surrealismo final

30
SURREALISMO

Upload: martamariaresende

Post on 29-Nov-2014

2.242 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Surrealismo final

SURREALISMO

Page 2: Surrealismo final

APRESENTAÇÃO

• Marta Resende• nº54171• Turma 2• Professor Pedro Rosário• Universidade de Tras os Montes e Alto Douro

Page 3: Surrealismo final

CONTEXTO HISTÓRICO

No fim da primeira Guerra Mundial, a Europa vive um período de instabilidade política, social e ideológica.

A Revolução Russa levou a classe operária pela primeira vez ao poder, fazendo com que o mundo capitalista se sentisse ameaçado.

Os valores tradicionais passaram a ser mais intensamente questionados, o que, no meio artístico, levou à busca de novas formas de analisar e representar a realidade.

Page 4: Surrealismo final

Manifestações artísticas surgem como novas

alternativas dentro de um mundo angustiado com a

guerra, devido a tantas batalhas e mortes.

Num ambiente totalmente fragilizado, aparece o

Surrealismo, desestabilizador de toda a ideia de cultura

existente até então. Propõe a junção de imagens

bizarras, com o intuito de escandalizar e chocar a

sociedade (a deformação intencional da realidade).

Page 5: Surrealismo final

O QUE É ?

Page 6: Surrealismo final

Em 1924 o poeta André Breton - adepto e

experimentador dos métodos psicanalíticos de

Freud - publicou em Paris o primeiro manifesto

do novo movimento artístico.

Este propunha aos artistas e escritores a

manifestarem os seus pensamentos de uma

maneira livre, espontânea e irracional; que

deixassem as manifestações do subconsciente

emergirem, sem qualquer interferência de

reflexão intelectual, por mais absurdas e ilógicas

que pudessem ser.

O subconsciente é o marco do

surrealismo.

André Breton

Page 7: Surrealismo final

Entre os artistas mais marcantes da época, na

pintura, destacam-se Salvador Dalí, Joan Miró e René

Magritte.

Page 8: Surrealismo final

ARTES PLÁSTICAS

Page 9: Surrealismo final

O Surrealismo teve o seu

auge na pintura. Através da tela

e das tintas, os artistas plásticos

colocavam as suas emoções, o

seu inconsciente, e

representavam o mundo

concreto.

O movimento artístico

dividiu-se em duas correntes. A

primeira, representada

principalmente por Salvador

Dalí, trabalhava com a distorção

e a justaposição de imagens

conhecidas. A sua obra mais

conhecida neste estilo é “A

Persistência da Memória”.

A Persistência da Memória

Page 10: Surrealismo final

Os artistas da segunda corrente libertam a mente e

dão vazão ao inconsciente, sem nenhum controlo da

razão.

Joan Miró e Max Ernst representam muito bem esta

corrente. As telas saem com formas curvas, linhas

fluidas e com muitas cores. “O Carnaval de

Arlequim” e “A Cantora Melancólica”, de Miró, são

disso exemplo.

Page 11: Surrealismo final

O Carnaval de Arlequim, Joan Miró

Page 12: Surrealismo final

A Cantora Melancólica, Joan Miró

Page 13: Surrealismo final

LITERATURA

Page 14: Surrealismo final

Os escritores do surrealismo rejeitaram o romance e a poesia em estilos

tradicionais e que representavam os valores sociais da burguesia.

As poesias e textos deste movimento são marcados pela livre

associação de ideias, frases montadas com palavras recortadas de

revistas e jornais e muitas imagens e ideias do inconsciente.

O poeta Paul Éluard, autor de “Capital da Dor” e André Breton, autor

de “O Amor Louco”, “Nadja” e “Os Vasos Comunicantes”, são

representantes da literatura surrealista.

Page 15: Surrealismo final

Breton, André, O Amor Louco

Page 16: Surrealismo final

Breton, André, Nadja

Page 17: Surrealismo final

Breton, André, Os vasos comunicantes

Page 18: Surrealismo final

CINEMA

Page 19: Surrealismo final

Os cineastas também quebraram com o tradicionalismo

cinematográfico.

Demonstram uma despreocupação total com o enredo e

com a história do filme.

Os ideais da burguesia são combatidos, e os desejos

não racionais afloram.

Dois filmes representativos deste género do cinema são

“Um Cão Andaluz” (1928) e “L'Âge D'Or” (1930) de

Luís Buñuel, em parceria com Salvador Dalí.

Page 20: Surrealismo final

Capa e cenas do filme “Um Cão Andaluz”, de Luís Buñuel e Salvador Dalí.

Page 21: Surrealismo final

Capa e cenas do filme “L'Âge D'Or”, de Luis Buñuel e Salvador Dalí.

Page 22: Surrealismo final

TEATRO

Page 23: Surrealismo final

O dramaturgo francês Antonin

Artaud é o maior representante do

Surrealismo no teatro, através do seu

Teatro da Crueldade.

Artaud pretendia, através das suas

peças teatrais, livrar o espectador

das regras impostas pela civilização

e assim despertar o inconsciente da

plateia.

Uma das técnicas usadas pelo

dramaturgo foi unir o palco e a

plateia, durante a realização das

peças.

No livro O Teatro e o seu duplo,

Arnaud demonstra sua teoria.

Page 24: Surrealismo final

A obra mais conhecida de Antonin

Artaud é Os Cenci.

Nas décadas de 1940 e 1950, os

princípios do Surrealismo influenciaram

o Teatro do Absurdo.

Imagem de uma cena da peça de teatro “En Attendant Godot”, de Samuel Beckett.

Page 25: Surrealismo final

Em 1949, tiveram lugar as principais manifestações do movimento Surrealista em Portugal, como a Exposição do Grupo Surrealista de Lisboa, onde expuseram Alexandre O'Neill, António DaCosta, António Pedro, Fernando de Azevedo, João Moniz Pereira, José-Augusto França e Vespeira.

SURREALISMO EM PORTUGAL

Melancolia, António Dacosta

Page 26: Surrealismo final

• Alexandre O'Neill publica A Ampola Miraculosa, constituída por 15 imagens e respetivas legendas, sem que entre imagem e legenda se estabelecesse um nexo lógico.

• Esta obra poderá ser considerada paradigmática do Surrealismo português.

• Foram lançados, ainda nesse ano, os primeiros números dos Cadernos Surrealistas.

SURREALISMO EM PORTUGAL

Page 27: Surrealismo final
Page 28: Surrealismo final

ReflexãoO surrealismo atravessou diversas formas de arte, passando pela pintura, literatura, teatro,

publicidade e cinema.

Com este trabalho, mais uma vez pude constatar que os artistas são influenciados pelo mundo que os

rodeia. O que os torna únicos é a forma como eles “veem” / interpretam essa realidade.

Na verdade, no movimento Surrealista as obras transcendem a realidade, pois trouxeram para o

mundo da arte o subconsciente, que não deixa de ser a realidade que cada um de nós tem escondida

dentro si próprio.

Na pintura, as formas curvas, linhas fluidas e a abundância da cor parecem refletir o inconsciente,

desejos, recalques e sonhos, que os pintores Surrealistas trazem para as suas telas, de uma forma

provocadora, contra preconceitos filosóficos, políticos, crenças religiosas e inibições da personalidade.

.

Page 29: Surrealismo final

CONCLUSÃO

Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Freud, o Surrealismo

trouxe o inconsciente para a atividade criativa, em especial para a pintura.

Os Surrealistas rejeitam a chamada ditadura da razão e os valores burgueses,

onde o humor, os sonhos e o absurdo são recursos a serem utilizados para

libertar o homem de uma existência utilitária, sem tabus e preconceitos.

No meu modo de entender nada existe de inadmissível. O irreal é tão

verdadeiro como o real. O sonho e a realidade são vasos

comunicantes. (André Breton)