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página 39 Aldeias Lar – Sabe o que são? Páginas 16 e 18 Terrorismo, a proliferação de ar- mas de destruição massiva e o bio- terrorismo são, cada vez mais, uma ameaça.. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Director: Abel Matos Santos Ano 2 Número 15 1 de Julho de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Destaques Um regicida no Panteão Nacional . O Estado quer lá colocar quem mandou matar o Rei D. Carlos. SUPLEMENTO NAS CENTRAIS Páginas 8 e 9 Promessas e investiduras, dos escuteiros em ambiente de festa. Página 11 Coruchenses Homenageados em Santarém Saiba as opiniões (opostas) sobre a polémica obra do muro pág. 3 Já foi entregue a petição Já foi entregue a petição 1313 Assinaturas 1313 Assinaturas Páginas 4 e 5 Novo Aeroporto de Lisboa A localização de Alcochete, dúvidas, certezas e implicações páginas 2, 6 e 7 página 46 JC nomeado Jornal Oficial das Festas de Coruche 2007 página 22 Manjar de sabores na Escola Manjar de sabores na Escola Profissional de Salvater Profissional de Salvater ra ra Conheça a colecção de selos com os monumentos postos à votação

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página 39

Aldeias Lar – Sabe o que são?

Páginas 16 e 18

Terrorismo, a proliferação de ar-mas de destruição massiva e o bio-terrorismo são, cada vez mais, umaameaça..

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Director: Abel Matos Santos – Ano 2 • Número 15 • 1 de Julho de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Destaques

Um regicida no Panteão Nacional.O Estado quer lá colocar quemmandou matar o Rei D. Carlos.

SUPLEMENTO NAS CENTRAIS

Páginas 8 e 9

Promessas e investiduras, dosescuteiros em ambiente de festa.

Página 11

Coruchenses Homenageadosem Santarém

Saiba as opiniões (opostas) sobre a polémica obra do muro pág. 3

Já foi entregue a petiçãoJá foi entregue a petição

11331133 AAssssiinnaattuurraass11331133 AAssssiinnaattuurraassPáginas 4 e 5

Novo Aeroporto de LisboaA localização de Alcochete, dúvidas,certezas e implicações

páginas 2, 6 e 7

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Manjar de sabores na EscolaManjar de sabores na EscolaProfissional de SalvaterProfissional de Salvaterrara

Conheça a colecção de selos com os monumentos postos à votação

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O nosso futuroCom o surgimento do estudo

apresentado pela Confederaçãode Indústria Portuguesa (CIP)apoiando a construção do novoaeroporto nos terrenos do cam-po de tiro de Alcochete, o con-celho de Coruche vê, com a suaefectivação, mudar radicalmen-te as perspectivas de desenvol-vimento com as vantagens daiinerentes, como as acessibilida-des, o investimento e a criaçãode empregos.

Consultando o estudo, asprincipais vantagens que ressal-tam desde logo deste relatóriointercalar podem resumir-se nosseguintes aspectos: a) A distân-cia das diversas implantaçõesestudadas encontra-se entre 28 e36 km de Lisboa; b) Reduçãodo custo do aeroporto e do sis-tema integrado de acessibili-dades (travessia do Tejo, redesferroviária e rodoviária) estima-do em 3.000 M€; c) Redução doprazo de construção possibili-tando a entrada em serviço sig-nificativamente mais cedo comminimização dos custos do in-vestimento inicial e dos impre-vistos técnicos; d) Terrenos pro-priedade do Estado, totalizando

cerca de 7500 Ha para projectosfuturos e de ampliação, livres deespeculação; d) O desenvolvi-mento regional do Centro eOeste é beneficiado através deauto-estradas e pontes já exis-tentes ou projectadas com otempo de trajecto entre Alcoche-te e a OTA de apenas 15 minu-tos.

Também, a mais recentehipótese, que também deve seravaliada, do actual aeroporto daPortela + 1 (B.A. do Montijo),defendida por muitos como aopção mais económica e funcio-nal, vem também ser uma so-lução com um impacto bastantepositivo no nosso concelho. Aúnica solução que de facto nãointeressa a Coruche, e pelos vis-tos ao País, é a solução Ota.

Por tudo isto, não foi de estra-nhar que a Autarquia de Coruchee as forças políticas e económicasdo concelho viessem defender alocalização sugerida pela CIP.

No entanto foi com agradoque vi o Sr. Presidente da Câ-mara de Coruche, logo no dia 5de Junho (quando saiu o estudo)apoiar esta localização, que nosbeneficia, em oposição à esco-lha do ministro Mário Lino(PS), claramente a favor da Ota.

O PSD veio também reforçara solução Alcochete e propôsuma moção à Assembleia Muni-cipal, de apoio a esta solução.

O PS local encara com bonsolhos a solução de Alcochete

que entende ser a mais vantajosapara Coruche.

De estranhar foram as decla-rações da Presidente da Assem-bleia Municipal de Coruche,eleita pelo PCP, que referiu àRádio Voz do Sorraia, que a“discussão da nova localizaçãonão é prioritária para Coru-che”. Incompreensível!

O PaísCompreensível, mas de la-

mentar, foi a situação a que onosso país chegou, quanto àforma como se tomam decisõesestruturantes para o todo nacio-nal, como por exemplo o novoaeroporto ou o TGV.

Os partidos digladiam-sepelo curto poder dos quatro anos,querem assegurar os seus luga-res e interesses, e, esquecem osupremo interesse da Nação.

Há muito que se deixou deplanear a longo prazo as grandesobras nacionais e a forma comoessas opções devem servir oPaís. Pelo menos assim parece!

O projecto de um novo aero-porto para Lisboa, vem dos anos60, e hoje passados mais de 40anos, continuamos a discutir so-luções, e isto porque a Ota semostrou escandalosamente erra-da, até pelos interesses imobi-liários e económicos que gerou.A juntar a tudo isto, vem o des-crédito dos políticos e o afasta-mento cada vez maior dos ci-

dadãos da participação política ecívica. Consequência clara dacausa que antes referi.

Com a contínua desagrega-ção do todo nacional, com en-cerramentos de escolas, serviçosde saúde, desemprego elevado,aumento da divida externa, alitoralização do interior e a cres-cente contestação social, a jun-tar aos problemas de inseguran-ça e criminalidade, é com triste-za que se antecipam ainda maisdificuldades.

Será chegado o dia, em quetodos, a bem da Nação, teremosde contribuir para a mudançaque cada vez mais se exige.

Precisamos dos melhoresquadros, dos melhores técnicos,dos melhores portugueses aservir o Estado, e não estes polí-ticos de carreira, vindos das ju-ventudes partidárias, mal prepa-rados e submetidos à lógica dosaparelhos partidários, para a no-meação ou colocação em qual-

quer lugar que lhes permita o sus-tento.

É por estas razões, que mui-tas vezes devemos olhar paratrás no tempo e vermos os bonsexemplos que tivemos! Issodeve servir-nos de inspiração emotivação para trabalharmos abem das nossas gentes.

Foi isso que Luíz Alberto deOliveira fez há mais de sessentaanos, revolucionando as condi-ções de vida em Coruche, cominfraestruturas que ainda hojeusamos.

É esse exemplo de amor àterra que o viu nascer que quere-mos exaltar e homenagear enada mais do que isso!

É por isso que o devemoslembrar e repor-lhe o busto queo povo erigiu em 1959.

____Abel Matos Santos

Director

2 O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007

Fundador, Proprietário e Director: Abel Matos Santos • CP: TE 463 ([email protected])Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 Lisboa • Rua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 CorucheFax: 243 675 693 • Tlm: 91 300 86 58 Editor: ProCoruche – NIPC: 507700376 Registo na ERC n.º 124937Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222 Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: MensalPaginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto Assistente: Patrícia Tadeia Agenda e Notícias: [email protected] Principal: João Carlos Louro (CP 7599), Mafalda Fonseca e Edite Costa. Revisão: Carlota Alarcão (CP 6731)Assinaturas e Publicidade: Isabel Pinto e Carlos Tadeia • ([email protected])Tlm: 91 300 86 58 e 96 600 12 93 • Contabilidade: Manuel Alves dos SantosImpressão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga. Distribuição e cobranças: Carlos Tadeia • Tlm: 93 632 22 90Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, Alberto Paiva, António Marques, Brandão Ferreira, Custódio Borges,Diamantino Diogo, Domingos Xavier, Hélio Lopes, Lino Mendes, Luís Martins, João Costa Pereira, João Gomes, JoãoLouro, Joaquim Mesquita, José Caeiro, José Pinto Coelho, Mafalda Fonseca, Mariazinha Alarcão Macedo, Miguel MattosChaves, Moreira da Silva, Osvaldo Ferreira, Pedro Vargas, Rodolfo Begonha, Telma Caixeirinho, Teófilo Nunes, VascoMantas, Búzios, Cáritas, Escola Prof. Salvaterra, Cáritas, EPSM, GAO, GI-CMC, GI-GCS, GI-PSD, GI-Verdes, Cult,Nersant, Paróquia CCH, RVS, SPO.Fotografias: AMS, Carlota Alarcão, Foto África, Inácio Ramos Jr., Luís Martins, João Alarcão, João Costa Pereira, JoãoLouro, João Medinas, Joaquim Mesquita, Mafalda Fonseca, Manuel Pinto, M.ª José Figueiredo, Moreira da Silva, TelmaCaixeirinho, Búzios, EPSM, GI-CMC, GI-GCS, GI-PSD, GI-Verdes, Nersant, SPO, SRUCP.Cartoon: Pedro Nascimento Web: Henrique Lima

www.ojornaldecoruche.comFaça a sua Assinatura: Nacional 20 euros • Resto do Mundo 30 euros

O novo aeroporto, o futuro e o país!EE D I TD I T O R I A LO R I A L

Membro da

O Jornal de Corucheendereça os mais since-ros votos de parabénsao nosso estimado cola-borador e conterrâneo, oSenhor Prof. Arq. Gon-çalo Ribeiro Teles, quefestejou a bonita idadede 85 primaveras no pas-sado dia 5 de Junho.

Conhecedor comoninguém da realidadeurbanística e paisagísti-ca, continua a interes-sar-se pela melhoria da qualidade de vida das nossasterras e gentes. Muito ainda tem para nos dar.Esperemos que em breve possamos ter em Corucheuma obra de sua autoria.

Desejamos-lhe, bem como à sua família, os votossinceros de muita saúde e felicidades.

Muitos Parabéns!

Parabéns!

Cedência de ExploraçãoPor motivos de saúde do seu proprietário, cedemos a exploração

deste restaurante bem localizado na vila de Coruche,na Av. Luís de Camões (Av. Marginal), junto ao jardim municipal,

com óptimos parques para estacionamento automóvel.

Contactos: 243 675 043 e 962 955 663

Restaurante “Mira Rio”

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A Câmara a favor

A Câmara Municipal de Co-ruche através de um comunica-do do seu gabinete técnico ex-plicou que o “Dique de protec-ção à vila de Coruche, é a solu-ção entre a segurança e o en-quadramento visual”.

Refere ainda a “necessidadede proteger a vila das cheias edas suas consequências nefas-tas e por se verificar apenas aexistência de um dique em ater-ro na zona contígua à Praça deTouros e antigo Rossio, pre-tendeu-se maximizar a protec-ção, em extensão e em altura,tendo resultado o actual dique”,que o comunicado apresenta daseguinte forma;

– o Primeiro Troço corres-ponde ao dique do Parque doSorraia. É um dique em aterrocom a cota superior (coroamen-to) de 19 metros. É o troço de

cota mais elevada, não tendo si-do registadas, até à data, cheiascom maior valor;

– o Segundo Troço localiza-se na frente urbana da vila,desde o Jardim 25 de Abril atéao final da antiga manga detouros. É constituído por ummuro de betão armado com ocoroamento a 18,30 metros;

– o Terceiro Troço inicia-seapós a antiga manga de touros eestende-se até à ponte fer-roviária. Volta-se à composiçãode dique em aterro, mantendo--se a cota de coroamento do Se-gundo Troço.

As cotas adoptadas para odique, tiveram em consideraçãoo nível máximo de cheia regista-do em Março de 1979 – cota

18,58 m, tendo sido esta a cotade referência para a elaboraçãodo projecto em 1999.

O Comunicado da Autarquiarefere ainda que “sem sacrificara ligação visual ao rio, preten-deu-se defender a zona baixa daVila de Coruche contra ascheias. Desta forma, foi acorda-do que o topo do muro de betãoarmado na marginal da vilaestaria à cota de 18,30 metros.

De salientar que a cotaadoptada é inferior à cota ideal,que seria 19,00 metros, assu-mindo-se que este troço dodique pode ser galgado em situa-ção de cheia.

A aceitação de cotas maisbaixas para este troço do diqueestá relacionada com a necessi-

dade de defender a ligação visu-al ao rio Sorraia e permitir umamais fácil integração paisagísti-ca de toda a obra.

A requalificação que está emcurso da zona ribeirinha deCoruche a jusante da PonteTeófilo da Trindade, não se limi-ta à construção do dique de pro-tecção. É um projecto muitomais ambicioso, que vai digni-ficar toda a marginal e propor-cionar mais qualidade de vida atoda a população.

A obra continua, a todospedimos a melhor compreensãoe a todos garantimos que depoisde concluída, esta vai ser maisum motivo de orgulho para to-dos os coruchenses!”, concluiu.

___

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 3

PSD contra o muro

A comissão politica do PSDde Coruche, tornou público um“desenho elucidativo da aber-ração arquitectónica, monstro,muro de betão que nos retira avisibilidade, assim como, o pri-vilégio de podermos contemplara beleza do nosso Rio Sorraia”,referiu o presidente do PSDlocal, Ricardo Santos.

Acrescentou ainda que “en-quanto uns se preocupam emrestabelecer uma interacção doser humano com a natureza,outros optam pela brutalidadedo betão armado, frio e cinzen-to”. Disse ainda que “EsteMundo da Natureza só é visívelà luz da chama mística que den-tro de nós existe; chama estra-nha, que uma vez insuflada seergue aos valores da Huma-nidade, e que, levantam maisalto a vida que nos deu a felici-

dade suprema de sentir e com-preender a beleza natural, nasuas formas mais puras ou maissimples, ou nas suas manifes-tações mais grandiosas; belezacujo culto enternecido nos eno-brece e redime, fortalecendo oamor pela terra, e exaltando emnós o anseio de simpatia, deconcórdia e de compreensãoentre os homens”.

Como razões contra o mu-ro, o político teceu os seguintesconsiderandos;

– As águas inundam a partebaixa da vila porque a mesmaentra através dos colectores deesgoto e como no âmbito doprojecto do emissário, está con-signada a aplicação de válvulasde marés nos colectores, aságuas das cheias ficam impedi-

das de entrar pelos mesmos,consequentemente, evitam asinundações na vila. Assim, não écorrecto defender a tese que omuro tem que ter a altura de 0,97m a fim de evitar as inun-dações.

– Para garantir as disponibi-lidades hídricas para a culturado arroz, quando esta era a prin-cipal cultura, as barragens esta-

vam na cota máxima. Agora asculturas que se praticam no Valedo Sorraia são menos exigentessob o ponto de vista de necessi-dades hídricas.

Com os sistemas tecnológi-cos existentes nas barragens parao controlo de descargas e os sis-temas de previsões de quedaspluviométricas, e as antevisõesclimatéricas, permitem hoje,calcular atempadamente os cau-dais de débito das albufeiras, evi-tando descargas que provoqueminundações.

– A cheia de 1969 (desenhoanexo), tem menos 48 centíme-tros que o muro.

Assim, para Ricardo Santos“facilmente se depreende que ascheias nunca atingem níveispróximos das cheias de 1969,sendo despropositada a alturado muro, como tal, consideradacomo uma autêntica aberraçãoarquitectónica e paisagística”.

Opiniões ((opostas) ssobre oo mmuro...

Avenida Marginal em 1950

Avenida Marginal em Junho de 2007

Agora com a polémica obra quase pronta, recebemos duas posições contrárias – em forma de comunicado –que nos parecem do maior interesse para o esclarecimento e formação de opinião.

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Foi na reunião de Câmara dopassado dia 5 de Junho, que oexecutivo camarário decidiu,por maioria de 4 votos dosvereadores do PS e do Presi-dente da CMC, com 2 votoscontra da CDU, enviar à As-sembleia Municipal (AM) paradiscussão pública e votação, apetição entregue para esse fim,composta por 1313 assinaturas.

Dionísio Mendes, presidenteda autarquia, defendeu que “nãose deve politizar a questão, mas

ver o Homem e a sua obra”, deresto opinião partilhada peloDirector do Jornal de Corucheque apresentou a petição emrepresentação dos cidadãos queassinaram a mesma para repor obusto do Major Luíz Alberto deOliveira. A CDU, argumentouque o Major representa o regimede Salazar e como tal o bustonão deve ser reposto.

Prevê-se que a discussão evotação deva ocorrer na próxi-ma Assembleia Municipal a

realizar em Setembro, salvo se asua Presidente decidir marcaruma assembleia extraordinária.

De salientar que FernandaPinto, eleita pela CDU e presi-dente da AM, disse em declara-ções à RVS que está documenta-da e que sabe que o “Major foium homem que fez muito porCoruche, como as pontes”, masque o facto de ter pertencido aoregime politico do Estado Novo,deve ser um impedimento àreposição do busto.

Abel Matos Santos, respon-sável pela petição, sente-se“feliz pela atitude do executivomunicipal e por todas as forçaspoliticas e personalidades me-nos esclarecidas, agora já re-conhecerem o valor do Major eo que ele fez por Coruche”.

Lamenta no entanto que “al-guns ainda possam confundir equerer misturar o Homem e osregimes” e não compreendecomo “se pode reconhecer quefez muito bem a Coruche e não

querer votar a favor de lherepor o busto”.

Para o Director do Jornal deCoruche, “é manifestamenteperseguição política”, e a títulode exemplo referiu que “só faltadeitar abaixo o viaduto DuartePacheco ou as obras de AlmadaNegreiros porque pertenceramao regime.

No entanto homens comoHumberto Delgado e outrostambém pertenceram ao regimeanterior”.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 20074

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No passado dia 5 de Ju-nho, o Director do Jornal deCoruche, Abel Matos Santos,entregou a petição com 1313assinaturas para a reposiçãoda estátua do ilustre coru-chense Major Luís Albertode Oliveira.___

Na cerimónia oficial de en-trega da petição, Abel MatosSantos e as pessoas que o acom-panhavam, foram recebidas pe-lo Sr. Presidente da Câmara,Dionísio Mendes e pelos Verea-dores Joaquim Serrão e Francis-co Oliveira.

Foram entregues, juntamen-te com as assinaturas, documen-

tação diversa que corrobora obem que o Major fez a Coruche,bem como comprova as incor-recções e falsidades que a mo-ção do PCP, aprovada pelaassembleia municipal, continha.

À saída, o Director do Jornalde Coruche, que promoveu estainiciativa, referiu que foramentregues um número que “re-presenta cerca de 11,5% dosvotantes do concelho de Coru-che” e que “superou todas asexpectativas e representa bem oapego e a vontade de que se fa-ça justiça a este grande Ho-mem, que mesmo passado maisde 30 anos sobre o brutal arran-que do seu busto, a sua memó-ria continua presente”.

Acrescentou dizendo que “oexecutivo camarário não teráqualquer dificuldade em apro-var a reposição do seu busto, talé a força da verdade”.

Apelou ainda a todos que“olhem para este acto como umacto de justiça e de reencontrocom a história que nos permitareinventar um futuro melhorpara todos, olhando para oexemplo deste Homem”, lamen-tando que o PCP tenha politiza-do uma questão que nada deveter de político.

Diamantino Diogo, Juiz da

Irmandade de Nossa Senhora doCastelo e do Lar de São José egerente do Crédito Agrícola deCoruche, que integrou a comiti-va, afirmou a defesa da reposi-ção da estátua “por ser justa”,realçando a “muito boa recep-tividade do Sr. Presidente daCMC, não sendo de esperaroutra coisa, visto ser um homem

formado em história e que sabebem o que se passou ao longodos anos”. Referiu ainda que“agora só resta ver se o executi-vo e a assembleia aprovam”.

O Presidente da Câmara,Dionísio Mendes, ao receber asassinaturas, lamentou que se ti-vesse politizado uma questãoque “não deveria estar a ser tra-

tada do ponto de vista político”,realçando a “valorização da obrado homem na terra onde nas-ceu”. Disse ainda que “dentrodos vários regimes, se encon-tram pessoas que conseguiramfazer coisas interessantes”. É ocaso de Luís Alberto Oliveiraque “fez bem pela sua terra”,concluiu.

Petição para a reposição do busto do Major Luís Alberto de Oliveira

1313 assinaturas entregues à CMC

Câmara aprova o seu envio para a Assembleia Municipal

Dionisio Mendes, Diamantino Diogo e Abel Matos Santos, no momento da entrega da petição

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 5

Depois de entregues as 1313assinaturas, o Jornal de Noticiaspublicou uma noticia sobre oacontecimento, pela mão da jor-nalista Helena Simão, onde orepresentante do PCP de Coru-che, Armando Rodrigues, semnada contestar sobre o bemque o Major fez a Coruche,apenas refere o seguinte comojustificação para a sua posiçãocontra; «O responsável contestaque “Alberto Oliveira tenhasido opositor de Salazar e que,por isso, tenha sido demitido,como anda a ser apregoado”.

Ao contrário, afirma, o mi-nistro “foi uma figura destacadado Estado Novo, precisamenteno período em que foi institucio-nalizado o fascismo”. “Salazarnunca autorizaria uma homena-gem a um homem que não esti-vesse do seu lado e esta estátuafoi colocada na praça do Mu-nicípio em 1959”, lembra o co-munista».

E mais uma vez, recomendoo estudo e a informação séria,tendo consciência que é muitodifícil e trabalhoso fazer traba-lho de pesquisa e ciência, mascomo o faço há muitos anos,não me é difícil dar uma ajuda aquem precisa.

O Dr. Diamantino Diogo,também ele um ilustre coruchen-se, apoiante da reposição do bus-to, fez-me chegar documentaçãodo Arquivo Salazar da Biblio-teca Nacional de Lisboa e umlivro de nome “O Diário deSalazar”, de António Trabulo,editado pela Parceria A. M.Pereira, que acabou de o publi-car. Este livro baseia-se em doc-umentos verídicos do referidoarquivo da biblioteca nacional.

Nos excertos que a seguirreproduzo fielmente, queromostrar, mais uma vez, que:

1) O Major Luíz Albertode Oliveira foi demitido porser opositor de Salazar;

2) O fascismo foi combati-do pelo Prof. Salazar que nãopermitiu a sua implementaçãoem Portugal (vide também nú-mero anterior do JC, artigo deMatos Chaves intitulado “Oscomunistas mentem descarada-mente”);

3) Que o Prof. Salazar per-mitiu que se homenageasseum homem que não esteve aseu lado!

Neste livro, das páginas 94a 105, pode ler-se pela mão deSalazar o seguinte;

11 de Abril de 1933 – “Nodia em que entrou em vigor anova Constituição, cumpri apraxe politica e apresentei a mi-nha demissão ao Presidente daRepública. Como eu esperava,Carmona manifestou-me apreçoe confiança. Procedi então à re-modelação ministerial que tinhaplaneado. Entre outras altera-ções, substitui, na pasta daGuerra, Daniel de Sousa, bas-tante criticado pelo exército,por Luís Alberto de Oliveira”.

7 de Junho de 1933 – “Semcopiar ninguém, procurei sem-pre aproveitar os ensinamentosde todos. No que toca a Luís deOliveira, verifico que fiz má es-colha”.

21 de Junho de 1933 – “Co-muniquei ao Chefe do Estado aminha intenção de exonerarLuís Alberto de Oliveira. De-pois de consultar as chefias mi-litares, Fragoso Carmona co-municou-me, com alguma secu-ra, que o ministro da Guerranão podia ser demitido”.

4 de Agosto de 1933 –“Quando qualquer atitude oumedida minha é mal recebidaou criticada, procuro examinarcom independência, com sereni-dade, as objecções que se for-mulam, não vá o orgulho cegara gente e não deixar emendar aposição que erradamente setomou como a melhor”.

16 de Abril de 1934 –“Devemos às Forças Armadas omovimento do 28 de Maio queacabou com a ditadura parla-mentar do partido democráticoe com a situação ruinosa a queo pais fora conduzido.

Ontem durante uma festa

militar em que esteve presente ochefe de estado, foram proferi-das afirmações graves. O MajorLuís de Oliveira declarou queas Forças Armadas apenas re-conhecem Carmona como chefesupremo. O ministro da Guerra(o meu ministro da Guerra!)disse que só era ministro pelamão de Carmona e que somentecom ele o Exército servia bem aNação. O general Carmona pa-receu agradado com tais decla-rações”.

Perdida a sua confiança,resta-me apenas apresentar ospedidos de demissão, meu e detodo o ministério”.

22 de Abril de 1934 – “OPresidente da República reite-

rou publicamente a confiançano Chefe do Governo e os Ge-nerais Farinha Beirão, Vicentede Freitas, Schiappa de Azevedoe João de Almeida desmentiramqualquer intentos hostis ao pros-seguimento do meu trabalho.

Esta crise terminou, masLuís Alberto de Oliveira ainda éministro da Guerra. Sei que essehomem me detesta.

28 de Maio de 1934 – “Épreciso afastar de nós o impulsotendente à formação do quepoderia chamar-se o Estado to-talitário. (…)

A constituição aprovadapelo plebiscito popular repeleesse sistema totalitário. Começapor estabelecer, como limites daprópria soberania, a moral e odireito.

Impõe ao Estado o respeitopelas garantias dos indivíduos,das famílias, das corporações edas autarquias locais. Asseguraa liberdade e inviolabilidadedas crenças e práticas reli-giosas.

O fascismo e o nacional-so-cialismo, divergentes do comu-nismo pelas suas concepçõeseconómicas e exigências espiri-tualistas, a ele se assemelhampelo conceito do Estado totali-tário.

(…) Vós sabeis que este re-gime a que hoje chamam Dita-dura, e é agora carregado como apodo de fascista, é brandocomo os nossos costumes, mo-desto como a própria vida daNação, amigo do trabalho e dopovo”.

29 de Julho de 1934 –“Decidi pôr termo à actividadeda facção nacional-socialistade Rolão Preto.

A constituição de uma milí-cia para defesa da situaçãopolítica não podia deixar decausar preocupações profundas

(…) Um movimento inspiradoem certos modelos estrangeiros,de que copiou a exaltação damocidade, o culto da força, oprincipio da superioridade dopoder politico na vida social, apropensão para o enquadra-mento das massas atrás de umchefe, de factor de ordem trans-formou-se em causa de pertur-bação”.

8 de Outubro de 1934 – “OEstado Novo não estará seguroenquanto cada chefe militar sejulgar no direito de fazer e dizero que muito bem lhe apetece”.

14 de Outubro de 1934 –“Tive novo encontro com Car-mona. Com relutância, lá aca-bou por aceitar a demissão doministro da Guerra (Luís Al-berto de Oliveira). Acordamosem convidar Passos e Sousapara o substituir”.

Posto isto, penso que todase quaisquer tentativas parajustificar uma posição contraa figura do Major Luís Al-berto de Oliveira e a reposiçãodo seu busto caem por terra!Simplesmente porque não épossível. Os factos históricossão inegáveis!

Penso que o PCP de Co-ruche prestou um serviço àcomunidade na divulgação dafigura do nosso Major, aocolocarem-se contra de formatão pouco preparada e semfundamentos.

Fez com que todos os inte-ressados fossem investigarmais (O Jornal de Coruche, aCâmara Municipal e o Mu-seu), pesquisar e verificar quede facto os argumentos apre-sentados contra são simples-mente falsos!

Todos eles! Todos nós fica-mos a ganhar em informaçãoe divulgação da iniciativa.

Assim, fica o caminho to-talmente aberto para o execu-tivo municipal, e, os vogais doPS e PSD na Assembleia Mu-nicipal (os do PCP provavel-mente não o poderão fazer sobpena de excomunhão) votarema favor deste nosso conterrâ-neo que tudo fez por Coruche.

Fica, mais uma vez, a Ver-dade baseada em factos e do-cumentos.

____Abel Matos Santos

“Comuniquei ao Chefe do Estado a minha intenção de exonerar Luís Alberto de Oliveira”

Esta é a verdade! Leia-aMais um contributo para o esclarecimento de quem ainda duvida

Cartaz do plebiscito da Constituição de 1933, da autoria de Almada Negreiros

Salazar, 21/6/1933

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 20076

PENSAMENTOS

Rosa MariaLuis António Martins *

Vestiu o robe e preparou umchá. Com os cotovelos apoiadosno parapeito e a testa repousadano vidro, Rosa Maria filtrava, dajanela do seu quarto, tudo o quede humano sucedia na rua.

Um grupo de estudantes,mais bebidos que letrados, en-toavam-lhe uma serenata daque-las em que a palavra amor surgecom tanta frequência como oseu oposto sofrimento na vidareal.

Monsenhor Edgar dispunhaos jornais na sua banca cente-nária, Dona Elaine regava assuas camélias como se de seusfilhos se tratassem, a rua límpi-da e virtuosa servia de poiso aum ou dois carros topo de gama(recuperáveis ao fim de um mêspelo banco de serviço) queenunciavam combustíveis anti-poluição, e o tempo, esse insóli-to juiz, nunca estivera tão ame-no como naquela manhã. RosaMaria vestiu-se. Coube-lhe omesmo vestido cor-de-açafrãoque há anos lhe apertava asnádegas emproando o bem-pa-recer doentio que ornamentavaa sua pequena vila. Rosa Mariasorria.

Sentia-se outra que não ela.Leve, satisfeita com os percal-ços e caprichos da vida, reali-zada, no fundo, por se encontrara caminho do consultório, onde,pela graça divina e... insistênciade sua mãe, se fizera doutora

benemérita dos coitados, quesem tostão lhe recorriam apósvárias orações medrosó-religio-sas sem efeitos concretos nosseus corpos.

Tudo coincidia a preceito, oarquitecto geral previra toda equalquer minudência daquelecenário alegórico, as criançasajudavam os gastos de idadecom os seus saquitos a troco deum gordo pote de moedas, oscarros cumpriam as velocidadesimpostas, não existiam pedintes,não existiam caloteiros nemladrões, e os políticos... ai ospolíticos, jogavam à malha comas boinas uns dos outros, sendoque o primeiro a perder trêsboinas consecutivas era obriga-do a assumir-se como totalitário,isto é, como um futuro tiranoque não chegara ao poder graçasà imaginação de Rosa Maria.

De vinte em vinte minutospassavam pequenos tractoresque ofereciam várias coisas aquem as quisesse tomar, desdealmas, rebuçados, maneiras-de-ser, coragem, cabelo, lipo-aspi-rações, tudo e mais algumacoisa, tudo quer dizer... tudo oque contribuísse para um mun-do melhor. Rosa Maria sorria.

Um cão que rosnara durantetoda a manhã, vadio por sinal,transformou-se, sem que nin-guém desse por isso num senhorde respeito com cartola e tudo,bengala em nome do estilo e

bigode enfatuado, da sua bocanem um sinal sonoro, dizem queapenas ladrava, o que não con-testo sob pena de me chamaremcão vadio, na medida em que eu,tal como o fiel leitor, passamos avida a “ladrar”.

Às vezes ouvem-nos, porcaridade ou respeito, mas nofundo fazem-no somente paraque abanemos a cauda por unssegundos. Rosa Maria sorria. Osseus doentes, alguns dos quaischegados ali a meio metro damorte, abandonavam poucosminutos depois o consultórioaos saltos como se de máquinasoleadas e oleáveis se tratassem.Rosa Maria não procuravaexplicações, tudo era límpido efinalmente fazia sentido.

O normal apossara-se darealidade, e nada poderia serinjusto, até a própria injustiça setransformara numa receita desalgados com sabor a pastel debacalhau mas em forma depatanisca e com preço de folha-do misto – “sai uma injustiçinhabem fritinha e uma mini preta,por favor” – gritavam os tran-seuntes em jeito de papa-bu-chas.

Rosa Maria sorria. As crian-ças brincavam às injustiças,entre jogos de perguntas deresposta directa “quem é maiscriminoso, um pedófilo ou umassassino?”. Em caso de dúvidaquestionavam o feiticeiro de

serviço cuja resposta se afinavaem tom sábio “o mais criminosoé sempre o que se arrepende,pois podia tê-lo evitado”. E amoral fluía no reino de RosaMaria.

Tudo corria, às mil normali-dades, até que no final do dia, acaminho de sua casa, RosaMaria, por acidente, colocou amão no peito. Remexeu e apal-pou, deslizou a mão por entre apele procurando o órgão máxi-mo, procurando algo que ba-tesse, em busca do estrondo in-terno de uma pulsação e... vazio,nada, uma orquestra sem maes-tro, uma viola sem cordas, umabeata sem véu, um ateu semraiva, enfim impossibilidadeslógicas, mas... o coração de Ro-sa Maria não estava ali. Corou eperdeu o sorriso, ao mesmotempo as camélias de D.ª Elainemurcharam, as crianças rou-baram os velhotes, o fumo doscarros tornou-se imparável, osestudantes desataram à porrada,Rosa Maria desatou a correr emdirecção a casa, as suas nádegasem excesso, regressadas sabe-selá de onde, rebentaram com ovestido.

E corria, Rosa Maria corriasem se deter. Num ápice, abriu aporta, enfrentou as escadas equase nua deteve-se sobre aporta do seu próprio quarto.Colocou novamente a mão noantigo lar onde habitava o seu

coração e voltou a nada sentir.Tentou adivinhar o que a esper-ava lá dentro, tentou descobrirquem era, tudo isto num segun-do, aquele segundo final quedizem que nos leva a percorrer anossa existência e o próprio uni-verso.

Reviu-se em bebé, adoles-cente e em Rosa Maria ela mes-ma, recordou amores, deses-peros e felicidades, riu, desriu efixou o olhar, lá dentro de si,onde em tempos algo bombeavavida. Soltou o braço e deslocoua maçaneta empoeirada. “Aquijaz Rosa Maria, esposa, filha emãe adorada”, foi a escrituraque me surpreendeu um diadestes no cemitério, quando porcuriosidade ouvi um coveiropalrador que fazia deslizar aterra sobre a madeira, enquantoorava, para quem o quisesse ou-vir, a história de uma senhoraque tomou um frasco de antide-pressivos antes de se deitar.

Em busca da normalidadeperdemo-nos em tantas estradasque acabamos por encontrar aúltima e derradeira. Como se aperfeição fosse um comprimido.

Um bom mês de Julho.Rosa Maria sorriu. Rosa Ma-

ria morreu. O seu mundo nãopassou de um sonho no qualambos, criador e criação sedesvaneceram.

____* Lic. em Filosofia

Nunca o acto matinal de acordar fizera tanto sentido!

No mês de Junho, surgiu o estudoque coloca Alcochete como localiza-ção possível para o novo aeroporto deLisboa. Todos os indicadores do estu-do mostram a vantagem desta soluçãoem alternativa à Ota. Vejamos o quepor cá já se sabe.

Díonisio Mendes, o presidente daCâmara de Coruche, eleito pelo PS ecom maioria na autarquia, tomou po-sição favorável à solução Alcocheteem declarações ao nosso Jornal e àTVCoruche, no dia 5 de Junho. Maistarde em Abrantes, reafirmou essamesma posição ao Primeiro MinistroJosé Sócrates, por ser “a mais barata,rápida e segura, segundo a entidadeaeronáutica”

O PSD de Coruche veio através decomunicado mostrar-se favorável àlocalização do novo aeroporto nocampo de tiro de Alcochete, comoalternativa à OTA.

Ricardo Santos, presidente daconcelhia de Coruche do PSD, referiuque “é do maior interesse municipal,para o concelho de Coruche, que estaeventualidade se possa tornar uma

realidade”. Anuncia ainda que o PSDvai apresentar uma moção à Assem-bleia Municipal de Coruche “defen-dendo a construção do futuro Aero-porto Internacional de Lisboa namargem sul do rio Tejo, concretamen-te nos terrenos militares de Alco-chete”.

O PS veio dizer que “vê com bonsolhos a solução de Alcochete enten-dendo-a como importante para o con-celho de Coruche”.

A CDU é também favoravel àopção de Alcochete, essencialmentedevido ao custo e localização.

Novo Aeroporto de Lisboa

Coruche a favor da solução Alcochete

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 7

Miguel Mattos Chaves *

ACTUALIDADE

Muito se tem discutido sobreeste tema. Muitos são os inte-resses em presença.

Muitas influências se mo-vem. Muitas mentiras ou meiasverdades se dizem sobre estamatéria. Poucos são os estudoscredíveis e conclusivos.

Nenhum estudo que nosesclareça, sem sombra de dúvi-das, sem restar nenhuma dúvida,se é preciso um novo aeroporto.

Nenhum estudo compara-tivo sobre as várias alternativaspossíveis, no caso de a respostaà interrogação ser afirmativa.

E sendo assim legitimamen-te pergunta-se: O Poder Político,leia-se os sucessivos Governos,anda a brincar com os cidadãosde Portugal?

À força de quererem ficar nahistória (à nossa custa) PS e PSDtêm andado a “forçar” a constru-ção de um novo aeroporto, queninguém afirma taxativamenteser absolutamente necessário,baseado em estudos credíveis einquestionáveis. Apenas opiniõesavulsas.

Mas partamos do princípionão provado em lado nenhum,por nenhum estudo credível,que é preciso arranjar mais umapista de aterragem e uma aero-gare de carga ou de passageiros.Neste caso põem-se as seguintesquestões:

Q. 1. – Se desde os anos de1960 se tem estudado a possívelsaturação da Portela e tendo oPS e o PSD conhecimento dess-es estudos, porque deixaramconstruir a Alta de Lisboa,cujos terrenos poderiam terservido para se construir umanova pista paralela à maior doactual aeroporto? – Que inte-resses particulares estes doispartidos defenderam, com pre-juízo de Portugal e dos Portu-gueses, ao inviabilizar, assim, aconstrução de uma terceira pista(segunda em paralelo com amaior existente) que assegurariapor muitos anos a manutençãodo actual aeroporto?

Q. 2. – É que a Portela do-tada de mais uma pista e deuma nova aerogare poderiamais que duplicar a sua capaci-dade de acolhimento de aviões epassageiros, com 1/10 dos inves-timentos necessários à cons-trução de um novo aeroporto.

Porque é que não se acautela-ram os interesses nacionais. Aquem quis o PS e o PSD agradare servir?

Q. 3. – Como estes Partidostêm caras responsáveis pergun-to: Porque é que os Governoschefiados pelos Dr. MárioSoares, Dr. Cavaco Silva, Dr.Fernando Nogueira, Eng.ºAntónio Guterres, Dr. DurãoBarroso, Dr. Santana Lopes epelo Eng.º Sócrates não expro-priaram as terras necessárias àexpansão da Portela? Sobretu-do no consulado dos dois pri-meiros, época em que ainda aAlta de Lisboa não tinha sidoconstruída, ...porque não impe-

diram que isso acontecesse?Ficam as dúvidas legitimas

sobre que interesses se defen-deram. Fica uma certeza, nãoforam defendidos, certamente,os interesses de Portugal e os deLisboa. Como nós comuns por-tugueses não vamos obter res-posta a estas questões, e em Por-tugal a culpa e a responsabilida-de morrem solteiras, vamos paraa frente. Vamos para as soluçõesainda possíveis. E em relação aestas subsistem dúvidas incó-modas.

Q. 4. – A Portela se agregar aBase Aérea n.º 1, de Figo Ma-duro, contígua e confinante como actual aeroporto, fica ou não

com capacidade para acolhermais de 25 milhões de passa-geiros/ano?

Q. 5. – Porque não se apro-veitam nenhumas das Pistas jáexistentes – (Sintra – Granja doMarquês; Montijo, Alverca, Ti-res)?

Será que nenhuma destasserve para aeroporto secundá-rio? Será que nenhuma destaspode acolher um terminal decargas que descongestione aPortela? Será que nenhumadestas pistas pode agregar umaaerogare para as companhias“low-cost” que alivie a Porteladesse tráfego? Porquê?

Qualquer pessoa de bomsenso, qualquer observador me-nos atento e ilustrado, ao visitarqualquer destas pistas e suasimediações, vê que a resposta aestas perguntas é Sim!

Então que interesses estãoportrás, para que esta solução nãoseja estudada e implementada?

Para mais com as novas aju-das (de aproximação e de ater-ragem de aeronaves) tecnológi-cas é possível compatibilizartodos os corredores aéreos. Atecnologia que não sirva de alibi.Ela existe e está disponível. Ouo Plano Tecnológico é só paraalgumas coisas menos impor-tantes, ou para encher noticiá-rios? Então tudo leva a crer quea solução Portela + 1 é possível.

Porque não se aprofundam osestudos, com a colaboração dosque até agora não foram consul-tados: os Pilotos de Linha Aéreae os Pilotos da Força AéreaPortuguesa?

Porque não é o LNEC encar-regue de estudar, a par da Ota ede Alcochete, esta solução, muitomais barata para o País?

Ouvimos falar de estudosambientais, de estruturas etc..mas ainda não ouvimos os Pilo-tos sobre Segurança Aérea!Porquê?

Por nós portugueses, temosmuito respeito pela TAP, pelaCIP, pela Lusoponte, pelos Pro-prietários dos Terrenos da ZonaOeste, e por outros interessadosdirectos, mas Portugal e os seusinteresses têm que se sobrepor aestes! Ou não?

É ou não missão essencial deum Governo defender os inte-resses de Portugal, em vez dealguns interesses particulares?

A resposta é clara e não dei-xa margem para dúvidas.

E assim Sr. Primeiro Minis-tro de Portugal, porte-se comotal e não como chefe de umafacção, por muito influente queela seja!

____* Mestre em Estudos Europeus pela

Universidade Católica

Um Novo Aeroporto para Lisboa! Sim ou Não?Se Sim, que solução?

As responsabilidades históricas e o futuro

Aeroporto de Lisboa

Base Aérea do Montijo

Todo o dia… todos os dias consigo

www.radiosorraia.com

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 20078

Segundo resolução da As-sembleia da República, aprova-da em 20 de Março de 2007, ocorpo de Aquilino Ribeiro vaiser colocado no Panteão Nacio-nal. Mendo Castro Henriquesafirma que COLOCAR UMREGICIDA ao lado de AmáliaRodrigues, João de Deus, Al-meida Garrett, Guerra Junquei-ro, e dos Presidentes da Repú-blica Manuel de Arriaga, TeófiloBraga, Sidónio Pais e ÓscarCarmona é um grande erro por-que o Panteão Nacional, comoescreveu MR, “não se fez paraos génios da literatura mas paraos que conjugaram a geniali-dade com o bem comum, a res--pública”.

Para dizer a verdade, é umamanobra preventiva perante ocentenário do regicídio que seavizinha em 2008 e que merecea reprovação de 78,2% dos Por-tugueses. Aquilino Ribeiro po-derá ter sido um grande escritor.Isso é uma questão de gosto eexige debate entre especialistassaber se ele foi um génio lite-rário ou um escritor talentoso.

Mas Aquilino foi decerto umactivista na conspiração paraassassinar um Chefe de Esta-do de Portugal e o seu filho,pelo que não cumpre a segundacondição exigida aos moradoresdo Panteão. Todas as fontes com-provam que foi um anarquistaenvolvido nas conspirações de1907 e 1908 para a mudança deregime; é vox populi, e sobretu-do ele próprio o admite – aomesmo tempo que omite outrosgrandes pormenores – nas suasmemórias “Um Escritor confes-sa-se”. Esta obra é estranha emuito desigual nas suas 406páginas. Aquilino morreu emMaio de 1963. Composto e im-presso com data de 1972, o livroé brochado em 1973 mas só éposto à venda após Abril de

1974. Em capítulos sucessivosvemos o escritor talentoso quenunca deixou de ser um campo-nês astuto, a enredar-se em meiasverdades sobre as suas andançascom os regicidas.

Como diz José Gomes Fer-reira, em prefácio primorosa-mente redigido mas ideologica-mente cúmplice, Aquilino sabe“mentir a verdade”, é uma lite-ratura de justificação. E que vemtarde. E que de nada se descul-pa. E com uma frieza brutal paracom os seus antigos correli-gionários regicidas como Buíçae Costa e mesmo ódio e malíciapara outros como José Nunes eVirgílio de Sá, personagens me-nores já mortos e esfumadospara todos, mais de cinquentaanos após o 1 de Fevereiro, masque ainda eram esqueletos nosótão da memória de Aquilino.

No essencial, Aquilino era orapaz das serras de Sernancelhee com o 2.º ano de Teologia, debom latim e educado por jesuí-tas radicais, mas é com escassaexperiência que abandona oSeminário de Beja em 1903 efixa-se em Lisboa, para conhe-cer mundo. Após uma curtaestadia volta a Soutosa em 1904mas regressa em Lisboa em1906, para conviver com a molehumana dos pequenos burgue-ses revolucionários da capitalque almoçam “meia desfeita”nas tascas, conversam até altashoras nos cafés, e conspiram,com variados graus de respons-abilidade, sobre o fim do “esta-do de coisas”.

Entre esta gente, talvez deideais generosos mas de actua-ção brutal, o bas-fonds da cons-piração e de modo algum os“meios literários e revolucioná-rios” de que falam as biografiasoficiosas de Aquilino – está Al-fredo Luís da Costa e ManuelBuíça; do primeiro torna-seamigo íntimo e do segundo é“compadre”, como este confes-sa nas suas derradeiras dispo-sições da madrugada do 1 de Fe-vereiro. Entre os múltiplos bis-cates desta fase da sua vida,Aquilino é uma pena merce-nária. Enfeudado à acção anar-quista, dá-se a redigir, com no-mes falsos, traduções de publi-cações intervencionistas e folhe-tins escandalosos. Ao que elepróprio dá a perceber em “UmEscritor Confessa-se”, colabo-rou com um publicista (que foidepois Ministro da República)num romance intitulado “A Fi-lha do Jardineiro”, que no géne-ro de “O Marquês da Bacalhoa”,difamava o Rei D. Carlos. Essaobra, de que saíram apenas trêsfascículos, editados e financia-dos por Alfredo Costa – o futuro

regicida –, apareceu sob o pseu-dónimo de Miriel Mirra.

Ao contrário do que dizemas biografias oficiosas, o primei-ro livro de Aquilino não éJardim das Tormentas, de 1913,mas sim “A Filha do Jardinei-ro”, de 1907. É também possí-vel que Aquilino tenha ajudadoa redigir “O Marquês da Baca-lhoa” porque as obras seguintesde António de Albuquerque nãotêm o polimento literário desselivro escandaloso. Atrás dos fo-lhetins subversivos surgem ou-

tros contactos, sendo iniciado naCarbonária e convidado para aLoja Montanha, após falar como bibliotecário Luz de Almeida.Por detrás dos contactos, adivin-ham-se muitos conciliábulos ecompromissos e, uma vez mais,a eterna “opinionite” da peque-na burguesia, o complexo denun-ciado por Flaubert em “Bouvardet Pécuchet”.

Aquilino, como escreveuGomes Ferreira, sabe “mentir averdade”. A sua filiação nos gru-pos “intervencionistas” – assimse chamavam os anarquistas quecolaboravam com os republica-nos para o derrube do regime –leva-o a albergar em casa caixo-tes de bombas explosivas defabrico artesanal a serem prepa-radas pelo Dr. Gonçalves Lopes epelo Prof. Rebordão para umaconjura contra o regime. Evocan-do ainda depoimentos, vimoseles surgirem nas próprias pala-vras do intervencionista Aqui-lino Ribeiro, ao relatar o caso doCarrião: “Tinha (Aquilino) atécooperado na organização doataque aos quartéis e às forças

da (Polícia) Municipal, indocom Alfredo Costa e outros alu-gar quartos em vários pontosestratégicos, de onde projectá-vamos dinamitar essa legião fielao regime monarchico.”

Manipulador de bombas paraa conspiração anarquista-repu-blicana em marcha desde oOutono de 1907, e que terá ospontos altos na intentona do 28de Janeiro e no regicídio de 1 deFevereiro, Aquilino é preso emflagrante delito no seu quarto daRua do Carrião em 28 de No-

vembro de 1907, após a explo-são desajeitada dos explosivosprovocada por um dos cúmpli-ces. A explosão de engenhosatingiu mortalmente um deles,que esperavam uma visita deinspecção ao fabrico de explo-sivos, a ser feita por AntónioJosé de Almeida, encarregadoda ligação entre o PRP e os gru-pos anarquistas.

Aquilino escapa ileso e vaipreso para a Esquadra do Cami-nho Novo. O inevitável JoshuaBenoliel, esse “espião da histó-ria”, aparece para lhe tirar a foto-grafia em flagrante, mas Aquilinorepele-o com um abanão. Osseus correligionários elaboramplanos para lhe facilitar a fuga.Segundo o chefe intervencionis-ta José do Vale, descrevendo afuga de Aquilino, Alfredo Costaestava disposto a dinamitar comoutros as forças da Municipal,disposto ainda com outros, e emconvívio sempre com os inter-vencionistas, a operar pela forçao acto de evasão dos envolvidosnas explosões de Novembro.

Afinal, após sessenta dias de

detenção, Aquilino diz que con-seguiu desmontar a fechadurada porta da prisão com engenhoe paciência, e evadir-se em 12de Janeiro de 1908. A segurançaprisional nunca foi o forte damonarquia liberal. Após evadir-se da prisão é acolhido em casade umas senhoras amigas dojornalista Meira e Sousa, direc-tor de “O Dia” e cúmplice doregicídio. Aí se mantém a par daevolução da conspiração doregicídio.

É voz corrente que nela par-ticipou e segundo numerosasfontes conversou com AlfredoCosta na manhã do regicídio.Segundo um agente duplo aoserviço dos juízes Veiga e AlvesFerreira, Aquilino Ribeiro foivisto no Largo do Corpo Santo,com um revólver, uns minutosantes do atentado, como fazen-do parte de um grupo que sepreparava para o assalto à carrua-gem com o Rei D. Carlos quepor ali passaria a caminho dasNecessidades, caso falhasse oatentado no Terreiro do Paço. Aoser reconhecido por um polícia,fugiu. Segundo outras fontes,esteve no Terreiro do Paço comum revólver. Divagando porLisboa após o regicídio foge emdata incerta para Paris onde éacolhido pelos meios radicais.Sucedem-se as informações so-bre o seu paradeiro; da PolíciaFrancesa e dos agentes portu-gueses em Paris; do ministroSousa Rosa; do escrivão AbílioMagro. Mais do que uma vez ojuiz do Juízo de Instrução Cri-minal solicita a D. Manuel II eao Presidente do Conselho quese desloque um enviado a Parispara apurar de Aquilino Ribeiroquem são os regicidas.

É a “brandura dos nossos cos-tumes” a funcionar. Uma dessasdiligências é efectuada a 13Maio de 1910, como consta dapublicação oficial de 1915 emdocumentos encontrados nosPaços Reais após o 5 de Outu-bro. O conhecimento internacio-nal do envolvimento do Aqui-lino na chacina do Terreiro doPaço foi imediato. Raul Bran-dão, futuro seareiro ao lado deAquilino, escreveu em Janeirode 1909 (Memórias, I): “Umdos regicidas está em França,mas Clemenceau (primeiro-mi-nistro francês, 1906-1909) recu-sa-se a extraditá-lo”. De factotodos os interessados no casosabiam do envolvimento deAquilino no regicídio e foi essa“proeza” que o tornou um prote-gido das forças radicais euro-peias no poder, ou em vias de oadquirir. Nos seus exílios, Aqui-lino não experimentou dificul-dades.

Um Regicida no Panteão Nacional

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 9

É em Paris que conhece GreteTiedemann com quem vive em1910 antes de voltar a Lisboa.Regressado a Paris, frequenta aSorbonne e vai residir algunsmeses na Alemanha durante1912. Em 1913 casa com GreteTiedemann e regressa a Paris,onde nasce o seu primeiro filhoem 1914, de seu nome AníbalAquilino Fritz Tiedemann Ri-beiro. Segundo algumas fontes,Aquilino é um exaltado ger-manófilo nesta fase da sua vida.Declarada a guerra, Aquilinoregressa a Portugal, sem ter ter-

minado a licenciatura, e é colo-cado como professor no LiceuCamões em 1915. Em 1919entra para a Biblioteca Nacio-nal, a convite de Raul Proençaonde convive com personali-dades como Jaime Cortesão eintegra em 1921 a direcção darevista “Seara Nova”. É na Bi-blioteca Nacional que AquilinoRibeiro é procurado por pessoasde suas relações para lhe mos-trar uma “Acta do Regicídio”.Seria para Aquilino atestar averacidade dos factos constan-tes no documento, acrescentar

um pormenor? Tudo atesta a suacumplicidade com os crimi-nosos… E é então que escre-verá: “Porque é desnecessáriodemonstrá-lo, a República im-plantou-se no Terreiro do Paçonaquela tarde trágica de Feve-reiro; outros vêem sacudir asmãos na varanda de Pilatos”.

É nas páginas da revista quetraça os perfis românticos e lau-datórios de Costa e Buíça (SearaNova, I, pág. 103 e seg e 163 eseg.). Segundo a narrativa dejustificação, o regicídio pertenceà categoria de acto inopinado,

decidido no local, por Buíça eCosta. Contudo, Aquilino admi-te a existência de um grupo de 5regicidas no Terreiro do Paço,formado por Costa, Buíça, Ri-beiro, Nunes e Adelino. SobreAlfredo Luís da Costa diz oseguinte: “Foi em 1906 que RPapresentou no Gelo Alfredo Luizda Costa, esse rapaz de vinte etal anos, alto, desengonçado decorpo, duma fisionomia séria,quase triste, a que ninguém li-gou importância. Grandes olhoscastanhos, lentos a mover-se,com uma fixidez por vezes dedesvario, um dedo de barbaloura no queixo, o nariz leve-mente amolgado sobre a esquer-da. Provavelmente uma tuber-culose descurada, que traiçoei-ramente seguisse caminho, acha-tara-lhe o tórax aguçando-lheos ombros e imprimindo-lhe jáàs costas uma quebratura per-ceptível”. É quase inacreditávelcomo omite que Alfredo Luís daCosta, a grande alma da suafuga da esquadra do CaminhoNovo, foi o regicida, que recru-tou os camaradas para o crime.

Sobre Buíça escreve: “erafrequentador do Café Gelo, essecafé muito arrumado a meio doRossio tumultuário, que, nãoobstante o berrante das fardas,conserva um ar todo plácido debotequim provincial. De corpo,era um homem de estatura meâ,rosto fino, tez branca, que maisrealçava a barba preta com tonsde fogo, na qual as suas mãostinham o vício de passear-se, deembrenhar-se, quando a cólerao tomava ou ouvia alguém doseu agrado. A testa era longa,com as arcadas supraciliaresmarcadas sem de mais, as linhasfisionómicas duma delicadezaque, fora das mulheres, desa-grada. A aparência, toda ela defranzino, mascarava-lhe intei-ramente o génio assomadiço e acoragem que não era lenta nemjamais foi receosa a medir-se”.

O problema desta peça é queomite o passado criminoso doex-sargento de Cavalaria, saídodo Exército após expiar crimesde agressão a subalternos pelosquais esteve preso, e mais doque uma vez condenado no civilpor crime de ofensas corporais,variando a sua vida entre a de-mência criminosa e a vontadede um revoltado. Aquilino pre-feriu ignorar esse fatal destinodo seu antigo compadre e corre-ligionário, filho de Maria Barro-so e do abade de Vinhais, Abílioda Silva Buíça. Ainda mais reve-lador é o que Aquilino admite eomite sobre José Nunes, contrao qual esgrime argumentos semfim, considerando-o um mitó-mano.

Muito sucintamente, JoséNunes era um intervencionistado grupo “Os Mineiros”. Esteveno Terreiro do Paço e disparousobre o Príncipe D. Luís Filipe,

sendo nele que a rainha D.Amélia bateu com um ramo deflores e ele o retratado pela raí-nha em esboço.

Sobre o regicídio deixouimportantes revelações após1915 que esclarecem o atentadoem livros como “A BombaExplosiva e Para quê?”. Outrosescritos ficaram inéditos, já quea sua publicação imediata trariaapaixonados debates, envolven-do algumas personagens aindavivas (nomeadamente Aquilino)e a maioria de vultos entãorecentemente falecidos. Fugidopara S. Tomé e Moçâmedes edepois regressado a Lisboa, apolícia nunca o encontrou. An-tes de morrer, segundo Casimiroda Silva, “no quarto de dormir,tinha, sobre a cómoda, voltadopara o leito um grande retratode D. Luís Filipe” – o Príncipe aquem ele tirara a vida. “Todos osdias, ao despertar, para ele olha-va, repetindo a pergunta – títulodo seu livro: E Para Quê?”. JoséNunes era um arrependido e nãofoi o único. Aquilino Ribeironunca se arrependeu. Sob a pa-ródia religiosa do título do seulivro “Um Escritor Confessa-se”não ressuma qualquer sentimen-to de penitência; é apenas umainquirição divertida ao passadoconfortavelmente longínquo doanarquista ex-seminarista e doagora relativamente celebradoescritor. Como quem diz, já umpouco senil e babado de ternurapor si mesmo: “As coisas que euera capaz de fazer!”. Em 1927após a revolta de 7 de Fevereiro,Aquilino exila-se em Paris. Nofim do ano regressa a Portugal,clandestinamente e morre a pri-meira mulher. Em 1929 Aqui-lino Ribeiro casa com D. Jeró-nima Dantas Machado, filha deBernardino Machado e em 1930nasce o segundo filho, AquilinoRibeiro Machado. Em 1931 vaiviver para a Galiza mas a partirde 1932, já com 47 anos, per-manece no país e recebe recon-hecimento pelas suas obras lite-rárias.

Em 1960 é proposto para oPrémio Nobel da Literatura.Tendo a família de Sofia MelloBreyner, próxima do Paço docu-mentação sobre o regicídio. Aprópria Sofia disse em comen-tário a um livro escrito por JMRque “o Aquilino esteve no Ter-reiro do Paço com um revólver etal facto fora do conhecimentointernacional mas a famíliaBreyner decidiu não incluir essainformação no livro de memó-rias do avô”… E depois rema-tou: “Porque é que acha quenunca lhe deram o Nobel? Elessabiam que ele participou noRegicídio e a sociedade não dáprémios Nobel a assassinos”.Aquilino morre em 27 de Maiode 1963.

____José Pinto-Coelho

CARTÓRIO NOTARIAL DE CORUCHE– CERTIFICO, para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação lavrada no dia dezoito de Junho

de dois mil e sete, neste Cartório, a folhas treze e seguintes do livro de notas para escrituras diversas número qui-nhentos e quarenta e nove-D, ANTÓNIO FERNANDES, cont. 124 262 961 e mulher ROSA GERTRUDESBERNARDINO, cont. 137 251 343, casados, sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia e con-celho de Coruche, na qual residem na Rua António Teles, no lugar de Vale Mansos, DECLARARAM que, sãodonos com exclusão de outrem, do seguinte prédio na freguesia e conselho de Coruche, PRÉDIO URBANO, sitona Rua António Teles, no lugar de Vale Mansos, composto por uma casa de habitação de rés-do-chão, com a super-fície coberta de sessenta e seis metros quadrados e logradouro com a área de seiscentos e trinta e quatro metrosquadrados, a confrontar de Norte com Rosa Gertrudes, de Sul com Joaquim Henriques e outros, de Nascente comJosé Moleiro e de Poente com Estrada e José Cordeiro, inscrito na respectiva matriz em nome do justificante mari-do sob o artigo 8958.

– Que este prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial do concelho de Coruche e delenão têm qualquer título formal que permita o respectivo registo.

– Que justificam, porém, aquele seu direito de propriedade nos termos seguintes:– O prédio ora justificado veio à posse dos primeiros outorgantes, por doação meramente verbal, feita, por seus

sogros e pais, respectivamente, Perpétua Gertrudes e marido Manuel Bernardino, que foram casados entre si sob oregime da comunhão geral de bens e residentes no mencionado lugar de Vale Mansos, em data que não podem pre-cisar, mas no ano de mil novecentos e setenta e um, sem, no entanto, terem celebrado a competente escritura pública.

– Desde aquela data, porém, tendo iniciado a posse do prédio, ao tempo composto de terreno de cultura, ondesemeavam, plantavam, cultivavam e colhiam diversas culturas, a determinada altura iniciaram a construção dareferida casa, alterando assim a natureza do prédio, que depois de concluida participaram à matriz, tendo nela pas-sado a habitar com a sua família, guardando alfaias e cuidando do logradouro, fazendo obras de conservação sem-pre que necessário, posse que exerceram em nome próprio até hoje, sem qualquer interrupção, à vista de toda a gentee sem oposição de quem quer que fosse, suportando todos os encargos a ele respeitantes, designadamente os denatureza fiscal e actuando em tudo o mais sobre ele em correspondência perfeita com o exercício do direito de pro-priedade.

– Exercendo essa posse por mais de vinte anos, sem interrupção e com a consciência de estarem a agir comoverdadeiros donos do prédio, o que confere a tal posse a natureza de pública, pacifica e contínua, fundamentandoassim a aquisição do respectivo direito de propriedade por usucapião, o que, pela sua natureza, impede a demons-tração documental do seu direito e a primeira inscrição, que se pretende, no registo predial.

ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Coruche, dezoito de Junho de dois mil e sete.

A Segunda Ajudante(Maria Jacinta Fitas Garcia Martins)

NOTARIADO PORTUGUÊS

Momento em que os assassinos disparam sobre a família Real e a Raínha D. Amélia se defende com um ramo de flores

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1 - Primeira tese que asdiferencia: Igualdade!

- A direita considera que osSeres Humanos, as Pessoas, nãosão todas iguais e como tal devemser tratadas.

- A esquerda diz que todas aspessoas são iguais e como taldevem ser tratadas.

Uma primeira nota sobre estasduas teses em confronto. Partindodo princípio, na minha opiniãoverdadeiro, de que as pessoas nãosão todas iguais a direita está me-lhor habilitada, porque mais rea-lista, a tratar da governação dasociedade.

Vejamos então se é verdadeque as Pessoas são todas iguais;No género - morfologicamenteos homens são iguais às mulhe-res? Na pirâmide demográfica -as crianças são iguais aos jovens eestes aos adultos? Nas caracte-rísticas físicas - as pessoas sãotodas iguais? Na raça - todas aspessoas são da mesma raça? Nareligião - todas as pessoas profes-sam a mesma religião? Todas têmreligião? Na formação - todas aspessoas chegam ao mesmo nívelde habilitações literárias, isto ape-sar de o ensino ser universal?Todas as pessoas com o mesmograu de habilitação literária, den-tro da mesma área do saber, têm amesma capacidade de desen-volvimento e aplicação dos seusconhecimentos? Na educação -dois filhos, irmãos, com o mesmotipo de educação e de condiçõesde base, são muitas vezes com-pletamente diferentes nos seuscomportamentos e atitudes per-

ante a vida. Porquê? No carácter- todas as pessoas são conser-vadoras? Todas são inovadoras?Todas são pioneiras? Todas sãolíderes naturais? Todas são segui-doras? Nos objectivos de vida -todas as pessoas querem atingir omesmo objectivo?

Dos Três Pilares de base –Ser, Ter, Parecer – todas as pes-soas nomeiam o mesmo pilarcomo ideal de vida? Enfim, pode-ria continuar com mais algumasquestões, para mim, de respostaóbvia. A resposta continuaria aser: NÃO! Não somos todosiguais! Somos todos diferentes.

É interessante fazer este exer-cício mental fora das conjec-turas, e do enquadramento, das“escolas oficiais” de pensamen-to, preferindo olhar para a reali-dade e deitando um olhar sobreela, para tentar chegar a um pontoonde se encontre um caminhomais consentâneo com a realida-de, partindo daí para o traçar deum caminho possível que possi-bilite às elites governantes alcan-çar o bem comum de uma socie-dade, fim último de qualquer filo-sofia política.

2 - A Organização da Socie-dade - A sociedade humana éestratificada. Sempre o foi esempre o será! Porquê? Porque oser humano é único no seu ser; nasua forma de pensar; na sua formade agir e interagir com os outrosseres humanos; na sua capacidadede sobrevivência; na sua capaci-dade de prever o futuro e de seprecaver dos tempos menosfavoráveis; na sua capacidade e

habilidade de angariar bens; nasua relação com o transcendental;no seu grau de curiosidade deperceber o mundo que o rodeia.

E, sendo diferente, organi-zou-se naturalmente em conse-quência, formal ou informal-mente, desde os primórdios dahumanidade. Tendo por base deorganização da vida, a célulafamiliar (pai, mãe, filhos - mes-mo quando não havia cerimóniascivis ou religiosas para o estabe-lecer), organizou-se a sociedadesegundo as capacidades de cadaum dos seus membros de desen-volver certas tarefas necessárias à

sua própria sobrevivência e à dosmembros da sua família. Organi-zou-se progressivamente estabe-lecendo e organizando os laçoscom os elementos da sua famíliaalargada (avós, tios e primosdireitos), com os membros do seuclã (tios avós, primos chegados eafastados), com o seu grupo so-cial (amigos e conhecidos) e comos seus compatriotas (aqueles queracionalmente ou irracionalmentepartilham os valores da Nação eda Pátria).

3 – As Necessidades e os De-sejos - E nos primórdios a sobre-vivência era aquilo que é neces-sário à manutenção da vida, ouseja; a) alimentação, b) abrigo ec) vestuário. E houve batalhas eguerras pela conquista destes trêsfactores/recursos. E hoje? Estascondições de pura sobrevivênciamudaram? Não! Convém aquiprecisar o que quero, com isto,dizer. O ser humano complexofísico e mental tem: Necessidades

e Desejos. As necessidades são astrês funções necessárias à sobre-vivência física, sem as quais nãoexiste a possibilidade de sobre-vivência; de vida mais ou menosprolongada.

Os desejos já entram nocapítulo diverso do psicológico,do qualitativo, i.e. melhor ali-mentação, melhor abrigo, ves-tuário mais confortável, quererarranjar técnicas para viver maistempo e com melhor qualidade devida física, querer mais conforto,mais segurança física ou psi-cológica, etc. Garantidas as trêscondições de base à sobrevivên-

cia, o ser humano busca a melho-ria qualitativa e o prolongamentoda sua vida terrena. Assim asnecessidades evoluíram segundoo percurso evolutivo do serhumano, ser pensante, na buscade melhores condições de vida.Ser humano entendido comoúnico e como membro da comu-nidade de base que o rodeia.

4 – Mais algumas Diferençase Contradições - Então se somostodos diferentes porque diz aesquerda que somos todosiguais? Porque abstractamente,utopicamente, quer chegar à feli-cidade da sociedade através demedidas gerais e universais; a)Somos todos seres humanos!Todos temos corpo e sangue! b)Todos temos capacidade deraciocínio! Todos queremos mel-hor vida! Estes pontos de partidatêm uma resposta também óbvia:Sim! Mas convenhamos quepara definir uma sociedade deseres humanos, não chega. E

muito menos para partir doprincípio que somos todosiguais! Se nas questões que seprendem com a condição de todossermos seres humanos e todossermos corpo e sangue não hádivergências.

Mas o sangue é todo igual?(i.e. Tipo A, B, 0 e subgrupos). OADN é igual para todos os sereshumanos? Pelos vistos até isso aciência veio dizer que não! Tudobem. Deixemos isso de lado,como deixemos igualmente delado o facto de os corpos não se-rem iguais. E ainda bem! Per-doem-me a graça: Que monoto-nia seria a vida!

Já no que se refere à capaci-dade de raciocínio. É verdadeque todos a temos. Mas... o grauem que temos essa capacidade éque é diferente de pessoas parapessoa e isso faz a sua diferençana progressão de vida. Todosqueremos melhor vida! Verda-de! Mas todos dizemos o mesmoquando verbalizamos: melhorvida? O que é para cada um, umamelhor vida? Mais uma vez, issodepende de cada pessoa, dotempo em que se desenrola a suavida, das coisas disponíveis e doespaço em que vive. Regresse-mos então à base, da base: somostodos humanos!

E aqui a Esquerda assenta oseu cavalo de batalha e tira con-clusões: se somos todos huma-nos, logo... somos todos iguais,logo... todos temos direito aomesmo, logo...não deve haverclasses, logo... a sociedade não éestratificada, logo... etc. E extra-pola todas as consequências destasequência para o seu pensamentodominante, para a sua acção polí-tica. Mas logo entra em con-tradição com o seu cavalo debatalha pois acrescenta: é precisodefender os mais fracos e osmenos capazes! Então em queficamos? Se há mais fracos emais fortes, somos todos iguais?Mais fortes e mais fracos em quê?Defendem-se dizendo que a so-ciedade a caminho do socialismoou da social-democracia sofredessas desigualdades, mas quequando lá estivermos seremostodos iguais... daí a célebre frasedos socialistas e sociais-democra-tas: a caminho do socialismo ou acaminho da sociedade sem classes.

Pergunto: como? Se tudo oque está para trás escrito das dife-renças que existem entre os sereshumanos reais é uma realidade eimpossibilita cientificamente essapossibilidade?

(continua no próximo número)

Miguel Matos Chaves* Gestor de Empresas

e Doutorando em Estudos Europeus pela Universidade Católica

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200710

O que diferencia a esquerda da direita?A propósito do cartaz sobre o comportamento sexual das senhoras

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 11

CNE – Agrupamento 119 de Coruche

Promessas e investiduras

ExploradoresO “Grupo de Exploradores”

após concluírem as provas de“patatenra”, na cerimónia deinvestidura realizada no dia

19 de Maio no Açude daAgolada, foi-lhes retirado pelaChefe Rosa, da Alcateia 4 deNossa Senhora do Castelo, osseus lenços de Lobito, que até

agora fizeram parte do seupercurso e foi-lhes imposto o

lenço verde, símbolo daesperança, sinal visível do

Grupo de Exploradores, aosseguintes elementos:

BRUNO MANUEL LEITÃOGRIFO

DANIELA FILIPA CLAROPATRICIO

GONÇALO MANUELMACHADO FERREIRAINÊS MARGARIDA DEMORAIS SÃO MARCOSINÊS MARIA SERAFIM

DE MOURAJOANA MARIA MARTINS

FERREIRAMARGARIDA ALEXANDRA

RODRIGUES OLIVEIRAMARGARIDA ISABEL

MATIAS F. CARAPINHAMARIA CLARA AZEVEDO

COUTINHOMIGUEL ALEXANDRE

CLARO COELHO

PioneirosNa presença do chefeFrancisco, da unidade,

fizeram a sua investiduracomo membros do “GrupoPioneiro” os até aqui explo-

radores, a quem lhes foiretirado o respectivo lençoverde pelo Chefe Joaquim

da unidade de exploradores,os seguintes elementos:

BERNARDO JOSÉFORTUNATO PINTO

CATARINA ISABEL PINTORAMALHO

FILIPE MIGUEL MACEDOPARREIRA

JOANA RITA MACHADOFERREIRA

JOÃO ANIBAL CASINHASCANHÃO

JOÃO MIGUEL PEDROSOFERREIRA

JOSÉ MÁRIO BROTASCARVALHO SANTANA

LILIANA LUCIA PRANCHAPIEGAS

MARTA MARIA GASPARVELOSO

NUNO ALEXANDRE AIRESDINIS

PEDRO MARQUES RAPOSORUTE CARLA MANSIDÃO

DOS SANTOSSARA RAQUEL CAETANO

JÚLIOSOFIA MARQUES MAIA

Lobitos“Recebe este lenço da cor do

Sol dourado”...Fizeram a sua promessa de

lobitos da Alcateia 4 de NossaSenhora do Castelo/Coruche

os seguintes elementos:

DANIELA SOFIA BARROSOREIS

DAVID ANTÓNIO PEDROSOPEREIRA

FRANCISCO MIGUEL DEOLIVEIRA CECÍLIO

JOÃO MANUEL MARTINSFERREIRA NOVAIS

JOSÉ FRANCISCO LUCASBORDA D’ÁGUA FERREIRA

LAURA MARQUESDOMINGOS BENTO

CEBOLAMADALENA MARQUES

COELHOMARIA INÊS DOMINGOS

MENDANHAMARIA LEONOR DA SILVA

SIMÕESPEDRO MIGUEL MARTINS

FERREIRA NOVAISPEDRO MIGUEL SOUSA

NUNESVERÓNICA MARIAPESEIRO LEITÃO

CaminheirosConjuntamente com todo oAgrupamento 119, o Clã 18

teve o seu momentoexclusivo, após a vigília

“Velada de Armas” tiveramlugar as cerimónias da QuartaSecção. Pelos “noviços” foi

apresentada uma mímicasobre a conversão de São

Paulo, a seguir vieram todosos caminheiros investidos

e declamaram as BemAventuranças, proclamando

o seu ideal de “ HomemNovo. Também pelos mais

velhos foi apresentado o tema“ Ser diferente”. Com lençosvermelhos foram investidos

caminheiros os seguintesnoviços:

ALEXANDRE DANIELPRATES COUTINHO

FERREIRACARLOS ANDRÉ TELES

FRANCISCO GUILHERME S.A. DE LEITE PERRYTIAGO ALEXANDRE

MARTINSTIAGO JOSÉ PARREIRA

SILVA LAMAS

Realizaram-se nos dias 18,19 e 20 de Maio as solenes promessas einvestiduras de novos elementos do Agrupamento 119 de Coruche. Nobelíssimo pinhal anexo ao açude da Agolada de Baixo, gentilmentecedido pelos proprietários, família Oliveira e Sousa.

Montou-se um campo geral/agrupamento no qual se instalaramtodas as secções do agrupamento local e convidados de alguns agru-pamentos que compareceram. Neste campo, os escuteiros montaram opórtico, tendas, cozinhas e uma capela de campo com altar, bancos demadeira para todos os assistentes.

Após o jantar realizou-se a “Velada de Armas”, a vigília que antecedeas cerimónias de promessa, com a presença do Rev. Padre Elias Serrano,assistente do Agrupamento. Foram efectuadas as bênçãos dos lenços edas insígnias e acesas as velas correspondentes aos Princípios e Leis doescuta. Após estas cerimónias, foi feita “A Partida” de dois caminheiros,Miguel Raposo e o Pedro Ferreira que levaram na mochila o pão, apalavra e a luz, e, na mão, a tenda e a vara bifurcada, símbolos do seudesprendimento…e partiram de barco, rumo ao horizonte.

Durante a eucaristia fizeram a sua promessa de escuteiro 12 lobitos,10 exploradores, 14 pioneiros e 5 caminheiros. Depois da celebraçãorealizou-se um grande jantar/partilha.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200712

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JULHO 2007

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2 9 16 23 30

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5 12 19 26

6 13 20 27

7 14 21 28

A D C B A

B A D C B

C B A D C

D C B A

A D C B

B A D C

C B A D

O organismo humano variade forma periódica, sendo poreste motivo possível a previsãodessas variações, ao longo das24 horas do dia e consequente-mente ao longo de meses e anos.

Actualmente muito se fala doRitmo Circadiano, significandoque a periodicidade é equiva-lente ou aproximada a 24 horas.

A palavra circadiano vem dolatim circa que quer dizer cerca,à volta e de die que significa dia.

COMO SE CARACTERIZAUM RITMO

CIRCADIANO?Os ritmos biológicos são co-

nhecidos há séculos, sendo novaa descoberta da sua generalidade,das suas propriedades e da suaimportância prática, em particularno que diz respeito à medicina.

No organismo humano, desen-volve-se ao longo do tempo umavariação química que se vai repe-tindo aproximadamente igual a siprópria. Como exemplo, temos avigília e o sono que ocorremdiariamente de forma alternadanum período de aproximada-mente 24 horas. Pode-se dizerque este é o nosso ritmo circadia-no mais evidente, o mesmo acon-tecendo com a temperatura donosso corpo, o nosso peso e forçamuscular, a nossa capacidade deraciocínio e a esmagadora maior-ia das funções do organismo.

Todas estas variações e altera-ções podem ser representadasatravés de uma curva ondulada,com pontos altos e baixos. Paraum ritmo circadiano o período éde cerca de 24 horas e neste casopode-se também chamar de ritmonictemerial (noite mais dia emgrego). No caso de um período detempo igual ou de cerca de 365dias (um ano), diz-se ritmo cir-canual. No caso do ritmo circa-

diano, a localização das oscila-ções na escala das 24 horas, édada em horas e minutos a partirde uma hora de referência, comoa meia-noite (00.00h). Quando asvariações atingem um pico máxi-mo, designa-se por acrofase (fasemais elevada), vértice ou zénite.O ponto mais baixo da variação édenominado de nadir ou batifase(fase mais baixa). Cada uma dasvariáveis psicofisiológicas tem asua acrofase e batifase circadianaa determinada hora, podendo serresumida em tabelas ou gráficos.

Assim, foi dado a observarque estes pontos altos e baixos noser humano, não se repartem demodo aleatório na escala diáriaou anual. Verificou-se que estadistribuição no tempo está sujeitaa uma estrutura ou organizaçãoprecisas, podendo-se falar emestrutura temporal para designara configuração de ritmos biológi-cos. De outro modo, além da nos-sa organização no espaço que é aanatomia clássica, existe umaanatomia no tempo, permitindo oestudo da organização dos seresvivos no tempo, dos mecanismosque os controlam e das alteraçõespassíveis de os perturbar e des-controlar.

O CONHECIMENTO DOSRITMOS BIOLÓGICOS

NA PRESERVAÇÃODA SAÚDE

Existem hoje evidências deque as mais diversas actividadesfísicas e psíquicas e factoresorgânicos são directamente influ-enciados, pela positiva ou pelanegativa, consoante a hora do diaou do ano em que se realizam.

Como exemplo, escolhi aingestão da velha e extraordináriaaspirina que pode provocar comfrequência lesões gástricas. Estu-dos demonstraram que a sua

ingestão provoca mais lesões eaumenta o risco de hemorragiadigestiva para o dobro se tomadaàs 10 horas da manhã, ao invés deser tomada ás 10 horas da noite.

Em relação às estações do anoe ao ritmo circanual, sabe-se queas pessoas são mais vulneráveisàs infecções, às doenças cardio-vasculares, cerebrais e outras naaltura do Inverno, tendo uma vidamais activa e maior resistência àsafecções na Primavera e no Ve-rão. Sabe-se que a luz solar temuma influência positiva na curada depressão, daí a prevalênciadeste tipo de patologia ser maiorno Outono e Inverno.

Em relação à actividade neu-roendócrina, sabe-se que quandose aproxima o despertar, as glân-dulas supra-renais segregam umasubstância denominada cortisól,provocando um pico na sua pre-sença em circulação.

Sabe-se que o cortisól favo-rece a formação de açúcar, aretenção de sódio e de água e aeliminação do potássio, possuin-do influência nos processos deinflamação e defesa imunológica.Sabe-se que todos estes proces-sos são fundamentais para o iní-cio da actividade orgânica, sendoestas substâncias indispensáveispara o bom funcionamento docérebro, coração, rins, músculos,entre outros.

O ritmo de secreção do cor-tisól é apenas um exemplo danossa anatomia temporal, tendotodas as nossas funções nervosas,endócrinas, cardíacas, renais, di-gestivas, reprodutoras, cognitivase outras, ritmos circadianos e rit-mos circanuais.

O pico e o ponto mais baixode cada variável, não acontecempor acaso mas é fruto de umaorganização precisa. O pico dapressão arterial é precedido pelos

picos das variáveis fisiológicasou psicológicas que a controlam,como as catecolaminas a aldos-terona ou o stress e irritabilidade.

A pressão arterial é mais bai-xa de manhã e aumenta ao princí-pio da tarde, sendo influenciadopelo repouso, alimentação entreoutros factores. Constata-se tam-bém que somos mais sensíveis àdor provocada às 6 horas da tardedo que à dor provocada às 6 horasda manhã. Questões como quan-do se deve tirar férias, alimentar-se ou aprender estão directa-mente relacionadas com os rit-mos biológicos.

Na aprendizagem, por exem-plo, existem dois tipos de memo-rização: a curto termo e a longotermo. A memória a curto termo éaquela que utilizamos quandolemos um número de telefone,para fazermos uma chamada,esquecendo-o logo depois.

A memória a longo termo tema ver com informação que regis-tamos de forma permanente, comoa tabuada ou algumas estrofes dosLusíadas. É de manhã que severifica que a nossa memória acurto termo se encontra em me-lhores condições, ao contrário damemória a longo termo queencontra o seu pico máximo decapacidade ao final da tarde.

Assim, deve-se estudar prefe-rencialmente ao fim da tarde,para daí resultar uma melhor me-morização e consequente apren-dizagem.

Em relação à sexualidade, oponto mais baixo de actividadesexual situa-se em Fevereiro,Março, tal como o da secreção detestosterona (hormona sexualmasculina). O pico da actividadesexual do homem situar-se-ia nofinal do Verão e início do Outono,sendo também a altura da secre-ção máxima da testosterona.

PROPRIEDADES DOSRITMOS BIOLÓGICOSOs ritmos biológicos têm as

mesmas características em todosos seres vivos, continuando a per-sistir, mesmo na ausência desinais e de informação temporalperiódica.

Os diversos tipos de ritmosbiológicos fazem parte do patri-mónio genético de cada um, sen-do sincronizados, acertados, pe-los factores periódicos do meio(alternância dia / noite, calor/frio,ruído/silêncio, etc.).

O ser humano possui dois sis-temas de resposta ou defesa parareagir de diferentes maneiras àsvariações do meio.

Por um lado a nossa organiza-ção temporal permite uma anteci-pação, preparando o corpo pararesponder às variações periódicase previsíveis do meio. Trata-se deuma gestão a longo prazo, combase nas 24 horas.

Por outro lado, dispomos deum sistema capaz de responder aacontecimentos imprevisíveis notempo (ex. o stress), com uma ges-tão a curto prazo (fracção desegundo a horas).

É aqui que se situa o retrocon-trolo e a homeostasia (equilíbrioe bem estar orgânico).

Assim com o conhecimentotemporal dos ritmos biológicosno ser humano, podemos prever,prevenir e ajudar a tratar todo otipo de maleitas, sendo para issonecessário que cada um de nósconheça da melhor maneira acronobiologia e cronopsicologia,inerentes à nossa condição deseres vivos.

O Relógio Biológico

Todos os seres vivos, incluindo o Homem, possuem ciclos e fases que se repetemao longo da sua existência, reflectindo-se ao nível psicológico e biológico.

Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

* Assistente de Saúde EspecialistaServiço de Psiquiatria

do Hospital de Santa Maria, LisboaMestre em Psicologia da Saúde

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A Nestlé decidiu instalar asua nova unidade de produçãode águas engarrafadas da marcaSelda/Bebágua, a construir numterreno de 4000m2 na freguesiade São José da Lamarosa, já nofinal de 2007, prevendo-se a suaconclusão e inicio de laboraçãoem fins de 2008. O investimen-to estimado ronda os 5,3 mi-lhões de euros.

A fábrica da Lamarosa/Co-ruche será a quarta do grupoNestlé no país, a par das do Por-to no segmento de cafés, Açores(leite) e Aveiro (cereais).

A empresa é líder europeiano segmento de “water coolers”e espera vender até final do anocerca de 47 milhões de litros deágua em Portugal.

Após o estudo de Ourém eChamusca como alternativas, aNestlé Waters escolheu Coru-che. Esta decisão deveu-se emgrande medida à prospecção

realizada pela equipa de geólo-gos em Coruche, decisiva para ainstalação da fábrica, primeiropor possuir boas vias de acesso,e também porque os resultadosdo furo à nascente foram muitopositivos, tanto a nível da quali-dade e sabor da água, como aonível de caudal existente.

Com a instalação da novafábrica, nos próximos dois outrês anos, deverão ser criadoscerca de 30 novos empregos.

Segundo a divisão de águasda Nestlé, o negócio deve esteano atingir os 16,3 milhões deeuros, com 47 milhões de litrosde água. Refira-se que no anopassado o valor foi de 15,1 mi-lhões de euros.

A empresa tem em vista aabertura de um novo armazémna margem Sul do Tejo, quenuma primeira fase irá funcio-nar em paralelo com a fábricade Coruche.

Nestlé instalafábrica de águasno concelho

LLaammaarroossaa

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 13

O Presidente da União dasMisericórdias Portuguesas ga-rantiu que estas instituições po-dem ajudar o Estado a diminuiras listas de espera para Cirurgiaem cerca de 80% das situações.

Foi durante o VIII Congres-so Nacional das Misericórdias,subordinado ao tema “Moderni-dade e Boas Práticas”, realizadoem Braga de 31 de Maio a 2 deJunho que Manuel Lemos de-

fendeu que “não faz sentido queo Estado não aproveite as capa-cidades destas instituições,quando em alguns dos seusserviços existe um certo imobi-lismo”. Disse ainda em declara-ções à Rádio Renascença que “oEstado muitas vezes tem umacapacidade instalada, mas nãoa aproveita, porque se a apro-veitasse não haveria listas deespera”.

Misericórdias queremajudar a diminuirlistas de espera

No seguimento da discussão pública sobre a reestruturaçãodas urgências, o PCP veio alertar para a “forma confusa comoo Ministério da Saúde está a conduzir a Gestão do CentroHospitalar do Médio Tejo”, apelando à não destruição do Cen-tro Hospitalar do Médio Tejo.

Para o PCP “a constituição do Centro Hospitalar permiteuma gestão mais racional dos recursos dos três hospitais, sen-do indispensável reestruturar os serviços do Centro de formaa torná-los socialmente mais produtivos e mais atractivospara os utentes e para os profissionais”.

Centro Hospitalar e urgênciasdo Médio Tejo

Decorreu de 15 a 17 deJunho o fim-de-semana da Ju-ventude, em simultâneo com afeira franca anual.

A animar estiveram os gru-pos Contrabanda e Charli &BluesCats. Disputou-se um jogode futebol de sete no campo doÁguias do Sorraia e realizou-se

uma sessão de astronomia comobservação do espaço.

Houve ainda espaço parauma demonstração de kartingna zona industrial do Couço eum tributo aos Xutos e Ponta-pés.

O fim-de-semana terminoucom uma vacada.

Animação no Fim--de-semana daJuventude

CCoouuççoo

A Câmara Municipal de Corucheem colaboração com a Associação deComerciantes do Concelho de Coru-che e de Salvaterra de Magos pro-move nos dias 7, 8 e 9 de Setembro aFeira das Oportunidades.

Este evento, que pretende pro-mover o comércio tradicional, temvindo a revelar-se um êxito, tanto paraquem vende como para quem compra.Esta feira que para além de ser um localde excelência para se fazerem boascompras contará também com muitaanimação e com as tradicionais tasqui-nhas.

As pré-inscrições são exclusivaspara comerciantes que possuam estabe-lecimento aberto, e, terminam no final

do mês de Julho. Depois desta data asinscrições ficam limitadas ao espaçodisponível.

A concessão de três tasquinhas seráefectuada em hasta pública cuja dataserá divulgada em edital. Têm priori-dade na arrematação das tasquinhas osestabelecimentos de restauração e simi-lares do Concelho de Coruche.

Para mais informações pode sercontactado o Gabinete de Planeamentoe Desenvolvimento Económico da Câ-mara Municipal de Coruche, pelo tele-fone 243 610 200 ou pelo [email protected].

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200714

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O final das aulas na escolaEB1 de Vale de Cavalos, na Fa-jarda, foi comemorado em am-biente de festa, no passado dia22 de Junho. Com o recreio ecantina decorados a rigor, comluzes, palco e muita magia.

A participação das criançasdo primeiro ciclo e da pré-pri-mária, com teatros, danças, can-ções e lengalengas foi o orgulhodos pais, padrinhos, e avós quenão perderam momentos dafesta.

As crianças também foramsurpreendidas pelos pais comum teatro de fantoches, e compalhaçadas, o que iluminou ospequenos rostos com risos egargalhadas. A alegria de pe-quenos e graúdos invadiu a festaque foi recheada por comida,doces, frutas e bebidas, e quedurou pela noite dentro.

O balanço do ano lectivo émuito positivo, pais e educado-res, professores e auxiliares tra-balharam em conjunto por umúnico objectivo… o sucessoescolar de todas as crianças.Esse objectivo foi atingido, poisas condições necessárias foramtodas reunidas. Nesta altura doano que seria para descansar…para que no próximo ano estespais estivessem aptos a colabo-rar com o ensino dos seus filhos,isso não vai acontecer.

Segundo informações reco-lhidas pelo Jornal de Coruche, asala de primeiro ciclo irá fun-cionar como sala de pré-escola,o que significa que estas cri-anças terão de abandonar esteespaço e integrar na escola daFajarda, o que ainda não se sabese tem capacidade suficientepara tal.

Os pais demonstram umaopinião de desagrado pois aescola de Vale de Cavalos temumas óptimas condições, desdea sala de aulas, aos balneários erecreios. Também a cantina émuito bem equipada, e tem aoserviço pessoal qualificado.

Nesta altura a comissão depais reúne assinaturas na fregue-sia para que a sala de aulas nãoseja encerrada. Mónica Azeve-do, representante dos pais, re-feriu que “vamos lutar para quea nossa escola não feche, vamosusar todos os meios possíveis,um assunto a debater tambémna Assembleia de Freguesia daFajarda. Os pais estão unidospelo mesmo objectivo”. Umfinal de ano com alegria e tris-teza à mistura na escola EB1 deVale de Cavalos na Freguesia daFajarda.

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Para colaborar nesta rubrica envie,por e-mail ([email protected]) ou via CTT,as imagens ou situações que deseje ver publicadas.

O Jornal de Coruche é cada vez mais lido por todos! Desta vez apanhamos alguns com ele na mão,desde o Sr. António da Barca, que o lê no seu café, que há mais de 40 anos vê Coruche acontecer, atéao Mestre António Neves, um folclorista de excelência. Obrigado a todos e participem no vosso Jornal.

Apanhados com o JC

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 15

No período em que vai ocu-par a Presidência da União Eu-ropeia, Portugal pretende con-cretizar a II Cimeira Europa--África.

Se conseguir tal objectivo,contributo poderoso para o diál-ogo Norte-Sul, Portugal deverátirar partido do seu posiciona-mento diplomático para propi-ciar a busca de soluções para osvários conflitos de soberaniaque, há muito, se instalaram naárea do Mediterrâneo ocidentale continuam sem fim à vista.

Deixando para outro mo-mento o fundamentalismo islâ-

mico e a sua dinâmica desesta-bilizadora, é de lembrar agora asdisputas entre Espanha e Marro-cos, por causa de Ceuta e Me-lilla, entre o Reino Unido e Es-panha, à volta de Gibraltar, aluta da Frente Polisário contraMarrocos pela independênciado Sara Ocidental, e, finalmen-te, a questão de Olivença, entrePortugal e Espanha.

Efectivamente, além de ser oMediterrâneo ocidental a áreaestratégica a que também per-tence, Portugal é parte num lití-gio de soberania com gravidadee relevo similares aos demais

referidos, e que com eles se cor-relaciona, a sempre presentequestão da ocupação ilegítimade Olivença pelo país vizinho.

Ocorrendo a possibilidade –e a urgência! – de na referidaCimeira Europa-África seremtomadas medidas que melhoremo clima político-diplomático emtoda a região ibero-magrebina, adiplomacia portuguesa tem aquiuma oportunidade de ouro para,sabendo aproveitar a ocasião e opretexto, fazer valer os direitosde Portugal a propósito de Oli-vença.

Houvesse audácia!

António Marques *

ACTUALIDADE

II CimeiraEuropa-África

A falta de perspectiva estra-tégica evidenciada por muitosdaqueles que ocupam lugares dedecisão na administração públi-ca, nomeadamente nos níveisregional e local, acompanhada,habitualmente, de inabilidade eignorância políticas, implica odesconhecimento do interesse na-cional e acarreta a este, frequente-mente, prejuízos de monta.

Infelizmente, na ausência deum pensamento político-estraté-gico elaborado, conhecido e res-peitado por tais decisores, multi-plicam-se os casos em que se en-fraquece, quando não se abando-na, a defesa do bem comum dosportugueses.

É já banal o modo como osmeios políticos da Extremaduraespanhola têm conseguido en-cantar e cativar alguns autarcase outros responsáveis políticosdo Alentejo raiano, os quais, ali-

ciados com o novo “Eldorado”da “cooperação transfrontei-riça” aceitam – com aparenteprazer – colaborar na erecçãode uma “Grã-Extremadura”, cu-jo “epicentro” se situa em Bada-joz, como reclama impante aimprensa espanhola, e na qualtalvez almejem ocupar o mes-quinho posto de agentes, canti-neiros ou capatazes.

É sintomática a ora realizada“reunión de alcaldes rayanos”em que, felizes e pressurosos,alguns presidentes de municí-pios norte-alentejanos acorre-ram à chamada do Alcalde deBadajoz, D. Miguel Celdrán, eprometeram repetir a dose detrês em três meses...

Não está em causa, natural-mente, a conveniência e a ne-cessidade de serem desenvolvi-das relações económicas e cul-turais entre regiões e espaços

distintos mas vizinhos, nem se-quer o incremento de um des-comprometido diálogo políticoentre duas realidades adjacen-tes, de onde podem resultar ga-nhos e benefícios para todos.

Mas já haverá de ser vistocom reserva um projecto volun-tarista que, privilegiando certa-mente Badajoz e a «Grã-Extre-madura», se apresenta, na suaambiguidade, de ganhos duvido-sos para as terras alentejanas.

Tudo isto, claro, ainda nopressuposto de que os referidosdecisores não estarão, imagi-nando D. Miguel Celdrán comoum novo Godoy, conquistadospara a ideia de fazerem do Alen-tejo uma grande Olivença.

Agradeço a atenção e, se oentender, a publicação destassimples observações,

____* Jurista e Presidente do GAO

Dário de Jesus FerreiraSolicitador de ExecuçãoCédula 2236

Tribunal Judicial de Avis Execução ComumProcesso: 196/03.0TBAVSSecção Única

Nos autos acima identificados, encontra-se designadopara venda por negociação particular, pelos interessados oseguinte bem:

1 – 1 Máquina de Apanha de Tomate Guarese.As propostas pelos interessados devem ser entregues no

escritório do Solicitador de Execução, Dário de Jesus Ferreira,sito no Parque Miguel Bombarda, 6 em Portalegre, e poderáser contactado pelo telefone 245 330 714 a fim de mostrar obem aos eventuais interessados.

O Agente de Execução,Dário de Jesus Ferreira

EDITAL DE VENDA

Parque Miguel Bombarda, 6 – 7300-107 PortalegreTelf.: 245 330 714 • Fax: 245 207 188 • e.mail: [email protected]

Horário de atendimento: 9h–12h30; 14h–17h30

A obra para o novo obser-vatório do Sobreiro e da Cortiçaem Coruche, foi adjudicada e

vai começar a serconstruída em Julho,esperando-se quecomece a funcionarem finais de 2008.

O orçamento éde 1,2 milhões deeuros, e pretende serum meio para a in-vestigação ligada aeste sector. SendoCoruche o maior

produtor mundial de cortiça,esta área é de grande importân-cia estratégica para o concelho.

O observatório terá comoprincipais objectivos orientar ainvestigação para a produção dacortiça que já é feita em diversasinstituições nacionais; identifi-cando problemas tais como pra-gas e outras doenças, apresentandosoluções.

Outro dos objectivos é o depromover a qualidade deste pro-duto, em parceria com investi-gadores, associações empresari-ais e de produtores, e universi-dades.

Ao chegar a casa depois deum dia de trabalho FernandaGomes (nome fictício) reparanuma carta registada que tinhacomo remetente a GNR de SãoFacundo, e que apresentava umauto no valor de 74,82 euros.

Sem sequer localizar a re-gião, Fernanda sem hesitar con-tactou o remetente para esclare-cer dúvidas.

Começou por conhecer arazão do auto do outro lado dalinha “confirma a matrícula doauto com a do seu automóvel?Pois sim essa viatura no dia 30de Maio deste ano passou umsinal vermelho na estrada na-cional 2, junto à escola daBemposta” – local onde Fernan-da Freitas nem se recordava sealguma vez tinha passado.

Maior foi o seu espanto quan-do o cabo lhe pergunta “então senão foi o seu marido, tem acerteza que não lhe roubaram ocarro? Tem um jipe não é?”.

O que é certo é que a ma-trícula corresponde à do auto,mas não é um jipe mas sim umautomóvel Daewoo Lanos.

Ao ser questionado sobre amarca ou modelo do veículo, oagente referiu que não identifi-cou a viatura e nem o condutor.

Fernanda e o seu maridoMiguel (nome fictício) estavamnum jantar de amigos na casa devizinhos próximos, o seu carroestava fechado na garagem…mas o auto aparece dias depoisem casa. Agora aguardam a reso-lução do caso, depois de o teremexposto por escrito à DirecçãoGeral de Viação de Santarém edos vizinhos terem assinado aconfirmação do jantar realizadona noite do auto.

Um caso que nos faz reflec-tir. O que será que se terá passa-do? De quem foi a culpa doengano? Quem irá pagar os pre-juízos?

Mafalda Fonseca

A colecção automóvel doMuseu do Caramulo foi reforça-da com mais cinco automóveis,caminhando assim para uma ex-posição permanente cada vezmais completa em termos his-tóricos. Os automóveis que ago-ra se juntam à exposição são umBugatti 44 de 1928 e um Bugatti23 de 1924, que vêm completar

assim o núcleo Bugatti doMuseu do Caramulo e o maiorem Portugal, um Renault 4L de1966, mostrando uma das pri-meiras versões de um dos auto-móveis mais populares do mun-do, um Lancia Stratos HF de1974 e um BMW M1 de 1980,que reforçam o lado desportivoe de competição da colecção.

Começam as obrasdo Observatório da Cortiça

Carro comete infracçãograve na garagem

Museu do Caramulocom cinco novos carros

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200716

A humanidade, nos últimosséculos, tem vindo a acumularum espantoso volume de conhe-cimentos sobre o funcionamen-to dos sistemas biológicos. Sepor um lado essa informaçãopermitiu a resolução de proble-mas que afligiam a nossa espé-cie desde o principio dos tem-pos, abriu as portas simultanea-mente, e como geralmente suce-de com todo o avanço tecno-lógico que produzimos, para asua utilização com fins bélicos.

Numa Era em que tantofalamos de armas de destruiçãomaciça importa abordar umadas componentes dessa ameaçae que frequentemente mais éesquecida pelas populações, pornão possuir a componente“espectacular” oferecida aossentidos por uma detonação deum veículo armadilhado ou emúltima análise de um engenhonuclear.

A ameaça biológica é silen-ciosa mas igualmente mortal edifícil de conter uma vez liberta-da. Esta ameaça pode ter a suaorigem ou em organismos vivoscausadores de doenças ou nosagentes produzidos por micro-organismos (toxinas). A diversi-dade de seres e agentes que po-dem ser utilizados é enorme,quase tanto quanto o número debactérias e outros microorganis-mos que nos causam problemasde saúde. A maior ou menordificuldade na produção, manu-tenção, transporte e aplicaçãodos mesmo é que confere a maiorou menor utilidade enquantoarma biológica desses agentes.

Podemos pensar que é re-cente a utilização deste tipo demétodos para incapacitar oumatar militares e populaçõescivis mas de facto vem já delonge. A prática de catapultarcadáveres de doentes durantecercos a cidades era uma práticapor vezes utilizada como o foi,por exemplo, em 1347 peloexército mongol sob controlo dokhan Jani Beg que colocaracerco a Caffa, na Crimeia. Outrocaso histórico da utilização demicroorganismos como armaveio do território hoje EstadosUnidos da América. O exércitoinglês, em 1736, sob o comandodo General Jeffrey Amherst,distribui aos índios do Delawaremantas que haviam sido uti-lizadas por colonos infectadoscom varíola, na esperança queesta se propagasse entre a popu-lação nativa pondo fim ao con-flito que decorria.

Os casos de utilização destetipo de expedientes para elimi-nar forças inimigas foi depoisdisso utilizado abundantementedurante os séculos que se segui-ram, em especial no século XX,nomeadamente durante as duasguerras mundiais e conflitos queantecederam a segunda, incluin-do a invasão Japonesa da China.

Em 1966 o exército ameri-cano conduziu uma experiência,colocando bactérias inofensivasno metro de Nova Iorque, tes-tando assim os efeitos de umataque dessa natureza a um dossistemas com maior número deutilizadores de todo o mundo.Uma avaliação desse teste esti-mou que cerca de um milhão denova-iorquinos tinha sido expos-to à bactéria. Caso não tivessesido um teste mas sim umataque real o número de fatali-dades seria incrivelmente eleva-do. Depois do 11 de Setembro econhecendo estes factos éimpossível deixar de considerarque a ameaça colocada por estetipo de ‘armas’ é de facto pre-ocupante.

Em 2001, por iniciativa pro-vavelmente de um grupo internoamericano, foram distribuídascartas contendo esporos deantrax (Bacilus anthracis) quecausaram doença a 22 pessoas ea morte a 5. Estes esporos,quando inalados levam frequen-temente à morte, já que a doseconsiderada fatal é relativamen-te pequena, provocando hemor-ragias que em cerca de 5 dias setornam fatais.

Uma das principais preocu-pações, colocada por este tipode agentes, está na sua produçãoser acessível a um elevadíssimonúmero de pessoas, sem qual-quer controlo possível. As técni-cas de produção estão disponí-veis quer na literatura científicaquer na própria internet, já queos procedimentos são os mes-mos utilizados para fins pacífi-

cos, nomeadamente de investi-gação biológica/médica. Os equi-pamentos necessários podemtambém ser adquiridos semqualquer restrição e em termosde recursos humanos é tambémfácil encontrar quem tenha aexperiência para conduzir umprograma desta natureza. Sebem que a manutenção de

agentes biológicos possa sermais difícil do que a de agentesquímicos, podemos encontrarvárias razões que favorecem osprimeiros para desencadear umataque terrorista, incluindo aexistência de um período deincubação que pode ser adapta-do, escolhendo um organismoou toxina adequado, aos objec-tivos e tempos de execução daoperação. Considerando umperíodo de incubação médio, oagente em causa pode ser liber-tado e permanecer sem detecçãoaté que as primeiras vitimascomecem a apresentar sintomas,tendo, durante esse período oagente continuado a contaminaros cidadãos. Depois torna-seainda necessário identificar oagente, o que pode ser mais oumenos difícil e encontrar afonte. Entretanto o caos e pâni-co instalado serão certamenteenormes bem como a afluênciaem massa de pessoas contami-nadas e também daqueles quenão estando, acreditam estar,provocando facilmente o colap-so de qualquer sistema de saúde,especialmente em áreas commenores capacidades humanas elogísticas.

Também nas zonas rurais aameaça é real, quer directa querindirectamente. MohammadAtta, um dos terroristas envolvi-dos no ataque ao World TradeCenter, estudou atentamente efez repetidas visitas a pistas deaviação em zonas rurais porforma a conhecer o funciona-mento de aviões pulverizadores,tendo também sido encontrada

documentação sobre o tema naposse de Zacarias Moussouai,que se acredita ter estado tam-bém ligado ao ataque mas quefoi preso antes da sua con-clusão. Embora o intuito nãoseja conhecido, é provável que oobjectivo fosse ou utilizar omesmo para provocar um ata-que biológico/químico, pulveri-zando sobre uma zona habitadaum qualquer agente ou a utiliza-ção do tanque para fertilizantescomo um depósito extra decombustível provocando a coli-são, à semelhança do que foifeito com os aviões comerciais,contra um edifício maximizan-do os danos através da gasolinanele contida. Provavelmentenunca iremos saber qual oobjectivo real que motivou ointeresse mas o alerta, esse nãopodemos ignorar.

Por outro lado também asplantações e gado podem seralvos deste tipo de ataques. Nãoserá particularmente complica-do lançar o caos em determina-da região e na própria economiaatravés da disseminação deagentes que possam causardanos significativos ainda quenão causando fatalidades oumesmo qualquer doença entrehumanos. Este tipo de procedi-mentos pode, por outro ladotambém visar as cadeias de dis-tribuição alimentar, aí já atravésde agentes patogénicos, poten-cialmente fatais ou não para ohomem, incutindo assim omedo nos consumidores e, con-sequentemente, a perturbaçãoda economia e vida em socie-dade, objectivo frequentementeprocurado pelos grupos respon-sáveis por acções desta natu-reza. Não seria, aliás inédita, autilização destes métodos como

forma de luta. Em 1978, gruposterroristas palestinianos colo-caram mercúrio em limões pro-duzidos em Israel, que tinhamcomo destino a Europa comconsequências óbvias.

Podemos sempre afirmarque Portugal não se encontra narota dos grandes grupos terroris-tas, mas o que é um facto é quenão precisam de ser grandes ecomplexos grupos terroristas adesencadear ataques biológicos,podendo inclusivamente o ter-rorismo ter motivações econó-micas. Simultaneamente, a cadavez maior exposição mediáticade Portugal, através dos grandeseventos internacionais quedecorrem no país aumentam orisco a que estamos sujeitos, atéde forma indirecta podendo osataques visar alvos estrangeirosem Portugal (como em 1979, noataque ao embaixador IsraelitaEphraim Eldar na cidade deLisboa).

Daqui podemos concluir queé grande a vulnerabilidade, emcaso de ataque com armas bio-lógicas, quer dos grandes agre-gados populacionais, como Lis-boa, Porto ou Coimbra em Por-tugal, como de pequenas oumédias comunidades do interi-or, como Coruche. Resta saberquão preparados estamos paralidar com esta questão e qual onível de conhecimento, por par-te das populações, destas prob-lemáticas, que, no actual mundoem mudança se tornam funda-mentais enquanto formas deauto-protecção e das própriascomunidades em que nos inseri-mos já que os paradigmas deantes, incluindo os de seguran-ça, já não se aplicam.

____

* Biólogo

CIÊNCIAS

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É neste belo País que eutenho a felicidade de viver queacontecem e se ouvem e lêem ascoisas mais diversas e ilógicasque se possam imaginar, sobrequalquer assunto, desde obraspúblicas de grande envergadura(OTA, TGV, túneis, pontes, quesei eu!).

Nós achamos que somosgovernados por pessoas evoluí-das e tecnicamente aptas, maspor vezes verificamos que não ébem assim, uma vez que o pou-co dinheiro que dizem que te-mos não está ao serviço de todosnós, mas, por vezes em obrassumptuosas e de pouco interesseprático que só servem para satis-fazer o ego vaidoso de quem aspromove.

Porque será que pessoas commuita categoria e que desem-penham bem as suas funções,são demitidas? Não acredito queo são por serem incorrectas

politicamente. E tem que se per-guntar, o que é mais premente,se a política ou se o País? A Eu-ropa é paciente mas continua-mos a correr o risco de, qualprova de ciclismo, cada vez ver-mos o pelotão principal a afas-tar-se mais.

Já chega de discursos e con-versa amena, que ainda porcima e por vezes, é rectificadaou desmentida horas depois. Dehá muitos anos a esta parte, enão interessa a família política aquem tenhamos entregue o nos-so voto e dado o nosso aval, quetemos vindo a ser aparentemen-te mal governados.

Todos sabemos, e, as pessoasque técnica e cientificamenteestão habilitadas para desem-penhos difíceis melhor ainda,que governar em democracia éuma tarefa bastante árdua e quedialogar e aceitar que há razãoem certas afirmações contrárias,

é quase impossível, dadas ascondicionantes partidárias.

É evidente que os jogos par-tidários são uma constante emregimes onde e felizmente, co-mo o nosso, existem parlamen-tos onde se debatem ou deve-riam debater os problemas doPaís. Porém todas as nossasinstituições democráticas sãocompostas por pessoas comtodos os seus defeitos e virtudese quando a formação delas éboa, temos actuações de umcariz, quando a personalidade éoutra, teremos outra matiz decomportamento.

Não se pode justificar tudocom a cor partidária, uma vezque os partidos existem porquehá democracia e estão nos di-versos órgãos de soberania, enão só, para servir o País e parazelarem e cumprirem o que lhesfoi exigido por nós, através dovoto.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 17

José Manuel Caeiro *

REFLEXÕES

Portugal, o meu paísFoi no final do mês de Ju-nho, que uma família de Co-ruche, viu partir a estudanteVera, da Alemanha, que du-rante um ano lectivo esteve aviver no nosso país ao abrigode um programa de intercâm-bio cultural promovido pelaIntercultura – AFS Portugal.

Encontra-se agora em cursoa Campanha de Recrutamentode Famílias de Acolhimento pa-ra os jovens que chegam a Por-tugal no próximo mês de Se-tembro, para o Programa AnualAFS de 2007 / 2008.

O programa AFS – Fa-mílias de Acolhimento, é umaexperiência de Intercâmbio emque um jovem estudante vemviver, durante um ano, semestreou trimestre lectivo, para o nos-so país, sendo recebido por umafamília de acolhimento e fre-quentando o ensino secundário.

As famílias, que pretendamacolher um destes estudantes,podem inscrever-se durantetodo o ano, podendo optar poruma das durações do programaAFS: anual, semestral ou tri-mestral.

O estudante deverá ser inte-grado como um membro da fa-mília, partilhando da vida fami-liar, tal como todos os outrosmembros.

Este programa de intercâm-bio permite um contacto comoutra cultura, outra língua eoutra forma de pensar e sentir ascoisas. Dar-lhe-á acesso a umaenorme riqueza a nível de rela-cionamentos pessoais, fazendo--os participar na maior famíliado Mundo, a FAMÍLIA AFS!

Para mais informaçõescontactar: Tel. 21 324 7070 [email protected]

Estudante AFS dizadeus a Coruche!

Há algum tempo atrás gerou--se, em várias ocasiões, umacontrovérsia bastante grande,entre diversas pessoas, que seopunham, em função de haverou não símbolos religiosos nasparedes dos edifícios públicos.

Como é evidente e salutar asopiniões dividiram-se e as dife-rentes correntes foram-se ouvin-do e cada um argumentou comoachou que era razoável, relativa-mente ao seu ponto de vista.

Estamos num País de gran-des tradições religiosas e cujacultura quase milenar, integrousempre esta componente, contraventos e marés, contra tudo econtra todos.

Não é em meia dúzia de anosou por decreto ou norma que seapagam séculos de HistóriaReligiosa, de Tradição e de Cul-tura de um Povo.

Os que se consideram maisletrados e conhecedores, e comosempre ao longo dos séculos severificou, invocam o Laicismo,Agnosticismo e outras filosofias

para justificar a tomada de de-terminadas posições. Está cor-recto.

Contudo quererem impor,seja onde for, seja sobre quepretexto for, normas que paranada servem e apenas reflecteme demonstram que a intolerân-cia, e o fundamentalismo de cer-tos mentores teóricos da nossapraça, são infelizmente umarealidade.

Os Laicos podem sê-lo àvontade, exaltando onde quis-erem que o secular e o profanosão apenas os valores do Estado,os Agnósticos que continuem asó acreditarem no que a Ciênciaconsegue demonstrar, e quandochegam ao problema insolúvelestão felizes. Porém as teoriasreferidas acima, são isso mes-mo, para além de correntes filo-sóficas, como por exemplo aAgnóstica introduzida por Th.H. Huxley em 1869.

O que são estas correntes eque força têm comparadas comuma cultura cristã e bi-milenar?

Deixem os crucifixos em paz erespeitem os sentimentos dagrande maioria dos portugueses.

As modas têm o seu espaçopróprio e não me parece quetenha muito a ver com umassunto que pode melindrar emelindra grande parte do povoportuguês. Não esquecer que aselites, ou pseudo elites intelec-tuais do País têm também a res-ponsabilidade de respeitar todosos portugueses. Se não se res-peitam entre eles não é proble-ma do foro das não elites.

Assim a frio e apenas obser-vando o que se passa, trará al-gum prejuízo a alguém ouofenderá assim tanto quem nãoacredita? Não sei se o País temalguma religião oficial, masmesmo que não tenha, costumaser norma da Democracia asminorias respeitarem a vontadedas maiorias. Mesmo sem refe-rendo um observador atentoverá onde está a maioria.

____* Tertuliano

Crucifixos e paredes

A Intercultura AFS Portugal é uma associação de vo-luntariado, com estatuto de Instituição de Utilidade Pública.Não tem fins lucrativos, filiações partidárias, religiosas ou ou-tras. Tem como objectivos contribuir para a AprendizagemIntercultural e Educação Global, através de intercâmbios dejovens e famílias. Desde 1956 que promove intercâmbios dejovens em Portugal e para o estrangeiro.

A R R E N D A - SS ECASA DE HABITAÇÃO

COM QUATRO ASSOALHADASE CAVE

Na Rua da Música, N.° 35 • CORUCHE

Informações ppelo ttelef. 2243 6679 9953

A aluna da escola secun-dária de Coruche, Magda So-fia Pereira Coutinho, foi amelhor aluna de Inglês da suaescola, sendo premiada com apossibilidade de se deslocar aInglaterra ao 21.º Intercâmbio

Multinacional Europeu para aJuventude que se realiza de 21a 28 de Julho.

O município de Corucheapoia a estudante com 775 eu-ros para a deslocação.

Melhor aluna de Inglêsvai a Inglaterra

No passado dia 29 de Junho,a Segurança Social de Santarémfez uma entrega de equipamento

informático a várias instituiçõesdo Distrito de Santarém, no seuCentro Distrital em Santarém.

Cedência de equipa-mento informático

A CULT deliberou solicitarque a análise técnica compara-tiva de diferentes localizaçõessusceptíveis de serem adopta-

das para o Aeroporto Interna-cional de Lisboa não se limite àsopções Ota e Campo de Tirode Alcochete, mas que compre-

enda as diferentes opções quetêm vindo a ser apontadas porespecialistas e diferentes sec-tores da sociedade civil.

A CULT e o aeroporto

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200718

O Instituto de Estudos Supe-riores Militares, com a colabo-ração da Representação da Co-missão Europeia em Portugal,levou a cabo um SeminárioInternacional, em 24 e 25 deMaio passado, sobre a prolife-ração e o combate à proliferaçãode Armas de Destruição Massiva(ADM), incluindo as estratégiasde resposta da União Europeia.

O tema ADM constitui umadas questões mais preocupantesda Segurança Internacional,constando da agenda de todas asgrandes Organizações Interna-cionais por as consideraremuma das grandes ameaças, assaza mais perigosa. Não se pre-tende assustar seja quem for,mas ao falarmos de ADM pre-tendemos chamar a atenção paraum tema da maior importânciaque não pode deixar ninguémindiferente, tal é o potencial decapacidade destruidora em jogo.Este conhecimento ajuda tam-bém a compreender muitas po-sições assumidas na área dasRelações Internacionais.

O Seminário constituiu umaexcelente oportunidade para seouvirem diversas perspectivas,pelo facto de terem sido convi-dados a apresentar comunica-ções representantes altamentequalificados de organizações es-trangeiras, além de portuguesas,da União Europeia, Reino Uni-do, OTAN, Israel, China, Sué-cia, Rússia, Paquistão e EUA.

Salientam-se, de uma formamuito simples, alguns aspectosque parecem ter interesse. Emprimeiro lugar o conceito deADM. Inicialmente a grandeameaça era a das armas nuclear-es, por motivos óbvios. A ela seforam juntando outras fortíssi-mas ameaças, as armas quími-cas, as armas biológicas e asradiológicas. Mas além destas,há ainda que incluir no temaADM, as capacidades tecnoló-gicas, caso, por exemplo, doenriquecimento do Urânio, e a

área dos vectores, em desenvol-vimento constante.

A maioria das pessoas estáconvencida, e com razões paratal, que o maior perigo residenas armas nucleares, mas o Prof.Carvalho Rodrigues, actualmentedirector de programa científicoda OTAN, em Bruxelas, nãodeixou de assinalar que a amea-ça biológica pode ser muitomais efectiva do que a nuclear.A História trouxe-nos algunstristes exemplos da arma nu-clear, especialmente Hiroshima,além de alguns gravíssimos aci-dentes com energia nuclear. Opróprio desmantelamento destasarmas apresenta, também, gran-des dificuldades.

Existem ainda muitas armasquímicas da segunda GuerraMundial no Báltico e submari-nos nucleares no Mar de Barentz,zona onde se alguém entrar, nãosairá! Mais recentemente relem-bram-se o caso do gás Sarin, emTóquio, da responsabilidade deum grupo terrorista, e o caso doAntrax, nos EUA, que causouprejuízos económicos elevadís-simos sem se ter identificado arespectiva origem. Sobre a NovaOrdem Mundial, além da suaimprevisibilidade, interessa terem consideração as assimetrias,que já foram classificadas de“marginalização da globaliza-ção”, a instabilidade regional e a“proliferação secundária” quese relaciona com a internet e astecnologias. O desenvolvimentoda ciência e tecnologias geramvulnerabilidades que colocamproblemas gravíssimos à segu-rança, a simples exportação dosaber afecta a segurança. Isto le-vou a que o Prof. Carvalho Ro-drigues intitulasse a sua semprebrilhante intervenção de “Co-nhecimento Envenenado” e aque o Prof. Adriano Moreira te-nha colocado a grande interroga-ção: “Será que a globalização domercado vence a Segurança?”.Adifusão do conhecimento faz-se

frequentemente sem ética nemmoral. A questão é, pois, comocontrolar o conhecimento? Con-trolo esse que, sendo possível,teria que ser extensível a labo-ratórios, cientistas, etc. E a res-posta parece residir na Ética,como única forma de travar adifusão do conhecimento, o quese afigura de enorme dificul-dade. Não só a ameaça temvindo a constituir uma preocu-pação crescente em termos deconsequências, se for con-cretizada, como o grande peri-go, de que nenhum país estálivre, é o do emprego de ADMpor parte de grupos terroristas,especialmente a Al-Qaeda.

Não esquecendo que o nú-mero de acções terroristas nomundo tem vindo a aumentar.Muitos analistas têm considera-do que o emprego de ADM porterroristas é demasiado difícilcomparado com a utilização deexplosivos, que parece ter vindoa ser suficiente para se atingi-rem os objectivos pretendidos.Mas não o é, infelizmente, paranos podermos considerar imu-nes perante tal possibilidade.

Face à proliferação das ADM,o problema é que há países quenão querem e outros que que-rem. Mais mediáticos são os ca-sos do Irão e da Coreia do Nor-te. É bem conhecida a posiçãodo Irão cujo presidente expres-sou claramente a intenção dodesaparecimento de Israel.

O seu objectivo de potênciaregional não pode deixar de preo-cupar, em primeiro lugar, os paí-ses vizinhos, onde evidentemen-te se destaca Israel, e a Comu-nidade Internacional. O mesmoacontece, de forma diferente,com a Coreia do Norte onde sãoinaceitáveis, tanto a feroz dita-dura do regime como as posiçõesassumidas perante o mundo.

Os actores estatais e nãoestatais, os instrumentos à dis-posição e a evolução constantedas tecnologias, dão origem auma grande vulnerabilidade e ariscos inaceitáveis. São preocu-pações que se estendem a outrasáreas, como sejam o Espaço,cada vez com mais serviços eaplicações de que depende aComunidade Internacional. E ados chamados “Estados Falha-dos” porque dispondo estes degovernos muito fracos, incapa-zes de controlar minimamenteos respectivos territórios, sãocobiça de grupos políticos querecorrem ao terrorismo, para aíinstalarem campos de treino,

agentes, laboratórios, etc. É orisco que se corre com o Afe-ganistão que, se abandonado àsua sorte, conta com a imediatapresença dos talibãs e possivel-mente a Al-Qaeda.

Face a esta situação, muitospaíses, assim como as principaisorganizações internacionais,discutem medidas a adoptarpara ultrapassar as enormes difi-culdades que se deparam, pro-curando implementar estraté-gias anti-proliferação de ADM.

Por um lado, procura-se coma diplomacia, que as resoluçõesda ONU e os tratados interna-cionais existentes, que evidenci-am grandes fragilidades, tenhammaior eficácia.

Tanto as democracias comoas leis internacionais revelamgrandes limitações relativa-mente à aplicação de medidasque permitam aumentar signi-ficativamente o nível de contro-lo, tanto sobre o conhecimento,como sobre os autores, instru-mentos, transportes, etc.

O chamado soft-power temque ser empregue com todas assuas potencialidades, emborapossa não ser suficiente.

Há que tratar da dissuasãomas também da protecção daspopulações e das tropas.

Encontram-se em cursoplaneamentos no âmbito daemergência e da protecção civil,além de outras medidas opera-cionais como a colocação delaboratórios no terreno, que aju-dem à detecção de agentes,assim como o aumento da capa-cidade de tratamento, em casode emprego de alguma dessasarmas.

A defesa anti-míssil apresen-ta-se, assim, inevitável para ospaíses que consideram a actualvulnerabilidade intolerável.

Os EUA querem proteger-seda ameaça do Irão, colocandoradares e alguns mísseis naChecoslováquia e Polónia, oque originou uma reacção porparte da Rússia. Reacção essaconsiderada pelos EUA eOTAN como exagerada, umavez que os Russos passaram aser parceiros activos e partici-pam em projectos comuns.

Por último, uma referência auma área absolutamente funda-mental, às Informações (Intelli-gence) onde a proliferação dasADM representa hoje uma espe-cialidade dentro da técnica dasinformações, exigindo recruta-mento de cientistas e recurso atécnicos que saibam interpretare estudar os chamados “indi-cadores” e proceder à obtençãode informação adequada.

Mas há um dado em queexiste acordo generalizado, éque a única maneira de ultrapas-sar as deficiências de informa-ções é a partilha entre as váriasagências, organizações estataise não estatais, isto é, através deuma empenhada e activa coope-ração internacional.

Em face do exposto é permi-tido concluir que; A actual situa-ção é preocupante e exige umaacção permanente e dinâmicaem todas as áreas, por parte daComunidade Internacional.

A evolução actual veio alte-rar a situação em que o empregodas ADM passou de possibili-dade a probabilidade. Não épossível êxito sem partilha deinformações e sem uma acçãointernacional com base nosprincípios da multilateralidade,prevenção e cooperação.

____* Maj. General

do Exército Português

Proliferação de armasde destruição massiva Rodolfo Begonha *

SEGURANÇA E DEFESA

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 19

Benito Mussolini nasceu em1883 em Itália. Filho de um fer-reiro republicano e socialista.

Parece ter tido “uma carreiraescolar desordenada e sem dis-tinção” que não obstante, terialevado Mussolini à ocupação deprofessor em 1902. Até 1910 te-ve uma “existência diversifica-da”, entre 1902 e 1904 trabalhouna Suiça, no campo como jorna-leiro e a vagabundagem não lhepassou ao lado.

Cumpriu o Serviço militarentre 1904 e 1906 e a partir de1908 desenvolveu a profissãode jornalista de esquerda, comoredactor do jornal socialista lo-cal e secretário do núcleo socia-lista da cidade de Forli.

Conseguiu uma base estávelno seio do PSI que lhe permitiuproeminência nacional em 1911e 1912 como principal porta-

voz da ala radical do Partido.Foi um dos responsáveis da“viragem à esquerda do PSI en-tre 1910 e 1914, e a partir de1912 chefe de redacção do prin-cipal diário socialista o AVANTIde Milão.

Mais tarde e por ter comba-tido a intervenção italiana naguerra na Europa, tendo maistarde recuado e abraçado a cau-sa da intervenção.Viu-se, assimobrigado a demitir-se do postode director do Avanti e foi entãoexpulso do PSI. Este o percursoprévio do homem que acabouenforcado e foi responsável peloFascismo em Itália.

As notas que deixo acimarecolhias de um livro intitulado“Mussolini e a Itália Fascista”da autoria de Martin Blinkhorne editado pela Gradiva.

A vida é dinâmica e está em

constante mudança. Aquilo quehoje é o nosso convencimentopessoal, pelo qual até lutamos,se necessário for, é amanhã amais estranha das mentiras.

Aos Homens basta-lhes di-zer que “só quem não muda sãoos burros” para apaziguar a pró-pria consciência, pesada porvezes.

Não há percursos traçados arégua e esquadro. Uma qualquerparede interromperia o caminhoassim traçado.

E se a história se repete?Donde e quem emergirá? Se eufosse da esquerda não estariamuito seguro… podia andar ao“colo” com alguém a quemalgum dia teria que combater.

Aos arautos da “vidas impo-lutas” aqui deixo esta pequenareflexão.

____

Aos arautos da“vidas impolutas” João Costa Pereira

REFLEXÕES

Foi no ano de 1979 que após o embate deum pesado, que transportava uma máquina, naparte superior da ponte e causou a queda deum dos lados da mesma, que o exército diasdepois vinha dinamitar o outro apoio para sepoder remover a ponte e proceder à sua re-paração, com a colocação do actual tabuleiro.

Foi esta a ponte, e as restantes do Monte daBarca a Coruche, que o nosso Major LuízAlberto de Oliveira lutou e trabalhou paraque fosse construída e inaugurada em 16 deAgosto de 1930 com o nome que ainda hojemantém de General Teófilo da Trindade.

Foto gentilmente cedida por João Paulo Medinas, filho do autor

NNoo ddiiaa eemm qquuee aa ppoonntteeeexxppllooddiiuu……

O serviço de Protecção Na-tureza e Ambiente (SEPNA)passa a estar representado tam-bém em Coruche. O destaca-mento territorial de Coruche daGNR vai contar com três ele-mentos neste serviço, que eraaté aqui assegurado pelas equi-pas do distrito de Santarém.

O SEPNA apoia na preven-ção de incêndios florestais, veri-fica o estado de conservaçãodos recursos hídricos, florestaise geológicos, tendo tambémcomo função assegurar a protec-ção e conservação da natureza edo ambiente.

Serviço de protecçãoda Natureza

A Câmara Municipal apro-vou a aplicação de juros demora a quem se atrase no paga-mento de taxas, tarifas e licen-ças, nas bancas e lugares domercado, arrendamentos deimóveis e creches municipais.

No caso de não pagamento,serão emitidas certidões de dívi-da e consequente execução fis-cal com juros de mora. Aos quepaguem voluntariamente osmontantes em dívida não serãocobrados juros.

Juros para quemse atrasa a pagar

Foi a partir do dia 1 de Julhoe até 21 de Dezembro deste ano,que Portugal assumiu pela ter-ceira vez a presidência da UniãoEuropeia (UE).

Foi no Pavilhão Atlânticoem Lisboa, no antigo espaço daExpo 98 que se fixou a sede dapresidência e onde o primeiro-ministro José Sócrates recebeuos 27 países da União Europeiaem acto solene inaugural.

Para José Sócrates a nego-

ciação e a conclusão do tratadoeuropeu é “a prioridade dasprioridades” da presidênciaportuguesa.

As cerimónias oficiais doinicio da presidência portugue-sa, culminaram no Porto comum concerto na Casa da Música,com a maior estrela sopranoportuguesa, Elisabete Matos.

A segurança não foi des-cuidada e será uma das maioresde sempre no nosso país.

Estrada Nacional 114 – Santana do Mato

Tlms. 939 586 398969 548 260

Churrasqueira

Portugal assumea Presidência daUnião Europeia

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200720

A 1.ª tentativa de elaboraçãode um programa de desenvolvi-mento foi a Lei n.º 1914 de 24de Maio de 1935(1).

Tratava-se de um programa apôr em execução no decurso deum período de 15 anos, circuns-crito a um certo número deinvestimentos públicos consi-derados da maior importância,sem que tenha havido a preocu-pação de os inserir num conjun-to sistematizado.

No final deste plano, foi le-vada a efeito a elaboração e aexecução de uma série de planosadministrativos parciais: “reorga-nização dos serviços postais etelefónicos, desenvolvimentohidro-agrícola, reflorestação,desenvolvimento da extracçãomineira, fornecimento de água,equipamento portuário, cons-trução de estradas, renovaçãoda marinha mercante”.

Avaliados, no início, em 6,5milhões de contos os investi-mentos totais acabaram por atin-gir os 14 milhões de contos notermo da vigência da lei de1935.

No período do pós-guerra,Portugal lançou um conjuntode planos de investimento e demedidas de cumprimento obri-gatório para o sector público.

Para o sector privado estes,denominados de Planos de Fo-mento, eram apenas de enqua-dramento macro-económico per-mitindo, no entanto, à iniciativaprivada, perceber das intençõesdo poder político sobre a econo-mia e sobre o seu desenvolvi-mento e, se fosse caso disso, serapoiada directa ou indirecta-mente pelo Estado.

Para mais, estes planos eramtrabalhados, na sua concepção,não só a nível governamentalcomo também eram chamados adar a sua colaboração váriasentidades privadas, nomeada-mente as associações patronaise as empresas públicas. A suaexecução anual era discutida naentão Assembleia Nacional earticulada com os Orçamentosanuais do Estado.

No período que decorreuentre 1953 e 1974 foram conce-bidos e construídos 4 Planos deFomento e um denominado dePlano Intercalar.

O 1.º Plano de Fomentovigorou entre 1953 e 1958(2).

Compreendia seis capítulos:agricultura, energia, indústrias-

-chave, transportes e comunica-ções, escolas técnicas e iniciati-vas do mesmo género no Ultra-mar. Continha, portanto, umconjunto de investimentos nosvários campos de actividade on-de o país mais carecia do inves-timento necessário ao seu desen-volvimento.

Cerca de 35% dos investi-mentos totais previstos, foramdirigidos para o campo da ener-gia, em que se previa a cons-trução de barragens hidroe-léctricas e a construção de redesde transporte de energia, gera-da pelas mesmas, de forma aestender o uso da electricidadeaos centros e populações rurais.

Na área das comunicações edos transportes previa-se aconstrução e reparação de estra-das, construção de infra-estru-turas ferroviárias e a construçãode infra-estruturas necessáriasàs telecomunicações terrestres emarítimas. Nesta área foram in-vestidos cerca de 32%, das ver-bas do plano.

No sector da agricultura,silvicultura e pescas, e na hi-dráulica de apoio cerca de 17%dos montantes em causa, que se-riam aplicados no repovoa-mento florestal, na irrigação pormeio de grandes albufeiras e nacolonização interna.

A investigação e o ensinotécnico seriam contempladoscom 2% e os apoios à industrial-ização significariam cerca de12% do total. Os investimentostotais do plano significavam cer-ca de 23,6% do Produto InternoBruto, a que correspondia umadotação de 13 milhões e meio decontos. Na realidade foram in-vestidos na Metrópole 10,4 mi-lhões de contos e 4,5 milhões noUltramar, ultrapassando os objec-tivos inicialmente previstos.

O referido plano foi apresen-tado públicamente numa sériede conferências organizadas pa-ra o efeito, e como razão funda-mental para o início desse tipode organização era apontada a“complexidade das tarefas co-lectivas que os aumentos demo-gráficos e os altos níveis de vidadas populações impõem aosEstados modernos” e pela “neces-sidade política de atingir deter-minados objectivos em prazoscertos” de forma a responder a“questões políticas, económicase financeiras que o plano en-frenta e dos resultados que vi-

sa” e a enfrentar a necessidadede disciplinar a actividade doEstado. Como ponto de partida,na concepção do plano, a aten-ção primária incidia nos recur-sos disponíveis, isto é nos re-cursos próprios do país, e apósesse levantamento descreviam-se as necessidades existentesatribuindo-se então os recursospossíveis a cada área de necessi-dade, de forma a evitar “umapressão demasiada sobre a eco-nomia interna”, que a criação demeios de pagamento artificiaispoderia criar o que poderia con-duzir a uma quebra da estabili-dade monetária e do equilíbriosocial.

A dotação do plano era di-vidida quase em partes iguaispela metrópole e pelo ultra-mar, sendo a primeira vez queera planeada, de uma forma sis-temática, e integrada, a atribui-ção de verbas para as necessi-dades consideradas mais urgen-tes, cabendo aos investimentosprivados um papel importante edesejado no desenvolvimentonacional. Pela sua parte o Esta-do entraria com os montantes doPlano, deixando à iniciativa pri-vada a decisão dos seus própriosvalores a investir.

O recurso ao crédito externoprevisto era de cerca de 1 mi-lhão de contos, dos quais cercade 50% foram contratados coma banca americana e destina-ram-se ao Caminho-de-Ferro doLimpopo.

No seu discurso de apresen-tação do plano o Presidente doConselho, atribuindo à agricul-tura um papel importante nãodeixou de afirmar que “a indús-tria tem uma rentabilidadesuperior à agricultura e que sópela industrialização se podedecisivamente elevar o nível devida, como só por ela é possívelatingir sem risco altas densida-des demográficas” e acrescen-tava que “sem suficiente indus-trialização nem teremos merca-do local bastante para algumasproduções agrícolas, nem pode-remos evitar completamenteque os excessos de população seexpatriem, como estão fazendonalguns casos em condições quenão consideramos satisfató-rias”.

No capítulo dedicado à ini-ciativa privada a orientação iano sentido de o Estado “fomen-tar a criação de empresas,

apoiá-las técnica e financeira-mente, ditar-lhes regimes ade-quados de exploração... e reti-rar-se, quando não seja neces-sária a sua presença ou o seuauxílio”.

O 2.º Plano de Fomento,foi elaborado para vigorar entre1959 e 1964(3). Neste plano oconteúdo sectorial e a progra-mação foram alargados e os mé-todos de planificação aperfei-çoados.

Era já um verdadeiro pro-grama de política económicano qual estavam referenciadosobjectivos fundamentais: a)aceleração do ritmo de cres-cimento do produto nacional, b)elevação do nível de vida, c)busca de regulamentação dosproblemas de trabalho, d) me-lhoramento da balança de paga-mentos.

A ideia dominante, aliás,era a da substituição, se possí-vel, das importações pela produ-ção em território nacional. E foia que presidiu à estratégia deindustrialização, já entrevistanas palavras do Chefe do Go-verno, para a década de 1960.

Na verdade, desde 1945 queestava definida a necessidade dePortugal desenvolver as indús-trias siderúrgica, de refinação depetróleo, de adubos azotados eda folha-de-flandres, bem comoas celuloses e a indústria da pas-ta de papel.

Por tal facto isso veio a ter oenquadramento correspondenteneste 2.º Plano de Fomento, em-bora o papel de investidor prin-cipal se deslocasse do estatalpara o privado, com o apoio doprimeiro.

Tal foi solicitado aos princi-pais grupos económicos, comoera o caso do grupo CompanhiaUnião Fabril, tendo estes res-pondido afirmativamente.

Continuavam a prever rea-lizar-se investimentos nas infra--estruturas, nomeadamente nocampo da energia, nos segmen-tos de produção e da distri-buição, 21,4% do total, nostransportes e comunicações,30,8% do total, tendo o esforço,apenas em infra-estruturas,duplicado face ao plano anteri-or, passando neste plano a sig-nificar cerca de 4% do PIB,quando no 1.º plano tinha signi-ficado cerca de 2%.

Como instrumento utilizadopara a promoção das novas

indústrias o principal instrumen-to foi a Lei do Condiciona-mento Industrial que assegu-rava um mercado interno àsindústrias sediadas no país, oacesso facilitado ao mercadode capitais e ao crédito ao in-vestimento e a criação e lança-mento de incentivos fiscais aoinvestimento.

O montante total previstopara investimento na Metrópolee Ilhas adjacentes, foi de cercade 21 milhões de contos(4). Parao total da Metrópole Ilhas eUltramar a previsão foi de 31,27milhões de contos. Todavia osinvestimentos reais atingiramcerca de 36,176 milhões de con-tos(5).

A taxa anual de crescimen-to do PNB, fixada em 4,2%,elevou-se durante a execução doplano, a 6,2%.

Entretanto eclodiram guerrasnas províncias ultramarinas. Em1961 em Angola, em 1963 naGuiné e em 1964 em Moçam-bique.

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BIBLOGRAFIA

(1) In Comissão Portuguesa doAtlântico – Esta Comissão tinha comoPresidente o Dr. Augusto de Castro econtava entre outros com o Prof.Doutor Armando Gonçalves Pereira,Eng.º Duarte Pinto Freitas do Amarale Prof. Doutor Guilherme Braga daCruz - Bulletin nº 27 de Outubro de1967 – Arquivo Histórico do MNE

(2) Idem – o 1.º Plano de Fomento foidiscutido na Assembleia Nacional CFProjecto de Lei do 1.º Plano deFomento in Diário das Sessões nº 168,de 21 de Novembro de 1952, pág.1053, e aprovado nos termos da Lein.º 2058 de 29 de Dezembro de 1952e tenta uma«sistematização dos recur-sos da Metrópole e do Ultramar e pro-cede a um estudo conjunto e coorde-nado das afectações mais urgentes»

(3) o 2.º Plano de Fomento foi aprova-do nos termos da Lei nº 2094 de 25 deNovembro de 1958. In ComissãoPortuguesa do Atlântico – Bulletin n.º27 de Outubro de 1967 – ArquivoHistórico do MNE

(4) CF – João Luís César das Neves –Op. Cit.

(5) In Comissão Portuguesa doAtlântico – Bulletin n.º 27 de Outubrode 1967 – Arquivo Histórico do MNE

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Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

* Gestor de Empresase Doutorando em Estudos Europeus

pela Universidade Católica

A Economia Portuguesa desde 1950– Os Planos de Fomento e o seu papel na reestruturação da economia

(parte III)

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O empreiteiro da obra daRua das Amoreiras no Rebocho,pediu à autarquia que alargasseo prazo de execução da mesma.A Câmara decidiu alargar oprazo até 31 de Agosto, uma vez

que não tinha sido prevista aregularização dos abatimentosdo pavimento devido aos eleva-dos níveis freáticos. O vereador,Rodrigo Catarino da CDU,votou contra a proposta.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 21

Rua 5 de Outubro(edifício Mercado Municipal)

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ESPECIALIDADES

Cozinha Tradicional • Carnes Nacionais •Peixes Frescos • Doces Regionais •

Mariscos Frescos

Hélio Bernardo Lopes *

POLÍTICA

Quando este meu texto forpublicado podem ter já tidolugar as provas de José LuísSaldanha Sanches para a obten-ção do grau académico de agre-gado, junto da Faculdade deDireito da Universidade de Lis-boa, onde hoje é professor asso-ciado.

O académico é frequente-mente colocado no centro danossa tempestade política, que,como pode apreciar-se ao dia adia, cobre os sectores maisdiversos da nossa vida política esocial, embora quase sempreterminando em nada. Porven-tura, a mais forte razão para ageneralizada descrença dos por-tugueses nas instituições, a parda desenvolvida em torno danossa fraca classe política, inca-paz de tirar o País e os portugue-ses do estado que se conhece esente de modo doloroso.

O caso em que mais recente-mente foi envolvido José LuísSaldanha Sanches prende-secom a sua referência à tal pos-sível captura do Ministério Pú-blico pelos autarcas. Mas a ver-dade é que, mau grado se ter fa-lado sobre o tema em profusãonas convivências correntes,nunca a afirmação do académi-co foi tomada como um ataqueao Ministério Público, nem co-mo uma ofensa aos procurado-res, e muito menos tomada co-mo uma regra geral. Nem mes-mo a imagem dos autarcas é tidacomo singular, muito diferenteda dos elementos da área dasoberania. Muito pelo contrário:a grande desconfiança dos por-tugueses cresce com o poder.

O que José Luís SaldanhaSanches realmente fez foi apon-tar uma vertente de risco que secorre no país que somos, pe-queno, onde toda a gente se co-nhece e onde a tradição nosmostra, a cada dia, o modo incau-to de actuar dos responsáveis, se-jam eles o legislador ou os quetêm a incumbência de fiscalizara aplicação das leis.

Pois se não fosse esta a rea-lidade, de há muito teriam surgi-do acusados e condenados aonível da nossa soberania, ou daclasse banqueira, ou do mundoreligioso. Duvido, muito since-ramente, que possa ainda hojeter lugar em Portugal algo desemelhante ao que virá a dar-se,num destes dias, no México, emtorno da audição que vai ser fei-ta ao cardeal Rivera. Por muitoque se acredite e lute pela demo-cracia, a verdade é que o hábitonão faz o monge, sendo que ca-da povo tem o seu modo própriode estar na vida. Até já os norte-americanos perceberam estarealidade!

Esta recente chamada deatenção de José Luís SaldanhaSanches é em tudo semelhante àresposta de José Souto de Mou-

ra há uns anos atrás, quando lheperguntaram se certo facto seriapossível, ao que o então Procu-rador-Geral da República res-pondeu: “é possível”. A evidên-cia lógica, porque a resposta nãofoi é certo, mas é possível! E lápossível, isso, era!!

É claro que, sendo as coisasassim, tendo a nossa moral so-cial chegado ao estado que seconhece, sabendo-se que quasetudo dá, com frequência, em na-da – lembremos a lamentávelsituação que teve lugar recente-mente no nosso Sistema deJustiça, em torno de quem jáhavia sido sucessivamente con-denado à pena máxima, numsalto quântico passando a absol-vido –, a afirmação de José LuísSaldanha Sanches deve ser vistacomo um contributo extrema-mente útil para que se tomem asmedidas que se possam mostrarconvenientes e não tenham ain-da sido implementadas. O quenão pode é esperar-se que Sal-danha Sanches alinhe na modarecente de dar a conhecer mate-rialmente o que até pode nãosaber.

Uma coisa é o conhecimentomaterial dos factos, outra o deeles apresentarem uma proba-bilidade elevada de poderem virtendo lugar, ou poderem vir aocorrer.

De resto, a evidência mostraque o tempo que passa está amodificar, e para pior, a distri-buição probabilística deste tipode acontecimentos. É a evidên-cia das coisas

____

* Analista Político

Realidadee tempestade

Evadido capturado ao fim de 10 anosO Núcleo de

I n v e s t i g a ç ã oCriminal da GNRde Coruche recap-turou no passadomês um conde-

nado fugitivo que se evadiu daprisão de Leiria há dez anos. Orecluso com 31 anos, estavapreso por tráfico de droga,aproveitou uma saída precáriapara não mais voltar à prisão.

Desde essa altura quearranjou documentos e nomefalsos que utilizava para não serdescoberto. O caricato é que a

GNR de Mora prendeu-o porfurto e posse de arma proibida,tendo sido libertado comtermo de identidade e residên-cia. Contudo, os militares daGNR de Coruche, onde se apre-sentava regularmente, sempredesconfiaram dele e com ocruzamento de dados com aPolicia Judiciária, vieram averificar que a sua identidadeera falsa e a detê-lo numa dasapresentações semanais àsautoridades, tendo vindo aconfessar e a assumir quemverdadeiramente era.

O criminoso foi detido eentregue ao estabelecimentoprisional do Montijo enquantocorre o processo.

De acordo com o Ten. Cor.Costa Cabral, porta-voz daGNR, o recluso terá de cumprira pena por tráfico de droga quenão cumpriu na totalidade eresponder pelos crimes deposse de arma, furto e uso dedocumentos falsos.

A GNR continua a investi-gar o seu envolvimento nou-tros crimes de furto e roubos.

____

A GNR de Coruche de-teve três suspeitos pela práti-ca de furtos de fios de cobreem pivots de rega.

Os crimes de furto foramlevados a cabo nos concelhos deCoruche, Benavente e Salvater-ra de Magos. A GNR apreendeuferramentas de electricista, tesou-ras e alicate para o corte de me-

tal, um machado, duas lanter-nas, uma bateria carregável,luvas de trabalho, um machado,duas lanternas, e 6,2 quilos defios de cobre.

Os indivíduos, residentes nosconcelhos de Abrantes, Tomar, eConstância, estavam identifica-dos como consumidores e trafi-cantes de estupefacientes.

Apanhados ladrõesde fio de cobre

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200722

Os CTT vão associar-se à escolhadas 7 Maravilhas de Portugal com umaemissão filatélica em que estão representa-dos os 21 monumentos nacionais postos àvotação dos portugueses.

As 7 Maravilhas de Portugal serãoanunciadas num espectáculo, em Lisboa, a7 de Julho, onde se ficarão a saber tambémos resultados da votação global das Novas7 Maravilhas do Mundo. A iniciativa contacom o apoio do Ministério da Cultura e éorganizada pelo consórcio composto porY&R Brands S.A. e Realizar S.A.

A intenção é pôr à consideração dosportugueses, através de uma votação nainternet, quais são as 7 maravilhas portu-guesas, produtos do espírito humano nasua expressão mais nobre e trabalho decentenas de gerações.

Para a escolha das Maravilhas por-tuguesas, começaram por ser selecciona-dos 77 monumentos, da lista dos 793 mon-umentos nacionais classificados peloInstituto Português do Património Arqui-tectónico (IPPAR). Um Conselho de Notá-veis, composto por personalidades dediversos quadrantes, reduziu a lista aos 21posteriormente postos à votação de todosos portugueses, que assim ficam com aresponsabilidade de eleger as nossas 7Maravilhas.

A nova emissão dos CTT retrata os21 monumentos finalistas, dedicando umselo a cada um deles. Os selos têm designgráfico do Atelier Acácio Santos e HélderSoares, executado sobre fotografias de2007 N7WP, Tugaland – Bloodymarydesign, Luísa Ferreira, Corbis e VMI.

Todos os selos têm valor facial de 30cêntimos, com tiragens de 230 mil exem-plares. Haverá também uma edição de trêsfolhas, agrupando 7 selos cada uma, como custo de 2,10 euros.

Os 21 monumentos retratados são oscastelos de Almourol, Guimarães, Marvãoe Óbidos; a Fortaleza de Sagres e as Forti-ficações de Monsaraz; o Convento deCristo, em Tomar, e o Convento e Basílicade Mafra; a Igreja de São Francisco e aIgreja e Torre dos Clérigos, ambas no Por-to; os mosteiros da Batalha, de Alcobaça ede Santa Maria de Belém (Jerónimos); oPaço Ducal de Vila Viçosa; os Paços daUniversidade de Coimbra; os palácios na-cionais de Queluz, da Pena, em Sintra, ede Mateus, em Vila Real; as ruínas deConímbriga, o Templo Romano de Évorae a Torre de São Vicente de Belém, emLisboa.

A obliteração de primeiro dia foi nodia 18 de Junho. A emissão inclui 21 bi-lhetes postais, ao preço de 45 cêntimos.

CTT EDITAM COLECÇÃO COM OS MONUMENTOS POSTOS À VOTAÇÃO

SETE MARAVILHAS DE PORTUGAL EM SELOS DO CORREIO

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 23

Tão importante como o património cultural, arquitectóni-co ou artístico, é sem dúvida o património genético, princi-palmente porque depois de perdido é irrecuperável.

Cabe pois referir neste contexto algumas notas sobre umanimal que há umas centenas de anos, inclusivamente no finaldo século passado habitava e servia o homem da nossa região.

Este nobre animal é o Cavalo Sorraia, raça única no mun-do e que esteve no princípio deste século à beira da extinção.Este terrível facto não aconteceu graças ao empenho, enormededicação e interesse do Dr. Ruy de Andrade, que pegandonum dos últimos núcleos sobreviventes – um conjunto de trêsou quatro éguas e alguns machos – logrou através de suces-sivos cruzamentos e à custa de uma enorme consanguinidadeobter de novo o protótipo da raça pura, evitando assim aextinção.

Esta raça possuicomo característicasprincipais e citando,um corpo sólido e for-te, medindo ao garro-te 1,46m nos machose 1,43m nas fêmeas,tronco constituído em

forma de tecto descaído aos lados de uma seca e alta espinhalombar, saliente, recta, forte e convexa, não enselada, com oligamento da cauda baixo, encaixada, que nunca se levantaem trompa como o árabe, elevando somente a sua pontaquando o cavalo inteiro corre solto, espantado.

O pescoço é curto, e no extremo superior deste, está acabeça relativamente grande, estreita com o olho relativa-mente pequeno, oblíquo e encerrado, no alto de uma caralarga.

O ventre é avultado como convém aos animais que vivemtoda a vida apenas do pasto muito grosseiro, duro e pouconutritivo, especialmente no Inverno, apresentando-se nestaaltura o pêlo muito longo para se defender do frio.

O seu pêlo natural é cinzento ou baio o que representa pos-sivelmente diversas variedades primitivas porque o cinzento égeralmente pouco zebrado, sendo o baio pelo contrário porta-dor de zebraduras intensas e numerosas, especialmente nosmembros (por zebraduras entendem-se traços ou riscas depêlo mais escuro que estes animais apresentam).

Este cavalo é o representante originário de todos os cava-los posteriores de Espanha, da América e base de todos oscavalos de desporto de toda a Europa nos últimos séculos.

Com a abordagem deste tema esperamos ter despertadonos coruchenses um assunto que tanto lhes diz respeito, numpaís em que por vezes as coisas importantes, não só para nóscomo para as gerações vindouras, têm por hábito ficar esque-cidas.

Isabel QuelhasIn "O Verdilhão"

o Cavalo Sorraia“raça ún ica no mundo”

Não há, nem nunca houve nonosso país, uma “Educação paraa Cultura da Tradição”, isto é,nunca a Escola ensinou (trans-mitiu) aos seus alunos os val-ores que os definem e caracteri-zam, tampouco sobre a impor-tância da “cultura tradicional”.Não surpreende por isso quefiguras prestigiosas do paísmostrem um total desconheci-mento da matéria, e que numuniverso de mais de dois milgrupos que de folclore se intitu-lam, apenas umas três a quatrocentenas tenham representativi-dade ou para isso trabalham.

Mas, o que é o folclore? Definido em todos os dicio-

nários e reconhecido pelaUNESCO, podemos dizer que omesmo deve “ser entendidocomo expressão da cultura tra-dicional, entendendo-se como

tal os comportamentos, usos,vivências e valores que qual-quer grupo social, relevanteculturalmente, utilizou duranteo tempo suficiente para impor amarca local, independente-mente da sua origem e natu-reza”.

E um “grupo de folclore” oque deve ser?

Digamos que o “retrato”possível das gentes do antiga-mente. E aqui entenda-se anti-gamente no tempo em que osusos e costumes ainda não sofri-am influências universais, emque mesmo as alterações resul-tantes do encontro com outrasgentes, aconteciam naturalmen-te. Era a chamada aculturação.

Mas, como saber que de-terminado acto é folclore?

O Inspector Lopes Pires tem

uma maneira muito interessantede o explicar:

1) Ser popular (ser do gostodo povo… ser da sua predilec-ção)

2) Ter autor desconhecido3) Ser tradicional (passar de

geração em geração por viaoral)

4) Ser universal (pertencer auma comunidade cultural signi-ficativa e não apenas a umafamília ou pessoa).

Quanto ao desconhecimentodo que é folclore por parte defiguras prestigiosas, por certoque já ouviu muitas vezes a afir-mação de que isso não temimportância, não passa de fol-clore. Pois bem, e segundo a“Sociedade de Língua Portu-guesa” tal só é tolerável a umanalfabeto ou pessoa de poucacultura.

* Agente Cultural

Lino Mendes *

ETNOGRAFIA

Sobre FolcloreConversas para uma Cultura da Tradição

A Câmara Municipal deCoruche vai rescindir o contra-to com o empreiteiro da cons-trução da nova Estação Centralde Camionagem e vai avançarcom uma acção judicial, alémde um pedido de indemnizaçãocontra a Empresa Projectistada obra.

Na base desta decisão doexecutivo municipal, “está ofacto de a obra estar paradahá cerca de três meses, quandoforam detectados que os cálcu-los de estabilidade referentes àestrutura da cobertura apre-sentavam diversas irregulari-dades e omissões que punhamem causa a sua segurança”,

referiu o presidente da Autar-quia. Dionísio Mendes, adian-tou ainda, que “a empresa pro-jectista Megaron não deuqualquer resposta ou esclare-cimento às dúvidas levantadaspela autarquia em relação àsfalhas do projecto. Com o errodetectado, os trabalhos no ter-reno não avançaram e oempreiteiro, também não apre-sentou os documentos necessá-rios à realização de trabalhosa mais no valor de cerca de38.800 euros solicitados até 21de Março”.

A acção judicial com pedi-do de indemnização tem a vercom a forma de agir da Em-

presa Projectista, enquanto oprocesso de rescisão de contra-to com o empreiteiro refere-seao facto de não ter havido qual-quer resposta relativamente aostrabalhos a mais solicitados.

Tem ainda em conta o factode a obra estar parada e a em-presa continuar a debitar cus-tos de estaleiro diariamente àautarquia. Segundo o autarca,“o projectista da obra deveráapresentar uma reformulaçãodo projecto ou indemnizar aautarquia. Caso contrário ter-se-ão de realizar novos concur-sos para o projecto e empreita-da da obra”.

João Louro

Estação Central de Camionagem– Câmara rescinde contrato por obra parada há 3 meses

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A má sina das monumentais,parecia ter também chegado àCelestino Graça em Santarém.

Note-se que a monumentalde Sevilha caiu, a de Huelvaimplodiu, a de Cascais foi des-truída e a de Santarém tem fu-turo incerto. Valeu-lhe MoitaFlores, antigo elemento da Polí-

cia Judiciária, consagrado escri-tor e argumentista e sobretudono que nos interessa, forcadofundador do Real Grupo de For-cados Amadores de Moura, queeixado de sensibilidade taurina,carregou aos ombros a defesa dapraça do campo Infante da Câ-mara, agarrando as rédeas do

seu derrube até uma solução sa-tisfatória. Em verdade, o afasta-mento da feira da praça, deu-lheforte machadada, mas de Marçopara cá o presidente da Câmara(mais que a proprietária Miseri-córdia) tem vindo a provar quenada está perdido.

É certo que a praça em mui-tos locais tem o ferro que arma obetão à vista e uma solução tem

que ser encontrada, mas é factoque a sua existência não se podeminimizar até que seja encontra-da uma alternativa digna.

No dia 3 de Junho, nelaaconteceu a V Corrida da revistaFlash, pela mão de João Duartee na mesma homenageou-se afigura insigne de Mestre DavidRibeiro Telles, sendo que emcartaz e na arena tudo de facto o

invocava. Tinham seu ferro ostoiros lidados e as figuras tam-bém, dado que se tratavam defilhos e netos (que me perdoem,o gracejo).

Abriu praça João RibeiroTelles, lidando de menos a maiscom aplauso do conclave quequase preencheu as bancadas dapraça.

João continua inspirado ar-tista, capaz de encontrar solu-ções que se não adivinham e porassim ser detém um numerosogrupo de fiéis que se não can-sam e sempre esperam por ele.

E, que se reconheça que comconsciência de que assim é ocavaleiro não defrauda, sendoque quando em dia sim (o quefoi o caso) se agiganta e emo-ciona com o seu lidar feito arte.

António Ribeiro Telles, pe-rante um toiro que tinha bas-tante que lidar, sobretudo numaarena enorme como é a de San-tarém, deixou provado e à evi-dência que seu pai tinha razãoquando um dia afirmou “O meufilho António quando está bem,faz na arena tudo o que eu so-nhei fazer bem feito”.

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

Director: Abel Matos Santos • Registo ERC 124937Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 15, de Julho de 2007

ApoteoseA Apoteose dos Telles Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Fotos: Joaquim Mesquita

Sr. Paim e Mestre David Ribeiro Telles, homenageados na corrida António Ribeiro Telles num ferro maestria

Travessa de Stº Antão, nº 8 a 11 (perto do Coliseu de Lisboa)

Telefs. 213 427 424 – 213 427 687 [email protected]

aceitam-se reservas para grupos (sala no 1º andar)

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Aberto todos os dias

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Bonjardim

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IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007

Acreditando em tal respon-sabilidade, nestas corridas defamília, António supera-se, e, oseu estar em Santarém deveriaser gravado e distribuído gra-tuitamente a muitos que para aiandam e se presumem de cava-leiros profissionais.

A sua lide foi de facto umalição de toureio a cavalo, me-xendo no toiro para devida-mente o colocar, citando, dandovantagens, reunindo e cravandode maravilha e rematando con-forme os cânones; tudo o que sediz sobre a verdade do toureio a

cavalo explanou António de cáte-dra. Manuel Telles Bastos, bebeuna equitação e na toureria de seuavô e seus tios e preocupa-se(por vezes excessivamente) como fazer bem feito, e, convenha-mos, que é um luxo ver a suapostura a cavalo.

Face ao toiro que enfrentouesteve bem, e se se tivesse con-cedido algumas concessões àbancada mais alegre estaria, queem verdade o público é mesmoo terceiro protagonista. Fechouas lides convencionais JoãoRibeiro Telles, júnior, que como

sabemos é um caso. Eu quegosto de conceitos puros não mecanso de afirmar que carismasignifica tão só por graça deDeus, e o moço é carismático.

Ao entrar na arena não deixaninguém indiferente e desenvol-vendo uma lide em que explanaa equitação familiar e a sensibili-dade artística que herdou directa-mente de seu pai, exibe uma pe-culiar singularidade em queavultam os pormenores.

Nesta tarde aplaudiu-se commuita força os seus recortes(toureio puro), o arrimado ferroem sorte de violino, uma rosaque colocou em sorte de frentecom batida ao pitón contrário, eem suma toda uma lide quechegou forte à bancada, triun-fando forte.

O quinto toiro lidado foiocasião soberana para que expla-nasse o ensino que se ministrana Universidade da Torrinha. Jáagora, um pouquito de história.Falando um dia com o saudosoBacatum sobre a carrada degente que demandava à Torrinhaem busca de aprendizagem,com o seu ar “blasé” diz-mecom um sorriso – “aquilo é umauniversidade!”. Achei graça eescrevendo na altura no “Pú-blico” reproduzi a expressão,

Dinastia Telles, João Jr., António, Mestre David, Manuel e João, com o forcado A. Grave de Jesus José Colorau (casa agr. Hrds Jose Infante) homenageado nesta corrida

João com um ferro de violino, Manuel com sorte ao estribo e António, filho de Antonio Telles, já dando os primeiros passos em praça

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> continua na página V

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O Campo Pequeno é semsombra de dúvidas, para alémde uma das obras de arquitec-tura taurina mais bonitas domundo, também a mais im-portante deste país à beiramar plantado.

Assim sendo, temos queconsiderar que sendo anunciado

em tal praça um concurso deganadarias, seria suposto que osganaderos enviassem a concur-so o seu melhor; tal não aconte-ceu no passado dia 14 de Junho,dado que alguns dos exemplaresexibidos não tinham de formaalguma “trapio” para a nossaprimeira praça.

Ganhou a contenda o toiroenviado pelos Hrds. de BritoPaes, e até felicitei o ganaderoJoaquim por tal facto com sin-ceridade porque tal atribuiçãonão me repugna e as decisõesdos júris são soberanas. No en-tanto, deixem-me que honesta-mente aqui refira expressamente

que em minha modesta opiniãoo melhor toiro da corrida foi oexemplar enviado por SãoTorcato, quer em beleza, querem “braveza”, que não bravura,como diria jocosamente osaudoso Manuel Conde.

Na realidade, pela noite lis-boeta desfilaram vários toirosviajados. Um sobrero aqui,outro sobrero ali, e como hojeem dia é corrente que se consi-dere o viajar um acto de cultura,convenhamos que nos foi dadoobservar animais cultos.

Enfrentaram o heterogéneolote os cavaleiros Luís Rouxi-nol, Rui Fernandes e Sónia

Matias, sendo que os grupos deforcados Amadores de Évora,Coruche e Aposento da Moita,os pegaram a concurso.

Rouxinol, que na temporadatransacta se caracterizou porpapar quase todos os prémios aconcurso, nesta noite esteve vul-gar, quer perante o arrobado de

Lupi quer perante o que em meuentender foi o toiro da corrida, ode São Torcato, de que Luís pa-rece não ter entendido a extremanobreza do animal que tinha pordiante (pese a falta de forças) ese quedou com o estar bemquando podia ter estado extraor-dinário.

Rui Fernandes quebrou oenguiço, e, de facto obteve nestaactuação capitalina um triunforedondo, o que me apraz referir,visto que aureolado com impor-tantes saídas em ombros poraqui e por ali, os Deuses não sepunham de acordo e recusavam-lhe o estatuto de profeta em suaterra. Quer perante um de Cas-tro com 628 quilos e quase seteanos de idade, quer perante umde Santa Maria mais maneirinhomas de más ideias, o Rui soubeencontrar soluções, praticar oseu lidar tremendista e chegarao público com força, o que foiagradável sentir, dado que a car-

reira que tem sabido construirbem o merece.

Sónia Matias é bem umcaso de múltiplas aptidões quebem merecem ser aplicadas. Éengraçada (e como diria o sau-doso Vinicius de Moraes, “defacto a beleza é fundamental”),é perseverante, o que justifica

que com garra tenha conseguidopor cá andar mesmo montandocavalos que volta na voltaexibem chupões, tem excelentevoz, sonora o que baste para quesem amplificação se faça ouvirem toda a praça e se calhar noexterior. O que não é desomenos, dado que quando secansar do toureio é sabido quetem potencial para se dedicar aocanto lírico, e sobretudo é dota-da de uma extraordinária ca-pacidade de contactar com ospúblicos que a sabem apreciar eperdoar quando disso é o caso.

Perante o de Brito Paes triun-fou forte, cumprindo a ferragema contento. A fechar praça, o deTenório seria quiçá surdo e nãolhe consentiu presença brilhan-te, mal passeou beleza e valorque baste para que lhe não rega-teassem os aplausos.

As pegas figuravam um con-curso, motivo de interesse, dadodespertar o melhor dos valoresdos que de jaqueta se vestem.Os grupos de Évora, Coruche eAposento da Moita, aceitaram odesafio e coube a António Alfa-cinha, por Évora e muito justa-mente (esteve perfeito perante ode São Torcato) creditar-se como troféu em disputa.

O grupo da Moita honrou ajaqueta que veste, o que não é desomenos e o nosso grupo de Co-ruche, pese a extrema dignidadecom que esteve em praça, teveuma noite muito dura.

Perante um Castro de barbasbrancas e 628 kgs de peso, apósquatro tentativas de caras con-sumaram de cernelha, apesar detotal inépcia dos campinos (oscabrestos não têm culpa) quederam razão a Botelho Nevesquando afirmou que “os campi-nos já são poucos, o que hápara ai são tractoristas farda-dos”.

Depois o “Peitaças” credi-tou-se à segunda com um pegão,mas é bom que considere, pelabarriga, que não tarda lhe mu-dam a alcunha.

Acontece que instado pelocabo e pelo forcado que seguesendo Dionísio Mendes, presi-dente da Câmara da nossa terra,comparti com o grupo o “jantar”do grupo. Velho que já estou ecom hábitos alimentares cani-nos que se traduzem em duasrefeições por dia, acedi pelacompanhia, que não pelo apetitee não me arrependo.

Presente também José Pesei-ro e a esposa (e não há grandehomem que suporte a retaguar-da sem grande mulher), seuirmão Carlos que aos poucos se

Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007III Tauromaquiasuplemento

14 de Junho

> continua na página VI

Além desta corrida, o abono do Campo Pequeno para 2007incluirá as datas de 12, 19 e 26 de Julho, 2, 9, 16, 23

e 30 de Agosto, 6, 20 e 27 de Setembro.

Fotos: Joaquim Mesquita

Texto: Domingos Xavier

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IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007

No domingo, 10 de Junho,realizou-se a terceira e últimacorrida, com o regresso dotoureio a pé à Monumental deSantarém.

Uma corrida mista com umcartel diversificado a atrair umelevado número de aficionados.José Manuel Duarte, cavaleiroescalabitano rubricou duas actu-ações de bom nível artístico.Lidando com maestria ambos ostoiros, possuidor de uma exce-lente quadra de cavalos, Duartetirou partido disso e dos toiros

para alcançar mais um impor-tante êxito na sua terra. AnaBatista teve uma boa actuaçãodiante do seu primeiro, comtemple e domínio, deixou ferrosmuito ovacionados.

Foi diante do quinto queatingiu o triunfo com uma actu-ação completa e recheada debom toureio, culminando comum exímio par de bandarilhas,para gáudio do público que nãose cansou de a ovacionar.

O grupo de Forcados Ama-dores de Lisboa executou quatro

pegas ao primeiro intento de selhe tirar o chapéu! Cheios degarra e pundonor. FranciscoMira, Bruno Mendes Pereira,João Lucas e Manuel Guerreiro,com maior destaque para aprimeira e última, bem ajuda-das, dando uma lição de bempegar toiros, sendo injustiçadono final da corrida.

Na arte de Montes, o mata-dor Luís Vital “Procuna” justifi-cou porque foi incluído naquelecartel. Diante do terceiro datarde, “Procuna” realizou uma

faena de mérito baseada nadireita, templada e artística.

Com as bandarilhas armouum lio impressionante em am-bos os toiros recheado de podere tremendismo pondo as banca-das em alvoroço.

Ao encerrar a corrida lidouum cinquenho manso e semrecorrido, mesmo assim o jo-vem matador inventou passesonde nada havia para tirar.Mérito e profissionalismo dequem luta contra ventos e maréspara alcançar o merecido esta-

tuto de figura. O curro de Ernes-to de Castro, com 3, 4 e 5 anos,saiu regular com excepção doúltimo.

Ao intervalo foi homenagea-do o Dr. José Veiga Maltez,presidente da Câmara Muni-cipal da Golegã, homem quetem defendido a cultura e astradições ribatejanas com con-vicção. Deu à feira nacional docavalo e ao seu exlibris, o Ca-valo Lusitano, uma dimensão deprojecção mundial.

* Crítico taurino

As corridas de toiros realizadas naMonumental Celestino Graça foram umêxito de bilheteira e artístico. A segundacorrida realizada na quinta-feira, 7 deJunho, feriado nacional, esperava-se comexpectativa, não defraudou.

O presidente da câmara municipal,Dr. Moita Flores, homenageou todosaqueles que ao longo da existência dapraça ali actuaram, cavaleiros, mata-dores, novilheiros ou forcados, todostiveram o seu momento de gloria, comofoi o caso dos nossos conterrâneos,Mestre David Ribeiro Telles, o matadorde toiros José Simões, os forcados VitalMalta em representação do grupo deCoruche e João Galamba pelo grupo deLisboa.

Foi bonito e emocionante ver figurasde outrora, encontrarem-se e recordartempos idos, suas actuações naquelapraça, triunfos ou fracassos, de tudofalaram um pouco e já na arena com apraça quase cheia escutaram uma dasmais sonoras ovações da tarde, com cari-nho e reconhecimento.

António Ribeiro Telles abriu praça acontas com o pior lote, evidenciou assuas superiores qualidades de lidadorpara conseguir cumprir com a ferragemda ordem em duas lides de grande entrega.

Rui Fernandes também não andou emtarde afortunada, o primeiro não tinhaqualidade e o segundo evidenciou algu-ma mas o ginete da Caparica deixou noar a sensação que poderia ter aproveitadomelhor o oponente.

Sónia Matias rubricou uma das mel-hores actuações da feira diante do ter-ceiro da tarde, o único com investidadigna. Sónia, entrando de frente protago-nizou excelentes momentos de toureioevidenciando toda a sua classe, escutan-

do fortes ovações com o publico de pé.A sua segunda lide foi correcta mas demenor transmissão.

Isabel Ramos, jovem cavaleira ama-dora apresentou-se na capital do Riba-tejo em dia de duplo aniversário, seu eda praça. Isabel lidou com intuição evalor, um novilho com trapio de Guio-mar Moura. Alcançou um êxito extraor-dinário pela forma como se impôs aonovilho, deixando ferragem de boanota entusiasmando as bancadas.

O grupo de forcados amadores deSantarém concretizou quatro pegas àprimeira e os amadores de Alcocheteduas à primeira e uma à segunda.

Ao intervalo foi prestada uma home-nagem póstuma a Celestino Graça com apresença de sua filha, Dr.ª Maria daGraça Graça.

* Crítico taurino

Procuna - ttoureio aa ppé rregressa eem ggrande

Coruchenses hhomenageados eem ttarde dde aaniversario

Joaquim Mesquita *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Fotos: Joaquim Mesquita

na Monumental de Santarém

José Simões e Vital Malta

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Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007V Tauromaquiasuplemento

A 43ª corrida da casa do pes-soal da RTP teve lugar no dia 28de Junho no Montijo. Uma cor-rida onde a emoção esteve pre-sente em algumas lides e tam-bém nalgumas pegas. João Mourarubricou uma boa actuaçãodiante de um Vinhas mansote esem raça, levou o troféu à me-lhor lide mas muito contestado.

António Ribeiro Telles lidouo de conde Cabral, (troféu aomelhor toiro), uma lide bem ini-ciada com compridos poderososde praça a praça, de menos amais nos curtos terminando comêxito.

Rui Salvador foi protago-nista dos melhores ferros da cor-rida, citando em curto e com omansote de Rio Frio fechado emtábuas arrimou-se com a raça eo valor que se lhe conhece. LuísRouxinol rubricou mais umaactuação de êxito perante o man-sote de Manuel Veiga.

Sónia Matias teve que se apli-car a fundo para suplantar o man-so e descastado de Rui Gonçal-ves, o maior da noite, com 600 kgs.

Gilberto Filipe também a elenão coube melhor tarefa diantedo toiro do Eng. Jorge Carvalho,manso enquerençado em tábuas,Gilberto arrancou-lhe investidascurtas para ferros de valor.

Nas pegas destaque para asegunda dos Amadores do Mon-tijo através de Hélio Lopes comgarra e muita vontade foi semduvida um dos momentos altosda corrida e a merecer o troféu àmelhor pega. A outra pega resul-tou à primeira e dos amadoresda tertúlia tauromáquica do Mon-tijo concretizaram uma à primei-ra e outra à segunda.

Os Amadores de Alcocheteigualmente uma à primeira eoutra à segunda. O público pre-encheu dois terços se entrada.

Joaquim Mesquita

No curto tempo de vida queleva de existência, o Jornal deCoruche teve a subida honra deo ter como colaborador. RicardoJorge soube ser um taurinoaçoreano de luxo, cultor da ami-zade e da delicadeza de espíritoque caracterizam os grandeshomens.

Pessoalmente devia-lhe todoum conjunto de preciosas indi-cações que me permitiram co-mentar uma corrida à corda emi-tida em tempos em que era co-

responsável pelas emissões de“Tauromaquia” ao que dizem degrata memória, emitido naRTP2 nos anos noventa; gene-rosamente deu-me indicaçõesprecisas e sintéticas sobre tudo oque devia ser dito.

Por demais óbvio, ninguém éinsubstituível, mas é importanteque com o mesmo espírito deelegante isenção que patenteouna vida, os Açores encontremquem preencha o seu papel denotário da festa de toiros ter-

ceirense. Sem registo, passe oprofundo valor que a oralidadeassume, a história queda curta.

É com saudade que o recor-damos. Decerto agora se encon-tra delicadamente interrogandoCorrochano sobre os bons tem-pos da idade de oiro, em colo-quial e ameno cavaqueio, comoos que sempre soube manter.

Que descanse em paz.____DCX

Nota do Director: Logo no iní-cio do JC que o Senhor RicardoJorge da Rosa nos honrou com apublicação das suas crónicasneste jornal. Por algumas vezeslhe falei por telefone e nele sentium homem amigo, interessado eeducado, bem como um amanteda Festa e da sua ilha açoreana.É com saudade que endereçosentidos pêsames à família.

Finou-se Ricardo Jorge 43.ª Corrida da RTPEmoção ao Rubro!

Contou-me Francisco Mor-gado uma incidente história queme deixou pasmado e depois…indignado…

Tendo em Março sido reali-zada uma tenta pública na mon-umental Celestino Graça emSantarém, a ela assistia o tourei-ro Joaquim Gonçalves, que pesea idade, sentindo-se toureiro(quanto gostaria que o poder ti-vesse a capacidade para enten-der taurinamente tal palavra!)pegou num capote e desbordoutoureria em dois ou três capota-zos de lei. Que coisa bonita eque se aplaude.

Acontece que o toureiro Joa-quim Gonçalves é também dele-gado técnico tauromáquico,vulgo Director de Corrida ou“inteligente” (embora nem to-dos o sejam, como a noticia dosfactos evidencia) e por assim serse entendeu a excelentíssimaInspecção-geral das ActividadesCulturais punir (creio que inde-

vidamente…) o punhado de ca-potazos, quiçá por acreditaremde “boa fé” na incompatibili-dade de actividades.

Ora, vamos lá ver se nos en-tendemos:

Primeiro, Joaquim Gonçalvesé um dos mais sensatos elemen-tos que serve o IGAC, não meconstando que se lhe deva oinsucesso de qualquer eventoque tenha dirigido.

Segundo, as funções queocupa devem-se tão só à qualifi-cação profissional bastante quelhe advém de uma vida em queexerceu de bandarilheiro.

Terceiro, é bom que o poderentenda que actividades existemque se não reformam, e, qual opadre, o catedrático, o médico, ofilósofo, o político, o artista plás-tico, por pouco que exerçam,também os toureiros averbamtal estatuto, e não raro comoaconteceu com o mítico JuanBelmonte, à falta de emoções,

toureiam a própria vida? (enten-dem-me???)

Acredito que tutelando acti-vidades culturais, não assimilemdevidamente o conceito, razãoque me leva mais uma vez ainvocar Gabriel Mariano e citan-do-o deixar expresso que “a cul-tura é a adaptação do homem aomeio natural circundante, e só,que o resto é Kóltura.

Penalizar um toureiro, tão sóporque matou saudades dos seustempos de activo, juro, que emmeu entender não é um actoculto, e na matéria Vexas têmresponsabilidades.

Como dizem os alentejanos,no meio das balbúrdias, organi-zem-se…!

____Domingos da Costa Xavier

P.S. – Um abração solidárioao toureiro Joaquim Gonçalves,que pela postura de uma vida omerece amplamente.

Um toureiro nunca se reforma!

O P I N I Ã O

Os toiros de 25 anos não casam com mulheres de 55 e não espe-ram ser convidados para jantar (...) os toiros não pedem dinheiroemprestado. Os toiros comem-se depois de serem mortos.

Hemingway, 1925 (em carta a Erza Pound)

expressão que o nosso saudosoamigo “Xico Manel” reprodu-ziu à exaustão, e hoje, fico felizcada vez que por aqui e por ali avejo reproduzida, sinal de queao dar-lhe eco me não enganei.

Pois, em Santarém, perante oquinto toiro com ferro da casa, oque nos foi dado ver foi de factouma aula prática de tal universi-dade, que enquanto coruchensenascido aos pés da Santa meorgulha, e só foi pena que oreitor David não tivesse feitouma “perninha”, o que se per-cebe, que a idade não perdoa.Mas temos pena, dado que mefoi dado ouvir um dia em con-versa com o Mestre AntónioLuís Lopes, Mestre Nuno deOliveira afirmar – “Os meus ca-valos estão tão equilibrados quenem conseguem coxear!”.

Ora, é bom que aqui se digaque quando temos o luxo de verMestre David a cavalo assisti-mos tão só à confirmação plena

de tal conceito. Por favor Mes-tre, quando lhe aprouver, brin-de-nos com um pouquito fugazda sua monte, para que se nãoesqueça em Portugal o que é es-tar a cavalo de verdade.

Aconteceu no Campo Peque-no na alternativa do Manuel, e jáagora, cá ficamos à espera de over na alternativa do João!!!

Os forcados de Santarém,com João Seixas Luís, DiogoSepúlveda, Francisco Guel, Gon-çalo Veloso e Grave de Jesuscomo solistas, deixaram na suaterra constância de que continu-am a merecer o honroso estatu-to que detêm. Os parabéns tam-bém João Duarte e Moita Flo-res, pelo seu querer e vontade.

A Celestino Graça e os seusquarenta anos de passado (queintegralmente vivi) bem quemerecem o esforço, e a cidademostrou que o agradece.

*Médico Veterinárioe Escriba Taurino

A apoteose dos Telles

> continuação da página II

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Em Alcácer do Sal, no passa-do dia 22 de Junho realizou-seuma corrida concurso de gana-darias, em que se disputava um“prémio ao melhor toiro” o quesaúdo e explico. De há anos queme venho batendo pelo fim daatribuição entre nós de prémiosde bravura e de apresentação, eisto porque, como um dia medisse o saudoso Manuel Conde«os toiros com os cornos no aratrás dos cavalos se não mos-tram bravura mostram “brave-za”», e por outro lado custa con-ceber a ideia de que se possaconceber apresentável um toiroembolado, diminuído que estána exibição de um dos seus maisimportantes atributos no que aotrapio reporta.

Posto isto que se considereaqui o aplauso com que saúdam

o conceito de “melhor toiro”como prémio, anos que lutei portal metodologia que agora come-ço a ver consagrada.

No entanto, que aqui deixeexpresso que na noite alcacense,premiado que foi o toiro de Cas-tro, não se premiou o melhor,mas antes sim o menos mau,dado que em meu entender dignoteria sido deixar o prémio deser-to, o que honraria muito os se-nhores ganaderos, eles própriosjúri inter pares. Posto isto, bre-ves notas sobre a corrida.

Abriu praça Bastinhas lidan-do o toiro de Núncio e estevebem e entusiasmou, o que tam-bém aconteceu ao enfrentar oquarto da ordem com ferro deBrito Paes, que o de Elvas en-tendeu lidando a contento e aca-bando até com o aplauso do con-

clave ao seu habitual par de ban-darilhas.

António Ribeiro Telles teveque enfrentar o velho toiro deCastro (que os ganaderos consi-deraram o melhor, exemplar queexibia o número um na espádua,o que significa tão só que faz abarba a caminho dos sete anos)e se os ferros compridos foramasseados, brilhou de menos amais cumprindo a restante fer-ragem. Lidou também o toiro dePégoras, animal que entrou comgarras de fera e saiu de sendeiro,mas que o cavaleiro soube en-tender e aproveitou colocando--lhe emocionantes curtos nocorredor, apesar de um derroteem tábuas ter o dito despejadointeiro o copo de uma “embola”.

João Moura Caetano, conti-nua sendo uma esperança, mas

ao ter que enfrentar um morlacocom ferro Grave que se lidado apé não teria um passe, parecenão ter percebido que lhe cabiapôr o que o toiro não tinha e nãoconseguiu ultrapassar uma situa-ção morna. A fechar praça, fren-te a um exemplar de Mendes,brusco e sem tom nem som, denovo asseadamente cumpriu aferragem e mais não disse.

Quanto à forcadagem, e nãoesqueçam que titulei esta peçaem nome de um forcado, dir-vos-ei que o grupo de Santarémse limitou a somar mais umacorrida à estatística, mal queesteve, e que o triunfo da noitecoube por inteiro ao grupo deMontemor. Gonçalo Sande, bemà primeira, José Maria Cortesbem à segunda, exibindo emqualquer das tentativas valor

que não é vulgar, teria bastadopara assegurar o sucesso dogrupo. Mas enorme, enorme,realizando o que será sem dúvi-da (já vi muitas…) uma dasmelhores pegas do ano, esteveJoão Mantas perante o idoso deCastro, aguentando derrotes im-pensáveis, estóico, determinadoe valente, dando até ao grupopossibilidade de se reencontrardado que no seu trajecto o toiroapós o primeiro embate lhesfugiu, concretizando um pegãode antologia, que merece figurarno quadro de honra dos momen-tos grandes do grupo de Monte-mor. A noite foi mesmo dele,João Mantas deixou constânciado melhor da gesta da forca-dagem e protagonizou o melhormomento da noite.

Para que conste…!

Em Badajoz realizou-se atradicional feira de “S. Juan”.No ano em que a praça de toirosda cidade pacense comemora 43anos, José Cutiño presenteou-nos com carteis de grande rele-vo incluindo as máximas figurasda actualidade, embora com ape-nas um português anunciado,João Moura Jr. na corrida derejoneio a abrir a feira no sábado23 de Junho. Moura foi o triun-fador dessa tarde com o corte deduas orelhas ao quinto toiro deD. Luís Terron.

Ao segundo da tarde, MouraJr podia ter cortado um apên-dice não fosse o mau uso do ro-jão de morte, ficou-se pela ova-ção. Andy Cartagena e Leonar-do Hernandez filho substituíramPablo Hermoso ainda a recuperarde um percalço. Cartagena reali-zou uma boa lide ao seu segun-do mas o acerto com o rojãofinal não foi certeiro, pinchoupor diversas vezes e a primeiralide não teve história, silêncio eovação no final de cada lide.

Leonardo Hernandez filhodemonstrou valor e entrega paraser figura, assim Deus lhe dêsorte, debutando em Lisboa a 14de Julho numa corrida televi-sionada. No final apenas MouraJr em ombros!

No dia de S. João anunciava--se um cartel de expectativacom três matadores extremeños,António Ferrera, ovação comum aviso e duas orelhas e rabo.Pinchou a matar o primeiro apósuma boa faena e rematou sober-bamente a faena ao seu segundocom uma boa estocada que lhevaleu os máximos troféus, des-taque para os impressionantes

tércios de bandarilhas que pôs apraça em delírio total. MiguelAngel Perera logrou cortar umapêndice a cada toiro estoquea-do após duas faenas superiores.Alexandre Talavante, esteve fatala matar no seu primeiro e quasea repetir a dose no último dacorrida.

Na segunda-feira 25 de Ju-nho, Henrique Ponce não teveoponentes com qualidades mí-nimas para petições saldando-sepor aplausos em ambos, emboraa sua entrega fosse meritória.António Ferrera voltou a bisar.Julian Lopes “El Juli”, comaplausos e 2 orelhas, sem opo-nente passível de triunfo naprimeira parte veio ao de cima asua veia artística a encerrar acorrida.

Na Terça-feira, 26 de Junhoa alternativa de mais um mata-dor local, Israel Lancho, comuma boa actuação no toiro daalternativa e o corte de duas ore-lhas e uma no último. Foi seupadrinho de alternativa ManuelDiaz “El Cordobés”.

Foi testemunha Francisco Ri-vera Ordoñez, logrou cortar umaorelha no primeiro e foi aplaudidono segundo.

A feira encerrou no dia 27 deJunho com um mano a mano deSebastian Castella e Talavantepor Caeytano Ordoñez não po-der actuar devido a uma colhidado fim-de-semana. O mau jogodos toiros de Parladé e o mauacerto com a espada ditaram umencerramento sem troféus, noentanto ficou na retina dos afi-cionados que quase lotaram apraça a excelente faena de Cas-tella.

Abriu esta corrida o rejonea-dor jerezano António Domecq quelidou um toiro de Terron, e paranão fugir à regra desta feira tam-bém não foi feliz com o rojãofinal e escutou apenas aplausos.

Apenas mais duas presençasportuguesas pisaram o ruedo deBadajoz, Dionísio Grilo picadorda quadrilha de Ferrera e JoséFranco “Grenho” com AntónioDomecq.

Joaquim Mesquita

Badajoz 2007

A noite foi do João Mantas

O novilheiro português Ma-nuel Dias Gomes debutará nopróximo dia 19 de Julho na im-portantíssima Praça de Toiros“Real Maestranza de Caballeriade Sevilla”, numa novilhada sempicadores onde estão anuncia-das reses da ganadaria de Villa-marta. Ainda no mês de Julhoactuará noutra novilhada sempicadores em Colmenar deOreja, dia 25 de Julho.

No mês de Agosto está jáanunciado na mediática Feira deMálaga, a 4 de Agosto, na novi-lhada sem picadores integradana respectiva feira e dia 11 nu-ma corrida mista na Malveira.

transformou numa das referên-cias gastronómicas do país,Abel Correia e família, apodera-do de Moura e empresário quebem pronto a afición passou arespeitar como taurino e seesqueceu do seu apodo “dospneus”, Maria José Garcia,sobrinha de “El Viti”, Charra deVitigudiño que exerce a altonível o seu mister na embaixadade Espanha, mas que me pareceque ao invés de nos impingir tãosó o seu país, se diverte a sau-davelmente cultivar o iberismo,de facto o que nos convém, tal aforma como assume o melhorque campeia na sociedadePortuguesa.

Também o arquitecto ManuelCouceiro e a Dr.ª Isabel Amado,respectivamente maioral e chan-celer da confraria gastronómicado toiro bravo, que o Dionísiosoube sediar em Coruche, quepela valia intelectual que ates-tam são uma sólida mais valia

para a causa sorraiana.Cumpre que vos diga que

senti profundo orgulho porcompartir a ocasião, pese a noitenão ter sido de glória taurina,que nem sempre as coisas cor-rem de feição.

Senti-me entre um grupo demeninos em estágio para senho-res, e como tive ocasião de lhedizer de viva voz, com o seuestar e com os valores que ate-soram e expandem, são bem otestemunho de que “Aqui hou-ve nome Portugal”, frase quenas gestas das descobertas faz500 anos, inscrevíamos nos pa-drões que ao acaso deixávamospelo mundo, que perdurandoainda hoje nos orgulha o sergente.

Deixem-me que parafraseieCamões e vos diga em cons-ciência – “Ditosa a Pátria quetais filhos tem”.

____Domingos da Costa Xavier

VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007

Manuel Dias Gomes debutaem Sevilha

> continuação da página II

14 de Junho

Texto: Domingos Xavier

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O Governador Civil de San-tarém recebeu no passado dia 4de Junho um grupo de represen-tantes da Universidade da Valá-quia, Roménia, na sequência doprotocolo de geminação entreDâmbovita e Santarém e dosacordos de cooperação entre osestabelecimentos de ensino su-perior das duas regiões.

Por ocasião do aniversário doInstituto Politécnico de Santa-rém (IPS), uma comitiva deresponsáveis universitários ro-menos esteve na região, comvista à troca de experiências ede conhecimentos a este nível.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200730

Universidade de Valáquiavisita Santarém

Foi apresentado, no dia 22de Junho, no Governo Civil deSantarém, um trabalho desen-volvido pelo Instituto Politécni-co de Tomar (IPT), que serve dedesenvolvimento ao conceito deconhecimento do patrimónionatural e cultural para a gestãoautárquica nas áreas do turismoe da cultura. Este projecto de-senvolve um inventário, umabase de dados e uma bolsa deideias.

Segundo Paulo Fonseca, Go-vernador Civil, “quem não fizerparte de uma rede, no futuronão existe”, congratulando-sepor este trabalho académicoestar ao serviço do desenvolvi-mento das autarquias. Para odirector do projecto, Luís Mota,esta iniciativa introduz umanova dinâmica na percepção dopatrimónio e da cultura, poden-do levar as autarquias a criaraquilo que define como a “CartaCultural Autárquica”, disponibi-lizando um instrumento técnicopoderoso, o TURIAUTA.

Visando transformar a infor-mação e a comunicação em va-

lor acrescentado para a região,foi desenvolvido um softwaredenominado TURIAUTA, noâmbito da I pós-graduação dodepartamento de Gestão Turísti-ca e Cultural, da Escola Supe-rior de Gestão de Tomar, em ter-mos da organização e da gestãode conteúdos, e do departamen-to de Tecnologia da Informaçãoe Comunicação da Escola Supe-rior de Tecnologia de Abrantes,ao nível das tecnologias de su-

porte e comunicação. Atravésdo site www.turiauta.ipt.pt, polí-ticos e técnicos autárquicos,administradores de programasculturais e turísticos, progra-madores de eventos, técnicos deempresas na área da Cultura edo Turismo, estudantes e docen-tes, turistas e público em geralpoderão aceder à oferta do TURI-AUTA, em virtude deste estarvocacionado para as plataformasweb de nova geração.

Foi com enorme entusiasmoque no dia 21 de Junho (data emque o Cartaxo foi elevado a cat-egoria de cidade, 21-06-95), sederam inicio as Festas daCidade. O inicio dos Festejosocorreu com uma sessão soleneno salão nobre da Junta deFreguesia, onde o Presidente daAssociação Cultural e Recrea-tiva “Gentes do Cartaxo” Dr.Délio Pereira, o Presidente daJunta de Freguesia do Cartaxo,Sr. Manuel Salgueiro, o Presi-dente da Assembleia Municipal,Dr. António Góis e o Vereador,Dr. Pedro Ribeiro, preferirampalavras de incentivo e acolhi-mento a todos quantos visitam acidade do Cartaxo no decorrerdeste evento.

Depois seguiu-se um mo-mento recreativo e cultural sen-do este superiormente preenchi-do pela Orquestra Juvenil deVale da Pinta, para cerca das 22horas se dar início ao momentomais esperado, ver os toirosserem largados nas ruas daCidade, este que era um sonhode muitos cartaxeiros. Destafeita o sonho concretizou-se efoi bonito ver milhares de pes-soas que se deslocaram ao Car-taxo, até ao dia 24 de Junho, diade S.º João Baptista (Padroeiroda cidade do Cartaxo), todos osdias entre actividades, culturais,desportivas, equestres, fados,não faltando largadas de toiros,bem como o bom vinho do Car-taxo.

Custódio Borges

Gestão turístico-culturalpara Autarquias

SANTARÉMNOTÍCIAS DO DISTRITO CARTAXO

O Vereador com o Pelourodas Obras Municipais, RicardoGonçalves, acompanhado poralguns técnicos da autarquia,visitou no dia 11 de Junho, asobras de construção do sistemade saneamento da Póvoa de San-tarém e do Verdelho (Achete).

Na oportunidade foi aindafeita, no estaleiro da obra, umaapresentação do projecto a edi-

ficar naquelas freguesias.As obras, cujos trabalhos

tiveram início no passado dia 14de Maio, prevêm-se concluídasno final deste ano, visto que oseu prazo de execução é de 210dias.

A intervenção agora em cur-so foi adjudicada ao ConsórcioAquino & Rodrigues, S.A./LenaConstruções, S.A. pelo valor de

€1.730.651,32, sendo €1.401.837,08para a rede de esgotos e o res-tante para a ETAR.

Com esta obra, financiadaem 65% pelo FEDER e em 35%pela Câmara Municipal de San-tarém, as populações das fre-guesias da Póvoa de Santarém ede Achete vêm concretizar umsonho com quase 30 anos.

Saneamento avança em Santarém

Na sequência do pedido dedemissão da Assembleia deFreguesia da Ribeira do Fárrio,concelho de Ourém, e da conse-

quente impossibilidade de fun-cionamento deste órgão, aseleições intercalares realizam-seno próximo dia 5 de Agosto.

Ribeira do Fárriovai a votos

45 Anos depois ostoiros voltam às ruas

Foram apresentados no dia28 de Junho, na NERSANT emTorres Novas, as seis ideias denegócio pré-seleccionadas noâmbito do Projecto Iniciativ@,abaixo descritas;

– Germicida (Máquina paraa esterilização de talhares), pro-jecto da Escola Profissional deSalvaterra de Magos.

– Arenas e Tradições (con-fecção e comercialização deindumentárias tauromáquicas,bandarilhas e trajes para ran-chos folclóricos), projecto daEscola Profissional de Coruche

– Jogos Didácticos (criaçãode um jogo didáctico direc-cionado para crianças do ensinobásico), projecto da Escolaprofissional de Salvaterra deMagos.

– MacMAc (manutençãoindustrial e construção de má-quinas), projecto da Escola Pro-fissional de Coruche

– Estufa (construção de estu-fas automatizadas), projecto daEscola Profissional de Salvater-ra de Magos

– Domoconstrói (automaçãode moradias e edifícios), projec-to da Escola Profissional doVale do Tejo – Santarém

Este projecto foi desenvolvi-do pela Nersant em parceriacom o Idersant – Instituto deDesenvolvimento Empresarialda Região de Santarém e con-siste num Concurso de Ideias deNegócios para os estudantes dasEscolas Profissionais e dosInstitutos Politécnicos do distri-to de Santarém. Inicialmenteaderiram ao Projecto Iniciativ@19 equipas. Ao todo, o projectoenvolveu 60 jovens estudantesque, desde Maio do ano passa-do, têm estado a trabalhar nassuas Ideias de Negócios e naestruturação das respectivasempresas.

Escolas profissionais

Alunos com pro-jectos de negócio

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O Governo Civil de Santa-rém entregou, no passado dia 21de Junho, quase 5400 unidadesde equipamento de protecçãoindividual a todos os Corpos deBombeiros do Distrito.

O montante investido naaquisição do material de farda-mento rondou os 270 mil eurose equipará mais de 30 por centodos efectivos.

Numa cerimónia presididapelo Secretário de Estado daProtecção Civil, as 28 corpora-ções municipais e voluntáriasreceberam um total de 1491 dol-mans (casacos), 1510 calças,614 pares de botas, 291 capace-tes, 720 cógulas (protecção paraa cabeça) e 750 pares de luvas.

Este equipamento é, segun-do o Governador Civil, funda-mental “para que o trabalho

dos bombeiros, que, no terreno,vão ter que enfrentar esse flage-lo das chamas dos fogos flo-restais, seja cada vez mais de-fendido por si próprios”.

Mas se, em 2006 e 2007, aaposta centrou-se no fardamen-

to, o ano de 2008 será de reforçodo equipamento em termos ma-teriais, ou seja, instalações eparque automóvel, anunciouAscenso Simões, secretário deestado da protecção civil.

Governo Civilequipa Bombeiros do Distrito

O Ministro do Trabalho e daSolidariedade Social no passadomês de Junho no Governo Civilde Santarém, assinou os con-tratos de comparticipação finan-ceira no âmbito do Programa deAlargamento da Rede de Equi-pamentos Sociais (PARES) comentidades do distrito. José Vieirada Silva falou também doscritérios de avaliação das candi-daturas e das mudanças na atri-buição destes apoios.

O distrito de Santarém verá asua capacidade de prestação deserviços sociais aumentada, coma criação de 182 lugares em La-res de Idosos, 125 em Centros deDia, 80 em Serviços de ApoioDomiciliário, 50 em Jardins deInfância e 233 em Creches.

Para José Vieira da Silva, oprograma apresenta algumasmelhorias significativas relativa-mente aos procedimentos dopassado. O investimento públi-co está garantido através da suaprévia dotação orçamenta. Re-feriu-se ainda ao papel das autar-

quias no processo, considerandoque se trata de um “triângulovirtuoso (Administração Cen-tral, Câmaras Municipais e insti-tuições da sociedade civil),porque a articulação é o cami-nho que temos que seguir para,mais rapidamente, dotarmos onosso país destes equipamentos”.

Nesta primeira fase doPARES, foram contempladasinstituições dos concelhos de

Abrantes, Benavente, Entronca-mento, Mação, Ourém, Santa-rém, Tomar e Torres Novas.

A nível nacional, o Estadoinvestirá 92 milhões de euros eespera criar dez mil postos detrabalho com a abertura de cercade 800 equipamentos sociais.

O segundo momento do pro-grama encontra-se em fase deapreciação das candidaturas.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 31

ALMEIRIM

CHAMUSCA

Instituições apoiadas pelo “Pares”

SANTARÉM NOTÍCIAS DO DISTRITO

Terminou a 19 de Junho coma entrega pública dos primeirosdiplomas ao pessoal auxiliar deacção educativa das escolas doConcelho, no Salão Nobre dosPaços do Concelho de Santa-rém, a grande acção de forma-ção em tecnologias da informa-ção e comunicação (TIC) juntodo pessoal auxiliar de acção edu-cativa das escolas de Santarém.

Partindo de uma parceriacom a Escola Superior de Edu-cação, a Câmara Municipal, aco-lheu sete estagiários de final do

curso de Educação e Comunica-ção Multimédia, proporcionan-do esta formação a 20 Auxilia-res de Acção Educativa em con-texto de trabalho de 14 escolas.

Pela primeira vez vai con-cretizar-se o envio de dados àCâmara utilizando uma plata-forma de comunicação que foicriada no site da Câmara e a quese acede através do “Xantas”, umícone que já começou a entrarna vida dos nossos alunos comomascote para questões da Edu-cação.

Entregamos primeirosdiplomas de TIC

A Confraria Gastronómicade Almeirim e o jornal “O Al-meirinense” apresentaram nopassado dia 20 de Junho, no au-ditório da Biblioteca MunicipalMarquesa do Cadaval, em plenocenário das Festas da Cidade, aobra que todos os apreciadoresda boa gastronomia local vãoquerer ter.

A obra contém um conjuntode pratos típicos de Almeirimentre Sopas, Peixes, Carnes eDoces, receitas que foram con-

feccionadas uma a uma por con-frades ou seus familiares, sabo-readas e avaliadas quanto à suaqualidade gastronómica e porúltimo fotografadas, conferindoelegância e glamour em cadapágina apresentada na Obra.

O autor, António Cláudio,ofereceu à Confraria Gastronó-mica a sua pesquisa e o retornofoi a publicação de uma primei-ra edição de dois mil exempla-res com o apoio total da CâmaraMunicipal de Almeirim.

Livro“Tradições de Almeirim- A Culinária”

Câmara de Santarém eEscola Superior de Educação

SANTARÉM

Desde 1 de Julho que entrouem funcionamento o posto deBombeiros de Amiais de Baixo,cumprindo uma reivindicaçãoantiga da população do norte doConcelho, onde se situa a maiormancha florestal de Santarém, euma forte componente indus-trial, com os maiores riscos ine-rentes.

Esta concretização resulta deuma parceria entre a Câmara

Municipal de Santarém (Ser-viço Municipal de ProtecçãoCivil), os Bombeiros Voluntá-rios de Pernes e a Junta de Fre-guesia de Amiais de Baixo.

Com 5 bombeiros e duasviaturas instalados no edifícioda antiga Casa do Povo, estedispositivo irá ter missões depatrulhamento da zona e consti-tuição de um grupo de primeiraintervenção.

Amiais de Baixojá tem posto deBombeiros

O Ministro do Ambiente, doOrdenamento do Território e doDesenvolvimento Regional, Fran-cisco Nunes Correia, visitou nopassado dia 5 de Junho, a Cha-musca.

Esta visita, integrou-se nascomemorações do Dia Mundialdo Ambiente, e incluiu a sessãopública de entrega dos alvarásde exploração dos Centros Inte-grados de Recuperação, Valori-

zação e Eliminação de ResíduosPerigosos (CIRVER) às empre-sas ECODEAL e SISAV, bemcomo o lançamento da primeirapedra das instalações destasduas unidades industriais.

Ministro do Ambiente visitou a Chamusca

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200732

Teófilo da Cruz Nunes *

GENEALOGIAS

Filho de gente de Coruche,meu pai nascido e Baptizado,casado e sepultado em Coruche,mais conhecido por José Fausti-no, na terra. Meu pai não eramuito amante da festa bravamas era neto dum campino daQuinta Grande.

Eu, desde pequeno que ia aCoruche com meu pai e meuirmão a casa dos padrinhos eprimos do Senhor Pedro MexiaNunes Barata e de sua esposaDona Maria Isabel Ribeiro TelesMexia Nunes Barata, que eraprima direita do meu avô.

Como sempre gostei da festabrava, lembro-me de uma vezperguntar à madrinha, qual a lig-ação de parentesco entre ela e oMestre David Ribeiro Teles.

Passado tempo, com 26 anos,herdei do meu pai o bichinho daciência da Genealogia, e, de hánove anos a esta parte comecei,a pouco e pouco, a investigarquem eram os Ribeiro Teles.

Começo por uma senhoraMaria Teles, nascida no Couçoem 1681 que era filha de Ma-nuel Teles, natural de Mora, e deGregória Pires, natural de SantaJusta. Maria Teles vem a casarcom Manuel Ribeiro, este já viú-vo de Margarida Gil e já com trêsfilhos do primeiro casamento.

Mas Manuel Ribeiro enviu-vou de Maria Teles, e, casou no-vamente com Leonor Rodri-gues, de onde nasceram maisquatro filhos.

Do casal Manuel Ribeiro eMaria Teles, nasceram quatrofilhos de onde descendem osRibeiro Teles. O primeiro filhodo casal foi o Sr. António Ri-beiro Teles, que casou no Couçocom Maria da Conceição, casalde que nasceram doze filhos.

António Ribeiro Teles e suamulher, já com seis filhos, porvolta de 1740, mudaram para aherdade do Alegrete, na Erra,onde era lavrador e onde nasce-ram os outros seis filhos.

Em 1736, no Couço, nasceuo quinto filho do casal e terceirodo nome.

O Senhor José Ribeiro Teles(teve, em 14 de Janeiro de 1758,Carta de Mercê de MonteiroPequeno) casou três vezes tendotido descendência do segundo eterceiro casamentos. Do segun-do casamento com D.ª Joaquina

Maria da Renussiação, nasce-ram 8 filhos e do terceiro casa-mento com D.ª Joana Luísa Go-dinho de Carvalho, nascerammais sete filhos.

Do segundo casamento e pri-meiro filho do casal, nasceu oSenhor João Ribeiro Teles queveio a casar com D.ª Maria Ger-trudes da Conceição, que eraenteada do seu sogro, SenhorJosé Ribeiro Teles e filha do pri-meiro marido da D.ª Joana Luí-sa Godinho de Carvalho.

Deste casal, João RibeiroTeles e da D.ª Maria Gertrudes

da Conceição, descendem D.ªMaria Rosa de Lima Ribeiro Te-les, que era esposa do Dr. Antó-nio José Cunhal, D.ª MariaJoana Ribeiro Teles Mexia Ba-rata Batista, que era esposa doDr. Palmiro Nunes Batista, D.ªMaria Irma Garcia Henriques daSilva casada com Dr. José Cou-tinho Rebelo, Dr. Joaquim Pra-tes Ribeiro Teles, que foi Presi-dente da Câmara de Coruche eque era casado com D.ª MariaAntónia Garcia Henriques daSilva, Dr. Camilo Raposo doAmaral que era casado com D.ª

Maria Fernanda Faria CabralMetelo Amaral. O segundo filhodo casal José Ribeiro Teles e D.ªJoaquina Maria da Renussiação,foi D.ª Francisca Maria da Jesusque era casada com SenhorFrancisco Monteiro. Deste casaldescendem:

D.ª Maria da NatividadeVidigal Pais Ribeiro Teles queera casada com o Dr. ArmandoSatyro Lizardo, Fundador doJornal “O Sorraia”;

Senhor Arq. Prof. GonçaloPereira Ribeiro Teles casadocom D. Maria da Conceição C.Fortinho de Sousa;

Senhor Paulo Pereira Ribei-ro Teles que era casado com D.ªMaria Teresa Matos Brito eAbreu;

Mestre David Manuel Godi-nho Ribeiro Teles que foi casa-do com D.ª Maria Isabel CastroPalha.

E do terceiro casamento doSenhor José Ribeiro Teles comD.ª Joana Luísa Godinho deCarvalho, nasceu o Senhor Pe-dro Ribeiro Teles, Capitão dasOrdenanças de Santana do Mato,que foi casado com D.ª InáciaJoaquina da Purificação.

Assim a pergunta que eutinha feito à madrinha nosprincípios de 1970, sobre o seuparentesco e o Mestre David, fi-cou esclarecido. Então o trisavôde D.ª Maria Isabel RibeiroTeles Mexia Nunes Barata erairmão da 4.ª avó do MestreDavid Ribeiro Teles.

Fico-me por aqui, o restofica para uma eventual publi-cação em livro

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 33

“Atolados há mais de umséculo no mais funesto dos ilo-gismos políticos, esquecemo--nos de que a unidade nacio-nal, a harmonia, a paz, a felici-dade e a força de um povo nãotêm por base senão o rigoroso eexacto cumprimento colectivodos deveres do cidadão perantea inviolabilidade sagrada dafamília, que é a célula da socie-dade; perante o culto da reli-gião, que é a alma ancestral dacomunidade; e perante o cultoda bandeira, que é o símbolo dahonra e da integridade da pá-tria”.

“Quebramos estouvadamen-te o fio da nossa História, prin-cipiando por substituir o inte-resse da Pátria pelo interessedo partido, depois o interessedo partido pelo interesse dogrupo, e por fim o interesse dogrupo pelo interesse individualde cada um”.

Ramalho Ortigão

Desde a fundação da nacio-nalidade que existem forças mi-litares.

Foram estas que fizeramPortugal, impondo e sustentan-do pelas armas, esse acto políti-co primordial que foi a individ-ualização do Condado Portuca-lense.

Desde D. Dinis com a repa-ração e construção de Castelos eFortalezas, pela instituição dos“Besteiros de Conto”, e aindapela criação de uma marinha deguerra em termos permanentes(teve um desenvolvimento gran-de com a criação da Ordem deCristo em 1319), que se organi-zou a Nação para a guerra emtermos globais e se instituiuuma espécie de milícia nacional.Desde D. Duarte que se come-çou a compilar as normas queregessem a preparação, operação,logística, disciplina e coman-damento das forças militares.

Com D. João II criou-se aprimeira Guarda Real permanen-te e em termos modernos.

Com a Restauração criou-seo primeiro Conselho de Guerrae a primeira Escola de EnsinoMilitar, em 1641, (a Academiade Arquitectura, Fortificação eDesenho). Mais tarde, o Condede Shomberg veio a organizar oExército permanente em Portu-gal, a partir de 1660. Mas só em1817, as Forças Militares, comotal, fizeram a sua 1.ª intervençãopolítica. Encabeçou-a o GeneralGomes Freire de Andrade. Co-mo pano de fundo temos a Me-trópole devastada pelas inva-sões francesas.

Porque o fizeram? Creio quepor três ordens de razões:

Razões militares, havia gran-de mal-estar por a tropa portu-guesa estar comandada pelosingleses;

Por razões políticas, preten-dia-se o afastamento de Beresforde obrigar ao regresso da Côrteque estava no Rio de Janeiro; E,sobretudo, por razões ideológi-cas, Freire de Andrade era GrãoMestre da Maçonaria e parti-dário das ideias liberais comorigem na Revolução Francesa.A revolta falhou e os principaiscabecilhas, foram enforcadosem Lisboa, num local que hojese chama Campo dos Mártiresda Pátria. Depois disto o paísnunca mais estabilizou até aosdias de hoje.

Vamos fazer uma pequenaviagem no metropolitano daHistória, de então para cá.

“Pois sim; o povo é o sobera-no, mas quem vai na carruagemsou eu!” Comentário de D. JoãoVI no trajecto paro o seu palácio,após ter desembarcado em Lis-boa, vindo do Rio de Janeiro, apropósito da turba que o acom-panhou aos gritos incessantes de:“viva o soberano congresso” e“viva o povo soberano”.

A 24 de Agosto de 1820,(aproveitando a ausência deBeresford no Brasil), rebentou,no Porto, nova revolução liberale desta vez saiu vitoriosa. Lem-bra-se, a título de curiosidade,que o principal local onde sepreparou a conspiração, foi numaloja maçónica, que tinha o nomede “Sinédrio” que, se estão lem-brados, era o nome do tribunalque condenou Jesus Cristo.

O grande objectivo (salva-ção da Pátria!), era aprovar umaConstituição. Esta última, inspi-rada na Constituição espanholade Cádiz de 1812, foi jurada emCortes a 30/9/1822 e pelo Rei,regressado no ano anterior, a 1de Outubro.

O País, maioritariamente con-servador e adepto da ordem ante-rior, dividiu-se e a independênciado Brasil piorou tudo, pois paraalém de consignar a “deserção”do herdeiro da Coroa – D. Pe-dro, vibrou um duríssimo golpena economia nacional.

Logo a 27 de Maio de 1823o infante D. Miguel a instânciasda nobreza e do povo, dirigiu-separa Vila Franca de Xira segui-do por todos os regimentos dacapital, à excepção de um, eproclama de novo o “Absolu-tismo” e a reunião das Cortes à

moda antiga. Foi a “Vila Fran-cada”. O Soberano Congresso –era assim que se chamava oParlamento na altura –, desespe-rado e sem qualquer apoio nopaís, dissolve-se em 2 de Junho.Os monárquicos dividiram-seentão em tradicionalistas e libe-rais. E estes ainda em modera-dos e democratas.

Os tradicionalistas pression-aram D. Miguel a um golpe demodo a afastar qualquer hipó-tese de se promulgar nova cons-tituição, apesar de moderadacomo era intenção de D. JoãoVI, e deu-se a Abrilada, em 30de Abril de 1824. O golpe foidominado pelo monarca com aajuda dos diplomatas acreditados

em Lisboa e D. Miguel foi fazeruma viagem de estudo peloestrangeiro.

D. João VI morreu, em 10 deMarço de 1826; sabe-se hojeque foi envenenado com arséni-co e existem fortes suspeitas deque o seu testamento tenha sidofalsificado. Daqui resultou umagravíssima crise política.

A Infanta D. Isabel (a filhamais velha do Rei), fica comoRegente. D. Pedro Imperador doBrasil, confirma a regência, ou-torga a Carta Constitucional,abdica dos seus direitos na filha

D. Maria da Glória, e tenta-se oseu casamento com seu tio D.Miguel, numa tentativa de unir a“família” desavinda”. A Cartaentretanto preparada pelo futuroDuque de Palmela, por tentaruma via intermédia entre as duastendências, desagradou a ambas.

D. Miguel, tendo concorda-do com os termos impostos parao seu casamento, regressou aLisboa, em 22 de Fevereiro de1828. “Toda a Nação, mais oumenos ardentemente, desejavaver terminado o intermezzo daCarta Constitucional, e no tronoem vez de um papel, um homem”.

Oliveira Martins(sobre a Carta Constitucional de 1826)

Estando o partido tradiciona-lista forte, e tendo D. Pedro ab-dicado dos seus direitos ao tro-no, e apoiado em extensos apoiosno País, D. Miguel dissolveu aCâmara de Deputados, em 13 deMarço de 1828, e convocou Cor-tes nos moldes tradicionais, ondefoi proclamado Rei de Portugal.

Tal facto deu origem à maiscruenta guerra civil que em Por-tugal já houve. Os liberais fo-ram perseguidos, presos e emi-graram. Apenas a Ilha Terceirase manteve baluarte dos Liberais.Estes apelaram para D. Pedroque decidiu invadir Portugalcom 7000 homens, a maioriamercenários recrutados em lo-cais pouco recomendáveis.

A guerra civil termina em1834 com a vitória surpreenden-te dos liberais e que se explica –dada a desproporção de forças,80000 homens para os parti-dários de D. Miguel e 7000 ho-mens para D. Pedro. Pela Lide-rança: três excelentes generais eum almirante, do lado Liberal –Saldanha, Terceira, Sá da Ban-deira e Napier, e nenhum vultodo lado Absolutista. Além distocontam-se nesta facção várias eindignas traições.

“Os diferentes partidos nãosão mais do que escolas de imo-ralidade, e portanto companhiasde comércio ilícito, onde asdiferentes lutas, que promovem,não são mais do que o modo derealizarem o escambo das cons-ciências, o sacrifício dos ami-gos, e o bem do País, e por con-seguinte o modo de realizarem ofruto do peculato, depois de pos-tos em almoeda as opiniões”.

Uma perspectiva histórica sobreas revoltas militares em Portugal

João José Brandão Ferreira *

HISTÓRIA MILITAR(Parte I)

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“ A classe dos malfeitores é aque mais tem ganho com as ga-rantias constitucionais”.

Luz Soriano(sobre a política do seu tempo)

Estabelecida a paz pela Con-venção de Évora-Monte, em 26de Maio de 1834, logo osvencedores se dividiram, entre“liberais” (moderados e adeptosda Carta)” e “democratas” parti-dários do sufrágio directo. OParlamento reúne-se a partir de15 de Agosto e gera-se uma bal-búrdia enorme. D. Pedro IVmorre logo a 24 de Setembro,não resistindo a um mês de Parla-mento. Entretanto já tinha havidouma revolta em Lisboa, a 9 domesmo mês, de cariz esquerdis-ta, que entrega o poder aos “de-mocratas” que restauram a Cons-tituição de 1822. Daqui resulta-ram mais pronunciamentos mi-litares. Conversações com os“Liberais” resultaram num com-promisso constitucional, apro-vando-se uma nova Constitui-ção, em 3 de Abril de 1838 (aterceira em 15 anos!). Sem em-bargo, os “liberais” não ficaramsatisfeitos e, em 1842, nova revo-lução militar inspirada por CostaCabral, dissolveu as Cortes,revogou a Constituição e resta-beleceu a Carta. A reacção aisto, leva à revolta da Maria daFonte, em 1846.

Saldanha que passou entre-tanto para o lado moderado, nãoadmitiu transigências e a guerracivil prolongou-se, só acabandocom uma vexatória intervençãopolítica e militar da Inglaterra,da França e da Espanha!

“Acervo de teorias irrealizá-veis, se teorias se podiam cha-mar, de instituições talvez impos-síveis sempre, mas de certomodo impossíveis numa socie-dade como a nossa e na épocaem que tais instituições se iamassim exumar do cemitério dosdesacertos humanos”

Alexandre Herculano(sobre a Constituição de 1822)

Novo Golpe de Saldanha le-va à Regeneração de 1851 e aoPacto da Granja de 4 de Setem-bro de 1865. Instala-se o rotati-

vismo. Isto é, as oligarquias polí-ticas e económicas, acordam empôr um pouco de ordem no caosque se vive desde as invasõesfrancesas e a alternarem no Po-der numa tentativa de imitar oque se passa em Inglaterra. Nas-ceu assim o Partido Regenera-dor (mais à direita) e Progressis-ta (mais à esquerda). A melhoriadas finanças a que um súbito in-vestimento de capitais brasileiros,derivados da proibição da escra-vatura, deu um empurrão impor-tante, permitiu algum progresso epaz social, cujo principal obreirofoi o General Fontes Pereira deMelo.

Conta-se pelo meio com a “Sal-danhada” último golpe perpetradopor Saldanha, convenientementeafastado depois para a embaixadade Londres. Foi porém sol de pou-ca dura. Nova crise financeira e o“ultimatum” de 1890 e o apareci-mento do Partido Republicano(1875), abalaram os fundamentosda Monarquia. Era agora o próprioregime que estava em causa.

“Deve aí haver factos novos,novos elementos de decompo-sição que me escapam. Em todoo caso, não vejo senão uma solu-ção simplista – a tirania. É ne-cessário um sabre, tendo ao la-do um pensamento”.

Eça de Queiroz(in carta a Oliveira Martins expressan-

do a sua reacção à tentativa revolu-cionária de 3 de Janeiro de 1891)

A primeira revolta Repu-blicana deu-se logo a 31 de De-zembro de 1891, no Porto. Em 1de Fevereiro de 1908, são assas-sinados o Rei e o herdeiro dotrono e, em 5 de Outubro de1910, a Monarquia de quase seteséculos cai em menos de 24horas. Na Rotunda restava umoficial de Marinha, oriundo daAdministração Naval e que mon-tou a cavalo pela 1.ª vez nessedia. O grosso do Exército, supos-tamente monárquico, rendeu-se.

“Foram eles e suas absurdase falsas reformas que nos troux-eram a este estado. Foram elesque desmoralizaram de todo oPaís, que o deslocaram e revo-lucionaram. Reformadores igno-rantes, não souberam dizer senão

como os energúmeros de Barras eRobespierre: abaixo! Assim sereformou esta desgraçada terra amachado! Mais 10 anos debarões e de regime da matéria, einfalivelmente nos foge destecorpo agonizante de Portugal oderradeiro suspiro do espírito. ...Não contentes de revolver até aosfundamentos a desgraçada pá-tria com inovações incoerentes,repugnantes umas às outras, eem quase tudo absurdas, semconsultar nossos usos, nossaspráticas, nenhuma razão de con-veniência, foram ainda atirarcom todo este montão de absur-dos para além-mar ...”

Almeida Garrett(sobre a implantação do liberalismo

em Portugal)

Durou o liberalismo monár-quico 90 anos, de 1820 a 1910.Durante este tempo desarticu-lou-se a Nação da sua matrizantiga. Foi seu legado: seismonarcas (dois assassinados) e

três regências 142 governos (umgoverno e meio por ano); 42Parlamentos, dos quais 35 dis-solvidos por meios violentos; 31ditaduras (um terço do tempo,fora da normalidade constitu-cional, e 51 revoluções, pronun-ciamentos, golpes de estado,sedições, etc. Este foi o “passi-vo” que a República herdou. Os16 anos que se seguiram foramde pavorosa anarquia.

A República era de fundojacobino e logo anticlerical. Oliberalismo estava morto, come-çava a democracia directa. Di-vidiram-se os republicanos emtrês grupos principais: os radi-cais, capitaneados por AfonsoCosta; e dois conservadores,chefiados por António José deAlmeida e Brito Camacho, semse vislumbrarem grandes dife-renças nestes últimos.

A situação degenerara de talmaneira que logo, em 23 de Ja-neiro de 1915, o próprio Pre-sidente da Republica D. Manuelde Arriaga, endereçava uma car-ta ao General Pimenta de Castropara que o ajudasse a pôr ordemno País, ao que este anuiu im-pondo um governo extra parti-

dário. Mas o Exército estava mi-nado pela Carbonária e logo, a14 de Maio, rebentou uma san-guinolenta revolução que cau-sou mais de 200 mortos e 1000feridos, colocando de novo oPartido Democrático no Poder.Daí em diante o rol de assaltos,atentados, assassínios e agres-sões foi aterrador! Os crimes con-tra a Igreja Católica e os católicosforam infames. A reacção a todoeste descalabro veio com a revo-lução de 5 de Dezembro de 1917,dirigida por Sidónio Pais.

“Para deixar ver o carácterinstável da República basta umfacto: ser ela o primeiro gover-no que no mundo aceitou gover-nar com manuseadores de bom-bas e explosivos – artefactos sóaté hoje usados por inimigos dasociedade!”

Fialho de Almeida

O país entregou-se-lhe emesperança mas esta não durousequer um ano: em Dezembro

de 1918, o Presidente Rei, assimchamado, foi abatido à bala naEstação do Rossio. O País esta-va envolvido na I Grande Guer-ra – em quatro frentes –, masnem isso acalmava as paixõespolíticas e ideológicas.

Ultrapassada pela força atentativa de restauração monár-quica, tentada em 1919, segui-ram-se os mais desconcertantesgovernos e jogadas partidárias,até que em 19 de Outubro de 1921as forças extremistas levaram acabo uma revolução abominável,durante a qual liquidaram asangue frio, o chefe do governoAntónio Granjo e o próprio fun-dador da República, MachadoSantos e muitos republicanosmoderados. Tal evento deixou opaís estarrecido e envergonhado.

O que se passou nos cincoanos seguintes está para além dequalquer descrição. O que resta-va do Partido Democrático go-vernava à rédea solta de tal mo-do que se cindiu nos partidários,apesar de tudo mais conserva-dores, do Eng.º António Mariada Silva – conhecidos pelos “Bon-zos” –, e as hordas mais infrenese demagógicas do Dr. João Do-

mingos dos Santos, apelidadosde “Canhotos”.

O cúmulo dos inacreditáveiseventos daqueles tempos é ilus-trado pelo ocorrido no dia 16 deJaneiro de 1920, em que doiselementos democráticos maisdemagógicos, conhecidos pelo“Pintor” e o “Ai-ó-Linda”, acom-panhados pelos seus caceteiros,foram ao Terreiro do Paço, entra-ram de pistola em punho noGabinete do Presidente do Go-verno, Dr. Fernandes Costa, quefora nomeado naquela manhã,intimando-o a demitir-se, o queele fez, sujeitando-se o Chefe doEstado a nomear, ainda nessedia, outro, no lugar daquele.

Num relato do chefe de Po-lícia, em 1925, Coronel Ferreirado Amaral, pode ler-se que numperíodo de quatro anos conta-ram-se oito guardas assassina-dos e 45 feridos a tiro e à bomba,só em Lisboa e ainda 30 cida-dãos mortos também à bomba e92 feridos. O número de bom-bas deflagradas, só na capital,ascendeu a 325! Tudo isto levouGuerra Junqueiro a declarar“isso que para ai está é umabacanal de percevejos numaenxerga podre”

Não espanta pois saber quetendo o conhecimento da desgra-çada situação em que se encon-trava o País, extravasado as fron-teiras, se tenha inventado o termo“Portugalizar”, para infamar ospolíticos e regimes anarquizan-tes. E menos deve espantar, que oExército e a Armada portuguesestenham ido buscar ao fundo de sipróprios a força moral necessáriapara se organizarem mais ade-quadamente para imporem umaditadura militar e tentarem parar aqueda da Nação no mais profun-do dos abismos.

Tal facto ocorreu no dia 28de Maio de 1926.

“Quem diz democracia, diznaturalmente República. Mas co-mo se organiza a República? Aqui,à claridade dum sentimento divi-no, sucede-se o nevoeiro dos sis-temas humanos. E o sistema, oespírito sistemático matou a Re-pública. Rousseau e atrás deleRobespierre, o bastardo de Rous-seau, como disse Michelet, osjacobinos, Danton e a Convençãona energia do seu plebeísmo, con-cebeu a República como umaditadura permanente, executadaem nome da multidão pelos che-fes da sua escolha. Foi assim quejulgando consolidar a igualdade,fundaram apenas o pior dos des-potismos, o despotismo da plebe”.

Antero de Quental

(Continua no próximo número)

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200734

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Uma perspectiva histórica sobre as revoltas militares em Portugal

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

Pele, o novo cavalo estrela daquadra do cavaleiro João MouraCaetano, venceu o prémio para melhorcavalo lusitano de toureio, na categoriade cavalos debutantes.

O prémio foi atribuído pela As-sociação Portuguesa de Puro-sangueLusitano, sendo este um prémio que é

atribuído todos os anos por altura doFestival do Puro-sangue Lusitano emCascais, sendo o júri constituído porantigos cavaleiros e criadores.

O cavalo Pele é a nova estrela daquadra de João Caetano sendo utiliza-do nas bandarilhas, tendo ferro PauloCaetano.

Melhor ccavalo llusitanode ttoureio - Cavalo Pele foi o eleito

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200736

A região e o território já fo-ram abordados noutra edição doJornal de Coruche. Então, pro-curei, ainda que superficial-mente, aportar a forma como oprojecto cultural e o projecto po-lítico concorrem para o desen-volvimento das regiões.

Vimos que o projecto cultu-ral regional deve ser o resultadode uma inteligente combinaçãoda apropriação regional das cul-turas locais vernaculares pre-existentes e da apropriação re-gional da cultura universal. Porseu turno, o projecto político sóse estrutura a partir de uma ima-gem futura da sociedade a quese refere, pois é essa imagemque vai assegurar a sua conduçãosocial, mostrando aos actores eagentes para onde se quer ir.

Ainda nesta temática daregião e do território importareferir alguns determinantes doseu crescimento. O desenvolvi-mento regional está implicita-mente ligado ao desenvolvi-mento económico do território edeve ser entendido como umprocesso que é catalisador daactividade económica e dinami-zador da comunidade local,fazendo uso eficiente dos recur-sos endógenos do território epermitindo agrupar sinergiasque conduzam à criação deemprego e à melhoria da quali-dade de vida dos cidadãos.

O desenvolvimento é umprocesso dinâmico onde as mu-danças e transformações estru-turais são conduzidas por umsistema económico que necessi-ta de determinadas forças inter-nas e externas que permitam ainteracção, procurando alcançarum desenvolvimento equilibra-do que seja sustentável a médioe longo prazo.

É difícil conceber o desen-volvimento regional sem perce-ber os principais conceitos quesustentam a economia regional.Três dos principais contributospara economia regional remon-

tam a década de 50. Depois dasegunda guerra mundial estabe-lece-se uma relação entre o cres-cimento económico e o desenvol-vimento, assumindo uma grandeimportância, por razões óbvias,o papel das infra-estruturas eoutras formas de capital comomotores do crescimento econó-mico nas regiões menos favore-cidas.

Nessa década surgem trêsteorias económicas que são ain-da hoje, com as devidas adap-tações, os pilares da economiaregional. A teoria da Base Eco-nómica da Exportação (North,1955) considera que as expor-tações são a força motriz dodesenvolvimento de um terri-tório ou região. Os pressupostosdesta teoria referem-se a regiõesque não tenham qualquer pro-cesso significativo de desenvol-vimento e como tal o seu rendi-mento “interno” é muito baixo.

A teoria da Base Económicada Exportação tem como hipó-tese o facto de assumir um papelbastante importante na determi-nação do rendimento per capitade uma região. Esta teoria apli-ca-se a regiões pouco desen-volvidas, com uma estruturaprodutiva muito simples. Assim,as exportações assumem nessasregiões um papel de sobre-maneira importante na medidaem que elas vão moldar e condi-cionar o desenvolvimento futu-ro da região. Porém, a Base Eco-nómica da Exportação é neces-sária mas não suficiente para odesenvolvimento da região. Éfundamental que essa base actuesobre outros sectores, ajudandoa desenvolvê-los e que o rendi-mento se distribua de algumaforma de maneira igualitáriaentre a população. North (1955)reconhece que os custos de pro-dução são de grande importân-cia para determinar a capaci-dade de exportação do território.O autor reconhece que estes fac-tores vão exercer alguma influên-

cia no crescimento da regiãomas não irão determiná-la. Ascondições internas de uma re-gião são considerados factoresmais importantes no processode desenvolvimento, concluin-do-se daqui que, quanto maisdesenvolvida for uma região,mais ela se desenvolverá atravésdos seus efeitos multiplicadores.

Nessa linha surge Myrdal(1957) com a Teoria Acumula-tiva. Este economista Sueco,prémio Nobel em 1974, desen-volve uma teoria que se desdo-bra na teoria da CausalidadeAcumulativa Descendente e naAscendente. Myrdal focalizou oseu estudo nos impactos nega-tivos (Causalidade AcumulativaDescendente) e nos impactospositivos (Causalidade Acumu-lativa Ascendente) que umaregião pode sofrer. Se por exem-plo a Autoeuropa, situada noConcelho de Palmela, Distritode Setúbal, fechar, os impactos

negativos na região serão bas-tante nefastos. Começando pe-los efeitos sociais derivados dodesemprego directo e indirectooriginados pela situação, pas-sando pela diminuição do nívelde riqueza da região e a perda dereceitas públicas. Esta últimaconsequência poderia conduzira um aumento de impostos, tor-

nando a região menosatractiva para as acti-vidades económicas oque originava um pro-cesso acumulativo des-cendente de subdesen-volvimento.

Isto acontece por-que os efeitos multi-plicadores da situaçãoserão maiores que oefeito da redução daactividade da Auto-europa.

No caso da instala-ção de uma outra em-presa, preferencial-mente de grandes di-mensões, estamos per-ante um processo acu-mulativo ascendente,onde seriam geradosmais postos de traba-lho, mais receitas pú-blicas que por sua veziriam ser utilizadaspara criar mais e me-lhores infra-estruturas,melhores serviços pú-

blicos e uma consequente maioratractividade territorial.

Por último, também em 1955,Perroux, economista Francês,desenvolve o conceito de Pólosde crescimento. O conceito foidesenvolvido a partir da cons-tatação empírica de que a con-centração industrial na França,ocorreu em torno de Paris, naAlemanha ao longo do Vale daRuhr. Perroux (1964) acrescen-ta que “o crescimento não apa-rece por toda a parte; manifesta-se em pontos ou pólos de cresci-mento, com intensidades var-iáveis; expande-se por diversos

canais e tem efeitos terminaisvariáveis no conjunto da econo-mia”.

Os pólos de desenvolvimen-to conduzem a aglomerações ter-ritoriais e como tal, criam desi-gualdades entre as regiões. Aaglomeração territorial acres-centa características específicas,intensifica a actividade econó-mica, encadeia as necessidadescolectivas e implica uma inter-acção entre os empresários queos leva à “coopetição”, quer istodizer, lado a lado com o adver-sário. Um pólo de crescimentocomplexo modifica o meio geo-gráfico e pode modificar a estru-tura económica regional ou atémesmo a nacional. O crescimen-to económico originado pelospólos de desenvolvimento não éigualitariamente distribuído.

Para Boisier (2001) o pla-neamento do desenvolvimentoeconómico regional pode serdividido em relação à organiza-ção económica, aos estilos dedesenvolvimento e aos concei-tos dominantes sobre o desen-volvimento económico.

A teoria da Base Económicada Exportação poderá indicarcorrectamente potencialidadesdo desenvolvimento desde quepara tal estejam sempre pre-sentes determinadas condiçõesinstitucionais e sociais. Porém,se não existir um actor, públicoou privado, capaz de compreen-der, usar e transformar aquelasvantagens o processo não serágerado.

O desenvolvimento de umaregião, a longo prazo, é explica-do pela interacção de três tiposde forças: o uso dos recursosnaturais; os efeitos indirectosdas políticas macroeconómicase sectoriais, e, um conjunto deelementos políticos, institucio-nais e sociais agrupados (Boisier,2001).

Para finalizar, a capacidadeda região para reter e reinvestir ariqueza excedentária gerada pe-lo seu crescimento económico,i.e., a capacidade de internalizarlocalmente o próprio crescimen-to está dependente da capaci-dade de organização social daregião.

Sem essa capacidade organi-zativa pode dar-se origem a umcrescimento económico agrega-do, porém, não se dará o passoqualitativo entre o crescimento eo desenvolvimento.

____

Dr. Osvaldo Santos Ferreira *

ECONOMIA

A Região e o Território II:Determinantes do Crescimento das Regiões

* Economista

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O ministério da agriculturaenviou um ofício à Câmara deCoruche, com data de 31 deMaio, onde informa que osserviços da zona agrária inte-gram a lista de encerramento noâmbito da reestruturação emcurso no ministério.

No ofício enviado à Autar-quia, o ministério reafirma que,“apesar da importância agro-florestal do concelho de Coru-che, constata-se que a grandemaioria dos agricultores tem osseus problemas de apoio técnicoou de relacionamento com oministério resolvidos pelas di-versas organizações agrícolasno concelho ou concelhos limí-trofes”.

Ainda no ofício, o ministérioadianta que, “a avaliação feitano final de 2006 à zona agráriade Coruche, permitiu concluirque o trabalho técnico desen-volvido foi pouco significativo,não justificando a manutençãodo serviço nos actuais moldes”.

O presidente da autarquiaDionísio Mendes, depois da Câ-mara de Coruche manifestar oseu desagrado pela perda de

apoio dado aos agricultores,confrontado com o actual cená-rio de encerramento da zonaagrária, referiu que, “no futuroalgumas funções que não po-dem ser atribuídas às associa-

ções, nomeadamente a inspecçãoou serviços pecuários poderãovir a ser feitas em instalaçõesmunicipais por funcionários doministério ou então nas futurasLojas do Cidadão, balcão úni-

co, a criar em alguns concelhose também em Coruche.

É um processo irreversível etambém segundo o ministério,grande parte das funções já fo-ram atribuídas há tempos atrás,

à Associação de ProdutoresFlorestais, Associação de Agri-cultores de Coruche e outrasassociações”, adiantou.

Na última assembleia muni-cipal, de 29 de Junho, a bancada

da CDU, apresentou uma mo-ção condenando o encerramentoda zona agrária de Coruche.Para a CDU, “o encerramentotem como objectivo entregar osserviços a privados e reduzir asdespesas”. A bancada da CDUlamenta que a maioria do PS noexecutivo da Câmara não tenhafeito diligências no sentido depressionar o Governo para que adecisão de encerramento nãofosse tomada.

O presidente da concelhia doPS e vogal da bancada socialistana Assembleia Municipal, Joa-quim Banha, adiantou que, “éuma perda para a região e parao Vale do Sorraia o encerra-mento da zona agrária de Co-ruche”.

A moção da CDU, foi apro-vada por maioria (18 votos),tendo grande parte dos vogaisdo PS optado pela abstenção.

João Louro

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 37

Englobado na estratégia de prevenção da BÚZIOS, realiza--se de 9 a 20 de Julho em Coruche, o 3.º Campo de Férias Pe-dagógico, com a duração de duas divertidas semanas, com ins-crições abertas para 30 novos Nadadores Salvadores Júnior.

Os inscritos terão de ter de 12 a 17 anos, tendo por entremuito convívio, oportunidade de aprender técnicas de salva-mento aquático, suporte básico de vida, primeiros socorros,cidadania e espírito social.

Esta actividade realiza-se nas piscinas de Coruche, no Açu-de da Agolada e numa praia marítima a designar.

Em relação às edições anteriores de 2005 e 2006, onde fo-ram formados 20 e 30 novos Nadadores Salvadores Júniorrespectivamente, esta nova edição tem por objectivo continuara ensinar de forma divertida.

As inscrições estão disponíveis através da página de Inter-net da BÚZIOS www.buzios.lezirias.com ou pelo telemóvel912548718

Campo de Férias“Nadador Salvador Júnior”

CARTÓRIO NOTARIAL DE CORUCHE– CERTIFICO, para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação lavrada no dia treze de Junho

de dois mil e sete, neste Cartório, de folhas cento e quarenta e duas a folhas cento e quarenta e três verso dolivro de notas para escrituras diversas número quinhentos e quarenta e oito-D, ANTÓNIA MARIA FER-NANDES FEIJÃO, cont. 101 286 430 e marido JOSÉ FAUSTINO FERREIRA FEIJÃO, cont. 101 286457, casados sob o regime da comunhão geral de bens, naturais da freguesia e concelho de Coruche, residentesna Rua Infante Santo, Edifício D. Henrique, 10, 1° Dtº, na Quarteira, Loulé, DECLARARAM que, são donos,com exclusão de outrem, do seguinte prédio, na freguesia e concelho de Coruche:PRÉDIO URBANO, sito na Azervadinha, composto por uma casa de habitação de rés-do-chão, com a super-fície coberta de cento e seis vírgula setenta e dois metros quadrados e logradouro com a área de mil seiscen-tos e noventa e três vírgula vinte e oito metros quadrados, a confrontar de Norte com Estrada Nacional, deSul com Herdeiros de David Claro, de Nascente com Fernando António da Luz e outra e de Poente comHerdeiros de António Domingos Maia, inscrito na respectiva matriz em nome da justificante mulher sob oartigo 15 964, com o valor patrimonial e atribuído para este acto de vinte sete mil quatrocentos e setenta euros.

– Que este prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial do concelho de Coruchee dele não têm qualquer título que permita o respectivo registo.

– Que justificam, porém, aquele seu direito de propriedade nos termos seguintes:– O prédio ora justificado veio à sua posse, por doação meramente verbal feita pelos avós da outorgante

mulher, António Fernandes dos Santos e mulher Guilhermina Maria, que foram casados entre si sob o regimeda separação de bens e residentes na Herdade dos Pavões, Coruche, em data que não podem precisar, mas noano de mil novecentos e setenta e um, sem, no entanto, terem celebrado a competente escritura pública dedoação.

– Desde aquela data, porém, entraram na posse do imóvel como sua morada de família, posse que exerce-ram em nome próprio até hoje, sem qualquer interrupção, à vista de toda a gente e sem oposição de quem querque fosse, cuidando do logradouro, onde plantavam cultivavam e colhiam diversas culturas, guardando alfaias,fazendo obras de conservação sempre que necessário e pagando as contribuições por ele devidas, designada-mente os de natureza fiscal e actuando em tudo o mais sobre ele em correspondência perfeita com o exercíciodo direito de propriedade.

– Exercendo essa posse por mais de vinte anos, sem interrupção e com a consciência de estarem a agircomo verdadeiros donos dos prédios, o que confere a tal posse a natureza de pública, pacífica e contínua, fun-damentando assim a aquisição do respectivo direito de propriedade por usucapião, o que, pela sua natureza,impede a demonstração documental do seu direito e a primeira inscrição, que se pretende, no registo predial.

ESTÁ CONFORME. Coruche, treze de Junho de dois mil e sete.

A PRIMEIRA AJUDANTE(Maria Luísa Marçal)

NOTARIADO PORTUGUÊS

Zona Agrária de Coruche vai encerrar portas

Coruche que conta com uma área de regadio demais de 18 mil hectares, fica agora com os serviços daDirecção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa eVale do Tejo em Santarém, Vila Franca de Xira eAbrantes.

Os dois técnicos e três administrativos que traba-lhavam nos serviços da zona agrária de Coruche hámais de 30 anos, vão ser colocados no quadro desupranumerários da função pública.

Um técnico será colocado voluntariamente noServiço de Mobilidade Especial e o outro num posto detrabalho compatível que irá ser criado.

Quanto aos três administrativos, o seu trabalhopassa a ser da competência da Direcção Geral deVeterinária.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200738

Na sequência de uma tradi-ção já com catorze anos, o En-contro Nacional de Combaten-tes ocorreu este ano, novamen-te, no 10 de Junho, Dia de Por-tugal, de Camões e das Comu-nidades, junto ao Monumentoaos Combatentes do Ultramar,em Belém, Lisboa.

Este Encontro teve porobjectivos comemorar o Dia dePortugal e homenagear a me-mória de todos quantos, ao lon-go da nossa História, chamadosum dia a servir Portugal, tomba-ram no campo da honra, emqualquer época ou ponto doGlobo. Para esse fim, reuniram--se milhares de Portugueses,num momento de homenagem ede reflexão fraterna com as co-munidades lusófonas.

A Comissão Organizadorado Encontro englobou no espíri-to da homenagem aos que estãoa servir ou já serviram Portugalem missões de apoio à paz, noestrangeiro, bem como todos osque lutam, com altruísmo, peloengrandecimento do espírito lu-sófono.

Os três Ramos das ForçasArmadas marcaram presença noevento, quer com representações,quer com meios materiais.

A cerimónia incluíu, entreoutros, um momento de oraçãoecuménica, católica e muçulma-na, um discurso alusivo pelo Prof.Doutor Ernâni Lopes, deposiçãode coroas de flores junto ao Mo-numento e a interpretação doHino Nacional pela Banda daArmada que acompanhou a vozconvidada da cantora Alexandra.

Dia de Portugal e EncontroNacional de Combatentes

Comemorações do 10 de Junho

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 39

“Aldeias lar” é um conceitoe projecto, proposto por JoãoMartins, professor universitárioem Beja, na sua tese de doutora-mento, para dar resposta à cres-cente desertificação que seassiste no interior do país e aocrescente envelhecimento dapopulação.

Estas “aldeias” são pensadaspara acolher os (mais) idosos edar uma nova vida às aldeiasquase “fantasmas”, cujas casasestão devolutas e em situação deabandono, em que a oferta deemprego é praticamente inexis-tente.

O objectivo é recuperar essascasas e reconvertê-las em apar-tamentos que irão albergar querfamílias quer pessoas sós.

Também existe a possibilida-de, caso se justifique e estando

de acordo com o Plano DirectorMunicipal (PDM), de construirnovos apartamentos.

Além de garantirem a digni-dade da pessoa idosa e a quali-dade na oferta de produtos eserviços, as “aldeias lar” disponi-bilizam assistência médica esocial 24 horas por dia, além dashabitações e dos equipamentos eserviços normais como em qual-quer outra localidade, como cabe-leireiros, locais de lazer, etc.

O projecto parece trazerinúmeras vantagens, entre elas,permitir que os idosos perma-neçam em suas casas evitandoassim que se tenham de deslocarpara lares tradicionais situadosnoutras localidades do concelhoe/ou distrito. Desta forma, po-dem receber a visita de famili-ares e amigos sempre que quise-

rem e com privacidade. Depois,além de combater a desertifi-cação possibilita a criação devários postos de trabalhos desdea área da geriatria, passandopela jardinagem, cozinha, entremuitos outros.

Sem esquecer que estasaldeias podem criar um outrotipo de atracção, como turismorural, de aldeia ou de saúde,através do investimento dasempresas públicas, privadas oupúblico-privadas para a explo-ração e gestão destas aldeias eassim potenciar os recursosexistentes. Este facto poderá,inclusive, atrair indivíduos vin-dos do estrangeiro que, ao ad-quirirem a reforma, optam porpassar o seu tempo em Portugal,atraídos pelo clima agradávelque o país dispõe.

Actualmente, em Portugalexistem duas “aldeias lar”. SãoMartinho das Amoreiras, situa-da no concelho de Odemira, dis-trito de Beja, e São José de Al-calar na freguesia de Mexilhoei-ra Grande, perto de Portimão.

Esta última trata-se de umaaldeia construída de raiz dadoque, não obedecendo integral-mente ao projecto proposto porJoão Martins (que consiste narecuperação de casas abandona-

das) aproxima-se, em muito, aoconceito de “aldeia lar” sendo,por isso, considerada como tal.

A aldeia de São José de Alca-lar foi idealizada pelo padre Do-mingos Costa e construída graçasao seu esforço, e, boa vontadede várias entidades e particula-res. Para este pároco foi a con-

cretização do sonho de ajudar ospobres dos mais pobres, idosos(sejam casais ou pessoas sós)que, por várias razões, não tiver-am ou não têm condições paramanter as suas casas, em que osfamiliares não conseguem ounão podem dar resposta às suasnecessidades ou, ainda, porquenão querem ou não se adap-taram aos lares tradicionais.

Nesta aldeia, os moradoresresidem num apartamento (umpor casal ou um para duas outrês pessoas) e têm ao disporuma lavandaria, refeitório e uma

capela, entre muitas outras coi-sas. Os idosos desta aldeia tam-bém participam nas actividades,ajudam na cozinha, cuidam dojardim e da horta e, muito im-portante, podem sair da aldeiasempre que quiserem, ir a pas-seios com os “vizinhos” ou sozi-nhos.

Questionado acerca comotudo aconteceu, como foi possí-vel construir uma aldeia, o padreDomingos (nunca esquecendoas dificuldades que enfrentou)sabe que “os milagres só acon-tecem onde se acredita neles”.

O próximo “milagre” será aAldeia dos Querubins, destinadoa crianças. Além destas duas “al-deias” em Portugal, existe tam-bém um projecto semelhante naIrlanda, e todos se revelaram umsucesso. Um exemplo a seguir.

Telma Leal CaixeirinhoSocióloga

AAllddeeiiaass LLaarr –– ssaabbee oo qquuee ssããoo??

Fotos de um conjunto habitacional (monte tradicional em degradação),

situado no vale do Sorraia, junto à estrada, na Erra, em Coruche.

Será possível a recuperação?

Comida para fora e Frango no Churrasco

Rua 5 de Outubro2100-127 Coruche

Tel. 243 617 744/5Fax 243 617 747Tm. 917 074 345

Fotos: Manuel Pinto

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200740

Natural do Ribatejo, o Fado surgiu enquadrado no seuambiente cultural e da forte influência que o mesmo exercia eexerce bem no coração do Ribatejo. Ao longo de onze anosfez-se acompanhar por vários dos melhores músicos que ofado conhece – Mário Pacheco, José Luís Nobre Costa, LuísPetisca, Pedro Pinhal, Carlos Velez, Carlos Manuel Proença,Francisco Gato, Ricardo Cruz, Rodrigo Serrão e João Penedo –partilhando o palco com inúmeras personalidades do Fado,entre elas António Pinto Bastos, João Chora, Diamantina, Te-resa Tapadas, Margarida Bessa, Leopoldina da Guia, e Mariada Nazaré.

A nível internacional conta já com algumas participaçõesrelevantes: na “Semana Gastronómica Portuguesa na Tur-quia”, em Istambul; na Áustria, a convite do Grupo Amorim eem Espanha, Madrid, onde representou mais uma vez Portugal,com o Fado, num evento promovido pela Infanta Pilar e res-tantes membros da família real.

Detentora de uma grande energia em palco e de um invul-gar poder de interacção com o público, Joana Costa alinha-sena nova vaga de Fadistas, que trazem frescura e sentido a estaarte que, segundo considera, é a par de outras, patrimóniorepresentativo da Historia Portuguesa.

Joana Costaffaaddiissttaa ddoo RRiibbaatteejjoo

COLUNÁVEIS

“Fim d’ÉPOCA”A Prime Books acaba de editar o livro “Fim

d'Época”, de Lourenço Pereira Coutinho.Este romance histórico marca o regresso do

autor a uma das épocas que mais tem investigado eaprofundado: o Portugal do início do séc. XX, osagitados últimos anos da monarquia, culminando noassassinato do rei D. Carlos.

É neste tumultuoso contexto histórico, que va-mos encontrar os dois protagonistas, Miguel Tellesde Almeida e José, lutando em lados opostos da bar-ricada, mas unidos por um destino trágico e cruel.

Fiel à sua interpretação dos factos políticos daépoca, Lourenço Pereira Coutinho soube enredarcom mestria a aventura de personagens ficcionadascom outras, emprestadas da realidade, como o incon-tornável Rei D. Carlos e o seu ministro João Franco,José Luciano de Castro, José Maria de Alpoim,Hintze Ribeiro, França Borges e tantos outros.

Publicações Recentes

Teve em exposição nacafetaria do Museu Mu-nicipal de Coruche de 2 a17 de Junho, obras a óleoda sua autoria, alusivasao tema “Sentir Coru-che”.

A exposição foi umsucesso, tendo sido reve-ladas as extraordináriasqualidades artísticas dapintora.

“SENTIR CORUCHE” FOIEXPOSIÇÃO DE SUCESSO

“Um filão a ganhar peso nas livrarias – Biografia, ficção, ensaio histórico, corres-pondência ou BD, são vários os géneros que já contam com edições inspiradas em Salazar.

Ainda que a bibliografia, quantitativamente falando, esteja longe do que seria de esperaratendendo ao papel do ditador na sociedade portuguesa e à longevidade do Estado Novo, ointeresse despertado pelo tema nos últimos anos tem tido equivalência nos títulos quechegam às livrarias. Há um novo filão editorial.”

in Diário de Notícias de 24/04/2007

O artista coruchense Anibal FelisminoFigueiredo nasceu e cresceu em Coruche, nacapital do Sorraia em 1959, onde viveu até1996, altura em que passou a residir emAlfeizerão. Desde o ano de 2000 que se come-

çou a interessar pela arte do modelismo.Expõe agora na Junta de Freguesia de

Alfeizerão (Alcobaça), uma vasta obra, de ele-vada qualidade e interesse, que pode ser visita-da entre os dias 6 e 13 de Julho.

Coruchense expõeem Alfeizerão

Maria Hortense Rosado Gonçalves

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Alguns dos discursos nós jáconhecemos, algumas das gaffesnós nunca mais esqueceremos masem Pela Boca Morre o Peixe, emque o autor João Pombeiro teve apreocupação de contextualizar to-das as frases, o leitor tem a oportu-nidade de (re)ler as maiores e me-lhores gaffes que os nossos políti-cos nos proporcionaram ao longodos anos.

A não perder . . .

Telma Leal Caixeirinho

SUGESTÕES

LIVRO

CD

Quem me leva os meus fan-tasmas é o primeiro single destenovo trabalho de Pedro Abru-nhosa.

Este quinto álbum de origi-nais (depois de Momento lança-do em 2003), além de não con-ter o romantismo que existianos outros trabalhos, revela umamaior preocupação e consciên-cia pelas questões ambiental esocial (em que o cantor do Portolembra o caso Gisberta e oproblema dos Sem-abrigo). O

disco contém 12 faixas e está àvenda desde o dia 25 de Junho.

A profissão de Pastor está a desa-parecer e em Casais de Folgosinhonão é excepção. Outrora uma terra depastores, agora resta Hermínio (o pro-tagonista desta história), de 27 anos,um dos poucos jovens que aindaresiste a esta função, e poucos mais.

Deixe-se guiar por este pastor e(re)descubra uma realidade tão dis-tante e, ao mesmo tempo, tão próximade cada um de nós, num Portugal pro-fundo.

Luz de Pedro Abrunhosa

DVD

Ainda há Pastores? de Jorge Pelicano

EXPOSIÇÃO

De 19 de Junhoa 12 de Agosto

Viajar noutros tempos…no Museu Municipal

de Coruche.

Pela Boca Morre o Peixe de João Pombeiro

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 41

IngredientesLombo, costeletas e toucinho entremeado dacalda, banha, 1 folha de louro, vinagre, 5 dentes dealho e batatas.

Preparação• Numa boa frigideira deitam-se três colheres de banha e fritam-se as carnes. Cozem-se asbatatas com pele, descascam-se depois de cozidas e esmagam-se com um garfo (...).• Na frigideira em que se fritaram as carnes, alouram-se os dentes de alho com a folha delouro e, antes de estarem castanhos, juntam-se as batatas que se deixam «alourar» revol-vendo-as sempre, juntando ao mesmo tempo uns pingos de vinagre, cuja presença sedetecte mas que não sobrepuje os outros sabores.• Num movimento firme conformam-se como um bolo oblongo e servem-se, em trav-essa, rodeadas das carnes e acompanhadas com rodelas de laranja.

in “Coruche à Mesa e outros Manjares”, por José Labaredas

A Câmara Municipal de Coruchepromove mais uma vez o Festival RIBA-ROCK – V Concurso de Música Mo-derna Portuguesa.

A iniciativa está inserida no programada Semana da Juventude, que acontecede 18 a 22 de Julho, no parque radical doParque do Sorraia, junto ao rio Sorraiaem Coruche.

A organização recebe até dia 6 deJulho, as maquetas dos projectos inte-ressados em participar no Festival, oconcurso é aberto a todos os grupos nacio-nais que não tenham qualquer trabalho edi-tado comercialmente.

O prémio é de 1500 eurosPara mais informaçõeswww.cm-coruche.ptinfoline: 96 860 14 [email protected]

Festival RibaRock• V Concurso de Música Moderna Portuguesa

Migas dde BBatata ccomCarne dde PPorco

A Cabana dos Parodiantes, em Salvaterrade Magos, o café dos saudosos Parodiantes deLisboa, teve uma exposição de fotografia deCarlos Costa, com o nome “Festa Brava – umculto com Aficion”.

Esta mostra realizou-se durante asfamosas Festas do foral, do touro e do fan-dango de Salvaterra de Magos, de 1 a 10 deJunho.

Foram dez magníficas fotografias a pretoe branco, autêntico hino à festa brava e à no-breza do touro.

Amigos da afición

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200742

É chegada a altura de alargara família e por diversas razõesmuitos casais colocam a hipó-tese de adoptar uma criança.Mas estarão realmente prepa-rados para adoptar? Esta é umaquestão pertinente, pois deveter-se em conta que esta não éuma decisão meramente emo-cional, mas também financeira.Trata-se de um desafio, o deconstruir o futuro de uma cri-ança com todo o amor que possaser dado.

O QUE É A ADOPÇÃO?Não faria sentido falarmos

de adopção, sem percebermosprimeiro o conceito, e que tiposde adopção existem e o que éque as distingue.

Segundo a lei portuguesa, aadopção é um vínculo que, àsemelhança da filiação natural,mas independente dos laços desangue, se estabelece legalmen-te entre duas pessoas. Este vín-culo constitui-se por sentençajudicial.

Podemos falar em dois tiposde adopção distintos: a adopçãoplena e a adopção restrita.

Adopção PlenaPode adoptar plenamente

duas pessoas casadas há mais dequatro anos e não separadasjudicialmente, se ambas tiveremmais de vinte e cinco anos.

Pode ainda adoptar plena-mente quem tiver mais de trintaanos, e também quem tivermenos de cinquenta à data emque o menor lhe tenha sido con-fiado, salvo se este for filho docônjuge do adoptante.

A criança na situação defilho do adoptante, integra-se nasua família, extinguindo-se asrelações familiares entre ela e osseus familiares directos e perdeos seus apelidos de origem.

A adopção plena, não é revo-gável, nem mesmo por acordodas partes.

Em determinadas condiçõeso nome próprio pode ser altera-do pelo tribunal, a pedido doadoptante, desde que salvaguar-de o interesse da criança, no-meadamente o direito à identi-dade, e favoreça a sua inte-

gração na família. Os direitosdas crianças adoptadas são osmesmos que os descendentesnaturais.

Adopção RestritaÀ semelhança da adopção

plena, pode adoptar restrita-mente quem tiver mais de vintee cinco anos e também quemtiver menos de cinquenta à dataem que o menor lhe tenha sidoconfiado, salvo se a criança forfilho do cônjuge do adoptante.

Aqui, ao contrário da adop-ção plena, a criança conservatodos os direitos em relação àfamília natural excepto algumasrestrições estabelecidas na lei.

O adoptado pode receberapelidos do adoptante, passandoa ter um novo nome com um oumais apelidos da família natural.

A adopção restrita pode serrevogada quando o adoptantedeixar de cumprir os deveresinerentes ao poder paternal, ouquando a adopção, por qualquerrazão, se torne inconvenientepara a educação e interesses dacriança.

A adopção restrita pode serconvertida em adopção plena,mediante requerimento do adop-tante e desde que se verifiquemas condições exigidas.

O adoptado e o adoptante

não são herdeiros legítimos umdo outro.

Quem pode ser adoptado?Os filhos dos cônjuges do

adoptante e aqueles que tenhamsido confiados, judicial ouadministrativamente a este;

– A criança deve ter menosde 15 anos à data da petiçãojudicial da adopção; no entanto,poderá ser adoptado quem aessa data tenha menos de 18anos e não se encontre emanci-pado, e tiver sido confiado aoadoptante, ou se for filho docônjuge deste.

Que passos seguir para secandidatar a adoptante?

Deve dirigir-se a uma das se-guintes entidades competentes:

– Centro Distrital de Segu-rança Social da sua área deresidência;

– Santa Casa de Misericór-dia de Lisboa, se residir nestacidade;

– Instituto de Acção Social,se residir nos Açores;

– Centro de Segurança So-cial, se residir na Madeira.

Quais são as etapasseguintes à apresentação

da candidatura?A entidade competente onde

foi apresentada a candidatura,procede a uma avaliação sociale psicológica dos candidatos,emitindo uma decisão sobre acandidatura num prazo de 6 me-ses. Caso os candidatos tenhamsido seleccionados ficam a aguar-dar que lhe seja apresentada aproposta da criança a adoptar.

Após a apresentação da pro-posta, segue-se o período deaceitação mútuo entre a criançae os candidatos a adoptantes.Concluída esta fase, a criança éconfiada aos candidatos, fican-do em situação de pré-adopção,num período não superior a 6meses, durante o qual a entidadecompetente procede ao acompa-nhamento e avaliação da situa-ção.

Verificadas as condiçõespara ser requerida a adopção éelaborado um relatório que éremetido aos candidatos e quedeve acompanhar o pedido deadopção ao Tribunal de Famíliae Menores da sua área de resi-dência, ficando o processo con-cluído depois de proferida a sen-tença.

“O nosso bebé chegou numsábado de manhã. Avistei-o davaranda de minha casa etornou-se meu filho para sem-pre no instante em que lhepeguei ao colo. E a sensaçãoque tive naquele momento foi amesma sensação que tive aobeijar a minha filha pelaprimeira vez após o nascimento.O meu filho agarrou-se ao meupescoço, aninhou-se no meucolo e fez-me sua mãe!”

Patrícia Alexandra

Não se esqueça: Adoptar uma criança nem

sempre é uma decisão fácil paraa família e até mesmo para aprópria criança (no caso desta jáser mais velha).

No entanto, quem se preparapara adoptar uma criança tem deestar preparado para encarar deforma realista os problemas e osdesafios que vão surgir.

Por outro lado, esta é, namaioria dos casos, uma experi-ência enriquecedora e positivapara todas as partes nelaenvolvidas.

Biblioteca Apoiar:O Projecto Educar para o

Futuro – Programa Ser Criança,tem agora ao seu dispor a Bi-blioteca Apoiar – Centro deRecursos da Família. Temos àsua disposição livros para pais etécnicos que pode requisitarsobre temáticas ligadas à crian-ça e ao desenvolvimento.

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Adopção – questões práticas

Não percana próxima edição

Os primeiros passosna Autonomia da

Criança

“Quando o telefone tocou e a nossa equipa de adopção nos disse: – Temos o vosso filho, querem ir connosco buscá-lo amanhã? …Começou a vida como agora a conhecemos. A casa nunca mais ficou perfeitamente arrumada como era hábito, viam-se brinquedos, cadeiras,fraldas espalhadas, encheu-se de família, de amigos de visitas, e principalmente do brilho intenso da felicidade…”

História de uma família feliz: mãe, pai e filhote

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Depois de vários dias deangústia que não termina, e quenenhum de nós poderá sequerimaginar, continua o horror dodesaparecimento da pequeninainglesa Madeleine.

Não poderia deixar de abor-dar este assunto apesar deleestar há tantos dias nas bocas domundo e de se ter transformadonum drama global.

O Ser Humano é sempre di-fícil de entender. Nós criamosmuitas vezes culpados, vítimas,confundimos medos, raivas, an-

gústias e inseguranças, e tão de-pressa condenamos atitudes,como na manhã seguinte salta-mos em defesa de quem as pra-ticou. Vem isto a propósito dedois pontos que têm sido discu-tidos até à exaustão:

A atitude dos pais em rela-ção à ausência de um adulto noquarto das crianças para tomarconta delas ou a acompanharenquanto os pais jantavam.

E a forma como têm geridoa procura da filha, através detodas as hipóteses fornecidaspelos mass-media, figuras dedestaque, governos dos várioscantos do mundo, e outras aju-das de todos os géneros desdeos económicos, aos políticos,aos psíquicos…

E, sobretudo, a sua posiçãofirme e positiva apoiando-seespiritualmente na Fé.

Ora todos nós sabemos queo mais fácil de tudo é criticar.Criticar os pais, a polícia, por-

tuguesa ou inglesa, os jornalis-tas pelas suas posições mais oumenos, respeitadoras da dordaqueles pais, o mediatismoque foi dado ao caso desta cri-ança e não a “outras” tambémdesaparecidas, as ajudas à suafamília… Porque é inglesa, etc.etc., etc.

Por outro lado, à medida quehorrores deste género vão acon-tecendo o mundo vai-se modifi-cando de maneira a atender ànecessidade urgente de nosunirmos de uma forma extraor-dinária e única para ajudarmos a

evitar situações destas e a mino-rar a “solidão” que enfrentamestes pais. A angústia, a dor, otemor… Enfim, não continuo aenumerar as ondas de pavor quese abateram sobre este casal queviera passar uma vulgar semanade férias ao sol de Portugal,com a sua pequena família.

Que tragédia, Santo Deus! Eoutros casais? E se os ajudar-mos a recuperar a filha?!

É verdade que as dificul-dades com que, nos dias de ho-je, se deparam os pais vivendoem grandes centros onde têm deolhar pelas suas profissões, pelaeducação dos filhos, pela famí-lia, pelos seus tempos livres,trazem necessidades acrescidasde gerir o equilíbrio das suasvidas. Mas, cada vez mais, tere-mos que estar atentos, muitoatentos, aos “predadores” quetambém não descuram a possi-bilidade de apanhar as suas víti-mas. E era aqui que eu queria

chegar, para, mais uma vez,pensar convosco, queridos pais,temos, também nós, que aguçara nossa intuição de pais e edu-cadores. Os pais têm que redo-brar os esforços para criar filhossem medos, mentalmente sa-dios, seguros de si mesmos,confiantes na vida, com atitudesoptimistas em relação aos prob-lemas da existência.

Mas, cuidado. Os perigosespreitam! Portanto, dando-lhesao mesmo tempo confiança,protecção segura, constante,ainda que pouco visível.

Há que tomar atenção aoambiente que os cerca e quemuitas vezes nos ultrapassa. Aínós não podemos descurar umsegundo a nossa responsabili-dade, sob pena de, para além dador, termos depois de nosconfrontar com uma enormesensação de culpa.

Até breve, queridos Pais.

Os novos Perigos para as Crianças

No passado número demos aconhecer um pouco da históriada vida da jovem Vânia Correiade Samora Correia. Foi vítimade um acidente agrícola, e temuma grande fé de recuperar asua autonomia.

Há cerca de dois mesesforam lançadas várias campa-nhas de auxílio e apoio a VâniaCorreia. Passado este tempo ajovem orgulha-se da solidarie-dade do nosso país e da região,dizendo que

“as pessoas são fantásticas,nunca pensei em tão poucotempo angariar tanto dinheiro,tenho uma grande esperança” –palavras de emoção da Vânia.

Nos dois últimos mesesforam realizados vários espec-táculos a favor da jovem, oprimeiro decorreu em SamoraCorreia, e entre as entradas,donativos, venda de livros ofe-recidos pelos autores e leilões, ovalor angariado foi de 5.540,00euros.

Na festa de Folclore organi-zada pela Rádio Íris, tambémforam vendidos livros, brindes eoutros. O valor a somar à contafoi de 585,00€

Como esta acção de soli-dariedade tem sido bastanteintensa, foi organizado mais umespectáculo em “Brejos”, Samo-ra Correia, com a participaçãoda cantora residente na região, aRomana. Este espectáculo an-gariou na festa, quermesse e do-nativos, o valor de 2 mil euros.

Para além destes valores ajovem Vânia conta também asvárias transferências efectuadaspara a sua conta bancária e osvários donativos que lhe entre-gam pessoalmente.

Nesta altura a fé de VâniaCorreia é muito forte, passadosdois meses a sua conta tem paraa sua recuperação o valor de14.185,00 euros.

De recordar que precisa de22.000,00 euros para os trata-mentos em Cuba.

No próximo dia 14 de Julhoo Cine Teatro de Benavente re-cebe uma grande noite de fadosa favor de Vânia, organizadamais uma vez por amigos, co-nhecidos e pessoas que desejamver a recuperação da jovem.

Nós desejamos que a cam-panha continue de forma positi-va e prometemos que vamosmantendo os leitores informa-dos.

____Mafalda Fonseca

Campanha solidária com Vânia Correia

Rui Pedro

Madeleine McCann

EDUCAR AGORA

Mariazinha A.C.B. Macedo*

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 43

Educadora de Infância *

CARTOON

A Fase CHARLIE (de 1 deJulho a 30 de Setembro) implicao desenvolvimento de uma For-ça Operacional Conjunta Na-cional, integrando 2.004 Equi-pas, Grupos e Brigadas, até8.836 elementos, com 1.886veículos e 52 meios aéreos.

A estes meios há que asso-ciar 3 Helicópteros Bombar-deiros Ligeiros da AFOCELCAe as Equipas e Brigadas de ou-

tros Agentes Operacionais pre-sentes no terreno.

Prevenção e combatea fogos entra na faseCharlie

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200744

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IGREJA DE SANTA LUZIA

dia 12 - Francisco Camarate de CamposGonçalves Ferreira

IGREJA MATRIZ

Dia 27 - Tiago André Júlio Espada

IGREJA DA FAJARDADia 27 - José Pedro Martins Penteado

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• FALECIMENTOS •Dia 3 - Fortunato Marques, 91, ErnestoJoão, 74 anosDia 4 - António Domingos Santos, 56,Maria Alice RodriguesFeliciano, 29 anosDia 5 - Manuel Martins Guerreiro, 79 Dia 6 - Gonçalo Manuel Caro, 20Dia 7 - Helena Filipe Rodrigues, 81 anosDia 8 - Luis Filipe Ramusga Galvão, 36 Dia 9 - Manuel Ramos Cardoso, 54 anosDia 11 - Ana Joaquina, 79 anos, NatérciaMaria de Brito, 85 anosDia 12 - Joaquina Luzia, 85 anosDia 13 - Antónia Domingas, 78 anosDia 14 - Laureano Miguel Pinto Pereira, 54Dia 16 - Olindina Maria de Sousa, 69 Dia 18 - António Branco, 75 anos,Custódia Catarino, 84, Maria Rosária, 79 Dia 19 - Maria Veríssima Domédio, 73,Manuel Coutinho, 89, Ana de JesusEmídio, 89 anosDia 24 - Manuel da Conceição Lopes, 73 Dia 25 - Maria Gracinda RodriguesFernandes, 62 anos, António Faria, 81Dia 26 - Lucinda Maria da Silva, 86 anosDia 27 - Sofia Maria Azevedo, 80 anosDia 28 - José Inácio CarapinhaPazadinhas, 87Dia 29 - Francisco Marques Marujo, 73anos, António Varela, 79Dia 30 - Leontina Maria Lopes, 74, MariaJosé David Labaredas Barreto Durão, 64Dia 31 - António Henrique Galvão, 73

Informação das agências funerárias de Coruche

Informações dda PParóquia dde CCorucheMaio dde 22007

Esta decisão das Finançastem como base uma dívida doclube de 282.662,47 euros aofisco que se acumulou ao longode vários anos. Os juros de morasobre a dívida do clube são de1% ao mês. Recorde-se que, em2002 um edifício doado pelaautarquia na Quinta do Lago foipenhorado.

As Finanças de Corucheinformaram o executivo, a 25 deMaio, que “o Coruchense nãocumpriu qualquer pagamentoao fisco no último ano e solici-tou à Câmara de Coruche queefectuasse a transferência de1.760,80 euros dos meses deAbril, Maio e Junho directamente

nos cofres das Finanças”.O Clube na época passada,

manteve em funcionamento seisequipas de futebol nos escalões

de formação, (duas de escolas,infantis, iniciados, juvenis ejuniores), contando cerca de 200atletas que utilizaram o Estádio

Municipal Professor José Pesei-ro. O presidente da autarquia,Dionísio Mendes, adiantou que“face à situação criada não se

irá atribuir mais subsídios aoCoruchense e que se deve re-pensar a política camarária emrelação aos subsídios. Esperoque, durante a época de defesopossam surgir novas oportu-nidades para o clube. Mas, semdúvida a situação é bastantecomplicada e os sócios terão deresolver o problema”, adiantouo autarca.

O Jornal de Coruche apurouentretanto, que irá realizar-sebrevemente uma nova assem-bleia do Clube, para apresen-tação de contas e discussão domomento actual. A advogada esócia do Clube, Edite Formigo,disponibilizou os seus serviçosgratuitamente, para representaro Coruchense junto das Finan-ças e rever todo o processo, algocomplexo.

Nesta altura, e face ao mo-mento delicado do Clube, oprincipal objectivo é que o Co-ruchense não encerre as portas.

____João Louro

Antigo campo de jogos da Horta da Nora, na Rua de Olivença

Grupo DDesportivo ““O CCoruchense” eem mmaus llençóisSubsídios da Câmara Municipal ao Clube referente aos meses de Abril, Maio e Junho

no valor de 1.700 euros foram penhorados pelas Finanças.

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Para que fique para a me-mória das gerações futuras,e, dou graças a Deus porestar vivo e poder contar arealidade que deu azo à con-clusão do Pavilhão Gimno-desportivo.__

Foi em fins de Agosto, empleno defeso desportivo, que aentão Direcção Geral dos Des-portos convidou as colectivi-dades do nosso Concelho e detodo o Distrito, para uma reu-nião na Casa de Arte e Culturaem Santarém, com o Sr. Direc-tor Geral de Desportos e todo oseu gabinete, com o propósitode resolver os diversos proble-mas do distrito relacionadoscom os recintos Desportivos. Lácompareceu o Presidente doclube, o Secretário e o DirectorDesportivo.

Ficamos logo um poucodesapontados porque de colec-tividades do concelho de Coru-che não se encontrava mais nen-huma. Isto para um assunto damaior importância para a nossaterra.

Estava no entanto presente oVereador do pelouro do Despor-to da CMC. O Director Geralfez uma explanação introdutóriadizendo o motivo da sua vinda,dizendo que em Coruche “andampara lá a construir um Pavilhãoque ao que sei é um elefantebranco quando tenho na minhaposse elementos onde constaque Coruche tem 3 Pavilhões,ou seja, dois mais um em cons-trução”. Perante um auditóriocheio, dando uma informaçãodestas, denegrindo o bom nomede Coruche e não corresponden-do à realidade, qualquer coru-chense que se preze não podia

ficar calado. Assim foi! Alguémde “Os Corujas” filho destaterra, levantou o braço no ar epediu para falar, o que foi con-cedido de imediato e disse: “Sr.Director Geral agradecia quenos informasse onde se locali-

zam esses Pavilhões visto quesou natural de Coruche, semprelá vivi, conheço todos os locaise ruas, bem como as pessoas,vou a caminho dos 50 anos enão sei onde ficam esses Pa-vilhões com excepção do Pavi-lhão da escola, mas este nãotem as mínimas condições paraa pratica de qualquer desporto?Aliás, neste pavilhão para alémde ter apenas as medidas míni-mas, não há qualquer espaçopara o público e quando chovea água entra lá dentro”. Quantoao “elefante branco”, era o que aCMC se tinha empenhado paraconstruir, mas que sem verbasnão o conseguia concluir. Emrelação ao terceiro pavilhão, oporta voz dos Corujas perguntouqual era?

Foi dito que se localizava emSt.º Antonino, ao que respon-demos que não era um pavilhão,mas sim um barracão de arma-zém que a Câmara tinha adqui-rido com medidas de 24x14m eque não dava para qualquerdesporto, apesar de os atletasdos Corujas ai terem iniciado asua actividade, que foi proibidapela Delegada de Saúde, pelofacto de as rodas levantarem umpó prejudicial para a saúde dosatletas. Esclarecidas as dúvidas,propôs-se ao Director geral daDGD que se deslocasse a Co-ruche, já que era tão perto, comtoda a comitiva e técnicos e seanalisasse a situação. Assimdecidiram e interrompeu-se ostrabalhos para ir a Coruche.

Foi nessa altura que encon-trámos o vereador da CMC queligou para Coruche para tudoestar a postos. De volta a Santa-rém, retomaram-se os trabalhosao meio da tarde e ai o Sr.Director confirmou tudo aquiloque lhe havíamos dito e queseria possível transformar aque-

le pavilhão da CMC num dosmelhores do distrito. Os traba-lhos continuaram até à hora dojantar, tendo sido as verbas des-bloqueadas para a conclusão dopavilhão.

Conclusão, nós ajudamos aque a Câmara recebesse as ver-bas necessárias, desbloqueandoum problema que se arrastava.Enquanto o pavilhão não ficouconcluído treinamos e jogamosno ringue polivalente em frenteao pavilhão (que hoje já nãoexiste), ali tendo dado muitasalegrias aos nossos conterrâ-neos, e, também muito penaliza-dos devido às intempéries. Umaenorme cheia destruíu-nos todosos nossos equipamentos, que seencontravam guardados emduas casas pequenas junto aorio. Tivemos mesmo para desis-tir. Valeu a ajuda preciosa deentidades, como a DGD, o Dr.Pereira da Silva, então Gover-nador Civil de Santarém e aCMC, bem como algumas em-presas.

Só quem viveu e acompa-nhou estas situações, as podehoje contar, e a conclusão doactual pavilhão desportivo deCoruche, muito deve aos esfor-ços dos Corujas. Foi este clubeque na categoria Sénior, na dis-puta do campeonato Nacional,encheu completamente o ditopavilhão, com muitos de pé.Outro jogo célebre, o da subidapara a 2.ª divisão Nacional,onde jogamos contra o PortoSantense. Lembramos tambémos torneios de Futebol de Salãoe os torneios de verão.

Era neste tempo que osCorujas disputavam várias mo-dalidades com poucos apoios,nada comparado com o que setem hoje.

Por hoje ficamos por aqui!Até breve.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 45

CARTÓRIO NOTARIAL DE CORUCHE– CERTIFICO, para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação lavrada no dia treze de Junho

de dois mil e sete, neste Cartório, de folhas cento e quarenta a folhas cento e quarenta e uma verso do livro denotas para escrituras diversas número quinhentos e quarenta e oito-D, FERNANDO ANTÓNIO DA LUZ,cont. 131 326 236 e mulher ALICE MATIAS NUNES DA LUZ, cont. 131 326 180, casados sob o regimeda comunhão geral de bens, naturais, ele da freguesia e concelho de Coruche, ela da freguesia de Montargil,concelho de Ponte de Sor, residentes na Rua Afonso Lopes Vieira, n.º 6, Tapada do Colaride, Cacém e RITAMARIA DA COSTA LUZ, cont. 200 173 383, solteira, maior, natural da freguesia de São Sebastião daPedreira, concelho de Lisboa, residente na Rua Pêro de Alenquer, n.8, 2° Frente, no Cacém, DECLARARAMFERNANDO ANTÓNIO DA LUZ e RITA MARIA DA COSTA LUZ que, são donos, em comum, comexclusão de outrem, do seguinte prédio, na freguesia e concelho de Coruche:

– PRÉDIO URBANO, sito na Azervadinha, composto por uma casa de habitação de rés-do-chão, com asuperfície coberta de trinta e um metros quadrados e logradouro com a área de mil setecentos e sessenta e novemetros quadrados, a confrontar de Norte com Estrada Nacional, de Sul com Herdeiros de David Claro, deNascente com Herdeiros de José Boiça e de Poente com Antónia Maria Fernandes Feijão, inscrito na respec-tiva matriz em nome dos justificantes Fernando António da Luz e Rita Maria da Costa Luz, sob o artigo15963, com o valor patrimonial e atribuído para este acto de nove mil quatrocentos e cinquenta euros.

– Que este prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial do concelho de Coruchee dele não têm qualquer título que permita o respectivo registo.

– Que justificam, porém, aquele seu direito de propriedade nos termos seguintes:– O prédio ora justificado veio à sua posse, por doação meramente verbal feita pelos avós de Fernando

António da Luz e bisavós de Rita Maria da Costa Luz, António Fernandes dos Santos e mulher GuilherminaMaria, que foram casados entre si sob o regime da separação de bens e residentes na Herdade dos Pavões,Coruche, em data que não podem precisar, mas no ano de mil novecentos e setenta e sete, doação em comuma favor de Fernando António da Luz e Rita Maria da Costa Luz, sem, no entanto, terem celebrado a compe-tente escritura pública de doação.

– Desde aquela data, porém, entraram na posse do imóvel como sua morada de família, posse que exerce-ram em nome próprio até hoje, sem qualquer interrupção, à vista de toda a gente e sem oposição de quem querque fosse, cuidando do logradouro, onde plantavam cultivavam e colhiam diversas culturas, guardando alfa-ias, fazendo obras de conservação sempre que necessário e pagando as contribuições por ele devidas, desig-nadamente os de natureza fiscal e actuando em tudo o mais sobre ele em correspondência perfeita com o exer-cício do direito de propriedade.

– Exercendo essa posse por mais de vinte anos, sem interrupção e com a consciência de estarem a agircomo verdadeiros donos do prédio, o que confere a tal posse a natureza de pública, pacífica e contínua, fun-damentando assim a aquisição do respectivo direito de propriedade por usucapião, o que, pela sua natureza,impede a demonstração documental do seu direito e a primeira inscrição, que se pretende, no registo predial.

ESTÁ CONFORME. Coruche, treze de Junho de dois mil e sete.

A PRIMEIRA AJUDANTE(Maria Luísa Marçal)

NOTARIADO PORTUGUÊS

Alberto Paiva Ribeiro

O pavilhão desportivoe a sua conclusão

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200746

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Alunos fazem estágios no estrangeiroCerca de 50 alunos dos Cursosde Hotelaria/Restauração eHotelaria/Cozinha da EscolaProfissional de Salvaterra deMagos (EPSM), defenderamno passado dia 21 as suas pro-vas de aptidão profissional(PAP).

Depois de terem apresenta-do a parte teórica da prova definal de curso, coube aos fina-listas de 12.º ano apresentarema componente prática.

Perante mais de uma cente-na de convidados, os alunos daescola tiveram de confeccionarvários pratos de carne, peixe,mariscos, legumes, frutas e do-ces. Este ano, os alunos volta-ram a destacar, essencialmen-te, a cozinha tradicional por-tuguesa e a cozinha interna-cional.

Segundo Salomé Rafael,presidente da Direcção daEPSM, a grande novidade des-te ano da escola parece mesmoter sido “uma forte aposta nosestágios internacionais”.

Apesar da EPSM ter todosos anos alunos a estagiar no es-trangeiro, este ano a aposta in-tensificou-se a pedido de váriasestâncias hoteleiras da Europa,e cerca de duas dezenas de alu-nos vão estagiar para hotéis deEspanha, França, Alemanha eItália. 17 anos depois de ter nas-cido, a EPSM, hoje com maisde 300 alunos e quase 40 pro-fessores, é um estabelecimentode ensino moderno e equipadocom tecnologia de ponta.Além dos cursos de hotelaria,a escola tem também a fun-cionar os cursos de Informáti-

ca de gestão, Construção Civil,Electrónica e contabilidade. Nopróximo ano lectivo vai voltara abrir o Curso de Comunica-ção, Marketing, Publicidade eRelações Públicas.

Nota do Director:Tendo sido convidado a

estar presente nas provas dacomponente prática, que se re-velaram num jantar extraordi-nariamente bem confecciona-do, de elevada qualidade nosprodutos apresentados e suaconfecção, bem como nossabores, quero aqui deixar ex-pressa a mais elevada conside-ração com que fiquei da esco-la, do seu pessoal e dos alunos,verdadeiros profissionais.

Parabéns e assim conti-nuem!

LEAL & CATITA, LDA.Vendas e Assistência

Semi-NovosAudi A-3 Sport Back 1.9 TDI 5p (Diesel) 2006Opel Astra Carav.1.3 CDTI 5p (Diesel) 2006Seat Ibiza 1.4 TDI 5p (Diesel) 2006Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Fiat Grande Punto 1.2 5p 2006Renault Megane Break 1.5 DCI 5p (Diesel) 2005Audi A4 Avant 2.0 TDI Sport 140 CV 5p (Diesel) 2005Opel Corsa Enjoy 1.2 16v 5p 2005Opel Zafira 2.0 DTI 7L 5p (Diesel) 2005Opel Corsa Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2005Peugeot 206 Black & Silver 1.4 HDI 5p (Diesel) 2005

RetomasAudi A-3 2.0 TDI 3p (Diesel) 2004Citroen C-3 SX Pack 1.4 HDI 5p (Diesel) 2004VW Polo 1.2 12v C/AC 5p 2004Peugeot 307 Break 1.4 16v 5p 2004Opel Astra Carav. 1.4 16v 5p 2004VW Golf 1.9 TDI 130 CV 5p (Diesel) 2003VW Golf 1.4 16v 5p 2003VW Polo 1.2 12V 5p 2002Nissan Almera 1.5 16v 4p 2002Opel Corsa 1.7 DTI 5p (Diesel) 2001Mitsubishi Carisma 1.9TD 4p (Diesel) 2001Ford Focus 1.4 16V 5p 2001

ComerciaisOpel Corsa 1.3 CDTI Van C/AC 2006Peugeot 307 1.6 HDI Van C/AC 2005Peugeot Partner Reforce 1.9 D Van C/AC 2005Seat Ibiza 1.4 TDI Van C/AC 2005 Citroen Xsara 1.9 d Van 2003Mazda B-2500 2.5 TD CD 4X4 2001

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A Casa do Benfica de Santarém (CBS)foi representada no passado dia 2 de Junhono Open de Seniores de Lisboa pelo atletaPedro Vargas, que alcançou o pódio com a3.ª posição na categoria de -66Kg.

No dia seguinte, no Open de Coimbrade Esperanças, Paulo Brandão alcançou a5.º posição na categoria de -66kg, DuarteDuarte e João Veloso alcançaram o pódiona 2.ª posição, nas categorias de -60kg e-50kg respectivamente. Os jovens atletasda CBS continuam a dar provas de quali-dade nos opens nacionais, pelo que seperspectivam bons resultados na próximaépoca.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 2007 47

No passado dia 27 de Maio aequipa sénior da Casa do Ben-fica de Santarém (CBS) com-posta pelos atletas Diogo Gai-voto a -66kg, Lasha Razmadze a-73kg, Wilson Nogueira a -81kge Eduardo Leonardo a +81kg,disputou no Palácio dos despor-tos em Torres Novas a 3.ª jorna-da da Liga de Portugal em Judo.Esta prova por equipas organi-zada pela SportsEvents, departa-mento organizativo da Associa-ção de Judo do Distrito de San-tarém, conta com alguns dos atle-tas mais cotados do nosso país.

A equipa da Casa do Ben-fica de Santarém fez um ple-no durante esta jornada, ven-cendo todos os confrontos,nomeadamente com o Judo Ma-deira, o CCD Pragal e o ColégioSalesianos de Lisboa. Com estaprestação a CBS alcançou oquarto lugar na classificação

geral, obtendo automaticamenteapuramento para a Final 8, comas 8 melhores equipas da LigaNacional, a disputar no próximodia 7 de Julho, também no palá-cio dos Desportos em TorresNovas.

Estão de parabéns os nossosjovens atletas que já dão gran-

des provas da sua qualidade noescalão superior.

A equipa foi acompanhadapelos técnicos Jorge Vítor, Pe-dro Vargas e Joaquim Nogueira,bem como por uma comitivaentusiástica de pais e familiaresque ajudaram a equipa a vencernesta jornada.

O Rali Vodafone Transibé-rico decorreu entre os dias 30 deMaio a 3 de Junho e passou porCoruche. Esta foi uma das qua-tro provas integrantes da Taçado Mundo de Todo-o-Terreno, aúnica realizada na Europa, e cu-ja organização coube ao Auto-móvel Clube de Portugal (ACP).

O Rali Vodafone 2007 foidividido em quatro etapas cominício e chegada ao Estoril.Foram 2300 quilómetros, dosquais 1200 de classificativas,com a utilização de pistas ibéri-cas de pisos diversos. Estiverampresentes as equipas oficiais daVolkswagen, com Carlos Sainze Carlos Sousa. Pela Mitsubishi,Luc Alphand e Joan Roma.

A 1.ª etapa, a Super Especial

(Prólogo) foi disputada emMafra, no dia 31, bem como asfinais das etapas e Bivouacs, noEstoril. Badajoz no dia 1, eÉvora no dia 2. A prova termi-nou no Estoril, no dia 3. A 2.ªetapa, Estoril – Badajoz, decor-reu no dia 1 de Junho, com umsector selectivo de 200 Kms apercorrer duas vezes pelos con-correntes. A 3.ª etapa, Badajoz– Évora foi no dia 2 de Junho.

Na zona do Ribatejo, osespectadores puderam assistir àsprovas na Zona Especial 2,junto à Estrada Nacional 2, naPonte das Brotas, com a sempreespectacular passagem da Ri-beira do Divor. No Couço, emCoruche, na travessia do RioSorraia.

Judocas da Casa do Benfica de Santarém

Medalhados nos opensnacionais

Taça do Mundo detodo-o-terreno no Ribatejo

Diogo Miguel, jovem atletaque representa o Ori/Estarrejasagrou-se campeão da Europano passado dia 23 de Junho, nacategoria de M18 na prova desprint com o tempo de 13:41, àfrente de Leo Laakkonen daFinlândia (13:47) e Arturs Pau-lins da Letónia (14:03).

Nesta prova participaram 93atletas oriundos de 28 países, asalientar também, a boa pres-tação de Tiago Romão – 15.ºlugar (14:47) e Jorge Fortunato– 21º lugar (14:55). Em W16,Mariana Moreira realizou igual-mente uma excelente prestaçãoclassificando-se em 15.º lugarcom o tempo de 14:33.

A prova em que o DiogoMiguel se tornou Campeão daEuropa realizou-se na zonahistórica de Eger, na Hungria,numa distância de 2,5km emlinha recta no mapa e 22 pontosde controlo.

Já na anterior edição, DiogoMiguel tinha conseguido o 4.ºlugar, mas este ano não deixoufugir a oportunidade de con-

seguir o lugar mais alto do pó-dio com uma prova brilhante.Esta foi a primeira medalha dePortugal num evento de altonível.

O seleccionador nacionalBruno Nazário no final da provarevelou-se muito satisfeito efeliz. Declarou que “foi umavitória muito merecida para amodalidade em geral, mas so-bretudo vem justificar todo otrabalho desenvolvido pelo atle-ta. Só devido ao seu empenhotanto em treino como em com-petição e graças ao apoio pres-tado pelo seu clube – Ori/Estar-reja – e pela Federação Portu-guesa de Orientação, foi possí-vel alcançar este marco históri-co para a Orientação Portu-guesa. Esperamos que estavitória nos permita alcançarmais apoios para a modalidade,de forma a possibilitar umamelhor preparação das selec-ções nacionais e alcançar feitosainda mais elevados”.

Parabéns Diogo e parabénsPortugal!

Portugal campeão europeude orientação

Equipa Sénior na final da Liga de Portugal

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 15 • Julho de 200748

A Semana dda JJuventude dde CCoruche ((SJ) realiza-seeste ano de 18 a 22 de Julho, e pela primeira vez noparque radical do Parque ddo SSorraia, na requalificadazona ribeirinha de Coruche.

Uma nova data e um novo local para a realização doevento, na perspectiva de dar um novo impulso à SJ ede se iniciar um novo ciclo na forma de organizar e vivera iniciativa.

O espaço escolhido para receber os concertos e aanimação da SJ é o mais indicado para o efeito, o par-que radical tem todas as condições para ser umanfiteatro natural de qualidade, aliando a disposição dopalco principal ao espaço chill out vão com certezaviver-se momentos inesquecíveis.

A SJ tem lugar este ano no final de Julho de modo aque toda a população jovem do concelho estejadisponível para viver os espectáculos sem preocu-pações académicas. Esta nova data tem ainda a van-tagem de estarmos em pleno Verão, o que possibilita àpartida a realização de todas as actividades ao ar livre.

O Festival RibaRock continua a ser uma das atracçõesda SJ, é a quinta edição do festival que mais uma vez vailevar a concurso várias bandas de garagem de todo opaís.

A eliminatória acontece dia 18 e a final no dia 19,sempre a partir das 21:30h, a organização tem 1500euros para distribuir pelos primeiros três classificados.

Mais informações em www.cm-coruche.pt.

Como grande novidade surge o evento “DANCEbittween GGRASS AAND SSKY”, que vai juntar dezenas deDJ’s no espaço chill out da SJ. O ponto alto do eventodedicado à música de dança acontecerá de Sábadopara Domingo (de 21 para 22 de Julho).

A organização pretende juntar milhares de pessoas adançar entre a relva e o céu, durante 12 horas seguidas,numa maratona de ritmo, som e energia positiva. Dameia-noite de dia 21, ao meio-dia de dia 22, vários DJ’svão passar pela cabine do “DANCE bitween GRASS ANDSKY”, destaque para a presença da DJ M.Dusa, revelaçãofeminina do dejaing nacional em 2006 e do consagradoDJ Carlos Manaça.

A pista dde ddança será a relva do parque ribeirinhode Coruche, o céu será o tecto. Um gigantesco sistemade luz e som vão garantir os restantes ingredientes paraque se celebre o Verão ao som da melhor música dedança.

Oioai ee EExpensive SSoul são os cabeças de cartaz noque diz respeito a concertos. Duas das mais solicitadasbandas do momento, com passagens pelos palcos dosprincipais festivais de Verão…, e claro por Coruche. OsOioai, sexta-feira, dia 20, e os Expensive Soul, sábado,dia 21 de Julho. Os Oioai são uma banda de puro ebom rock português, sendo uma das maiores revelaçõesde 2007, não só pela aceitação que tiveram os singlesSushi Baby e Jardins das Estátuas, mas também pelasexcelentes performances ao vivo.

Os Expensive SSoul depois de se terem dado a con-hecer com o álbum de estreia “B.I.”, regressaram com osegundo álbum de originais, “Alma Cara”. Um disco ondeo grupo de Leça da Palmeira mantem bem presentes asraízes do hip-hop, não deixando de o misturar com out-ros elementos e estilos como o reggae, o soul, o funkye o jazz, o que resulta num som bem característico.Foram já nomeados para dois Globos de Ouro, um MtvEuropean Music Awards e conquistaram um DanceClubAward na categoria de Melhor Hit Nacional 2006 com otema: “Eu Não Sei”.

Durante a SJ vai realizar-se também a 1.ª FFeira JJovem– FFeira dde uusados, trocas e artesanato, a iniciativa éaberta a toda a população e as inscrições estão abertasatravés do e-mail: [email protected]

As massagens orientais são mais uma novidade na SJ,para além das massagens poderá ainda encontrar pro-dutos vindos do oriente: cremes, bálsamos, óleos eincensos.

O 1.º TTorneio dde PPlaystation vai realizar-se no Pavi-lhão Desportivo Municipal, uma competição destinadaaos apaixonados pelos jogos Pró Evolution Soccer eTaken.

Os Work-sshops são dedicados à precursão, queacontecerá nas Piscinas Municipais, nos dias 19 e 20 deJulho, e, à olaria, que acontecerá no dia 21 de Julho, emlocal a designar.

Os desportos rradicais não vão faltar, até porquetoda a SJ acontece entre o parque radical do Parque doSorraia e as Piscinas Municipais de Coruche. Haverádemonstrações de patins em linha, skate, free-style e air-bike, será ainda acrescentada a Parede de Escalada ehaverá também slide e rappel. Os Craks do Pedal orga-nizam mais um passeio de BTT, no Domingo de manhã,dia 22.

Ainda no Domingo, a partir das 18 horas, haverá umaConferência promovida pelo Jornal de Coruche intitula-da “Ser Jovem no séc. XXI”, uma iniciativa aberta a todaa população, onde serão debatidos os mais diversifica-dos temas que afectam a juventude.

Um camião do CDTI, Centro de Divulgação das Tecno-logias da Informação, vai estar presente no recinto daSJ, um espaço onde os jovens e menos jovens poderãoaceder à Internet e contactar com as últimas novidadesdas tecnologias de informação.

Todas aas aactividades ee eespectáculos ssão ggratuitos. A Semana da Juventude está a chegar e o programa

deixa-nos com elevadas expectativas em relação àquiloque vai acontecer. É já a partir do dia 18 e até 22 Julhoque Coruche fica mais divertida e jovem!

Entre a relva e o céu • Oioai, Expensive Soul e 12 horas seguidas a dançar

Colóquio Debate Jovens no Século XXIDia 22 de Julho, pelas 18h.

Dr. LLuís AAntónio MMartins• A viagem metafórica jovem-adulto

na sociedade contemporânea

Dr.ª EEdite CCosta• As jovens mulheres na teia social

Dr. OOsvaldo SSantos FFerreira• A economia e os jovens

Dr. PPedro OOrvalho• O papel dos media na formação dos jovens

Dr. AAbel MMatos SSantos• As patologias na relação jovem/sociedade

Org. O Jornal de Coruche