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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA INPA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM RODRIGO TACIOLI SERAFINI Orientador: Dr. JOAQUIM DOS SANTOS Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do convênio INPA/UFAM, como parte dos requisitos pra obtenção do título de mestre em Ciências de Florestas Tropicais. Manaus AM 2007 ESTRUTURA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS URBANOS DE MANAUS-AM: IMPLICAÇÕES PARA SEU MANEJO E CONSERVAÇÃO

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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM

RODRIGO TACIOLI SERAFINI

Orientador: Dr. JOAQUIM DOS SANTOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do convênio INPA/UFAM, como parte dos requisitos pra obtenção do título de mestre em Ciências de Florestas Tropicais.

Manaus – AM 2007

ESTRUTURA DE FRAGMENTOS FLORESTAIS URBANOS DE MANAUS-AM: IMPLICAÇÕES PARA SEU MANEJO E CONSERVAÇÃO

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CONTEÚDO

Página

LISTA DE FIGURAS .............................................................................. iii

LISTA DE TABELAS ............................................................................ iv

RESUMO ................................................................................................. vi

1. INTRODUÇÃO .................................................................................... 1

2. OBJETIVOS .......................................................................................... 3

2.1. Objetivo Geral............................................................................. . 3

2.2. Objetivos Específicos.................................................................... 3

3. REVISÃO DE LITERATURA............................................................... 4

3.1. Fragmentação florestal. .................................................................. 4

3.2. Fragmentação florestal urbana em Manaus .................................... 7

3.3. Estrutura florestal .......................................................................... 8

4. METODOLOGIA ................................................................................ 11

4.1. Área de estudo............................................................................... 11

4.1.1. Caracterização dos fragmentos florestais amostrados......... 14

4.2. Coleta de dados .............................................................. ............... 24

4.3. Análise dos dados ......................................................................... 26

4.3.1. Análise estrutural dos fragmentos florestais...................... 26

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................ 32

5.1. Condições fitossanitárias e aspectos fisionômicos dos fragmentos....... 32

5.2. Composição florística e parâmetros estruturais ........................... 34

6. CONCLUSÃO ...................................................................................... 82

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................... 84

ANEXO ..................................................................................................... 90

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LISTA DE FIGURAS

Página

FIGURA 1. Imagem do satélite Landsat 2005 modificada da cidade de Manaus e

arredores, mostrando a zona urbana e a Reserva Florestal Adolpho

Ducke, ao norte da cidade................................................ 11

FIGURA 2. Distribuição espacial dos fragmentos florestais selecionados na zona

urbana de Manaus-AM, destacadas as denominações que foram usadas

neste trabalho............................................................ 13

FIGURA 3. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento PARQUE DO MINDU, cursos d’água

presentes e nome de bairros da região. ......................................... 15

FIGURA 4. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento UFAM, cursos d’água presentes e nome de

bairros da região............................................................... 16

FIGURA 5. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento CAMPOS ELÍSEOS, cursos d’água presentes

e nome de bairros da região............................................. 17

FIGURA 6. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento NÚCLEO 23, cursos d’água presentes e

nome de bairros da região........................................................... 18

FIGURA 7. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento AEROPORTO, cursos d’água presentes e

nome de bairros da região............................................................ 19

FIGURA 8. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento SESI, cursos d’água presentes e nome de

bairros da região........................................................................ 20

FIGURA 9. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento SESC, cursos d’água presentes e nome de

bairros da região....................................................................... 21

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FIGURA 10. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostrage no fragmento SAUIM, cursos d’água presentes e nome de

bairros da região........................................................................ 22

FIGURA 11. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento CASTANHEIRAS, cursos d’água presentes e

nome de bairros da região............................................ 23

FIGURA 12 Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de

amostragem no fragmento VILLAR CÂMARA, cursos d’água

presentes, nome de bairros da região e de conjuntos habitacionais

próximos........................................................................................ 24

FIGURA 13 Esquema da unidade de amostragem utilizada na amostragem dos

fragmentos florestais...................................................................... 25

FIGURA 14 Aspecto de poluição de curso d’água no fragmento CASTANHEIRAS,

na zona urbana de Manaus-AM....................... 33

FIGURA 15 Aspecto de trilha presente no fragmento SESI, zona urbana de Manaus-

AM................................................................................... 33

FIGURA 16 Aspecto da fisionomia da vegetação em área do fragmento SESI, na

zona urbana de Manaus-AM...................................................... 35

FIGURA 17 Aspecto da fisionomia da vegetação do fragmento AEROPORTO, na zona

urbana de Manaus-AM................................................................. 35

FIGURA 18 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com o número de indivíduos

amostrados por família no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-

AM................................................... 36

FIGURA 19 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento UFAM, Manaus-

AM.......................................................................................... 39

FIGURA 20 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento CAMPOS ELÍSEOS, Manaus-

AM....................................................... 43

FIGURA 21 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

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amostrados por família no fragmento NÚCLEO 23, Manaus-

AM................................................................... 45

FIGURA 22 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento AEROPORTO, Manaus-

AM................................................................ 47

FIGURA 23 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento do SESI, Manaus-

AM.......................................................................................... 51

FIGURA 24 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento SESC, Manaus-

AM.......................................................................................... 53

FIGURA 25 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento SAUIM, Manaus-

AM.......................................................................................... 56

FIGURA 26 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento Castanheiras, Manaus-

AM.................................................................... 58

FIGURA 27 Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância,

dados em porcentagem (IVI%), contrastando com número de indivíduos

amostrados por família no fragmento Villar Câmara, Manaus-

AM............................................................................ 61

FIGURA 28 Curvas de rarefação considerando as espécies para os dez fragmentos

amostrados na zona urbana de Manaus-AM. ES(n); número esperado de

espécies; n: número de indivíduos................................................... 65

FIGURA 29 Curvas de rarefação considerando as famílias para os dez fragmentos

amostrados na zona urbana de Manaus-AM......................................... 66

FIGURA 30 Número de espécies por fragmento amostrado, considerando-se as mais

importantes, necessário para atingir participação de 50% no Índice de Valor

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de Importância em porcentagem (IVI%) com o número de famílias

correspondente...................................................... 67

FIGURA 31 Dendrograma de similaridade florística originado a partir da análise de

agrupamento (Bray-Curtis) entre os fragmentos florestais amostrados na

cidade de Manaus-AM.................................................. 70

FIGURA 32 Curva espécie-área para o grupo dos fragmentos florestais considerados

pequenos amostrados na zona urbana de Manaus-AM... 74

FIGURA 33 Curva espécie-área para o grupo dos fragmentos florestais considerados

grandes amostrados na zona urbana de Manaus-AM..... 74

FIGURA 34 Número de indivíduos por hectare por classe diamétrica para DAPs até 40

cm para os dez fragmentos florestais amostrados na zona urbana de

Manaus-AM.......................................................................... 77

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LISTA DE TABELAS

Página

TABELA 1. Fragmentos florestais urbanos selecionados em Manaus-AM.

Denominações oficiais e as usadas neste trabalho, com suas

respectivas dimensões superficiais (ha)....................................... 12

TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU,

Manaus-AM ................................................................. 37

TABELA 3. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 3,0

hectares amostrados no fragmento UFAM, Manaus-

AM.............................................................................................. 40

TABELA 4. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento CAMPOS ELÍSEOS, Manaus-

AM ........................................................................ 44

TABELA 5. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrados no fragmento NÚCLEO 23, Manaus-

AM................................................................................. 46

TABELA 6. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 3,0

hectares amostrados no fragmento AEROPORTO, Manaus-

AM................................................................................. 48

TABELA 7. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 1,0

hectare amostrado no fragmento SESI, Manaus-

AM.............................................................................................. 52

TABELA 8. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento SESC, Manaus-

AM.............................................................................................. 54

TABELA 9. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento SAUIM, Manaus-AM

.................................................................................................... 57

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TABELA 10. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em

0,50 hectare amostrado no fragmento CASTANHEIRAS, Manaus-

AM........................................................................... 59

TABELA 11. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento VILLAR-CÂMARA, Manaus-

AM ............................................................................... 62

TABELA 12. Quadro resumo com alguns dados das análises de composição florística

dos dez fragmentos florestais amostrados na cidade de Manaus-

AM................................................................................ 63

TABELA 13 Ocorrência de espécimes de Arecaceae nos fragmentos

amostrados.................................................................................. 69

TABELA 14 Espécies com suas respectivas famílias e número de indivíduos por

fragmento que não ocorrem nos fragmentos UFAM e AEROPORTO,

sendo exclusivas aos demais fragmentos..... 72

TABELA 15 Espécies com suas respectivas famílias botânicas e número de

indivíduos por fragmento exclusivas aos fragmentos UFAM e

AEROPORTO............................................................................. 73

TABELA 16 Estimativas médias por fragmento do número de indivíduos por

hectare de área basal, fitomassa seca acima do solo, fitomassa seca

acima do solo e quantidade de carbono para os dez fragmentos

amostrados na cidade de Manaus-AM....................... 75

TABELA 17 Número de indivíduos por hectare por classe diamétrica para os dez

fragmentos florestais amostrados na cidades de Manaus-

AM.............................................................................................. 76

TABELA 18 Distribuição de área basal por hectare por classe de DAP (intervalo de

10 cm) para os dez fragmentos florestais amostrados na cidade de

Manaus-AM......................................... 78

TABELA 19 Estatítica descritiva do número de indivíduos, da área basal, da

fitomassa fresca acima do solo, da fitomassa seca acima do solo e

quantidade de carbono por hectare de dados médios dessas medidas

coletados em 30 unidades de amostragem localizadas em 10

fragmentos florestais na cidade de Manaus-AM................ 79

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RESUMO

Estrutura de fragmentos florestais urbanos de Manaus-AM: implicações para seu manejo e conservação.

Foram analisados dez fragmentos florestais da cidade de Manaus-AM quanto à sua estrutura florestal e sua inserção na paisagem urbana. Neste estudo analisou-se a composição florestal dos fragmentos e estimativas dos parâmetros de estrutura horizontal e de parâmetros dendrométricos (área basal, biomassa acima do solo e estoque de carbono) de indivíduos arbóreos com DAP=10 cm, juntamente com avaliação da situação atual e históricos e condições de uso e perturbação. Foram contabilizados 3609 indivíduos com DAP = 10 cm, sendo registradas 256 espécies e 51 famílias botânicas em 12 hectares amostrados (48 unidades de amostragem de 0,25 ha). O Índice de Shannon calculado com os 10 fragmentos amostrados foi de 4,53. O fragmento SESC apresentou o maior número de espécies esperadas (curvas de rarefação), seguido pelos fragmentos AEROPORTO, CASTANHEIRAS, UFAM e PARQUE DO MINDU, respectivamente. Os fragmentos VILLAR CÂMARA, CAMPOS ELÍSEOS, SAUIM, NÚCLEO 23 e SESI apresentaram os menores números esperados de espécies. A análise estrutural atual dos fragmentos foi compatível, na maioria dos casos, com os históricos e condições de uso e perturbação. A composição florestal mostrou que poucas espécies representam a maioria dos indivíduos amostrados e ressaltou a elevada abundância da família Arecaceae nos fragmentos. Evidenciou-se a importância dos fragmentos pequenos pelo porcentual de espécies exclusivas em relação aos fragmentos grandes. O fragmento do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes foi o que concentrou as melhores estimativas de parâmetros estruturais, com uma estimativa de biomassa de 323 ton/ha e 171 espécies encontradas. Em contraste, no fragmento denominado Núcleo 23 estimou-se uma biomassa de cerca de 103 ton/ha e foram encontradas somente 35 espécies. Evidenciou-se a importância do histórico de uso dos fragmentos e a necessidade de manejá-los adequadamente para sua conservação e para usufruto de serviços ambientes para a população do município de Manaus-AM.

Palavras-chave: fragmentos florestais urbanos, estrutura florestal, manejo, conservação, Manaus.

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1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento econômico e o rápido processo de urbanização têm trazido conseqüências

desastrosas sobre os ecossistemas naturais de muitas regiões brasileiras. Um dos reflexos mais marcantes é

a transformação da paisagem urbana onde ocorre o decréscimo acelerado dos remanescentes florestais

nativos presentes nas cidades.

No Brasil, a evolução econômica deu-se de maneira desigual através de seu território, de forma

mais intensa e prematura em algumas regiões. Esse descompasso de desenvolvimento gerou também um

forte contraste nos índices de conservação ambiental das regiões, algumas contendo biomas extremamente

descaracterizados, como o da Floresta Atlântica na região sudeste, e outras biomas mais preservados,

como o da Floresta Amazônica na região norte.

O progresso de uma região impulsiona o crescimento e fortalecimento econômico de suas cidades.

Grandes núcleos urbanos são constituídos e um elevado contingente populacional associa-se a eles. O

espaço disponível na área urbana se torna insuficiente para abrigar o número crescente de pessoas,

passando a ocorrer uma forte pressão por ocupação de novas áreas. As áreas verdes existentes aparecem

então como espaços disponíveis e gradualmente vão sendo substituídas por novos bairros ou invasões

descontroladas.

Com o tempo, ocorre uma diminuição substancial da cobertura florestal nativa das cidades. As

áreas restantes via de regra sofrem os efeitos prejudiciais da fragmentação florestal, tornando-se “ilhas” de

vegetação em meio a um “mar” de estruturas urbanas. A fragmentação os deixa expostos a um ambiente

que antes não existia e com o qual não coevoluiram. Alterações físicas e biológicas processam-se nos

fragmentos formados devido a ventos fortes e excesso de luminosidade, ruptura de habitats, isolamento e

falta de conectividade com outras áreas florestadas e, principalmente, à constante e intensa presença

humana no seu interior e arredores, que vão perturbando a flora e fauna que os habita e as relações entre

elas. A conseqüência, em geral, é uma perda expressiva da biodiversidade animal e vegetal nessas áreas,

além do comprometimento da capacidade desses ambientes se “auto-sustentarem”.

A redução da cobertura florestal e sua substituição por um complexo de estruturas urbanas, a

impermeabilização das superfícies dos solos e a poluição gerada pelas atividades que geralmente se

desenvolvem nas grandes cidades alteram as condições físicas e climáticas locais. Desconforto térmico,

enchentes e desabamentos de terra, são apenas alguns efeitos relacionados a essa nova configuração da

paisagem, que contribuem para diminuir a qualidade de vida local.

Os fragmentos florestais atuam nas cidades melhorando as condições climáticas locais, regulando

cheias e enchentes, controlando a erosão, promovendo oportunidades de recreação e de educação

ambiental, e sendo repositórios da biodiversidade regional, dentre outros serviços ambientais.

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Situada dentro dos domínios do bioma amazônico, Manaus é uma cidade que ainda possui uma

quantidade relativamente grande de áreas verdes, em relação a outros grandes centros urbanos, como São

Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, o expressivo crescimento atual da população tem provocado fortes

pressões por ocupação nas áreas de remanescentes florestais nativos e uma drástica redução da cobertura

vegetal destas paisagens tem sido observada.

Encontrando-se sob a forma de fragmentos florestais, esses remanescentes apresentam diferentes

dimensões, vizinhanças e históricos de uso. São de propriedade pública ou privada e são “espaços

territoriais especialmente protegidos” pelo Código Ambiental do Município de Manaus, Lei 605/2001

(Prefeitura Municipal de Manaus, 2001). Apesar de amparados legalmente, muitos fragmentos têm tido

sua vegetação suprimida total ou parcialmente sem a autorização dos órgãos municipais competentes e

sem que se tenha conhecimento da fauna e flora que continham.

Estudos sobre a flora e fauna desses fragmentos são fundamentais e urgentes com o fim de

embasar argumentos científicos para sua conservação. O presente estudo pretende contribuir no

conhecimento da estrutura dos fragmentos florestais da cidade de Manaus, investigando suas possíveis

relações com aspectos da conjuntura urbana na qual essas áreas estão inseridas.

Algumas questões relacionadas a problemática que envolve os fragmentos florestais da cidade

serão discutidas, tais como: a composição de sua vegetação arbórea e as semelhanças com a vegetação

nativa local; a importância dos fragmentos pequenos na conservação de espécies da flora; e a importância

do histórico de uso e da situação cadastral sobre a estrutura florestal. A discussão dessas questões pode

ajudar na avaliação da importância dos fragmentos e na formulação de estratégias de conservação para

esses espaços, no modo como deveriam ser manejados para que tivessem seus serviços ambientais

potencializados para a população de Manaus.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Analisar os fragmentos florestais da cidade de Manaus-AM quanto à sua estrutura florestal e à sua

inserção na paisagem urbana.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

2.2.1 Descrever condições fitossanitárias e aspectos fisionômicos dos fragmentos florestais amostrados

na zona urbana de Manaus-AM;

2.2.2 Comparar e analisar os fragmentos florestais amostrados na cidade de Manaus quanto à

composição florística e à estrutura horizontal;

2.2.3 Calcular as estimativas, por unidade de área, de área basal, fitomassa acima do solo e quantidade

de carbono e analisar a estrutura diamétrica e distribuição de área basal dos fragmentos florestais

amostrados na cidade de Manaus-AM;

2.2.4 Gerar estimativas médias por unidade de área do número de indivíduos, da área basal, da

fitomassa acima do solo e da quantidade de carbono para os fragmentos florestais urbanos de

Manaus-AM.

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. Fragmentação Florestal

A transformação de grandes áreas de florestas tropicais em áreas dominadas por atividades

antrópicas é uma das conseqüências do crescimento vertiginoso da população e da atual conjuntura

econômica mundial (Gascon & Lovejoy, 1998). Um dos aspectos mais marcantes do desmatamento de

florestas tropicais é a nova configuração que assume a paisagem, com áreas que não foram desmatadas

rodeadas por áreas que o foram. Formam-se assim fragmentos de floresta isolados, entranhados em

paisagens que exercem as mais diferentes pressões sobre eles. A flora e fauna que originalmente

ocupavam florestas contínuas são forçadas a sobreviver em um mosaico formado por áreas do habitat

original e em alguns ambientes relativamente não apropriados (Bierregaard, 1989).

Assim, pode-se dizer que a fragmentação florestal resulta, em geral, em terrenos que possuem

áreas remanescentes de vegetação nativa rodeadas por uma matriz ocupada por atividades agrícolas ou

outras formas de uso da terra (Saunders et al.,1991).

A fragmentação florestal no Brasil deu-se muito em função do processo expansão da fronteira

agrícola no país, desde as mais antigas, na Mata Atlântica nordestina até as atuais, nas áreas de cerrado do

Centro-Oeste e Amazônia (Viana et al., 1992). As atividades agropecuárias, de exploração madeireira e

mineradora, a instalação de usinas hidrelétricas, e o desenvolvimento de núcleos urbanos são alguns dos

fatores responsáveis por essa nova configuração da paisagem no país (Leitão Filho, 1987; Viana, 1990).

Uma das implicações mais sérias do processo de fragmentação florestal é por em risco a

biodiversidade de ecossistemas naturais (Bierregaard et al., 1992, Viana et al., 1992). Grandes mudanças

no ambiente físico, bem como no âmbito biogeográfico são resultantes desse processo (Saunders et al.,

1991). As conseqüências ecológicas da fragmentação relacionam-se à área e insularização (isolamento),

formação de bordas e habitat matriz, e configuração da paisagem (Gascon et al., 2001).

A fragmentação traduz-se na limitação de um espaço que originalmente não tinha barreiras e na

exposição deste a um novo ambiente. O resultado é a incidência de vários efeitos físicos e biológicos

sobre os fragmentos constituídos. Dois efeitos primários são as mudanças microclimáticas no interior e

margens dos fragmentos, e o isolamento de cada fragmento de outras áreas de vegetação na paisagem que

o cerca, podendo afetar a biota dentro dessas áreas, variando com o tamanho, a forma e a posição dos

fragmentos ou remanescentes no terreno (Saunders et al., 1991).

Os estudos sobre a fragmentação florestal têm suas bases estabelecidas na Teoria de Biogeografia

de Ilhas, de MacArthur & Wilson (1967), que foi elaborada com o fim de descrever e prever a variação de

diversidade biológica de acordo com o tamanho da ilha, baseando-se no balanço entre taxas de extinção e

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imigração (Viana et al., 1992; Gascon et al., 2001). A extensão de muitos dos princípios da teoria a

“habitats insulares” continentais, a partir, por exemplo, da similaridade entre ilhas e fragmentos florestais

circundados por uma paisagem modificada antropicamente, impulsionou muitas pesquisas que utilizaram

alguns dos princípios da biogeografia de ilhas para explicar e prever o número de espécies que um

determinado fragmento poderia manter (Gascon et al., 2001). De acordo com a Teoria de Biogeografia de

Ilhas, a uma diminuição na superfície associa-se uma diminuição exponencial do número de espécies

(Viana et al., 1992), ou seja, ela prevê que áreas maiores terão um maior número de espécies; por isso, tal

teoria tornou-se um paradigma da conservação (Fowler et al., 1991).

No entanto, com a evolução das pesquisas, essa teoria foi intensamente contestada na sua

aplicação em prever riqueza de espécies em fragmentos florestais e servir de forma prática à biologia de

conservação (Gascon et al., 2001). As pesquisas mostraram que a fragmentação do habitat leva a um

conjunto complexo de modificações biológicas e físicas no ecossistema, e não somente a uma simples

modificação no número de espécies, conforme a teoria predizia (Gascon et al., 2001).

A área de um fragmento pode estar relacionada com a riqueza de espécies desse fragmento, mas

não através de uma correlação simples entre essas duas variáveis, mas sim como conseqüência de um

conjunto de fatores que têm alguma relação com a área (Metzger, 1999). Assim, por exemplo, uma

redução da área de um fragmento poderia reduzir sua diversidade biológica da seguinte maneira: são

afetadas as áreas mínimas para sobrevivência das populações (Lovejoy et al., 1986; Saunders et al., 1991);

a heterogeneidade interna do habitat é reduzida; ocorre um aumento do efeito de borda; uma redução dos

recursos, intensificando as competições intra e inter-específicas; e, o comprometimento de muitas

interações ecológicas entre plantas e animais, causando a extinção de espécies dependentes delas

(Metzger, 1999).

Apesar de fragmentos menores conterem, de uma maneira geral, menos espécies do que

fragmentos maiores, salvaguardadas as considerações anteriores, nas regiões tropicais muitas espécies

requerem pequenas áreas para sua sobrevivência, e pequenas áreas podem conter uma alta quantidade de

espécies endêmicas (Gentry, 1986). Essas razões, por si só, justificam o esforço em conservá-las.

O isolamento ou “insularização” dos fragmentos florestais também tem importantes

conseqüências para a biota e estas conseqüências variam com o tempo desde o isolamento, com a distância

a outros remanescentes e com o grau de conexão entre eles (Saunders et al., 1991). O isolamento diminui

a diversidade do habitat, diminuindo sua riqueza e equabilidade biológica, principalmente pelo decréscimo

da taxa de imigração ou recolonização de populações (Metzger, 1999).

O grau de isolamento pode ser definido como a média da distância até os vizinhos mais próximos,

sendo que essa distância pode por em risco a migração de propágulos e animais e, assim, afetar a

diversidade local (Forman & Godron, 1986). Ele tem grande influência no tamanho efetivo de um

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fragmento. Fragmentos separados por pequenas distâncias e com uma vizinhança permeável ao fluxo de

animais, pólen e sementes têm o seu tamanho efetivo aumentado (Viana et al., 1992).

A transformação de áreas de floresta continua em fragmentos cria zonas na interface entre estes e

a paisagem circunvizinha. Essas zonas são conhecidas como bordas e são caracterizadas por separarem

dois habitats de características contrastantes, diferentes de zonas de ecotonia natural, onde os contrates

entre os habitats adjacentes são bem mais sutis (Gascon et al., 2001). As bordas podem ser consideradas

áreas onde a intensidade dos fluxos biológicos entre unidades da paisagem se modifica abruptamente

(Metzger, 1999). Os efeitos sobre o fragmento dessa transformação de paisagem são conhecidos como

“efeitos de borda”. A borda é, em geral, a região difusora dos efeitos relacionados à fragmentação (Viana

et al., 1992), e sua biota é singularmente afetada pelas mudanças físicas decorrentes desse processo

(Saunders et al., 1991). Mudanças na luminosidade, pela maior penetração nas bordas dos raios solares e

na velocidade do vento são fatores determinantes e impulsionadores, em grande parte, do efeito de borda

(Kapos, 1989; Malcolm, 1994). Provocam aumentos de temperatura e da evapotranspiração, diminuindo a

umidade do solo e do ar, podendo levar muitas plantas a sofrerem stress hídrico (Kapos, 1989). As

condições microclimáticas peculiares às bordas passam a promover a proliferação de espécies adaptadas a

essas condições e também de espécies generalistas que tendem a excluir, por competição ou predação, as

espécies de interior (Metzger, 1999).

A paisagem na qual se insere o fragmento, ou habitat matriz, é também fundamental para se

entender a variação dos efeitos da fragmentação de um habitat florestal. A evolução da dinâmica do

fragmento é muito influenciada por esse habitat, na permeabilidade que oferece à passagem de espécies

até outras áreas de vegetação e na possibilidade de perturbações que espécies associadas a ele poderão

provocar nos fragmentos, especialmente nos habitats de borda (Gascon et al., 2001); além de outras

perturbações, como as decorrentes de atividades antropogênicas nessas áreas, como fogo, caçadores e

agrotóxicos (Viana, 1990).

A qualidade de uma paisagem em permitir o fluxo de organismos, sementes e grão de pólen é

conhecida como conectividade (Urban & Shugart, 1986), sendo determinada pelo arranjo espacial dos

fragmentos, a densidade e complexidade dos corredores e a permeabilidade, ou porosidade, que apresenta

(Braudy, 1984). Assim, a conectividade é um fator da paisagem que atenua os efeitos de um ambiente

fragmentado, isolado.

Também, dependendo do uso do solo, o habitat matriz interferirá diferentemente na dinâmica do

fragmento (Gascon et al., 2001). Assim, por exemplo, o habitat matriz pode constituir-se

predominantemente por pastagens, núcleos urbanos, plantios agrícolas ou florestais, cada um interagindo a

sua própria maneira sobre o habitat florestal fragmentado (Viana, 1990; Williamson et al., 1997; Viana &

Pinheiro, 1998; Gascon et al., 2001).

Page 17:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

3.2. Fragmentação Florestal Urbana em Manaus

Quando o habitat matriz é um espaço urbanizado, sua interferência sobre os fragmentos é bastante

intensa e complexa, com um aumento significativo dos fatores que afetam a dinâmica dos fragmentos,

principalmente os devidos a forte pressão antrópica de ocupação desses espaços e às condições

microclimáticas urbanas. A constante presença de uma elevada densidade de pessoas nas suas

proximidades faz com que os fragmentos sofram as mais diversas perturbações.

O reconhecimento das funções que esses fragmentos desempenham na melhoria e manutenção da

qualidade de vida urbana e, conseqüentemente, na melhoria na qualidade de vida dos cidadãos é

fundamental para valorizar esses espaços e torná-los efetivos nas cidades. Dentre esses benefícios

ambientais estão: a melhoria da qualidade do ar, ao absorver substâncias contaminadoras, a melhoria da

qualidade da água, ao incrementar áreas de captação e a melhoria dos recursos do solo, estabilizando-o;

além disso, agem como arrefecedores da temperatura urbana, reduzem os níveis de CO2, proporcionam

habitat para a fauna silvestre, proporcionam oportunidades de recreação e de educação ambiental,

embelezam esteticamente o ambiente, e ainda podem proporcionar benefícios econômicos, como produtos

madeireiros e não madeireiros (Sorensen et al., 1998).

Região de recente desenvolvimento econômico, a Amazônia tem vislumbrado um grande

crescimento da sua população urbana. Por exemplo, na região da Amazônia Legal, a população urbana,

entre 1980 e 2000, praticamente triplicou, passando de 4,7 milhões (45% da população desta região) para

13,7 milhões (69% da população desta região) (Barreto et al., 2005).

No Estado do Amazonas o número de habitantes cresceu de 2.103.243 em 1991 para 3.232.330

em 2005, um crescimento de aproximadamente 35% em 14 anos, sendo que cerca de metade desses

habitantes reside em Manaus, município que na década de 1970 abrigava 300 mil habitantes e atualmente

conta com quase 1,7 milhões de habitantes, sendo mais de 90% na sua área urbana (Consórcio Parceria 21,

2001; IBGE, 2005).

O crescimento acelerado da população urbana de Manaus veio acompanhado de um agravamento

dos problemas ambientais, relacionados a ocupação desordenada do solo, à destruição das coberturas

vegetais, à poluição dos cursos de água e à deficiência de saneamento básico (Consórcio Parceria 21,

2001).

O crescimento da cidade ocorre principalmente pela derrubada de áreas florestais nativas

localizadas no perímetro urbano do município (Prefeitura Municipal de Manaus, 2005). O principal fator

são as ocupações irregulares (invasões) por populações de baixa renda e setores da classe média alta.

Obras públicas e particulares de grande porte também acabam, por vezes, sendo executadas em áreas

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verdes, notadamente, neste caso, em escassas áreas verdes localizadas nas zonas mais centrais e

valorizadas da cidade.

Sucede-se desse processo uma sensível diminuição das áreas cobertas por vegetação nativa na

zona urbana. Marinho & Mesquita (2001), utilizando imagens de satélite Lansat de 1995 e 1999,

estimaram uma redução em 50% de áreas verdes para este período e constataram que as áreas mais

urbanizadas da cidade, tais como a região central, praticamente não possuem mais fragmentos florestais.

Nogueira et al. (2007) utilizando também imagens do satélite Landsat, mas dos anos 1986, 1995 e 2004,

além de base de dados do IBGE e SIPAM (Sistema de Preteção da Amazônia), concluíram que a zona

urbana perdeu 65% de sua cobertura florestal, dos quais cerca de 20% ocorreu no período de 1986 a 2004.

Apesar das regiões de recente expansão, como as zonas norte e leste, contemplarem um grande

número de áreas verdes da cidade, elas são as áreas mais afetadas pelos desmatamentos atualmente, onde a

ampliação das fronteiras urbanas, o elevado crescimento demgráfico (adensamento de áreas ocupadas) se

verificam com maior intensidade (Prefeitura Municipal de Manaus, 2005, Nogueira et al., 2007).

Os remanescentes de vegetação, oriundos dessa perda gradativa de cobertura vegetal, são os

chamados fragmentos florestais urbanos, que a Prefeitura Municipal de Manaus, através do Código

Ambiental do Município de Manaus (Prefeitura Municipal de Manaus, 2001), no capítulo IV, conceitua,

incluindo-os no Capítulo VI, Artigo 31, da mesma lei, na definição de “espaços territoriais especialmente

protegidos”.

Além dos efeitos gerados pelo processo de fragmentação em meio urbano, incidem também

sobre os remanescentes florestais de Manaus os efeitos de um outro problema ambiental grave, o da

poluição dos cursos de água, presentes na maioria dos fragmentos, que geralmente vem de fora do

fragmento, pela deposição excessiva de resíduos domésticos e industriais nos igarapés que cortam a cidade

(Consórcio Parceria 21, 2001).

3.3. Estrutura florestal

A estrutura das florestas tropicais tem de abranger em sua análise uma abordagem criteriosa de

composição florística, parâmetros fitossociológicos das estruturas horizontal, vertical e interna, estruturas

dos diâmetros, área basal e volume, e outras avaliações pertinentes (Souza, 1999), abordando assim

elementos qualitativos e quantitativos.

A composição florística baseia-se no conhecimento das entidades taxonômicas ou taxa (espécie,

gênero, família, ordem etc) presentes numa determinado local ou região, contemplando também a

características fisionômicas da vegetação (Rizzini, 1963). No estudo fitossociológico destaca-se a análise

quantitativa da estrutura horizontal da vegetação (Lamprecht, 1964; Finol, 1971) com o cálculo de

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parâmetros estruturais como abundância, freqüência e dominância, apresentando uma hierarquização das

espécies baseada nesses valores relativos.

É bastante grande o número de trabalhos que versam sobre a estrutura de florestas inequiâneas no

Brasil nos mais diferentes biomas existentes. Na Amazônia muitos trabalhos têm sido desenvolvidos

abrangendo a composição florística e análise de parâmetros de estrutura horizontal e vertical e parâmetros

dendrométricos como de plantas de diversos hábitos, desde árvores e arbustos até epífitas e hemiepífitas.

Alguns destes trabalhos serão brevemente comentados a seguir.

Na Reserva Florestal Adolpho Ducke, região de floresta de terra-firme situada na região periférica

de Manaus, Tello (1994) considerando as comunidades vegetais do platô, declive (vertente), campinarana e

baixio, encontrou para o platô 193 espécies e 48 famílias; para o declive 141 espécies e 43 famílias; para o

baixio 118 espécies e 33 famílias; e para a campinarana 113 espécies e 37 famílias. Na mesma reserva, em

extenso trabalho, Ribeiro et al. (1999) estudaram e registraram 2200 espécies de plantas vasculares, oriundas

de 5 anos de coletas neste local.

Muitas pesquisas abordando análise estrurural foram realizadas em região próxima a Manaus, na

Estação Experimental ZF-2 do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em vegetação florestal

de terra-firme, como por exemplo: Jardim & Hosokawa (1986) amostraram em 8 hectares, 324 espécies, 173

gêneros e 57 famílias, abordando indivíduos com altura total maior ou igual a 10cm; Higuchi et al., (1997)

em dois transectos de 5 hecteres abordaram 5835 indivíduos arbóreos com DAP = 10 cm; Carneiro (2004)

amostrou 4.367 indivíduos arbóreos com DAP = 10 cm em 7 hectares, donde foram identificadas 737

espécies, 238 gêneros e 59 famílias botânicas; em estudo também considerando indivíduos arbóreos com o

mesmo critério de inclusão, em ambiente florestal de vertente Oliveira & Amaral (2004) encontraram 239

espécies, 120 gêneros e 50 famílias botânicas numa amostragem que contemplou 771 indivíduos; Oliveira &

Amaral (2005) em 0,05 hectare de um sub-bosque florestal levantaram 2.434 indivíduos, em 67 famílias, 163

gêneros e 355 espécies.

Oliveira (1997) em região próxima a Manaus, na Reserva do Projeto Dinâmica Biológica de

Fragmentos Florestais (PDBFF) encontrou 513 espécies, 181 gêneros e 58 famílias botânicas. Lima Filho

(1995) identificou 694 espécies, 279 gêneros e 79 famílias em 3 hectares na região do Rio Urucu. Em 11

fragmentos florestais da zona urbana de Manaus, Mesquita (2003), encontrou 60 espécies de Rubiaceae,

numa amostragem de 1328 indivíduos considerando ervas, lianas, arbustos e árvores em diferentes

estágios de crescimento.

Muitos outros estudos relacionaram-se a composição florística e análise de parâmetros

fitossociológicos de estrutura horinzonal e vertical, não abrangendo estritamente esses assuntos. São

exemplo trabalhos como: Jardim (1990) sobre a relação entre abundância e freqüência de espécies

arbóreas com DAP = 20 cm; Higuchi & Carvalho Jr. (1994) e Higuchi et al. (1997) sobre estimativas de

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fitomassa e conteúdo de carbono na Estação Experimental ZF-2 (INPA), próximo a Manaus; Nascimento

& Laurance (2006) sobre aspectos relacionados a efeito de área e borda na estrutura florestal, em áreas do

PDBFF; Lima (2002) abordando estoque de fitomassa de áreas em regeneração florestal após queimada e

corte raso.

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4. METODOLOGIA

4.1. Área de Estudo

A área de estudo abrangeu fragmentos florestais da zona urbana de Manaus (figura 1). A cidade de

Manaus está localizada na região Norte do Brasil, é a capital do Amazonas, o maior estado brasileiro.

Localiza-se nas coordenadas geográficas 03º06'07" de latitude Sul e 60º01'30" de longitude Oeste, a uma

altitude de 92,9 metros (IBGE, 2005). Os limites da cidade e entorno seguem aproximadamente o igarapé

do Tarumã ao oeste, igarapé da Bolívia e Reserva Florestal Adolpho Ducke ao norte, os lagos de

Puraquequara e Aleixo ao leste e os rios Amazonas e Negro ao sul e sudoeste (Jardim-Lima & Nelson,

2003). Apresenta características de clima equatorial úmido, com temperaturas médias anuais sempre

acima de 22°C, precipitação abundante (~ 2500 mm), radiação intensa e elevada umidade relativa do ar

(Nimer, 1979). Manaus possui uma área territorial de 11.401 km² e uma população estimada em 2005 de

1.644.690 habitantes (IBGE, 2005). Os tipos de vegetação encontrados em Manaus são

predominantemente as florestas de terra firme (majoritárias), as florestas de várzea e as de igapós

(Prefeitura Municipal de Manaus, 2005).

Figura 1. Imagem do satélite Landsat 2005 (SIPAM, 2006) modificada da cidade de Manaus e arredores, mostrando

a zona urbana e a Reserva Florestal Adolpho Ducke, ao norte da cidade.

Reserva Ducke

Zona urbana MANAUS

Rio Amazonas

Rio Negro

Page 22:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Foram escolhidos 10 (dez) fragmentos florestais na cidade com auxílio de imagens de satélite de

alta resolução, imagens LandSat e informações e sugestões fornecidas pela Secretaria Municipal de Meio

Ambiente de Manaus (SEMMA). As imagens de satélite provieram do Sistema de Proteção da Amazônia

(SIPAM), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Manaus (SEMMA) e do banco de imagens do

software Google Earth 4.2, disponibilizado pela Internet.

Na seleção dos fragmentos considerou-se a variação em tamanho, forma e localização dos

mesmos. Foi realizada previamente uma catalogação geral de áreas que poderiam ser consideradas

fragmentos florestais dentro da área urbana de Manaus (Figura 1 e Figura 2), com auxilio de fotos de

satélite de alta resolução e software especifico para o tratamento de fotos e imagens de satélite (Adobe

Photoshop 5.5 e Global Mapper 6.0), através de classificação visual, gerando-se um mapa com as áreas de

interesse. Na delimitação de fragmentos não foram considerados como fragmentos áreas verdes que se

configuravam como corredores entre um fragmento ou outro ou entre áreas verdes. Com base nesse mapa

foi calculada a área de cada fragmento denotado, utilizando-se do software Global Mapper 6.0. Fez-se,

então, a pré-seleçáo dessas áreas considerando variação quanto ao tamanho, distribuição espacial, situação

cadastral (públicos, particulares ou institucionais). Através de sorteios foram selecionadas as áreas para

avaliação (pré-diagnostico). A visita de pré-diagnostico objetivou avaliar o estado em que essas áreas se

encontravam e a viabilidade de tê-las como amostras do presente estudo. Em casos de não viabilidade ou

dificuldade, novas áreas eram sorteadas.

Por fim, foram selecionados 10 (dez) fragmentos florestais dentro da zona urbana de Manaus

conforme listados na tabela 1. A figura 2 mostra a distribuição espacial das áreas selecionadas na zona

urbana de Manaus.

Tabela 1. Fragmentos florestais urbanos selecionados em Manaus-AM. Denominações oficiais e as usadas neste

trabalho, com suas respectivas dimensões superficiais (ha).

Denominação Oficial Denoninação Trabalho Área fragmento (ha)

Universidade Federal do Amazonas - UFAM UFAM 600

Aeroporto Internacional Eduardo Gomes AEROPORTO 540

Refúgio da Vida Silvestre Sauim Castanheiras SAUIM 95

SESI - Clube do Trabalhador SESI 52

Conjunto Villar Câmara/Tiradentes VILLAR CÂMARA 48

Núcleo 23 NÚCLEO 23 35

Parque Municipal do Mindu PARQUE DO MINDU 29

Condomínio Campos Elíseos CAMPOS ELÍSEOS 18

Balneário do SESC SESC 13

Conjunto Castanheiras CASTANHEIRAS 10

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MOSAICO LANDSAT TM ZULU -HTTPS://ZULU.SSC.NASA.GOV/MRSID

Estado do Amazonas-Brasil

Município de Manaus-AM

ÁREA URBANA

AEROPORTO

CAMPOS ELÍSEOS

SESC

PARQUE DO MINDU

NÚCLEO 23

VILLAR CÂMARA

SESI

CASTANHEIRAS

SAUIM

UFAM

Figura 2. Distribuição espacial dos fragmentos florestais selecionados na zona urbana de Manaus-AM, destacadas as

denominações que foram usadas neste trabalho.

Page 24:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

4.1.1 Caracterização dos fragmentos florestais amostrados

Fragmento 1- PARQUE DO MINDU.

O Fragmento PARQUE DO MINDU corresponde à área do Parque Municipal do Mindu,

administrado pela Prefeitura Municipal de Manaus através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de

Manaus (SEMMA). Localiza-se na porção nordeste de Manaus, bairro Parque X de Novembro, entre as

avenidas Perimetral II e Efigênio Sales. Situa-se sob as coordenadas geograficas 03°04’51’’ latitude Sul

e 60°00’09’’ longitude oeste. O local que compreende o fragmento é uma área cercada, com acesso

restrito, possuindo aproximadamente 29 hectares. O Parque Municipal do Mindu pelo Código Ambiental

de Manaus (Lei 605, 2001) é uma Unidade de Conservação incluindo-se na categoria Parque Municipal.

Essa categoria é definida como tendo a “finalidade de preservar os atributos excepcionais da natureza

conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com atividades de pesquisa

científica, educação ambiental e recreativas” (Prefeitura Municipal de Manaus, 2001).

O Parque Municipal do Mindu pertencia ao Patrimônio da União, e antes de tornar-se área de

interesse ecológico foi invadida para fins de especulação imobiliária tendo aproximadamente 15 % de sua

área verde derrubada. Somente em 11 de novembro de 1993 por meio da Lei Municipal No. 219, integrou-

se a categoria de Parque Municipal, estando vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Meio

Ambiente – SEDEMA e sob a regulamentação de Parques Nacionais Brasileiros. Mas, somente em 19 de

Janeiro de 1994 um Decreto Federal autorizou a instalação do parque ecológico público. Contudo, antes

de ser Patrimônio da União, foi durante os anos 40 propriedade particular (Sítio da Pedreira) e no inico

dos anos 60 foi transformado em um seminário salesiano. Durante o final dos anos 60 iniciou-se a pressão

urbana no entorno da área que hoje é o Parque Municipal do Mindu, com a construção do Conjunto

Castelo Branco e a invasão do Parque X de novembro. No ano de 1975 foi vendido ao Ministério da

Fazenda (SEDEMA, 2004).

Hoje, o Parque Municipal do Mindu abrange uma área de 309.518 m2 e já foi reinaugurado pelo

menos duas vezes, a primeira em 1996, após estabelecido convênio com instituições de pesquisa (Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia e Fundação Universidade do Amazonas, por exemplo) e a segunda

em 1999 motivada pela reestruturação do Parque (SEDEMA, 2004).

A localização aproximada das unidades de amostragem e os limites do fragmento podem ser

vistos na Figura 5.

Page 25:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Figura 3. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento PARQUE DO MINDU (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul) e nome de

bairros da região.

Fragmento 2 – UFAM

O fragmento UFAM refere-se ao campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), situada

na região Leste da cidade, no bairro Coroado, entre as avenidas General Rodrigo Otávio e Autaz Mirim,

sob as coordenadas geográficas 3°05’28’’ latitude Sul e 59°57’57” longitude Oeste. É um espaço público

federal, com finalidades de uso educativo, cultural e recreativo. A área florestal é utilizada para estudos

científicos, abordando a flora e fauna presentes, necessitando de autorização de acesso para tal fim. O

fragmento tem 600 hectares de área, aproximadamente.

A Universidade Federal do Amazonas iniciou suas atividades em 17 de janeiro de 1909 como

Escola Universitária Livre de Manáos, sendo a primeira universidade brasileira. Com a Lei Federal

10.468, de junho de 2002, passou a ser denominada Universidade Federal do Amazonas. A área que

compõe atualmente o campus universitário já serviu, em parte, à atividade agrícola, através de sítios em

sua área. No ano de 1971, sofreu uma invasão em parte de seu território onde surgiu o atual bairro do

Coroado. Após disputa entre invassores e a Universidade do Amazonas a posse foi concedida aos

Parque X de Novembro

Parque X de Novembro

Aleixo

T2

N

T1

T2

T3

Page 26:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

invasores pelo então governador João Walter de Andrade, depois de negociação com a Universidade. A

área total do campus universitário é de 6,7 milhões de metros quadrados (670 hectares)

A localização aproximada das unidades de amostragem e os limites do fragmento podem ser

vistos na Figura 6. As áreas contornadas em verde são os grupos em que foram divididas as unidades de

amostragem para fins de cálculo de estimativas médias de número de indivíduos por hectare, área basal, fitomassa e

carbono considerando todos os fragmentos amostrados, conforme será explicado detalhadamente mais adiante.

Figura 4. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2, T3, T4, T5, T6,

T7, T8, T9, T10, T11 e T12) no fragmento UFAM (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha

azul) e nome de bairros da região. As áreas contornada em verde são os grupos de unidades de amostragem.

Fragmento 3 – CAMPOS ELÍSEOS

O fragmento CAMPOS ELÍSEOS (figura 7) situa-se na zona oeste de Manaus, no bairro

Ajuricaba, entre a rua Goiânia e a avenida Dublim, em área conjugada com o condomínio residencial

Campos Elíseos, encontrando-se sob as coordenadas 3°03’69” latitude Sul e 60°03’04” longitude Oeste.

Apesar de estar localizada junto ao citado condomínio é também uma área pública municipal, sendo que

grande parte de sua extensão é área de proteção permanente. O acesso ao condomínio é restrito, mas o

acesso a parte florestada não. O fragmento tem 18 hectares, aproximadamente. O histórico de ocupação

T1

T2

T3

T4

N

T5 T8 T6 T7

T9

T10

T11

T12

Coroado

Aleixo

Petrópolis

Coroado

Japiim

Distritio Industrial I

Japiim

Armando Mendes

Distritio Industrial II

INPA

Page 27:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

da área data do final da década de 70 e começo da década de 80. A localização aproximada das unidades

de amostragem e os limites do fragmento podem ser vistos na Figura 7.

Figura 5. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento CAMPOS ELÍSEOS (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul) e nome de

bairros da região.

Fragmento 4 – NÚCLEO 23

O fragmento NÚCLEO 23 está localizado no bairro Cidade Nova, entre as avenidas Camapuã e

Noel Nutels, na zona Norte da cidade, no conjunto habitacional de mesmo nome, sob as coordenadas

geográficas 3°01’54” latitude sul e 59°57’33” longitude oeste (WGS 84). A área é de dominio público

municipal enquadrando-se pelo Código Ambiental de Manaus (Prefeitura Municipal de Manaus, 2001)

como fragmento florestal urbano, dentro dos “espaços territoriais especialmente protegidos. Não possui

impedimentos para seu acesso, tendo cerca de 35 hectares de área. A localização aproximada das

unidades de amostragem e os limites do fragmento podem ser vistos na Figura 8.

N

T1

T2

T3

Planalto

Planalto

Alvorada

Planalto

Redenção

Page 28:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Figura 6 . Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento NÚCLEO 23 (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul) e nome de bairros da

região.

Fragmento 5 – AEROPORTO

O fragmento AEROPORTO é uma área de posse da INFRAERO (AEROPORTOS

BRASILEIROS), de dominio do governo federal, localizada nos domínios do Aeroporto Internacional

Eduardo Gomes, na região oeste de Manaus, bairro Tarumã, entre as avenidas Santos Dumont e Torquato

Tapajós, sob as coordenadas geográficas 3°02’46” latitude Sul e 60°03’08” longitude Oeste (WGS 84).

Possui acesso restrito e extremamente controlado, necessitando de autorização para entrada. A área

florestal sob o jurisdição da INFRAERO que foi selecionada para estudo possui cerca de 540 hectares,

sendo praticamente toda cercada, sendo que a porção não cercada é limítrofe a pista de pouso do

aeroporto.

A instalação do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes foi precedida por uma avaliação que

buscou uma localização adequada e custos de instalação. O terreno com uma área de 8.025.618.3025

metros quadrados foi doado a União pelo Governo do Estado do Amazonas, em 1o de novembro de 1972,

por meio do Decreto no 2399, em região localizada a 14 km do centro urbano de Manaus, nas vizinhanças

do igarapé do Tarumã-Açu. Com o crescimento da cidade muitos bairros ficaram bastante próximos à área

N

T1

T2

T3

Cidade Nova

Cidade Nova Cidade Nova

Cidade Nova

Page 29:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

do aeroporto, tais com Planalto, Redenção, Bairro da Paz, Flores, Colina Santo Antônio e Tarumã,

abrigando milhares de pessoas. A área de floresta que rodeia a pista principal de pouso é justamente a que

isola, de certa forma, o aeoporto da área urbana habitada, constituindo-se em importante área de segurança

para as aeronaves e para a população do entorno. A localização aproximada das unidades de amostragem

e os limites do fragmento podem ser vistos na Figura 9.

Figura 7. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2, T3, T4, T5, T6,

T7, T8, T9, T10, T11 e T12) no fragmento AEROPORTO (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes

(linha azul) e nome de bairros da região. As áreas contornada em verde são os grupos de unidades de amostragem.

Fragmento 6 – SESI

O fragmento SESI refere-se ao Clube Trabalhador do SESI, sob posse da instituição de mesmo

nome. Localiza-se na zona leste de Manaus, na Alameda Cosme Ferreira, n° 7399, bairro São José I, nas

coordenadas 3°04’11” latitude Sul e 59°57’45” longitude Oeste. Tem acesso restrito e com necessidade

de autorização para entrada. Possui 52 hectares de área aproximada.

O fragmento florestal sofreu processo de invasão em 1993, sendo praticamente todo desmatado

por fogo. Os “invasores” foram retirados com a ajuda da policia e a área foi reintegrada ao SESI. Desde

então a área florestal vem se recurperando. Recentemente, intencionou-se transformar a parte de mata em

N

T1

T2 T3

T4

T5

T6 T7

T8

T9 T10

T11

T12

Tarumã

Tarumã Pista Aeroporto

Redenção

Planalto

Bairro da Paz

Flores

Condomínio Campos Elíseos

Page 30:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

um bosque ecológico e mais recentemente ainda há proposta da área se tornar uma Reserva Particular do

Patrimônio Natural (RPPN). A localização aproximada das unidades de amostragem e os limites do

fragmento podem ser vistos na Figura 10.

Figura 8. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento SESI (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul) e nome de bairros da região.

Fragmento 7 – SESC

O fragmento SESC é área de posse da empresa Serviço Social do Comércio (SESC) do

Amazonas. O local, denominado “balneário do SESC”, localiza-se na zona oeste de Manaus, na Avenida

Constantinopla s/n, em frente ao conjunto CAMPOS ELÍSEOS, bairro Ajuricaba. Situa-se entre as

coordenadas geográficas de 3°04’34’ latitude Sul e 60°02’27” longitude Oeste. A área do balneário é toda

murada, com acesso restrito à suas dependências. A porção florestal estudada tem 13 hectares,

aproximadamente. A localização aproximada das unidades de amostragem e os limites do fragmento

podem ser vistos na Figura 11.

N

T1

T2

T3

T4

São José

São José

Coroado

São José

Page 31:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Figura 9. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento SESC (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul) e nome de bairros da região.

Fragmento 8 – SAUIM

O fragmento SAUIM corresponde ao Refúgio da Vida Silvestre Sauim-Castanheiras (Prefeitura

Municipal de Manaus, 2001), sob a administração da Prefeitura Municipal de Manaus. Localiza-se na

porção leste do perímetro urbano de Manaus, sob as coordenadas 3°05’51” latitude sul e 59°56’01”

longitude oeste na confluência da Rodovia AM-020 com o Eixo Rodoviário Norte/Sul, na parte

intermediária do Distrito Industrial da Suframa e sua área de expansão. O acesso realiza-se através da

Rodovia AM-020 ou pelo Eixo Rodoviário Norte/Sul. A área da reseva é de 94,45 hectares, com

perímetro de 4.463,14 metros. Há uma discrepância nos dados que determinam a localização topográfica

e delimitação da reserva, entre o Decreto de Criação e o documento de Cessão de Uso da Suframa.

A Reserva Sauim-Castanheiras foi criada em 1982 pelo então Presidente da República João

Figueiredo em terras que pertenciam a Suframa, no Distrito Industrial da Zona Franca de Manaus, através

do Decreto n° 87455. Nesses termos a Reserva Ecológica Sauim-Castanheiras ficou sob a

responsabilidade da Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMMA. Em 1990, a Suframa celebrou um

Termo de Cessão de Uso Gratuito da área ao Ibama, que assumiu a responsabilidade sobre a área. Seu

objetivo principal seria o de proteger uma área plantada de castanha-do-Brasil (Bertholetia excelsa) e

N

T1

T2

T3

Planalto

Alvorada

Alvorada

Alvorada

Alvorada

Page 32:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

populações do primata sauim-de-coleira (Saguinus bicolor). No ano de 1994, o IBAMA assinou um

Termo de Cooperação Técnica com a FCBA - Fundação para Conservação da Biodiversidade da

Amazônia, que deveria executar um Manejo Florestal e cuidar da unidade, mas não há documentação

comprovando tal fato. Em 1999, a Prefeitura de Manaus solicitou parceria junto à Suframa e ao Ibama

para implantar a Reserva, a fim de transfromar a área em um Parque Temático do Município e realizar

plano de Manejo. A gerência da reserva passou a ser feita pelo IBAMA e pelo Município de Manaus, em

2001, fruto de um acordo de cooperação.

Parte do fragmento, aproximadamente 25 hectares, foi usada para o cultivo de castanheiras

(Bertholletia excelsa), em espaçamento 10x10 metros. Também houve extração de grandes quantidades

de areia em área correspondente a 3,46% da área total da reserva. Além disso, porção considerável de

sua área (mais de 20%) foi desmatada para exploração de madeira e ocupação humana irregular.

A reserva é considerada vulnerável devido a pressão urbana do entorno e tem enfrentado

problemas com o alto índice de exploração, como extração de castanhas, madeira, barro, areia e frutos,

caça e uso dos igarapés para banho. A localização aproximada das unidades de amostragem e os limites do

fragmento podem ser vistos na Figura 12.

Figura 10. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento SAUIM (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul) e nome de bairros da região.

N

T3

T2

T1

Mauazinho

Distrito Industrial

II Distrito Industrial

II

Col. Antônio Aleixo

Armando Mendes

Distrito Industrial

II

Page 33:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Fragmento 9 – CASTANHEIRAS

O fragmento CASTANHEIRAS localiza-se no conjunto residencial de mesmo nome, no bairro

São José, entre as ruas da Penetração e Antenor Cavalcante, na zona noroeste da cidade. Posiciona-se sob

as coordenadas geográficas 3°04’74” latitude Sul e 59°55’56” longitude Oeste. A área é de dominio

público municipal, considerada um fragmento florestal urbano pelo Código Ambiental de Manaus

(Prefeitura Municipal de Manaus, 2001). O tamanho aproxmada do fragmento é de 10 hectares. A

localização aproximada das unidades de amostragem e os limites do fragmento podem ser vistos na Figura

13.

Figura 11. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento CASTANHEIRAS (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul) e nome de bairros

da região.

Fragmento 10 – VILLAR CÂMARA

O fragmento VILLAR CÂMARA localiza-se na zona leste da cidade, no bairro Coroado III,

entre os conjuntos residenciais Tiradentes e Villar Câmara, sob as coordenadas geográficas 3°04”12”

latitude Sul e 59°58’28” longitude Oeste. A área é de dominio público municipal enquadrando-se pelo

N

T1

T2

SãoJosé

Zumbi

SãoJosé

SãoJosé

Page 34:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Código Ambiental de Manaus (Prefeitura Municipal de Manaus, 2001) como fragmento florestal urbano,

tal como os fragmentos CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23 e CASTANHEIRAS. No entanto, a porção

localizada ao Norte do igarapé que o atravessa (Igarapé do Mindu) é na sua maior parte área particular.

Tem cerca de cerca de 48 hectares, integrando atualmente o “Corredor Ecológico do Urbano do Mindu”.

O histórico da área refere-se à exploração seletiva de mandeira no seu interior, a formação dos

conjuntos habitacionais Tiradentes e Villar Câmara na década de 80 e à culturas agrícolas em regiões

limítrofes a sua porção norte. A localização aproximada das unidades de amostragem e os limites do

fragmento podem ser vistos na Figura 14.

Figura 12. Imagem de satélite com a localização aproximada das unidades de amostragem (T1, T2 e T3) no

fragmento VILLAR CÂMARA (área contornada em vermelho), cursos d’água presentes (linha azul), nome de

bairros da região e de conjuntos habitacionais próximos.

4.2. Coleta de dados

A coleta de dados de estrutura florestal nos fragmentos florestais selecionados deu-se por meio de

inventário florestal nos fragmentos, utilizando-se unidades de amostragem em formato retangular (Figura

3), com 125 metros de comprimento por 20 metros de largura (125 x 20 m), compondo uma área de 0,25

hectare para a unidade de amostragem.

N

T1

T2

T3

Cidade Nova

Aleixo

SãoJosé

CONJUNTO VILLAR

CÂMARA

CONJUNTO TIRADENTES

Page 35:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

¦ -------------------------------- 125 metros ----------------------------¦

20 m

Figura 13. Esquema da unidade de amostragem (125x20m) utilizada na amostragem dos fragmentos

florestais.

As unidades de amostragem foram alocadas nos fragmentos de forma particularizada, não só em

relação ao número quanto em relação a localização das parcelas, dado que, a forma, o tamanho e, por

vezes, a dificuldade de acesso, não permitiam uma uniformização na alocação das parcelas. Desse modo,

nos fragmentos considerados pequenos e médios o número de unidades de amostragem variou de duas a

quatro; já, nos fragmentos grandes foram alocadas 12 unidades de amostragem em cada, principalmente

por sua área ser bem maior do que a dos outros fragmentos. Estipulou-se 200 metros como a distância

mínima entre entre as unidades de amostragem para cada fragmento.

Foram amostrados os indivíduos arbóreos com DAP (diâmetro medido à altura de 1,3 metros

acima do solo) maior ou igual a 10 cm (DAP = 10 cm), através da designação por nome vulgar ou comum

(espécie) para as espécies encontradas. O trânsito pelas unidades de amostragem dos fragmentos foi

realizado por trilhas abertas no comprimento maior das parcelas, dividindo-as em dois lados de 10 metros

cada.

A coleta de dados e informações referentes a caracterização física dos fragmentos como sua área,

rede hidrográfica, relevo, entorno dos fragmentos (tipo de vizinhança, número de residências, presença de

estruturas urbanas etc), condições fitossanitárias e aspectos fisionômicos foram calculadas e levantadas

utilizando-se de imagens de satélite, informações do banco de dados da Secretaria Municipal de Meio

Ambiente de Manaus (SEMMA) e própria visita aos locais de estudo na ocasião do inventário florestal. As

informações sobre o histórico de uso e perturbação foram recolhidas, principalmente, de fontes da

Prefeitura Municipal de Manaus, de proprietários ou detentores da posse dos fragmentos, de moradores

das proximidades dos fragmentos e de documentos históricos de Manaus. As áreas aproximadas dos

fragmentos (em hectares) foram calculadas por intermédio do software Global Mapper 6.0.

picada

Page 36:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

4.3. Análise dos dados

4.3.1. Análise estrutural dos fragmentos florestais

Os indicadores usados na análise estrutural dos fragmentos florestas foram a composição florística

e parâmetros fitossociológicos (estrutura horizontal e parâmetros dendrométricos). A análise de

composição florística utilizou o mesmo banco de dados da amostragem fitossociológica.

As estimativas dos parâmetros de estrutura horizontal calculadas relacionaram-se à freqüência

absoluta (FA), freqüência relativa (FR), abundância ou densidade por área (DA), densidade relativa (DR),

dominância absoluta (DoA), dominância relativa (DoR) e índice de valor de importância (IVI), segundo

Mueller-Dombois & Ellenberg (1974).

A frequência é o número de unidades de amostragem onde ocorre a espécie considerada, em

relação ao número total dessas unidades, expresso em porcentagem. As estimativas de freqüência foram

calculadas segundo as formulas:

FAi = (u i / u t ) • 100

e

p

FRi = (FAi / FAi) • 100 i = 1

i = 1... p espécies;

FAi = freqüência absoluta da i-ésima espécie, dada em percentagem;

ui = número de unidades de amostragem em que a i-ésima espécie está presente;

ut = número total de unidades de amostragem;

FRi = freqüência relativa da i-ésima espécie, em porcentagem;

p = número total de espécies amostradas.

A abundância absoluta ou densidade absoluta é o número de indivíduos amostrados da i-ésima

espécie por unidade de área. A abundância relativa é o é a proporção do número de indivíduos amostrados

da i-ésima espécie em relação ao número total de indivíduos amostrados, dados em porcentagem. As

fórmulas para o cálculo das estimativas do parâmetro densidade foram:

DAi = ni / a

Page 37:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

e

p

DRi = (DAi / DAi) • 100 i = 1

i = 1... p espécies;

DAi = densidade absoluta de i-ésima espécie;

ni = número de indivíduos amostrados da i-ésima espécie;

a = área em hectares da unidade de amostragem ou da amostra;

DRi = densidade relativa da i-ésima espécie;

p = número total de espécies amostradas.

A dominância é calculada mediante a área basal dos troncos a altura de 1,30 m acima do solo, pela

alta correlação entre o diâmetro do tronco e o diâmetro da copa. Assim é a soma das áreas basais dos

indivíduos da i-ésima espécie por unidade de área. As estimativas de área basal dos indivíduos da i-ésima

espécie e as estimativas de dominância foram calculadas conforme as fórmulas abaixo:

Gi = (

DAPi2) / 4;

DoAi = Gi / a

e

p

DoRi = (DoAi / DoAi) • 100 i = 1

Onde:

i = 1... p espécies

DoAi = dominância absoluta da i-ésima espécie, em m2/ha;

Gi = área basal da i-ésima espécie, em m2/ha;

a = área em hectares da unidade de amostragem ou da amostra;

DoRi = dominância relativa da i-ésima espécie, em percentagem;

p = número total de espécies amostradas.

O Índice do Valor de Importância, é obtido através da junção em uma única expressão, dos

estimadores relativos por espécie do número de indivíduos, área basal e distribuição dos indivíduos na área

amostrada, indicando a importância fitossociológica da espécie dentro do ecossistema florestal. Assim:

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IVI FR DR DoRi i i i ;

e

IVI % = DRi + DoRi + FRi

3

IVI i = índice do valor de importância para i-ésima espécie.

Os parâmetros dendrométricos utilizados foram número de indivíduos por hectare (Ni/ha), área

basal (G), fitomassa fresca acima do solo (P) e estoque de carbono (C).

Os parâmetros dendrométricos estimados foram: área basal (m2/ha), biomassa fresca acima do

nível do solo (t/ha). As estimativas desses parâmetros em função dos indivíduos por hectare.

A fórmula para o cálculo da estimativa de área basal é equivalente à dominância. Assim a área

basal da unidade de amostragem ou de uma amostra (fragmento) com n indivíduos é igual ao somatório

das dominâncias da i espécies amostradas. Ou, em termos de indivíduos:

g j = (

DAPj2) / 4

n

G= g j / a j=1

i= 1...n indivíduos;

g j = área basal do j-ésimo indivíduo amostrado em m²;

a = área (em hectares) da unidade de amostragem ou da amostra.

G = área basal dos j indivíduos de uma unidade de amostragem ou de uma amostra (fragmento) com n indivíduos,

em m²/ha;

DAP = diâmetro do fuste à altura de 1,3 m acima do solo.

Para estimar a fitomassa fresca acima do solo (P) utilizou-se dos modelos alométricos

desenvolvidos por Higuchi et al., (1997):

ln Pj = - 1,754 + 2,665 ln DAP R2a = 0,92 e Syx = 43

(5 DAP < 20 cm)

e

ln Pj = - 0,151 + 2,170 ln DAP R2a = 0,90 e Syx = 2035

( DAP = 20 cm).

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Portanto, as fórmulas para o cálculo das estimativas de fitomassa fresca acima do solo são as

seguintes:

Pj =e ( - 1,754 + 2,665 ln DAP) (5 DAP < 20 cm)

e

Pj = e (- 0,151 + 2,170 ln DAP) ( DAP = 20 cm);

n

P = Pj j=1

Onde:

ln = logaritmo natural;

e = base dos logaritmos naturais;

i = 1... n indivíduos

P j = peso fresco da fitomassa acima do nível do solo em kg para o indivíduo j;

P = fitomassa fresca acima do solo em kg da unidade de amostragem ou da amostra de n indivíduos; e

DAP = diâmetro do fuste à altura de 1,3 m acima do solo em cm.

Foram também estimados a fitomassa seca acima do solo, equivalente a 60% da fitomassa fresca

acima do solo e o quantidade de carbono, equivalendo a 50 % da fitomassa seca (peso seco), baseando-se

em determinações de Higuchi & Carvalho Jr. (1994), em trabalho realizado em floresta tropical úmida

densa de terra firme, na Estação Experimental de Silvicultura Tropical (EEST) do INPA, a 60 km ao norte

de Manaus.

Para estimar a diversidade florística dos fragmentos amostrados foi utilizado o índice de

diversidade de Shannon (H’) (Brower & Zar, 1984). O índice varia de 0 a 10, sendo que quanto maior H’

maior a diversidade florística da comunidade e tem a seguinte fórmula para seu cálculo:

H’= (N ln N - si=1 ni ln ni)/ N

em que:

H’= Índice de Diversidade de Shannon;

ni = número total de indivíduos amostrados da i-ésima espécie;

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N = número total de indivíduos amostrados;

s = número de espécies amostradas;

ln = logaritmo natural.

As comparações entre fragmentos quanto à riqueza de espécies e famílias foram realizadas por

meio de curvas de rarefação (Hurlbert, 1971). Pelo método de curva de rarefação é possível a comparação

entre diferentes amostras, com diferentes tamanhos, pelo estimativa do número esperado de espécies em

cada amostra quando as amostras são reduzidas a uma tamanho padrão, a um número padrão de indivíduos

amostrados. Assim a estimativa do número de espécies é função do número de indivíduos tirados

aleatoriamente da amostra, de acordo com expressão:

s

E(Sn) = [1-(N-Ni/n) / (N/n)] i=1

onde:

E(Sn) = número esperado de espécies para uma amostra de n indivíduos tomados ao acaso da amostra;

N = número total de indivíduos na amostra;

Ni = número de indivíduos da i-ésima espécie;

n = tamanho (número de indivíduos) da amostra padronizado.

As curvas de rarefação para os dez fragmentos amostrados foram feitas com auxilio do software

BioDiversit Professional (NHM & SAMS, 1997).

A similaridade quanto à composição florística entre fragmentos foi analisada utilizando-se o

índice quantitativo de Bray-Curtis entre grupos (Pielou, 1984) compondo uma matriz de similaridade,

aplincando-se daí a Análise de Cluster, classificando os grupos hierarquicamente aos pares. As análises

foram efetuadas utilizando do software BioDiversit Professional (NHM & SAMS, 1997) e os resultados

foram apresentados na forma de dendrograma de similaridade com valores porcentuais variando de 0 a

100.

Foram traçadas também curvas relacionando o esforço amostral (unidades de amostragem),

representado no eixo x, com o número de espécies amostradas, repreentadas no eixo y, considerando as

unidades de amostragem em dois grupos de fragmentos (grandes e pequenos), sendo referidas neste

trabalho sob a denominação de curva do coletor (Pielou, 1977).

Foram realizados também análises considerando a distribuição diamétrica ou estrutura diamétrica,

referindo-se à distribuição do número de indivíduos por hectare e área basal por hectare por classe

diamétrica para os dez fragmentos amostrados na zona urbana de Manaus.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Condições fitossanitárias e aspectos fisionômicos dos fragmentos

A seguir são descritas algumas observaçãoes realizadas em todos os fragmentos a respeito das

condições de fitossanidade e de aspectos da fisionomia relacionados à vegetação e à estruturas presentes

nos fragmentos.

Os fragmentos CAMPOS ELÍSEOS e NÚCLEO 23 apresentaram as piores condições

fitossanitárias observadas. A área do fragmento CAMPOS ELÍSEOS acompanha exatamente a margem do

igarapé que ele contém, como pode ser visto na figura 7, resultando num grande efeito de borda

intensificado pela presença das residências do condomínio. O fragmento tem quantidade muito elevada de

resíduos oriundos de atividades domésticas locais (do próprio condomínio), espalhados em quase toda sua

área. No fragmento NÚCLEO 23, também observou-se quantidade considerável de resíduos domésticos,

embora menos evidente que no CAMPOS ELÍSEOS. Os dois fragmentos possuem os igarapés que os

atravessam extremamente poluídos (odor e aspecto desagradáveis).

Outros fragmentos (PARQUE DO MINDU, SESI, CASTANHEIRAS e VILLAR CÂMARA)

apresentaram condições fitossanitárias ruins em porções marginais aos cursos d’água (Figura 15). No

fragmento CASTANHEIRAS em algumas regiões marginais ao igarapé presente encontrou-se buracos de

depósito de resíduos domésticos já abandonados. Em todos esses fragmentos os igarapés já chegam

poluídos de regiões exteriores a eles. Os efeitos da poluição dos igarapés ficam ainda mais pronunciados

em fragmentos que possuem áreas de floresta inundadas periodicamente, como o VILLAR CÃMARA.

Apresentaram condições fitossanitárias razoavelmente boas os fragmentos UFAM,

AEROPORTO, SESC e SAUIM. Nesses fragmentos a poluição dos cursos d’água se existente não estava

evidenciada (odor e aparência).

Entremeadas no fragmentos CAMPOS ELÍSEOS e NÚCLEO 23 encontram-se muitos indivíduos

de espécies agrícolas, plantados provavelmente pelos próprios moradores. No NÚCLEO 23 há porções do

fragmento com pouquíssimos espécimes arbóreos, dominadas por capim e pequenos arbustos. Nesse

fragmento também há porções com relevo bastante acidentado, com alguns locais apresentando processos

erosivos avançados.

Os fragmentos PARQUE DO MINDU, SESI e SAUIM possuem trilhas consolidadas em quase

toda sua extensão, de largura variável, para trânsito de pessoas (Figura 16). No SESI os piques feitos por

ocasião de levantamento topográfico recortaram demasiadamente a vegetação, estando ainda bastante

evidentes. Também nesse fragmento é comum observar-se clareiras abertas pela própria administração do

clube

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Figura 14. Aspecto de poluição de curso d’água no fragmento CASTANHEIRAS, na zona urbana de Manaus-AM.

Figura 15. Aspecto de trilha presente no fragmento SESI, zona urbana de Manaus-AM.

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com finalidades diversas como construção de espaços com fins recreativos e de lazer Nos fragmentos

PARQUE DO MINDU e SESI algumas estruturas com finalidades educacionais, recreativas e de lazer

foram construídas, como pontes, chapéus-de-palha, pequenas torres, marcos educativos etc.

A presença constante de pessoas no interior e bordaduras da área florestal é comum nos

fragmentos CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23, CASTANHEIRAS e VILLAR CÂMARA, nos quais o

acesso não é controlado de modo algum. Nos fragmentos PARQUE DO MINDU, UFAM, AEROPORTO,

SESI, SESC e SAUIM há controle de acesso a pessoas ao interior da área florestal, sendo que no SESC e,

principalmente, no AEROPORTO o acesso é rigorosamente controlado.

Os fragmentos UFAM, AEROPORTO, SESC e CASTANHEIRAS aprentaram fisionomia

vegetacional semelhante às Florestas de Terra-Firme da região, com sub-bosque denso e indivíduos

arbóreos em classes de diâmetro bem variadas (Figura 17). Nos fragmentos PARQUE DO MINDU e

VILLAR CÂMARA a vegetação apresentou-se com características semelhante aos fragmentos anteriores,

mas com um sub-bosque menos denso. Esses dois fragmentos apresentaram fisionomia de baixio,

ambiente da Floresta de Terra-Firme (Ribeiro et al., 1999), com muitas palmeiras de porte arbóreo e de

sub-bosque.

Nos fragmentos SESI e SAUIM a fisionomia da vegetação pode ser caracterizada pela presença

abundante em muitas porções desses fragmentos de indivíduos arbóreos de diâmetros do fuste reduzidos,

que dominam a paisagem, conforme pode ser visto na Figura 18. CAMPOS ELÍSEOS possui porções

consideráveis de sua área dominadas por buritis (Mauritia flexuosa) e um sub-bosque pouco significativo.

O fragmento NÚCLEO 23 tem em algumas partes de sua área uma fisionomia semelhante aos fragmentos

UFAM, AEROPORTO, SESC e CASTANHEIRAS; no entanto a que predomina é caracterizada por uma

vegetação pouco densa e um sub-bosque bastante pobre.

5.2. Composição florística e parâmetros estruturais

Ao todo foram contabilizados na amostragem dos fragmentos 3609 indivíduos com DAP = 10 cm.

Foram registradas 256 espécies e 51 famílias botânicas em 12 hectares amostrados (48 unidades de

amostragem de 0,25 ha). O Índice de Shannon calculado com os 10 fragmentos amostrados foi de 4,53.

No fragmento 1, PARQUE DO MINDU, em 0,75 ha amostrado, foram encontrados 259

indivíduos, distribuídos em 64 espécies e 29 famílias botânicas. As famílias mais importantes foram

Arecaceae, Euphorbiaceae e Anacardiaceae, com 140 indivíduos, representando pouco mais de 40% do

IVI total. Oito famílias contiveram apenas um indivíduo cada e podem ser consideradas raras no

fragmento. A figura 15 apresenta as dez famílias mais importantes segundo o IVI relativo, juntamente com

o número de indivíduos amostrados para essas famílias.

Page 44:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Figura 16. Aspecto da fisionomia da vegetação em área do fragmento SESI, na zona urbana de Manaus-AM.

Figura 17. Aspecto da fisionomia da vegetação do fragmento AEROPORTO, na zona urbana de Manaus-AM

Page 45:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

ArecaceaeEuphorbiaceae

SapotaceaeMimosaceae

AnacardiaceaeClusiaceae

MyristicaceaeMyrtaceae

FabaceaeBombacaceae

AraliaceaeFlacourtiaceae

VerbenaceaeLecythidaceae

Caesalpinaceae

fam

ília

s

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

número de indivíduos

IVI %

Figura 18. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com o número de indivíduos amostrados por família no fragmento PARQUE DO MINDU,

Manaus-AM.

Destacaram-se as espécies seringarana, buriti, açaí, tucumã e apuí abrangendo, aproximadamente,

37% dos indivíduos amostrados, com um IVI somado de 28%. Oito espécies de Arecaceae foram

encontradas na amostragem, somando 75 indivíduos e participando em cerca de 22% do IVI total.

Apareceram com apenas um indivíduo 29 espécies, representando mais da metade das espécies

amostradas. Na tabela 2 são apresentadas as estimativas dos parâmetros fitossociológicos utilizados neste

trabalho para as espécies encontradas no Parque do Mindu.

Page 46:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 2. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento (1) PARQUE DO MINDU, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Família ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Seringarana Euphorbiaceae 33 66.67 2.63 44.00 12.74 1.52 10.63 26.00 8.67 2 Buriti Arecaceae 10 33.33 1.32 13.33 3.86 1.82 12.74 17.92 5.97 3 Açaí Arecaceae 27 66.67 2.63 36.00 10.42 0.59 4.13 17.18 5.73 4 Tucumã Arecaceae 15 33.33 1.32 20.00 5.79 0.74 5.20 12.30 4.10 5 Apuí Clusiaceae 12 66.67 2.63 16.00 4.63 0.56 3.91 11.18 3.73 6 Seringa vermelha Euphorbiaceae 9 66.67 2.63 12.00 3.47 0.36 2.48 8.59 2.86 7 Pau pombo Anacardiaceae 11 66.67 2.63 14.67 4.25 0.22 1.54 8.42 2.81 8 Morototó Araliaceae 8 66.67 2.63 10.67 3.09 0.30 2.13 7.85 2.62 9 Taperebá Anacardiaceae 5 66.67 2.63 6.67 1.93 0.45 3.18 7.74 2.58 10 Limãozinho Flacourtiaceae 10 33.33 1.32 13.33 3.86 0.37 2.56 7.74 2.58 11 Tarumã branco Verbenaceae 4 33.33 1.32 5.33 1.54 0.67 4.67 7.53 2.51 12 Patauá Arecaceae 10 33.33 1.32 13.33 3.86 0.33 2.30 7.48 2.49 13 Ingá xixica Mimosaceae 4 66.67 2.63 5.33 1.54 0.37 2.61 6.78 2.26 14 Cardeiro Bombacaceae 3 66.67 2.63 4.00 1.16 0.43 2.98 6.77 2.26 15 Ucuuba branca Myristicaceae 7 33.33 1.32 9.33 2.70 0.37 2.60 6.62 2.21 16 Sapota Sapotaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.67 4.69 6.39 2.13 17 Urucurana Elaeocarpaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.51 3.59 5.29 1.76 18 Marupá Simaroubaceae 6 33.33 1.32 8.00 2.32 0.22 1.55 5.18 1.73 19 Tauari Lecythidaceae 4 66.67 2.63 5.33 1.54 0.08 0.56 4.74 1.58 20 Buritirana Arecaceae 6 33.33 1.32 8.00 2.32 0.12 0.86 4.49 1.50 21 Jatobá Caesalpinaceae 3 33.33 1.32 4.00 1.16 0.28 1.97 4.44 1.48 22 Abiurana bacuri Sapotaceae 5 33.33 1.32 6.67 1.93 0.16 1.14 4.39 1.46 23 Fava benguê Mimosaceae 2 66.67 2.63 2.67 0.77 0.07 0.50 3.91 1.30 24 Pachiubinha Arecaceae 5 33.33 1.32 6.67 1.93 0.08 0.59 3.83 1.28 25 Louro preto Lauraceae 2 66.67 2.63 2.67 0.77 0.05 0.35 3.76 1.25 26 Castanhola Combretaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.28 1.98 3.68 1.23 27 Azeitona Myrtaceae 2 33.33 1.32 2.67 0.77 0.22 1.57 3.66 1.22 28 Coração de negro Fabaceae 2 33.33 1.32 2.67 0.77 0.22 1.53 3.62 1.21 29 Abiurana Sapotaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.26 1.83 3.53 1.18 30 Ucuquirana Sapotaceae 2 33.33 1.32 2.67 0.77 0.19 1.31 3.40 1.13 31 Ingá vermelho Mimosaceae 3 33.33 1.32 4.00 1.16 0.09 0.66 3.13 1.04 32 Breu vermelho Burseraceae 3 33.33 1.32 4.00 1.16 0.08 0.57 3.05 1.02 33 Andiroba Meliaceae 2 33.33 1.32 2.67 0.77 0.12 0.81 2.90 0.97 34 Sucuúba Apocynaceae 3 33.33 1.32 4.00 1.16 0.06 0.39 2.86 0.95 35 Munguba Bombacaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.16 1.13 2.83 0.94 36 Taquari branco Euphorbiaceae 3 33.33 1.32 4.00 1.16 0.04 0.28 2.76 0.92 37 Araçá bravo Myrtaceae 3 33.33 1.32 4.00 1.16 0.04 0.27 2.75 0.92 38 Mirindiba Euphorbiaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.14 1.00 2.70 0.90 39 Fava camuzé Mimosaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.10 0.73 2.43 0.81 40 Tento azul Fabaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.10 0.73 2.43 0.81 41 Cumaru roxo Fabaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.10 0.69 2.40 0.80 42 Murta Myrtaceae 2 33.33 1.32 2.67 0.77 0.04 0.29 2.38 0.79 43 Ucuuba punã Myristicaceae 2 33.33 1.32 2.67 0.77 0.04 0.28 2.37 0.79 44 Supiarana Euphorbiaceae 2 33.33 1.32 2.67 0.77 0.03 0.18 2.27 0.76 45 Casca doce Sapotaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.08 0.53 2.24 0.75 46 Breu Burseraceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.07 0.50 2.20 0.73 47 Tinteira Melastomataceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.07 0.50 2.20 0.73 48 Abiurana roxa Sapotaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.04 0.29 1.99 0.66 49 Uxirana Humiraceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.04 0.29 1.99 0.66 50 Envira bobó Annonaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.04 0.28 1.98 0.66 51 Ucuuba Myristicaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.04 0.26 1.97 0.66 52 Fava folha fina Mimosaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.03 0.22 1.93 0.64 53 Embaubarana Cecropiaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.03 0.19 1.89 0.63 54 Mata mata amarelo Lecythidaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.03 0.18 1.88 0.63 55 Envira surucucu Annonaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.02 0.16 1.87 0.62 56 Jambo Myrtaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.02 0.12 1.83 0.61

Continua....

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Tabela 2, Cont.

57 Breu de leite Anacardiaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.02 0.12 1.82 0.61 58 Pitomba da mata Sapindaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.02 0.11 1.82 0.61 59 Paxiúba Arecaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.02 0.11 1.81 0.60 60 Sucupira preta Fabaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.02 0.11 1.81 0.60 61 Muirapiranga folha miúda Caesalpinaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.01 0.09 1.79 0.60 62 Cacau Sterculiaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.01 0.08 1.78 0.59 63 Muiratinga Moraceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.01 0.08 1.78 0.59 64 Pupunha brava Arecaceae 1 33.33 1.32 1.33 0.39 0.01 0.07 1.78 0.59

TOTAL 259.0 2533.3 100.0 345.3 100.0 14.3 100.0 300.0 100.0

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No fragmento 2, UFAM, relativo ao Campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM),

foram alocadas 12 unidades de amostragem, num total de 3 hectares amostrados, divididas em três sítios

com quatro unidades cada. Foram contabilizados 923 indivíduos agrupados em 130 espécies e 42 famílias

botânicas. As famílias que mais se destacaram foram Arecaceae, Lecythidaceae, Melastomataceae,

Moraceae, Mimosaceae, Annonaceae, Lauraceae e Euphorbiaceae somando mais de 53% do IVI total.

Estiveram presentes na amostragem com apenas um indivíduo as famílias Combretaceae, Dichapetalaceae,

Erythroxylaceae, Rubiaceae, Sterculiaceae e Ulmaceae. Na figura 16 estão apresentadas as quinze

famílias botânicas de maior destaque (IVI) no fragmento UFAM com o número de indivíduos referentes a

cada uma.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

ArecaceaeLecythidaceae

MelastomataceaeMoraceae

MimosaceaeAnnonaceae

LauraceaeEuphorbiaceae

BurseraceaeMyristicaceae

FabaceaeAnacardiaceae

CaesalpiniaceaeMeliaceae

Sapotaceae

fam

ília

s

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de individuos

IVI % número de indivíduos

Figura 19. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento UFAM, Manaus-AM.

Na tabela 3 estão listadas as espécies encontradas na UFAM com suas as estimativas de

parâmetros populacionais densidade, frequência e dominância. As espécies que apresentaram maior

importância em relação aos parâmetros de estrutura horizontal foram a bacaba, o matamatá amarelo, o

inajá, o breu-vermelho e a muiratinga representando 23% do IVI total (cerca de 31,7% do número de

indivíduos amostrados). A bacaba destacou-se principalmente em relação à freqüência amostral e à

densidade, enquanto que o matamatá-amarelo destacou-se em relação à sua área basal específica total

(0,91 m²/ha). Com dominâncias consideráveis também aparecem o breu-vermelho, a muiratinga e o inajá.

Com um indivíduo apenas apareceram 46 espécies, cerca de 35% do total de espécies amostrado.

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Tabela 3. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo, respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em 3,0

hectares amostrados no fragmento (2) UFAM, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Família ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Bacaba Arecaceae 98 91.67 2.96 32.67 10.62 0.60 4.92 18.50 6.17 2 Mata mata amarelo Lecythidaceae 55 58.33 1.89 18.33 5.96 0.91 7.44 15.29 5.10 3 Inajá Arecaceae 60 75.00 2.43 20.00 6.50 0.51 4.17 13.10 4.37 4 Breu vermelho Burseraceae 37 91.67 2.96 12.33 4.01 0.61 4.96 11.93 3.98 5 Muiratinga Moraceae 43 66.67 2.16 14.33 4.66 0.56 4.58 11.40 3.80 6 Ingá vermelho Mimosaceae 33 75.00 2.43 11.00 3.58 0.32 2.62 8.62 2.87 7 Buxuxu canela de velho Melastomataceae 35 66.67 2.16 11.67 3.79 0.29 2.32 8.27 2.76 8 Tinteira Melastomataceae 28 66.67 2.16 9.33 3.03 0.37 3.01 8.20 2.73 9 Envira fofa Annonaceae 28 75.00 2.43 9.33 3.03 0.25 2.08 7.54 2.51 10 Jitó vermelho Meliaceae 34 50.00 1.62 11.33 3.68 0.23 1.88 7.18 2.39 11 Dima Euphorbiaceae 23 50.00 1.62 7.67 2.49 0.29 2.35 6.45 2.15 12 Pau pombo Anacardiaceae 16 66.67 2.16 5.33 1.73 0.25 2.01 5.90 1.97 13 Embaubarana Cecropiaceae 16 75.00 2.43 5.33 1.73 0.14 1.11 5.27 1.76 14 Caroba Bignoniaceae 17 25.00 0.81 5.67 1.84 0.21 1.70 4.35 1.45 15 Araçá bravo Myrtaceae 14 66.67 2.16 4.67 1.52 0.08 0.66 4.33 1.44 16 Castanha jacaré Lecythidaceae 6 25.00 0.81 2.00 0.65 0.31 2.50 3.96 1.32 17 Piabinha Flacourtiaceae 14 50.00 1.62 4.67 1.52 0.08 0.62 3.75 1.25 18 Anil Melastomataceae 11 41.67 1.35 3.67 1.19 0.15 1.21 3.74 1.25 19 Abiurana Sapotaceae 9 25.00 0.81 3.00 0.98 0.23 1.89 3.67 1.22 20 Cupiúba Celastraceae 16 33.33 1.08 5.33 1.73 0.08 0.67 3.48 1.16 21 Castanha de galinha Lecythidaceae 4 66.67 2.16 1.33 0.43 0.11 0.88 3.47 1.16 22 Louro preto Lauraceae 6 50.00 1.62 2.00 0.65 0.15 1.19 3.46 1.15 23 Jenipapinho Caesalpiniaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.38 3.07 3.45 1.15 24 Envira surucucu Annonaceae 11 50.00 1.62 3.67 1.19 0.08 0.63 3.44 1.15 25 Urucurana Elaeocarpaceae 6 50.00 1.62 2.00 0.65 0.12 1.02 3.28 1.09 26 Murta Myrtaceae 14 33.33 1.08 4.67 1.52 0.08 0.62 3.21 1.07 27 Cardeiro Bombacaceae 9 16.67 0.54 3.00 0.98 0.19 1.55 3.07 1.02 28 Ucuuba preta Myristicaceae 9 50.00 1.62 3.00 0.98 0.05 0.40 2.99 1.00 29 Ucuuba branca Myristicaceae 8 41.67 1.35 2.67 0.87 0.09 0.73 2.95 0.98 30 Ucuuba punã Myristicaceae 9 41.67 1.35 3.00 0.98 0.07 0.57 2.90 0.97 31 Muirajibóia preta Fabaceae 8 25.00 0.81 2.67 0.87 0.15 1.21 2.88 0.96 32 Louro aritu Lauraceae 7 33.33 1.08 2.33 0.76 0.12 0.95 2.79 0.93 33 Uxirana Humiraceae 9 41.67 1.35 3.00 0.98 0.05 0.42 2.74 0.91 34 Louro seda Lauraceae 5 25.00 0.81 1.67 0.54 0.16 1.33 2.68 0.89 35 Quaruba Vermelha Vochysiaceae 8 25.00 0.81 2.67 0.87 0.12 0.98 2.65 0.88 36 Breu de leite Anacardiaceae 7 41.67 1.35 2.33 0.76 0.06 0.46 2.57 0.86 37 Envira bobó Annonaceae 1 66.67 2.16 0.33 0.11 0.02 0.14 2.41 0.80 38 Arabá vermelho Fabaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.25 2.02 2.40 0.80 39 Goiaba de anta Melastomataceae 7 33.33 1.08 2.33 0.76 0.07 0.55 2.38 0.79 40 Ucuuba vermelha Myristicaceae 6 41.67 1.35 2.00 0.65 0.05 0.37 2.37 0.79 41 Mirindiba Euphorbiaceae 5 25.00 0.81 1.67 0.54 0.12 0.95 2.30 0.77 42 Sucupira preta Fabaceae 5 25.00 0.81 1.67 0.54 0.11 0.87 2.22 0.74 43 Macucu chiador Chrysobalanaceae 5 33.33 1.08 1.67 0.54 0.07 0.58 2.20 0.73 44 Amapá roxo Moraceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.17 1.42 2.18 0.73 45 Fava amarela Mimosaceae 5 33.33 1.08 1.67 0.54 0.05 0.40 2.02 0.67 46 Louro pirarucu Lauraceae 4 8.33 0.27 1.33 0.43 0.16 1.30 2.00 0.67 47 Inharé Moraceae 5 25.00 0.81 1.67 0.54 0.08 0.63 1.98 0.66 48 Tucumã Arecaceae 7 16.67 0.54 2.33 0.76 0.08 0.65 1.94 0.65 49 Cajuí folha grande Anacardiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.19 1.53 1.91 0.64 50 Seringarana Euphorbiaceae 5 8.33 0.27 1.67 0.54 0.12 1.01 1.82 0.61 51 Abiurana fedorenta Sapotaceae 7 8.33 0.27 2.33 0.76 0.09 0.76 1.79 0.60 52 Cacauí Sterculiaceae 5 33.33 1.08 1.67 0.54 0.02 0.15 1.77 0.59 53 Patauá Arecaceae 7 16.67 0.54 2.33 0.76 0.05 0.45 1.74 0.58 54 Tachi preto Caesalpiniaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.12 0.94 1.70 0.57 55 Amapá doce Moraceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.16 1.30 1.68 0.56 56 Acariquara roxa Sapotaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.11 0.87 1.62 0.54

continua ...

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Tabela 3, Cont.

57 Pau rainha Moraceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.10 0.83 1.58 0.53 58 João mole Nyctaginaceae 4 25.00 0.81 1.33 0.43 0.04 0.33 1.57 0.52 59 Pajurazinho Chrysobalanaceae 4 16.67 0.54 1.33 0.43 0.07 0.54 1.51 0.50 60 Marupá Simaroubaceae 3 16.67 0.54 1.00 0.33 0.08 0.62 1.49 0.50 61 Bacuri Clusiaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.08 0.65 1.40 0.47 62 Caraiperana Chrysobalanaceae 4 25.00 0.81 1.33 0.43 0.02 0.13 1.37 0.46 63 Branquinha Violaceae 4 25.00 0.81 1.33 0.43 0.01 0.10 1.34 0.45 64 Ingá peluda Mimosaceae 3 25.00 0.81 1.00 0.33 0.02 0.15 1.28 0.43 65 Ripeiro branco Lecythidaceae 3 16.67 0.54 1.00 0.33 0.05 0.38 1.24 0.41 66 Louro ferro Lauraceae 2 8.33 0.27 0.67 0.22 0.09 0.75 1.23 0.41 67 Angelim rajado Mimosaceae 3 16.67 0.54 1.00 0.33 0.04 0.33 1.20 0.40 68 Fava camuzé Mimosaceae 3 8.33 0.27 1.00 0.33 0.07 0.58 1.17 0.39 69 Seringa vermelha Euphorbiaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.04 0.34 1.10 0.37 70 Jitó branco Meliaceae 3 16.67 0.54 1.00 0.33 0.03 0.23 1.10 0.37 71 Mandioqueira preta Vochysiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.09 0.72 1.10 0.37 72 Tento Fabaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.04 0.31 1.07 0.36 73 Ucuuba Myristicaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.08 0.67 1.05 0.35 74 Goiaba de anta vermelha Melastomataceae 3 16.67 0.54 1.00 0.33 0.02 0.18 1.04 0.35 75 Embaúba benguê Cecropiaceae 3 16.67 0.54 1.00 0.33 0.02 0.17 1.04 0.35 76 Escorrega macaco Caesalpiniaceae 2 8.33 0.27 0.67 0.22 0.07 0.55 1.03 0.34 77 Piquiá marfim Apocynaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.03 0.22 0.98 0.33 78 Frejó Boraginaceae 3 16.67 0.54 1.00 0.33 0.01 0.10 0.97 0.32 79 Cumaru roxo Fabaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.02 0.18 0.94 0.31 80 Pitomba da mata Sapindaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.02 0.18 0.93 0.31 81 Ingarana Caesalpiniaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.02 0.15 0.90 0.30 82 Goiaba de anta branca Melastomataceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.02 0.13 0.88 0.29 83 Castanha jarana folha grande Lecythidaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.06 0.48 0.86 0.29 84 Muirapiranga folha grande Caesalpiniaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.01 0.08 0.84 0.28 85 Envira saraçará Annonaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.01 0.07 0.82 0.27 86 Tachi vermelho Caesalpiniaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.01 0.06 0.82 0.27 87 Uxi de morcego Ochnaceae 2 16.67 0.54 0.67 0.22 0.01 0.05 0.81 0.27 88 Tapura Dichapetalaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.05 0.41 0.79 0.26 89 Muirajibóia amarela Fabaceae 2 8.33 0.27 0.67 0.22 0.03 0.27 0.75 0.25 90 Murici Malpighiaceae 3 8.33 0.27 1.00 0.33 0.02 0.15 0.75 0.25 91 Sucupira amarela Fabaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.04 0.36 0.74 0.25 92 Arabá roxo Fabaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.04 0.34 0.72 0.24 93 Caraipé Chrysobalanaceae 3 8.33 0.27 1.00 0.33 0.01 0.11 0.70 0.23 94 Castanha jarana Lecythidaceae 1 16.67 0.54 0.33 0.11 0.00 0.04 0.68 0.23 95 Leiteira Moraceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.04 0.29 0.67 0.22 96 Achichá Sterculiaceae 2 8.33 0.27 0.67 0.22 0.02 0.18 0.66 0.22 97 Ingá ferro Mimosaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.02 0.20 0.58 0.19 98 Muiracatiara Anacardiaceae 2 8.33 0.27 0.67 0.22 0.01 0.05 0.54 0.18 99 Tanimbuca Combretaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.02 0.14 0.52 0.17 100 Louro amarelo Lauraceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.02 0.12 0.50 0.17 101 Amapá amarelo Sterculiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.11 0.49 0.16 102 Sorvão Apocynaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.09 0.47 0.16 103 Fava folha fina Mimosaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.08 0.46 0.15 104 Papo de mutu Quiinaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.08 0.46 0.15 105 Ingá jibóia amarelo Mimosaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.08 0.45 0.15 106 Pimenta de nambu Erythroxylaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.07 0.45 0.15 107 Taboquinha Rubiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.07 0.45 0.15 108 Louro branco Lauraceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.06 0.44 0.15 109 Macucu fofo Chrysobalanaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.06 0.44 0.15 110 Lacre vermelho Clusiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.06 0.44 0.15 111 Louro chumbo Lauraceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.06 0.44 0.15 112 Supiá Euphorbiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.05 0.43 0.14 113 Abiurana roxa Sapotaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.04 0.42 0.14 114 Ingá xixica Mimosaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.04 0.42 0.14 115 Sucuúba Apocynaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.01 0.04 0.42 0.14 116 Limãozinho Flacourtiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.04 0.42 0.14 117 Louro fofo Lauraceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.04 0.42 0.14 118 Abiurana abiu Sapotaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.04 0.41 0.14 119 Amarelinha Euphorbiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.04 0.41 0.14

Continua...

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Tabela 3, Cont.

120 Bacuri jacaré Clusiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.04 0.41 0.14 121 Envira preta Annonaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.41 0.14 122 Sucupira vermelha Fabaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.41 0.14 123 Breu manga Burseraceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.41 0.14 124 Mandioqueira lisa Vochysiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.41 0.14 125 Murici da mata Malpighiaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.41 0.14 126 Moela de Mutum Quiinaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.41 0.14 127 Mucurão Violaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.41 0.14 128 Coruminzeiro Ulmaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.40 0.13 129 Ripeiro vermelho Lecythidaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.03 0.40 0.13 130 Pupunha brava Arecaceae 1 8.33 0.27 0.33 0.11 0.00 0.02 0.40 0.13

TOTAL 923 3091.7 100.00 307.7 100.00 12.27 100.00 300.00 100.00

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No fragmento 3, CAMPOS ELÍSEOS, em 0,75 hectare amostrado, foram encontrados 146

indivíduos, divididos em 45 espécies e 24 famílias botânicas. A família com maior importância

fitossociológica foi Arecaceae com 62 indivíduos (42%), correspondendo a 39% do IVI. Destacaram-se

também as famílias Myristicaceae, Mimosaceae, Euphorbiaceae, Moraceae e Lecyhidaceae

correspondendo aproximadamente a 75 % do total de indivíduos amostrados e 71% do IVI. Contiveram

apenas um indivíduo 9 famílias (Burseraceae, Lauraceae, Malpighiaceae, Monimiaceae, Myrtaceae,

Sapotaceae, Sterculiaceae, Violaceae e Vochysiaceae) somando aproximadamente 38% do número total

de famílias. A figura 17 mostra as quinze famílias mais importantes e o número de indivíduos

encontrados para cada uma.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

ArecaceaeMyristicaceae

MimosaceaeEuphorbiaceae

MoraceaeLecythidaceaeBombacaceae

ChrysolbalanacCecropiaceae

CombretaceaeClusiaceaeAraliaceae

CaesalpiniaceaeBignoniaceaeVochysiaceae

fam

ília

s

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

IVI % número de indivíduos

Figura 20. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento CAMPOS ELÍSEOS,

Manaus-AM.

O buriti, o açaí, a ucuuba branca e o cardeiro foram as espécies que mais se destacaram

correspondendo a mais de 38% do IVI total, com cerca de 45 % do número de indivíduos total. Dentre

essas o buriti alcançou 22% do total de indivíduos, com um IVI específico de, aproximadamente, 25%.

Somente o buriti foi responsável por quase 50% da dominância. Apareceram com um único indivíduo 24

espécies, mais da metade das espécies amostradas. A tabela 4 mostra estimativas dos parâmetros

fitossociológicos para as espécies encontradas no CAMPOS ELÍSEOS.

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Tabela 4. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento (3) CAMPOS ELÍSEOS, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Famílias ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Buriti Arecaceae 33 100.00 5.00 44.00 22.60 5.14 49.28 76.88 25.63 2 Açaí Arecaceae 21 100.00 5.00 28.00 14.38 0.42 4.00 23.38 7.79 3 Ucuuba branca Myristicaceae 9 100.00 5.00 12.00 6.16 0.57 5.42 16.58 5.53 4 Cardeiro Bombacaceae 4 66.67 3.33 5.33 2.74 0.46 4.41 10.49 3.50 5 Pajurazinho Chrysobalanaceae 5 66.67 3.33 6.67 3.42 0.30 2.83 9.59 3.20 6 Ingá vermelho Mimosaceae 5 66.67 3.33 6.67 3.42 0.27 2.58 9.34 3.11 7 Embaubarana Cecropiaceae 4 66.67 3.33 5.33 2.74 0.19 1.86 7.93 2.64 8 Muiratinga Moraceae 4 66.67 3.33 5.33 2.74 0.10 0.97 7.04 2.35 9 Dima Euphorbiaceae 5 33.33 1.67 6.67 3.42 0.19 1.80 6.89 2.30 10 Bacaba Arecaceae 3 66.67 3.33 4.00 2.05 0.10 0.98 6.37 2.12 11 Apuí Clusiaceae 3 66.67 3.33 4.00 2.05 0.09 0.85 6.24 2.08 12 Seringa vermelha Euphorbiaceae 3 33.33 1.67 4.00 2.05 0.24 2.32 6.04 2.01 13 Mata mata amarelo Lecythidaceae 4 33.33 1.67 5.33 2.74 0.16 1.54 5.95 1.98 14 Morototó Araliaceae 2 66.67 3.33 2.67 1.37 0.07 0.69 5.39 1.80 15 Muirapiranga folha grande Caesalpiniaceae 2 66.67 3.33 2.67 1.37 0.07 0.65 5.36 1.79 16 Caroba Bignoniaceae 3 33.33 1.67 4.00 2.05 0.14 1.34 5.06 1.69 17 Patauá Arecaceae 3 33.33 1.67 4.00 2.05 0.13 1.23 4.95 1.65 18 Ucuuba preta Myristicaceae 2 33.33 1.67 2.67 1.37 0.18 1.77 4.80 1.60 19 Tauari Lecythidaceae 2 33.33 1.67 2.67 1.37 0.17 1.64 4.67 1.56 20 Castanhola Combretaceae 3 33.33 1.67 4.00 2.05 0.08 0.74 4.46 1.49 21 Ingá de arara Mimosaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.21 2.03 4.38 1.46 22 Quaruba branca Vochysiaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.21 2.03 4.38 1.46 23 Arraieira branca Euphorbiaceae 2 33.33 1.67 2.67 1.37 0.11 1.08 4.11 1.37 24 Fava amarela Mimosaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.15 1.43 3.79 1.26 25 Murici da mata Malpighiaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.14 1.30 3.65 1.22 26 Fruta pão Moraceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.08 0.79 3.14 1.05 27 Ucuuba vermelha Myristicaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.05 0.51 2.86 0.95 28 Supiá Euphorbiaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.04 0.40 2.75 0.92 29 Louro seda Lauraceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.04 0.38 2.73 0.91 30 Capitiú folha grande Monimiaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.03 0.30 2.65 0.88 31 Breu vermelho Burseraceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.03 0.29 2.64 0.88 32 Mucurão Violaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.03 0.27 2.62 0.87 33 Inharé Moraceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.03 0.25 2.60 0.87 34 Fava folha fina Mimosaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.23 2.58 0.86 35 Abiurana bacuri Sapotaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.21 2.56 0.85 36 Pau rainha Moraceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.20 2.55 0.85 37 Pupunha brava Arecaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.20 2.55 0.85 38 Pachiubinha Arecaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.18 2.53 0.84 39 Tanimbuca Combretaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.17 2.52 0.84 40 Ucuuba punã Myristicaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.17 2.52 0.84 41 Ingá copaíba Mimosaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.15 2.51 0.84 42 Pau pombo Anacardiaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.02 0.14 2.50 0.83 43 Amapá roxo Moraceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.01 0.13 2.48 0.83 44 Cupuaçu Sterculiaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.01 0.13 2.48 0.83 45 Araçá bravo Myrtaceae 1 33.33 1.67 1.33 0.68 0.01 0.12 2.47 0.82

TOTAL 146 2000 100 194.7 100 10.43 100 300 100

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No fragmento 4, NÚCLEO 23, foi amostrado 0,75 ha onde foram encontrados 127 indivíduos, 34

espécies e 24 famílias botânicas. A família mais importante foi Clusiaceae com 40 indivíduos

representando 22,6 % do IVI total seguida das familias Euphorbiaceae, Arecaceae, Myristicaceae e

Moraceae perfazendo 94 indivíduos (74% do total) e representando 60,41 do IVI total. Dez famílias

(Caesalpinaceae, Cecropiaceae, Chrysobalanaceae, Flacourtiaceae, Lecythidaceae, Malpighiaceae,

Mimosaceae, Myrtaceae, Sapotaceae e Tiliaceae), cerca de 42% do número total de famílias, apresentaram

apenas um individuo cada. Na figura 18 constam as quinze famílias mais importantes com o número de

indivíduos para cada uma.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

ClusiaceaeEuphorbiaceae

ArecaceaeMyristicaceae

MoraceaeVerbenaceae

LauraceaeAnnonaceae

AnacardiaceaeDichapetalaceaeElaeocarpaceae

BombacaceaeChrysolbalanaceae

CelastraceaeBurseraceae

fam

ília

s

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

IVI % número de indivíduos

Figura 21. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento NÚCLEO 23, Manaus-AM.

As espécies mais importantes foram: apuí, ucuuba branca, seringarana, tarumã, patauá e açaí que

somaram juntas 79 indivíduos (62% do total) representando mais de 45 % do IVI total. O apuí foi a que

mais de se destacou com quase 20% de participação no IVI total, com 36 indivíduos amostrados (~28% do

total). Das 34 espécies encontradas quase metade delas (16) conteve apenas um indivíduo. Na tabela 5

estão listadas as espécies encontrados no fragmento NÚCLEO 23 com as estimativas de parâmetros

fitossociológicos, números de indivíduos e famílias botânicas.

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Tabela 5. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrados no fragmento (4) NÚCLEO 23, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Famílias ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Apuí Clusiaceae 36.00 100.00 7.50 48.00 28.35 1.37 23.52 59.37 19.79 2 Ucuuba branca Myristicaceae 20.00 33.33 2.50 26.67 15.75 0.57 9.74 27.98 9.33 3 Seringarana Euphorbiaceae 8.00 66.67 5.00 10.67 6.30 0.24 4.16 15.45 5.15 4 Tarumã Verbenaceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.44 7.60 11.68 3.89 5 Patauá Arecaceae 6.00 33.33 2.50 8.00 4.72 0.24 4.20 11.42 3.81 6 Açaí Arecaceae 7.00 33.33 2.50 9.33 5.51 0.17 2.89 10.90 3.63 7 Mirindiba Euphorbiaceae 3.00 66.67 5.00 4.00 2.36 0.20 3.50 10.86 3.62 8 Envira fofa Annonaceae 6.00 33.33 2.50 8.00 4.72 0.17 2.96 10.18 3.39 9 Lacre vermelho Clusiaceae 4.00 66.67 5.00 5.33 3.15 0.06 0.96 9.11 3.04 10 Mangueira Anacardiaceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.26 4.41 8.48 2.83 11 Tapura Dichapetalaceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.25 4.28 8.35 2.78 12 Louro preto Lauraceae 2.00 66.67 5.00 2.67 1.57 0.06 1.09 7.66 2.55 13 Seringa vermelha Euphorbiaceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.20 3.35 7.43 2.48 14 Urucurana Elaeocarpaceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.16 2.78 6.85 2.28 15 Cardeiro Bombacaceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.16 2.67 6.75 2.25 16 Leiteira Moraceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.19 3.33 6.61 2.20 17 Macucu chiador Chrysobalanaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.18 3.02 6.31 2.10 18 Buriti Arecaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.17 2.88 6.17 2.06 19 Pachiubinha Arecaceae 3.00 33.33 2.50 4.00 2.36 0.04 0.66 5.52 1.84 20 Cupiúba Celastraceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.07 1.22 5.29 1.76 21 Breu vermelho Burseraceae 2.00 33.33 2.50 2.67 1.57 0.07 1.17 5.25 1.75 22 Inharé Moraceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.11 1.96 5.25 1.75 23 Tauari Lecythidaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.09 1.62 4.91 1.64 24 Embaubarana Cecropiaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.09 1.46 4.75 1.58 25 Abiurana Sapotaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.07 1.12 4.41 1.47 26 Ingá branco Mimosaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.04 0.72 4.01 1.34 27 Ingarana Caesalpiniaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.03 0.52 3.81 1.27 28 Muiratinga Moraceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.03 0.46 3.75 1.25 29 Supiá Euphorbiaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.02 0.40 3.69 1.23 30 Araçá bravo Myrtaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.02 0.34 3.63 1.21 31 Envira pente de macaco Tiliaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.02 0.34 3.63 1.21 32 Piabinha Flacourtiaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.02 0.26 3.55 1.18 33 Murici da mata Malpighiaceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.01 0.24 3.53 1.18 34 Louro vermelho Lauraceae 1.00 33.33 2.50 1.33 0.79 0.01 0.19 3.47 1.16

TOTAL 127.00 1333.3 100.00 169.3 100.00 5.82 100.00 300.00 100.00

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No fragmento 5, AEROPORTO, foram locadas 12 unidades de amostragem de 0,25 ha, em três

sítios de amostragem, num total de 3 hectares. Foram contabilizados 982 indivíduos, 172 espécies e 47

famílias botânicas. As famílias mais importantes foram Burseraceae (139 indivíduos, 9,7 % do IVI),

Lecythidaceae, Sapotaceae, Arecaceae, Moraceae e Chrysobalanaceae que somaram 453 indivíduos, com

IVI parcial de 42,4%. Cinco famílias (Anisophyllaceae, Boraginaceae, Duckeodendraceae, Memecylaceae

e Monimiaceae) contiveram apenas um indivíduo. A figura 19 mostra as quinze famílias com maior

relevância em relação ao IVI contrastando com o número de indivíduos de cada uma.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

BurseraceaeLecythidaceae

SapotaceaeArecaceaeMoraceae

ChrysolbalanaAnnonaceaeMimosaceae

EuphorbiaceaeMelastomatac

FabaceaeMyristicaceae

LauraceaeOpiliaceae

Humiraceae

fam

ília

s

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

IVI % número de indivíduos

Figura 22. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento AEROPORTO, Manaus-AM.

As espécies que tiveram maior importância fitossociológica são também pertencentes às famílias

mais representativas; dentro delas, o breu-vermelho, da família Burseraceae, com 120 indivíduos, bacaba,

família Arecaceae, matamatá amarelo, família Lecythidaceae, muiratinga, família Moraceae, ripeiro

vermelho, também Lecythidaceae e dima, família Euphorbiaceae. Cerca de 34% das espécies amostradas

tiveram apenas um indivíduo observado. Na tabela 6 encontram-se as espécies amostradas no fragmento

AEROPORTO com estimativas de parâmetros fitossociológicos relacionadas.

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Tabela 6. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo, respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em 3,0

hectares amostrados no fragmento (5) AEROPORTO, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Família ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Breu vermelho Burseraceae 120 100.00 2.49 40.00 12.22 1.07 7.39 22.10 7.37 2 Bacaba Arecaceae 72 83.33 2.07 24.00 7.33 0.45 3.13 12.54 4.18 3 Mata mata amarelo Lecythidaceae 33 100.00 2.49 11.00 3.36 0.57 3.97 9.82 3.27 4 Muiratinga Moraceae 41 75.00 1.87 13.67 4.18 0.30 2.06 8.10 2.70 5 Ripeiro vermelho Lecythidaceae 16 58.33 1.45 5.33 1.63 0.66 4.55 7.63 2.54 6 Dima Euphorbiaceae 30 66.67 1.66 10.00 3.05 0.35 2.41 7.12 2.37 7 Ingá vermelho Mimosaceae 21 83.33 2.07 7.00 2.14 0.42 2.88 7.09 2.36 8 Pajurazinho Chrysobalanaceae 10 58.33 1.45 3.33 1.02 0.58 4.02 6.49 2.16 9 Abiurana Sapotaceae 19 75.00 1.87 6.33 1.93 0.38 2.64 6.45 2.15 10 Envira fofa Annonaceae 24 58.33 1.45 8.00 2.44 0.33 2.26 6.15 2.05 11 Macucu chiador Chrysobalanaceae 17 75.00 1.87 5.67 1.73 0.31 2.16 5.76 1.92 12 Pau pombo Opiliaceae 18 58.33 1.45 6.00 1.83 0.26 1.81 5.09 1.70 13 Araçá bravo Myrtaceae 18 91.67 2.28 6.00 1.83 0.11 0.76 4.88 1.63 14 Cardeiro Bombacaceae 17 50.00 1.24 5.67 1.73 0.26 1.82 4.80 1.60 15 Buxuxu canela de velho Melastomataceae 18 66.67 1.66 6.00 1.83 0.18 1.24 4.73 1.58 16 Cupiúba Celastraceae 18 41.67 1.04 6.00 1.83 0.24 1.68 4.55 1.52 17 Goiaba de anta vermelha Melastomataceae 17 50.00 1.24 5.67 1.73 0.21 1.45 4.42 1.47 18 Envira bobó Annonaceae 15 58.33 1.45 5.00 1.53 0.18 1.24 4.22 1.41 19 Ucuuba vermelha Myristicaceae 17 50.00 1.24 5.67 1.73 0.14 0.95 3.93 1.31 20 Abiurana abiu Sapotaceae 6 33.33 0.83 2.00 0.61 0.27 1.85 3.29 1.10 21 Louro preto Lauraceae 10 50.00 1.24 3.33 1.02 0.15 1.02 3.28 1.09 22 Embaubarana Cecropiaceae 11 58.33 1.45 3.67 1.12 0.09 0.63 3.21 1.07 23 Inajá Arecaceae 11 33.33 0.83 3.67 1.12 0.17 1.19 3.14 1.05 24 Seringa vermelha Euphorbiaceae 5 33.33 0.83 1.67 0.51 0.26 1.77 3.11 1.04 25 Guariúba Moraceae 5 33.33 0.83 1.67 0.51 0.24 1.64 2.98 0.99 26 Tanimbuca Combretaceae 7 41.67 1.04 2.33 0.71 0.16 1.09 2.84 0.95 27 Uxirana Humiraceae 8 41.67 1.04 2.67 0.81 0.13 0.91 2.77 0.92 28 Marupá Simaroubaceae 8 33.33 0.83 2.67 0.81 0.15 1.03 2.67 0.89 29 Caroba Bignoniaceae 10 33.33 0.83 3.33 1.02 0.12 0.80 2.65 0.88 30 Caraipé Chrysobalanaceae 8 33.33 0.83 2.67 0.81 0.14 0.98 2.62 0.87 31 Buritirana Arecaceae 19 8.33 0.21 6.33 1.93 0.06 0.43 2.57 0.86 32 Uxi preto Humiraceae 6 33.33 0.83 2.00 0.61 0.16 1.09 2.53 0.84 33 Sucupira amarela Fabaceae 7 41.67 1.04 2.33 0.71 0.10 0.67 2.42 0.81 34 Piabinha Flacourtiaceae 8 41.67 1.04 2.67 0.81 0.08 0.55 2.40 0.80 35 Amapá doce Moraceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.25 1.73 2.35 0.78 36 Quaruba vermelha Vochysiaceae 7 41.67 1.04 2.33 0.71 0.08 0.58 2.33 0.78 37 Breu branco Burseraceae 7 50.00 1.24 2.33 0.71 0.05 0.33 2.29 0.76 38 Breu manga Burseraceae 4 33.33 0.83 1.33 0.41 0.15 1.01 2.25 0.75 39 Macucu murici Chrysobalanaceae 4 33.33 0.83 1.33 0.41 0.13 0.93 2.17 0.72 40 Envira taripucu Annonaceae 6 50.00 1.24 2.00 0.61 0.05 0.31 2.17 0.72 41 Castanha jacaré Lecythidaceae 5 25.00 0.62 1.67 0.51 0.15 1.04 2.17 0.72 42 Envira surucucu Annonaceae 9 25.00 0.62 3.00 0.92 0.09 0.60 2.14 0.71 43 Muirajibóia preta Fabaceae 6 41.67 1.04 2.00 0.61 0.06 0.44 2.09 0.70 44 Ripeiro branco Lecythidaceae 5 25.00 0.62 1.67 0.51 0.11 0.76 1.89 0.63 45 Jitó vermelho Meliaceae 5 41.67 1.04 1.67 0.51 0.04 0.27 1.82 0.61 46 Piquiá marfim Caryocaraceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.17 1.19 1.81 0.60 47 Urucurana Elaeocarpaceae 4 33.33 0.83 1.33 0.41 0.07 0.50 1.74 0.58 48 Abiurana sabiá Sapotaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.14 0.98 1.70 0.57 49 Leiteira Moraceae 3 8.33 0.21 1.00 0.31 0.17 1.19 1.70 0.57 50 Abiurana roxa Sapotaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.11 0.75 1.68 0.56 51 Louro gamela Lauraceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.15 1.05 1.67 0.56 52 Tauari Lecythidaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.10 0.72 1.65 0.55 53 Arabá vermelho Fabaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.14 1.00 1.62 0.54 54 Tachi vermelho Caesalpiniaceae 5 33.33 0.83 1.67 0.51 0.04 0.28 1.61 0.54 55 Pau marfim Opiliaceae 4 25.00 0.62 1.33 0.41 0.08 0.54 1.57 0.52 56 Pau rainha Moraceae 4 33.33 0.83 1.33 0.41 0.04 0.29 1.52 0.51

Continua...

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Tabela 6, Cont.

57 Ucuuba branca Myristicaceae 4 16.67 0.41 1.33 0.41 0.09 0.66 1.48 0.49 58 Anani Clusiaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.11 0.74 1.46 0.49 59 Tachi preto Caesalpiniaceae 4 25.00 0.62 1.33 0.41 0.06 0.42 1.45 0.48 60 Acariquara roxa Olacaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.16 1.10 1.41 0.47 61 Sucupira chorona Fabaceae 5 25.00 0.62 1.67 0.51 0.04 0.25 1.38 0.46 62 Angelim rajado Mimosaceae 4 25.00 0.62 1.33 0.41 0.05 0.34 1.37 0.46 63 Branquinha Violaceae 4 33.33 0.83 1.33 0.41 0.02 0.13 1.37 0.46 64 Tinteira Melastomataceae 4 25.00 0.62 1.33 0.41 0.05 0.32 1.35 0.45 65 Buxuxu folha serrilhada Melastomataceae 5 25.00 0.62 1.67 0.51 0.03 0.20 1.34 0.45 66 Seringarana Euphorbiaceae 4 25.00 0.62 1.33 0.41 0.04 0.30 1.33 0.44 67 Cumaru Fabaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.09 0.65 1.27 0.42 68 Anil Melastomataceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.05 0.31 1.24 0.41 69 Murici da mata Malpighiaceae 4 16.67 0.41 1.33 0.41 0.06 0.40 1.22 0.41 70 Pau canela Anisophylleaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.13 0.89 1.20 0.40 71 Ucuquirana Sapotaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.04 0.27 1.20 0.40 72 Fava vermelha Mimosaceae 4 25.00 0.62 1.33 0.41 0.02 0.14 1.17 0.39 73 Falsa rainha Moraceae 4 25.00 0.62 1.33 0.41 0.02 0.13 1.16 0.39 74 Urucurana cacau Tiliaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.06 0.42 1.14 0.38 75 Breu preto Burseraceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.03 0.21 1.13 0.38 76 Chiclete bravo Sapotaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.06 0.40 1.12 0.37 77 Ingarana Caesalpiniaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.02 0.17 1.10 0.37 78 Macucu fofo Fabaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.02 0.14 1.06 0.35 79 Abiurana casca fina Sapotaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.02 0.13 1.06 0.35 80 Abiurana olho de veado Sapotaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.11 0.74 1.05 0.35 81 Lacre vermelho Clusiaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.02 0.12 1.05 0.35 82 Ingá peluda Mimosaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.01 0.09 1.02 0.34 83 Jitó branco Meliaceae 3 25.00 0.62 1.00 0.31 0.01 0.09 1.02 0.34 84 Ingá ferro Mimosaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.04 0.29 1.01 0.34 85 Breu peludo Burseraceae 4 16.67 0.41 1.33 0.41 0.03 0.18 1.00 0.33 86 Fava pé de arara Mimosaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.05 0.38 1.00 0.33 87 Jaraí Sapotaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.04 0.27 0.99 0.33 88 Achichá Sterculiaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.04 0.25 0.86 0.29 89 Louro fofo Lauraceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.03 0.24 0.86 0.29 90 Mamãozinho Memecylaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.08 0.55 0.86 0.29 91 Envira preta Annonaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.02 0.11 0.83 0.28 92 Ucuuba preta Myristicaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.01 0.10 0.82 0.27 93 Pitomba da mata Sapindaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.01 0.08 0.80 0.27 94 Cacauí Sterculiaceae 3 16.67 0.41 1.00 0.31 0.01 0.07 0.79 0.26 95 Ingá de arara Mimosaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.02 0.16 0.78 0.26 96 Ucuuba Myristicaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.02 0.16 0.78 0.26 97 Amarelinha Euphorbiaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.02 0.14 0.76 0.25 98 Sapateiro Clusiaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.02 0.14 0.76 0.25 99 Ucuuba punã Myristicaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.02 0.12 0.74 0.25 100 Muiracatiara Anacardiaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.02 0.11 0.73 0.24 101 Sucuúba Apocynaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.10 0.72 0.24 102 Goiaba de anta branca Melastomataceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.09 0.71 0.24 103 Escorrega macaco Caesalpiniaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.06 0.40 0.71 0.24 104 Ingá branco Mimosaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.09 0.71 0.24 105 Taquari branco Euphorbiaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.08 0.69 0.23 106 Breu de leite Anacardiaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.07 0.69 0.23 107 Uxi de morcego Ochnaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.06 0.68 0.23 108 Sucupira vermelha Fabaceae 2 8.33 0.21 0.67 0.20 0.04 0.26 0.68 0.23 109 Pimenta de nambu Erythroxylaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.05 0.67 0.22 110 Taboquinha Rubiaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.05 0.67 0.22 111 Goiabinha Myrtaceae 2 16.67 0.41 0.67 0.20 0.01 0.05 0.67 0.22 112 Macucu Chrysobalanaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.05 0.34 0.64 0.21 113 Bacuri Clusiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.05 0.32 0.63 0.21 114 Fava arara tucupi Mimosaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.04 0.30 0.61 0.20 115 Chichuá Celastraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.04 0.30 0.61 0.20 116 Muirajibóia amarela Fabaceae 2 8.33 0.21 0.67 0.20 0.03 0.20 0.61 0.20 117 Uxi amarelo Humiraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.04 0.29 0.60 0.20 118 Buxuxu orelha de burro Melastomataceae 3 8.33 0.21 1.00 0.31 0.01 0.07 0.58 0.19 119 Sucupira preta Fabaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.03 0.24 0.55 0.18

Continua...

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Tabela 6, Cont.

120 Embaúba benguê Cecropiaceae 2 8.33 0.21 0.67 0.20 0.02 0.11 0.52 0.17 121 Castanha de paca Bombacaceae 2 8.33 0.21 0.67 0.20 0.01 0.09 0.50 0.17 122 João mole Nyctaginaceae 2 8.33 0.21 0.67 0.20 0.01 0.07 0.48 0.16 123 Jiboinha Fabaceae 2 8.33 0.21 0.67 0.20 0.01 0.05 0.46 0.15 124 Abiurana ferro Sapotaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.02 0.15 0.46 0.15 125 Pupunharana Duckeodendraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.02 0.13 0.44 0.15 126 Fava parkia Mimosaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.02 0.12 0.43 0.14 127 Munguba Bombacaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.02 0.12 0.43 0.14 128 Frejó Boraginaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.02 0.10 0.41 0.14 129 Itaúba Lauraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.10 0.41 0.14 130 Muirajibóia jurumum Fabaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.09 0.40 0.13 131 Maoeira Vochysiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.08 0.39 0.13 132 Apuí Clusiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.08 0.39 0.13 133 Envira vermelha Annonaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.08 0.39 0.13 134 Copaíba Caesalpiniaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.07 0.38 0.13 135 Piquiarana Caryocaraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.07 0.38 0.13 136 Mucurão Violaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.07 0.38 0.13 137 Castanha jarana f. g. Lecythidaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.07 0.38 0.13 138 Patauá Arecaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.07 0.37 0.12 139 Abiurana cotiti Sapotaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.06 0.37 0.12 140 Periquiteira amarela Flacourtiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.06 0.37 0.12 141 Quarubarana Vochysiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.06 0.37 0.12 142 Periquiteira Flacourtiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 143 Muirapuana Olacaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 144 Mururé Moraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 145 Envira amarela Annonaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 146 Taquari vermelho Euphorbiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 147 Envira amargosa Annonaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 148 Breu pitomba Burseraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 149 Castanha de cotia Flacourtiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 150 Fava camuzé Mimosaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.05 0.36 0.12 151 Louro chumbo Lauraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.04 0.35 0.12 152 Louro seda Lauraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.04 0.35 0.12 153 Falso angelim Mimosaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.04 0.35 0.12 154 Arabá roxo Fabaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.04 0.35 0.12 155 Rosada brava Sapotaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.01 0.04 0.34 0.11 156 Inga cauliflora Mimosaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 157 Castanha de galinha Chrysobalanaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 158 Sacaca brava Euphorbiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 159 Carapanaúba Apocynaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 160 Murici Malpighiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 161 Pepino da mata Apocynaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 162 Supiá Euphorbiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 163 Louro amarelo Lauraceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 164 Envirinha rajada Annonaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 165 Urucu branco Euphorbiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 166 Violeta Caesalpiniaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.34 0.11 167 Ucuuba peluda f. g. Myristicaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.03 0.33 0.11 168 Uxi de cotia Flacourtiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.02 0.33 0.11 169 Ingá copaíba Mimosaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.02 0.33 0.11 170 Capitiú folha grande Monimiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.02 0.33 0.11 171 Envira saraçará Annonaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.02 0.33 0.11 172 Mandioqueira lisa Vochysiaceae 1 8.33 0.21 0.33 0.10 0.00 0.02 0.33 0.11

TOTAL 982 4016.7 100.00 327.3 100.00 14.45 100.00 300.00 100.00

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Na área do fragmento 6, SESI, referente ao Clube do Trabalhador do SESI, foram marcadas 4

unidades de amostragem, totalizando 1 hectare amostrado. Foram encontrados 239 indivíduos, 42 espécies

e 22 famílias botânicas. As famílias mais relevantes foram Arecaceae, Anacardiaceae, Mimosaceae,

Melastomataceae e Annonaceae que compareceram com mais de 71% do IVI total. As menos relevantes

com apenas um indivíduo foram Caesalpinaceae, Elaeocarpaceae, Humiraceae, Lauraceae,

Melastomataceae e Myristicaceae. Na figura 20 apresentam-se as quinze famílias que tiveram maior

importância quanto ao IVI com o número de indivíduos correspondentes.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

ArecaceaeAnacardiaceae

MimosaceaeMelastomatace

AnnonaceaeEuphorbiaceaeApocynaceaeFlacourtiaceae

ClusiaceaeFabaceae

ElaeocarpaceaeSimaroubaceae

BurseraceaeChrysolbalanacCaesalpiniaceae

fam

ília

s

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

IVI % número de indivíduos

Figura 23. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento do SESI, Manaus-AM.

As espécies mais importantes foram: inajá, pau-pombo, bacaba, ingá vermelho e dima

representando 54,7% no IVI total, com 165 indivíduos, sendo que somente o inajá e o pau-pombo

somaram 106 indivíduos (aproximadamente 34% do IVI total). Apresentaram apenas um indivíduo 17

espécies. A tabela 7 mostra as estimativas de parâmetros estruturais para as espécies encontradas na

amostragem do fragmento SESI.

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Tabela 7. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo, respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em 1,0

hectare amostrado no fragmento (6) SESI, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Família ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Inajá Arecaceae 54 100.00 5.80 54.00 22.59 2.75 34.92 63.31 21.10 2 Pau pombo Anacardiaceae 52 100.00 5.80 52.00 21.76 0.97 12.31 39.86 13.29 3 Bacaba Arecaceae 33 75.00 4.35 33.00 13.81 0.74 9.36 27.52 9.17 4 Ingá vermelho Mimosaceae 18 75.00 4.35 18.00 7.53 0.57 7.30 19.18 6.39 5 Dima Euphorbiaceae 8 75.00 4.35 8.00 3.35 0.51 6.52 14.21 4.74 6 Tinteira Melastomataceae 8 75.00 4.35 8.00 3.35 0.22 2.76 10.46 3.49 7 Piabinha Flacourtiaceae 5 75.00 4.35 5.00 2.09 0.07 0.88 7.32 2.44 8 Sucuúba Apocynaceae 3 75.00 4.35 3.00 1.26 0.09 1.14 6.74 2.25 9 Envira fofa Annonaceae 3 75.00 4.35 3.00 1.26 0.04 0.49 6.09 2.03 10 Envira bobó Annonaceae 4 50.00 2.90 4.00 1.67 0.11 1.34 5.92 1.97 11 Urucurana Elaeocarpaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.28 3.59 5.46 1.82 12 Marupá Simaroubaceae 4 50.00 2.90 4.00 1.67 0.07 0.87 5.45 1.82 13 Breu vermelho Burseraceae 3 50.00 2.90 3.00 1.26 0.07 0.83 4.99 1.66 14 Falso angelim Mimosaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.20 2.54 4.82 1.61 15 Macucu de sangue Fabaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.22 2.80 4.67 1.56 16 Fava camuzé Mimosaceae 2 50.00 2.90 2.00 0.84 0.04 0.57 4.30 1.43 17 Lacre vermelho Clusiaceae 2 50.00 2.90 2.00 0.84 0.03 0.39 4.13 1.38 18 Buxuxu canela de velho Melastomataceae 2 50.00 2.90 2.00 0.84 0.02 0.30 4.03 1.34 19 Breu de leite Anacardiaceae 2 50.00 2.90 2.00 0.84 0.02 0.28 4.01 1.34 20 Envira taricucu Annonaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.08 1.02 3.31 1.10 21 Envira surucucu Annonaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.07 0.90 3.19 1.06 22 Angelim pedra Mimosaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.10 1.22 3.09 1.03 23 Buritirana Arecaceae 3 25.00 1.45 3.00 1.26 0.03 0.35 3.06 1.02 24 Escorrega macaco Caesalpiniaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.09 1.15 3.02 1.01 25 Sorva da mata Apocynaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.05 0.66 2.95 0.98 26 Macucu chiador Chrysobalanaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.08 1.06 2.93 0.98 27 Capitiú Monimiaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.03 0.38 2.66 0.89 28 Lacre branco Clusiaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.03 0.36 2.65 0.88 29 Murici de campina Malpighiaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.02 0.31 2.60 0.87 30 Murta da mata Myrtaceae 2 25.00 1.45 2.00 0.84 0.02 0.25 2.53 0.84 31 Faveira Mimosaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.05 0.62 2.49 0.83 32 Anil Melatomataceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.03 0.38 2.24 0.75 33 Ucuuba vermelha Myristicaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.03 0.36 2.23 0.74 34 Uxirana Humiraceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.02 0.27 2.14 0.71 35 Ingá peluda Mimosaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.02 0.26 2.12 0.71 36 Tucumã Arecaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.02 0.26 2.12 0.71 37 Muirajibóia preta Fabaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.02 0.22 2.09 0.70 38 Buxuxu folha serrilhada Melastomataceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.02 0.20 2.06 0.69 39 Fava folha fina Mimosaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.01 0.17 2.04 0.68 40 Louro preto Lauraceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.01 0.16 2.03 0.68 41 Pajurazinho Chrysobalanaceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.01 0.14 2.01 0.67 42 Goiaba de anta vermelha Melastomataceae 1 25.00 1.45 1.00 0.42 0.01 0.11 1.98 0.66

TOTAL 239 1725 100 239 100 7.867 100 300 100

Page 62:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

No fragmento 7, SESC, relativo ao Balneário do SESC, em 0,75 ha amostrado foram encontrados

219 indivíduos,e identificadas 96 espécies agrupadas em 36 famílias botânicas. As famílias que mais se

destacaram foram Arecaceae, Mimosaceae, Euphorbiaceae, Apocynaceae, Annonaceae e Fabaceae

totalizando 105 indivíduos, equivalente a 48,3 do IVI total. Onze famílias (Araliaceae, Bombacaceae,

Caryocaraceae, Cecropiaceae, Dichapetalaceae, Erythroxylaceae, Malpighiaceae, Meliaceae,

Monimiaceae, Sapindaceae e Tiliaceae) contiveram apenas um indivíduo, representando pouco mais de

30% do total de famílias. Na figura 21 apresentam-se as quinze famílias mais relevantes em relação ao IVI

com seus respectivos números de indivíduos.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

ArecaceaeMimosaceae

EuphorbiaceaeApocynaceaeAnnonaceae

FabaceaeClusiaceae

ChrysolbalanaceMelastomataceae

AnacardiaceaeSapotaceae

BurseraceaeSimaroubaceaeMyristicaceae

Myrtaceae

fam

ília

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

IVI % número de indivíduos

Figura 24. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento SESC, Manaus-AM.

As espécies mais importantes foram: dima, sorvinha, fava orelha de macaco, marupá, tinteira e

urucu bravo somando 32 indivíduos (14,6% do total), que participaram em 19,86% do IVI total. O

fragmento apresentou 66 espécies com apenas um indivíduo, correspondendo a aproximadamente 69% do

total amostrado. A tabela 8 lista as espécies identificadas no fragmento SESC em relação ao IVI com as

estimativas de parâmetros estruturais.

Page 63:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 8. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo, respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento (7) SESC, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Família ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Dima Euphorbiaceae 9 100.00 2.22 12.00 4.11 0.62 5.58 11.91 3.97 2 Sorvinha Apocynaceae 8 33.33 0.74 10.67 3.65 0.81 7.33 11.72 3.91 3 Fava orelha de macaco Mimosaceae 4 100.00 2.22 5.33 1.83 0.73 6.60 10.65 3.55 4 Marupá Simaroubaceae 5 100.00 2.22 6.67 2.28 0.48 4.31 8.82 2.94 5 Tinteira Melastomataceae 6 100.00 2.22 8.00 2.74 0.40 3.62 8.58 2.86 6 Urucu bravo Euphorbiaceae 8 100.00 2.22 10.67 3.65 0.22 2.02 7.90 2.63 7 Pau pombo Anacardiaceae 5 66.67 1.48 6.67 2.28 0.42 3.78 7.54 2.51 8 Breu vermelho Burseraceae 6 100.00 2.22 8.00 2.74 0.25 2.26 7.22 2.41 9 Ingá vermelho Mimosaceae 7 100.00 2.22 9.33 3.20 0.19 1.72 7.14 2.38 10 Buriti Arecaceae 3 33.33 0.74 4.00 1.37 0.52 4.69 6.80 2.27 11 Macucu chiador Chrysobalanaceae 6 100.00 2.22 8.00 2.74 0.16 1.42 6.38 2.13 12 Açaí Arecaceae 6 100.00 2.22 8.00 2.74 0.12 1.10 6.06 2.02 13 Mata pau Clusiaceae 4 66.67 1.48 5.33 1.83 0.28 2.51 5.82 1.94 14 Cumaru Fabaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.37 3.32 5.72 1.91 15 Sapota Sapotaceae 3 33.33 0.74 4.00 1.37 0.38 3.45 5.56 1.85 16 Araçá bravo Myrtaceae 6 66.67 1.48 8.00 2.74 0.11 0.98 5.20 1.73 17 Envira preta Annonaceae 3 100.00 2.22 4.00 1.37 0.17 1.56 5.16 1.72 18 Bacaba Arecaceae 5 66.67 1.48 6.67 2.28 0.15 1.35 5.11 1.70 19 Tucumã Arecaceae 5 33.33 0.74 6.67 2.28 0.22 2.01 5.04 1.68 20 Inajá Arecaceae 3 66.67 1.48 4.00 1.37 0.21 1.94 4.79 1.60 21 Amarelinha Euphorbiaceae 5 33.33 0.74 6.67 2.28 0.11 1.04 4.06 1.35 22 Pajurazinho Chrysobalanaceae 3 66.67 1.48 4.00 1.37 0.13 1.18 4.03 1.34 23 Envira taricucu Annonaceae 3 33.33 0.74 4.00 1.37 0.19 1.75 3.86 1.29 24 Abiurana Sapotaceae 4 33.33 0.74 5.33 1.83 0.10 0.95 3.51 1.17 25 Ata brava Annonaceae 3 33.33 0.74 4.00 1.37 0.15 1.39 3.50 1.17 26 Anani Clusiaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.12 1.10 3.49 1.16 27 Goiaba de anta vermelha Melastomataceae 3 66.67 1.48 4.00 1.37 0.07 0.62 3.48 1.16 28 Muiratinga Moraceae 3 66.67 1.48 4.00 1.37 0.06 0.54 3.39 1.13 29 Quaruba vermelha Vochysiaceae 4 33.33 0.74 5.33 1.83 0.09 0.81 3.38 1.13 30 Lacre vermelho Clusiaceae 3 66.67 1.48 4.00 1.37 0.05 0.48 3.33 1.11 31 Cardeiro Bombacaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.23 2.09 3.29 1.10 32 Ingá de arara Mimosaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.09 0.85 3.25 1.08 33 Caroba Bignoniaceae 2 33.33 0.74 2.67 0.91 0.15 1.34 3.00 1.00 34 Ripeiro branco Lecythidaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.07 0.60 2.99 1.00 35 Cupiúba Celastraceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.06 0.56 2.95 0.98 36 Uxirana Humiraceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.05 0.49 2.88 0.96 37 Fava camuzé Mimosaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.05 0.42 2.82 0.94 38 Ucuuba punã Myristicaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.04 0.34 2.74 0.91 39 Sapateiro Clusiaceae 3 33.33 0.74 4.00 1.37 0.06 0.58 2.69 0.90 40 Muiraximbé Rubiaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.03 0.24 2.64 0.88 41 Sucuúba Apocynaceae 2 66.67 1.48 2.67 0.91 0.03 0.24 2.63 0.88 42 Vassoureiro Euphorbiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.15 1.38 2.58 0.86 43 Taperebá Anacardiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.13 1.21 2.41 0.80 44 Ucuuba branca Myristicaceae 2 33.33 0.74 2.67 0.91 0.08 0.70 2.36 0.79 45 Falso angelim Mimosaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.13 1.16 2.36 0.79 46 Sucupira vermelha Fabaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.11 0.97 2.17 0.72 47 Fava benguê Mimosaceae 2 33.33 0.74 2.67 0.91 0.05 0.49 2.15 0.72 48 Murici Malpighiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.10 0.91 2.11 0.70 49 Muirajibóia amarela Fabaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.09 0.85 2.05 0.68 50 Piquiarana Caryocaraceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.09 0.85 2.05 0.68 51 Louro preto Lauraceae 2 33.33 0.74 2.67 0.91 0.04 0.34 2.00 0.67 52 Maoeira Vochysiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.08 0.74 1.94 0.65 53 Pachiubinha Arecaceae 2 33.33 0.74 2.67 0.91 0.03 0.23 1.88 0.63 54 Pepino da mata Apocynaceae 2 33.33 0.74 2.67 0.91 0.02 0.21 1.86 0.62 55 Fava folha fina Mimosaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.06 0.55 1.74 0.58 56 Patauá Arecaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.06 0.54 1.73 0.58

Continua...

Page 64:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 8, Cont.

57 Pau tanino Moraceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.06 0.50 1.70 0.57 58 Breu preto Burseraceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.05 0.46 1.66 0.55 59 Ucuuba vermelha Myristicaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.05 0.45 1.64 0.55 60 Acariquara branca Apocynaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.38 1.58 0.53 61 Embaubarana Cecropiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.38 1.58 0.53 62 Macucu Chrysobalanaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.38 1.58 0.53 63 Tachi vermelho Caesalpiniaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.38 1.58 0.53 64 Sucupira amarela Fabaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.36 1.56 0.52 65 Caraipé Chrysobalanaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.34 1.54 0.51 66 Jitó branco Meliaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.34 1.54 0.51 67 Mata mata amarelo Lecythidaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.33 1.53 0.51 68 Tauari Lecythidaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.33 1.53 0.51 69 Ucuuba preta Myristicaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.33 1.53 0.51 70 Uxi amarelo Humiraceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.04 0.32 1.52 0.51 71 Muirajibóia preta Fabaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.03 0.31 1.50 0.50 72 Pimenta de nambu Erythroxylaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.03 0.29 1.49 0.50 73 Envira surucucu Annonaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.03 0.23 1.42 0.47 74 Sucupira chorona Fabaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.21 1.41 0.47 75 Capitiú Monimiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.20 1.40 0.47 76 Morototó Araliaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.20 1.40 0.47 77 Abiurana casca fina Sapotaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.19 1.38 0.46 78 Paxiúba Arecaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.19 1.38 0.46 79 Sorva da mata Apocynaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.19 1.38 0.46 80 Tachi preto Caesalpiniaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.19 1.38 0.46 81 Pitomba da mata Sapindaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.18 1.38 0.46 82 Taquari vermelho Euphorbiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.16 1.36 0.45 83 Envira pente de macaco Tiliaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.16 1.36 0.45 84 Periquiteira amarela Flacourtiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.16 1.36 0.45 85 Envira fofa Annonaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.16 1.35 0.45 86 Breu de leite Anacardiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.15 1.35 0.45 87 NI 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.15 1.35 0.45 88 Envira bobó Annonaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.15 1.35 0.45 89 Caraiperana Chrysobalanaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.14 1.33 0.44 90 Jiboinha Fabaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.02 0.14 1.33 0.44 91 Murta da mata Myrtaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.01 0.13 1.33 0.44 92 Buxuxu canela de velho Melastomataceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.01 0.13 1.32 0.44 93 Tapura Dichapetalaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.01 0.13 1.32 0.44 94 Pupunha brava Arecaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.01 0.11 1.31 0.44 95 Ucuru bravo Euphorbiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.01 0.11 1.31 0.44 96 Periquiteira Flacourtiaceae 1 33.33 0.74 1.33 0.46 0.01 0.09 1.29 0.43

TOTAL 219 4500 100 292 100 11.06 100 300 100

Page 65:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

No fragmento 8, SAUIM, foi amostrado 0,75 hectare sendo encontrados 289 indivíduos arbóreos,

59 espécies e 26 famílias botânicas. As famílias mais importantes foram Melastomataceae, Anacardiaceae,

Annonaceae, Lecyhidaceae, Arecaceae e Myrtaceae que juntas somaram 187 indivíduos, participando em

58,2 % do IVI total das espécies. Cinco famílias (Bignoniaceae, Lauraceae, Opiliaceae, Sapindaceae e

Tiliaceae) contiveram apenas um individuo. Na figura 22 são mostradas as quinze famílias com maiores

IVI que foram encontradas no fragmento.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

MelastomataceaeAnacardiaceae

AnnonaceaeLecythidaceae

ArecaceaeMyrtaceae

HumiraceaeMalpighiaceae

MimosaceaeApocynaceae

ChrysolbalanaceaeFabaceae

CelastraceaeMoraceae

Flacourtiaceae

fam

ília

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

IVI % número de indivíduos

Figura 25. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento SAUIM, Manaus-AM.

As espécies que se destacaram foram: pau-pombo, anil, castanha do Brasil, uxirana, envira-

surucucu e tinteira somando 142 indivíduos, com uma participação de, aproximadamente, 41% do IVI

total. Destaque para a ocorrência de indivíduos de castanha do Brasil, espécie que reflete o histórico de

uso da área. Ocorreram com apenas um indivíduo 28 espécies, representando cerca de 47% do total

amostrado. Na tabela 9 são mostradas as estimativas de parâmetros de estrutura horinzontal para as

espécies do fragmento SAUIM.

Page 66:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 9. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo, respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento (8) SAUIM, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Família ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1

Pau pombo

Anacardiaceae

54

100.00

3.66

72.00

18.69

1.42

16.29

38.63

12.88

2

Anil

Melastomataceae

32

66.67

2.44

42.67

11.07

0.87

9.93

23.44

7.81

3

Castanha do Brasil

Lecythidaceae

4

100.00

3.66

5.33

1.38

1.10

12.54

17.58

5.86

4

Uxirana

Humiraceae

21

100.00

3.66

28.00

7.27

0.45

5.18

16.10

5.37

5

Envira surucucu

Annonaceae

18

100.00

3.66

24.00

6.23

0.37

4.25

14.13

4.71

6

Tinteira

Melastomataceae

13

100.00

3.66

17.33

4.50

0.45

5.16

13.32

4.44

7

Bacaba

Arecaceae

13

100.00

3.66

17.33

4.50

0.41

4.70

12.86

4.29

8

Murici de campina

Malpighiaceae

15

66.67

2.44

20.00

5.19

0.36

4.08

11.71

3.90

9

Murta da mata

Myrtaceae

11

66.67

2.44

14.67

3.81

0.20

2.32

8.56

2.85

10

Envira fofa

Annonaceae

9

33.33

1.22

12.00

3.11

0.28

3.15

7.48

2.49

11

Cupiúba

Celastraceae

7

100.00

3.66

9.33

2.42

0.10

1.17

7.25

2.42

12

Araçá bravo

Myrtaceae

7

66.67

2.44

9.33

2.42

0.12

1.36

6.22

2.07

13

Sorvinha

Apocynaceae

5

66.67

2.44

6.67

1.73

0.16

1.82

5.98

1.99

14

Tento

Fabaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.32

3.63

5.19

1.73

15

Breu vermelho

Burseraceae

4

33.33

1.22

5.33

1.38

0.18

2.07

4.67

1.56

16

Envira taricucu

Annonaceae

5

33.33

1.22

6.67

1.73

0.15

1.71

4.65

1.55

17

Macucu chiador

Chrysobalanaceae

6

33.33

1.22

8.00

2.08

0.11

1.24

4.53

1.51

18

Caraipé

Chrysobalanaceae

2

66.67

2.44

2.67

0.69

0.11

1.21

4.34

1.45

19

Tucumã

Arecaceae

2

66.67

2.44

2.67

0.69

0.09

1.01

4.14

1.38

20

Ingá vermelho

Mimosaceae

4

33.33

1.22

5.33

1.38

0.12

1.36

3.96

1.32

21

Goiaba de anta branca

Melastomataceae

3

66.67

2.44

4.00

1.04

0.04

0.47

3.94

1.31

22

Breu de leite

Anacardiaceae

2

66.67

2.44

2.67

0.69

0.03

0.39

3.52

1.17

23

Cumaru roxo

Fabaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.16

1.81

3.38

1.13

24

Muiratinga

Moraceae

3

33.33

1.22

4.00

1.04

0.08

0.91

3.17

1.06

25

Ripeiro branco

Lecythidaceae

3

33.33

1.22

4.00

1.04

0.07

0.75

3.00

1.00

26

Mata mata amarelo

Lecythidaceae

3

33.33

1.22

4.00

1.04

0.05

0.58

2.84

0.95

27

Buxuxu folha serrilhada

Melastomataceae

3

33.33

1.22

4.00

1.04

0.05

0.52

2.78

0.93

28

Tachi vermelho

Caesalpiniaceae

2

33.33

1.22

2.67

0.69

0.07

0.76

2.67

0.89

29

Ingá branco

Mimosaceae

2

33.33

1.22

2.67

0.69

0.06

0.70

2.61

0.87

30

Sucuúba

Apocynaceae

2

33.33

1.22

2.67

0.69

0.04

0.51

2.42

0.81

31

Piabinha roxa

Flacourtiaceae

2

33.33

1.22

2.67

0.69

0.04

0.50

2.42

0.81

32

Tapura

Dichapetalaceae

2

33.33

1.22

2.67

0.69

0.03

0.33

2.24

0.75

33

Murta

Myrtaceae

2

33.33

1.22

2.67

0.69

0.03

0.29

2.20

0.73

34

Envira pente de macaco

Tiliaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.06

0.63

2.20

0.73

35

Dima

Euphorbiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.05

0.58

2.15

0.72

36

Piquiá marfim

Apocynaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.05

0.58

2.15

0.72

37

Ingá de arara

Mimosaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.05

0.57

2.14

0.71

38

Fava camuzé

Mimosaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.04

0.50

2.06

0.69

39

Bacuri

Clusiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.03

0.35

1.91

0.64

40

Envira preta

Annonaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.03

0.33

1.89

0.63

41

Goiaba de anta vermelha

Melastomataceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.03

0.31

1.87

0.62

42

Piabinha

Flacourtiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.03

0.29

1.85

0.62

43

Pitomba da mata

Sapindaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.27

1.84

0.61

44

Ucuuba branca

Myristicaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.27

1.84

0.61

45

Louro chumbo

Lauraceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.23

1.80

0.60

46

Vassoureiro

Euphorbiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.23

1.80

0.60

47

Murici do campo

Malpighiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.23

1.80

0.60

48

Amapá doce

Moraceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.19

1.75

0.58

49

Pau marfim

Opiliaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.19

1.75

0.58

50

Lacre branco

Clusiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.18

1.74

0.58

51

Buxuxu canela de velho

Melastomataceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.17

1.74

0.58

52

Lacre vermelho

Clusiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.17

1.74

0.58

53

Periquiteira roxa

Flacourtiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.02

0.17

1.74

0.58

54

Angelim rajado

Mimosaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.01

0.17

1.74

0.58

55

Leiteira

Moraceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.01

0.16

1.73

0.58

56

Urucu bravo

Euphorbiaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.01

0.16

1.72

0.57

57

Ucuuba preta

Myristicaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.01

0.14

1.71

0.57

58

Caroba

Bignoniaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.01

0.12

1.69

0.56

59

Ucuuba vermelha

Myristicaceae

1

33.33

1.22

1.33

0.35

0.01

0.12

1.69

0.56

TOTAL 289 2733.3 100.00 385.33 100.00 8.74 100.00 300.00 100.00

Page 67:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

No fragmento 9, CASTANHEIRAS, foi amostrado 0,5 hectare donde se encontrou 148

indivíduos arbóreos e 69 espécies, agrupadas em 34 famílias botânicas. As famílias que se destacaram

foram Euphorbiaceae, Cecropiaceae, Mimosaceae, Annonaceae, Fabaceae e Clusciaceae totalizando 63

indivíduos, com participação no IVI total de 43,42%. Dez famílias (Anisophylleaceae, Apocynaceae,

Caryocaraceae, Celastraceae, Dichapetalaceae, Malpighiaceae, Melastomataceae, Sapindaceae,

Sterculiaceae e Tiliaceae) apareceram com apenas um individuo, cerca de 30% do número total de

famílias. A figura 23 mostra as quinze famílias com maiores IVI e seus números de indivíduos.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

EuphorbiaceaeCecropiaceaeMimosaceaeAnnonaceae

FabaceaeClusiaceae

MyristicaceaeLecythidaceae

ChrysolbalanaceaeAnacardiaceae

MoraceaeSapotaceae

LauraceaeFlacourtiaceae

Caesalpiniaceae

fam

ília

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de indivíduos

IVI % número de indivíduos

Figura 26. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento Castanheiras, Manaus-AM.

As espécies consideradas mais importantes pelo IVI foram: embaubarana, seringarana, matamatá-

amarelo, pau-pombo, apuí e breu-vermelho com 33 indivíduos (24,46% do IVI total). Na tabela 10 são

apresentadas as estimativas de parâmetros de estrutura horizontal das espécies encontradas no fragmento

CASTANHEIRAS.

Page 68:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 10. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo, respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em

0,50 hectare amostrado no fragmento (9) CASTANHEIRAS, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Família ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1 Embaubarana Cecropiaceae 8 100.0 2.47 16.00 5.41 0.94 8.07 15.95 5.32 2 Seringarana Euphorbiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 1.42 12.16 14.07 4.69 3 Mata mata amarelo Lecythidaceae 5 100.0 2.47 10.00 3.38 0.86 7.41 13.26 4.42 4 Pau pombo Anacardiaceae 7 100.0 2.47 14.00 4.73 0.50 4.28 11.47 3.82 5 Apuí Clusiaceae 7 100.0 2.47 14.00 4.73 0.47 4.06 11.26 3.75 6 Breu vermelho Burseraceae 5 100.0 2.47 10.00 3.38 0.18 1.51 7.36 2.45 7 Dima Euphorbiaceae 6 50.0 1.23 12.00 4.05 0.24 2.03 7.32 2.44 8 Seringa vermelha Euphorbiaceae 3 50.0 1.23 6.00 2.03 0.47 3.99 7.25 2.42 9 Cardeiro Bombacaceae 2 100.0 2.47 4.00 1.35 0.39 3.38 7.20 2.40 10 Uxirana Humiraceae 4 100.0 2.47 8.00 2.70 0.19 1.60 6.77 2.26 11 Envira fofa Annonaceae 4 100.0 2.47 8.00 2.70 0.19 1.60 6.77 2.26 12 Caroba Bignoniaceae 3 100.0 2.47 6.00 2.03 0.26 2.22 6.72 2.24 13 Ingá vermelho Mimosaceae 5 50.0 1.23 10.00 3.38 0.23 2.01 6.62 2.21 14 Embaúba benguê Cecropiaceae 3 50.0 1.23 6.00 2.03 0.37 3.16 6.42 2.14 15 Faveira Mimosaceae 4 100.0 2.47 8.00 2.70 0.12 0.99 6.16 2.05 16 Muirapiranga folha grande Caesalpiniaceae 3 50.0 1.23 6.00 2.03 0.28 2.41 5.67 1.89 17 Ucuuba branca Myristicaceae 2 100.0 2.47 4.00 1.35 0.21 1.83 5.65 1.88 18 Guariúba Moraceae 4 50.0 1.23 8.00 2.70 0.18 1.55 5.49 1.83 19 Supiarana Euphorbiaceae 3 50.0 1.23 6.00 2.03 0.26 2.21 5.48 1.83 20 Pajurazinho Chrysobalanaceae 3 50.0 1.23 6.00 2.03 0.24 2.10 5.36 1.79 21 Tento Fabaceae 3 50.0 1.23 6.00 2.03 0.21 1.79 5.05 1.68 22 Araçá bravo Myrtaceae 4 50.0 1.23 8.00 2.70 0.13 1.09 5.02 1.67 23 Arabá vermelho Fabaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.36 3.10 5.01 1.67 24 Louro pirarucu Lauraceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.22 1.91 4.50 1.50 25 Ucuuba vermelha Myristicaceae 3 50.0 1.23 6.00 2.03 0.11 0.90 4.16 1.39 26 Branquinha Violaceae 2 100.0 2.47 4.00 1.35 0.04 0.31 4.13 1.38 27 Macucu chiador Chrysobalanaceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.17 1.43 4.01 1.34 28 Louro preto Lauraceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.14 1.17 3.75 1.25 29 Muirajibóia preta Fabaceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.11 0.93 3.51 1.17 30 Bacaba Arecaceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.10 0.85 3.44 1.15 31 Mata pau Clusiaceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.07 0.61 3.19 1.06 32 Abiurana olho de veado Sapotaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.14 1.21 3.12 1.04 33 Ucuquirana Sapotaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.14 1.21 3.12 1.04 34 Pau canela Anisophylleaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.12 1.06 2.97 0.99 35 Muirajibóia amarela Fabaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.12 1.06 2.97 0.99 36 Frejó branco Boraginaceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.04 0.34 2.93 0.98 37 Muiratinga Moraceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.04 0.33 2.92 0.97 38 Piabinha Flacourtiaceae 2 50.0 1.23 4.00 1.35 0.04 0.31 2.90 0.97 39 Fava Mimosaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.11 0.98 2.89 0.96 40 Mirindiba Euphorbiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.11 0.91 2.82 0.94 41 Caraipé Chrysobalanaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.10 0.84 2.75 0.92 42 Cupiúba Celastraceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.09 0.78 2.69 0.90 43 Amapá doce Moraceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.07 0.59 2.50 0.83 44 Tapura Dichapetalaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.06 0.54 2.45 0.82 45 Fava benguê Mimosaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.06 0.51 2.42 0.81 46 Ucuuba punã Myristicaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.05 0.46 2.37 0.79 47 Limãozinho Flacourtiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.05 0.44 2.35 0.78 48 Sucuúba Apocynaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.05 0.44 2.35 0.78 49 Envira surucucu Annonaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.05 0.41 2.32 0.77 50 Sapota Sapotaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.05 0.39 2.30 0.77 51 Ucuuba preta Myristicaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.04 0.34 2.26 0.75 52 Abiurana casca fina Sapotaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.04 0.32 2.23 0.74 53 Envira amarela Annonaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.04 0.32 2.23 0.74 54 Goiaba de anta vermelha Melastomataceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.04 0.32 2.23 0.74 55 Louro aritu Lauraceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.03 0.26 2.17 0.72 56 Taquari vermelho Euphorbiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.03 0.26 2.17 0.72

Continua...

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Tabela 10, Cont.

57 Goiabinha Myrtaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.03 0.25 2.16 0.72 58 Biribá Annonaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.03 0.25 2.16 0.72 59 Envira pente de macaco Tiliaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.03 0.25 2.16 0.72 60 Murici de campina Malpighiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.03 0.25 2.16 0.72 61 Periquiteira amarela Flacourtiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.03 0.25 2.16 0.72 62 Piquiarana Caryocaraceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.21 2.12 0.71 63 Pitomba da mata Sapindaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.21 2.12 0.71 64 Tachi vermelho Caesalpiniaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.21 2.12 0.71 65 Cacauí Sterculiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.16 2.07 0.69 66 Envira bobó Annonaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.16 2.07 0.69 67 Envira preta Annonaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.16 2.07 0.69 68 Piabinha roxa Flacourtiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.16 2.07 0.69 69 Urucu bravo Euphorbiaceae 1 50.0 1.23 2.00 0.68 0.02 0.15 2.06 0.69

TOTAL 148 4,050 100.0 296.0 100.0 11.66 100.0 300.0 100.0

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No fragmento 10, VILLAR CÂMARA, pela amostragem de 0,75 hectare do fragmento VILLAR

CÂMARA foram contabilizados 276 indivíduos, 62 espécies e 29 familias botânicas. As famílias que

tiveram importância fitossociológica maior foram Arecaceae, Euphorbiaceae, Mimosaceae, Clusiaceae,

Melastomataceae e Elaeocarpaceae totalizando 214 indivíduos com IVI parcial de 69,79%. Foram raras no

fragmento as famílias Araliaceae, Boraginaceae, Chrysobalanaceae, Flacourtiaceae, Olacaceae,

Sterculiaceae e Violaceae com apenas um indivíduo cada. As quinze famílias mais importantes estão

mostradas na figura 24, juntamente com o número de indivíduos para cada uma.

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

ArecaceaeEuphorbiaceae

MimosaceaeClusiaceae

MelastomataceaeElaeocarpaceae

MyristicaceaeBignoniaceae

LauraceaeAnacardiaceae

MeliaceaeBurseraceae

MoraceaeSimaroubaceae

Bombacaceae

fam

ília

IVI %

0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

número de individuos

IVI % número de indivíduos

Figura 27. Famílias que apresentaram os 15 maiores Índices de Valor de Importância, dados em porcentagem

(IVI%), contrastando com número de indivíduos amostrados por família no fragmento Villar Câmara, Manaus-AM.

As espécies mais importantes foram o Açaí, com 46 indivíduos (aproximadamente 17% do total

de indivíduos), o patauá, a seringarana, o apuí, o ingá vermelho e a mirindiba somando todos 126

indivíduos e 37,29% do IVI total. Contiveram apenas um indivíduo 28 espécies, constituindo cerca de

45% do total amostrado. A tabela 11 apresenta parâmetros fitossociologicos das dez espécies mais

importantes segundo o IVI, correspondendo a 50,5 % do IVI total.

Page 71:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 11. Parâmetros fitossociológicos (FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa; DA: densidade absoluta;

DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; IVI e IVI%: índice de valor de

importância absoluto e relativo, respectivamente), número de indivíduos (ni) e famílias botânicas das espécies em

0,75 hectare amostrado no fragmento (10) VILLAR-CÂMARA, Manaus-AM.

N° Nome Vulgar Familia ni FA FR DA DR DoA DoR IVI IVI% 1

Açaí

Arecaceae

46

66.67

2.38

61.33

16.67

1.00

7.86

26.91

8.97

2

Patauá

Arecaceae

25

100.00

3.57

33.33

9.06

1.37

10.72

23.35

7.78

3

Seringarana

Euphorbiaceae

13

100.00

3.57

17.33

4.71

1.26

9.86

18.14

6.05

4

Apuí cebolão

Clusiaceae

18

100.00

3.57

24.00

6.52

0.86

6.76

16.85

5.62

5

Ingá vermelho

Mimosaceae

13

100.00

3.57

17.33

4.71

0.73

5.71

13.99

4.66

6

Mirindiba

Euphorbiaceae

11

66.67

2.38

14.67

3.99

0.80

6.26

12.63

4.21

7

Buritirana

Arecaceae

18

66.67

2.38

24.00

6.52

0.32

2.49

11.39

3.80

8

Urucurana

Elaeocarpaceae

4

100.00

3.57

5.33

1.45

0.76

5.98

11.00

3.67

9

Pachiubinha

Arecaceae

16

66.67

2.38

21.33

5.80

0.23

1.77

9.95

3.32

10

Tinteira

Melastomataceae

5

33.33

1.19

6.67

1.81

0.56

4.36

7.36

2.45

11

Goiaba de anta vermelha

Melastomataceae

8

33.33

1.19

10.67

2.90

0.39

3.05

7.14

2.38

12

Dima

Euphorbiaceae

5

66.67

2.38

6.67

1.81

0.35

2.72

6.91

2.30

13

Inajá

Arecaceae

5

33.33

1.19

6.67

1.81

0.47

3.69

6.69

2.23

14

Ucuuba branca

Myristicaceae

5

66.67

2.38

6.67

1.81

0.27

2.12

6.31

2.10

15

Pau pombo

Anacardiaceae

4

100.00

3.57

5.33

1.45

0.16

1.26

6.28

2.09

16

Caroba

Bignoniaceae

6

33.33

1.19

8.00

2.17

0.28

2.20

5.56

1.85

17

Marupá

Simaroubaceae

3

66.67

2.38

4.00

1.09

0.13

1.00

4.47

1.49

18

Cardeiro

Bombacaceae

2

66.67

2.38

2.67

0.72

0.16

1.29

4.39

1.46

19

Achichá

Sterculiaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.35

2.77

4.32

1.44

20

Embaubarana

Cecropiaceae

2

66.67

2.38

2.67

0.72

0.10

0.80

3.90

1.30

21

Louro preto

Lauraceae

2

66.67

2.38

2.67

0.72

0.09

0.70

3.80

1.27

22

Andiroba

Meliaceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.21

1.65

3.57

1.19

23

Breu vermelho

Burseraceae

4

33.33

1.19

5.33

1.45

0.12

0.90

3.54

1.18

24

Seringa vermelha

Euphorbiaceae

4

33.33

1.19

5.33

1.45

0.10

0.80

3.44

1.15

25

Figueira

Moraceae

3

33.33

1.19

4.00

1.09

0.13

0.99

3.26

1.09

26

Lacre vermelho

Clusiaceae

4

33.33

1.19

5.33

1.45

0.07

0.54

3.18

1.06

27

Bacaba

Arecaceae

3

33.33

1.19

4.00

1.09

0.10

0.79

3.07

1.02

28

Louro fofo

Lauraceae

3

33.33

1.19

4.00

1.09

0.08

0.62

2.90

0.97

29

Muirapiranga folha grande

Caesalpiniaceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.09

0.68

2.60

0.87

30

Urucu bravo

Euphorbiaceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.08

0.65

2.57

0.86

31

Tauari de cachimbo

Lecythidaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.12

0.93

2.49

0.83

32

Buxuxu folha serrilhada

Melastomataceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.05

0.37

2.28

0.76

33

Sorva da mata

Apocynaceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.04

0.35

2.27

0.76

34

Uxirana

Humiraceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.04

0.31

2.23

0.74

35

Ingá de arara

Mimosaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.08

0.64

2.20

0.73

36

Jitó vermelho

Meliaceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.04

0.28

2.20

0.73

37

Breu branco

Burseraceae

2

33.33

1.19

2.67

0.72

0.03

0.27

2.18

0.73

38

Fava orelha de macaco

Mimosaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.08

0.62

2.17

0.72

39

Jaraí

Sapotaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.08

0.62

2.17

0.72

40

Fava fofa

Mimosaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.06

0.50

2.05

0.68

41

Ingá branco

Mimosaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.06

0.44

1.99

0.66

42

Tucumã

Arecaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.04

0.35

1.90

0.63

43

Frejó

Boraginaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.04

0.30

1.85

0.62

44

Anani

Clusiaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.03

0.27

1.82

0.61

45

Ingá xixica

Mimosaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.03

0.25

1.80

0.60

46

Piabinha

Flacourtiaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.03

0.24

1.79

0.60

47

Taquari vermelho

Euphorbiaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.03

0.23

1.78

0.59

48

Caraiperana

Chrysobalanaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.03

0.21

1.76

0.59

49

Supiá

Euphorbiaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.03

0.21

1.76

0.59

50

Tauari

Lecythidaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.19

1.74

0.58

51

Arabá roxo

Fabaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.17

1.73

0.58

52

Ucuuba vermelha

Myristicaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.14

1.69

0.56

53

Coração de negro

Bignoniaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.13

1.69

0.56

54

Fava folha fina

Mimosaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.13

1.69

0.56

55

Branquinha

Violaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.13

1.68

0.56

56

Muiratinga

Moraceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.12

1.67

0.56

57

Taquari branco

Euphorbiaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.02

0.12

1.67

0.56

58

Abiurana

Sapotaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.01

0.11

1.66

0.55

59

Supiarana

Euphorbiaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.01

0.11

1.66

0.55

60

Sucupira preta

Fabaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.01

0.10

1.65

0.55

61

Morototó

Araliaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.01

0.09

1.65

0.55

62

Muirapuama

Olacaceae

1

33.33

1.19

1.33

0.36

0.01

0.08

1.64

0.55

TOTAL 276 2800.0 100.0 368.0 100.0 12.73 100.0 300.0 100.0

Page 72:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Uma síntese das análises realizadas para cada fragmento é apresentada na tabela 12. Nesta tabela

estão contidos também os Índices de Shannon calculados para os dez fragmentos amostrados. Os

fragmentos maiores, UFAM e AEROPORTO, que tiveram esforço amostral maior, apresentaram maior

número de famílias e de espécies, sendo que no fragmento AEROPORTO o número de espécies foi,

aproximadamente, 43% maior do que no fragmento UFAM. Entre os fragmentos menores, a discrepância

foi ainda maior, chegando a 236% entre o fragmento NÚCLEO 23 e o fragmento SESC, em relação ao

número de espécies. O número de famílias variou de 22 (SESI) a 47 (AEROPORTO).

Tabela 12. Quadro resumo com alguns dados das análises de composição florística dos dez fragmentos florestais

amostrados na cidade de Manaus-AM. F1: PARQUE DO MINDU; F2: UFAM; F3: CAMPOS ELÍSEOS; F4:

NÚCLEO 23; F5: AEROPORTO; F6: SESI; F7: SESC; F8: SAUIM; F9: CASTANHEIRAS; F10: VILLAR

CÂMARA. A: área total do fragmento; a: área amostrada no fragmento; a/A: razão entre a área amostrada e a área

total do fragmento, em porcentagem; Ni: número de indivíduos amostrados; Nf: Número de famílias botânicas

amostradas; Ne: Número de espécies amostradas; e H’: índice de Shannon.

Fragmento A (ha) a (ha) a/A(%) Ni Nf Ne H’

F1 29 0,75 2.59 259 29 64 3,56

F2 600 3,00 0.50 923 42 130 4,00

F3 18 0,75 4.17 146 24 45 3,12

F4 35 0,75 2.14 127 24 34 2,76

F5 540 3,00 0.56 982 47 186 4,28

F6 52 1,00 1.92 239 22 42 2,67

F7 13 0,75 5.77 219 37 96 4,27

F8 95 0,75 0.79 289 27 59 3,26

F9 10 0,50 5.00 148 34 69 3,99

F10 48 0,75 1.56 276 29 62 3,40

A riqueza de espécies e de famílias entre os fragmentos foi comparada por meio de curvas de

rarefação realizadas para todos os fragmentos (Figura 24 e 25). Utilizando-se um valor comum para o

número de indivíduos, de modo a contemplar todos os fragmentos, pode-se notar que o fragmento SESC

apresentou o maior número de espécies esperadas, seguido pelos fragmentos AEROPORTO,

CASTANHEIRAS, UFAM e PARQUE DO MINDU, respectivamente. Os que apresentaram menor

riqueza pela curva foram os fragmentos VILLAR CÂMARA, CAMPOS ELÍSEOS, SAUIM, NÚCLEO

23 e SESI, em ordem decrescente do número esperado de espécies. Isoladamente, as curvas de rarefação

não mostraram claramente uma estabilização do número de espécies para os fragmentos; apenas os

fragmentos UFAM e AEROPORTO apresentaram uma tendência a estabilização.

Apesar do bom desempenho dos fragmentos SESC e CASTANHEIRAS quanto ao Índice de

Shannon e ao número esperado de espécies (curvas de rarefação), é necessário olhar com cuidado esses

Page 73:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

números principalmente quando se considera o número total de espécies amostradas nos fragmentos. Os

números totais de espécies amostradas nos fragmentos AEROPORTO e UFAM foram respectivamente

186 e 130 e nos fragmentos SESC e CASTANHEIRAS 96 e 69 espécies, respectivamente. Considerando

as intensidades amostrais aplicadas aos fragmentos SESC e CASTANHEIRAS, mesmo considerando que

as curvas de rarefação para os dois fragmentos não mostraram uma tendência a estabilização, tal como

aconteceu com os dois fragmentos maiores, parece pouco provável que um aumento no número de

indivíduos amostrados para os fragmentos SESC e CASTANHEIRAS até próximo do número de

indivíduos amostrado no AEROPORTO e UFAM signifique um aumento no número de espécies dos

primeiros fragmentos até valores próximos aos dos últimos. No entanto, seria necessário amostrar-se um

maior número de indivíduos para os dois fragmentos com o fim de comprovar tal suposição. Mesmo

assim, a riqueza específica elevada dos fragmentos SESC e CASTANHEIRAS, perante suas diminutas

áreas, 13 e 10 ha, respectivamente, já é uma razão mais que suficiente para torná-los áreas de relevante

interesse ecológico.

As curvas de rarefação aplicadas para os fragmentos considerando-se as famílias mostraram

resultados bastante parecidos aos das curvas de rarefação para as espécies, no entanto um pouco mais

confusos, principalmente por causa do número de famílias ser substancialmente menor que o de espécies.

Nota-se que o fragmento CASTANHEIRAS aparece ligeiramente com um número esperado de famílias

maior que o fragmento SESC, do qual aparece muito próximo o fragmento AEROPORTO e deste o

fragmento UFAM. Esses quatro fragmentos apresentam, de modo geral, números esperados de famílias

bastante similares, diferenciando-os dos demais.

AEROPORTO e UFAM apresentam uma tendência muito clara para a estabilização do número de

famílias, o que não é evidente para nenhum outro fragmento. Com números esperados de famílias abaixo

dos quatro fragmento mencionados acima e bastante similares entre si aparecem PARQUE DO MINDU,

CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23, SAUIM e VILLAR CÂMARA. O fragmento SESI aparece com o

menor número esperado de famílias para um número determinado de indivíduos, bem abaixo dos demais.

A suposição feita anteriormente para o número total de espécies dos fragmentos não se aplica ao

número total de famílias para os fragmentos. Os fragmentos nos quais a curva de rarefação indicou um

número maior de famílias por número fixo de indivíduos tendem a ter números totais de famílias bastante

similares aumentando-se a intensidade amostral. Do mesmo modo, o segundo grupo de fragmentos, que

apresentou números esperados de famílias inferiores, também tende a ter números totais de famílias

parecidos entre eles.

Page 74:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Figura 28. Curvas de rarefação considerando as espécies para os dez fragmentos amostrados na zona urbana de Manaus-AM. ES(n); número

esperado de espécies; n: número de indivíduos.

Page 75:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Figura 29. Curvas de rarefação considerando as famílias para os dez fragmentos amostrados na zona urbana de Manaus-AM. ES(n); número

esperado de famílias; n: número de indivíduos.

Page 76:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

A Figura 26 mostra o número de espécies necessário por fragmento, considerando-se as “mais

importantes”, para se atingir uma participação no IVI correspondente a 50% e o número de famílias que as

compreendem. Nos fragmentos SESI, CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23 e SAUIM observa-se que

poucas espécies são responsáveis por 50% do IVI total, aproximadamente. De outro lado, em fragmentos

como AEROPORTO, SESC, UFAM e CASTANHEIRAS, um número elevado de espécies é requerido

para formar 50% do IVI total.

0

5

10

15

20

25

30

F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10

fragmentos

núm

ero

de e

spéc

ies

0

5

10

15

20

25

30

núm

ero

de fa

míli

as

número de espécies número de famílias

Figura 30. Número de espécies por fragmento amostrado, considerando-se as mais importantes, necessário para

atingir participação de 50% no Índice de Valor de Importância em porcentagem (IVI%) com o número de famílias

correspondente. F1: PARQUE DO MINDU; F2: UFAM; F3: CAMPOS ELÍSEOS; F4: NÚCLEO 23; F5:

AEROPORTO; F6: SESI; F7: SESC; F8: SAUIM; F9: CASTANHEIRAS; F10: VILLAR CÂMARA.

Ocorreram semelhanças florísticas expressivas entre todos os fragmentos analisados com áreas de

floresta primária de outros estudos (Higuchi et al.,1997; Ribeiro et al., 1999; Lima, 2002; Carneiro, 2004;

Oliveira & Amaral, 2004), indicando que estas áreas são remanecentes da vegetação florestal original,

guardando vestígios da floresta matriz.

Em alguns fragmentos houve semelhanças nas proporções de famílias e espécies com florestas

primárias regionais. Assim, por exemplo, famílias que tiveram grande importância em estudos realizados

por Carneiro (2004) e Oliveira & Amaral (2004) em área de floresta primária próxima a Manaus, como

Sapotaceae, Lecythidaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Arecaceae, Chrysobalanaceae, Caesalpinaceae e

Burseraceae também tiveram importância grande nos fragmentos da UFAM, do AEROPORTO, SESC,

PARQUE DO MINDU e CASTANHEIRAS. Espécies muito comuns em florestas primárias de terra-firme

Page 77:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

como o breu-vermelho e o matamatá amarelo (Higuchi et al.,1997; Lima, 2002; Carneiro, 2004) também

apareceram com destaque em fragmentos como o da UFAM e do AEROPORTO.

A análise da composição florística dos fragmentos encontrou a presença de espécies, gêneros e

famílias indicadores e caracterizadores de áreas com vegetação secundárias submetidas a diversas formas

de uso do solo. Assim, por exemplo, a presença de indivíduos da família Cecropiaceae (embaubarana,

embaúba), dos gêneros Clusia e Vismia (apuí e lacre) e das espécies dima e pau-pombo é um indicativo de

regeneração florestal recente. Tais indivíduos ocorreram de forma marcante em fragmentos como o do

CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23, CASTANHEIRAS e SESI, e condizem com outros trabalhos

realizados em áreas de vegetação secundária ou capoeiras (Nelson et al., 1999; Lima, 2002).

Em alguns fragmentos pôde-se notar a presença de espécies arbóreas reconhecidamente exóticas a

flora nativa regional: no PARQUE DO MINDU a castanhola (1 indivíduo), o jambo (1 indivíduo) e o

cacau (1 indivíduo); no CAMPOS ELÍSEOS a castanhola (3 indivíduos) e o cupuaçu (1 indivíduo); e no

NÚCLEO 23 a mangueira com dois indivíduos A presença dessas espécies é sinal de interferência

antrópica nos fragmentos, seja na forma do cultivo de espécies frutíferas no seu interior (jambo, cupuaçu,

cacau e mangueira), atestando também um histórico de uso mais remoto (PARQUE DO MINDU) ou mais

recente (CAMPOS ELÍSEOS e NÚCLEO 23), seja na forma de espécies utilizadas na arborização urbana

(castanhola, no caso) que acabam sendo dispersadas para o interior da mata. A castanhola,

particularmente, é muito comum nas regiões de bordas de fragmentos e na vegetação que margeia muitos

igarapés de Manaus, sendo também muito freqüente na arborização da cidade.

Os valores de diversidade de Shannon (H’), analisados isoladamente, condizem com os valores

encontrados para outras áreas de vegetação primária ou secundária na região de Manaus. Por exemplo,

Lima (2002), em trabalho realizado na região de Manaus, encontrou valores de 1,76, 2,93, 3,28 para

capoeiras com 6, 10 e 25 anos respectivamente, parecidos com os valores encontrados para os fragmentos

CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23 e SESI; para amostras em florestas primárias, os valores de 4,51 e

4,38, próximos dos valores encontrados aqui para a área da UFAM, do AEROPORTO, SESC e

CASTANHEIRAS. Higuchi et al. (1997) trabalhando em área próxima ao local estudado por Lima (2002)

mas exclusivamente em floresta primária, encontrou os índices de diversidade de Shannon de 4,39 e 4,59.

Entre as espécies que estiveram presentes em um maior número de fragmentos destacam-se: o

breu-vermelho, presente nos dez fragmentos amostrados; o pau-pombo, o ingá vermelho, a muiratinga e a

ucuuba branca, todos presentes em nove fragmentos; dima, araçá-bravo, uxirana, embaubarana, cardeiro,

ucuuba vermelha e louro preto, presentes em oito fragmentos.

Quanto às famílias botânicas que ocorreram em um maior número de fragmentos destacam-se

Anacardiaceae, Arecaceae, Burseraceae, Caesalpinaceae, Clusiaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae,

Mimosaceae, Myristicaceae presentes em todos os fragmentos; já, Chrysobalanaceae, Flacourtiaceae,

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Lecythidaceae, Moraceae e Myrtaceae ocorreram em nove de dez fragmentos amostrados. As famílias

Duckeodendraceae, Memecylaceae, Quinaceae, Sterculiaceae e Ulmaceae foram encontradas cada uma

em um fragmento apenas.

As espécies que estiveram presentes mais vezes nas primeiras 10 posições em relação ao IVI nos

fragmentos estudados foram: ingá vermelho (em 6 fragmentos); bacaba, dima, envira-fofa, pau-pombo e

tinteira (em 5 fragmentos); açaí, apuí, breu-vermelho e seringarana (em 4 fragmentos); buriti, matamatá-

amarelo e muiratinga (em 3 fragmentos).

As espécies raras, considerando todas as 48 unidades de amostragem e os 3608 indivíduos

amostrados, foram 56, correspondendo a 22%, aproximadamente, do total de espécies. Entre elas

encontram-se o angelim-pedra, a carapanaúba, a copaíba, a itaúba, o louro-branco, o louro-vermelho e o

tento-azul, espécies tradicionalmente usadas para fins madeireireiros, de alto valor econômico e, talvez

por isso, raras em Manaus.

Muito importante foi a presença da família Arecacea nos fragmentos. Na Tabela 13 pode ser vista

o número de indivíduos dessa família encontrados e a proporção que representam em relação ao total de

indivíduos em cada fragmento, além da participação que das espécies de Arecaceae no IVI. Nota-se

valores significativamente altos na maioria dos fragmentos. Uma das razões para a significativa expressão

da família Arecaceae é a localização desses fragmentos em áreas baixas, próximos a rede hidrográfica

local, em ambientes de Floresta de Baixio. Nesse ambiente é comum a ocorrência abundante de palmeiras

arbóreas, como por exemplo patauá (Oenocarpus bataua) e buriti (Mauritia flexuosa) (Ribeiro et al.,

1999). Praticamente todos os fragmentos amostrados são cortados por igarapés e têm boa parte de sua

extensão em áreas baixas ou mesmo indundadas periodicamente (VILLAR CÂMARA e CAMPOS

ELÍSEOS, principalmente).

Tabela 13. Ocorrência de espécimes de Arecaceae nos fragmentos amostrados.

Fragmentos Número de indivíduos Porcentagem de indivíduos em relação ao total amostrado

IVI %

PARQUE DO MINDU 75 28.96 22.26 UFAM 168 18.18 11.90 C. ELÍSEOS 62 42.47 38.89 NÚCLEO 23 17 13.39 11.18 AEROPORTO 103 10.49 6.21 SESI 91 38.08 32.00 SESC 27 12.33 11.37 SAUIM 15 5.19 5.67 CASTANHEIRAS 2 1.35 1.15 VILLAR CÂMARA 113 40.94 27.75

Total geral 673 18.65

Page 79:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

A similaridade florística entre os fragmentos foi realizada pela análise de agrupamento sendo representada

pelo dendrograma da Figura 27. As similaridades mais representativas ocorreram entre os fragmentos

UFAM e AEROPORTO (~ 61%), PARQUE DO MINDU e VILLAR CÂMARA (~ 44%), SESI e SAUIM

(~ 41%) e SESC e CASTANHEIRAS (~ 39%).

Figura 31. Dendrograma de similaridade florística originado a partir da análise de agrupamento (Bray-Curtis) entre

os fragmentos florestais amostrados na cidade de Manaus-AM.

UFAM e AEROPORTO tratam-se de fragmentos grandes que, de uma maneira geral, não

sofreram interferência antrópica significativa mantendo preservada, razoavelmente, a estrutura de sua

extensa área florestal. São comuns aos dois fragmentos 98 espécies. O número de indivíduos amostrados,

de certa forma, corrobora na elevada similaridade, mas não invalida, de maneira alguma, seu significado.

Os fragmentos PARQUE DO MINDU e VILLAR CÂMARA estão situados relativamente

próximos um do outro às margens do curso principal do Igarapé do Mindu, conforme pode ser visto pela

Figura 28, em ambientes classificados como florestas de baixio, o que pode ser atestado pelas espécies

típicas desse ambientes, conforme Ribeiro et al. (1999), que estão dentre as espécies em comum aos dois

fragmentos como açaí, patauá, buritirana e pachiubinha. Isso pode ser a principal razão para a similaridade

observada, indicando também que os fragmentos são remanescentes da mesma matriz florestal.

% SIMILARIDADE

Page 80:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Os fragmentos SESI e SAUIM apresentam a particularidade de estarem em franco processo de

regeneração florestal e serem, atualmente, áreas de acesso restrito; dentre as 25 espécies em comum,

algumas são indicadoras de áreas perturbadas ou em estágio incial de regeneração como as do gênero

Vismia (lacres), pau-pombo e dima (Ribeiro et al., 1999). A similaridade observada entre os fragmentos

SESC e CASTANHEIRAS é um forte indicío para a argumentação de que são remanescentes da mesma

matriz florestal, dado a distância relativamente longa entre eles e suas áreas pouco extensas (13 e 10 ha,

respectivamente).

Estratificando-se os fragmentos amostrados em dois grupos, de acordo com sua área total, em

fragmentos grandes (UFAM e AEROPORTO) e fragmentos pequenos (os demais) contabilizou-se as

espécies que foram exclusivas a cada grupo (Tabelas 14 e 15). Observa-se que foram exclusivas aos

fragmentos pequenos 53 espécies, cerca de 21% do total de espécies amostradas nos 10 fragmentos, sendo exclusivas

aos fragmentos grandes 63 espécies, cerca de 25% do total de espécies. Um aspecto importante é que todos os

fragmentos apresentaram espécies exclusivas à eles. Assim, o conjunto das espécies dos fragmentos grandes

não conteve o conjunto das espécies dos fragmentos pequenos.

Para saber se amostragem realizada nos fragmentos grandes e pequenos foi suficiente para estimar

o número de espécies nesses dois grupos de fragmentos foram traçadas curvas espécie-área utilizando-se

das unidades de amostragem dos fragmentos grandes e pequenos. As curvas podem ser vistas nas Figuras

28 e 29. As duas curvas indicam uma tendência a estabilização em relação ao número de espécies, embora

mais evidente para o grupo dos fragmentos grandes, indicando que haveria um acréscimo pequeno no

número de espécies ao se aumentar o número de unidades de amostragem. Com isso pode-se deduzir que

o número de espécies exclusivas aos grupos dos fragmentos grandes ou pequenos não seria modificada

significativamente com um esforço amostral maior.

Page 81:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 14. Espécies com suas respectivas famílias e número de indivíduos por fragmento que não ocorrem nos

fragmentos UFAM (F2) e AEROPORTO (F5), sendo exclusivas aos demais fragmentos

Espécies Família F1 F3 F4 F6 F7 F8 F9 F10 TOTAL

Açai

Arecaceae

27

21

7

6

45

106

Buriti

Arecaceae

10

33

1

3

47

Pachiubinha

Arecaceae

5

1

3

2

16

27

Murici de campina

Malpighiaceae

2

15

1

18

Murta da mata

Myrtaceae

2

1

11

14

Sorvinha

Apocynaceae

8

5

13

Morototó

Araliaceae

8

2

1

1

12

Abiurana bacuri

Sapotaceae

5

1

6

Mata pau

Clusiaceae

4

2

6

Supiarana

Euphorbiaceae

2

3

1

6

Taperebá

Anacardiaceae

5

1

6

Fava benguê

Mimosaceae

2

2

1

5

Fava orelha de macaco

Mimosaceae

4

1

5

Sapota

Sapotaceae

1

3

1

5

Sorva da mata

Apocynaceae

2

1

2

5

Andiroba

Meliaceae

2

2

4

Castanha do Brasil

Lecythidaceae

4

4

Castanhola

Combretaceae

1

3

4

Envira pente de macaco

Tiliaceae

1

1

1

1

4

Tarumã branco

Verbenaceae

4

4

Ata brava

Annonaceae

3

3

Capitiú

Monimiaceae

2

1

3

Coração de negro

Fabaceae

2

1

3

Figueira

Moraceae

3

3

Jatobá

Caesalpinaceae

3

3

Lacre branco

Clusiaceae

2

1

3

Piabinha roxa

Flacourtiaceae

2

1

3

Arraieira branca

Euphorbiaceae

2

2

Azeitona

Myrtaceae

2

2

Frejó branco

Boraginaceae

2

2

Mangueira

Anacardiaceae

2

Muiraximbé

Rubiaceae

2

2

Paxiúba

Arecaceae

1

1

2

Tarumã

Verbenaceae

2

2

Vassoureiro

Euphorbiaceae

1

1

2

Acariquara branca

Apocynaceae

1

1

Angelim pedra

Mimosaceae

1

1

Biribá

Annonaceae

1

1

Breu

Burseraceae

1

1

Cacau

Sterculiaceae

1

1

Casca doce

Sapotaceae

1

1

Cupuaçu

Sterculiaceae

1

1

Fava fofa

Mimosaceae

1

1

Fruta pão

Moraceae

1

1

Jambo

Myrtaceae

1

1

Louro vermelho

Lauraceae

1

1

Macucu de sangue

Fabaceae

1

1

Muirapiranga folha miúda

Caesalpinaceae

1

1

Pau tanino

Moraceae

1

1

Periquiteira roxa

Flacourtiaceae

1

1

Quaruba branca

Vochysiaceae

1

1

Tauari de cachimbo

Lecythidaceae

1

1

Tento azul

Fabaceae

1

1

TOTAL 86 66 15 12 47 41 13 74 356

Page 82:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 15. Espécies com suas respectivas famílias botânicas e número de indivíduos por fragmento exclusivas aos

fragmentos UFAM e AEROPORTO.

Espécies

Famílias

F2

F5

TOTAL

Abiurana abiu

Sapotaceae

1

9

10

Abiurana cotiti

Sapotaceae

1

1

Abiurana fedorenta

Sapotaceae

1

1

Abiurana ferro

Sapotaceae

1

1

Acariquara roxa

Olacaceae

2

1

3

Amapá amarelo

Moraceae

1

1

Bacuri jacaré

Clusiaceae

1

1

Breu manga

Burseraceae

1

4

5

Breu peludo

Burseraceae

4

4

Breu pitomba

Burseraceae

1

1

Buxuxu orelha de burro

Melastomataceae

3

3

Cajuí folha grande

Anacardiaceae

1

1

Carapanaúba

Apocynaceae

1

1

Castanha de cotia

Flacourtiaceae

1

1

castanha de galinha

Chrysobalanaceae

4

1

5

Castanha de paca

Bombacaceae

2

2

Castanha jacaré

Lecythidaceae

6

5

11

Castanha jarana

Lecythidaceae

1

1

Castanha jarana folha grande

Lecythidaceae

1

1

2

Chichuá

Celastraceae

1

1

Chiclete bravo

Sapotaceae

3

3

Copaíba

Caesalpinaceae

1

1

Coruminzeiro

Ulmaceae

1

1

Envira

Annonaceae

1

1

Envira amargosa

Annonaceae

1

1

Envira saraçará

Annonaceae

2

1

3

Envira vermelha

Annonaceae

1

1

Falsa rainha

Moraceae

4

4

Fava arara tucupi

Mimosaceae

1

1

Fava pé de arara

Mimosaceae

2

2

Goiaba de anta

Melastomataceae

7

7

Inga cauliflora

Mimosaceae

1

1

Ingá ferro

Mimosaceae

1

3

4

Ingá jibóia amarelo

Mimosaceae

1

1

Itaúba

Lauraceae

1

1

Jenipapinho

Fabaceae

1

1

João mole

Nyctaginaceae

4

2

6

Louro amarelo

Lauraceae

1

1

2

Louro branco

Lauraceae

1

1

Louro gamela

Lauraceae

2

2

Macucu fofo

Chrysobalanaceae

1

3

4

Macucu murici

Humiraceae

4

4

Mamãozinho

Memecylaceae

1

1

Mandioqueira lisa

Vochysiaceae

1

1

2

Mandioqueira preta

Vochysiaceae

1

1

Moela de Mutum

Quinaceae

1

1

Muiracatiara

Anacardiaceae

2

2

4

Muirajibóia jurumum

Fabaceae

1

1

Mururé

Moraceae

1

1

Papo de mutu

Quinaceae

1

1

Pupunharana

Duckeodendraceae

1

1

Quarubarana

Vochysiaceae

1

1

Ripeiro vermelho

Lecythidaceae

1

16

17

Rosada brava

Sapotaceae

1

1

Sacaca brava

Euphorbiaceae

1

1

Sorvão

Apocynaceae

1

1

Taboquinha

Rubiaceae

1

2

3

Ucuuba peluda folha grande

Myristicaceae

1

1

Urucurana cacau

Tiliaceae

3

3

Uxi de cotia

Flacourtiaceae

1

1

Uxi de morcego

Ochnaceae

2

2

4

Uxi preto

Humiraceae

6

6

Violeta

Caesalpiniaceae

1

1

TOTAL 51 110 161

Page 83:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

0

50

100

150

200

250

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Unidades de amostragem

Núm

ero

de e

spéc

ies

Figura 32. Curva espécie-área para o grupo dos fragmentos florestais considerados pequenos (PARQUE DO

MINDU, CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23, SESI, SESC, SAUIM, CASTANHEIRAS e VILLAR CÂMARA)

amostrados na zona urbana de Manaus-AM.

0

50

100

150

200

250

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Undades de amostragem

Núm

ero

de e

spéc

ies

Figura 33. Curva espécie-área para o grupo dos fragmentos florestais considerados grandes (UFAM e

AEROPORTO) amostrados na zona urbana de Manaus-AM.

Page 84:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

As estimativas médias do número de indivíduos por hectare e dos parâmetros dendrométricos área

basal (m²/ha), volume comercial com casca (m³/ha), fitomassa fresca acima do solo (ton/ha), fitomassa

seca acima do solo (ton/ha) e estoque de carbono na vegetação (ton/ha) foram calculadas para os dez

fragmentos amostrados e são apresentadas nas tabelas 16.

Tabela 16. Estimativas médias por fragmento do número de indivíduos por hectare de área basal (m²/ha), fitomassa

seca acima do solo (ton/ha), fitomassa seca acima do solo (ton/ha) e quantidade de carbono (ton/ha) para os dez

fragmentos amostrados na cidade de Manaus-AM. N/ha: indivíduos por hectare; DAPm: diâmetro à altura do peito

médio; G: Área basal por hectare; Ff: fitomassa fresca acima do solo; Fs: fitomassa seca acima do solo; C:

quantidade de carbono.

Fragmento N/ha DAPm (cm) G (m²/ha) Ff (ton/ha) Fs (ton/ha) C (ton/ha)

PARQUE DO MINDU 345 20.30 14,29 255,92 159,55 79,78

UFAM 308 20.04 12,27 227,18 136,31 68,15

C. ELÍSEOS 195 23.56 10,43 198,94 119,37 59,68

NÚCLEO 23 169 19.20 5,82 103,14 61,88 30,94

AEROPORTO 327 20.79 14,45 272,19 163,31 81,66

SESI 239 18.89 7,87 138,57 83,14 41,57

SESC 292 19.98 11,06 200,27 120,16 60,08

SAUIM 385 15.74 8,74 139,52 83,71 41,85

CASTANHEIRAS 296 20.02 11,66 216,19 129,71 64,86

VILLAR CÂMARA 368 19.12 12,73 226,60 135,96 67,98

Pela tabela pode-se observar que os fragmentos CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23 e SESI

apresentam o menores número de indivíduos por hectare e de área basal por hectare. O fragmento SAUIM

possui a maior número de indivíduos por hectare, no entanto possui um dos menores valores para área

basal. As estimativas de área basal para os fragmentos amostrados podem ser consideradas baixas quando

comparadas às obtidas por Higuchi et al. (1997) em floresta primária próxima a Manaus, que encontrou,

para indivíduos com DAP = 10cm, 28 m²/ha, aproximadamente. A estimativas médias por hectare de

fitomassa fresca e seca acima do solo e carbono seguem as mesmas tendências da área basal. Assim, por

exemplo, o fragmento AEROPORTO é o que possui a maior área basal média por hectare e também o que

possui os maiores valores de fitomassa e de carbono estocado; do mesmo modo, o fragmento NÚCLEO 23

possui as menores estimativas médias de área basal por hectare como também as menores estimativas de

fitomassa e de carbono estocado.

Page 85:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

A distribuição do número de indivíduos por hectare em classes de diâmetro é mostrada na tabela

17. Os números totais apontam que as duas classes menores (10 a 15 cm e 15,1 a 20 cm) contêm cerca de

66% dos indivíduos. Apenas os fragmentos PARQUE DO MINDU, UFAM e AEROPORTO possuiram

indivíduos com diâmetros superiores a 70 cm. CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23 e SESC não possuiram

indivíduos nas classes de diâmetros maiores do que 60 cm. No fragmento SAUIM as duas primeiras classe

de diâmetro contiveram mais de 85% dos indivíduos, o que explica o elevado número total de indivíduos

por hectare relatado anteriormente.

Tabela 17. Número de indivíduos por hectare por classe diamétrica para os dez fragmentos florestais amostrados na

cidades de Manaus-AM. F1: Parque do Mindu; F2: UFAM; F3: CAMPOS ELÍSEOS; F4: NÚCLEO 23; F5:

AEROPORTO; F6: SESI; F7: SESC; F8: SAUIM; F9: CASTANHEIRAS; F10: VILLAR CÂMARA.

FRAGMENTOS Classe diamétrica

(cm) F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 Total (%)

10 a 15 136.00 110.67 58.67 57.33 119.33 99.00 106.67 213.33 106.00 150.67 39.583 15 a 20 93.33 80.67 48.00 54.67 83.33 54.00 77.33 114.67 66.00 94.67 26.214

20 a 25 40.00 46.67 18.67 24.00 47.67 41.00 41.33 40.00 56.00 40.00 13.517

25 a 30 28.00 33.00 9.33 16.00 30.33 25.00 24.00 8.00 32.00 48.00 8.673

30 a 35 20.00 14.00 17.33 5.33 15.00 11.00 17.33 2.67 24.00 12.00 4.741

35 a 40 9.33 8.00 18.67 4.00 9.33 5.00 10.67 1.33 4.00 12.00 2.815

40 a 45 4.00 6.00 13.33 6.67 7.00 1.00 6.67 1.33 0.00 1.33 1.618

45 a 50 5.33 3.67 6.67 0.00 4.33 1.00 5.33 0.00 4.00 5.33 1.220

50 a 55 4.00 1.33 4.00 0.00 1.33 1.00 1.33 0.00 2.00 0.00 0.513

55 a 60 0.00 1.33 0.00 0.00 2.33 0.00 1.33 2.67 0.00 2.67 0.353

60 a 65 2.67 0.33 0.00 1.33 4.00 1.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.319

65 a 70 1.33 0.33 0.00 0.00 1.33 0.00 0.00 1.33 0.00 1.33 0.194

70 a 75 0.00 0.00 0.00 0.00 0.67 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.023

75 a 80 1.33 0.33 0.00 0.00 0.67 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.080

80 a 85 0.00 0.67 0.00 0.00 0.33 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.034

85 a 90 0.00 0.00 0.00 0.00 0.33 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.011

90 a 95 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.000

95 a 100 0.00 0.33 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 2.00 0.00 0.080

100 a 105 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.000

105 a 110 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.000

110 a 115 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.000

115 a 120 Total

0.00 345

0.33 308

0.00 195

0.00 169

0.00 327

0.00 239

0.00 292

0.00 385

0.00 296

0.00 368

0.011 100

Na Figura 30 foram considerados apenas os indivíduos com DAP = 40 cm, limite no qual

encontram-se mais de 90% dos indivíduos, para melhor visualização da distribuição do número de

indivíduos por hectare pelas classes diamétricas. Observa-se para todos os fragmentos uma concentração

Page 86:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

maior de indivíduos nas primeiras classes diâmetricas, decrescentemente das menores classes para as

maiores, num padrão típico para florestas tropicais nativas (Jardim & Hosokawa, 1986; Jardim, 1995;

Souza, 1999) em formato de J-invertido. Em alguns esse padrão foi um pouco menos evidente como no

CAMPOS ELÍSEOS e no NÚCLEO 23.

0

50

100

150

200

250

12.5 17.5 22.5 27.5 32.5 37.5

centro de classe de DAP (cm)

Nu

mer

o d

e in

div

ídu

os

po

r h

ecta

re

F1F2F3F4F5F6F7F8F9F10

Figura 34. Número de indivíduos por hectare por classe diamétrica para DAPs até 40 cm para os dez fragmentos

florestais amostrados na zona urbana de Manaus-AM. F1: Parque do Mindu; F2: UFAM; F3: CAMPOS ELÍSEOS;

F4: NÚCLEO 23; F5: AEROPORTO; F6: SESI; F7: SESC; F8: SAUIM; F9: CASTANHEIRAS; F10: VILLAR

CÂMARA.

A distribuição da área basal em classes de diâmetro é apresentada na Tabela 18, em classes com

intervalos de 10 cm, ao invés de 5 cm (como feito anteriormente), com o fim de facilitar a leitura dos

dados. Novamente, as menores classes diamétricas são responsáveis pelo maior percentual em área basal.

O baixo valor de área basal para o fragmento SAUIM reflete melhor a concentração elevada do número de

indivíduos nas primeiras classes diamétricas. Os fragmentos CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23 e SESI

apresentaram os menores valores de área basal por hectare. Um acréscimo em área basal mais uniforme a

medida em que se avança na classes diamétricas pode ser observado para o fragmento AEROPORTO e

menos em outros como UFAM, PARQUE DO MINDU, CASTANHEIRAS e VILLAR CÂMARA.

Page 87:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 18. Distribuição de área basal por hectare (m²/ha) por classe de DAP (intervalo de 10 cm) para os dez

fragmentos florestais amostrados na cidade de Manaus-AM.

As distribuições de fitomassa fresca, fitomassa seca e carbono por hectare por classe diamétrica

seguem padrão similar a distribuição da área basal por hectare. Assim, pode-se concluir que as classes que

contêm os DAPs menores são as maiores respodem pela maior parte da fitomassa fresca acima do solo e,

conseqüentemente, pela maior parte do carbono estocado nos fragmentos amostrados.

A Tabela 19 mostra a estatística descritiva para número de indivíduos, área basal, fitomassa fresca

acima do solo, fitomassa seca acima do solo e carbono, estimativas médias por hectare, considerando as

unidades de amostragem em todos os fragmentos amostrados. Nos fragmentos UFAM e AEROPORTO

considerou-se as 3 regiões amostrais (conforme representadas na metodologia) como sendo equivalentes a

três unidades de amostragem, computando-se a média das estimativas das 4 unidades presentes em cada

região amostral. Assim ao invés de 12 unidades para cada um, os fragmentos UFAM e AEROPORTO,

ficaram como se tivesssem 3 unidades de amostragem em cada. Desse modo pode-se compor uma

distribuição razoavelmente eqüitativa de unidades de amostragem nos fragmentos, com 3 unidades por

fragmento, em média. Asssim formou-se um banco de dados com 30 unidades de amostragem distribuídas

em 10 fragmentos florestais na zona urbana de Manaus.

Esses números representam uma primeira estimativa, para indivíduos arbóreos com DAP = 10cm,

do número de indivíduos por hectare, da área basal por hectare, da fitomassa acima do solo por hectare e

do carbono por hectare estocado para fragmentos florestais urbanos de Manaus, dando uma noção

realística da expressividade desses remanescentes florestais quanto a esses parâmetros.

Classes de diâmetro (cm) FRAGMENTOS

10-20 20-30 30-40 40-50 50-60 60-70 70-80 > 80 total total (%)

PARQUE DO MINDU 4,0 3,2 2,7 1,5 0,8 1,3 0,7 0,0 14,3 13,1 UFAM 3,2 3,7 2,0 1,5 0,6 0,2 0,2 1,0 12,3 11,2 CAMPO ELÍSEOS 1,9 1,3 3,5 2,9 0,8 0,0 0,0 0,0 10,4 9,5 NÚCLEO 23 1,9 1,8 0,8 0,9 0,4 0,0 0,0 0,0 5,8 5,3 AEROPORTO 3,4 3,6 2,2 1,7 0,9 1,7 0,6 0,4 14,4 13,2 SESI 2,5 3,1 1,4 0,3 0,2 0,3 0,0 0,0 7,9 7,2 SESC 3,1 3,0 2,5 1,8 0,6 0,0 0,0 0,0 11,1 10,1 SAUIM 5,1 1,9 0,4 0,2 0,7 0,5 0,0 0,0 8,7 8,0 CASTANHEIRAS 2,8 4,1 2,3 0,7 0,4 1,4 0,0 0,0 11,7 10,7 VILLAR CÂMARA 4,0 4,2 2,3 1,1 0,7 0,4 0,0 0,0 12,7 11,6 total 32,0 29,9 20,0 12,6 6,2 5,8 1,4 1,4 109,3 100,0

total (%) 29,3 27,4 18,3 11,5 5,6 5,4 1,3 1,3 100,0

Page 88:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

Tabela 19. Estatítica descritiva do número de indivíduos (ni/ha), da área basal (AB), da fitomassa fresca acima do

solo (F), da fitomassa seca acima do solo (Fs) e quantidade de carbono (C) por hectare de dados médios dessas

medidas coletados em 30 unidades de amostragem localizadas em 10 fragmentos florestais na cidade de Manaus-

AM.

Medidas ni/ha AB (m²/ha) F (ton/ha) Fs (ton/ha) C (ton/ha)

Média 291 10.81 196.26 117.76 58.88

Desvio padrão 100.37 3.97 77.90 46.74 23.37

Erro padrão 18.33 0.72 14.22 8.53 4.27

Mínimo 104 3.18 54.33 32.60 16.30

Máximo 532 17.46 324.06 194.43 97.22

Alguns aspectos da composição florística e de parâmetros estruturais dos fragmentos foram

correspondidos com dados e informações de histórico de uso, condições fitossanitárias e características

fisionômicas dos mesmos e são descritos a seguir.

O fragmento AEROPORTO apresentou alta riqueza específica de espécies e famílias, uma

composição florística bastante diversificada, com muitas espécies assumindo posições populacionais de

destaque, com estimativa de número de indivíduos por hectare elevada e a maior estimativa de área basal

entre os fragmentos amostrados. Foi o fragmento que mais se assemelhou às florestas primárias da região.

Os dados e informações são correspondentes com uma história de uso com pouca interferência humana,

com o fato do fragmento ser institucional e com um controle de acesso bastante rigoroso. Ademais, possui

uma área relativamente grande (~540 ha) com vizinhança mista, composta de estruturas urbanas e áreas

florestais também bastante extensas.

O fragmento UFAM apresentou uma riqueza específica de espécies entre as mais altas também.

Tal como no AEROPORTO foram nele instaladas 12 unidades de amostragem, com um número

semelhante de indivíduos amostrados; no entanto, o número de espécies encontradas (130) foi

substancialmente inferior ao do outro fragmento (186 espécies), como também o Índice de Shannon. As

estimativas de parâmetros dendrométricos seguiram a mesma tendência, constituindo-se em valores

elevados, mas inferiores ao do AEROPORTO. Na composição de espécies apareceram espécies comuns a

áreas de sucessão secundária inicial que não apareceram ou não foram representativos no AEROPORTO.

Esse conjunto de aspectos da composição florística e da estrutura do fragmento UFAM é associado a uma

história de fragmentação antiga, relacionado a um fragmento inserido numa matriz urbana que o vem

pressionando e iteragindo com ele há mais tempo e com uma intensidade muito maior que o

AEROPORTO.

A riqueza específica de espécies mais alta, constatada pela curva de rarefação, foi relativa ao

fragmento SESC, onde numa amostragem de 219 indivíduos encontrou-se 96 espécies. A composição de

Page 89:  · TABELA 2. Parâmetros fitossociológicos e famílias botânicas das espécies em 0,75 hectare amostrado no fragmento PARQUE DO MINDU, Manaus-AM ..... 37 TABELA 3. Parâmetros

espécies foi bastante diversificada e o número de indivíduos por hectare e área basal foram bem

equilibrados pelas classes diâmetricas. Apesar da presença de espécies de áreas alteradas e capoeiras entre

as mais importantes, o número elevado de outras espécies nesse grupo diminui a relevância das primeiras.

Ao fragmento SESC está associado o caráter institucional de sua existência e o tamanho diminuto de sua

área, que se encontra toda cercada e com acesso de pessoas muito bem controlado.

O fragmento CASTANHEIRAS também apresentou riqueza específica alta, muito similar ao

AEROPORTO. No entanto, diferentemente do SESC, a composição florística detectou muitas espécies

típicas de áreas de sucessão secundária, que representaram porcentual expressivo em relação ao IVI. A

presença dessas espécies aparece associada a uma área de tamanho reduzido (10 ha), em formato

alongado, pertencente ao município, com acesso não restrito. Além disso, o fragmento possui condições

fitossanitárias relativamente ruins, interferência antrópica constante e pressão por ocupação de moradores

do entorno.

No fragmento SESI as estimativas de parâmetros dendrométricos foram muito baixas, como

também o foram a riqueza de espécies e famílias. Pouquíssimas espécies assumiram importância

populacional considerável, havendo espécies tipicamente ocorrentes em vegetação secundária. Esses

dados e informações vêm associados com um histórico de desmatamento recente ocorrido na área em

1992, denunciando que o fragmento encontra-se em processo inicial de regeneração florestal; também

pelo fato da vegetação ser intensamente recortada por piques largos e com a presença de clareiras abertas

pela admnistração do clube com finalidades diversas.

No fragmento SAUIM, houve uma porcentagem elevada de número de indivíduos e área basal por

hectare nas menores classes diamétricas. Espécies típicas de vegetação secundária também ocorreram.

Esses aspectos são correspondidos com o fato da área ter um histórico de uso e perturbação bastante

intenso, denotando processos regeneração florestal em váiras porções do fragmento. O fragmento tem

densidade de trilhas bem inferior ao SESI.

Os fragmentos PARQUE DO MINDU e VILLAR CÂMARA apresentaram semelhança

considerável quanto a composição de espécies, como já foi mostrado na Figura 27 e comentado a seguir.

As estimativas de número de indivíduos e área basal por hectare, de riqueza de espécies e famílias foram

também bastante próximas entre os fragmentos e se situaram numa posição intermediária em relação aos

outros fragmentos. Ademais aos fatores já comentados para esses fragmentos, associa-se a condição de um

deles (PARQUE DO MINDU) ser área pública municipal fechada (Parque Municipal) e a de outro

(VILLAR CÂMARA) ser um misto de área pública com acesso livre e área particular com acesso mais

restrito. O fato dos dois fragmentos se assemelharem nos diversos aspectos analisados é uma prova de que

o histórico de uso do fragmento VILLAR CÂMARA não foi tão intenso a ponto de afetar sua condição

estrutural de modo significativo.

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Os fragmentos CAMPOS ELÍSEOS e NÚCLEO 23 apresentaram marcante presença de

espécies florestais de estágios iniciais de sucessão secundária, baixa riqueza específica de espécies, poucas

espécies entre as mais importantes e estimativas de número de indivíduos por hectare e área basal baixas.

Esses aspectos estruturais de composição florística e parâmetros fitossociológicos foram associados a

históricos de uso de intensa perturbação, com quantidade expressiva de resíduos domésticos e comerciais,

interferência antrópica constante (retirada de produtos florestais e plantio de espécies agrícolas) e à áreas

públicas municipais abertas, com acesso ao seu interior não restritivo.

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6. CONCLUSÃO

A análise estrutural mostrou-se eficaz na avaliação da situação atual dos fragmentos e foi

compatível, na maioria dos casos, com os históricos e condições de uso e perturbação.

Os fragmentos florestais urbanos de Manaus amostrados guardam muitas semelhanças com áreas

de florestas primárias de regiões próximas a Manaus, denotadas pelo conjunto de espécies e famílias em

comum, pela importãncia fitossociológica dessas espécies e famílias e pela distribuição diamétrica de seus

indivíduos arbóreos. Sendo assim podem ser considerados remanescentes de florestas primárias de terra-

firme ocorrentes na região de Manaus-AM.

Foram encontradas 256 espécies e 51 familias botânicas em 10 fragmentos amostrados. As curvas

de rarefação e espécie-área mostram que o número de espécies é ainda maior; o mesmo não ocorre com o

número de famílias, o qual parece estar razoavelmente estabilizado. Foram muito frequentes na

amostragem as espécies breu-vermelho, pau-pombo, ingá-vermelho, muiratinga, ucuúba-branca, dima,

araçá-bravo, uxirana, embaubarana, cardeiro, ucuuba-vermelha e louro-preto; e as famílias Anacardiaceae,

Arecaceae, Burseraceae, Caesalpinaceae, Clusiaceae, Euphorbiaceae, Lauraceae, Mimosaceae e

Myristicaceae. Arecaceae é uma família muito importante na maioria dos fragmentos.

As estimativas médias do número de indivíduos por hectare, área basal, fitomassa fresca acima do

solo e carbono para os fragmentos amostrados (IC 95%) são respectivamente: 291 ± 35,92 indivíduos/ha,

10,81 ± 1,42 m²/ha, 196,26 ± 27,87 ton/ha e 58,88 ± 8,36 ton/ha. Essas estimativas dão uma noção da

dimensão desses parâmetros nos fragmentos florestais situados na zona urbana de Manaus-AM. No

entanto, recomenda-se que outros estudos sejam realizados, unicamente com este fim, para gerar

estimativas mais precisas e diferenciadas para os fragmentos da cidade.

Do total de espécies amostradas, cerca de 20% são exclusivas aos fragmentos pequenos

(PARQUE DO MINDU, CAMPOS ELÍSEOS, NÚCLEO 23, SESI, SESC, SAUIM, CASTANHEIRAS e

VILLAR CÂMARA) não ocorrendo nos fragmentos grandes (UFAM e AEROPORTO). Os fragmentos

SESC e CASTANHEIRAS, fragmentos pequenos de 13 e 10 hectares respectivamente, apresentam

riqueza de espécies e famílias botânicas similar aos fragmentos UFAM e AEROPORTO, fragmentos

grandes de 600 e 540 hectares, respectivamente. SESC, em particular, apresentou a maior riqueza de

espécies e famílias por número de indivíduos amostrados. Evidencia-se assim a importância da

manutenção dos fragmentos pequenos para conservação de espécies da flora na zona urbana de Manaus.

Os fragmentos grandes (UFAM e AEROPORTO) também apresentam percentual semelhante de

espécies exclusivas. O fragmento UFAM, apesar de estar situado em região muito urbanizada e de ter um

histórico de uso bastante antigo (relativo aos outros fragmentos), sua área de aproximadamente 600

hectares aliado ao fato de ser uma área institucional justificam a boa condição estrutural que apresenta. O

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fragmento AEROPORTO foi o que apresentou a melhor estrutura dentre todos, situação compatível com

seu histórico de uso recente, matriz ainda com muitos espaços densamente florestados e ser uma área

institucional (INFRAERO) com acesso extremamente restrito e controlado. Ambos fragmentos são

fundamentais na conjuntura de áreas verdes da cidade.

A conjuntura histórica e local mantiveram o fragmento VILLAR CÂMARA (área municipal

aberta) com boa condição estrutural e composição florística bastante semelhante ao PARQUE DO

MINDU (área municipal fechada), situado sob o mesmo igarapé. As semelhanças ajudam a ratificar a

criação do Corredor Ecológico Urbano do Mindu (SEMMA, 2007). No entanto, pelo fato de não possuir

restrição efetiva de acesso e não pertencer a mesma categoria a que pertence o PARQUE DO MINDU

(Parque municipal) de espaços territoriais especialmente protegidos (Código Ambiental de Manaus - Lei

605/2001), o fragmento VILLAR CÂMARA pode ter sua estrutura atual extremamente comprometida,

devendo receber atenção especial dos órgãos municipais competentes.

Os fragmentos SESI e SAUIM estão em processo de recuperação de sua estrutura florestal. Os

dois fragmentos necessitam de práticas de manejo para melhor condução desse processo, no entanto, o

fato de possuírem acesso restrito e controlado ao seu interior, além de dimensões razováveis são aspectos

importantes que favorecem a tarefa de conservação e recuperação dessas áreas.

Os fragmentos CAMPOS ELÍSEOS e NÚCLEO 23 são pobres estruturalmente e, dada as

condições em que se encontram, não apresentam boas perpesctivas de recuperação. O fragmento

CASTANHEIRAS, embora apresente boa estrutura, pode ser considerado uma área florestal seriamente

ameaçada por possuir tamanho reduzido (10 ha), forma alongada, acesso irrestrito, grande pressão por

ocupação e condições fitossanitárias preocupantes. Práticas de manejo e maior fiscalização quanto a

interferência humana nessas áreas são fundamentais e urgentes para a sua conservação.

O presente estudo por tratar-se de uma avaliação pontual da estrutura dos fragmentos não foi

capaz de avaliar se em um determinado período de tempo houve alterações quanto a composição florística

ou quanto a seus parâmetros estruturais nos fragmentos. Para isso é necessário monitorar a estrutura dos

fragmentos periodicamente para uma avaliação mais completa da situação em que se encontram, no

direcionamento de ações de conservação e na avaliação do sucesso dessas ações nos fragmentos. Outra

medida importante é monitorar o desmatamento dos fragmentos, verificando a variação em tamanho que

neles ocorre no decorrer dos anos.

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ANEXO

Anexo 1. Lista das espécies encontradas nos dez fragmentos amostrados na zona urbana de Manaus-AM,

com seus respectivos nomes científicos prováveis e famílias botânicas.

Nome Vulgar Nome Científico Família

Abiurana Chrysophyllum sp., Pouteria sp., Micropholis sp. Sapotaceae Abiurana abiu Chrysophyllum sp., Pouteria sp. Sapotaceae Abiurana bacuri Ecclinusa guianensis Eyma Sapotaceae Abiurana casca fina Pouteria filipes Eyma Sapotaceae Abiurana cotiti Radlkiferella macrocarpa (Hub.) Aubr. Sapotaceae Abiurana fedorenta Pouteria oblanceolata Pires Sapotaceae Abiurana ferro Pouteria sp. Sapotaceae Abiurana olho de veado Pouteria sp. Sapotaceae Abiurana roxa Pouteria venosa (Mart.) Baehni ssp. Sapotaceae Açaí Euterpe precatoria Mart. Arecaceae Acariquara branca Geissospermum sp. Apocynaceae Acariquara roxa Minquartia guianensis Aubl. Olacaceae Achichá Sterculia sp. Sterculiaceae Amapá Brosimum sp. Moraceae Amapá doce Brosimum sp. Moraceae Amapá roxo Brosimum parinarioides Ducke ssp. parinarioides Moraceae Amarelinho Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. Euphorbiaceae Anani Symphonia globulifera L. Clusiaceae Andiroba Carapa guianensis Aubl. Meliaceae Angelim pedra Dinizia excelsa Ducke Mimosaceae Angelim rajado Zygia racemosa (Ducke) Barneby & J.W.Grimes Mimosaceae Anil Miconia sp. Melastomataceae Apuí Clusia sp. Clusiaceae Arabá roxo Swartzia sp. Fabaceae Arabá vermelho Swartzia sp. Fabaceae Araçá-bravo Calyptranthes sp., Eugenia sp., Marlierea sp., Myrcia sp. Myrtaceae Arraiera-branca Conceveiba martiana Baill. Euphorbiaceae Ata-brava Duguetia stelechantha (Diels) R.E.Fr. Annonaceae Azeitona Myrcia sp. Myrtaceae Bacaba Oenocarpus bacaba Mart. Arecaceae Bacuri Garcinia madruno (Kunth in H.B.K.) Hammel Clusiaceae Bacuri jacaré Lorostemon coelhoi Paula Clusiaceae Biribá Rollinia sp. Annonaceae Branquinha Rinorea racemosa (Mart. Et Zucc.) O. Katze. Violaceae Breu Protium sp. Burseraceae Breu branco Hemicrepidospermum rhoifolium Burseraceae Breu de leite Thyrsodium spruceanum Benth. Anacardiaceae Breu manga Trattinickia sp. Burseraceae Breu peludo Tetragastris unifoliolata(Engl.) Cuart. Burseraceae

Continua...

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Anexo 1, Cont.

Nome Vulgar Nome Científico Família Breu pitomba Matayba sp. Burseraceae Breu preto Protium sp. Burseraceae Breu-vermelho Protium sp. Burseraceae Buxuxu canela de velho Henriettea ramiflora (Sw.) DC. Melastomataceae

Buxuxu folha serrilhada Miconia granulosa (Bonpl.) Naudin Melastomataceae

Buxuxu orelha de burro Melastomataceae

Buriti Mauritia flexuosa L.f. Arecaceae Buritirana Mauritiella aculeata (Kunth) Burret Arecaceae Cacau Theobroma cacao L. Sterculiaceae Cacauí Theobroma sylvestre Mart. Sterculiaceae Cajuí folha grande Anacardium spruceanum Benth. ex Engl. Anacardiaceae Capitiú Siparuna sp. Monimiaceae Capitiú folha grande Siparuna guianensis Aubl. Monimiaceae Caraipé Licania sp. ChrysobalanaceaeCaraiperana Couepia sp. ChrysobalanaceaeCarapanaúba Aspidosperma sp. Apocynaceae Cardeiro Scleronema micranthum Ducke Bombacaceae Caroba Jacaranda copaia (Aubl.) D. Don. Bignoniaceae Casca doce Pradosia cochlearia (Lecomte) T.D.Penn. ssp. praealta

(Ducke) T.D.Penn. Sapotaceae

Castanha de cotia Casearia javitensis H.B.K. Flacourtiaceae Castanha de galinha Couepia longipendula Pilg. ChrysobalanaceaeCastanha de paca Scleronema praecox Ducke Bombacaceae Castanha do Brasil Bertholletia excelsa Humb. & Pompl. Lecythidaceae Castanha jacaré Corythophora rimosa W.A.Rodrigues ssp. rimosa Lecythidaceae Castanha jarana Lecythis sp. Lecythidaceae Castanha jarana folha grande Lecythis sp. Lecythidaceae Castanhola Terminalia catappa L. Combretaceae Chichuá Maytenus guyanensis Klotzsch Celastraceae Chiclete bravo Micropholis sp. Sapotaceae Copaíba Copaifera multijuga Hayne Caesalpiniaceae Coração de negro Swartzia corrugata Benth. Fabaceae Coruminzeiro Trema micrantha (L.) Blume Ulmaceae Cumaru Dypteryx odorata (Aubl.) Willd. Fabaceae Cumaru roxo Dypteryx sp. Fabaceae Cupiúba Goupia glabra Aubl. Celastraceae Cupuaçu Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) K.Schum. Sterculiaceae Dima Croton lanjouwensis Jabl. Euphorbiaceae Embaúba benguê Pourouma villosa Trécul. Cecropiaceae Embaubarana Pourouma sp. Cecropiaceae Envira Annona sp. Annonaceae Envira amarela Duguetia sp. Annonaceae Envira amargosa Duguetia trunciflora Maas & A.H.Gentry Annonaceae

Continua....

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Anexo 1, Cont.

Nome Vulgar Nome Científico Família Envira bobó Duguetia sp. Annonaceae Envira fofa Guatteria sp. Annonaceae Envira pente de macaco Apeiba sp. Tiliaceae Envira-preta Duguetia sp. Annonaceae Envira saraçará Xylopia sp. Annonaceae Envira surucucu Bocageopsis multiflora (Mart.) R.E.Fr. Annonaceae Envira taripucu Xylopia spruceana Benth. ex Spruce Annonaceae Envira vermelha Guatteria sp. Annonaceae Escorrega macaco Peltogyne catingae Ducke Caesalpiniaceae Falsa rainha Helianthostylis sprucei Baill. Moraceae Falso angelim Pithecellobium jupunba (Willd.) Urb. Mimosaceae Fava amarela Abarema jupunba var. jupunba Mimosaceae Fava arara tucupi Parkia decussata Ducke Mimosaceae Fava benguê Parkia nitida Miquel Mimosaceae Fava camuzé Balizia sp. Mimosaceae Fava fofa Mimosaceae Fava folha fina Stryphonodendron guianensis (Aubl.) Benth Mimosaceae Fava orelha de macaco Enterolobium schomburgkii Benth Mimosaceae Fava pé de arara Parkia multijuga Benth. Mimosaceae Faveira Parkia sp. Mimosaceae Figueira Ficus sp. Moraceae Freijó Cordia sp. Boraginaceae Freijó branco Cordia sp. Boraginaceae Fruta pão Artocarpus incisus (Thunb.) L. f. Moraceae Goiaba de anta Bellucia sp. Melastomataceae Goiaba de anta branca Bellucia sp. Melastomataceae Goiaba de anta vermelha Bellucia sp. Melastomataceae Goiabinha Eugenia florida DC. Myrtaceae Guariúba Clarisia racemosa Ruiz & Pav. Moraceae Inajá Attalea maripa (Aubl.) Mart. Arecaceae Ingá branco Inga sp. Mimosaceae Inga cauliflora Inga capitata Desv. Mimosaceae Ingá copaíba Zygia ramiflora (F.Müeell.) Kosterm. Mimosaceae Ingá de arara Stryphonodendron sp. Mimosaceae Ingá ferro Calliandra tenuiflora Benth., Mimosaceae Ingá peluda Inga melinonis Satot Mimosaceae Ingá vermelho Inga sp. Mimosaceae Ingá xixica Inga gracilifolia Ducke Mimosaceae Ingarana Macrolobium sp. Caesalpiniaceae Inharé Helicostylis sp. Moraceae

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Anexo 1, Cont.

Nome Vulgar Nome Científico Família Itaúba Mezilaurus itauba (Meissn.) Taubert ex Mez Lauraceae Jambo Syzygium sp. Myrtaceae Jaraí Pouteria sp. Sapotaceae Jatobá Hymenaea sp. Caesalpiniaceae Jenipapinho Swartzia arborescens (Aubl.) Pittier Fabaceae Jiboinha Swartzia sp. Fabaceae Jitó branco Trichilia sp. Meliaceae Jitó vermelho Guarea sp. Meliaceae João mole Neea sp. Nyctaginaceae Lacre branco Vismia sp. Clusiaceae Lacre vermelho Vismia guianensis (Aubl.) Choisy Clusiaceae Leiteira Brosimum sp. Moraceae Limãozinho Casearia manausensis Sleumer Flacourtiaceae Louro amarelo Aniba williamsii O.C. Schmidt Lauraceae Louro aritu Licaria sp. Lauraceae Louro branco Aiouea cf. grandifolia van der Werff Lauraceae Louro chumbo Aniba ferrea Kubitzki Lauraceae Louro fofo Licaria sp. Lauraceae Louro gamela Sextonia rubra (Mez) van der Werff. Lauraceae Louro pirarucu Licaria sp. Lauraceae Louro preto Ocotea sp. Lauraceae Louro seda Ocotea sp. Lauraceae Louro vermelho Licaria sp. Lauraceae Macucu Licania sp. Chrysobalanaceae Macucu-chiador Licania sp. Chrysobalanaceae Macucu de sangue Aldina heterophylla Spruce ex Benth. Fabaceae Macucu fofo Licania sp. Chrysobalanaceae Macucu murici Vantanea parviflora Lam. Humiraceae Mamãozinho Mouriri sp. Memecylaceae Mandioqueira lisa Ruizterania sp. Vochysiaceae Mandioqueira preta Qualea sp., Vochysia sp. Vochysiaceae Mangueira Mangifera indica L. Anacardiaceae Maoeira Erisma bicolor Ducke Vochysiaceae Marupá Simarouba amara Aubl. Simaroubaceae Mata mata amarelo Eschweilera coriacea (DC.) Mart. ex Berg. Lecythidaceae Mata pau Clusia sp. Clusiaceae Mirindiba Glycydendron amazonicum Ducke Euphorbiaceae Moela de Mutum Lacunaria sp. Quiinaceae Morototó Schefflera morototoni (Aubl.) Frodin Araliaceae Mucurão Amphirrhox longifolia Spreng. Violaceae

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Anexo 1, Cont.

Nome Vulgar Nome Científico Família Muiracatiara Astronium lecointei Ducke Anacardiaceae Muirajibóia amarela Swartzia sp. Fabaceae Muirajibóia jurumum Swartzia sp. Fabaceae Muirajibóia preta Bocoa viridiflora (Ducke) R.S.Cowan Fabaceae Muirapiranga folha grande Eperua glabriflora (Ducke) R.S.Cowan Caesalpiniaceae Muirapiranga folha miúda Eperua duckeana R.S.Cowan Caesalpiniaceae Muirapuama Pthychopetalum olacoides Olacaceae Muiratinga Maquira calophylla (Poepp.& Endl.) C.C.Berg. Moraceae Muiraximbé Amaioua sp., Duroia sp. Rubiaceae Munguba Eriotheca globosa (Aubl.) Robyns Bombacaceae Murici Byrsonima sp. Malpighiaceae Murici da mata Byrsonima sp. Malpighiaceae Murici de campina Byrsonima sp. Malpighiaceae Murta Myrcia sp. Myrtaceae Murta da mata Myrcia lanceolata Camb. Myrtaceae Mururé Brosimum acutifolium Huber Moraceae Paxiúba Socratea exorrhiza (Mart.) H.Wendl. Arecaceae Paxiubinha Iriartella setigera (Mart.) H.Wendl. Arecaceae Pajurazinho Couepia sp. Chrysobalanaceae Papo de mutum Quina sp. Quiinaceae Patauá Oenocarpus bataua Mart. Arecaceae Pau canela Anisophyllea manausensis Pires &

W.A.Rodrigues Anisophylleaceae

Pau marfim Agonandra sylvatica Ducke Opiliaceae Pau pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae Pau rainha Brosimum rubescens Taub. Moraceae Pau tanino Maquira sclerophylla (Ducke) C.C.Berg Moraceae Pepino da mata Ambelania acida Aubl. Apocynaceae Periquiteira Laetia sp. Flacourtiaceae Periquiteira amarela Laetia procera (Poepp.) Eichler Flacourtiaceae Periquiteira roxa Laetia sp. Flacourtiaceae Piabinha Ryania sp. Flacourtiaceae Piabinha roxa Ryania sp. Flacourtiaceae Pimenta de nambu Erythroxylum citrifolium A.St.-Hil. Erythroxylaceae Piquiá marfim Aspidosperma obscurinervium Azambuja Apocynaceae Piquiarana Caryocar glabrum (Aubl.) Pers. Caryocaraceae Pitomba da mata Cupania sp. Sapindaceae Pupunha brava Syagrus inajai (Spruce) Becc. Arecaceae Pupunharana Duckeodendron cestroides Kuhlm. Duckeodendraceae Quaruba branca Erisma sp. Vochysiaceae Quaruba Vermelha Erisma sp. Vochysiaceae Quarubarana Erisma uncinatum Warm. Vochysiaceae

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Anexo 1, Cont.

Nome Vulgar Nome Científico Família Ripeiro branco Eschweilera sp. Lecythidaceae Ripeiro vermelho Corythophora alta R. Knuth Lecythidaceae Rosada brava Micropholis sp. Sapotaceae Sacaca brava Croton sp. Euphorbiaceae Sapateiro Tovomita sp. Clusiaceae Sapota Chromolucuma sp. Sapotaceae Seringa vermelha Hevea guianensis Aubl. Euphorbiaceae Seringarana Micranda spruceana (Baill.) R.E.Schultes Euphorbiaceae Sorva da mata Couma macrocarpa Barb. Rodr. Apocynaceae Sorvão Couma guianensis Aubl. Apocynaceae Sorvinha Couma utilis (Mart.) Müll. Arg. Apocynaceae Sucuúba Himatanthus sp. Apocynaceae Sucupira amarela Vatairea paraensis Ducke Fabaceae Sucupira chorona Diplotropsis triloba Gleason Fabaceae Sucupira preta Andira sp. Fabaceae Sucupira vermelha Hymenolobium heterocarpum Ducke Fabaceae Supiá Alchorneopsis floribunda (Benth.) Müll. Arg. Euphorbiaceae Supiarana Alchornea discolor Klotzsch Euphorbiaceae Taboquinha Faramea capillipes Müll.Arg. Rubiaceae Tachi preto Sclerobium setiferum Ducke Caesalpiniaceae Tachi vermelho Tachigali sp. Caesalpiniaceae Tanimbuca Buchenavia sp. Combretaceae Taperebá Spondias monbin L. Anacardiaceae Tapura Tapura sp. Dichapetalaceae Taquari branco Mabea sp. Euphorbiaceae Taquari vermelho Mabea sp. Euphorbiaceae Tarumã Vitex sprucei Briq. Verbenaceae Tarumã branco Vitex sp. Verbenaceae Tauari Couratari sp. Lecythidaceae Tauari de cachimbo Cariniana micrantha Ducke Lecythidaceae Tento Ormosia grossa Rudd Fabaceae Tento azul Ormosia sp. Fabaceae Tinteira Miconia sp. Melastomataceae Tucumã Astrocaryum aculeatum G. Mey. Arecaceae Ucuquirana Chrysophyllum sp. Sapotaceae Ucuuba Iryanthera sp. Myristicaceae Ucuuba branca Virola sp. Myristicaceae Ucuuba peluda folha grande Virola sp. Myristicaceae Ucuuba preta Virola sp. Myristicaceae Ucuuba punã Iryanthera sp. Myristicaceae Ucuuba vermelha Virola sp. Myristicaceae

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Anexo 1, Cont.

Nome Vulgar Nome Científico Família Urucu bravo Croton draconoides Müll. Arg. Euphorbiaceae Urucurana Sloanea sp. Elaeocarpaceae Urucurana cacau Lueheopsis rosea (Ducke) Burret Tiliaceae Uxi amarelo Endopleura uchi (Huber) Cuatrec. Humiraceae Uxi de cotia Casearia sp. Flacourtiaceae Uxi de morcego Ouratea sp. Ochnaceae Uxi preto Vantanea sp. Humiraceae Uxirana Sacoglotis sp. Humiraceae Vassoureiro Drypetes variabilis Uittien Euphorbiaceae Violeta Peltogyne excelsa Ducke Caesalpiniaceae

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