existem

aéreas conservadas, portanto saudáveis, passíveis de serem ampliadas

através de atividades.

Considerando a atividade cotidiana um dos componentes críticos da

intervenção da terapia ocupacional podemos crer que o Terapeuta Ocupacional

é o profissional especialista em reconhecer a atividade como recurso, com fins

terapêuticos, utilizando-se dela para avaliar, intervir, tratar, visando a melhora

do indivíduo no desempenho nas atividades humanas, ou melhor, no

desempenho humano

O processo de Terapia Ocupacional é único em que a relação pode ser

considerada não como dual: terapeuta/paciente, mas como tríade:

terapeuta/paciente/atividade. A atividade é o meio com o qual a interação é

realizada ou explorada. Qualquer que seja o trabalho, individual ou em grupo, a

percepção do terapeuta dos atributos e habilidades pessoais na relação

interpessoal, assim como a sensibilidade e uso enfático desses atributos e

habilidades no contexto de uma atividade de modo que desenvolva uma

relação terapêutica com os participantes e alcance o objetivo terapêutico , é o

centro da prática na Terapia Ocupacional.

O terceiro termo de uma relação que ocorre a partir do pressuposto de que existe um terapeuta ocupacional e um segundo individuo que apresenta qualquer tipo de motivo necessidade ou vontade de lá se encontrar para fazer terapia ocupacional. (BENETTON, 2000, p.23)

As atividades engajam o indivíduo de uma maneira muito especial,

fazendo com que em sua realização os pacientes possam adotar papéis,

habilidades, cultura, e significados da atividade. Portanto, a função pode ser

desenvolvida e restaurada por meio do engajamento em atividades

sistematicamente selecionadas. No entanto muitos tipos de atividades são

característicos e definem a existência humana.

No oferecimento de espaços de saúde onde o fazer do sujeito possa acontecer, a princípio na relação terapeuta, paciente e atividades, crescentemente alçando outras relações e espaços sociais, acreditamos que a Terapia Ocupacional possa contribuir para a inserção social do sujeito inserção que acontece num continuum que constitui e se dá com o cotidiano. (TAKATORI, 2001, p.372)

A atividade pode ser apresentada em uma forma inadaptada, ou

adaptada, ou seja, um ajuste satisfatório do individuo em seu ambiente de

acordo com o tempo, para ajustar-se aos objetivos de tratamento.E

frequentemente equipada no nível de adaptação da tarefa, visto que a

adaptação exigida pode diferir de um outro estagio da atividade.As adaptações

típicas são:

a) ambiental: localização, situação, meio pressão;

b) equipamentos: de ferramentas/materiais adaptação ás ferramentas;

c) social: números de pessoas, grau de interação;

d) física: posição, força, amplitude de movimento;

e) cognitiva: complexidade, seqüência, necessidade de instrução;

f) emocional: interesse, significado, auto-expressão;

g) temporal: duração, repetição;

h) estrutural: ordem das tarefas, omissão de tarefas não-essenciais.

O alcance e a manutenção de uma vida saudável dependem da

possibilidade de realizar atividade que vão compondo seu dia-a-dia no qual o

sujeito possa se reconhecer e ser reconhecido pelo contexto social.

(TAKATORI; 2001, p.123)

1.5.1 Atividades cotidianas

As atividades são realizadas o tempo inteiro desde o momento em que

se nasce até sua morte em um ciclo denominado vida. Essas ações

denominadas Atividades da Vida Diária (AVD´s) podem ser grandiosas como

construir um prédio, ou simples como conseguir vestir as próprias roupas,

preparar o café da manhã, tomar banho, escovar os dentes, entre outras. Mas

todas essas ações possuem um ponto em comum que as tornam

fundamentais, elas são significativas. Possuem traços individuais que são

únicos a cada indivíduo. Assim, o terapeuta ocupacional reabilita através de

atividades, as também atividades de trabalho, lazer e auto cuidado.Sendo

assim, Terapia Ocupacional auxilia pacientes a aprender ou reaprender as

Atividades de Vida Diária (AVD), a profissão e as rotinas de lazer que

necessitam para viverem com a maior independência possível ,rotinas que

foram interrompidas pela doença ou incapacidade,sendo assim priorizam a

qualidade de vida dos pacientes.

O terapeuta ocupacional pode utilizar as AVD s como mais um recurso terapêutico, estimulando para que a criança inclua em sua rotina diária estas habilidades, desenvolvendo sua independência, e propiciando uma melhor qualidade de vida, facilitando, assim, sua inclusão social. (PFEIFER apud TAKATORI, 2005, p.4)

As Atividades da Vida Cotidiana (AVC) nos levam a pensar diretamente

em ações que dizem respeito a nossas rotinas, ou então a tudo que se

realizam empiricamente, repetidamente como os hábitos.

As Atividades da Vida Cotidiana (AVC s) devem ser aplicadas através de

instruções sistemáticas e com base nos conhecimentos, costumes, valores e

habilidade do paciente,sendo que os problemas decorrentes desta intervenção

estão relacionados diretamente as condições particulares de cada

individuo,sendo este um fator condicionante no estabelecimento dos objetivos

do programa de tratamento da Terapia Ocupacional. O sucesso de um

programa de tratamento de Atividade da Vida Diária (AVD) depende, em

grande parte, da colaboração e do incentivo de todos os membros da família,

que devem evitar atitudes de autoproteção ou realizar tarefas pelo paciente. O

desempenho poderá ocorrer de forma mais lenta, mas deverá ser facilitado e

estimulado.

Para ser verificado o grau de independência de um indivíduo, deve-se

em primeiro lugar avaliar a capacidade que o paciente possui em realizar as

atividades do seu dia-a-dia de forma aceitável. Se for comprovada existência

de falta de condições para a realização de alguma etapa destas atividades, o

paciente deverá receber um treinamento especial no sentido de aprender

movimentos e posições que lhe ofereçam condições para desenvolver de modo

eficaz as atividades da vida diária.

As principais atividades que constituem as AVD s que devem ser

trabalhadas visando à independência funcional do paciente são:

a) capacidade de comunicação e expressão;

b) atividades relacionadas ao uso da cama;

c) higiene em seus diversos aspectos;

d) alimentação desde o ato de preparação até o de alimentar-se;

e) vestuário em suas diversas formas de vestir e despir;

f) deambulação transposição e transferência com ou sem ajuda,seja

ela ortopédica ou não;

g) habilidade e coordenação manual;

h) atividades na cadeira de roda.

A grande maioria das AVD s podem ser realizadas de diferentes formas

e com ajuda de uma grande variedade de elementos mecânicos e adaptações

que auxiliam no controle e execução dos movimentos exigidos pela atividade.

Sabemos que uma doença e sua repercussão fazem um corte no cotidiano, e que a construção - no sentido absoluto desse termo - de um novo cotidiano implica diretamente a criação de espaços saudáveis do ponto de vista psicológico, no acontecer do dia-a-dia do individuo. (BENETTON,TEDESCO; FERRARI, 2001, p. 33)

O cotidiano é construído dia-a-dia com o fazer singular do indivíduo em

diferentes contextos sociais dos quais participa. A saúde se caracteriza pela

possibilidade de um viver criativo apesar da presença de doença ou deficiência.

Quando um acontecimento, acidente, doença ou uma situação de ter uma

deficiência leva ao rompimento da construção contínua do cotidiano do sujeito,

a retomada desse processo, muitas vezes, necessita da assistência de um

profissional. A Terapia Ocupacional no processo de reabilitação do paciente

realiza a reconstrução dos fazeres que compõem o cotidiano. Considerando

que o fazer do sujeito sustenta a construção do seu cotidiano, onde a rotina

existe, mas é singular, pois vivida e realizada de modo pessoal, podemos

pensar que a assistência em terapia ocupacional no processo de reabilitação

contribui para a construção desse cotidiano interrompido ou inexistente, a partir

de situações que se transformam em experiências significativas para o

paciente na relação terapeuta-paciente-atividades.

Segundo Benetton, Tedesco, Ferrari (2000), ao invés do enfrentamento

ou aplacamento de sintomas, na terapia ocupacional propõe-se o fazer para

construir ou reconstruir cotidianos (...) apesar de doença ou de deficiência. O

sujeito e seu cotidiano são partes inter-relacionadas e constitutivas entre si.

Como um cenário pessoal e inconfundível, o cotidiano se revela e nele

acontece a inserção no mundo comunal, compartilhado, social e cultural.

1.5.2 A influência da disfunção neuromotora nas atividades cotidianas

Indivíduos que apresentam disfunção neuromotora têm seus

movimentos e posturas alterados e de difícil manutenção o que dificultará a

realização de atividades.

Dentro de situações do cotidiano, é necessária uma constante

manipulação dessas pessoas, assim a Terapia Ocupacional como facilitadora

das ações humanas, vê a necessidade de intervir nas atividades cotidianas

utilizando-se da tecnologia assistiva para que mesmo com os distúrbios

motores apresentados, possa haver uma facilitação na capacidade motora que

promova a realização das atividades, mesmo de forma passiva ou ativo-

assistida, mas que permita o desempenho funcional do indivíduo dentro das

atividades de vida diária.

As disfunções neuromotoras trazem consigo ações motoras limitadas

mobilidade e flexibilidade restrita, o que implica na difícil realização das

atividades de cuidados pessoais como higiene, vestuário e alimentação,

atividades lúdicas e de lazer e nas atividades de vida prática, sendo algumas

vezes necessário adaptações para que possam ser auto realizadas quando

não necessitam ser realizadas passiva ou assistivamente.

Na terapia Ocupacional as atividades de vida diária (AVD s) são essenciais, pois o terapeuta tem o dever de treinar e adaptá-las, para tornar o seu paciente o mais independente possível, levando em contas as duas limitações. (ZERBINATO; MAKITA; ZERLOTTI, 2003, p.52)

A abordagem das AVD s, refere-se aos componentes de movimentos da

atividade funcional, onde são utilizados princípios biomecânicos para melhorar

a habilidade do individuo ao fazer atividades pessoais ou domésticas da vida

diária. Um pressuposto básico desta abordagem é que a prática traz a

perfeição, por meio da prática repetida, desafiando continuamente o indivíduo a

fazer um pouco mais, elogiando as realizações e consolidando as conquistas

pelo continuo uso da habilidade recuperada, a função irá melhorar, sendo este

o papel do terapeuta, encorajar seus pacientes a realizar ou aprender as

atividades que por uma alguma doença ou incapacidades deixaram de ser

realizadas.

A tecnologia assistiva, denominada por qualquer item, peça de

equipamento, adquirido, modificado ou feito sob medida; usado para aumentar,

manter ou melhorar habilidades de pessoas com limitações funcionais, sejam

físicas ou sensoriais em reabilitação; auxilia no desempenho funcional de

atividades, reduzindo incapacidades para a realização de atividades da vida

diária e da vida prática, nos diversos domínios do cotidiano, através de treinos

funcionais específicos para cada atividade proporcionando maior facilidade aos

cuidadores, por oferecer melhor adaptação as atividades cotidianas que

necessitam de suporte.

CAPÍTULO II

A PESQUISA

2 INTRODUÇÃO

Para demonstração da funcionalidade e dos benefícios proporcionados

pelos mobiliários adaptados em PVC para crianças com disfunção

neuromotora, realizou-se pesquisa de campo na Universidade Católica Dom

Bosco-UCDB de Campo Grande na clínica de Terapia Ocupacional, onde são

produzidos os mobiliários para as crianças que freqüentam a Clínica Escola.

Utilizando o método de Estudo de Caso, analisando e observando o

trabalho realizado na Clínica Escola, surgiu a idéia da proposta de implantação

do projeto do uso dos mobiliários adaptado no Centro de Reabilitação Física

Dom Bosco em Lins na Clínica de Terapia Ocupacional, com o objetivo de

produzir mobiliários para a população assistida pela clínica. Visto que a

população assistida que apresenta disfunção neuromotora, são crianças

dependentes nas AVD´s e necessitam de mobiliários específicos para cada

atividade cotidiana e estes são de alto custo e tem a mesma funcionalidade

dos mobiliários idealizados em PVC e proporcionam melhor qualidade, quanto

as suas atividades de vida diária (AVD´s), quanto a posicionamento e

adequação postural.

Os mobiliários adaptados são produzidos em PVC. O projeto foi

idealizado pela terapeuta ocupacional Grace Claúdia Gasparini que trabalha

com disfunções neuromotoras em crianças. Desde suas primeiras experiências

profissionais sentiu a necessidade de posionamento adequado e adaptações

aos portadores de disfunções neuromotoras e assim depois de trabalhar e

conhecer vários tipos de materiais, apostou no PVC e iniciou o trabalho, que é

realizado atualmente em consultório e na Clínica Escola de Terapia

Ocupacional na Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande com a

produção realizada pelos alunos do curso de Terapia Ocupacional,

supervisionado pela terapeuta ocupacional e professora Grace contando com a

colaboração ativa dos pais das crianças.

Com a tecnologia assistiva a favor das pessoas portadoras de disfunção

neuromotora, pode-se reconhecer que o processo de reabilitação vem

avançando e apresentando possibilidades de melhor qualidade de vida para as

pessoas portadoras de disfunções neuromotoras, assim a Terapia Ocupacional

facilitadora das ações dos indivíduos, procura utilizar e demonstrar através da

prática os benefícios trazidos pela tecnologia assistiva, que neste caso

proporciona adequação postural, possibilitando melhor desenvolvimento

neuropsicomotor das crianças com esta disfunção.

Para a complementação do estudo, foram entrevistados profissionais:

duas Terapeutas Ocupacionais sendo uma delas a idealizadora do projeto e

uma Fisioterapeuta. Na clínica escola onde é realizado o trabalho foram

colhidos cinco depoimentos dos pais e/ou responsáveis das crianças que

freqüentam a clínica e utilizam os mobiliários.

As técnicas utilizadas na pesquisa foram:

Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A)

Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B)

Roteiro de Entrevistas com Pais ou Responsáveis (Apêndice C)

Roteiro de Entrevista com Terapeuta Ocupacional (Apêndice D)

Roteiro de Entrevista com Fisioterapeuta ( Apêndice E)

Outros registros - são utilizados matérias ilustrativos.

2.1 O trabalho realizado na Universidade Católica Dom Bosco de Campo

Grande na Clínica Escola de Terapia Ocupacional

2.1.1 Caracterização da Clínica

A Clínica Escola de Terapia Ocupacional, está localizada na cidade de

Campo Grande na avenida Tamandaré, 600, Bairro Jardim Seminário I é

composta por 26 salas.

É de caráter filantrópico, foi fundada em 19 de março de 2001. O

atendimento é destinado a população que apresenta algum tipo de disfunção,

patologia ou deficiência e necessita do processo de reabilitação em Terapia

Ocupacional. Atende faixa etária de 06 meses a 80 anos que são

encaminhados de hospitais, postos de saúde, clínicas, empresas, creches e

escolas.

Os atendimentos são realizados pelas estagiárias do 8 º semestre do

curso de Terapia Ocupacional com supervisão de seis Terapeutas

Ocupacionais, e coordenado por uma Terapeuta Ocupacional, os mobiliários

são produzidos nas aulas de tecnologia assistiva da grade do curso, e as

crianças beneficiadas são selecionadas durante o atendimento oferecido na

clínica, segundo as necessidades apresentadas.

Os atendimentos atualmente, são realizados de segunda a sexta das

07h30min às 16h45min horas, atendendo em média 50 pacientes por dia de

diagnóstico e sexo variados.

2.1.2 Descrição dos procedimentos no trabalho realizado

A Clínica Escola funciona com estagiários do 8º semestre de Terapia

Ocupacional, supervisionado por Terapeutas Ocupacionais com experiências e

especialidades profissionais na área que irão supervisionar.

As crianças que recebem o mobiliário, são selecionadas no atendimento

da clínica, onde é avaliada a necessidade primária da criança, seu nível de

comprometimento, suas dificuldades, limitações motoras, as características

individuais que influenciam nas atividades da vida diária (AVD´s). Após

observação clínica, os pais e/ou responsáveis auxiliam na confecção e

planejamento do mobiliário, que tem o material doado pela família.

A confecção é feita pelos acadêmicos supervisionados pela professora

específica da área e recebem a ajuda dos pais na confecção.

Após serem produzidos sob medida para as crianças, os pais recebem

toda orientação quanto ao manuseio e trocas posturais da criança no

mobiliário.

Os mobiliários auxiliam no tratamento das crianças que freqüentam a

Clinica Escola, com a intervenção da Terapia Ocupacional; permitem

experiências gratificantes à criança e aos familiares da mesma.

2.3 Métodos e Técnicas

O trabalho desenvolvido na Clínica Escola de Campo Grande, faz parte

da grade curricular na matéria de Tecnologia Assistiva, onde os acadêmicos

aprendem a produzir os mobiliários e suas indicações, com objetivo de

favorecer o desenvolvimento motor da criança com disfunção neuromotora,

facilitando suas atividades cotidianas.

O mobiliário deve atender à necessidade primária da criança, que pode

ser relatada pelos pais e/ou responsáveis. Conseqüentemente favorecerá

adequação postural, manutenção de posturas corretas permitindo o convívio

social e um ambiente físico favorável.

Fonte: arquivo pessoal

Figura 20: estabilizador

Fonte: arquivo pessoal

Figura 21: cadeira para vaso sanitário

Fonte: arquivo pessoal

Figura 22: andador

Fonte: arquivo pessoal

Figura 23: cadeira para banho

Fonte: arquivo pessoal

Figura24: mesa regulável

Fonte: arquivo pessoal

Figura25: banco rolo com bandeja acoplada

Fonte: arquivo pessoal

Figura26: cadeira 90º com bandeja acoplada

Fonte: arquivo pessoal

Figura 27: Motoca para banho

2.4 Depoimentos sobre o tratamento realizado na Clínica Escola de Terapia

Ocupacional da Universidade Católica Dom Bosco de Campo Grande

Na clínica, foram ouvidos cinco pais e/ou responsáveis

2.4.1 A palavra dos pais e/ou responsáveis

Mãe, 31 anos de idade, reside em Campo Grande

Eis o relato:

Sou fonoaudióloga e já conhecia a teoria sobre a Terapia

Ocupacional; depois que meu primeiro filho nasceu com

Paralisia Cerebral, conheci a prática e acho fundamental

na reabilitação dele. Meu filho freqüenta a terapia há 1 ano

e 2 meses, ele faz a utilização dos mobiliários de PVC

sendo eles a cadeira para banho, o andador e o

estabilizador tipo chiqueirinho .Eles trouxeram muitos

resultados positivos para meu filho principalmente uma

postura adequada em casa e não só nas terapias.Ao iniciar

o uso dos mobiliários eu recebi orientações quanto ao

manuseio do meu filho, nos mobiliários e foi de

fundamental importância para uma boa evolução no

tratamento.Indico os mobiliários de PVC para todos pais

que necessitam, pois passei por vários profissionais e

apesar das orientações para postura correta em casa,

faltava ainda um mobiliário adaptado, e geralmente os

poucos que têm são caros. Indico, pois o PVC é barato e

muito leve, vale a pena.E é muito funcional.

Pai, 27 anos de idade, residente em Campo Grande

Conheci o trabalho da Terapia Ocupacional através de

uma reportagem, conheço os mobiliários e utilizo quatro

deles há dois anos. Os mobiliários trouxeram muitos

benefícios às atividades cotidianas da criança, como

controle para ir ao banheiro, alimentação independente e a

realização de atividades educativas. Através do trabalho da

Terapia Ocupacional, recebo orientações quanto ao

manuseio da criança nos equipamentos, os mobiliários

trouxeram conforto para minha família e para minha filha

em relação as suas necessidades básicas.

Mãe, 30 anos de idade, residente em Campo Grande

Conheço o trabalho da Terapia Ocupacional através do

tratamento que minha filha faz; utilizo o mobiliário adaptado

há 8 meses, utilizo a cadeira de banho inclinada que

melhorou muito as atividades diária de minha filha, recebi

as orientações necessários para o manuseio e indico para

os pais de outras crianças, por trazerem praticidade e

facilidade ao dia-a-dia da família.

Mãe, 37 anos de idade, residente em Campo Grande

Meu filho, faz terapia há mais de 1 ano. A partir daí conheci

o trabalho da Terapia Ocupacional ,ele utiliza o mobiliário

adaptado há 9 meses.Faz uso da cadeira de 90º, que

trouxe muitos resultados positivos para o seu

cotidiano,pois proporciona ao meu filho um lugar adaptado

para realizar suas atividades, além de ajustar a postura

correra ao sentar.O importante foi que recebi orientações

para o manuseio deste equipamento.Indico os mobiliários

adaptados, pois são muito importantes para estímulos e

adaptação ao meio, além de ajudar no desenvolvimento da

criança.

Pai, 42 anos de idade, reside em Campo Grande

Conheci a Terapia Ocupacional quando fiquei internado,

mas também acompanho minha filha às sessões de T.O.

Ela utiliza o mobiliário adaptado desde novembro de 2006,

sendo ele a motoca para banho,este proporcionou mais

estabilidade ao sentar e no banho, as orientações que

recebi foram muito importantes para o uso adequado do

mobiliário.Indico sim os mobiliários adaptados, mas ainda

posso dizer pouco, pois a minha filha utiliza só a motoca,

mas que é muito útil para nós.

2.5 A Opinião dos Profissionais

Sobre o trabalho com os mobiliários de PVC, foram ouvidos os seguintes

profissionais.

2.5.1 Fisioterapeuta

É de sexo feminino, 43 anos, reside na cidade de Campo Grande no

Mato Grosso do Sul, especialista em fisioterapia neurológica. Atua há 23 anos.

Eis o relato:

O fisioterapeuta dentro de uma equipe multidisciplinar com

os pacientes portadores de disfunção neuromotora, atua

com as condições motoras, verificando constantemente a

postura para que o paciente possa otimizar suas respostas

e assim o seu potencial funcional. Os mobiliários de PVC

têm a possibilidade de manter o paciente com posturas

mais favoráveis para seu rendimento, tendo em vista que a

criança poderá estender na escola, na casa, uma melhor

postura por mais tempo. Pois o mobiliário de PVC tem

como objetivo fazer com que o paciente possa prolongar a

informação de posturas corretas, impedindo ou

minimizando a instalação de deformidades, porque a maior

dificuldade da criança com disfunção neuromotora é a de

ajustes de reflexos posturais. Sendo assim o trabalho

interdisciplinar da fisioterapia será de proporcionar

condições globais de interesse ao paciente, buscando não

só o avanço motor, mas explorando o seu potencial

cognitivo dentro de suas limitações. A equipe deverá

discutir dentre outros fatores, qual o equipamento

necessário para as aquisições da criança.

2.5.2 Terapeutas Ocupacionais

É de sexo feminino, 47 anos, reside na cidade de Campo Grande no

Mato Grosso do Sul, especialista em neurologia infantil, professora do

curso de Terapia Ocupacional da Universidade Católica Dom Bosco, nas

disciplinas de Motricidade Ação Humana, Pediatria I e II, Ética e

Cidadania, Prótese e Órtese e Tecnologia Assistiva, atua há 25 anos.

As crianças portadoras de disfunção neuromotora

apresentam limitações físicas que se acentuam,

geralmente com a dificuldade de manter posturas, portanto

o posicionamento adequado irá contribuir não apenas para

prevenção de deformidades como também em maior

ganho funcional.Portanto qualquer tipo de equipamento

adaptado é essencial para as crianças com disfunção

neuromotora. A vantagem do PVC é que é um material de

custo reduzido, fácil de manusear e apresenta um

excelente design. A Terapia Ocupacional e outros

profissionais da reabilitação favorecem o posicionamento

adequado, bem como outros equipamentos que facilitem a

vida das crianças e dos pais em seu cotidiano

proporcionando maior funcionalidade a essas crianças. Eu,

como terapeuta ocupacional utilizando o mobiliário de PVC

para os meus pacientes, tenho conseguido através das

adaptações proporcionar melhor qualidade de vida para

eles e seus cuidadores, favorecendo maior desempenho

das crianças no cuidado próprio, bem como na ação sobre

os objetos.Dentro deste trabalho não encontro nenhuma

resistência das crianças, pais e/ou cuidadores, pois o bom

design do PVC, faz com que a aceitação destes seja

favorável.O PVC tem vindo de encontro não apenas ás

famílias de baixa renda, como também aquelas de nível

sócio-economico melhor.

É do sexo feminino, 26 anos, reside na cidade de Lins, experiência em

educação especial e centro de diagnóstico, atualmente

supervisora de estágio no Unisalesiano, atua há 4 anos e

10 meses.

A maior dificuldade encontrada nas crianças é a

continuidade pelos pais e/ou responsáveis do trabalho

realizado durante as sessões de terapia, transpor as

orientações para o meio domiciliar, visto que estes na

maioria das vezes não possuem recursos suficientes para

adequar o local-ambiente, onde a criança permanece a

maior parte do tempo. Com a promoção de adaptações

adequadas a cada caso e necessidades individuais, será

proporcionado aos portadores de disfunções

neuromotoras, melhor qualidade de vida através de

condições que promovam melhor adequação postural,

redução de padrões anormais e maior grau de

funcionalidade equiparados aos parâmetros de

normalidade. O terapeuta ocupacional é um profissional

apto a avaliar as necessidades e especificidades de cada

caso, indicando e confeccionando adaptações que se

façam necessárias dentro do quadro clínico em questão,

por possuir uma visão holística do indivíduo e aparatos

técnicos

científicos que lhe permitem esta visão clínica

humana, decorrente da sua formação e especializações

cada vez mais aprofundadas e atualizadas. Atualmente,

não tenho utilizado estes equipamentos em minha prática

profissional, tive contato somente através da teoria, do

trabalho de outros profissionais e da própria pesquisa em

questão, acredito muito no potencial deste material como

recurso facilitador e promotor de melhora na qualidade de

visa aos que necessitam de cuidados e adaptações

posturais. Não vejo que possa existir algum tipo de

resistência da família quanto ao uso dos mobiliários, desde

que proporcionem segurança, comodidade e adequação

necessária, pois estes mobiliários vêm com o papel de

auxiliar nos manuseios e adequação postural, favorecendo

maior independência e principalmente, porque, se

comparados a equipamento de outros materiais

apresentam a mesma função, na maioria das vezes o

mobiliários em PVC, apresentam menor custo favorecendo

aquisição a uma abrangência populacional maior.

A promoção de adaptações em PVC proporciona aos

portadores de disfunção neuromotora uma melhor

qualidade de vida, através da oferta de condições que

promovam melhor adequação postural, redução de

padrões anormais e maior grua de funcionalidade

equiparados aos parâmetros da normalidade.

2.6 Conclusões sobre a pesquisa

Na pesquisa realizada, observou-se a importância dos mobiliários

adaptados em PVC para os pacientes com disfunção neuromotora, pois

necessitam de equipamentos adaptados na realização de suas atividades

da vida diária, para o brincar, para manter ou melhorar a má postura

decorrente da disfunção o que também contribuirá para sua vivência social

e ainda facilitará de forma significativa o cotidiano dos pais e/ou

responsáveis.

Após acompanhar o trabalho da Clínica Escola da Universidade Católica

de Campo Grande, constatou-se a leveza, a praticidade e a fácil

higienização do mobiliário em PVC; é fundamental ressaltar o baixo custo

da mão de obra do material utilizado para confecção que permite o acesso

aos pacientes e familiares a um número maior de mobiliários, facilitando o

seu dia-a-dia, o que corrobora com a proposta da Terapia Ocupacional que

visa tanto quanto possível a independência e a qualidade de vida dos

pacientes com disfunção neuromotora, ficando evidente o porquê da

escolha deste material. Portanto, sugere-se a implantação do projeto para a

confecção dos mobiliários adaptados em PVC, a pacientes portadores de

disfunção neuromotora do Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de

Lins, no setor de Terapia Ocupacional, considerando o Terapeuta

Ocupacional e os demais membros da equipe aptos a confeccionar estes

mobiliários. Orientar a família quanto ao uso desde que tenham formação

específica para este desempenho.

CAPÍTULO III

PROJETO DE IMPLANTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIOS

ADAPTADOS EM PVC NO CENTRO DE REABILITAÇÃO FÍSICA DOM

BOSCO DE LINS NO SETOR DE TERAPIA OCUPACIONAL

3 INTRODUÇÃO

Analisados os procedimentos realizados em relação à produção de

mobiliários adaptados em PVC, na Clínica de Terapia Ocupacional da UCDB

em Campo Grande, constatou-se os benefícios trazidos por esses à pacientes

que apresentam disfunção neuromotora.

Embasadas em estudos teóricos e com a prática vivenciada nos

estágios no CRFDB de Lins, ficou evidente a necessidade de adaptações que

têm estes pacientes para realização de atividades cotidianas, fundamentando-

se a idéia de um projeto de implantação para a produção de mobiliários

adaptados em PVC, permitindo e oportunizando aos pacientes a superação de

obstáculos trazidos pelas disfunções.

Este trabalho também possibilitará aos alunos e profissionais do CRFDB

a vivência teórico-prática sobre os procedimentos realizados para a produção e

uso dos mobiliários adaptados em PVC para pacientes com disfunções

neuromotoras.

Considerando a terapia ocupacional facilitadora do processo de

reabilitação física e social, viu-se na produção dessas adaptações uma

possibilidade de promover a saúde e qualidade de vida dos pacientes e de

sua família.

3.1 Caracterização do Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de Lins, no

Setor de Terapia Ocupacional

Localizado na rua Nove de Julho, 1010, na cidade de Lins, Estado de

São Paulo, o CRFDB de Lins funciona como Clínica Escola, prestando serviços

à comunidade através de convênio com o SUS de Terapia Ocupacional,

Fisioterapia e Educação Física.

Os estágios são supervisionados por profissionais especialistas nas

áreas de atendimentos específicos e oferecem atendimento pelas estagiárias

do terceiro e quarto ano da instituição.

Atuam na Clínica uma coordenadora geral do curso, três supervisoras,

duas auxiliares de terapia ocupacional, uma recepcionista e uma faxineira.

A faixa etária da população atendida varia de 0 a 70 anos, com

predomínio em pacientes neurológicos, ortopédicos e dificuldades escolares.

São encaminhados por profissionais da área de saúde e instituições da

região.

O espaço físico consta de treze salas para atendimentos específicos a

cada área,um banheiro social e um adaptado para uso dos pacientes, uma

recepção e uma sala de coordenação.

A clínica dispõe de materiais e avaliações específicas para tratamento

em cada área onde é oferecido o atendimento, realizam orientações e visitas

familiares, escolares entre outros, encaminhamentos a profissionais afins.

Dispõe ainda de computadores, jogos pedagógicos, piscina, quadra e materiais

de escritório em geral.

3.2 Projeto

3.2.1 Objetivo

A implantação deste projeto tem como objetivo demonstrar os benefícios

que os mobiliários adaptados em PVC trarão para os pacientes que

apresentam disfunções neuromotoras assistidos no CRFDB de Lins, em suas

atividades cotidianas e no desenvolvimento neuropsicomotor.

Considerando que a Terapia Ocupacional na sua prática clínica, está

intimamente relacionada à indicação, confecção de adaptações destes

mobiliários, evidencia-se a necessidade deste procedimento que proporcionará

de forma significativa uma melhora na qualidade de vida, na integração familiar

e social e no desenvolvimento neuromotor dos pacientes que poderão ser

beneficiados com a produção dos mobiliários.

Através das entrevistas realizadas com profissionais, pode-se verificar

como os mobiliários auxiliam, facilitam e estimulam o desenvolvimento dos

usuários, favorecendo seu convívio social.

Fica assim evidente que o projeto de implantação irá colaborar na evolução dos

atendimentos oferecidos na CRFDB de Lins.

Para consolidação deste projeto proposto é necessário um protocolo

para sua implantação. Foi realizado pelas docentes e autoras deste projeto, o

curso da produção dos mobiliários adaptados em PVC, e também visita a

Clínica Escola da UCDB em Campo Grande onde surgiu o projeto.Observada

a veracidade e benefícios trazidos por esse constatou-se a necessidade de

alguns materiais e capacitação para produção dos mobiliários.

3.2.2 Fases para a Implantação

Para a implantação no CRFDB na Clínica de Terapia Ocupacional da

confecção dos mobiliários adaptados em PVC, observou-se a necessidade de

requisitos básicos que favoreçam os resultados esperados, elevando o número

de serviços específicos prestados pela instituição à comunidade de Lins e

região.

a) a capacitação dos profissionais que atuam no CRFDB através da

realização do curso de mobiliários adaptados em PVC ministrado

pela terapeuta ocupacional Grace Cláudia Gasparini e fisioterapeuta

Sandra Regina Zoratti, em várias partes do país, em instituições

privadas e públicas, tornando o profissional apto a confeccionar os

mobiliários.

b) aquisição de ferramentas e materiais específicos para a produção

dos mobiliários, variam conforme o modelo, como:

- PVC - que é o principal componente tubos de esgoto e água

- conexões em T ;

- cotovelos de 90º e 45º;

- tampões de 40mm ;

- 1 arco de serra;

- 1 rebitadeira;

- 1furadeira com broca correspondente aos rebites;

- 1 martelo de borracha;

- 2 fitas métricas;

- 1 alicate de ponta grossa;

- 1 saco de tecido;

- chave philipis;

- Rebites 4,0x12mm;

- Rebites 4,0x22mm;

É utilizado também para acabamento e funcionalidade:

- MDF;

- assento de plástico para vaso sanitário;

- rolo de fios de plástico;

- manopla de espuma para bicicleta;

- rodinha de silicone sem fixador;

- braçadeiras;

- parafusos com borboletas e arruelas.

- espumas, tecido e velcros macho e fêmea;

c) a produção do mobiliário não exige um espaço físico especifico,

podendo ser confeccionado nas salas de terapia. O local deve

permitir a manipulação adequada das ferramentas e materiais para

uma boa produção.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

O presente trabalho consta de um projeto apresentado de implantação

para confecção de mobiliários adaptados em PVC no CRFDB de Lins, na

Clinica de Terapia Ocupacional. Propõe-se a aplicabilidade do mesmo e a

divulgação a outros profissionais. Ressalta-se a importância dos profissionais

terapeutas ocupacionais que forem executar e orientar a confecção dos

mobiliários a realizarem o curso específico, aprimorando os conhecimentos

nesta área e especificamente na aplicabilidade na Terapia Ocupacional.

Por ser um projeto inovador, propõe-se ainda que diante dos avanços

das pesquisas sejam realizados estudos periódicos no intuito de buscar a

excelência na prática da Terapia Ocupacional, considerando ser o CRFDB uma

Clinica Escola que visa o paciente de uma forma holística, no seu processo de

reabilitação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fica demonstrado que para um bom desenvolvimento neuropsicomotor,

o cérebro necessita receber informações e sensações que permitam aquisições

de novas experiências em padrões normais, dando respostas positivas e

adaptadas às situações vividas.

Assim é necessária a intervenção de profissionais que facilitem a ação

do indivíduo com o meio, tendo como exemplo a Terapia Ocupacional com o

trabalho da equipe multidisciplinar.

Para um trabalho dinâmico em reabilitação é necessário que o terapeuta

adquira conhecimentos teóricos e práticos específicos, avaliando e observando

necessidades especificas apresentadas pelos indivíduos, sendo a inserção

social o objetivo final desta atuação.

Considerando as característica primordiais dos mobiliários em PVC por

serem de fácil higienização, locomoção, leveza e baixo custo se torna viável a

utilização destes pela clientela da CRFDB de Lins, que só será possível com a

implantação deste projeto.

Vemos neste projeto uma visão inovadora através da tecnologia

assistiva que acrescenta e oferece novas oportunidades para profissionais da

reabilitação, sendo imprescindível a realização de que estudos mais

avançados.

Por se tratar de um assunto que necessita de maior embasamento

teórico a abordagem de novos aspectos apresentáveis para a elaboração e

desenvolvimento de projetos que otimizem a atuação de especialistas.

Mediante a proposta, a intenção do projeto não se limita à volitividade de

seus idealizadores, mas da preocupação com a evolução dos tratamentos,

sendo necessária a sensibilização da administração para tal realização.

Cientes das possibilidades oferecidas pelos recursos humanos e financeiros

disponíveis no CRFDB de Lins, fica evidente a necessidade de aprimoramento

dos profissionais e docentes que atuam na Instituição.

REFERÊNCIAS

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WILLARD e SPACKMAN. Terapia Ocupacional. 9 ed. Rio de Janeiro:Guanabara e Koogan, 2002

APÊNDICES

APÊNDICE A ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação e características da instituição: ............................................... ............................................................................................................................... 1.1.1 Localização: ................................................................................................. 1.1.2 Histórico: ...................................................................................................... 1.1.3 Função Social: ............................................................................................. 1.1.4 Atendimento à clientela: ............................................................................... 1.1.5 Princípios: ....................................................................................................

2 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO USO DO PVC

PARA A CONFECÇÃO DE MOBILIÁRIOS ADAPTADOS.

2.1 Descrição dos materiais: ................................................................................. ............................................................................................................................... 2.2 Método utilizado: ............................................................................................. ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2.3 Protocolo de indicação: ................................................................................... ............................................................................................................................... 2.4 Depoimentos: .................................................................................................. ...............................................................................................................................

3 DISCUSSÃO:

Será feito confronto entre a teoria e a prática

4 DADOS CONCLUSIVOS E SUGESTÕES:

Após relatar as conclusões será proposto o projeto de implantação no

Centro de Reabilitação Física Dom Bosco de Lins.

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

APÊNDICE B ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

1 DADO DA INSTITUIÇÃO

1.1 Localização: .................................................................................................... 1.1.1 Endereço:.............................................Cidade...............Estado: ................ 1.1.2 Responsável: ............................................................................................... 1.1.3 Especialidade:..........................................................( ) Público ( ) Privado 1.1.4 Objetivo: ....................................................................................................... 1.1.5 Dados sobre o planejamento e execução: .................................................. 1.1.6 Dados Estatísticos: ...................................................................................... 1.1.7 Protocolo de Indicação .................................................................................

2 CONSTITUIÇÃO DA EQUIPE POR ESPECIALIDADE

2.1 Nº de profissionais: ......................................................................................... 2.2 Nº de funcionários: .......................................................................................... 2.3 Atuação da equipe: .........................................................................................

3 DADOS SOBRE A CLIENTELA

3.1 Sexo: ............................................................................................................... 3.2 Idade ................................................................................................................ 3.3 Patologia: ........................................................................................................ 3.4 Tempo médio de tratamento: ..........................................................................

4 RECURSOS FÍSICOS E EQUIPAMENTOS

4.1 Tipo de estrutura: ............................................................................................ 4.2 Números de salas: .......................................................................................... 4.3 Equipamentos utilizados .................................................................................. ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

APÊNDICE C - ROTEIRO DE ENTREVISTAS COM PAIS OU RESPONSÁVEIS

I

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:...........................................................................Idade: ................................ Residência:Cidade:............................................Estado: .......................................

II- PERGUNTAS ESPECÍFICAS:

1 V. conhece o trabalho de Terapia Ocupacional? Sim( ) Não ( ) 1.1 Como?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

............................................................................................................................... 2 A quanto tempo utiliza os mobiliários adaptados de PVC?

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

...............................................................................................................................

3 Quantos equipamentos são utilizados pela criança atualmente? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 4 Quais os resultados positivos que os equipamentos trouxeram para as atividades cotidianas da criança? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

5 V. recebem orientações quanto ao manuseio das crianças com disfunção neuromotora? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

6 Dê seu relato para outros pais que necessitam de mobiliários adaptados? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

APÊNDICE D

ROTEIRO DE ENTREVISTA COM TERAPEUTA

OCUPACIONAL I- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:...........................................................................Idade ................................. Tempo de formado: ............................................................................................... Especialidade: ....................................................................................................... Experiências profissionais anteriores: .................................................................. Experiências profissionais atuais: ......................................................................... Residência:Cidade:................................................Estado: ..................................

II- PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Quais as maiores dificuldades que você observa na criança que apresenta disfunções neuromotora? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

2 Em sua opinião qual a importância da utilização dos equipamentos adaptados de PVC para crianças portadoras de disfunção neuromotora? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

3 Como você relaciona o trabalho da T.O na utilização dos equipamentos adaptados em PVC? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

4 Relate sobre suas experiências atuais na T.O utilizando os equipamentos adaptados em PVC. ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

5 Você observa alguma resistência pela criança e/ou família quanto ao uso dos mobiliários adaptados em PVC? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

APÊNDICE E

ROTEIRO DE ENTREVISTA COM FISIOTERAPEUTA

I-DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:...........................................................................Idade ................................. Tempo de formado................................................................................................. Especialidade......................................................................................................... Experiências profissionais anteriores: .................................................................. Experiências profissionais atuais: ......................................................................... Residência:Cidade:................................................Estado: ..................................

II- PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual o trabalho realizado pelo Fisioterapeuta na equipe multidisciplinar em relação aos pacientes com disfunção neuromotora? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

2 V. acredita que a utilização dos mobiliários adaptados em PVC colaboram para o tratamento de fisioterapia?

2.1 Como? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

3 Quais os principais objetivos de Fisioterapia utilizando os mobiliários adaptados em PVC? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

4 Quais as maiores dificuldades que você observa na criança que apresenta disfunções neuromotora? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

5 Na sua opinião qual a importância do trabalho interdisciplinar durante o tratamento utilizando os equipamentos adaptados em PVC? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ...............................................................................................................................

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