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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA CIVIL TALITA DOS SANTOS ROSSO ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO NA FAZENDA EXPERIMENTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS DOURADOS MS 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE ENGENHARIA ENGENHARIA CIVIL

TALITA DOS SANTOS ROSSO

ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE

CONCRETO ARMADO NA FAZENDA EXPERIMENTAL DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

DOURADOS – MS

2019

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TALITA DOS SANTOS ROSSO

ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE

CONCRETO ARMADO NA FAZENDA EXPERIMENTAL DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

Trabalho de Conclusão de Curso, em formato

de Artigo Científico, apresentado como

requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Civil no Curso de Engenharia

Civil da Universidade Federal da Grande

Dourados (UFGD).

Orientador: Prof.º Me. Filipe Bittencourt

Figueiredo.

DOURADOS – MS

2019

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ESTUDO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO NA FAZENDA EXPERIMENTAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS Talita dos Santos Rosso1; Filipe Bittencourt Figueiredo2

[email protected]; [email protected];

RESUMO - O presente artigo tem como intuito analisar e discutir as manifestações patológicas que estão presentes na estrutura de concreto armado da Fazenda Experimental (Unidade III) da UFGD, que são responsáveis por transtornos causados a população que frequenta a instalação. Neste contexto, o trabalho permite salientar a importância de se prevenir irregularidades, a fim de se evitar problemas futuros, desperdícios, retrabalho e consequentemente custos extras. Foram feitas vistorias nos locais onde se identificaram manifestações patológicas diversas, realizando também testes complementares, quando necessários, anamnese da construção e por fim diagnóstico e conduta recomendada. Foram encontradas manifestações patológicas como fissuras, trincas, rachaduras, bolor, infiltração, manchas e mofo. É importante destacar como resultado, a importância e necessidade das práticas preventivas na universidade, uma vez que os problemas encontrados podem ser evitados. Palavras-chave: Patologia em Estruturas de Concreto. Manifestações Patológicas. Concreto Armado. ABSTRACT – This article aims to analyze and discuss the pathological manifestations that are present in the reinforced concrete structure of the Experimental Farm (Unit III) of UFGD, which are responsible for disturbances caused to the population that frequents the installation. In this context, the work emphasizes the importance of preventing irregularities in order to avoid future problems, waste, rework and consequently extra costs. Surveys were carried out in the places where this type of problem was identified, also performing complementary tests, when necessary, anamnesis of the construction and finally diagnosis and recommended conduct. Pathological manifestations such as cracks, cracks, cracks, mold, infiltration, stains and mold were addressed. It is important to highlight as a result the importance and necessity of preventive practices at the university, as the problems encountered can be avoided. Keywords: Concrete Building Pathology. Pathological Manifestations. Reinforced Concrete.

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Patologia em Estruturas de Concreto

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1. INTRODUÇÃO

Com o desenrolar dos anos, foi surgindo o receio e preocupação no que se refere

a estabilidade e segurança das edificações e com o desenvolvimento de materiais,

técnicas e métodos. Constatou-se cada vez mais, que a tecnologia das construções

abrangendo a análise, o cálculo e o detalhamento das estruturas bem como as técnicas

construtivas para o aprimoramento proporcionaram a elaboração de estruturas que se

adaptam de maneira mais eficiente as exigências e desejos dos usuários, sejam elas

habitacionais, laborais ou de infraestrutura (SOUZA E RIPPER, 1998).

As edificações apresentam características relacionadas ao seu uso, que devem

se preservar ao longo de sua vida útil para que possam continuar em serviço. As medidas

preventivas são necessárias para que as falhas não se apresentem precocemente nas

edificações. Seguir corretamente as etapas de construção, realizar os projetos de acordo

com as normas técnicas, escolher materiais de boa qualidade e contar com profissionais

qualificados, são medidas preventivas de máxima importância para evitar futuros

problemas. Neste contexto, surgiu a necessidade de consolidar e ampliar os

conhecimentos na área de manifestações patológicas (LICHTENSTEIN, 1986).

A patologia das construções se dedica ao estudo de anomalias ou problemas que

prejudicam o desempenho das edificações (SILVA, 2011). Segundo Nazário e Zancan

(2011), o termo Patologia, tem origem grega páthos = doença, e logos = estudo, e, assim

sendo, pode ser entendido como o estudo das doenças, termo que é muito utilizado nas

áreas da ciência.

Na construção civil pode-se atribuir patologia aos estudos dos danos ocorridos

em edificações. Alguns exemplos de agentes mecânicos comuns em edificações podem

ser citados, como sobrecarga de utilização e recalque do solo. Os agentes

eletromagnéticos podem ser radiação solar e corrente parasita. O choque térmico é um

agente térmico muito comum também, devido à mudança brusca de temperatura. Há

agentes químicos como a umidade do ar, precipitação e matérias inertes (poeira).

Finalmente os agentes biológicos são classificados como bactérias, fungos e plantas

domésticas (LICHTENSTEIN, 1986).

Este trabalho justifica-se devido a carência ou até mesmo despreparo de

profissionais da área da construção civil, tal como na identificação e soluções para os

problemas patológicos. É importante evidenciar que os problemas não são encontrados

apenas em estruturas antigas, as estruturas novas também podem apresentar

manifestações patológicas.

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2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho consistiu em identificar e estudar as diversas

manifestações patológicas em estruturas de concreto armado que existe na edificação

da Unidade III pertencente a UFGD, diagnosticando e definindo a conduta mais

adequada, levando em consideração a melhor relação custo/benefício.

3. JUSTIFICATIVA

Os defeitos nas estruturas de concreto armado são decorrentes de erros de

projeto, falhas na execução e falta de manutenção, através da prevenção é possível

evitar que uma pequena fissura se torne uma rachadura e venha a interferir na estrutura

de forma irreversível (SILVA, 2011).

A escolha deste tema se justifica pela deficiência de formação e preparo de

profissionais nos diferentes níveis que atuam na área de construção civil no

planejamento e execução das obras, na manutenção das construções, pós-conclusão, e

na identificação, diagnóstico e solução de problemas patológicos.

O intuito de se realizar esse estudo na Unidade III da UFGD se deu por conta do

grande número de obras que apresentam problemas patológicos, e a falta de

manutenção que sem dúvida facilitaram a aparição de degradações nas estruturas.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. FISSURAS

Fissuras são aberturas que afetam a superfície do concreto transformando-se em

um caminho rápido para a entrada de agentes agressivos à estrutura. O termo fissura é

utilizado para designar a ruptura ocorrida no concreto sob ações mecânicas ou físico-

químicas (FIGUEIREDO, 1989).

Para Souza e Ripper (1998), as fissuras podem ser definidas como a

manifestação patológica característica das estruturas de concreto, sendo mesmo o dano

de ocorrência mais comum. Para os usuários, esta anomalia é a que mais chama a

atenção para o fato de que algo de ruim está para acontecer.

Na ocorrência de fissuras no concreto, a aparência e estética das estruturas são

as mais afetadas. A perda de segurança que esta manifestação patológica transmite aos

usuários de uma edificação é o aspecto mais importante a ser resolvido (DAL MOLIN,

1988).

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Elas apresentam-se geralmente como estreitas e alongadas aberturas na

superfície de um material. Usualmente são de gravidade menor e superficial. Segundo a

NBR 9575 (ABNT, 2010), fissura é a abertura ocasionada por ruptura de um material ou

componente, com abertura inferior ou igual a 0,5 mm, mostrada na Figura 01.

Figura 01 - Fissuras localizadas na edificação da Fazenda Experimental da UFGD

Fonte: Autor, (2019).

Essas fissuras podem apresentar-se com diversas configurações, em função de

diversos fatores como dimensão da parede e aberturas, materiais constituintes das

paredes, dimensão e rigidez de vergas e contravergas, como na Figura 02, deformação

e comportamento da alvenaria e de seu suporte.

Figura 02 – Fissuração de aberturas em alvenaria submetida a sobrecarga

Fonte: Thomaz, (1989).

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4.2. TRINCAS E RACHADURAS

As trincas são aberturas mais profundas e proeminentes. A “separação entre as

partes” é o fator determinante para se caracterizar uma trinca, isto é, o material em que

a esta anomalia se encontra está separado em dois. As trincas apresentam maior grau

de perigo do que as fissuras, pois apresentam ruptura dos elementos, podendo afetar a

segurança dos componentes da estrutura das edificações. De acordo com a NBR 9575

(ABNT, 2010), as trincas são aberturas ocasionadas por ruptura de um material ou

componente com abertura superior a 0,5 mm e inferior a 1,0 mm, como na Figura 03.

As consequências das trincas nas estruturas de concreto podem influenciar na

durabilidade, na perda de estanqueidade, na deformabilidade ou simplesmente na

estética (DAL MOLIN, 1988). Essas manifestações patológicas se assemelham às

fissuras no que diz respeito ao tratamento, divergindo somente na dimensão.

Figura 03 - Trincas localizadas na edificação da Fazenda Experimental da UFGD

Fonte: Autor, (2019).

As rachaduras possuem propriedades que as diferenciam das demais, tendo

abertura acentuada e profunda. A dimensão desta manifestação patológica é superior a

1mm segundo a NBR 9575 (ANBT, 2010), como mostrado na Figura 04.

Figura 04 - Rachaduras localizadas na edificação da Fazenda Experimental da UFGD

Fonte: Autor, (2019).

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Vale ressaltar que as trincas e rachaduras, que são estados agravantes,

desenvolvem-se a partir de uma fissura (LOTTERMANN, 2013).

4.3. INFILTRAÇÃO

As infiltrações causam manifestações patológicas recorrentes em edificações e

podem ser encontradas em qualquer tipo de construção. O fator mais relevante é a

deterioração da estrutura, com riscos futuros de instabilidade. Também pode-se citar a

degradação da aparência da edificação, que tende a ficar esteticamente prejudicada,

causando assim a depreciação do imóvel, além de causar inúmeros prejuízos, como na

Figura 05.

Figura 05 - Presença de manchas na laje causado por infiltração

Fonte: Autor, (2019).

De acordo com Bauer (2000), a infiltração da água é um grande problema, que

tende a piorar resultante das ações causadas pelas intempéries, levando-se também em

conta as condições de exposição da alvenaria, que podem causar fissurações na parede,

contribuindo com a gravidade das manifestações patológicas decorrentes. Existem

muitos tipos de patologias causadas por infiltrações, que com o passar do tempo, se não

solucionadas podem ocasionar danos maiores, e mais difíceis de serem solucionados.

Entre os diferentes tipos, existem as infiltrações causadas por eventuais problemas nas

calhas e telhados.

De acordo com Storte (2004), as manifestações patológicas provocadas pela

infiltração de água ocorrem devido a ausência ou falha da impermeabilização.

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4.3.1. MOFO OU BOLOR CAUSADO POR INFILTRAÇÃO

O Processo biodegenerativo denominado bolor ou mofo é tido como a colonização

por diversas populações de fungos filamentosos sobre vários tipos de substrato, citando-

se inclusive as argamassas inorgânicas. Segundo Shirakawa et al. (1995), apesar da

utilização usual do termo “mofo”, o termo “bolor” é melhor aceito em linguagem científica

para a situação aqui estudada.

Ainda segundo Shirakawa et al. (1995), o crescimento de organismos sobre um

revestimento de argamassa leva ao aparecimento de manchas escuras (em tonalidades

pretas, marrons ou esverdeadas) como na Figura 06, sobre a sua superfície, dentro de

um processo que pode resultar inclusive na deterioração do material.

Figura 06 - Bolor causado por infiltração

Fonte: Autor, (2019).

5. METODOLOGIA

A metodologia empregada para realizar este trabalho possui caráter exploratório

e explicativo, ou seja, buscou inicialmente compreender como as manifestações

patológicas de uma edificação funcionam, para depois identificar e esclarecer os fatores

que acarretam a ocorrência desses fenômenos (MORETTI, 2018).

A abordagem escolhida para esta metodologia foi qualitativa, com o objetivo de

apresentar os resultados através de percepções e análises. Compreender como deu-se

o problema a partir da investigação de dados não mensuráveis, isto é, sem avaliar

números (MORETTI, 2018).

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A fundamentação dos diagnósticos deu-se por meio de livros, bem como em

dissertações, boletins técnicos e publicações de revistas.

Figura 07 - Fluxograma de atuação para resolução dos problemas patológicos.

Fonte: Lichtenstein, adaptado (1986).

Seguindo as recomendações de Lichtenstein (1986), o levantamento de subsídios

é a etapa onde as informações necessárias e suficientes para o entendimento completo

das manifestações patológicas são organizadas. Estas informações são obtidas através

de três formas: vistoria do local, levantamento histórico do problema e do edifício e o

resultado das análises.

Lichtenstein (1986), orienta a respeito da metodologia, inicialmente, na fase de

identificação das manifestações patológicas, realizando uma vistoria no local, que exige

um levantamento de informações básicas para se compreender o fenômeno que estava

causando à queda de desempenho da estrutura, e qual a gravidade do mesmo. Para

isso foi fundamental o uso de alguns equipamentos como paquímetro e esclerômetro.

Na impossibilidade de realizar o diagnóstico da situação, o passo seguinte foi a

anamnese, que equivale a uma investigação do histórico do edifício por meio de

informações formais ou não.

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Quando necessário, foram realizados ensaios complementares in loco, tal como

o ensaio de esclerometria, que avalia a dureza superficial do concreto utilizando o

esclerômetro de reflexão, este método não destrutivo pode ser realizado em peças

acabadas ou semiacabadas sem danificá-las.

Através dos índices esclerométricos obtidos é possível avaliar a resistência do

concreto, porém é um método complementar, não pode ser utilizado como substituto de

outros métodos para se garantir a resistência (NBR 7584:2012).

Com base nos resultados obtidos, o próximo passo foi o diagnóstico das

manifestações patológicas registradas, em que buscou-se determinar a origem, a causa

e os mecanismos de ocorrência das mesmas, ou seja, a explicação científica para o

evento dos fenômenos.

O diagnóstico foi obtido através da interpretação dos fatos, seguido da geração

de hipóteses e sua respectiva comparação com o quadro sintomatológico geral. Logo,

foi feito uma previsão, o qual consiste em avaliar a possibilidade de evolução, de acordo

com isso foram levantadas alternativas para intervenção.

Entre as alternativas possíveis foi selecionada a conduta mais adequada para

minimizar ou descartar o problema, esperando-se o melhor desempenho possível dentro

do menor custo.

Depois de estabelecida a melhor conduta, definiu-se as soluções possíveis para

os problemas, compreendendo a definição dos meios e a previsão das consequências

no desempenho final. Ainda, foi necessário considerar a disponibilidade de tecnologia

para a execução dos serviços apresentados.

6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir, são apresentadas, através do levantamento fotográfico, as

manifestações patológicas, indicando sua respectiva localização na edificação, bem

como os fenômenos por observação visual, a indicação das prováveis causas e o

diagnóstico juntamente com a descrição da conduta recomendada.

6.1. Fazenda Experimental (Unidade III)

A estrutura analisada foi a da Fazenda Experimental (Unidade III), um prédio em

concreto armado localizado próximo a Unidade II da UFGD. A seguir, pode-se identificar

através da Figura 08 a disposição de cômodos. Nota-se também a localização do Pilar

P1, que será posteriormente analisado. As manifestações patológicas vistoriadas serão

discutidas na sequência.

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Figura 08 - Croqui do prédio da Fazenda Experimental (Unidade III).

Fonte: Autor, (2019).

6.1.1. Fissuras diagonais no vértice das esquadrias

Vistoria: foram constatadas fissuras a 45 graus, como mostra a Figura 09, nas

paredes de alvenaria partindo dos cantos das esquadrias, onde os esforços de tração

são mais intensos.

Figura 09 – Fissura diagonal (45°) no vértice da porta - sala 04

Fonte: Autor, (2019).

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Diagnóstico: a ausência de estruturas de concreto para absorção dos esforços

(verga e contraverga) é a causa mais provável, ou até mesmo esforços superiores aos

admitidos para as vergas e contravergas executadas no local.

As fissuras por sobrecarga em torno de aberturas, como na Figura 04, ocorrem

em paredes de alvenaria descontínuas, com uma ou mais aberturas, submetidos a

carregamentos de compressão e têm como natureza a formação de fissuras à partir dos

vértices das aberturas (THOMAZ, 1989).

Ainda segundo este autor, os inúmeros elementos que compõem as construções

estão expostos à variação de temperatura sazonais e diárias que possibilitam

movimentações de dilatação e contração que, relacionadas às diversas restrições

existentes à sua movimentação, resultam em tensões que propiciam fissuras; são

chamadas de fissuras causadas por variações de temperatura.

Conduta recomendada: Os vãos na alvenaria que recebem janelas e portas são

vistos como regiões de concentração de tensões. Para restringir o risco de aparecerem

fissuras nas paredes, é preciso, portanto, melhorar a distribuição das cargas. Pode-se

obter isso com o uso das vergas e contravergas. A solução recomendada seria a

execução de verga e contraverga de concreto armado ultrapassando no mínimo 30 cm

dos limites da esquadria.

Outra solução seria a remoção do revestimento argamassado e a realização de

um “grampeamento” da alvenaria executando furos e chumbando elementos metálicos

para absorver os esforços que estão gerando as fissuras. Um revestimento final com

características elásticas pode ser uma opção, para serem flexíveis dentro de certos

limites de movimentação. O mais aconselhável é o uso de aditivos para tornar a

argamassa flexível, onde em seguida deve-se aplicar uma pintura elastomérica

(emborrachada).

6.1.2. Trincas nas paredes e lajes

Vistoria: na edificação analisada foram encontradas diversas trincas. Algumas

dessas manifestações patológicas puderam ser observadas nas lajes da sala 01,

apresentada na Figura 10, sala 02, 03, 04, 05, dormitórios 01 e 02, banheiros,

almoxarifado e na cozinha. Nota-se também essa anomalia em grande parte das paredes

de alvenaria, como nas da Figura 11.

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Figura 10 – Surgimento de trinca na direção do trilho da laje - sala 01

Fonte: Autor, (2019).

Diagnóstico: Trincas no teto podem ser causadas pelo recalque da estrutura,

falta de resistência da laje ou excesso de peso.

Figura 11 – Trinca vertical na parede de alvenaria e na laje - dormitório 02

Fonte: Autor, (2019).

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Diagnóstico: Trincas verticais nas paredes podem ser causada geralmente pela

falta de amarração da parede com algum elemento estrutural como pilar ou outra parede

que nasce naquele ponto do outro lado da parede. Essas manifestações patológicas em

elementos de revestimento podem ser causadas também por falhas no desempenho da

estrutura, movimentação térmica, esmagamento, deformação excessiva da viga de

respaldo.

Essas anomalias ainda podem ser consequência da movimentação de materiais

e componentes da construção, retração da argamassa, principalmente em paredes, e

como resultado das vibrações. Essas trincas podem dar-se em virtude da variação

térmica, sazonais e diárias, cujo ar apresente variações de amplitude acentuada durante

as 24 horas, dilatando e contraindo os materiais construtivos, principalmente em lajes de

piso.

Conduta recomendada: Ao vistoriar anomalias dessa natureza, tanto as que

ocorrem nas paredes de alvenaria quanto nas da laje, indica-se realizar uma investigação

com o intuito de verificar suas características. Tais como, se as mesmas se encontram

em elementos estruturais (lajes, vigas, pilares).

Sugere-se que seja feita a análise da peça, para determinar se esta foi submetida

a algum processo de deterioração progressiva, como por exemplo os que são causados

pela água.

Também se recomenda que a estabilidade ou progresso da manifestação

patológica sejam verificados. Há diversos processos de controle, sendo os mais práticos

e comuns o preenchimento da abertura com selo de gesso. Uma vez que o fissuramento

do gesso indica a continuidade da movimentação. Outro processo é a fixação de

plaqueta de vidro no local, com marcas de referências, observando-se o eventual

deslocamento desta.

Posteriormente, o tratamento aplicado depende do comportamento da trinca, ou

seja, se ela está trabalhando ou foi estabilizada. Para tratamentos do tipo Rígido, que

são indicados para trincas estabilizadas, os mais usados são a argamassa estrutural

polimérica, base epóxi – injetado e o grampeamento de fissuras. Para os tratamentos do

tipo Flexível, indicados para trincas em movimentação, os mais comuns são mástiques

e vedantes pré-moldados.

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6.1.3. Rachadura no pilar acompanhando a armadura principal

Vistoria: na visita à Fazenda Experimental pôde-se observar a ocorrência de uma

rachadura seguindo a armadura principal do pilar P1, como mostra a Figura 12.

Figura 12 – Rachadura na direção da armadura principal do pilar P1 (vista interna)

Fonte: Autor, (2019).

Exames complementares: a fim de se avaliar a dureza superficial do concreto,

foi executado o ensaio esclerométrico no pilar P1 identificado na Figura 13. Como

resultado obteve-se o índice esclerométrico médio IEP1 = 31,8 MPa.

A resistência obtida pelo ensaio foi considerada satisfatória do ponto de vista

estrutural, uma vez que a resistência mínima do concreto estrutural é de 20 Mpa

conforme NBR 6118 (ABNT, 2014), contudo, não se pode dizer que foi conclusivo para

avaliar a dureza da peça.

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Figura 13 – Ensaio Esclerométrico realizado no pilar P1 (vista externa)

Fonte: Autor, (2019).

Diagnóstico: a rachadura no pilar pode ter ocorrido alguns fatores, dentre eles

pode-se citar a falta de homogeneidade do concreto, o esmagamento por sobrecarga,

falta de aderência do cobrimento, armadura transversal insuficiente, a sobrecarga da

armadura longitudinal ou a flambagem da armadura longitudinal.

Conduta recomendada: A técnica de reforço por encamisamento pode ser a

mais viável neste caso, do ponto de vista técnico e econômico. Ela consiste em envolver

totalmente o pilar pelo concreto. Sugere-se realizar o escoramento a fim de evitar

deformação das secções e deslocamentos, evitando assim o colapso durante a

reparação. Alguns autores tratam a técnica como de aumento da seção transversal,

devido a consequente ampliação da geometria do pilar.

Segundo Piancastelli (2005), observa-se que nos reforços por encamisamento, a

aderência entre os concretos novo e velho é favorecida pela própria compressão gerada

devido à retração transversal do novo concreto de reforço, que causa uma pressão lateral

no pilar original.

A qualidade do concreto de reforço final depende da escolha e utilização

adequada dos seus constituintes – cimentos, agregados, água e aditivos. O cimento

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pode ser visto como o componente de maior importância para a manutenção da

estabilidade das dimensões do concreto, ou seja, da mínima ocorrência dos fenômenos

de expansão, retração e fissuração. Ele também é responsável pela resistência química

do concreto, isto é, a sua capacidade de resistir aos efeitos dos agentes químicos que

podem deteriorar a estrutura (água do mar, salinidade, poluição atmosférica, etc.). Por

isso, as características físicas e químicas do cimento refletem diretamente na resistência

mecânica do concreto (SOUZA; RIPPER, 1998).

6.1.4. Infiltração causando mancha e bolor na laje

Vistoria: foram observadas manchas escuras e bolor na laje provenientes de

infiltração, como mostra a Figura 14.

Figura 14 – Surgimento de mancha e bolor devido a infiltração na laje - sala 04

Fonte: Autor, (2019).

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Diagnóstico: a provável causa desses sintomas é a infiltração das águas pluviais

na estrutura por falta de impermeabilização da cobertura, falha de utilização da

cobertura, subdimensionamento das calhas e condutores de águas pluviais.

Conduta recomendada: para evitar diversas manifestações patológicas

referentes à infiltração, deve-se recuperar a laje através de uma limpeza da superfície

da mesma e posterior recuperação de sua integridade para então realizar a aplicação de

manta líquida sintética branca.

Nas áreas com manchas esverdeadas ou escuras recomenda-se realizar a

lavagem com solução de hipoclorito e o reparo do revestimento quando pulverulento.

6.1.5. Infiltração, desplacamento, rachadura e trincas presentes na laje

Vistoria: foram observadas infiltrações, manchas, o desplacamento do

revestimento da laje com aparição da placa de EPS, diversas trincas e rachaduras na

direção do trilho, como é possível observar na Figura 15.

Figura 15 – Rachaduras horizontais na laje na direção dos trilhos e consequente

desplacamento e infiltração - sala 03

Fonte: Autor, (2019).

Diagnóstico: as manifestações patológicas vistoriadas podem ter sido causadas

por movimentação da estrutura, recalque em uma das direções, falta de armadura

positiva na laje, bem como falta de impermeabilização adequada da cobertura. Outros

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fatores que podem ter contribuído foram a espessura insuficiente do concreto e

sobrecarga acima do previsto no cálculo estrutural.

Conduta recomendada: as possíveis terapias para rachaduras e trincas foram

comentadas nos tópicos 6.1.2 e 6.1.3 respectivamente. As recomendações referentes a

patologias causadas por infiltração se encontram no tópico 6.1.4.

Após realizar as condutas recomendadas para trincas, rachaduras e infiltração,

aconselha-se a retirada de toda a área danificada para posterior aplicação do novo

revestimento. Considerado que o isopor é um substrato que possui baixa absorção de

água, para proporcionar a aderência do chapisco é indispensável à adição de um

adesivo. No preparo da argamassa para o chapisco utilizar o traço adequado e adicionar

a resina sintética para argamassa, até ficar na consistência desejada para a aplicação.

O chapisco pode ser feito na forma de pintura, utilizando-se rolo para textura intensa e,

preferencialmente, areia grossa.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O intuito deste artigo foi realizar a vistoria e análise das diferentes manifestações

patológicas encontradas na Fazenda Experimental (Unidade III) da UFGD, para poder

diagnosticá-las e recomendar a conduta mais adequada. Logo, pode-se concluir que o

estudo realizado foi satisfatório, uma vez que cumpriu com seus objetivos.

O estudo das manifestações patológicas foi responsável por criar um olhar crítico

que o profissional adquire depois de se aprofundar nesta área. Sendo importante a

realização de estudos que buscam avaliar, caracterizar e diagnosticar a ocorrência de

danos em edificações. Essas análises são fundamentais para o processo de produção e

uso das edificações. Permitindo conhecer ações eficientes para minimizar a ocorrência

de falhas e problemas, o que tende a melhorar a qualidade geral das edificações e

otimizar a aplicação dos recursos, principalmente em obras públicas.

No que se refere a edificação que foi objeto deste estudo, foi possível constatar

que esta obra não recebe suficiente manutenção ou cuidado. Tendo a maioria de suas

manifestações patológicas sido causadas por erros de projeto e execução.

É válido também ressaltar que a qualificação dos profissionais da área é de suma

importância, podendo tornar as vistorias técnicas periódicas uma ação comum para as

práticas de prevenção.

Em oportunidades futuras sugere-se fazer o estudo de viabilidade financeira das

práticas de manutenção em detrimento das práticas de recuperação.

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