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    FATOR HUMANO NA PREVENO ECOMBATE AO INCNCIO EM PRDIOSRESIDENCIAIS - ANLISE

    ESTATSTICA

    Antonio Rubens Baran Junior(UTFPR)

    Adalber to M atoski( UTFPR)

    Rodrigo Eduar do Catai( UTFPR)

    Resumo O presente artigo tem como objetivo identificar o grau deconhecimento dos moradores sobre a correta utilizao dos meios decombate a incndio e rotas de fuga e se h diferena significativa entreos moradores que possuem curso superior e aqueles que possuem

    somente o segundo grau. Sejam eles equipamentos de proteo passivos ou ativos. A metodologia adotada foi atravs de amostragemaleatria considerando a populao como os moradores. Utilizou-seum questionrio, que por sua vez foi aplicado junto aos responsveisde cada apartamento amostrado. Os dados foram analisados atravsda distribuio de frequncias. Tambm foi feita uma correo no erroamostral devido a alguns apartamentos estarem desocupados nomomento da pesquisa. Buscando a complementao do estudo tambm

    foi efetuado um teste de associao pelo mtodo do qui-quadrado ecoeficiente de contingncia para verificar se a escolaridade dos

    entrevistados influenciava em suas respostas. Os resultados obtidosmostram que levado o grau de desconhecimento sobre a utilizaodos meios de combate a incndio.

    Palavras-chaves: Incndio, estatstica, proteo

    8 e 9 de junho de 2012

    ISSN 1984-9354

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    1. IntroduoOs sistemas de proteo contra incndio em condomnios residenciais so construdos

    seguindo os requerimentos do corpo de bombeiros, porm nada adianta se ter todos osequipamentos instalados se as pessoas que ali residem no possuem conhecimento suficiente para poder utilizar os equipamentos disponveis.

    Todos os incndios comeam pequenos (exceto exploses) e se no forem combatidosem seu princpio podem causar grandes danos, sejam materiais ou a vida das pessoas atingidas(CAMILLO, 2008).

    Porm para poder combater o incndio se torna indispensvel saber o que fogo,como ele surge, e principalmente como combat-lo sem colocar a vida do combatente emrisco. Alm disso, preciso ter conhecimento dos equipamentos disponveis para se combatero fogo, pois nada adianta se ele no for adequado classe de fogo.

    Outro fator importante que devido a Instruo Normativa Receita Federal do Brasil(RFB) no 1.183 de 19 de Agosto de 2011, os condomnios so obrigados a possuir CNPJ,tornando-se uma empresa, sujeita as Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho,entre elas a NR-23 que trata justamente sobre proteo contra incndio.

    Considerando essas legislaes o presente trabalho visa fazer um levantamentoestatstico de um condomnio residencial, com a finalidade de identificar o grau deconhecimento sobre a correta utilizao dos meios de combate a incndio e rotas de fuga jque tanto NR-23 e o novo Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico (CSCIP) do corpode bombeiros exigem pessoas treinadas, viabilizando o combate ao fogo at a chegada dosBombeiros.

    Outra questo que poder ser visualizada ao final da pesquisa se a escolaridade dos pesquisados pode ter correlao com o conhecimento sobre o sistema de proteo contraincndio.

    Justifica-se esse aspecto pois com o novo Cdigo de Segurana Contra Incndio ePnico do Corpo de Bombeiros e para se atender a NR-23 necessrio ter pessoas treinadas e

    aptas agir em situaes de emergncia. Essa situao pode ser observada em empresas degrande porte, que possuem brigada de incndio, com treinamento de evacuao e emergncia.Porm quando se observa condomnios residenciais a realidade outra.

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    Deve-se considerar ainda que com a finalidade de se facilitar possveis treinamentos,ou mesmo a formao de uma brigada de incndio, obrigatria na CSCIP necessrio se teruma noo sobre o conhecimento nesta rea dos moradores do condomnio.

    2. Reviso da LiteraturaOs sistemas de combate a incndio (SCI) comearam a serem instalados em edifcios

    comerciais para que se adequassem na Norma Regulamentadora 23 (NR-23) sobre ProteoContra Incndios do Ministrio do Trabalho, porm em edifcios residenciais os SCI soinstalados como requisitos do Corpo de Bombeiros para retirar o Habite-se do imvel,liberando assim o edifcio para ocupao dos moradores.

    No entanto, condomnios que se enquadrem no artigo 1332 da Lei 10.406 de 10 deJaneiro de 2002, ou seja condomnios registrados em cartrio, com discriminao eindividualizao das partes de propriedade exclusiva das partes comuns, determinao dafrao ideal de cada unidade em relao ao terreno, as partes comuns e o fim para que se

    destinam, ficam obrigadas a possurem inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica(CNPJ), de acordo com a Instruo Normativa Receita Federal do Brasil (RFB) no 1.183 de19 de agosto de 2011.

    Portanto, para que um condomnio possa de fato manter relaes com terceiros ouento contratar funcionrios imprescindvel que ele possua CNPJ (OLIVA, 2009).

    Ento pode-se dizer que um condomnio que possua CNPJ funciona de modo similar auma empresa, j que pode contratar funcionrios ou servios de terceiros, deste modo como possuem trabalhadores em suas dependncias, deve se enquadrar na NR-23.

    2.1. Fogo e IncndioO homem desde que aprendeu a controlar o fogo utiliza a seu favor, para cozer

    alimentos, fundir metais e muitas outras utilizaes. Porm quando esse mesmo fogo foge doseu controle e passa a destruir, se torna um incndio (BUENO, 1991).O fogo uma ao que transforma quimicamente materiais combustveis e

    inflamveis, que quando no estado lquido ou slido sofrero primeiramente a transformao para o estado gasoso, a partir dai quando combinado com o comburente e ativados por umafonte de calor, iniciam uma reao em cadeia gerando mais calor (CAMILLO JR., 2008).

    Os elementos que compe o fogo so quatro combustvel, comburente, calor ereao em cadeia formando o tetraedro do fogo, onde cada uma das faces representa umelemento (SEITO et al, 2008).

    Sempre que um combustvel em contato com o oxignio encontra uma fonte de calor,transmitido por meio da irradiao, conveco ou conduo em quantidade suficiente ocombustvel inflamar (LUZ NETO, 1995).

    Por isso deve-se evitar os incndios j na fase de preveno da segurana contraincndios, pois alm dos sistemas de proteo contra incndio, necessria a educao das pessoas (PEREIRA, 2009).

    2.1.1. Formas de Extino do fogoAs formas de extino do fogo se baseiam na retirada de um ou mais destes

    componentes atravs dos mtodos a seguir distrito por (CAMILLO JR., 2008; SECRETARIADE ESTADO DA DEFESA CIVIL, 2005):

    Resfriamento; Abafamento;

    Extino qumica; Retirada do material.2.1.2. Classificao do fogo

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    Os tipos de fogo so classificados em classes, afim de adequar o agente extintor aotipo de fogo (CAMILLO JR., 2008; SEITO et al, 2008):

    Fogo classe A: Combustveis slidos que queimam em superfcie e profundidade.

    Fogo classe B: Combustveis lquidos ou gasosos, queimam emsuperfcie.

    Fogo classe C: Fogo envolvendo eletricidade. Fogo classe D: Combustveis pirofricos.

    2.2. Equipamentos de proteoOs equipamentos de proteo instalados nas edificaes so:

    Extintores; Hidrantes; Porta Corta-Fogo; Iluminao de Emergncia; Sistema de alarme; Sadas de emergncia.

    2.3. NR-23A NR-23, norma que regulamenta a proteo contra incndio em empresas, especifica

    que todas as empresas devero possuir: Proteo contra incndio; Sadas de Emergncia; Equipamentos suficientes para combater o fogo em seu incio; Pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

    Observa-se que os condomnios devido se enquadrarem nas normas do Corpo de

    Bombeiros, automaticamente j possuem os trs primeiros itens, porm no se garante queexistam pessoas treinadas para que quando seja identificado um princpio de incndio sseguintes aes sejam tomadas:

    Acionamento do sistema de alarmes; Chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros; Desligar mquinas e aparelhos eltricos, quando no apresentar riscos

    adicionais; Atacar o fogo o mais rpido possvel.

    Alm disto, a NR-23 faz meno exerccios de alerta que devem ser feitos periodicamente.

    2.4. Legislao do Corpo de BombeirosO Corpo de Bombeiros possui uma legislao especifica que deve ser cumprida por

    todos independente do tipo de ocupao (residencial, comercial ou industrial), onde somenteconstrues residenciais unifamiliares no esto obrigadas a cumprir o CSCIP.

    Para edifcios que ficam obrigados a cumprir o CSCIP e de acordo com suaclassificao, tem-se uma srie de requisitos que so elaborados na fase de projeto do edifcioonde para edifcio de habitao multifamiliar so:

    Acesso de Viaturas no Edifcio; Segurana estrutural contra incndio; Compartimentao vertical (obrigatrio dependendo da altura do

    edifcio); Controle de materiais de acabamento (obrigatrio dependendo da alturado edifcio);

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    Sadas de emergncia;Alm destes requisitos acima, para se obter o laudo atestando a conformidade do

    edifcio so necessrias ainda as seguintes medidas:

    Sistema de alarme; Sistema de iluminao de emergncia; Sinalizao de emergncia; Sistemas de hidrantes; Sistema de proteo por extintores;

    A CSCIP considera ainda que em habitaes multifamiliar (condomnios) necessriose ter brigada de incndio, composta por 80% dos funcionrios, acrescida de mais ummorador por andar, com treinamento bsico.

    3. MetodologiaO planejamento da pesquisa a parte onde se demanda maior ateno, pois preciso

    definir uma srie de parmetros, como por exemplo erro amostral, tamanho da amostra, tipode pesquisa, entre outros. Sendo um passo muito importante para a confiabilidade da pesquisa.

    A pesquisa ser do tipo de levantamento, em uma amostra da populao acessvelatravs da aplicao de um questionrio a uma pessoa responsvel pelo imvel. A populaoalvo so todos os apartamentos do condomnio, j a populao acessvel, so todas as pessoasque definitivamente esto residindo no edifcio.

    As variveis pesquisadas sero: conhecimento sobre o uso de extintores, hidrantes, portas corta fogo, ante cmaras, aceitao de treinamento e escolaridade, sendo que somente altima ser do tipo quantitativa e o restante qualitativa.

    A amostragem ser feita da forma aleatria simples, selecionados atravs de uma listade nmeros aleatrios variando de cem at dois mil, totalizando dez mil nmeros.

    O tamanho da amostra ser definido de acordo com a equao (1).

    (1)Onde:n=Nmero de elementos da amostra. N=Nmero de elementos da populao.Onde o n0 dado pela equao (2).

    (2)

    Onde E0 o erro amostral tolervel, cujo valor a ser utilizado 3%.Considerando que a populao alvo de 264 apartamentos, porm a populaoacessvel so 172 apartamentos que esto definitivamente ocupado, ento o tamanho da nossaamostra ser de 149 apartamentos, ou seja aproximadamente 87% da populao acessvel. Aexecuo da pesquisa, foi atravs da aplicao do questionrio, por meio de entrevista diretacom o responsvel de cada apartamento selecionado.

    3.1. Anlise dos DadosO processo de anlise dos dados se dar atravs da apresentao em tabelas de

    distribuio de frequncia, cujo objetivo facilitar a visualizao dos dados coletados.Por fim foi executado testes de associao e coeficiente de contingncia, para se

    verificar se a escolaridade influncia nas respostas dadas quanto ao conhecimento do modocorreto de utilizao dos equipamentos de proteo contra incndio.

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    3.1.1. Teste de AssociaoAs variveis que sero utilizadas no podem ser mensuradas numericamente, mas s

    podem ser alocadas em categorias preestabelecida, resultando em dados categorizados.O teste de associao utilizado para verificar se o conhecimento de uma varivel

    altera a probabilidade de algum resultado da outra. O teste adequado para essa situao oteste do qui-quadrado, que permite testar a significncia da associao entre duas variveis.

    No teste de associao de variveis, deve-se formular as hipteses, que constitudada hiptese nula (H0) e a hiptese alternativa (H1), onde H0 a negao do que se deseja provar e H1 aquilo que se deseja provar, onde elas podem ser formuladas como:

    H0: As duas variveis so independentes.H1: Existe associao entre as duas variveis.O teste do qui-quadrado funciona como uma medida da distncia entre as frequncias

    observadas e as frequncias esperadas que so calculadas pela frmula (3), em seguidacalcula-se o qui-quadrado com a frmula (4) que contempla a correo para tabelas 2x2.

    (3)

    (4)(5)

    Onde:O: Representa a frequncia observada na clulaE: Representa a frequncia esperada na clula.gl: Grau de Liberdade.l: Nmero de linhas.c: Nmero de colunas.Com o resultado do qui-quadrado e com o grau de liberdade (5), achado assim a

    probabilidade esperada. Quando os dados levam a um qui-quadrado muito grande, a probabilidade esperada pequena, rejeitando assim H0, porm se o qui quadrado pequeno,consequente mente a probabilidade esperada grande, ento H0 no rejeitado.

    3.1.2. Coeficiente de ContingnciaO coeficiente de contingncia usado para medir o grau de associao em uma tabela

    de contingncia, dado pela equao (6).

    (6)Onde:C*: Coeficiente de contingncia.k: Menor da dimenso da tabela.n: nmero de elementos da tabela.

    O valor de C* sempre estar contido no intervalo de zero a um, onde zero significaque as variveis no possuem associao e um indica uma associao perfeita. Valorestendendo a zero indicam uma fraca associao e valores tendendo a um significam uma forteassociao.

    4. Resultados

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    O condomnio Residencial possui em todos os seus andares, inclusive halls e garagens,extintores, hidrantes, iluminao de emergncia e alarme, corretamente indicados com placas.

    Contudo o edifcio no conta com um plano de emergncia e nem com funcionriosdevidamente treinados para situaes de emergncia, faltando somente se os moradores possuem conhecimento suficiente para atuar no inicio de um incndio.

    A pesquisa foi realizada no perodo de 15 de outubro a 15 de dezembro de 2011 desbado a quinta, uma vez ao dia em vinte apartamentos por dia, tomando-se o cuidado deverificar se os apartamentos continuavam desocupados.

    Com o resultado da pesquisa, conveniente realizar os ajustes nos parmetros iniciaisafim de se garantir a aleatoriedade, devido as pessoas que se recusaram a responder ou devidoo apartamento selecionado estar vazio, e estes no podem ser substitudos, o que acarretarem um erro amostral superior ao erro inicial de 3%.

    TabelaErro! Nenhum texto com o estilo especificado foi encontrado no documento..1

    Distribuio de frequncias da pesquisa sobre o conhecimento dos moradores dosequipamentos de proteo contra incndioEscolaridade Mdio Superior Recusa Vago TotalResposta Sim No Sim NoSistema deProteo 03(2,01%) 06(4,03%) 16(11,74%) 83(55,70%)

    19(12,75%) 22(14,76%)

    149(100%)

    Extintor03(2

    ,01%)

    06(4

    ,03%)

    22(14

    ,76%)

    77(51

    ,68%) 149(100%)

    Hidrante 00(0%) 09(6,04%) 08(5,37%) 91(61,07%) 149(100%) Portas cortafogo 00(0%) 09(6,04%) 28(18,79%) 71(47,65%) 149(100%)

    Antecmara 00(0%) 09(6,04%) 25(16,78%) 74(49,66%) 149(100%) Plano deemergncia 00(0%) 09(6,04%) 02(1,34%) 97(65,10%) 149(100%) Treinamento 09(6,04%) 00(0%) 95(63,76%) 04(2,68%) 149(100%)

    Analisando-se os resultados na tabela (4.1), pode-se observar que 67,44% dosentrevistados possuem ensino superior e 6,04% ensino mdio. Fica evidenciado pelos dadosque a grande maioria no possui conhecimentos sobre a maneira correta de utilizar e para queserve os equipamentos que compe o sistema de proteo contra incndio.

    Quanto ao plano de emergncia, inexistente no condomnio, apenas duas pessoasresponderam que sabem da sua existncia, demonstrando a falta de informao e preparo dosresidentes no condomnio.

    Um dado que pode indicar que os moradores desejam inverter esta situaodesfavorvel no condomnio, que apenas quatro apartamentos pesquisados no aceitariamreceber treinamento.

    Pode ser visto tambm que 12,75% no aceitaram responder a pesquisa e 14,76% dosapartamentos estavam desocupados no momento em que a pesquisa foi realizada, um percentual que se somado representa um pouco mais que um quarto do total de apartamentos pesquisados.

    O nmero efetivo de apartamentos que responderam o questionrio foi de 108, comeste nmero calculado o novo erro amostral atravs das frmulas (1) e (2). Portanto o erro

    amostral final da pesquisa 5,87% para mais ou para menos.4.1. Teste Qui-Quadrado e Coeficiente de Contingncia

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    Para o teste qui-quadrado ser analisado se h associao entre a escolaridade e oconhecimento dos equipamentos de segurana contra incndio.

    O nvel de significncia () adotado de 5% e o grau de liberdade gl dois para todosos testes, onde na tabela so apresentadas a frequncia observada, a frequncia esperada e ovalor parcial do qui-quadrado. Na mesma tabela apresentado o valor total do qui-quadradoassim como o valor do coeficiente de contingncia.

    Para todos os testes as hipteses nula e alternativa sero:H0: No existe associao entre as duas variveis, sendo elas independentes.H1: Existe associao entre as duas variveis.

    Tabela Erro! Nenhum texto com o estilo especificado foi encontrado no documento..2 TesteQui-Quadrado e coeficiente de contingncia

    Sistema Probabilidade p

    (%)C*

    Sistema de Proteo 0,702 50p90 0,114Extintores 0,118 90p95 0,047Hidrantes 0,049 97,5p99 0,030Portas Corta-Fogo 2,121 10p50 0,196Antecmara 1,708 10p50 0,176Plano de Emergncia 0,741 50p90 0,117

    Analisando-se a tabela 4,2, todas as probabilidades esperadas para o teste deassociao do qui-quadrado foram maiores que o nvel de significncia de 5%, aceitandoassim a hiptese nula, como resultado tem-se que no possvel associar a escolaridade dosentrevistados com o conhecimento sobre o sistema de proteo instalado no condomnio.Outro indicativo que no existe associao entre as variveis o coeficiente decontingncia tendendo a zero.

    5. ConclusesConforme a anlise, observou-se que a grande maioria dos pesquisados no sabem

    utilizar e/ou para que servem os elementos de proteo que esto instalados no condomnio.Alm disto, uma parcela considervel dos pesquisados se recusaram a responder o

    questionrio ou o apartamento estava desocupado, levando a um acrscimo do erro amostralinicial.

    A grande maioria dos moradores entrevistados possui ensino superior, porm isto nogarante que eles tenham conhecimento sobre o sistema de proteo contra incndio, o que confirmado no teste do qui-quadrado e do coeficiente de contingncia, onde mostrou-se que aescolaridade no influncia no conhecimento.

    Fica evidente que em uma situao de emergncia, poucas pessoas no condomniosaberiam como agir para se evitar que um princpio de incndio se torne um incndio degrandes propores ou evitar que pessoas venham a se ferir.

    Outro ponto que deve ser revisto no condomnio a adequao as normas NR-23 doministrio do trabalho e a CSCIP do corpo de bombeiros, haja visto o prdio no contar comum plano de emergncia e muito menos com pessoas corretamente treinadas para situaes deemergncia.

    Referncias

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