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SUSTENTABILIDADE ECONÓMICO-FINANCEIRA DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTOS DE ÁGUA E DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS CASO DE ESTUDO E AVALIAÇÃO DE CENÁRIOS ANA FILIPA AZEVEDO TEIXEIRA Dissertação submetida para obtenção do grau de MESTRE EM ENGENHARIA DO AMBIENTE Presidente do Júri: Professora Cidália Maria de Sousa Botelho (Professora Auxiliar do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) ___________________________________________________________ Orientador académico: Professor Doutor Joaquim Poças Martins (Professor Associado com Agregação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) junho de 2016

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SUSTENTABILIDADE ECONÓMICO-FINANCEIRA DOS

SERVIÇOS DE ABASTECIMENTOS DE ÁGUA E DE

SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS – CASO DE ESTUDO

E AVALIAÇÃO DE CENÁRIOS

ANA FILIPA AZEVEDO TEIXEIRA

Dissertação submetida para obtenção do grau de

MESTRE EM ENGENHARIA DO AMBIENTE

Presidente do Júri: Professora Cidália Maria de Sousa Botelho

(Professora Auxiliar do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de

Engenharia da Universidade do Porto)

___________________________________________________________

Orientador académico: Professor Doutor Joaquim Poças Martins

(Professor Associado com Agregação da Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto)

junho de 2016

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

Aos meus pais que sempre

apoiaram as minhas escolhas.

“The best time to do something significant is between yesterday and tomorrow.”

- Zig Ziglar

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

i

Agradecimentos

A realização desta dissertação apenas foi possível graças ao contributo, imprescindível, de

diversas pessoas, que permitiram que os objetivos por mim definidos fossem alcançados. Assim,

não poderia não deixar uma palavra de agradecimento e apreço a essas pessoas:

O Professor Doutor Joaquim Poças Martins, pela oportunidade presenteada de trabalhar

neste tema, pelos conhecimentos transmitidos, orientação e disponibilidade demonstrada no

desenvolvimento desta dissertação.

A minha mãe, pelo apoio incondicional, confiança e incentivo que permitiram nunca desistir

dos meus objetivos e alcança-los com os melhores resultados possíveis.

A Eng.ª Joana Barros pelo contributo fundamental e constante disponibilidade para ajudar e

apoiar, mesmo nas alturas mais difíceis.

Os amigos Mariana, Marco e Ricardo pela compreensão, pela amizade e constantes

momentos de alegria e descontração que permitiram superar as situações menos boas e as

adversidades encontradas ao longo deste percurso académico.

A Eng.ª Maria João Oliveira, pela simpatia e cooperação proporcionada no desenvolver deste

trabalho.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

ii

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

iii

Resumo

A presente dissertação tem como principal objetivo a análise e avaliação das condições de

sustentabilidade das entidades gestoras dos sistemas de abastecimento de água e de

saneamento de águas residuais.

A atual situação de insustentabilidade económico-financeira e a ineficiência da maioria dos

sistemas nacionais é preocupante e exige que sejam tomadas medidas imediatas e eficazes.

Esta problemática já tem sido alvo de atenção ao longo dos últimos anos e possíveis medidas

de solução foram levadas a cabo, ainda que com sucesso limitado.

Foi identificada, nesta dissertação, que esta insustentabilidade resulta, de facto, da falta de

dimensão, que grande parte das EG nacionais apresentam, da ineficiência de gestão e falta de

reabilitação das infraestruturas e da aplicação de tarifas anormalmente baixas que não

permitem a recuperação integral de custos.

Assim, foi definido um conjunto de medidas que permitisse a qualquer EG atingir uma

situação tarifária sustentável e socialmente praticável. Estas medidas são: a agregação – que

permite atingir tarifas mais baixas para um mesmo nível de gestão – e atuar sobre os níveis de

eficiência – perdas de água, recursos humanos e energia – assim como na reabilitação,

atualmente muito aquém do necessário para evitar a progressiva degradação/envelhecimento

das infraestruturas.

Para tal, nesta dissertação definiu-se uma curva representativa de economias de escala do

setor. Esta curva foi delineada a partir de dados de 27 EG de referência a nível nacional,

selecionadas de um conjunto de 274, utilizando dados disponibilizados pela ERSAR.

As 27 entidades de referência apresentam na generalidade elevados níveis de atendimento

e de eficiência, mas alguns indicadores permanecem insatisfatórios, podendo vir a ser

melhorados. Desta forma, procedeu-se à aplicação de quatro cenários a este conjunto de

entidades - alteração da tarifa em alta, redução das percentagens de ANF para 20%, aumento

da taxa anual de reabilitação da rede para 2% e otimização dos custos com pessoal – de modo

a se alcançar a curva que retrata uma situação de sustentabilidade com tarifas viáveis e mais

reduzidas, aplicável a todas entidades gestoras.

PALAVRAS-CHAVE: abastecimento de água, saneamento de águas residuais,

sustentabilidade, indicadores de desempenho, gastos, custos.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

iv

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

v

Abstract

This dissertation main objective is the analysis and evaluation of sustainability conditions of

the managing entities of water supply and sanitation systems.

The current situation of economic and financial unsustainability and inefficiency of most

national systems is alarming and requires immediate and effective measures. This issue has

already been the focus of attention over the last few years and possible solution measures were

carried out, despite of limited success.

It was identified, in this dissertation that this unsustainability results from national

management entities lack dimension that much of national entitles present, managing inefficiency

and lack of network rehabilitation and abnormally low tariffs application that not allow full recovery

costs.

So, a measures set was defined to allow any management entities achieve to a sustainable

and socially feasible tariff situation. These measures are: aggregation – which achieves lower

rates for management same level – and acting on efficiency - water losses, human resources and

energy - as well as rehabilitation that is currently far short of need to prevent progressive

deterioration / infrastructures aging.

For that, in this dissertation was defined an economy scale sector representative curve. This

curve was outlined from data of 27 EG reference at national level, selected from a set of 274,

using data provided by ERSAR.

The 27 reference entities have generally high service and efficiency levels, but some

indicators remain unsatisfactory and can be improved. Therefore, it proceeded to the application

of four scenarios to this entities group – multimunicipality practiced tariffs system modification,

reduction of non-revenue water percentage to 20%, increase of annual rate of water network

rehabilitation to 2% and personnel costs optimization – in order to achieve a curve that shows a

sustainability situation with lower and viable tariffs, applicable to all management companies.

KEYWORDS: water supply, sanitation, wastewater, sustainability, performance indicators,

expenses, costs.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

vii

Índice Geral

Agradecimentos ................................................................................................. i

Resumo ..................................................................................................................................... iii

Abstract ......................................................................................................................................v

1 Introdução ........................................................................................................................ 1

1.1 Apresentação do tema ..................................................................................................... 1

1.2 Organização da dissertação ............................................................................................. 2

1.3 Objetivo geral ................................................................................................................... 3

2 Estado do Conhecimento .......................................................................................... 5

2.1 Contextualização histórica do setor de água ................................................................... 5

2.2 Enquadramento Legal .................................................................................................... 10

2.3 Caracterização dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas

residuais ................................................................................................................................. 12

2.3.1 Entidades gestoras em alta ................................................................................... 13

2.3.1.1 Reorganização das entidades gestoras em alta ...................................... 14

2.3.2 Entidades gestoras em baixa ................................................................................ 15

2.4 Modelos de gestão dos sistemas de abastecimento de água e saneamento ............... 16

2.5 Indicadores de desempenho .......................................................................................... 20

2.6 Serviço de abastecimento público de água e saneamento de águas residuais ............ 22

2.6.1 Situação atual ........................................................................................................ 22

2.6.2 Separação do sistema em alta e em baixa ........................................................... 28

2.6.3 Tarifas dos serviços de abastecimento público de água e saneamento de águas

residuais ......................................................................................................................... 30

2.6.4 Comparação das tarifas em alta com as tarifas em baixa .................................... 33

2.7 Abastecimento público de água e saneamento de águas residuais a nível internacional

…….. ...................................................................................................................................... 35

3 Âmbito e objetivos da dissertação ...................................................................... 41

3.1 Âmbito ............................................................................................................................ 41

3.2 Objetivos específicos...................................................................................................... 41

4 Trabalho desenvolvido ............................................................................................. 43

4.1 Análise dos dados disponibilizados pela ERSAR .......................................................... 43

4.2 Análise de indicadores de desempenho da ERSAR ...................................................... 45

4.3 Definição de curvas-objetivo de gastos para as entidades gestoras ............................. 46

4.3.1 Curva alvo de custos atuais com base em EG de referência ............................... 46

4.3.1.1 Primeira abordagem................................................................................. 46

4.3.1.2 Segunda abordagem................................................................................ 49

4.3.2 Curva de sustentabilidade ..................................................................................... 55

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

viii

5 Resultados obtidos .................................................................................................... 61

5.1 Caso de estudo .............................................................................................................. 61

5.1.1 Atual Situação ....................................................................................................... 62

5.1.2 Resultados obtidos para a agregação .................................................................. 65

5.1.3 Análise de sensibilidade………………………………………………………………..67

6 Conclusão ...................................................................................................................... 75

7 Recomendações para trabalhos futuros ........................................................... 77

8 Bibliografia ..................................................................................................................... 79

9 Anexos……………………………………………………………………………………………85

Anexo A – Identificação de dados aparentemente anómalos ............................................... 86

Anexo B – Tabela com dados das EG consideradas na definição da curva alvo final........ 190

Anexo C – Tabelas com os resultados dos quatro cenários considerados na definição da curva

de sustentabilidade .............................................................................................................. 191

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

ix

Índice de Figuras

Figura 2.1 - Metas PNUEA para 2020 .......................................................................................... 8

Figura 2.2 – Funcionamento do sistema de abastecimento de água ......................................... 12

Figura 2.3 – Funcionamento do sistema de saneamento de águas residuais ........................... 13

Figura 2.4 – Evolução do número de entidades gestoras em alta e dos concelhos abastecidos

..................................................................................................................................................... 13

Figura 2.5 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de

água em alta ................................................................................................................................ 14

Figura 2.6 - Restruturação do sector de água em alta ............................................................... 15

Figura 2.7 – Número total de entidades gestoras em baixa desde 2009 até 2013 .................... 15

Figura 2.8 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de

água (esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) em alta ................................... 19

Figura 2.9 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de

água (esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) em baixa................................. 19

Figura 2.10 - Indicadores de desempenho para o serviço de abastecimento público de água

(esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) ......................................................... 20

Figura 2.11 - Evolução do nível de cobertura do serviço de abastecimento de água em Portugal

entre 2002 e 2013 ....................................................................................................................... 22

Figura 2.12 - Evolução do nível de cobertura do serviço de saneamento de águas residuais em

Portugal entre 2002 e 2013 ......................................................................................................... 22

Figura 2.13 - Evolução do indicador água segura em Portugal entre 2004 e 2013 ................... 23

Figura 2.14 - Evolução da água não faturada nas entidades gestoras de serviço de

abastecimento público de água em alta e em baixa ................................................................... 24

Figura 2.15 – Distribuição geográfica das percentagens de ANF em Portugal em 2014 ........... 24

Figura 2.16 – Distribuição geográfica das percentagens de reabilitação de condutas (direita) e

de coletores (esquerda) .............................................................................................................. 26

Figura 2.17 – Distribuição geográfica da cobertura dos gastos totais em Portugal para 2014 .. 27

Figura 2.18 – Evolução dos encargos tarifários dos consumidores com os serviços de águas

entre 2011 e 2013 ....................................................................................................................... 27

Figura 2.19 – Evolução da acessibilidade económica dos consumidores aos serviços de

abastecimento de água e saneamento entre 2011 e 2013 ........................................................ 28

Figura 2.20 – Comparação dos preços em alta e em baixa para o serviço de abastecimento de

água, no ano de 2013, nas diversas entidades gestoras ........................................................... 34

Figura 2.21 - Comparação dos preços em alta e em baixa para o serviço de saneamento de

águas residuais, no ano de 2013, nas diversas entidades gestoras .......................................... 34

Figura 2.22 – Percentagens de perdas no sistema de abastecimento de água em alguns países

da Europa .................................................................................................................................... 35

Figura 2.23 – Cobertura do serviço de abastecimento de água em países da Europa ............. 35

Figura 2.24 – Cobertura do serviço de drenagem de águas residuais em países da Europa ... 36

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

x

Figura 2.25 - Tarifas médias (€/m3) de abastecimento de água e saneamento praticadas numa

seleção de países da Europa em 2010....................................................................................... 36

Figura 4.1 - Análise da fiabilidade dos dados relativos a gastos totais em função do número de

alojamentos ................................................................................................................................. 44

Figura 4.2 - Percentagens de indicadores de desempenho ERSAR .......................................... 45

Figura 4.3 - Percentagens de indicadores de desempenho ERSAR com fiabilidade máxima (***)

..................................................................................................................................................... 45

Figura 4.4- Curva para as entidades gestoras com mais de 50.000 alojamentos ..................... 48

Figura 4.5 - Curva para as entidades gestoras com menos de 50.000 alojamentos ................. 48

Figura 4.6 – Primeira curva alvo resultante da junção das curvas com número de alojamentos

superiores e inferiores a 50.000 .................................................................................................. 49

Figura 4.7 - Segunda curva alvo ................................................................................................. 51

Figura 4.8 – Comparação das duas curvas alvo obtidas ............................................................ 51

Figura 4.9 – Representação das três curvas .............................................................................. 52

Figura 4.10 – Comparação das curvas alvo obtidas por diferentes processos .......................... 52

Figura 4.11 – Comparação da curva alvo final em função do número de alojamentos existentes

e do número de alojamentos com serviço efetivo ....................................................................... 53

Figura 4.12 - Comparação da curva alvo final em função do número de alojamentos existentes

com esta em função do número de alojamentos efetivos e disponíveis .................................... 53

Figura 4.13 – Avaliação da curva alvo final com base nos metros de rede por cliente .............. 55

Figura 4.14 - Comparação da curva alvo final com a obtida após alteração das tarifas em alta 56

Figura 4.15 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida após redução das

percentagens de ANF para 20% ................................................................................................. 57

Figura 4.16 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida ao aumentar a reabilitação da

rede para 2% ao ano ................................................................................................................... 58

Figura 4.17 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida após ajuste do número de

trabalhadores .............................................................................................................................. 59

Figura 4.18 – Curva de sustentabilidade .................................................................................... 60

Figura 4.19 – Comparação da curva alvo final com a curva de sustentabilidade ...................... 60

Figura 5.1 - Situação atual das EG em baixa ............................................................................. 61

Figura 5.2 - Economias de escala em sistemas AA e AR .......................................................... 62

Figura 5.3 - Localização geográfica da CIM do Douro ............................................................... 63

Figura 5.4 - Agregação CIM do Douro ........................................................................................ 65

Figura 5.5 - Agregação Douro Norte ........................................................................................... 66

Figura 5.6 - Agregação Douro Sul .............................................................................................. 67

Figura 5.7 - Análise de sensibilidade CIM do Douro ................................................................... 70

Figura 5.8 - Análise de sensibilidade Douro Norte ..................................................................... 70

Figura 5.9 - Análise de sensibilidade Duro Sul ........................................................................... 71

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xi

Figura A.1 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada ................................................... 86

Figura A.2 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada por modelo de gestão ............... 86

Figura A.3 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada por grau de fiabilidade dos

dados ........................................................................................................................................... 87

Figura A.4 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF ............................................................................................................................................. 87

Figura A.5 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF por modelo de gestão ......................................................................................................... 88

Figura A.6 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF por grau de fiabilidade dos dados ....................................................................................... 88

Figura A.7 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG ........................................ 89

Figura A.8 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por modelo de gestão .... 89

Figura A.9 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos

dados ........................................................................................................................................... 90

Figura A.10 – Percentagem de ANF em função do comprimento de conduta por cliente

servido ......................................................................................................................................... 90

Figura A.11 – Percentagem de ANF em função dos metros de conduta por cliente servido por

modelo de gestão ........................................................................................................................ 91

Figura A.12 – Percentagem de ANF em função dos metros de conduta por cliente servido por

grau de fiabilidade dos dados ..................................................................................................... 91

Figura A.13 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG ............................................................................................................................................... 92

Figura A.14 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

por modelo de gestão.................................................................................................................. 92

Figura A.15 – Percentagem de CMVMC em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade

dos dados .................................................................................................................................... 93

Figura A.16 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG .. 93

Figura A.17 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão ........................................................................................................................ 94

Figura A.18 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

grau de fiabilidade dos dados ..................................................................................................... 94

Figura A.19 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função do número

de alojamentos ............................................................................................................................ 95

Figura A.20 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG por modelo de gestão .................................................................................... 95

Figura A.21 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ................................................................. 96

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xii

Figura A.22 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG ............................................................................................................................................... 96

Figura A.23 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por modelo de gestão ........................................................................................................... 97

Figura A.24 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por grau de fiabilidade dos dados ......................................................................................... 97

Figura A.25 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores .................... 98

Figura A.26 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por modelo de

gestão .......................................................................................................................................... 98

Figura A.27 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por grau de

fiabilidade dos dados................................................................................................................... 99

Figura A.28 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores .................... 99

Figura A.29 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por modelo de

gestão ........................................................................................................................................ 100

Figura A.30 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por grau de

fiabilidade dos dados................................................................................................................. 100

Figura A.31 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores ....... ..101

Figura A.32 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores ............................................................................................................................ 101

Figura A.33 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por

modelo de gestão ...................................................................................................................... 102

Figura A.34 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por modelo de gestão ........................................................................................ 102

Figura A.35 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau

de fiabilidade dos dados ........................................................................................................... 103

Figura A.36 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ...................................................................... 103

Figura A.37 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores ......... 104

Figura A.38 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores ............................................................................................................................ 104

Figura A.39 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por

modelo de gestão ...................................................................................................................... 105

Figura A.40 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por modelo de gestão ........................................................................................ 105

Figura A.41 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau

de fiabilidade dos dados ........................................................................................................... 106

Figura A.42 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ...................................................................... 106

Figura A.43 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos.................................................................................................................. 107

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xiii

Figura A.44 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por modelo de gestão ............................................................................. 107

Figura A.45 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por grau de fiabilidade dos dados ........................................................... 108

Figura A.46 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos.................................................................................................................. 108

Figura A.47 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função

do número de alojamentos efetivos .......................................................................................... 109

Figura A.48 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por modelo de gestão ............................................................................. 109

Figura A.49 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função

do número de alojamentos efetivos por modelo de gestão ...................................................... 110

Figura A.50 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos por grau de fiabilidade dos dados ........................................................... 110

Figura A.51 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função

do número de alojamentos efetivos por grau de fiabilidade dos dados .................................... 111

Figura A.52 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores ............................................................................................................ 111

Figura A.53 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores por modelo de gestão ........................................................................ 112

Figura A.54 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ...................................................... 112

Figura A.55 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores ............................................................................................................ 113

Figura A.56 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada

em função do número médio de trabalhadores ........................................................................ 113

Figura A.57 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores por modelo de gestão ........................................................................ 114

Figura A.58 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada

em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão .................................... 114

Figura A.59 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados ...................................................... 115

Figura A.60 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada

em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados .................. 115

Figura A.61 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

concessionadas ......................................................................................................................... 116

Figura A.62 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

concessionadas grau de fiabilidade dos dados ........................................................................ 116

Figura A.63 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF para as EG concessionadas ............................................................................................. 117

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xiv

Figura A.64 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF para as EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ...................................... 117

Figura A.65 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG concessionadas ......... 118

Figura A.66 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG concessionadas por grau

de fiabilidade dos dados ........................................................................................................... 118

Figura A.67 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para as

EG concessionadas .................................................................................................................. 119

Figura A.68 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 119

Figura A.69 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas ......................................................................................................................... 120

Figura A.70 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 120

Figura A.71 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas ......................................................................................................................... 121

Figura A.72 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 121

Figura A.73 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG concessionadas ........................................................................................... 122

Figura A.74 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................... 122

Figura A.75 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG concessionadas .................................................................................................................. 123

Figura A.76 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ............................................................ 123

Figura A.77 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG

concessionadas ......................................................................................................................... 124

Figura A.78 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 124

Figura A.79 – Custo com pessoal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas ......................................................................................................................... 125

Figura A.80 – Custo com pessoal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 125

Figura A.81 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

concessionadas ......................................................................................................................... 126

Figura A.82 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 126

Figura A.83 – Ordenado médio mensal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas ......................................................................................................................... 127

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xv

Figura A.84 – Ordenado médio mensal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 127

Figura A.85 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas ........................................................................ 128

Figura A.86 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ................. 128

Figura A.87 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas ........................................................................ 129

Figura A.88 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ................. 129

Figura A.89 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG concessionadas ................................................................... 130

Figura A.90 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ............ 130

Figura A.91 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG concessionadas ................................................................... 131

Figura A.92 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados ............ 131

Figura A.93 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

delegadas .................................................................................................................................. 132

Figura A.94 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados ........................................................................... 132

Figura A.95 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF para EG delegadas ........................................................................................................... 133

Figura A.96 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados..................................................... 133

Figura A.97 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG delegadas .................. 134

Figura A.98 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG delegadas por grau de

fiabilidade dos dados................................................................................................................. 134

Figura A.99 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG

delegadas .................................................................................................................................. 135

Figura A.100 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para

EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ..................................................................... 135

Figura A.101 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG delegadas ............................................................................................................................ 136

Figura A.102 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ..................................................................... 136

Figura A.103 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

delegadas .................................................................................................................................. 137

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xvi

Figura A.104 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados ........................................................................... 137

Figura A.105 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG delegadas .................................................................................................... 138

Figura A.106 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ............................................. 138

Figura A.107 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG delegadas ..................................................................................................................... 139

Figura A.108 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados .............................................................. 139

Figura A.109 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas .................................................................................................................................. 140

Figura A.110 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados ........................................................................... 140

Figura A.111 – Custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas .................................................................................................................................. 141

Figura A.112 – Custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados ........................................................................... 141

Figura A.113 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG delegadas ............................................................................................................................ 142

Figura A.114 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ..................................................................... 142

Figura A.115 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG delegadas ............................................................................................................................ 143

Figura A.116 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ..................................................................... 143

Figura A.117 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas ................................................................................. 144

Figura A.118 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ........................... 144

Figura A.119 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas ................................................................................. 145

Figura A.120 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ........................... 145

Figura A.121 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG delegadas ............................................................................ 146

Figura A.122 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados ...................... 146

Figura A.123 – Custos de Exploração em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas .................................................................................................................................. 147

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xvii

Figura A.124 – Custos de Exploração em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados ........................................................................... 147

Figura A.125 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG de gestão direta .................................................................................................................. 148

Figura A.126 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................................................ 148

Figura A.127 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF para EG de gestão direta .................................................................................................. 149

Figura A.128 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ........................................... 149

Figura A.129 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG de gestão direta ....... 150

Figura A.130 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG de gestão direta por grau

de fiabilidade dos dados ........................................................................................................... 150

Figura A.131 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para

EG de gestão direta .................................................................................................................. 151

Figura A.132 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servidos para

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................................................ 151

Figura A.133 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG de gestão direta .................................................................................................................. 152

Figura A.134 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................................................ 152

Figura A.135 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função do número de

alojamentos para EG de gestão direta...................................................................................... 153

Figura A.136 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de

gestão direta do por grau de fiabilidade dos dados .................................................................. 153

Figura A.137 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG de gestão direta ........................................................................................... 154

Figura A.138 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados .................................... 154

Figura A.139 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG de gestão direta ........................................................................................................... 155

Figura A.140 – Percentagem de Amortização sobre gastos totais em função da dimensão das

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................................................ 155

Figura A.141 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta .............................................................................................................................. 156

Figura A.142 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta ................................................................................... 156

Figura A.143 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ....................................................................... 157

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xviii

Figura A.144 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................ 157

Figura A.145 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta .............................................................................................................................. 158

Figura A.146 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta ................................................................................... 158

Figura A.147 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ....................................................................... 159

Figura A.148 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................ 159

Figura A.149 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG de gestão direta .................................................................................................................. 160

Figura A.150 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio

de trabalhadores para EG de gestão direta .............................................................................. 160

Figura A.151 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................................................ 161

Figura A.152 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio

de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ....................... 161

Figura A.153 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG de gestão direta .................................................................................................................. 162

Figura A.154 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio

de trabalhadores para EG de gestão direta .............................................................................. 162

Figura A.155 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............................................................ 163

Figura A.156 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio

de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ....................... 163

Figura A.157 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta ........................................................................ 164

Figura A.158 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ................. 164

Figura A.159 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta ........................................................................ 165

Figura A.160 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função

do número de alojamentos efetivos para EG de gestão direta ................................................. 165

Figura A.161 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de

alojamentos efetivos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ................. 166

Figura A.162 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função

do número de alojamentos efetivos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos

dados ......................................................................................................................................... 166

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xix

Figura A.163 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG de gestão direta ................................................................... 167

Figura A.164 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............ 167

Figura A.165 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG de gestão direta ................................................................... 168

Figura A.166 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número

médio de trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados ............ 168

Figura A.167 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG ............................................................................................................................................. 169

Figura A.168 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG por modelo de gestão ......................................................................................................... 169

Figura A.169 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG por grau de fiabilidade dos dados ....................................................................................... 170

Figura A.170 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF ........................................................................................................................................... 170

Figura A.171 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF por modelo de gestão ....................................................................................................... 171

Figura A.172 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de

ANF por grau de fiabilidade dos dados ..................................................................................... 171

Figura A.173 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG ............................................................................................................................................. 172

Figura A.174 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por modelo de gestão ......................................................................................................... 172

Figura A.175 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por grau de fiabilidade dos dados ....................................................................................... 173

Figura A.176 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG ............................................................................................................................................. 173

Figura A.177 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

por modelo de gestão................................................................................................................ 174

Figura A.178 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

por grau de fiabilidade dos dados ............................................................................................. 174

Figura A.179 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG ...................................................................................................................... 175

Figura A.180 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG por modelo de gestão .................................................................................. 175

Figura A.181 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ............................................................... 176

Figura A.182 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG ...................................................................................................................................... 176

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xx

Figura A.183 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG por modelo de gestão .................................................................................................. 177

Figura A.184 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG por grau de fiabilidade dos dados ................................................................................ 177

Figura A.185 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG .................................. 178

Figura A.186 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por modelo de

gestão ........................................................................................................................................ 178

Figura A.187 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade

dos dados .................................................................................................................................. 179

Figura A.188 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG ............................................................................................................................................. 179

Figura A.189 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG por modelo de gestão ......................................................................................................... 180

Figura A.190 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das

EG por grau de fiabilidade dos dados ....................................................................................... 180

Figura A.191 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG ............................................................................................................................................. 181

Figura A.192 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por modelo de gestão ......................................................................................................... 181

Figura A.193 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por grau de fiabilidade dos dados ....................................................................................... 182

Figura A.194 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão da EG 182

Figura A.195 – Percentagem de FSE sobre gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão ...................................................................................................................... 183

Figura A.196 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

por grau de fiabilidade dos dados ............................................................................................. 183

Figura A.197 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG ...................................................................................................................... 184

Figura A.198 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da

dimensão das EG por modelo de gestão .................................................................................. 184

Figura A.199 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre gastos totais em função da

dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados ............................................................... 185

Figura A.200 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG ...................................................................................................................................... 185

Figura A.201 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG por modelo de gestão .................................................................................................. 186

Figura A.202 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão

das EG por grau de fiabilidade dos dados ................................................................................ 186

Figura A.203 – Comparação dos gastos totais de AA reportados em 2014 com a média

aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014 ................. 187

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xxi

Figura A.204 – Ampliação da Figura da comparação dos gastos totais de AA reportados em

2014 com a média aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e

2014........................................................................................................................................... 187

Figura A.205 – Comparação dos gastos totais de AR reportados em 2014 com a média

aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014 ................. 188

Figura A.206 – Ampliação da Figura da comparação dos gastos totais de AR reportados em

2014 com a média aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e

2014........................................................................................................................................... 188

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xxii

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xxiii

Índice de Tabelas

Tabela 2.1 - Dados da população servida com sistema de abastecimento de água em 1972 .... 6

Tabela 2.2 - Modelos de gestão e entidades gestoras ............................................................... 17

Tabela 2.3 – Bandas de exatidão dos dados .............................................................................. 21

Tabela 2.4 – Bandas de fiabilidade da fonte de informação ....................................................... 21

Tabela 2.5 - Classificação atribuída à avaliação do serviço por parte da ERSAR ..................... 21

Tabela 2.6 – Vantagens e inconvenientes da separação do sistema em alta e em baixa ......... 29

Tabela 2.7 – Preços médios do serviço de abastecimento de água em função da localização

geográfica para o ano de 2013 ................................................................................................... 31

Tabela 2.8 – Preços médios do serviço de saneamento de águas residuais em função da

localização geográfica para o ano de 2013 ................................................................................ 31

Tabela 2.9 – Preços médios do serviço de abastecimento de água em função do modelo de

gestão, para o ano de 2013 ........................................................................................................ 32

Tabela 2.10 – Preços médios do serviço de saneamento de águas residuais em função do

modelo de gestão, para o ano de 2013 ...................................................................................... 32

Tabela 2.11 – Preço médio e preço médio ponderado da água, para o serviço de

abastecimento de água em função da dimensão do município para o ano de 2013 ................. 32

Tabela 2.12 – Preço médio e preço médio ponderado da água, para o serviço de saneamento

de águas residuais em função da dimensão do município para o ano de 2013 ........................ 33

Tabela 2.13 - Evolução do preço médio global para 120m3/ano ................................................ 33

Tabela 2.14 – Percentagem de serviços e população abrangida em França por sistemas com

gestão direta e delegada ............................................................................................................. 38

Tabela 2.15 – Percentagem de serviços e população abrangida em França por sistemas com

gestão direta e delegada ............................................................................................................. 38

Tabela 4.1 - Número de EG e número de alojamentos por sistema e modelo de gestão .......... 43

Tabela 4.2 - Lista das entidades gestoras consideradas na primeira abordagem de curva alvo

..................................................................................................................................................... 47

Tabela 4.3 - Lista das entidades gestoras consideradas para a obtenção da 2ª curva alvo ..... 50

Tabela 4.4 – Entidades gestoras que serviram de base à definição da curva alvo final ............ 54

Tabela 5.1 - Dados e Indicadores referentes às EG abrangidas na CIM do Douro ................... 64

Tabela 5.2 - Resultados da agregação CIM do Douro ............................................................... 66

Tabela 5.3 - Resultados da agregação Douro Norte .................................................................. 67

Tabela 5.4 - Resultados da agregação Douro Sul ...................................................................... 67

Tabela 5.5 – Resultados da análise de sensibilidade para cada alternativa de agregação ....... 69

Tabela 5.6 – EG com vencimentos médios mensais anómalos ................................................. 72

Tabela 5.7 – Tarifas médias com a variação do custo com pessoal após remoção das EG que

revelam ordenados médios mensais anómalos .......................................................................... 72

Tabela 5.8 – Tarifas médias com a variação da tarifa em alta após remoção das EG que

revelam valores de 0€/m3 para este parâmetro .......................................................................... 73

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xxiv

Tabela A.1 - EG que reportam gastos totais em 2014 aproximadamente ou superior ao dobro

da média aritmética desses gastos para os anos de 2012 a 2014 ou vice-versa .................... 189

Tabela B.1 - Dados referentes às EG que serviram de base à elaboração da curva alvo final

.................................................................................................................................................. .190

Tabela C.1 - Resultados referentes à redução de perdas para 20% das EG de referência .... 191

Tabela C.2 - Resultados referentes ao aumento da reabilitação da rede para 2%/ano das EG

de referência ............................................................................................................................. 192

Tabela C.3 - Resultados referentes à otimização dos custos com pessoal das EG de referência

................................................................................................................................................... 193

Tabela C.4 - Resultados referentes à tarifa em alta das EG de referência .............................. 194

Tabela C.5 - Resultados finais considerando os quatro cenários das EG de referência ......... 195

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xxv

Acrónimos e Abreviaturas

AA Abastecimento de Água

AF Água Faturada

AR Águas Residuais

APA Agência Portuguesa do Ambiente

ANF Água Não Faturada

CIM Comunidade Intermunicipal

CMVMC Custos com Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas

DQA Diretiva Quadro da Água

EG Entidade Gestora

EPAL Empresa Pública das Águas Livres

ERSAR Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais

FSE Fornecimento e Serviços Externos

GAG Grupo de Apoio à Gestão

IPE Investimentos e Participações do Estado

IRAR Instituto Regulador de Águas e Resíduos

IWA International Water Association

OFWAT Office of Water Services

ONEMA Office National de l’Eau et des Milieux Aquatiques

PNA Plano Nacional da Água

PEAASAR Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de

Saneamento de Águas Residuais

PNUEA Plano Nacional para o Uso Eficiente da Água

QCA Quadro Comunitário de Apoio

RWA Regional Water Authorities

SAASAR Serviço de Abastecimento de Água e Saneamento de Águas

Residuais

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

xxvi

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

1

1 INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação do tema

A água é um dos bens indispensáveis à vida humana. Esta, para além de ser um dos recursos

naturais mais utilizado em atividades económicas, designadamente na agricultura e na indústria,

exerce ainda um papel determinante na qualidade de vida das populações e na saúde pública,

no que diz respeito ao seu abastecimento e saneamento.

O abastecimento público de água e saneamento é uma necessidade básica e crucial da

sociedade atual, sendo necessário caminhar no sentido de se alcançar a universalidade,

continuidade, qualidade, eficiência e acessibilidade económica destes serviços. No entanto, a

insustentabilidade económico-financeira dos sistemas tem-se revelado uma enorme barreira no

alcance deste objetivo, gerando uma preocupação crescente no país.

Presentemente verifica-se uma enorme discrepância de valores entre as tarifas de água e

saneamento pagas pelas populações. De facto, essa diferença chega atingir um valor 5 a 6 vezes

superior quando comparados preços praticados por diferentes entidades. Estas disparidades

afetam, principalmente, as populações do interior do país (Magalhães and Bessa, 2012).

Paralelamente a este problema tem-se constatado que Portugal continua a revelar valores

demasiado elevados de água não faturada. Enquanto outros países europeus apresentam

perdas de água no sistema abaixo dos 15%, a nível nacional verificam-se valores médios de

30%, sendo que em algumas regiões do país este valor chega a ultrapassar os 50%. Para além

desta indesejável ineficiência contribuir para o desperdício de um recurso natural tão importante

provoca, ainda, um aumento dos custos sustentados pelos consumidores (Magalhães and

Bessa, 2012).

Um outro problema que se tem revelado preocupante é a falta de renovação, reparação e

manutenção das redes existentes. Se, por um lado é importante investir na expansão da rede,

no sentido de elevar os níveis de atendimento ao maior número possível de consumidores, por

outro lado, não se pode negligenciar a sua reabilitação sob pena destas se tornarem obsoletas

e, possivelmente, inutilizáveis (Magalhães and Bessa, 2012).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

2

Por todas as razões enunciadas, juntamente, com uma má gestão dos serviços por parte das

entidades gestoras é reconhecida e inegável a insustentabilidade financeira do sistema, nos

moldes em que tem vindo a funcionar.

Assim sendo, o foco desta dissertação de mestrado vai ser no âmbito de analisar e identificar

os principais causas que contribuem para a atual insustentabilidade e avaliar a evolução

necessária da situação atual para uma situação de sustentabilidade do sistema.

1.2 Organização da dissertação

Esta dissertação visa a identificação das principais problemáticas e diferenças das EG

nacionais do sistema de abastecimento de água e saneamento, assim como, avaliar de que

forma se poderá alcançar a sustentabilidade do setor.

Para tal foi necessário proceder à procura intensiva de referências bibliográficas para uma

melhor compreensão do tema, tais como: o funcionamento de um sistema de abastecimento de

água e saneamento de água residual, indicadores de qualidade do serviço e tarifas praticadas.

De seguida foram definidos objetivos gerais e específicos para o desenvolvimento do trabalho

que envolveu a análise dos dados e indicadores disponibilizados pela ERSAR (Entidade

Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos), no sentido de identificar possíveis anomalias,

bem como, definir as EG que apresentam uma melhor gestão. Com base neste estudo foi, ainda

possível definir uma curva alvo de gastos totais em função da dimensão da EG e a tendência

desta mesma curva para uma situação sustentável. Por fim, apresentam-se as conclusões

retiradas do trabalho realizado, bem como, algumas recomendações futuras.

A dissertação encontra-se dividida em capítulos, e em cada um destes são abordados os

temas que se descrevem em seguida:

Capítulo 1

No primeiro capítulo desta dissertação é realizada uma abordagem geral ao tema. É ainda

apresentado o seu enquadramento e a relevância desta problemática nos dias de hoje e definidos

os objetivos gerais da dissertação.

Capítulo 2

Este capítulo incide sobre a revisão literária relevante para a elaboração da dissertação.

Inicialmente é realizada a contextualização histórica do setor de água, relatando de forma sucinta

os marcos mais importantes na história da evolução dos serviços de abastecimento água e

saneamento de águas residuais (SAASAR).

Posteriormente, são enunciadas as normas europeias e legislação nacional, revogada e em

vigor relevantes para o tema.

É, ainda, explanada uma caraterização dos sistemas em alta e em baixa, distinguindo

entidades gestoras em alta de entidades gestoras em baixa. Para além de se apresentarem os

diferentes modelos de gestão dos sistemas de abastecimento de água, assim como, os

indicadores de desempenho definidos pela entidade reguladora do setor.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

3

Também é realizado um resumo da situação atual de Portugal no que concerne aos serviços

de abastecimento de saneamento de águas, bem como, as vantagens e inconvenientes da

separação do sistema em alta e em baixa. Por fim, são referidas considerações sobre as atuais

tarifas de AA e AR e a relação de preços entre entidades gestoras em baixa e em alta,

recorrendo-se a uma comparação com outros países europeus.

Capítulo 3

Neste terceiro capítulo é explicitado o âmbito e os objetivos específicos da dissertação, após

a pesquisa bibliográfica e os conhecimentos adquiridos.

Capítulo 4

É neste capítulo que é apresentado o trabalho desenvolvido, no sentido de analisar os dados

disponibilizados pela ERSAR e a estratégia adotada para obtenção da curva alvo de gastos totais

em função da dimensão das EG e, posteriormente, a curva para a qual tenderiam os gastos

numa situação “ideal” (curva de sustentabilidade).

Capítulo 5

No quinto capítulo são aplicadas as duas curvas objetivo definidas a um caso prático, CIM

do Douro, numa possível agregação das EG intervenientes como solução para o aumento da

eficiência dos sistemas e, de forma, a alcançar a sustentabilidade financeira. Foi ainda realizada

uma análise de sensibilidade aos resultados obtidos.

Capítulo 6

Neste capítulo são enunciadas as conclusões após análise dos dados e elaboração da

dissertação.

Capítulo 7

No capítulo sete são apresentadas recomendações futuras e o trabalho ainda por

desenvolver.

1.3 Objetivo geral

Na realização desta dissertação foi crucial a definição do objetivo geral de orientação do

trabalho, sendo este a análise e avaliação das condições de sustentabilidade das entidades

gestoras em baixa dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais.

Para tal procedeu-se à análise dos dados disponibilizados pela ERSAR, os quais permitiram

identificar situações de insustentabilidade, bem como EG que servissem de referência para as

restantes. Com base nestes dados estabeleceram-se as condições de evolução da situação atual

para uma situação sustentável, representada pelas curvas alvo e de sustentabilidade.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

4

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

5

2 ESTADO DO CONHECIMENTO

2.1 Contextualização histórica do setor de água

Na segunda metade do século XIX, o crescimento demográfico e a aglomeração urbana

foram as primeiras causas de problemas sanitários do país, que viria a reconhecer a relação

entre as doenças infeciosas, alta taxa de mortalidade, nomeadamente infantil, e a falta de higiene

citadina. Assim, perante tal cenário e observando os resultados significativos que as intervenções

sanitárias tinham vindo a alcançar nos Estados Unidos da América, surge, no final do século, em

Portugal, a necessidade de se reforçar o abastecimento de água potável em fontanários e os

primeiros esforços no sentido de se proceder a uma distribuição domiciliária de água (Pato,

2011).

A “Companhia de Águas de Lisboa” foi concessionada em 1868 e em 1880 foram construídas

obras de reforço do abastecimento de água, que teve, desde logo, impacte significativo na

redução da mortalidade relacionada com a febre Tifoide e Cólera (Geada, 2013).

Em 1855 aparecem diversas companhias candidatas ao projeto de execução de obras de

captação, elevação, transporte e distribuição ao domicílio. No entanto, apenas, em 1882 foi

assinado o contrato com a “Compagnie Général des Eaux pour l’Étranger”, tendo o

abastecimento ficado regularizado a partir de 1887. Ainda, em 1882 é celebrado o contrato de

concessão para a construção e exploração do sistema de abastecimento de água da cidade de

Coimbra (Geada, 2013). Após esta concessão seguem-se várias outras nos principais centros

urbanos do país: Figueira de Foz e Viseu em 1887, Setúbal em 1889, Faro em 1899, Matosinhos

em 1901, Santarém e Chaves em 1903, Abrantes em 1907 e Cascais em 1908 (Pato, 2011).

Em 1901 é publicado o regulamento geral dos serviços de saúde e beneficência público,

seguido pela publicação do regulamento para a fiscalização das águas potáveis destinadas ao

consumo público, em 1904. Estes documentos marcaram o início de um processo de regulação

das condições sanitárias do país, levado a cabo pelo Governo, que tinha por objetivo orientar a

atividade autárquica, no que concerne aos serviços de abastecimento público de água e de

saneamento de águas residuais (ERSAR, 2011).

Mais tarde, no ano de 1932, o Estado consente a contratação de técnicos projetistas externos

à Administração Geral dos Serviços Hidráulicos e Elétricos, comparticipando as obras até 50%,

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

6

desde que previamente autorizadas. Entre esse mesmo ano e o seguinte procedeu-se à criação

da Secção de Melhoramento de Águas e Saneamento e da Junta Sanitária de Água sob tutela

do Ministério das Obras Públicas e do Ministério do Interior, respetivamente. Contudo, apesar de

todas as ações levadas a cabo pelo Estado desde 1932, constatou-se, em 1941, que, somente,

26% da população nacional tinha acesso a sistemas de distribuição domiciliária de água (Poças-

Martins, 2012).

No ano de 1944 procedeu-se à apresentação do “Plano de Abastecimento de Água às Sedes

dos Concelhos” que tinha por intuito, em dez anos, munir todas as sedes de concelho com

abastecimento de água, plano que vigorou até 1960.

Em 1960 realizou-se a apresentação do “Plano de Abastecimento de Água às Populações

Rurais”. Esta medida assegurou o primeiro abastecimento público de água a várias aldeias do

país. Já em 1970 observou-se a exploração dos sistemas pelos municípios de forma industrial,

o que contribuiu para o aparecimento de serviços municipalizados e de federações de

municípios.

Por fim, em 1972 dá-se o lançamento de estudos de âmbito nacional com vista a uma política

integrada de saneamento básico e perspetivação das Regiões de Saneamento Básico (Poças-

Martins, 2012).

Os dados referentes ao abastecimento e saneamento básico em Portugal, para esse ano,

eram os abaixo discriminados (Tabela 2.1):

Tabela 2.1 - Dados da população servida com sistema de abastecimento de água em 1972 (Poças-

Martins, 2012)

População servida (%)

Distribuição domiciliária de água 40

Distribuição por fontanários 26

Sem acesso a sistemas de distribuição de água 34

No ano de 1977 é concedida aos municípios a responsabilidade de gestão dos sistemas de

saneamento básico, sendo que no ano seguinte assistimos ao abandono do modelo das Regiões

de Saneamento Básico até aí adotado para se apostar na municipalização.

Na Argentina, em 1977, realizou-se a primeira conferência mundial, com intuito de promover

a sensibilização das populações para os problemas com a água (OCDE, 2009).

Entre 1989 e 1991 procedeu-se ao aproveitamento de parte do montante de fundos

estruturais destinados a Portugal através do QCA I, para investir no abastecimento de água e

saneamento (Poças-Martins, 2014).

No ano seguinte, no Rio de Janeiro decorre a UN Conference on Water and Environment,

em que um dos objetivos foi discutir o sistema de abastecimento de água e saneamento (OCDE,

2009).

Pelo Decreto-Lei nº 372/93, de 29 de outubro procedeu-se à alteração da Lei da Delimitação

dos Setores, com a sua abertura à iniciativa privada, reunindo-se, assim, as condições para se

consagrar o regime legal da gestão e exploração de sistemas de abastecimento de água e

saneamento. Nesse mesmo ano, o Decreto-Lei 379/93, de 5 de novembro permitiu a criação dos

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

7

primeiros sistemas multimunicipais de captação, tratamento e distribuição de água, e delineou

as condições do regime de exploração e gestão das concessões, sendo que, no caso dos

sistemas multimunicipais, o concedente é o Estado, e nos demais é a administração local.

Ainda, em 1993, é constituída a Águas de Portugal, incorporada no IPE – Investimentos e

Participações do Estado, que se comprometia a assegurar o desenvolvimento dos sistemas

multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais (AdP, 2016).

Já em 1995 foi decretado o regime jurídico da concessão dos sistemas municipais, pelo

Decreto-Lei nº147/95, de 21 de junho. Foi, ainda, fundado o Observatório Nacional dos Sistemas

Municipais e Multimunicipais de Captação, Tratamento e Distribuição de Água para Consumo

Público, de Recolha, Tratamento e Rejeição de Efluentes e de Recolha e Tratamento de

Resíduos Sólidos, o qual foi, em 1997, substituído pelo Instituto Regulador de Águas e Resíduos,

IRAR, atualmente, designada de ERSAR (Martins, 2007).

Entre 2000 e 2003 a entidade reguladora nacional do setor de água e resíduos executou

funções para um número crescente de entidades concessionárias. Nos cinco anos seguintes

(entre 2004 e 2009) para além dos encargos já assumidos, esta entidade passou a ser a

autoridade competente responsável pela qualidade da água para consumo humano de mais de

quatrocentas entidades gestoras. A partir de 2009 a ERSAR continuou a exercer as funções de

autoridade competente pela qualidade da água, mas, também reforçou os seus poderes e

expandiu as atribuições de regulação dos serviços de água e resíduos a um conjunto de cerca

de quinhentas entidades gestoras. Ainda, em 2009 tendo por base a recomendação tarifária

IRAR/ERSAR nº 1/2009 realizou-se a aprovação de legislação sobre os tarifários. No ano

seguinte devido à recomendação ERSAR nº 2/2010 efetuou-se um alargamento a todas as

entidades gestoras municipais. Em 2014 a ERSAR é reconhecida como uma entidade de

administração independente aumentando, deste modo, a sua autonomia e os poderes de

autoridade, regulamentares e sancionatórios (ERSAR, 2015a).

Importa ainda referir que em abril de 2000 foi aprovado o Plano Estratégico de Abastecimento

de Água e de Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR). Este teve a duração de seis anos

e executou um papel essencial, uma vez que definiu as linhas de orientação estratégica, os

pressupostos de base, os objetivos e as prioridades operacionais, de forma a garantir a

apropriada utilização dos fundos comunitários disponíveis no QCA III (Ministério do Ambiente,

2007).

Ainda em 2000 foi desenvolvido o Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água

(PNUEA), cujo principal objetivo consistia em avaliar a eficiência da utilização da água em

Portugal nos sectores agrícolas, industriais e urbanos. Para tal apresenta um conjunto de

medidas que conduzissem a uma melhor utilização da água. Em 2012 foram criados novos

objetivos ao PNUEA para serem cumpridos até 2020:

Melhorar as condições ambientais nos meios hídricos, sem colocar em risco as

necessidades básicas e a qualidade de vida das populações, assim como, o

desenvolvimento socioeconómico do país;

Promover o uso eficiente da água, de forma a minimizar os riscos de escassez hídrica;

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

8

Reduzir os volumes de águas residuais depostos nos meios hídricos e reduzir os

consumos de energia;

Reduzir as perdas de água nos sistemas para níveis aceitáveis;

Consolidar uma nova cultura da água em Portugal, que valorize de modo crescente este

recurso;

Promover iniciativas assentes em parcerias entre entidades públicas e/ou privadas.

É de salientar que, existem ainda outros objetivos estratégicos e objetivos específicos

estabelecidos para cada setor.

As estimativas para 2000 relativamente ao desperdício na utilização da água em cada um

dos setores abrangidos pelo PNUEA era de: 40% no setor agrícola, 30% no industrial e 40% no

urbano. Com base nesses dados, a Resolução do Conselho de Ministros nº 113/2005 de 30 de

junho, estabeleceu metas a serem atingidas pelo PNUEA até 2020 (Figura 2.1) (APA, 2012).

Figura 2.1 - Metas PNUEA para 2020 (APA, 2012)

Em 2005 é transposta para direito interno a DQA através da Lei da Água (Lei nº 58/2005, de

29 de dezembro), definindo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das

águas. (Ministério do Ambiente, 2005)

O PEAASAR II é publicado em 2007 e define objetivos a serem cumpridos até 2013. Este

Plano é visto como uma “estratégia social, sustentável e segura”, uma vez que tem por intuito

apostar na universalidade, continuidade e qualidade dos SAASAR, garantir a sustentabilidade

do setor, assim como a proteção dos valores da saúde pública e ambientais (Ministério do

Ambiente, 2007).

Em 2010 as Nações Unidas qualificam o acesso aos serviços de abastecimento de água

como um direito humano e, portanto, os países pertencentes a este organismo detêm o dever de

promover todas as medidas que assegurem esse direito.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

9

No despacho 4385/2015, de 30 de Abril emitido pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento

do Território e Energia - Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente, foi definida uma nova

estratégia para o setor de abastecimento de água e saneamento, PENSAAR 2020, que tem por

base os seguintes pressupostos (APA, 2014):

Apoiar a nova estratégia para o setor nas bases em que estabeleceram os anteriores

planos estratégicos, nomeadamente o PEAASAR I e o PEAASAR II;

Identificar e elucidar de forma consciente e com dados consistentes as origens dos

problemas que afetam o setor;

Definir a estratégia com base em objetivos de sustentabilidade da vertente técnica,

ambiental, económica, financeira e social, de forma a gerar um contexto de aceitação

global a médio (2014 a 2020) e a longo prazo (após 2020);

Criar uma estratégia dinâmica, em que a sua implementação possa ser garantida por um

Grupo de Apoio à Gestão (GAG), que assegure o apoio à boa governança do setor de

uma forma contínua, através de uma plataforma nacional de informação setorial;

Contribuir para um setor com um desempenho elevado num contexto que exige também

solidariedade e equidade, permitindo conciliar forças potencialmente desviantes internas

ao setor.

Como é evidente um longo percurso ainda tem de ser percorrido, no que diz respeito, à

reforma do setor de água. Assim a ERSAR recomenda um conjunto de medidas para este setor,

entre as quais (ERSAR, 2012):

A conclusão da racionalização dos serviços de titularidade estatal, isto é, que ocorra uma

integração espacial das entidades gestoras por área espacial e que estas procedam a

uma gestão conjunta do abastecimento de água e de saneamento;

A revisão dos atuais contratos dos sistemas multimunicipais, bem como, dos modelos

de gestão das entidades gestoras;

A racionalização dos serviços de titularidade municipal, que passa por promover a

verticalização dos sistemas em baixa com os sistemas em alta ou, em alternativa, a

agregação das entidades gestoras em baixa. Estas, também, devem proceder a uma

gestão conjunta do abastecimento e do saneamento e adotar modelos de gestão mais

adequados;

A introdução de mecanismos que assegurem a acessibilidade económica dos

consumidores;

O aumento da eficiência e da eficácia no setor de abastecimento de água, promovendo

a concorrência pelo mercado e incentivando à inovação e progresso tecnológico.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

10

2.2 Enquadramento Legal

No que se refere ao funcionamento dos SAASAR, estes são regidos por legislação nacional

e comunitária, nomeadamente (OERN, 2016):

O Decreto-Lei nº 379/1993, de 5 de novembro, consente o acesso de capitais privados

às atividades económicas de captação, tratamento e rejeição de efluentes e recolha e

tratamento de resíduos sólidos.

O Decreto-Lei nº 319/1994, de 24 de dezembro, estabelece o regime jurídico da

construção, exploração e gestão dos sistemas multimunicipais de captação e tratamento

de água para consumo público concessionados, e aprova as respetivas bases.

O Decreto Regulamentar nº 23/1995, de 23 de agosto, aprova o Regulamento Geral dos

Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas

Residuais. Em especial, no que se refere à conceção e ao dimensionamento dos

sistemas públicos e prediais de drenagem de águas residuais e pluviais, assim como à

apresentação dos projetos, realização e fiscalização das respetivas obras, e também à

exploração dos sistemas públicos e prediais.

O Decreto-Lei nº 162/1996 de 4 de setembro define o regime jurídico da construção,

exploração e gestão dos sistemas multimunicipais de recolha, tratamento e rejeição de

águas residuais.

O Decreto-Lei nº 243/2001, de 5 de setembro, que veio revogar o Decreto-Lei nº 236/98,

de 1 de agosto, define as normas, critérios e objetivos de qualidade com o objetivo de

proteger o meio aquático e melhorar a qualidade das águas em função dos seus usos;

A Lei nº 58/2005, de 29 de dezembro, com alterações introduzidas pela Declaração de

Retificação nº 11-A/2006 de 23 de fevereiro, e dos Decreto-Lei nº 245/2009 de 22 de

setembro e Decreto-Lei nº 130/2012 de 22 de junho, aprova a Lei da Água, transpondo

para a ordem jurídica nacional a Diretiva nº 2000/60/CE, de 23 de outubro, do

Parlamento Europeu e do Conselho, estabelecendo as bases e o quadro institucional

para a gestão sustentável das águas.

O Decreto-Lei nº 77/2006, de 30 de março, completa a transposição da Diretiva

nº200/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro, que cria um

quadro de ações comunitárias no âmbito da política de água do regime fixado na Lei nº

58/2005, de 29 de dezembro.

O Decreto-Lei nº 226-A/2007, de 31 de maio, com redação dada pelo Decreto-Lei nº 391-

A/2007, de 21 de dezembro, Decreto-Lei nº 93/2008,de 4 de junho, Decreto-Lei nº

107/2009, de 15 de maio e Decreto-Lei nº 245/2009, de 22 de setembro, define o regime

de utilização dos recursos hídricos.

O Decreto-Lei nº 306/2007, de 27 de agosto, retifica o Decreto-Lei nº 243/2001, de 5 de

setembro, decretando o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano,

transpondo para a ordem jurídica nacional a Diretiva nº 98/83/CE, de 3 de novembro.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

11

O Despacho nº 2339/2007, de 14 de fevereiro, aprovou o Plano Estratégico de

Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais para o período de 2007 até

2013 (PEASSAR II).

O Decreto-Lei nº 90/2009, 9 de abril, institui o regime das parcerias entre o Estado e as

autarquias locais, no que respeita à exploração e gestão de sistemas municipais de

abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos.

O Decreto-Lei nº 195/2009, de 20 de agosto, altera o regime jurídico dos serviços de

âmbito multimunicipal de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e

de gestão de resíduos urbanos, aprovado, anteriormente, pelo Decreto-Lei nº 294/94, de

16 de Novembro, pelo Decreto-Lei nº 319/94, de 24 de Dezembro, e pelo Decreto-Lei nº

162/96, de 4 de Setembro.

A Portaria nº 34/2011, de 13 de janeiro, define o conteúdo mínimo do regulamento de

serviços de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de

resíduos urbanos aos utilizadores.

O Decreto-Lei nº 92/2013, de 11 de junho define o regime de exploração e gestão dos

sistemas multimunicipais de captação, tratamento e distribuição de água para consumo

humano, bem como de recolha, tratamento e rejeição de efluentes e de recolha e

tratamento de resíduos sólidos.

A Lei nº 10/2014, de 6 de março, determina o estatuto da ERSAR, como entidade

administrativa independente, com funções de regulação e de supervisão, provida de

autonomia de gestão, administrativa e financeira.

A Lei nº 12/2014, de 6 de março, executa a segunda alteração do Decreto-Lei nº

194/2009, de 20 de agosto, que estabelece o regime jurídico dos serviços municipais de

abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de

resíduos urbanos, alterando os regimes de faturação e contraordenacional.

A Lei nº 34/2014, de 19 de junho, que revoga a Lei nº 78/2013, de 21 de novembro, e a

Lei nº 54/2005, de 15 de novembro, que estabelece a titularidade dos recursos hídricos.

O Decreto-Lei nº 114/2014 de 21 de junho apresenta os procedimentos necessários à

implementação do sistema de faturação detalhada conjeturado na Lei nº 12/2014, de 6

de março, no que respeita aos serviços públicos de abastecimento de água, de

saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos.

O Decreto-Lei nº 133/2015, de 13 de julho, procede à sétima alteração ao Decreto-Lei

nº 152/97, de 19 de junho, que transpôs a Diretiva nº 91/271/CEE, do Conselho, de 21

de maio, no que se refere ao tratamento de águas residuais urbanas.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

12

2.3 Caracterização dos sistemas de abastecimento de água e de

saneamento de águas residuais

Os sistemas de abastecimento de água e saneamento de águas residuais podem ser

entendidos como um conjunto de partes: obras de construção civil, equipamentos elétricos e

eletromecânicos, acessórios, instrumentação e equipamentos de automação e controlo. Cada

uma destas partes tem um objetivo ou função, de acordo com a etapa em que se insere (Figura

2.2).

Figura 2.2 – Funcionamento do sistema de abastecimento de água (Borges, 2015)

Este sistema pode ser gerido por mais que uma entidade, sendo que as etapas desde da

captação ao armazenamento são atribuídas a uma entidade em alta e a etapa de distribuição de

água aos consumidores a cargo das entidades em baixa.

No que diz respeito ao funcionamento do sistema de saneamento de águas residuais inclui

um sistema de drenagem e transporte das águas residuais até às ETAR onde se procede ao

tratamento do efluente para posterior descarga no meio ambiente (Figura 2.3).

Captação• Água é captada do

meio hídrico, superficial ou subterrâneo.

Tratamento• Correção das

carateristicas físicas, químicas e bacterologicas da água captada de modo a poder ser comsumida. Para tal deve cumprir os requisitos exigidos no Anexo I do DL nº 306/2007, de 27 de agosto.

Adução

• Tansporte da água desde a origem à distribuição. Este pode ser feito sobre pressão (por gravidade ou por bombagem) ou em superfície livre (aquedutos e canais).

Armazena-mento• Visa compensar

flutuações de consumo e servir de reserva de emergência em caso de combate a incêndio, interrupção voluntária ou involuntária do sistema.

Distribuição• Conjunto de

tubagens e elementos acessórios destinados a transportar água para distribuição, assegurando que esta chega aos consumidores.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

13

Figura 2.3 – Funcionamento do sistema de saneamento de águas residuais (Borges, 2015)

2.3.1 Entidades gestoras em alta

Como já foi referido, anteriormente, o principal objetivo destas entidades é captar a água na

sua origem e tratá-la, para que possa de seguida ser vendida às entidades gestoras em baixa

que são responsáveis pela sua distribuição até aos consumidores finais.

Quando se compara o ano de 2010 com 2014 observa-se uma diminuição do número de

entidades gestoras em alta de 17 para 15 entidades e um aumento do número de concelhos

abastecidos de 185 para 204. Nos anos de 2012, 2013 e 2014 mantiveram-se as mesmas

entidades em alta com um aumento pouco significativo do número de concelhos servidos,

conforme Figura 2.4.

Figura 2.4 – Evolução do número de entidades gestoras em alta e dos concelhos abastecidos (ERSAR, 2015b)

Segundo dados da ERSAR, disponibilizados para o ano de 2015, a distribuição das 15

entidades gestoras em alta, em Portugal, era a apresentada na Figura 2.5.

Recolha• Conjunto de

tubagens e elementos acessórios que tem por objetivos proceder à recolha das águas resíduais do interior das habitações.

Drenagem• Conjunto de

tubagens e elementos acessórios, como caixas de visita que visam recolher as águas residuais para os intercetores e emissários.

Transporte• Conjunto de

tubagens e elementos acessórios destinados a transportar as águas residuais para as ETAR ou para destino final.

Tratamento• Correção das

carateristicas físicas, químicas e biológicas, tendo em consideração o meio recetor.

Rejeição• Descarga das

águas residuais tratadas no meio recetor.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

14

Figura 2.5 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de água em

alta (ERSAR, 2015b)

2.3.1.1 Reorganização das entidades gestoras em alta

O Plano Estratégico para o Abastecimento de Água e Saneamento de Águas Residuais para

o período de 2007-2013 (PEAASAR 2007-2013), no âmbito do programa do XIX Governo

Constitucional, sugere a reorganização do setor, com o intuito de promoção do equilíbrio tarifário,

da resolução dos défices tarifários e da agregação dos sistemas multimunicipais existentes.

Estes objetivos de agregação regional são reconhecidos pelas linhas de orientação preconizadas

para o PENSAAR 2020 - uma nova estratégia para o setor de abastecimento de água e

saneamento de águas residuais (Ministério do Ambiente, 2015).

Esta nova estratégia definida teve em vista a agregação dos sistemas multimunicipais

existentes em sistemas novos de maior dimensão, de modo a promover a obtenção de

economias de escala que garantam a sustentabilidade económica, social e ambiental dos

serviços e preservando sempre a sua natureza pública.

Estão em vigor três Decretos-Lei alusivos à criação destes novos sistemas de abastecimento

e saneamento.

Decreto-Lei nº 92/2015 – Cria o sistema multimunicipal de água e de saneamento do

Centro Litoral de Portugal;

Decreto-Lei nº 93/2015 – Cria o sistema multimunicipal de água e de saneamento do

Norte de Portugal;

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

15

Decreto-Lei nº 94/2015 - Cria o sistema multimunicipal de água e de saneamento de

Lisboa e Vale do Tejo.

Estas três novas empresas aprovadas vieram juntar-se a duas outras entidades que já

existiam, as Águas Públicas do Alentejo e as Águas do Algarve, tornando possível concentrar

em cinco empresas os sistemas de abastecimento de águas e saneamento em alta (Figura 2.6).

Figura 2.6 - Restruturação do sector de água em alta (Martins and Fortunato, 2015)

2.3.2 Entidades gestoras em baixa

As entidades gestoras em baixa estão incumbidas da distribuição e venda de água tratada

ao consumidor final. Estas entidades são bastante heterogéneas, apresentando diferentes tipos

de modelos de gestão. Pela Figura 2.7 é possível observar a evolução do número de entidades

gestoras em baixa, em Portugal Continental, desde 2009 a 2013.

Figura 2.7 – Número total de entidades gestoras em baixa desde 2009 até 2013 (ERSAR, 2014a)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

16

2.4 Modelos de gestão dos sistemas de abastecimento de água

e saneamento

A responsabilidade do fornecimento dos serviços de abastecimento de água e saneamento

de águas residuais é compartilhada entre o Estado, sistemas multimunicipais e os municípios,

sistemas municipais. Nos municípios a gestão e exploração dos sistemas poderá ser realizada

diretamente pelos próprios ou concedida, mediante contrato de concessão, a entidades

empresariais públicas ou privadas, ou a associações de utilizadores (AEP, 2013).

A recorrência à colaboração de empresas privadas, por parte do Estado ou dos municípios,

para gestão dos serviços de água, é possível, de acordo com a legislação em vigor, através de

diferentes modelos, designadamente:

Participação minoritária no capital das entidades gestoras concessionárias

multinacionais;

Participação minoritária no capital das empresas municipais, intermunicipais ou

metropolitanas;

Concessão do município em terceira entidade pública ou privada.

O Decreto-Lei nº 372/93, de 29 de outubro, com última redação dada pelo Decreto-Lei nº

195/2009, de 20 de agosto, define a possibilidade de empresarialização dos sistemas municipais

e destes poderem ser explorados através de associações de utentes, admitindo uma gestão

privada dos serviços. Este diploma veio alterar a lei de delimitação dos setores, aprovada pela

Lei nº 46/77, de 8 de julho, entretanto revogada pela Lei nº 88-A/97, de 25 de julho, e pelo

Decreto-Lei nº 379/93, de 5 de novembro. A Lei nº 58/98, de 18 de agosto, entretanto substituída

pela Lei nº 53-F/2006, de 29 de dezembro, viabilizou a delegação destes serviços em entidades

do setor empresarial local, com eventual participação da iniciativa privada.

O Decreto-Lei nº 194/2009, de 20 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei nº 92/2010, de 26 de

julho, estabelece o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de água,

de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos. Neste é “definido um

regime comum, uniforme e harmonizado aplicável a todos os serviços municipais,

independentemente do modelo de gestão adotado, sendo igualmente densificadas as normas

específicas a cada modelo de gestão.” Este documento legal visa ainda garantir a correta

proteção e informação do utilizador destes serviços, impedindo possíveis abusos consequentes

dos direitos de exclusividade, quer, no que diz respeito ao controlo da qualidade dos serviços

prestados, bem como, à supervisão e controlo dos preços praticados. Desta forma, pretende-se

assegurar condições de equidade e transparência no acesso à atividade e no respetivo exercício,

assim como, nas relações contratuais, para além de precaver a sustentabilidade económico-

financeira, infraestrutural e operacional dos sistemas (Ministério do Ambiente, 2009).

A entidade gestora dos serviços municipais é definida pela entidade titular, consoante os

modelos de gestão definidos no artigo 7º do Decreto-Lei nº 194/2009 de 20 de agosto,

seguidamente enunciados:

Prestação direta do serviço;

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

17

Delegação do serviço em empresa constituída em parceria com o Estado;

Delegação do serviço em empresa do setor empresarial local;

Concessão do serviço.

A Lei nº 12/2014, de 6 de março procede à segunda alteração ao Decreto-Lei anteriormente

referido, modificando os regimes de faturação e contraordenacional. Este documento estabelece

no artigo 10º que, com o intuito de promover a uniformização a nível nacional das entidades que

gerem os serviços de abastecimento de água e saneamento, estas devem proceder ao

preenchimento de um modelo de análise de desempenho e enviando anualmente esse conteúdo

para a entidade reguladora, para posterior divulgação pública (Ministério do Ambiente, 2009).

Esta análise deve ter em consideração as seguintes vertentes:

A defesa dos interesses dos utilizadores, no que diz respeito a aspetos relacionados

com as tarifas praticadas e a qualidade do serviço prestado;

A sustentabilidade da prestação dos serviços públicos em causa, designadamente

aspetos que traduzam uma capacidade infraestrutural, operacional e financeira

necessária à garantia de uma prestação de serviços regular e contínua aos

utilizadores de acordo com elevados níveis de qualidade;

A sustentabilidade ambiental, nomeadamente aspetos que traduzam o impacte

ambiental da atividade das entidades gestoras em termos de conservação dos

recursos naturais.

A entidade reguladora, ERSAR, define no seu Guia Técnico 20 os modelos de gestão e

entidades gestoras (Tabela 2.2).

Tabela 2.2 - Modelos de gestão e entidades gestoras (Mesquita, et al., 2012)

Entidade Titular Modelo de Gestão Entidade Gestora

Estado

Gestão Direta Estado

Gestão Delegada Empresa do setor empresarial do Estado

Gestão Concessionada Empresa de capitais maioritariamente públicos (do

Estado ou dos municípios)

Municípios

Gestão Direta

Serviços municipais ou municipalizados

Associações de municípios (serviços

Intermunicipalizados)

Gestão Delegada

Empresa do setor empresarial local

Empresa de capitais estatais e municipais, criada

no âmbito de uma parceria entre os municípios e o

Estado

Gestão Concessionada Empresa privada

A gestão direta é o modelo de gestão mais adotado nos serviços municipais, verificando-se

uma coincidência entre a entidade titular e a entidade gestora. Presentemente, não existe

qualquer exemplo deste modelo de gestão de titularidade estatal, apesar, da lei o prever.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

18

Por outro lado, existe um único exemplo de gestão delegada nos serviços de titularidade

estatal, que diz respeito à Empresa Pública de Águas Livres (EPAL), que presta serviços de

abastecimento em alta a um conjunto de municípios e abastece em baixa o município de Lisboa

(Mesquita, et al., 2012).

Quanto à gestão delegada dos serviços municipais esta inclui duas modalidades:

As parcerias estabelecidas pelo Decreto-Lei nº 90/2009 de 9 de abril, entre

municípios e o Estado, que se podem traduzir na transferência da responsabilidade

do serviço para dois tipos de empresas:

o Uma empresa do setor empresarial do Estado com participação minoritária

dos municípios parceiros;

o Uma empresa do setor empresarial dos municípios parceiros com uma

participação minoritária do Estado.

Estas empresas podem ser geradas exclusivamente para a gestão da parceria ou

corresponder a uma empresa à qual já tenha sido previamente concedida a gestão de serviços

de águas e resíduos na mesma área territorial, mas com um âmbito diferente.

A delegação em empresas do setor empresarial local, que podem envolver a

participação minoritária de capitais privados (Mesquita, et al., 2012).

As concessões multimunicipais, isto é, concessões de serviços de titularidade estatal, devido

a restrições ditadas pela lei de delimitação de setores, Lei nº 88-A/97, de 25 de julho, somente,

podem estabelecer contratos com empresas de capitais maioritariamente públicos. Ainda que a

lei permita a participação minoritária de capitais privados, até ao momento, esta possibilidade

não tem sido adotada. Estas concessões podem ter um prazo de duração até 50 anos.

Por outro lado, as concessões de serviços de titularidade municipal são concedidas a

empresas de capital privado no âmbito de procedimentos de contratação pública, regulados pelo

Código dos Contratos Públicos, complementado com as disposições do Decreto-Lei nº 194/2009.

O prazo máximo deste tipo de concessão é de 30 anos (Mesquita, et al., 2012).

Em 2014 os modelos de gestão, em Portugal Continental, eram os representados nas Figuras

2.8 e 2.9, respetivamente, para sistema de abastecimento de água e saneamento de águas

residuais em alta e em baixa.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

19

Figura 2.8 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de água

(esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) em alta (ERSAR, 2015b)

Figura 2.9 – Distribuição geográfica das entidades gestoras de serviços de abastecimento de água

(esquerda) e de saneamento de águas residuais (direita) em baixa (ERSAR, 2015b)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

20

2.5 Indicadores de desempenho

O serviço do abastecimento de água e saneamento de águas residuais é regulado e

fiscalizado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). A regulação

tem por finalidade melhorar a qualidade do serviço, aumentando a eficiência e a eficácia dos

serviços prestados ao utilizador.

De forma, a atingir este objetivo a ERSAR adotou um sistema de avaliação da qualidade do

serviço prestado pelas entidades gestoras, recorrendo a um conjunto de 16 indicadores para

cada um dos serviços: abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais e de

gestão de resíduos urbanos. Este sistema permite a comparação contínua e sistemática das

performances das organizações e respetivas funções ou processos, em relação ao que é

admitido o melhor nível (regulação por benchmarking) (ERSAR, 2016a).

Figura 2.10 - Indicadores de desempenho para o serviço de abastecimento público de água (esquerda) e

de saneamento de águas residuais (direita) (Borges, 2015)

Assim, as entidades gestoras têm necessariamente de emitir, todos os anos, à ERSAR dados

relativos aos seus indicadores de desempenho, que são, geralmente, expressos por rácio entre

variáveis. Para tal a entidade reguladora, especifica no seu Guia de Avaliação da Qualidade dos

Serviços de Águas e Resíduos Prestados aos Utilizadores, qual o processo, os dados

necessários e as unidades em que devem ser apresentados estes indicadores.

Os indicadores que constituem a avaliação da qualidade do serviço prestado aos utilizadores

encontra-se agrupado em três grupos:

Adequação da interface com o utilizador (Operacional) – Avalia o grau de

adequação do serviço prestado aos utilizadores, designadamente o grau de

acessibilidade física e económica do serviço, bem como a qualidade do mesmo

quando lhes é provido.

Sustentabilidade da gestão do serviço (Económica/Financeira) – Avalia o nível

de sustentabilidade económico-financeira, infraestrutural, operacional e de recursos

humanos;

Sustentabilidade ambiental – Avalia o nível de salvaguarda dos fatores ambientais

relacionados às atividades das entidades gestoras.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

21

Após a recolha dos indicadores de desempenho das diferentes entidades gestoras, estes

são auditados e aprovados, sendo, posteriormente, disponibilizados para consulta pública, tal

como os resultados das avaliações da qualidade do serviço que possibilita o benchmarking entre

as entidades (ERSAR, 2016a).

De modo a garantir indicadores que reflitam a verdadeira situação atual é necessário garantir

que os dados utilizados no cálculo desses indicadores apresentam elevada exatidão e

fiabilidade. Para tal a ERSAR utiliza bandas de exatidão e de fiabilidade dos dados consoante a

sua fonte de informação (Tabela 2.3 e 2.4)

Tabela 2.3 – Bandas de exatidão dos dados (ERSAR, 2013)

Banda de exatidão dos dados Descrição

0 - 5% Inferior ou igual a ± 5%

5 - 20% Superior a ± 5%, mas melhor ou igual a ± 20%

20 - 50% Superior a ± 20%, mas melhor ou igual a ± 50%

50 - 100% Superior a ± 50%, mas melhor ou igual a ± 100%

100 - 300% Superior a ± 100%, mas melhor ou igual a ± 300%

> 300 % Superior a ± 300%

Tabela 2.4 – Bandas de fiabilidade da fonte de informação (ERSAR, 2013)

Banda de fiabilidade da

fonte de informação Descrição

***

Dados baseados em medições exaustivas, registos fidedignos,

procedimentos, investigações ou análises adequadamente

documentadas e reconhecidas como o melhor método de cálculo.

**

Genericamente como a anterior, mas com algumas falhas não

significativas nos dados, tais como parte da documentação estar em

falta, os cálculos serem antigos, ou ter-se confiado em registos não

confirmados, ou ainda terem-se incluído alguns dados por extrapolação.

* Dados baseados em estimativas ou extrapolações a partir de uma

amostra limitada.

A ERSAR emite ainda, no âmbito da política de divulgação da informação integral sobre o

setor, anualmente, para cada entidade gestora nacional uma ficha de avaliação da qualidade do

serviço. Nesta é atribuída uma classificação por código de cores a cada indicador analisado,

tendo por base valores de referência estabelecidos pela ERSAR (Tabela 2.4) (ERSAR, 2016a).

Tabela 2.5 - Classificação atribuída à avaliação do serviço por parte da ERSAR

Código Descrição

Qualidade do serviço boa

Qualidade do serviço mediana

Qualidade do serviço insatisfatória

NA, não aplicável

NR, não respondeu

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

22

2.6 Serviço de abastecimento público de água e saneamento de

águas residuais

O setor de águas abrange os serviços de abastecimento público de água às populações,

urbanas e rurais, bem como, às atividades associadas incluídas na malha urbana, como o

comércio e a indústria. Também compreende a drenagem e o tratamento de águas residuais

urbanas de origem doméstica, comercial e industrial, assim como as águas de origem pluvial

(ERSAR, 2016b).

2.6.1 Situação atual

Nas duas últimas décadas tem-se observado uma evolução bastante positiva no setor de

abastecimento público de água e saneamento de águas residuais. Assinalaram-se melhorias nos

níveis de atendimento e na qualidade e fiabilidade do abastecimento, em especial nos grandes

centros urbanos e, por esta razão, uma significativa percentagem da população observou as

suas condições de prestação de serviço muito melhoradas tendo-se atingido taxas de

atendimento no país de 95% no que se refere ao abastecimento de água e de 83% em

saneamento de águas residuais (Figuras 2.11 e 2.12).

Figura 2.11 - Evolução do nível de cobertura do serviço de abastecimento de água em Portugal entre

2002 e 2013 (ERSAR, 2014b)

Figura 2.12 - Evolução do nível de cobertura do serviço de saneamento de águas residuais em Portugal

entre 2002 e 2013 (ERSAR, 2014b)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

23

Estes valores, no entanto, escondem diversas assimetrias regionais e quando comparados

com os valores de praticamente 100% nos países desenvolvidos da Europa constata-se o quanto

aquém ainda se encontra das metas a atingir (Poças-Martins, 1998).

No que diz respeito à qualidade da água distribuída, esta é estabelecida no Decreto-Lei nº

306/2007, de 27 de agosto que reviu o regime da qualidade da água destinada ao consumo

humano. Este documento legal é crucial para garantir a proteção da saúde pública e

conjuntamente é apresentado no PEAASAR II o objetivo de água segura de 99%.

Segundo dados da ERSAR, referentes ao ano de 2013, o indicador água segura, entendido

como a percentagem de água controlada e de boa qualidade atingiu valores de 99,79%, nas

entidades em alta e de 98,27% nas entidades em baixa (Figura 2.13)

Figura 2.13 - Evolução do indicador água segura em Portugal entre 2004 e 2013 (ERSAR, 2014b)

As melhorias constatadas são sinónimos de um controlo mais exigente e um crescente rigor

na aplicação da legislação pelos diversos intervenientes no processo (ERSAR, entidades

gestoras, autoridades da saúde e laboratórios). No entanto, não deixa de ser também indicativo

de uma necessidade em desenvolver esforços contínuos, por parte de todas as entidades do

setor, de modo, a garantir todos os procedimentos para que se possam alcançar resultados da

qualidade da água ainda melhores (ERSAR, 2014b).

Relativamente a perdas nos sistemas, definidos como a percentagem de água que entra no

sistema e que não é efetivamente fornecida e faturada aos consumidores, constata-se, em

Portugal, uma média de 30,9%, no ano de 2013, para sistemas em baixa e de 4,7% para sistemas

em alta (Figura 2.14)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

24

Figura 2.14 - Evolução da água não faturada nas entidades gestoras de serviço de abastecimento público

de água em alta e em baixa (ERSAR, 2014b)

Tais resultados são representativos de uma boa situação no serviço em alta, mas uma

ineficiência clara no serviço em baixa, realçada pelo facto de, aproximadamente, 71% das

entidades gestoras apresentares uma avaliação considerada insatisfatória (ERSAR, 2014b).

Novamente, este valor médio nacional disfarça a presença de assimetrias regionais. De facto,

existem entidades gestoras com percentagens de ANF muito superiores ao valor médio nacional

(próximas de 80%), principalmente em sistemas de menores dimensões em regiões do interior

do país (Figura 2.15).

Figura 2.15 – Distribuição geográfica das percentagens de ANF em Portugal em 2014

Estas perdas traduzem-se em tarifas mais elevadas pagas pelos consumidores, bem como,

um desperdício de recursos, estando na base destes valores um conjunto variável de razões,

nomeadamente:

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

25

Redes velhas e sem manutenção preventiva;

Demora na deteção e reparação de ruturas;

Consumos não contabilizados (regas de espaços públicos, lavagem de ruas etc);

Utilização indevida de bocas de incêndio;

Contadores adulterados ou com erros elevados de contagem associados, devido ao

seu envelhecimento.

Não existe, ainda, uma grande aposta em programas concertados de redução de perdas,

fundamentais para se alcançarem valores aceitáveis, isto é, percentagens de ANF entre os 15%

e 20%, não sendo frequentes a nível internacional valores de água não faturada inferiores a 10%,

pois tende a ser anti-económico, ou seja, o custo para o atingir é, muitas vezes, superior ao valor

de água perdida (Poças-Martins, 1998).

O setor de água é caraterizado, no que diz respeito aos recursos que absorve, como capital-

intensivo e de elevados períodos de retorno do investimento. Tal facto é justificado pelo elevado

investimento inicial necessário, cujo retorno, apenas, ocorre a longo prazo, com o decréscimo

das tarifas aplicadas ao longo do período de vida útil das infraestruturas. A verdade é que para

diminuir os períodos de retorno dos investimentos iniciais realizados seria necessário aumentar

significativamente, nos primeiros anos de vida útil das infraestruturas, as receitas anuais, o que

por sua vez teria impacte sobre as tarifas cobradas aos consumidores (ERSAR, 2014b).

Uma vez que está a terminar a fase em que o país realizou importantes investimentos no

setor de água é indispensável garantir um esforço consistente na gestão, em termos de

operação, manutenção, reabilitação e expansão de infraestruturas, crucial à prestação

sustentável de um serviço com qualidade. Assim, apostar na reabilitação da rede, que fica

envelhecida, através da renovação contínua desta, assegura uma idade média da rede

praticamente constante ao longo dos anos, evitando a necessidade de investimentos superiores

na sua recuperação a longo prazo (ERSAR, 2014b).

No entanto, esta manutenção da rede de abastecimento e de drenagem não se tem

verificado. Apesar de a ERSAR recomendar uma reabilitação da rede mínima de 2% ao ano, a

maioria das entidades gestoras apresentam valores muito inferiores e até mesmo igual a zero

(Figura 2.16)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

26

Figura 2.16 – Distribuição geográfica das percentagens de reabilitação de condutas (direita) e de

coletores (esquerda)

Para além destas características verifica-se, ainda, em Portugal uma elevada

heterogeneidade de operadores. Coexistem diversos intervenientes de diferente natureza -

privados, municipais, estatais – e variadas formas de gestão – gestão concessionada, gestão

municipal direta e sistemas multimunicipais. A existência de centenas de entidades operadoras

distribuídas por regiões com características completamente diferentes, no que diz respeito, à

dispersão da população, às características geográficas e de acessibilidade económica, acrescida

de uma atuação diferenciada na aplicação de investimento e políticas públicas nas diferentes

regiões do país, levaram a que tanto na qualidade como no preço destes serviços se

constatassem situações absolutamente distintas e, por vezes socialmente contraditórias. Esta

heterogeneidade dos serviços é considerada um obstáculo para se atingir a universalidade de

soluções e condições do setor (Magalhães and Bessa, 2012).

Em 2013 existiam aproximadamente 160 sistemas que asseguravam o abastecimento de

água de populações inferiores a 10 mil habitantes, o que representa cerca de metade dos

sistemas responsáveis pela prestação deste serviço. No que concerne ao saneamento de águas

residuais, o valor era de 101 sistemas o que corresponde a sensivelmente 38% do total de

sistemas. Esta situação também vem a dificultar a gestão técnica e económica dos serviços, quer

pelo elevado número de sistemas de reduzida dimensão e muitas vezes débeis, quer pelo grande

número de entidades gestoras sem escala para garantir níveis adequados de qualidade do

serviço e economias na exploração (ERSAR, 2014b).

Segundo dados disponibilizados pela ERSAR, para o ano de 2014, relativos à cobertura de

gastos totais dos SAASAR, definido pelo rácio dos rendimentos e dos gastos totais anuais,

verifica-se que, a maioria das entidades gestoras não conseguem produzir rendimentos

suficientes para cobrir os gastos que têm com os serviços (Figura 2.17).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

27

Figura 2.17 – Distribuição geográfica da cobertura dos gastos totais em Portugal para 2014

A recuperação dos investimentos realizados e dos gastos com o serviço é obtida através das

tarifas aplicadas aos utilizadores finais. Contudo, constata-se que, atualmente, os serviços de

abastecimento público de água e saneamento de águas residuais estão altamente subsidiados.

Tal situação deve-se ao facto de, como já foi mencionado anteriormente, grande parte das

entidades gestoras não conseguirem recuperar os custos dos serviços prestados. Na realidade,

uma significativa parte dos “sistemas multimunicipais aplicam tarifas inferiores às necessárias,

e, nos sistemas municipais, o défice de recuperação de custos é generalizado, verificando-se

casos extremos em que as autarquias apenas faturam uma pequena parte do custo real do

serviço em alta, havendo mesmo situações em que o serviço não é sequer cobrado” (Magalhães

and Bessa, 2012).

No ano de 2013, a média nacional dos encargos com os SAASAR, ponderada pela população

de cada município, para um consumo de 10m3/mês é de 17,21€/mês (Figura 2.18).

Figura 2.18 – Evolução dos encargos tarifários dos consumidores com os serviços de águas entre 2011 e

2013 (ERSAR, 2014b)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

28

Quando se analisam os valores máximos e mínimos dos encargos observados para um

consumo típico de 10m3/mês, no caso do abastecimento de água, estes encargos variam entre

os 20,38€ e 1,50€. No caso do saneamento de águas residuais os encargos com o serviço

tendem a variar entre os 21,04€ e os 0€. Conclui-se, assim, existir uma infundada discrepância

de preços nas tarifas aplicadas pelos municípios, que são as entidades responsáveis pela fixação

desses preços (ERSAR, 2014b).

No que respeita à acessibilidade económica dos consumidores aos serviços, verifica-se que

com os vigentes níveis tarifários continua a não existir, a nível nacional, um problema de

acessibilidade a estes serviços. Segundo dados de 2013 estes serviços correspondem a 0,67%

do rendimento médio mensal disponível dos agregados familiares (Figura 2.19).

Figura 2.19 – Evolução da acessibilidade económica dos consumidores aos serviços de abastecimento de

água e saneamento entre 2011 e 2013 (ERSAR, 2014b)

De um modo geral, Portugal exibe distintas caraterísticas geográficas, económicas e sociais

entre as diversas regiões, o que conduz a que os encargos incorridos com a prestação destes

serviços atinjam valores superiores em certas regiões em relação a outras, particularmente em

zonas mais rurais e carenciadas do ponto de vista económico e social (ERSAR, 2014b).

2.6.2 Separação do sistema em alta e em baixa

Em 1993 ocorreu a reforma do setor de água, que veio alterar o panorama do abastecimento

de água e saneamento de águas residuais. Constatou-se a possibilidade de interveniência por

parte do setor privado, assim como, uma empresarialização com o surgimento das concessões.

Esta reforma conduziu, também, à separação da alta (captação e tratamento) e da baixa

(distribuição) com vantagens e inconvenientes (Tabela 2.6) (Magalhães and Bessa, 2012).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

29

Tabela 2.6 – Vantagens e inconvenientes da separação do sistema em alta e em baixa

Vantagens Inconveniente

Flexibilidade de gestão por parte das

entidades gestoras em baixa;

Autonomia das entidades gestoras em

baixa;

Relação direta entre os municípios e os

consumidores;

“Valorização” dos municípios por

aquisição de responsabilidade quanto

aos sistemas de abastecimento e

saneamento de águas;

Estrutura das entidades gestoras

menores, com inferiores necessidades

de investimento.

Ausência, por vezes, de economias de

escala;

Disparidade das tarifas entre litoral e

interior;

Existência de tarifas artificialmente

baixas;

Presença de entidades com reduzida

qualidade de serviços prestados;

Dificuldade em manter a transparência

nas contas dos municípios;

Dificuldade de acesso a fundos

comunitários;

Possível insustentabilidade económico-

financeira do sistema.

Como resposta aos inconvenientes da separação do sistema em alta e em baixa e,

principalmente, como solução para a atual insustentabilidade experimentada pelo setor de água,

foram elaboradas propostas com modelos alternativos, nomeadamente a horizontalização ou

verticalização do sistema.

A vertente horizontal tem por objetivo a adequada agregação das entidades gestoras por

unidades geográficas e por tipo de serviço, ou seja, que “os municípios, dentro da mesma bacia

hidrográfica, partilhem esforços para gerir em conjunto os seus sistemas municipais”,

assegurando a existência de economias de escala, de forma a gerar melhores condições de

competição e a admitir uma regulação mais eficiente (Ambiente Online, 2016; Correia, 2008).

Já a vertente vertical, visa uma apropriada agregação das entidades em alta com as

entidades gestoras em baixa, de modo, a garantir a harmonização das tarifas a nível nacional,

acompanhada de um nível adequado de recuperação dos gastos através da criação de

economias de escala e de economias de gama (DN, 2013).

Contudo a implementação de qualquer um deste modelos não se encontra isento de

dificuldades, assim como, vantagens e inconvenientes. De facto é um processo bastante

complexo, que até à data não apresentou grande sucesso, face à resistência dos municípios em

adotarem esta reorganização (vertical ou horizontal).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

30

2.6.3 Tarifas dos serviços de abastecimento público de água e saneamento

de águas residuais

As tarifas são a retribuição que os consumidores pagam pela prestação dos serviços. Na

determinação das tarifas a aplicar nos sistemas de abastecimento de água e saneamento de

águas residuais, é fundamental respeitar os princípios da recuperação dos custos ambientais e

dos recursos, bem com os princípios de utilizador-pagador e de poluidor-pagador (Lei n.º 58/2005

de 29 de dezembro). Tendo em conta que estes serviços são de vital necessidade, os

consumidores não podem abdicar deles, mesmo que fiquem sujeitos a um aumento excessivo

dos tarifários, dada à ausência de outros produtos que os substituam. Assim é, de igual

importância, garantir que os serviços são disponibilizados a um preço acessível a todos,

promovendo a coesão económica e social (principio da acessibilidade dos preços).

Uma vez que estes dois serviços são distintos entre si, as tarifas aplicadas também devem

ser distintas, de modo a que, os rendimentos de um serviço não sejam utilizados para financiar

os custos com o outro, principio da não subsidiação cruzada (ERSAR, 2012b).

A determinação dos tarifários aplicados pelas entidades gestoras é realizada com base em

critérios, que dependem da titularidade do sistema e da forma de exploração e gestão dos

serviços (Correia, 2008).

Apesar de ainda não ser aplicada uma estrutura única e obrigatória na definição da tarifa, a

ERSAR tem vindo a promover a sua harmonização, através da elaboração de recomendações

(Recomendação n.º 1/2009 e Recomendação nº 2/2010). Assim, a estrutura defendida pela

ERSAR envolve uma tarifa bipartida, com uma componente fixa e outra variável. A componente

fixa é independente dos consumos realizados e é cobrada desde que o serviço esteja

contratualizado. Já a componente variável está relacionada com a quantidade de água

consumida e das águas residuais produzidas. Esta componente é, ainda definida de acordo com

escalões de consumo, de modo a assegurar, por um lado, o acesso a este bem essencial, assim

como, por outro lado, desincentivar ao desperdício deste recurso natural.

É de referir que a recomendação tarifária emitida pela ERSAR sugere que as tarifas reflitam,

somente, sobre duas classes de consumidores: os consumidores domésticos e os consumidores

não domésticos, sem comprometer os tarifários sociais e familiares (ERSAR, 2012b).

No que concerne à quantificação efetiva, observa-se no serviço de abastecimento de água

um aumento acentuado do número de tarifários fixos e variáveis. Por outro lado, no serviço de

saneamento de águas residuais, verifica-se uma significativa redução do número de entidades

gestoras sem qualquer tarifa. Em 2011 eram 32 e em 2013 passaram a ser 23, ao mesmo tempo

que se constata um aumento significativo da aplicação de tarifa variável, em 2011 eram 232

tarifários, enquanto em 2013 passaram a ser 253.

De modo, a proceder-se a uma análise das diversas tarifas praticadas em Portugal, foi

considerado como valor de referência o consumo de 120m3/ano, sendo que os cálculos são

realizados de acordo com os respetivos escalões e com base num consumo uniforme ao longo

de um ano.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

31

As entidades gestoras são agrupadas por localização geográfica e são definidos preços

médios e preços médios ponderados por número de clientes domésticos (Lopes, 2014).

Em Portugal, em 2013, o preço médio, ao ano, ponderado por cliente era de 121,61€ para

um consumo de 120m3/ano (Tabela 2.7).

Tabela 2.7 – Preços médios do serviço de abastecimento de água em função da localização geográfica

para o ano de 2013 (Lopes, et al., 2014)

120m3 em 2013

NUT II Preço médio

(€/m3) Valor

(€)

Preço médio ponderado

(€/m3)

Valor (€)

Norte 0,924 110,86 1,086 130,28

Centro 1,000 119,98 1,082 129,84

Lisboa e Vale do Tejo 0,962 115,49 1,013 121,53

Alentejo 0,775 92,94 0,825 99,00

Algarve 0,805 96,56 0,851 102,17

Açores 0,615 73,82 0,778 93,38

Madeira 0,645 77,43 0,730 87,66

Nacional 0,887 106,45 1,013 121,61

Quando se comparam os valores médios nacionais com os praticados nas ilhas, verifica-se

que na Madeira e nos Açores estes são inferiores. O Centro, Lisboa e Vale do Tejo são as regiões

em que o preço médio é mais elevado, sendo que a diferença entre a região com preço médio

mais alto e a região com preço mais baixo é de 0,385€/m3.

No que concerne o saneamento de águas residuais em Portugal, o preço médio ponderado

por cliente, em 2013, para um consumo de 120 m3/ano, era de 86,43€ (Tabela 2.8).

A diferença considerável entre o preço médio e o preço médio ponderado deve-se ao facto

de em 2013 existirem, ainda, 23 municípios a não cobrar pelo serviço prestado (Lopes, 2014).

Tabela 2.8 – Preços médios do serviço de saneamento de águas residuais em função da localização

geográfica para o ano de 2013 (Lopes, et al., 2014)

120m3 em 2013

NUT II Preço médio

(€/m3) Valor

(€)

Preço médio ponderado

(€/m3)

Valor (€)

Norte 0,569 68,32 0,655 78,56

Centro 0,631 75,69 0,816 97,89

Lisboa e Vale do Tejo 0,777 93,27 0,798 95,81

Alentejo 0,358 43,01 0,422 50,69

Algarve 0,694 83,27 0,829 99,50

Açores 0,125 14,95 0,434 52,04

Madeira 0,240 28,85 0,235 28,20

Nacional 0,528 63,42 0,720 86,43

A partir da Tabela 2.8 é possível constatar que as tarifas médias com saneamento são

inferiores às praticadas no abastecimento público de água. As ilhas da Madeira e Açores

continuam a apresentar preços médios mais baixos, enquanto a região de Lisboa e Vale do Tejo

e a região do Algarve revelam os preços médios mais elevados.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

32

A análise dos preços médios, mas agora por modelo de gestão para o sistema de

abastecimento de água (Tabela 2.9) permite concluir que as entidades concessionadas exibem

valores mais elevados, quer de preço médio, quer de preço médio ponderado. Os preços

praticados pelas Empresas Municipais e Serviços Municipalizados apresentam valores

superiores à média nacional, enquanto nas Câmaras Municipais estes valores são inferiores. As

variações do preço também estão relacionadas com facto do gestor ser o Estado ou uma

empresa privada (Lopes, et al., 2014).

Tabela 2.9 – Preços médios do serviço de abastecimento de água em função do modelo de gestão, para

o ano de 2013 (Lopes, et al., 2014)

120m3 em 2013

Modelo de Gestão Preço médio

(€/m3)

Valor

(€)

Preço médio

ponderado

(€/m3)

Valor

(€)

Câmara Municipal 0,756 90,76 0,801 96,06

Serviços Municipalizados 1,120 134,39 1,114 133,73

Empresa Pública ou municipal 1,027 123,21 1,041 124,90

Concessão 1,336 160,36 1,274 152,91

Relativamente, ao saneamento de águas residuais constata-se que os Serviços

Municipalizados e as Empresas Municipais são os modelos de gestão que apresentam preços

médios e preços médios ponderados mais elevados (Tabela 2.10).

Tabela 2.10 – Preços médios do serviço de saneamento de águas residuais em função do modelo de

gestão, para o ano de 2013 (Lopes, et al., 2014)

120m3 em 2013

Modelo de Gestão Preço médio

(€/m3) Valor

(€)

Preço médio ponderado

(€/m3)

Valor (€)

Câmara Municipal 0,421 50,57 0,574 68,84

Serviços Municipalizados 0,873 104,82 0,894 107,23

Empresa Pública ou municipal 0,779 93,51 0,832 99,81

Concessão 0,715 85,76 0,667 80,03

Quando se tem em consideração o número de clientes, isto é a dimensão do município, os

preços também variam, quer para o serviço de abastecimento de água, quer para o serviço de

saneamento de águas residuais (Tabelas 2.11 e 2.12).

Tabela 2.11 – Preço médio e preço médio ponderado da água, para o serviço de abastecimento de água

em função da dimensão do município para o ano de 2013 (Lopes, et al., 2014)

120m3 no ano 2013

Número de

clientes

Preço médio

(€/m3)

Valor

(€)

Preço médio

ponderado

(€/m3)

Valor

(€)

<5000 0,694 83,28 0,715 85,81

5000 a 20000 0,932 111,80 0,957 114,86

20000 a 50000 1,059 127,12 1,069 128,30

50000 a 100000 1,078 129,36 1,089 130,68

>100000 1,033 123,91 1,026 123,08

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

33

Tabela 2.12 – Preço médio e preço médio ponderado da água, para o serviço de saneamento de águas

residuais em função da dimensão do município para o ano de 2013 (Lopes, et al., 2014)

120m3 no ano 2013

Número de

clientes

Preço médio

(€/m3)

Valor

(€)

Preço médio

ponderado

(€/m3)

Valor

(€)

<5000 0,368 44,21 0,416 49,86

5000 a 20000 0,604 72,46 0,665 79,84

20000 a 50000 0,837 100,45 0,845 101,36

50000 a 100000 0,711 85,32 0,725 87,02

>100000 0,759 91,07 0,752 90,21

Em ambos os casos constata-se que, o preço médio e o preço médio ponderado são

inferiores em municípios de menores dimensões, enquanto preços mais elevados são

observados em municípios de maiores dimensões.

Quando se avalia a evolução dos preços médios ponderados, ao longo dos últimos 4 anos

(2010-2013), constata-se que estes têm sofrido um aumento médio anual de 3,08%, no caso do

abastecimento de água e de 11,46% no caso do saneamento de águas residuais. Relativamente

à taxa média de crescimento anual para AA+AR, entre 2010 e 2013, foi de 6,25% (Tabela 2.13).

Tabela 2.13 - Evolução do preço médio global para 120m3/ano (Lopes, et al., 2014)

2010 2011 2012 2013 2010/13

(€/m3 para 120m3/ano) %

Preço médio ponderado AA+AR 1,45 1,55 1,69 1,73 6,25%

Preço médio ponderado AA 0,93 0,94 1,00 1,01 3,08%

Preço médio ponderado AR 0,52 0,61 0,69 0,72 11,46%

2.6.4 Comparação das tarifas em alta com as tarifas em baixa

As entidades gestores em baixa compram a água às entidades gestoras em alta. Esta

aquisição é sustentada pelas tarifas aplicadas aos utilizadores finais. Assim, é crucial, de modo

a assegurar a sustentabilidade económica, que haja uma adequada política de fixação de

tarifários pelas entidades que gerem os sistemas em baixa.

Atualmente existe uma considerável disparidade de valores praticados pelas empresas em

alta, bem como pelas entidades gestoras em baixa, no que se refere ao abastecimento de água

(Figura 2.20). O peso do preço em alta é, em média, correspondente a 75% do preço médio

ponderado em baixa. Tal situação leva a que reste, unicamente, uma margem de 0,24€/m3 para

custos operacionais e financeiros. Constata-se, ainda, que nas Águas de Trás-os-Montes e Alto

Douro, Águas do Centro Alentejo e Águas Públicas do Alentejo o custo da água em alta é superior

ao preço médio ponderado aplicado pelas entidades gestoras em baixa (Lopes, et al., 2014).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

34

Figura 2.20 – Comparação dos preços em alta e em baixa para o serviço de abastecimento de água, no

ano de 2013, nas diversas entidades gestoras (Lopes, et al., 2014)

Relativamente às águas residuais verifica-se que, na maioria, das EG em baixa o preço

faturado a cada utilizador é superior ao custo de aquisição da água em alta (Figura 2.21).

Contudo, existem sete situações em que se constata que o custo unitário de aquisição de água

em alta supera o preço médio ponderado em baixa (Lopes, 2014).

Figura 2.21 - Comparação dos preços em alta e em baixa para o serviço de saneamento de águas

residuais, no ano de 2013, nas diversas entidades gestoras (Lopes, et al., 2014)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

35

2.7 Abastecimento público de água e saneamento de águas

residuais a nível internacional

Quando se compara a situação atual nacional com outros países da Europa relativamente a

perdas no sistema, os valores, em média, são muito superiores aos constatados em grandes

países da Europa (Figura 2.22).

Figura 2.22 – Percentagens de perdas no sistema de abastecimento de água em alguns países da

Europa 1 (BDEW, 2010)

No que diz respeito aos níveis de cobertura dos serviços de abastecimento de água e

saneamento de águas residuais, a média europeia é, respetivamente, de 95% e 84% (Figuras

2.23 e 2.24). Portugal apresenta valores muito semelhantes aos valores médios da Europa.

Figura 2.23 – Cobertura do serviço de abastecimento de água em países da Europa (EUREAU, 2012)

1 Alemanha (G); Inglaterra (E/W); França (F); Países Baixos (NL); Áustria (A); Polónia (PL)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

36

Figura 2.24 – Cobertura do serviço de drenagem de águas residuais em países da Europa (EUREAU,

2012)

Relativamente, à comparação das tarifas médias praticadas constata-se que as discrepân-

cias não só se verificam a nível nacional, como também entre os diferentes países da Europa

(Figura 2.25). Contudo, é necessário estabelecer limites de comparação, pois estas diferenças

poderão estar relacionadas com um vasto e variado conjunto de fatores (por exemplo qualidade

e disponibilidade deste recurso, qualidade de vida das populações etc), sem estar,

obrigatoriamente, relacionado com uma fraca recuperação de custos (FP2E/BIPE, 2012).

Figura 2.25 - Tarifas médias (€/m3) de abastecimento de água e saneamento praticadas numa seleção de

países da Europa em 2010 (FP2E/BIPE, 2012) 2

2 Preço ponderado pela população exceto para a média europeia. Preço do serviço de águas nas cinco maiores cidades

de cada país, com base num consumo anual de 120m3.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

37

De seguida são apresentados alguns casos internacionais polémicos e de referência a nível

da Europa, que adotaram diferentes modelos de gestão dos SAASAR - privatização do setor

(Reino Unido), gestão mista (França) e gestão pública (Holanda).

Reino Unido

Das experiências internacionais, o caso do Reino Unido é, provavelmente, o mais

documentado e, porventura, o mais polémico.

Este país foi pioneiro na gestão dos recursos hídricos, assim como, na cobertura

generalizada por sistemas de abastecimento e saneamento de águas residuais.

Visto ter sido um dos primeiros países a implementar o funcionamento estes sistemas, foi,

também, dos primeiros a ter necessidades de investir na substituição e expansão das

infraestruturas, investimentos esses que estiveram na base da privatização da indústria da água.

De uma forma sucinta, em 1974, ocorreu a primeira reforma do sistema que conduziu a uma

reorganização dos serviços, retirando estas atividades aos municípios. Foram, então criadas 10

empresas regionais, as Regional Water Authorities (RWA), responsáveis pelo abastecimento

público de água e pela drenagem e tratamento das águas residuais. Posteriormente, durante o

governo de Margareth Tatcher procedeu-se à privatização das 10 empresas RWA, devido à

necessidade de volumosos investimentos. Conjuntamente à privatização do setor de água foi

fundada a entidade reguladora independente, OFWAT- Office of Water Services, que controla

ativamente a qualidade do serviço e os preços. Defensora dos direitos dos consumidores,

assume também importantes funções de regulação económica, de forma a garantir que as

empresas se mantenham rentáveis e atrativas para investidores. Em 2006, a OFWAT foi

modificada para a Water Services Regulation Authority, permanecendo a mesma denominação

abreviada (Correia, 2008).

A qualidade do serviço prestado é elevada e constantemente controlada e os preços, ao

contrário, do que se presumia sofreram subidas menores às previstas (Correia, 2008).

Presentemente, constata-se a existência de incentivo à concorrência entre as empresas que

prestam serviços de distribuição e tratamento de água, assim como, para as empresas de

drenagem e tratamento de águas residuais, com a possibilidade de acesso de terceiros à rede.

Este modelo adotado pelos britânicos exibe como uma das medidas mais inovadoras, o

estabelecimento de parâmetros mínimos de qualidade de serviço prestado aos utilizadores finais,

abaixo dos quais as entidades responsáveis pelos serviços tem de compensar os seus

consumidores (guaranted standard schemes). Além disso, apresenta, também, um regime

próprio de proteção dos utilizadores carenciados e com necessidades especiais (Correia, 2008).

Uma das principais razões de sucesso deste modelo deve-se ao facto de satisfazer as

condições de financiamento dos investimentos realizados e, simultaneamente, assegurar

melhorias na qualidade do serviço e ganhos de produtividade (Correia, 2008).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

38

França

Em França, a gestão dos SAASAR é da responsabilidade dos municípios ou das associações

de municípios. Estes podem optar por gerir os serviços eles próprios ou contratar um operador

privado, sendo que este último modo de gestão implica a delegação parcial ou total dos serviços

a empresas especializadas através de contratos com a duração máxima de 20 anos.

É da responsabilidade dos presidentes das Câmaras Municipais e da respetiva administração

determinar qual o modelo de gestão mais apropriado, de forma a garantir um serviço com

qualidade, a um preço acessível e com a maior transparência possível. São, sobretudo as

Câmaras de grandes dimensões que adotam o modelo de gestão delegada, por outro lado as

autarquias dos meios rurais tendem a optar pela gestão direta dos serviços (Correia, 2008).

Atualmente, o serviço de águas é assegurado por numerosas entidades devido às suas

características locais, sendo que, segundo dados da ONEMA referentes a 2012, existiam, em

França, 24.162 entidades responsáveis por 35.160 serviços de águas. Destes 35.160 serviços,

13.806 dizem respeito a abastecimento de água e 17.212 dizem respeito a saneamento coletivo.

Os restantes 4.142 referem-se a saneamento não coletivo. A participação pública e privada na

gestão dos sistemas varia de acordo com o serviço em questão. Em 2012, esta última era maior

no abastecimento de água do que no saneamento, tal como se pode comprovar pela Tabela

2.14.

Tabela 2.14 – Percentagem de serviços e população abrangida em França por sistemas com gestão

direta e delegada (ONEMA, 2015)

Gestão Delegada Gestão Direta

Abastecimento de água % Serviços 31% 69%

% População 61% 39%

Saneamento % Serviços 23% 77%

% População 43% 57%

No que concerne aos preços praticados estes tendem a ser superiores nos modelos de

gestão delegada, onde o principal objetivo é a obtenção de lucro, do que nos sistemas de gestão

direta, onde há uma maior preocupação com a satisfação do eleitor (Tabela 2.15).

Tabela 2.15 – Percentagem de serviços e população abrangida em França por sistemas com gestão

direta e delegada (ONEMA, 2015)

Preço médio do

abastecimento de água

(€/m3)

Preço médio do

saneamento de águas

residuais (€/m3)

Preço

médio total

(€/m3)

Gestão Direta 1,88 1,75 3,63

Gestão Delegada 2,08 1,97 4,05

Média Nacional 3 2,00 1,85 3,85

3 Média ponderada por população servida

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

39

Holanda

Em 1945, o setor de água na Holanda era altamente fragmentado, com a existência de 111

companhias de água – número que ao longo dos anos tem vindo a diminuir. Uma das razões

para esta redução foi a transição da utilização de água subterrânea para água superficial e a

necessidade de proceder à construções de estações de tratamento de capital intensivo, que

exigiu a cooperação de muitos municípios. Um outro motivo foi o incentivo do governo em criar

grandes empresas públicas através de uma lei estabelecida em 1975, que levou a que as

próprias entidades manifestassem o desejo de alcançarem economias de escala e de

competirem num mercado europeu mais liberalizado (UNECE, 2001).

A partir de 1997, as empresas de água desenvolveram, voluntariamente, esforços para

avaliar o seu desempenho, competindo umas contra as outras, de forma a melhorar a sua

eficiência e aumentar a transparência. Inicialmente, esta avaliação comparativa (benchmarking)

foi realizada de modo a dar resposta a uma proposta do governo, no sentido de criar uma

entidade reguladora. No entanto, esta entidade nunca chegou a ser fundada e o benchmarking

foi prosseguido, cada vez mais, pelos seus benefícios intrínsecos. O programa de benchmarking

holandês foi o primeiro sistema de avaliação comparativa a nível nacional no setor de

abastecimento de água e compreende quatro áreas: qualidade da água, qualidade do serviço,

impacte ambiental, finanças e eficiência (VEWIN, 2013).

Em 2004, a Holanda aprovou uma lei que define que concessões do serviço de

abastecimento de água, apenas, seriam permitidas com empresas estatais (Hall, 2004).

Estabelece, ainda, o tipo de entidades responsáveis pelo aprovisionamento dos serviços de

captação, tratamento e distribuição de água, interditando-os a empresas de capitais mistos ou

privadas (Correia, 2008).

Atualmente, o modelo de gestão e regulação do sistema de abastecimento de água e

saneamento de águas residuais, na Holanda, é visto como um caso de excelência, exibindo os

melhores níveis de desempenho e considerando-se um benchmark mundial. O país revela

percentagens de ANF reduzidas, cerca de 6%, e preços médios de SAASAR equiparáveis a

outros grandes países da Europa. Este modelo é constituído por uma administração fracionada

em províncias, municípios e autoridades regionais (water boards). Estas entidades são

responsáveis pela gestão, assegurar a qualidade da água, estabelecer as regras a impor aos

consumidores, bem como, as taxas a aplicar (Correia, 2008).

Existem 12 províncias, sendo que cada uma delas inclui um número variável de municípios.

Os municípios são governados por assembleias locais e apresentam diferentes dimensões,

alguns com mais de 800.000 habitantes, outros com cerca de 800 habitantes. Por fim, as water

boards são entidades governamentais independentes, que incluem diversos municípios e

poderão abranger duas ou mais províncias (Quesada, 2011).

O sistema é constituído por 466 operadores, em que cerca de 430 municípios estão

incumbidos da drenagem de águas residuais, 26 water boards são responsáveis pelo tratamento

das águas residuais e 10 entidades de abastecimento de água (EUREAU, 2012).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

40

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

41

3 ÂMBITO E OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO

3.1 Âmbito

Depois de realizada a revisão literária, onde se pretendia adquirir maior conhecimento sobre

os sistemas de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, assim como todas as

temáticas a eles relacionadas, é possível inferir que, vários são os fatores que contribuem para

a insustentabilidade económico-financeira destes serviços em Portugal, que resulta da

incapacidade de determinadas entidades gestoras obterem uma recuperação total dos custos.

As problemáticas detetadas a nível nacional, após esta pesquisa bibliográfica, são diversas,

desde percentagens de ANF elevadíssimas, a reduzida intervenção na manutenção e renovação

das redes de abastecimento e saneamento, a existência de numerosas entidades de reduzidas

dimensões até à aplicação de tarifas excessivamente reduzidas que não cobrem os custos com

os serviços.

Estas problemáticas e a insustentabilidade dos serviços também foram ou são constatadas

em outros países da Europa, onde por vezes a única solução foi a privatização do setor de água.

Por outro lado, existem diversos países europeus desenvolvidos que poderão ser vistos como

exemplos a seguir, por apresentarem um mercado de água atrativo a investidores, competitivo,

eficiente e sustentável.

Sendo este tema da sustentabilidade do setor de água de elevada relevância e tão atual,

aproveitou-se a oportunidade de desenvolver um trabalho de análise e avaliação dos fatores de

sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e saneamento de águas residuais.

A presente dissertação visa possibilitar o tratamento dos dados disponibilizados pela ERSAR,

de modo a contribuir para a definição de uma estratégia que conduza a uma situação de

sustentabilidade do setor.

3.2 Objetivos específicos

Após definido o objetivo geral de analisar as condições de sustentabilidade das entidades

gestoras de abastecimento de água e saneamento de águas residuais em baixa e tendo-se

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

42

aprofundado o conhecimento sobre o setor de água, foram definidos os objetivos específicos

desta dissertação:

Analisar os dados e indicadores disponibilizados pela ERSAR, no que diz respeito

às entidades gestoras dos sistemas de abastecimento de água e saneamento de

águas residuais;

Identificar dados anómalos, que culminem ou sejam reveladores de situações de

insustentabilidade;

Identificação de situações de sustentabilidade que possam servir de exemplo e alvo

para outras entidades;

Definir condições de evolução da situação atual para uma situação sustentável;

Aplicação a um caso prático de um método evolutivo da situação atual até

sustentabilidade dos sistemas;

Análise dos resultados obtidos para o caso de estudo considerado.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

43

4 TRABALHO DESENVOLVIDO

4.1 Análise dos dados disponibilizados pela ERSAR

Nos últimos anos têm-se observado mudanças no que diz respeito à regulação dos serviços

de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, com uma maior transparência dos

dados relativos a estes serviços através da disponibilização pública destes por parte da ERSAR.

Neste 4º capítulo procedeu-se à avaliação da sustentabilidade económica das EG, assim, os

dados relacionados com este tópico foram alvo de especial atenção. Foram detetados dados

anómalos principalmente no que concerne aos gastos e custos associados aos serviços. Estes

dados anómalos são de significativa importância, pois servem de base ao cálculo de indicadores

oficiais da ERSAR e à recuperação de custos preconizada na DQA e reportada através dos

Planos de Gestão de Regiões Hidrográficas.

Para identificação de eventuais anomalias foram realizados exercícios de cruzamento de

dados relacionados com gastos e custos, nomeadamente, os custos de pessoal, CMVMC, FSE

e amortizações.

De modo a simplificar a análise, as EG foram agrupadas, de acordo com o respetivo modelo

de gestão: concessão, delegação e gestão direta (Tabela 4.1). Nesta análise teve-se, ainda, em

consideração o grau de fiabilidade dos dados, definido pela ERSAR (***, ** ou *).

Tabela 4.1 - Número de EG e número de alojamentos por sistema e modelo de gestão

Sistema

Modelo de Gestão

Concessão Delegação Gestão Direta

Nº de EG Nº de

Alojamentos Nº de EG

Nº de

Alojamentos Nº de EG

Nº de

Alojamentos

AA+AR 22 810.929 24 1.150.983 204 3.106.090

AA 7 162.086 1 322.813 2 40.218

AR 1 25.480 1 15.583 12 484.097

TOTAL 30 998.495 26 1.489.379 218 3.630.405

Quando se agrupam as EG por dimensão e grau de fiabilidade dos dados emitidos (Figura

4.1), conclui-se que, com o aumento da dimensão da EG aumenta também a fiabilidade dos

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

44

dados referentes a gastos totais, sendo que, a partir dos 80.000 alojamentos, somente, existem

dados com classificação ***.

Figura 4.1 - Análise da fiabilidade dos dados relativos a gastos totais em função do número de

alojamentos

Da análise dos gráficos apresentados no Anexo A (Figuras A.1 a A.202), é possível concluir

que, em geral, as EG de menor dimensão, tipicamente sob gestão direta dos municípios, são as

que revelam maior dispersão de resultados e maior percentagem de dados anómalos.

Muitas destas pequenas EG reportam valores de gastos por metro cúbico de água faturada

anormalmente baixos e algumas reportam percentagens de ANF muito reduzidas, não

compatíveis com outros indicadores da eficiência de gestão.

Os valores dos custos operacionais e das amortizações revelam, na generalidade, grande

dispersão quando se comparam EG de dimensão idêntica.

No que se refere às amortizações, as percentagens destas nos gastos totais são

significativamente mais elevadas nas entidades sob gestão direta do que nas concessões.

No que diz respeito aos custos com pessoal constata-se uma grande percentagem de

anomalias, principalmente em EG de reduzida dimensão, com valores de salários médios pouco

realistas.

Os dados referentes às águas residuais demonstram maior percentagem de anomalias que

os relativos ao abastecimento de água.

As EG com modelo de gestão direta reportam, normalmente, maior percentagem de dados

considerados pela ERSAR como menos fiáveis (* ou **) no entanto, também, foram detetadas

anomalias em dados com classificação de ***.

Verifica-se uma tendência para o aumento da fiabilidade dos dados referentes a custos e

gastos com o aumento da dimensão das EG.

As EG concessionadas ou delegadas são as que reportam, de longe, dados classificados

pela ERSAR como mais fiáveis mas, numa análise mais pormenorizada, caso a caso, também

nestas foi possível identificar situações anómalas.

0

1

2

3

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Cla

ssif

icaç

ão d

a Fi

abili

dad

e d

os

Dad

os

Nº de Alojamentos

Fiabilidade dos dados ERSAR (Gastos Totais)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

45

A comparação dos dados reportados à ERSAR pelas 274 EG referentes a gastos totais no

ano de 2014 com a média aritmética desses mesmos gastos para os anos de 2012 a 2014 é

possível verificar que, quer para o sistema AA (Figuras A.203 e A.204) como para o sistema AR

(Figuras A.205 e A.206) observa-se uma variação dos valores. Uma análise mais pormenorizada

permite constatar a existência de EG, designadamente de reduzidas dimensões, que reportam

em 2014 gastos totais de AA e de AR superiores em 1,5 vezes ou superiores ao dobro dos

valores obtidos pela média aritmética ou vice-versa (Tabela A.1).

4.2 Análise de indicadores de desempenho da ERSAR

Procedeu-se, ainda à análise de um conjunto de indicadores de desempenho da ERSAR, os

mais abordados no presente trabalho – atendimento, cobertura de gastos, ANF, perdas reais,

reabilitação de rede e número de trabalhadores – para a totalidade das EG e, separadamente,

para as de maior dimensão (29 EG que concentram 50% dos alojamentos a nível nacional). Esta

avaliação foi realizada tendo por base dados reportados à ERSAR nos anos de 2012 a 2014.

Desta análise conclui-se que as EG de maior dimensão têm, como seria de esperar, melhor

desempenho (Figura 4.2).

Figura 4.2 - Percentagens de indicadores de desempenho ERSAR

Considerando, somente, indicadores com grau de fiabilidade máximo (***), conclui-se,

também, que as EG de maior dimensão reportam dados com mais fiabilidade, no que se refere,

à boa qualidade de serviço (Figura 4.3).

Figura 4.3 - Percentagens de indicadores de desempenho ERSAR com fiabilidade máxima (***)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

46

4.3 Definição de curvas-objetivo de gastos para as entidades

gestoras

Na generalidade, verifica-se, para as entidades gestoras nacionais, uma grande dispersão

dos indicadores económicos, resultante de diversos fatores, nomeadamente, a dimensão das

EG, distinta eficiência de gestão, topografia e dispersão populacional (zonas rurais e urbanas).

Estas diferenças eram esperadas, contudo, em determinadas situações são indicadoras de

dados anómalos e da insustentabilidade do sistema.

Assim, houve necessidade de definir curvas-objetivo de custos de acordo com as dimensões

das EG, denominadas, curva alvo e curva de sustentabilidade.

4.3.1 Curva alvo de custos atuais com base em EG de referência

4.3.1.1 Primeira abordagem

A definição da curva alvo para sistema de abastecimento de água e saneamento de águas

residuais foi concretizada segundo duas abordagens diferentes.

Na primeira abordagem selecionou-se, apenas, as entidades gestoras de sistemas AA+AR,

cujo modelo de gestão é concessão ou delegação e em que dados reportados à ERSAR

apresentam uma fiabilidade máxima (***). Importa referir que, ao considerar, somente, estes dois

modelos de gestão se estão a eliminar, desde de logo, entidades que, na generalidade dos casos

não dispõem de sistemas de contabilidade analítica referentes a estes serviços.

Após selecionadas estas EG obteve-se uma primeira curva, tendo-se eliminado de seguida

as EG que se encontrassem significativamente acima da curva. Removeram-se, ainda, as EG

de reduzida dimensão que apresentassem gastos totais de AA+AR inferiores a 2€/m3.

Outras entidades foram eliminadas por um processo de comparação direta para cada gama

de número de alojamento. De facto, constatou-se que algumas EG apresentavam gastos muito

baixos para percentagens de ANF elevadas, elevado número de trabalhadores por ligação ou

grande dispersão da rede (metros de rede por cliente).

Desta forma, conseguiu-se obter uma primeira curva alvo (yardstick ou fronteira, em

linguagem regulatória). No entanto, constatou-se que esta curva, somente, apresentava valores

para EG com mais de 50.000 alojamentos, visto que os critérios de eliminação anteriormente

mencionados conduziram à exclusão das EG de dimensão mais reduzida.

Portanto, foi necessário obter uma segunda curva, mas agora para entidades gestoras com

menos de 50.000 alojamentos. Para tal considerou-se EG concessionadas, delegadas ou sob

gestão direta, mas com dados de fiabilidade elevada (***).

O processo de obtenção desta curva foi semelhante ao anteriormente explicado, tendo-se

começado por eliminar as EG com gastos por metro cúbico de AF inferiores a 2€. De seguida,

analisou-se a percentagem de água não faturada, o número médio de trabalhadores, o

comprimento da rede e os níveis de cobertura dos sistemas AA e AR. Nesta análise, foram

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

47

eliminadas as EG com percentagem de ANF superior a 50% e inferior a 20%, com níveis de

cobertura de serviços de AA ou AR abaixo de 50% e com comprimentos de rede por cliente

acima de 50 metros/cliente.

Por fim, procedeu-se à combinação das duas curvas obtidas (para mais de 50.000

alojamentos e para menos de 50.000 alojamentos) alcançando-se, desta forma, a curva alvo,

com base nas EG admitidas como referência.

A listagem das entidades gestoras consideradas nesta abordagem é apresentada na Tabela

4.2.

Tabela 4.2 - Lista das entidades gestoras consideradas na primeira abordagem de curva alvo

EG Alojamentos

Gastos

totais

AA+AR

(€/m3)

%

ANF

Nº de

Trabalhadores

por 1000

ligações

Metros

rede AA

por

cliente

Atend

AA

Atend

AR

SIMAS de Oeiras e

Amadora 173.954 1,95 21 6 6 100% 100%

Indaqua Matosinhos 82.085 2,20 19 2 8 100% 95%

Águas do Porto 137.360 2,19 22 3 6 100% 100%

AGERE 84.497 2,30 22 3 14 99% 99%

SMAS de Viseu 54.008 2,18 33 2 22 98% 97%

SMSB de Viana do

Castelo 48.164 2,31 22 3 18 94% 75%

CM de Góis 5.165 5,27 29 2 14 100% 96%

CM de Póvoa de Varzim 34.881 2,96 28 2 12 96% 84%

Águas de Valongo 40.383 2,57 15 2 12 99% 98%

FAGAR - Faro 37.788 2,69 21 3 15 96% 90%

EMAR de Portimão 46.887 2,39 24 2 10 100% 99%

EMAR de Vila Real 29.912 3,16 28 2 27 94% 64%

CM de Proença-a-Nova 6.266 4,41 29 0,4 45 100% 46%

SM de Castelo Branco 38.282 2,72 22 1 21 99% 87%

CM de Manteigas 2.603 8,31 45 2 14 91% 0%

Águas da Covilhã 33.004 3,90 36 1 19 99% 90%

SMAS de Tomar 26.134 3,63 34 1 40 100% 32%

Águas de Alenquer 23.530 3,92 30 1 32 99% 84%

SMAS de Peniche 21.095 3,62 38 1 29 95% 92%

A curva referente a entidades com mais de 50.000 alojamentos é representada pela Equação

4.1.

Já para a segunda curva, relativamente às entidades gestoras com menos de 50.000

alojamentos é representada pela Equação 4.2.

𝒚 = 𝟓, 𝟗𝟑𝟒𝟕𝟏𝒙−𝟎,𝟎𝟖𝟕𝟖𝟔

(4.1)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

48

A junção destas duas curvas é representada pela Equação 4.3.

Nas Figuras 4.4 e 4.5 são apresentadas as representações gráficas destas mesmas curvas,

respetivamente, para mais e para menos de 50.000 alojamentos.

Figura 4.4- Curva para as entidades gestoras com mais de 50.000 alojamentos

Figura 4.5 - Curva para as entidades gestoras com menos de 50.000 alojamentos

1,50

1,75

2,00

2,25

2,50

2,75

3,00

3,25

3,50

0 40 000 80 000 120 000 160 000 200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo (> 50 000 alojamentos)

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

9,0

0 10000 20000 30000 40000 50000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R €

/m3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo (< 50 000 alojamentos)

𝒚 = 𝟏𝟎𝟗, 𝟔𝟗𝟗𝟗𝟒𝒙−𝟎,𝟑𝟒𝟒𝟕𝟕

𝒚 = 𝟗𝟏, 𝟓𝟎𝟔𝟗𝟒𝒙−𝟎,𝟑𝟐𝟕𝟏𝟓

(4.2)

(4.3)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

49

Na Figura 4.6 encontra-se representada a 1ª curva alvo, resultante da combinação das duas

curvas anteriormente apresentadas.

Figura 4.6 – Primeira curva alvo resultante da junção das curvas com número de alojamentos superiores

e inferiores a 50.000

4.3.1.2 Segunda abordagem

Numa segunda abordagem, a curva foi elaborada definindo, desde logo, um conjunto de

critérios objetivos, que serviriam de base à seleção das entidades gestoras a considerar.

Assim, foram estabelecidos os seguintes critérios:

Fiabilidade dos dados relativos a gastos totais, AF e ANF igual a ***;

Percentagem de ANF inferior a 25%;

Rácio dos rendimentos sobre os gastos totais superior a 0,8;

Nível de cobertura de AA superior a 90%.

Ao definir estes critérios foi possível chegar às entidades gestoras que constam da Tabela

4.3.

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

0 25 000 50 000 75 000 100 000 125 000 150 000 175 000 200 000

Gas

tos

tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Alojamentos

1ª Curva Alvo (geral)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

50

Tabela 4.3 - Lista das entidades gestoras consideradas para a obtenção da 2ª curva alvo

EG Alojamen

tos

Gastos

totais

AA+AR

(€/m3)

%

ANF

Metros

rede AA

por

cliente

Atend

AA

Atend

AR

Rendimentos/

Gastos

Águas de Coimbra 79.193 2,85 24,5 14 100% 97% 1,0

Águas da Azambuja 11.913 3,33 23,4 28 98% 61% 0,9

Águas de Mafra 42.867 3,72 15,2 24 97% 79% 1,1

SIMAS de Oeiras e

Amadora* 173.954 1,95 21,3 6 100% 100% 1,3

Águas de Cascais 108.840 2,50 14,3 12 100% 100% 1,5

Águas do Sado 62.607 1,86 25,0 12 99% 97% 1,1

Indaqua Vila do Conde** 37.697 5,48 19,0 16 94% 85% 1,0

Indaqua Feira** 60.499 5,06 20,5 24 97% 70% 1,0

Águas de Gondomar 73.416 3,52 15,6 12 100% 85% 1,1

Águas de Valongo* 40.383 2,57 14,6 12 99% 98% 1,0

Indaqua Matosinhos* 82.085 2,20 18,6 8 101% 95% 1,2

Águas do Porto* 137.236 2,19 21,5 5 100% 100% 1,2

Águas de Barcelos 47.339 3,57 18,8 35 93% 69% 0,8

AGERE* 84.497 2,30 21,5 14 99% 99% 1,2

FAGAR – Faro* 37.788 2,69 20,7 16 96% 90% 1,0

EMAR de Portimão* 46.887 2,39 23,8 9 100% 99% 1,3

SM de Castelo Branco* 38.282 2,72 22,2 22 99% 87% 1,1

SMAS de Torres Vedras** 45.242 4,77 23,2 35 100% 93% 1,0

SMSB de Viana do Castelo* 48.164 2,31 22,1 21 94% 75% 1,1

Nota:

* EG que coincidem com as apresentadas no Quadro 4.1

As EG assinaladas na Tabela 4.3 por ** foram eliminadas por reportarem gastos totais por

metro cúbico de água faturada anormalmente elevados.

A curva referente às EG da Tabela 4.3 é representada pela Equação 4.4.

Graficamente é apresentada pela Figura 4.7 que, relativamente ao homólogo, revela uma

maior dispersão de valores, como seria de esperar.

𝒚 = 𝟏𝟖, 𝟔𝟗𝟖𝟒𝟓𝒙−𝟎,𝟏𝟕𝟗𝟑𝟒

(4.4)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

51

Figura 4.7 - Segunda curva alvo

A comparação das duas curvas obtidas, apresentada na Figura 4.8, permite constatar que

se observa uma diferença relativamente pequena entre ambas.

Figura 4.8 – Comparação das duas curvas alvo obtidas

Assim, admitiu-se numa primeira fase como curva alvo, a curva intermédia às duas curvas

anteriormente alcançadas. (Figura 4.9).

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0 25 000 50 000 75 000 100 000 125 000 150 000 175 000 200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

2ª Curva Alvo

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Comparação das duas curvas alvo

2ª Curva

1ª Curva

Page 84: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

52

Figura 4.9 – Representação das três curvas

A curva alvo é descrita pela Equação 4.5.

Para verificação, procedeu-se à comparação desta curva alvo, anteriormente apresentada,

com a que se obteria diretamente a partir das EG constantes das Tabelas 4.2 e 4.3 (Figura 4.10).

Como seria de esperar, estas duas curvas são muito próximas. Assim, adotou-se como curva

alvo final a obtida a partir das EG listadas nas Tabelas 4.2 e 4.3.

Figura 4.10 – Comparação das curvas alvo obtidas por diferentes processos

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 25 000 50 000 75 000 100 000 125 000 150 000 175 000 200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo

1ª Curva

Curva Alvo

2ª Curva

y = 42,242x-0,255y = 63,968x-0,290

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0 25 000 50 000 75 000 100 000125 000150 000175 000200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curvas Alvo

Curva Alvo

Curva Alvo final

𝒚 = 𝟒𝟐, 𝟐𝟒𝟏𝟔𝟎𝒙−𝟎,𝟐𝟓𝟒𝟖𝟒

(4.5)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

53

A curva alvo final é representada pela Equação 4.6.

Ao comparar a curva alvo final em função do número de alojamentos existentes com essa

mesma curva, mas em função do número de alojamentos com serviço efetivo (Figura 4.11),

observa-se, apenas, uma ligeira diferença entre ambas, visto que as EG consideradas na curva

alvo final têm níveis de cobertura e atendimento elevados.

Figura 4.11 – Comparação da curva alvo final em função do número de alojamentos existentes e do

número de alojamentos com serviço efetivo

Também se comparou a curva alvo final, com essa mesma curva, em função do número de

alojamentos com serviço efetivo e disponível (Figura 4.12).

Figura 4.12 - Comparação da curva alvo final em função do número de alojamentos existentes com esta

em função do número de alojamentos efetivos e disponíveis

y = 63,968x-0,29

y = 55,279x-0,281

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo final - Alojamentos Efetivos

Curva Alvo por alojamentosexistente

Curva Alvo por alojamentoscom serviço efetivo

y = 63,968x-0,290

y = 62,324x-0,288

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo final - Alojamentos Efetivos + Disponíveis

Curva Alvo poralojamentos existente

Curva Alvo poralojamentos com serviçoefetivo + disponível

𝒚 = 𝟔𝟑, 𝟗𝟔𝟖𝟒𝟒𝒙−𝟎,𝟐𝟖𝟗𝟗𝟏

(4.6)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

54

Apresenta-se, na Tabela 4.4, as EG que serviram de base à elaboração da curva alvo final.

Tabela 4.4 – Entidades gestoras que serviram de base à definição da curva alvo final

EG Alojamentos Gastos totais

AA+AR (€/m3)

% Alojamentos

Efetivos

% Alojamentos

Disponíveis

AGERE 84.497 2,30 83% 16%

Águas da Azambuja 11.913 3,33 73% 25%

Águas da Covilhã 33.004 3,90 76% 23%

Águas de Alenquer 23.530 3,92 81% 19%

Águas de Barcelos 47339 3,57 68% 25%

Águas de Cascais 108.840 2,50 94% 6%

Águas de Coimbra 79.193 2,85 94% 6%

Águas de Gondomar 73.416 3,52 94% 6%

Águas de Mafra 42.867 3,72 84% 12%

Águas de Valongo 40.383 2,57 91% 8%

Águas do Porto 137.236 2,19 90% 10%

Águas do Sado 62.607 1,86 90% 9%

CM de Góis 5.165 5,27 78% 22%

CM de Manteigas 2.603 8,31 85% 8%

CM de Póvoa de Varzim 34.881 2,96 90% 6%

CM de Proença-a-Nova 6.266 4,41 98% 2%

EMAR de Portimão 46.887 2,39 89% 11%

EMAR de Vila Real 29.912 3,16 84% 11%

FAGAR - Faro 37.788 2,69 83% 13%

Indaqua Matosinhos 82.085 2,20 91% 9%

SIMAS de Oeiras e Amadora 173.954 1,95 94% 6%

SM de Castelo Branco 38.282 2,72 87% 12%

SMAS de Peniche 21.095 3,62 86% 9%

SMAS de Tomar 26.134 3,63 75% 25%

SMAS de Viseu 54.008 2,18 70% 28%

SMSB de Viana do Castelo 48.164 2,31 78% 16%

Na Tabela B.1 do Anexo B é possível encontrar diversos indicadores de desempenho das

EG que serviram de base para a elaboração da curva alvo final, listadas na Tabela 4.4, e

constatar que de facto estas entidades são as que apresentam melhores condições, sendo,

portanto, exemplos de referência nacional.

Procurou-se ainda avaliar, com os dados disponíveis, o efeito da dispersão populacional,

quantificada pelo comprimento de rede por cliente servido, nos gastos totais das EG de referência

(Figura 4.13).

A partir da análise da Figura 4.13 conclui-se que, nesta fase, ainda não é possível definir

com suficiente precisão, curvas alvo em função da dispersão populacional, recomendando-se,

assim, a utilização da curva alvo final, previamente apresentada, para todos os casos.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

55

Figura 4.13 – Avaliação da curva alvo final com base nos metros de rede por cliente

4.3.2 Curva de sustentabilidade

As EG consideradas na definição da curva alvo final, apesar de constituírem um grupo de

referência a nível nacional em termos da fixação de objetivos, estão elas próprias em evolução

em termos de alguns indicadores, nomeadamente as taxas anuais de reabilitação de condutas e

coletores e o número de trabalhadores.

Assim, através da aplicação a estas EG de um modelo evolutivo foi possível alcançar-se uma

curva de sustentabilidade que, assim como a curva alvo, anteriormente, definida, poderá servir

de referência para avaliação do desempenho das restantes EG, no que diz respeito à

sustentabilidade económica.

O modelo evolutivo aplicado consistiu em quatro cenários, sendo estes:

Alteração da tarifa em alta;

Redução de percentagens de ANF para 20%;

Aumento da taxa anual de reabilitação da rede para 2%;

Otimização dos custos com pessoal.

No que diz respeito à alteração da tarifa em alta, esta consistiu na harmonização dessas

tarifas tendo em consideração as transições das tarifas praticadas em 2014 para as novas tarifas.

Isto porque em 2014 não tinham ocorrido ainda as fusões generalizadas de sistemas

multimunicipais, pelo que as tarifas em alta pagas pelas EG apresentavam grandes variações.

Na Figura 4.14 encontra-se representada a comparação da curva alvo final, com esta mesma

curva, após alteração das tarifas em alta.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 50000 100000 150000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo final - Metros de Rede por Cliente

< 10 metros de rede/cliente

10-20 metros de rede/cliente

> 20 metros de rede/cliente

Curva Alvo final

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

56

Figura 4.14 - Comparação da curva alvo final com a obtida após alteração das tarifas em alta

A partir dos dados fornecidos pela ERSAR, quanto aos metros cúbicos de água que entra no

sistema, AF e ANF foi possível determinar o aumento verificado na AF, bem como a redução

prevista para a água que entra no sistema, de forma a se obter uma percentagem de ANF de

20%.

Para tal obteve-se a seguinte expressão que permite determinar a água que entra no sistema

para uma situação onde as percentagens de ANF foram reduzidas para 20%, Equação 4.7. A

partir desta equação determinou-se os metros cúbicos de AF finais, Equação 4.8.

𝐴𝐸𝑆𝑓 = 𝐴𝐸𝑆 𝑖 ×(1 + 2 × (1 − % 𝐴𝑁𝐹𝑖))

(1 + 2 × (1 − % 𝐴𝑁𝐹𝑓))

𝐴𝐹𝑓 = 𝐴𝐸𝑆𝑓 × (1 − % 𝐴𝑁𝐹𝑓)

Sabendo a quantidade de água que entra no sistema, água faturada final, determinou-se a

água não faturada final e respetivas perdas reais e aparentes, pelas Equações 4.9, 4.10 e 4.11.

𝐴𝑁𝐹𝑓 = 𝐴𝐸𝑆𝑓 − 𝐴𝐹𝑓

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑎𝑖𝑠 𝑓 =2

3× 𝐴𝑁𝐹𝑓

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝐴𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑓 =1

3× 𝐴𝑁𝐹𝑓

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo final após alteração das tarifas em alta

Curva Alvo final

Curva Alvo final apósalteração das tarifas em alta

(4.7)

(4.8)

(4.9)

(4.10)

(4.11)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

57

A conversão dos valores de perdas reais e perdas aparentes de metros cúbicos para valores

monetários (€) foi possível pela multiplicação destes valores, respetivamente, pela tarifa em alta

atual e pela componente variável de água faturada, que assume um valor de 2.

A água faturada residual também ficou sujeita a um aumento proporcional ao verificado na

água faturada final para sistema AA. Para tal aplicou-se a Equação 4.12.

𝑎𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝐴𝐹 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑓 = (𝐴𝐹𝑓 − 𝐴𝐹𝑖) ×𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴𝑅

𝐴𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐴𝐴

Por fim, importa referir que, nos casos em que as percentagens de ANF revelaram ser

inferiores a 20%, não se procedeu à alteração dos valores de gastos totais nem de águas

faturadas, admitindo-se que as perdas continuariam a ser as mesmas.

Na Figura 4.15 está representada a variação sofrida pela curva alvo final após redução das

percentagens de ANF para 20%.

A disparidade constatada entre as curvas é pouca acentuada pelo facto da maioria das EG

de referência apresentarem percentagens de ANF inferiores a 25%, já que que este foi um dos

critérios estabelecidos na 2ª abordagem para a definição da curva alvo.

Figura 4.15 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida após redução das percentagens de

ANF para 20%

Segundo estudos que serviram de base para a elaboração do PENSAAR 2020, os

investimentos necessários a efetuar na reabilitação, reparação ou substituição de infraestruturas

para cada EG, foram quantificados no montante global de 1400 milhões de euros (o valor

necessário para construir, de raiz, aproximadamente 20% das redes atualmente existentes).

Desta forma, para este cenário, esses investimentos iniciais foram tidos em consideração e

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo final após redução das percentagens de ANF para 20%

Curva Alvo final

Curva Alvo final apósredução das percentagensde ANF para 20%

(4.12)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

58

admitiu-se que equivaleriam à construção de novas infraestruturas no que se refere ao período

de amortização e taxa de atualização.

Para além destes investimentos iniciais foi, também, necessário ter em consideração a

renovação anual da rede, que deveria existir, de modo, a impedir o seu envelhecimento e manter

a operacionalidade. Assim, admitiu-se, com base nas recomendações da ERSAR, uma taxa

anual de reabilitação de 2%, o que equivale a manter uma idade média das redes de AA e AR

de 50 anos.

Esta renovação anual da rede implica gastos adicionais, que para serem determinados foi

necessário calcular o valor atual da infraestrutura caso as EG aumentem a percentagem de

reabilitação para 2% ao ano. Para isso, recorreu-se à Equação 4.13 e 4.14, respetivamente, para

sistema de abastecimento de água e saneamento de águas residuais.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 = (%𝑅𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎çã𝑜𝑓 − %𝑅𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎çã𝑜𝑖) ×

[(𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑎 × €/𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑎) + (𝑛º 𝑟𝑎𝑚𝑎𝑖𝑠 × €/𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙)]

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑟𝑎𝑒𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎 = (%𝑅𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎çã𝑜𝑓 − %𝑅𝑒𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑡𝑎çã𝑜𝑖) ×

[(𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟 × €/𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑙𝑒𝑡𝑜𝑟) + (𝑛º 𝑟𝑎𝑚𝑎𝑖𝑠 × €/𝑟𝑎𝑚𝑎𝑙)]

O custo do metro de conduta e coletor adotado foi, respetivamente, de 50€ e 60€. Quanto

aos ramais adotou-se o valor de 500€ por ramal para o sistema de abastecimento de água e

700€ por ramal para o sistema de saneamento de águas residuais.

A Figura 4.16 permite concluir que, praticamente a totalidade das EG não estão a reabilitar

a sua rede e que os gastos totais sofrem um aumento considerável quando introduzido este

parâmetro.

Figura 4.16 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida ao aumentar a reabilitação da rede

para 2% ao ano

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo final após aumento da reabilitação da rede para 2%

Curva Alvo final

Curva Alvo final apósaumento da reabilitação darede para 2%

(4.13)

(4.14)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

59

No que se refere à otimização dos custos com pessoal (dos quadros e outsourcing), foi

necessário proceder ao ajuste do número de trabalhadores, para valores de referência definidos

pela ERSAR, designadamente, no caso do sistema AA é de 2 trabalhadores/1000 ramais e no

caso do sistema AR é de 5 trabalhadores/100 km de coletor.

Após obtida a diferença de trabalhadores entre a situação inicial e a situação após ajuste

para os valores de referência, com base nos custos por trabalhador praticados pelas EG

calculou-se a variação sofrida nos custos totais com pessoal. Esta variação terá impacte sobre

os gastos totais reportados pelas EG.

A diferença observada entre a curva alvo final e a curva obtida após a otimização dos custos

com pessoal diz respeito à variação sentida nos gastos totais (Figura 4.17).

A análise desta figura permite concluir que as EG de maiores dimensões apresentam um

número de trabalhadores excessivo. Já as EG de menores dimensões revelam números de

trabalhadores, por vezes diminutos, outras vezes demasiado elevados, mas, na generalidade o

número de trabalhadores destas entidades tende a ser inferior aos de referência da ERSAR.

Figura 4.17 - Comparação da curva alvo final com a curva obtida após ajuste do número de

trabalhadores

Após aplicação do modelo evolutivo, tendo em consideração os quatro cenários

anteriormente referidos, cujos resultados individuais de cada EG considerada são apresentados

nas Tabelas C.1 a C.4 do Anexo C, foi possível obter-se a curva de sustentabilidade, isto é, a

curva representativa da otimização dos gastos totais das EG de referência que serviram de base

para definição da curva alvo final (Figura 4.18)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva Alvo final após otimização dos custos com pessoal

Curva Alvo final

Curva Alvo final apósotimização dos custos compessoal

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

60

Figura 4.18 – Curva de sustentabilidade

A curva de sustentabilidade é representada pela Equação 4.15.

Na Figura 4.19 é apresentada a comparação entre a curva alvo final e a curva de

sustentabilidade.

Figura 4.19 – Comparação da curva alvo final com a curva de sustentabilidade

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Curva de Sustentabilidade

Curva deSustentabilidade

y = 68,489x-0,296

y = 63,968x-0,290

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0 50 000 100 000 150 000 200 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Comparação Curva Alvo final e Curva de Sustentabilidade

Curva deSustentabilidade

Curva Alvo final

𝒚 = 𝟔𝟖, 𝟒𝟖𝟗𝟐𝟐𝒙−𝟎.𝟐𝟗𝟓𝟕𝟑 (4.15)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

61

5 RESULTADOS OBTIDOS

5.1 Caso de estudo

Atualmente o sistema de abastecimento de água e saneamento de águas residuais é

caracterizado por uma situação deficitária em cerca de 2/3 das EG existentes em baixa (Figura

5.1). Esta situação permaneceu inalterada durante os últimos anos, mesmo após várias

alternativas de solução terem sido propostas, designadamente, a verticalização, que foi adotada

no passado, mas com sucesso limitado.

Figura 5.1 - Situação atual das EG em baixa

Atuar individualmente sobre as problemáticas sentidas nas atuais EG não será suficiente

para se alcançar a sustentabilidade do sistema, enquanto não se combater as diminutas

dimensões que muitas destas EG apresentam. Assim, é necessário introduzir medidas que

promovam a criação de economias de escala.

O aumento da dimensão dos sistemas de distribuição e de drenagem, até aproximadamente

100.000 clientes, permitirá reduzir significativamente os custos unitários e possibilita a aplicação

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

62

de tarifas sustentáveis mais baixas do que as atualmente praticadas em sistemas de reduzidas

dimensões (Figura 5.2).

Figura 5.2 - Economias de escala em sistemas AA e AR (Poças-Martins, 2016, comunicação pessoal)

Neste contexto surge como alternativa a possibilidade de se proceder a agregações

voluntárias das EG em baixa, de modo a garantir a eficiência e a sustentabilidade económica

dos diversos sistemas de reduzidas dimensões que asseguram os serviços de AA e AR em

grande parte do país.

Assim sendo e tendo por base a atual conjuntura e as vantagens que estas agregações

poderão ter no que diz respeito à sustentabilidade do SAASAR, procedeu-se ao estudo de um

caso prático, ainda, em desenvolvimento, que é o caso do Douro.

Este caso prático visa analisar duas alternativas de agregação com aplicação das curvas-

objetivo alcançadas no capítulo anterior. A primeira alternativa em torno de um município âncora

(Vila Real), com base na atual CIM e uma segunda através da agregação das EG vizinhas a dois

municípios âncora Vila Real (Douro Norte) e Lamego (Douro Sul).

5.1.1 Atual Situação

A CIM Douro agrega dezanove municípios da NUT III Douro, que veio substituir a

Comunidade Urbana do Douro, criada em julho de 2004.

Com sede na cidade de Vila Real, a CIM Douro compreende os municípios de Alijó, Armamar,

Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Moimenta da Beira,

Murça, Penedono, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira,

Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real (Figura

5.3).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

63

Figura 5.3 - Localização geográfica da CIM do Douro

Na Tabela 5.1 são apresentados alguns dados e indicadores da ERSAR caraterizadores da

situação atual dos 19 municípios abrangidos pela CIM do Douro.

A análise dessa tabela permite concluir que estas EG apresentam, na globalidade, perdas

elevadas - superiores a 30% e, por vezes, próximas dos 80% - elevados metros de rede por

cliente servido e número de trabalhadores por 100km de coletores superiores aos valores

definidos como de referência pela ERSAR (5 trabalhadores por 100km). No que se refere ao

número de trabalhadores por 1000 ramais, os resultados são muito mais aproximados dos

valores de referência da ERSAR (2 trabalhadores por 1000 ramais), contudo verifica-se que

grande número de EG apresentam valores demasiado baixos, de 1 trabalhador por 1000 ramais.

No que diz respeito ao custo com pessoal, quantificado pelos vencimentos médios mensais,

e custos de exploração é possível constatar valores anómalos, resultantes da fata de sistemas

de contabilidade analítica por parte dos municípios.

Relativamente, à reabilitação da rede, assim, como se constata na generalidade das

entidades nacionais, também estas não estão a efetuar a reabilitação mínima recomendada pela

ERSAR, reportando, na maioria dos casos, valores de 0%.

Por fim, no que se refere às tarifas praticadas verifica-se uma grande disparidade de valores,

observando-se municípios em que as tarifas médias de AA e AR são próximas dos 0,50€/m3. Tal

situação, acaba por estar em concordância com o indicador económico de cobertura dos gastos,

em que os valores constatados são, de uma forma geral, inferiores a 0,8, salvo Vila Real e

Carrazeda.

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Tabela 5.1 - Dados e Indicadores referentes às EG abrangidas na CIM do Douro

EG Sistema Alojamentos

Tarifa

Média

AA+AR

2014

(€/m3)

Gastos

totais de

AA+AR

(€/m3)

% ANF

Recursos

Humanos AA

(Trabalhadores

/1000 ramais)

Recursos

Humanos AR

(Trabalhadores/

100km de

coletor)

Ordenado

Médio

Mensal AA

Ordenado

Médio

Mensal AR

Metros

rede por

cliente AA

Metros

rede por

cliente AR

%

Cobertura

AA

%

Cobertura

AR

%

Alojamentos

Efetivos

%

Alojamentos

Disponíveis

Custo de

Exploração

AA por AF

(€/m3)

Custo de

Exploração

AR por AF

(€/m3)

Tarifa de

água em

Alta 2015

(€/m3)

Rendimentos/

Gastos

%

Reabilitação

de Condutas

%

Reabilitação

Coletores

Águas de Carrazeda AA+AR 5.309 2,04 2,39 37% 2 6 358 250 50 20 90% 88% 87% 3% 1,69 0,64 0,265 0,9 0,5% 0,8%

CM de Alijó AA+AR 8.183 1,84 3,32 51% 2 4 725 403 29 14 100% 100% 99% 1% 1,83 1,49 0,705 0,5 0,0% 0,0%

CM de Armamar AA+AR 4.922 2,08 3,58 47% 1 7 1.050 967 40 29 85% 68% 77% 8% 1,78 1,72 0,705 0,6 0,1% 0,0%

CM de Freixo de Espada à Cinta AA+AR 3.142 0,65 3,54 77% 1 ND 63.743 1.280 NR NR 100% 86% 98% 1% 27,67 1,84 0,705 0,1 1,6% 1,6%

CM de Lamego AA+AR 16.323 4,18 8,48 51% 1 4 845 1.668 19 15 95% 85% 70% 25% 1,45 2,11 0,705 0,5 0,1% 0,0%

CM de Mesão Frio AA+AR 2.383 3,10 9,63 48% 3 10 2.093 2.319 41 20 84% 50% 80% 18% 3,65 5,33 0,705 0,4 ND ND

CM de Moimenta da Beira AA+AR 7.791 1,31 4,84 70% 1 5 881 883 12 22 95% 70% 87% 8% 2,36 1,78 0,705 0,3 0,1% 0,0%

CM de Murça AA+AR 4.129 2,38 5,76 67% 1 6 1.263 1.263 38 18 100% 91% 94% 6% 2,58 3,13 0,705 0,5 0,1% 0,1%

CM de Penedono AA+AR 2.628 0,54 2,37 44% 3 9 661 600 53 26 100% 71% 93% 7% 1,43 0,95 0,265 0,2 0,0% 0,0%

CM de Peso da Régua AA+AR 9.219 0,99 3,38 42% 6 14 725 795 NR NR 97% 70% 97% ND 0,89 2,50 0,705 1,3 0,0% 15,2%

CM de Sabrosa AA+AR 4.641 0,80 3,99 63% 2 6 2.265 981 28 24 100% 100% 95% 3% 2,57 1,42 0,705 0,2 0,4% 0,0%

CM de Santa Marta de Penaguião AA+AR 4.620 1,36 6,73 67% 1 4 83 150 29 23 100% 100% 89% 11% 1,02 5,71 0,705 0,6 0,0% 0,0%

CM de São João da Pesqueira AA+AR 5.555 1,57 4,59 55% 2 7 1.324 1.514 35 18 100% 89% 89% 10% 2,32 1,81 0,705 0,3 0,4% 0,2%

CM de Sernancelhe AA+AR 4.477 2,05 5,74 49% 1 6 1.333 1.438 22 21 82% 69% 77% 5% 2,64 3,09 0,705 0,4 0,0% 0,0%

CM de Tabuaço AA+AR 4.417 0,71 2,65 65% 1 6 2.447 136 24 14 100% 90% 90% 10% 1,85 0,80 0,705 0,3 0,3% 0,5%

CM de Tarouca AA+AR 6.931 2,10 8,45 48% 2 10 1.352 1.100 21 19 99% 92% 72% 25% 3,18 3,62 0,705 0,4 2,5% 1,5%

CM de Torre de Moncorvo AA+AR 7.308 2,60 4,76 62% 2 14 730 438 17 20 36% 26% 82% 18% 2,14 2,62 0,705 0,5 0,7% 0,7%

CM de Vila Nova de Foz Coa AA+AR 6.487 0,60 4,41 49% 1 2 1.112 1.176 22 18 95% 97% 96% 4% 2,12 2,22 0,705 0,1 0,9% 1,1%

EMAR de Vila Real AA+AR 29.912 3,33 3,16 28% 2 11 1.463 1.514 29 15 94% 64% 84% 11% 1,11 1,82 0,705 1,1 0,5% 0,0%

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

65

5.1.2 Resultados obtidos para a agregação

As agregações definidas para este caso de estudo têm por base a existência de um município

âncora que é o de maior dimensão e o melhor gerido dos municípios compreendidos na CIM.

Como referido anteriormente foram tidas em consideração, nesta análise, duas alternativas

de agregação: a primeira alternativa constitui a agregação de 18 municípios (excluindo

Carrazeda) que constituem a CIM do Douro, sendo Vila Real o município âncora. A segunda

alternativa consiste na separação da atual CIM em norte e sul. A norte ficariam os municípios de

Alijó, Freixo de Espada à Cinta, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de

Penaguião, Torre de Moncorvo e Vila Real (âncora). Já a sul seriam englobados os municípios

de Armamar, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço,

Tarouca, Vila Nova de Foz Côa e Lamego (âncora).

A aplicação das curvas-objetivo definidas no Capítulo 4 permite analisar a evolução dos

gastos totais de AA e AR (€/m3) desde a situação atual, com a agregação, após a evolução para

a curva alvo e depois da adoção de medidas que conduzam à sustentabilidade dos sistemas

(curva de sustentabilidade).

Na Figura 5.4 e Tabela 5.2 está representada essa evolução para os municípios da CIM do

Douro.

Figura 5.4 - Agregação CIM do Douro

0

2

4

6

8

10

12

0 50 000 100 000 150 000 200 000 250 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

CIM Douro

Município

Agregação

Curva Alvo

Curva de Sustentabilidade

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

66

Tabela 5.2 - Resultados da agregação CIM do Douro

Gastos totais de AA+AR

EG Alojamentos Valor Atual

(€/m3) Curva Alvo

(€/m3)

Curva de Sustentabilidade

(€/m3)

CM de Alijó 8.183 3,32 4,45 4,67

CM de Armamar 4.922 3,58 5,18 5,44

CM de Freixo de Espada à Cinta 3.142 3,54 5,91 6,22

CM de Lamego 16.323 3,66 3,63 3,80

CM de Mesão Frio 2.383 9,63 6,42 6,75

CM de Moimenta da Beira 7.791 4,84 4,52 4,74

CM de Murça 4.129 5,76 5,45 5,73

CM de Penedono 2.628 2,37 6,23 6,55

CM de Peso da Régua 9.219 3,38 4,30 4,51

CM de Sabrosa 4.641 3,99 5,27 5,53

CM de Santa Marta de Penaguião 4.620 6,73 5,27 5,54

CM de São João da Pesqueira 5.555 4,59 5,00 5,24

CM de Sernancelhe 4.477 5,74 5,32 5,59

CM de Tabuaço 4.417 2,65 5,35 5,62

CM de Tarouca 6.931 8,45 4,68 4,91

CM de Torre de Moncorvo 7.308 4,76 4,61 4,83

CM de Vila Nova de Foz Coa 6.487 4,41 4,77 5,01

EMAR de Vila Real 29.912 3,16 3,04 3,18

TOTAL 133.068 4,01 1,95 2,04

Nas Figuras 5.5 e 5.6 e Tabelas 5.3 e 5.4 é apresentada essa mesma evolução mas agora

considerando a separação Douro Norte e Douro Sul, respetivamente.

Figura 5.5 - Agregação Douro Norte

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 50 000 100 000 150 000 200 000 250 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3 )

Nº de Alojamentos

Douro Norte

Município

Agregação

Curva Alvo

Curva de Sustentabilidade

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

67

Tabela 5.3 - Resultados da agregação Douro Norte

Gastos totais de AA+AR

EG Alojamentos Valor Atual

(€/m3) Curva Alvo

(€/m3)

Curva de Sustentabilidade

(€/m3)

CM de Alijó 8.183 3,32 4,69 4,67

CM de Freixo de Espada à Cinta 3.142 3,54 6,20 6,22

CM de Mesão Frio 2.383 9,63 6,71 6,75

CM de Murça 4.129 5,76 5,72 5,73

CM de Peso da Régua 9.219 3,38 4,53 4,51

CM de Sabrosa 4.641 3,99 5,53 5,53

CM de Santa Marta de Penaguião 4.620 6,73 5,54 5,54

CM de Torre de Moncorvo 7.308 4,76 4,85 4,83

EMAR de Vila Real 29.912 3,16 3,22 3,18

TOTAL 73.537 3,77 2,48 2,43

Figura 5.6 - Agregação Douro Sul

Tabela 5.4 - Resultados da agregação Douro Sul

Gastos totais de AA+AR

EG Alojamentos Valor Atual

(€/m3) Curva Alvo

(€/m3)

Curva de Sustentabilidade

(€/m3)

CM de Armamar 4.922 3,58 5,44 5,44

CM de Lamego 16.323 3,66 3,84 3,80

CM de Moimenta da Beira 7.791 4,84 4,76 4,74

CM de Penedono 2.628 2,37 6,53 6,55

CM de São João da Pesqueira 5.555 4,59 5,25 5,24

CM de Sernancelhe 4.477 5,74 5,59 5,59

CM de Tabuaço 4.417 2,65 5,61 5,62

CM de Tarouca 6.931 8,45 4,93 4,91

CM de Vila Nova de Foz Coa 6.487 4,41 5,02 5,01

TOTAL 59.531 4,40 2,64 2,59

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0 50 000 100 000 150 000 200 000 250 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A+A

R (

€/m

3)

Nº de Alojamentos

Douro Sul

Município

Agregação

Curva Alvo

Curva de Sustentabilidade

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

68

A análise dos gráficos e tabelas anteriormente apresentados permite inferir que, o processo

de agregação dos pequenos sistemas deverá ser a primeira medida a tomar, de modo a garantir

dimensão suficiente dos sistemas em baixa.

Esta junção das EG em baixa é, numa primeira fase, suficiente para assegurar uma redução

dos gastos totais de AA e AR por metro cúbico de água faturada, constatando-se reduções dos

gastos mais significativas do que se as entidades se mantivessem isoladas. Contudo esta não é

condição suficiente para se alcançar uma gestão eficiente e a sustentabilidade económica do

setor.

Admitindo que existem EG que atualmente são consideradas exemplos de referência e tendo

em conta que estas conseguiram alcançar condições de excelência então, também as restantes

EG o conseguirão (curva alvo). Por outro lado, uma gestão eficiente dos sistemas passa por um

conjunto de medidas que visa melhorar os indicadores de desempenho das EG e,

consequentemente, reduzir os gastos associados aos serviços de distribuição e drenagem. Só

adoção destas medidas permitirá alcançar uma situação sustentável dos sistemas (curva de

sustentabilidade).

5.1.3 Análise de sensibilidade

Partindo dos gastos totais obtidos após apreciação dos quatro cenários, especificados no 4º

capítulo, aplicados ao caso do Douro, avaliou-se o impacte que a variação de quatro parâmetros,

designadamente, custo com pessoal, investimentos iniciais na reabilitação da rede, taxa anual

de reabilitação e tarifa em alta, teriam sobre os gastos totais por metro cúbico de água faturada

- tarifas médias - praticados pelas agregações do Douro Norte, Douro Sul e CIM do Douro

(Tabela 5.5).

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

69

Tabela 5.5 – Resultados da análise de sensibilidade para cada alternativa de agregação

Por análise da Tabela 5.5 é possível inferir que um aumento ou redução em 10% nos custos com pessoal, no investimento inicial na rede, na taxa anual de

reabilitação ou na tarifa em alta corresponde, respetivamente, a uma variação na tarifa média de 0,05€/m3, 0,02€/m3, 0,09€/m3 e 0,12€/m3 no caso da CIM do

Douro. No que concerne ao Douro Norte a variação na tarifa média é de 0,05€/m3, 0,02€/m3, 0,08€/m3 e 0,13€/m3 para cada um dos parâmetros. Por fim, no

que diz respeito ao Douro Sul a variação na tarifa média é de 0,06€/m3, 0,02€/m3, 0,09€/m3 e 0,12€/m3 para os quatro fatores analisados.

VariaçãoDouro

Norte

Douro

Sul

CIM

DouroVariação

Douro

Norte

Douro

Sul

CIM

DouroVariação

Douro

Norte

Douro

Sul

CIM

DouroVariação

Douro

Norte

Douro

Sul

CIM

Douro

-100% 2,78 3,27 2,98 -100% 3,02 3,68 3,29 -100% 2,43 2,97 2,65 -100% 1,97 2,75 2,29

-90% 2,83 3,33 3,03 -90% 3,04 3,70 3,31 -90% 2,51 3,07 2,74 -90% 2,09 2,87 2,42

-80% 2,88 3,40 3,09 -80% 3,06 3,73 3,33 -80% 2,60 3,16 2,82 -80% 2,22 2,99 2,54

-70% 2,92 3,46 3,14 -70% 3,09 3,75 3,36 -70% 2,68 3,26 2,91 -70% 2,35 3,10 2,66

-60% 2,97 3,53 3,20 -60% 3,11 3,77 3,38 -60% 2,76 3,35 3,00 -60% 2,48 3,22 2,78

-50% 3,02 3,59 3,25 -50% 3,13 3,80 3,40 -50% 2,84 3,44 3,09 -50% 2,61 3,33 2,91

-40% 3,06 3,65 3,30 -40% 3,16 3,82 3,43 -40% 2,92 3,54 3,17 -40% 2,74 3,45 3,03

-30% 3,11 3,72 3,36 -30% 3,18 3,84 3,45 -30% 3,00 3,63 3,26 -30% 2,86 3,56 3,15

-20% 3,16 3,78 3,41 -20% 3,20 3,86 3,47 -20% 3,09 3,72 3,35 -20% 2,99 3,68 3,27

-10% 3,20 3,85 3,47 -10% 3,23 3,89 3,50 -10% 3,17 3,82 3,43 -10% 3,12 3,79 3,40

0% 3,25 3,91 3,52 0% 3,25 3,91 3,52 0% 3,25 3,91 3,52 0% 3,25 3,91 3,52

10% 3,30 3,97 3,57 10% 3,27 3,93 3,54 10% 3,33 4,00 3,61 10% 3,38 4,03 3,64

20% 3,34 4,04 3,63 20% 3,30 3,96 3,57 20% 3,41 4,10 3,69 20% 3,51 4,14 3,77

30% 3,39 4,10 3,68 30% 3,32 3,98 3,59 30% 3,49 4,19 3,78 30% 3,63 4,26 3,89

40% 3,44 4,17 3,74 40% 3,34 4,00 3,61 40% 3,58 4,28 3,87 40% 3,76 4,37 4,01

50% 3,48 4,23 3,79 50% 3,37 4,03 3,64 50% 3,66 4,38 3,95 50% 3,89 4,49 4,13

60% 3,53 4,30 3,84 60% 3,39 4,05 3,66 60% 3,74 4,47 4,04 60% 4,02 4,60 4,26

70% 3,58 4,36 3,90 70% 3,41 4,07 3,68 70% 3,82 4,57 4,13 70% 4,15 4,72 4,38

80% 3,62 4,42 3,95 80% 3,44 4,09 3,71 80% 3,90 4,66 4,22 80% 4,28 4,84 4,50

90% 3,67 4,49 4,01 90% 3,46 4,12 3,73 90% 3,99 4,75 4,30 90% 4,40 4,95 4,62

100% 3,72 4,55 4,06 100% 3,48 4,14 3,75 100% 4,07 4,85 4,39 100% 4,53 5,07 4,75

Investimento inicial na reabilitação da

redeReabilitação da redeCusto com Pessoal Traifa em alta

Tarifa média (€/m3)Tarifa média (€/m3)Tarifa média (€/m3)Tarifa média (€/m3)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

70

Nas Figuras 5.7, 5.8 e 5.9 são representados graficamente os resultados obtidos da análise

de sensibilidade, respetivamente, para a agregação da CIM do Douro, Douro Norte e Douro Sul.

Figura 5.7 - Análise de sensibilidade CIM do Douro

Figura 5.8 - Análise de sensibilidade Douro Norte

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

-100% -80% -60% -40% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Gas

tos

de

AA

+AR

(€

/m3 )

Variação (%)

CIM do Douro

Custo com Pessoal

Investimento inicial parareabilitação da rede

Reabilitação da rede

Tarifa em alta

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

-100%-80% -60% -40% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Gas

tos

de

AA

+AR

(€

/m3 )

Variação (%)

Douro Norte

Custo com Pessoal

Investimento inicial parareabilitação da rede

Reabilitação da rede

Tarifa em alta

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

71

Figura 5.9 - Análise de sensibilidade Duro Sul

A análise das Figuras 5.7, 5.8 e 5.9 permite concluir que dos quatro parâmetros estudados o

que apresenta maior impacte sobre a variação das tarifas médias é a tarifa em alta praticada,

seguida pela taxa anual de reabilitação, pelo custo com pessoal e, por fim, pelo investimento

inicial na reabilitação da rede.

Apesar de se ter partido de valores de gastos totais, após a aplicação dos quatro cenários

considerados na curva de sustentabilidade, os resultados alcançados nesta análise de

sensibilidade, para uma variação de 0%, e os conseguidos com a curva de sustentabilidade para

as agregações apresentadas no subcapítulo 5.1.2 são diferentes.

Tal situação advém do facto dos valores obtidos pela curva de sustentabilidade terem em

consideração o número de alojamentos aplicados a uma curva tendencial obtida a partir de EG

admitidas como referência, enquanto para efeitos de análise de sensibilidade os valores de

tarifas médias resultaram do rácio da soma dos gastos totais AA e AR pela soma das águas

faturadas de AA e AR.

Importa ainda referir que, no parâmetro de custos com pessoal, previamente analisado

(Tabela 5.5), foram considerados valores de vencimentos médios mensais anómalos, ou seja,

valores inferiores a 500€/mês ou superiores a 2000€/mês. Estes valores foram adotados devido

ao facto de nos dados disponibilizados pela ERSAR para os anos de 2012 a 2014 não se ter

verificado em nenhum destes anos valores coerentes e realistas. Assim, posteriormente,

procedeu-se à avaliação deste mesmo parâmetro, mas sem ter em consideração as EG que

apresentassem dados anómalos.

Foram, então, removidas desta análise as seguintes EG (Tabela 5.6)

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

5,50

-100%-80% -60% -40% -20% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Gas

tos

de

AA

+AR

(€

/m3 )

Variação (%)

Douro Sul

Custo com Pessoal

Investimento inicial parareabilitação da rede

Reabilitação da rede

Tarifa em alta

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

72

Tabela 5.6 – EG com vencimentos médios mensais anómalos

EG

Vencimento

médio

mensal por

trabalhador

AA 2012

Vencimento

médio

mensal por

trabalhador

AR 2012

Vencimento

médio

mensal por

trabalhador

AA 2013

Vencimento

médio

mensal por

trabalhador

AR 2013

Vencimento

médio

mensal por

trabalhador

AA 2014

Vencimento

médio

mensal por

trabalhador

AR 2014

CM de Alijó 454 € 277 € 559 € 724 € 725 € 403 €

CM de Sabrosa 2 497 € 548 € 2 497 € 548 € 2 265 € 981 €

St. Marta de

Penaguião 28 667 € - € 75 € 130 € 75 € 130 €

CM de Tabuaço 1 696 € - € 2 738 € 137 € 2 447 € 136 €

A variação obtida nas tarifas médias pela análise de sensibilidade, mas agora não

considerando as EG cujos dados referentes a vencimentos médios mensais fossem anómalos,

é apresentada na Tabela 5.7.

Tabela 5.7 – Tarifas médias com a variação do custo com pessoal após remoção das EG que revelam

ordenados médios mensais anómalos

Com a remoção de EG com dados anómalos no que se refere a custos com pessoal (Tabela

5.7), verifica-se que o aumento ou redução em 10% deste parâmetro provoca uma variação da

tarifa média em 0,05€/m3, 0,05€/m3 e 0,06€/m3, respetivamente, para CIM do Douro, Douro Norte

e Douro Sul. Estes valores são praticamente iguais aos verificados para a situação que inclui

todas as EG (Tabela 5.5) - diferenças apenas constatadas na 3ª e 4ª casa decimal. Tal facto

deve-se ao reduzido peso que o custo com pessoal das EG removidas revelam sobre os gastos

VariaçãoDouro

NorteDouro Sul CIM Douro

-100% 2,63 3,46 3,00

-90% 2,68 3,52 3,06

-80% 2,73 3,58 3,11

-70% 2,77 3,64 3,17

-60% 2,82 3,70 3,22

-50% 2,87 3,76 3,27

-40% 2,91 3,83 3,33

-30% 2,96 3,89 3,38

-20% 3,00 3,95 3,43

-10% 3,05 4,01 3,49

0% 3,10 4,07 3,54

10% 3,14 4,14 3,59

20% 3,19 4,20 3,65

30% 3,24 4,26 3,70

40% 3,28 4,32 3,76

50% 3,33 4,38 3,81

60% 3,38 4,45 3,86

70% 3,42 4,51 3,92

80% 3,47 4,57 3,97

90% 3,52 4,63 4,02

100% 3,56 4,69 4,08

Custo com pessoal (após remoção das EG com

dados anómalos)

Tarifa média (€/m3)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

73

totais reportados por estas mesmas entidades que, consequentemente, resulta em alterações

pouco significativas nas somas dos gastos totais.

Uma outra situação a ter em linha de conta é a existência de EG que apresentam um valor

nulo na tarifa em alta para o sistema AR. Estas EG revelam sempre os mesmos gastos totais

independentemente da variação percentual considerada nos valores de tarifa em alta. Assim,

também se repetiu a análise de sensibilidade para este parâmetro não considerando as duas EG

com valores de 0€/m3 nas tarifas em alta para AR – CM de Penedono e CM de Vila Nova de Foz

Côa (Tabela 5.8).

Tabela 5.8 – Tarifas médias com a variação da tarifa em alta após remoção das EG que revelam valores

de 0€/m3 para este parâmetro

Como as EG removidas pertenciam à agregação do Douro Sul e CIM do Douro é nestas duas

agregações que se constatam alterações mais significativas. O aumento ou redução em 10% da

tarifa em alta praticada provoca uma variação de 0,13€/m3 em todos os casos. Estes valores são

superiores aos verificados quando consideradas todas as EG (Tabela 5.5).

VariaçãoDouro

NorteDouro Sul CIM Douro

-100% 1,97 2,63 2,21

-90% 2,09 2,76 2,34

-80% 2,22 2,89 2,47

-70% 2,35 3,02 2,59

-60% 2,48 3,15 2,72

-50% 2,61 3,27 2,85

-40% 2,74 3,40 2,98

-30% 2,86 3,53 3,11

-20% 2,99 3,66 3,24

-10% 3,12 3,79 3,36

0% 3,25 3,92 3,49

10% 3,38 4,04 3,62

20% 3,51 4,17 3,75

30% 3,63 4,30 3,88

40% 3,76 4,43 4,01

50% 3,89 4,56 4,13

60% 4,02 4,69 4,26

70% 4,15 4,81 4,39

80% 4,28 4,94 4,52

90% 4,40 5,07 4,65

100% 4,53 5,20 4,78

Traifa em alta (após remoção das EG com

valores de 0€/m3 de tarifa em alta)

Tarifa média (€/m3)

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

75

6 CONCLUSÃO

O setor de água encontra-se, presentemente, perante uma crucial necessidade de adoção

de uma estratégia e de medidas proactivas que combatam a insustentabilidade verificada nos

sistemas de distribuição e drenagem de águas.

A sustentabilidade económica dos serviços públicos de água é o resultado de um pacote de

financiamento denominado TTT – tarifas, transferências (subsídios) e taxas (OCDE, 2009).

Destes três contributos o que apresenta maior importância é, sem dúvida, as tarifas. Para que

as EG possam ser consideradas sustentáveis estas devem ter a capacidade de recuperar

integralmente os seus custos, que em grande parte resulta da aplicação de uma tarifa adequada,

ainda que socialmente viável.

Com a realização desta dissertação foi possível concluir que, segundo dados atuais

publicados pela ERSAR, as tarifas praticadas por muitas das EG nacionais são deficitárias,

chegando mesmo a não cobrir os custos com a aquisição da água em alta, o que leva à

subsidiação dos serviços por parte dos municípios.

Constatou-se que, existem cerca de 200 EG de reduzida dimensão que, de uma forma geral,

no que diz respeito a custos não apresentam contabilidade analítica, o que leva a que os dados

reportados à ERSAR sejam estimados e, por vezes, incoerentes e irreais. Para além disso,

verifica-se que, muitas destas EG apresentam indicadores de desempenho insatisfatórios,

designadamente, elevadas perdas de água, reduzida ou inexistente reabilitação da rede, que

conduz ao seu envelhecimento e número inadequado de trabalhadores.

Esta ausência de capacidade de gestão e a baixa eficiência dos sistemas tendem, na

generalidade, a ser mais visíveis em EG sob gestão direta e com reduzidas dimensões. Por outro

lado, as EG cujo modelo de gestão é concessão ou delegação reportam melhores dados relativos

a estes indicadores e a custos e com maior fiabilidade.

Não obstante foi possível constatar que existem EG de maior dimensão que praticam tarifas

que já garantem a recuperação integral de custos, além de apresentarem melhor qualidade de

serviço, com indicadores de desempenho satisfatórios.

Sendo a reduzida dimensão das EG em baixa uma problemática que desde do passado tem

desencadeado esforços na busca de uma solução e sabendo que existem, atualmente, EG de

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

76

maiores dimensões que são eficientes e sustentáveis, foi apresentada uma solução de

agregação, que visa criar economias de escala e de gama.

Assim, esta dissertação possibilitou ainda a definição de curvas-objetivo de gastos de AA e

AR com base em EG de referência a nível nacional, denominadas curva alvo e curva de

sustentabilidade. A aplicação destas duas curvas a um caso prático de agregação (CIM do

Douro), consoante as suas alternativas de agregação, permitiu inferir que a simples junção das

EG, ou seja, o aumento de dimensão dos sistemas, possibilita desde logo a redução dos gastos

que as entidades reportam. No entanto, este fator, não será suficiente para tornar estas entidades

sustentáveis e neste âmbito foram estudadas a influência de quatro cenários – alteração da tarifa

em alta, redução de ANF para 20%, aumento da reabilitação para 2% ao ano e otimização dos

custos com pessoal – de forma a se alcançarem valores de gastos sustentáveis de acordo com

a dimensão das EG.

A análise de sensibilidade realizada às diferentes possibilidades de agregação para o caso

do Douro permitiu inferir que a tarifa em alta é o parâmetro, dos quatro analisados, que apresenta

maior impacte na variação das tarifas médias, enquanto o investimento inicial na reabilitação da

rede é o que revela menor impacte.

Desta forma, conclui-se que atuar sobre a presente situação é imperativo e, tendo em

consideração que existem EG nacionais assumidas como exemplos de referência é evidenciado

que as restantes EG também poderão melhorar os seus níveis de eficiência. Contudo, deve ter-

se sempre em mente, que mesmo as EG de referência poderão sempre evoluir para uma

situação “ótima”.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

77

7 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS

FUTUROS

Após a realização deste estudo algumas recomendações para trabalhos futuros devem ser

elaboradas, nomeadamente:

A aquisição de dados mais rigorosos e fiáveis, principalmente, no que se refere a

gastos e custos reportados pelas EG, de modo a retirarem-se ilações mais precisas;

A definição de uma curva-objetivo de gastos de acordo com a dispersão

populacional, quantificada por metros de rede por cliente servido, e outra por gama

de alojamentos efetivos, de modo a obter-se uma maior aproximação à situação real

para cada caso;

Após definidas e selecionadas as agregações entre as EG que carecem de

agregação ou pretendem agregar-se, desenvolver estudos mais aprofundados

sobre a forma como se poderá alcançar uma situação de sustentabilidade

económico-financeira e a eficiência dos sistemas para cada agregação

estabelecida.

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Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

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Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Page 116: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais

84

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http://www.vewin.nl/SiteCollectionDocuments/Publicaties/Vewin_refelections_on_performance_

2012.pdf

[Acedido em 18 maio 2016]

Page 117: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

85

9 ANEXOS

Page 118: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

86

Anexo A – Identificação de dados aparentemente anómalos

Figura A.1 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada

A análise da Figura A.1 permite constatar que as EG de menor dimensão são as que

apresentam maior discrepância nos valores divulgados para gastos por metro cúbico de água

faturada, sendo reportados muitos valores inferiores a 1€ e alguns superiores a 10€. À medida

que a dimensão da EG aumenta, a dispersão dos valores diminui e o valor dos gastos totais

tende para cerca de 2€/m3.

Figura A.2 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada por modelo de gestão

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0 50000 100000 150000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0 50000 100000 150000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

Page 119: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

87

Da análise da Figura A.2, é evidente que é nas EG com gestão direta que a variação dos

gastos é maior.

Figura A.3 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada por grau de fiabilidade dos dados

A Figura A.3 mostra claramente que a fiabilidade dos dados é maior nas EG de maior

dimensão.

Figura A.4 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF

No que diz respeito aos gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da

percentagem de ANF (Figura A.4), é de salientar a grande dispersão dos dados.

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0 50000 100000 150000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

% ANF

Todas as EGs (AA+AR)

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88

Figura A.5 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por

modelo de gestão

Quando se avalia os gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da

percentagem de ANF por modelo de gestão (Figura A.5), observa-se claramente uma maior

dispersão de dados nas EG sob gestão direta. Para além disso, constata-se que as percentagens

mais baixas ANF ocorrem nos modelos de concessão e de delegação.

Figura A.6 - Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por grau

de fiabilidade dos dados

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3)

% ANF

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

% ANF

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

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89

Ao analisar-se a fiabilidade dos dados (Figura A.6), é facilmente percetível que há uma

maioria de dados com fiabilidade inferior a *** e que a fiabilidade é menor nos casos em que a

percentagem de ANF é mais elevada.

Figura A.7 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG

Quando se analisa a percentagem de ANF em função da dimensão das EG (Figura A.7),

ressalta que para as de menores dimensão a dispersão é muito maior e de mais difícil

interpretação.

Figura A.8 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por modelo de gestão

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0 50000 100000 150000 200000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0 50000 100000 150000 200000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

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90

A Figura A.8 evidencia que as percentagens de ANF são mais elevadas nas EG cujo modelo

de gestão é a gestão direta, onde também se verifica uma maior disparidade de valores.

Figura A.9 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados

Os dados classificados pela ERSAR como mais fiáveis ocorrem nas EG de maior dimensão

(Figura A.9), nas EG de menor dimensão predominam dados menos fiáveis.

Figura A.10 – Percentagem de ANF em função do comprimento de conduta por cliente servido

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0 50000 100000 150000 200000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Todas as EGs (AA+AR)

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91

Ao analisar-se a percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente (Figura

A.10), seria de esperar que houvesse uma relação inversa mas, de facto, tal não sucede, os

valores não aparentam estar correlacionados.

Figura A.11 – Percentagem de ANF em função dos metros de conduta por cliente servido por modelo de

gestão

Por observação da Figura A.11, conclui-se que a dispersão ocorre sobretudo nas EG sob

gestão direta.

Figura A.12 – Percentagem de ANF em função dos metros de conduta por cliente servido por grau de

fiabilidade dos dados

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

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92

A partir da Figura A.12 é possível inferir que EG com menores comprimentos de rede por

cliente apresentam dados quanto às percentagens de ANF mais fiáveis (***).

Figura A.13 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

Ao avaliar a Figura A.13, é possível concluir que se observa uma significativa variação das

percentagens correspondente a materiais vendidos e consumidos, em entidades de menores

dimensões.

Figura A.14 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

Quando se analisa, por modelo de gestão (Figura A.14) a gestão direta é a que revela maior

discrepância de valores.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

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93

Figura A.15 – Percentagem de CMVMC em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos

dados

Após análise da Figura A.15, salienta-se que EG com menor número de alojamentos

apresentam dados de menor fiabilidade (* ou **).

Figura A.16 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

No que diz respeito à Figura A.16, é, desde logo percetível que as entidades de menor

dimensão revelam dados aparentemente mais anómalos, visto observar-se uma elevada

variação dos valores relativos a FSE para uma mesma gama de alojamentos.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000 200000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

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94

Figura A.17 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de

gestão

Por observação da Figura A.17 é possível concluir que é nas EG de sistema de gestão direta

que se verifica uma maior discrepância de valores, relativamente, a Fornecimentos e Serviços

Externos.

Figura A.18 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de

fiabilidade dos dados

Com base na Figura A.18 verifica-se que são as EG de menores dimensões que apresentam

menor fiabilidade, no que diz respeito, a gastos com Fornecimentos e Serviços Externos.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

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95

Figura A.19 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função do número de

alojamentos

Pela Figura A.19 é possível constatar que os custos com pessoal tende a ser bastante

diferente mesmo quando se analisa EG com a mesma dimensão.

Figura A.20 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

por modelo de gestão

Quando se analisa a Figura A.20, facilmente se conclui que as EG cujo modelo é a gestão

direta são as que apresentam maior variação dos valores, bem como, as percentagens mais

elevadas.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000 200000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

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96

Figura A.21 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

por grau de fiabilidade dos dados

No que diz respeito à fiabilidade dos dados (Figura A.21) é de referir que são as entidades

com menor número de alojamentos que apresentam dados de mais baixa fiabilidade (* ou **).

Muitos destes dados dizem respeito a EG cujo modelo de gestão é a gestão direta.

Figura A.22 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

Relativamente às percentagens de amortização (Figura A.22) é de destacar o facto de nas

entidades de menor número de alojamentos este parâmetro atingir valores próximos dos 80%,

assim como, inferiores a 10%. Para EG de maior dimensão as amortizações apresentam valores

mais concisos, rondando os 10% e 20% sobre os gastos totais.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 160000 180000 200000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

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97

Figura A.23 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

Quando se analisa a Figura A.23 conclui-se que as EG sob gestão direta são as que revelam

maior dispersão de valores, relativamente, às percentagens de amortização.

Figura A.24 – Percentagem de amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

grau de fiabilidade dos dados

No que diz respeito, à fiabilidade dos dados (Figura A.24) as EG de menor dimensão e de

modelo de gestão direta são as que apresentam dados de menor fiabilidade.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

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(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA+AR)

***

**

*

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98

Figura A.25 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores

Pela Figura A.25, constata-se uma relação de proporcionalidade direta entre os custos com

pessoal e o número médio de trabalhadores. É ainda possível verificar, em determinadas

situações, nomeadamente, para um número de trabalhadores inferior a 50, que os custos

praticados pelas EG variam significativamente entre si, para uma mesma gama de número de

funcionários.

Figura A.26 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão

Na Figura A.26 conclui-se que as EG delegadas, na sua maioria apresentam um reduzido

número médio de trabalhadores (inferior a 100). Observa-se ainda que é na gestão direta que se

registam maiores disparidades com os custos de pessoal para um mesmo número de

funcionários.

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

7000000

0 50 100 150 200 250 300 350

Cu

sto

co

m P

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(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA)

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

7000000

0 50 100 150 200 250 300 350

Cu

sto

co

m P

ess

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(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA)

Gestão Direta

Concessão

Delegação

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99

Figura A.27 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade

dos dados

Relativamente à fiabilidade dos dados (Figura A.27) verifica-se que as EG que apresentam

menor número de trabalhadores exibem dados de baixa fiabilidade (* ou **). Já as entidades com

mais de 100 trabalhadores, EG de maior dimensão, a fiabilidade dos dados é superior (***).

Figura A.28 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores

Novamente se constata pela Figura A.28 que existe uma relação linear entre os custos com

pessoal e o número médio de trabalhadores. Verifica-se também que as entidades com menor

número de trabalhadores apresentam maiores discrepâncias neste parâmetro.

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

7000000

0 50 100 150 200 250 300 350

Cu

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co

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Todas as EGs (AA)

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0 50 100 150 200 250 300

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR)

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100

Figura A.29 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão

Mais uma vez se verifica que EG delegadas revelam ter menor número médio de

trabalhadores. As EG de modelo de gestão direta são as que apresentam maior variação nos

custos para um igual número de trabalhadores (Figura A.29).

Figura A.30 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade

dos dados

A Figura A.30 revela que a fiabilidade dos dados de EG com menor número de trabalhadores

é inferior, comparativamente, a EG com maior número de trabalhadores.

0

500000

1000000

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR)

Gestão Direta

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR)

***

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*

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101

Figura A.31 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores

Figura A.32 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores

Após a análise dos ordenados médios mensais (Figura A.31 e A.32) verifica-se um elevado

número de EG com vencimentos excessivamente elevados, isto é superiores a 2000€/mês,

assim como, demasiado reduzidos, inferiores a 500€. Estes dados, sem dúvida, são

considerados anómalos.

0

50000

100000

150000

200000

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0 50 100 150 200 250 300 350

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA)

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA) - Ampliação

Page 134: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

102

Figura A.33 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por modelo de

gestão

Figura A.34 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por modelo de gestão

Analisando as Figuras A.33 e A.34 constata-se que são as EG com sistema de gestão direta

que apresentam, na sua maioria, valores anómalos. É também percetível para concessões e

delegações, essencialmente, em EG com menor número de trabalhadores, dados anómalos.

0

50000

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0 50 100 150 200 250 300 350

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA)

Gestão Direta

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA) - Ampliação

Gestão Direta

Concessão

Delegação

Page 135: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

103

Figura A.35 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau de

fiabilidade dos dados

Figura A.36 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados

O grau de fiabilidade dos dados, relativamente aos salários médios mensais (Figuras A.35 e

A.36) tende a aumentar à medida que as EG revelam um maior número de trabalhadores.

0

50000

100000

150000

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA)

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA) - Ampliação

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104

Figura A.37 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores

Figura A.38 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores

Por observação das Figuras A.37 e A.38 verifica-se que as EG com menor número de

trabalhadores revelam uma elevada disparidade de valores relativos aos vencimentos,

constatando-se, de facto, valores superiores a 2000€ e inferiores a 500€.

0

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR) - Ampliação

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105

Figura A.39 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por modelo de

gestão

Figura A.40 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por modelo de gestão

Ao analisar as Figuras A.39 e A.40 verifica-se que, o modelo de gestão direta é o que

apresenta um número superior de anomalias nos dados exibidos. No entanto, também é possível

constatar, valores anómalos nos dados referentes a algumas concessões e delegações.

0

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Todas as EGs (AR)

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR) - Ampliação

Gestão Direta

Concessão

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Page 138: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

106

Figura A.41 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores por grau de

fiabilidade dos dados

Figura A.42 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados

No que diz respeito à fiabilidade dos dados referentes aos vencimentos mensais (Figuras

A.41 e A.42) observa-se que, grande parte, dos dados fornecidos pelas EG apresentam

fiabilidade reduzida, sobretudo nas EG com menor número de trabalhadores.

0

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Todas as EGs (AR) - Ampliação

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107

Figura A.43 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

A Figura A.43 demonstra que, as EG de menor dimensão revelam grandes variações no

número de trabalhadores por 1000 ligações (menos de 1 a 6 trabalhadores). Sendo o valor de

referência definido pela ERSAR de 2 a 3 trabalhadores por 1000 ligações, facilmente, se conclui

que, a maioria das EG excede ou apresenta valores inferiores aos de referência.

Figura A.44 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

por modelo de gestão

A Figura A.44 permite inferir que, a maior variação do número de trabalhadores por 1000

ligações verifica-se em entidades de gestão direta. Importa também referir que, tanto as EG de

0

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Nº de Alojamentos Efetivos

Todas as EGs (AA)

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108

gestão direta como as concessionadas referem um número de trabalhadores por 1000 ligações

inferior à unidade.

Figura A.45 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

por grau de fiabilidade dos dados

Relativamente à Figura A.45, constata-se que as EG de menores dimensões apresentam,

maior disparidade do número de trabalhadores por 1000 ligações, revelando também um grau

de fiabilidade reduzido (* ou **).

Figura A.46 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

0

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Todas as EGs (AR)

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109

Figura A.47 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número

de alojamentos efetivos

Após análise das Figuras A.46 e A.47 é possível concluir que, um elevado número de

entidades apresentam valores de trabalhadores inferiores à unidade, principalmente, nos casos

de entidades com reduzido número de alojamentos efetivos.

Figura A.48 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

por modelo de gestão

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Nº de Alojamentos Efetivos

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110

Figura A.49 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número

de alojamentos efetivos por modelo de gestão

Nas Figuras A.48 e A.49 verifica-se que a maioria das EG com modelo de gestão direta

apresenta um número de trabalhadores por 1000 ligações muito disperso.

Figura A.50 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

por grau de fiabilidade dos dados

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Nº de Alojamentos Efetivos

Todas as EGs (AR) - Ampliação

Gestão Direta

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111

Figura A.51 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número

de alojamentos efetivos por grau de fiabilidade dos dados

A partir das Figuras A.50 e A.51 constata-se que, na generalidade, as EG com reduzido

número de alojamentos efetivos apresentam dados com baixa fiabilidade. É ainda observável

algumas entidades com mais de 10 trabalhadores por 1000 ligações, com fiabilidade de ***.

Figura A.52 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores

Através da Figura A.52 observa-se que, as EG com menor número de trabalhadores

apresentam grandes disparidades nos valores de custos de exploração. À medida que o número

de trabalhadores aumenta o custo de exploração tende para o valor de 1€/m3.

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AA)

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112

Figura A.53 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores por modelo de gestão

Pela Figura A.53, constata-se que as EG sob gestão direta apresentam maior discrepância

nos valores relativos aos custos de exploração, sendo reportados valores inferiores a 1€/m3 e

alguns próximos dos 3,5€/m3. No caso das EG concessionadas ou delegadas as disparidades

são menores, variando entre 0,5€/m3 e 2€/m3 ou 0,5€/m3 e 2,5€/m3, respetivamente.

Figura A.54 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados

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Page 145: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

113

Relativamente à fiabilidade dos dados, no que diz respeito aos custos de exploração (Figura

A.54) verifica-se que a maioria apresenta fiabilidade de **, especialmente, nas entidades com

menor número de trabalhadores. Para EG com número de trabalhadores superior a 100 a

fiabilidade dos dados é máxima.

Figura A.55 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores

Figura A.56 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em

função do número médio de trabalhadores

As Figuras A.55 e A.56 demonstram que, as EG com menor número de trabalhadores

apresentam maior número de valores anómalos (excessivamente reduzidos), bem como maior

discrepância de valores, relativamente, a custos de exploração por metro cúbico de água

faturada.

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1,00

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR) - Ampliação

Page 146: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

114

Figura A.57 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores por modelo de gestão

Figura A.58 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em

função do número médio de trabalhadores por modelo de gestão

A partir das Figuras A.57 e A.58, conclui-se que são as EG sob gestão direta que exibem

valores de custos de exploração por metro cúbico de água faturada mais díspares para uma

mesma gama de número de trabalhadores.

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Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR) - Ampliação

Gestão Direta

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Page 147: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

115

Figura A.59 – Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados

Figura A.60 – Ampliação do Figura dos Custo de Exploração por metro cúbico de água faturada em

função do número médio de trabalhadores por grau de fiabilidade dos dados

Por observação das Figuras A.59 e A.60 constata-se um aumento do grau de fiabilidade dos

dados relativos a custos de exploração na medida em que aumenta o número médio de

trabalhadores.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

0 50 100 150 200 250 300

Cu

sto

s d

e E

xplo

raçã

o d

e A

F (€

/m3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR)

***

**

*

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0 50 100 150 200 250 300

Cu

sto

s d

e E

xplo

raçã

o d

e A

F (€

/m3)

Nº Médio de Trabalhadores

Todas as EGs (AR) - Ampliação

***

**

*

Page 148: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

116

Figura A.61 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

concessionadas

O Figura A.61 demonstra que as EG de menor dimensão apresentam valores muito díspares,

porém não se verificam gastos inferiores a 2€/m3. Além disso, observa-se uma tendência para

os gastos totais por metro cúbico de água faturada diminuírem à medida que aumenta a

dimensão da EG.

Figura A.62 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

concessionadas grau de fiabilidade dos dados

Relativamente à fiabilidade dos dados referentes aos gastos totais para EG concessionadas

(Figura A.62) é de destacar que não existem dados com classificação de *, sendo que a maioria

dos dados apresentam classificação de ***.

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0,0 20000,0 40000,0 60000,0 80000,0 100000,0 120000,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 149: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

117

Figura A.63 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para

as EG concessionadas

Quando se estuda a variação dos gastos totais por metro cúbico de água faturada em função

da percentagem de ANF (Figura A.63) constata-se que estes dois parâmetros não apresentam

nenhuma relação entre si. No entanto, é de salientar o facto de grande número de EG

apresentarem percentagens de ANF entre os 10% e os 30%.

Figura A.64 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para

as EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

O Figura A.64 permite concluir que, na generalidade, os dados referentes às percentagens

de ANF apresentam elevada fiabilidade (***). Importa também referir que, neste modelo de

gestão não se verificam dados com fiabilidade inferior a **.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

% ANF

Concessão (AA+AR)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

% ANF

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 150: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

118

Figura A.65 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG concessionadas

Pelo Figura A.65 é possível inferir que, de uma forma geral, a percentagem de ANF diminui

com o aumento do número de alojamentos. Contudo, é também constatado que existem, ainda

que, em menor número, EG com reduzido número de alojamentos com percentagens de ANF

baixas, inferiores a 20%.

Figura A.66 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG concessionadas por grau de

fiabilidade dos dados

Quando se avalia a fiabilidade dos dados referentes às percentagens de ANF, para EG

concessionadas (Figura A.66) conclui-se que praticamente a totalidade dos dados apresentam

fiabilidade máxima, com a exceção de apenas um único caso, que apresenta fiabilidade de **.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0,0 20000,0 40000,0 60000,0 80000,0 100000,0 120000,0

% A

NF

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 151: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

119

Figura A.67 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para as EG

concessionadas

Relativamente à variação da percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente

para EG concessionadas (Figura A.67) observa-se que, ao contrário do que se esperaria estes

dois parâmetros não estabelecem nenhuma correlação entre si. Constata-se, ainda que, estas

entidades tendem a apresentar menores comprimentos de rede quando comparadas com EG

cujo modelo de gestão é a gestão direta.

Figura A.68 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Pelo Figura A.68 verifica-se que, a maioria das entidades revelam uma classificação de

fiabilidade de ***.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0 20 40 60 80 100

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Concessão (AA+AR)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 152: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

120

Figura A.69 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas

No que diz respeito à percentagem de CMVMC (Figura A.69) a disparidade de valores, para

as EG concessionadas de menor dimensão, é acentuada. No entanto, as percentagens tendem

a ser inferiores às das EG de gestão direta e semelhantes às das entidades delegadas.

Figura A.70 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Ao analisar a fiabilidade dos dados referentes às percentagens de CMVMC (Figura A.70)

conclui-se que as EG apresentam, na sua generalidade, dados com classificação de ***. Além

disso, verifica-se que os dados de menor grau de fiabilidade correspondem a EG de menor

dimensão.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 153: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

121

Figura A.71 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas

Relativamente às percentagens de FSE o Figura A.71 demonstra uma significativa

disparidade de valores para entidades de menores dimensões.

Figura A.72 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Quanto à classificação atribuída pela ERSAR à fiabilidade dos dados referentes às

percentagens FSE (Figura A.72), verifica-se que o aumento da dimensão da EG conduz também

a um aumento da fiabilidade dos dados.

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

55,0%

60,0%

65,0%

70,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 154: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

122

Figura A.73 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas

Pelo Figura A.73 constata-se que o rácio do custo com pessoal sobre os gastos totais

apresenta maior discrepância de valores para EG de menor dimensão, mas que, com o aumento

da dimensão das EG a dispersão dos valores tem tendência a diminuir.

Figura A.74 – Percentagem de Custo com pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

A partir do Figura A.74 é possível concluir que apenas existem dados com fiabilidade de

** e ***, bem como, que os valores referentes a entidades de menores dimensões são os que

apresentam um grau de fiabilidade inferior.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

0,0 20000,0 40000,0 60000,0 80000,0 100000,0 120000,0

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 155: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

123

Figura A.75 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas

Ao analisar o Figura A.75 constata-se que as EG concessionadas apresentam

percentagens menores de amortização do que as entidades dos restantes modelos de gestão,

observando-se, no entanto, uma grande discrepância de valores para EG de menores

dimensões.

Figura A.76 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Ao avaliar o grau de fiabilidade dos dados referentes às percentagens de amortização (Figura

A.76) é de salientar, o facto de só se observarem valores com classificação de ** e ***, sendo

que os dados menos fiáveis tendem a concentrar-se nas entidades de menor dimensão.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Concessão (AA+AR)

***

**

Page 156: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

124

Figura A.77 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas

O Figura A.77 permite concluir que os custos com pessoal apresentam uma relação linear

com o número médio de trabalhadores.

Figura A.78 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG concessionadas

por grau de fiabilidade dos dados

No que diz respeito, à fiabilidade dos dados referentes aos custos com pessoal (Figura A.78)

constata-se que os dados com classificação de ** tendem a concentrar-se nas entidades de

menor número de trabalhadores. Para além disso, só se observam classificações de ** e ***.

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AA)

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AA)

***

**

Page 157: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

125

Figura A.79 – Custo com pessoal em função número médio de trabalhadores para EG concessionadas

O Figura A.79 permite estabelecer uma relação de proporcionalidade direta entre os custos

com pessoal e o número médio de trabalhadores. Contudo, é de sublinhar a disparidade dos

valores quanto aos custos com pessoal para um número idêntico de trabalhadores.

Figura A.80 – Custo com pessoal em função número médio de trabalhadores para EG concessionadas

por grau de fiabilidade dos dados

No que diz respeito à classificação do grau de fiabilidade dos dados (Figura A.80) constata-

se que os dados com fiabilidade de ** correspondem a EG com menor número de trabalhadores,

bem como, o facto dos dados divulgados só apresentarem classificações de ** e ***.

0

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AR)

0

200000

400000

600000

800000

1000000

1200000

1400000

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AR)

***

**

Page 158: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

126

Figura A.81 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

concessionadas

Pelo Figura A.81 é possível inferir que os vencimentos médios rondam os 1000€ e os 2000€,

salvo raras exceções, em que se observam valores anómalos, isto é, inferiores a 500€ e

superiores a 2000€.

Figura A.82 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Após a análise do Figura A.82 é de destacar que vencimentos excessivamente elevados

apresentam fiabilidade de **. No entanto, também são observados valores inferiores a 500€ com

classificação de ***, sendo evidente que estes dados são anómalos.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AA)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AA)

***

**

Page 159: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

127

Figura A.83 – Ordenado médio mensal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas

Pelo Figura A.83 é possível afirmar que, a maioria das EG apresentam vencimentos entre os

1000€ e os 2000€. Não obstante, são também percetíveis entidades com ordenados médios

superiores a 2000€ ou inferiores a 500€ (dados anómalos), mas estes casos são raras exceções.

Figura A.84 – Ordenado médio mensal em função número médio de trabalhadores para EG

concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Após análise do Figura A.84 conclui-se que, na generalidade, os dados referentes aos

ordenados médios mensais apresentam fiabilidade de ***. Importa, no entanto, referir a

existência de alguns valores anómalos com um grau de fiabilidade elevado.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

5500

6000

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AR)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

5500

6000

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AR)

***

**

Page 160: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

128

Figura A.85 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG concessionadas

No Figura A.85 demonstra que o número de trabalhadores por 1000 ligações para EG

concessionadas tende a variar entre 1 e 3, salvo raras exceções.

Figura A.86 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Da análise do Figura A.86 constata-se que as classificações atribuídas são, somente, de *

ou ***. Os dados com fiabilidade de * tendem a se destacar nas EG de menor dimensão e

referem-se a um número de trabalhadores por 1000 alojamentos inferior a 1 ou próximo da

unidade.

0

1

2

3

4

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Concessão (AA)

0

1

2

3

4

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Concessão (AA)

***

*

Page 161: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

129

Figura A.87 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG concessionadas

No Figura A.87 a maioria das EG apresenta um número de trabalhadores por 1000 ligações

inferior à unidade. Este valor é constatado em todas as gamas de número de alojamentos

servidos.

Figura A.88 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

Quanto ao Figura A.88 é de destacar o facto de só existirem dados com classificação de **

ou ***. Para além disso, pode-se inferir que as EG com um número de trabalhadores por 1000

ligações inferior à unidade apresentam, na sua maioria, dados com fiabilidade de ***.

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Trab

alh

ado

res/

10

00

liga

çõe

s

Nº Alojamentos Efetivos

Concessão (AR)

0

1

2

3

4

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Trab

alh

ado

res/

10

00

Alo

jam

en

tos

Serv

ido

s

Nº Alojamentos Efetivos

Concessão (AR)

***

**

Page 162: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

130

Figura A.89 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG concessionadas

No que diz respeito ao Figura A.89 verifica-se que, os custos de exploração por metro cúbico

de água faturada variam entre 0,5€ e 2,5€ para EG com um número de trabalhadores reduzido,

tendendo para o valor de 1€ à medida que o número médio de trabalhadores aumenta.

Figura A.90 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

O Figura A.90 permite concluir que, só foram atribuídas classificações de ** e ***, sendo que

a fiabilidade de **, diz respeito a dados de EG com um reduzido número médio de trabalhadores.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

de

Exp

lora

ção

de

AF

(€/m

3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AA)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

s d

e E

xplo

raçã

o d

e A

F (€

/m3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AA)

***

**

Page 163: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

131

Figura A.91 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG concessionadas

Relativamente ao Figura A.91 observa-se que os custos de exploração para um menor

número médio de trabalhadores variam entre 0,5€/m3 e 3€/m3. Com o aumento do número de

trabalhadores estes custos tendem para o valor de 0,5€/m3.

Figura A.92 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG concessionadas por grau de fiabilidade dos dados

No Figura A.92, examinou-se a fiabilidade dos dados relativos aos custos de exploração,

concluindo-se que, praticamente a totalidade dos dados com fiabilidade de ** correspondem a

EG com baixo número de trabalhadores e com custos de exploração inferiores a 1€/m3.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Cu

sto

de

Exp

lora

ção

de

AF

(€/m

3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AR)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Cu

sto

s d

e E

xplo

raçã

o d

e A

F (€

/m3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Concessão (AR)

***

**

Page 164: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

132

Figura A.93 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG delegadas

Pelo Figura A.93 é possível afirmar que, a disparidade de valores para uma mesma gama de

número de alojamentos é significativa, não se observando uma tendência para a diminuição dos

gastos por metro cúbico de água faturada com o aumento da dimensão das EG.

Figura A.94 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG delegadas

por grau de fiabilidade dos dados

A classificação atribuída aos gastos totais relativamente à sua fiabilidade (Figura A.94) é de

** ou ***, sendo que os dados com fiabilidade de ** se reportam a entidades com menor número

de alojamentos.

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0 50000 100000 150000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0 50000 100000 150000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

***

**

Page 165: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

133

Figura A.95 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para

EG delegadas

Os gastos totais por metro cúbico de água faturada e as percentagens de ANF (Figura A.95)

não estão correlacionados. Contudo, é de salientar as percentagens de ANF relativamente

baixas referidas pelas EG delegadas, quando comparadas com as apuradas nas EG de gestão

direta.

Figura A.96 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para

EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados

O Figura A.96 avalia a fiabilidade dos dados, sendo de salientar que as EG delegadas, na

sua maioria, apresentam dados com classificação de ***.

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3)

% ANF

Delegação (AA+AR)

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3)

% ANF

Delegação (AA+AR)

***

**

Page 166: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

134

Figura A.97 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG delegadas

Através da análise do Figura A.97 consegue-se inferir que EG delegadas de menor dimensão

apresentam maior discrepância de valores, no que diz respeito às percentagens de ANF (entre

10% e 52%). Esta disparidade diminui com o aumento da dimensão da EG.

Figura A.98 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG delegadas por grau de fiabilidade

dos dados

Pelo Figura A.98, conclui-se que a fiabilidade dos dados referentes à percentagem de ANF

para EG delegadas varia entre *, ** e ***. Não obstante, a maioria dos dados apresentam

fiabilidade de ***.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0 50000 100000 150000 200000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0 50000 100000 150000 200000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

***

**

*

Page 167: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

135

Figura A.99 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG delegadas

A partir da análise do Figura A.99 facilmente se depreende que as percentagens de ANF e

os metros de rede por cliente das EG delegadas não apresentam relação entre si.

Figura A.100 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados

O Figura A.100 representa a fiabilidade dos dados referentes às percentagens de ANF para

as EG cujo modelo de gestão é a delegação. Neste observam-se dados com fiabilidade de *, **

ou ***, no entanto, grande parte revelam fiabilidade máxima (***)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Delegação (AA+AR)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Delegação (AA+AR)

***

**

*

Page 168: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

136

Figura A.101 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

delegadas

No que concerne o Figura A.101, constata-se uma grande variação da percentagem dos

custos das mercadorias vendidas e matérias compradas relativamente aos gastos totais,

independentemente do número de alojamentos.

Figura A.102 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados

Quanto ao Figura A.102 é de salientar o facto dos dados com fiabilidade reduzida se

centrarem nas EG com menor dimensão. Para além disso, as percentagens de CMVMC

superiores a 35% correspondem a classificações de **.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

55,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

55,0%

0 50000 100000 150000 200000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

***

**

Page 169: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

137

Figura A.103 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas

O Figura A.103 permite verificar que existem significativas disparidades de valores,

relativamente, às percentagens de FSE em todas as gamas de número de alojamentos.

Figura A.104 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG delegadas

por grau de fiabilidade dos dados

A análise do Figura A.104 permite inferir que só existem dados com fiabilidade de ** ou ***,

quanto às percentagens de FSE. Constata-se ainda que, os dados com classificação inferior

dizem respeito a entidades de menores dimensões.

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

55,0%

60,0%

65,0%

0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000 100000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

0 50000 100000 150000 200000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

***

**

Page 170: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

138

Figura A.105 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG delegadas

A partir do Figura A.105 é evidenciada uma grande dispersão dos valores das percentagens

de custos com pessoal independentemente da dimensão da EG, observando-se uma variação

entre 10% e 35%.

Figura A.106 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados

Quando se estuda a fiabilidade dos dados referentes às percentagens de custos com pessoal

(Figura A.106) apenas se observam dados com classificação de ** ou ***, sendo que as

classificações inferiores são constatadas para entidades de menores dimensões.

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

***

**

Page 171: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

139

Figura A.107 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

delegadas

A análise do Figura A.107 permite concluir que para EG de menor dimensão, a variação das

percentagens de amortização é acentuada (entre 1% e 30%), o que evidencia, desde logo, dados

anómalos.

Figura A.108 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados

No que concerne à fiabilidade dos dados referentes às percentagens de amortização (Figura

A.108) é de salientar o facto da maioria das entidades com fiabilidade de ** dizerem respeito a

EG de menores dimensões.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Delegação (AA+AR)

***

**

Page 172: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

140

Figura A.109 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas

O Figura A.109 retrata um aumento linear dos custos com pessoal à medida que o número

médio de trabalhadores se eleva.

Figura A.110 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas por

grau de fiabilidade dos dados

No que diz respeito à fiabilidade dos dados quanto aos custos com pessoal (Figura A.110) é

possível inferir que só se observam dados com fiabilidade de ** e ***, sendo que as classificações

inferiores são constatadas em EG com menor número de trabalhadores.

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

0 50 100 150 200 250

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AA)

0

1000000

2000000

3000000

4000000

5000000

6000000

0 50 100 150 200 250

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AA)

***

**

Page 173: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

141

Figura A.111 – Custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas

No Figura A.111 é constatada a proporcionalidade direta entre os custos com pessoal e o

número médio de trabalhadores para EG delegadas.

Figura A.112 – Custos com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas

por grau de fiabilidade dos dados

Quanto ao Figura A.112, confirma-se que entidades com menor número de trabalhadores

revelam dados com fiabilidade inferior (**). Além disso, as classificações atribuídas, neste caso,

apenas variam entre ** a ***, não existindo, portanto, dados com fiabilidade de *.

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AR)

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AR)

***

**

Page 174: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

142

Figura A.113 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas

A partir do Figura A.113, verifica-se que, na generalidade, as EG delegadas apresentam

vencimentos médios mensais de 1000€ a 2000€, contudo são também observadas algumas

exceções, de ordenados mensais superiores a 2000€. Estes últimos dados são considerados

como anómalos.

Figura A.114 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados

Por análise da fiabilidade dos dados relativos a salários médios mensais (Figura A.114) é de

destacar a existência de dados com fiabilidade de ** apenas em EG com reduzido número de

trabalhadores. Esta classificação varia entre ** a ***, não se tendo constatado dados com

fiabilidade de *.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 50 100 150 200 250

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AA)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 50 100 150 200 250

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AA)

***

**

Page 175: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

143

Figura A.115 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas

O Figura A.115 revela que, praticamente a globalidade das entidades apresentam

vencimentos entre os 1000€ e os 2000€. Também se observam salários mensais inferiores a

500€ ou superiores a 2000€, mas tal situação é verificada em menor número, sendo de salientar,

o facto destes casos se constatarem para EG de menores dimensões.

Figura A.116 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG

delegadas por grau de fiabilidade dos dados

Relativamente à fiabilidade dos dados, quanto aos ordenados médios mensais (Figura A.116)

é de referir que os dados apresentados revelam, somente, fiabilidades de ** e ***, sendo que a

classificação de ** é constatada em entidades com reduzido número de trabalhadores.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AR)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AR)

***

**

Page 176: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

144

Figura A.117 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG delegadas

Pelo Figura A.117, constata-se que, a maioria das EG delegadas alegam ter entre 1 a 4

trabalhadores por 1000 ligações.

Figura A.118 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados

O Figura A.118 demonstra que, na generalidade, os dados apresentam fiabilidade de ***. A

classificação constatada varia entre * e ***, não se observando dados com fiabilidade de **.

Importa ainda referir que, o número de trabalhadores por 1000 ligações superior a 4 revelam

fiabilidade de *.

0

1

2

3

4

5

6

0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Delegação (AA)

0

1

2

3

4

5

6

0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Delegação (AA)

***

*

Page 177: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

145

Figura A.119 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG delegadas

Ao analisar o Figura A.119 constata-se que as EG delgadas de menor dimensão revelam

maior disparidade de valores, quanto ao número de trabalhadores por 1000 ligações. Á medida

que o número de alojamentos efetivos aumenta observa-se uma tendência para cerca de 2

trabalhadores por 1000 ligações.

Figura A.120 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados

Quanto ao Figura A.120 é de salientar que os dados relativos ao número de trabalhadores

por 1000 ligações com fiabilidade de * tendem a concentrar-se nas EG de menor dimensão. É,

ainda, de se referir que, apenas, se observam dados com classificação de * e ***.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Delegação (AR)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Delegação (AR)

***

*

Page 178: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

146

Figura A.121 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG delegadas

Pelo Figura A.121 é possível afirmar que, entidades com menor número de trabalhadores

apresentam valores mais díspares relativamente aos custos de exploração. Verifica-se ainda

que, o custo de exploração por metro cúbico de água faturada máximo observado é de 2€.

Figura A.122 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG delegadas por grau de fiabilidade dos dados

Ao avaliar o Figura A.122 verifica-se que dados com fiabilidade de ** dizem respeito a

entidades com menor número de trabalhadores. Também se constata que as classificações

atribuídas variam entre ** e ***, não existindo, portanto, dados com classificação de *.

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

0 50 100 150 200 250

Cu

sto

de

Exp

lora

ção

de

AF

(€/m

3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AA)

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

0 50 100 150 200 250

Cu

sto

s d

e E

xplo

raçã

o d

e A

F (€

/m3)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AA)

***

**

Page 179: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

147

Figura A.123 – Custos de Exploração em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas

No que diz respeito ao Figura A.123 conclui-se que os valores dos custos de exploração

tendem a variar entre 0,5€/m3 e 2€/m3 independentemente do número médio de trabalhadores.

Figura A.124 – Custos de Exploração em função do número médio de trabalhadores para EG delegadas

por grau de fiabilidade dos dados

No Figura A.124 constata-se que dados com fiabilidade de ** são predominantes em EG com

reduzido número de trabalhadores. Importa, também, referir que os custos de exploração para

este modelo de gestão, somente, apresentam fiabilidade de ** e ***.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

de

Exp

lora

ção

de

AF

(€/m

3)

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AR)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

0 20 40 60 80 100 120 140 160

Cu

sto

s d

e E

xplo

raçã

o d

e A

F (€

/m3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Delegação (AR)

***

**

Page 180: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

148

Figura A.125 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG de

gestão direta

A análise do Figura A.125 permite constatar que as EG de menor dimensão são as que

apresentam maior discrepância nos valores divulgados para gastos por metro cúbico de água

faturada, sendo visíveis valores inferiores a 1€/m3 e superiores a 10€/m3. Para entidades com

elevado número de alojamentos (superior a 50.000) a disparidade dos valores diminui e o valor

dos gastos totais tende para cerca de 2€/m3.

Figura A.126 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0 50000 100000 150000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 181: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

149

Relativamente ao Figura A.126 é de salientar que dados referentes aos gastos totais com

fiabilidade de * e ** são preponderante nas EG de menor dimensão. Para EG com elevado

número de alojamentos tendem a constatar-se, unicamente, dados com fiabilidade de ***.

Figura A.127 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para

EG de gestão direta

Pela análise dos gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem

de ANF (Figura A.127) é de salientar a grande dispersão dos dados. É, também, de referir que

no modelo de gestão direta são constatadas percentagens de ANF superiores às dos restantes

modelos (observam-se valores de 80%).

Figura A.128 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF para

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

% ANF

Gestão Direta (AA+AR)

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

16,00

18,00

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

% ANF

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 182: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

150

A partir do Figura A.128, é possível inferir que o grau de fiabilidade dos dados é menor nos

casos em que a percentagem de ANF é mais elevada.

Figura A.129 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG de gestão direta

O Figura A.129 evidencia que as EG de menor dimensão revelam maior dispersão de

valores, assim como, percentagens de ANF mais elevadas. Por outro lado, as EG de maior

dimensão apresentam menores percentagens e de maior precisão.

Figura A.130 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG de gestão direta por grau de

fiabilidade dos dados

Os dados classificados pela ERSAR como mais fiáveis ocorrem nas EG de maior dimensão.

Nas EG de menor dimensão predominam os dados menos fiáveis (Figura A.130).

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

0 50000 100000 150000 200000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

0 50000 100000 150000 200000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 183: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

151

Figura A.131 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servido para EG de

gestão direta

Da análise do Figura A.131 conclui-se que não é possível estabelecer uma correlação entre

as percentagens de ANF e os metros de rede por cliente servido. Verifica-se ainda que as EG

sob gestão direta exibem comprimentos de rede por cliente superiores aos constatados nos

restantes modelos de gestão.

Figura A.132 – Percentagem de ANF em função dos metros de rede por cliente servidos para EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

À medida que aumenta o comprimento de rede por cliente servido verifica-se uma redução

da fiabilidade dos dados referentes a percentagens de ANF (Figura A.132).

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

0 20 40 60 80 100

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Gestão Direta (AA+AR)

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

% A

NF

Metros de Rede AA/Cliente

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 184: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

152

Figura A.133 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de

gestão direta

O Figura A.133 demonstra que, as EG de menores dimensões apresentam grande

disparidade de valores em relação às percentagens de CMVMC (variação entre 0% e 70%),

comparativamente com as EG de maiores dimensões.

Figura A.134 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

O Figura A.134 representa a fiabilidade dos dados relativamente às percentagens de

CMVMC, constatando-se que as EG de menor dimensão exibem dados menos fiáveis, do que

as EG de maior dimensão.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 185: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

153

Figura A.135 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função do número de alojamentos para

EG de gestão direta

As EG com reduzido número de alojamentos apresentam uma maior discrepância de valores

relativamente às percentagens de FSE (desde 0% a 80%), do que as EG com elevado número

de alojamentos (Figura A.135).

Figura A.136 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de gestão

direta do por grau de fiabilidade dos dados

As EG de menor dimensão revelam dados de reduzida fiabilidade comparativamente às EG

de maior dimensão, no que se refere às percentagens de FSE (Figura A.136).

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 186: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

154

Figura A.137 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG de gestão direta

A partir do Figura A.137 observa-se uma diminuição da dispersão das percentagens de

custos com pessoal à medida que aumenta a dimensão das EG.

Figura A.138 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

No que diz respeito à fiabilidade das percentagens dos custos com pessoal, as EG de menor

dimensão apresentam dados com reduzida fiabilidade, contrariamente às entidades de maior

dimensão que apresentam dados de elevada fiabilidade (Figura A.138).

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 187: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

155

Figura A.139 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG de

gestão direta

O Figura A.139 permitiu confirmar que as EG de menor dimensão apresentam maior

disparidade de valores, quanto às percentagens de amortização, inversamente ao que acontece

com as entidades de maior dimensão.

Figura A.140 – Percentagem de Amortização sobre gastos totais em função da dimensão das EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

De igual forma, se verifica, no Figura A.140, que quanto menor é o número de alojamentos,

mais reduzido é o grau de fiabilidade das percentagens de amortização apresentadas pelas EG.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0,0 50000,0 100000,0 150000,0 200000,0

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Gestão Direta (AA+AR)

***

**

*

Page 188: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

156

Figura A.141 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão

direta

Figura A.142 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta

Pelos Figuras A.141 e A.142 é possível inferir uma relação de proporcionalidade direta entre

os custos com pessoal e o número médio de trabalhadores. Verifica-se, ainda, que as EG com

reduzido número de trabalhadores tendem a apresentar custos com pessoal mais díspares.

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

4500000

5000000

5500000

6000000

0 50 100 150 200 250 300 350

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA)

0

250000

500000

750000

1000000

1250000

1500000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA) - Ampliação

Page 189: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

157

Figura A.143 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão

direta por grau de fiabilidade dos dados

Figura A.144 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

A análise dos Figuras A.143 e A.144 permite depreender que os dados de EG com menor

número de trabalhadores são menos fiáveis, do que os dados de EG com maior número de

trabalhadores.

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

4500000

5000000

5500000

6000000

0 50 100 150 200 250 300 350

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA)

***

**

*

0

250000

500000

750000

1000000

1250000

1500000

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA) - Ampliação

***

**

*

Page 190: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

158

Figura A.145 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão

direta

Figura A.146 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta

Pelos Figuras A.145 e A.146 observa-se uma relação linear entre os custos com pessoal e o

número médio de trabalhadores, assim como, uma acentuada discrepância de valores para EG

com menor número de trabalhadores.

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

4500000

5000000

0 50 100 150 200 250 300

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR)

0

200000

400000

600000

800000

1000000

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR) - Ampliação

Page 191: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

159

Figura A.147 – Custo com pessoal em função do número médio de trabalhadores para EG de gestão

direta por grau de fiabilidade dos dados

Figura A.148 – Ampliação do Figura dos custos com pessoal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Quando se avalia a fiabilidade dos dados referentes aos custos com pessoal (Figuras A.147

e A.148) é possível afirmar que as EG com reduzido número de trabalhadores declaram dados

de menor fiabilidade comparativamente às EG com elevado número de trabalhadores.

0

500000

1000000

1500000

2000000

2500000

3000000

3500000

4000000

4500000

5000000

0 50 100 150 200 250 300

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR)

***

**

*

0

200000

400000

600000

800000

1000000

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Cu

sto

co

m P

ess

oal

(€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR) - Ampliação

***

**

*

Page 192: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

160

Figura A.149 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta

Figura A.150 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta

Nos Figuras A.149 e A.150 constata-se que EG com reduzido número de trabalhadores

apresentam um elevado número de dados anómalos (vencimentos superiores a 2000€/mês e

inferiores a 500€/mês). O mesmo já não se verifica nas EG com elevado número de

trabalhadores.

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

0 50 100 150 200 250 300 350

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 50 100 150 200 250 300 350

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA) - Ampliação

Page 193: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

161

Figura A.151 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Figura A.152 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Pelos Figuras A.151 e A.152 constata-se que com o aumento do número médio de

trabalhadores os dados, relativos aos ordenados médios mensais, exibem maior fiabilidade.

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

0 50 100 150 200 250 300 350

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA)

***

**

*

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

0 50 100 150 200 250 300 350

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA) - Ampliação

***

**

*

Page 194: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

162

Figura A.153 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta

Figura A.154 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta

Os Figuras A.153 e A.154, demonstram a existência de dados anómalos, ou seja,

vencimentos médios mensais superiores a 2000€ e inferiores a 500€, particularmente, para EG

com reduzido número de trabalhadores.

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

140000

0 50 100 150 200 250 300

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR)

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

0 50 100 150 200 250 300

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR) - Ampliação

Page 195: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

163

Figura A.155 – Ordenado médio mensal em função do número médio de trabalhadores para EG de

gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Figura A.156 – Ampliação do Figura do ordenado médio mensal em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Os dados menos fiáveis, relativamente aos salários médios mensais, classificados pela

ERSAR ocorrem nas EG com menor número de trabalhadores. Em contra partida as EG com

maior número de trabalhadores apresentam dados com grau de fiabilidade mais elevado (Figuras

A.155 e A.156).

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

140000

0 50 100 150 200 250 300

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR)

***

**

*

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

5000

0 50 100 150 200 250 300

Ord

en

ado

dio

Me

nsa

l (€

)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR) - Ampliação

***

**

*

Page 196: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

164

Figura A.157 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG de gestão direta

O Figura A.157 demonstra que, a maioria das EG sob gestão direta alegam ter entre 1 a 4

trabalhadores por 1000 ligações. Contudo são observáveis valores inferiores a 1 trabalhador por

1000 ligações para as EG de menor dimensão.

Figura A.158 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Relativamente à fiabilidade dos dados referentes ao número de trabalhadores por 1000

ligações (Figura A.158) constata-se que grande parte dos dados apresentam classificação de *,

principalmente, para EG com reduzido número de alojamentos servidos.

0

1

2

3

4

5

6

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Gestão Direta (AA)

0

1

2

3

4

5

6

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Gestão Direta (AA)

***

**

*

Page 197: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

165

Figura A.159 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG de gestão direta

Figura A.160 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número

de alojamentos efetivos para EG de gestão direta

As EG de menor dimensão apresentam valores mais dispersos quanto ao número de

trabalhadores por 1000 ligações, observando-se, de facto, valores inferiores à unidade (Figuras

A.159 e A.160). No entanto, o valor máximo de trabalhadores por 1000 ligações constatado, para

este modelo, é superior ao apurado nos restantes modelos de gestão.

02468

10121416182022242628

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Gestão Direta (AR)

0

1

2

3

4

5

6

7

8

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Gestão Direta (AR) - Ampliação

Page 198: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

166

Figura A.161 – Número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número de alojamentos efetivos

para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Figura A.162 – Ampliação do Figura do número de trabalhadores por 1000 ligações em função do número

de alojamentos efetivos para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

A partir dos Figuras A.161 e A.162 verifica-se que, praticamente, a globalidade dos dados

apresentam fiabilidade de *, especialmente, os dados referentes às EG de reduzida dimensão.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

de

Tra

bal

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ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Gestão Direta (AR)

***

**

*

0

1

2

3

4

5

6

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8

0 25000 50000 75000 100000 125000 150000 175000 200000

de

Tra

bal

had

ore

s/1

00

0 li

gaçõ

es

Nº de Alojamentos Efetivos

Gestão Direta (AR) - Ampliação

***

**

*

Page 199: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

167

Figura A.163 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta

Uma maior disparidade de valores é visível nas EG com menor número de trabalhadores,

verificando-se uma tendência dos custos de exploração para cerca de 1€/m3 à medida que

aumenta o número de trabalhadores (Figura A.163).

Figura A.164 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

O Figura A.164 permite concluir que, a maioria dos custos de exploração constatados para

EG com reduzido número de trabalhadores exibem fiabilidade de **. Por outro lado, as EG com

elevado número de trabalhadores (superior a 100) revelam ter dados com grau de fiabilidade

máxima.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0 50 100 150 200 250 300 350

Cu

sto

de

Exp

lora

ção

de

AF

(€/m

3 )

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0 50 100 150 200 250 300 350

Cu

sto

s d

e E

xplo

raçã

o d

e A

F (€

/m3)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AA)

***

**

*

Page 200: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

168

Figura A.165 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta

O Figura A.165 revela que, para um reduzido número de trabalhadores, existe uma

acentuada disparidade dos custos de exploração, sendo reportados muitos valores inferiores a

1€/m3 e um próximo dos 10€/m3. Tal disparidade não é visível nas EG com elevado número de

trabalhadores.

Figura A.166 – Custos de Exploração por metro cúbico de água faturada em função do número médio de

trabalhadores para EG de gestão direta por grau de fiabilidade dos dados

Pelo Figura A.166 conclui-se que quanto maior o número médio de trabalhadores mais fiáveis

são os dados relativos aos custos de exploração por metro cúbico de água faturada.

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

0 50 100 150 200 250 300

Cu

sto

de

Exp

lora

ção

de

AF

(€/m

3)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

10,00

0 50 100 150 200 250 300

Cu

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F (€

/m3)

Nº Médio de Trabalhadores

Gestão Direta (AR)

***

**

*

Page 201: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

169

Figura A.167 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

Ao analisar o Figura A.167, conclui-se que, praticamente, a totalidade das entidades tem um

número de alojamentos inferior a 50.000, exceto a EPAL com aproximadamente 323.000.

Relativamente aos gastos totais, estes variam entre 0,5€/m3 e os 3,7€/m3.

Figura A.168 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

No que diz respeito ao Figura A.168, verifica-se que a EPAL é a única EG delegada, sendo

as restantes entidades concessionadas, salvo duas exceções, que são EG sob gestão direta.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

Page 202: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

170

Figura A.169 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por grau

de fiabilidade dos dados

A globalidade das EG retratadas no Figura A.169 apresentam dados com fiabilidade de ***,

quanto aos gastos totais.

Figura A.170 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF

O Figura A.170 permite observar uma grande dispersão de gastos totais por metro cúbico de

água faturada para percentagens de ANF próximas. É ainda de salientar o facto de não existirem

EG com percentagens de ANF superiores a 35% e a EPAL ser a única com um valor inferior a

10%.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Gas

tos

Tota

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/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

***

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

% ANF

Todas as EGs (AA)

Page 203: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

171

Figura A.171 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por

modelo de gestão

Pelo Figura A.171 verifica-se que as EG com sistema de gestão direta são as que tendem a

exibir percentagens de ANF mais elevadas.

Figura A.172 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da percentagem de ANF por

grau de fiabilidade dos dados

A partir do Figura A.172 infere-se que, praticamente a totalidade das EG reportam dados com

fiabilidade de ***, com exceção de um único caso que apresenta fiabilidade de **.

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Gas

tos

Tota

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F (€

/m3 )

% ANF

Todas as EGs (AA)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Gas

tos

Tota

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/m3 )

% ANF

Todas as EGs (AA)

***

**

Page 204: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

172

Figura A.173 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

É possível afirmar que os custos associados a mercadorias vendidas e matérias compradas

variam muito para EG de pequenas dimensões atingido percentagens de 55% (Figura A.173).

Figura A.174 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

Pelo Figura A.174 é possível constatar que as EG de sistema de gestão direta apresentam

uma mais acentuada variação na percentagem de CMVMC sobre os gastos totais do que as

entidades concessionadas (3%-55% e 13%-34%, respetivamente).

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

CM

VM

C/G

asto

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(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

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10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

CM

VM

C/G

asto

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tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

Page 205: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

173

Figura A.175 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau

de fiabilidade dos dados

Relativamente à fiabilidade dos dados quanto às percentagens de CMVMC, (Figura A.175)

verifica-se que todas as EG apresentam dados com classificação de ***.

Figura A.176 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

Ao analisar as percentagens de FSE (Figura A.176) verificam-se significativas variações de

valores para EG de reduzido número de alojamentos (entre 5% e 55%).

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

***

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

Page 206: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

174

Figura A.177 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por modelo

de gestão

Através do Figura A.177 conclui-se que as percentagens de FSE com valores superiores

(50%) e inferiores (10%) referem-se a EG sob gestão direta. As EG concessionadas apresentam

variações entre 20% e 45%.

Figura A.178 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de

fiabilidade dos dados

Quanto à classificação atribuída à fiabilidade dos dados referentes às percentagens de FSE

(Figura A.178) constata-se que todas as EG apresentam dados com fiabilidade máxima.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

FSE/

Gas

tos

Tota

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%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

***

Page 207: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

175

Figura A.179 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG

No que diz respeito ao rácio dos custos com pessoal sobre os gastos totais (Figura A.179)

constata-se que os valores variam entre 8% e 28% para EG de reduzida dimensão.

Figura A.180 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por modelo de gestão

A partir do Figura A.180 é possível concluir que as EG cujo modelo de gestão é a gestão

direta apresentam percentagens, de custos com pessoal, superiores (entre 23% e 27%) às EG

concessionadas (próximas dos 20%).

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

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%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

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10,0%

15,0%

20,0%

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30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

Page 208: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

176

Figura A.181 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por grau de fiabilidade dos dados

No que concerne à classificação atribuída à fiabilidade das percentagens de custos com

pessoal (Figura A.181) é de destacar que todas as EG apresentam dados com fiabilidade de ***.

Figura A.182 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

No que se refere às percentagens de amortização (Figura A.182) observa-se que, de uma

forma geral, as amortizações tendem a corresponder entre 5% a 20% dos gastos totais.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Cu

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co

m P

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oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

***

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

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177

Figura A.183 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

Pelo Figura A.183 é possível afirmar que as EG concessionadas apresentam percentagens

de amortização a variar entre os 5% e os 25%. Por outro lado, para EG cujo modelo de gestão é

gestão direta estas percentagens variam entre 10% e 18%.

Figura A.184 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

grau de fiabilidade dos dados

Quanto à fiabilidade dos dados relativamente às percentagens de amortização (Figura A.184)

resta referir que todas as EG exibem dados com classificação de ***.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

***

Page 210: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

178

Figura A.185 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG

Relativamente ao Figura A.185 é de salientar que as EG de menor dimensão apresentam

variações das percentagens de ANF entre 16% e 31%. A EPAL, que é a única entidade de grande

dimensão, revela uma percentagem de ANF próxima de 8%.

Figura A.186 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por modelo de gestão

Pelo Figura A.186 constata-se que a única EG delegada apresenta a menor percentagem de

ANF (8%), seguida pelas entidades concessionadas (entre 16% e 31%) e as EG sob gestão

direta (entre 26% e 31%).

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

Page 211: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

179

Figura A.187 – Percentagem de ANF em função da dimensão das EG por grau de fiabilidade dos dados

Os dados relativos às percentagens de ANF apresentam classificação de máxima fiabilidade

(Figura A.187), salvo uma única exceção que apresenta fiabilidade de **.

Figura A.188 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG

Pelo Figura A.188 conclui-se que, praticamente, a totalidade das EG apresentam um número

reduzido de alojamentos e uma acentuada disparidade de valores relativamente a gastos totais

por metro cubico de água faturada, com exceção da CM de Lisboa.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

% A

NF

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AA)

***

**

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Page 212: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

180

Figura A.189 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

Quando se analisa o Figura A.189 verifica-se que, grande parte das EG pertencem ao modelo

de gestão direta.

Figura A.190 – Gastos totais por metro cúbico de água faturada em função da dimensão das EG por grau

de fiabilidade dos dados

Ao avaliar a fiabilidade dos dados referentes a gastos totais (Figura A.190) é possível

constatar que, grande parte das EG revelam dados com fiabilidade reduzida (* ou **).

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Gas

tos

Tota

is d

e A

F (€

/m3 )

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

***

**

*

Page 213: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

181

Figura A.191 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

Relativamente às percentagens de CMVMC (Figura A.191) muitas das EG apresentam

percentagens de 0% ou próximas deste valor.

Figura A.192 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

A maioria das EG apresenta como modelo de gestão, a gestão direta. Para estas entidades

a percentagem de CMVMC pode variar entre 0% e 21% (Figura A.192).

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

Page 214: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

182

Figura A.193 – Percentagem de CMVMC sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau

de fiabilidade dos dados

Quanto à classificação aplicada à fiabilidade das percentagens de CMVMC (Figura A.193)

constata-se que um elevado número de EG apresentam dados pouco fiáveis (* ou **).

Figura A.194 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão da EG

Através do Figura A.194 observa-se uma significativa disparidade de percentagens de FSE

para EG de dimensões idênticas.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

CM

VM

C/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

***

**

*

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Page 215: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

183

Figura A.195 – Percentagem de FSE sobre gastos totais em função da dimensão das EG por modelo de

gestão

No Figura A.195 é de destacar a grande discrepância de valores visível para as EG cujo

modelo de gestão é a gestão direta.

Figura A.196 – Percentagem de FSE sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por grau de

fiabilidade dos dados

No que concerne a fiabilidade dos dados (Figura A.196) verifica-se que as percentagens de

FSE superiores a 50% dizem respeito a EG com classificação de ***. Por outro lado as

percentagens inferiores a 50% apresentam, na sua maioria, fiabilidade de * ou **.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

90,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

FSE/

Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

***

**

*

Page 216: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

184

Figura A.197 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG

No Figura A.197 constata-se uma visível dispersão de valores, quanto às percentagens de

custo com pessoal, para EG de dimensões reduzidas (desde 3% a 27%).

Figura A.198 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre os gastos totais em função da dimensão das

EG por modelo de gestão

O Figura A.198 permite inferir que, são as entidades de reduzida dimensão e sob gestão

direta que apresentam valores mais díspares, quanto às percentagens de custos com pessoal.

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

Page 217: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

185

Figura A.199 – Percentagem de Custo com Pessoal sobre gastos totais em função da dimensão das EG

por grau de fiabilidade dos dados

A classificação conferida no Figura A.199, quanto à fiabilidade das percentagens de custo

com pessoal é homogénea, observando-se dados com fiabilidade de *, ** e *** para todas as

percentagens de custo com pessoal. Contudo, é de realçar o facto da EG de maior dimensão

apresentar dados com fiabilidade de ***.

Figura A.200 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG

Por análise do Figura A.200 é possível concluir que existem EG de reduzidas dimensões que

apresentam percentagens de amortização muito discrepantes (entre 7% e 71%).

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Cu

sto

co

m P

ess

oal

/Gas

tos

Tota

is (

%)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

***

**

*

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Page 218: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

186

Figura A.201 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

modelo de gestão

Pelo Figura A.201, confirma-se a enorme discrepância que a percentagem de amortizações

sobre os gastos totais assume nas EG com modelo de gestão direta.

Figura A.202 – Percentagem de Amortização sobre os gastos totais em função da dimensão das EG por

grau de fiabilidade dos dados

Para as EG de menor dimensão a distribuição da fiabilidade dos dados (Figura A.202) é

homogenia, constatando-se que as percentagens de amortização com fiabilidade de *, ** e ***, o

que torna difícil a interpretação deste parâmetro. No entanto, é de se salientar o facto da única

EG de maior dimensão apresentar dados com fiabilidade de ***.

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

Delegação

Concessão

Gestão Direta

0,0%

10,0%

20,0%

30,0%

40,0%

50,0%

60,0%

70,0%

80,0%

0 50000 100000 150000 200000 250000 300000 350000

Am

ort

izaç

õe

s/G

asto

s To

tais

(%

)

Nº de Alojamentos

Todas as EGs (AR)

***

**

*

Page 219: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

187

As Figuras A.203 e A.204 permitem constatar uma variação entre os gastos totais de AA

reportados em 2014 em relação à média destes gastos entre 2012 e 2014.

Figura A.203 – Comparação dos gastos totais de AA reportados em 2014 com a média aritmética desses

mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014

Figura A.204 – Ampliação da Figura da comparação dos gastos totais de AA reportados em 2014 com a

média aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014

0

5 000 000

10 000 000

15 000 000

20 000 000

25 000 000

30 000 000

35 000 000

0 10 000 000 20 000 000 30 000 000 40 000 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A 2

01

4 (

€)

Média dos Gastos Totais de AA entre 2012 e 2014 (€)

Gastos AA de 2014 vs Gastos médios AA entre 2012-2014

0

1 000 000

2 000 000

3 000 000

4 000 000

5 000 000

6 000 000

7 000 000

8 000 000

9 000 000

10 000 000

0 2 000 000 4 000 000 6 000 000 8 000 000 10 000 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A 2

01

4 (

€)

Média dos Gastos Totais de AA entre 2012 e 2014 (€)

Gastos AA de 2014 vs Gastos médios AA entre 2012-2014 -Ampliação

Page 220: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

188

Esta mesma variação é verificada quando se analisam os gastos totais de AR do ano de

2014 em comparação com a média aritmética dos gastos apresentados nos anos de 2012, 2013

e 2014 (Figuras A.205 e A.206).

Figura A.205 – Comparação dos gastos totais de AR reportados em 2014 com a média aritmética desses

mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014

Figura A.206 – Ampliação da Figura da comparação dos gastos totais de AR reportados em 2014 com a

média aritmética desses mesmos gastos relativamente aos anos de 2012, 2013 e 2014

0

5 000 000

10 000 000

15 000 000

20 000 000

25 000 000

30 000 000

35 000 000

40 000 000

0 10 000 000 20 000 000 30 000 000 40 000 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

R 2

01

4 (

€)

Média dos Gastos Totais de AR entre 2012 e 2014 (€)

Gastos AR de 2014 vs Gastos médios AR entre 2012-2014

0

1 000 000

2 000 000

3 000 000

4 000 000

5 000 000

6 000 000

7 000 000

8 000 000

9 000 000

10 000 000

0 2 000 000 4 000 000 6 000 000 8 000 000 10 000 000

Gas

tos

Tota

is d

e A

A 2

01

4 (

€)

Média dos Gastos Totais de AR entre 2012 e 2014 (€)

Gastos AR de 2014 vs Gastos médios AR entre 2012-2014 -Ampliação

Page 221: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

189

Na Tabela A.1 são apresentadas EG cujos gastos totais reportados em 2014 revelam ser

superiores em 1,5 vezes (assinalo a amarelo) ou superiores ao dobro (assinalado a laranja) da

média aritmética desses mesmos gastos para os anos de 2012 a 2014, ou vice-versa.

Tabela A.1 - EG que reportam gastos totais em 2014 aproximadamente ou superior ao dobro da média

aritmética desses gastos para os anos de 2012 a 2014 ou vice-versa

Aquaelvas AA+AR 13 348 1 423 512 2 019 294 1 344 459 881 364

CM da Anadia AA+AR 14 996 941 044 1 443 873 1 403 659 1 320 140

CM de Alcochete AA+AR 8 813 513 537 440 667 1 549 006 1 031 648

CM de Alvito AA+AR 1 717 350 751 248 197 97 313 43 309

CM de Baião AA+AR 11 595 714 219 562 211 781 048 476 279

CM de Chaves AA+AR 19 483 2 031 331 2 078 704 2 841 289 1 863 783

CM de Cuba AA+AR 3 012 603 376 386 233 165 623 141 962

CM de Entroncamento AA+AR 10 697 1 369 701 1 341 249 1 473 060 831 351

CM de Ferreira do Alentejo AA+AR 5 157 198 375 345 391 126 735 182 302

CM de Figueira de Castelo Rodrigo AA+AR 5 396 146 889 331 731 155 509 241 431

CM de Freixo de Espada à Cinta AA+AR 3 142 243 965 1 580 617 122 121 119 738

CM de Lamego AA+AR 16 323 5 465 418 2 546 801 1 565 763 1 591 902

CM de Marinha Grande AA+AR 21 929 1 078 858 1 887 527 3 217 474 3 760 717

CM de Mondim de Basto AA+AR 4 510 402 145 555 644 60 760 142 689

CM de Pampilhosa da Serra AA+AR 5 658 538 606 760 700 319 468 496 588

CM de Paredes de Coura AA+AR 6 065 305 758 389 039 1 966 398 921 442

CM de Penalva do Castelo AA+AR 5 441 695 890 462 559 158 182 190 384

CM de Penedono AA+AR 2 628 187 986 265 356 95 568 61 066

CM de Peso da Régua AA+AR 9 219 660 030 1 027 352 1 356 118 1 179 103

CM de Ponte da Barca AA+AR 7 951 177 097 1 405 920 451 833 548 329

CM de Sabrosa AA+AR 4 641 695 654 636 685 284 938 491 076

CM de Santa Marta de Penaguião AA+AR 4 620 239 648 2 229 498 921 494 504 428

CM de Serpa AA+AR 10 319 2 108 006 1 378 538 883 499 437 906

CM de Tarouca AA+AR 6 931 1 161 205 1 449 418 985 841 1 508 177

CM de Valença AA+AR 8 119 388 825 214 685 807 559 583 036

CM de Vendas Novas AA+AR 6 402 567 198 969 174 650 257 682 147

CM de Vila Nova de Foz Coa AA+AR 6 487 974 946 771 641 967 877 566 473

CM de Vila Nova de Poiares AA+AR 4 549 871 791 580 417 257 420 163 652

CM de Vila Pouca de Aguiar AA+AR 10 027 849 197 740 120 2 150 182 1 422 073

Indaqua Oliveira de Azeméis AA+AR 30 001 2 345 971 1 651 262 1 285 272 739 561

SMAS de Vila Franca de Xira AA+AR 64 919 12 493 193 12 594 876 6 359 343 3 521 011

Média AR

2012-2014EG Sistema Alojamentos

Gastos AA

2014

Gastos

AR 2014

Média AA

2012-2014

Page 222: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

190

Anexo B – Tabela com dados das EG consideradas na definição da curva alvo final

Tabela B.1 - Dados referentes às EG que serviram de base à elaboração da curva alvo final

EG Alojamentos

Gastos

totais de

AA+AR

(€/m3)

% ANF

Perdas

Reais de

Água

(l/ramal.dia)

Trabalhadores/1

000 ramais

Trabalhadores/1

00km de coletor

Ordenado

Médio

Mensal AA

Ordenado

Médio

Mensal AR

Metros

rede por

cliente AA

Metros

rede por

cliente AR

Atend

AA

Atend

AR

%

CMVMC% FSE

% Custo

de

Pessoal

%

Amortiza

ção

Custo de

Exploração

AA por AF

(€/m3)

Custo de

Exploração

AR por AF

(€/m3)

Tarifa de

água em

Alta

(€/m3)

Rendimentos/G

astos

%

Reabilitação

de Condutas

%

Reabilitação

Coletores

SIMAS de Oeiras e Amadora 173 954 1,95 21 205 6 28 2 172 926 6 4 100% 100% 33% 34% 21% 8% 1,23 0,48 0,485 1,3 3,0 0,7

Indaqua Matosinhos 82 085 2,2 19 88 2 11 1 441 1 472 8 7 100% 95% 23% 27% 11% 18% 0,87 0,65 0,380 1,2 2,2 2,2

Águas do Porto 137 236 2,19 22 132 3 29 1 875 1 711 6 4 100% 100% 25% 21% 27% 19% 1,06 0,56 0,380 1,2 3,2 1,4

AGERE 84 497 2,3 22 127 3 12 1 571 1 404 14 11 99% 99% 1% 37% 24% 26% 0,81 0,63 0,265 1,2 1,3 0,3

SMAS de Viseu 54 008 2,18 33 122 2 6 1 163 1 331 22 18 98% 97% 5% 23% 27% 41% 0,63 0,51 0,265 1,2 0,1 0,4

SMSB de Viana do Castelo 48 164 2,31 22 60 3 9 1 462 1 441 19 12 94% 75% 6% 42% 28% 21% 0,65 1,14 0,546 1,1 1,3 0,4

CM de Góis 5 165 5,27 29 6 2 11 1 709 2 596 14 5 100% 96% 6% 47% 37% 7% 1,94 2,80 0,484 0,6 6,6 0,0

CM de Póvoa de Varzim 34 881 2,96 28 99 2 11 1 291 1 825 12 9 96% 84% 30% 31% 21% 16% 1,13 1,26 0,546 1,0 0,4 0,6

Águas de Valongo 40 383 2,57 15 66 2 12 1 641 1 573 12 9 99% 98% 20% 23% 19% 13% 0,94 0,66 0,380 1,0 0,2 0,4

FAGAR - Faro 37 788 2,69 21 103 3 9 1 680 1 413 16 11 96% 90% 20% 35% 17% 14% 1,04 1,05 0,471 1,0 0,0 0,0

EMAR de Portimão 46 887 2,39 24 150 2 10 2 532 1 900 10 8 100% 99% 21% 34% 19% 15% 1,03 0,91 0,471 1,3 0,5 0,5

EMAR de Vila Real 29 912 3,16 28 99 2 11 1 463 1 514 29 15 94% 64% 19% 39% 22% 13% 0,95 1,64 0,705 1,1 0,5 0,0

CM de Proença-a-Nova 6 266 4,41 29 58 0,4 11 1 812 1 842 45 4 100% 46% 29% 21% 7% 43% 1,08 1,63 0,644 0,5 0,0 0,0

SM de Castelo Branco 38 282 2,72 22 70 1 5 1 825 941 21 12 99% 87% 34% 30% 12% 20% 1,20 0,86 0,644 1,1 1,4 0,5

CM de Manteigas 2 603 8,31 45 113 2 7 1 061 1 856 15 14 91% 93% 15% 39% 9% 14% 2,01 3,29 0,676 0,4 0,0 0,0

Águas da Covilhã 33 004 3,9 36 114 1 5 2 079 2 364 19 13 99% 90% 6% 62% 17% 9% 1,16 2,15 0,413 1,2 0,3 0,0

SMAS de Tomar 26 134 3,63 34 42 1 10 1 296 1 789 32 11 100% 32% 35% 23% 18% 16% 1,48 1,30 0,565 1,0 1,2 0,9

Águas de Alenquer 23 530 3,92 30 89 1 3 996 2 093 29 21 99% 84% 27% 46% 8% 11% 1,61 1,60 0,656 1,0 0,1 0,1

SMAS de Peniche 21 095 3,62 38 170 3 36 1 231 1 193 13 6 95% 92% 23% 32% 21% 21% 1,39 1,33 0,656 1,0 0,3 0,4

Águas de Coimbra 79 193 2,85 25 152 3 10 1 515 1 946 15 11 100% 97% 31% 27% 20% 19% 1,31 0,94 0,484 1,0 3,7 0,2

Águas da Azambuja 11 913 3,33 23 76 1 4 1 326 1 649 24 19 98% 61% 32% 44% 6% 4% 1,36 1,44 0,656 0,9 0,7 2,0

Águas de Mafra 42 867 3,72 15 48 3 6 1 532 1 220 23 12 97% 79% 23% 25% 14% 19% 1,35 0,88 0,607 1,1 0,3 0,5

Águas de Cascais 108 840 2,5 14 46 3 10 1 800 1 277 13 7 100% 100% 19% 40% 13% 12% 1,12 0,72 0,485 1,5 1,1 0,7

Águas do Sado 62 607 1,86 25 196 3 18 1 929 1 490 12 7 99% 97% 1% 34% 23% 31% 0,61 0,50 0,265 1,1 0,7 0,1

Águas de Gondomar 73 416 3,52 16 31 3 9 1 265 2 079 12 8 100% 85% 15% 25% 13% 19% 1,21 0,76 0,380 1,1 1,7 0,1

Águas de Barcelos 47 339 3,57 19 33 1 5 1 275 1 818 29 23 93% 69% 15% 33% 7% 22% 1,31 0,79 0,546 0,8 0,3 0,1

Page 223: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

191

Anexo C – Tabelas com os resultados dos quatro cenários considerados na definição da curva de sustentabilidade

Tabela C.1 - Resultados referentes à redução de perdas para 20% das EG de referência

EG AlojamentosAtend

AA

Atend

AR

Gastos

Totais

iniciais AA

(€)

Gastos

Totais

iniciais AR

(€)

AF_AA

inicial (m3)

AF_AR

inicial (m3)

Gastos

Totais de

AA+AR

inicial (€/m3)

SIMAS de Oeiras e Amadora 173 954 100% 100% 28 070 311 10 956 125 19 991 822 19 991 822 1,95

Indaqua Matosinhos 82 085 100% 95% 11 409 580 9 515 815 10 151 392 8 880 124 2,2

Águas do Porto 137 236 100% 100% 22 025 948 12 452 807 15 962 429 15 382 181 2,19

AGERE 84 497 99% 99% 10 185 460 9 489 140 8 729 387 8 388 062 2,3

SMAS de Viseu 54 008 98% 97% 5 598 554 4 323 764 5 586 999 3 670 223 2,18

SMSB de Viana do Castelo 48 164 94% 75% 3 764 071 3 837 841 4 300 240 2 681 515 2,31

CM de Góis 5 165 100% 96% 479 774 319 998 224 516 102 056 5,27

CM de Póvoa de Varzim 34 881 96% 84% 3 255 377 3 578 908 2 665 673 2 053 140 2,96

Águas de Valongo 40 383 99% 98% 6 213 931 3 548 354 3 874 655 3 687 409 2,57

FAGAR - Faro 37 788 96% 90% 6 205 780 4 861 438 4 492 171 3 723 311 2,69

EMAR de Portimão 46 887 100% 99% 5 923 241 5 472 939 4 906 250 4 636 732 2,39

EMAR de Vila Real 29 912 94% 64% 3 215 570 3 608 180 2 633 018 1 858 504 3,16

CM de Proença-a-Nova 6 266 100% 46% 1 010 420 428 847 467 560 190 766 4,41

SM de Castelo Branco 38 282 99% 87% 6 039 299 3 830 027 3 749 186 3 445 745 2,72

CM de Manteigas 2 603 91% 93% 702 185 775 286 177 705 177 705 8,31

Águas da Covilhã 33 004 99% 90% 3 143 298 4 916 546 2 141 655 2 023 254 3,9

SMAS de Tomar 26 134 100% 32% 4 133 818 1 515 370 2 100 340 914 516 3,63

Águas de Alenquer 23 530 99% 84% 3 911 782 3 306 622 2 111 676 1 601 246 3,92

SMAS de Peniche 21 095 95% 92% 3 748 149 2 975 061 2 110 388 1 616 449 3,62

Águas de Coimbra 79 193 100% 97% 14 875 663 12 247 428 9 763 445 9 239 736 2,85

Águas da Azambuja 11 913 98% 61% 1 924 122 1 121 740 1 139 302 685 334 3,33

Águas de Mafra 42 867 97% 79% 8 216 030 5 891 126 4 569 816 3 067 781 3,72

Águas de Cascais 108 840 100% 100% 23 814 473 13 689 808 15 483 292 14 260 976 2,5

Águas do Sado 62 607 99% 97% 7 988 955 6 039 760 7 444 939 7 680 102 1,86

Águas de Gondomar 73 416 100% 85% 13 994 551 9 845 086 7 274 097 6 165 346 3,52

Águas de Barcelos 47 339 93% 69% 5 966 137 7 174 710 2 888 022 4 763 576 3,57

TOTAL 205 816 478 € 145 722 726 €

Água que

entra no

sistema

inicial

ANF

inicial

% ANF

inicial

Água que

entra no

sistema

final

AF_AA final ANF final

Perdas

Reais

finais

Perdas

Aparentes

finais

Tarifa de

água em

Alta 2015

(€/m3)

Poupança

Prdas Reais

(€)

Poupança

Perdas

Aparentes (€)

Gastos Totais

AA após

Redução

Perdas

Gastos Totais de

AA+AR após

Redução ANF

para 20% (€/m3)

25 414 143 5 422 321 21,3% 25 152 995 20 122 396 5 030 599 3 353 733 1 676 866 0,485 1 626 225 3 353 733 23 090 354 1,70

12 471 182 2 319 790 18,6% 12 471 182 10 151 392 2 319 790 1 546 527 773 263 0,380 0 0 11 409 580 2,20

20 332 815 4 370 386 21,5% 20 099 105 16 079 284 4 019 821 2 679 881 1 339 940 0,380 1 019 159 2 679 881 18 326 909 1,95

11 124 985 2 395 598 21,5% 10 993 753 8 795 003 2 198 751 1 465 834 732 917 0,465 682 052 1 465 834 8 037 574 2,05

8 379 429 2 792 430 33,3% 7 520 549 6 016 439 1 504 110 1 002 740 501 370 0,465 466 575 1 002 740 4 129 239 1,86

5 521 046 1 220 806 22,1% 5 431 356 4 345 085 1 086 271 724 181 362 090 0,546 395 258 724 181 2 644 632 2,04

316 990 92 474 29,2% 294 624 235 699 58 925 39 283 19 642 0,484 19 005 39 283 421 486 4,92

3 710 144 1 044 471 28,2% 3 477 496 2 781 997 695 499 463 666 231 833 0,546 253 069 463 666 2 538 642 2,66

4 538 375 663 720 14,6% 4 538 375 3 874 655 663 720 442 480 221 240 0,380 0 0 6 213 931 2,57

5 663 541 1 171 370 20,7% 5 633 801 4 507 041 1 126 760 751 173 375 587 0,471 353 803 751 173 5 100 803 2,44

6 439 283 1 533 033 23,8% 6 250 686 5 000 549 1 250 137 833 425 416 712 0,471 392 543 833 425 4 697 273 2,12

3 671 272 1 038 254 28,3% 3 437 426 2 749 941 687 485 458 323 229 162 0,705 323 072 458 323 2 434 174 2,83

660 038 192 478 29,2% 613 522 490 818 122 704 81 803 40 901 0,644 52 697 81 803 875 920 4,03

4 816 022 1 066 836 22,2% 4 736 305 3 789 044 947 261 631 507 315 754 0,644 406 817 631 507 5 000 975 2,43

321 528 143 823 44,7% 260 361 208 289 52 072 34 715 17 357 0,676 23 471 34 715 644 000 7,45

3 368 207 1 226 552 36,4% 2 942 891 2 354 313 588 578 392 385 196 193 0,413 162 134 392 385 2 588 778 3,53

3 170 992 1 076 408 33,9% 2 830 831 2 264 665 566 166 377 444 188 722 0,565 213 086 377 444 3 543 288 3,22

3 010 280 898 604 29,9% 2 782 166 2 225 733 556 433 370 955 185 478 0,656 243 161 370 955 3 297 665 3,55

3 375 309 1 264 921 37,5% 2 921 571 2 337 257 584 314 389 543 194 771 0,656 255 345 389 543 3 103 261 3,17

12 930 034 3 166 589 24,5% 12 483 432 9 986 746 2 496 686 1 664 458 832 229 0,484 805 265 1 664 458 12 405 941 2,57

1 488 298 348 996 23,4% 1 448 808 1 159 047 289 762 193 174 96 587 0,656 126 626 193 174 1 604 322 3,02

5 390 865 821 049 15,2% 5 390 865 4 569 816 821 049 547 366 273 683 0,607 0 0 8 216 030 3,72

18 057 530 2 574 238 14,3% 18 057 530 15 483 292 2 574 238 1 716 159 858 079 0,485 0 0 23 814 473 2,50

9 931 889 2 486 950 25,0% 9 546 833 7 637 467 1 909 367 1 272 911 636 456 0,465 592 286 1 272 911 6 123 758 1,59

8 618 293 1 344 196 15,6% 8 618 293 7 274 097 1 344 196 896 131 448 065 0,380 0 0 13 994 551 3,52

3 558 552 670 530 18,8% 3 558 552 2 888 022 670 530 447 020 223 510 0,546 0 0 5 966 137 3,57

8 411 649 € 17 181 135 €

Page 224: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

192

Tabela C.2 - Resultados referentes ao aumento da reabilitação da rede para 2%/ano das EG de referência

EG

Gastos

Totais

iniciais AA

(€)

Gastos

Totais

iniciais AR

(€)

SIMAS de Oeiras e Amadora 28 070 311 10 956 125

Indaqua Matosinhos 11 409 580 9 515 815

Águas do Porto 22 025 948 12 452 807

AGERE 10 185 460 9 489 140

SMAS de Viseu 5 598 554 4 323 764

SMSB de Viana do Castelo 3 764 071 3 837 841

CM de Góis 479 774 319 998

CM de Póvoa de Varzim 3 255 377 3 578 908

Águas de Valongo 6 213 931 3 548 354

FAGAR - Faro 6 205 780 4 861 438

EMAR de Portimão 5 923 241 5 472 939

EMAR de Vila Real 3 215 570 3 608 180

CM de Proença-a-Nova 1 010 420 428 847

SM de Castelo Branco 6 039 299 3 830 027

CM de Manteigas 702 185 775 286

Águas da Covilhã 3 143 298 4 916 546

SMAS de Tomar 4 133 818 1 515 370

Águas de Alenquer 3 911 782 3 306 622

SMAS de Peniche 3 748 149 2 975 061

Águas de Coimbra 14 875 663 12 247 428

Águas da Azambuja 1 924 122 1 121 740

Águas de Mafra 8 216 030 5 891 126

Águas de Cascais 23 814 473 13 689 808

Águas do Sado 7 988 955 6 039 760

Águas de Gondomar 13 994 551 9 845 086

Águas de Barcelos 5 966 137 7 174 710

TOTAL 205 816 478 € 145 722 726 €

Reabilitação

Condutas

inicial

Reabilitação

Coletores

inicial

Comprimento

Total de

Conduta (m)

Comprimento

Total de

Coletores (m)

€/m de

Conduta

€/m de

Coletor

Nº de

Ramais

AA

Nº de

Ramais

AR

€/Ramal

AA

€/Ramal

AR

Investimento

AA

Reabilitação

inicial

ERSAR (€)

Investimento

AR

Reabilitação

inicial

ERSAR (€)

Investimento

2% em 50

anos AA

Investimento

2% em 50

anos AR

Valor

Infraestrutura

a 2% Reab

(AA)

Valor

Infraestrutura a

2% Reab (AR)

Gastos

Totais com

Reabilitação

a 2% AA

Gastos

Totais com

Reabilitaçã

o a 2% AR

Gastos Totais

de AA+AR após

aumento Reab

2% (€/m3)

3,05% 0,70% 1 027 000 700 500 50 60 34867 32898 500 700 0 0 0 € 0 € 0 845 762 28 070 311 11 801 887 1,99

2,20% 2,20% 655 100 553 100 50 60 37715 29165 500 700 4 641 000 9 625 583 -147 692 € -306 317 € 0 0 11 557 271 9 822 132 2,24

3,20% 1,40% 760 000 562 000 50 60 67431 52549 500 700 5 243 000 6 766 667 -166 849 € -215 337 € 0 423 026 22 192 797 13 091 169 2,24

1,30% 0,30% 1 158 200 919 800 50 60 41364 40005 500 700 10 819 599 18 185 195 -344 314 € -578 711 € 550 144 1 414 256 11 079 918 11 482 107 2,64

0,10% 0,40% 1 173 000 922 000 50 60 45722 41893 500 700 14 511 473 25 300 905 -461 802 € -805 156 € 1 548 709 1 354 322 7 609 064 6 483 241 3,13

1,30% 0,40% 883 400 438 000 50 60 27636 20015 500 700 7 773 544 4 492 950 -247 379 € -142 980 € 405 916 644 648 4 417 366 4 625 470 2,75

6,60% 0,00% 71 800 26 900 50 60 4934 1808 500 700 315 788 327 289 -10 049 € -10 415 € 0 57 592 489 824 388 006 5,98

0,40% 0,60% 413 100 273 600 50 60 23464 15818 500 700 5 740 000 1 877 489 -182 665 € -59 748 € 518 192 384 840 3 956 234 4 023 496 3,44

0,20% 0,40% 499 600 347 300 50 60 21025 20254 500 700 3 479 700 5 870 083 -110 735 € -186 805 € 638 865 560 253 6 963 532 4 295 412 2,96

0,00% 0,00% 563 100 385 000 50 60 20238 11684 500 700 4 287 500 1 928 290 -136 442 € -61 364 € 765 480 625 576 7 107 702 5 548 378 3,07

0,50% 0,50% 451 700 347 800 50 60 21268 16748 500 700 0 0 0 € 0 € 498 285 488 874 6 421 526 5 961 813 2,59

0,50% 0,00% 805 100 280 200 50 60 22141 13851 500 700 7 292 303 3 787 000 -232 064 € -120 514 € 769 883 530 154 4 217 517 4 258 848 3,89

0,00% 0,00% 283 600 12 700 50 60 6567 2319 500 700 5 306 175 80 706 -168 860 € -2 568 € 349 270 47 706 1 528 550 479 121 5,78

1,40% 0,50% 803 800 413 900 50 60 31608 18833 500 700 9 199 750 8 498 700 -292 766 € -270 456 € 335 964 570 257 6 668 029 4 670 739 3,13

0,00% 0,00% 35 300 33 300 50 60 2823 2428 500 700 941 318 33 527 -29 956 € -1 067 € 63 530 73 952 795 671 850 305 9,26

0,30% 0,00% 617 000 401 500 50 60 25038 24326 500 700 3 018 771 4 253 511 -96 067 € -135 360 € 737 273 822 364 3 976 638 5 874 270 4,76

1,20% 0,90% 833 200 95 000 50 60 28853 5544 500 700 5 103 424 989 352 -162 407 € -31 484 € 448 692 105 389 4 744 917 1 652 244 4,07

0,10% 0,10% 689 100 413 900 50 60 19784 13133 500 700 8 441 279 4 345 614 -268 629 € -138 291 € 842 593 646 515 5 023 004 4 091 429 4,93

0,30% 0,40% 255 300 123 100 50 60 15539 14945 500 700 3 072 619 2 226 294 -97 781 € -70 848 € 349 087 285 560 4 195 016 3 331 469 4,05

3,70% 0,20% 1 195 000 872 000 50 60 43780 41365 500 700 7 316 313 8 902 950 -232 829 € -283 320 € 0 1 462 959 15 108 491 13 993 707 3,06

0,70% 2,00% 281 400 139 500 50 60 9695 7567 500 700 1 455 825 775 289 -46 329 € -24 672 € 245 928 0 2 216 379 1 146 412 3,62

0,30% 0,50% 953 500 425 500 50 60 26261 18852 500 700 5 774 272 4 143 835 -183 756 € -131 870 € 1 033 694 580 896 9 433 479 6 603 892 4,22

1,10% 0,70% 1 376 400 774 100 50 60 42807 32904 500 700 28 644 000 8 855 000 -911 544 € -281 795 € 812 012 903 224 25 538 028 14 874 827 2,69

0,70% 0,10% 716 900 446 300 50 60 26494 24556 500 700 20 684 958 10 258 329 -658 262 € -326 453 € 638 196 835 377 9 285 413 7 201 590 2,18

1,70% 0,10% 876 100 526 100 50 60 47605 25802 500 700 6 076 000 11 142 444 -193 358 € -354 588 € 202 823 942 921 14 390 731 11 142 595 3,79

0,30% 0,10% 1 281 400 733 600 50 60 42038 21360 500 700 7 754 250 21 771 750 -246 765 € -692 847 € 1 446 513 1 120 392 7 659 415 8 987 949 4,54

176 892 858 € 164 438 753 € 5 629 299 € 5 232 969 € 4 836 639 € 4 440 310 €

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193

Tabela C.3 - Resultados referentes à otimização dos custos com pessoal das EG de referência

EG AlojamentosAtend

AA

Atend

AR

Gastos

Totais

iniciais AA

(€)

Gastos

Totais

iniciais AR

(€)

AF_AA

inicial (m3)

AF_AR

inicial (m3)

Gastos

Totais de

AA+AR

inicial (€/m3)

Nº de

Trabalha

dores AA

Nº de

Trabalha

dores AR

Ramais

de

Ligação

Comprimento

Total Coletor

(km)

Nº necessário

trabalhadores

AA

Nº necessário

trabalhadores

AR

Diferença

Trabalha

dores AA

Diferença

Trabalha

dores AR

Ordenado

Médio

Mensal AA

Ordenado

Médio

Mensal

AR

Otimização

dos Custo

com

Pessoal AA

Otimização

dos Custo

com

Pessoal AR

Gastos

Totais AA

com

otimização

dos custos

com

pessoal

Gastos

Totais AR

com

otimização

dos custos

com

pessoal

Gastos

Totais de

AA+AR após

otimização

dos custos

com pssoal

(€/m3)

SIMAS de Oeiras e Amadora 173 954 100% 100% 28 070 311 10 956 125 19 991 822 19 991 822 1,95 197 172 34867 700,5 70 35 127 137 2 172 926 3 860 943 1 781 681 24 209 368 9 174 444 1,67

Indaqua Matosinhos 82 085 100% 95% 11 409 580 9 515 815 10 151 392 8 880 124 2,2 81 36 37715 553,1 75 28 6 8 1 441 1 472 111 111 163 753 11 298 469 9 352 062 2,17

Águas do Porto 137 236 100% 100% 22 025 948 12 452 807 15 962 429 15 382 181 2,19 216 147 67431 562 135 28 81 119 1 875 1 711 2 127 797 2 852 505 19 898 151 9 600 302 1,87

AGERE 84 497 99% 99% 10 185 460 9 489 140 8 729 387 8 388 062 2,3 131 92 41364 919,8 83 46 48 46 1 571 1 404 1 066 349 906 501 9 119 111 8 582 639 2,07

SMAS de Viseu 54 008 98% 97% 5 598 554 4 323 764 5 586 999 3 670 223 2,18 95 58 45722 922 91 46 4 12 1 163 1 331 57 922 223 676 5 540 632 4 100 087 2,11

SMSB de Viana do Castelo 48 164 94% 75% 3 764 071 3 837 841 4 300 240 2 681 515 2,31 71 36 27636 438 55 22 15 14 1 462 1 441 313 832 278 405 3 450 239 3 559 436 2,13

CM de Góis 5 165 100% 96% 479 774 319 998 224 516 102 056 5,27 8 3 4934 26,9 10 1 -2 1 1 709 2 596 -39 902 52 881 519 676 267 117 4,93

CM de Póvoa de Varzim 34 881 96% 84% 3 255 377 3 578 908 2 665 673 2 053 140 2,96 38 29 23464 273,6 47 14 -9 15 1 291 1 825 -163 181 393 987 3 418 558 3 184 921 2,83

Águas de Valongo 40 383 99% 98% 6 213 931 3 548 354 3 874 655 3 687 409 2,57 40 41 21025 347,3 42 17 -2 24 1 641 1 573 -51 476 530 271 6 265 407 3 018 083 2,44

FAGAR - Faro 37 788 96% 90% 6 205 780 4 861 438 4 492 171 3 723 311 2,69 52 34 20238 385 40 19 11 15 1 680 1 413 263 910 288 964 5 941 870 4 572 474 2,55

EMAR de Portimão 46 887 100% 99% 5 923 241 5 472 939 4 906 250 4 636 732 2,39 35 35 21268 347,8 43 17 -8 18 2 532 1 900 -270 678 465 876 6 193 918 5 007 063 2,34

EMAR de Vila Real 29 912 94% 64% 3 215 570 3 608 180 2 633 018 1 858 504 3,16 42 31 22141 280,2 44 14 -2 17 1 463 1 514 -42 642 366 409 3 258 212 3 241 771 2,98

CM de Proença-a-Nova 6 266 100% 46% 1 010 420 428 847 467 560 190 766 4,41 3 1 6567 12,7 13 1 -10 0 1 812 1 842 -264 695 9 414 1 275 115 419 433 4,93

SM de Castelo Branco 38 282 99% 87% 6 039 299 3 830 027 3 749 186 3 445 745 2,72 28 34 31608 413,9 63 21 -36 13 1 825 941 -907 600 172 591 6 946 899 3 657 436 2,91

CM de Manteigas 2 603 91% 93% 702 185 775 286 177 705 177 705 8,31 5 2 2823 33,3 6 2 0 0 1 061 1 856 -3 656 11 304 705 841 763 982 8,27

Águas da Covilhã 33 004 99% 90% 3 143 298 4 916 546 2 141 655 2 023 254 3,9 29 15 25038 401,5 50 20 -21 -5 2 079 2 364 -619 382 -163 031 3 762 679 5 079 577 4,27

SMAS de Tomar 26 134 100% 32% 4 133 818 1 515 370 2 100 340 914 516 3,63 42 10 28853 95 58 5 -15 5 1 296 1 789 -277 686 123 962 4 411 504 1 391 408 3,62

Águas de Alenquer 23 530 99% 84% 3 911 782 3 306 622 2 111 676 1 601 246 3,92 25 9 19784 413,9 40 21 -14 -12 996 2 093 -199 033 -357 347 4 110 815 3 663 969 4,23

SMAS de Peniche 21 095 95% 92% 3 748 149 2 975 061 2 110 388 1 616 449 3,62 51 30 15539 123,1 31 6 20 24 1 231 1 193 346 775 400 035 3 401 374 2 575 026 3,20

Águas de Coimbra 79 193 100% 97% 14 875 663 12 247 428 9 763 445 9 239 736 2,85 142 90 43780 872 88 44 55 46 1 515 1 946 1 160 745 1 252 991 13 714 918 10 994 437 2,59

Águas da Azambuja 11 913 98% 61% 1 924 122 1 121 740 1 139 302 685 334 3,33 9 2 9695 139,5 19 7 -11 -5 1 326 1 649 -202 148 -126 429 2 126 270 1 248 169 3,69

Águas de Mafra 42 867 97% 79% 8 216 030 5 891 126 4 569 816 3 067 781 3,72 73 24 26261 425,5 53 21 20 2 1 532 1 220 428 894 42 446 7 787 135 5 848 680 3,61

Águas de Cascais 108 840 100% 100% 23 814 473 13 689 808 15 483 292 14 260 976 2,5 138 71 42807 774,1 86 39 53 32 1 800 1 277 1 330 361 571 857 22 484 112 13 117 951 2,37

Águas do Sado 62 607 99% 97% 7 988 955 6 039 760 7 444 939 7 680 102 1,86 80 51 26494 446,3 53 22 27 29 1 929 1 490 718 565 600 575 7 270 390 5 439 185 1,68

Águas de Gondomar 73 416 100% 85% 13 994 551 9 845 086 7 274 097 6 165 346 3,52 119 34 47605 526,1 95 26 24 8 1 265 2 079 418 777 229 771 13 575 774 9 615 316 3,43

Águas de Barcelos 47 339 93% 69% 5 966 137 7 174 710 2 888 022 4 763 576 3,57 33 13 42038 733,6 84 37 -51 -23 1 275 1 818 -904 314 -595 026 6 870 451 7 769 736 4,01

TOTAL 205 816 478 € 145 722 726 € 8 259 589 10 478 022

Page 226: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

194

Tabela C.4 - Resultados referentes à tarifa em alta das EG de referência

EG

Gastos

Totais

iniciais AA

(€)

Gastos

Totais

iniciais AR

(€)

SIMAS de Oeiras e Amadora 28 070 311 10 956 125

Indaqua Matosinhos 11 409 580 9 515 815

Águas do Porto 22 025 948 12 452 807

AGERE 10 185 460 9 489 140

SMAS de Viseu 5 598 554 4 323 764

SMSB de Viana do Castelo 3 764 071 3 837 841

CM de Góis 479 774 319 998

CM de Póvoa de Varzim 3 255 377 3 578 908

Águas de Valongo 6 213 931 3 548 354

FAGAR - Faro 6 205 780 4 861 438

EMAR de Portimão 5 923 241 5 472 939

EMAR de Vila Real 3 215 570 3 608 180

CM de Proença-a-Nova 1 010 420 428 847

SM de Castelo Branco 6 039 299 3 830 027

CM de Manteigas 702 185 775 286

Águas da Covilhã 3 143 298 4 916 546

SMAS de Tomar 4 133 818 1 515 370

Águas de Alenquer 3 911 782 3 306 622

SMAS de Peniche 3 748 149 2 975 061

Águas de Coimbra 14 875 663 12 247 428

Águas da Azambuja 1 924 122 1 121 740

Águas de Mafra 8 216 030 5 891 126

Águas de Cascais 23 814 473 13 689 808

Águas do Sado 7 988 955 6 039 760

Águas de Gondomar 13 994 551 9 845 086

Águas de Barcelos 5 966 137 7 174 710

TOTAL 205 816 478 € 145 722 726 €

Tarifa Alta

2015 após

agregação

(€/m3)

Tarifa alta

2020 -

Harmonização

tarifário (€/m3)

Variação

Tarifa em

Alta AA (€)

Tarifa Alta

AR 2015

(€/m3)

Tarifa Alta

AR 2015

após

agregação

(€/m3)

Tarifa alta AR

2020 -

Harmonização

tarifário (€/m3)

Variação

Tarifa em

Alta AR (€)

Gastos Totais

com

Harmonização

Tarifa em Alta

AA

Gastos Totais

com

Harmonizaçã

o Tarifa em

Alta AR

Gastos Totais

de AA+AR após

harmonização

da Tarifa em

Alta (€/m3)

0,4849 0,5775 -2353349,64 0 0 0 0 30 423 661 10 956 125 2,07

0,3803 0,5207 -1750953,95 0 0 0 0 13 160 534 9 515 815 2,37

0,3803 0,5207 -2854727,23 0 0 0 0 24 880 675 12 452 807 2,37

0,4653 0,4653 0 0 0 0 0 10 185 460 9 489 140 2,30

0,4653 0,4653 0 0 0 0 0 5 598 554 4 323 764 2,18

0,5207 0,5207 138578,2546 0,5627 0,5627 0,6324 -186901,596 3 625 492 4 024 743 2,34

0,4653 0,4653 5864,315 0,5195 0,5195 0,5723 -5388,5568 473 910 325 387 5,30

0,5207 0,5207 93124,6144 0,5627 0,5627 0,6324 -143103,858 3 162 253 3 722 012 3,00

0,3803 0,5207 -637187,85 0 0 0 0 6 851 119 3 548 354 2,73

0,471 0,471 0 0,6304 0,6304 0,6304 0 6 205 780 4 861 438 2,69

0,471 0,471 0 0,6304 0,6304 0,6304 0 5 923 241 5 472 939 2,39

0,5207 0,5207 676248,3024 0,7737 0,6324 0,6324 262606,615 2 539 321 3 345 573 2,76

0,5696 0,5696 49238,8348 0,6584 0,5107 0,5107 28176,1382 961 181 400 671 4,16

0,5696 0,5696 359275,2412 0,6584 0,5107 0,5107 508936,537 5 680 024 3 321 090 2,48

0,5696 0,5696 34242,732 0,7474 0,5107 0,5107 42062,7735 667 942 733 224 7,88

0,4132 0,4132 0 1,086 1,086 1,086 0 3 143 298 4 916 546 3,90

0,52725 0,57355 -28538,928 0,6584 0,5107 0,5107 135074,013 4 162 357 1 380 296 3,49

0,5696 0,5696 258583,052 0,6209 0,5107 0,5107 176457,309 3 653 199 3 130 165 3,68

0,5696 0,5696 289939,0431 0,6209 0,5107 0,5107 178132,68 3 458 210 2 796 929 3,37

0,4653 0,4653 239205,629 0,5195 0,5195 0,5723 -487858,061 14 636 457 12 735 286 2,88

0,5696 0,5696 127844,7982 0,6209 0,5107 0,5107 75523,8068 1 796 277 1 046 216 3,10

0,52725 0,57355 180324,4343 0,4545 0,4545 0,5107 -172409,292 8 035 705 6 063 535 3,73

0,4849 0,5775 -1672127,28 0,3213 0,3213 0,5107 -2701028,85 25 486 600 16 390 837 2,80

0,4653 0,4653 0 0,587 0,5107 0,5107 585991,783 7 988 955 5 453 768 1,78

0,3803 0,5207 -1210008,34 0 0 0 0 15 204 559 9 845 086 3,69

0,5207 0,5207 89319,6552 0 0 0 0 5 876 817 7 174 710 3,54

-7 965 104 € -1 703 729 €

Page 227: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

195

Tabela C.5 - Resultados finais considerando os quatro cenários das EG de referência

EG AlojamentosAtend

AA

Atend

AR

Gastos

Totais

iniciais AA

(€)

Gastos

Totais

iniciais AR

(€)

AF_AA

inicial (m3)

AF_AR

inicial (m3)

Gastos

Totais de

AA+AR

inicial (€/m3)

SIMAS de Oeiras e Amadora 173 954 100% 100% 28 070 311 10 956 125 19 991 822 19 991 822 1,95

Indaqua Matosinhos 82 085 100% 95% 11 409 580 9 515 815 10 151 392 8 880 124 2,2

Águas do Porto 137 236 100% 100% 22 025 948 12 452 807 15 962 429 15 382 181 2,19

AGERE 84 497 99% 99% 10 185 460 9 489 140 8 729 387 8 388 062 2,3

SMAS de Viseu 54 008 98% 97% 5 598 554 4 323 764 5 586 999 3 670 223 2,18

SMSB de Viana do Castelo 48 164 94% 75% 3 764 071 3 837 841 4 300 240 2 681 515 2,31

CM de Góis 5 165 100% 96% 479 774 319 998 224 516 102 056 5,27

CM de Póvoa de Varzim 34 881 96% 84% 3 255 377 3 578 908 2 665 673 2 053 140 2,96

Águas de Valongo 40 383 99% 98% 6 213 931 3 548 354 3 874 655 3 687 409 2,57

FAGAR - Faro 37 788 96% 90% 6 205 780 4 861 438 4 492 171 3 723 311 2,69

EMAR de Portimão 46 887 100% 99% 5 923 241 5 472 939 4 906 250 4 636 732 2,39

EMAR de Vila Real 29 912 94% 64% 3 215 570 3 608 180 2 633 018 1 858 504 3,16

CM de Proença-a-Nova 6 266 100% 46% 1 010 420 428 847 467 560 190 766 4,41

SM de Castelo Branco 38 282 99% 87% 6 039 299 3 830 027 3 749 186 3 445 745 2,72

CM de Manteigas 2 603 91% 93% 702 185 775 286 177 705 177 705 8,31

Águas da Covilhã 33 004 99% 90% 3 143 298 4 916 546 2 141 655 2 023 254 3,9

SMAS de Tomar 26 134 100% 32% 4 133 818 1 515 370 2 100 340 914 516 3,63

Águas de Alenquer 23 530 99% 84% 3 911 782 3 306 622 2 111 676 1 601 246 3,92

SMAS de Peniche 21 095 95% 92% 3 748 149 2 975 061 2 110 388 1 616 449 3,62

Águas de Coimbra 79 193 100% 97% 14 875 663 12 247 428 9 763 445 9 239 736 2,85

Águas da Azambuja 11 913 98% 61% 1 924 122 1 121 740 1 139 302 685 334 3,33

Águas de Mafra 42 867 97% 79% 8 216 030 5 891 126 4 569 816 3 067 781 3,72

Águas de Cascais 108 840 100% 100% 23 814 473 13 689 808 15 483 292 14 260 976 2,5

Águas do Sado 62 607 99% 97% 7 988 955 6 039 760 7 444 939 7 680 102 1,86

Águas de Gondomar 73 416 100% 85% 13 994 551 9 845 086 7 274 097 6 165 346 3,52

Águas de Barcelos 47 339 93% 69% 5 966 137 7 174 710 2 888 022 4 763 576 3,57

TOTAL 205 816 478 € 145 722 726 €

Gastos Totais AA

final

(considerando

todos os

cenários) (€)

Gastos Totais

AR final

(considerando

todos os

cenários) (€)

AF_AA finalAumento

AF_AR

AF_AR

final

Gastos Totais de

AA+AR

Sustentabilidade

(€/m3)

21 582 760 10 020 206 20 122 396 130 574 20 122 396 1,57

13 197 115 9 658 379 10 151 392 0 8 880 124 2,39

19 220 688 10 238 665 16 079 284 116 855 15 499 036 1,86

7 865 683 10 575 605 8 795 003 65 616 8 453 678 2,15

6 081 828 6 259 565 6 016 439 425 058 4 095 281 2,54

2 845 517 4 533 966 4 345 085 35 781 2 717 296 2,32

465 573 340 513 235 699 10 736 112 792 4,99

3 309 556 3 772 613 2 781 997 101 783 2 154 923 2,94

7 652 195 3 765 141 3 874 655 0 3 687 409 3,00

5 738 816 5 259 414 4 507 041 13 941 3 737 252 2,68

5 466 235 5 495 937 5 000 549 93 356 4 730 088 2,26

2 802 515 3 629 833 2 749 941 79 607 1 938 111 2,89

1 609 505 441 531 490 818 10 699 201 465 5,47

6 178 029 3 989 212 3 789 044 35 027 3 480 772 2,78

706 898 796 939 208 289 31 256 208 961 7,21

4 041 500 6 037 302 2 354 313 193 325 2 216 579 4,44

4 460 612 1 393 207 2 264 665 52 584 967 100 3,41

4 349 337 4 272 318 2 225 733 96 776 1 698 022 4,47

2 913 414 2 753 301 2 337 257 219 705 1 836 154 2,75

11 238 819 13 228 574 9 986 746 216 602 9 456 338 2,52

1 970 882 1 197 317 1 159 047 12 290 697 624 3,42

8 824 260 6 733 855 4 569 816 0 3 067 781 4,13

25 879 795 17 003 999 15 483 292 0 14 260 976 2,86

6 701 651 6 015 023 7 637 467 188 638 7 868 740 1,64

15 181 963 10 912 825 7 274 097 0 6 165 346 3,86

8 474 409 9 582 975 2 888 022 0 4 763 576 4,95

198 759 553 € 157 908 214 €

Page 228: Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de … · Sustentabilidade dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais i Agradecimentos

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