susana batel cis/iscte, lisboa - portugal joão oliveira iscte, lisboa - portugal
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Susana Batel CIS/ISCTE, Lisboa - Portugal João Oliveira ISCTE, Lisboa - Portugal Conceição Nogueira Univ. Minho, Minho - Portugal Lígia Amâncio ISCTE, Lisboa - Portugal. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
O Mérito ou os méritos: uma ilustração estatística do papel do género na
progressão na carreira científica em Portugal
Susana Batel
CIS/ISCTE, Lisboa - Portugal
João Oliveira
ISCTE, Lisboa - Portugal
Conceição Nogueira
Univ. Minho, Minho - Portugal
Lígia Amâncio
ISCTE, Lisboa - Portugal
Elites Discriminadas…
Vários estudos têm demonstrado discrepâncias entre as qualificações académicas das mulheres e…
• A sua progressão na carreira académica (Amâncio & Ávila, 1995; Valian, 1998; Husu, 2001)
• O reconhecimento do mérito (Crawford, Sime & Walker, 1997; McGraynne, 1998; Husu, 2001; Maddox, 2002)
A hipótese do mérito genderizado
% de Mulheres Prof. Catedrática
0%
5%
10%
15%
20%
25%
Início anos 90 Final anos 90 2004
→ 1º exemplo: progressão geral das mulheres na Categoria de Professora Catedrática, desde o início dos anos 90 a 2004, e em áreas científicas específicas
% de doutoramentos
concluídos (1970-1997)
% de Profs. Catedráticas(final anos
90)
Matemática 49 27
Física 44 24
Química 63 20
Biologia 61 33
Sociologia 32 11
Psicologia 36 22
Fontes: Doctor Degrees in Portugal, 1970-1997, 1999, O.C.T. p.16-17; National scientific and technological potential inquiry, O.C.T., 1999Fontes: Amâncio & Ávila, 1995; Patrício, 1998; Amâncio, 2005
A hipótese do mérito genderizado: 2º exemplo – O nosso estudo
Dados recolhidos em 2005 por questionário• 126 investigadores com Doutoramento• 69 mulheres; 57 homens• Média de idades: 46; DP: 8,51• 66,7% eram casados• 49,6% tinham 2-3 filhos(as)• Áreas científicas: Economia (16%), Química (13,7%) &
Matemática (12,7%)
Esta é uma amostra de conveniência, que não é representativa do universo. Contudo, revela processos particulares que podem ser ilustrativos de efeitos de género nas carreiras académicas.
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
• Profs Auxiliares 67,2%
• Profs Associados 17,6%
• Profs Catedráticos 15,2%
Profs.Catedráticos
Profs.Associados
Profs.Auxiliares
50
40
30
20
10
0
Mulheres
Homens
Categorias por sexo
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
Profs. Auxiliares (n=78)
Homens Mulheres
<= 5 anos 48% 52%
6 a 10 anos 44% 56%
>= 11 anos 32,1% 67,9%
→ 1ª evidência – estagnação das mulheres na carreira: Profs. Auxiliares
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
Profs. Associados (n=14)
Homens Mulheres
<=5 anos 66,7% 33,7%
6 a 10 anos 0% 100%
>=11 anos 33,3 % 66,7%
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
→ 2ª evidência – estagnação das mulheres na carreira: Profs. Associadas
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
N=42 Prof. Auxiliares Prof. Associados Prof. Catedráticos
Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres
Química 50% 50% 100% 0% 100% 0%
Economia 33,3% 66,7% 66,7% 33,3% 75% 25%
3rd example: Our study – 4th evidence of stagnation in the career in specific scientific areas
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
De 1970 a 2004 Homens Mulheres
Química 333 430
Economia 374 145
Número geral de doutoramentos, concluídos ou reconhecidos em/por universidades portuguesas
Fonte: OCES, 2005
→ 3ª evidência – estagnação das mulheres na carreira: áreas científicas específicas
Progressão na carreira, por sexo, no nosso estudo
Profs. Auxiliares (n=25)
Estagnação Homens Mulheres
Química <= 5 anos 100% 0%
6 to 10 anos 100% 0%
>= 11 anos 37,5% 62,5%
Economia <= 5 anos 66,7% 33,3%
6 to 10 anos 0% 100%
>= 11 anos 40% 60%
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
→ 3ª evidência – estagnação das mulheres na carreira: áreas científicas específicas
A hipótese do mérito genderizado: O nosso estudo
Percepções dos participantes sobre a hipótese do mérito genderizado
kmo=,862
Matriz de componentes com rotação
Método de Extracção: Análise de Componentes Principais. Método de Rotação: Varimax com Normalização de Kaiser. a A rotação convergiu em 3 iterações.
Componentes
1 Desiguadades das
comunidades científicas Alpha= ,8696
2 Desigualdades na
Distribuição de tarefas
Alpha= ,7670 Promoção pelos mesmoscritérios para homens e mulheres
- ,890 - ,112
Não há distinção entre sexos na comunidade científica
- ,820 - ,175
Promoções por critérios diferentespara homens e mulheres
,797 ,312
Os homens têm maisoportunidades de afirmação académica
,768 ,417
Os homens ocupam geralmente mais posições de poder
,588 ,146
Os homens como cientistas são mais respeitados do que as mulheres
,568 ,559
Os homens dedicam-se maisà investigação
,001 ,876
As mulheres dedicam-se mais ao ensino
,344 ,747
As mulheres ocupam-se mais de Tarefas administrativas
,337 ,735
Variância Explicada Total: 67,84%
39,89 %
27,95%
Percepções dos participantes sobre a hipótese do mérito genderizado
As mulheres reconhecem mais desigualdades na comunidade científica (p<.000) e desigualdades na distribuição das tarefas do que os homens (p<.017)
HomensMulheres
Méd
ia
,4
,2
0,0
-,2
-,4
Desigualdades
da comunidade
Desigualdades na
distribuição de tarefas
Notas finais
• O efeito da assimetria de género (Amâncio, 2004; Amâncio e Oliveira, 2006) pode explicar porque é que o mérito é percebido e aplicado de forma diferente para homens e mulheres.
• Este estudo mostra que as mulheres cientistas estão a desenvolver uma consciência das desigualdades na ciência e para as ideologias de género.