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TARDE DE ESTUDOS - CGMAB/ DNITNovas Normas e Legislação

Data: 26/01/2011 - quinta-feiraHorário: a partir da 14h

Local: Auditório do DNIT – 3° andar 

PROGRAMAÇÃO(depois das apresentações é reservado 15 minutos para questionamentos)

14h10 – 14h40Introdução Geral – Márcia Godoy

14h55 – 15h25Portaria Interministerial n° 419 – Aline Freitas, Fábio Campos (arqueologia)

15h40 – 16h10Portaria DE/ DNIT/ MT 1.075 – Júlio Maia

16h25 – 16h55Instrução Normativa n° 1 - Tânia Maria Ferreira, Fábio Campos

17h10 – 17h40Lei Complementar n° 140 – Márcia Godoy

17h55 – 18h25

Portaria nº 424 – Georges, Rita

18h45 – 19h15Portaria Interministerial nº 423 - Ângelo, João, Fabrício

19h30 – 20hPortaria nº 420 – Dalva

20h15Encerramento

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1.Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011, fixanormas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo púnico doart. 23 da Constituição Federal.

ANOTAÇÕES:

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LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eusanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1o Esta Lei Complementar fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII docaput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre aUnião, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativasdecorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagensnaturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer desuas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora.

Art. 2o Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se:

I - licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva oupotencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradaçãoambiental;

II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativooriginariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar;

III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar nodesempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitadopelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta Lei

Complementar.

Art. 3o Constituem objetivos fundamentais da União, dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios, no exercício da competência comum a que se refere esta LeiComplementar:

I - proteger, defender e conservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado,promovendo gestão descentralizada, democrática e eficiente;

II - garantir o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico com a proteção do

meio ambiente, observando a dignidade da pessoa humana, a erradicação da pobreza e aredução das desigualdades sociais e regionais;

III - harmonizar as políticas e ações administrativas para evitar a sobreposição deatuação entre os entes federativos, de forma a evitar conflitos de atribuições e garantir umaatuação administrativa eficiente;

IV - garantir a uniformidade da política ambiental para todo o País, respeitadas aspeculiaridades regionais e locais.

CAPÍTULO IIDOS INSTRUMENTOS DE COOPERAÇÃO

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 Art. 4o Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes

instrumentos de cooperação institucional:

I - consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor;

II - convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com

órgãos e entidades do Poder Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal;

III - Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e ComissãoBipartite do Distrito Federal;

IV - fundos públicos e privados e outros instrumentos econômicos;

V - delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados osrequisitos previstos nesta Lei Complementar;

VI - delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a outro,respeitados os requisitos previstos nesta Lei Complementar.

§ 1o Os instrumentos mencionados no inciso II do caput podem ser firmados comprazo indeterminado.

§ 2o A Comissão Tripartite Nacional será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, com o objetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada edescentralizada entre os entes federativos.

§ 3o As Comissões Tripartites Estaduais serão formadas, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da União, dos Estados e dos Municípios, com oobjetivo de fomentar a gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre os entesfederativos.

§ 4o A Comissão Bipartite do Distrito Federal será formada, paritariamente, por representantes dos Poderes Executivos da União e do Distrito Federal, com o objetivo defomentar a gestão ambiental compartilhada e descentralizada entre esses entesfederativos.

§ 5o

As Comissões Tripartites e a Comissão Bipartite do Distrito Federal terão suaorganização e funcionamento regidos pelos respectivos regimentos internos.

Art. 5o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de açõesadministrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário dadelegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas aserem delegadas e de conselho de meio ambiente.

Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos dodisposto no caput, aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamentehabilitados e em número compatível com a demanda das ações administrativas a seremdelegadas.

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CAPÍTULO IIIDAS AÇÕES DE COOPERAÇÃO

Art. 6o As ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e osMunicípios deverão ser desenvolvidas de modo a atingir os objetivos previstos no art. 3 o ea garantir o desenvolvimento sustentável, harmonizando e integrando todas as políticasgovernamentais.

Art. 7o São ações administrativas da União:

I - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito nacional, a Política Nacional doMeio Ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - promover ações relacionadas à Política Nacional do Meio Ambiente nos âmbitosnacional e internacional;

IV - promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades daadministração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio à PolíticaNacional do Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção eà gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos;

VII - promover a articulação da Política Nacional do Meio Ambiente com as deRecursos Hídricos, Desenvolvimento Regional, Ordenamento Territorial e outras;

VIII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades daadministração pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o SistemaNacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima);

IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente

protegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e aconscientização pública para a proteção do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos esubstâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, naforma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuiçãopara licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida à União;

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XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades:

a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;

b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou nazona econômica exclusiva;

c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;

d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União,exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;

f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de atodo Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas,conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;

g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar edispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear emqualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de EnergiaNuclear (Cnen); ou

h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir deproposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro doConselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte,potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;

XV - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formaçõessucessoras em:

a) florestas públicas federais, terras devolutas federais ou unidades de conservaçãoinstituídas pela União, exceto em APAs; e

b) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelaUnião;

XVI - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção e

de espécies sobre-explotadas no território nacional, mediante laudos e estudos técnico-científicos, fomentando as atividades que conservem essas espécies in situ;

XVII - controlar a introdução no País de espécies exóticas potencialmente invasorasque possam ameaçar os ecossistemas, habitats e espécies nativas;

XVIII - aprovar a liberação de exemplares de espécie exótica da fauna e da flora emecossistemas naturais frágeis ou protegidos;

XIX - controlar a exportação de componentes da biodiversidade brasileira na forma

de espécimes silvestres da flora, micro-organismos e da fauna, partes ou produtos delesderivados;

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XX - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas;

XXI - proteger a fauna migratória e as espécies inseridas na relação prevista noinciso XVI;

XXII - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito nacional ou regional;

XXIII - gerir o patrimônio genético e o acesso ao conhecimento tradicionalassociado, respeitadas as atribuições setoriais;

XXIV - exercer o controle ambiental sobre o transporte marítimo de produtosperigosos; e

XXV - exercer o controle ambiental sobre o transporte interestadual, fluvial outerrestre, de produtos perigosos.

Parágrafo único. O licenciamento dos empreendimentos cuja localização

compreenda concomitantemente áreas das faixas terrestre e marítima da zona costeiraserá de atribuição da União exclusivamente nos casos previstos em tipologia estabelecidapor ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional,assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente(Conama) e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividadeou empreendimento.

Art. 8o São ações administrativas dos Estados:

I - executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Nacional do MeioAmbiente e demais políticas nacionais relacionadas à proteção ambiental;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - formular, executar e fazer cumprir, em âmbito estadual, a Política Estadual deMeio Ambiente;

IV - promover, no âmbito estadual, a integração de programas e ações de órgãos eentidades da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicípios, relacionados à proteção e à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às PolíticasNacional e Estadual de Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção eà gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos;

VII - organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, oSistema Estadual de Informações sobre Meio Ambiente;

VIII - prestar informações à União para a formação e atualização do Sinima;

IX - elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade com os

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zoneamentos de âmbito nacional e regional;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmenteprotegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e aconscientização pública para a proteção do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos esubstâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, naforma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuiçãopara licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida aos Estados;

XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentosutilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sobqualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o;

XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentoslocalizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, excetoem Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

XVI - aprovar o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formaçõessucessoras em:

a) florestas públicas estaduais ou unidades de conservação do Estado, exceto emÁreas de Proteção Ambiental (APAs);

b) imóveis rurais, observadas as atribuições previstas no inciso XV do art. 7o; e

c) atividades ou empreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, peloEstado;

XVII - elaborar a relação de espécies da fauna e da flora ameaçadas de extinção norespectivo território, mediante laudos e estudos técnico-científicos, fomentando asatividades que conservem essas espécies in situ;

XVIII - controlar a apanha de espécimes da fauna silvestre, ovos e larvas destinadasà implantação de criadouros e à pesquisa científica, ressalvado o disposto no inciso XX doart. 7o;

XIX - aprovar o funcionamento de criadouros da fauna silvestre;

XX - exercer o controle ambiental da pesca em âmbito estadual; e

XXI - exercer o controle ambiental do transporte fluvial e terrestre de produtosperigosos, ressalvado o disposto no inciso XXV do art. 7o.

Art. 9o São ações administrativas dos Municípios:

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I - executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas Nacional e Estadualde Meio Ambiente e demais políticas nacionais e estaduais relacionadas à proteção domeio ambiente;

II - exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas atribuições;

III - formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal de Meio Ambiente;

IV - promover, no Município, a integração de programas e ações de órgãos eentidades da administração pública federal, estadual e municipal, relacionados à proteçãoe à gestão ambiental;

V - articular a cooperação técnica, científica e financeira, em apoio às PolíticasNacional, Estadual e Municipal de Meio Ambiente;

VI - promover o desenvolvimento de estudos e pesquisas direcionados à proteção eà gestão ambiental, divulgando os resultados obtidos;

VII - organizar e manter o Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente;

VIII - prestar informações aos Estados e à União para a formação e atualização dosSistemas Estadual e Nacional de Informações sobre Meio Ambiente;

IX - elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais;

X - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmenteprotegidos;

XI - promover e orientar a educação ambiental em todos os níveis de ensino e aconscientização pública para a proteção do meio ambiente;

XII - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos esubstâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, naforma da lei;

XIII - exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuiçãopara licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao Município;

XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta LeiComplementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos:

a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conformetipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, consideradosos critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou

b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto emÁreas de Proteção Ambiental (APAs);

XV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta LeiComplementar, aprovar:

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a) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras emflorestas públicas municipais e unidades de conservação instituídas pelo Município, excetoem Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e

b) a supressão e o manejo de vegetação, de florestas e formações sucessoras emempreendimentos licenciados ou autorizados, ambientalmente, pelo Município.

Art. 10. São ações administrativas do Distrito Federal as previstas nos arts. 8o

e 9o

.

Art. 11. A lei poderá estabelecer regras próprias para atribuições relativas àautorização de manejo e supressão de vegetação, considerada a sua caracterização comovegetação primária ou secundária em diferentes estágios de regeneração, assim como aexistência de espécies da flora ou da fauna ameaçadas de extinção.

Art. 12. Para fins de licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentosutilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sobqualquer forma, de causar degradação ambiental, e para autorização de supressão emanejo de vegetação, o critério do ente federativo instituidor da unidade de conservação

não será aplicado às Áreas de Proteção Ambiental (APAs).

Parágrafo único. A definição do ente federativo responsável pelo licenciamento eautorização a que se refere o caput, no caso das APAs, seguirá os critérios previstos nasalíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7o, no inciso XIV do art. 8o e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9o.

Art. 13. Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados,ambientalmente, por um único ente federativo, em conformidade com as atribuiçõesestabelecidas nos termos desta Lei Complementar.

§ 1o Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgãoresponsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazose procedimentos do licenciamento ambiental.

§ 2o A supressão de vegetação decorrente de licenciamentos ambientais éautorizada pelo ente federativo licenciador.

§ 3o Os valores alusivos às taxas de licenciamento ambiental e outros serviços afinsdevem guardar relação de proporcionalidade com o custo e a complexidade do serviçoprestado pelo ente federativo.

Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos paratramitação dos processos de licenciamento.

§ 1o As exigências de complementação oriundas da análise do empreendimento ouatividade devem ser comunicadas pela autoridade licenciadora de uma única vez aoempreendedor, ressalvadas aquelas decorrentes de fatos novos.

§ 2o As exigências de complementação de informações, documentos ou estudosfeitas pela autoridade licenciadora suspendem o prazo de aprovação, que continua a fluir 

após o seu atendimento integral pelo empreendedor.

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§ 3o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental,não implica emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra,mas instaura a competência supletiva referida no art. 15.

§ 4o A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedênciamínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado narespectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitivado órgão ambiental competente. 

Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas açõesadministrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses:

I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estadoou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais oudistritais até a sua criação;

II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente noMunicípio, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua

criação; e

III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente noEstado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a suacriação em um daqueles entes federativos.

Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meiode apoio técnico, científico, administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas decooperação.

Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamentedetentor da atribuição nos termos desta Lei Complementar.

Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização,conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental einstaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambientalcometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada.

§ 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambientaldecorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva oupotencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput,para efeito do exercício de seu poder de polícia.

§ 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental,o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la,fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para asprovidências cabíveis.

§ 3o O disposto no caput  deste artigo não impede o exercício pelos entesfederativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos eatividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a

legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.

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CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 18. Esta Lei Complementar aplica-se apenas aos processos de licenciamento eautorização ambiental iniciados a partir de sua vigência.

§ 1o Na hipótese de que trata a alínea “h” do inciso XIV do art. 7o, a aplicação destaLei Complementar dar-se-á a partir da entrada em vigor do ato previsto no referidodispositivo.

§ 2o Na hipótese de que trata a alínea “a” do inciso XIV do art. 9o, a aplicação destaLei Complementar dar-se-á a partir da edição da decisão do respectivo ConselhoEstadual.

§ 3o Enquanto não forem estabelecidas as tipologias de que tratam os §§ 1o e 2o deste artigo, os processos de licenciamento e autorização ambiental serão conduzidosconforme a legislação em vigor.

Art. 19. O manejo e a supressão de vegetação em situações ou áreas não previstasnesta Lei Complementar dar-se-ão nos termos da legislação em vigor.

Art. 20. O art. 10 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com aseguinte redação:

“Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos eatividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores oucapazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de préviolicenciamento ambiental.

§ 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serãopublicados no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local de grande circulação,ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental competente.

§ 2o (Revogado).

§ 3o (Revogado).

§ 4o (Revogado).” (NR)

Art. 21. Revogam-se os §§ 2º, 3º e 4º do art. 10 e o § 1o do art. 11 da Lei no 6.938,de 31 de agosto de 1981.

Art. 22. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 8 de dezembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.

DILMA ROUSSEFF Francisco Gaetani  

Este texto não substitui o publicado no DOU de 9.12.2011 - e retificado em 12.12.2011

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MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESDEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES

PORTARIA N.º 1.075 DE 26 DE OUTUBRO DE 2011.

Disciplina a distribuição da competência para licitação e contratação entre a AdministraçãoCentral e as respectivas Superintendências Regionais do DNIT e dá outras providências.

O DIRETOR EXECUTIVO DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES, no uso das atribuições que lhe conferem, o artigo 21,Inciso III e Parágrafo 2º, da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto nº5.765, de 27 de Abril de 2006, publicada no D.O.U. de 28/04/2006 e de acordo com o Art.124 - Inciso III e § Único, do Regimento Interno da Autarquia, aprovado pela resolução nº10 de 31 de Janeiro de 2007, publicado no D.O.U de 26/02/2007, a Portaria nº 1.035, de 10de outubro de 2011, publicada no DOU de 11/10/2011, e tendo em vista o constante no

processo n.º 50600.018513/2010-66, e

CONSIDERANDO que o DNIT é órgão gestor e executor, em sua esfera de atuação,

da infra-estrutura de transporte terrestre e aquaviário, integrante do Sistema Federal de

Viação;

CONSIDERANDO o permanente propósito da Administração do DNIT em

descentralizar as competências, de modo a aproximá-la dos fatos, pessoas ou problemas a

atender, e;

CONSIDERANDO que a delegação de competência agiliza a solução dos

procedimentos administrativos e reverte em prol da coletividade.

RESOLVE:

Capítulo I

DOS PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS E DOS CONTRATOS

Art. 1º Delegar aos Superintendentes Regionais do DNIT competência plena e

responsabilidades decorrentes para a realização dos procedimentos licitatórios em todas as

suas fases e para a celebração dos contratos e aditivos decorrentes, objetivando a

contratação de empresas especializadas para realização das obras e serviços de:

I – Manutenção/Conservação (PATO) e Crema 1ª Etapa, independente de valor;

II – Supervisão, nas hipóteses previstas no item III deste caput ;

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III - Obras limitadas a sete vezes do valor estabelecido no item b do inciso I do art.

23 da Lei nº 8.666/93 (atualmente em R$ 10.500.000,00), nos seguintes casos:

a) Restauração

 b) Construção

c) Adequação de Capacidade

d) Eliminação de Pontos Críticose) Melhoramentos

f) Duplicação

IV – Elaboração de Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental –

EVTEA de empreendimentos, cujo valor estimado esteja limitado a sete vezes o valor 

estabelecido no item b do inciso I do art. 23 da Lei nº 8.666/93 (atualmente em R$

10.500.000,00).

V – Elaboração de projetos de engenharia de empreendimentos cujo valor estimadoesteja limitado a sete vezes ao estabelecido no item b do inciso I do art. 23 da Lei nº

8.666/93 (atualmente em R$ 10.500.000,00).

VI – Elaboração de estudos e programas ambientais, supervisão e gestão ambiental

de empreendimentos, cuja expedição das respectivas licenças ambientais seja de

competência do Estado ou do Município.

§ 1º Os casos não contemplados nos itens acima, poderão ser objeto de delegação

de competência por meio de portaria específica do Diretor-Geral, devendo ser solicitada

pela Superintendência Regional à Diretoria Setorial, a qual deverá submetê-la à Diretoria

Colegiada, para aprovação.

§ 2º As Superintendências Regionais deverão, durante a instrução do procedimento

licitatório, solicitar à Diretoria Setorial a emissão de Declaração de Existência de Recursos

Orçamentários, a qual providenciará junto à Diretoria-Geral a emissão da Declaração

Exigida na Lei de Responsabilidade Fiscal (Art. 15 a 17).

§ 3º As minutas dos editais e contratos deverão seguir o modelo padrão do DNIT e

deverão ser submetidas à Procuradoria Federal Especializada/DNIT nos Estados.

§ 4º Os Contratos de Crema 2ª Etapa, Gerenciamento, PROARTE, PROSINAL e

PRODEFENSA, bem como os programas de controle de peso e de velocidade serão

licitados na Sede, independentemente do valor orçado.

§ 5º Excepcionalmente, por motivos relevantes devidamente justificados e decisão

da Diretoria Colegiada, mediante portaria especifica do Diretor-Geral, poderá ser delegada

às Superintendências a realização de licitação nos casos discriminados no § 4º.

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§ 6º Para definição do custo estimado da obra, objeto do projeto de engenharia,

deverá ser adotada a planilha de Custos Médios Gerenciais a ser obtida no seguinte

endereço eletrônico: http://www.dnit.gov.br/planejamento-e-pesquisa/planejamento/custo-

medio-gerencial.

Capitulo IIDOS ADITIVOS CONTRATUAIS

Seção I

PRAZOS CONTRATUAIS

Art.2º Delegar aos Superintendentes Regionais do DNIT competência plena e

responsabilidades decorrentes, para os seguintes procedimentos no âmbito de sua jurisdição:

I - Suspensão e restituição de prazos de todos os contratos;

II - Prorrogação de prazo de todos os contratos à Superintendência, exceto os de

gerenciamento, ainda que delegados.

Parágrafo único. Os casos não contemplados nos itens acima, poderão ser objeto de

delegação de competência por meio de portaria específica do Diretor-Geral, devendo ser 

solicitada pela Superintendência Regional à Diretoria Setorial, a qual deverá submetê-la à

Diretoria Colegiada, para aprovação.

Seção II

REVISÃO DE PROJETO EM FASE DE OBRAS

Art.3º Delegar competência plena e as responsabilidades decorrentes, aos

Superintendentes Regionais do DNIT, para a realização dos procedimentos de revisão de

projeto em fase de obras, referente aos casos previstos no art. 1º desta Portaria, bem como

para aprovação, lavratura e publicação dos respectivos termos aditivos.

Parágrafo único. Os casos não contemplados neste artigo, poderão ser objeto de

delegação de competência por meio de portaria específica do Diretor-Geral, devendo ser 

solicitada pela Superintendência Regional à Diretoria Setorial, a qual deverá submetê-la à

Diretoria Colegiada, para aprovação.

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Seção III

DEMAIS PROCEDIMENTOS CONTRATUAIS

Art.4º Delegar competência plena e as responsabilidades decorrentes, aos

Superintendentes Regionais do DNIT, para, no âmbito de sua jurisdição:

I - Art. 4º, Inciso I - nomear comissão para analisar e aprovar os estudos de

viabilidade técnica, econômica e Ambiental - EVTEA, os projetos de engenharia e os

estudos e programas ambientais de que tratam os incisos IV, V e VI do art.1º desta

Portaria;

II - nomear Comissão de Recebimento de obras ou serviços;

III - emitir atestados de capacidade técnica de serviços executados;

IV - emitir ordem de paralisação e de reinicio de obras e serviços;V - emitir termo de recebimento das obras e serviços executados;

VI - efetuar os procedimentos de cálculo dos reajustamentos dos contratos, bem

como aprovar, lavrar e publicar os respectivos aditivos ou apostilamentos decorrentes;

VII - acompanhar e operacionalizar os procedimentos de licenciamento ambiental,

referentes a projetos e obras de infra-estrutura, interagindo junto aos órgãos ambientais da

esfera municipal, estadual e representações federais nos Estados;

VIII - promover todos os atos necessários ao atendimento das condicionantes

estabelecidas nas licenças ambientais;

IX - promover todos os atos necessários à obtenção das anuências a serem

concedidas pelos órgãos envolvidos no procedimento de licenciamento, de acordo com a

legislação ambiental;

X - obter junto aos órgãos ambientais competentes as respectivas licenças.;

XI - providenciar o atendimento de todas condicionantes ambientais estabelecidas

no procedimento de licenciamento ambiental e prestar todas as informações requeridas

pelos órgãos ambientais;

XII - incorporar aos contratos de obras a Instrução de Serviço/DG nº 03, de 04 de

fevereiro de 2011, que define a Responsabilidade Ambiental das Contratadas – RAC.

Art.5º Delegar competência plena e as responsabilidades decorrentes, aos

Superintendentes Regionais do DNIT, para, no âmbito de sua jurisdição, no que pertine ao

procedimento de Desapropriação, para:

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I – Representar o DNIT nos atos de assinatura de Declaração de Reconhecimento

de Limites, bem como nos respectivos mapas e memoriais descritivos em se tratando de

Faixa de Domínio, de acordo com o estabelecido na Lei nº 6.015/73, alterada pela Lei nº

10.931/04, podendo subdelegar aos Supervisores das Unidades Locais com jurisdição sob

o trecho;

II – Representar o DNIT nos atos de assinatura de comunicação às autoridades quedetiverem a administração de bens públicos de uso comum que forem alcançados por 

declaração de utilidade pública, visando a afetação dos mesmos ao Sistema Federal de

Viação;

III – Representar o DNIT nos atos de assinatura de Instrumentos Públicos de

escrituras de desapropriação pelo DNIT e/ou doação por terceiros de imóveis declarados

de utilidade pública;

IV - Nomear Comissão de Desapropriação para supervisionar, coordenar e executar os trabalhos de desapropriação.

§ 1º - As Superintendências Regionais serão responsáveis pela regularização

patrimonial decorrente das desapropriações de que trata a presente Portaria.

§ 2º - A área da Diretoria de Planejamento e Pesquisa, responsável pela atividade

de desapropriação, deverá supervisionar e orientar a execução das delegações previstas

nesta Portaria.

Art.6º Delegar competência plena e as responsabilidades decorrentes, aos

Superintendentes Regionais do DNIT, para, no âmbito de sua jurisdição:

I – aprovar os projetos técnicos e expedir autorização de serviço referentes a

solicitações para utilização de faixas de domínio das rodovias federais sob jurisdição do

DNIT.

II – autorizar a lavratura e assinar os Contratos de Permissão Especial de Uso e os

respectivos aditamentos, bem como os termos de rescisão contratual, de acordo com a

minuta-padrão aprovadas pela Diretoria Colegiada do DNIT.

III – emitir a Guia de Recolhimento da União – GRU, efetuando o acompanhamento

quanto ao pagamento.

Capitulo III

ANÁLISES JURÍDICAS

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Art. 7º Determinar   que os procedimentos relativos aos atos a seguir relacionados,

deverão ser submetidos às Procuradorias Federais Especializadas nas respectivas

Superintendências Regionais:

I – os atos delegados às Superintendências Regionais por esta Portaria ou por atos

específicos, exceto quando houver a avocação para a sede.

II – os casos de declaração de emergência e respectiva dispensa de licitação, por parte das Superintendências Regionais, exceto as avocadas, e;

III - as emergências e respectivos contratos relativos à Lei nº 12.340/2010.

Capitulo IV

AVOCAÇÃO

Art. 8º Nos atos delegados para os Superintendentes Regionais fica reservado odireito da Administração Central, por meio da Diretoria Setorial correspondente, de avocar 

os procedimentos, exercendo as mesmas atribuições ora delegadas..

Capitulo IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 9º O planejamento, a programação, a operacionalização, a execução, a

fiscalização e o controle de todos os atos e procedimentos, decorrentes desta Portaria,

devem observar as disposições legais vigentes e os padrões e normas internas do DNIT.

Art. 10 Ficam por este ato revogadas as disposições contrárias previstas nas

Portarias de nº 305, 306, 307, 308, 309, 310 e 311 e 769, nas Instruções de Serviço nº 003,

de 05 de março de 2009 e nº 08, de 30 de março de 2010, bem como nos demais atos

cujas disposições sejam incompatíveis com esta Portaria.

Art. 11 Essa Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação.

Tarcísio Gomes de Freitas

Diretor-Executivo/DNIT

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3. Portaria Interministerial nº 419, de 26 de outubro de 2011, dosministérios do Meio Ambiente, da Justiça, da Cultura e da Saúde, que regulamenta aatuação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), da Fundação Cultural Palmares (FCP),do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Ministério daSaúde, incumbidos da elaboração de parecer em processo de licenciamento ambientalde competência federal, a cargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis (IBAMA). ANOTAÇÕES:

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PORTARIA INTERMINISTERIAL No 419, DE 26 DE OUTUBRO DE2011

Regulamenta a atuação dos órgãos e en- tidades da Administração Pública Federalenvolvidos no licenciamento ambiental, de que trata o art. 14 da Lei no 11.516, de 28 deagosto de 2007.

Os MINISTROS DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, DA JUSTIÇA, DA CULTURA e DASAUDE no uso de suas atribuições, e tendo em vista o disposto na Lei no 10.683, de 28 demaio de 2003, resolvem:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o. Esta Portaria regulamenta a atuação da Fundação Nacional do Índio-FUNAI, daFundação Cultural Palmares-FCP, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN e do Ministério da Saúde, incumbidos da elaboração de parecer em processo delicenciamento ambiental de competência federal, a cargo do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Rcursos Naturais Renováveis-IBAMA.

Art. 2o. Para os fins desta Portaria, entende-se por:

I - Estudos ambientais: são todos e quaisquer estudos re- lativos aos aspectos ambientaisrelacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ouempreendimento, apre- sentados como subsidio para a análise da licença requerida, taisco- mo: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, re- latório ambientalpreliminar, diagnostico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de áreadegradada e análise preliminar de risco;

II - Bens culturais acautelados: os bens culturais protegidos pela Lei no 3924, de 26 de julho de 1961, os bens tombados nos termos do Decreto-Lei no 25, de 30 de novembro de1937 e os bens registrados nos termos do Decreto 3551, de 4 de agosto de 2000,indicados no Anexo I;

III - Ficha de Caracterização da Atividade-FCA: documento apresentado peloempreendedor, em conformidade com o modelo indicado pelo Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA, em que são descritos os principaiselementos que caracterizam as atividades e sua área de localização e são fornecidasinformações acerca da justificativa da implantação do projeto, seu porte e a tecnologiaempregada, os principais aspectos am- bientais envolvidos e a existência ou não de

estudos;IV - Licença ambiental: ato administrativo pelo qual o IBAMA estabelece as condições,restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas peloempreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar atividades ou empreendimentos utilizadores dos recursos ambientais considerados efetivaou potencialmente poluidores, ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental;

V - Licenciamento ambiental: procedimento administrativo pelo qual o IBAMA licencia alocalização, instalação, ampliação e operação de atividades ou empreendimentos

utilizadores de recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ouda- queles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando

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as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso;

VI - Órgãos e entidades envolvidos no licenciamento am- biental: órgãos públicos federais,referidos no art. 1o, incumbidos da elaboração de parecer sobre temas de suacompetência, em processo visando à emissão de licença ambiental, no âmbito doprocedimento de licenciamento ambiental;

VII - Regiões endêmicas de malária: compreende os mu- nicípios localizados em áreas derisco ou endêmicas de malária, identificados pelo Ministério da Saúde;

VIII - Termo de referência (TR): documento elaborado pelo IBAMA que estabelece oconteúdo necessário dos estudos a serem apresentados no processo de licenciamentoambiental;

IX - Termos de referência específicos: documentos elabo- rados pelos órgãos e entidadesda administração pública federal en- volvidos no licenciamento ambiental que estabelecemo conteúdo necessário para análise dos impactos afetos a cada órgão ou entidade;

X - Terra indígena: as áreas ocupadas por povos indígenas, cujo relatório circunstanciadode identificação e delimitação tenha sido aprovado por portaria da FUNAI, publicada noDiário Oficial da União, ou áreas que tenham sido objeto de portaria de interdição expedidapela FUNAI em razão da localização de índios isolados;

XI - Terra quilombola: as áreas ocupadas por remanescentes das comunidades dosquilombos, que tenha sido reconhecida pelo Relatório Técnico de Identificação eDelimitação-RTID, devidamente publicado.

Art. 3o O IBAMA, no início do procedimento de licen- ciamento ambiental, na Ficha deCaracterização as Atividade-FCA, deverá solicitar informações do empreendedor sobre

possíveis in- terferências em terra indígena, em terra quilombola, em bens culturaisacautelados e em áreas ou regiões de risco ou endêmicas para ma- lária.

§ 1o No caso de omissão das informações solicitadas no caput, o IBAMA deverá informá-laàs autoridades competentes para a apuração da responsabilidade do empreendedor, naforma da legis- lação em vigor.

§ 2o Para fins do disposto no caput deste artigo, presume-se a interferência:I - em terraindígena, quando a atividade ou empreendimento submetido ao licenciamento ambientallocalizar-se em terra indígena ou apresentar elementos que possam gerar dano sócio-ambiental di- reto no interior da terra indígena, respeitados os limites do Anexo II;

II - quando a atividade ou empreendimento submetido ao licenciamento ambientallocalizar-se em terra quilombola ou apre- sentar elementos que possam gerar dano sócio-ambiental direto no interior da terra quilombola, respeitados os limites do Anexo II;

III - quando a área de influência direta da atividade ou empreendimento submetido aolicenciamento ambiental localizar-se numa área onde for constatada ocorrência de bensculturais acau- telados;

IV - quando a atividade ou empreendimento localizar-se em municípios pertencentes àsáreas de risco ou endêmicas para malária.

§ 3 Em casos excepcionais, desde que devidamente justificados e em função das

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especificidades da atividade ou empreendimento e das peculiaridades locais, os limitesestabelecidos no Anexo II poderão ser alterados, de comum acordo entre o IBAMA, oórgão envolvido e o empreendedor.

Art. 4o. No termo de referência do estudo ambiental exigido pelo IBAMA para olicenciamento ambiental deverão constar as exi- gências de informações ou de estudosespecíficos referentes à in- terferência da atividade ou empreendimento em terra indígena,em terra quilombola, em bens culturais acautelados e em municípios pertencentes àsáreas de risco ou endêmicas para malária.

Parágrafo Único: No Termo de Referência deve ser dada especial atenção aos aspectoslocacionais e de traçado da atividade ou empreendimento, bem como as medidas para amitigação e o controle dos impactos a serem consideradas pelo IBAMA quando daemissão das licenças pertinentes.

CAPÍTULO IIDOS PROCEDIMENTOS E PRAZOS PARA MANIFES- TAÇÃO DOS ÓRGÃOS E

ENTIDADES ENVOLVIDOS JUNTO AO IBAMA EM RELAÇÃO AO TR

Art. 5o. A participação dos órgãos e entidades envolvidos no licenciamento ambiental paraa definição do conteúdo do TR, de que trata o art. 4o, dar-se-á a partir dos termos dereferência específicos anexos a esta Portaria (Anexo III) e ainda:

I - O IBAMA encaminhará, em até 10 (dez) dias conse- cutivos, a partir do requerimento delicenciamento ambiental, a so- licitação de manifestação dos órgãos e entidadesenvolvidos, dis- ponibilizando a Ficha de Caracterização Ambiental em seu sítio ele- trônicooficial.

II - Os órgãos e entidades envolvidos deverão manifestar-se ao IBAMA no prazo de 15

(quinze) dias consecutivos, contados do recebimento da solicitação de manifestação.

§1o Em casos excepcionais, a pedido do órgão ou entidade envolvido, de formadevidamente justificada, o IBAMA poderá pror- rogar em até 10 (dez) dias o prazo para aentrega da manifestação.

§2o Expirado o prazo estabelecido neste artigo, o Termo de Referência será consideradoconsolidado, dando-se prosseguimento ao procedimento de licenciamento ambiental.

CAPITULO IIIDOS PROCEDIMENTOS E PRAZOS PARA MANIFES- TAÇÃO DOS ÓRGÃOS E

ENTIDADES ENVOLVIDOS JUNTO AO IBAMA

Art. 6o. Os órgãos e entidades envolvidos no licenciamento ambiental deverão apresentar ao IBAMA manifestação conclusiva sobre o Estudo Ambiental exigido para olicenciamento, nos prazos de até 90 (noventa) dias no caso de EIA/RIMA e de até 30 (trintadias) nos demais casos, a contar da data do recebimento da so- licitação, considerando:

I - Fundação Nacional do Índio-FUNAI - Avaliação dos impactos provocados pela atividadeou empreendimento em terras indígenas, bem como apreciação da adequação daspropostas de me- didas de controle e de mitigação decorrentes desses impactos.

II - Fundação Cultural Palmares - Avaliação dos impactos provocados pela atividade ouempreendimento em terra quilombola, bem como apreciação da adequação das propostas

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de medidas de controle e de mitigação decorrentes desses impactos.

III - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional- IPHAN - Avaliação acerca daexistência de bens acautelados iden- tificados na área de influência direta da atividade ouempreendimento, bem como apreciação da adequação das propostas apresentadas para oresgate.

IV - Ministério da Saúde - Avaliação e recomendação acerca dos impactos sobre os fatoresde risco para a ocorrência de casos de malária, no caso de atividade ou empreendimentolocalizado em áreas endêmicas de malária.

§ 1o O Ministério da Saúde deverá definir os municípios pertencentes às áreas de risco ouendêmicas para malária, com atua- lização anual a ser disponibilizada em seu sítio oficialna rede mun- dial de computadores.

§ 2o O IBAMA consultará o Ministério da Saúde sobre os estudos epidemiológicos e osprogramas voltados para o controle da malária e seus vetores propostos e a seremconduzidos pelo em- preendedor.

§ 3o Em casos excepcionais, devidamente justificados, o ór- gão ou entidade envolvidapoderá requerer a prorrogação do prazo em até 15(quinze) dias para a entrega damanifestação ao IBAMA.

§ 4o A ausência de manifestação dos órgãos e entidades envolvidos, no prazoestabelecido, não implicará prejuízo ao anda- mento do processo de licenciamentoambiental, nem para a expedição da respectiva licença.

§ 5o A manifestação extemporânea dos órgãos e entidades envolvidos será consideradana fase em que se encontrar o processo de licenciamento.

§ 6o Os órgãos e entidades envolvidos poderão exigir uma única vez, mediante decisãomotivada, esclarecimentos, detalhamento ou complementação de informações, com baseno termo de referência específico, a serem entregues pelo empreendedor no prazo de até60 (sessenta) dias no caso de EIA/RIMA e 20 (vinte) dias nos demais casos.

§ 7o A manifestação dos órgãos e entidades envolvidos de- verá ser conclusiva,apontando a existência de eventuais óbices ao prosseguimento do processo delicenciamento e indicando as medidas ou condicionantes consideradas necessárias parasuperá-los.

§8o As condicionantes e medidas indicadas na manifestação dos órgãos e entidadesenvolvidos de que trata o caput, para cum- primento pelo empreendedor, deverão guardar relação direta com os impactos identificados nos estudos apresentados peloempreendedor, decorrentes da implantação da atividade ou empreendimento, e de- verãoser acompanhadas de justificativa técnica.

Art. 7o. No período que antecede a emissão das licenças de instalação e operação, oIBAMA poderá solicitar manifestação dos órgãos e entidades envolvidos, quanto aocumprimento das condi- cionantes das licenças expedidas anteriormente, bem comoquanto aos estudos, planos e programas pertinentes à fase do licenciamento em curso. 

§ 1 O prazo para manifestação será de, no máximo, 60 (sessenta) dias, a contar da data

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de recebimento da solicitação do IBAMA.

§ 2 Os órgãos e entidades envolvidos deverão disponibilizar ao empreendedor, no âmbitode suas competências, orientações para a elaboração do Projeto Básico Ambiental - PBAou documento similar, bem como quaisquer outros documentos exigíveis de acordo com afase do licenciamento.

Art. 8o As manifestações dos órgãos e entidades envolvidos deverão ser encaminhadas aoIBAMA em formato impresso e em meio eletrônico.

CAPITULO IVDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 9o Caberá aos órgãos e entidades federais envolvidos no licenciamento ambientalacompanhar a implementação das recomen- dações e medidas relacionadas às suasrespectivas áreas de com- petência, informando ao IBAMA eventuais descumprimentos ein- conformidades em relação ao estabelecido durante as análises prévias à concessão decada licença.

Art. 10. Os órgãos e entidades envolvidos deverão ajustar-se às disposições destaPortaria, adequando ou estabelecendo normativas pertinentes no prazo de até 30 dias.

Art. 11. Os casos omissos referentes ao conteúdo desta por- taria serão decididos peloMinistro de Estado do Meio Ambiente, ouvido o IBAMA.

Art. 12. Os prazos e procedimentos dispostos nesta Portaria aplicam-se somente aosprocessos de licenciamento ambiental cujos Termos de Referência ainda não tenham sidoemitidos pelo IBAMA, na data de sua publicação.

Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

IZABELLA TEIXEIRAMinistra de Estado do Meio Ambiente

JOSÉ EDUARDO CARDOZOMinistro de Estado da Justiça

ANA DE HOLLANDAMinistra de Estado da Cultura

ALEXANDRE PADILHAMinistro de Estado da Saúde

ANEXO ILISTA DE BENS REGISTRADOS NOS TERMOS DO DECRETO 3.551 DE 2000

1. Ofício das Paneleiras de Goiabeiras Localização: município de Vitória-ES 2. Arte Kusiwa- Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi Localização: Amapá 3. Círio de Nossa Senhora deNazaré Localização: Belém-PA e incidência em diversas cidades brasileiras 4. Samba deRoda do Recôncavo Baiano Localização: Bahia e incidência em diversas cidadesbrasileiras 5. Modo de Fazer Viola-de-Cocho Localização: Mato Grosso e Mato Grosso doSul 6. Ofício das Baianas de Acarajé Incidência: Salvador-BA e incidência em diversascidades brasileiras. 7. Jongo no Sudeste Localização: São Paulo, Rio de Janeiro, MinasGerais e Espírito Santo. 8. Cachoeira de Iauaretê - Lugar sagrado dos povos indígenas dos

Rios Uaupés e Papuri Localização: Município de São Gabriel da Cachoeira - AM 9. Feirade Caruaru Localização: Município de Caruaru-PE 10. Frevo Localização: Pernambuco e

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incidência em diversas cidades brasileiras. 11. Tambor de Crioula do MaranhãoLocalização: Maranhão e incidência em outros estados brasileiros 12. Matrizes do Sambano Rio de Janeiro: Partido Alto, Samba de Terreiro e Samba-Enredo. Localização: Rio deJaneiro e incidência nos demais estados brasileiros 13. Modo artesanal de fazer Queijo deMinas, nas regiões do Serro e das Serras da Canastra e do Salitre Localização: MinasGerais. 14. Roda de Capoeira Localização: em todos estados brasileiros e incidência emdiversos países. 15. Ofício dos mestres de capoeira Localização: em todos estadosbrasileiros e incidência em diversos países. 16. Modo de fazer Renda Irlandesa (Sergipe)Localização: Município de Divina Pastora-SE e incidências em outras cidades brasileiras.17. O toque dos Sinos em Minas Gerais Localização: Minas Gerais e incidência em outrascidades brasileiras 18. Ofício de Sineiro Localização: Minas Gerais e incidência em outrascidades brasileiras 19. Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis (Goiás) Localização:Município de Pirinópolis-GO 20. Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene NaweLocalização: Mato Grosso 21. Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro Localização:Amazonas 22. Festa de Sant' Ana de Caicó Localização: Município de Caicó-RN 23.Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão Localização: Maranhão e incidênciaem diversas cidades brasileiras.

ANEXO II

ANEXO IIIINSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS

RENOVÁVEIS

INTRODUÇÃO E ORIENTAÇÕES GERAIS

1. INTRODUÇÃO

O Termo de Referência - TR tem como objetivo determinar a abrangência, osprocedimentos e os critérios gerais para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental(EIA) e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), instrumentos do licenciamentoambiental.

Para requerer a licença prévia para a atividade ou empreendimento, primeiro passo do

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procedimento de licenciamento ambiental, o responsável legal deverá elaborar o EIA/RIMApautado em Termo de Referência, que estipula as diretrizes e fornece subsídios quenorteiam o desenvolvimento dos estudos. O EIA envolve a definição da área de influênciada atividade ou empreendimento, o diagnóstico ambiental dessa área, a identificação equalificação dos impactos ambientais decorrentes da atividade ou do empreendimento,avaliação desses impactos e a proposição de medidas para a mitigação, o controle e, atémesmo, a eliminação dos impactos.

O EIA deve primordialmente identificar os impactos da atividade ou empreendimento,analisando sua inserção na região, o que embasará, juntamente com os demais fatores eestudos específicos incorporados à análise, a tomada de decisão quanto a sua viabilidadeambiental.

A avaliação integrada dos impactos ambientais deve considerar os impactos ambientaisrelacionados especificamente com a atividade ou o empreendimento, bem comoconsiderar efeitos isolados, cumulativos e/ ou sinérgicos de origem natural e antrópica,principalmente com relação aos eventuais projetos inventariados, propostos, emimplantação ou operação na área de influência regional.

O Termo de Referência é elaborado a partir das informações específicas levantadas naFicha de Abertura de Processo (FAP) junto ao Ibama, em reuniões e mapeamentodisponibilizados pelo interessado e em vistoria de campo.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS2.1. PROCEDIMENTOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O licenciamento ambiental de empreendimentos potencialmente poluidores ou causadoresde degradação ambiental foi definido como um dos instrumentos da Política Nacional doMeio Ambiente (PNMA), Lei N.o 6.938/81, que instituiu também o Sistema Nacional do

Meio Ambiente (Sisnama), mantendo a competência concorrente dos entes da Federaçãopara a sua implementação.A elaboração do EIA integra a fase inicial do licenciamento ambiental atestando aviabilidade ambiental da atividade ou do empreendimento, a partir do posicionamentotécnico do Ibama e emissão da licença pertinente, permitindo, assim, a continuidade dolicenciamento ambiental. As próximas fases, correspondentes às licenças conseqüentes,envolvem a elaboração do Projeto Básico Ambiental - PBA e o Inventário Florestal, dentreoutros estudos necessários ao processo de licenciamento ambiental.

A publicidade dos estudos é feita normalmente por meio do Relatório de Impacto Ambiental- RIMA, que deve ser apresentado de forma objetiva, em linguagem acessível, ilustrado por 

mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo quese possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas asconseqüências ambientais de sua implementação. Esta publicidade é uma exigência daConstituição Brasileira, em seu Art. 225. Para tanto o Ibama poderá promover a realizaçãode audiências públicas, de acordo com o que estabelece a Resolução Conama N.o 009/87,ou outras formas de consulta pública. O RIMA é fundamental para o alcance dos objetivosda audiência pública a que deve ser submetido o EIA.

As manifestações técnicas conclusivas dos diversos órgãos e entidades da administraçãopública envolvidos no licenciamento ambiental, dentre eles: órgãos estaduais de meioambiente, prefeituras, FUNAI, SNVS/MS, IPHAN, Fundação Palmares, conforme sua

respectiva competência, constituem parte integrante da análise de mérito prevista noprocedimento de licenciamento ambiental, conforme legislação aplicável.

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 Os órgãos responsáveis pela administração de Unidades de Conservação deverão semanifestar, previamente à emissão da primeira licença, nos termos da Lei no 9.985/2000 eResolução CONAMA 428/2010.

2.2. DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL2.2.1. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIAO Estudo de Impacto Ambiental (EIA) constitui-se em um documento de natureza técnico-científica que tem por finalidade a avaliação dos impactos ambientais capazes de seremgerados por atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais,considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou daqueles que, sob qualquer forma,possam causar degradação ambiental, de modo a permitir a verificação da sua viabilidadeambiental.

O EIA deve determinar o grau de impacto da atividade ou do empreendimento, propor medidas mitigadoras e de controle ambiental, procurando garantir o uso sustentável dosrecursos naturais e apontar o percentual a ser aplicado para fins de compensaçãoambiental, conforme Lei no 9985/2000.

Deverão ser detalhadas as metodologias adotadas para escolha da alternativa maisfavorável, delimitação das áreas de influência, diagnóstico dos fatores ambientais eavaliação dos impactos.

2.2.2. RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL – RIMA

As informações técnicas geradas no Estudo de Impacto Ambiental - EIA deverão ser apresentadas em um documento em linguagem apropriada ao entendimento do público,que é o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, em conformidade com a ResoluçãoCONAMA no 001/86. A linguagem utilizada neste documento deverá conter características

e simbologias adequadas ao entendimento das comunidades interessadas, devendo aindaconter, como instrumento didático auxiliar, ilustrações tais como mapas, quadros, gráficose demais técnicas de comunicação visual, expondo de modo simples e claro asconseqüências ambientais do projeto e suas alternativas, comparando as vantagens edesvantagens de cada uma delas.

2.2.3. OUTROS ESTUDOS E DOCUMENTOS A SEREM OBSERVADOS

A legislação atual incorporou outros estudos ao licenciamento ambiental, a saber:Avaliação do Potencial Malarígeno (APM); diagnóstico e prospecção, quando necessário,de bens de interesse cultural, material e imaterial; e, ainda, estudos etnoecológicos, de

comunidades indígenas, comunidades quilombolas e sobre assentamentos humanos,conforme a pertinência.

Devem ser observados os instrumentos legais e normativos próprios, alem das diretrizes eorientações específicas emitidas pelos órgãos e entidades, conforme a competência.Assim, quaisquer autorizações ou documentos referentes à elaboração, ou dispensa deexigibilidade, de estudos ou ações, as suas conclusões, incluindo pareceres técnicos eavaliações, devem ser encaminhados ao Ibama para a devida anexação ao processo delicenciamento ambiental.Assim, os termos de referência e as orientações emitidas pelos órgãos e entidadescompetentes são complementares ao TR do Ibama.

Estudos e Laudo de Avaliação do Potencial Malarígeno (ANEXO III-A): Sob a

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responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS, do Ministério da Saúde -MS, referem-se aos estudos epidemiológicos e a condução de programas voltados para ocontrole da doença e de seus vetores a serem implementados nas diversas fases daatividade ou empreendimento que potencializem os fatores de risco para a ocorrência decasos de malária, e devem ser realizados pelo empreendedor. Modelo de TR com oconteúdo mínimo de tais estudos constituem o Anexo III-A desta Portaria. Estudos sobrePopulações Indígenas (ANEXO III-B): Sob a responsabilidade da Coordenação Geral dePatrimônio Indígena e Meio Ambiente - CGPIMA, da Fundação Nacional do Índio - FUNAI,do Ministério da Justiça - MJ, o estudo sobre população indígena abrange identificação,localização e caracterização das terras indígenas, grupos, comunidades étnicasremanescentes e aldeias existentes na área definida no Anexo II, com avaliação dosimpactos decorrentes do empreendimento ou atividade e proposição de medidas decontrole e de mitigação desses impactos sobre as populações indígenas. Modelo de TRcom o conteúdo mínimo de tais estudos constituem o Anexo III-B desta Portaria.

Estudos sobre comunidades quilombolas (ANEXO III-C): Sob a responsabilidade daFundação Cultural Palmares, o estudo sobre comunidades quilombolas abrangeidentificação, localização e caracterização dos territórios reconhecidos existentes na área

definida no Anexo II, com avaliação dos impactos decorrentes de sua implantação eproposição de medidas de controle e de mitigação dessesimpactos sobre essascomunidades. Modelo de TR com o conteúdo mínimo de tais estudos constituem o AnexoIII-C desta Portaria.

Estudos sobre o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (ANEXO III-D): Sob aresponsabilidade do IPHAN, os estudos devem localizar, mapear e caracterizar as áreasde valor histórico, arqueológico, cultural e paisagístico na área de influência direta daatividade ou do empreendimento, com apresentação de propostas de resgate, quando for ocaso, com base nas diretrizes definidas pelo Instituto. Modelo de TR com o conteúdomínimo de tais estudos constituem o Anexo III-D desta Portaria.

2.3. MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL2.3.1. AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

As audiências públicas constituem-se em instrumento previsto no conjunto legal que rege oprocesso de licenciamento ambiental, devendo seguir as orientações contidas naResolução Conama n.o. 09/1987 para a sua realização.

O objetivo das Audiências Públicas é expor aos interessados o conteúdo do EIA e seurespectivo RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes críticas e sugestões arespeito. A Audiência Pública é dirigida pelo representante do Ibama nos processos de

licenciamento ambiental federal e, após a exposição objetiva do projeto e do RIMA, têminício as discussões com os interessados.

Todos os documentos entregues, escritos e assinados, são anexados à Ata Sucinta daAudiência Pública e passam a integrar o processo, sendo considerados na análise eparecer final do IBAMA quanto à aprovação ou não do projeto.

2.3.2 CONSULTAS PÚBLICAS

No âmbito dos procedimentos de licenciamento ambiental, as consultas públicas estãoprevistas na Resolução Conama N.o 302/2002, que estabelece a necessidade de

elaboração do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório,podendo ser adotados procedimentos da audiência pública, naquilo que for aplicável.

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2.3.3 OITIVASAs oitivas das Comunidades Indígenas pelo Congresso Nacional devem obedecer aosprocedimentos estabelecidos pelo órgão competente no trato das questões que afetem opatrimônio indígena, no caso a Funai, e também pelos órgãos competentes.

ANEXO III-AMINISTÉRIO DA SAÚDE-MS TERMO DE REFERÊNCIA COMPONENTE: AVALIAÇÃODO POTENCIAL MALARÍGENO ORIENTAÇÕES GERAIS 

Este documento apresenta a descrição das exigências da Secretaria de Vigilância emSaúde do Ministério da Saúde para a emissão do Laudo de Avaliação do PotencialMalarígeno (LAPM) e Atestado de Condição Sanitária (ATCS) em atividades ouempreendimentos localizados na Região Amazônica.

Avaliação do Potencial Malarígeno (APM)

- Procedimento necessário para verificar a ocorrência ou não de casos de malária e seusfatores determinantes e condicionantes, na área proposta para implantação de atividades

ou empreendimentos e suas áreas de influência, sujeitos ao licenciamento ambiental,conforme estabelecido na resolução CONAMA No 286/2001, com objetivo de prevenir emitigar os fatores determinantes e condicionantes da transmissão da malária.

- A Avaliação do Potencial Malarígeno é o documento que o empreendedor deve protocolar na Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde para que esta emita o Laudode Avaliação do Potencial Malarígeno (LAPM).

- As diferentes tipologias de atividades ou empreendimentos são responsáveis por diferentes impactos e, assim sendo, devem ser amostrados de forma diferenciada. Assim,caberá ao empreendedor protocolar, antes de iniciar os estudos, um pedido de aprovação

da proposta do plano amostral para o levantamento entomológico. Caberá à SVS/MSavaliar o requerimento no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, antes do protocolo daAvaliação do Potencial Malarígeno da SVS/MS.

TÓPICOS QUE DEVEM CONSTAR NA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL MALARÍGENO:

Os estudos devem ser iniciados pela identificação de quais características da atividade oudo empreendimento podem potencializar a transmissão de malária (modificação no fluxodos corpos d'água, represamento, alteração do curso dos corpos d'água, aumento dosníveis dos lençóis freáticos, aumento do fluxo de populações humanas de áreas nãoendêmicas e endêmicas de malária, etc.).

Identificação do(s) município(s) onde a atividade ou o empreendimento será implantado. -Nome e código do IBGE; - UF; - População total, população urbana e população rural;- No populacional da Área de Influência Direta (AID) e Indireta (AII); - Limites geográficoscom outros municípios; - Principais atividades econômicas do(s) município(s). Identificar asituação epidemiológica da malária do(s) município(s). - Informações relacionadas aos trêsúltimos anos completos.

- Número de casos de malária no(s) município(s) em cada ano; - Índice Parasitário Anual(IPA); - Percentual de malária falciparum em relação ao total de casos de malária (IFA); -Risco (Alto: IPA ε 50, médio: 50 > IPA ε 10 , baixo: IPA< 10). - Informações do número decasos de malária em área urbana e rural. - Informações epidemiológicas nas localidades

da AID e AII da atividade ou empreendimento. - Identificar o risco de transmissão demalária na localidade onde a atividade ou

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impacto na transmissão de malária, para que se previna o incremento da transmissão demalária na AID e AII, durante a fase de instalação da atividade ou empreendimento.- Informar as medidas para o controle da malária durante a instalação da atividade ouempreendimento, que serão desenvolvidas pelo empreendedor no canteiro de obras ealojamentos dos trabalhadores (controle vetorial, diagnóstico e tratamento, promoção dasaúde, educação em saúde e mobilização social).- Proposta do empreendedor para mitigar o serviço de vigilância de malária do municípiodurante a instalação da atividade ou empreendimento, em decorrência do aumentopopulacional.- Detalhamento dos recursos propostos para incrementar a estrutura da vigilância demalária no(s) município(s).- Cronograma de execução das atividades propostas no PACM, durante a fase deinstalação da atividade ou empreendimento.

ANEXO III-BTERMO DE REFERÊNCIA FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAI COMPONENTE:TERRAS INDÍGENAS APRESENTAÇÃO E ORIENTAÇÕES GERAIS

A Funai, órgão indigenista oficial, no âmbito do licenciamento ambiental, se manifestar perante o Ibama, em relação ao impacto ambiental e sócio-cultural da atividade ouempreendimento em Terras Indígenas- TIs.

O Termo de Referência é o instrumento que define os itens que deverão nortear osestudos necessários à avaliação dos impactos sobre as terras e culturas indígenas econtem as orientações gerais sobre os procedimentos junto à Funai. Fixa os requisitos easpectos essenciais relacionados à questão indígena para a identificação e análise dosimpactos nos componentes sociais, culturais e ambientais decorrentes da interferência daatividade ou empreendimento tendo como referência os limites do Anexo II.

O resultado da avaliação deve ensejar a proposição de ações e medidas de mitigação econtrole dos impactos de acordo com as especificidades das terras e culturas indígenasafetadas. A avaliação deve considerar, dentre outros aspectos, o contexto dedesenvolvimento regional e a análise integrada e sinérgica dos impactos socioambientaisdecorrentes desta e de outras atividades ou empreendimentos sobre as terras e culturasindígenas.

Para o desenvolvimento do Estudo do Componente Indígena- ECI o empreendedor deverásubmeter à análise prévia da FUNAI o currículo dos consultores que irão desenvolver ostrabalhos. Os estudos e a execução de atividades, incluindo a realização de reuniões,alimentação, logística de deslocamento dos índios e de técnicos da Funai, se necessário, e

quaisquer gastos oriundos de ações relacionadas ao processo de licenciamento doempreendimento, são de responsabilidade do empreendedor. É obrigação ainda doempreendedor preparar e sensibilizar os trabalhadores para compreensão dasespecificidades indígenas.

Durante os estudos é vetada a coleta de qualquer espécie (fauna, flora, recursos minerais)nas Terras Indígenas, bem como a realização de pesquisa, em qualquer campo, relativa àspráticas com conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético por parte doscontratados.

A área definida para estudo é aquela constante do Anexo II, salvo situações excepcionais

decorrentes da especificidade da atividade ou empreendimento ou da sua região deinserção, identificada em comum acordo com o Ibama e em entendimento com o

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interessado.

1. METODOLOGIA

A metodologia de trabalho visa fundamentar o desenvolvimento do estudo subsidiado emdados secundários e coleta de dados primários referentes aos impactos para os meiosfísico e biótico e os impactos de ordem social, econômica e cultural para os gruposindígenas envolvidos. Portanto, o ECI deverá ser caracterizado pela interdisciplinaridade,devendo ser composto por pesquisa de campo, bibliográfica, documental e cartográfica,ressaltando que a participação dos grupos indígenas e seus saberes é fundamental eimprescindível.

Há que se destacar a necessidade de que o processo seja participativo e colaborativo eque o levantamento de impactos se dê com ênfases no diálogo.

Contempla-se também a consulta aos acervos documentais da Funai, no sentido de colher subsídios advindos de estudos, relatórios e documentos diversos, incluindo outros estudos já realizados. A utilização desses dados deve ser precedida de consulta e autorização dos

seus autores, quando não publicados, ficando a Funai isenta de qualquer responsabilidadequanto à utilização imprópria das obras já existentes.

2. PLANO DE TRABALHO

A realização dos estudos deve ser precedida da elaboração de Plano de Trabalho, quedeverá contar com cronograma detalhado e roteiro das atividades propostas (em campo egabinete), orientadas pelos objetivos do estudo e pela dinâmica própria das comunidadesindígenas, apresentando a seguinte estrutura geral:- Introdução; - Objetivos; - Equipe técnica (indicando função e encaminhando currículo dos- profissionais); - Referencial teórico-metodológico; - Relação e descrição das atividades

técnicas; - Cronograma de atividades observando o cronograma do licenciamento,conforme legislação; e - Resultados desejados, indicadores, metas e produtos. Durante operíodo de desenvolvimento das atividades propostas no Plano de Trabalho, devem ser contempladas a realização de reuniões ampliadas entre os grupos indígenas em foco, aequipe de consultores e os servidores da Funai, visando garantir o direito dos povosindígenas à informação e à participação. Destacam-se como finalidades de tais reuniões:a) esclarecimentos sobre o processo de licenciamento ambiental da atividade ouempreendimento, especificidades do projeto em relação às terras indígenas e informaçõesgerais;b) apresentação da equipe, finalidade das atividades propostas, metodologia adotada notrabalho a ser desenvolvido e plano de trabalho, incluindo previsão de período de

permanência em campo com roteiro de atividades definidas e cronograma de visita àslocalidades das TIs afetadas;c) consulta aos grupos indígenas acerca da atividade ou do empreendimento edesenvolvimento dos estudos em referência.Devem ser elaboradas atas/memórias das reuniões, a serem anexadas ao produtoproduzido no âmbito dos Estudos do Componente Indígena, juntamente com asrespectivas listas de presença e outros documentos pertinentes (incluindo registro visual,caso autorizado pelos índios).

O capítulo referente ao Estudo do Componente Indígena deverá atender a itemizaçãoapresentada a seguir, sendo que esta condição será observada quando da realização do

check-list pelos técnicos da Funai.

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Caso a equipe consultora opte por não seguir a ordem dos itens solicitados pela Funai,recomenda-se que, quando da entrega do produto, o empreendedor encaminhe check listsinalizando o atendimento dos itens do presente Termo. Os itens deste Termo deReferência eventualmente não atendidos, deverão ser citados e justificados, referenciando-os.

É imprescindível que o ECI original seja devidamente assinado por todos os integrantes daequipe consultora, e rubricado em todas as suas páginas.

3. ROTEIRO TÓPICO-METODOLÓGICO

I. Identificação do empreendedor, da empresa consultora, dos profissionais responsáveispela realização do estudo e dos representantes indígenas integrantes da equipe deconsultoria.a) Para a equipe técnica, apresentar: nome, área profissional/ formação, identificação doscoordenadores, número de registro no Cadastro Técnico Federal do Ibama e no Conselhode Classe, quando houver.A equipe básica para a realização do Estudo do Componente Indígena deve ser composta

por, no mínimo:- 01 (um profissional) bacharel em ciências sociais com pósgraduação stricto sensu emantropologia, que preferencialmente tenha:i) atuação anterior em processos de licenciamento ambiental e avaliação de impactossócio- ambientais; (ii) experiência com as etnias em foco;- 01 (um) profissional ictiólogo, no caso de aproveitamentos hidrelétricos,empreendimentos portuários ou que possuam significativo potencial de impacto em corposhídricos das TIs;- 01 (um) profissional com formação acadêmica na área de ciências ambientais(engenheiro florestal ou ecólogo) e pós-graduação stricto sensu, com experiência emavaliação de impactos ambientais.

II. Caracterização do empreendimento a) Histórico, objetivo e justificativas -Caracterização, objetivos e justificativas da atividade ou empreendimento, considerando,entre outras questões: - Histórico do planejamento da atividade ou empreendimento,contemplando aspectos demográficos, fundiários, sociais, econômicos, políticos e técnicos;- Inserção da atividade ou empreendimento nos programas de ocupação do território edesenvolvimento socioeconômico para a região; - Compatibilidade da atividade ouempreendimento com as diretrizes governamentais para o desenvolvimento sustentável; -Inserção e significado da atividade ou empreendimento no planejamento de obras para aregião e sua interligação com outras atividades ou empreendimentos implantados ouplanejados; - Importância e peculiaridades da atividade ou empreendimento, considerando

a diversidadede arranjos sociais e de sistemas produtivos existentes na região. b) LocalizaçãoGeográfica- Apresentação do mapa da localização geográfica da atividade ou empreendimento,identificando a bacia hidrográfica onde o mesmo se localiza e especificando distâncias emrelação às terras indígenas. Devem ser apresentadas as coordenadas geográficas dospontos de referência, explicitando o datum utilizado e caracterizando a localização.- Apresentação das coordenadas georreferenciadas das estruturas de apoio da obra(canteiro de obras, jazidas), incluindo a quantidade e localização de áreas de empréstimo ebota-fora, quando houver.

III. Metodologia e marcos legaisa) Apresentar a metodologia empregada para levantamento dos dados e informações

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pertinentes ao Estudo do Componente Indígena; eb) Apresentar sucintamente os principais dispositivos legais orientadores das investigaçõese análises produzidas no âmbito do Estudo do Componente Indígena.IV. Povos Indígenas: aspectos sócio-culturais, econômicos e políticos

a) Breve caracterização demográfica de cada TI objeto de estudo (número aproximado defamílias) e presença indígena na área definida para estudo, conforme Anexo II;b) Breve descrição da situação fundiária dos grupos indígenas envolvidos;c) Descrever e caracterizar brevemente as formas de organização social, econômica epolítica dos grupos indígenas de referência, incluindo: unidades componentes dasociedade; formas de deliberação interna; autoridades e lideranças, organizações e/ouassociações formalmente constituídas; relações com outros grupos indígenas e com opoder político local e regional, etc.V. Povos Indígenas: territorialidade e recursos naturais, com base na área definida paraestudo, conforme Anexo II:a) Caracterização geral dos recursos ambientais e identificação das áreas degradadas,incluindo recursos hídricos, (Enfatiza-se a necessidade de identificar, caracterizar emapear a rede hídrica das TIs e da área definida para estudo, conforme Anexo II,

abordando, entre outras questões, o estado de conservação das matas ciliares e qualidadedos principais cursos d        á́gua, nascentes que serão interceptados pela atividade ouempreendimento e/ou que se localizam na área de estudo e a relevância desses recursospara a reprodução física e cultural dos grupos indígenas.) cobertura vegetal e ictiofauna,mencionando o estado de conservação;b) Descrição, caracterização e mapeamento das relações sócio- ecológicas que os gruposindígenas em foco mantêm com o seu território, abordando, dentre outras questões, olevantamento geral das atividades produtivas, as principais espécies cultivadas(tradicionais e introduzidas), indicando uso e significado sociocultural e/ou importância paraa reprodução física e cultural dos grupos; segurança alimentar e nutricional dos gruposindígenas;

c) Diagnóstico geral dos problemas sócio-ambientais nas Terras Indígenas, descrevendoas condições atuais e estabelecendo tendências futuras com a implantação da atividade ouempreendimento;d) Caracterização geral da ocupação e uso da terra na área definida para estudo (AnexoII), indicando:

- Principais usos do território, recursos naturais e atividades econômicas/produtivas(produção agrícola tradicional, comunitária e familiar, turismo, agronegócio, etc.);apresentando prognósticos de expansão ou retração de tais atividades com a implantaçãoda atividade ou empreendimento;- Existência de travessões, vias e ramais irregulares que avançam em direção às Terras

Indígenas, apontando aquelas que tenham alguma conexão com a atividade ouempreendimento, apontando vulnerabilidades e ameaças;- Prognóstico de potencialização de conflitos fundiários e sócio-ambientais na área definidapara estudo decorrente da implantação da atividade ou empreendimento e suasrepercussões para os povos indígenas;e) Identificação de ações de proteção, fiscalização e vigilância territorial executadas nasTerras Indígenas ou as que a envolvam ou afetem.No caso de aproveitamentos hidrelétricos, hidrovias, empreendimentos portuários ououtros com potencial de impacto sobre os corpos hídricos utilizados pelas comunidadesindígenas, devem ser abordadas as seguintes questões relativas à pesca:- Locais, sistemas, histórico da atividade e sua condição atual, importância nutricional e

cosmológica, destinação (consumo diário, consumo em festas e usos rituais,comercialização etc), sazonalidades, espécies preferenciais e espécies com maior 

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freqüência de captura.VI. Desenvolvimento Regional e Sinergia de Atividades ou Empreendimentos.a) Caracterizar e analisar os efeitos do desenvolvimento regional sobre as TIs, destacandoos impactos sócio-ambientais ocasionados aos povos indígenas em tela, em virtude dasfrentes de expansão econômica associadas à atividade ou empreendimento, com base emregistros e na memória oral indígena;b) Apresentar breve histórico dos empreendimentos na região, enfocando a existência deeventuais passivos ambientais que tenham relação com a atividade ou empreendimentoem tela;c) Prognosticar os efeitos cumulativos, sinérgicos e globais entre o projeto em epígrafe edemais atividades/empreendimentos na região;d) Elaborar mapa/representação cartográfica dos empreendimentos instalados eprojetados dentro das Terras Indígenas ou na área definida para estudo, incluindo:ferrovias, linhas de transmissão, dutos, hidrelétricas, atividades extrativas vegetais,animais e/ou minerais; assentamentos rurais, agrovilas, núcleos urbanos, atividadesturísticas, entre outros.VII. Percepção dos grupos indígenas quanto ao empreendimento Apresentar a percepçãodo grupo indígena perante a atividade ou empreendimento, considerando também:

- Os impactos diagnosticados;- Se há relação entre a expectativa de compensação e eventuais dificuldades no acesso apolíticas públicas;- O nível de informação recebida e demandas por informações complementares.VIII. Caracterização dos impactos ambientais e sócio-culturais sobre os grupos indígenas ena área definida para estudo, conforme Anexo II, decorrentes da atividade ouempreendimento. (Enfatiza- se a necessidade de identificar, caracterizar e mapear a redehídrica das TIs e da área definida para estudo, conforme Anexo I I, abordando, entre outrasquestões, o estado de conservação das matas ciliares e qualidade dos principais cursosd        á́gua, nascentes que serão interceptados pela atividade ou empreendimento e/ou que selocalizam na área de estudo e a relevância desses recursos para a reprodução física e

cultural dos grupos indígenas.)a) Avaliar interferência do empreendimento nos meios físico e biótico na área definida paraestudo, levando em consideração a especificidade e multiplicidade de usos dos recursosambientais (do solo, mananciais e corpos hídricos, fauna, flora, ictiofauna, etc) pelascomunidades indígenas; a vulnerabilidade ambiental dos biomas considerados e os efeitossinérgicos, cumulativos e globais dos empreendimentos e atividades associados àatividade ou empreendimento em tela. Como exemplo de impactos ambientais passíveisde serem ocasionados ou potencializados pelo empreendimento, e que afetamcomunidades indígenas, destacam-se:- Indução e avanço do desmatamento ilegal; incêndios, queimadas; degradação das matasciliares nas Terras Indígenas e na área definida para estudo; fragmentação e perda de

habitats; alterações na paisagem natural;- Indução dos processos de erosão, contaminação, perda do solo e lixiviação nas TerrasIndígenas e na área definida para estudo;- Assoreamento e interferências na dinâmica e na qualidade da água de nascentes,córregos, rios, águas subterrâneas interceptadas pela empreendimento, que convergempara as Terras Indígenas afetadas ou que sejam utilizados pelos grupos indígenas,levando em consideração a previsão de represamento ou alagamento de corpos d'águapor obras de arte/engenharia específicas;- Redução de áreas de preservação e de espécies da fauna, flora e de ecossistemasessenciais à sobrevivência física e cultural dos grupos indígenas e à integridade ambientalde suas terras; diminuição de matéria-prima utilizada na construção de casas e outros

artefatos e na vida social e cerimonial dos grupos;- Estímulo à atividade garimpeira, à caça, pesca e exploração madeireira ilícita nas Terras

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Indígenas, potencializando os impactos ambientais delas decorrentes.b) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento na estrutura sócio-cultural dosgrupos, na dinâmica das redes (de troca, parentesco, cerimoniais, etc.) e nas relaçõessócio-culturais, econômicas e políticas dos grupos indígenas em tela;c) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento sobre hábitos alimentares; segurançaalimentar e nutricional; atividades produtivas; fontes de obtenção de renda e consumoindígenas;d) Avaliar impactos da instalação e avanço de travessões, vias e ramais irregulares a partir do empreendimento, considerando a relação desses impactos com o aumento daspressões sobre o território e as culturas indígenas;e) Avaliar interferências da atividade ou empreendimento no intercâmbio comunitário entregrupos que habitam terras descontínuas e no acesso a lugares representativos (do pontode vista arqueológico, cosmológico, ritual, etc);f) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento na preservação do patrimônioetnohistórico e arqueológico indígena;g) Avaliar de que forma possíveis mudanças na dinâmica regional e na organização e usodo território a partir da implantação e operação da atividade ou empreendimento podemafetar a qualidade de vida e a reprodução física e cultural das comunidades indígenas;

h) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento no incremento do processo deconcentração fundiária e da especulação imobiliária na área definida para estudo; naocupação irregular das Terras Indígenas; no adensamento populacional de cidades naárea definida para estudo, devido à chegada de população atraída por empreendimentosou atividades associadas; considerando a relação de todos esses impactos com o aumentodas pressões sobre os territórios indígenas;i) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento na modificação/ inserção de vetoresde ocupação (assentamentos, atividades agropecuárias, atividade madeireira, etc) eavanço da fronteira de exploração econômica regional, considerando a relação dessesimpactos com o aumento das pressões sobre os territórios indígenas;  j) Avaliar impactos da atividade ou empreendimento no aumento da violência e a

intensificação de conflitos pela ocupação e uso da terra e outros recursos naturais entreíndios e não-índios;k) Avaliar demais impactos às terras e aos grupos indígenas - emissão de ruídos, poeiras,gases poluentes e resíduos sólidos; aumento do trânsito de pessoas e veículos; riscos deacidentes; aumento da incidência de doenças; etc;l) Avaliar obstáculos intensificados pela atividade ou empreendimento no processo deregularização fundiária de terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas;m) Avaliar impactos decorrentes do aumento da demanda sobre serviços públicos(notadamente saúde e educação) utilizados pelos índios, observando se o município dereferência para as comunidades indígenas é o município de referência para a atividade ouempreendimento e seus trabalhadores. As questões relativas à saúde indígena devem ser 

informadas à Funai e tratadas junto ao Ministério da Saúde/SESAI.IX. Alternativas Locacionaisa) Contemplar alternativas técnicas e locacionais sob a ótica do componente indígena,analisando qual traçado seria mais adequado à integridade das terras e culturas indígenasafetadas;b) Avaliar as possibilidades de desvio e traçado nos trechos que interceptam cabeceiras decorpos hídricos de relevância para os povos indígenas e/ou afastamento das TerrasIndígenas.X. Matriz de impacto e Medidas/Programas de Mitigação e de Controle- Deve ser elaborada matriz com sistematização dos impactos, relacionando-os àsmedidas propostas. A Matriz específica para o componente indígena deve contar com

reavaliação quanto à magnitude das interferências a partir dos programas previstos. Amatriz deve indicar aspectos básicos, tais como: etapas (pré-execução, instalação e

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operação da atividade ou empreendimento); processos; impactos (benéficos e adversos);causa-consequência (sob a ótica do componente indígena); temporalidade; grau dereversibilidade; abrangência; propriedades cumulativas e sinérgicas; relevância; magnitudecom e sem medidas; etc. Deve indicar ainda diretrizes executivas gerais deações/medidas, assinalando o caráter preventivo ou corretivo/ mitigatório das mesmas.- Devem ser indicadas ações e medidas cabíveis, contemplando:

a) a possibilidade de adaptação de outras ações propostas nos Estudos Ambientais àsespecificidades indígenas;b) a mitigação e controle dos impactos sócio-ambientais decorrentes da atividade ouempreendimento, as quais deverão ser devidamente descritas com o objetivo de sustentar a sua aplicabilidade, a fim de que sejam melhor detalhadas na próxima fase dolicenciamento, qual seja, o desenvolvimento do Componente Indígena do Projeto BásicoAmbiental - PBA, em caso de viabilidade. As medidas devem visar ao estímulo àsustentabilidade dos modos e estilos de vida dos grupos; ao incentivo aos conhecimentostradicionais indígenas e ao estímulo às atividades que não enfraqueçam a estrutura sócio-política e comunitária;c) a possibilidade de que os impactos prognosticados incidam diferencialmente em termos

geracionais e de gênero (o que pode ensejar a proposição de medidas de controle emitigatórias específicas para determinados componentes societários).As propostas de ações para prevenção, controle e/ou mitigação dos impactos a seremdetalhadas na próxima fase do licenciamento, deverão ser formuladas tendo em vista acorrelação entre programas e impactos, integrando o ponto de vista indígena às análisesefetuadas e considerando:a) Componentes sócio-culturais afetados; b) Fases da atividade/ empreendimento; c)Eficácia preventiva ou corretiva; d) Adequação/adaptação das medidas mitigadoras àsespecificidades indígenas; e) Agente responsável (empreendedor);f) Possíveis interfaces com outras instituições, órgãos municipais, estaduais, federal e/ouprojetos;

g) Prioridades.

Com base na avaliação de impactos, deverão ser identificadas medidas e programas quepossam minimizar, e eventualmente, eliminar os impactos negativos da implementação daatividade ou empreendimento, bem como medidas que possam maximizar os impactosbenéficos do projeto. Essas medidas devem ser implantadas visando a sustentabilidadedos grupos indígenas e suas terras, o incentivo aos conhecimentos tradicionais indígenas,de acordo com sua realidade social e especificidades, observando também os impactosdas medidas propostas na organização social e política indígena. As medidas de controle emitigadoras devem ser consubstanciadas em programas, os quais deverão contemplar,minimamente:

1. Introdução e Justificativas2. Objetivos3. Metas4. Indicadores5. Público-Alvo6. Metodologia7. Elementos de Custo: Recursos Humanos, Recursos Materiais, Construção Civil8. Cronograma das atividades (em relação ao cronograma de instalação daatividade/empreendimento)9. Articulação Institucional

10. Interação com Outros Programas Ambientais11. Legislação Aplicável e Requisitos Legais

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12. Responsáveis Técnicos pela Elaboração13. Responsável pela execução das ações (ref. empreendedor)14. Responsável pelo acompanhamento (ref. Conselho Gestor e Funai)15. Referências

Devem ser considerados os demais programas sócio-ambientais ou de monitoramento econtrole ambiental constituintes do PBA da atividade ou empreendimento que possam ser estendidos ao componente indígena de acordo com os impactos diagnosticados de formaa evitar repetição e sobreposição de ações.

Há que se destacar que o componente indígena do PBA não deve substituir políticaspúblicas e ações do Estado, e sim complementá-las ou reforçá-las, caso seja detectada arelação de "causaefeito- medida" em relação aos impactos diagnosticados. Deve ser observado que:

a) não deve haver sobreposição dos programas apresentados no PBA - ComponenteIndígena com as ações já em execução nas Terras Indígenas em tela, contudo essasações devem ser consideradas podendo ser proposta complementação ou continuidade;

b) a Funai poderá indicar procedimentos e orientações adicionais para o detalhamentofuturo do PBA - Componente Indígena, tendo em vista os resultados da avaliação deimpactos.

XI.Analise da Viabilidade - Análise integrada e avaliação quanto à viabilidadesocioambiental da atividade ou empreendimento, considerando: - O contexto de desenvolvimento regional e os impactos cumulativos e sinérgicos dosempreendimentos previstos ou planejados para a região;- As condições necessárias à reprodução física e cultural dos povos indígenas;- A eficácia das medidas propostas para minimizar ou eliminar os impactos negativosdiagnosticados;

- A garantia da não violação de direitos indígenas legalmente constituídos.

4. OBSERVAÇÕES GERAIS:

a) Toda a bibliografia citada deve constar nos Produtos entregues à Funai;b) Os resultados de cada etapa dos trabalhos devem ser apresentados aos gruposindígenas, em reunião específica para tal fim;c) Devem ser produzidos materiais informativos nas línguas indígenas;d) Todos os trabalhos devem ser aprovados pela Funai;e) Deve ser solicitada formalmente autorização à Funai e às comunidades para ingressonas

Terras Indígenas, e comunicá-la quanto a quaisquer incidentes que eventualmenteocorram em campo;f) A legislação vigente e as normas estabelecidas devem cumpridas por todos osprofissionaisou empresas contratadas para execução dos trabalhos relacionados ao licenciamento daobra;g) Os trabalhadores devem ser preparados e sensibilizados para a compreensão dasespecificidades indígenas;h) Todos os produtos devem ser entregues em 5 (cinco) vias assinadas e impressas emtamanho A4 (preferencialmente frente e verso, papel reciclado) e em formato digital (CD-ROM ou usb).

ANEXO III-C

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 FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES-FCP TERMO DE REFERÊNCIA COMPONENTE:

TERRA QUILOMBOLA

Apresentar dados acerca da existência de comunidades tradicionais junto às áreas deabrangência da atividade ou empreendimento, com a elaboração de mapa contendo ascoordenadas geográficas das comunidades quilombolas e a distância de cada uma delasem relação à atividade ou ao empreendimento, tendo com referência as distânciasreferenciadas no Anexo II.

Apresentar diagnóstico geral, contendo dados e informações referentes a:

- Relação das comunidades quilombolas inseridas nas áreas consideradas no Anexo II, por meio de levantamento de dados secundários oriundos dos registros da Fundação CulturalPalmares (FCP) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA);- Localização das comunidades quilombolas em relação ao empreendimento a partir doscritérios de distâncias definidas no Anexo II;- Estudo específico referente ao território quilombola afetado com informações gerais sobre

as comunidades quilombolas, tais como: denominação, localização e formas de acesso,aspectos demográficos, sociais e de infraestrutura;- Existência de possíveis conflitos com as comunidades quilombolas envolvendo processosde expropriação de terras, áreas sobrepostas e conflitos de interesses, bem como, atualsituação territorial do grupo;- Situação fundiária e suas demandas, bem como a identificação de vulnerabilidades naárea de educação, saúde e habitação;- Mapeamento de eventuais atividades ou empreendimentos já instalados no interior ou noentorno do território quilombola considerando as distâncias do Anexo II;- Caracterização da ocupação atual indicando as terras utilizadas para moradia, atividadeeconômica, caminho e percurso, uso dos recursos naturais, práticas produtivas;

informações sobre os bens materiais e imateriais, cultos religiosos e festividades, espaçosde sociabilidade destinados às manifestações culturais, atividades de caráter social,político e econômico.- Indicação, caso haja, dos sítios arqueológicos que contenham reminiscências históricasdos antigos quilombos, assim como de outros sítios considerados relevantes pelo grupo;- Relação das famílias quilombolas afetadas, notadamente os casos em que os bensimóveis e benfeitorias precisarão ser remanejados com a construção e operação daatividade ou empreendimento;

Com base no diagnóstico, identificar os impactos diretos e indiretos associados à atividadeou empreendimento. Deverão ser apresentadas propostas, sob a forma de programas, às

comunidades quilombolas para a prevenção, mitigação e/ou controle dos impactosdiagnosticados em função da implantação e operação da atividade ou empreendimento,classificadas por meio de componente ambiental afetado e caráter preventivo ou corretivo,bem como sua eficácia.

Quando houver necessidade de remoção e/ou realocação de famílias quilombolas,deverão ser apresentadas propostas de indenização, se for o caso. Em caso de realocaçãode comunidades quilombolas, esta deverá obedecer ao que determina o Art. 16, inciso 2, 4e 5 da Convenção 169 da OIT, ratificada pelo Decreto n. o 5.051, 19/04/2004. Aspropostas deverão contemplar:

- A apresentação de proposta para a nova configuração e localização dos imóveis ebenfeitorias deslocados, incluindo-se a apresentação das medidas que serão adotadas

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referentes a controle e mitigação de impactos, incluindo indenização;

- A identificação da presença e fluxo de pessoas estranhas à comunidade, bem como ospossíveis conflitos oriundos da nova dinâmica a ser estabelecida pela atividade ouempreendimento; - A identificação de prejuízos relativos à produção econômica dacomunidade, se for o caso;

- A identificação e descrição dos riscos provenientes da implantação da atividade ouempreendimento, se for o caso;

- A identificação da interferência da atividade ou empreendimento nas manifestaçõesculturais da comunidade, se for o caso;o caso.

- A identificação de impactos sobre bens e serviços públicos oferecidos às comunidades,se for - A perda de parte ou totalidade do território quilombola, se for o caso.- Outras informações relacionadas à atividade ou empreendimento que possam impactar o

território quilombola.Deverá ser elaborado programa de educação ambiental específico voltado para ascomunidades quilombolas localizadas na área de interferência definida no Anexo II edemais ações que se fizerem necessárias.

ORIENTAÇÕES GERAIS

Na fase de elaboração dos estudos, deverão ser realizadas Consultas Públicas, emrespeito ao que determina a Convenção n. o 169 da OIT ratificada pelo Decreto n. o 5.051,de 19 de abril de 2004, junto às comunidades quilombolas afetadas para apresentação dos

estudos, diagnósticos elaborados, bem como diálogo e deliberação sobre as medidas decontrole e mitigação de impactos.

Na fase pertinente à elaboração do Plano Básico Ambiental- PBA deverá ser elaboradocomponente específico voltado às comunidades quilombolas afetadas, com as respectivasmedidas de controle e mitigação de impactos ambientais identificados em virtude daconstrução e operação de atividade ou empreendimento, sob a forma de programas, apartir dos impactos diagnosticados, classificados por meio de componente ambientalafetado e caráter preventivo ou corretivo, bem como sua eficácia. Deverá conter também,cronograma e detalhamento das ações e atividades, metas e prazos a serem cumpridos.

O INCRA deverá ser comunicado sobre as tratativas relacionadas à questão fundiária dascomunidades quilombolas nos termos do Decreto no 4.887, de 20 de novembro de 2003.

ANEXO III-D

TERMO DE REFERÊNCIA INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICONACIONAL- IPHAN COMPONENTE: BENS DE INTERESSE CULTURALINFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO DIAGNÓSTICO DO MEIO SÓCIO-ECONÔMICO,NOS ASPECTOS RELACIONADOS À PROTEÇÃO DOS BENS DE INTERESSECULTURAL

O Diagnóstico do meio socioeconômico, em seus aspectos relacionados à proteção dosbens de interesse cultural, deverá ser desenvolvido concomitantemente aos demais

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estudos necessários ao licenciamento ambiental de atividades e empreendimentosutilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores ouaqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.

Tal diagnóstico deverá contemplar estudos relativos aos bens culturais de naturezamaterial (arqueológicos, arquitetônicos, urbanísticos, rurais, paisagísticos, ferroviários,móveis e integrados) e imaterial (saberes, fazeres, celebrações, formas de expressão elugares) existentes nas áreas de influência direta da atividade ou empreendimento emestudo. Deverá ser identificada nestas áreas, quando houver, a presença de bensacautelados tanto pelo Iphan, quanto pelas instituições das esferas estaduais e municipaisresponsáveis pelo Patrimônio Cultural. O diagnóstico deverá ser realizado por meio dolevantamento exaustivo de dados secundários, contextualização arqueológica,etnohistórica e levantamento e prospecção arqueológica de campo, quando necessária,para proceder à caracterização geral da região no que toca ao patrimônio arqueológico ecultural.

Realização de inventário do patrimônio histórico-cultural da área, caracterizando opatrimônio quando este estiver ligado a formas específicas de apropriação cultural

(festejos, cultos, rituais, etc) bem como os movimentos culturais e festas tradicionais eapresentação de medidas de preservação ou proteção dos mesmos.

Após identificação das pesquisas necessárias à proteção dos bens de interesse culturalexistentes na área de influência de cada empreendimento, estas deverão ser desenvolvidas, respeitados a categorização, conceitos e metodologias utilizados peloIphan para identificar tais bens.

Em complementação ao diagnóstico, independente da especificidade dos bens culturais aserem considerados nestes estudos, sejam eles protegidos ou não, deverá haver mençãoe avaliação dos impactos resultantes da implantação do empreendimento sobre os

mesmos. Os impactos deverão ser discriminados como: positivos ou negativos; diretose/ou indiretos; imediatos, a médio e/ou a longo prazo; temporários ou permanentes; o seugrau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; assim como adistribuição dos ônus e benefícios sociais.

Tendo em vista os eventuais impactos detectados sobre os bens e manifestações culturaislocalizados na área de influência direta da atividade ou empreendimento, deverão ser indicadas as medidas de mitigação e corretivas a serem adotadas pelos responsáveispelas atividades ou empreendimentos, bem como, devem ser previstos programas deacompanhamento e monitoramento das mesmas. Deverão ser elaborados programas deproteção, prospecção e de resgate arqueológico, compatíveis com os cronogramas das

obras.

Os estudos de diagnóstico dos bens de interesse cultural deverão ser executados em suatotalidade.

Os relatórios finais, o programa de educação patrimonial e o ofício de aprovação dosmesmos irão compor a manifestação do Iphan a ser apresentado ao Ibama.

EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

1. A educação patrimonial é obrigatória, indispensável durante todo o processo de

licenciamento ambiental e deve ser objeto de projeto específico, intitulado "Programa deEducação Patrimonial".

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 2. Todo o projeto de educação patrimonial deverá ser elaborado e ministrado por profissionais com experiência comprovada.

3. O projeto "Programa de Educação Patrimonial" deverá ser apresentado a partir dosresultados contidos nos relatórios finais de Diagnóstico dos bens de interesse cultural. Estedeverá, portanto, propor ações educativas que contemplem todas as áreas técnicasestudadas.

4. Toda ação dos atores envolvidos nas pesquisas de licenciamento ambiental, seja comas populações locais, seja com trabalhadores das obras, ou mesmo com o empreendedor,deverá ser norteada pelos princípios da educação patrimonial.

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4. Portaria nº 420, de 26 de outubro de 2011, do Ministério do Meio Ambienteque dispõe sobre procedimentos a serem aplicados pelo Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) na regularização e nolicenciamento ambiental das rodovias federais. 

ANOTAÇÕES:

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTEPORTARIA No 420, DE 26 DE OUTUBRO DE 2011 

Dispõe sobre procedimentos a serem aplicados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambientee dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA - na regularização e no licenciamentoambiental das rodovias federais.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso das atribuições que lhe conferemos incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, resolvem:

Art. 1o Esta Portaria dispõe sobre procedimentos a serem aplicados pelo InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA naregularização ambiental das rodovias federais pavimentadas que não possuem licençaambiental e no licenciamento ambiental das rodovias federais.

§1o Esta Portaria se aplica às rodovias federais administradas pelo DepartamentoNacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT, às delegadas aos Estados, DistritoFederal e Municípios pela Lei no 9.277, de 10 de maio de 1996, e às concedidas

integrantes do Sistema Federal de Viação previsto na Lei no 5.917, de 10 de setembro de1973.

§2o Os procedimentos específicos de regularização ambiental, previstos nesta Portaria,somente se aplicam aos empreendimentos que entraram em operação até a data de suapublicação.

§3o As rodovias que já se encontram com processo de regularização em curso poderão seadequar às disposições desta Portaria, sem prejuízo dos cronogramas já estabelecidos,quando pertinente.

CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

Art. 2o Para os fins previstos nesta Portaria, considera-se:

I - manutenção de rodovias pavimentadas - processo sistemático e contínuo de correção,devido a condicionamentos cronológicos ou decorrentes de eventos supervenientes a quedeve ser submetida uma rodovia pavimentada, no sentido de oferecer permanentementeao usuário, tráfego econômico, confortável e seguro, por meio das ações de conservação,recuperação e restauração realizadas nos limites da sua faixa de domínio;

II - conservação de rodovias pavimentadas - conjunto de operações rotineiras, periódicas ede emergência, que têm por objetivo preservar as característicastécnicas e operacionaisdo sistema rodoviário e suas instalações físicas, proporcionando conforto e segurança aosusuários; operações aplicadas às rodovias com pavimento desgastado ou danificado, comobjetivo de recuperar sua funcionalidade e promover o retorno das boas condições dasuperfície de rolamento e de trafegabilidade, por meio de intervenções de reforço,reciclagem ou reconstrução do pavimento, e de recuperação, complementação ousubstituição dos componentes da rodovia;

IV - restauração de rodovias pavimentadas - conjunto de operações aplicadas às rodoviascom pavimento desgastado ou danificado, com o objetivo de restabelecer suas

características técnicas originais ou de adaptar às condições de tráfego atual, prolongandoseu período de vida útil, por meio de intervenções de reforço, reciclagem ou reconstrução

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do pavimento, bem como de recuperação, complementação, ou substituição doscomponentes da rodovia;

V - melhoramento em rodovias pavimentadas - conjunto de operações que modificam ascaracterísticas técnicas existentes ou acrescentam características novas à rodovia jápavimentada, nos limites de sua faixa de domínio, para adequar sua capacidade a atuaisdemandas operacionais, visando a assegurar um nível superior de segurança do tráfegopor meio de intervenção na sua geometria, sistema de sinalização e segurança eadequação ou incorporação de elementos nos demais componentes da rodovia;

VI - ampliação da capacidade de rodovias pavimentadas - conjunto de operações queresultam no aumento da capacidade do fluxo de tráfego da rodovia pavimentada existente,compreendendo a duplicação rodoviária integral ou parcial, construção de multifaixas eimplantação ou substituição de obras de arte especiais para duplicação;

VII - faixa de domínio - área de utilidade pública delimitada pelo órgão responsável pelarodovia e constituída por pistas de rolamento, obras de arte especiais, acostamentos,dispositivos de segurança, sinalização, faixa lateral de segurança, vias e ruas laterais, vias

arteriais locais e coletoras, demais equipamentos necessários à manutenção, fiscalização,monitoramento, vigilância e controle, praças e demais estruturas de atendimento aosusuários;

VIII - operações rotineiras ou periódicas - operações que têm por objetivo evitar osurgimento ou agravamento de defeitos, bem como manter os componentes da rodovia emboas condições de segurança e trafegabilidade;

X - operações de emergência - operações que se destinam a recompor, reconstruir ourestaurar trechos e obras de arte especiais que tenham sido seccionados, obstruídos oudanificados por evento extraordinário ou catastrófico, que ocasiona a interrupção do

tráfego ou coloca em flagrante risco seu desenvolvimento;

X - passivo ambiental rodoviário - conjunto de alterações ambientais adversas decorrentesde:

a) construção, conservação, restauração ou melhoramentos na rodovia, capazes de atuar como fatores de degradação ambiental, na faixa de domínio ou fora desta, bem como deirregular uso e ocupação da faixa de domínio;b) exploração de áreas de "bota-foras", jazidas ou outras áreas de apoio; ec) manutenção de drenagem com o desenvolvimento de processos erosivos originados nafaixa de domínio;

XI - plataforma da rodovia - faixa compreendida entre as extremidades dos cortes e dosaterros, incluindo os dispositivos necessários à drenagem.

§ 1o No conceito de conservação de que trata o inciso II do caput, estão incluídos osserviços de:

I - limpeza, capina e roçada da faixa de domínio;II - remoção de barreiras de corte;III - recomposição de aterros;IV - estabilização de taludes de cortes e aterros;

V - limpeza, reparos, recuperação e substituição de estruturas e muros de contenção;VI - tapa-buracos; VII - remendos superficiais e profundos;

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VIII - reparos, recomposição e substituição de camadas granulares do pavimento, dorevestimento betuminoso ou das placas de concreto da pista e dos acostamentos;IX - reparos, substituição e implantação de dispositivos de sinalização horizontal e vertical;X - reparos, substituição e implantação de dispositivos de segurança;XI - limpeza, reparos, substituição e implantação de dispositivos de drenagem, tais comobueiros, sarjetas, canaletas, meiofio, descidas d'água, entradas d'água, boca de lobo,bocas e caixas de bueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita,drenos; eXII - limpeza, reparos e recuperação de obras de arte especiais, tais como pontes,viadutos, passarelas, túneis, e cortinas de concreto.

§ 2o No conceito de restauração, previsto no inciso IV do caput, estão incluídos os serviçosde:

I - estabilização de taludes de cortes e aterros; II - recomposição de aterros; III - tapa-buracos;IV - remendos superficiais e profundos;V - reparos, recomposição e substituição de camadas granulares do pavimento, do

revestimento betuminoso ou das placas de concreto da pista e dos acostamentos;VI - reparos, substituição e implantação de dispositivos de sinalização horizontal e vertical;VII - recuperação, substituição e implantação de dispositivos de segurança;VIII - recuperação, substituição e implantação de dispositivos de drenagem, tais comobueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio, descidas d'água, entradas d'água, bocas de lobo,bocas e caixas de bueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita edrenos;IX - recuperação de obras de arte especiais, tais como pontes, viadutos, passarelas, túneise cortinas de concreto; eX - recuperação ou substituição de estruturas e muros de contenção.

§ 3o No conceito de melhoramento de que trata o inciso V do caput, estão incluídos osserviços de:

I - alargamento da plataforma da rodovia para implantação de acostamento e de 3a faixaem aclives;II - estabilização de taludes de cortes e aterros;III - recomposição de aterros;IV - implantação de vias marginais em travessias urbanas;V - substituição ou implantação de camadas granulares do pavimento, do revestimentobetuminoso ou placas de concreto, da pista e acostamentos;VI - implantação ou substituição de dispositivos de sinalização horizontal e vertical;

VII - implantação ou substituição de dispositivos de segurança;VIII - implantação ou substituição de dispositivos de drenagem, tais como bueiros, sarjetas,canaletas, meio-fio, descidas d'água, entradas d'água, bocas de lobo, bocas e caixas debueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita e drenos;IX - implantação, substituição ou alargamento de obras de arte especiais, tais comopontes, viadutos, passarelas, túneis e cortinas de concreto; eX - implantação ou substituição de estruturas e muros de contenção.

CAPITULO IIDA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

Art. 3o O IBAMA oficiará aos responsáveis pelas rodovias federais pavimentadas e emoperação, que estejam sem as respectivas licenças ambientais, para que no prazo máximo

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de trezentos e sessenta dias firmem Termo de Compromisso, nos termos do Anexo I, como fim de apresentar, de acordo com o cronograma estabelecido no art. 7o, os Relatórios deControle Ambiental-RCAs, que subsidiarão a regularização ambiental, por meio dasrespectivas Licenças de Operação-LOs.

§ 1o O prazo máximo de trezentos e sessenta dias para firmar o Termo de Compromissoserá atendido conforme as etapas estabelecidas nos incisos I a III do caput do art. 7o, deacordo com o seguinte cronograma:I - de até cento e vinte dias para as rodovias previstas no inciso I do caput do art. 7o;II - de até duzentos e quarenta dias para as rodovias previstas no inciso II do caput do art.7o; eIII - de até trezentos e sessenta dias para as rodovias previstas no inciso III do caput doart. 7o.

§2o A assinatura do termo de compromisso suspende as sanções administrativasambientais já aplicadas pelo IBAMA e impede novas autuações, quando relativas àausência da respectiva licença ambiental.

§3o O disposto no §2o não impede a aplicação de sanções administrativas ambientais pelodescumprimento do próprio termo de compromisso.

§4o No termo de compromisso deverá constar previsão no sentido de que as informaçõesatualizadas relativas à regularização e gestão ambiental estejam disponíveis na redemundial de computadores.

Art. 4o Os RCAs serão elaborados em atendimento ao termo de referência constante noAnexo II, a ser adequado e consolidado pelo IBAMA, em conjunto com o requerente,levando em consideração as peculiaridades locais e os estudos existentes.

§ 1o As adequações de que trata o caput deverão levar em consideração asespecificidades ambientais relacionadas à região, na qual o empreendimento estálocalizado.

§ 2o A exigência de dados adicionais ao TR do Anexo II dar-se-á mediante decisãomotivada do IBAMA.

§ 3o A consolidação prevista no caput deverá ser concluída no prazo máximo de doismeses, a partir da assinatura do termo de compromisso junto ao IBAMA.

§ 4o Por ocasião da consolidação referida no caput, será fixado pelo IBAMA um

cronograma para a elaboração e apresentação do relatório de controle ambiental - RCA,levando em consideração as peculiaridades de cada rodovia, observado o prazo máximoprevisto no art. 7o.

Art. 5o A partir do recebimento e aceite do relatório de controle ambiental -RCA, deverá ser observado o prazo máximo de cento e oitenta dias para que o IBAMA conclua sua análise.

Art. 6o O RCA deverá considerar as interações entre os meios biótico, físico esocioeconômico, e ser composto por um diagnóstico ambiental, pelo levantamento dopassivo ambiental rodoviário e pelos seguintes programas e planos, quando couber:I - Programa de Prevenção, Monitoramento e Controle de Processos Erosivos; II -

Programa de Monitoramento de Fauna; III - Programa de Recuperação de ÁreasDegradadas; IV - Programa de Mitigação dos Passivos Ambientais;

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V - Programa de Gerenciamento de Riscos e Planos de Ação de Emergência -PAE; VI -Programa de Educação Ambiental e Programa Comunicação Social; e VII - Plano deGestão Ambiental.Parágrafo único. O IBAMA, em decisão motivada, poderá alterar os programas e planoscomponentes do relatório de controle ambiental, se as peculiaridades locais assim oexigirem.Art. 7o Para fins de cumprimento da presente Portaria, as rodovias a serem regularizadas,conforme art.1o, §1o desta Portaria, terão seus relatórios de controle ambientalapresentados no prazo máximo de vinte anos, em três etapas:I - Primeira Etapa, compreendendo 15.000 km até o 6o ano, constituídos por rodovias queapresentam maior volume de tráfego;II - Segunda Etapa, compreendendo 35.000 km até o 13o ano, cumulativamente,constituídos pelas rodovias referidas no inciso I do caput e por rodovias prioritárias para oescoamento da produção; eIII - Terceira Etapa, compreendendo 55.000 km até o 20o ano, cumulativamente,constituídos pelas rodovias referidas nos incisos I e II do caput e pelos demais trechos derodovias, para completar a malha rodoviária federal pavimentada.

Art. 8o A regularização ambiental de que trata esta Portaria será realizada sem prejuízodas responsabilidades administrativa e cível dos responsáveis pelas rodovias federaispavimentadas e em operação.

Art. 9o. À regularização ambiental de rodovias pavimentadas e em operação em dataanterior à vigência da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, não se aplica a compensaçãoambiental por ela instituída em seu art. 36.

Art. 10. Para a regularização de que trata esta Portaria, no caso de rodovias federaispavimentadas e em operação que afetem unidades de conservação, o IBAMA deverá dar ciência ao órgão responsável pela administração das unidades de conservação.

Art. 11. A partir da assinatura do Termo de Compromisso e dentro do seu período devigência, ficam autorizadas nas rodovias federais pavimentadas e em suas faixas dedomínio, desde que previamente informado ao IBAMA:I - as atividades de manutenção e melhoramento, contemplando conservação, recuperaçãoe restauração; eII - as supressões de vegetação, desde que objetivem a segurança e a trafegabilidade darodovia a ser regularizada, excluídas as supressões de rendimentos lenhosos, de áreasconsideradas de preservação permanente - APP, sem prejuízo do respeito aos casosespecíficos de proteção ambiental previstos na legislação.

CAPITULO IIIDO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE RODOVIAS FEDERAIS

Art. 12. A implantação, a duplicação ou a ampliação de capacidade das rodovias federais,fora da faixa de domínio existente, seguirá o procedimento ordinário de licenciamentoambiental, conforme legislação vigente.Art. 13. A critério do IBAMA, poderão ser objeto de procedimento específico e simplificadode licenciamento ambiental as obras de pavimentação, duplicação e ampliação dacapacidade das rodovias, desde que inseridas na área de sua faixa de domínio, nostermos das definições contidas nesta Portaria.Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput, após a aprovação dos estudos ambientais

e dos programas de controle ambiental, o IBAMA poderá emitir, concomitantemente, aslicenças pertinentes.

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Art. 14. Ficam autorizadas as intervenções de melhorias operacionais e geométricasnecessárias à garantia da segurança, da trafegabilidade e da operacionalidade dasrodovias pavimentadas, desde que inseridas nas áreas da sua faixa de domínio, tenhamextensão de até 5 km e não se enquadrem na exigência de que trata o art. 10 da Lei no6.938, de 31 de agosto de 1981, sem prejuízo dos responsáveis pelas rodoviasinformarem, previamente, ao IBAMA, as medidas de melhoramento pretendidas.Art. 15. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

IZABELLA TEIXEIRAANEXO

ROTEIRO PARA TERMO DE ESCLARECIMENTO E RESPONSABILIDADE

Informações ao Doente sob Terapia Antineoplásica em Central de Quimioterapia

Por orientação do seu médico, Dr(a) (nome e no CRM) , hoje o Sr./Sra. recebeu o tratamentodescrito abaixo. A dose de cada medicamento foi calculada de acordo com o seu peso oupeso/altura atuais, e foi conferida pelo(a) farmacêutico(a) (nome e no CRF).

Peso (kg): Altura (cm): S.C. (m2):

Medicamento Princípio ativo Dose (mg) Lote Validade

Data: ___________ 

Farmacêutico: (nome, no CRF e assinatura.) Enfermeiro (nome, no COREN e assinatura.)

Quais os efeitos colaterais mais sérios que estes medicamentos podem causar? (Descrever em linguagem acessível os efeitos mais sérios relacionados à medicação em uso.)

Quais os efeitos colaterais mais comuns que estes medicamentos podem causar? O que sepode fazer a respeito? (Descrever em linguagem acessível os efeitos mais comuns, bem

como fornecer orientações de enfermagem sobre como agir nestas circunstâncias.) Atenção:1. Para todos os medicamentos em uso, inclusive produtos homeopáticos e fitoterápicos, poiseles podem interferir com a quimioterapia, particularmente a fenitoína (Hidantal), warfarina(Marevan) e digoxina.

2. Durante todo o tratamento, deve-se usar métodos contraceptivos e evitar a amamentação.

Se houver sintomas ou alterações no corpo que não foram descritas acima ou se qualquer sintoma for intenso ou preocupante, por favor entre em contato com:

Dr.( a)___________________________________ 

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Portaria Interministerial nº 423, de 26 de outubro de 2011

Institui o Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis para aregularização ambiental das rodovias federais.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE e o MINISTRO DE ESTADO DOSTRANSPORTES, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafoúnico do art. 87 da Constituição, resolvem:

Art. 1º Esta Portaria institui o Programa de Rodovias Federais AmbientalmenteSustentáveis (PROFAS), para a regularização ambiental das rodovias federaispavimentadas que não possuem licença ambiental.

§1º Esta Portaria se aplica às rodovias federais administradas pelo Departamento Nacionalde Infraestrutura de Transportes – DNIT, às delegadas aos Estados, Distrito Federal eMunicípios pela Lei nº 9.277, de 10 de maio de 1996, e às concedidas integrantes doSistema Federal de Viação previsto na Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973.

§2º Os procedimentos específicos de regularização ambiental, previstos nesta Portaria,

somente se aplicam aos empreendimentos que entraram em operação até a data de suapublicação.

§3º As rodovias que já se encontram com processo de regularização em curso poderão seadequar às disposições desta Portaria, sem prejuízo dos cronogramas já estabelecidos,quando pertinente.

CAPÍTULO I 

DAS DEFINIÇÕES 

Art. 2º Para os fins previstos nesta Portaria, considera-se:

I – manutenção de rodovias pavimentadas – processo sistemático e contínuo de correção,devido a condicionamentos cronológicos ou decorrentes de eventos supervenientes a quedeve ser submetida uma rodovia pavimentada, no sentido de oferecer permanentementeao usuário, tráfego econômico, confortável e seguro, por meio das ações de conservação,recuperação e restauração realizadas nos limites da sua faixa de domínio;

II – conservação de rodovias pavimentadas – conjunto de operações rotineiras, periódicase de emergência, que têm por objetivo preservar as características técnicas e operacionaisdo sistema rodoviário e suas instalações físicas, proporcionando conforto e segurança aos

usuários;

III – recuperação de rodovias pavimentadas – conjunto de operações aplicadas às rodoviascom pavimento desgastado ou danificado, com objetivo de recuperar sua funcionalidade epromover o retorno das boas condições da superfície de rolamento e de trafegabilidade,por meio de intervenções de reforço, reciclagem ou reconstrução do pavimento, e derecuperação, complementação ou substituição dos componentes da rodovia;

IV – restauração de rodovias pavimentadas – conjunto de operações aplicadas às rodoviascom pavimento desgastado ou danificado, com o objetivo de restabelecer suascaracterísticas técnicas originais ou de adaptar às condições de tráfego atual, prolongando

seu período de vida útil, por meio de intervenções de reforço, reciclagem ou reconstruçãodo pavimento, bem como de recuperação, complementação, ou substituição dos

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componentes da rodovia;

V – melhoramento em rodovias pavimentadas – conjunto de operações que modificam ascaracterísticas técnicas existentes ou acrescentam características novas à rodovia jápavimentada, nos limites de sua faixa de domínio, para adequar sua capacidade a atuaisdemandas operacionais, visando a assegurar um nível superior de segurança do tráfegopor meio de intervenção na sua geometria, sistema de sinalização e segurança eadequação ou incorporação de elementos nos demais componentes da rodovia;

VI – ampliação da capacidade de rodovias pavimentadas – conjunto de operações queresultam no aumento da capacidade do fluxo de tráfego da rodovia pavimentada existente,compreendendo a duplicação rodoviária integral ou parcial, construção de multifaixas eimplantação ou substituição de obras de arte especiais para duplicação;

VII – faixa de domínio – área de utilidade pública delimitada pelo órgão responsável pelarodovia e constituída por pistas de rolamento, obras de arte especiais, acostamentos,dispositivos de segurança, sinalização, faixa lateral de segurança, vias e ruas laterais, viasarteriais locais e coletoras, demais equipamentos necessários à manutenção, fiscalização,monitoramento, vigilância e controle, praças e demais estruturas de atendimento aos

usuários;

VIII – operações rotineiras ou periódicas – operações que têm por objetivo evitar osurgimento ou agravamento de defeitos, bem como manter os componentes da rodovia emboas condições de segurança e trafegabilidade;

IX – operações de emergência – operações que se destinam a recompor, reconstruir ourestaurar trechos e obras de arte especiais que tenham sido seccionados, obstruídos oudanificados por evento extraordinário ou catastrófico, que ocasiona a interrupção dotráfego ou coloca em flagrante risco seu desenvolvimento;

X – passivo ambiental rodoviário – conjunto de alterações ambientais adversasdecorrentes de:

a) construção, conservação, restauração ou melhoramentos na rodovia, capazes de atuar como fatores de degradação ambiental, na faixa de domínio ou fora desta, bem como deirregular uso e ocupação da faixa de domínio;

b) exploração de áreas de “bota-foras”, jazidas ou outras áreas de apoio; e

c) manutenção de drenagem com o desenvolvimento de processos erosivos originados nafaixa de domínio;

XI – plataforma da rodovia – faixa compreendida entre as extremidades dos cortes e dosaterros, incluindo os dispositivos necessários à drenagem.

§ 1º No conceito de conservação de que trata o inciso II do caput, estão incluídos osserviços de:

I – limpeza, capina e roçada da faixa de domínio;

II – remoção de barreiras de corte;

III – recomposição de aterros;

IV – estabilização de taludes de cortes e aterros;

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V – limpeza, reparos, recuperação e substituição de estruturas e muros de contenção;

VI – tapa-buracos;

VII – remendos superficiais e profundos;

VIII – reparos, recomposição e substituição de camadas granulares do pavimento, dorevestimento betuminoso ou das placas de concreto da pista e dos acostamentos;

IX – reparos, substituição e implantação de dispositivos de sinalização horizontal e vertical;

X – reparos, substituição e implantação de dispositivos de segurança;

XI – limpeza, reparos, substituição e implantação de dispositivos de drenagem, tais comobueiros, sarjetas, canaletas, meio fio, descidas d’água, entradas d’água, boca de lobo,bocas e caixas de bueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita,drenos; e

XII – limpeza, reparos e recuperação de obras de arte especiais, tais como pontes,

viadutos, passarelas, túneis, e cortinas de concreto.§ 2º No conceito de restauração, previsto no inciso IV do caput, estão incluídos os serviçosde:

I – estabilização de taludes de cortes e aterros;

II – recomposição de aterros;

III – tapa-buracos;

IV – remendos superficiais e profundos;

V – reparos, recomposição e substituição de camadas granulares do pavimento, dorevestimento betuminoso ou das placas de concreto da pista e dos acostamentos;

VI – reparos, substituição e implantação de dispositivos de sinalização horizontal e vertical;

VII – recuperação, substituição e implantação de dispositivos de segurança;

VIII – recuperação, substituição e implantação de dispositivos de drenagem, tais comobueiros, sarjetas, canaletas, meio-fio, descidas d’água, entradas d’água, bocas de lobo,bocas e caixas de bueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita e

drenos;

IX – recuperação de obras de arte especiais, tais como pontes, viadutos, passarelas,túneis e cortinas de concreto; e

X – recuperação ou substituição de estruturas e muros de contenção.

§ 3º No conceito de melhoramento de que trata o inciso V do caput, estão incluídos osserviços de:

I – alargamento da plataforma da rodovia para implantação de acostamento e de 3a faixa

em aclives;

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II – estabilização de taludes de cortes e aterros;

III – recomposição de aterros;

IV – implantação de vias marginais em travessias urbanas;

V – substituição ou implantação de camadas granulares do pavimento, do revestimentobetuminoso ou placas de concreto, da pista e acostamentos;

VI – implantação ou substituição de dispositivos de sinalização horizontal e vertical;

VII – implantação ou substituição de dispositivos de segurança;

VIII – implantação ou substituição de dispositivos de drenagem, tais como bueiros,sarjetas, canaletas, meio-fio, descidas d’água, entradas d’água, bocas de lobo, bocas ecaixas de bueiros, dissipadores de energia, caixas de passagem, poços de visita e drenos;

IX – implantação, substituição ou alargamento de obras de arte especiais, tais comopontes, viadutos, passarelas, túneis e cortinas de concreto; e

X – implantação ou substituição de estruturas e muros de contenção.

CAPITULO II 

DA REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL 

Art. 3º Fica instituído o Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis(PROFAS), com a finalidade de promover a elaboração e execução dos projetos eatividades necessárias para a regularização ambiental das rodovias federais pavimentadasque não possuam licença ambiental.

Parágrafo único. Compete ao DNIT promover o planejamento, execução e articulaçãoinstitucional do PROFAS.

Art. 4º Os responsáveis pelas rodovias federais pavimentadas e em operação, queestejam sem as respectivas licenças ambientais, terão o prazo máximo de trezentos esessenta dias para firmar Termo de Compromisso com o Ibama, nos termos do Anexo I,com o fim de apresentar, de acordo com o cronograma estabelecido no art. 6º, osRelatórios de Controle Ambiental-RCAs, que subsidiarão a regularização ambiental, por meio das respectivas Licenças de Operação-LOs.

§ 1º O prazo máximo de trezentos e sessenta dias para firmar o Termo de Compromisso

será atendido conforme as etapas estabelecidas nos incisos I a III do caput do art. 6º, deacordo com o seguinte cronograma:

I – de até cento e vinte dias para as rodovias previstas no inciso I do caput do art. 6º;

II – de até duzentos e quarenta dias para as rodovias previstas no inciso II do caput do art.6º; e

III – de até trezentos e sessenta dias para as rodovias previstas no inciso III do caput doart. 6º.

§2º A assinatura do termo de compromisso suspende as sanções administrativasambientais já aplicadas pelo Ibama e impede novas autuações, quando relativas à

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ausência da respectiva licença ambiental.

§3º O disposto no §2º não impede a aplicação de sanções administrativas ambientais pelodescumprimento do próprio termo de compromisso.

§4º No termo de compromisso deverá constar previsão no sentido de que as informaçõesatualizadas relativas à regularização e gestão ambiental estejam disponíveis na redemundial de computadores.

Art. 5º O RCA deverá considerar as interações entre os meios biótico, físico esocioeconômico, e ser composto por um diagnóstico ambiental, pelo levantamento dopassivo ambiental rodoviário, e pelos seguintes programas e planos, quando couber:

I – Programa de Prevenção, Monitoramento e Controle de Processos Erosivos;

II – Programa de Monitoramento de Fauna;

III – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;

IV – Programa de Mitigação dos Passivos Ambientais;V – Programa de Gerenciamento de Riscos e Planos de Ação de Emergência -PAE;

VI – Programa de Educação Ambiental e Programa Comunicação Social; e

VII – Plano de Gestão Ambiental.

Parágrafo único. O Ibama, em decisão motivada, poderá alterar os programas e planoscomponentes do relatório de controle ambiental, se as peculiaridades locais assim oexigirem.

Art. 6º Para fins de cumprimento da presente Portaria, as rodovias incluídas no PROFASterão seus relatórios de controle ambiental apresentados no prazo máximo de vinte anos,em três etapas:

I – Primeira Etapa, compreendendo 15.000 km até o 6º ano, constituídos por rodovias queapresentam maior volume de tráfego;

II – Segunda Etapa, compreendendo 35.000 km até o 13º ano, cumulativamente,constituídos pelas rodovias referidas no inciso I do caput e por rodovias prioritárias para oescoamento da produção; e

III – Terceira Etapa, compreendendo 55.000 km até o 20º ano, cumulativamente,constituídos pelas rodovias referidas nos incisos I e II do caput e pelos demais trechos derodovias, para completar a malha rodoviária federal pavimentada.

Art. 7º A regularização ambiental de que trata esta Portaria será realizada sem prejuízodas responsabilidades administrativa e cível dos responsáveis pelas rodovias federaispavimentadas e em operação.

Art. 8º A partir da assinatura do Termo de Compromisso e dentro do seu período devigência, ficam autorizadas nas rodovias federais pavimentadas e em suas faixas dedomínio, desde que previamente informado ao Ibama:

I – as atividades de manutenção e melhoramento, contemplando conservação,

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recuperação e restauração; e

II – as supressões de vegetação, desde que objetivem a segurança e a trafegabilidade darodovia a ser regularizada, excluídas as supressões de rendimentos lenhosos, de áreasconsideradas de preservação permanente – APP, sem prejuízo do respeito aos casosespecíficos de proteção ambiental previstos na legislação.

Art. 9º A implantação, a duplicação ou a ampliação de capacidade das rodovias federais,

fora da faixa de domínio existente, seguirá o procedimento ordinário de licenciamentoambiental, conforme legislação vigente.

Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Acompanha essa Portaria Interministerial 423/2011 o Anexo I

ANEXO I 

MODELO DE TERMO DE COMPROMISSO 

TERMO DE COMPROMISSO QUE CELEBRAM ENTRE SI O INSTITUTO BRASILEIRODO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS-IBAMA E ODEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTESDNIT,OBJETIVANDO O LICENCIAMENTO AMBIENTAL CORRETIVO NECESSÁRIO ÀREGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DE RODOVIAS FEDERAIS SEM LICENÇA AMBIENTAL,ESPECIFICAMENTE DA RODOVIA FEDERAL BR [No DA BR]

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-Ibama, nesteato designado compromitente e doravante denominado Ibama, Autarquia Federal doRegime Especial, criado pela Lei nº 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, inscrito no CNPJ

sob o nº 03.859.166/0001-02, representado por seu Presidente [NOME DO PRESIDENTE],residente e domiciliado em Brasília/DF, com carteira de identidade RG no [000000000000],inscrito no CPF/MF sob o no [000.000.000-00], designado pelo(a) [TIPO DE ATO] no[NÚMERO E DATA DO ATO], publicado no Diário Oficial da União de [E DATA DAPUBLICAÇÃO DO ATO], e no uso das atribuições que lhe confere o art. 24 do Anexo I doDecreto nº 4.756, de 20 de junho de 2003, que aprovou a Estrutura Regimental do Ibama, eo art. 8º do Regimento Interno aprovado pela Portaria GM/MMA nº 230, de 14 de maio de2002, republicada no Diário Oficial da União de 21 de junho de 2002; e o DepartamentoNacional de Infra-estrutura de Transportes, neste ato designado compromissário edoravante denominado DNIT, criado pela Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, inscrito noCNPJ sob o nº 04.892.707/0001-00, representado por seu Diretor-Geral [NOME DO

DIRETOR-GERAL], residente e domiciliado em Brasília/DF, com carteira de identidade RGno [000000000000], inscrito no CPF/MF sob o no [000.000.000-00], designado pelo(a)[TIPO DE ATO] no [NÚMERO E DATA DO ATO], publicado no Diário Oficial da União de [EDATA DA PUBLICAÇÃO DO ATO], no uso das atribuições previstas no art. 21, inciso III daEstrutura Regimental do DNIT, aprovada pelo Decreto nº 5.765, de 27 de abril de 2006, emconjunto e ora denominados partes e,

Considerando o Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis-PROFAS,instituído com a finalidade de promover a elaboração e execução dos projetos e atividadesnecessárias para a regularização ambiental das rodovias federais pavimentadas semlicença ambiental, no intuito de compatibilizar a necessidade de sua operação e

manutenção às normas ambientais vigentes, resolvem celebrar o presente TERMO DECOMPROMISSO, sob as cláusulas e condições seguintes:

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CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

O presente Termo de Compromisso tem por objeto estabelecer os critérios, osprocedimentos e as responsabilidades de forma a promover o licenciamento ambientalcorretivo da Rodovia Federal BR [No DA BR]

§ 1º O DNIT elaborará o Relatório de Controle Ambiental - RCA, para a Rodovia FederalBR [No DA BR], conforme Modelo previsto nos atos normativos pertinentes e Termo de

Referência específico, consolidado em conjunto com o Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis-Ibama.

§ 2º [quando couber] Estão excluídos do objeto deste TERMO os segmentos da rodovia[XXXXXX] com Licenças Ambientais emitidas até o momento pelos ÓrgãosEstaduais/Municipais de Meio Ambiente, referentes aos segmentos entre [XXXXXX]

§ 3º A assinatura deste TERMO suspende a aplicação de sanções administrativasambientais disciplinadas pelo Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, quando relativas àausência da respectiva licença ambiental.

CLÁUSULA SEGUNDA - DOS COMPROMISSOS DO IBAMAI - emitir a Licença de Operação para a regularização ambiental da BR [No DA BR] após aapresentação e análise do respectivo RCA, no prazo previsto nos atos normativospertinentes;

II - analisar e emitir pareceres, relatórios e notas técnicas, contendo apreciação técnica dadocumentação apresentada pelo DNIT e requisitada neste TERMO, encaminhando cópiasdessas análises ao mesmo para conhecimento e adequações;

III - após análise técnica e em caso de adequação aos itens deste TERMO, aprovar asmedidas mitigatórias propostas pelo DNIT, contidas nos Programas Ambientais,

autorizando a execução das respectivas ações, de acordo com cronograma acordado entreas partes;

IV - orientar e supervisionar a execução das ações realizadas pelo DNIT e acordadas nesteTERMO, avaliando seus resultados e reflexos;

V - realizar vistorias técnicas periódicas de acompanhamento nos trechos da rodovia ondeestejam previstas medidas de mitigação e de execução das ações e projetos propostos,avaliando a efetividade das ações realizadas pelo DNIT; e

VI - notificar o DNIT sobre as irregularidades acaso verificadas quanto à execução das

medidas e Programas Ambientais previstas neste TERMO.CLÁUSULA TERCEIRA - DOS COMPROMISSOS DO DNIT

I - elaborar o Relatório de Controle Ambiental - RCA, para a rodovia federal BR [No DA BR]conforme Modelo previsto nos atos normativos pertinentes e Termo de Referênciaespecífico, consolidado em conjunto com o Ibama;

II - apresentar o RCA e requerer ao Ibama no prazo previsto nos atos normativospertinentes, a licença de operação corretiva da rodovia federal sob sua jurisdição pararegularização ambiental da rodovia;

III - executar, após a aprovação técnica do Ibama, os Planos e Programas Ambientaisprevistos no RCA da rodovia; e

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IV - enviar ao Ibama, os documentos, Planos e Programas Ambientais para subsidiar asanálises técnicas referentes à Licença de Operação da rodovia.

CLÁUSULA QUARTA - DA PRESTAÇÃO DE CONTAS

O DNIT procederá o envio de relatórios a respeito do cumprimento deste TERMO,escrevendo a fase de implementação em andamento, de acordo com o cronogramaaprovado pelo Ibama.

CLÁSULA QUINTA - DO ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇAO

Fica assegurado ao Ibama, a qualquer tempo, o acompanhamento e verificação doandamento dos trabalhos e cumprimento das obrigações assumidas neste TERMO,cabendo a esse Instituto a adoção das medidas e sanções administrativas necessáriaspara a implementação do mesmo.

O DNIT prestará todo o apoio aos técnicos do Ibama, acompanhando vistorias à rodovia esua faixa de domínio e prestando informações que sejam solicitadas, bem como enviandodocumentos comprobatórios do atendimento desse TERMO.

As disposições do presente TERMO não excluem a possibilidade de imposição de sançõesadministrativas pelo Ibama ao DNIT ou às suas empreiteiras contratadas, em caso docometimento de infrações às normas ambientais vigentes.

CLÁUSULA SEXTA - DA INADIMPLÊNCIA

O Ibama comunicará formalmente ao DNIT das ações a serem tomadas, ao verificar odescumprimento das obrigações constantes deste TERMO, estabelecendo prazosmáximos para a devida adequação.

No acompanhamento e fiscalização do atendimento deste TERMO, o Ibama adotará as

medidas e sanções administrativas previstas no Decreto 6514/08 e alterações, ou outrasnormais legais aplicáveis.

Concomitantemente ao disposto no inciso II acima, o descumprimento por parte do DNITdo disposto no inciso I desta Cláusula, bem como dos prazos e obrigações sob suaresponsabilidade e constantes deste TERMO, importará cumulativamente na:

I - obrigação de reparação de eventual dano ambiental decorrente do descumprimentodeste instrumento; e

II - execução judicial das obrigações nele estipuladas.

CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIA

O presente TERMO, com eficácia de título executivo extrajudicial produzirá efeitos legais apartir de sua assinatura e terá vigência até a emissão da Licença de Operação por parte doIbama.

CLÁUSULA OITAVA - DA ALTERAÇÃO DAS CONDIÇÕES PACTUADAS

O presente TERMO poderá ser alterado através de Termo Aditivo, mediante expressaconcordância das partes.

As partes poderão, diante de novas informações, ou se assim as circunstâncias o exigirem,propor a revisão ou a complementação dos compromissos ora firmados, baseados em

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critérios técnicos ou novas informações que justifiquem tais alterações.

CLÁUSULA NONA - DA PUBLICIDADE

Compete ao DNIT proceder à publicação do extrato do presente TERMO, no prazo de até30 (trinta) dias, a contar da sua celebração, no Diário Oficial da União.

CLÁUSULA DÉCIMA - DO FORO

Para dirimir quaisquer questões decorrentes deste Termo Aditivo, que não possam ser resolvidas pela mediação administrativa, as partes elegem o foro da Justiça Federal, SeçãoJudiciária do Distrito Federal competente.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

As partes declaram e reconhecem para os devidos fins que o presente TERMO possuicaráter negocial e está sendo firmado de comum acordo com o intuito de promover aadequação do licenciamento ambiental das rodovias federais.

O presente TERMO, depois de aprovado por todas as partes envolvidas, e perante as

testemunhas abaixo listadas, segue assinado em 02 (duas) vias de igual teor e forma, paraos devidos fins e efeitos legais.

ANEXO II 

TERMO DE REFERÊNCIA DE RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL PARAREGULARIZAÇÃO DE RODOVIAS - RCA 

INTRODUÇÃO

O presente Termo de Referência tem como objetivo estabelecer um referencial, em nível

nacional, para a elaboração do Relatório de Controle Ambiental - RCA para Rodoviaspavimentadas, visando à regularização ambiental desses empreendimentos.

O IBAMA poderá incluir ou excluir informações em função das especificidades doempreendimento, da região e legislação local ou pertinente, desde que adequadamente justificados.

O Relatório de Controle Ambiental deverá contemplar um diagnóstico a ser desenvolvidocom base nas informações levantadas acerca dos fatores ambientais na sua área deinfluência; identificar, analisar e avaliar os impactos ambientais decorrentes doempreendimento, bem como propor medidas mitigadoras e planos e programas demonitoramento e controle dos impactos e passivos ambientais identificados.

1. IDENTIFICAÇÂO DO EMPREENDEDOR

1.1. Identificação do empreendedor:

Nome ou razão social;

Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;

Endereço completo (fone, fax e e-mail)

Representantes legais (nome, endereço, fone, fax e e-mail);

Pessoa de contato (nome, endereço, fone, fax e e-mail).

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1.2. Identificação da empresa responsável pelos estudos Nome ou razão social;

Número do CNPJ e Registro no Cadastro Técnico Federal;

Endereço completo, (fone, fax e-mail);

Representantes legais (nome, Cadastro Técnico Federal, endereço, fone, fax e e-mail);

Pessoa de contato (nome, Cadastro Técnico Federal, endereço, fone, fax e e-mail);ART da empresa.

1.3. Dados da equipe técnica multidisciplinar (Relacionar e identificar os profissionaisresponsáveis pela elaboração do RCA):

Nome;

Formação profissional;

Número do registro no respectivo Conselho de Classe, quando couber;

Número do Cadastro Técnico Federal;

ART, quando couber.

Observação:

Cada membro da equipe deverá rubricar, em uma cópia do Relatório de Controle Ambiental- RCA, as páginas de sua responsabilidade técnica.

Os membros da equipe consultora deverão assinar o RCA na página de identificação daequipe multidisciplinar. Já o coordenador do estudo deverá, adicionalmente, rubricar todas

as páginas do estudo.

Os profissionais que subscrevem os estudos e projetos, que integram os processos delicenciamento ambiental, serão responsáveis pelas informações apresentadas, sujeitando-se às sanções administrativas, civis e penais.

2. DADOS DO EMPREENDIMENTO

2.1. Identificação do Empreendimento

Nome;

Município(s) e UF(s).

2.2. Caracterização do Empreendimento

Localização georreferenciada em mapa de toda a rodovia, em escala a ser acordada;

Extensão;

Relevo do terreno;

Seção transversal esquemática (dimensões do off-set, faixa de domínio, etc.) em toda asua extensão (velocidade diretriz, rampas máximas, raio de curvatura mínimo, etc.).

Largura da faixa de domínio;

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VDM, com percentuais de veículos leves, ônibus e caminhões;

Localização georreferenciada e identificação das obras de arte especiais e cruzamentoscom outras rodovias e outros modais;

Localização e descrição sucinta dos melhoramentos propostos, quando couber;

Apresentar caracterização, projetos-tipo e mapeamento georreferenciado das unidades de

apoio previstas e seus acessos, quando couber;Apresentar os sistemas de segurança e de sinalização.

3. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

O Relatório de Controle Ambiental deverá definir os limites das áreas de influência, diretaou indireta do empreendimento, considerando-se as características dos meios físico, bióticoe socioeconômico, bem como o alcance dos impactos, dando ênfase à sua proximidadecom as áreas protegidas por legislação específica.

Para a definição do limite geográfico de cada uma das áreas devem ser considerados,

também, os fatores ambientais que compõem a paisagem; os empreendimentos existentes;o uso e ocupação do solo; programas e projetos previstos, em andamento ou jádesenvolvidos na região.

A definição dos limites das áreas de influência deve ser justificada, observando-se que,para fatores ambientais específicos, os limites podem ser diferentes e sujeitos à revisãocom base na identificação e na abrangência dos impactos.

As áreas de influência direta e indiretamente pelo empreendimento deverão ser mapeadas.

3.1. Área de Influência Direta-AID

É a área cuja incidência dos impactos da operação do empreendimento ocorreu de formadireta sobre os recursos ambientais, modificando a sua qualidade ou diminuindo seupotencial de conservação ou aproveitamento. A rede de relações sociais, econômicas eculturais afetadas pelo empreendimento deve ser considerada na sua delimitação.

A área de influência direta será delimitada, considerando-se:

A faixa de domínio da rodovia;

As áreas destinadas às estruturas de apoio;

As áreas de jazidas, empréstimo e bota-fora, quando couber;

Os acessos existentes e projetados;

As áreas contínuas de relevante importância ecológica;

Cidades e vilas residenciais que servem como apoio logístico ao empreendimento, bemcomo as áreas das comunidades e propriedades diretamente interceptadas;

Outras áreas que sofreram alterações decorrentes da ação direta do empreendimento, aserem identificadas no decorrer dos estudos.

3.2. Área de Influência Indireta-AII

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É a área afetada pelos impactos indiretos da operação do empreendimento, abrangendo osmeios físico, biótico e socioeconômico e inclui os ecossistemas e o sistemasocioeconômico impactados por alterações ocorridas na área de influência direta.

A delimitação da AII circunscreve a AID e deve considerar, entre outros:

O alcance dos impactos associados às características do empreendimento;

As micro bacias;Os fragmentos e remanescentes florestais, UCs, Áreas prioritárias para conservação, áreade vida para espécies protegidas, ameaçadas de extinção, raras, endêmicas;

As características urbano-regionais;

As alterações na dinâmica de uso e ocupação do solo, na dinâmica dos núcleos urbanos ena dinâmica do transportes regional.

4. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O diagnóstico deve traduzir a dinâmica ambiental das áreas de influência da rodovia. Deveapresentar a descrição dos fatores ambientais e permitir a correta identificação e avaliaçãodos impactos ambientais decorrentes da operação do empreendimento.

Deve subsidiar a análise integrada, multi e interdisciplinar, e possibilitar a gestão ambientaldo empreendimento.

As informações relativas às áreas de influência podem ser baseadas em dadossecundários, desde que sejam atuais e possibilitem a compreensão sobre os temas emquestão, sendo complementadas, quando necessário, com dados primários.

Todas as bases e metodologias utilizadas devem ser claramente especificadas,referenciadas, justificadas e apresentadas de forma detalhada, junto ao tema.

Os resultados dos estudos e levantamentos com vistas a compor o diagnóstico ambientalda área de influência do empreendimento abrangerão os aspectos abaixo relacionados:

1. Meio Físico

Clima e Condições meteorológicas

Caracterização climático-meteorológica resumida da região em que se insere oempreendimento, considerando a ocorrência de eventos extremos.

Apresentar tabelas e gráficos com as médias históricas e com as médias recentes dosparâmetros meteorológicos ao longo dos meses do ano, com ênfase pluviosidade e regimede ventos (direção e velocidade), indicando as fontes dos dados apresentados.

Geologia

Apresentar mapeamento da geologia regional, abrangendo a área de influência indireta.

Apresentar a identificação e localização geográfica prevista das possíveis jazidas utilizadasou a serem utilizadas para realização de demais obras necessárias ao empreendimento,para os casos em que o material seja proveniente de jazidas não comerciais, quandocouber.

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Apresentar as características geotécnicas dos pontos notáveis atingidos diretamente pelasrodovias, mediante o uso de parâmetros de mecânica de rochas e solos e as interferênciasdestas em relação ao empreendimento (propensão à erosão, taludes instáveis, travessiasde regiões com solos hidromórficos, travessias de cursos d'água, etc.).

Geomorfologia

Apresentar as unidades geomorfológicas compreendendo as formas e a dinâmica de

relevo, e indicar a presença ou a propensão à erosão, assoreamento e inundaçõessazonais.

Solos

Descrever e mapear as classes de solo, (de acordo com o Sistema de Classificação daEmpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA - 1999 e 2006).

Hidrologia

Levantamento e mapeamento do sistema hidrográfico, informando a localização ecaracterização básica dos corpos d'água atravessados pelo empreendimento, comidentificação dos mananciais de abastecimento público, bem como de outros usospreponderantes.

Apresentar mapeamento e informações básicas sobre níveis, frequência e duração decheias.

Avaliar a ocorrência de processos erosivos e de assoreamento, e suas implicaçõesdecorrentes das retenções e das descargas de águas pluviais, e sua interferência nadinâmica fluvial.

Cavidades

Apresentar levantamento das cavidades naturais, com base em dados secundários.

2. Meio Biótico

Os estudos realizados para o diagnóstico do meio biótico devem ser apresentados deforma clara e objetiva.

Caracterizar os ecossistemas nas áreas atingidas pelo empreendimento, sua distribuição erelevância biogeográfica, identificando a rede hidrográfica.

Caracterizar a cobertura vegetal na área de influência do empreendimento, apresentando:

- Identificação e mapeamento das fitofisionomias; e

- Lista de ocorrência de espécies da flora, informando:

Ordem, família, nome científico, nome vulgar; e Estado de conservação, considerando aslistas oficiais de espécies ameaçadas, tendo como referência: CITES, IUCN, MMA,estaduais e municipais.

Identificar as Unidades de Conservação no âmbito federal, estadual e municipal, oscorredores ecológicos, com base em ecologia de paisagem, as áreas protegidas por 

legislação específica, localizadas na área de influência do empreendimento e asrespectivas distâncias em relação à rodovia.

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Mapear e apresentar relação das Áreas Prioritárias para Conservação formalmenteidentificadas pelos governos federal, estadual e municipal.

Caracterizar, com base em dados secundários, incluindo os planos de manejo de unidadesde conservação, as populações faunísticas e suas respectivas distribuições espacial esazonal, com especial atenção às espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas emigratórias, e identificar áreas potenciais para servirem como corredores e refúgio defauna.

3. Meio Socioeconômico

O estudo abrangerá as áreas de influência direta e indireta do empreendimento de forma ademonstrar os efeitos sociais e econômicos decorrentes da sua operação e as suasinterrelações com os fatores ambientais, passíveis de alterações relevantes pelos efeitosdo empreendimento.

Quando procedente, as variáveis estudadas no meio socioeconômico deverão ser apresentadas em séries históricas representativas, visando à avaliação de sua evoluçãotemporal.

Os levantamentos devem ser complementados pela produção de mapas temáticos,inclusão de dados estatísticos, utilização de desenhos esquemáticos, croquis e fotografias.

Relacionar os municípios diretamente afetados pelo empreendimento, apresentando osdados de geografia humana disponíveis, a caracterização do uso e ocupação do solo daAID e a caracterização da economia regional.

Identificar os principais problemas/conflitos socioambientais da região destacandopossíveis conflitos de uso, atores sociais envolvidos, inter-relações com as atividadesrodoviárias.

Identificar a existência de povos e comunidades tradicionais (definidas pelo Decreto nº6.040/2007), indígenas e quilombolas, apresentando a distância entre essas e oempreendimento.

Identificar os pontos de interesse para o patrimônio arqueológico, histórico e culturalexistente na área de influência, com base em dados secundários.

5. PASSIVO AMBIENTAL

Deverão ser identificadas, descritas (fichas de identificação de passivos com relatóriofotográfico e croquis/representações) e devidamente localizadas (listagem de coordenadas

e mapas em escala adequada), no mínimo, as seguintes situações de passivos ambientaisresultantes da implantação e operação da rodovia:

Meio Físico (possíveis áreas contaminadas; jazidas ou áreas de mineração, empréstimos,bota-foras ou outras áreas de apoio abandonadas ou não-recuperadas; processos erosivosem desenvolvimento; interferências sobre drenagem fluvial);

Meio Biótico (Áreas de Preservação Permanente suprimidas, fauna impactada em funçãode atropelamento).

Meio Socioeconômico: levantamento das ocupações irregulares existentes na faixa dedomínio, e identificação dos pontos críticos para a segurança dos usuários e comunidadeslindeiras.

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Observação: a existência de passivos ambientais implicará na obrigatoriedade deapresentar programa de recuperação dos mesmos.

6. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL

Deverão ser identificadas as ações impactantes e analisados os impactos ambientais nosmeios físico, biótico e socioeconômico, relativos à operação do empreendimento.

Os impactos serão avaliados nas áreas de influências definidas para cada um dos meiosestudados e caracterizados no diagnóstico ambiental, considerando suas propriedadescumulativas e sinérgicas e a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

Na avaliação dos impactos sinérgicos e cumulativos deverão ser considerados os usossocioeconômicos existentes nas áreas de influência direta e indireta, de forma a possibilitar o planejamento e integração efetiva das medidas mitigadoras.

7. PLANO BASICO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL-PBRA

Os Programas a serem detalhados deverão observar as disposições da presente Portaria.

Os programas de controle ambiental deverão considerar: o componente ambiental afetado;o caráter preventivo ou corretivo; a definição de responsabilidades e o cronograma deexecução das medidas, hierarquizando-as em termos de curto, médio e longo prazo.

Os programas deverão ter caráter executivo e conter: objetivos, justificativas, público-alvo,cronograma de implantação e interrelação com outros programas.

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6. Portaria nº 424, de 26 de outubro de 2011, do Ministério do MeioAmbiente dispõe sobre procedimentos específicos a serem aplicados pelo IBAMA naregularização ambiental de portos e terminais portuários, bem como os outorgados àscompanhias docas. 

ANOTAÇÕES:

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Portaria nº 424, de 26 de outubro de 2011

Dispõe sobre procedimentos específicos a serem aplicados pelo IBAMA na regularizaçãoambiental de portos e terminais portuários, bem como os outorgados às companhiasdocas, previstos no art. 24-A da Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003.

A MINISTRA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, no uso de suas atribuições, e tendo emvista o disposto no Decreto nº 6.101, de 26 de abril de 2007, resolve:

Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre procedimentos específicos a serem aplicados peloInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA naregularização ambiental de portos e terminais portuários, bem como os outorgados àscompanhias docas, previstos no art. 24-A da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003.

Parágrafo único. Os procedimentos específicos descritos nesta Portaria se aplicamapenas aos portos e aos terminais previstos no caput, que já estejam implantados e emoperação sem licença ambiental, excetuadas as obras de ampliação e as atividades dedragagem, que estarão sujeitas a procedimento regular de licenciamento ambiental.

Art. 2º Para os efeitos desta Portaria são estabelecidas as seguintes definições:

I – regularização ambiental: processo integrado de atividades técnicas e administrativas,por meio do qual os portos ou terminais portuários, implantados e em operação, buscamsua conformidade e regularidade em relação à legislação ambiental vigente, por meio determo de compromisso com o Ibama;

II – Relatório de Controle Ambiental – RCA: documento contendo estudos, programas eplanos ambientais a serem implementados nos portos ou terminais portuários que aderiremao procedimento de regularização descrito no inciso I, de modo a conferir conformidadeaos aspectos ambientais relativos à operação portuária; e

III – área do porto organizado: área compreendida pelas instalações portuárias, tais comoancoradouros, docas, cais, pontes e píeres de atracação e acostagem, terrenos,armazéns, edificações e vias de circulação interna, e também pela infra-estrutura deproteção e acesso aquaviário ao porto, como guias-correntes, quebra-mares, eclusas,canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que devam ser mantidas pela administraçãodo porto.

Art. 3º O IBAMA oficiará os responsáveis pelos portos e terminais portuários previstos noart. 1º para que, no prazo de cento e vinte dias, contados a partir da edição desta Portaria,firmem termo de compromisso, com o fim de apresentar, no prazo máximo de setecentos e

vinte dias, os Relatórios de Controle Ambiental – RCAs, que subsidiarão a regularizaçãoambiental, por meio das respectivas licenças de operação, observadas as exigências destaPortaria.

§1º A assinatura do termo de compromisso suspende as sanções administrativasambientais já aplicadas pelo IBAMA e impede novas autuações, quando relativas, emambos os casos, à ausência da respectiva licença ambiental.

§2º O disposto no §1º não impede a aplicação de sanções administrativas ambientais pelodescumprimento do próprio termo de compromisso.

§3º No termo de compromisso deverá constar previsão no sentido de que as informaçõesatualizadas relativas à regularização e gestão ambiental estejam disponíveis na rede

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mundial de computadores.

Art. 4º Os RCAs serão elaborados em atendimento aos termos de referência a seremadequados e consolidados pelo IBAMA em conjunto com o requerente, com base noAnexo desta Portaria, podendo incluir ou excluir exigências, em função das especificidadesdo empreendimento, das peculiaridades locais, dos estudos existentes e da legislaçãopertinente, desde que adequadamente justificadas.

§ 1º A consolidação de que trata o caput deverá ser concluída no prazo máximo de doismeses, a partir da assinatura do termo de compromisso junto ao IBAMA.

§ 2º Por ocasião da consolidação referida no caput, será fixado pelo IBAMA cronogramapara a elaboração e apresentação do RCA, levando em consideração as peculiaridades decada porto ou terminal portuário, observado o prazo máximo de que trata o caput.

Art. 5º O IBAMA expedirá as licenças de operação, após a aprovação dos respectivosrelatórios de controle ambiental, cuja análise se dará em até cento e oitenta dias.

Parágrafo único. Os portos e terminais portuários previstos no art. 1o, que se encontram

em processo de obtenção de licença de operação poderão se beneficiar das condições oraestabelecidas e optar entre os cronogramas já acordados e os previstos nesta Portaria.

Art. 6º Durante o processo de regularização, ficam autorizadas a operação do porto outerminal portuário e as atividades de manutenção rotineira e de segurança operacional.

Parágrafo único. As atividades de manutenção rotineira e de segurança operacionaldeverão ser informadas previamente ao IBAMA.

Art. 7º O RCA deverá considerar as interações entre os meios biótico, físico esocioeconômico, e ser composto por diagnóstico ambiental, pelo levantamento dos

passivos ambientais, e por programas e planos a serem acordados entre o IBAMA e orequerente, tendo como base a seguinte relação:

I – Programa de Monitoramento da Qualidade Ambiental da Água, dos Sedimentos, do Ar eda Biota Aquática;

II – Programa de Recuperação de Áreas Degradadas;

III – Programa de Gerenciamento de Efluentes e Resíduos;

IV – Programa de Gerenciamento de Riscos, Plano de Emergência Individual, Plano deÁrea, quando couber, e Plano de Ação de Emergência para Produtos Químicos Perigosos,quando couber;

V – Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social; e

VI – Plano de Dragagem de Manutenção.

Art. 8º O IBAMA poderá, mediante despacho motivado, abrir período de consulta públicapara manifestação de terceiros, após o recebimento dos estudos ambientais, fixando-seprazo de até 30 dias para oferecimento de alegações escritas, nos termos do art. 31 da Leinº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

Art. 9º À regularização ambiental dos portos e terminais portuários, de que trata o art. 1º, eque estejam em operação em data anterior à vigência da Lei no 9.985, de 18 de julho de

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2000, não se aplica a compensação ambiental por ela instituída em seu art. 36.

Art. 10 Para a regularização ambiental de que trata esta Portaria, no caso de portos eterminais portuários previstos no art. 1º, que afetam Unidades de Conservação, o IBAMAdeverá requerer manifestação do órgão responsável pela administração de Unidades deConservação.

Parágrafo Único. A manifestação será prévia ao procedimento de regularização ambiental

 junto ao órgão ambiental federal.

Art. 11 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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7. Instrução Normativa nº 1, de 9 de janeiro de 2012 da Fundação Nacional doÍndio – FUNAI, que estabelece normas sobre a participação da FUNAI no processo delicenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades potencial e efetivamentecausadoras de impactos ambientais e socioculturais que afetem terras e povos indígenas.

ANOTAÇÕES

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FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIOINSTRUÇÃO NORMATIVA No 1, DE 9 DE JANEIRO DE 2012

A PRESIDENTE, SUBSTITUTA, DA FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAI, no usodas atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto, aprovado pelo Decreto no 7.056, de28 de dezembro de 2009, Considerando que o artigo 225 da Constituição Federal de 1988dispõe ser dever do Poder Público defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado

para as presentes e futuras gerações;

Considerando que o § 1o do artigo 225 prevê como atribuição do Poder Público, paraassegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, exigir, naforma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora designificativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que sedará publicidade;

Considerando que o artigo 231 da Constituição Federal de 1988 reconhece aos índios suaorganização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários sobresuas terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e

fazer respeitar todos os seus bens;

Considerando que o § 2o do artigo 231 da Constituição Federal de 1988 garante o usufrutoexclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terras indígenas;Considerando que a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho - OIT sobrePovos Indígenas e Tribais, promulgada pelo Decreto no. 5.051, de 19 de abril de 2004,dispõe que deverão ser adotadas as medidas especiais que sejam necessárias parasalvaguardar as pessoas, as instituições, os bens, as culturas;

Considerando que de acordo com a Convenção 169 da OIT os governos deverão consultar os povos interessados, mediante procedimentos apropriados e, particularmente, por meiode suas instituições representativas, cada vez que sejam previstas medidas legislativas ouadministrativas suscetíveis de afetá-los diretamente;

Considerando que, ainda de acordo com a Convenção 169 da OIT, deverão ser especialmente protegidos os direitos dos povos indígenasaos recursos naturais existentes nas suas terras, abrangendo o direito desses povos aparticiparem da sua utilização, administração e conservação;

Considerando que o artigo 22 da Lei no. 6.001, de 19 de dezembro de 1973, prevê o direitoao usufruto exclusivo das riquezas naturais e de todas as utilidades das terras indígenas

tradicionalmente ocupadas;Considerando que a Lei no. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que institui a Política Nacionaldo Meio Ambiente, dispõe sobre as diretrizes, os objetivos, os fins, os mecanismos, osistema e os instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, entre eles olicenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras e aregulamentação da avaliação de impacto ambiental prevista constitucionalmente;Considerando a Portaria no. 419, de 28 de outubro de 2011, que regulamenta a atuaçãodos órgãos e entidades da Administração Pública Federal intervenientes no licenciamentoambiental;

Considerando que a Fundação Nacional do Índio - FUNAI é a entidade da Uniãolegalmente responsável por garantir a posse permanente das terras indígenas e o usufruto

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exclusivo dos recursos naturais e de todas as utilidades nelas existentes, de acordo com aLei no. 5.371, de 05 de dezembro de 1967;

Considerando que a Fundação Nacional do Índio – FUNAI deve ser enquadrada comoórgão setorial, integrante do SISNAMA, de acordo com inciso III, do artigo 6o, da Lei no.6.938/81, pois é órgão da Administração total ou parcialmente associada às atividades depreservação da qualidade ambiental ou de disciplinamento do uso de recursos naturais;

Considerando que é conferido à Fundação Nacional do Índio - FUNAI o exercício do poder de polícia nas terras indígenas e nas matérias atinentes à proteção do índio, de acordocom o inciso VII, artigo 1o da Lei no. 5.371, de 05 de dezembro de 1967;

Considerando, por fim, que as ações voltadas à proteção ambiental das terras indígenas eseu entorno destinadas a garantir a manutenção do equilíbrio necessário à sobrevivênciafísica e cultural das comunidades indígenas devem contemplar, de acordo com o artigo 9ºdo Decreto n. 1.141, de 5 de maio de 1994, o controle ambiental das atividades potencialou efetivamente modificadoras do meio ambiente, mesmo daquelas desenvolvidas noentorno das terras indígenas, resolve:

Art. 1o Estabelecer normas sobre a participação da Fundação Nacional do Índio - Funai noprocesso de licenciamento ambiental de empreendimentos ou atividades potencial eefetivamente causadoras de impactos ambientais e socioculturais que afetem terras epovos indígenas.

Art. 2o Para efeito da presente instrução normativa, os empreendimentos ou atividadespotencial e efetivamente causadores de impactos ambientais e socioculturais a terras epovos indígenas são aquelas:I. Localizadas em terras indígenas ou em seu entorno;II. Listadas como tal pela resolução Conama no. 237, de 19 de dezembro de 1997.

Art. 3o A FUNAI deverá ter como princípios na análise dos procedimentos de licenciamentoambiental a que se refere esta instrução normativa:I. A precaução pela sociobiodiversidade;II. A autonomia dos povos indígenas;III. O respeito a sua organização social, usos, costumes, línguas, crenças e tradições;IV. Os direitos originários sobre as terras que os índios tradicionalmente ocupam;V. O usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terrasindígenas;VI. A inalienabilidade, indisponibilidade das terras indígenas e imprescritibilidade dosdireitos sobre elas;

VII. A vedação da remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo nas hipótesesprevistas constitucionalmente;VIII. A participação livre dos povos indígenas interessados, mediante procedimentosapropriados, respeitando suas tradições e instituições representativas;IX. A cooperação com os povos indígenas;X. A prevenção e mitigação dos impactos ambientais e socioculturais.

Art. 4o À Coordenação Geral de Gestão Ambiental – CGGAM da Diretoria de Promoção aoDesenvolvimento Sustentável - DPDS é atribuída a responsabilidade de coordenação dosprocessos de licenciamento ambiental dos empreendimentos ou atividades potencial eefetivamente causadoras de impactos ambientais e socioculturais a terras e povos

indígenas, no que se refere ao componente indígena.

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§ 1o Qualquer documento recebido pelas Coordenações Regionais ou CoordenaçõesTécnicas Locais sobre empreendimentos ou atividades potencial e efetivamentecausadoras de impactos ambientais e socioculturais a terras e povos indígenas deverá ser imediatamente encaminhado à CGGAM.

§ 2o A CGGAM poderá receber petições e solicitações de acompanhamento deempreendimentos ou atividades potencial e efetivamente causadoras de impactosambientais e socioculturais a terras e povos indígenas assinados por:a) Comunidades indígenas;b) Organizações indígenas;c) Organizações constituídas legalmente no Brasil cujo objetivo social tenha pertinênciacom a defesa dos povos indígenas ou a proteção do meio ambiente;d) Órgãos licenciadores;e) Ministério Público Federal;f) Demais interessados.

§ 3o Os órgãos licenciadores (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis - Ibama ou Órgãos Estaduais de Meio Ambiente) são os principais

interlocutores no que se refere ao acompanhamento de empreendimentos ou atividadespotencial e efetivamente causadoras de impactos ambientais e socioculturais a terras epovos indígenas. A FUNAI deve se reportar e agir em colaboração e parceria com estesórgãos e ser responsável pelo componente indígena em todas as fases do processo delicenciamento ambiental.

Art. 5o Recebida comunicação ou solicitação de acompanhamento de empreendimentosou atividades de que trata a presente instrução normativa, a CGGAM fará oprocessamento de admissibilidade, pelo qual será constatada a correspondência com ascategorias elencadas no artigo 1o e a natureza dos impactos ambientais e socioculturais aterras e povos indígenas, ainda que preliminarmente.

Art. 6o Entendendo a FUNAI que o empreendimento ou atividade analisada épotencialmente causadora de impactos ambientais e socioculturais a terras e povosindígenas, deverá ser requerida a transferência do procedimento de licenciamentoinstaurado nos órgãos licenciadores ambientais estaduais e municipais ao IBAMA.

Art. 7o A CGGAM informará às comunidades indígenas potencialmente afetadas,diretamente ou por meio das unidades administrativas locais da FUNAI (CRs e CTLs), ainstauração de procedimento interno para acompanhamento de processo de licenciamentoambiental.

Parágrafo único. A participação da FUNAI nos processos de licenciamento ambiental temcaráter interveniente à ação dos órgãos licenciadores.

Art. 8o O processo administrativo de acompanhamento de licenciamento ambiental seráaberto exclusivamente pela sede da FUNAI.§ 1o Analisados os documentos do processo de licenciamento, a CGGAM definirá ainstância de tramitação do procedimento (sede ou unidades locais), os estudos a seremsolicitados, o técnico responsável pelo processo - TRP e a equipe de análise.

§ 2o A CGGAM poderá delegar, às unidades locais da FUNAI, o acompanhamento doprocesso administrativo ou a execução de ato(s) específico(s), a ser realizado nos limites

definidos no ato de delegação.

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§ 3o O Técnico Responsável pelo Processo - TRP tem por responsabilidade:a) acompanhar os trâmites do processo e manter o coordenador imediato informado;b) manter articulação com técnicos de outras coordenações e diretorias partícipes doprocesso, de acordo com as fases das licenças ambientais;c) providenciar a alimentação e atualização do processo no Sistema de Dados da FUNAI;d) a organização do processo;e) a elaboração de documentos referentes ao andamento do processo.Procedimentos internos da FUNAI na fase de Licença Prévia

Art. 9o Quando necessário, a GGAM emitirá Termo de Referência Específico paraelaboração do componente indígena dos estudos de impacto ambiental, com o apoio ecolaboração, quando necessário, das unidades locais da FUNAI.

§ 1o Para fins de elaboração do Termo de Referência, a CGGAM poderá consultar aDiretoria de Proteção Territorial (Coordenação Geral de Geoprocessamento eCoordenação Geral de Identificação e Delimitação) que deverá se manifestar sobre osdados cartográficos apresentados, especialmente se a localização do empreendimentoincide em terras indígenas, inclusive áreas em revisão de limites ou com reivindicações

devidamente qualificadas quanto à tradicionalidade da ocupação.§ 2o Da mesma forma, para subsidiar a elaboração do Termo de Referência, a CGGAMconsultará a Coordenação Geral de Índios Isolados e de Recente Contato para que semanifeste a respeito da interferência do empreendimento sobre essas comunidades ouáreasde referência.

Art.10 O Termo de Referência deve necessariamente solicitar:I. a análise e a avaliação dos possíveis impactos ambientais e socioculturais a terras epovos indígenas decorrentes do empreendimento, bem como a relação dos povos

potencialmente afetados com este;II. a contextualização da área de influência do empreendimento, com relação às terras epovos indígenas, baseada nas particularidades técnicas do(s) empreendimento(s), dasobras, dos povos potencialmente afetados e do contexto ambiental e regional;III. os impactos causados por outros empreendimentos associados já existentes e os quepoderão surgir em decorrência do efeito multiplicador do empreendimento estudado,abordando de modo integrado as relações sinérgicas, cumulativas e globais entre osefeitos somados;IV. a participação efetiva das comunidades indígenas em todo o processo de levantamentode dados, reflexão e discussão dos impactos;V. as relações interétnicas e históricas entre os povos indígenas envolvidos e outros

grupos sociais, analisando, de forma dinâmica, as relações entre esses grupos sócio-econômicos ao longo do tempo, de forma a estabelecer tendências, cenários eprognósticos;VI. a garantia de que os conhecimentos e práticas tradicionais e conhecimento imaterial epatrimônio arqueológico relacionado aos povos indígenas serão incluídos no processo deavaliação dos impactos ambientais e sócio-culturais, respeitando seus direitos sobre oterritório, o uso sustentável dos recursos naturais e a necessidade de se proteger esalvaguardar as práticas tradicionais;VII. a viabilidade do empreendimento sob a ótica do componente indígena;VIII. medidas mitigadoras e sua eficácia com relação aos impactos diagnosticados.

Art. 11 A FUNAI encaminhará o Termo de Referência do componente indígena ao órgãolicenciador.

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§ 2o A elaboração dos programas previstos no PBA deve contar, necessariamente, com aparticipação das comunidades indígenas.§ 3o Os programas previstos no PBA não devem se sobrepor às funções, obrigações eatividades da FUNAI ou de outros órgãos públicos, exceto nos casos de extremavulnerabilidade relacionada ao empreendimento, devidamente justificados.§ 4o Em caráter de complementaridade, o PBA pode reforçar, apoiar ou fortalecer aspolíticas públicas, desde que comprovado nexo de causalidade com as interferênciasimpostas pelo empreendimento.§ 5o O PBA deverá prever como será o modelo de gestão da execução dos programasapontados, incluindo cronograma de execução.§ 6o Os programas previstos no PBA devem buscar a sustentabilidade socioambiental dasações, possibilitando sua continuidade após a finalização do PBA, e não deve abranger atividades que causem impactos às Terras Indígenas, como monocultivo e pecuáriaextensiva, ou que necessitem de licenciamento ambiental.§ 7o A introdução de novas atividades produtivas nas terras indígenas deve,necessariamente, prever a formação e o acompanhamento técnico.Art.22 A CGGAM coordenará, diretamente ou por meio das unidades locais da FUNAI, arealização do detalhamento dos programas de mitigação junto às comunidades

potencialmente afetadas e às outras Coordenações Gerais da FUNAI.Art. 23 O empreendedor deverá apresentar à CGGAM/DPDS o componente indígena doPBA, como parte integrante do PBA do empreendimento, devidamente assinado pelosmembros da equipe técnica.§ 1o Não serão aceitos produtos entregues sem a assinatura da equipe técnica.§ 2o CGGAM/DPDS realizará análise prévia do PBA, podendo solicitar complementaçõese revisões técnicas antes de sua apresentação aos índios.§ 3o Considerações e divergências do empreendedor em relação ao conteúdo do produtoelaborado pela equipe técnica deverão ser apresentadas em documento específico, a ser também objeto de análise pela CGGAM.

Art. 24 A FUNAI manifestar-se-á, conclusivamente, sobre a concessão da licença deinstalação, após a manifestação das comunidades potencialmente afetadas, por meio deanálise técnica e decisão que será encaminhada oficialmente ao órgão licenciador.§ 1o O PBA poderá ser aprovado com solicitações de complementações e/ou revisõesparciais com prazos condicionados para entrega.§ 2o Para PBA considerado insatisfatório, serão solicitadas complementações e/ourevisões e a manifestação conclusiva da FUNAI ocorrerá após a análise de novo produto.§ 3o Para PBA reprovado, será solicitada a reformulação do produto, podendo ser sugeridaa troca da equipe técnica, e manifestação conclusiva da FUNAI ocorrerá após a análise denovo produto.

Art. 25 Após a aprovação do PBA deverá ser assinado Termo de Compromisso entreFUNAI e empreendedor, a ser publicado no Diário Oficial da União, cujo objetivo é agarantia da implementação dos programas conforme cronograma estabelecido.Procedimentos internos da FUNAI na fase de Licença de Operação

Art. 26 A manifestação da FUNAI para emissão da licença de operação está relacionada àoperacionalização, execução e implantação dos programas previstos no PBA, observandoo devido cumprimento dos objetivos e metas estabelecidos.

Art. 27 A CGGAM/DPDS e demais Coordenações Gerais da FUNAI eventualmenteenvolvidas acompanharão, diretamente ou por meio das unidades locais da FUNAI, a

execução dos programas de mitigação junto às comunidades potencialmente afetadas.

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Art. 28 A CGGAM/DPDS realizará a análise dos relatórios de execução, cujos resultadosservirão de subsídios para a manifestação em relação à licença de operação e suarenovação.Parágrafo único. Como subsídio para sua análise técnica, a FUNAI poderá realizar reuniões com as comunidades indígenas com o objetivo de avaliar a execução dosprogramas do PBA.

Art. 29 A CGGAM/DPDS manifestar-se-á, conclusivamente, sobre a concessão da licençade operação, após a manifestação das comunidades potencialmente afetadas, por meio deanálise técnica dos relatórios de implementação e/ou execução dos programas do PBA, aser encaminhada oficialmente ao órgão licenciador.Parágrafo único. Poderá ser solicitada pela FUNAI a continuidade das ações de mitigaçãode acordo com os impactos identificados na fase de operação do empreendimento e aanálise do cumprimento dos objetivos e metas do PBA.

Disposições finais

Art. 30 A FUNAI poderá contratar especialistas de notório saber para auxiliar a análise do

componente indígena, observando o disposto na Lei 8.666, de 21 de junho de 1993.Art. 31 A FUNAI poderá solicitar ao órgão licenciador que a contagem dos prazos previstosseja suspensa durante a elaboração de estudos complementares, do PBA ou preparaçãode esclarecimentos pelo empreendedor, ou caso ocorra algum evento específico dasculturas indígenas que impossibilite a participação dessas ou a condução do processo pelaCGGAM.

Art. 32 As atividades técnicas dos servidores deverão ser executadas com recursospróprios da FUNAI.§ 1o Em casos excepcionais, as atividades técnicas poderão ser executadas à custa do

empreendedor, mediante autorização da Diretoria de Promoção ao DesenvolvimentoSustentável.§ 2o O empreendedor deverá custear todas as atividades relacionadas ao componenteindígena do processo, incluindo realização de reuniões, deslocamento de lideranças,alimentação e demais gastos relacionados, quando solicitado pela FUNAI.

Art. 33 Esta instrução normativa não impede a edição de instruções normativas específicaspara diferentes tipologias de empreendimento.

Art. 34 A Funai terá o prazo de 60 dias para se adequar à operacionalização destainstrução normativa.

Art. 35 Esta instrução normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogandotodas as disposições em contrário.