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N° 88 - ANO XIX - ABRIL/MAIO/JUNHO DE 2009 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

“Os Espíritos não ensinam senão apenas o que é necessário para guiar no caminho da verdade, mas elestambém se abstêm de revelar o que o homem pode descobrir por si mesmo.” - Allan Kardec

Segundo a Wikipédia, a enciclopédialivre da internet, trata-se de uma solenidade daIgreja Católica, instituída pelo Papa UrbanoIV com a Bula “Transiturus” de 11 de agostode 1264, para ser celebrada na quinta-feiraapós a Festa da Santíssima Trindade, queacontece no domingo depois de Pentecostes.

O objetivo é realçar a presença real do"Cristo" no pão consagrado, reportando-se àspalavras de Jesus anotadas por João: “Eu sou opão vivo que desceu do céu. Quem comerdeste pão viverá eternamente” (6:51); e ...“Em verdade, em verdade vos digo: se nãocomerdes a carne do Filho do Homem, e nãobeberdes o seu sangue, não tereis a vida emvós mesmos” (6:53).

Para nós espíritas Corpus Christi éapenas mais um feriado, sem significadoreligioso. Mas das anotações do evangelistapodemos fazer algumas reflexões.

Comer ou beber significa alimentar-se. Há alimento

CORPUS CHRISTIdo corpo e também há alimento da alma.

Quando Jesus dizia que era o pão,referia-se aos conhecimentos e aosexemplos que trazia para a Humanidade.Querer comê-lo implica no esforço da nossaparte para buscar esses ensinamentos,entendê-los e praticá-los.

Se alimentamos o corpo váriasvezes por dia, muito mais importante écuidarmos da alma de forma permanente.

palavra e mesmo pensamentoserem direcionados pelos ensinamentos deJesus.

Só assim teremos a vida eterna,representando a felicidade decorrente daprática correta do Bem, a essência da Lei

Divina.

Nesse sentido, parece maisadequado nos referirmos a um “SpiritusChristi”, que sugere nos animarmos doespírito cristão. Nossos gestos, nossas

s nossos s

No período de 14 a 16 de agosto, na FundaçãoEurípides Soares da Rocha, em Marília, a AME-Associação Médico-Espírita Brasileira, pelo seuDepartamento Acadêmico, fará realizar o VICONGRESSO DE SAÚDE E ESPIRITUALIDADE, oqual terá por tema central: “PARADIGMA ESPÍRITA: AEVOLUÇÃO DO ESPÍRITO”.

O evento, de abrangência nacional, terá aparticipação de médicos e especialistas em saúde, dentreeles os médicos ALEXANDRE MOREIRA ALMEIDA,NIURAAPARECIDA DE MOURA PADULA, SÉRGIOFELIPE DE OLIVEIRA, DÉCIO IANDOLI JUNIOR,MARLENE NOBRE, RODRIGO MODENA BASSI,ANTONIO BRAOJOS DANTAS, CRISTIANERIBEIRO ASSIS e LEANDRO ROMANI DEOLIVEIRA.

O Congresso também prevê a realização deoficinas, com grupos para debates de temas variados e àescolha dos participantes.

Outras informações poderão ser solicitadas peloe-mail: [email protected]

VI CONGRESSO DE SAÚDE E ESPIRITUALIDADE

DECIO IANDOLI SERGIO FELIPEMARLENE NOBRE

ANTONIO DANTAS CRISTIANE ASSIS

ALGUNSPALESTRANTES

RODRIGO BASSI

Edição 88 - página 2

-EXPEDIENTE-

Órgão de Divulgação daDoutrina Espírita

Donizete Pinheiro

Rua Mecenas Pinto Bueno, 905Marília/SP - CEP 17.516-030

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rede de comunicaçãoMARÍLIA ESPÍRITA

Edson Tomazelli

Infelizmente, vemos na Mídia,diariamente, notícias nada edificantes arespeito de violência contra crianças.Violências físicas, mentais e sexuais.Conquanto tenhamos plena consciênciade que essa criança que hoje renasce emnosso meio é um Espírito milenar, comvasta bagagem espiritual, é necessáriooferecer-lhe, como pais, um larapropriado, para que ela, nessa fase depreparação e aquisição de conhe-cimento, supere seus conflitos antigos,preparando-a para o esquecimento, poisé também nessa fase que o processo dareencarnação está mais presente e asmuitas lembranças que ainda seencontram confusas no inconscientevão, lentamente, se apagando,favorecendo o surgimento de novos evaliosos recursos para o autodes-cobrimento moral e intelectual do ser.

É nesse período que se constrói abase fundamental para que essa criança,nas suas várias etapas de de-senvolvimento psicológico, tenhaformação sólida com base naafetividade e respeito. Assim, quandoelas renascem em um lar favorável depaz e harmonia, se fortalecem, e terão,sem dúvida, melhores perspectivas deum futuro favorável. Ao contrário,quando o lar é formado por paisirresponsáveis, perversos e castradores,que usualmente descarregam nos filhossuas frustrações, insegurança esentimentos destrutivos, insculpem noinconsciente dos filhos o ressentimento,o medo, ódio e humilhação, levando-osa se distanciarem e se desinteressaremdos elevados sentidos da vida. Eis aí ocampo fértil para os desvarios dasexualidade, as agressões físicas everbais, porque aqueles que hojepunem, estupram e violentam, quasesempre estão transferindo suas própriasfrustrações de infância ou de passadopróximo. Sofreram violências e essemedo, rancor, frustração sexual einsegurança traduzem um verdadeirocírculo vicioso, usando, para tanto, osfilhos, tornando-os vítimas, pois essescomportamentos dão-lhe a sensação depoder.

É sempre bom lembrar, comoafirma Joanna de Ângelis , que aagressão física à criança é também umaforma de estupro sexual, por ocultar um

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conflito de desejo e de ódio, denecessidade e de desprezo, e essacriança, vítima da ocorrência deestupro, será profundamente marcadapela humilhação e que acarretará

perturbações irremediáveis naformação de sua própria sexualidade. Amaioria das crianças, abrigadas eminstituições de menores, traz consigo amarca profunda dos abusos sofridos, ena medida em que elas vão crescendocomeça a se perceber a dificuldade quetêm com relação ao comportamentosexual, pois tiveram seus sentimentosv io len tados no per íodo maisimportante do desenvolvimento de suasaptidões e funções psicológicas.Algumas terão anulada sua funçãosexual, pois as têm como causa de seutormento e provavelmente viverão semexperimentar o salutar prazer e nem aemoção elevada da comunhão saudávelentre casais. Noutras, o sentimento devergonha estará sempre presente,marcando irremediavelmente o seudesenvolvimento, dificultando o seuequilíbrio emocional.

Daí, vale repetir, a extremaimportância da estrutura familiar, poisé na infância período propício para seconstruir o edifício dos valores ético-morais que os pais, conscientes de suailuminada missão, precisam edificar olar como verdadeira oficina decrescimento moral e intelectual,ensinando aos filhos, desce cedo, osvalores espirituais que mais tarde,aprimorados, formarão novos laresfortalecidos em bases do amor e dafraternidade, t ransformando asociedade, e, sem dúvida, construindoo mundo melhor que todos almejamos,sem vio lênc ia , s em cr i ançasviolentadas e abandonadas comovemos hoje.

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(1) P. FRANCO, DIVALDO – O Despertar doEspírito, p/ Espírito Joanna de Angelis,Alvorada Editora,2006 – pág. 117.

AS CRIANÇAS MERECEM

RESPEITO!

edição 88 - página 3

O livro NOSSO LAR foi publicado pela primeira vezem 1944 e se tornou um best-seller, com mais de ummilhão e meio de exemplares vendidos. É o primeirolivro da série deANDRÉ LUIZ, que traz informaçõesimportantíssimas sobre a vida no mundo espiritual.

NO BOSQUE DAS ÁGUAS

O UMBRAL

49 - Aágua é veículo dos mais poderosos para os fluidosde qualquer natureza. Aqui, ela é empregada sobretudocomo alimento e remédio.

50 - O homem é desatento, há muitos séculos; o marequilibra-lhe a moradia planetária, o elemento aquosofornece-lhe o corpo físico, a chuva dá-lhe o pão, o rioorganiza-lhe a cidade, a presença da água oferece-lhe abênção do lar e do serviço; entretanto, ele sempre se julgao absoluto dominador do mundo, esquecendo que é filhodoAltíssimo, antes de qualquer consideração.

51 -Aágua, como fluido criador, absorve, em cada lar, ascaracterísticas mentais de seus moradores. A água, nomundo, não somente carreia os resíduos dos corpos, mastambém as expressões de nossa vida mental. Será nocivanas mãos perversas, útil nas mãos generosas e, quandoem movimento, sua corrente não só espalhará bênção devida, mas constituirá igualmente um veículo daProvidência Divina, absorvendo amarguras, ódios eansiedades dos homens, lavando-lhes a casa material epurificando-lhes a atmosfera íntima.

52 - A ausência de preparação religiosa, no mundo, dámotivo a dolorosas perturbações.

53 - Quando o espírito reencarna, promete cumprir oprograma de serviços do Pai; entretanto, ao recapitularexperiências no planeta, é muito difícil fazê-lo, para sóprocurar o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é quemantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesmapaixão pelos amigos. Mas, nem o ódio é justiça, nem apaixão é amor.

54 - Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica aeconomia da vida.

55 - Todas as multidões de desequilibrados permanecemnas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidoscarnais. O dever cumprido é uma porta que atravessamosno Infinito, rumo ao continente sagrado da união com oSenhor. É natural, portanto, que o homem esquivo àobrigação justa, tenha essa bênção indefinidamenteadiada.

PALAVRAS

ESPÍRITAS

CRUZADAS

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HORIZONTAIS

VERTICAIS

4. Inteligência suprema5. O espírito encarnado6. Maior sentimento7. Associação Médico-Espírita9. Nosso... - primeiro livro de André Luiz11. Entidade máxima do movimento espírita12. Conselho Espírita Internacional13. Órgão de unificação em São Paulo14. Léon... - contemporâneo de Kardec16. Perda da vida do corpo físico17. Planeta onde vivemos

1. Move montanhas2. Mentor do Brasil3. Região inferior da espiritualidade4. Sofrimento6. Veículo espiritual citado por André Luiz8. Fora dela não há salvação10. Lei de causa e ...15. Associação Jurídico-Espírita

HORIZONTAIS4.DEUS; 5.ALMA; 6.AMOR;7. AME; 9.LAR;11.FEB;12.CEI;13. USE; 14.DENIS; 16.MORTE; 17.TERRA

1.FE; 2.ISMAEL; 3.UMBRAL; 4.DOR; 6.AEROBUS;8.CARIDADE; 10.EFEITO; 15.AJE

VERTICAIS

CONFIRA


entrevista

SEMPRE FOI ESPÍRITA?

COMO SE TORNOU ESPÍRITA?

E COMO SE INTEGROU NO MOVIMENTO ESPÍRITA?

VOCÊ ACHA QUE, DESDE ENTÃO, O MOVIMENTO ESPÍRITAMELHOROU?

O QUE FALTANO MOVIMENTO ESPÍRITA?

Não. Nasci numa família de raízes nordestinas e católicas, fizprimeira comunhão, frequentei a igreja durante vários anos,graças à intervenção de minha avó materna, que me ensinourespeito por todas as crenças. Durante o curso colegial(científico, na época), passei pelo período natural decepticismo e, entusiasmado com o progresso da ciência,quase cheguei a me tornar ateu, até que descobri oEspiritismo, aos 19 anos.

Meu primeiro contato com a doutrina foi a leitura de “O Livrodos Espíritos”, um exemplar com que um tio me presenteou.Demorei para começar a ler o livro, mas quando comecei, nãoqueria terminar mais, como efetivamente não terminei atéhoje. Aquela primeira leitura foi para mim um achado.Encontrei respostas para minhas indagações e tive aimpressão de que não era a primeira vez que lia Kardec.

Através da mocidade e do centro espírita, em Garça. Graças àsreuniões de estudo e no contato com pessoas com vivênciadoutrinária, aprendi que a melhor porta de acesso à doutrina éo estudo. Estranhei, na época, que muitos centros nãoseguiam as recomendações de Kardec. Quando a FederaçãoEspírita Brasileira lançou a campanha “Comece peloComeço”, percebi que não estava errado e que era mesmo porKardec que se deveria começar.

Melhorou muito. Lembro-me que, em 1987, os centros aindaeram tão defasados em relação à doutrina que, perguntando aoDivaldo a respeito, ele respondeu que o centro espírita estavana “era pré-Kardec”. Hoje, acho que, de uma maneira geral,mudou significativamente, mas muito temos ainda quemudar, para atingirmos o ideal de Kardec. A própriasociedade já tem uma postura mais aberta em relação aoEspiritismo, principalmente depois que Chico Xavier setornou um destaque em todo o Brasil e as obras espíritasproliferaram por toda parte.

Precisamos fazer de nossas casas espíritas centrosirradiadores do Espiritismo para a sociedade, organizá-lascom base no conhecimento e na prática da doutrina, e

trabalhar para que elas estabeleçam um diálogo fraterno entresi e fortaleçam o movimento de unificação, idealizado porKardec.

Há alguns requisitos básicos na manutenção de qualqueratividade: acreditar nos objetivos que se pretende atingir,atuar sempre em equipe e agir com respeito e humildadediante de todos. No mais, dependemos também da coberturaque os Amigos Espirituais nos dão. Acreditamos na presençade Cairbar Schutel, pioneiro do Espiritismo no rádio, econtamos com sua colaboração. Vencemos períodos maisdifíceis, mas fomos conquistando a simpatia dos ouvintes edas pessoas que nos rodeiam, sobretudo dos diretores daRádio Universitária, e, contando com essa valiosa eindispensável colaboração, conseguimos chegar até aqui, noano 37 de apresentação, com um bom conceito. Temos tidoresultados animadores, face ao contato constante de ouvintes,principalmente os não-espíritas, que dão um retorno muitopositivo do programa; aliás, essa é uma das razões pelas quaisele é bem absorvido na programação da emissora, saindodaquele tradicional formato de programa religioso, eprimando mais pela informação. Nesse sentido, “MomentoEspírita” é, sobretudo, um programa de perguntas e respostas.

Não há duvida que sim, como é o caso do “Ação Espírita”,que vem conquistando um público cada vez maior, commatérias bem diversificadas e que chamam a atenção pelaforma gráfica e pelo conteúdo. Em Espiritismo, a boacomunicação é tudo e a informação é sempre primordial,além do que a palavra, sobretudo escrita, é o principal veículode difusão das idéias espíritas. E, nesse caso, são necessáriosesforço e competência para levar a doutrina ao públicoespírita e ao público em geral de uma forma rápida, simples,fácil e também prazerosa.

Os últimos decênios foram assinalados por grandes eprofundas transformações sociais. Na primeira metade do

ESTAMOS EM TEMPOS DE TELEVISÃO E INTERNET, QUEPARECEM SER OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO MAIS USADOS.COMO VOCÊS DE GARÇA FAZEM PARA MANTER UMPROGRAMA DE RÁDIO ESPÍRITA HÁ TANTO TEMPO E QUAISOS RESULTADOS?

E OS JORNAIS E REVISTAS ESPÍRITAS, ACHA QUE TÊM SIDOÚTEIS?

O MOVIMENTO ESPÍRITA BRASILEIRO TEVE NO COMEÇO DOSÉCULO PASSADO UMA ÉPOCA INTENSA DE ASSISTÊNCIASOCIAL, COM A CRIAÇÃO DE HOSPITAIS, CRECHES,ABRIGOS E ESCOLAS. HOJE, COMAS EXIGÊNCIAS DALEI EAFALTA DE RECURSOS, FICA DIFÍCIL UM TRABALHO DESSANATUREZA. NA SUA OPINIÃO, COMO O ESPÍRITA PODEVIVENCIAR O "FORADACARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO"?

JOSÉ BENEVIDES CAVALCANTE

,

, 64 anos,advogado, aposentado no magistério, licenciado empedagogia e ciências, e bacharelato em direito. Espírita hámais de 40 anos, participa do Centro Espírita Caminho deDamasco e da USE Intermunicipal de Garça. Dirige oprograma “Momento Espírita”, na Rádio Universitária-AM,1600 khz, há 37 anos e “Perspectiva”, na mesma emissora, há18 anos. Escreve para “Ação Espírita”, “Correio Fraterno doABC” e revista “Informação”. Expositor, é autor de“Fundamentos da Doutrina Espírita”, Editora EME. Casadocom Heliani, ao lado da esposa sempre participou deatividades espíritas doutrinárias e sociais. Tem um filho,Ricardo, casado com Cristiane; ele médico, ela enfermeira,ambos integrados no centro espírita, na cidade deAraraquara.

Esse amigo e servidor do Espiritismo é o nossoentrevistado desta edição.

(continua na página 5)


século, os espíritas, e vários segmentos religiosos, faziam oque o governo devia fazer e não fazia. Mas, com odesenvolvimento das idéias e das novas políticas públicas, oEstado passou a assumir sua verdadeira função, de tal formaque o campo, ocupado pelas instituições espíritas, ematividades sociais, foi se reduzindo e, ao mesmo tempo, setornando financeiramente inviável, face às novas exigênciaslegais. Todavia, essa manifestação solidária dos espíritas,através dessas obras, é apenas uma faceta do que é averdadeira caridade. Acreditamos que o desafio continuaatravés de realizações sociais voltadas mais a atividadesculturais e educativas, pois não há caridade maior do quecooperar com a transformação moral da sociedade através dafilosofia espírita. Toda vez que a televisão apresenta algumprograma com temática espírita, a audiência crescesignificativamente; e isso significa que temos de trabalharmais nesse sentido, indo ao encontro das necessidades easpirações do povo. Além do mais, a caridade, comoindulgência e perdão, é sempre mais difícil que abenevolência, razão pela qual sentimos que há necessidade denos preocuparmos, sobretudo, com a nossa melhoria moralpara podermos preencher os requisitos de trabalhadores daúltima hora.

Um dos mais eminentes homens de ciência do séculoXX, o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, o “pai da psicologiaprofunda”, conta que, em outubro de 1913, viajava sozinho,quando subitamente foi assaltado por uma visão, que elemesmo descreve com as seguintes palavras:

.Jung continua narrando situações que ocorreram em

seguida aos sonhos, como se eles fossem algo que realmentedeveria acontecer. Quando proferiu uma conferência emLondres, em julho de 1914, convidado pela British MedicalAssociation, sobre o tema “ASignificação do Inconsciente naPsicopatologia”, ele tinha a nítida sensação de que algo estavapara acontecer naqueles dias em relação aos sonhos. E,finalmente, no dia 1º de agosto estourou a Guerra, quando,então, percebeu que sua tarefa estava definida. A guerra seprolongou até 1945, envolvendo quase toda a Europa e cadavez maior número de países, deixando ao final um saldocatastrófico, que até então nunca se vira, cerca de 60 milhõesde mortos.

Mesmo assim, Jung relutou em aceitar a realidadeespiritual, pelo menos publicamente, como costumam fazer

“Vi uma colossalonda cobrir todos os países da planície setentrional, situadosentre o Mar do Norte e os Alpes. As ondas estendiam-se daInglaterra à Rússia, e das costas do Mar do Norte quase atéos Alpes. Quando atingiram a Suíça, vi as montanhaselevarem-se cada vez mais, como para proteger nosso país.Acabara de ocorrer uma espantosa catástrofe. Eu vi vagasimpetuosas e amarelas, os destroços flutuantes das obras dacivilização e a morte de inúmeros seres humanos. O martransformou-se em torrente de sangue. Esta visão duroucerca de uma hora. Perturbado, nauseado, tive vergonha deminha fraqueza. Passaram-se duas semanas e a visão serepetiu nas mesmas circunstâncias: porém, a transformaçãofinal em sangue foi ainda mais terrível. Uma voz interior medisse: “- Olha bem, isto é real e será assim; portanto, nãoduvides”(1)

os intelectuais materialistas. Mas ele não poderia deixarpassar em branco este e inúmeros outros fatos de sua vida, queatestam de forma incontestável a sua extraordináriapercepção mediúnica, desde a infância. Esses casos você,leitor, poderá encontrar na sua obra autobiográfica“MEMÓRIAS, SONHOS E REFLEXÕES”, publicada noBrasil pela Editora Nova Fronteira.

Para você fazer uma idéia do conflito em que viveuCarl Gustav Jung, face à sua mediunidade, basta lembrar queessa obra só foi publicada em 1961. Ele mesmo, com medo dopreconceito e da intolerância do meio científico e daconsequente “perseguição” que poderia lhe mover diante detais fatos, se viessem à tona, pediu à sua secretária, AnielaJaffé, se encarregasse de publicá-la só depois de sua morte,como realmente ela o fez. Que os homens de ciência, então, ojulgassem, mas não enquanto ele estivesse “vivo”!

De qualquer forma, essa importante faceta da vida deCarl Gustav Jung sempre foi deliberadamente ocultada. Opreconceito nos meios universitários em relação às questõesespirituais ainda hoje é tão grande que nem mesmo os cursosde Psicologia, Psiquiatria e áreas afins fazem referência àsfaculdades psíquicas de Jung, quanto mais a essa obraautobiográfica, “MEMÓRIAS, SONHOS E REFLEXÕES”,que atesta de forma inconteste suas experiências mediúnicas.

(continuação da entrevista)

José Benevides Cavalcante

O SONHO DE JUNG

(1) JUNG, Carl G., “Memórias, Sonhos e Reflexões”, Editora NovaFronteira, 2ª edição, pp. 156/157, Rio de Janeiro.

ELEITA DIRETORIA DAUSE MARÍLIA

Em assembléia realizada na quarta-feira 25 demarço, 20 horas, na sede da União Espírita João deCamargo, foi eleita a diretoria da USE Marília para o triênio2009/2011. Estiveram presentes 22 pessoas, representando15 casas espíritas. Anova diretoria ficou assim constituída:

Presidente - Mara Virgínia M. Rocha VaninVice-Presidente - DonizeteAp. Pinheiro da Silveira1ª Secretária -Alessandra Cristina Damazo2ª Secretária - Sônia Maria Salvi de Mesquita1º Tesoureiro - Dorival Isidoro Gonçalves2º Tesoureiro - GeniAquilera de Souza


Se buscarmos a definição da expressão livre-arbítrio,nos depararemos na definição isolada das palavras com oseguinte: a) Livre: quem tem liberdade, em liberdade; b)Arbítrio: opinião, resolução dependente da vontade.

Portanto, o livre-arbítrio pode ser classificado oudefinido como uma decisão em liberdade, dependente davontade. Interessante porque é indicação clara da ação livresempre em relação direta com a própria vontade.

Podemos, pois, estender a questão para essasimportantes reflexões:

a) O livre-arbítrio é a liberdade que cada um de nóstem de fazer ou não uma coisa qualquer;

b) O livre-arbítrio nos torna plenamente responsáveispor todos os nossos atos;

c) Deus nos concedeu o livre-arbítrio para que nósmesmos construíssemos o nosso destino.

E que nos levam diretamente a algumas conclusões:a) Depende unicamente de nós seguir o caminho do

bem que nos fará felizes ou o do mal que nos conduzirá aosofrimento;

b) Pertence-nos o mérito de nossas boas ações e aculpa de nossos males;

c) Cada ato praticado é seguido de umaconsequência. Um ato bom traz boas consequências. Um atomau traz más conseqüências.

Portanto, fica mais fácil entender os desdobramentosde tais reflexões:

a) Podemos praticar o mal, mas temos que encarar asconsequências. Já sabemos quais são as consequências domal: o sofrimento em futuro breve ou remoto;

b) Todos os que sofrem é porque não usaram o seulivre-arbítrio para a prática do bem;

c) Nós temos a inteligência suficiente para distinguiro que é bom do que é ruim e saber aceitar o que é útil e repelir oque não presta.

Temos, porém, um roteiro seguro. Podemos utilizarcom base a orientação de que:

a) A nossa consciência guia a nossa inteligência e nosmostra o que devemos e o que não devemos fazer;

b) É ouvindo a consciência que usaremos com acertoo livre-arbítrio;

c) Para que possamos ouvir a consciência é precisopensar antes de fazer ou dizer alguma coisa.

Isso ajuda nos momentos que exigem decisões eescolhas, esclarecendo que:

a) Antes de tomar uma decisão devemos estudá-lacom cuidado para verificar quais serão as consequências.Somente depois que tivermos a certeza de que asconsequências do que vamos fazer ou dizer são boas é quepoderemos executar o que pretendemos;

b) Outra coisa que devemos evitar é agir sem refletir;c) Em qualquer circunstância é preciso conservar a

calma.Em última análise, porém, está a orientação básica:

Pensar primeiro, agir depois.O fato final, porém, é que somos responsáveis pelos

próprios caminhos. Nossas escolhas determinam nossoequilíbrio ou nossas perturbações. Já que desejamosequilíbrio, serenidade, paz, é preciso pensar bem sobre asescolhas que estamos fazendo.

E não se trata apenas da relação conosco mesmo.

Nossas decisões e escolhas afetam diretamente muitas vidas.Eis o cuidado! Sim, porque toda lesão que causamos emalguém, seja ela patrimonial, física, afetiva ou moral, geraráconsequências que nos responsabilizam pela reparação.

Temos sim liberdade de agir, mas sempreresponderemos pelas consequências do uso de nossa próprialiberdade. Melhor, pois, pensar bem como a estamos usando.

DEPENDENTE DA VONTADEOrson Peter Carrara

A CAMINHODA PAZ

Na noite do sábado 06 de junho, no auditório daFundação Eurípides Soares da Rocha, em Marília, foirealizado o evento A CAMINHO DA PAZ, promovido pelaAJE-Associação Jurídico Espírita do Estado de São Paulo,em parceria com a Fundação e com o apoio da USE Marília edo Instituto dosAdvogados.

A abertura e o encerramento ficou a cargo do CoralHarmonia, da cidade de Birigui, que apresentou númerosmusicais e promoveu momentos de elevação econfraternização.

A palestra foi feita pelo Promotor de Justiça IZAIASCLARO, também orador, escritor e dirigente espírita, quefalou sobre o envolvimento da humanidade em inúmerasguerras e destacando os benefícios da paz, em nós mesmos ena sociedade, mas uma paz ativa e conforme nos foi dada porJesus.

Estiveram presentes cerca de 110 pessoas.


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A maioria dos crentes dirige-se às casas de oração, nopropósito de pedir alguma coisa.

Raros os que aí comparecem, na verdadeira atitude dosfilhos de Deus, interessados nos sublimes desejos do Senhor,quanto à melhoria de conhecimentos, à renovação de valoresíntimos, ao aproveitamento espiritual das oportunidadesrecebidas de MaisAlto.

A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos olugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternida-de, o amor, a cooperação no seu programa divino. Quase todos,porém, preferem o ato de insistir, de teimar, de se imporem aopaternal carinho de Deus, no sentido de lhe subornarem o PoderInfinito. Pedinchões inveterados, abandonam, na maior parte dasvezes, o traçado reto de suas vidas, em virtude da rebeldiasuprema nas relações com o Pai. Tanto reclamam, que lhes éconcedida a experiência desejada.

Sobrevêm desastres. Surgem dores. Em seguida,aparece o tédio, que é sempre filho da incompreensão dosnossos deveres.

Provocamos certas dádivas no caminho, adiantamo-nosna solicitação da herança que nos cabe, exigindo prematurasconcessões do Pai, à maneira do filho pródigo, mas o desencantoconstitui-se em veneno da imprevidência e da irresponsabilidade.

O tédio representará sempre o futuro amargo daprecipitação de quantos se atiram a patrimônios que lhes nãocompetem.

Tenhamos, pois, cuidado em pedir, porque, acima detudo, devemos solicitar a compreensão da vontade de Jesus anosso respeito.

“Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis oque pedis.” - Mateus, 20:22)

do livro “CAMINHO, VERDADE E VIDA”psicografia de Francisco Cândido Xavier

Aylton Guido Coimbra Paiva

PEDIR

Conversávamos animadamente sobre o livro ACaminho da Luz , escrito por Emmanuel, pela psicografiade F.C.Xavier.

Então ele narra a história da humanidade? -indagou Rogério.

Sim, ele apresenta a história da humanidade desdeos primórdios do próprio planeta. O aparecimento da vidasobre a face da Terra. O surgimento dos primeiros animais eentre eles o ser humano, sob o comando da sabedoria e doamor de Jesus e seus prepostos.

Muito interessante.E o que é mais interessante é ele narrar a correlação

existente entre o mundo físico e o mundo espiritual,esclarecendo o ascendente espiritual de muitos fatos eacontecimentos ocorridos no desdobrar dos séculos emilênios. E ele diz que, apesar das crises individuais ecoletivas, conflitos interpessoais e guerras regionais oumundiais, Jesus permanece no comando desta maravilhosaCasa Planetária que denominamos planeta Terra.

Deve ser muito interessante mesmo!Acrescento, ainda, Rogério, a informação que

Emmanuel nos oferece sobre a vinda de milhares de espíritos,num processo migratório interplanetário, de um planeta queorbita o sol Capela, na constelação da Cocheiro, para ainiciante civilização dos primatas terráqueos.

Por que esses espíritos teriam vindo para cá?Segundo o narrador, a sociedade desse planeta teria

atingido elevado grau de conhecimento científico,tecnológico e moral e uma minoria ainda mantinha seuspadrões morais muito abaixo da média, e o pior, reincidentesno erro, sempre na exaltação do egoísmo e do orgulho.

Esses espíritos vieram para cá a fim de ajudar nodesenvolvimento intelectual da espécie humana e, nogrosseiro meio ambiente, desenvolverem seus valoresmorais.

E como eles se sentiam aqui?Não tinham a visão clara do ocorrido, contudo são

eles que, reencarnados nos diferentes pontos do planeta,através da visão religiosa, criam as histórias do paraísoperdido que, quase todas as religiões da antiguidade trazemem suas raízes.

De fato. Muito interessante, vou comprar esse livroamanhã. Fiquei curioso.

Amanhã você não poderá comprá-lo. Será feriadodia 1º de Maio - o Dia do Trabalho.

Que absurdo, dia do trabalho? Para que isso? Vira odia da vagabundagem, ninguém faz nada!

Não, Rogério, não é bem assim. A data serve para,além de descansar um pouco preparação para o trabalho quevirá meditarmos sobre a importância do trabalho na vidahumana.

E é importante ou é só para ganhar dinheiro?Quando falei sobre o livroACaminho da Luz, cujo

título pode ser traduzido para: no processo da evolução,temos a história do trabalho individual e coletivo do serhumano e da humanidade na construção da nossa civilização.

Conforme O Livro dos Espíritos , organizado porAllan Kardec, na questão nº 675, disseram os EspíritosMentores: “ ... o espírito trabalha, assim como o corpo. Todaocupação útil é trabalho.

O trabalho deve servir para que o ser humano

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desenvolva-se intelectual e moralmente.Não existem, porém, aquelas pessoas que são

exploradas em seu trabalho?Sim, Rogério. No entanto devemos lembrar que:

“A dimensão social e espiritual do homem não pode serinibida enquanto trabalhador. O trabalho é seu instrumento deprogresso social e espiritual. É um componente de suadinâmica evolutiva.”

Interessante! Vou pensar nisso. Então, vamoscomemorar o Dia do Trabalho!

Vamos comemorar em pensamentos e ações quevalorizem o trabalho de uma forma mais justa e dignaconsiderando seus valores intelectuais e éticos. Que cada vezmenos seja instrumento de dominação e exploração.

Que assim seja! Até mais. Depois conversaremossobre o livro.

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O VALOR DO TRABALHO

(1) A Caminho da Luz, Emmanuel/ F.C.Xavier, Editora FEB(2) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Editora FEB(3) O Espiritismo e a Política para a Nova Sociedade, Aylton Paiva,Casa dos Espíritas de Lins.


Histórias deTiamara

DEVOLUÇÃO PELO CORREIO PARA

Rua Mecenas Pinto Bueno, 905 - Marília/SP- CEP 17.516-030

Clara era uma menininha muito especial. No mundodas fadas a chamavam de Clara Luz. Vivia sonhando etransformando a tristeza em muitas alegrias.

Certa vez ela resolveu viajar paraoutros lugares. Saiu percorrendo muitoscampos e cidades e conhecendo muitaspessoas.

Um dia, parou para descansar pertode um lindo lago, rodeado de belas flores. Enesse momento teve uma grande surpresa.

Um sapinho pulou em seu colo e lheperguntou:

Você é a Clara Luz?Sim, sou eu, mas como sabe?Ora, menininha, não vê que por

onde passa deixa seu brilho?O que você quer?

Tenho um sonho, gostaria deconhecer uma árvore frutífera, mas não seicomo?

Clara Luz passou a explicar que para uma árvorenascer e dar bons frutos é necessário plantar uma sementinhae dela cuidar com zelo e muito amor.

O sapinho, curioso, perguntou:Não compreendo, amiguinha! Onde posso

encontrar essa sementinha.Alinda menina falou:

Bem, vou lhe dar algumas sementes, e se você

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cuidar delas como eu já expliquei, verá os resultados.O sapinho ficou muito feliz e concordou.Clara Luz partiu, viajou muito, distribuindo a sua luz

por onde passava.Alguns anos depois, ela resolveu visitar seu

amiguinho sapo lá no lago. Feliz, deparou com umaarvorezinha cheia de frutos e perguntou parao sapinho.

E, então, amiguinho, vocêconseguiu?

O sapinho respondeu:Pois é, menininha, se a gente tiver

esperança e acreditar em todas aspossibilidades de vida, com certeza bonsfrutos colherá.

É, meu amigo, você tambémdeixou brilhar a sua luz e plantou a sementedo bem.

O sapinho completou:Asemente da vida, Clara.

Clara Luz, emocionada, falou:Acreditar é importante para a vida,

e você acreditou!

Agradecer pela natureza é agradecer a Deus e à vida.Anatureza nos mostra todos os dias os seus encantos.Você está cuidando da natureza? O que você tem feito

por ela? Vamos, então, espalhar luz por todo nosso planeta!Como? Plantando uma árvore onde for possível. A

semente está lançada! Bons frutos!

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Crianças:

CLARA LUZ

O Mês Espírita 2009 de Marília, realizado em abrilpela USE Intermunicipal, nas dependências da FundaçãoEurípedes Soares da Rocha, foi um verdadeiro congresso.

Com expressivo público em todos os sábados,alcançando 380 pessoas no encerramento, o evento contoucom a participação de trabalhadores com longa lista deserviços prestados ao movimento espírita.

Suely Caldas Schubert, Plinio Oliveira, Orson PeterCarrara e Francisco do Espírito Santo Neto trouxeram

relevantes conhecimentos sobre o Espiritismo para umaplatéia atenta e interessada, composta de espíritas da cidade eda região.

Mediunidade com seriedade e respeito; músicaelevada que emociona e palavras de conforto;responsabilidade perante a evolução; e aprimoramento dasqualidades espirituais iluminaram a todos nesta magníficacomemoração pelo lançamento de O Livro dos Espíritos, há151 anos.

MÊS ESPÍRITA DE MARÍLIA: SUCESSO!!

SUELY

ORSON

PLÍNIO

QUICO

tambémseabstêmderevelaroqueohomempodedescobrirporsimesmo...

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