t4 g4 - mudar a cidade

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DANILO FÁVERO DENIS MICHEL CUANI ESTEVÃO IELO PAULO CÉSAR FERNANDES RAFAEL DANTAS Outros instrumentos de planejamento (Mudar a cidade Marcelo Lopes de Souza)

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Page 1: T4   g4 - mudar a cidade

D A N I L O F Á V E R O

D E N I S M I C H E L C U A N I

E S T E V Ã O I E L O

P A U L O C É S A R F E R N A N D E S

R A F A E L D A N T A S

Outros instrumentos de planejamento

(Mudar a cidade – Marcelo Lopes de Souza)

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Operação urbana e urbanização consorciada

Entende-se por operação urbana o conjunto integrado de intervenções e medidas a ser coordenado pelo Poder Público, com a participação de recursos da iniciativa privada. (Diário Oficial do Município de São Paulo, 1991).

A urbanização consorciada será utilizada em empreendimentos conjuntos de iniciativa privada e dos poderes públicos federal, estadual e municipal, sob a coordenação deste último, visando à integração e à divisão de competências e recursos para a execução de projetos comuns. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro, 1992).

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Operação urbana = urbanização consorciada

Trata-se do mesmo instrumento, mesmo tendo nomes diferentes.

“A bem da verdade, operação urbana e urbanizaçãoconsorciada, juntamente com consórcio imobiliário, reurbanização consorciada e operação interligada, formam um conjunto de instrumentos que, por várias razões, tem dado margem a confusões.”(Souza, p. 275)

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Intencionalidade

O objetivo do projeto de São Paulo era facilitar parcerias entre Estado e iniciativa privada em prol de intervenções de interesse coletivo;

Já o do Rio, trazia consigo elementos do idealizados pela reforma urbana, entretanto, não tinha compromisso sólido e sim frouxo, neste sentido.

Resultado: “deram margem ao predomínio e a cristalização de uma interpretação mercadófila do instrumento”.

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“Parceria”

Na análise de Cardoso (1997) tal instrumento permite a associação entre o poder público e iniciativa privada com vistas em realizar obras infra-estruturais em áreas “degradadas” , tendo como contrapartida, de um lado, recursos do particular, de outro, a permissão para usoantes vedados.

“A experiência mostra o quanto esse instrumento pode ser útil ao capital imobiliário, ao mesmo tempo em que presta tão poucos serviços a população de baixa renda.”

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Poderia ser diferente?

Sim

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Como ?

Dependendo de como fosse interpretado e regulamentado o instrumento.

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Intencionalidade

Poderia ser modelado com a intenção de a Prefeitura assumir a coordenação e implantação, o setor privado com os recursos, tendo em mente a futura valorização,que compensaria tal investimento.

Neste sentido, sobrariam recursos para a prefeitura realizar benfeitorias em periferias e favelas.

O Estado estaria protagonizando uma inversão de valores, contribuindo para a redistribuição da riqueza socialmente produzida.

Evitando ao máximo distorções e desvios de objetivos, tal instrumento se torna uma ideia inovadora.

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Caso contrário...

...não passará de generosidade do Estado em benefício da acumulação de capital imobiliário, com isenções de impostos e vantagens de toda sorte.

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Não precisam ser demonizadas

Nem devem ser tidas como incorruptíveis. Elas têm potencialidades benéficas, na medida em que sua regulamentação afaste o perigo da servirem apenas para interesses corporativos.

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Consórcio imobiliário

É uma forma de viabilização financeira de planos de urbanização, na qual o proprietário entrega ao Executivo municipal o seu imóvel e, após a realização de obras, recebe como pagamento imóvel devidamente urbanizado.

Parágrafo único: O imóvel a ser entregue ao proprietário será correspondente ao valor do seu imóvel antes das obras de urbanização realizadas por recursos públicos.

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Do que se trata?

É um instrumento progressista, pois seu objetivo é aproveitar grandes terrenos, em risco de parcelamento compulsório, IPTU progressivo e, até mesmo, desapropriação, quando o proprietário não consegue ele mesmo fazer as intervenções necessárias para atender ao preceito constitucional de “função social da propriedade”.

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Problema:

Assim como a urbanização consorciada, notou-se que as adaptações das propostas feitas contribuíram para um festival de incongruências, que dão margem para implementação mercadófila na forma de parcerias público-privadas. Que foram causadas pela vaguidão da Lei que preconizou tais possibilidades. Isto é, o Estatuto da Cidade.

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Operação Interligada

De acordo com o Plano Diretor do Rio de Janeiro é “a alteração pelo Poder Público de parâmetros urbanísticos” mediante o oferecimento de contrapartidas oferecidas pelos empreendedores interessados.

Exemplos:

1. Recursos para o fundo municipal de desenvolvimento urbano;

2. Obras de infra-estrutura urbana;3. Terrenos e habitações destinadas a população de baixa

renda;4. Recuperação do meio ambiente ou patrimônio cultural.

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Operação interligada

Finalidade:

Proporcionar maior flexibilidade ao uso do solo urbano, permitindo ao Estado fazer concessões à iniciativa privada, sempre que não lesem o interesse público.

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Transferência do direito de construir

É um instrumento que permite que o proprietário que, por razões de força maior, motivada por zoneamento ou medidas de proteção de patrimônio histórico e arquitetônico, possa transferir o seu potencial construtivo em outro imóvel dele ou de terceiros, mediante a venda.

Caso típico: imóveis tombados.

Compensação pela perda no que tange ao imóvel.

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Comprar o direito de contruir

Instrumento muito utilizado nos Estados Unidos.

Finalidade: preservação da agricultura e de espaços livres.

Consiste na compra feita pelo Estado do direito de o proprietário da terra construir nela.

Objetivo: congelar por um tempo longo o emprego do espaço em outra atividade.

Exemplo: proteção de áreas de agricultura periurbana e áreas verdes.

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Instrumentos de regularização fundiária

• Favelização e periferização;

• Inviável suprir o déficit habitacional;

• Core housing - estrutura básica;

• Sites and services - lotes urbanizados;

• Soluções muito distantes do ideal;

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Instrumentos de regularização fundiária

Regularizar fundiariamente e proporcionar infra

estrutura;

Usucapião;

Especulação imobiliária sendo um atentado a

direitos coletivos;

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Instrumentos de regularização fundiária

• CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO

BRASIL, 1988

• Art. 183 – Aquele que possuir, como sua, área

urbana de até duzentos e cinquenta metros

quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem

oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua

família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja

proprietário de outro imóvel urbano e rural.

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Instrumentos de regularização fundiária

• 1º - O título de domínio e a concessão de uso

serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a

ambos, independentemente do estado civil.

• 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo

possuidor por mais de uma vez.

• 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por

usucapião.

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Instrumentos de regularização fundiária

Movimento Nacional pela Reforma Urbana;

Estatuto da Cidade de 18 de junho de 2001;

Concessão de direito real de uso;

Contrato entre Poder Público e os ocupantes;

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Instrumentos de regularização fundiária

• Infelizmente, houve o veto presidencial (FHC) para

os seis artigos da Seção VI, um mês após a

aprovação do Senado;

• Criaria uma abertura para a ocupação abusiva de

áreas de uso comum;

• No entanto, muitas favelas ocupam áreas de uso

comum;

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Instrumentos de regularização fundiária

Terras adquiridas de boa fé lograda por um loteador;

Loteamento irregular, clandestino;

Intervenções do Poder Público;

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Instrumentos de regularização fundiária

• Outros instrumentos de regularização:

• desapropriação;

• requisição urbanística (interesse público);

• direito de preempção (preferência do Estado).

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Fundos de desenvolvimento urbano

A Constituição Federal, no seu artigo 167, inciso IV,

veda vinculação de receita de impostos à órgão,

fundo ou despesa, de acordo com o princípio

orçamentário de não afetação das receitas;

Ainda, qualquer fundo tem de ser aprovado pelo

Legislativo;

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Fundos de desenvolvimento urbano

Entretanto, a Constituição do Estado do Rio de

Janeiro prevê, explicitamente, em seu Art. 230, a

criação de “fundos destinados ao desenvolvimento

urbano”;

E outro exemplo, o Fundo do PREZEIS (Plano de

Regularização das Zonas de Especial Interesse

Social), de Recife;

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Fundos de desenvolvimento urbano

Foi pensado no âmbito do “planejamento politizado”

social-reformista;

Recursos oriundos do IPTU progressivo e o “solo

criado”;

Conselho de desenvolvimento urbano (ou qualquer

outro nome);

Representantes da sociedade civil e do Estado;

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Fundos de desenvolvimento urbano

A vinculação de receita tributária a despesas ou

fundos específicos é vedada pela Constituição

Federal;

A criação de fundos de desenvolvimento urbano não

fira a lei;

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Fundos de desenvolvimento urbano

A partir disso, seria necessário um fundo de

desenvolvimento urbano para dar suporte a políticas

públicas orientadas para regularização fundiária e

melhoria na infra estrutura em espaços residenciais

segregados.

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8 – City-Marketing e outrosinstrumentos informativos

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9 – E quanto ao uso mais eficiente dos instrumentos mais básicos

e convencionais?...

Importância de cadastros técnicos municipais

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Deveria ser algo banal e corriqueiro, de tão elementar, mas de fato é raro que cadastros técnicos e plantas genéricas de valores sejam regular e rigorosamente atualizados.

...contar com uma outra ferramenta bastante básica: uma adequada divisão da cidade em bairros.

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Potencialidades do geoprocessamento e dos Sistemas Geográficos de Informação

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Planta de valores e cadastros técnicos digitalizados

Zoneamentos

Levantamentos e análises de espacialidades de carência infra-estrutural e situação fundiária

Avaliação de risos ambientais

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Obstáculos

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Relacionamento entre os diversos instrumentos

Zoneamentos de uso do solo funcionalistas: caráter mais inibidor que coercitivo;

Zoneamentos não-funcionalistas Natureza flexível;

Caráter inibidor e estimulador;

Interativo com outros instrumentos.

Instrumentos (informativos, estimuladores, inibidores,coercitivos, dentre outros): consonância com o espíritoserventia do planejamento e gestão urbana aos seusobjetivos finais.

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Objetivos finais:

Melhora da qualidade de vida da população

Promover maior justiça social

Autonomia coletiva e individual

Imediatos:

Inibir a especulação imobiliária;

Propiciar uma boa qualidade ambiental;

Induzir ao rebaixamento geral do preço da terra;

Propiciar o aumento da arrecadação tributária;

Garantir uma alocação espacial de recursos mais justa.

Função dos conselhos de desenvolvimento urbano

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Ótica autonomista: instrumentos só adquiremverdadeira importância quando tem a suaoperacionalização e implementação influenciadas emonitoradas pelos cidadãos.

Geografia Econômica Recurso: carrega um potencial

Riqueza: condições econômicas/tecnológicas para extrair eutilizar os recursos

Metáfora aos instrumentos e planos.

Ênfase na pressão popular e capacidade de asociedade civil monitorar e fiscalizar o cumprimentodas leis

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Democracia:

Sentido representativo

Democracia direta

Delegação (sempre executiva, e não alienação relativamente ao poder de decidir) – porta voz

Representação: alienar poder decisório e favor de outrem.

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“democracia” representativa

Racionalidade instrumental;

“Razão” invocada a pretexto de universalidade;

Estado neutro;

Falta de transparência e prestação de contas ao público;

Representatividade pública defasada;

Política estatal: presa fácil da corrupção.

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Objeções à democracia direta

Indivíduos libertos do fardo de ocuparem-se dos negócios coletivos;

Incapacidade técnica da população comum em participar de decisões sobre assuntos de interesse coletivo;

Inviabilidade em coletividades de grande dimensão

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Democracia dos “tempos modernos”

Não necessariamente na mesma forma da antiga;

Mesma essência;

Caráter universalista;

Participação popular total

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Argumentos a favor

Diminui a probabilidade de corrupção;

Responsabilidade social;

Aprimoramento do status quo e não sua transformação radical.

Participação é um direito inalienável.

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Comodismo: visão da participação como um fardo.

Estimula a apatia política e o desinteresse por assuntos coletivos.

Facilidade de entregar o poder de decisão sobre assuntos que afetam a vida a políticos profissionais e especialistas.

“Participação não é simplesmente acessório, nem mesmo apenas uma ferramenta útil. Participar, no sentido essencial de exercer a autonomia, é a alma mesma de um planejamento e de uma festão que queiram se credenciar para reivindicar seriamente o adjetivo democrático(a).” (p. 355)

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Mais e melhor acesso a alimentação, vestuário e moradia, a informações e a instrução formal, a serviços de saúde etc., são vistos como a base para o aumento de auto-estima e das possibilidades de participar conscientemente da vida política do país, são agora requisitos elementares e indispensáveis para uma existência digna.

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Modalidades de participação

Graus ou níveis: “consultiva”; “deliberativa”.

Escala espacial

Profundidade:

Obstáculos à participação estão intimamente relacionados às modalidades.

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11.2. Orçamento Participativo

11.2.1. O orçamento público como um instrumentode gestão urbana.

Tem uma importância geral, indo alem da esferaeconômica.

Não é um item somente técnico, mas possui umcaráter político.

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Ao longo de sua execução, o orçamento é uminstrumento mais de gestão do que deplanejamento.

O orçamento público no seu inicio tinha a funçãode facilitar o controle dos parlamentares sobre ogoverno, meramente ilustrativo.

Posteriormente, o Estado veio a intervir maisdiretamente na economia, tendo responsabilidadedireta em áreas de interesse público.

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“racionalidade administrativa”

Devido a complexidade das demandas sobreinteresse público, o Estado buscou uma “gestãocientífica”.

No ângulo político filosófico, os gestorestornam-se especialistas competentes, sendocapazes de agir imparcialmente, pensando nobem comum para a população.

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Quando não há a ocorrência de tal premissa,na visão conservadora, ocorre uma “distorção”.

Democracia representativa

VS

Democracia direta

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Orçamento tradicional: “o orçamento édissociado do planejamento e da programação(...); decisões orçamentárias tomadas em funçãodas necessidades das unidades organizacionais(...)”.

Orçamento-programa: “o processo orçamentáriodesempenha o papel de um elo entre oplanejamento e as funções executivas do Estado; aalocação de recursos passa a ter em vista, então, arealização de metas e as decisões orçamentáriaslevam em conta análises de diversas alternativas(...)”.

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Na prática existe uma mescla entre a técnicatradicional com a técnica orçamento-programa.

A receita e as despesas pode ser divididas emgrandes agregados:

Receita corrente (impostos e taxas)Receita de capital (venda de imóveis e operaçãode crédito)Despesas correntes (pagamento de pessoal,aquisição de material, dividas e transferênciasintragovernamentais)Despesas de capital (investimentos,intervenções financeiras e transferências decapital)

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11.2.2. Advento e significado dos orçamentos participativos.

O orçamento participativo parte doentendimento de que o orçamento é muito maisque um instrumento técnico, mas sim uminstrumento político, já q a partir dele trata-se emdecidir os fins.

Esse orçamento deve ser entendido mas do quesomente para economistas, mas como um aparatode estratégia para envolver cada vez mais apopulação para assim alcançar uma deliberaçãocoletiva.

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11.2.3. Em que consiste os orçamentosparticipativos?

“Na sua essência, o orçamento participativoconsiste em uma abertura do aparelho deEstado à possibilidade de a populaçãoparticipar, diretamente, das decisões a respeitodos objetivos dos investimentos públicos.”.

“Cabe ao Executivo, anualmente, informar adisponibilidade de recursos para investimentose prestar contas sobre a execução orçamentáriado ano anterior.”.

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Etapa 1: exposição didática do governo emcada subunidade espacial, a fim de atrair eesclarecer novos participantes; eleição dedelegados de apoio.

Etapa 2: informações técnicas, discussão eescolha das prioridades de investimentos emcada localidade.

Etapa 3: eleição dos delegados-conselheiros.

Etapa 4: elaboração da matriz orçamentáriapelos técnicos do governo.

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Críticas e seus poucos fundamentosORÇAMENTO PARTICIPATIVO BARRADODEVIDO A:-INTERESSES POLÍTICOS CONSERVADORES QUEAPONTAVAM DIVERSOS PROBLEMAS ARESPEITO DOS ORÇAMENTOS PARTICIPATIVOS,DENTRE ELES:-DESIGUALDADE NO ACESSO À RECURSOSACABA POR VICIAR A ESCOLHA DOSREPRESENTANTES POLÍTICOS;-CRITÉRIOS “OBSCUROS” UTILIZADOS PELASBANCADAS ADVERSAS À QUESTÃO COMOFORMA DE REDUZIR A QUANTIDADE DERECURSOS DESTINADOS AO ORÇAMENTO.CONSEQUENTEMENTE, POUCOS RECURSOS SÃOALOCADOS PARA ESSA QUESTÃO;-PARTICIPAÇÃO POPULAR REDUZIDA, DEVIDOA SUA FALTA DE “VISÃO SISTÊMICA”, QUEACARRETARIA TEORICAMENTE EM UM“DESVIO” DOS RECURSOS PARA A SOLUÇÃO DEPROBLEMAS DA SUA LOCALIDADE PRÓXIMA.

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Crítica do autor: Há necessidade de uma maior conhecimento por parte da sociedade sobre as questões ligadas à gestão urbana visto que, segundo o autor, a participação popular nos assuntos relacionados á cidade é ínfima;

Participação em debates em audiências públicas sobre as diretrizes do orçamento anual;

Debates em seus próprios bairros como forma de levantar as questões mais importantes a serem solucionadas e encaminhá-las ao governo municipal, para serem analisadas e talvez atendidas;

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Aspectos Gerais da Implementação de um Orçamento Participativo

Cada coletividade deve traduzir os princípios gerais do orçamento participativo visando atender suas necessidades e peculiaridades;

Uso de experiências bem sucedidas de outros locais como base para a implantação de medidas para melhorar a dinâmica urbana;

O Orçamento Participativo deve seguir basicamente 2 “normas”:

1) Considerar as características espaciais, assim como o cotidiano da população (bairros); as tradições; quebra da tecnocracia;

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2) Situações hipotéticas como forma de organização do processo de participação popular:

Bases para o planejamento

Unidades Espaciais de Planejamento e Gestão (UEPG):

Escala: Bairro, Zonas, Distritos; variando de acordo com a área de abrangência do município;

Cuidado: Na divisão das unidades, evitando generalizações, atendendo as necessidades locais eficientemente, com o objetivo de solucionar carências locais específicas como forma de solucionar os problemas gerais (em maior escala), beneficiando a região como um todo.