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Práticas e Modelos na Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares DREC 5 – Sessão 1 Maria do Rosário Monteiro de Figueiredo 1 Identificação de pontos fortes, fraquezas, oportunidades, ameaças e desafios principais que o professor bibliotecário e a biblioteca escolar enfrentam no contexto da mudança Conhecimento na área Biblioteca escolar Domínio Aspectos críticos que a Literatura identifica Pontos fortes Fraquezas Oportunidades Ameaças Desafios. Acções a implementar Competências do professor bibliotecário Ser “prospectivo, atento e ter uma postura de investigação e de aprendizagem contínua” Ser um “Especialista de Aprendizagens”. Zmuda e Harada (2008) Ter competências em: Biblioteconomia; Gestão; Didáctica e Pedagogia. Lombello cit. inTarragó (2005) Ser um “Profissional da Informação”, possuindo capacidades de: Comunicar e cooperar; Renovar o material pedagógico; Ser um agente formador activo; Criar cumplicidades com outros interlocutores; Manter uma atitude pró-activa; Envolver-se na elaboração do currículo; Partilhar conhecimentos; Ser flexível ante as mudanças e inovações. Baró cit. inTarragó (2005) Conhecer o passado, reflectir sobre as suas conquistas e definir um rumo para o futuro. Ter uma perspectiva, não centrada na colecção, posição e argumentação, mas sim na compreensão da informação e construção do conhecimento. Exercer uma liderança: Informada; Orientada para objectivos de aprendizagem escolar; Estratégica (ter a capacidade de transformar metas de aprendizagem em acções concretas); Colaboradora e criativa; Inovadora e flexível; Sustentada (em evidências e avaliação); Todd (2001) Assinalam-se competências: Didácticas (domínios do Português, História, Educação Especial, NAC); Experiência de gestão; Experiência de trabalho cooperativo; Atitude positiva, face à mudança; Gosto em comunicar e realizar. Insuficiente conhecimento do fundo documental existente nas 4 Bibliotecas do Agrupamento, devido a hiato de 5 anos na liderança da B.E. Formação especializada; Responsabilidade total pela tecnologia e equipamentos; Carregar nos ombros maior peso sem o correspondente reforço humano; Não escolher a equipa, nem os colaboradores. Frequentar formação especializada;

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Page 1: Tabela Matriz

Práticas e Modelos na Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

DREC 5 – Sessão 1

Maria do Rosário Monteiro de Figueiredo 1

Identificação de pontos fortes, fraquezas, oportunidades, ameaças e desafios principais que o professor bibliotecário e a biblioteca escolar enfrentam no contexto da mudança

Conhecimento na área Biblioteca escolar

Domínio Aspectos críticos que a Literatura identifica Pontos fortes Fraquezas Oportunidades Ameaças Desafios. Acções

a implementar

Competências do professor bibliotecário

Ser “prospectivo, atento e ter uma postura de investigação e de aprendizagem contínua”

Ser um “Especialista de Aprendizagens”. Zmuda e Harada (2008)

Ter competências em: − Biblioteconomia; − Gestão; − Didáctica e Pedagogia.

Lombello cit. inTarragó (2005) Ser um “Profissional da Informação”, possuindo capacidades de: − Comunicar e cooperar; − Renovar o material pedagógico; − Ser um agente formador activo; − Criar cumplicidades com outros

interlocutores; − Manter uma atitude pró-activa; − Envolver-se na elaboração do currículo; − Partilhar conhecimentos; − Ser flexível ante as mudanças e inovações.

Baró cit. inTarragó (2005) Conhecer o passado, reflectir sobre as suas conquistas e definir um rumo para o futuro.

Ter uma perspectiva, não centrada na colecção, posição e argumentação, mas sim na compreensão da informação e construção do conhecimento.

Exercer uma liderança: − Informada; − Orientada para objectivos de aprendizagem

escolar; − Estratégica (ter a capacidade de transformar

metas de aprendizagem em acções concretas);

− Colaboradora e criativa; − Inovadora e flexível; − Sustentada (em evidências e avaliação);

Todd (2001)

Assinalam-se competências: Didácticas (domínios do Português, História, Educação Especial, NAC);

Experiência de gestão;

Experiência de trabalho cooperativo;

Atitude positiva, face à mudança;

Gosto em comunicar e realizar.

Insuficiente conhecimento do fundo documental existente nas 4 Bibliotecas do Agrupamento, devido a hiato de 5 anos na liderança da B.E.

Formação especializada;

Responsabilidade total pela tecnologia e equipamentos;

Carregar nos ombros maior peso sem o correspondente reforço humano;

Não escolher a equipa, nem os colaboradores.

Frequentar formação especializada;

Page 2: Tabela Matriz

Práticas e Modelos na Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

DREC 5 – Sessão 1

Maria do Rosário Monteiro de Figueiredo 2

Conhecimento na área Biblioteca escolar

Domínio Aspectos críticos que a Literatura identifica Pontos fortes Fraquezas Oportunidades Ameaças Desafios. Acções a

implementar

Organização e Gestão da BE

A organização da BE deve ser feita na óptica do utilizador. Deve permitir condições de acesso, sem mediação, a qualquer área.

A sua gestão deve: Incorporar um professor bibliotecário qualificado que lidere uma equipa que articule e trabalhe com a escola, professores e alunos;

Integrar a BE no currículo; Visar o sucesso educativo, a melhoria das aprendizagens e do trabalho escolar;

Visar as mais valias comportamentais e formativas dos seus utilizadores;

Optimizar os processos que produzem resultados e impacto na qualidade da BE e seus serviços;

Medir o sucesso da gestão não pelo staff, mas pela qualidade do trabalho feito na BE, pelo investimento feito em áreas prioritárias, pela adesão dos estudantes na construção do saber e pelas aprendizagens dos alunos resultantes da acção da Biblioteca no desenvolvimento da literacia da informação;

Promover a autoavaliação, mediante a recolha sistemática de evidências.

Colaboradores empenhados;

Catálogo publicado on-line.

Organização pouco eficiente do espaço e áreas funcionais;

Áreas de acesso com mediação;

Poucos colaboradores; Ausência de uma equipa multidisciplinar;

Existência de quatro BE da Rede, fisicamente distantes umas das outras;

Falta de tempo para maior e melhor trabalho conjunto das duas professoras bibliotecárias.

Reuniões com responsáveis da Biblioteca Municipal e Autárquicos.

Reuniões semanais das duas professoras bibliotecárias.

Resistência, do Órgão de Gestão, à inovação.

Directivas de organização documental produzidas pela Biblioteca Municipal, feitas numa óptica pouco adaptada à realidade escolar.

Desinteresse da Autarquia por projectos de animação e difusão da leitura nos Jardins-de-infância e Escolas do 1º Ciclo do Concelho.

Horário dos educadores e professores do 1º CEB, que não permite a sua integração em equipas da BE. (a não ser que o façam com prejuízo do seu tempo livre).

Reorganizar o espaço da B.E. na óptica da acessibilidade do utilizador.

Gerir um projecto de animação e difusão de leitura para todos os Jardins e Escolas do 1ºCEB do Agrupamento.

Aplicar as directivas da Biblioteca Municipal sem “pestanejar”.

Dialogar, institucionalmente, convencendo os interlocutores das vantagens de uma intervenção nas escolas do Concelho.

Fazer ver ao órgão de gestão do Agrupamento a necessidade de incluir no leque de colaboradores da BE do 2º CEB um professor de TIC.

Gestão da Colecção

A colecção deve ter qualidade (recursos actualizados e extensos, em diferentes ambientes e suportes).

Colecção extensa e variada no tocante à literatura infanto-juvenil.

Colecção pobre em temáticas disciplinares;

Verbas insuficientes para investimento em áreas prioritárias.

Apoios institucionais.

Desinteresse da Direcção do Agrupamento pela renovação da colecção.

Renovar a colecção; Investir na criação de um catálogo com maior peso do multimédia.

Page 3: Tabela Matriz

Práticas e Modelos na Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

DREC 5 – Sessão 1

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Conhecimento na área Biblioteca escolar

Domínio Aspectos críticos que a Literatura identifica Pontos fortes Fraquezas Oportunidades Ameaças

Desafios. Acções a

implementar

A BE como espaço de

conhecimento e

aprendizagem.

Trabalho colaborativo e articulado com Departamentos

e docentes.

Para ser um espaço de conhecimento, a BE deve ser: − Um lugar de conexões e não de colecções; − De acções e não de posições; − De testemunhos e não de argumentos; Deve, também, desenvolver os seguintes papéis:− Informativo (disponibilizando recursos e

tecnologia capazes de interagir com a prática lectiva);

− Transformativo (formando para as diferentes literacias, de forma articulada com os outros contextos);

− Formativo (constituindo um espaço de aprendizagem).

As áreas chave da sua acção devem ser: − A integração na escola e no processo ensino-

aprendizagem (ao nível dos objectivos, programas curriculares e desenvolvimento de competências de literacia da informação);

− A articulação com departamentos, professores e alunos.

O trabalho colaborativo e articulado com departamentos, docentes e alunos torna-os cúmplices e valoriza a integração da BE na escola e no currículo.

Articulação satisfatória da BE com departamentos, docentes e alunos;

Boa articulação com planos de referência do Agrupamento;

Plano de actividades que materializa a articulação e colaboração.

Trabalho colaborativo dos docentes prestado na base da “boa vontade”.

Balanço da actividade desenvolvida pode cativar um novo leque de colaboradores no próximo ano lectivo.

Cansaço e desanimo das “boas vontades”.

Aumentar o número de interacções BE – Comunidade Educativa.

Formação para a leitura e para

as literacias

A BE é imprescindível no desenvolvimento das literacias e contribui decisivamente para o sucesso educativo dos estudantes.

P.A.A. da BE que contempla acções nos domínios de: Leitura autónoma; Audição de leituras; Produção escrita; Produção gráfica: Produção plástica; Jogos; Concursos; Observação (passeio pelos arredores);

Formação de utilizadores da BE; Desenvolvimento da literacia da informação.

Isolamento de alguns Jardins e escolas do 1ºCEB;

Recursos humanos existentes insuficientes.

Balanço da actividade desenvolvida pode desbloquear as verbas e os recursos humanos, de que carecemos, no próximo ano lectivo.

Sobrecarga de solicitações.

Intensificar a inclusão de todas as escolas do 1ºCEB e Jardins-de-infância nas dinâmicas do Plano Anual de Actividades da BE.

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Práticas e Modelos na Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

DREC 5 – Sessão 1

Maria do Rosário Monteiro de Figueiredo 4

Conhecimento na área Biblioteca escolar

Domínio Aspectos críticos que a Literatura identifica Pontos fortes Fraquezas Oportunidades Ameaças Desafios. Acções

a implementar

BE e os novos

ambientes digitais.

A BE deverá antecipar-se na procura de novas práticas de trabalho:

− Organizando informação digital para usar no quadro interactivo;

− Criando ambientes virtuais de aprendizagem; − Ligando-se ao currículo.

A BE assume-se como um (modesto) centro de produção multimédia, fotografando, filmando e editando materiais em suportes digitais.

A formação de utilizadores em ambientes digitais.

O trabalho é feito em regime de “boa vontade”.

Não há NET de qualidade.

O trabalho desenvolvido pode convencer o Órgão de Gestão a conceder, à BE, um recurso TIC no próximo ano lectivo.

Cansaço das “boas vontades”.

Alheamento do Órgão de Gestão.

Chegada tardia da “Banda Larga”.

Envelhecimento dos computadores.

Edição de um catálogo de multimédia actualizado.

Aumentar, de forma substancial, a produção própria de documentos digitais.

Gestão de evidências/ avaliação.

A avaliação permite: − Aferir a eficácia dos serviços prestados,

identificando sucessos e insucessos; − Identificar as necessidades de aprendizagem

para se desenvolverem estratégias. − O impacto tido nas atitudes, comportamentos

e competências dos nossos utilizadores; A recolha de evidências pode ser feita de forma:− Estatística; − Estudo de caso; − Análise a entrevistas de alunos; − Processo de feedback.

Avaliação sistemática de todas as actividades desenvolvidas e do seu impacto na Comunidade Educativa.

Vontade de melhorar o serviço prestado.

Formação em avaliação da BE.

Peso maior dado ao relatar que ao fazer.

Aplicar o novo modelo de Auto-avaliação da BE.

Gestão da mudança SÍNTESE Factores de sucesso Obstáculos a

vencer Acções prioritárias A acção da BE mudou de paradigma. Deve permitir que os seus utilizadores se liguem entre si, interajam e utilizem a informação para aumentarem a sua compreensão sobre o mundo, desenvolverem o conhecimento que têm dele e descodificarem os sentidos do que os rodeia. O papel da BE é fazer a diferença na vida das crianças e jovens, fornecendo-lhes ferramentas de aprendizagem, o aprender a aprender.

O sucesso será medido pela melhoria das aprendizagens dos alunos. Para isso, é fundamental: A liderança visionária, enérgica, empática e activa da BE;

O conceito alargado de colecção e da sua organização e acesso;

A visão dinâmica na interpretação de currículo; O trabalho em parceria com todos os interlocutores (educativos e institucionais);

A gestão baseada em evidências.

Visão tradicional da BE por parte de quem decide e atribui recursos financeiros e humanos.

Actualizar o fundo documental em variedade, qualidade e quantidade.

Participar activamente nos órgãos decisórios da política educativa da escola.

Trabalhar em parceria com departamentos, docentes e alunos.

Realizar actividades que desenvolvam o aprender a aprender dos nossos alunos.

Fazer a avaliação da BE a partir de evidências.